Quattuor Magazine
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Transcript of Quattuor Magazine
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4-JesseMorrow um
designer e fotgrafo sediado
em Seattle, Washington
14 - Ana Morais CASULO
22- AlexandreBobone
Bigorna Louca
34-Annabelle Hickson
the-dailys
44-CENTROINTERNACIONAL
DE SURF
52- Amijoas Masala
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54 -Ins Ginja,
Anans e Hortel
62- Patrcia Maia
Gaveto - decorao de
interiores
86- Adriana Sinke
90-Autumn Hair Care
92- Carla Isabel
Carvalho Henriques
96- Salva a L
Portuguesa
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http://www.mrrw.co
https://www.facebook.com/morrowj
https://instagram.com/jessemorrow/
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Em Setembro tive a oportunidade de fazer a minha segunda caminhada pelos
trilhos da natureza selvagem do estado de Washington.
Nesse ano, com a orientao dos meus amigos Jerry e Ben, fomos em direco
da rea de Core Enchantments. Tivmos a sorte de conseguirmos um passe com
autorizao para poder acampar em vrias zonas.
Esta viagem de quatro dias ficar na nossa memria!
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Jesse Morrow um designer e fotgrafo sediado em Seattle,
Washington
Quando no estou sentado em frente ao computador podem
encontar-me a fazer msica, a passear, a desenhar joalharia, ou a
andar de mota.
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CASULO Wall Art & Goods http://c-a-s-u-l-o.com/
http://www.tapasnalingua.com/
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Ana ,Podes dizer- nos quando
comeou a fazer
macram? Comecei quando estava na licena de
maternidade pois tinha necessidade de
ocupar o tempo das sestas da beb com
alguma actividade produtiva, criativa e nova.
Ento comecei a aprender de uma forma
autodidata. Sozinha comecei a aprender
tcnicas e ns, a experimentar, a fazer e a
desfazer.
H quanto tempo trabalha
nesta arte? Faz dois anos. Comecei a fazer peas para
usar e decorar a minha casa. Depois
compreendi que aquele estilo mais
descontrado e bomio no era muito visto.
Ento decidi partilhar com mais pessoas e
criei o projecto Casulo. Correu muito bem, ao
segundo dia de ter lanado a loja, os produtos
esgotaram todos e o feedback foi super
positivo.
Quantas peas produz por
ms? Depende da pea, h peas que se fazem num
dia, h outras que demoram a fazer uma
semana, como uma que fiz recentemente
para um casamento. um pouco difcil dizer
quantas peas fao num ms, mas se
estivermos a falar de peas normais consegue-se produzir vinte peas.
INTERVIEWHANDYPEOPLE
O nome do projecto Casulo Casulo Casulo Casulo
Porqu a escolha deste
nome e qual o significado?
Antes de mais porque eu adoro estar em
casa e fazer coisas em casa. Trabalho em
casa, portanto estou no meu casulo, l que
tudo nasce. Depois escolhi o nome casulo
porque existe sempre a pea em bruto que
o casulo que vai originar a pea final que
ser a borbuleta.
Onde encontra a sua
inspirao para criar? Inspiro-me em quase tudo: na msica, na
Natureza, na minha filha, nos detalhes do
dia--dia. Acho que a inspirao podemos
encontrar em quase tudo desde que
estejamos predispostos e atentos para
receb-la.
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Muitas das suas peas seguem o
estilo Boho. o seu estilo preferido? Sim, o meu estilo preferido. Compro muitos livros de
decorao bomia, acompanho as tendncias das
coleces de estilistas boho e uso esta influncia nas peas
que crio.
Quem so os teus clientes? Tenho um revendedor no Porto que tem uma loja onde
vende as minhas peas. Ele uma vez disse-me o tipo de
pessoas que vo loja ver as minhas peas: so jovens
mulheres bonitas e com pinta.
Eu achei isso muito engraado.
essa a impresso que tenho.
Quase todos os meus clientes so
mulheres, no as conheo por
que quase sempre compram pela
internet, mas por comprarem
este tipo de peas devem ter
ligao quele esprito mais
libertino e boho, mas tambm h
mulheres mais maduras. Quando
so homens, normalmente para
oferecer s namoradas ou
esposas.
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Este tipo de artesanato no muito
conhecido em Portugal, h poucos
portugueses a fazer. Tem pessoas que querem
aprender consigo? Sim, tenho pessoas interessadas que me contactam e pedem.
Est a pensar dar algum workshop no
futuro? Estou a comear a construir essa ideia, mas o meu principal problema
que sou muito tmida, no sei se conseguirei lidar com muita gente, fico
envergonhada. Estou habituada a trabalhar sozinha em casa e muito
diferente ter vinte pessoas frente e tentar ensinar. Tenho muita
vontade de ensinar e h muita gente que pergunta quando que dou
um workshop.
.
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INTERVIEWHANDYPEOPLE
H muitos portugueses a
comear a gostar do estilo
boho? Sim, talvez porque no se v muito em
Portugal, v-se mais no estrangeiro, nos
pases nrdicos ou na Austrlia.
O que aconselha quelas
pessoas que esto a
comear a fazer macram? H imensos tutoriais em vdeo no Youtube
que ensinam mesmo a fazer. Se
pesquisarmos, encontramos muitos vdeos
que ensinam a fazer pulseiras, anis, peas
maiores. O meu principal conselho para
no desistirem primeira, porque s vezes
a tcnica dos ns pode criar muita confuso
e desmotivao inicial.
s vezes acontece que j vou a meio de uma
pea e vejo que algo no est bem e tenho
de desfazer a pea toda. Isto acontece,
normal. Mas vale a pena, s assim que que
conseguimos evoluir. a experimentar e a
errar que evolumos.
Essa evoluo tambm
ajuda a melhorar a
pacincia, no verdade? Sim, exatamente. Quase sempre nesta arte
faltam duas coisas: tempo e pacincia.
Diga-nos cinco coisas sobre
si que mais ningum sabe
- Sou tmida.
-Preciso de oito horas para dormir, o que
no tem acontecido.
-Quando me lanam um novo desafio ou
pea com design novo, fico muito ansiosa
at entregar o trabalho.
- Como muito chocolate.
-Sou viciada em sries de televiso, vejo
imensas no inverno.
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Alexandre Bobone https://www.facebook.com/BigornaLouca-114781005219177/timelie/
https://www.facebook.com/alexandre.bobone.1?fref=ts
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Por que que escolheu trabalhar o ferro?
Alexandre Bobone: Sempre quis trabalhar com as mos e o caminho indicou o
metal, o ferro, no incio no fazia a mnima ideia se seria madeira, plstico ou
ferro.
Como foi a primeira vez que experimentou trabalhar o ferro?
Alexandre Bobone: Acabei de estudar no liceu e disse aos meus pais que no ia
para a Universidade, pois no estava dentro da minha forma de estar. Entretanto
uma amiga da minha tia disse que havia uns cursos de formao profissional.
Naquele momento tinham vrios cursos mas o que estava vago era serralharia
mecnica, que estava direccionado para o metal, e como no havia mais
nenhum, escolhi aquele. Comecei a fazer o curso e foi a primeira vez que
trabalhei o metal. A meio do curso, essa mesma tia trabalhava para um scio de
uma empresa de metalomecnica; esse scio perguntou-me se eu no estaria
interessado em experimentar. Na altura disse que sim, acabei o curso e fui para
essa empresa de metalomecnica que se chamava Metalinox. L conheci o Mrio
Correia que o meu mestre, que me ensinou o que eu sei fazer. Estive nessa
empresa durante cinco anos, depois sai e abri a Bigorna
H quantos anos trabalha com o ferro?
Alexandre Bobone: Vinte anos.
Existem muitas pessoas a trabalhar o ferro em Portugal?
Alexandre Bobone: Sim, h muitas, mas no desta forma que eu trabalho.
Por que a sua forma de trabalhar mais artstica?
Alexandre Bobone: Sim, mais artstica, mais cuidada e mais autodidata.
Trabalho mais com artistas, com arquitectos e com decoradores. Especializei-me
em trabalhar metal de forma mais cuidada.
Tem clientes com elevado rigor esttico. Como trabalha com
eles?
Alexandre Bobone: Geralmente eu cativo os meus clientes, ou seja, vm ter
comigo para pedir determinada pea, eu consigo fazer essa determinada pea,
gostam, veem a maneira como eu trabalho, gostam da maneira como eu os trato
e como eu trato o ferro, vo ficando e vo passando a palavra.
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INTERVIEWHANDYPEOPLE
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Especializei-me muito em antiqurios, fao peas para antiqurios, suportes e
pedestrais, trabalho com arquitectos com peas especficas sendo um trabalho
mais difcil, trabalho tambm com artistas para lhes fazer as peas que no
igualmente fcil e raramente trabalho com decoradores.
Tem muitos clientes internacionais?
Alexandre Bobone: Esses clientes aparecem mas por via indirecta, pois geralmente
so pessoas de fora que compram e levam para os seus pases, l passam o
contacto. C em Portugal os meus candeeiros so muito pouco compreendidos, to
pouco levados a srio. C ningum se interessa por um monte de sucata que est
organizada, os escandinavos acham muito mais piada a isto porque no esto
habituados. Eles tm tudo muito direitinho e organizado, e depois aparece um
monte de coisas juntas e que por acaso d luz... Esses sim so os meus clientes
estrangeiros, uma relao indirecta, isto , eu fao o candeeiro, ponho na loja
venda, algum aparece e leva. Quero comear a trabalhar para o estrangeiro,
trabalhar directamente com lojas e coloc-los nesses pases.
Como que nascem as suas peas?
Alexandre Bobone : Pego numa base, vou pondo peas, umas funcionam outras
no, vai subindo, vai crescendo para a esquerda e para a direita, no fim eu prprio
fico surpreendido. No existe qualquer tipo de estudo prvio, completamente
emprico. No penso, no estudo, as peas vo aparecendo, o candeeiro vai ficando
funcional, basicamente um momento de criatividade e inspirao. A imagem
geralmente agressiva, crua, tenho alguns mais harmoniosos por coincidncia.
Ou se gosta ou se odeia.
Onde que encontra estes objectos e partes metlicas?
Alexandre Bobone: Do-me. Todos os meus amigos e pessoas minha volta sabem
que quando tm qualquer coisa para mandar para o lixo, no deitam, do-me.
Depois desmonto, encontro peas, o que no quero deito fora, o que quero fico.
Vou amontoando as peas que gosto. Para fazer o candeeiro, venho aqui ao monte,
pego numa pea, pego noutra, fao, depois h uma que quero numa dimenso ou
noutra e desmonto, procuro, encontro, encaixo. Aquele candeeiro nasceu
exatamente assim.
O que deseja para o futuro do seu ofcio?
Alexandre Bobone: At fechar os olhos, at no poder trabalhar mais, quero fazer
as minhas peas e vend-las, seja que pea for, pode ser um candeeiro, pode ser
uma cadeira, pode ser uma mesa. S o fazer as peas para mim d-me todo o
prazer, se eu poder viver disso fico encantado. No quero mais nada.
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INTERVIEWHANDYPEOPLE
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INTERVIEWHANDYPEOPLE
Pego numa base, vou pondo peas, umas funcionam outras no, vai
subindo, vai crescendo para a esquerda e para a direita, no fim eu prprio
fico surpreendido. No existe qualquer tipo de estudo prvio,
completamente emprico. No penso, no estudo, as peas vo
aparecendo, o candeeiro vai ficando funcional, basicamente um
momento de criatividade e inspirao. A imagem geralmente agressiva,
crua, tenho alguns mais harmoniosos por coincidncia
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http://www.the-dailys.com/
Annabelle Hickson
Finding beauty in daily life
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Vivo com o meu marido Ed e com trs filhos, numa quinta de nozes pecan, no Dumaresq Valley na fronteira de New South
Wales com Queensland.
Eu tenho este pssimo hbito de me focar naquilo que
poderia ser em vez de ver a beleza daquilo que tenho, por
isso The Dailys uma espcie de ferramenta para me ajudar
a ver o que est mesmo minha frente.
Comida, flores, fotografia, olaria, familia... quaisquer que
sejam os posts, a unica regra que de alguma forma tm de
elevar o quotidiano diario, o meu quotidiano dirio, e que
sejam constituidos por contedos originais.
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Pizza di Lusso um grande prazer cozinhar minha maneira
atravs do livro italiano da Barbara Small Stirring
with senses/Mexendo com os Sentidos. Todas as
receitas so fantsticas.
E esta pizza, que mais um bolo salgado do que a
base fina que eu costumo preparar, to fcil de
fazer.
como tirar tomates de uma lata, para explicar
como fcil. E no h qualquer ingrediente para
levedar pelo que na realidade podemos fazer
rpido.
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8 pores
2 ovos grandes de cerca de 65g cada
O mesmo peso de manteiga
(temperatura ambiente)
O mesmo peso de farinha simples
METADE do peso de queijo Parmeso
ralado de fresco
2 colheres de ch de fermento em p
Sal, e pimenta-preta moda de fresco
275g de raspas grossas de queijos
bianco, bocconcini ou mozzarella
2 x 400g de tomates em lata, bem
escorridos, ou 600g de tomates frescos,
pelados e sem sementes
5 anchovas com sal, bem lavadas,
limpas de cabeas e espinhas, cada uma
dividida em 2 filetes OU 10-12 filetes de
anchova de conserva em leo (azeite)
1 boa colher de sopa de oregos secos
Unte com manteiga uma forma (de pudim flan) de 28/30 cm
de diametro e PR-AQUEA O FORNO A 190
Coloque a manteiga na misturadora para misturar com o
Parmeso ralado. Adicione os ovos , um de cada vez,
permitindo que o primeiro seja absorvido antes de juntar o
segundo ovo.
Misture a farinha com o fermento em p e depois junte
mistura de ovos. Tempere com sal e pimenta.
Usando uma esptula espalhe a massa na
forma preparada, pressionand na direco
das arestas de forma a fazer uma borda que
sobressai ao alto. Cubra a base com as
raspas de mozzarella. Abra os tomates e
coloque por cima do queijo. Coloque as
anchovas de forma decorativa no topo.
Polvilhe o orgo e tempere com pimenta.
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Hoje em dia no faz sentido aprender surf sem estar
integrado numa escola, mas h vinte ou trinta anos atrs,
como no haviam escolas especializadas, os apaixonados e
praticantes para comear vestiam um fato e entravam com
a prancha no mar
http://www.caparicasurf.com/
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As coisas iniciaram com o associativismo, como um clube de surf, h muitos anos atrs. Mais tarde, h cerca de quinze anos, eu e o meu scio, que juntos sempre
tivemos a ideia de ter um bar na praia, tivemos a possibilidade de ficar com um
bar pequeno aqui na praia e assim foi. Desde o incio que optmos pelo conceito
misto, ou seja, ter um estabelecimento que ao mesmo tempo escola de surf e
bar. O que engraado que quando comemos este negcio, no havia escolas
de surf em Portugal. Na Costa de Caparica, fomos a primeira escola de surf.
Hoje em dia no faz sentido aprender surf sem estar integrado numa escola, mas
h vinte ou trinta anos atrs, como no haviam escolas especializadas, os
apaixonados e praticantes para comear vestiam um fato e entravam com a
prancha no mar. No meu caso, comecei a fazer surf com os amigos h vinte e seis
anos atrs. Mais tarde, h cerca de quinze anos, conheci o Lus Semedo, que hoje
em dia meu scio, comemos a fazer campeonatos de surf e desde ento estou
ligado Federao Portuguesa de Surf. Fui juz nacional e internacional, numa
carreira normal como juiz de surf. Fiz as provas da SP e da ISA, fui director tcnico
da federao, hoje em dia sou presidente do concelho de arbitragem, estive e
estou muito ligado ao surf e ao desenvolvimento do surf em Portugal.
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De 1998 a 2011 fui presidente do concelho de arbitragem, entretanto sa devido a
incompatibilidades laborais com outro projecto que organizei o Campeonato
Nacional de Surf Pro Junior. H dois anos, com a entrada de nova direco, voltei a
ocupar o cargo de presidente do concelho de arbitragem.
No passado o surf era visto de outro modo, agora mais visto como negcio, h
assim responsabilidades perante toda a gente, h perante o Estado, h perante os
empregados que aqui esto, h perante os clientes que procuram a escola de surf,
nomeadamente, as crianas que querem aprender, por isso tudo comeou com
uma actividade que dava prazer fazer e mais tarde tornou-se num negcio dadas
as circunstncias do desenvolvimento da modalidade e das leis do pas.
Na nossa escola de surf, Centro Internacional de Surf, temos vrios treinadores.
bom dizer que difcil encontrar bons profissionais em qualquer rea, no surf
igual. s vezes no por se ser o melhor surfista do mundo que se vai ser o melhor
treinador. Temos tanto trabalho na escola que com o tempo acabamos por
seleccionar os melhores, aqueles que cumprem as regras, aqueles que tm
capacidade para estar com os alunos. Temos treinadores de falam vrias lnguas e
outros que s falam portugus. Conseguimos ter aulas em ingls, francs e
italiano.
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Relativamente s diferenas entre a prtica do surf no vero e no inverno,
tem apenas que ver com a motivao do surfista. No vero mais
agradvel ir at praia cheia de gente, bikinis, calor, sol, j no inverno no
h pessoas, pode estar a chover e muito frio. Despir e vestir o fato
molhado no inverno e no vero tambm faz uma grande diferena em
termos de conforto da prtica desportiva. No final, tudo tem a ver com a
paixo, o querer e a motivao do atleta. Na nossa escola temos aulas no
vero e no inverno, mas claro que alguns pais podem pensar que mais
inconveniente para os seus filhos fazer surf no inverno do que no vero. O
caso do Liceu Francs um exemplo, ns temos alunos com actividade
extracurricular na nossa escola de surf que comeam as aulas em
Setembro e terminam em Julho, portanto, atravessando as quadro
estaes do ano.
A nossa escola oferece vrias actividades, para alm do A.T.L., temos aulas
divididas por vrios nveis de aprendizagem, onde preparamos os atletas
at ao nvel de competio. Quando atingido o nvel de competio, os
atletas passam a ter treinos especficos, no entanto a vertente formativa
virada para a competio j no somos ns a fazer, passamos os atletas
para treinadores ou outras escolas mais focadas nesse nvel. Ns somos
uma escola de surf, no somos um centro de treinos.
No futuro queremos continuar a crescer. Trabalhamos muito com
estudantes do ULL (Erasmus Life Lisboa) e comeamos a trabalhar com
alguns colgios, pois queremos quebrar a sazonalidade. Temos mais aulas
durante o vero e menos durante o inverno mas a nossa vontade
trabalhar 365 dias por ano.
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Amijoas MasalaAmijoas MasalaAmijoas MasalaAmijoas Masala
1 kg de amijoas (usei congeladas)
2 colheres (sopa) de azeite
3 dentes de alho picados
1 cebola roxa pequena picada
1/2 colher (ch) de garam masala
1/2 colher (ch) de curcuma
1/2 chvena de vinho branco
1/2 chvena de gua
sal q.b.
1 molho de coentros frescos
limo para servir
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Numa sert alta ou num tacho colocar o azeite a aquecer. Juntar os alhos e cebola
e deixar refogar at ficar amolecido. Adicionar depois o garam masala, a curcuma,
mexer bem e em seguida juntar o vinho e a gua. Deixar ferver um pouco e juntar
as amijoas. Tapar e reduzir o lume para brando.
Deixar cozinhar por alguns minutos, agitando o tacho de vez em quando, at as
amijoas abrirem.
Destapar, descartar as amijoas fechadas e colocar parte dos coentros bem
picados e uma pitada de sal, voltar a tapar e agitar o tacho para o sabor dos
coentros se espalhar.
Regar com um pouco de sumo de limo e servir com mais coentros frescos picados
grosseiramente.
PreparaoPreparaoPreparaoPreparao
Colocar as amijoas de molho em gua
fria com bastante sal por meia hora, se
estas forem frescas (para limpar de
areias). Escorrer e lavar em vrias guas e
colocar noutra taa. Se forem congeladas
podem deixar descongelar no frio ou usar
directamente.
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http://ananasehortela.blogspot.pt/
https://instagram.com/inesananasehortela/
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Quattuor Magazine: A Ins mdica veterinria. Como
descobriu esta actividade de blogger de receitas de
culinria?
Ginja (Ins): A vida no pode ser s uma coisa, eu no
consigo s fazer uma coisa para o resto da minha vida.
Todos os dias penso que gostava de fazer isto ou aquilo...
No incio comecei com receitas de culinria.
Quattuor Magazine: Eram receitas suas ou de outras
pessoas?
Ginja (Ins): As que comecei a fazer mais eram as que
vinham nos caderninhos de receitas de famlia, as
receitas da minha av, o bolo de laranja, o po de l, o
arroz doce, os coquinhos da minha me, entre outras.
Quattuor Magazine: Eram receitas tpicas portuguesas?
Ginja (Ins): Sim, de incio foram receitas caseiras e
portuguesas. Depois comecei a descobrir receitas novas,
em livros e mais tarde tambm na Internet. Era muito
engraado experimentar receitas novas e procurar
ingredientes novos. H tantas receitas por descobrir que
podemos viajar sem sair de casa. Fazer um caril e o po
Nam d para estar numa mesa s com comida indiana. A
culinria j faz parte da minha vida seno no tinha
criado o blog Anans & Hortel, que serve muito para
registo e que nasceu mais por brincadeira. Quando
percebi que as pessoas usavam as minhas receitas e postavam as suas experincias em comentrios no blog,
fiquei muito contente e comecei a olhar para outros
blogues que me inspiravam e nessa altura comecei a
fazer fotografias dos pratos tambm mais bonitas e
cuidadas. As fotografias das primeiras receitas no tm
nada a ver com as que publico actualmente no blog, s
vezes at me assusto, mas muito interessante sentir a
evoluo do blog, assim mesmo, o seu crescimento
natural, ia publicando as receitas que mais gostava de
fazer. Hoje em dia, ainda antes de fazer a receita j estou a pensar como a vou fotografar, quais so os objectos, os
pratos, os panos, tudo o que faz sentido utilizar na
apresentao. Antes tinha o gosto apenas pela boa preparao da comida, agora tambm tenho muito
Quattuor Magazine :Nunca pensou fazer s culinria na
sua vida?
Ginja (Ins): Sim, j pensei muitas vezes. Na profisso
de mdica veterinria preciso trabalhar com paixo, s
com paixo que conseguimos. H dias que so muito
difceis, pois deparamo-nos com situaes de vida e
morte. Aparecem animais que esto muito mal. Muitas
vezes no final do dia penso que sim isto que quero
fazer sempre e que isto que me realiza, mas h outros
que por vrios motivos penso que quero fazer outras
coisas na vida.
Quattuor Magazine :J pensou em abrir um restaurante?
Ginja (Ins): Talvez um restaurante no, mas um
espao do tipo bruncheria ou pastelaria, um espao
acolhedor ao mesmo tempo rstico mas moderno.
Quattuor Magazine :Um food-truck?
Ginja (Ins): Isso no, pensei mais num espao fsico
mas no num restaurante. Eu gosto mais mesmo de
fazer bolinhos, bolachas, tudo o que seja pastelaria,
gostava imenso de fazer um curso de pastelaria. Um dia
que pensar em deixar a profisso de veterinria, a
primeira coisa que quero fazer um curso de pastelaria.
Adorava mesmo. Ir tirar um curso no Cordon Bleu ou
outro curso de pastelaria totalmente diferente, tinha de
encontrar algum stio inspirador e alternativo.
Quattuor Magazine: Nesta sua arte de cozinhar prefere
mais confecionar pratos principais ou de pastelaria?
Ginja (Ins): Prefiro mais a pastelaria, os doces e a
doaria. Gosto tambm de fazer po, amassar a massa
com as mos. Sabe to bem amassar o po. So essas
pequenas coisas que me fazem feliz. H muita gente que
prefere fazer po na mquina, aprendi a gostar de
amassar a massa, to bom.
Quattuor Magazine: Hoje em dia onde encontra a
inspirao para continuar esta sua paixo?
Ginja (Ins): Busco inspirao em receitas que
encontro noutros blogues, em receitas de Chefs, em
livros de culinria, adoro livros de culinria, devo ter
cerca de cento e cinquenta livros de culinria! s vezes
acontece que estou a dormir e acordo a meio da noite
com uma receita, por exemplo, de um bolo de mirtilos
com cramble, com isto e com aquilo... s vezes acordo e
vou escrever, escrevo logo a ideia para no me esquecer
e mais tarde tento fazer. Por vezes no sai bem
primeira como tudo na vida, mas tem vezes que as
receitas novas saiem bem. No sou cozinheira, no
tenho curso, mas gosto muito de cozinhar, na maioria
das vezes sigo receitas que j existem, porm gosto
tambm de experimentar, por exemplo, pegar numa
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Quattuor Magazine: Em 2013 o seu blog fez parte do Top Food Blogues de
Portugal. Como reagiu a esta distino?
Ginja (Ins): Foi um sentimento estranho, porque eu no tenho o blog para
competir com outros blogues, acho que h espao para todos os blogues de
culinria, em todos os blogues h sempre qualquer coisa especial:
Pessoalmente no consigo eleger s dez ou s quinze, mas claro que fiquei
muito contente. Tal distino quer dizer que as pessoas gostam e que o blog
Anans & Hortel no apenas texto com receitas, h sentimento, tem de
haver qualquer coisa de especial para os leitores e seguidores gostarem.
-
4 chv de abbora descascada e em cubos
azeite q.b.
sal q.b.
tomilho fresco q.b.
120 gr de mascarpone
1 chv de caldo de legumes ou gua morna
100 gr de bacon fatiado e cortado em tiras
200 gr de cogumelos frescos fatiados
250 gr de tagliatelle
parmeso ralado q.b.
sementes de abbora tostadas q.b.
Preparao
Acender o forno a 200C. Colocar a abbora em cubos num tabuleiro, e regar com um fio de azeite, salpicar com sal e tomilho.
Levar ao forno durante uns 30 minutos ou at ficar tenra.
Desacartar o tomilho e colocar a abbora num liquidificador, juntamente com o mascarpone e o caldo ou a gua morna. Provar
e ajustar o tempero se necessrio. Manter reservado no quente.
Numa panela ao lume, colocar o bacon em pedacinhos e deixar dourar, at ficar bem crocante e estaladio. Retirar o bacon da
panela e reservar.
Enquanto isso colocar o tagliatelle a cozer em gua a ferver e temperada de sal, at ficar al dente. No fim de cozido, escorrer
(reservando parte da gua da cozedura).
Na mesma panela do bacon, e sem lavar, colocar os cogumelos a saltear durante uns 5 minutos.
Adicionar o molho de abbora aos cogumelos. Juntar a massa e o bacon e mexer, envolvendo.
Se o molho estiver muito grosso, adicionar 1/2 a 3/4 de chvena da gua da cozedura da massa e envolver bem.
Servir com parmeso ralado na hora e sementes de abbora tostadas
-
1/2 chvena de farinha de espelta integral
2 chvenas de farinha de trigo
1 colher (ch) de fermento
1/2 colher (ch) de bicarbonato
1/2 a 1 colher (ch) de canela em p
1 pitada de sal
2 ovos biolgicos
3/4 chvena de acar mascavado
1/4 chvena de azeite suave
3/4 chvena de sidra
3/4 chvena de pur de ma
-
Preparao Numa taa colocar as farinhas, o fermento,
bicarbonato, canela a gosto e uma pitada de sal,
misturando bem com a colher de pau.
Noutra taa bater muito bem os ovos com o acar e o
azeite, at ficar uma mistura mais volumosa,
adicionando depois a sidra e o pur de ma e
mexendo muito bem.
Adicionar os slidos aos lquidos e bater bem at ficar
uma massa homognea.
Colocar a massa numa forma previamente untada com
manteiga e polvilhada com farinha e levar a forno pr-
aquecido a 180C at cozer (teste do palito).
Deixar arrefecer uns 5-10 minutos antes de
desenformar.
Servir salpicado de acar em p e canela.
Nota: para o pur de ma costumo usar a polpa de
mas assadas e esmagar com um garfo at obter um
pur.
Bom Apetite!
-
2 chvenas de flocos de aveia
2 colheres (sopa) de acar de coco
1 colher (ch) bem cheia de canela em p
1 colher (ch) de fermento
1/2 colher (ch) de gengibre em p
1/2 colher (ch) de sal
2 chvenas de leite (amndoa, aveia ou escolha)
1/4 chvena de maple syrup
1/2 chvena de pur de ma
2 mas descascadas e em cubos pequenos
nozes picadas q.b.
-
Preparao
Pr-aquecer o forno a 180C. Untar ligeiramente um tabuleiro de
forno de tamanho mdio.
Numa taa juntar a aveia com o acar de coco, a canela, o
fermento, gengibre e sal, mexendo bem.
Noutra taa misturar o leite com o maple e o pur de ma.
Juntar esta mistura do leite aos secos da aveia e misturar muito
bem.
Adicionar a ma em pedacinhos e envolver na mistura.
Colocar no tabuleiro e alisar a superfcie. Salpicar com nozes
picadas a gosto.
Levar ao forno por uns 25 minutos ou at a mistura estar
consistente e a ma tenra.
Servir morno ou frio, com iogurte ou creme de coco e um pouco
de maple e canela.
Nota: para o pur de ma usei ma assada, da qual retirei a
polpa e esmaguei at obter 1/2 chvena.
Bom Apetite!
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Patrcia Maia
Visitmos a bonita loja da Patrcia, que nos
contou os seus segredos sobre a Decorao, e
ainda nos abriu as portas da sua casa.
http://www.gavetao.com.pt/
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Quattuor:Por que que escolheu trabalhar na
decorao?
Patrcia Maia: Eu tirei um curso na Fundao
Ricardo Esprito Santo. Sempre gostei de decorao.
A minha me diz-me que desde pequenina eu
adorava decorar tudo minha volta. Na faculdade
fiz uma especializao em arquitectura de
interiores, passei trs meses em Itlia num estgio.
Quattuor: Depois de acabar o curso trabalhou como
decoradora?
Patrcia Maia: No, depois de terminar o curso abri
esta loja. Bom, de facto tive uma experincia
pssima de apenas uma semana a trabalhar numa
loja. Essa experincia foi to m que, com a ajuda
da famlia, preferi abrir a minha prpria loja e estou
aqui h dezasseis anos.
Quattuor: Mas queria mesmo ter o seu negcio?
Patrcia Maia: Com o meu curso muito difcil
trabalhar por conta prpria. possvel abrir um
ateli mas do zero muito muito complicado, ir
trabalhar para um ateli de outrem uma
experincia em que s explorada do ponto de vista
financeiro e criativo, e por isso decidi abrir uma loja
porque gostava de comprar e fazer as coisas por
mim prpria. Para mim, ter uma loja sempre um
excelente complemento para a decorao.
Quattuor: Quem so os seus clientes? O que que
procuram na sua loja?
Patrcia Maia:Inicialmente, a minha loja era em
Sesimbra, estive dez anos em Sesimbra. Os meus
clientes eram pessoas que tinham casas de vero
em Sesimbra e que me compravam objectos e
decoraes para os seus projectos de remodelao.
Outros clientes eram os locais que entravam e
compravam isto ou aquilo. Muitos dos meus clientes
tinham casa em Lisboa, por isso quando me mudei
para c no tive problemas em ter clientes. Eu fao
projectos de remodelaes, fao projectos de raz,
fao um pouco de tudo na arquitectura e decorao
de interiores. J fiz hotis, apartamentos, at
casamentos.
Quattuor: Na decorao preciso sentir o gosto do
cliente. Como funciona o processo de empatia e
resposta ao gosto do cliente que se representa na
decorao dos espaos?
Patrcia Maia: muito complicado. Tem que se ceder
nas duas partes, tanto pelo cliente como pelo
decorador. Eu sou muito afirmativa nas minha
sugestes, mas claro que cedo aos gostos dos
clientes porque no sou eu que vou viver nos espaos
que decoro. Procuro sempre ir de encontro aos
gostos e necessidades dos meus clientes, essa a
razo de ser desta profisso: criar espaos onde as
pessoas se sintam bem.
Quattuor: Como que seleciona aquilo que vende na
loja?
Patrcia Maia:Normalmente vou feira de Paris, por
vezes tambm visito a de Frankfurt, mas a da Paris
que mais gosto, a que tem mais variedade.
Quattuor: Como que encontra as peas para decorar
os espaos dos clientes?
Patrcia Maia:Tudo vem da minha loja e dos meus
fornecedores. Na maioria dos projectos eu tenho
uma conversa com o cliente onde aponto o que ele j
tem e o que quer vir a ter no espao. Quase sempre o
cliente j tem objectos aos quais preciso adaptar
uma nova decorao. Mesmo nos projectos de raz,
h sempre qualquer objecto que o cliente tem para
usar como tema ou contexto na decorao.
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Procuro sempre ir de
encontro aos gostos e
necessidades dos meus
clientes, essa a razo de
ser desta profisso: criar
espaos onde as pessoas
se sintam bem.
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Quattuor: difcil ter uma loja de decorao em Lisboa?
Patrcia Maia: difcil se se vender apenas produtos da loja. No meu caso, presto
servios de arquitectura e decorao de interiores, desde aquele cliente que quer uma
nova cortina, almofada ou abajur at ao projecto mais complexo num hotel.
Quattuor: O que espera do futuro para o seu negcio?
Patrcia Maia: Desejo comear a vender pela Internet, atravs de uma loja online.
Tenho estado a pensar nisso recentemente. Agrada-me bastante vender em Portugal
e para o mundo. H pouco tempo tive uma encomenda da Finlndia. Esperemos que
se torne realidade em breve.
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Eu sou Adriana Sinke, esposa, uma exploradora, e uma sonhadora. Adoro aproveitar ao mximo todos os momentos livres!
Casei-me com o meu melhor amigo Adam h trs anos. Este foi um feito
de que me orgulho e a minha maior aventura desde sempre.
Adoro ler, passear, passar horasnos cafs, e ouvir msica. Trabalho
actualmente com assistente contabilista para uma pequena associao
sem fins lucrativos.
Tenho o meu Bacharelato em Ambiente, Recursos e Desenvolvimento
(basicamente Geografia). Eu adoro em absoluto aquilo para o qual fui
para a Universidade, e gostaria muito de um dia trabalhar nesse campo.
Estou a considerar continuar estudar para a Licenciatura!
Encontro inspirao no que est ao meu redor (pessoas, locais, coisas).
Vivo numa incrivelmente bonita parte do pas e pouco mais tenho de
fazer do que olhar pela minha janela para me sentir inspirada. Diria que
sou principalemte inspirada pela natureza; as montanhas, o oceano,
plantas, vida selvagem, etc
http://instagram.com/adrianasinke
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Cabeleireiro https://www.facebook.com/carla.i.henriques
-
Como que comeou nesta linha de beleza?
Penso que j nasci com esta arte, depois vamos
buscar coisas nossa infncia, onde eu j cortava
os cabelos s minha bonecas. Fiz um curso
profissional na escola do CEPAB (actual IEDCB).
Depois, sou muito vaidosa, por conseguinte, gosto
tambm que as minhas clientes se sintam assim
como eu: vaidosas. Eu sou empresria h treze
anos, anteriormente trabalhei como tcnica
formadora, sempre conjuguei a linha da tcnica
com mais profundidade, ou seja, o saber pr a cor
certa no cabelo da cliente, muitas vezes a cliente
no fala mas eu sei o que ela precisa, com estes
anos todos vamos ganhando essa capacidade. No
vinculo aquela cliente que vem ao meu salo que
fiel ao departamento tcnico, que fiel ao corte,
mas depois no seu dia--dia gosta de ser ela a
tratar de si mesmo, e eu fao e ajudo precisamente
nessa parte. Todos os meus cortes so muito
tcnicos e facilito as clientes para que possam em
casa tratar e sentirem-se bem. A minha linha a
sensualidade, gosto que a mulher se sinta sensual.
difcil encontrar ajudantes de cabeleireiro para
colaborar?
No fcil encontrar uma boa ajudante. Ao longo
destes anos tive muitas colaboradoras que no
sabiam trabalhar e eu dediquei muito tempo a
ensinar-lhes a trabalhar nesta arte. Muitas delas
hoje em dia so empresrias, ou seja, donas de
cabeleireiros, e isso , ao fim e ao cabo, fruto
daquilo que lhes estimulei, porque acho que
extremamente importante os jovens saberem o
que desejam fazer, na realidade terem uma
oportunidade para tambm eles crescerem. Neste
momento no trabalho com ajudantes, trabalho
apenas com profissionais, dou-lhes explorao
uma cadeira, muito bom, uma forma de
trabalharem independentes, dentro de um espao
em que sintam bem e que gostem de fazer a sua
arte.
Quais as caractersticas que um bom cabeleireiro
deve ter?
Em primeiro lugar, um bom cabeleireiro deve ir
sempre ao encontro daquilo que o cliente precisa,
saber atender bem, fazer sentir bem o cliente
desde que entra at que sai, porque a verdadeira
publicidade o boca-a-boca.
INTERVIEWHANDYPEOPLE
Se uma pessoa gosta, transmite automaticamente
que ali que bem tratada, que ali que se sente
bem, e deste modo aparecem novas clientes, torna-
se um bocado como um novelo de l que vai
soltando um fio e depois acaba por progredir.
A Carla empresria e me de trs filhos. Como
consegue conciliar? Como so os seus dias?
Todos eles j esto na escola, mas no fcil ser
empresria e ter trs filhos. Temos que lutar
diariamente para o nosso melhor e as coisas vo
acontecendo, as oportunidades vo surgindo, e
acaba depois por correr tudo bem. O meu dia
comea s seis e meia da manh, tratar dos meus
filhos, lev-los escola, e vir para o trabalho. Aqui
tenho de organizar os sales, coordenar os
colaboradores que esto nesses mesmos sales,
fazer as marcaes, tudo vai correndo e correndo
bem.
O que poderia recomendar a algum que quisesse
abrir um salo de cabeleireiro?
O que eu recomendo a quem realmente gosta muito
desta arte, que ser cabeleireiro, iniciar a escola,
esse o primeiro ponto. Iniciar a escola com bons
professores, com bons formadores, sair do curso de
cabeleireiro com boas bases tericas e prticas.
importante tambm ser-se bom colega, ter
humildade e saber aprender. Quando estas
condies esto reunidas e tem-se j alguma prtica,
ento pode-se abrir um negcio prprio.
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Quem so as vossas clientes?
As minhas clientes vm de fora. So
pessoas que trabalham, so pessoas
que tambm so empresrias, que
buscam um atendimento mais
personalizado, que necessrio ter
hoje em dia, porque acabamos por ser
um confessionrio da cliente. A cliente
muitas vezes tem problemas e vem ter
connosco para poder desabafar um
bocadinho. Tenho clientes de classe
mdia e alta.
O que que os clientes encontram neste
estabelecimento?
Encontram algum que sabe cuidar da
beleza delas e em que podem depositar
total confiana. Na realidade um
cabeleireiro um amigo.
verdade que quando um cabeleireiro
diz Ups! devemos temer o pior?
e porque alguma coisa correu mal
(risos). Bom, no vou dizer que sou
perfeita, mas na minha profisso sou
extremamente exigente e muito
profissional at comigo prpria. Pode
haver situaes variadssimas, porque
estamos a lidar com seres humanos,
no ? Todo o estado psquico e fsico
do cliente muito importante para
fazermos um trabalho de sucesso.
Muitas vezes o que acontece que as
pessoas esto debilitadas, tomam
alguma medicao, nestes casos
podem ocorrer alguns contratempos.
Quais penteados esto na moda
para este Outono?
Neste Outono mantm-se as
franjas, cabelos mdios, ondulao
muito mdia, os tons so tons
quentes, mantm-se os bronzes, os
castanhos, os dourados bastantes
acentados, as nuances muito suaves.
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INTERVIEWHANDYPEOPLE
-
Damos a oportunidade s pessoas de
aprenderem o processo manual de fiao da l
trabalhando com l natural.
https://instagram.com/salvalaportuguesa/
https://www.facebook.com/salvalaportuguesa?pnref=story
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Falem-nos sobre o vosso projecto de trabalho manual com l. Como que
comearam?
Mafalda: A minha aproximao aos trabalhos com l partiu de mim prpria, pois a minha
famlia no tem contacto com esta realidade. Desde o incio que fiquei fascinada com o
processo da manufatura da l, desde o fio at pea de roupa acabada, procurei muita
informao, aprendi intuitivamente com tutoriais no Youtube.
Quando encontrei a Egle, comemos a partilhar esta paixo que temos pela l, falvamos
enquanto tricotavamos sobre o processo de transformao da l pura em fio bem como o
processo industrial.
Egle: Em primeiro, importante dizer que a l sempre fez parte da minha vida desde que
nasci, os meus avs tinham ovelhas, lembro-me de em criana conviver com ovelhas, a
minha av ensinou-me a fiar e a minha me a fiartricotar. Por isso tudo muito natural
para mim neste mundo do trabalho manual com l. Lembro-me muito bem, na minha
adolescncia,quando ficava doente passava os dias em casa a tricotar e depois levava as
peas novas para a escola. Mais tarde, em 2009 comecei um projecto de tric, com uma
loja online de peas tricotadas. Mais tarde conheci a Mafalda, uma entusiasta da l. Agora
juntas com o nosso entusiasmo, comemos este projecto Salva a L Portuguesa.
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Egle: Assisti muitas vezes a minha av a fiar a l com a roda de fiar e quis usar esse conhecimento. Por isso
ns juntas comemos a fiar a l.
O grande salto para o nosso projecto foi uma competio da Fundao Calouste Gulbenkian: submetemos
um projecto para reutilizar os desperdcios de l para fazer fio, pois a l uma matria prima fantstica.
Conseguimos um apoio financeiro para lanarmos mais seriamente este projecto, obter um espao, comprar
algumas ferramentas, fusos, rodas de fiar e l directamente aos produtores.
Onde que conseguiram encontrar as rodas de fiar?
Egle: Uma delas pertence irm da minha av, pois a minha av tem quatro rodas de fiar. As
outras conseguimos comprar a alguns carpinteiros que ainda sabem fazer e vendem a um
preo acessvel
Alm destas temos duas rodas de fiar holandesas que so muito mais funcionais, tm alguns
melhoramentos no design .
Mafalda: Temos tambm vrios fusos, inclusive um fuso com a roca que comprmos em Trs-os-Montes.
Onde que obtm a l?
Mafalda: Sobre isso, posso dizer que estamos neste momento no projecto piloto e a
conquistar parcerias importantes, nomeadamente, com pastores das zonas rurais de Lisboa
com os quais podemos acompanhar ciclo de criao da ovelha e o processo de tosquia. Estas
visitas aos pastores permitem criar uma ponte entre mundo rural e urbano, e eles tambm
tm ficado muito entusiasmados com esta partilha de saberes.
-
Existem diferenas entre as ls de diferentes
rebanhos?
Mafalda: Trabalhamos com l de ovelhas das raas
autctones. Em Portugal existem quinze raas autctones de
ovelhas. Por exemplo, h Churra , maioritariamente no norte
do pas, Bordaleiras, e Merinos. De facto, muitos pastores
tm rebanhos pequenos e a quantidade da l produzida no
tem escoamento, por isso este projecto tem como objectivo
aproveitar o desperdcio que existe nestes casos.
Por que que preferem rebanhos de pastores
locais?
Mafalda: Aps algum estudo sobre a indstria da l,
verificmos que h uma falta entre a indstria e os pequenos
produtores ou pastores com rebanhos de pequena dimenso,
que a indstria compra l tonelada e quase sempre
impossvel um pequeno rebanho atingir esse peso.
Procuramos uma soluo para trabalhar pequenas
quantidades de l.
INTERVIEWHANDYPEOPLE
-
O que que exactamente oferecem aos clientes?
Egle: A nossa misso chamar a ateno para o uso da
matria prima l, promover o amor l e ao trabalho
de fiao da l, aproximar as pessoas ao processo
tradicional da fiao e confeco manual de roupa de
l. Por isso produzimos fio de raas locais. Queremos
ter a maior quantidade de fios possvel de diferentes
ls locais, pois acreditamos que deste modo podemos
despertar a conscincia das pessoas para o consumo de
matrias primas locais.
.
Mafalda: Oferecemos tambm um produto com
caractersticas naturais e que promove um equilbrio
harmonioso entre o ambiente e a pele. Sabemos que a
cultura do uso da l est cheia de sociologia e
antropologia, por isso queremos promover essa cultura
dando o nosso prprio exemplo.
-
O vosso projecto promove que tipos
de processos de uso da l?
Egle: Ns focamos em dois processos: um
a produo semi-industrial e outro a
produo manual. Damos a oportunidade
s pessoas de aprenderem o processo
manual de fiao da l trabalhando com a l
natural.
O que que exactamente oferecem
aos clientes?
Egle: A nossa misso chamar a ateno
para o uso da matria prima l, promover o
amor l e ao trabalho de fiao da l,
aproximar as pessoas ao processo
tradicional da fiao e confeco manual de
roupa de l. Por isso produzimos fio de
raas locais. Queremos ter a maior
quantidade de fios possvel.de diferentes
ls locais, pois acreditamos que deste modo
podemos despertar a conscincia das
pessoas para o consumo de matrias
primas locais.
Mafalda: Oferecemos tambm um produto
com caractersticas naturais e que promove
um equilbrio harmonioso entre o ambiente
e a pele.
INTERVIEWHANDYPEOPLE
abemos que a cultura do uso da l est cheia
de sociologia e antropologia, por isso
queremos promover essa cultura dando o
nosso prprio exemplo.
O vosso projecto promove que tipos de
processos de uso da l?
Egle: Ns focamos em dois processos: um a
produo semi-industrial e outro a produo
manual. Damos a oportunidade
s pessoas de aprenderem o
processo manual de fiao da l
trabalhando com a l natural.
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Onde possvel comprar os vossos novelos de l?
Mafalda: Estamos a preparar o lanamento do nosso fio
em Outubro, vai ser possvel comprar tambm pela
internet, estamos a desenvolver uma loja online. As
pessoas vo poder comprar no s novelos mas tambm
ferramentas.
Como que as pessoas vo saber usar as
ferramentas e a l?
Egle: J estamos a fazer workshops mensais para quem
quiser aprender mais sobre a arte de fiar a l. Alm disso
tambm ensinamos como tratar a l depois de ser lavada,
usar o fuso e a roda de fiar e por fim ter o fio pronto para
ser usado.
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INTERVIEWHANDYPEOPL
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Tm peas de roupa feitas com a vossa l ?
Mafalda: Sim, temos . interessante fazer peas de roupa com l
natural e mostrar s pessoas o resultado final de todo o processo.
Egle: O mais fantstico nisso tudo dar o poder a qualquer pessoa
de fabricar o seu prprio fio, ora mais fino ou mais grosso e produzir
a sua prpria roupa. O ciclo da l sazonal, pois em Abril ou Maio
fazem-se as tosquias das ovelhas e no outono/inverno os fios j tm
que estar disponveis.
-
Queridos leitores da Quattuor,
Tenho a a maior alegria que leiam esta revista. Estamos um
pouco atrasados para esta Estao de Outono, mas melhor
tarde e continuar a trabalhar que parar com aquilo com que
sonhamos.
Nesta edio ns sonhmos aprender mais sobre os trabalhos
artesanais e manuais , artefactos e artesanatos e sobretudo
conhecer os respectivos criadores artesos e artistas
neste caso entendido como o mesmo.
No um grupo muito grande de pessoas, mas so todos
fantsticos e cheios de talento.
Pessoalmente, desejo que voc nosso querido leitor faa
o que que gosta de fazer. Sei que o que toda a gente diz
agora - muito actual - mas se no consegue mudar nada na
sua vida neste momento, ento comece algo de novo,
conhea pessoas diferentes, consiga inspirao na vida, e seja
feliz em todas as estaes da sua vida.
Irene Roma
www.instagram.com/romalgire/
FILIPE DE FIZA
Poeta e escritor com actividade literria desde 2002.
Licenciado em Engenharia Civil pela Universidade Nova
de Lisboa, representa Portugal na UniVerse - a United
Nations of Poetry, integra o Movimento Poetas do
Mundo, membro da W.P.S. - World Poets Society, da
APE - Associao Portuguesa de Escritores e da OE -
Ordem dos Engenheiros. Assina a rubrica Das Origens
Catacsmicas no jornal cultural Selene - Culturas de
Sintra. Foi autor e dinamizador do Projecto Cvico Sintra
em Runas e moderador nos encontros literrios Poetas
Aqui Connosco e dos recitais Poetry&Coffee.
http://www.filipedefiuza.pt/