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RECICLAGEM DO LIXO E GESTÃO AMBIENTAL: ESTUDO DE CASO DA ASSOCIAÇÃO COOPERAN WASTE RECYCLING AND MANAGEMENT: CASE STUDY OF THE ASSOCIATION COOPERAN Rosangela Maria Trajano Alves 1 E-mail: [email protected] Graduando em Tecnologia e Gestão Ambiental na Faculdade católica do Tocantins (FACTO) José Lopes Soares Neto 2 Professor orientador Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade do Tocantins (Unitins), Mestre em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). RESUMO O presente estudo de caso visa avaliar a importância da reciclagem para a inclusão social, através do trabalho de reciclagem na Cooperativa dos Catadores de Lixo - COOPERAN do município de Palmas. O objetivo consiste na avaliação da gestão da cooperativa, assim como propor medidas e ações a serem desenvolvidas, e na implantação de equipamentos de EPI’s (equipamento de proteção individual) e de tecnologias em equipamentos de trabalhos, melhoramentos da estruturação do prédio do empreendimento”. A implementação de cooperativas é uma forma de trabalho em grupo, valorizando os princípios democráticos, a participação do espírito de cidadania, da autonomia e, consequentemente, a inclusão social. Muitos dos cooperados antes de se afiliarem a COOPERAN, se viam desempregados, sem renda para o meio de sobrevivência e sustento em seus lares. PALAVRAS-CHAVE: Cooperativa; Catadores; Reciclagem. ABSTRACT This case study aims to evaluate the importance of recycling to social inclusion through the work of the Cooperative Recycling of Recyclable Trash - COOPERAN the city of Palmas. The objective is to assess the management of the cooperative, and to propose measures and actions to be developed, and deployment of equipment EPI (protective equipment) and technology in equipment works, improvements to the building structure of the enterprise. The implementation of cooperatives is a form of group work, emphasizing the principles of democracy, the participation of the spirit of citizenship, autonomy, and thus social inclusion. Many of the cooperative prior to affiliate will COOPERAN, found themselves unemployed, without income for the livelihoods and living in their homes. KEYWORDS: Cooperative; Collectors; Recycling.

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RECICLAGEM DO LIXO E GESTÃO AMBIENTAL: ESTUDO DE CASO DA ASSOCIAÇÃO COOPERAN

WASTE RECYCLING AND MANAGEMENT: CASE STUDY OF THE

ASSOCIATION COOPERAN

Rosangela Maria Trajano Alves1 E-mail: [email protected]

Graduando em Tecnologia e Gestão Ambiental na Faculdade católica do Tocantins (FACTO)

José Lopes Soares Neto2

Professor orientador Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade do Tocantins (Unitins), Mestre em

Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins (UFT).

RESUMO O presente estudo de caso visa avaliar a importância da reciclagem para a inclusão social, através do trabalho de reciclagem na Cooperativa dos Catadores de Lixo - COOPERAN do município de Palmas. O objetivo consiste na avaliação da gestão da cooperativa, assim como propor medidas e ações a serem desenvolvidas, e na implantação de equipamentos de EPI’s (equipamento de proteção individual) e de tecnologias em equipamentos de trabalhos, melhoramentos da estruturação do prédio do empreendimento”. A implementação de cooperativas é uma forma de trabalho em grupo, valorizando os princípios democráticos, a participação do espírito de cidadania, da autonomia e, consequentemente, a inclusão social. Muitos dos cooperados antes de se afiliarem a COOPERAN, se viam desempregados, sem renda para o meio de sobrevivência e sustento em seus lares. PALAVRAS-CHAVE: Cooperativa; Catadores; Reciclagem. ABSTRACT This case study aims to evaluate the importance of recycling to social inclusion through the work of the Cooperative Recycling of Recyclable Trash - COOPERAN the city of Palmas. The objective is to assess the management of the cooperative, and to propose measures and actions to be developed, and deployment of equipment EPI (protective equipment) and technology in equipment works, improvements to the building structure of the enterprise. The implementation of cooperatives is a form of group work, emphasizing the principles of democracy, the participation of the spirit of citizenship, autonomy, and thus social inclusion. Many of the cooperative prior to affiliate will COOPERAN, found themselves unemployed, without income for the livelihoods and living in their homes. KEYWORDS: Cooperative; Collectors; Recycling.

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1. INTRODUÇÃO

De acordo com Brasil e Santos (2004), reciclar é economizar energia, poupar recursos

naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora. A reciclagem é um conjunto

de técnicas que tem como finalidade aproveitar os detritos e reutilizá-los no ciclo de produção

de que saíram. O retorno da matéria-prima ao ciclo de produção é denominado reciclagem,

embora o termo já venha sendo utilizado popularmente para designar o conjunto de operações

envolvidas. O vocabulário surgiu na década de 1970, quando as preocupações ambientais

passaram a ser tratadas com rigor, especialmente após o primeiro choque do petróleo em

1973, quando os países do Oriente Médio descobriram que o petróleo é um bem não-

renovável e que, por isso, iria acabar algum dia. Foi quando reciclar ganhou importância

estratégica.

Muitas cidades do Brasil vêm adotando a reciclagem como uma das formas de diminuição da

poluição do nosso sistema terrestre no intuito de evitar danos a meio ambiente. E no

panorama visual fazendo com que haja menos desperdícios. Nesse contexto, entra a

reciclagem como alternativa sustentável do planeta pois, o material que se recolhe pode ser

reutilizado de várias maneiras, surgindo então os catadores de material reciclado.

As cooperativas de reciclagem têm como objetivo contribuir junto à iniciativa pública e

privada no desenvolvimento social, econômico e ambiental, através da coleta de materiais

recicláveis, que podem ser reaproveitados na confecção de novos produtos e

conseqüentemente na melhoria da qualidade da vida dos envolvidos, pela redução dos

resíduos sólidos dispostos na cidade.

A reciclagem, em um contexto geral, passa por grandes dificuldades, uma vez que a falta de

tecnologias e pessoas capacitadas dificultam o desenvolvimento desse processo. Para que se

desenvolva um sistema eficiente, as cooperativas necessitam de um planejamento, tecnologias

e pessoas capacitadas para o bom andamento das atividades de reciclagem.

Autores como Gardner (1996); Heller (1995); e Ribeiro (1994), dizem que o lixo constitui

uma preocupação ambiental mundial, especialmente em grandes centros urbanos de países

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subdesenvolvidos. Pouco se conhece sobre as repercussões da disposição desses resíduos a

céu aberto sobre a saúde humana e das práticas sanitárias da população, em relação a eles. A

geração do lixo, proporcional ao crescimento populacional, suscita uma maior demanda por

serviços de coleta pública, pois esses resíduos, se não forem coletados e tratados

adequadamente, provocam efeitos diretos e indiretos na saúde, além da degradação ambiental.

Assim, entende-se que o lixo torna-se um problema quando se encontra acumulado no

ambiente e é capaz de provocar incômodos, como mau-cheiro ou poluição visual; serve como

foco da presença de animais; provoca doenças em crianças e adultos; ou quando o poder para

a solução do problema desloca-se da esfera individual para ser uma questão coletiva e/ou

institucional. Entende-se que a discussão sobre as possíveis soluções para o problema do lixo

requer fóruns mais amplos de debate com a população, que ultrapassem os limites de

gabinetes governamentais e se aproximem cada vez mais da realidade local.

As organizações de catadores para a formação de cooperativas vêm sendo praticadas em

diversos municípios visando o desenvolvimento econômico e social. Outro fato analisado na

geração de cooperativas e associações de catadores é que as pessoas passam a recolher os

materiais recicláveis na fonte, evitando assim a “garimpagem” nos lixões e a abertura de sacos

de lixo dispostos na rua à espera do caminhão de coleta tradicional. Diante desse fato, surgem

os catadores que estão se organizando em cooperativas de reciclagem. (GODOY, 2005).

Portanto, o objetivo desse trabalho é conhecer e avaliar a gestão da Cooperativa de Produção

de Reciclagem do Tocantins, COPERAN como, propor medidas de ações a serem

desenvolvidas de forma que possa assegurar a execução da gestão e qualidade de vida à

população, tanto nos aspectos econômicos, quanto social e ambiental.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

As diretrizes da Agenda 21 Brasileira indicam como estratégias para o gerenciamento

adequado do lixo: a minimização da produção de resíduos; a maximização de práticas de

reutilização e reciclagem ambientalmente corretas; a promoção de sistemas de tratamento e

disposição de resíduos compatíveis com a preservação ambiental; a extensão de cobertura dos

serviços de coleta e destino final (SATO e SANTOS, 1996).

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Para resolver o problema do lixo, algumas soluções podem ser enumeradas através do

Princípio dos Três Erres 3R’s - (ABREU, 2001; MANO; PACHECO e BONELLI, 2005;

VILHENA e POLITI, 2000).

A coleta seletiva é citada como uma alternativa para o problema do lixo, possibilitando

melhor reaproveitamento do papel, vidro, metal, plástico e matéria orgânica. Ela diminui o

volume de lixo que vai para os aterros sanitários, aumentando sua vida útil e evitando que as

prefeituras tenham de gastar dinheiro com a construção de novos aterros. Outro ganho para a

sociedade acontece quando os materiais recicláveis são encaminhados para centrais de

triagem, mantidas por cooperativas de catadores, que têm ali um trabalho mais digno do que

vasculhar materiais recicláveis pelas ruas ou em lixões (INSTITUTO AKATU, 2006).

O desenvolvimento mundial passa por uma desaceleração, com reflexos positivos ao meio

ambiente como um todo, pois as fábricas parando de funcionar, ou diminuindo seu

funcionamento, demandam menos matérias-primas, consomem menos energia e poluem

menos, ao mesmo tempo em que os consumidores aumentam o tempo de uso de suas coisas,

por economia, gerando menos resíduos. Porém, tal fato acarreta um imediato aumento de

mão-de-obra descartada, que engrossará uma excessiva fileira de desempregados (BAUMAN,

2004).

Essa crise, como qualquer outra, tem seus reflexos mais dramáticos entre os mais pobres. Por

conseguinte, está afetando significativamente os catadores de recicláveis, devido ao

desaquecimento da atividade de reciclagem, com a conseqüente diminuição da demanda por

matérias-primas. Com isso, o preço por tonelada dos diversos materiais (pode chegar a 70

diferentes tipos para a comercialização, segundo O Instituto Ethos). É uma Empresa de

Responsabilidade Social é uma organização sem fins lucrativos, caracterizada como Oscip.

(organização da sociedade civil de interesse público). Sua missão é mobilizar, sensibilizar e

ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as

parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável.A reciclagem no Brasil sofreu

forte queda, ameaçando assim a sobrevivência de milhares de pessoas). Segundo dados do

Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), com a crise as perdas

já ultrapassam 60%.(Outro fator que é preciso levar em conta) é o aumento significativo de

catadores individuais, que pode ser percebido nas ruas das grandes e médias cidades, também

é um fator que deve ser considerado.

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Segundo estimativas do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis

(MNCR), existem atualmente cerca de 800 mil catadores de material reciclável no país, sendo

responsável por 90% do processo de reciclagem. Segundo dados da Associação Brasileira de

Embalagens (ABRE), o Brasil reciclou, em 2005, 96% das latas de alumínio; em 2006, 51,3%

de PET e em 2007, 25,5% de tetrapack (embalagens longa vida). Isto mostra que, à exceção

do alumínio, muito ainda pode e deve ser feito para aumentar esses índices, e a participação

dos catadores pode ser fundamental na coleta dos resíduos domiciliares.

Devido à queda brutal no valor dos materiais, a manutenção do nível de renda só será possível

aumentando a capacidade de triagem, e o aumento do volume de material separado. Aí existe

um sério problema a ser considerado: a existência de empresas, contratadas pelas prefeituras,

para fazer a coleta do lixo, cujo destino ainda é o lixão (64% das cidades brasileiras ainda

destinam seus resíduos a lixões, segundo o Instituto Ethos, 2007). Isto faz com que os

catadores tenham que se anteciparem à passagem dos caminhões nos domicílios, a fim de

separar os resíduos antes da coleta, expediente que não se mostra eficiente em função da

grande quantidade de sacos a serem abertos, tendo como resultado a sujeira que é tão comum

de se ver nas ruas de cidades como o Rio de Janeiro.

Os contratos com as empresas de coleta são milionários (como aponta a notícia Aterro em

Paciência já não depende da Prefeitura, publicada em 11/10/2009, pelo jornal O GLOBO),

apenas para transladar todo o lixo doméstico para os lixões, onde novamente passará por uma

triagem, pelos catadores, que lá trabalham em condições subumanas, dados do Movimento

Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (estimam que 70% dos catadores trabalham

em lixões).

Diante de tantas dificuldades, e apesar de terem sua atividade reconhecida, com direito

inclusive há um dia nacional de comemoração (10 de dezembro), o poder de mobilização tem

conseguido avanços significativos em sua luta por condições e direito ao trabalho.

Recentemente, em reunião realizada em Brasília pelos ministros do Desenvolvimento Social,

das Cidades, do Trabalho, do Planejamento, da Previdência Social, dos Direitos Humanos,

Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União e o presidente da Caixa Econômica Federal,

ficou decidida a liberação de R$ 42 milhão, a fundo perdido, aos catadores de material

reciclável, dinheiro que deverá ser usado para a compra de máquinas e construção de galpões

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(O Globo em 20/1/2009: Lula libera Recursos para Catadores de Lixo Reciclável). No

entanto, resta saber quais critérios foram usados para que chegassem a esse valor, bem como

que critérios definirão os beneficiados por esses recursos.

Considerando a tradição brasileira de um clientelismo (CARVALHO, 2004) que

historicamente sempre favoreceu aos que estão próximos ao poder, seria aconselhável que os

catadores ficassem atentos aos seus representantes, nessa interlocução com o governo. É

comum acontecer à liberação de recursos públicos para instituições e organizações não

governamentais voltadas para ações assistenciais que, se locupletando com um dinheiro

destinado aos necessitados, disputam seus nichos de pobreza “a tapa”, pois sua sobrevivência

(e conseqüentemente de seus membros) depende de sua habilidade em administrar a pobreza,

não em buscar promover sua superação.

Além disso, os catadores se submetem a situação de trabalho que podem comprometer a sua

segurança e saúde. Essa última questão merece ser mais bem estudada, bem como, conhecer o

perfil sócio-econômico desses trabalhadores.

Coleta Seletiva, Cooperativas e Reciclagem são assuntos que tomaram a mídia e de certa

forma se tornaram uma espécie de modismos. Sabemos porém que na verdade são assuntos

que tratam de uma outra realidade, de certa forma até bem distante da mídia. Trata-se de um

conjunto de ferramentas ambientais que na prática além de alavancar uma série de negócios

acaba por auxiliar, e muito no tratamento dos resíduos sólidos.Cooperativas Panorama

Mundial, a cooperação que, em todos os lugares responde à necessidade do ser humano. E na

verdade, um conceito universal. As cooperativas estão presentes em todos os países e em

todos os sistemas econômicos e culturais.

Segundo o relatório do Banco Mundial “seria difícil encontrar um sistema mais eficaz do que

o cooperativo para encorajar e estimular a participação ativa das populações, na realização de

programas de desenvolvimento”. O desempenho é o resultado efetivo que se obtém numa

determinada atividade ou função.

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Este resultado abordado nem sempre é simples de ser mensurado porque é fruto de pessoas,

portanto, é variável e depende de diversos fatores, desde conhecimento ou treinamento da

atividade até a satisfação em realizá-la.

O potencial é o conjunto de conhecimentos ou habilidades que se tem para desempenhar

outras atividades ou funções correlacionadas ou não com as atividades atuais. Neste modelo

de gestão, é possível observarmos, em uma cooperativa, a importância do potencial das

pessoas envolvidas em qualquer atividade produtiva (cooperados ou funcionários), pois não é

raro que sejam solicitadas a assumir vários papéis na organização. Nas cooperativas, em

especial, este componente é importante porque, por exemplo, todo cooperado é passível de ser

eleito gestor, seja do nível de supervisão, seja do nível de direção.

Nesta escolha, entretanto, deve ser avaliado seu potencial. O comportamento é um conjunto

de atitudes que uma pessoa apresenta diante de diversos fatores que estão em seu ambiente. O

comportamento das pessoas numa cooperativa sofre muitas influências. Dentre elas, podemos

citar: o próprio modelo de gestão, a cultura pessoal e sua sintonia ou não com a cultura

organizacional, seu estado motivacional, seu papel e suas perspectivas dentro da cooperativa.

Por fim, o comprometimento é o processo de se sentir responsável pelos, resultados pessoais e

da coletividade. “O comprometimento de todas as pessoas envolvidas em cooperativas seria o

ideal, Este componente comportamental, portanto, tem grande relevância pela influência que

exerce na alavancagem qualitativa da liderança nas cooperativas.” (REBOUÇAS DE

OLIVEIRA, 2003).

O trabalho em equipe, segundo Rebouças de Oliveira (2003). “Uma forma estruturada de

realização de serviços multidisciplinares, consolidando inclusive, o treinamento e o

aprendizado interativos, fortalecendo a alavancagem do conhecimento de todos os

participantes e aprimorando a qualidade da cooperativa.”

Considerando que este componente de mudanças resulta de treinamento e educação

continuada, é importante ressaltar que a diversidade de pessoas envolvidas em um

determinado trabalho aumenta as possibilidades de crescimento pessoal e do grupo, uma vez

que a troca de experiência é uma forma de somar. Os componentes de avaliação são:

indicadores, acompanhamento, controle e aprimoramento. Segundo Rebouças de Oliveira

(2003), eles permitem aos gestores avaliar se o resultado está em conformidade com o

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esperado, identificar as possíveis falhas e os meios para melhorar o desempenho da

cooperativa.

3. MATERIAS E MÉTODOS

Inicialmente foi realizado levantamento bibliográfico, e em seguida visitas “in loco” (figura

01) e entrevista com o presidente do empreendimento no qual este estudo está sendo

desenvolvido (figura 02), sendo inserido questionário aberto (figura 03) . Nesse contexto, foi

avaliado todo o processo da gestão quanto à coleta, separação e organização do material

reciclável (figura 04) para posteriormente serem encaminhados às empresas interessadas na

compra do referido material, nos quais os dejetos são encaminhados e dispostos no Aterro

Sanitário do município. (Figura 01 a 07).

Figura 01: Visita “in loco” do Empreendimento

Fonte: Foto no local.

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Figura 02: Entrevista com o Presidente da Associação (COOPERAN)

Fonte: Foto no local.

Figura 03: Questionário aberto com o Presidente da (COOPERAN)

Fonte: Foto no local.

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Figura 04 e 05 : Mapa da cidade de Palmas e do Estado do Tocantins

Fonte: http://images.google.com.br/images

Figura 06: Setor Industrial (de Palmas). E Localização do Empreendimento via Satélite

Fonte: Google Earth 2009

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Históricos da Cooperativa

A cooperativa existe desde 2004, e passou a ter sede própria a partir de fevereiro de 2009. De

acordo com os cooperados, a cooperativa conta com apoio de vários órgãos públicos e

privados, que contribuem com doação de materiais recicláveis, dentre eles o principal é o

papel, pois é o mais utilizado por esses órgãos. O local onde funciona a sede do

empreendimento é uma área doada pela Prefeitura. A cooperativa possui convênio com o

Banco do Brasil, que doou um caminhão e a construção do prédio onde funciona a

cooperativa. Contam ainda com a parceria da Caixa Econômica Federal, quando necessitam

de algum patrocínio para participarem de eventos, doando-lhes material de apoio.

A metodologia do sistema de gestão desenvolvido foi realizada através de uma entrevista com

o Presidente e aplicação de um questionário com perguntas abertas referentes a temas

relacionados à gestão de cooperativas de reciclagem.Os entrevistados foram os 10 cooperados

juntamente com o presidente da referida Cooperativa.

Outro grande desafio da Cooperativa é o aumento do preço de venda dos materiais recicláveis

como a cooperativa não está devidamente estruturada, a comercialização dos materiais

acontece através de atravessadores, que são pessoas ou empresas que compram esse material

para revenderem para as indústrias de reciclagem, impondo preços muito inferiores aos

praticados no mercado. Existe em Palmas uma empresa de pequeno porte que compra o

plástico para fabricação de sacolas recicladas, fator de grande importância para o município,

tendo em vista a diminuição dos plásticos no meio ambiente e os problemas ecológicos

decorrentes do mesmo. Para os cooperados a sensibilização e a conscientização contribuem

para a limpeza da cidade, e consequentemente para a diminuição dos problemas causados pela

proliferação de insetos causadores de doenças.

4.2 Doações

A Cooperativa recebe doações das diversas modalidades como: móveis descartados pela

comunidade, os quais são vendidos às empresas que necessitam dessas peças, livros, o que

têm como propósito fazer uma pequena biblioteca dentro do próprio empreendimento, e já

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dispõe de ambiente organizado e alguns livros que transparecem a real importância da leitura,

informação e aprendizagem.

4.3 Trabalhos artesanais

A Empresa desenvolve trabalhos artesanais em que muito material reciclável é utilizado para

confecção de artesanatos. Como destaque há um grupo de mulheres cooperadas que

confecciona peças a partir dos materiais coletados pela COOPERAN. Este grupo vem atuando

desde 2006, e já participou de oficinas para a confecção de papel reciclado, artesanato, peças

de papel jornal e plástico (PET) onde as cooperadas propõem mostrar o potencial que há por

trás do produto reciclado, buscando assim a sustentabilidade nos aspectos econômicos, sociais

e ambientais. A finalidade é buscar apoio junto às entidades que possam atuar na construção

de uma ala separada para que elas possam trabalhar exclusivamente na oficina de artesanatos,

assim aumentando a renda de cada uma.

Figura 07: Artesanato produzido a partir da reciclagem

Fonte: No local

4.4 Benefícios sociais da cooperativa

Observa-se que o beneficio social da cooperativa consiste no trabalho exercido com maior

sustentabilidade pelos catadores, uma vez que trabalhando no aterro sanitário, estariam

expostos à proliferação de doenças, sem contar que o trabalho deles, além de cooperar com o

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meio ambiente, evita a exposição dos resíduos sólidos e ainda traz o beneficio de geração de

trabalho e renda, educação, treinamentos e, principalmente em exercer sua responsabilidade

sócio-ambiental, ou seja, contribuir para o desenvolvimento econômico, social e ambiental,

melhorando simultaneamente a qualidade de vida de seus cooperados, de suas famílias e da

comunidade local.

Ainda existe nesse contexto, a informação de que todos levam à própria comunidade peças

artesanais fabricadas na cooperativa, e ainda, a presença dos cooperados em seminários

expondo seus trabalhos criados através do reuso dos materiais reciclados, explicando desde

cedo que a coleta seletiva facilita o manuseio da disposição do lixo fazendo com que o

material reciclado seja usado de forma correta.

4.5 Carências de apoio institucional

Segundo o presidente da cooperativa, em Palmas, não existe apoio que outras cooperativas

têm fora do Estado. A maioria destas, conta com o apoio da Instituição Cáritas Brasileira

atuante na defesa dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável solidário, na

perspectiva de políticas públicas. Seus agentes trabalham junto aos excluídos, muitas vezes

em parceria com outras instituições e movimentos sociais.

Atualmente, essa instituição possui quatro diretrizes institucionais: defesa e promoção de

direitos, incidência e controle social de políticas públicas; construção de um projeto de

desenvolvimento solidário e sustentável; fortalecimento da Rede Cáritas. Considerando a

importância do apoio nas organizações, as ações desenvolvidas pela instituição garantem a

geração de empregos, melhoria da qualidade de vida da população atuante.

4.6 As vantagens da reciclagem

A reciclagem é feita com a colaboração do consumidor que pode ajudar a diminuir o acúmulo

de dejetos, e também para poupar a natureza da extração interminável de recursos, podendo

ser citados algumas vantagens:

• Em geral, os catadores desta cooperativa aceitam todos os tipos de matéria;

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• Os materiais utilizados por eles como: o papel branco, papel escrito, papelão e garrafas

pet, plásticos, materiais ferroso e não ferroso, são na maioria das vezes separados por

eles mesmos;

• A cooperativa é uma empresa que visa à inclusão social;

• Os catadores se encarregam da separação dos materiais;

• As cooperativas de catadores permitem que muitos desempregados tenham uma

ocupação digna, longe dos "lixões" onde ficariam expostos a doenças.

4.7 valores de mercado de cada produto reciclado Quadro 1 – Preços dos materiais recicláveis

PRODUTO

GARRAFA PET

PLÁSTICO PAPEL

BRANCO

PAPELÃO

FERRO

JORNAL

GARRAFA DE ÁGUA

MINERAL VALOR R$ 0,60 R$ 0,60 R$ 0,16 R$ 0,50 R$ 0,20 R$ 0,50 R$ 0,30

4.7 As condições da Empresa e destinação dos resíduos

As condições são muito precárias por falta de capacitação e também apoio financeiro que eles,

no momento, não têm como gostariam. Com relação ao destino dos resíduos descartados, os

estes vão para o aterro sanitário de Palmas. A venda do produto é sempre feita por

atravessadores, geralmente nos finais de semana.

5. DISCUSSÃO

As cooperativas são constituídas por pessoas ligadas a uma determinada ocupação

profissional, com a finalidade de melhorar a remuneração e as condições de trabalho, de

forma autônoma. Este é um segmento extremamente abrangente, pois os integrantes de

qualquer profissão podem-se organizar em cooperativas de trabalho. Visando seus interresse e

o de seus cooperados, almejando a sustentabilidade de um bom funcionamento de serviço em

parceria com alguns órgãos da cidade que oferece aos Cooperados e que mantém essa

vantagem para facilitar ainda mais a vida de seus cooperados. Segundo Satos e Santos, 1996,

a agenda 21 brasileira indica estratégias para o gerenciamento adequado do lixo.

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Em Palmas a situação com relação à agenda 21 local ainda é precária, pois ainda está em

estudo a sua implantação, sendo assim a cooperativa não tem suas próprias diretrizes para

seguir. Nesse contexto, a coleta seletiva seria uma alternativa para diminuição dos resíduos

sólidos no aterro sanitário e, consequentemente aumentar a sua vida útil, apresentando à

população o significado dos princípios dos 3Rs, o primeiro R significa reduzir a geração de

resíduos, o segundo R significa Reutilizar o resíduo e o terceiro R significa Reciclar o resíduo.

(Segundo pesquisa relata pelo INSTITUTO AKATU, 2006).

A coleta seletiva tem um fator positivo diante das dificuldades encontradas na criação de

novos aterros sanitários, sendo de grande importância para a população, e também para as

prefeituras com gastos para novos aterros. Em Palmas a situação não é diferente de muitas

capitais, sendo o maior fator negativo encontrado com relação a espaço, pois a área da cidade

não comportaria outro aterro, sendo assim a grande importância dos recicladores em nossa

cidade. Outro aspecto importante da reciclagem, além da consciência ecológica, é o fator

social. A coleta de material reciclável é, muitas vezes, a única fonte de renda dos catadores

Como a Prefeitura de Palmas até agora não implantou nenhum programa oficial de coleta

seletiva e reciclagem, Eles têm se mobilizado para, na medida do possível, dar um tratamento

adequado ao lixo produzido na cidade.

Nessa ordem (BAUMAN, 2004), refere-se que os aspectos positivos ao meio ambiente

acarretariam danos aos mais pobres e necessitados, com a diminuição de matéria prima haverá

aumento de desemprego, pois gerando menos resíduos, há aumento imediato de mão-de-obra

descartada, que engrossará as fileiras de desempregados. Os primeiros a serem atingidos

seriam os recicladores, essa demanda já vem acontecendo por conseqüências do aumento de

catadores individuais.

Rebouças de Oliveira (2003): faz o seguinte comentário “trabalho em equipe é uma forma

estruturada de realização de serviços multidisciplinares, consolidando inclusive, o treinamento

e o aprendizado interativos, fortalecendo a alavancagem do conhecimento de todos os

participantes e aprimorando a qualidade da cooperativa.” Normalmente, quem toma parte num

programa ambiental, por conta do lixo, começa a se envolver em todos os sentidos. Abre os

olhos para o que nunca tinha percebido e começam a tomar consciência de outras coisas, antes

não percebido, pontos positivo pra ambos buscando a eficiência ao se inserir em uma

comunidade. As preocupações com os resíduos depostos, geram em um todo a análise nesse

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contexto, a definição é gerada de forma bem ampla. Desenvolverem novas formas de gestão,

envolvendo a revisão e aprimoramento de suas práticas administrativa, diferentemente das

empresas em geral.

5.1 Propostas para o gerenciamento da cooperativa

Sugere-se um programa de melhorias nas ações por eles desenvolvidas e na qualidade de

Gestão, tais sejam:

• Capacitação de funcionários;

• Uso de EPI’s, equipamentos de proteção individual, luvas para todo tipo de trabalho;

luvas especiais e luvas de raspa, calçados de segurança em geral, botas, sapatos ;

• Tecnologias como prensas, esteiras, mesa de triagem, trituradores;

• Melhoramentos na infra-estrutura como: a construção de outro galpão e uma ala só

para a confecção dos artesanatos;

• Quantidade adequada de funcionários;

• Circulação da coleta seletiva correta, tendo a participação da população;

• Divulgação por parte da Prefeitura Municipal que venha fazer maior divulgação

através de um programa de educação ambiental (E.A.) que o serviço de coleta seletiva,

oriente mais a população sobre o processo e lhes ofereça a instalação de PEV’s, (posto

de entrega voluntária), instalado em locais de grande responsabilidade da própria

população.

6. CONCLUSÃO

Assim, o presente estudo de caso relatou uma realidade de conquistas e dificuldades

enfrentadas pelos cooperativistas que atuam na COOPERAN de Palmas - Tocantins. Portanto,

podemos concluir que a cooperativa ainda tem muitas conquista a serem buscadas, bem como

maquinário adequado, EPI’s e capacitação. Atualmente uma das maiores conquistas é a sede

do empreendimento, e as parcerias com alguns órgãos. Os catadores se submetem as situações

de trabalho que podem comprometer a sua segurança e saúde. Essa última questão mereceu

maior ressalva, onde se tomou conhecimento do perfil sócio-econômico desses trabalhadores.

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