RAPPORT DE PRESENTATION / Tome 2 : DIAGNOSTIC · 2018. 8. 31. · Mars 2014 TOME 12. 8 SCP DESCOEUR...
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DEPARTEMENT de l’Allier
COMMUNE de
CHÂTEL-DE-NEUVRE
SCP DESCOEUR F et C Architecture et Aménagement du Territoire
49 rue des Salins 63000 Clermont Ferrand Tel : 04.73.35.16.26. Fax : 04.73.34.26.65. Mail : [email protected]
PLAN LOCAL D’URBANISME
RAPPORT DE PRESENTATION / Tome 2 : DIAGNOSTIC
PRESCRIPTION
Délibération du conseil municipal du
ARRET DU PROJET
Délibération du conseil municipal du
APPROBATION
Délibération du conseil municipal du
MODIFICATIONS – REVISIONS PARTIELLES
MISES A JOUR
1. …
2. …
3. …
4. …
5. …
6. …
1.1
NOVEMBRE 2015
TOME 2
DOCUMENT PROVISOIRE
2E PARTIE HABITAT ET URBANISME ................................................................................................................................. 3 A. DEVELOPPEMENT URBAIN ....................................................................................................................................................... 4
1. Le territoire de Châtel-de-Neuvre ....................................................................................................................................... 4
2. Les évolutions de Châtel-de-Neuvre ................................................................................................................................... 8
3. Contraintes à prendre en compte ..................................................................................................................................... 12
B. ARCHITECTURE TRADITIONNELLE ET RECENTE ...................................................................................................................... 14 1. Les principales caractéristiques du bâti (matériaux) ......................................................................................................... 14
2. Le patrimoine majeur ........................................................................................................................................................ 19
3. Les constructions traditionnelles ...................................................................................................................................... 25
C. HABITAT ................................................................................................................................................................................. 29 1. Rappel des lois et textes règlementaires .......................................................................................................................... 29
2. Le contexte intercommunal de l’habitat : ......................................................................................................................... 29
3. L’habitat à Châtel-de-Neuvre ............................................................................................................................................ 31
4. Les Perspectives de Développement ................................................................................................................................ 34
D. LES POTENTIALITES URBAINES SUR LA COMMUNE ................................................................................................................ 38 1. Potentialités urbaines : les zones NA ................................................................................................................................ 39
2. Potentialités urbaines : les zones U et NB ......................................................................................................................... 40
3. Bilan des espaces encore libres ......................................................................................................................................... 41
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2e PARTIE
HABITAT ET URBANISME
Evolutions architecturales et urbaines,
projections et potentialités.
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DEVELOPPEMENT URBAIN
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A. DEVELOPPEMENT URBAIN
1. Le territoire de Châtel-de-Neuvre
Selon l’IGN, la commune de Châtel-de-Neuvre compte 46 lieux dits habités.
Une grande partie de ces villages existaient déjà au XVIIIème siècle (Carte de Cassini du 18e siècle)
Le nombre, la taille et la forme du bourg et des villages a très peu évolué depuis le XVIII ème siècle, et ce, jusque dans les
années 1960.
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DEVELOPPEMENT URBAIN
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L’habitat est essentiellement concentré sur le cœur du bourg de Châtel-de-Neuvre (entre 20 et 59 habitants sur 4ha (carreau
de 200m par 200m)) et sur le bourg de Tilly.
Le reste du territoire est concerné par un habitat plus dispersé.
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DEVELOPPEMENT URBAIN
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Le bâti est conditionné par le relief et la situation de la commune.
Si Tilly est installé au bord de l’Allier, sur la plaine alluviale, Châtel-de-Neuvre est situé sur une butte. Cette butte s’est formée
grâce à l’érosion de la terrasse par l’Allier et le ruisseau de Lagrillère. Le sommet de cette butte est occupé par l’église Saint-
Laurent qui domine tout le val d’Allier.
Rouge
Bleu
Les Boulets
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2. Les évolut ions de Châtel-de-Neuvre
1946
En 1946, le village est bien délimité. Le cœur du
bourg se distribue autour de la départementale.
Le regroupement de l’habitat est de type village-
rue.
Sur ce cliché, nous pouvons apercevoir que le
pont construit par Freyssinet entre 1914 et
1923 est détruit (dynamité en juin 1940 pour
retarder l'avancée des troupes allemandes).
Le pont en construction que l’on aperçoit est
sans doute le pont provisoire
d’ « Arromanche ».
Cette construction provisoire va servir plus de
trente ans avant que le pont actuel ne soit
réalisé (inauguration en 1979).
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1982
Durant les années 70, de nombreuses
constructions ont vu le jour au Nord du
bourg, le long de la D232 et au Sud le long de
la D33 et de la D2009.
C’est aussi durant ces années qu’ont été
construit le pont actuel et le camping La
Courtine.
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2000
Les 20 ans qui ont suivi n’ont pas donné lieu a
beaucoup de nouveaux bâtiments, seulement
quelques maisons individuelles à l’Ouest du
bourg et au camping Deneuvre.
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DEVELOPPEMENT URBAIN
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Contrairement à la période précédente, un grand
nombre de maisons ont vu le jour entre 2000 et
2014 :
- De l’habitat groupé de part et d’autre de la D2009
- De nombreuses maisons individuelles rue de la vieille poste
- Quelques nouvelles constructions au Nord du bourg
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DEVELOPPEMENT URBAIN
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3. Contraintes à prendre en compte
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DEVELOPPEMENT URBAIN
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ENJEUX
La consommation des espaces agricoles et naturels.
Le cadre de vie et paysager.
La mise en valeur du territoire.
ORIENTATIONS / Pistes de réflexion pour le PLU
Engager une réflexion sur le potentiel urbain. Le remplissage des dents creuses devrait être privilégié avant
l’ouverture de nouvelles zones.
Privilégier la forme originelle du bourg plutôt que la forme en étoile : éviter l’urbanisation linéaire et lâche.
Privilégier la construction les nouveaux logements dans les zones d’assainissements collectifs.
Protection soutenue des terres agricoles
Favoriser la bonne insertion des bâtiments agricoles dans le paysage
Favoriser l’habitat de qualité.
Économiser le foncier. Cette orientation est d’autant plus difficile à gérer, que le modèle désiré des habitants
vise toujours de plus grandes surfaces habitables, alors que le nombre de personne par ménage diminue.
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ARCHITECTURE ET PATRIMOINE
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B. ARCHITECTURE TRADITIONNELLE ET RECENTE
1. Les principales caractérist iques du bâti (matériaux)
Les différentes constructions ont su s'accommoder des ressources que leur offraient le sol et le sous-sol.
La géologie se lit dans les constructions du territoire.
Les restaurations et réhabilitations d’anciens bâtiments sont de manières générales de très bonne facture.
L’architecture récente est très hétéroclite. Des réflexions doivent être engagées concernant notamment les couleurs
employées, pour une meilleure adéquation avec le bâti ancien et l’environnement naturel.
a. Les murs
La pierre
Andésite, basalte, porphyre, brique
Son utilisation en pierre de taille est alors principalement réservée aux éléments qui structurent et renforcent l'armature
de la construction : chaînages verticaux (chaînes d'angle) ou horizontaux (bandeaux) et encadrements d'ouvertures
(linteau, jambage). Les murs sont élevés par lits superposés de pierres brutes mais régulièrement disposées, noyées dans
un lit de mortier.
La terre
Le pisé est une technique de construction rapide et économique, qui consiste
à édifier les constructions avec de la terre, sans la soutenir par aucune pièce
de bois, et sans la mélanger de paille, ou de bourre. Cette mise en oeuvre
consiste à battre, lit par lit, entre des planches, à l'épaisseur ordinaire des
murs de moellons, de la terre préparée à cet effet. Les fondations de
moellons sont réalisées pour conforter l'assise des parements et éviter les
remontées capillaires dans le mur en pisé. Les joints entre les lits de terre
sont formés de mortier de chaux et sable.
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ARCHITECTURE ET PATRIMOINE
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Il arrive que la brique soit utilisée dans les encadrements mais aussi en remplissage ou pour l’élévation des cheminées.
Le bois
Le bois est utilisé essentiellement comme élément de structure (pilier). Il est parfois utilisé en bardage. Le bardage réside à
agencer des planches de bois verticalement ou horizontalement. Cette technique est adoptée plutôt pour les bâtiments
annexes à vocation agricole, car l'édification est rapide et économique. Cette formule permet également une bonne
ventilation des bâtiments.
Autres éléments
Plusieurs bâtiments sont bardés de tôles ondulées ou de tôles de types bac acier.
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ARCHITECTURE ET PATRIMOINE
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b. Les toitures et couvertures
Les toitures sont des éléments importants du paysage urbain. Les formes variées du parcellaire génèrent des formes de
toitures tout aussi variées, mais la présence de caractéristiques fortes contribue à l'unité des constructions et de leur
ensemble.
Les couvrements possèdent généralement deux longs pans, mais, selon la surface couverte et la localisation de l'édifice,
certains peuvent être réduits à un seul (constructions appuyées sur d'autres) ou les multiplier (trois ou quatre pans : maisons
cossues, maisons à l'angle de rues).
La tuile plate constitue le recouvrement le plus utilisé du territoire
L’ardoise est très peu utilisée.
On retrouve plusieurs bâtiments couverts de tôles ondulées. En vieillissant, la tôle prend une couleur rouille qui
permet à la toiture de mieux s’intégrer dans le paysage.
Formes
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Couverture
Les bâtiments les plus anciens sont couverts par de la tuile plate, dite « bourbonnaise ». Supposant des toitures aux
pentes plus raides, la tuile plate revêt également un caractère plus "social" : élément distinctif d'une hiérarchie
bourgeoise.
Les constructions les plus récentes sont recouvertes de tuiles mécaniques.
La tôle et le fibro ciment sont des matériaux de remplacement, économiques et de mise en œuvre rapide que l'on
retrouve sur les remises et annexes agricoles.
L’ardoise, utilisée au XXème
siècle sur quelques maisons bourgeoises, est très peu
utilisée sur le territoire. Dans le bourg, seule la mairie est couverte en ardoises.
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c. Le frises et débords de toit
Le couronnement des murs qui a pour but d'éloigner les eaux de pluies, est le prétexte à plusieurs techniques de couronnement d'exister
sur la commune :
Le débord de toit
La corniche en doucine
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2. Le patrimoine majeur
a. Le patrimoine architectural protégé
Tour d'Aigrepont
Sources :
http://www.culture.gouv.fr
http://monbourbonnais.com
Éléments protégés MH : donjon ; tour
Époque de construction : 14e siècle
Inscription par arrêté du 22 février 1927
La Tour du Moulin Neuf se dresse au milieu d'un étang qui l'entoure encore presque
entièrement. Possession des seigneurs de Montaigu-le-Blin au début du XIVe siècle, le
grand donjon sera édifié dans la seconde moitié de ce siècle, après qu'une première
construction eut été occupée par les Anglais vers 1365. Il fut acquis au XIXe par le
comte Achille Vemin d'Aigrepont, ancêtre des propriétaires actuels.
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Vieille construction féodale située à l'entrée de la vallée, dont la galerie haute permettait une vue assez étendue et
commandait le passage de l'Allier à hauteur de Châtel-de-Neuvre. Haute de 14 mètres, de plan carré, avec des murs dont
l'épaisseur varie de 1, 50 à 2, 10 mètres. Les ouvertures présentent une disposition particulière : une des parois est taillée
perpendiculairement au mur, l'autre est oblique. L'entrée de l'escalier, situé sous la tour, ne communique pas avec l'intérieur,
mais avec l'extérieur. La tour était entourée de fossés en eau. Cette tour offre un exemple de l'architecture militaire en
Bourbonnais.
Une tourelle quadrangulaire contenant un escalier en vis éclairé par de petites fenêtres rectangulaires, est accolée à la façade
ouest. Des ouvertures furent percées au rez-de-chaussée de la façade Est à la période moderne, alors que le côté Sud a
conservé en état les meurtrières qui l'éclairaient. Le sommet des murs est couronné de hourds que recouvre la toiture.
L'intérieur fut très modifié, les étages étaient divisés à l'origine en deux pièces. On y a installé des cloisons supplémentaires et
même supprimé le plancher du quatrième niveau.
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Eglise Saint-Laurent
Époque de construction : 11e siècle ; 12e siècle
Eglise : classement par arrêté du 23 février 1927
L’église romane de Châtel-de-Neuvre, l'une des plus anciennes du département, surplombe les méandres de la rivière
Allier. Elle faisait partie de l'ancien diocèse de Clermont et appartenait au prieuré de Souvigny.
Selon la coutume, cet édifice aurait été bâti à l'emplacement d'un temple antique. Trois fragments de cippes gallo-romains
montrant des têtes de personnages sont incrustés dans les murs,
deux sur la façade à l'ouest et le troisième sur le transept
méridional. La nef, du 11e siècle, de quatre travées est couverte
par un berceau recoupé par un seul doubleau. Les collatéraux
sont voûtés en quart de cercle. La partie orientale, du 12e siècle,
comprend la croisée avec petite coupole sur trompes et trois
absidioles circulaires. Au 15e siècle, une chapelle est ajoutée au
bras nord du transept, et une à la dernière travée du collatéral
sud. Le tympan de la porte occidentale a été supprimé. Le clocher
carré est percé sur chaque face d'une baie jumelle avec deux
colonnettes. Traces de copeaux et de figures géométriques sur les
modillons de l'entablement
Le clocher est aujourd'hui amputé de sa flèche. Il est recouvert de
petites tuiles alors que le reste de l'église a reçu des tuiles
"canal".
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b. Le patrimoine architectural non protégé
Château de Moulin-Neuf
Château de Saint-Laurent
La colline de Châtel-de-Neuvre est un lieu occupé depuis l'Antiquité ainsi qu'en témoignent de nombreux vestiges
archéologiques. C'est peut-être non loin de là que César franchit l'Allier qui coule ses pieds. L'église romane qui domine la
vallée, l'une des plus anciennes du département, est également dédiée à st Laurent. Non loin de là, légèrement en
contrebas, se situe le château de Saint-Laurent. C'est un édifice relativement modeste, composé d'un corps de logis
unique flanqué vers la rivière d'une tour circulaire, et d'une tour carrée à l'opposé. Le pittoresque de l'ensemble
typiquement bourbonnais est augmenté par la présence d'une grosse tour circulaire servant de colombier,
Château des Logères
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Pont sur l'Allier
Un premier pont, suspendu, est mis en service en 1870.
Au début du XXe siècle, il est en si mauvais état que le département décide de le remplacer par un pont de la même série
que les ponts construits par Eugène Freyssinet au Veurdre et à Creuzier-le-Vieux (pont Boutiron). Ce pont en béton armé,
commencé par Freyssinet en 1914, n'est terminé, du fait de la guerre, qu'en 1923 ; il est dynamité en juin 1940 pour
retarder l'avancée des troupes allemandes.
Pendant le temps de la guerre, les forces d'occupation ne rétabliront pas de pont pour passer l'Allier à Châtel-de-Neuvre. Il
faudra attendre 1947 pour qu'un pont provisoire, dit« Pont d'Arromanches », soit installé. Il a été construit à l'aide de
modules métalliques ayant servi à la liaison entre le port artificiel Mulberry installé en face d 'Arromanches lors du
Débarquement du 6 juin 1944 et la côte normande. La récupération de ces éléments qui avaient constitué plus de 15
kilomètres de jetées flottantes a ensuite permis de reconstruire près de200 ponts détruits pendant la guerre en France.
Cette construction provisoire va servir plus de trente ans avant que le pont actuel ne soit réalisé (inauguration en 1979).
La plaque de la stèle du bord d'Allier témoigne de l'aventure de ces neuf modules d'acier fabriqués en Angleterre avant
d'être assemblés avec des centaines d'autres pour former les cinq jetées des ports artificiels d'Arromanches qui avaient
fait transiter 2 millions et demi d'hommes, 500 000 véhicules et 4 millions de tonnes de matériel pendant la bataille de
Normandie !
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Un pont provisoire est établi après la guerre et ouvre en juin 1947 ; ses neuf travées sont constituées de charpentes
métalliques récupérées des pontons de débarquement d'Arromanches ; c'est l'un des quelque 180 « ponts Arromanches »
qui furent ainsi construits à travers la France pour remplacer des ponts détruits.
En novembre 1976, une pile cède. Il est alors démonté et remplacé par un pont en béton précontraint d'une portée de
188 m, mis en service en 1976.
c. Le patrimoine archéologique
Dans l’attente de données
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ARCHITECTURE ET PATRIMOINE
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3. Les construct ions tradit ionnelles
a. Architecture vernaculaire : la ferme de l’agriculteur - éleveur
Ce modèle de ferme est ancien. Il regroupe des installations de petits agriculteurs qui associaient dès le départ polyculture et
élevage. Ce modèle de ferme s’est notamment multiplié à la fin du XIXème siècle (après la crise du phylloxéra).
Il s'agit d'une ferme bloc à terre ou en hauteur juxtaposant un logis et une grange-étable. Il peut s’articuler autour d’une
petite cour donnant accès aux autres bâtiments agricoles (étable, porcherie, clapier, …).
Certaines fermes peuvent se refermer complètement par un mur de clôture haut en maçonnerie et une entrée marquée par
des piles.
Les volumes de forme parallélépipédique sont coiffés d’une toiture à deux pans. Ils peuvent présenter un faîtage commun ou
un décalage de toiture, mais toujours un alignement des façades.
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b. Architecture urbaine
Maison de bourg
Le bourg et les villages du territoire présentent des constructions dites urbaines du XIXème siècle.
Les maisons se situent de part et d'autre de la voie centrale. Elles se succèdent toutes dans le même alignement.
Les maisons sont en r, r+1, r+1+comble ou, plus rarement en r+2.
Le bâti ancien plutôt modeste est assez homogène, les constructions sont plutôt étroites (2 travées majoritairement), et
ne disposent que rarement d’espaces extérieurs.
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ARCHITECTURE ET PATRIMOINE
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Architecture moderne : les pavillons
Les extensions récentes se sont réalisées en dehors du schéma initial du « village rue », notamment le long de la rue de la
Vieille Poste et de la rue du Chêne du Loup
L'implantation de la maison est souvent en milieu de parcelle. Les éléments de rupture avec l’architecture traditionnelle
du bourg et son organisation sont nombreux : les constructions neuves ne présentent que rarement de mitoyenneté, les
implantations en limite parcellaire sont plutôt rares, les volumes sont bas et étalés, … .
La végétation permet de retisser des liens entre les volumes et adoucit les contrastes des formes.
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ARCHITECTURE ET PATRIMOINE
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ENJEUX
Préserver le patrimoine architectural du bourg
L'ensemble du bâti joue un rôle important dans la composition des paysages ruraux : maison d'habitation,
bâtiments agricoles, maisons fortes caractérisent le territoire et rappellent le travail des paysans dans la
construction des paysages ruraux.
Urbanisation maîtrisée et raisonnée
Développement de nouvelles formes d’habitat
Assurer l’attractivité de l’habitat
ORIENTATIONS / Pistes de réflexion pour le PLU
Accompagner l’évolution des formes architecturales. Promouvoir les formes traditionnelles.
Favoriser des réhabilitations de qualité
Favoriser le recyclage des constructions. Les bâtiments anciens constituent une réserve importante pour
une réutilisation en habitat avec possibilité d’extension dans les anciennes parties agricoles.
Impulser des opérations répondant aux objectifs de développement durable
Le zonage et le règlement du PLU tiendront compte des caractéristiques bien particulières des
implantations humaines.
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HABITAT
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C. HABITAT
1. Rappel des lois et textes règlementaires
Rappel des lois et textes règlementaires :
loi d’orientation sur la ville du 13 juillet 1991 ;
loi SRU du 13 décembre 2000.
Les données sont issues :
du recensement Insee publié en 2015 ;
des projections démographiques de l’Insee pour 2031 ;
des données issues de l’Observatoire Départemental de l’Habitat.
2. Le contexte intercommunal de l’habitat :
a. Observatoire de l’habitat du département de l’Allier
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HABITAT
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b. L’habitat à l’échelle de la communauté de communes Bocage sud
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HABITAT
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3. L’habitat à Châtel-de-Neuvre
a. Evolution du parc des logements
Le nombre de construction connait une croissance plutôt soutenue depuis 1975 : entre 1975 et 2012, le nombre de
logements a augmenté de 60.
La part des maisons est largement prédominante, elle représente près de 91,3 % des logements. En revanche, elle est en
baisse depuis 2007 (95%)
Depuis 2007, la commune a gagné 14 appartements tandis que 7 nouvelles maisons ont vu le jour.
Catégories et types de logements
2007 % 2012 %
Ensemble 293 100 312 100
Résidences principales 237 80,9 248 79,5
Résidences secondaires et logements occasionnels 25 8,5 27 8,7
Logements vacants 31 10,6 37 11,9
Maisons 278 94,9 285 91,3
Appartements 11 3,8 25 8
Sources : Insee, RP2007 et RP2012 exploitations principales
b. Les Résidences Principales (RP)
Les RP constituent 79,5 % du parc des logements. Cette part est en légère augmentation depuis 2007.
Entre 2007 et 2012, le nombre de RP a augmenté, 11 nouveaux logements ont vu le jour.
Le nombre de RP augmente depuis 1975.
Les RP sont généralement et majoritairement, de grande taille : 76 % des RP possèdent 4 pièces en plus.
249 252 265 265 271
293 312
200
250
300
350
1968 1975 1982 1990 1999 2007 2012
Évolution du nombre de logements
Sources : Insee, RP1968 à 1990 dénombrements, RP1999 et RP20112 exploitations principales
187 166
195 191 213
237 248
100
150
200
250
300
1968 1975 1982 1990 1999 2007 2012
Évolution du nombre de résidences principales
Sources : Insee, RP1968 à 1990 dénombrements, RP1999 et RP2012 exploitations principales
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HABITAT
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Résidences principales selon le nombre de pièces
2007 % 2012 %
Ensemble 237 100 248 100
1 pièce 1 0,4 1 0,4
2 pièces 13 5,5 17 6,9
3 pièces 46 19,4 42 16,9
4 pièces 58 24,5 69 27,8
5 pièces ou plus 119 50,2 119 48
Sources : Insee, RP2007 et RP2012 exploitations principales.
La réduction de la taille des ménages ne s'accompagne pas d'une réduction de la taille des logements. À travers la source
FILOCOM, on observe en Auvergne comme dans d'autres régions, une tendance, plus ou moins prononcée selon les aires
urbaines, à la diminution du nombre de petits logements et surtout une tendance lourde et générale à la progression des
grands logements.
Cet indicateur affiche un certain décalage entre les souhaits des habitants et les grandes tendances nationales :
Les surfaces demandées sont toujours aussi grandes alors que le nombre de personnes par ménage diminue.
Le modèle pavillonnaire au milieu de la parcelle est toujours recherché, alors que les grands principes urbains
d’aujourd’hui visent la densification et la modération des espaces consommés.
Une carence de petits logements est à noter. La commune ne possède qu’un logement d’une pièce. Elle possède 17
logements de deux pièces (+4 depuis 2007).
La rotation des logements est faible : près de 54,4 % des ménages habitent la même RP depuis 10 ans ou plus (23,4 %
des ménages sont dans leur logement depuis plus de 30 ans).
72 % des RP sont des propriétés. Les RP en location représentent 27 % des logements. Entre 2007 et 2012, le nombre
de locataire a augmenté (+10).
Résidences principales selon le statut d'occupation
2007 2012
Nombre % Nombre %
Ensemble 237 100 248 100
Propriétaire 177 74,7 178 71,8
Locataire 56 23,6 66 26,6
Sources : Insee, RP2006 et RP2011 exploitations principales.
La répartition par l’ancienneté des constructions est assez déséquilibrée : 53% des constructions ont été achevées avant
1946.
53,3
27 19,7
0
20
40
60
Avant 1946 De 1946 à 1990 De 1991 à 2009
Résidences principales en 2011 selon la période d'achèvement
Source : Insee, RP2011 exploitation principale.
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c. Les Résidences Secondaires (RS)
Le nombre de résidences secondaire est en diminution depuis 1975. On dénombrait 27 résidences secondaires en 2012.
d. Les Logements Vacants (LV)
Après un pic en 1990, le nombre de logements vacants a diminué fortement (-20 logements).
Depuis 1999, leur nombre est de nouveau en augmentation (+16)
e. Les logements locatifs et locatifs sociaux
Le nombre de locataire a augmenté depuis 2007 (+10)
Il y a 11 logements HLM sur la commune (+8 depuis 2007).
Le nombre de logés gratuitement, lui, est resté stable.
Résidences principales selon le statut d'occupation
2007 2012
Nombre % Nombre %
Locataire 56 23,6 66 26,6
dont d'un logement HLM loué vide 3 1,3 11 4,4
Logé gratuitement 4 1,7 4 1,6
Sources : Insee, RP2007 et RP2012 exploitations principales.
31
45 42
33 37
25 27
10
20
30
40
50
60
1968 1975 1982 1990 1999 2007 2012
Évolution du nombre de résidences secondaires
Sources : Insee, RP1968 à 1990 dénombrements, RP1999 et RP2010 exploitations principales
31
41
28
41
21
31 37
0
10
20
30
40
50
1968 1975 1982 1990 1999 2007 2012
Évolution du nombre de logements vacants
Sources : Insee, RP1968 à 1990 dénombrements, RP1999 et RP20102exploitations principales
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HABITAT
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4. Les Perspectives de Développement
a. Les projections démographiques et les besoins en logements
Estimation des besoins en logements d'ici 2030
Hypothèse 1 : une démographie stabilisée.
Démographie : scenario retenu (en %) 0 Nombre de nouveaux habitants 0
Pourcentage de logements vacants à remettre sur le marché (%)
30
1er facteur : desserrement des ménages
A - Taille des ménages en 2012 : 2,2 C - Nombre d'habitants en 2012 : 553
B - Taille des ménages en 2030 : 2,1 D - Nombre d'habitants en 2030 : 553
E - Nombre de logements nécessaires en 2012 : C/A = 251
F - Nombre de logements nécessaires en 2030 : C/B = 263
G - Nombre de logements à prévoir pour pallier uniquement le desserrement des ménages : F-E =
12
2ème facteur : arrivée de nouveaux habitants
H - Nombre de nouveaux habitants prévus d'ici 2030 : D - C = 0
I - Nombre de logements que la commune doit prévoir pour pallier l'arrivée de nouveaux habitants : H/B =
0
3ème facteur : renouvellement du parc de logements existant
J - Nombre de résidences principales : 248
K - Nombre de logements du parc existant qui sera à renouveler : J x 3% = 7
L - Nombre total de logements à créer : G + I + K = 19
Besoin en constructions neuves
M - Nombre de logements vacants dans le parc total : 37
N - Logement vacants à remettre sur le marché 11
O - Nombre de logements neufs à construire : L - N = 8
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HABITAT
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Estimation des besoins en logements d'ici 2030
Hypothèse 2 : croissance comparable aux dernières années
Démographie : scenario retenu (en % / an) 1,4 Nombre de nouveaux habitants 157
Pourcentage de logements vacants à remettre sur le marché (%)
30
1er facteur : desserrement des ménages
A - Taille des ménages en 2012 : 2,2 C - Nombre d'habitants en 2012 : 553
B - Taille des ménages en 2030 : 2,1 D - Nombre d'habitants en 2030 : 710
E - Nombre de logements nécessaires en 2012 : C/A = 251
F - Nombre de logements nécessaires en 2030 : C/B = 263
G - Nombre de logements à prévoir pour pallier uniquement le desserrement des ménages : F-E =
12
2ème facteur : arrivée de nouveaux habitants
H - Nombre de nouveaux habitants prévus d'ici 2030 : D - C = 157
I - Nombre de logements que la commune doit prévoir pour pallier l'arrivée de nouveaux habitants : H/B =
75
3ème facteur : renouvellement du parc de logements existant
J - Nombre de résidences principales : 248
K - Nombre de logements du parc existant qui sera à renouveler : J x 3% = 7
L - Nombre total de logements à créer : G + I + K = 94
Besoin en constructions neuves
M - Nombre de logements vacants dans le parc total : 37
N - Logement vacants à remettre sur le marché 11
O - Nombre de logements neufs à construire : L - N = 83
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HABITAT
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Estimation des besoins en logements d'ici 2030
Hypothèse 3 : projections de l’Insee
Démographie : scenario retenu (en % / an) -0,11609 Nombre de nouveaux habitants -11
Pourcentage de logements vacants à remettre sur le marché (%)
30
1er facteur : desserrement des ménages
A - Taille des ménages en 2012 : 2,2 C - Nombre d'habitants en 2012 : 553
B - Taille des ménages en 2030 : 2,1 D - Nombre d'habitants en 2030 : 542
E - Nombre de logements nécessaires en 2012 : C/A = 251
F - Nombre de logements nécessaires en 2030 : C/B = 263
G - Nombre de logements à prévoir pour pallier uniquement le desserrement des ménages : F-E =
12
2ème facteur : arrivée de nouveaux habitants
H - Nombre de nouveaux habitants prévus d'ici 2030 : D - C = -11
I - Nombre de logements que la commune doit prévoir pour pallier l'arrivée de nouveaux habitants : H/B =
-5
3ème facteur : renouvellement du parc de logements existant
J - Nombre de résidences principales : 248
K - Nombre de logements du parc existant qui sera à renouveler : J x 3% = 7
L - Nombre total de logements à créer : G + I + K = 14
Besoin en constructions neuves
M - Nombre de logements vacants dans le parc total : 37
N - Logement vacants à remettre sur le marché 11
O - Nombre de logements neufs à construire : L - N = 3
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HABITAT
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ENJEUX
Le maintien des populations en place en répondant aux besoins en termes de logements.
L’accueil de nouvelle population.
ORIENTATIONS / Pistes de réflexion pour le PLU
Encourager le recyclage des constructions.
Libérer des terrains constructibles tout en maîtrisant l’étalement urbain. Viser les objectifs SCoT en termes de
taille de parcelle afin d’économiser le foncier et préserver l’environnement.
Diversifier l’habitat pour répondre à tous les besoins et économiser le foncier. Elaborer des préconisations et/ou
des orientations d’aménagement pour les zones à urbaniser (AU) : pourcentage de constructions individuelles,
pourcentage d’habitat collectif.
Répondre aux exigences environnementales. Inciter la diminution des consommations d’énergie, favoriser la mise
en place des énergies renouvelables dans le règlement PLU.
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POTENTIALITES URBAINES
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D. LES POTENTIALITES URBAINES SUR LA COMMUNE
Une estimation des capacités d’accueil de l’ensemble des zones d’urbanisation future permet dans un premier temps
d’évaluer la cohérence du projet avec les projections démographiques du secteur.
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POTENTIALITES URBAINES
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1. Potential ités urbaines : les zones NA
Les Zones NA Surfaces totale de la
zone Surfaces restantes à
construire (m²)
Espaces nécessaires à
l’aménagement des zones : - 25%
Nombre de logements pour une moyenne de 1000 m²
par logement
Estimation des capacités d’accueil
en nombre d’habitants
1NA et 1NAa 242 618 120 492 90369 90 199
2NA 81 085 72 485 54364 54 120
TOTAL 323 703 m² 192 977 m² 144 733 m² 145 logements 318 habitants
Estimation de la taille des ménages en 2030 ans 2,2
Surface restant à construire, zones 1NA, 1NAa et 2NA, Châtel-de-Neuvre
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POTENTIALITES URBAINES
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2. Potential ités urbaines : les zones U et NB
Une analyse des terrains libres, situés dans les zones urbaines, a été réalisée par comparaison de cadastres, carte IGN,
photographies aériennes, visites de terrain, etc.
Secteur des zones urbaines Surfaces restantes à
construire (m²) Rétention foncière de
30% (m²)
Nombre de logements pour une moyenne de 1000 m² par logement
Estimation des capacités d’accueil
en nombre d’habitants
Zone U - Châtel-de-Neuvre 24 753 17 327 17 38
Zone NB - les Foncelots et St-Laurent
48 871 34 210 34 75
Zone NB - les Boulets 34 331 24 032 24 53
Zone NB - Tilly 883 618 1 1
Total 108 838 m² 76 187 m² 76 logements 168 habitants
Estimation de la taille des ménages en 2030 ans 2,2
Zone U, Châtel-de-Neuvre Zone NB - les Foncelots et St-Laurent
Zone NB - les Boulets
Zone NB - les Boulets
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POTENTIALITES URBAINES
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3. Bilan des espaces encore l ibres
Surfaces restantes à construire (ha)
Déduction rétention (zone U : 30%) ou
aménagement (Zone AU : 25%)
Nombre de logements pour une moyenne de 1000 m² par logement
Estimation des capacités d’accueil
en nombre d’habitants
Zones U 10,9 7,6 76 168
zones AU 19,3 14,5 145 318
Les capacités restantes sont très larges
30,2 ha 22,1 ha 221 logements 486 habitants
Estimation de la taille des ménages en 2030 ans 2,2
Rappel des 3 scénarii envisagés :
Projections démographiques – Scénario 1 - Une croissance stabilisée à 561 habitants environ.
Projections démographiques – Scénario 2 - Une croissance comparable aux dernières années : 1,4 % (variation moyenne
annuelle)
Entre 2007 et 2012, la variation annuelle moyenne de la population était de 1,4 %. Le gain de nouveaux habitants a été de
36 personnes.
Si l’on applique une croissance comparable pour les années à venir (2015-2030), la commune de Châtel-de-Neuvre
pourrait encore gagner environ 130 habitants supplémentaires dans les 15 prochaines années, ce qui porterait la
population communale à 691 habitants environ.
Projections démographiques – Scénario 3 - Une évolution basée sur la croissance attendue dans le territoire Sologne et
Bocage Bourbonnais : - 0,12
Si l’on applique ce scénario à la commune de Châtel-de-Neuvre, soit -0,12%/an jusqu’en 2030, la commune pourrait
perdre 10 habitants, ce qui porterait la population communale à environ 551 habitants.
Quel que soit les scenarii envisagés, les capacités de l’actuel POS sont trop importantes.
Mars 2014
TOME 1
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S C P D E S C O E U R - A R C H I T E C T U R E E T A M E N A G E M E N T D U T E R R I T O I R E R A P P O R T D E P R E S E N T A T I O N – D I A G N O S T I C - T O M E I I
POTENTIALITES URBAINES
C H A T E L - D E - N E U V R E ●●● P LU ●●● P A R T I E I I – H A B I T A T E T U R B A N I S M E
ENJEUX
Maîtrise de la démographie
La consommation des espaces agricoles et naturels.
Meilleur organisation des nouvelles constructions et des mobilités.
ORIENTATIONS / Pistes de réflexion pour le PLU
Une réflexion doit s’engager sur les réels besoins de la commune, notamment en termes de consommation des
espaces. Une ambition démographique doit être définie pour les 10 prochaines années. Cette ambition
démographique et les projets de développement doivent être raisonnés et cohérents avec le contexte du secteur
(SCoT du Grand-Clermont).
La gestion économe des espaces doit être au centre de la réflexion.
L’élaboration du PLU doit prendre en compte les contraintes, naturelles et techniques, inhérentes au territoire
communal.
Limiter le mitage. Tendre vers la densification de l’existant.
Plus globalement, dans un contexte de crise économique où les difficultés pour se loger et le coût des transports
deviennent parfois insurmontables, il est nécessaire de repenser les modes d’extension urbaine par la
multiplication des lotissements identiques les uns aux autres et grands consommateurs d’un foncier nécessaire à
l’agriculture et à l’équilibre des espaces naturels.
En conclusion, le PLU devra veiller à assurer un urbanisme de qualité, en particulier en permettant la mise en
œuvre des principes de développement durable et d'éco- construction.