Quattuor Magazine

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style life

Transcript of Quattuor Magazine

  • 4-JesseMorrow um

    designer e fotgrafo sediado

    em Seattle, Washington

    14 - Ana Morais CASULO

    22- AlexandreBobone

    Bigorna Louca

    34-Annabelle Hickson

    the-dailys

    44-CENTROINTERNACIONAL

    DE SURF

    52- Amijoas Masala

  • 54 -Ins Ginja,

    Anans e Hortel

    62- Patrcia Maia

    Gaveto - decorao de

    interiores

    86- Adriana Sinke

    90-Autumn Hair Care

    92- Carla Isabel

    Carvalho Henriques

    96- Salva a L

    Portuguesa

  • http://www.mrrw.co

    https://www.facebook.com/morrowj

    https://instagram.com/jessemorrow/

  • Em Setembro tive a oportunidade de fazer a minha segunda caminhada pelos

    trilhos da natureza selvagem do estado de Washington.

    Nesse ano, com a orientao dos meus amigos Jerry e Ben, fomos em direco

    da rea de Core Enchantments. Tivmos a sorte de conseguirmos um passe com

    autorizao para poder acampar em vrias zonas.

    Esta viagem de quatro dias ficar na nossa memria!

  • Jesse Morrow um designer e fotgrafo sediado em Seattle,

    Washington

    Quando no estou sentado em frente ao computador podem

    encontar-me a fazer msica, a passear, a desenhar joalharia, ou a

    andar de mota.

  • CASULO Wall Art & Goods http://c-a-s-u-l-o.com/

    http://www.tapasnalingua.com/

  • Ana ,Podes dizer- nos quando

    comeou a fazer

    macram? Comecei quando estava na licena de

    maternidade pois tinha necessidade de

    ocupar o tempo das sestas da beb com

    alguma actividade produtiva, criativa e nova.

    Ento comecei a aprender de uma forma

    autodidata. Sozinha comecei a aprender

    tcnicas e ns, a experimentar, a fazer e a

    desfazer.

    H quanto tempo trabalha

    nesta arte? Faz dois anos. Comecei a fazer peas para

    usar e decorar a minha casa. Depois

    compreendi que aquele estilo mais

    descontrado e bomio no era muito visto.

    Ento decidi partilhar com mais pessoas e

    criei o projecto Casulo. Correu muito bem, ao

    segundo dia de ter lanado a loja, os produtos

    esgotaram todos e o feedback foi super

    positivo.

    Quantas peas produz por

    ms? Depende da pea, h peas que se fazem num

    dia, h outras que demoram a fazer uma

    semana, como uma que fiz recentemente

    para um casamento. um pouco difcil dizer

    quantas peas fao num ms, mas se

    estivermos a falar de peas normais consegue-se produzir vinte peas.

    INTERVIEWHANDYPEOPLE

    O nome do projecto Casulo Casulo Casulo Casulo

    Porqu a escolha deste

    nome e qual o significado?

    Antes de mais porque eu adoro estar em

    casa e fazer coisas em casa. Trabalho em

    casa, portanto estou no meu casulo, l que

    tudo nasce. Depois escolhi o nome casulo

    porque existe sempre a pea em bruto que

    o casulo que vai originar a pea final que

    ser a borbuleta.

    Onde encontra a sua

    inspirao para criar? Inspiro-me em quase tudo: na msica, na

    Natureza, na minha filha, nos detalhes do

    dia--dia. Acho que a inspirao podemos

    encontrar em quase tudo desde que

    estejamos predispostos e atentos para

    receb-la.

  • Muitas das suas peas seguem o

    estilo Boho. o seu estilo preferido? Sim, o meu estilo preferido. Compro muitos livros de

    decorao bomia, acompanho as tendncias das

    coleces de estilistas boho e uso esta influncia nas peas

    que crio.

    Quem so os teus clientes? Tenho um revendedor no Porto que tem uma loja onde

    vende as minhas peas. Ele uma vez disse-me o tipo de

    pessoas que vo loja ver as minhas peas: so jovens

    mulheres bonitas e com pinta.

    Eu achei isso muito engraado.

    essa a impresso que tenho.

    Quase todos os meus clientes so

    mulheres, no as conheo por

    que quase sempre compram pela

    internet, mas por comprarem

    este tipo de peas devem ter

    ligao quele esprito mais

    libertino e boho, mas tambm h

    mulheres mais maduras. Quando

    so homens, normalmente para

    oferecer s namoradas ou

    esposas.

  • Este tipo de artesanato no muito

    conhecido em Portugal, h poucos

    portugueses a fazer. Tem pessoas que querem

    aprender consigo? Sim, tenho pessoas interessadas que me contactam e pedem.

    Est a pensar dar algum workshop no

    futuro? Estou a comear a construir essa ideia, mas o meu principal problema

    que sou muito tmida, no sei se conseguirei lidar com muita gente, fico

    envergonhada. Estou habituada a trabalhar sozinha em casa e muito

    diferente ter vinte pessoas frente e tentar ensinar. Tenho muita

    vontade de ensinar e h muita gente que pergunta quando que dou

    um workshop.

    .

  • INTERVIEWHANDYPEOPLE

    H muitos portugueses a

    comear a gostar do estilo

    boho? Sim, talvez porque no se v muito em

    Portugal, v-se mais no estrangeiro, nos

    pases nrdicos ou na Austrlia.

    O que aconselha quelas

    pessoas que esto a

    comear a fazer macram? H imensos tutoriais em vdeo no Youtube

    que ensinam mesmo a fazer. Se

    pesquisarmos, encontramos muitos vdeos

    que ensinam a fazer pulseiras, anis, peas

    maiores. O meu principal conselho para

    no desistirem primeira, porque s vezes

    a tcnica dos ns pode criar muita confuso

    e desmotivao inicial.

    s vezes acontece que j vou a meio de uma

    pea e vejo que algo no est bem e tenho

    de desfazer a pea toda. Isto acontece,

    normal. Mas vale a pena, s assim que que

    conseguimos evoluir. a experimentar e a

    errar que evolumos.

    Essa evoluo tambm

    ajuda a melhorar a

    pacincia, no verdade? Sim, exatamente. Quase sempre nesta arte

    faltam duas coisas: tempo e pacincia.

    Diga-nos cinco coisas sobre

    si que mais ningum sabe

    - Sou tmida.

    -Preciso de oito horas para dormir, o que

    no tem acontecido.

    -Quando me lanam um novo desafio ou

    pea com design novo, fico muito ansiosa

    at entregar o trabalho.

    - Como muito chocolate.

    -Sou viciada em sries de televiso, vejo

    imensas no inverno.

  • Alexandre Bobone https://www.facebook.com/BigornaLouca-114781005219177/timelie/

    https://www.facebook.com/alexandre.bobone.1?fref=ts

  • Por que que escolheu trabalhar o ferro?

    Alexandre Bobone: Sempre quis trabalhar com as mos e o caminho indicou o

    metal, o ferro, no incio no fazia a mnima ideia se seria madeira, plstico ou

    ferro.

    Como foi a primeira vez que experimentou trabalhar o ferro?

    Alexandre Bobone: Acabei de estudar no liceu e disse aos meus pais que no ia

    para a Universidade, pois no estava dentro da minha forma de estar. Entretanto

    uma amiga da minha tia disse que havia uns cursos de formao profissional.

    Naquele momento tinham vrios cursos mas o que estava vago era serralharia

    mecnica, que estava direccionado para o metal, e como no havia mais

    nenhum, escolhi aquele. Comecei a fazer o curso e foi a primeira vez que

    trabalhei o metal. A meio do curso, essa mesma tia trabalhava para um scio de

    uma empresa de metalomecnica; esse scio perguntou-me se eu no estaria

    interessado em experimentar. Na altura disse que sim, acabei o curso e fui para

    essa empresa de metalomecnica que se chamava Metalinox. L conheci o Mrio

    Correia que o meu mestre, que me ensinou o que eu sei fazer. Estive nessa

    empresa durante cinco anos, depois sai e abri a Bigorna

    H quantos anos trabalha com o ferro?

    Alexandre Bobone: Vinte anos.

    Existem muitas pessoas a trabalhar o ferro em Portugal?

    Alexandre Bobone: Sim, h muitas, mas no desta forma que eu trabalho.

    Por que a sua forma de trabalhar mais artstica?

    Alexandre Bobone: Sim, mais artstica, mais cuidada e mais autodidata.

    Trabalho mais com artistas, com arquitectos e com decoradores. Especializei-me

    em trabalhar metal de forma mais cuidada.

    Tem clientes com elevado rigor esttico. Como trabalha com

    eles?

    Alexandre Bobone: Geralmente eu cativo os meus clientes, ou seja, vm ter

    comigo para pedir determinada pea, eu consigo fazer essa determinada pea,

    gostam, veem a maneira como eu trabalho, gostam da maneira como eu os trato

    e como eu trato o ferro, vo ficando e vo passando a palavra.

  • INTERVIEWHANDYPEOPLE

  • Especializei-me muito em antiqurios, fao peas para antiqurios, suportes e

    pedestrais, trabalho com arquitectos com peas especficas sendo um trabalho

    mais difcil, trabalho tambm com artistas para lhes fazer as peas que no

    igualmente fcil e raramente trabalho com decoradores.

    Tem muitos clientes internacionais?

    Alexandre Bobone: Esses clientes aparecem mas por via indirecta, pois geralmente

    so pessoas de fora que compram e levam para os seus pases, l passam o

    contacto. C em Portugal os meus candeeiros so muito pouco compreendidos, to

    pouco levados a srio. C ningum se interessa por um monte de sucata que est

    organizada, os escandinavos acham muito mais piada a isto porque no esto

    habituados. Eles tm tudo muito direitinho e organizado, e depois aparece um

    monte de coisas juntas e que por acaso d luz... Esses sim so os meus clientes

    estrangeiros, uma relao indirecta, isto , eu fao o candeeiro, ponho na loja

    venda, algum aparece e leva. Quero comear a trabalhar para o estrangeiro,

    trabalhar directamente com lojas e coloc-los nesses pases.

    Como que nascem as suas peas?

    Alexandre Bobone : Pego numa base, vou pondo peas, umas funcionam outras

    no, vai subindo, vai crescendo para a esquerda e para a direita, no fim eu prprio

    fico surpreendido. No existe qualquer tipo de estudo prvio, completamente

    emprico. No penso, no estudo, as peas vo aparecendo, o candeeiro vai ficando

    funcional, basicamente um momento de criatividade e inspirao. A imagem

    geralmente agressiva, crua, tenho alguns mais harmoniosos por coincidncia.

    Ou se gosta ou se odeia.

    Onde que encontra estes objectos e partes metlicas?

    Alexandre Bobone: Do-me. Todos os meus amigos e pessoas minha volta sabem

    que quando tm qualquer coisa para mandar para o lixo, no deitam, do-me.

    Depois desmonto, encontro peas, o que no quero deito fora, o que quero fico.

    Vou amontoando as peas que gosto. Para fazer o candeeiro, venho aqui ao monte,

    pego numa pea, pego noutra, fao, depois h uma que quero numa dimenso ou

    noutra e desmonto, procuro, encontro, encaixo. Aquele candeeiro nasceu

    exatamente assim.

    O que deseja para o futuro do seu ofcio?

    Alexandre Bobone: At fechar os olhos, at no poder trabalhar mais, quero fazer

    as minhas peas e vend-las, seja que pea for, pode ser um candeeiro, pode ser

    uma cadeira, pode ser uma mesa. S o fazer as peas para mim d-me todo o

    prazer, se eu poder viver disso fico encantado. No quero mais nada.

  • INTERVIEWHANDYPEOPLE

  • INTERVIEWHANDYPEOPLE

  • INTERVIEWHANDYPEOPLE

    Pego numa base, vou pondo peas, umas funcionam outras no, vai

    subindo, vai crescendo para a esquerda e para a direita, no fim eu prprio

    fico surpreendido. No existe qualquer tipo de estudo prvio,

    completamente emprico. No penso, no estudo, as peas vo

    aparecendo, o candeeiro vai ficando funcional, basicamente um

    momento de criatividade e inspirao. A imagem geralmente agressiva,

    crua, tenho alguns mais harmoniosos por coincidncia

  • http://www.the-dailys.com/

    Annabelle Hickson

    Finding beauty in daily life

  • Vivo com o meu marido Ed e com trs filhos, numa quinta de nozes pecan, no Dumaresq Valley na fronteira de New South

    Wales com Queensland.

    Eu tenho este pssimo hbito de me focar naquilo que

    poderia ser em vez de ver a beleza daquilo que tenho, por

    isso The Dailys uma espcie de ferramenta para me ajudar

    a ver o que est mesmo minha frente.

    Comida, flores, fotografia, olaria, familia... quaisquer que

    sejam os posts, a unica regra que de alguma forma tm de

    elevar o quotidiano diario, o meu quotidiano dirio, e que

    sejam constituidos por contedos originais.

  • Pizza di Lusso um grande prazer cozinhar minha maneira

    atravs do livro italiano da Barbara Small Stirring

    with senses/Mexendo com os Sentidos. Todas as

    receitas so fantsticas.

    E esta pizza, que mais um bolo salgado do que a

    base fina que eu costumo preparar, to fcil de

    fazer.

    como tirar tomates de uma lata, para explicar

    como fcil. E no h qualquer ingrediente para

    levedar pelo que na realidade podemos fazer

    rpido.

  • 8 pores

    2 ovos grandes de cerca de 65g cada

    O mesmo peso de manteiga

    (temperatura ambiente)

    O mesmo peso de farinha simples

    METADE do peso de queijo Parmeso

    ralado de fresco

    2 colheres de ch de fermento em p

    Sal, e pimenta-preta moda de fresco

    275g de raspas grossas de queijos

    bianco, bocconcini ou mozzarella

    2 x 400g de tomates em lata, bem

    escorridos, ou 600g de tomates frescos,

    pelados e sem sementes

    5 anchovas com sal, bem lavadas,

    limpas de cabeas e espinhas, cada uma

    dividida em 2 filetes OU 10-12 filetes de

    anchova de conserva em leo (azeite)

    1 boa colher de sopa de oregos secos

    Unte com manteiga uma forma (de pudim flan) de 28/30 cm

    de diametro e PR-AQUEA O FORNO A 190

    Coloque a manteiga na misturadora para misturar com o

    Parmeso ralado. Adicione os ovos , um de cada vez,

    permitindo que o primeiro seja absorvido antes de juntar o

    segundo ovo.

    Misture a farinha com o fermento em p e depois junte

    mistura de ovos. Tempere com sal e pimenta.

    Usando uma esptula espalhe a massa na

    forma preparada, pressionand na direco

    das arestas de forma a fazer uma borda que

    sobressai ao alto. Cubra a base com as

    raspas de mozzarella. Abra os tomates e

    coloque por cima do queijo. Coloque as

    anchovas de forma decorativa no topo.

    Polvilhe o orgo e tempere com pimenta.

  • Hoje em dia no faz sentido aprender surf sem estar

    integrado numa escola, mas h vinte ou trinta anos atrs,

    como no haviam escolas especializadas, os apaixonados e

    praticantes para comear vestiam um fato e entravam com

    a prancha no mar

    http://www.caparicasurf.com/

  • As coisas iniciaram com o associativismo, como um clube de surf, h muitos anos atrs. Mais tarde, h cerca de quinze anos, eu e o meu scio, que juntos sempre

    tivemos a ideia de ter um bar na praia, tivemos a possibilidade de ficar com um

    bar pequeno aqui na praia e assim foi. Desde o incio que optmos pelo conceito

    misto, ou seja, ter um estabelecimento que ao mesmo tempo escola de surf e

    bar. O que engraado que quando comemos este negcio, no havia escolas

    de surf em Portugal. Na Costa de Caparica, fomos a primeira escola de surf.

    Hoje em dia no faz sentido aprender surf sem estar integrado numa escola, mas

    h vinte ou trinta anos atrs, como no haviam escolas especializadas, os

    apaixonados e praticantes para comear vestiam um fato e entravam com a

    prancha no mar. No meu caso, comecei a fazer surf com os amigos h vinte e seis

    anos atrs. Mais tarde, h cerca de quinze anos, conheci o Lus Semedo, que hoje

    em dia meu scio, comemos a fazer campeonatos de surf e desde ento estou

    ligado Federao Portuguesa de Surf. Fui juz nacional e internacional, numa

    carreira normal como juiz de surf. Fiz as provas da SP e da ISA, fui director tcnico

    da federao, hoje em dia sou presidente do concelho de arbitragem, estive e

    estou muito ligado ao surf e ao desenvolvimento do surf em Portugal.

  • De 1998 a 2011 fui presidente do concelho de arbitragem, entretanto sa devido a

    incompatibilidades laborais com outro projecto que organizei o Campeonato

    Nacional de Surf Pro Junior. H dois anos, com a entrada de nova direco, voltei a

    ocupar o cargo de presidente do concelho de arbitragem.

    No passado o surf era visto de outro modo, agora mais visto como negcio, h

    assim responsabilidades perante toda a gente, h perante o Estado, h perante os

    empregados que aqui esto, h perante os clientes que procuram a escola de surf,

    nomeadamente, as crianas que querem aprender, por isso tudo comeou com

    uma actividade que dava prazer fazer e mais tarde tornou-se num negcio dadas

    as circunstncias do desenvolvimento da modalidade e das leis do pas.

    Na nossa escola de surf, Centro Internacional de Surf, temos vrios treinadores.

    bom dizer que difcil encontrar bons profissionais em qualquer rea, no surf

    igual. s vezes no por se ser o melhor surfista do mundo que se vai ser o melhor

    treinador. Temos tanto trabalho na escola que com o tempo acabamos por

    seleccionar os melhores, aqueles que cumprem as regras, aqueles que tm

    capacidade para estar com os alunos. Temos treinadores de falam vrias lnguas e

    outros que s falam portugus. Conseguimos ter aulas em ingls, francs e

    italiano.

  • Relativamente s diferenas entre a prtica do surf no vero e no inverno,

    tem apenas que ver com a motivao do surfista. No vero mais

    agradvel ir at praia cheia de gente, bikinis, calor, sol, j no inverno no

    h pessoas, pode estar a chover e muito frio. Despir e vestir o fato

    molhado no inverno e no vero tambm faz uma grande diferena em

    termos de conforto da prtica desportiva. No final, tudo tem a ver com a

    paixo, o querer e a motivao do atleta. Na nossa escola temos aulas no

    vero e no inverno, mas claro que alguns pais podem pensar que mais

    inconveniente para os seus filhos fazer surf no inverno do que no vero. O

    caso do Liceu Francs um exemplo, ns temos alunos com actividade

    extracurricular na nossa escola de surf que comeam as aulas em

    Setembro e terminam em Julho, portanto, atravessando as quadro

    estaes do ano.

    A nossa escola oferece vrias actividades, para alm do A.T.L., temos aulas

    divididas por vrios nveis de aprendizagem, onde preparamos os atletas

    at ao nvel de competio. Quando atingido o nvel de competio, os

    atletas passam a ter treinos especficos, no entanto a vertente formativa

    virada para a competio j no somos ns a fazer, passamos os atletas

    para treinadores ou outras escolas mais focadas nesse nvel. Ns somos

    uma escola de surf, no somos um centro de treinos.

    No futuro queremos continuar a crescer. Trabalhamos muito com

    estudantes do ULL (Erasmus Life Lisboa) e comeamos a trabalhar com

    alguns colgios, pois queremos quebrar a sazonalidade. Temos mais aulas

    durante o vero e menos durante o inverno mas a nossa vontade

    trabalhar 365 dias por ano.

  • Amijoas MasalaAmijoas MasalaAmijoas MasalaAmijoas Masala

    1 kg de amijoas (usei congeladas)

    2 colheres (sopa) de azeite

    3 dentes de alho picados

    1 cebola roxa pequena picada

    1/2 colher (ch) de garam masala

    1/2 colher (ch) de curcuma

    1/2 chvena de vinho branco

    1/2 chvena de gua

    sal q.b.

    1 molho de coentros frescos

    limo para servir

  • Numa sert alta ou num tacho colocar o azeite a aquecer. Juntar os alhos e cebola

    e deixar refogar at ficar amolecido. Adicionar depois o garam masala, a curcuma,

    mexer bem e em seguida juntar o vinho e a gua. Deixar ferver um pouco e juntar

    as amijoas. Tapar e reduzir o lume para brando.

    Deixar cozinhar por alguns minutos, agitando o tacho de vez em quando, at as

    amijoas abrirem.

    Destapar, descartar as amijoas fechadas e colocar parte dos coentros bem

    picados e uma pitada de sal, voltar a tapar e agitar o tacho para o sabor dos

    coentros se espalhar.

    Regar com um pouco de sumo de limo e servir com mais coentros frescos picados

    grosseiramente.

    PreparaoPreparaoPreparaoPreparao

    Colocar as amijoas de molho em gua

    fria com bastante sal por meia hora, se

    estas forem frescas (para limpar de

    areias). Escorrer e lavar em vrias guas e

    colocar noutra taa. Se forem congeladas

    podem deixar descongelar no frio ou usar

    directamente.

  • http://ananasehortela.blogspot.pt/

    https://instagram.com/inesananasehortela/

  • Quattuor Magazine: A Ins mdica veterinria. Como

    descobriu esta actividade de blogger de receitas de

    culinria?

    Ginja (Ins): A vida no pode ser s uma coisa, eu no

    consigo s fazer uma coisa para o resto da minha vida.

    Todos os dias penso que gostava de fazer isto ou aquilo...

    No incio comecei com receitas de culinria.

    Quattuor Magazine: Eram receitas suas ou de outras

    pessoas?

    Ginja (Ins): As que comecei a fazer mais eram as que

    vinham nos caderninhos de receitas de famlia, as

    receitas da minha av, o bolo de laranja, o po de l, o

    arroz doce, os coquinhos da minha me, entre outras.

    Quattuor Magazine: Eram receitas tpicas portuguesas?

    Ginja (Ins): Sim, de incio foram receitas caseiras e

    portuguesas. Depois comecei a descobrir receitas novas,

    em livros e mais tarde tambm na Internet. Era muito

    engraado experimentar receitas novas e procurar

    ingredientes novos. H tantas receitas por descobrir que

    podemos viajar sem sair de casa. Fazer um caril e o po

    Nam d para estar numa mesa s com comida indiana. A

    culinria j faz parte da minha vida seno no tinha

    criado o blog Anans & Hortel, que serve muito para

    registo e que nasceu mais por brincadeira. Quando

    percebi que as pessoas usavam as minhas receitas e postavam as suas experincias em comentrios no blog,

    fiquei muito contente e comecei a olhar para outros

    blogues que me inspiravam e nessa altura comecei a

    fazer fotografias dos pratos tambm mais bonitas e

    cuidadas. As fotografias das primeiras receitas no tm

    nada a ver com as que publico actualmente no blog, s

    vezes at me assusto, mas muito interessante sentir a

    evoluo do blog, assim mesmo, o seu crescimento

    natural, ia publicando as receitas que mais gostava de

    fazer. Hoje em dia, ainda antes de fazer a receita j estou a pensar como a vou fotografar, quais so os objectos, os

    pratos, os panos, tudo o que faz sentido utilizar na

    apresentao. Antes tinha o gosto apenas pela boa preparao da comida, agora tambm tenho muito

    Quattuor Magazine :Nunca pensou fazer s culinria na

    sua vida?

    Ginja (Ins): Sim, j pensei muitas vezes. Na profisso

    de mdica veterinria preciso trabalhar com paixo, s

    com paixo que conseguimos. H dias que so muito

    difceis, pois deparamo-nos com situaes de vida e

    morte. Aparecem animais que esto muito mal. Muitas

    vezes no final do dia penso que sim isto que quero

    fazer sempre e que isto que me realiza, mas h outros

    que por vrios motivos penso que quero fazer outras

    coisas na vida.

    Quattuor Magazine :J pensou em abrir um restaurante?

    Ginja (Ins): Talvez um restaurante no, mas um

    espao do tipo bruncheria ou pastelaria, um espao

    acolhedor ao mesmo tempo rstico mas moderno.

    Quattuor Magazine :Um food-truck?

    Ginja (Ins): Isso no, pensei mais num espao fsico

    mas no num restaurante. Eu gosto mais mesmo de

    fazer bolinhos, bolachas, tudo o que seja pastelaria,

    gostava imenso de fazer um curso de pastelaria. Um dia

    que pensar em deixar a profisso de veterinria, a

    primeira coisa que quero fazer um curso de pastelaria.

    Adorava mesmo. Ir tirar um curso no Cordon Bleu ou

    outro curso de pastelaria totalmente diferente, tinha de

    encontrar algum stio inspirador e alternativo.

    Quattuor Magazine: Nesta sua arte de cozinhar prefere

    mais confecionar pratos principais ou de pastelaria?

    Ginja (Ins): Prefiro mais a pastelaria, os doces e a

    doaria. Gosto tambm de fazer po, amassar a massa

    com as mos. Sabe to bem amassar o po. So essas

    pequenas coisas que me fazem feliz. H muita gente que

    prefere fazer po na mquina, aprendi a gostar de

    amassar a massa, to bom.

    Quattuor Magazine: Hoje em dia onde encontra a

    inspirao para continuar esta sua paixo?

    Ginja (Ins): Busco inspirao em receitas que

    encontro noutros blogues, em receitas de Chefs, em

    livros de culinria, adoro livros de culinria, devo ter

    cerca de cento e cinquenta livros de culinria! s vezes

    acontece que estou a dormir e acordo a meio da noite

    com uma receita, por exemplo, de um bolo de mirtilos

    com cramble, com isto e com aquilo... s vezes acordo e

    vou escrever, escrevo logo a ideia para no me esquecer

    e mais tarde tento fazer. Por vezes no sai bem

    primeira como tudo na vida, mas tem vezes que as

    receitas novas saiem bem. No sou cozinheira, no

    tenho curso, mas gosto muito de cozinhar, na maioria

    das vezes sigo receitas que j existem, porm gosto

    tambm de experimentar, por exemplo, pegar numa

  • Quattuor Magazine: Em 2013 o seu blog fez parte do Top Food Blogues de

    Portugal. Como reagiu a esta distino?

    Ginja (Ins): Foi um sentimento estranho, porque eu no tenho o blog para

    competir com outros blogues, acho que h espao para todos os blogues de

    culinria, em todos os blogues h sempre qualquer coisa especial:

    Pessoalmente no consigo eleger s dez ou s quinze, mas claro que fiquei

    muito contente. Tal distino quer dizer que as pessoas gostam e que o blog

    Anans & Hortel no apenas texto com receitas, h sentimento, tem de

    haver qualquer coisa de especial para os leitores e seguidores gostarem.

  • 4 chv de abbora descascada e em cubos

    azeite q.b.

    sal q.b.

    tomilho fresco q.b.

    120 gr de mascarpone

    1 chv de caldo de legumes ou gua morna

    100 gr de bacon fatiado e cortado em tiras

    200 gr de cogumelos frescos fatiados

    250 gr de tagliatelle

    parmeso ralado q.b.

    sementes de abbora tostadas q.b.

    Preparao

    Acender o forno a 200C. Colocar a abbora em cubos num tabuleiro, e regar com um fio de azeite, salpicar com sal e tomilho.

    Levar ao forno durante uns 30 minutos ou at ficar tenra.

    Desacartar o tomilho e colocar a abbora num liquidificador, juntamente com o mascarpone e o caldo ou a gua morna. Provar

    e ajustar o tempero se necessrio. Manter reservado no quente.

    Numa panela ao lume, colocar o bacon em pedacinhos e deixar dourar, at ficar bem crocante e estaladio. Retirar o bacon da

    panela e reservar.

    Enquanto isso colocar o tagliatelle a cozer em gua a ferver e temperada de sal, at ficar al dente. No fim de cozido, escorrer

    (reservando parte da gua da cozedura).

    Na mesma panela do bacon, e sem lavar, colocar os cogumelos a saltear durante uns 5 minutos.

    Adicionar o molho de abbora aos cogumelos. Juntar a massa e o bacon e mexer, envolvendo.

    Se o molho estiver muito grosso, adicionar 1/2 a 3/4 de chvena da gua da cozedura da massa e envolver bem.

    Servir com parmeso ralado na hora e sementes de abbora tostadas

  • 1/2 chvena de farinha de espelta integral

    2 chvenas de farinha de trigo

    1 colher (ch) de fermento

    1/2 colher (ch) de bicarbonato

    1/2 a 1 colher (ch) de canela em p

    1 pitada de sal

    2 ovos biolgicos

    3/4 chvena de acar mascavado

    1/4 chvena de azeite suave

    3/4 chvena de sidra

    3/4 chvena de pur de ma

  • Preparao Numa taa colocar as farinhas, o fermento,

    bicarbonato, canela a gosto e uma pitada de sal,

    misturando bem com a colher de pau.

    Noutra taa bater muito bem os ovos com o acar e o

    azeite, at ficar uma mistura mais volumosa,

    adicionando depois a sidra e o pur de ma e

    mexendo muito bem.

    Adicionar os slidos aos lquidos e bater bem at ficar

    uma massa homognea.

    Colocar a massa numa forma previamente untada com

    manteiga e polvilhada com farinha e levar a forno pr-

    aquecido a 180C at cozer (teste do palito).

    Deixar arrefecer uns 5-10 minutos antes de

    desenformar.

    Servir salpicado de acar em p e canela.

    Nota: para o pur de ma costumo usar a polpa de

    mas assadas e esmagar com um garfo at obter um

    pur.

    Bom Apetite!

  • 2 chvenas de flocos de aveia

    2 colheres (sopa) de acar de coco

    1 colher (ch) bem cheia de canela em p

    1 colher (ch) de fermento

    1/2 colher (ch) de gengibre em p

    1/2 colher (ch) de sal

    2 chvenas de leite (amndoa, aveia ou escolha)

    1/4 chvena de maple syrup

    1/2 chvena de pur de ma

    2 mas descascadas e em cubos pequenos

    nozes picadas q.b.

  • Preparao

    Pr-aquecer o forno a 180C. Untar ligeiramente um tabuleiro de

    forno de tamanho mdio.

    Numa taa juntar a aveia com o acar de coco, a canela, o

    fermento, gengibre e sal, mexendo bem.

    Noutra taa misturar o leite com o maple e o pur de ma.

    Juntar esta mistura do leite aos secos da aveia e misturar muito

    bem.

    Adicionar a ma em pedacinhos e envolver na mistura.

    Colocar no tabuleiro e alisar a superfcie. Salpicar com nozes

    picadas a gosto.

    Levar ao forno por uns 25 minutos ou at a mistura estar

    consistente e a ma tenra.

    Servir morno ou frio, com iogurte ou creme de coco e um pouco

    de maple e canela.

    Nota: para o pur de ma usei ma assada, da qual retirei a

    polpa e esmaguei at obter 1/2 chvena.

    Bom Apetite!

  • Patrcia Maia

    Visitmos a bonita loja da Patrcia, que nos

    contou os seus segredos sobre a Decorao, e

    ainda nos abriu as portas da sua casa.

    http://www.gavetao.com.pt/

  • Quattuor:Por que que escolheu trabalhar na

    decorao?

    Patrcia Maia: Eu tirei um curso na Fundao

    Ricardo Esprito Santo. Sempre gostei de decorao.

    A minha me diz-me que desde pequenina eu

    adorava decorar tudo minha volta. Na faculdade

    fiz uma especializao em arquitectura de

    interiores, passei trs meses em Itlia num estgio.

    Quattuor: Depois de acabar o curso trabalhou como

    decoradora?

    Patrcia Maia: No, depois de terminar o curso abri

    esta loja. Bom, de facto tive uma experincia

    pssima de apenas uma semana a trabalhar numa

    loja. Essa experincia foi to m que, com a ajuda

    da famlia, preferi abrir a minha prpria loja e estou

    aqui h dezasseis anos.

    Quattuor: Mas queria mesmo ter o seu negcio?

    Patrcia Maia: Com o meu curso muito difcil

    trabalhar por conta prpria. possvel abrir um

    ateli mas do zero muito muito complicado, ir

    trabalhar para um ateli de outrem uma

    experincia em que s explorada do ponto de vista

    financeiro e criativo, e por isso decidi abrir uma loja

    porque gostava de comprar e fazer as coisas por

    mim prpria. Para mim, ter uma loja sempre um

    excelente complemento para a decorao.

    Quattuor: Quem so os seus clientes? O que que

    procuram na sua loja?

    Patrcia Maia:Inicialmente, a minha loja era em

    Sesimbra, estive dez anos em Sesimbra. Os meus

    clientes eram pessoas que tinham casas de vero

    em Sesimbra e que me compravam objectos e

    decoraes para os seus projectos de remodelao.

    Outros clientes eram os locais que entravam e

    compravam isto ou aquilo. Muitos dos meus clientes

    tinham casa em Lisboa, por isso quando me mudei

    para c no tive problemas em ter clientes. Eu fao

    projectos de remodelaes, fao projectos de raz,

    fao um pouco de tudo na arquitectura e decorao

    de interiores. J fiz hotis, apartamentos, at

    casamentos.

    Quattuor: Na decorao preciso sentir o gosto do

    cliente. Como funciona o processo de empatia e

    resposta ao gosto do cliente que se representa na

    decorao dos espaos?

    Patrcia Maia: muito complicado. Tem que se ceder

    nas duas partes, tanto pelo cliente como pelo

    decorador. Eu sou muito afirmativa nas minha

    sugestes, mas claro que cedo aos gostos dos

    clientes porque no sou eu que vou viver nos espaos

    que decoro. Procuro sempre ir de encontro aos

    gostos e necessidades dos meus clientes, essa a

    razo de ser desta profisso: criar espaos onde as

    pessoas se sintam bem.

    Quattuor: Como que seleciona aquilo que vende na

    loja?

    Patrcia Maia:Normalmente vou feira de Paris, por

    vezes tambm visito a de Frankfurt, mas a da Paris

    que mais gosto, a que tem mais variedade.

    Quattuor: Como que encontra as peas para decorar

    os espaos dos clientes?

    Patrcia Maia:Tudo vem da minha loja e dos meus

    fornecedores. Na maioria dos projectos eu tenho

    uma conversa com o cliente onde aponto o que ele j

    tem e o que quer vir a ter no espao. Quase sempre o

    cliente j tem objectos aos quais preciso adaptar

    uma nova decorao. Mesmo nos projectos de raz,

    h sempre qualquer objecto que o cliente tem para

    usar como tema ou contexto na decorao.

  • Procuro sempre ir de

    encontro aos gostos e

    necessidades dos meus

    clientes, essa a razo de

    ser desta profisso: criar

    espaos onde as pessoas

    se sintam bem.

  • Quattuor: difcil ter uma loja de decorao em Lisboa?

    Patrcia Maia: difcil se se vender apenas produtos da loja. No meu caso, presto

    servios de arquitectura e decorao de interiores, desde aquele cliente que quer uma

    nova cortina, almofada ou abajur at ao projecto mais complexo num hotel.

    Quattuor: O que espera do futuro para o seu negcio?

    Patrcia Maia: Desejo comear a vender pela Internet, atravs de uma loja online.

    Tenho estado a pensar nisso recentemente. Agrada-me bastante vender em Portugal

    e para o mundo. H pouco tempo tive uma encomenda da Finlndia. Esperemos que

    se torne realidade em breve.

  • Eu sou Adriana Sinke, esposa, uma exploradora, e uma sonhadora. Adoro aproveitar ao mximo todos os momentos livres!

    Casei-me com o meu melhor amigo Adam h trs anos. Este foi um feito

    de que me orgulho e a minha maior aventura desde sempre.

    Adoro ler, passear, passar horasnos cafs, e ouvir msica. Trabalho

    actualmente com assistente contabilista para uma pequena associao

    sem fins lucrativos.

    Tenho o meu Bacharelato em Ambiente, Recursos e Desenvolvimento

    (basicamente Geografia). Eu adoro em absoluto aquilo para o qual fui

    para a Universidade, e gostaria muito de um dia trabalhar nesse campo.

    Estou a considerar continuar estudar para a Licenciatura!

    Encontro inspirao no que est ao meu redor (pessoas, locais, coisas).

    Vivo numa incrivelmente bonita parte do pas e pouco mais tenho de

    fazer do que olhar pela minha janela para me sentir inspirada. Diria que

    sou principalemte inspirada pela natureza; as montanhas, o oceano,

    plantas, vida selvagem, etc

    http://instagram.com/adrianasinke

  • Cabeleireiro https://www.facebook.com/carla.i.henriques

  • Como que comeou nesta linha de beleza?

    Penso que j nasci com esta arte, depois vamos

    buscar coisas nossa infncia, onde eu j cortava

    os cabelos s minha bonecas. Fiz um curso

    profissional na escola do CEPAB (actual IEDCB).

    Depois, sou muito vaidosa, por conseguinte, gosto

    tambm que as minhas clientes se sintam assim

    como eu: vaidosas. Eu sou empresria h treze

    anos, anteriormente trabalhei como tcnica

    formadora, sempre conjuguei a linha da tcnica

    com mais profundidade, ou seja, o saber pr a cor

    certa no cabelo da cliente, muitas vezes a cliente

    no fala mas eu sei o que ela precisa, com estes

    anos todos vamos ganhando essa capacidade. No

    vinculo aquela cliente que vem ao meu salo que

    fiel ao departamento tcnico, que fiel ao corte,

    mas depois no seu dia--dia gosta de ser ela a

    tratar de si mesmo, e eu fao e ajudo precisamente

    nessa parte. Todos os meus cortes so muito

    tcnicos e facilito as clientes para que possam em

    casa tratar e sentirem-se bem. A minha linha a

    sensualidade, gosto que a mulher se sinta sensual.

    difcil encontrar ajudantes de cabeleireiro para

    colaborar?

    No fcil encontrar uma boa ajudante. Ao longo

    destes anos tive muitas colaboradoras que no

    sabiam trabalhar e eu dediquei muito tempo a

    ensinar-lhes a trabalhar nesta arte. Muitas delas

    hoje em dia so empresrias, ou seja, donas de

    cabeleireiros, e isso , ao fim e ao cabo, fruto

    daquilo que lhes estimulei, porque acho que

    extremamente importante os jovens saberem o

    que desejam fazer, na realidade terem uma

    oportunidade para tambm eles crescerem. Neste

    momento no trabalho com ajudantes, trabalho

    apenas com profissionais, dou-lhes explorao

    uma cadeira, muito bom, uma forma de

    trabalharem independentes, dentro de um espao

    em que sintam bem e que gostem de fazer a sua

    arte.

    Quais as caractersticas que um bom cabeleireiro

    deve ter?

    Em primeiro lugar, um bom cabeleireiro deve ir

    sempre ao encontro daquilo que o cliente precisa,

    saber atender bem, fazer sentir bem o cliente

    desde que entra at que sai, porque a verdadeira

    publicidade o boca-a-boca.

    INTERVIEWHANDYPEOPLE

    Se uma pessoa gosta, transmite automaticamente

    que ali que bem tratada, que ali que se sente

    bem, e deste modo aparecem novas clientes, torna-

    se um bocado como um novelo de l que vai

    soltando um fio e depois acaba por progredir.

    A Carla empresria e me de trs filhos. Como

    consegue conciliar? Como so os seus dias?

    Todos eles j esto na escola, mas no fcil ser

    empresria e ter trs filhos. Temos que lutar

    diariamente para o nosso melhor e as coisas vo

    acontecendo, as oportunidades vo surgindo, e

    acaba depois por correr tudo bem. O meu dia

    comea s seis e meia da manh, tratar dos meus

    filhos, lev-los escola, e vir para o trabalho. Aqui

    tenho de organizar os sales, coordenar os

    colaboradores que esto nesses mesmos sales,

    fazer as marcaes, tudo vai correndo e correndo

    bem.

    O que poderia recomendar a algum que quisesse

    abrir um salo de cabeleireiro?

    O que eu recomendo a quem realmente gosta muito

    desta arte, que ser cabeleireiro, iniciar a escola,

    esse o primeiro ponto. Iniciar a escola com bons

    professores, com bons formadores, sair do curso de

    cabeleireiro com boas bases tericas e prticas.

    importante tambm ser-se bom colega, ter

    humildade e saber aprender. Quando estas

    condies esto reunidas e tem-se j alguma prtica,

    ento pode-se abrir um negcio prprio.

  • Quem so as vossas clientes?

    As minhas clientes vm de fora. So

    pessoas que trabalham, so pessoas

    que tambm so empresrias, que

    buscam um atendimento mais

    personalizado, que necessrio ter

    hoje em dia, porque acabamos por ser

    um confessionrio da cliente. A cliente

    muitas vezes tem problemas e vem ter

    connosco para poder desabafar um

    bocadinho. Tenho clientes de classe

    mdia e alta.

    O que que os clientes encontram neste

    estabelecimento?

    Encontram algum que sabe cuidar da

    beleza delas e em que podem depositar

    total confiana. Na realidade um

    cabeleireiro um amigo.

    verdade que quando um cabeleireiro

    diz Ups! devemos temer o pior?

    e porque alguma coisa correu mal

    (risos). Bom, no vou dizer que sou

    perfeita, mas na minha profisso sou

    extremamente exigente e muito

    profissional at comigo prpria. Pode

    haver situaes variadssimas, porque

    estamos a lidar com seres humanos,

    no ? Todo o estado psquico e fsico

    do cliente muito importante para

    fazermos um trabalho de sucesso.

    Muitas vezes o que acontece que as

    pessoas esto debilitadas, tomam

    alguma medicao, nestes casos

    podem ocorrer alguns contratempos.

    Quais penteados esto na moda

    para este Outono?

    Neste Outono mantm-se as

    franjas, cabelos mdios, ondulao

    muito mdia, os tons so tons

    quentes, mantm-se os bronzes, os

    castanhos, os dourados bastantes

    acentados, as nuances muito suaves.

  • INTERVIEWHANDYPEOPLE

  • Damos a oportunidade s pessoas de

    aprenderem o processo manual de fiao da l

    trabalhando com l natural.

    https://instagram.com/salvalaportuguesa/

    https://www.facebook.com/salvalaportuguesa?pnref=story

  • Falem-nos sobre o vosso projecto de trabalho manual com l. Como que

    comearam?

    Mafalda: A minha aproximao aos trabalhos com l partiu de mim prpria, pois a minha

    famlia no tem contacto com esta realidade. Desde o incio que fiquei fascinada com o

    processo da manufatura da l, desde o fio at pea de roupa acabada, procurei muita

    informao, aprendi intuitivamente com tutoriais no Youtube.

    Quando encontrei a Egle, comemos a partilhar esta paixo que temos pela l, falvamos

    enquanto tricotavamos sobre o processo de transformao da l pura em fio bem como o

    processo industrial.

    Egle: Em primeiro, importante dizer que a l sempre fez parte da minha vida desde que

    nasci, os meus avs tinham ovelhas, lembro-me de em criana conviver com ovelhas, a

    minha av ensinou-me a fiar e a minha me a fiartricotar. Por isso tudo muito natural

    para mim neste mundo do trabalho manual com l. Lembro-me muito bem, na minha

    adolescncia,quando ficava doente passava os dias em casa a tricotar e depois levava as

    peas novas para a escola. Mais tarde, em 2009 comecei um projecto de tric, com uma

    loja online de peas tricotadas. Mais tarde conheci a Mafalda, uma entusiasta da l. Agora

    juntas com o nosso entusiasmo, comemos este projecto Salva a L Portuguesa.

  • Egle: Assisti muitas vezes a minha av a fiar a l com a roda de fiar e quis usar esse conhecimento. Por isso

    ns juntas comemos a fiar a l.

    O grande salto para o nosso projecto foi uma competio da Fundao Calouste Gulbenkian: submetemos

    um projecto para reutilizar os desperdcios de l para fazer fio, pois a l uma matria prima fantstica.

    Conseguimos um apoio financeiro para lanarmos mais seriamente este projecto, obter um espao, comprar

    algumas ferramentas, fusos, rodas de fiar e l directamente aos produtores.

    Onde que conseguiram encontrar as rodas de fiar?

    Egle: Uma delas pertence irm da minha av, pois a minha av tem quatro rodas de fiar. As

    outras conseguimos comprar a alguns carpinteiros que ainda sabem fazer e vendem a um

    preo acessvel

    Alm destas temos duas rodas de fiar holandesas que so muito mais funcionais, tm alguns

    melhoramentos no design .

    Mafalda: Temos tambm vrios fusos, inclusive um fuso com a roca que comprmos em Trs-os-Montes.

    Onde que obtm a l?

    Mafalda: Sobre isso, posso dizer que estamos neste momento no projecto piloto e a

    conquistar parcerias importantes, nomeadamente, com pastores das zonas rurais de Lisboa

    com os quais podemos acompanhar ciclo de criao da ovelha e o processo de tosquia. Estas

    visitas aos pastores permitem criar uma ponte entre mundo rural e urbano, e eles tambm

    tm ficado muito entusiasmados com esta partilha de saberes.

  • Existem diferenas entre as ls de diferentes

    rebanhos?

    Mafalda: Trabalhamos com l de ovelhas das raas

    autctones. Em Portugal existem quinze raas autctones de

    ovelhas. Por exemplo, h Churra , maioritariamente no norte

    do pas, Bordaleiras, e Merinos. De facto, muitos pastores

    tm rebanhos pequenos e a quantidade da l produzida no

    tem escoamento, por isso este projecto tem como objectivo

    aproveitar o desperdcio que existe nestes casos.

    Por que que preferem rebanhos de pastores

    locais?

    Mafalda: Aps algum estudo sobre a indstria da l,

    verificmos que h uma falta entre a indstria e os pequenos

    produtores ou pastores com rebanhos de pequena dimenso,

    que a indstria compra l tonelada e quase sempre

    impossvel um pequeno rebanho atingir esse peso.

    Procuramos uma soluo para trabalhar pequenas

    quantidades de l.

    INTERVIEWHANDYPEOPLE

  • O que que exactamente oferecem aos clientes?

    Egle: A nossa misso chamar a ateno para o uso da

    matria prima l, promover o amor l e ao trabalho

    de fiao da l, aproximar as pessoas ao processo

    tradicional da fiao e confeco manual de roupa de

    l. Por isso produzimos fio de raas locais. Queremos

    ter a maior quantidade de fios possvel de diferentes

    ls locais, pois acreditamos que deste modo podemos

    despertar a conscincia das pessoas para o consumo de

    matrias primas locais.

    .

    Mafalda: Oferecemos tambm um produto com

    caractersticas naturais e que promove um equilbrio

    harmonioso entre o ambiente e a pele. Sabemos que a

    cultura do uso da l est cheia de sociologia e

    antropologia, por isso queremos promover essa cultura

    dando o nosso prprio exemplo.

  • O vosso projecto promove que tipos

    de processos de uso da l?

    Egle: Ns focamos em dois processos: um

    a produo semi-industrial e outro a

    produo manual. Damos a oportunidade

    s pessoas de aprenderem o processo

    manual de fiao da l trabalhando com a l

    natural.

    O que que exactamente oferecem

    aos clientes?

    Egle: A nossa misso chamar a ateno

    para o uso da matria prima l, promover o

    amor l e ao trabalho de fiao da l,

    aproximar as pessoas ao processo

    tradicional da fiao e confeco manual de

    roupa de l. Por isso produzimos fio de

    raas locais. Queremos ter a maior

    quantidade de fios possvel.de diferentes

    ls locais, pois acreditamos que deste modo

    podemos despertar a conscincia das

    pessoas para o consumo de matrias

    primas locais.

    Mafalda: Oferecemos tambm um produto

    com caractersticas naturais e que promove

    um equilbrio harmonioso entre o ambiente

    e a pele.

    INTERVIEWHANDYPEOPLE

    abemos que a cultura do uso da l est cheia

    de sociologia e antropologia, por isso

    queremos promover essa cultura dando o

    nosso prprio exemplo.

    O vosso projecto promove que tipos de

    processos de uso da l?

    Egle: Ns focamos em dois processos: um a

    produo semi-industrial e outro a produo

    manual. Damos a oportunidade

    s pessoas de aprenderem o

    processo manual de fiao da l

    trabalhando com a l natural.

  • Onde possvel comprar os vossos novelos de l?

    Mafalda: Estamos a preparar o lanamento do nosso fio

    em Outubro, vai ser possvel comprar tambm pela

    internet, estamos a desenvolver uma loja online. As

    pessoas vo poder comprar no s novelos mas tambm

    ferramentas.

    Como que as pessoas vo saber usar as

    ferramentas e a l?

    Egle: J estamos a fazer workshops mensais para quem

    quiser aprender mais sobre a arte de fiar a l. Alm disso

    tambm ensinamos como tratar a l depois de ser lavada,

    usar o fuso e a roda de fiar e por fim ter o fio pronto para

    ser usado.

  • INTERVIEWHANDYPEOPL

  • Tm peas de roupa feitas com a vossa l ?

    Mafalda: Sim, temos . interessante fazer peas de roupa com l

    natural e mostrar s pessoas o resultado final de todo o processo.

    Egle: O mais fantstico nisso tudo dar o poder a qualquer pessoa

    de fabricar o seu prprio fio, ora mais fino ou mais grosso e produzir

    a sua prpria roupa. O ciclo da l sazonal, pois em Abril ou Maio

    fazem-se as tosquias das ovelhas e no outono/inverno os fios j tm

    que estar disponveis.

  • Queridos leitores da Quattuor,

    Tenho a a maior alegria que leiam esta revista. Estamos um

    pouco atrasados para esta Estao de Outono, mas melhor

    tarde e continuar a trabalhar que parar com aquilo com que

    sonhamos.

    Nesta edio ns sonhmos aprender mais sobre os trabalhos

    artesanais e manuais , artefactos e artesanatos e sobretudo

    conhecer os respectivos criadores artesos e artistas

    neste caso entendido como o mesmo.

    No um grupo muito grande de pessoas, mas so todos

    fantsticos e cheios de talento.

    Pessoalmente, desejo que voc nosso querido leitor faa

    o que que gosta de fazer. Sei que o que toda a gente diz

    agora - muito actual - mas se no consegue mudar nada na

    sua vida neste momento, ento comece algo de novo,

    conhea pessoas diferentes, consiga inspirao na vida, e seja

    feliz em todas as estaes da sua vida.

    Irene Roma

    www.instagram.com/romalgire/

    [email protected]

    FILIPE DE FIZA

    Poeta e escritor com actividade literria desde 2002.

    Licenciado em Engenharia Civil pela Universidade Nova

    de Lisboa, representa Portugal na UniVerse - a United

    Nations of Poetry, integra o Movimento Poetas do

    Mundo, membro da W.P.S. - World Poets Society, da

    APE - Associao Portuguesa de Escritores e da OE -

    Ordem dos Engenheiros. Assina a rubrica Das Origens

    Catacsmicas no jornal cultural Selene - Culturas de

    Sintra. Foi autor e dinamizador do Projecto Cvico Sintra

    em Runas e moderador nos encontros literrios Poetas

    Aqui Connosco e dos recitais Poetry&Coffee.

    http://www.filipedefiuza.pt/

    [email protected]