Punia - Marxists Internet Archive · ** OEA. A propaganda imperialista procura partir dessa...

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Um decreto do governo Hmula. publicado no Oiarlo tMIr.ai. determina que a rolonliaçao da.s u cr-. :io (..¦•• de propriedade do Estado ou (í. nu.-.. :i,..-. .<•!.. (cita segundo prominog curovatí')* pelo governo esta- duai c !;•*.. t - ã pratica pelos próprios .-Krirultnre». organizados rm associaçoea toope.alivas autônoma*, que iuh.iiao com asitUtèncla oficial. Ja em novembro «i.» aro pai*»ado o governador Hn».i.i iria* ra n lu*tlluto Gaúcho de Reforma Aura- rin 'IGRAi. cujo objetivo princuul c pro- mover o ace.vo à terra do* agricultores sem terra. O 10RA vai executa* o pio- f: ii..-. agrário do ROS. «Repu ....**. m mi- le a ocupação da Fazenda Sara.vl: n> 8a. paginai. - Texto na página Punia Del Este Mostrou ao Mundo: Império Ianque Desmorona-se na América Latina MANIFESTAÇÃO POPULAR A SAN TIAGO Expressiva manifestação -lu.tular . rum ^ participa- V o rie IhIc-v-, -inlicais. es- t .anti» e «••* outras orna- n *.arô:., 9tt» prestada ao m.ni.iro San fogo Dantas, quando do sc n regresso ao Brasil, anunciam o* jornais. O* manifestante-, aguarda* rã» no Aeroporto do Galeão aparelha que conduzirá da volta de Punta dei Este chanceler brasileiro. A mani*e*taeâe é de apoio i -MMi-ia adotada na Confe- rèneia pela delegarão bra- aileira, em defesa da não- •Inttrvencáa tm Caba. NOVOS f EDIÇÃO PAU S. PAUIO -.v.jr.-.-r ANO lll Rio da Janeiro, semana de 2 o 8 de fevereiro dt 1962N' 156 * . [* , ¦- Vitória de Quem? Orlando Bomfim Jr. CONSEGUIRAM os Estados Unidos excluir Cuba da ** OEA. A propaganda imperialista procura partir dessa resolução para apresentar a Conferência de Punta dei Este como uma grande vitória. Mas, será mesmo este o significado mais profundo e autentico do que ocorrei aa Conferência? ANTES de todo, deve-se notar que outras eram aa ""• pretensões da delegação norte-americana. A pró. pria eonvoeaçáo da Conferência foi feita invocando o Tratado do Rio de Janeiro e indicando a necessidade sanções contra o governo cubano. Era a agressão co- letiva que se tinha em vista. Mas a tanto não se che. gou, apesar da tremenda pressão exercida por mr. Rusk, que nao teve pejo em invocar o "argumento" dos 20 bilhões de dólares da chamada Aliança para o Pro- gresso. E C.°1!0, 'li. <?ns**uidi» a decisão do afastamento de rio n«X.»õ °.s °2 ,^ecur-S0!, de chantagem e corrup. l£* tt?n.'S5 de,ef™a° norte-americana na vio- M&&! -«stidoz»» levou ao mínimo dos dois terços 2?J!rt? "'«^r-0*-* E esse mínimo é na realidade uma minoria. Os países arrebanhados pelos Estados Unidos ri£H1£? aPenasiu,n •n»1*' da população da Amé. 2 .. « •• °* .maiores «• mais importantes paises - Brasil, México, Argentina, Chile, Equador, Bolívia - resistiram ate o fim. EM COMENTÁRIO anterior, fizemos referência ae . '*t0J de t!ue * wunião de Punta dei Este deixava mais ainda evidente, para os povos latino-americanos, * que na realidade significa o sistema interamericano Nao passa de um bwmbo atrás do qual o Departamentc de Estado oculta e defende sua politica de dominaçãc e rapina, a serviço dos interesses dos monopólios ianques E a OEA tem sido um instrumento dessa politica. Apó« a queda da ditadura de Batista, seguiu-se uma série de agressões do governo norte-americano a Cuba. Agres- soes que foram desde a suspensão da compra de açu- car e da venda de petróleo, procurando asfixiar a eco- nomia cubana, ate a covarde agressão armada, com a invasão dos mercenários que desembarcaram em Praia Giron. Não pode haver dúvida de que semelhantes crimes sao o oposto de uma verdadeira solidariedade interamericana. Que fêz, diante deles, a OEA? Nada. E agora, cm Pimta dei Este, o que se pretendia era não apenas justificar essas agressões, mas também prepara.- novas. É esse o conteúdo, para o governo de Washing- ton, do "sistema interamericano". Para isso é que tem servido, até agora, a OEA. ENTRETANTO, a reunião de Punia dei Este, mostrando •***¦ o que é o sistema interamericano, mostrou igual, mente que êle está sendo feito aos pedaços. Não tem outro sentido a resistência oposta aos Estados Unidos por governos que representam três quartos da popu. lação da América Latina. * o reflexo das lutas de nos- sos povos, que não aceitam o domínio e a espoliação do imperialismo e se empenham em conquistar a eman- cipação econômica e plana independência politica. E essas lutas serão afinal inteiramente vitoriosas, porque correspondem a uma necessidade histórica. At VEMOS o mais profundo e autêntico significado dos resultados da Conferência de Punta dei Este. É certo quê se procurou reviver um arremedo de pacto anti-komintern, sepultado nos escombros da última grande guerra. Também é certo que a luta dos povos latino-americanos ainda não chegou ao fim. Mas o ' inegável é que a Conferência revelou com nitidez qual é o rumo dos acontecimentos, qual a tendência que se manifesta e avança.para os caminhos do futuro. E pode, por isso mesmo, despertar otimismo em todas as forças e correntes progressistas. E esses mesmos mo- tivos levam a que, devido ao papel destacado da dele- ' gação brasileira na Conferência, mereçam o apoio dos patriotas e democratas as manifestações que estão sendo preparadas para a recepção ao ministro San Tiago Dantas. Da Austrália Verç um Apelo a NR Trèa. mçríjiheiB». ,pprw- gueses Vefn.giaxan.-se em' Sidnei, procurando asilo po- iitico. O governo austrália- no tratou-rs como crlmi- npsos e (»; i do Tr'Dii:,i*i rente. Pnt; nos, conhe toridaclcj ik* Tten.io '".elo á à barra li! do cor- austrália- - das -au- .i pais, te- no que se- •á dado aos marujos, atra- .•es de telegrama enviado & lo ao povo brasileiro. Sc •» possivel, pedem, as medidas de solidariedade aoj mari- nhclros devem ser cohiuni- cadàs a patriotas portugue- ses no exilio. O endereço da Comissão para Salvar r»; Marinheiros: E iiz -a b c ili Street 55, Padrjingio:), Siri- nei, Austrália. ^11 jZ^^Bt^^^**-»issssssssssssssssssW ¦¦ísssss^ ^^^^^^. MM. ' ^^^km ' P^m-mm^^o*K sssssssfMsr^sW^^k.m^kTm' m!m\A*m\/ .¥^ t » fWMam m\ -A. / i .tf T^MmWM MmMT\m ir^Btsssfc mm» ^^ÊW^Mmmw ÉMmmmÊ *^im À ll^^^H^^A^Sf I ^mM* ^ -%wJJKm mntTmW '^Wiff$!''^*'&^lúm JkmmW' 'ÀJ*^ià^mm\mmmÍ- PJ^VI'; •. 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MhAtM* à última hora, doa gaiat* nn da Haiti e Crmpud aa- •egaron mínima da Ui*> ttm —» aa 14 carneiraa ém. OEA. Caba. eam aa «em OEA. avança pelo caminha escolhida par seu povo. t •h lada da Caba estio to* ¦i*» **IL ¦,• Y+Jb iatAmtptr-m. povo brasileiro, cuja sonda- riedade será agora ainda maior, mais ampla amais combativa. Na foto ao lado, aspecto de uma das mani- festações realizadas pelo povo uruguaio em apoio a Cuba revolucionária. Leia o editorial e reportagens nas páginas 6 e 7. .-» ¦.•';.¦• m -—•^-•-,. ¦- ¦¦..'. .——— : •*W-uS^&'3aE-*i:> ¦¦.^¦•mMmWúM'i'M'-.'i,m^^^i>:^i. .>:.: ¦ ' ftl ¦ Tristes Salntae a Ko ¦''¦m\\' ''^W^B^^ Nacionalista Para a ri meação de etrabras Tutt M %*tíÚm\ JUQUIÂ: POSSEIROS REFORÇAM UNIDADE NA LUTA PELA TERRA Texto na 6* página Carvalho Pinto Desencadeia Terror Contra Ferroviários da Sorocabana: Centenas de Prisões e Violências Reportagem na 2' página >>«w-:.:':'-'" :;;,., , ;.. * ,.--.;¦¦. B¦•:.' ' ¦*'. . ... ¦' ; - " •; " ¦.*-.,: :.¦ ¦;.">¦.. 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Juntamente com o jornalista Pllomcno Mata. também injustamente ncu- .sacio e detido, Siquelros vem travando uma grande bata- lha por sua libertação.* De todas as partes do mundo chegam ao México protes- toò e apelos as autoridades para que se Donha fim a essa inominável injustiça. Recentemente, os mai.» de.-- tacados intelectuais mexi- canos enviaram um abaixo- -assinado ao presidente Lo- puz Mateos exibindo que [ósse prciervado o gênio criador de Siquelros, me- diante sua imediata liber- tação. O mesmo fizeram _LniüBjrj)5_sindicatos,—parti— cípando ativamente domo- vimento nacional em defe* sa do artitsta. Ê lndispensà- vel que essa campanha se ampllf em âmbito inter- naci.mai, especialmente na Amérh':t Latina, para que o grande muralista ' seja posto em liberdade e pos- sa dar seqüência à sua obra, que não pertence ape- nas ao México, mas ao pa- trimónio cultural da huma- nidade. Na foto Siquelros. que Tcenteirieiue comple- tou. encarcerado, 65 anos de idade

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Desafio ao Governo e ao Povo:Lacerda Apela ao Golpe Militar

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A iiiii*.:» dr trubalhadore* agrícola*do nio Or.«» li do Sul que Iniciou a mar-cha pela i>*» *« dn terra ocupando a Pa*renda 8.trandl r*ui dnndo rc*uliadoslambem no cntnpo Icglatntlvo. Um decretodo governo Hmula. publicado no OiarlotMIr.ai. determina que a rolonliaçao da.su cr-. :io (..¦•• de propriedade do Estadoou (í. nu.-.. :i,..-. .<•!.. (cita segundoprominog curovatí')* pelo governo esta-duai c !;•*.. t • - ã pratica pelos próprios

.-Krirultnre». organizados rm associaçoeatoope.alivas autônoma*, que iuh.iiaocom asitUtèncla oficial. Ja em novembro«i.» aro pai*»ado o governador Hn».i.i iria*ra n lu*tlluto Gaúcho de Reforma Aura-rin 'IGRAi. cujo objetivo princuul c pro-mover o ace.vo à terra do* agricultoressem terra. O 10RA vai executa* o pio-f: ii..-. agrário do ROS. «Repu •....**. m mi-le a ocupação da Fazenda Sara.vl: n>8a. paginai. -

Texto na 3» página

Punia Del Este Mostrouao Mundo: ImpérioIanque Desmorona-sena América Latina

MANIFESTAÇÃOPOPULARA SAN TIAGO

Expressiva manifestação-lu.tular . rum ^ participa-V o rie IhIc-v-, -inlicais. es-t .anti» e «••* outras orna-n *.arô:., 9tt» prestada aom.ni.iro San fogo Dantas,quando do sc n regresso aoBrasil, anunciam o* jornais.O* manifestante-, aguarda*rã» no Aeroporto do Galeão

aparelha que conduziráda volta de Punta dei Este

chanceler brasileiro. Amani*e*taeâe é de apoio i-MMi-ia adotada na Confe-rèneia pela delegarão bra-aileira, em defesa da não-•Inttrvencáa tm Caba.

NOVOSf

EDIÇÃO PAU S. PAUIO -.v.jr.-.-r

ANO lll — Rio da Janeiro, semana de 2 o 8 de fevereiro dt 1962 — N' 156

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Vitória de Quem?Orlando Bomfim Jr.

CONSEGUIRAM os Estados Unidos excluir Cuba da** OEA. A propaganda imperialista procura partirdessa resolução para apresentar a Conferência de Puntadei Este como uma grande vitória. Mas, será mesmoeste o significado mais profundo e autentico do queocorrei aa Conferência?ANTES de todo, deve-se notar que outras eram aa""• pretensões da delegação norte-americana. A pró.pria eonvoeaçáo da Conferência foi feita invocando oTratado do Rio de Janeiro e indicando a necessidade dèsanções contra o governo cubano. Era a agressão co-letiva que se tinha em vista. Mas a tanto não se che.

gou, apesar da tremenda pressão exercida por mr. Rusk,que nao teve pejo em invocar o "argumento" dos 20bilhões de dólares da chamada Aliança para o Pro-gresso.

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de,ef™a° norte-americana na vio-M&&! -«stidoz»» levou ao mínimo dos dois terços2?J!rt?

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aPenasiu,n •n»1*' da população da Amé.2 .. « •• °* .maiores «• mais importantes paises -Brasil, México, Argentina, Chile, Equador, Bolívia -resistiram ate o fim.EM COMENTÁRIO anterior, já fizemos referência ae

. '*t0J de t!ue * wunião de Punta dei Este deixavamais ainda evidente, para os povos latino-americanos, *que na realidade significa o sistema interamericanoNao passa de um bwmbo atrás do qual o Departamentcde Estado oculta e defende sua politica de dominaçãce rapina, a serviço dos interesses dos monopólios ianquesE a OEA tem sido um instrumento dessa politica. Apó«a queda da ditadura de Batista, seguiu-se uma série deagressões do governo norte-americano a Cuba. Agres-soes que foram desde a suspensão da compra de açu-car e da venda de petróleo, procurando asfixiar a eco-nomia cubana, ate a covarde agressão armada, com ainvasão dos mercenários que desembarcaram em PraiaGiron. Não pode haver dúvida de que semelhantescrimes sao o oposto de uma verdadeira solidariedadeinteramericana. Que fêz, diante deles, a OEA? Nada.E agora, cm Pimta dei Este, o que se pretendia era nãoapenas justificar essas agressões, mas também prepara.-novas. É esse o conteúdo, para o governo de Washing-ton, do "sistema interamericano". Para isso é que temservido, até agora, a OEA.

ENTRETANTO, a reunião de Punia dei Este, mostrando•***¦ o que é o sistema interamericano, mostrou igual,mente que êle está sendo feito aos pedaços. Não temoutro sentido a resistência oposta aos Estados Unidospor governos que representam três quartos da popu.lação da América Latina. * o reflexo das lutas de nos-sos povos, que não aceitam o domínio e a espoliaçãodo imperialismo e se empenham em conquistar a eman-cipação econômica e plana independência politica. Eessas lutas serão afinal inteiramente vitoriosas, porquecorrespondem a uma necessidade histórica.

At VEMOS o mais profundo e autêntico significado dosresultados da Conferência de Punta dei Este. É

certo quê se procurou reviver um arremedo de pactoanti-komintern, já sepultado nos escombros da últimagrande guerra. Também é certo que a luta dos povoslatino-americanos ainda não chegou ao fim. Mas o' inegável é que a Conferência revelou com nitidez qualé o rumo dos acontecimentos, qual a tendência que semanifesta e avança.para os caminhos do futuro. E sópode, por isso mesmo, despertar otimismo em todas asforças e correntes progressistas. E esses mesmos mo-tivos levam a que, devido ao papel destacado da dele-' gação brasileira na Conferência, mereçam o apoio dospatriotas e democratas as manifestações que estão sendopreparadas para a recepção ao ministro San TiagoDantas.

Da Austrália Verç um Apelo a NRTrèa. mçríjiheiB». ,pprw-

gueses Vefn.giaxan.-se em'Sidnei, procurando asilo po-iitico. O governo austrália-no tratou-rs como crlmi-npsos e (»; ido Tr'Dii:,i*irente. Pnt;nos, conhetoridaclcj ik*Tten.io '".elo

á à barrali! do cor-

austrália-- das -au-

.i pais, te-no que se-•á dado aos marujos, atra-

.•es de telegrama enviado &

lo ao povo brasileiro. Sc •»possivel, pedem, as medidasde solidariedade aoj mari-nhclros devem ser cohiuni-cadàs a patriotas portugue-ses no exilio. O endereço daComissão para Salvar r»;Marinheiros: E iiz -a b c iliStreet 55, Padrjingio:), Siri-nei, Austrália.

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"TERMINOU a Conferén-' cia de runia ucl Este.Foi sombrio o sru desfechopara os imperialista* norte-•americanos. A decisão ar-rançada contra Cuba, àcusta de todo tlpu de araea-ças e suborno, foi aprova-da por 14 votos, o mínimoabsolutamente indl.-pen**-vel. Pela primeira vez natriste e sangrenta bi*tor«ado chamado pan-america-nismo, uma reunião dessatipo termina sem qua pra**valera a unanimldada tra-posta pelos monopólio* ian-quês. Cuba votou contra,defendendo • sen direitode autodeterminação, eseiapaises. inclusive a Braiil, aaabstiveram. Sé • MhAtM*à última hora, doa gaiat*nn da Haiti e Crmpud aa-•egaron • mínima da Ui*>ttm —» aa 14 carneiraa ém.OEA. Caba. eam aa «emOEA. avança pelo caminhaescolhida par seu povo. t•h lada da Caba estio to*¦i*» **IL ¦,• Y+Jb iatAmtptr-m.povo brasileiro, cuja sonda-riedade será agora aindamaior, mais ampla amaiscombativa. Na foto ao lado,aspecto de uma das mani-festações realizadas pelopovo uruguaio em apoio aCuba revolucionária. Leia oeditorial e reportagens naspáginas 6 e 7.

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JUQUIÂ: POSSEIROSREFORÇAM UNIDADENA LUTA PELA TERRA

Texto na 6* página

Carvalho Pinto Desencadeia TerrorContra Ferroviários da Sorocabana:Centenas de Prisões e Violências

Reportagem na 2' página

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Frente das Gomullca: lutaesquerdas ou contra o cultofrente única para amp|iarnaC/OnaZ/Sfa Aar~*r,r,r\»aemociaciae democrática? B x. ,. .. no PartidoArtigo deMarco Antônio Coelho Texto nana 4' pág. -•-* 4' pág.

REMESSA DE LUCROS: INDÚSTRIADIZ QUE É PRECISO CONTROLARCAPITAL ESTRANGEIRO

Texto na V pág.

LIBERDADE PARA SIQLEIROSO pintor mexicano David

Allaro Siqueiros encontra--sc pré.so há nial.s de doisniio.j. no Cárcere Preventivocia cidade do México, acusa-do arbitrariamente do deli-to de "dis.soiuçáo .social".¦i>k^ttt>^et*rt^*T-iix'iíR^-u'lTiirvida e sua obra artísticaexatamente á liber:acáo delicu povo. Juntamente como jornalista Pllomcno Mata.também injustamente ncu-.sacio e detido, Siquelros vemtravando uma grande bata-lha por sua libertação.* Detodas as partes do mundochegam ao México protes-toò e apelos as autoridadespara que se Donha fim aessa inominável injustiça.Recentemente, os mai.» de.--tacados intelectuais mexi-canos enviaram um abaixo-

-assinado ao presidente Lo-puz Mateos exibindo que[ósse prciervado o gêniocriador de Siquelros, me-diante sua imediata liber-tação. O mesmo fizeram

_LniüBjrj)5_sindicatos,—parti—cípando ativamente domo-vimento nacional em defe*sa do artitsta. Ê lndispensà-vel que essa campanha seampllf em âmbito inter-naci.mai, especialmente naAmérh':t Latina, para queo grande muralista ' sejaposto em liberdade e pos-sa dar seqüência à suaobra, que não pertence ape-nas ao México, mas ao pa-trimónio cultural da huma-nidade. Na foto Siquelros.que Tcenteirieiue comple-tou. encarcerado, 65 anosde idade

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*- 3 - NOVUb RUMOS Mo *!• JaaoW, Mm-ana cjt ? o I d« fe»e»e<* <*• dt 1MJ —

Carvalho Pinto Dooonoadola o TorrorContra PorrovIArlos da Sorocabana tContonas do Prlsôos o Doxonas oo Forldom

MaU uma tri. numa »»pstttio fi «tt* tt M MTMa pdãatMl caracler uuce d<-iaa wenma, m tosta» iw-tkteu da ar. Camltw H.i •Ia m aUnram com viatinala inaiMttu centra milha-im da trabalhadora* u-1--tara - o* imofiáitc» áaMreda d* rtrro í-ofwalia.aa qu* rtirtndkanun mathoraa -.aleras numa grevelaiaaUda pa»oa preceitosCMsUttnionaia. DeagtiM dtotM-rjfi - »t enroniram fe-ridos e cmtMUU de outro»foram »~n?»rrfndo< ouran-ie o .noumenu

lt< ;-:r ... b<*\>Sl4l t -ü-a»Ao de domicilio» e de *nu-dade» sindical* — ru a no-va façanha do íoi ¦- o" t"democrata" -rna*dor, que contou, iwra evilar a rrpereiíi-ào d<» fato.com a cobettura ia mi-;•-•*¦!•• i rm urrai, que fe ate--vc à ¦:¦ *• •< ->llcial '!• -acontecimenio*. num liièn-cio cuja* ortgen* «e enwn-trem na* ¦¦¦-¦¦* do fam«~*aPlano de Ação

A audácia deitai investi-da* rom ri o direito públicoe contrn f- liberdade* con*-

ttturionat- -* turna csdaiwo aaa^aa*^ m **a^*w ***^m^^**w ™

S^* ^até^emMiSammmj Wi wWHi^ •«tu mau paia itfraar aitapeto* hbtrtktd*"* da OM-»Mente professor. ,«no. ia.»»*. da qut a pmro na» pe-dt, ainda, mmru ma wdadctre faca, R raa *udaria chegou, aiora. M p-woda aa rtg uiraretii o* tefuin-le* fa»;**: a* cantar** Muníeip4*i dc Mainoque. a*-tu • Hotucatu foram .*>*•¦iiiJo *¦.-..» poliria uurantea greve Em n.~-i >~u apo*a <-<-¦ .-¦ -' u» Câmara en»dr foran efetuada* nume»lllOta* I'"-.-" u- t -*••••sofreram frrlmrnl'* cmnote d»- qual* causada- porbaloiieit. Cin Bauru a po.llcla feru "> ir.- a- 13daa quala «* tv-u-.it*.,. - .«•-••>' r • * o deputadofede il .-..-.>.•.-.¦ Romano! ¦ -s • foi eipaneado cmSoroc-ibj. por *e rt!ocar aolado <•• • '-•!<--!..- .¦

A greve tete inicio dia31, àa s hora». dcpoU dc o¦>•'>¦ <-~n ter afliado. no diaanterior, cm toda a ferro-via, uma circular anunclan-

GOVERNADOR OU CARRASCO?a

Ramiro LuchaiiO. tovernador Carvalho Pinto. apus o recente movi.

mrnio irei Ma -lo-, ferroviário* da Sororabana, determinoua aplicação dr "medida* iIlM-ipHnarr»" ronlra "aquílea quepromoveram a prevê ilreal". Afura e -'lui-me 4t*%m atitude.é preciso alertar qur <* t.iu de uma teria ameaça a lado*o» lrrriiM.ii.i- du I «Md», assim como ao* trabalhador?» emgeral.

1'unn deve, iu verdade, »er punido? O» que lutam porum pouro mais de «jI.iiui tura rnfrenlar a carrMla. o*que lutam pela» liberdades democrática-, e por um Bra-.ilindependente r prooprto, ou aquele» que, violando a ConMi.tulção, desrespeitando as Imunidade*, parlamentam, o*direito-. Ji conquistado-, pelos trabalhadores, querem ia-pedir as lutas por melhores condiç&cs de vMa e pele. tm».cipação de nosso povo?

À população de São Paulo, e especialmente • praleta-riado, no proce»* das ações que Tem desencadeando eaadefesa de sua* reiviuditaçôes. vai conhecendo nelber •homem que. guindado aos Campos Elhlos. pretende instai*.rar cm São Paulo uma ¦ drmorracla digna de Franco eSalasar?

Por ocasião da crise '-olitira de agosto último, e sr.Carvalho Pinto mandou invadir sindicatos e agremiaçiesestudantis; determinou o espancamento e a prisão dc mi.Ihares de patriotas que lutavam em defesa da legalidade.Transformou, na prática. • Estado de São Paulo, num pes-te avançado do* golpistas c depois congratulou-se com eeministres militares que chefiaram e golpe.

Na greve pelo abono de Natal, em desembre ultime,mandou, novamente, espancar trabalhadores, numa repre*.são sem paralele na histeria das latas sindicai* am Sã*Paute. Mais de cinco mil operários foram enestreerades.Sindicatos foram invadidos, outra* cercados, numa tenta.tira de Tceicer pela fome oa que ae encontraram ne Interiorslea mesmo*., sitiados por força* policial*-, cem* sucedeu neSindicato dc* Mctalúrt-tcos. Estas medidas, próprias de re-

fascistas, também foram empregadas centra eetraeprofissionais, estando ainda m asemeria des jor.

da capital a repressão qw sofreram pele fat* d*nad* d* direito de greve. Assim fet mmbem eom ot

taneártes. Assim sucede. Igualmente., quando ee campene-ses tratem lata.em defesa de seus direitos.

O «emiei* d* apoio a* projete d* M aibiw a remessad* lacraa pnra • exterior, convocado per rapteoentante* de?irias organlaações, por parlamenUres • Min* patriota*,fei proibido, atrarm da ocupação multar da Prac* da Sé.

Foi mais ama demenstraçã* da dispeelçis qae tem •goTcenadsr paulista, de servir a* Imperialismo nerte-ame-ricano. centra os interesses nacionais.

Os promotores do atentado ae Jornal intima Hera", espichadores do MAC, não encontram obstáculos em suasações, não são descobertos e processados. Mas, enqnant*Isso, patriotas que colavam, nas ruas de Sio Paulo. car.taies em defesa da autodeterminação do povo cubano,foram covardemente espancados pela policia do governa-dor.

Estes atentado*, somados aos que *e verificaram du-rante * greve dos ferroviários da Sorocabana — cujas es.tações foram ocupadas militarmente, ao mesmo tempo emque as prisões e espancamenos se multiplicavam ao longode toda a Unha, paralelamente ás invasões de delegaciassindicais e d* própria sede da Tkiiáo do* Ferroviários, semfalar das residências assaltadas de madrugada — «ãoexemplos mais do que suficiente* para qne poesamos afir.mar que quem deve ser pnnido pele* ates qne vem come-tendo é o governador t não os trabalhadores.

O sr. Carvalho Pinto, ee***** am dos expoente* das fór-cas mais reacionárias de São Paulo e do Pai*, apoiando-**no atual gabinete e por este apoiado, rnclosire eom o be--neplácito do sr. João Goulart, lança mão da demagogia eda reação policial, com o objetivo de barrar e aaeenso da**lutas da população em geral. Mas esta tentativa está fa-dada ao fracasso. As ações do povo paulista, com a cias-se operária à frente, continuarão mal* vigeresns. Não têmfaturo os governantes que se colocam contra os interessesdo povo, e que aplicam uma política de fome e terror pe-licial contra a* massas, ao mesmo tempo em que prote-gem descaradamente os monopólios norte-americanos, la-tifondiarlos e banqueiros.

A crescente unidade, o esclarecimento e as ações daclasse operária, dos camponeses, dos estudantes e intelec-toais, assim como de outra* forças democráticas e nado.nalistas, saberão derrotar o sr. Carvalho Pinto e sua poli-tica. na luta que travam pela conquista de um gabinete dl-ferente desse que ai está, um gabinete que faça nma po-litica que corresponda aos interesses populares e nacionais;essas forças saberão escolher para o Estado um gover.nador e não um novo carrasco.

OPERÁRIOS DA LIGHTANTECIPAM ACORDO

l

Os 45 mil trabalhadores do.Grupo Light conseguiramvencer a intransigência riosrepresentantes da empresa,levando.os h açpirar a antecipaçâo da vigínch dc r.ô.

,vo acordo salarial para 1 deabril do corrente ano. Oacordo em vignr só termina,em 31 de maio, e o r.òvoacordo só entraria em vigora partir de 1 de junho.

. E' o seguinte o textodo acordo assinado, no dia30 de janeiro, pelos lideresdos trabalhadores -rn telefo.«es, carris urbanos, luz,•nergia elétrica e produção

dos a suceder os ora vTjjert..tes. reproduzem o paràgra.lo único da cláusula sextados firmados em 19 de ju.

, lho de 1961 e 16 de janeirode 1962 (estes da Rio.LightS. A. — Serviços de Eletrici-tade e Carris e Cia. FerroCarril Carioca), com exce.-ção da data ali referida, quepassará a ser de 1" de abrilde 1962.

y) — No caso de nâo che-garem a bom termo, até 15de abril deste ano. 06 enten.dimentos a que se refere acláusula Ia. poderão as par.tes, a partir do dia J6 da

^«^ua_J(A<anaba-a^âí5____u_il_*_jnés, suscitar dissídioPaulo, Estado do Rio e Es coletiv**».

4") — Em conseqüência,depois do reteeemtum dasAssembléias dos Sindicatossignatários, estes solicita,rão no6 autos do mencionadodissídio coletivo», a homolo-gaçào do presente acordo,pelo Egrégio Tribunal e oarquivamento do processoIniciado com a representaçãoda (iouta Procuradoria Ge.ral da Justiça áa Tnfaalb*».

pírito Santo, e pelos repre-eentantes da Light:

1*) — Concordam as par-tes que assinam o presenteInstrumento em iniciarem, apartir de 15 de fevereiro docorrente ano, os entendimen.tos para os acordos salariaiscoletivos que devem sucederaos atualmente em vigor.

21 — Concordam aindatm qus os acordos destina.,

do um aumento ae ?»•„. 16-dm M delfgaíla» da Uniãoum Ptrfovftftai tio utu-nor. *i"«~u«-»ut ai-teiuott-tetna -«-ne a» ti. rwetunidua ofert* t dt-cItriMo** ttugrtvt Knquanlo Um. o oo-mando centrai da greve rmSãO Paulo, recebida» «»u«informaco», ducrtioil a..»isius.au a partir da* 7ho-i" d* «a -jura, cotuoaittttauiortsa-tio da» suembitia*.'auiírtore-

Deflagrado o movimento,pairam o» frrruviaru~> arsiglr • paridade rom a*¦•--*-"« de Frrro San-tu» a Jundiai abandonandoa reivindicação anienor de4V< com un. mmimt- dr 8mil ciu-t.i.. alem ur ou-tra* eaiBtncias ha variw»ano* proteladas. Alias, ctlan!•• -¦¦<"'»• «•• r que uai |f.ritaram o» lerruvurioi, va-ri»t ¦<-<¦ ludibriado» cmcompromlMo» aaaumldosu<~ «ir o governo dr Jânio.A parUUdf importaria rmrrajiutt salarial dr cerrade IOO*«. Ul a dupundadedr veodmritlos, por umn.«¦•!!... irrvico. rntir a*du*a rorporaçor».

A --prr-.i,, policiai foifero. Na tarde do nrnncirwdia dr grevr, tira» do D0i'blnvadira.*n a »edr da Uni.u.na Rua General Oiorio. efe-tuando a prlsio de 30 fer-roviário». muito* do Ime>nor. r que ali drbatlamqur«tôr* da grrvr. O co-mando foi instalado, rnt&o.na nle do ãlndlcato dotO r a f i c o.«. transferindo-se. depois, para a «ede do»bancários, onde permaneceuate o final do movimento

Em todas .» parte» a vio-"Icncta policial predominou.Foram efetuadas mai» ac500 pr/óCA. Em Boiucnluno -i í:uii.1ii dia dc grevi,ai violènctaa chegaram aoauge. Eoldadoa com balone-ia calada Invadiram as re-sldénclas dos. ferroviárioslevando-os. sob a mira dasmetrainaduras e fuiú, aotraba.ho. Ocorrências ldén-tlcas registraram-se omOu-rlnlic. Anis e PresidentePrudente. Vários piquetes,empunhando bandeira» na-clonais. foram dispersados abombas t coronhadas drfuzil, e tiveram suas ban-detrás rasgadas a sabre.Resistência heróica ocorreuproxl. o a Sorocaba r emSanií.-.ía tramai de Sanf.a Juquiai. Nestes locai», :nu-lheres dc ferroviários dei-taram-se sobre os trilho.»impedindo a passagem dccomboios.

No seu primeiro d i a, aparalisação havia alcança-do Mr«. No segundo dltainda encontravam-se emgreve 15 mil ferroviária*,deu 23 mil existentes. Im-prensa e rádio em geral da-vam./desde o primeiro dia,a greve como terminada esó relatavam fatos colhidosoficialmente, no Palácio doGoverno e na Policia. O mi-nlstro da Justiça declara-va a greve ilegal, a fim dejustificar o terrorismo usa-do pelo governo do Esta-do. Uma comissão de diri-gente.» sindicais e de depu-tade-i manteve entendimen-tos com o secretário daViaçào. desde o primeirodia. Nestes encontros, eravedada a participação dosrepresentantes dos grevis-

us. COM 9S .»u«u o M6tèi*no i-s-js-»--* § «ntriúr tmftlUMlmtnlOi, apaaar Ofdlltrfbttir C-MHMMCftdiH dl.«".do 4«ie ttèo hewa ,i.i>prectirado ptloi lldert»do mon.ueiiui, t qut porUio, de^oitlitria ot meu*»»• dl tfttt A f#o«r*çè.Nneiuival ou» ferroviário-.,por -<*ui -tirtgtntc*, edm oprtaidtfitt. «i Rafati Mar-uneiii a frepir. parttcipjudoe entendimento*, que iu>da de iK-4llvo apresenta-ram. a n-ui aer a .-m_< .cia de •••'.. ao trabalh**com a actliaçào do queja havia tido rrjeiuno.Numa dr-taa 0Ca*ÍÓe», úti-< .-ftanu da Viaçào «ugrnuao r^rsldentr da Frde,-«v~-->que ocdiíio Mo governo fr-deral uma subvenção a 8,rocaou.n. unira forma dratenderam a paridade.

O m.....;'.M.iu. pela ;• ímrira vra - -ruiu i__ El-irada, teria totalnieiilr vitorioso. náo fora a repre»-aáo policial desencadeadapelo -democrático' profet-sor Carvalho Pinto e o en-quadramento doa órgãos drmformaçio.

Domingo, prla ni&nlià.rm assembléia reatuudi cmSorocaba, último núcleo deretisiêncla, os ferroviáriosaceitaram oj 43%, drllbt-rando ainda a voiu aouu-bslho na 2a.-feira, dia .!!•.S0UDAIII0A0I

A parede dos ferroviário-,da Sorocabana - ¦¦• primei-ra depois de muitos anos— contou com a soiidar.edade das demais caiegorltsde trabslhaoore» de todoo Estado. Os gráficos o b.m-cários. quando mais ciuc.se revelou a repr&-~no aomovimento, abriRiram emsuas ücdrs o comundo gic-vista. Dirigentes d:«- prin-clpais entidades opc:ari*u,diante da onda de vioièn-clu desencadeada pelo go-vêrno contra oa ferrovia-rios. declararam-se em reu-nláo permanente e levaramao governador CarvalhoPinto um documento pto-te..tr.r-do contra at* arbitre-riedade.» governamentais.LOSSACO ESPANCADO

O deputado federai Sal-vador Romano Lossaceo.que esteve ao lado dos fer-rovlártos rm todos o< n o-mentos da parede, encon-trava-se, ás 21 hora.» dodia 26, na gare da cidadede Sorocaba, parlumentan-do com alguns dus lidere.--do movimento quando foibrutalmente .-soancado pcium cha-j-u policial com»r.-dado oelo coronel Ivo Bar-soti, da Força Pública, epelos delegados Carlos Ne-grelros do Amaral e Fran-cisco Severino Duarte. Ospoliciais agiram com a maiorselvageria, inclusive baten-do, de cambulhada. em sernhoras e crianças quena ocasião pitavam na ess-tação. Lossaco ficou grave-mente ferido, com luxaçãona clavicula. escoriaçõesna máo direita e ferlraen-tos em ambas as pernas.O conhecido parlamentar msolicitou do Corregedor daJustiça a Instauração dcprocesso-crlmc sontra ~-sautoridades policia!-» que oagrediram, desrespeitandocom a arbitrariedade a cá-mara Federal e a própriaConstituição do pais.

WWw m«~ H^^fcH ilSialM ¦¦ C7 Ibm% -nm, niH WiWnI mm* trm-m»^mematé MW' ,V ,'~T3fl W-AOr«%KtlNt*ÈÊmt mWl: \WL*3\ fm^mtmmMWT- h''--tâi%m ___T___l__BÍdP\S

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«DEMOCRACIA»Cl. at a verdadeira face do "democrata"' que é o gover-

nador Carvalho Pinto. Em Assis ifotoi os policiais foramtanto*, quantos lotam os grevistas. Ao longo de toda a fer-

O CongressoD

O VI Congresso Nacionaldoa Trabalhadores Ferrovia,rios. realludo de 11 a 14 dejaneiro, em Salvador, foi umacontecimento importante nahlstórin .|.-i» lutus da classeoperária brn->ilelia. Asslmi.lou um grande avanço naboiopreensAo dos ferrovia,rios pelus seus própriiv-problemas e j»ol«s problemaspolíticos nacionais e interna,t-ionak que preocupam o po.vo brasileiro,

O Congresso contou com* participação de 244 delegB.(tos eleitos por 10 Sindica.io.«. duas Associações Profis.Muti.ii.-- c 3~! AssociacOes eUniões (i? ferroviários de 13ferrovias qm. circulam cmlfl Estudos da Fedctaç-io.Contou ainda vom 18 ii?lcga.dos fraternais, sendo ltí deorganizações sindicais brasi-leiras e dois representantesdo.s ferroviários cubanos.Foi o conelave, por essacomposição representativa,um autêntico Congresso Na.cional de TrabalhadoresFerroviários, que pela suaorganização ? finalidade con.tou com o apoio c a parti-cipação dc diretores de vá.rias ferrovias brasileiras.

No VI Congresso Nacio.nal fei roviário predominouum clima de unidade e com-ureensâo entre todos os de.legados, e só assim foi pos.sivel, num espaço de tempotão exíguo, serem aprova,

dos, com parecer favorável

Agostinho Qlivtiradaa comissões técnicas t pe.Ias seções plenárias, mais de100 documentos entre teses,moções, indicações e resolu.-,-ões, aue constarão doaAnais oo Congresso. Desdea seçáo prep-.ir.:iOria e à Se.ção Solene de Instalação doCongresso, onde se fizeramrepresentar as autoridade-!fedei-His, estadual.» e muni.ripais, o ponto de maioratenção loi a presenij» dosrepresentantes dos ferrovia,rios cubanos. Qugndo o pre.sidente da Federação Nacio.nal - dos Ferroviários, com.panheiro Rafael Martinelh.fleu por aberto os trabalhosdo Congresso, ao som doHino Nacional, foi indesen.iive| o entusiasmo dos pre.sentes. Ao terminar o.s açor.des do Hino, cqmeçou a lei-tura do Balanço das Reali.mçòps da Federação, entroo V Congrssso. Apesar rie serum longo documento quehistoriou as lutas e as con.quistas dos ferroviários nes.se período, fpi ouvido eoma máxima atenção e ca.da pausa era entusiástica,mente aplaudida constante,mente pelos ferroviários.

O Consresso nâo se Umi.totí a discutir os problemasda classe, foi mais longe,pugnou por uma justa po.lilica naclotral para o.» trans-portes brasileiros, especial,mente o ferroviário. Aprovouteses pela eletrificação dasferrovias do país, contra aextinção de determinados ra.

Chantagem Contra CubaDesmascarada Pela CNTIA Diretoria da Confede-

ração Nacional (ios Traba.lhadores na Indústria Ian-çou uma nota pública, naúltima sexta-feira, desmas-carando mais uma chanta-gem da ORIT (OrganizaçãoRegional Interamericana deTrabalhadores). Essa orga-nlzação. colocada aberta-mente a serviço da politlcado imperialismo norte-ame-ricano, incluiu o nome daCNTI entre os signatários

de uma mensagem divulga-da a peso de muitos dóla-res, nos jornais uruguaios ede outros paises latino-ame-ricanos, pedindo aos chan-céleres reunidos em Puntadei Este a adoção de san-ções contra Cuba. A Dire-toria da CNTI, coerente coma posição dos trabalhadoresbrasileiros, que repelemqualquer Interferência es-trangeira nos assuntos In-temos de Cuba. protestou

ESTIVADORES: 60 SINDICATOSNA BATALHA REIVINDICATÓRIA

Estivadores de todo o paisentraram em nova fase deatividade, após o estabele-cimento de um plano de

.. ação comum, elaborado pe-los representantes dos 60

. sindicatos da categoria, quese reuniram de 15 a 19 domês passado, na Ouanaba-ra. Liderados pela sua Fe-deração Nacional, objetivamos estivadores solucionar,definitivamente, o problemada extinção da estiva livre,já determinada por lei. daadministração das Caixasde Acidentes de Santos e daGuanabara pelos sindicatosde estivadores dos respecti.vos portos e inúmeras ou-trás reivindicações.JANGO PROMETE

No dia 18 representantesdos estivadores foram rece-bldos pelo presidente daRepública, sr. João Goulartno Palácio das Laranjeiras(Estado da Guanabara), a

que o Chefe de Es-tado tomasse conhecimentodas reivindicações da nume.rosa corporação. Ao firml daaudiência, o sr. Goulart pro.meteu, dentro de sua esferade competência, tudo fazerno sentido de serem atendi-das todas as reivindicaçõesem pauta. Alias, alguns dosproblemas levantados nfio sesituam mais no terreno dasreivtodicacOea, visto que aáo

direitos adquiridos, qtie vèmsendo postergados pelos em.pregadores, face à indiferen.ça do governo.

Os lideres sindicais deramênfase à resolução segundoa qual os estivadores nãoabdicarão dos direitos adqui.ridos bem como tudo farãono sentido de preservá-los,estando mesmo dispostos aoemprego da greve, se neces.sário fór.RESOLUÇÕES

As decisões tomadas pelosestivadores sáo as seguintes:1) Não aceitar qualquer

retrocesso no cumprimentode direitos asseguradosàqueles trabalhadores;

2i Exigir o retomo dasCaixas de Acidentes do Riode Janeiro e Santos à admi.nistração dos sindicatos;

3) Extinção da cham*adaestiva livre de modo a quetodos os trabalhos sejam fei.tos pelos trabalhadores sin.dicalizados;

4) Lutar pela aprovaçãodo projeto n" 850/55, ora emtramitação no CongressoNacional;

5) Realizar a I Conferên.cia Naciona] dos Estivado-res,'no Recife, no dia 19 demarço de 1962 O presidenteda República já assegurouque estará presente á Con.íerència.

energicamente contra achantagem da ORIT, Ian-çando a seguinte nota, quedefine a sua posição sobreo assunto:"AO POVO, AOS TRABA-LHADORES E ÀS AUTO-RIDADE8 — A Diretoria daCONFEDERAÇÃO NACIO-NAL DOS TRABALHADO-RES NA INDÜ8TRIA, to-mando conhecimento danota'pública, de iniciativada Organização RegionalInteramericana de Traba-lhadores (ORIT), inseridaem vários jornais da Amé-rica Latina, na qual se pe-de sos Chanceleres reuni-dos em Punta dei Este queadotem uma politica de san-ções contra Cuba, vem de-clarar o seguinte:

1.°) — que não assinouaquela proclamação daORIT;

2.°) — que. conseqüente,mente, desautoriza a inser-ção do nome da CNTI nessedocumento;

3.°) — que, íiel ao princi-pio de autodeterminação dospovos, desaprova quaisquermanifestações contrárias aCuba, coerente, aliás, comos repetidos pronunciamen-tos externados em outrasoportunidades;

4.°i — que. finalmente,endossa, sem restrições, apolitica externa do GovernoBrasileiro, brilhantementedefendida pelo ChancelerSan Thiago Dantas,'por issoque:

a» — reflete, com fideli-dade, a vontade soberana dopovo brasileiro, no exatomomento em que o nossopais está empenhado emsua total emancipaçãopolítico-econômica, lutando,sem desfalecimentos, parabanir da nossa Pátria ostrusts' Internacionais, fatoque também caracteriza aluta do povo cubano.

bi — conserva intangívela tradição politlca de nossopovo de não Intervenção em

outros paises e de náo ati-mitlr que Interfiram emnossa Pátria.

Es (a. a nossa posigào.Rio de Janeiro, aa) —Clodsmidt Rian. — P.*s,den.te; Dantc Pellacani — VicePresidente; Benedito Cer-queira — Secretário; JúlioMarques da Silva — 2.° Se-cretárlo Francisco Plácidodas Chagas — Tesoureiro;Zacharias Fernandes da Sil-va — Bibliotecário.

Ainda, a propósito, aCNTI expediu os seguintestelegramas:

Chanceler Santiago Dan-tas. Punta dei Este — Vru-guai — Diretoria CNTI rei-terá apoio posição governobrasileiro defesa autodeter-minaçáo não intervençãorespeitosamente ClodsmidtRiani Presidente CNTI"."Dr. José Mora — Secre-tário OEA. Punta dei Este— Oireforia ConfederaçãoNacional Trabalhadores In-dústria Brasil desautorizaassinatura entidade memo-rial da ORIT pt reiteraapoio posição governo bra-sileiro respeito autodetermi-nação e não intervenção.Respeitosamente — Clods-midt Riani — PresisienteCNTI".

EQUIPARAÇÃOSALARIAL EVITAGREVE NA PETROBRÁS

O si*. Francisco Manga,beira, novo presidente daPetrobrás, comunicou aosdirigentes do Sindicato Na-cional dos Marinheiros,Contra-mestres. Mocos eRemadores da MarinhaMercante, a decisão da Co-missão Executiva da em-presa, mandando equipararos salários dos marítimosque operam no Terminal deMadre de Deus, na Regiãode Produção e na RefinariaLandulfo Alves, aos sala-rios do pessoal da FrotaNacional de Petroleiros.

rovla a repressão andou nos limites do barbansmo. nio sesabendo ao certo a quantas centenas subiu o numcio deferroviários feridos.

rroviárioDivisiortistas

e o dníemolvimento -i • pai>,COnio .|.--rl.i O |IU|..M ..lli-iii.inorie.-imeitc.iiio e seus agen.tes Internos. Mas o Congies.

- yo Nacional dos Tr~balh."do.res Forrovlnr.os desAiasca.rou.o como alenta divisio.m.-i.i. a seiviço das fôrçnsm .i- rcaiioiiúr.-.i- qu? com.i-ii ...-ti contra o progicsso e

;i emancipação ile nu*sa -.*..tria.

O Congresso Nncioiuil dosTiubalhauoi es Ferroviáriosapoiou as rosolu'.Oes dusconclaves re-lizauus pel*classe upjrrfr.a brasileira tu.*últimos -mo*-. cujo com iotem sido a defesa das rei.vindlcB(flea da classe. O Con.gresso aprovou resoluçõespolíticas e indicou io govêr.no a solução rie vários pro.Ii|ptii..s não só ferroviários,como administrativos dopais, sendo aprovadas resu.luçôes em deles» da Consti..luiçào. das liberdades de.,mocráticas e sindicais. OCongresso apelou para osferroviários no sentido deestarem vigilantes em dele.sh do regime democrático eque votem, nas próxima,eleições, nos candidatos na.cionalistas e democratas,a fun de que possa o paisnrcK.seguir no caminho d**sua emancipação econômicae poiitk-a.

A participação tioCongresso dos delegados fer.io viários cubanos, Victor Mt.jares e Otávio Louit. d°s.pertou a atenção dos trab..lhadores baianos, que os cer..caram da máxima atenção,contando com elogios tiosprincipais jornais da boa ter.ra, com exceção de <. A Tar.de- que procurou ensaiarprovocação contra os ferio,viários cubanos, mas caiuno vazio, porque os traba.lhadores baianos já conhe..cem de sobra a qucm.seivevA Tarde.. Os ferrovjár.óscubanos explicaram para osseus companheiros brasile..ros, no transcorrer do Con.gresso, o que a classe ope.rária de Cuba conquistoucom o novo regime Institui.do no país, após a queda riaditadura de Batista. Gr.múCíoi o número dr operáriosbaianos qus foi ao Congres..so com o objetivo de ver econversar com os cubanos e,de presenteá-los.

Grande era a satisfaçãoque se notava em todos osdelegados participantes duCongresso. Satisfação de es.tnrem. lado a lado, ferrovia.,rios gaúchos e maranhenses,paulistas o pernambucanos,irmanados nos mesmos obje.tivos, visando a encontrar odenominador comum, capasde encaminhar a solução dasvárias proposições upresen..tadas nas comissões e nosplenários do Congresso. Foinesse clima de compreensãoe dc unidade que transcor.reu todo o Congresso.

O Congresso foi encerradosob a perspectiva dc novaslutvis e da conquista dc no.vas vitórias que se avlzi.nham. não só para os ferro,viários como pata toda aclasse operária que lula p«..ra conquistar melhores di-aspara o puvo brasileiro, den.tro de uma clima dc paz eprogresso, o que só conquis.taremos com um governonacionallst-t e democráticoque coloque as soluções dosproblemas nacionais acimados interesses dc grupos aserviço do que existe dcmais reacionário no pnts.Para que essa psrspectlvados ferroviários que c, tam.bém da classe operária e dopovo brasileiro, se torne rea.lidade. è preciso que ti go., Ivêrno se apoie nos trabalha,dores p tia parte mais es.claredda do povo que dese. 'já o progresso c o bem-estarda humanidade.

mais ferroviários considera.doa deficitários, pela encam.pacto daa «mprèsaa da cner.gta elétrica tala como: Lighte Bon and Share.

O Congresso aprovou a te.se sobre o direito de ¦ ndlca.Ilzação pura mios os ferro.vl.ir.os, mesmo para aquelesque. sendo funcionar.os pú.bllcos foram cedidos A Rede.A tese íoi aprovada onlusi-a-M.i.uneiHi» jielos convencio.nal-, demonstrando como osíerruviários reconhecem queo Sindicato e. a foi ma mal*elevada de sua organizaçãode ciasse, que só através drsua unldsde e organizaçãosindical, pondo em práticaas prerrogativas concedidaspor essa org-tinizaçáo, os ler.roviários terão o Instrumen.to para a luta por suas rei.VitídlcatjJis, a seguir foramaprovados os Estatutos dosFerroviários, que estabele.cem iguais deveres e ditei,tos para touos o.s ferrovia,rios da União, dos Estadosou dos Municípios.

O VI Congiesso aprovouuma te-e em defesa do pos.tulado constitucional, «.paraIgual tn.balho, igual sa..I.irio • porque não se justifl.c.» que em cada ferroviae.\istwm salários desiguaisenire ferroviários com asmesmas categorias profis.slonais. Xesse sentido íoiaprovad.-. o prazo de 30 dias.para o govêmo reajustar ossalários dos empregados dasf erro vias subordinadas aRFFS/A, a fim de seremequiparados os salários aosque atualmente percebem osferroviários da E. de FerroLeopoldina. Os ferroviáriosm.inifesuram.se decididos airem até á greve em defesadessa reivindicação, e elege-ram uma comissão para osentendimentos iniciais comas empresas.

Uma delegação da Uniãodos Ferroviários do Brasil,organização que tem A fren.te o sr. José Soares, aompa.reeeu ao Congresso, com in.cumbência de dividir os fer-roviários entre sindicaliza,do.s e náo sindicalizados. A< mensagem.- apresentada pe.Ia delegação da União foienergicamente- repelida. Osferroviários brasileiros dese.Jam unidade para lutar pormelhores condições de vida ede trabalho e o que o pelego,Soares propunha era a dlvi.são da classe: uns ficariamsob a direção da Federaçãodos Ferroviários e outrossob a direção da União dosFerroviários. Os congressls-tas desafiaram os dirigentesda União a que renuncias.sem a seus postos e promo.vessem eleições democráti.cas, para provar seus propó.sitos de unir a classe.

Os congressistas descobri-ram e desmascararam aspretensões do pelego Soa.res, porque sabem que oobjetivo dele é dividir os fer.roviários. Como exemplo po.demos citar

"fatos; quando o

Conselho da Federação re.solveu realizar o VI Con-gresso, em novembro dc1961, "o. sr. José Soares con.vocou um 'Congresso.-, daUnião para a mesma data.Não podendo reallzar.se o VICongresso na data previstaem virtude dos acontecimen.tos ocorridos em agosto, oConselho da Federaçãotransferiu o Congresso parajaneiro. Tão logo foi publica,da a convocação do Congres.so para janeiro de 1962. opelego Soares fêz o mesmotransferindo o Congressoda União-, para Janeiro. An.da assim, o pelego, as pe.gadas da Federação dos Fer.roviários, cumpi.ndo o seudestino de policial a serviço,de Lacerda. Pena Boto e dosgolpistas a qtinn sem>, lu.tando contra a democracia

Page 3: Punia - Marxists Internet Archive · ** OEA. A propaganda imperialista procura partir dessa resolução para apresentar a Conferência de Punta dei Este como uma grande vitória.

-- WO rf» '«a neiro. «e «urino de ? o 0 cie Uvcieno <lc l<M? NOVOS RUMOS 3 -

Desafi Gio ao ooverno e ao Povo:Lacerda Apela ao Golpe Militar

"Ditadura militar ou Re*públtca Popular* «- o dite*ma <>m que o pais «tarametido itentro de oouros»'»», tatves anie*. das ele'-«•fie»" -ri* a am«*aça Ian-cada pelo tr. Cario. *AC«*>da no manifesto dt»t.ur*>o*«ni mista publicado naTribuna de Impreiua" dauiiinu segunda-feira, ocu*pando u,.u a primeua pa*glna ii»-».sr r .ii-tin. O Jo*cumento astunie o» are* ueum apelo aberto ao gutpemilitar, embora se percaem melo a uma iene decanuailva*. Urada» e de re-pptui • -í nos chavões do un*ItcomunUmo O grito deguerra do sr Laceida patr.-.- maU um rararejo.

Ha entretanto, uma no*va maquinação golpista emmarcha. Desarvoiudot» como Isolamento eftda ven ntnlorem que se encontram, der-rolado* na tentativa dc as-salto a Pctrobrã*. hlsit-rl-ricos dla-t.e do implacáveldr«masraramenlo do impe*nali-tno em Puntti dei £»-te e ••«• ». i.tü-.d.i dia a »i •»mais ;i-.: > *. i'-'' para ron»ter .* -eiidi-nclu no avançodo -...:¦»< i.-n drmocráticoe nrclontillsla em nossopais. o» porta-vozes dostru te?» e :la rcpçáo i.ir.-..»»!-*«e n.a ofensiva de uma no-va .¦.»•'. -i golpista. Opan-flrto do tr. Carlos Lucerdae um episódio de «a tramarnt'n"clont.l.

AM IO A MlUTAlfSAfinal, o sr. Ucerda não

sabe -»r prefere o paria»ni. uuiiem», o prt-Didrncialumo, a, riri.í-r de ouiu*bro a subtlituiçao do Ou*bínete ou a *«olta do «r.Jà*mo Quadros, unicamenteem um ponto êle uao temdúvida; no desesperadoapelo para* que ua ''ForçasArmando", tomem as rédeasdn poder civil, instaurandono iu ..mi umi ditadura que,segundo recentes palavra»do mareclut. Teixeira Loti,"seria a pior das tntaduras".Urcrda ii». »*» cansa de

falar em dcm-x-iacia, mase com o maior e-nismo queallrma: "Entendo que hauma salda drmocrntica pa»i.t o Orasil fora do dilrmaDitadura Militar ou 'Rrpú-bliea Popular'. Para Ikmi.porem, e essencial que «•militares, que uao qucrtiuditadura, b-aidem o Urasiluiivi.ti ».- Jos comunlsL.».que querem 'Repúbl.ca To»i' ii..» '. Km outra passajtcm

tle ida midíoerc calihnu*ria. Imitir i;n Ipilo u di-tadura miiltin dt-clarnntloque n>"»hu i» acordo entrepartidos |"«i- wi accHoscma "gnro..tm dc-; Forças Ar-madr-*, r-iim- i •adoras dês»se enteiidlu ente politlco'*.

N.t u< i >' «*i.ie. quando sereíTe :» fuifr» Armudns osr. Licer-la nãi» tem cm via-ia a raitona eimagldorada oficialidade c dos sol-dad-M bn-.ilciros. tradlrlo-

.......¦:.-. »..(...: às ba*denta» -: ., ...» e firmesr '» «Ul» ¦-..¦-. '...« p..!Hl.»lieas e ....... i.*.;...-. comoM evldatieiou eom a maioreloqüência, na crise deagõ**to do ano passado, o sr.i-¦¦¦¦¦¦'¦¦ Ueerda inelu»lvr In*«ulta a» ..»..!- Armada»,confundiu la*a. com umpunliado dt generais teacio*ttarios como Cordeiro deFurtas ou o grupelho deAtagarçcií e da ridícula'Operação Mosquito". Jáuao • '..ui" em l&M ¦- e»'. i* »»»r. i ,. «i .-. -. porquehomen» rnmo o» . mn»de Vr-rua.t ainda ido «ermi».venceram d***«e í*'-"» - m*'»'numa eno*»r em que comotli/ia lu» «*»u*-t> i -'itier.iii:.-. ¦¦ -• si - . n f ò• ca danpinl*-n »<íV>a e multouni. i«» '• i» » do oue qual-fiyrr "•'! t*.»»"lllvo sccrrto".*'.*. l.iciau, e seu», atui*go. n.',o têm nem podemler oulra itcr/pectiva. Nàocontando ci-n • povo. seu-do 1.1»»- ».'¦. p- ia opiniãopublica. n.v» uito resta ou*ti.» alternativo senão nscon.-pirata*. t'e r-uurtcls.

, E tlgnlflcrtlvc, nllás. quecnquinto n «licfc dn Lun-terna ¦«• do MAC» dà alui-pr» •¦.ni le uni Bal.aguersu-plicniido a ajuda dos tu.-i-leiros la.iqucs. no Recife ucoronel a--.» de Oliveira, aoentregar o comando da Zo-na Acn-t fa»-n atncnças ae-melhantc* í«> suas. marcan-cando datai para "ser pós-

tO ã I».' J O I»*"-'¦¦•• ¦•-dOS t|. i».lr.'l.s

O fUIOO MAIO!A'.i.u.'u.. tm. agosto «

«Ua,li» = i.-«.i.uj uiut.lt- 1.opintèi publica, t-n go«pl>iasnau noniaat »»• i> •-. - »u-ii.i-. .- (,t.ra levar a tér*mo tM ..-.. ameaças, Naue «<¦ .¦ t ¦ t uso, que parleo > • « • maior. U que emais g«uve t a pulltica va.cilaute e conciliatória do go»vêrno federal. Inclusive ilupresidente Joào üuulart,que insiste em allsar e. mualguns »-.'>>- dar mào furteaos criminosos de agosloe atodo u bando golpista. Kmsua» maus uinda se achamtuuiui.. ..s cuiiiuiidos.alguu»da maior liniwriániia. Ne-iiiiuni.1 pumçui* seria ioiale i-,-..!.. impo»la aos cu*becas da nm piraçao d<*agosto, que ac ti. pratica-mente, sob o nu* mo "slu*gan", agora dcsentcrrnriupelo sr. Carlos Lacerda: dt*mocracia ou comunismo,Essa vacilaçao do governoe a única verdadeira (oniecm que os golpistas podemrncontrar tòrça para suaspetulantes am*.*aç!is e seusrrlincs contra a Constitui»Cio c o povo.

Ai r«ta o exemplo duMAC. da fracars-udu ondaterrorista que um grupelhode fanáticos laccrdUtns len-tou espalhar pelo pais. Mui-to tempo Ja se passou apósot --i-i-flos. Inquéritos fo-ram feitos, e o ministro da

.'¦¦.•¦¦.. -.....:..:¦¦.. mas. deuma vr*. que (a i-. - ¦... • u»noim» ou» fr»i)onsavei» eti'..».... r.. Nao e «egre»do p«ra ninguém que o sr.Cario» Lacerda, o policiaiDoier. i. «lineolatriro Hhe*ring, alem de outras conhe*cldas í •; ...ui...... cs»tâo envolvida» e-n rrimr»como u iu»*...:..-.;¦!.i,-..i daim Priathe» sabre o fi-»'¦>»¦. • n < •¦.:•• foram revela*dos. tomando-se claro queos terroristas sao ••.»¦.»• ai" '• de dólar: um milhãode dulare», pelo menot, ja•i» iiuvíam sido enirrgur».

Ma.i — o que fux o go»vêrno* (*ue mediria» ja to*mou o Uabiurte? Que pu-nlcoes üofrerain os .-runino*so»? ua- providências foram minada» paru farervrrao sr i.. '-.. que náo vi-vemos ent For nota ou emCuba dt- ii..*. .

Enquanto o governo c osr. João Goulart se m.auti-verem -..¦¦¦¦¦ atitude, itecn-dendo '-tua \tlo it Ucus eoutra au dlato a camari-lha gulputa en.'0"trpra (or-ças para a» seus esperneio*.

Mas i |»070 nio com-dincom é.vie bando ti» .-ulitl*cos supr.-ad-is '-ui. perdendo o pa.. o ti» n'*i • ila, náocm-on'.rnm outra saída aleitde entrega -ser • opressoresestrangeiro, a> nperialh-mo. O pm». aeotnii nha assuas ri-HioVo i c sabrrnpuni-lo.!.

OS INCONFORMADOS

MAOAaTIfMOE i ALAGC*..,

O atual governo udcnls-ia dc Alagoas, que se temnclabillzado por sua inope-ràncla e rcnclonarlsmo. des-gtutando-se perante a cs-cassa minoria que o elegeu— menos de um terço dneleitorado do Estado — vemdc dar mnts uma demons-tração dc sua Intolerânciano tocante àa liberdades de-mocraticas, exonerando oestimado professor CyroRocha do Instituto de Eriu-cação, onde desfruta de realconceito por sua dedicaçãoa cátedra e ao magistério.A extrema punição impôs-ta ao conhecido mestre, tas-crito em concurso para pro-vimento efetivo, deve-se asua participação no gran-dc comicio dos estudantes,di solidariedade á UNE.quando denunciou o "aviso"que lhe dera a Secretariadc Interior de que a poli-cia de Alagoas em breve es-tara dispondo dc rádiopa-trulha e bombas dc gás la-crimogêneo para reprimircom mais eficácia as ma-nlfestações democráticas. Aarbitrariedade do governodo general udenista LuizCavalcanti vem despertan-do a mais viva repulsa dopovo alagoano, particular-mente do estudantado e dosmeios Intelectuais.

«Rurãll-tas» Pelejaram no iN/aracanã:Objetivo Era Derrotar Reforma Agi ária

No momento em que seinstalava, no dia 24 dc Ja-¦iciro, a Conferência Ruralpromovida, no Maracanã/.!-nho pela Confederação Ru-ral Brasileira, estourou co-mo uma bomba entre .teus6 mil delegados a noticiadc que uma nova lnvar.aodc latifúndio ocorrera noRio Grande do Sul. Inicia-ra-se a ocupação das ter-ras de Camaquà por tra-balhadorr»; agrícolas semterra.

Vieram em seguida osdiscursos dos "ruraliatas"— em geral grandes lail-fundiários — e um dos te-.nas preferido* foram asocupações das Fazendas Sa-randi e Camaquã. Os "ru-ralistas" náo ocultavam tseumedo, pânico ante o cs-pirito ofensivo que t-e estácriando entre a< massasdespossuídas do campo cmtodo o Braôll. Em referôn-cias diretas ou alvsõc»! si-bilinas. os discursos dosmais emp?tlernicios adver-sário; da mudança da es-trutui a agrária no Brasilnão ocultavam rua preo-cupação ante as ligas cam-pones.-.-;, as associações delavradores e trab?lhadoresagricaliis, o recente Con-gresso Nacional pel? Refor-ma Agraria, lealli-ado emBelo Hjrii-onte e, por fim,

as mais recente-* .-ções do.s.senwe.; i do Hio Oranuedo Sul.

QUEREM MANTERO STATUS QUO

Esla i a i-nclu ão que setjra do on junto, com ra-ras exceções, dos pionun-ciamenlos durante o certa-me de uratòru do.» "rura-listas" no M&racaràzinho:eles nâo querem nada comreforma agrária que òejade fato refoima agrária,isto é, o fim do latifúndiosemlfeudil, a liquidação domonopólio de. ttrr... O pre-sidente da FARE8P, er. Cló-vis Santos repetiu este lu-gar comum que está ülti-mamstite cm todas as de-clarações tios arívcsariosdareforma agi ária: "Nào bas-ta dividir as terras — di.s-ôc ele — mas criar condi-eões pira que r.-sa terraseja ra>:iona'menie cultiva-da".

Claro que é iiíi-im e nin-guém tle bom senso discuteisto. Mas o que é preciso,antes de tudo, ê dividir asterras, acabar com o lati-fúndio pté-capíialista. Esteé o primeiro pauso para aca-bar com o síu domínio sô-bre os milhões dos sem-ter -ra, a «zrande massa de mi-seráve's c famintos que vi-

Nota Econômica

Josué Almeida

Acordos comerciais com

o Leste: apenas exame ?

Quando analisamos, meses atrás, os rc-sultados da Missão Dantas na Europa Ori-entál, assinalamos que os acordos entãoconcluídos abi iam ao Brasil enormes pos-sibilidades não apenas para ampliar seucomércio exterior, mas, sobretudo, para co-locar em bases novas e mais vantajosas nos-sas relações econômicas com o estrangeiro.Isto decorria tanto do extraordinário au.mento previsto para o comércio com o Leseeeuropeu como da natureza das mercadoriasque poderíamos • obter ali. Intensificandoas trocas comerciais com os paises de eco-nomia socialista, criávamos, ao mesmotempo, a possibilidade de adquirir, em con-dições extremamente vantajosas, bens deprodução, cujo fornecimento, até ha bempouco tempo era um monopólio dos pai-ses imperialistas. E nunca será demais su-bllnhar este aspecto do comércio do.s pai-ses subdesenvolvidos — entre eles o Brasi!-t= com os paises socialistas: a quebra domonopólio dc compra e do monopólio dcvenda que é um do pilares dessa divisãocapitalista do trabalho, segundo a qual unspaíses, privilegiados, industrializam-se' eprogridem, enquanto outros, eternos primospobres, são conclemxtor-.i i'...,aliiáii di. frü--uecedores de matérias-primas e produtosprimários.'

Por essa precisa razão, porque tal co-mércio contrapõe-se ao monopólio impe.rialista, naquela mesma oportunidade di-ziamos que não tínhamos nenhuma ilusãoquando às enormes resistências que seriamopostas á concretização do.s acordos, isto é,a que eles passassem do papel para a vida.Não víamos apenas as dificuldades quenasceriam da falta dc tradição — elemen-to importane — no comércio do Brasil comalguns dos novos mercados, ou as dificul-dades que repousam sobre uma base atécerto ponto objetiva: a diversidade dc re-Rimes econômicos. Tínhamos em conta, so-bretudo. os Interesses contrariados, aspráticas semicoloniais do comércio exte-rior que não poderiam sobreviver muito aointercâmbio equivalente com os paises so-cialistas.

Os meses transcorridos desde entãomostraram que não eram infundados osnnfsos receios. A Missão Dantas regressouao Brasil em maio ultimo, trazendo assl-

nados vários acordos num total de cerca de2,2 bilhões de dólares, para um prazo decinco anos, a paitir de 1961. A 8 de junho,depois da vergonhosa atitude do governobrasileiro em relação às atrevidas hnposi-ções do governo dc Bona foi criado umGrupd"de Trabalho para examinar os acór-dos. Esse Grupo de ilustres personalidadesfuncionou tão depressa que somente setemeses depois concluiu o exame dos acôr-dos. Não é estranho e ridículo — se náofosse tão prejudicial ao Brasil — que ti-vessem sido precisos sete meses para exa-minar acordos entre governos para cujaconclusão bastou pouco mais de um mès?Além disso: sete meses depois de conclui-dos os acóidos comerciais, vem o ilustreGrupo de Trabalho e declara à Nação: aMissão Dantas "abriu novas e alentadorasperspectivas" etc, etc. Quem tinha dúvidassobre isso, excluídos, é claro, alguns esper-tos comissários do comércio semicolonial,ou então esses assustados financiadoresdo MAC? O menos que se poderia esperardo Grupo de Trabalho é que dissesse aopais o ciui£_jgx.exc*£i.iia4o do;i aeòrdOA du-

_j^Jit«>-WTnê^èsdc 1961 e também o que cs-tá previsto para ser executado em 1962.Mas, náo. Sobre isto o Grupo nada diz.Deu-se por satisfeito e fechou outra vezpara balanço.

Enquanto isto, os Estados Unidos assl-nam acordo com o Mercado Comum Euro-peu e mais cedo ou mais tarde — se é quejá não o estão fazendo — exercerão sobreo Brasil pressões para que lhe sigamos orastro. Mas, será que tal coisa nos convém?E' do interesse do Brasil negociar a redu-cão de nossas tarifas aduaneiras como con-dicáo para que nos comprem o café, o ca-cau, o minério de ferro, o sisal? Se assimfizermos, com que defesa contará a indús.tria nacional, num regime cambial que dei-xa livre curso para o choque dos potes deferro com os de barro?

E', portanto, evidente que o comérciocom o Leste continuará a desenvolver-seem bases medíocres enquanto não foremremovidas as resistências que a êle seopõem. Até que Isto não seja feito, o anun-ciado propósito do governo de ampliar asnossas exportações; não passará de belaspalavras vazias.

ve no campo. Em qualquerpais oivje se fiw.i tcamicii»te a reioimH agraria, caiainao .iignifci apenas a ui-visão tias terra-.., mas tam-bem uiiu série tic mealuascompiemcniares. q u e váodesde a assistência técnicapelo Ejiidu aos lavradoresaté h comercialização dcsua produção, ue:oc o for-neclmcnto de cementes se-lecionadas até a facilita-ção de credite»;.

Mas quando um sr. Cló-vis Santos vem dizer t a 1coisa e que t-le tacha que"outros medidas" podem.-. upnr a d.ótrüuiçào daswrras á mausa camponesasem terra ou com pouca•eiia O gruitdc a-gumen-

ío" do sr. Santos: que em«ao Pauto ex.Mim 'mais de•'.L''i mu sitiantes que naotêm condições de vida com-p.aiiveis com a dignidadehumana".

Acrescentemos que istonào e só em Sao Paulo masem todo o Braail. Milharese milhares de pequenos pro-prietárlos vivem na maiorpobreza precisamente por-que existe o latifúndio se-mifeudal que lhes asfixiatoda possibilidade de flores-cimento econômico inde-pendente. Todos os prlvllé-glos e todos os favores ca-bem ao latifúndio, desdecs empréstimos bancáriosaté as moratórias de suasdiv-.das ou t. ressarcimentode supostos prejuízos.

UMA PALAVRA LÚCIDA

Em nu ic aquele obscuran-tUino medieval dos "rura-li.stus" da Federação dasAwioaçõts Rurais, brotoulúcida á palavra de um sa-cerdote católico, o arcebis--po Avelar Brandão, do Piauí.Embora tenha afirmadoacreditar nas "retas inten-ções'' dos "ruralistas" DomAvelar féz-lhes serias ad-vertèncias. Mostrou—lhes que o mundo de hojenào é ma!*s o de três lus-tros passados. E acresceu.-tou: "Vivem mal 80% dosproprietários de terra doBrasil. Talvez 20% vivambem e vivem pessimamenteps pobres trabalhadoresagricolas da nossa Pátria".E ainda: "Ê preciso que te-nhamos a medida justadascoisas. Não podemos, ab-solutamente, tomar partecom todos aqueles que, por-ventura, se abriguem den-tro de um reacionarismo,com aqueles que não que--rem ei.tendia OIThomem".

Dom Avelar opinou aindaque a reforma agrária deveser realizada "sem surtos de-magógicos", o que é umaalegação comum dos quea combatem. Quando, nocario, a única demagogia se-ria uma farsa de reformaagrária, uma reforma agra-ria em que se conservasse,ainda, que parcialmente, opoder do latifúndio semi-feudal.

O DISCURSO DCPRE5IDENTE

Foi dúbio, e por ímo :nes-mu decepcionante, o dis»curso pronunciado no en-ccitamento da Conferênciades ' ruralistas" pelo presi-dente da República, sr.Joào Ooulart. O chefe dogoverno, em vez de uma de-linlçào positiva, deu umadefinição negativa de re-forma agraria. Distíe: "Rc-forma agrária não é, comopretendem alguns teóricos,tirar a terra de ouem a pos-sul e -s faz produzir paradar india-:rlm;i'í».dainente aquem não a possuí e nàotem condições ce íazc-laproduzir" etc.

Só um "teórao" idiotapretenderia sc:.i*;iiiaiitc col-sa. Ningué n, de boa men-te, propóa a divisão das fa-zendas de café ou cacau,por exemplo. Mas quem"nào tem condições" parafazer a terra produzir a nàoser as vitimas do latifúndiosemifcudal?

A voz do presidente daRepública, na confia enciados "ruralistas" se harino-nlzou inteiramente com ados inimigos da reformaagrária, dos que pretendemmanobrar, e, estes ulm, fa-zer demagogia à custa deum dos mais sérios e pre-mentes problemas do Bra-sil em nossos dias.

— X —Recordemos que ó presi-

dente Ooulart, há bem pou-co tempo, no Congresso Na-cional pela Reforma Agra-ria, em Belo Horizonte, pe-rante 1.600 deirgadre àque-Ia grande convençãi e ml-lhares de pessoas aue a as-sistlaoi, foi taxativo em seuapoio à resolução que saiudo Congresso de reclamaruma reforma agraria radi-cal. E reforma agraria ra-dical náo tem outro signi-ficado que a destiuição dolatifúnóio semifcudal. E adestruição do latifúndio se-mifeudal é mesmo dividirter;aiu entre os que queremcultivá-las e dar-!lies todaajuda para que as tornemprodutivas.

Nessa contradição rie posi-ções o sr. Goulart revelamais uma vez as vr.ciiaçôes,inerentes a seu çovèrno, quesó contribuem para dar fòr-ças á reação, as mesma.-;forças que tramam contraa democracia e tentam im-pedir por todos os modos opleno desenvolvimento f"»o-irornicõ rTas tranfforma-ções de caráter social que opais está a reclamar ur-gentemenle.

O» (*»pt-i«trul«.r>-it tJt-*4á>ll¥* !..<¦•¦- l***)!** i i ..ttwk»••-..:•¦: na iitumij wiuaimrm * •»¦* ». itftu mu» ........ um ii ...... •• «...-••meu ua cumtiit «ai... .a. .....«. -•.(..«¦ i.. w,. em ¦>»¦ rmulit*CU ta-lll ft •¦• ¦...:.. ..Urinat. nniiiu mau inoiumtxj •.«• •'¦•-. u M-utiu-j traKieuu. -..-.«¦ ... a- i. -. Nao -<• t*b» leitora, viram m* ma*tutiito» de dommau a io*logntlm du i •¦«..i.i-i i.irri, ao-..a da ¦ .»i»«i:.« onde «¦¦'.«•¦por «!>»¦. ¦•• citiru hora* delurtura, ti--iai.il'. o ninai,que afinal nào (ui dado,i..«i.« f..iii.-.ii a» anuadasvolta* rm lórtiu d- Terra,f. imm lutugralia terrível:pouca» u •¦« ¦ lera «ido con*.•ri,.iiii.i uma imagem mal»nunseitle. dc '»¦" -»• ¦* deto*i•»•.." e iir-.--p.-i.. Vejam afoto, .¦ * > ua «rgunda ua*giua do "Jornal do Ur.. :t- provável que nau tenharido diferente a expre»*áodo preiidente Kennedy aoreceber na Ca«a Branca,tini» minuto» ante» d» mu-nirnlo anunciado pnro o vtki.,. aterradora noticia dn *rur.<!.< i '.lllli-llto

A fnmmcJo de Creuera o terceiro rolundo fm-nato no c»!>aeo de uma «e*mnnn: <> fm-uetc com eln*co >aif-!ite*. •»x»J,'.dhi l'»ao onnublr e o circnho h Lua «e' per*'-u n<> Onanoa, a umadistância de cerra ti' SOmil quUometrru do ob'etl-vo vi»ado. A "«'i «tafaça»!).! de Ceen. prepara-da eom todnt o< reo»ih»lesd- nn* pimc de "su-menae",mnbl,,,'?ndi e e*"0-,*."-,dopele- i«»rr» rio mun'*» maisde 30 novlot e 40 mil ma-r»"'<riro- pronto*, n reco-|hf»|o «le»'ie que '«i *«• encon'rado. (oi no entanto oponto cru-l-»! tle*'**» ''rie decni**ódlnt dilacera nica.Nln-mí*" r*-e cm i'úv'da

n*»r a c:A>"-ia e a tè-—lealinfJn-^IHr.rlt—t*'". i-"n*a ad» nutres ¦»**'**»•. f*-"'o. -.»«'*cdo ou '"•*•• '"rr1'. r-*'**M-cõ?s p*«*» re-*l*?ar m-*-*"ifl-e*« pn-e*Ds no r -vrco.0>">t" sabe, o nrónr*o roro-nel Oleen, em u***-> »-na, cm um mes ou em umano. fará o seu vôo i- rc-cuperará o bom humor? Oque há de tráilco é que ocritério adotado p-ios no-vernanles lanoue« em suapror-ramacâo espeeial não éo das possibilidades r**e'-mente acumuladas pelaciência, mas o de um fre-nético desespero em face deuma realidade que não podemais de modo aluum ser su-prlmida: a marcha inexnrá-

NÂO É COMUNISTAOs comunistas do Es-

tado da Paraíba comu-nieam que o sr. AdautoFreire da Cruz não temautorização para falarem nome do.s comunis-tas daquele Estado.

NÂO PERTENCE MAISAO MOVIMENTO COMUNISTA

Os comunistas do Piauí, analisando o comporta-mento e as atividades do sr. Jonas Viana ác Sousa, in-compatíveis com o caráter de um comunista, decidirampor unanimidade expulsá-lo das fileiras do movimentocomunista.

Almir Matot*íl «Jo mundo «xKialinta pa»ia ain..... a «ua ¦..-,.i....o4.i. uo terreno*. ¦... que«ia Ja loi .-I...U. ¦....!¦ ..Lu... .. rm pouco tem*pu, em lutJa» a» uemaU *>••¦ia ua 4*.!....-a. humana,

K«*< e o ¦-!•¦¦ *.;¦• que pei*.¦'("' o» ..... it-. «jo liiitma*do "mundo livre'. Em pou*eo mai» de 40 anoi o »o*chIUmo ir- dr um pauatia«ado. (eudal e embru*tecido i" .4- «(.. i -.. .uma i' ..ri.- '4 de primeira-:».....:•.-.. ja em condlçoe»de ••!'•' ¦«».'¦•! ao mundo u»:»».1 alio» padrne» de cui*tura e caminhando, rapi*damente, para w eonver-ler ii» paU de umi» alto ni*vrl de -ui¦ matrrlttl, K nàoie trata •<» de um pait io*ri.tii •.. tnrta tle lodo um »l«*tema de K lailn . que pro*gride em rilmon u-riitmo.»ui>, »r inuulriulii nt |r.i rer-ea de to imr -cento ila pro*ducao ....»i -. -i iin mundor atunndo, h<ne. eomo o ar*bltro d«. i>eiw mnito uni-*»> r ..: o miiiit* de nos*oidiu» te orienta pur uma lei,inipi.i.¦. -: rm »un atuação:o capltalUmo .»e rim'rol.cdt dln decaem n» mui*.fürcia*.. novo* pai«e* »e dea-prendem dr sun» rndeln».enaunnto n ,»li*iitn m-ninplia e »e fortalece, con-nu' -..» - timn (K^leáo ai»"»o'i!ni. Náo há forca n»-nmítica oue ronsltn Im""-iiii^ .,. -.,! ,.,.|ri., .. .i..i'-mp-»-ie in'«(.-iir que a 'lor •**•»¦...|.r„-.',r f,| 0 MJ| |-.I>S|11!-*.» ii Trrra luz e enlor.

O Imperialismo, entretan*to. pretende, sem puder la-rc*lo. eicepnr a t-.*-*a lata-lidade. Náo quer submeter*-fi a* lel.s da história, nãoae iia. como tMna mais .•-.n-fe»o o fim do .s*,u império,que custou tantas vidas Im-manas e dis-l.mii tantas ri-« -'.-as. Inconformado, mosImootentc, o linprrlall mop* de o .«et--o «ia» pronor-e-'"-. 0»ie t"?er ouniido aprriduefto Ire' "irltal des »-'-.«es soclnHütrs cresce em 6Hv*»7»->, enouanto no mesmop-riodo a oretlurão ri***» p-»'-setcatjitpl!--tas aumenta emapenas 2.5 vê?es? Comor»'m"lr oue o ritmo mé''iade incremento lndu--triallenha sido. de lO.ãr*. a 1!"!!.de 10.2r. na União 8ovlé-tira e 2.31". nos Estados Uni-do.s e que. nos mesmos ano.s.a produção média anual porhabitante tenha alcançadona UR8S o Índice de 8,2<~0e nos Estados Unidos o bal-xi-»simo índice de 0.6""» ? Co-mo agir diante dessa alar-

Hálito realidade, te a eco»nomia norte-americana,marrada pelo de»emprtHiodr a ii.iiii-.r - de oi^rario».e obrigada a opur enlraftaa automatização e. em ie»rei. ao aumento da pmdu*u »<i. i. do trabalho, por-que de nutro mudo > i«--> ¦ -na ainda mai» o detempré*'tto? <•:... explicar a opi-IliáU :=.»...... ll..llr-1111-.-ll*cana, maciçamente narcolUatla ty>m aa lendas o-bre a pr«-tru»a infablli-dade Ianque «. por outro la-dt». o "atraw" e a "lnea')a«ridade" dos iwi»c» comuiii»»ta». que u Uniáo .*:•.:«*.«............. tu...» dianteiratão ri... >.-• e esmagadorasubre o» k í.««i- • Unidos naeontjulfla ¦: • » • ..n .. ,*f> do*minto don (ogurtes e em ou*tro» importantes setores?

i > dianteira nuo prdeicr. nrm lamuls será re-ruperada pt'lo ImperiallMno.Ao ronirânn: a cndtt dia e. cada hora ela »e aren-lua a favor do soclaliMito.Náo ixiderln »rr de uumi(ormit. dede que o rocia-lismo é o novo o que 'la-reiee. ao pr.<o que o Im**p.-n.i:i !•;• é a «:.... .-a.-..».a caducidade Oue -.• :. :.\pura (a/er n P?*»n t"''leou mister Kennedy? Menosainda do que nndlam fr-»erFoster Dullr.» e Eisenhower.NAo podem mi*lar o prore»-so histórico, e podem cedavez menos recorrer a ma-nobrM c artifícios que rc-tardem o desfecho IncvPa-vel. Do mesmo modo que,em certo época, a humanl-dade passou do feudalismopara o capitalismo, sem r* *cas castelo*, dos nobre-- pu-desícm fu«lr à ação do ten-po c do.s homens, hoie náohA exercito nem ca'xc-for-i- de banco oue possa evl-te** a -nibrtltuiç&o do capi-te" a pelo socialismo.

A l--*-'dla é que o Impe-rl?Hr!"o", c"o em sua avi-tt"-'.. nío t**:*.t «-'hos para ner-i—i-er a m**rchn da '•-•*-».ri:». F. re-"-- ii sun ít>t-' •**•*-.*»'"Tr.',a:,'*:,o como i-rlo *¦-.'•--!«tro fr—ldo e ec,iaía. Os r-»'-5,-,fi-. • .*o %-¦•'• • ¦*•'••• -.t

são flasrnntes de uma Inú-til e cp-*?lmente ridícula re-slsténcla â hls'ória

Desse de.-espero surge, en-tretanto, uma crave amea-ça á humanidade: a ame;;-ça dc ser o mundo arra;-tado a voracem dc uniunova guerra. Para conjuraressa ameaça devem os po-vos estar sempre prontos asubmeter à camisa de fòr-ea é*-se monstro enfurecido.Enfurecido mas. afinal. Im-potente.

TRUSTES INSISTEM EM ,INTERFERIR NA PETROBRAS

Os grupos econômicos etestas-de-ferro dc Interés-ses petrolíferos estrangeirosestão chegando a atos dc-sesperados para impedirque continuem a processar--se as modificações de hamuito reclamadas pelas fòr-cas nacionalistas m Petro-brás. Uma resistência, oravelada, ora aberta, ergue--se diante de cada una dosatos do ministro GabrielPassos, de comum acordocom as forças nacionalistas,no sentido de anula-los ouneutralizá-los.

O exemplo mais recente éo do economista EduardoFonseca Sobral. Designadopara uma das diretorias daempresa, teve o seu decre-io de nomeaçáo assinadopelo presidente da Repúbli-ca pelo primeiro-ministroe pelo ministro Gabriel Pas-sos. Imediatamente, em jor-nais notoriamente subven-cionados pelos trustes dopetróleo — "O Gnbo", "Tu-buna da Imprensa" —- loierguida contra o sr. Sobnüa "acusação'' dc que se tia-lava de um comunista, suo-ver.sivo, etc. O desmascara-mento da mentira não selèz esperai' técnicos e ooe-tàiios da Pettobras, numaimpressionante unanimida-de, repeliram tais invencio-nices, qualificando as aíir-mações do "O Globo" dc"aleivosas. falsas e Interes-seiras". Uma nota nes.sesentido foi divulgada inclu-sive pelo "O Globo" mia-teria pagai.

Assim, pareciam supera-das as principais reslslèn-cias e a nomeaçáo do srSobral chegou a ser anun-

—eteda efteiahmmtc-.- ~ pílã

nomeaçáo e as declaraçõesdo sr. Francisco Mangabei-ra. categòrlci.mente contra-rias aos acordos de Roboré,as ações cairam de 190 para170 cruzeiros. Depois, comas noticias que davam comocerta a nomeação do sr.Eduardo Sobral, tambémpartidário Intransigente daintensificação da explora-ção de petróleo — mas noBrasil — as ações da Bra-sil-Bolivia cairam mais,para 165 cruzeiros. Depois,com a Informação de que apublicação da nomeação Iriamesmo ser feita, as açõessairam do mercado... Nãofiguram na relação de titu-los de valores ontem divul-garia pela Imprensa.

Ora, a Cia. Brasll-Boliviaé um prolongamento da Re-finaria União íCapuavai,sabidamente ligada a capi-tais petrolíferos norte-ame-ricanos. Ai, portanto, mer-gulha uma das raízes dacampanha c das '-acusa-ções" contra o sr. Sobral.

Mas. é bastante instrutivopara o povo ver como a mãodc gato dos trustes funclo-na até dentro do Paláciodo Planalto. O sr. João Gou-lart, que sempre esteve vln-culado ás forças naclona-listas, precisa estar atentopara nâo ser envolvido emtais manobras. Quanto aosr. Tanc-redo Neves, deveestar igualmente vigilante,conhecido que é o seu apoioaos acordos de Roboré, ma-nlfestado tanto em telegra-ma, na época, ao então mi-nlstro Macedo Soares, comono programa de governo,que apresentou à Câmara.Finalmente, o generalAmauri Kruel náo podeperder de vista o fato deque, tendo sido até nomea-do embaixador do Brasil naBolívia, pelo sr. Jànlo Qua-dros ique nunca se opôs aos•acordos cie Roboré». acha-se no centro das atençõesdo.s grupos entreguistas. queprocurarão usá-lo como umseu Instrumento.

Fora de Rumo

"Voz do Brasil", terça-feira,última. Horas depois, entre-tanto, surgia a notícia deque a publicação no "DiárioOlleial" fora sustada. Torquê? Não se sabia í.n cor.to. Segundo uma versão, pelodesaparecimento do origi-nal do decreto de nomeação:outra versão falava numaoposição do Conselho de Se-gurança, Sobre esta última,afirmou o general Kruel,que controla o referido Con-selho, desconhecer qual-quer coisa no particular.Por que. pois. foi sustada apublicação?

Recordemos brcvemenle:com a publica çáo do pro-grama do governo sobre opetróleo, as ações""dií""Cia~-Brasll-Bolivia tiveram uniagrande alta, pois os ventospareciam ser favoráveis ádrenagem de dinheiro pú-bllco para explorar petróleo

na Bolívia. Depois, com a

Em Prrnla dei Este houve tremendo debate cm t»>rnodas medidas a serem tomarias contra Cuba, por causa desua adesão ao marxismo. Esta c uma velha história. I" ahistória da luta do que é velho contra o que é novo. DosEstados Unidos veio para a América do Sul uma numerosac arrogante r-nibaixaria para exercer pressão sobre algunsgovernos fracos c impopulares, a fim de que esses' gover-nos tomassem posição contra tuba, por causa da adesão ásidéias do marxismo.

Será que o sr. Rusk e seus brilhantes colaboradores sáoassini-t-áo ignorantes quanto â história dos próprios Esta-dos Unidos? Nâo saberão os representantes norte-améri-canos em Punia dei Este que o,s reacionários dos fins dopenúltimo século acusavam os partidários de Jefferson co-me» seguidores de uma ideologia exótica e agentes de umapotência estrangeira? A potência

"estrangeira, nesse tem-

po, era a Fiança, colocada na vanguarda da revolução bur-guesa. contra o feudalismo. A França representava o ciueera novo. Os reacionários apegavam.se ao que era velho eacabaram perdendo a parada. Ignoram os representantesnorte-americanos em Punta dei Este que em 1776 Bcn;'n-min Franklin foi à França solicitai- a ajuda daquele paispara a sua revolução? Será que esses senhores também ig-noiam a atuação do francês Lafayelte a favor dos norte-americanos e contra a dominação rios colonialistas inglê-ses? Será que Ignoram que foi graças às armas francesasvindas para este lado do Atlântico que os americanos con-seguiram sua independência?

O marxismo, por sua vez. representa o ponto alto doinicio da luta independente da elacse operaria, no séculopassado. Seu desenvolvimento verificou se nos países maisadiantados daquela época: na ln»;la»eira, na Franca o naAlemanha, com reflexos nos Estados Unidos. A Inglaterra,—a-F-rançara-Alcmanha-e os.Estados 1'nidos constituíram ocampo de ação de Marx. Enpels e de sens companheiros dclula. Sempre teve o marxismo uma feição nitidamente in-ternacionalista. Sempre representou o marxismo a dou-trina das classes revolucionat-ias- de Iodos os paises e emtodas as latitudes. Projetou-sc rio Ocidente- para o Oriente.

Page 4: Punia - Marxists Internet Archive · ** OEA. A propaganda imperialista procura partir dessa resolução para apresentar a Conferência de Punta dei Este como uma grande vitória.

-4 NOVOS RUMOS Rie df Jsfttiro, ftmone dt 2 e 8 dt imitir» dt 1969 —

Comunistas de Iodo o indo Debatem os Grandes leis do IXII Congresso do PCUS

Gomulka: Luta Contra o Culto ParaAmpliar a Democracia no Partido

Teoria o Prática

Apttttt dt Cirwl*

O marilmif••Itfilnltm»t • ClíMt à___ari__i______l___________ÉVvf wrnmmtm*^mm**a*

IV

ftrpol* do »u retoma dr Mmm-iiu. onde rhefiou a dr.letacão 4a Partido Operaria Cnlfirad» l'..l..nr> qur pani-címb ta XXII CtflUWN «Io WTS. WladWaw Oaniulka•prr*ntmi ao femllè Central daqurlr Partido um rrlalo.tia ***r* ••• *u**tto* fundamental» dl»cutlrta* pelo» romu.¦í.u*) «oileilrn. Trecho*. dt\*e rtorumriilo >>.¦ •» qur Nltromrra a publicar, abalao.

A .itl-"'.." dou novo» pro.trama • estatuto (to PM.udo Comunista da UniãoSoviética foi. «em dúvida, oponto culminante do* tra.balhoi dn XXII CongressoEntre outro* Importante*problemas para o* quaisconvrntlu a atenção doCongresso, encontra-se umqur nfto e de modo algumrecente, que >.. (oi levanta-do há bastante tempo, masque ainda i. em determina.do sentido, uni problemaatual, de importância nüoso para o PCUS mu* paratodo o movimento comunis.ta. Este pioblema consisteno que denominamos resu-mldnmrnte de culto da per.snnaüdadr. conforme e *u.bldo. traduz esta expressãoas distorções das Idela* dosocialismo, verificada* nuUnlfto Sovirin-a, na epocade 8tolln. e que. cm maiorou menor escalo, se rcflc-tiram nos outros partidoscomunistas e operários,principalmente nos paísessocialista*.

O PCUS ocupou e aindaocupa um lugar especial en.tre os partidos comunistase operários do mundo In-telro. O papel dc vanguar-da do PCUS nào é determi.nado apenas pelr» fato deque fot sob sua liderançaque se realizou na Rússia aGrande Revolução de Outu-

bto. com o .:,...... daURSS. o primeiro Bittdo

....•.*... da história dahumanidade.

Uso pertence ao passado.e n |>:i»»Miln ii|«'ii.i» nA"outorga a nenhum partidoou a nenhum Estudo o di.relto de ocupar presente,mente um lugar dc honra.O PCUS ocupa ¦>'..¦ lugar,no momento atual, porque,ante* dc tudo. a Uniuo So*viética, ditlglda por seupartido, e a força principalde nossa época, a época do.•¦ocuitlsmo e do comunismo:porque a URSS e o prlncl.pai fator sobre o qual -tnpoln a segurança dr todoso* pulse* socialistas. K' elan principal obstáculo aa In.trigas bcllras do Imperialis-nm. • principal garailtla doíxlto dn missão histórica domovimento comunista In-ternacional. a missão deevitar uma nova guerra eeliminar as guerta* da vidadas nações. E' a forca diri.gente do iIpmmivoK mvniomundial rumo ao social.>-mo. O papel de vanguardado PCUS no movimento co.munlsta Internacional, e daUnião Soviética no sistemasocialista mundial, não po.de c não deve alterar o fa-to de que entre as páginasgloriosas dc sua historiatambém houve a páginasombria do "culto da perso.nalidade".

A critica a que foi sub-metido esse fenômeno, haseis anos atras, durante o

XX Conirr*M do PCUS, •qur foi retomada no XXIICongresso conti ibuira nfto«o para fortalecer a* posl-ções política» do PCUS pr.rante outros partidos co.muniria* e operário*, maa elambem uma exprnsfto daprofunda responsabilidadeda liderança do PCU8 paracom o papel que o PCUS ta Unifto Soviética estfto de»sempenhando oblrtivamen.te na elalwi» ç.1»» da* iJ>lt %gerais dn movimento comu.

i - ia inirrnacional r da po*litica externa dos Estados->.:a listai

O XXII Congresso reafir.mou de maneira firme e en.fatica a linha política ado*tada pelo XX Congresso,que provocou uma impor,tante modlftcaçfto na vidado PCUS e da naçfto sovlé.tica. exercendo uma enor-me inlluéncla benéflra SÓ.in. iodos os partidos co.munistas r operários. Du-rante a >ua apllcaçfto. a po.litica do XX Congresso so.frru oposição errrada porparte de alguns membrosda Presidiu do Comitê Cen-irai dn PCUS. cn.-.h •"'«¦>>por Mnlotov. Kagnnovltch rMalenkov Procurou estegrupo restaurar no PCUSos antigos métodos e prátl.ras organlzacio!1.!!.'. slallulsrUs, além de afastar o PCUSdo caminho traçado peloXX Congresso. Por trásdessa atitude encontravam,se as razões do dogmattsmoc do sectarismo, das quaisestava impicgnado aqueleprupo. e que tinham flores-cido no período do culto àpersonalidade: e tambémhavia o receio de seremacusados como responsáveispelos crimes cometidos na.quela epoca com o seu co-

nhecimtnto r au mesmoaprovação.

O XXII Congresso voltoua itte auuitto r condenou ogrupo anti.parildo: nftoporque — como ln*lnuamoa correspondentes da im.prensa burgur»* — >cja eleum perigo para o Partido,pois c**r giupo náo (emqualquer apoio denlro doPCUS. Nem havia qualquerintençio de submeter a jul.gamento essas pessoas, con.forme se alegara. A criticaao grupo antlparttdo nftodeve ser encarada Isolada,mente da medida proflláti.ca adotada para tornar oPCUS Imune aos mates doperiodo do culto a persona.lidade. Ela deve ser enca.rada eomo um sinal da am.pltaçfto da democracia in.terna do Partido e a apli.caçfto das normas lenlni*.tss na vida do Partido. Dc.ve ser encarada do ponto dcvista das transformaçõesque *e estfto verificando nosmétodos de trabalho doPartido na dlrrç&o da vidapública e no governo doEstado soviético, transfor-inações que continuarão a«e observar á proporção quese evoluir na construçfto docomunismo. Esta criticadeve ser encarada dd pon."TõTir vista da Importânciaque terá para os outrospartidos comunistas e ope.rárlos.

Esta critica é. ao mesmotempo, uma expressão daenorme força do PCUS. dacoesão de suas fileiras, doalto nivel político de seuexército de dez milhões demembros, congregado emtorno do Comitê Central doPCUS. segundo os princi.pios do centralismo demo.crático.

Como se tabr, o XXIIi.>ii«ti ¦>-.. adotou uma re-»oluç*o referente a trans.ladacfto do» restos mortal»dr Sulln no mausoléu dcLemn. O ataude contendo ocorpo dr Stahn (oi rrpou.*ar no cemitério do Krem*lin. ao lado das sepultura»dr outros destacados lide.rrs do Partido r do E*tadosoviético, i.-u resolução (oisimples decorrência da ie.velaçào pública dos crime*cometido* na epoca de Sta-im. crimes pelo* quais ele emoral e politicamente res.poiuavcl. Ninguém apagouo nome dr Stálin como umgrande revolucionário, neme Isso uma negaçfto dos ser.vlçp» que pre*tou na lutado Partido e no trabalho danação para construir o so-ciallsmo na Unlfto Soviética.Mas nada há que pos*a Ju*.mirar r apagar o enormedano causado ao socialismopelo culto dc sua pessoa,rulto que longe de merecera sua repulsa foi por élcciosamente estimulado.

A esse respeito nada po.derla melhor caracterizarStálin do que o (ato de. apesar dr Lénin ter indicadoMoscou como o local paraa edificação ar um monu.mento a Marx. o mesmo sóter sido Inaugurado duran.te o XXII Congresso. Noentanto, monumentos a Sta-lin foram erigidos, não sema sua concordância, pelosquatro cantos da União So-viética. A trasladaçào dosresto* mortais de Stalln. arestauração do caráter orl.ginal do mausoléu dc Lénine a construção de um mo-numento a Marx em Mos.con simbolizam, de formaeloqüente, as modificaçõesocorridas no PCU8 e na

União Soviética tiesde amorie de Slalin

A rrítlca ao grupo anti.partido, o (ato dr o Con*grruo ler retomado o pro.blema do culto a prrsontli.dade e de a oplnlio pu-blu-a ter sido Informada datribuna do Congresso a res.peito de inúmeros crime*perpetrados durante aqueleperíodo, a (rasladaçfto doataúde de Stalln do mauso.leu de l.fi.in a rritlra fritaao* llderr* do Partido Al-bane* do Trabalho, tudo Is.*o teve p.ofunda rcuonftn.cia nos outros psrlidos co-munista* e operários.

Há alguns que tem dúvl.das: pergunta.se se Isso (oirealmente necessário, se nft'terá um efeito prejudicialpara o movimento Interna-cional da classe operaria,para a sua unidade, sua fir.me/a política e Ideológica,etc. Vo.-e.s Iniustas levanta,ram-se em alguns partidos,sendo conseqüência de seudogmatlsmo: em outras po.de.se perceber um tom re*¦: luin.-ta. Pergunta.se bas-tante como fot que surgiuo rulto à personalidade epor que foi deixado esse as.pecto do problema sem umaexplicação exaustiva porocasião do XXII Congresso.

O nosso Partido tambémdeve emitir a sua opinião arespeito desse assunto e de-flnlr a sua posição. Primei,ramente. verifiquemos o pro.blema do culto á pcrsonall-dade. Nào há dúvida deque sào os camaradas so.viétlcos que tèm o máximoa dizer a ési-e icspeito. Scnào se disse tudo até agorasobre a origem do culto dapersonalidade, e provável-mente por ainda ser muitocedo para isso.

A propaganda imperwlKU ser*»-* waliriaaaiwmt,das rmuMM <*« tina » ptwOMlWMt. «ta* raionis*irm dou objtUvot: nrgar que o «ewliniw» <«*•"»» »mal* alia forma de demomria qua • NMM da* N»nade* de rla**e* conhece; r, ao mr*mo itmpo, negar •• aratei profundamente demorrauro da» Partidos como-nuia*. ruja direção nrrrwanamente eeniraltsada NHHIrom o dr**n*olvimrnio rondam» das reaponsaWlitat»». tainiciativa e do **pinio criador de iru* militantes-

Ha um kcuIo qur • ItUiona refuta esaas mentiras.Em «47. Mar* e Engel» condicionavam sua eleicfto Ittlll.tga do» Comum*!»» ã previa condenação d» i*do »e*u«gio d» eaudithUmo ou culio sos dirigentes, Em If». a dei-rota da Comuna «e Pari* era precipitada, em boa pan».por sua prr*»a rm Irgillmar airave* de eleições, seus nora»orgaiiunioi dirigente» — num momento em que al "•*»**exploradoras pactuavam rom o invasor alemão » pediam*ua aluda ronlra o povo O próprio sistema do culio a per»sonalulaor desmente a propaganda Inimiga - poli tt te»vela um corpo estranho ua vida partidária e na soeiMadtsocialista, sem duvida, a hipertrofia dr ooderes. quo d#lodrrorre. alince. a parilr dr JÍJ«. setores Importamw da*upere»truiura socialista* a Irgalldade constitucional, ofuncionamento normal de »ua jusilça o desenvolvimentodo pensamento social cientifico, o papel do partido din-gente e suas justa* telacoes com as ma**as populares. Issono* rhama a insistir em que e»*a* violações mancham ahistória do movimento comunista e lamau deverão repe-ilr-sr Mas isso também nos chama a Insistir em que ela*nao atingem a essência do regime e Um limlies em seualcance r em sua duração. Náo chegam a tocar a base «o-nómlca da nova sociedade, com suss relsrôes de produ*cão socallsta* que representam os primeiros frulos de ouroda propriedade social sóbtr o* melo» de produção t dttroca: e nfto afetam, assim, a sua base social e política— Uto é. a estreita sllanra da classe operária, das massas

ramnonesas e da nova intelectualidade e. em plano maisamplo, a comunidade fraterna das nações socialistas.

Ha ano* que essas violaròes vém sendo gradatlrameni»rorrlgldas. através oa reslauraçào progressiva do caráternecessariamente coletivo que deve ter a dlreçio do Par-lido e do Estado. Agora, o XXII Congresso do PCUS de-fine as medidas qur a* devem tornar Impossíveis, paratodo o sempre Êle abre a era nova do comunismo -- e,rom ela. a ampliarão Ilimitada da democracia socialista,a caminho da sociedade i»m ciasse* O avanço da clén-ria e da técnica, a conquista da abundàncl» e de um altonlvfl de conforto e de cultura, o aorofundamento dos laçoadr família marcharão ouso a passo com o desenvolvimen-to de uma nova consciência e com a transformação do Es-tado — da forma anterior de ditadura do proletariado"em organização de todos as trabalhadores da soeledadasocialista, exnressâo de seus interesses e de sua vontade".A nova ataon marcará uma amplitude ainda maior do ais-tema eleitoral soviético, a constante renovação da compo-slçào dos órgãos responsáveis peln direção do Estado, anmnüarào do papel e das responsabilidades das organi-zações populares: o fortalfrlmento da ordem juridica so-rlallsta — e. com ela ,i ampliação das liberdades indlvi-duals e a transformação das consciências dentro do espl-rito coletivo, do omor ao trabalho, do humsnlsmo sócia-lista >• do florescimento •limitado das personalidades e dasaptidões.

Essa amoliaçán do oapel do homem está também pre-sente nos novos Estatutos do PCUS Eles fundem a ativi-

(Coneliri »* 7* »tgi»n%.

Frente Das Esquerdas ou Frente Única Nacionalista e Democrática?Nos últimos tempos vem

surgindo certas criticas, oraaqui ora acolá, à caracteri.zação que os comunistas fa-zem sobre o caráter das t«-refas e a composição dafOrça social, responsável porlevar avante as transfor-mações revolucionárias nasociedade brasilei'-*. Kmoutras palavras: combatemnossas posições pela forma-ção. ampliação e organizaçãoda frente única nacionalistae democrática. Sugerem, emtroca, a perspectiva dc umafrente das esquerdas.

Antes de entrar no dehaiedesta concepção desejamospreviamente, deixar c a I r nque vemos nesta critica umIndicio da nova situação queexiste em nossa Pátria, ondecomeçam a surgir váriosgrupos <e há uma boa deze-na deles, dentro do movi.mento estudantil e outros se-tores da intelectualidade l,que lutam pela liquidação dovetusto e injusto regime eco-nômico e social de nossopnís. Compreendemos a exis-tência desses grupos comoum sinal dos tempos íquan-do até três ou cinco anosartrás somente nós, comunis.tas. estávamos no campo debatalhai, como indicio rioamadurecimento das condi.ções indispensáveis ao saltode qualidade na situação br»,sileira. Julgamos que a cri-tica desses elemenlos permi-te.nos travar um debate útilao esclarecimento de nossaUnhai politica.

Feita essa apreciação inl-ciai, voltemos ao problemarte frente das esquerdas. Oque propõem os partiria riosée tal frente? Desejamque seja estruturada umafrente única na qual particl-pariam os operários, os cim-poneses e a pequen-a burgtte.sia urbana. Expressando essa'¦omposição. de um ponto devista político.concreto, formulam a união dos movimeirtos operários camponeses eestudantil; 'ios setores mais"puros" do P.S.B.. dos elemen-tos da esquerda do P.T.B.,dos comunistas e os esqu.-r-disms sem filiaeSo partida.ria.

(De saida pensamos que aformulação jrente dou ssqurr-dos'- é muito imprecisa, poiscomo definição permite asmaiores confusões. Nada 6mais vago e controverso noBrasil do que a nonceituaçãode esqnerda. Não èque oa maiorais do P.S.O. di-zem ser seu partido centris.ta. mas inclinado para e«-quêrda...)

Desde logo, fica claro quea grande divergência eonos.co resume-se. essencialmente,neste terreno, no fato de pro-pugnarem pela exclusão, nafrente única, dn burguesia.Em resumo, são esses osseus argumentos principais:1 — a burguesia não f- maisrevolucionária 'se é que a!,guma ve/ |á o Cxi. achamjfi.TnnO • 2 .- ,-. no^sa tarefareside na realização da revq.

lução socialista e sendonssim nSo há porque con-lar com o auxilio dos bur-Kiieses: 8— a presença daburguesia em nosso campodetermina que a frente únicaseja menos radical e islo nãodesperta o entusiasmo cn participação ativa da.sgrandes massas exploradas;< -- o importante é seguiro exempo cubano, fazendodesde logo transformaçõessocialistas.

Vejamos, de perto, a incon.sistòncla desses argumentos,í — ÇCAI. O PAPEL E A

POSIÇÃO DA BURGUE-fi!A BRASILEIRA .VOPRESENTE MOMEN.TO?

De a.órdo com a Resolu-ção Politica aprovada na ul-tinia Convenção Nacionaldos Comunistas, (agosto deÍ960) concluímos que a bur-guesia brasileira encontra-sedividida em dois setores: Pn-meiro. o setor que tem osseus interesses entrelaçadoscom os dos grupos imperialis.tas na indústria, nos baircos. no comércio dp exporta-ção e importação etc: segun.do. o setor que está ligadoaos interesses nacionais, quese choca coa^o capital mono-pnlista estrangeiro, prlnci-palmente o norte-americano.Por essas razões objetiva-*),por motivos que independemda vontade dêlc ou nossa.esse setor luta contra o im-perialismo. Algumas pessoaspõem em dúvida essa ãtíia.cão antiimperíalista. Sendoassim, vejamos alguns fatosconcretos. Não será evidenteh presença ati\:. de muitosburgueses na campanha dcdpfesa do petróleo e pela íor.maçáo da Petrobrás? Na-criação e desenvolvimento devárias empresas de capita-lismo de Estado que. nas con-dições do Brasil, joga umpapel positivo, não se cons-tala a colaboração ativa riaburguesia nacional? Ou acriação ria Cia, Vale do Rioüoco. da Siderúrgica Nacio-nal ria Cia. Nacional rie Ál-ca-lls, da F.N.M.. se deve iini-camente á luta dos operários,camponeses tí da pequena

burguesia? É palpável ounan a participação d» biii"guesia no movimento nacio.rmlista e. mais recentemente,nn esforço pela aprovação, naCâmara dos 'Deputados, rioprojeto que regulamenta aremessa de lucros das empré-sas estrangeiras?

So a burguesia brasileiraligada aos interesses nacio.nais luta contra o imperialis-mo, sendo um potencial revo-lucionârio que não podemossubestimar, dizemos, no en-tanto, que pela sua debilidadeeconômica e politica em re-lação aos grupos imperialis-tas, esse setor da burguesiaprocura defender seus Inte-rêsses mediante ac&rdos econcessões ao imperialismo etem receio ria radicalizaçãoda luta rie massa-s. De outrolarin A ,-.;ula inslanlc procuradescarregar sobre oí ombros

rio* trebalhadoreu o piso .iasdificuldade*, aumentando aexploração que realiza den-tro e fora das empresas. Nào

nos esquecemos, também, quelal setor da burguesia pio.cura manter a hegemoniadentro da frente única,tentenrir. Impedir que os se-tores mais radicais e demo..Táticos imprimam a ela umadireção conseqüente. Por tu.do isso. assinalamos que essesetor da burguesia represemia uma força antlimperia-Üsi.i inconseqüente. Mas, se.ria um gravíssimo erro se asforças revolucionárias des.prr/ii-sem a contribui.-ão c,uea burguesia brasileira podedar - e está dando ãrevolução antiimperialista eantifeudal.

Não se pode queimar et a-pas na luta. É falta de matu-ridade revolucionária, no exa-me das perspectivas domovimento, fechar-se osolhos à passagem da revo-lução por uma ou mais fasesintermediárias, que permitemderrotar o inimigo principale acumular-se forças para oavanço ulterior. #

A formação da frente uni.ca antiimperíalista e anti-feudal é um processo real.objetivo, existente dentro dasociedade brasileira na pre-sente situação. E nossa politica pode. tão-sòmente.contribuir para acelerar 'sefôr acertadai, ou atrasar 'sofôr incorreta) esse processo.

O pensamento de que se tema liberdade de formar umafrente única tle acordo como* "desejos" da vanguarda é"voluntarista". nada Um demarxista-. Partimos do drsinamento de Entfelsde que "a liberdade -é o co-nheeimento da necessidade".t _ e POSSWFL 0 0 LO-

CAR. NA ORDEM-DO-DIA A REALIZAÇÃODE TAREFAS DE CV.NHO SOCIALISTA?

As duas tarefas principaisque estão postas na ordem-do-riia são: a liqullução daespoliação imperialista rienosso pais e a transformaçãocompleta da estrutura agra-ria. Estas são as duas refor-mas básicas que dão o con-teúdo da fase atual da revo.lução brasileira. O que "desenvolvimento da socieda-de brasileira exige imediata,mente é r realização ds revo-lução antiimperialista c an-ti feudal-

É por tais motivos que cti-zemos de forma clarae precisa que: "O golpeprincipal das forças na-cionais, progressistas e de.mocrátlcas dirige-se. atual-mente, contra o imperialis-mo ianque e os setores en.tregulstas que o apoiam".Nesta definição vai toda umaautocrítica de errôneas con-cepções, porque, na épocade >1930, o Partido Comu-nista afirmava que o golpeprincipal deveria ser vol.lado contra a pequena buc-guesia radical (o tenentismoe o prestismo». Em 1954, ti-

nhamos como inimigo prln-cipal o nacional.reformlsmode Estilae. « outros nado.nalistas. sob a alegação de

que não devíamos permitirque as massas nele* tive*-sem ilusão. Se o objetivoprincipal conslst* no esfôi-ço por derrotar os pioresinimigos de nosso povo —o» imperialistas. seus sus-tentáculos internos e os 1*.tlfundlários — o que con.tribuir para estreitar a fren-te única nacionalista e de-mocrática deve ser rejeita,do. A politica é a arte dopossível.

Ao mostrarmos o equivocoda tese da luta pela inte.diata revolução socialista emnosso pais. isto nio slgni.fica, porém, que não deva-mos exigir medidas que.sendo de defesa dos interes-seR da classe operária e dopovo, representam, na prá.tica. uma limitação dos pri.vilégios e da exploração daburguesia. Exemplo disso: aexigência de medidas anti-inflaclonárias. E levamos.ainda, em conta que. nascondições atuais do mundo.epoca da passagem do capi-talismo a um regime socialsuperior, e quando existe osistema mundial do socla-lismo, as reformas democrá.ticoburguesas substanciaisnos paises coloniais e depen-dentes não fortalecem o sis-lema mundial do imperia.lismo, mas, objetivamente, oenfraquecem.

Outra coisa: náo pensamosque entre a primeira e « se.gunda etapa da revoluçãoexiste uma "muralha chinc.sa" e que a transição entreessas duas etapas levará mui-tos anos. É bem viva jjaianós a experiência cubana, r,n-de essa passagem atirou me-nos de dois anos.

A melhor maneira de Iu-tarmos agora pelo socialis-mo está em contribuir aomáximo, para afastar o*grandes obstáculos existen-tes no caminho para o so.einlismo. a dominação impe.l-ialista e a atual estruturaagrária. Criando-ne dificul-datfe* à eliminação dessesdois obstáculos retarda-sea luta pela instauração dosocialismo em nossa Pátria..1 — A PARTICIPAÇÃO DA

BURGUESIA FORT A.LECIC OV RNFRAQVE.CE A FRENTE ÚNICA T

Não é levantando pala-vras-de-order.i e tarefas quenão condizem com as possi.bilidades reais do movimen.to que colocaremos em açSograndes massas de nossopovo. Pelo contrário, Isto sôacarretará o isolamentoda vanguarda revolucionária.Recordamos bem a opiniãodos ferroviários da Rede Ml-reira de Viação sobre oscomunistas quando, no pe-riodo de 48 a 56, desenca-deávamos uma atividadeprofundamente esquerdlzantetentando impor-lhes greves poutras formas de lula ex-cessivamente vigorosas. Di-

/.iam. então, os ferroviáriosde Divinópolis: "Os comu-nistas são boa gente, nosdefendem, mss são uns lou-cos".

Acreditamos que. se íor-mos capazes de formular a*reivindicações mais sentidasrie («da camada da popu.lação e apresentarmos solti-ções corretas para seus pro.blemas. se Indicarmos justasformas deluia p de organi-/açflo. conseguiremos radl.cali/ar o processo político.Mas. é claro que jamais po(leremos cessar a educaçãorias massas no pspiriio dosocialismo e na compreen-ção d» necessidade dos pas.sos ulteriores do movimento.Vários fatos concretos de-monstram o avanço da fren.te única, nestes últimos tem-

PQS. Basta assinalarmos a rea-lizaçfio do Congresso doslavradores e trabalhadoresagrícolas do Belo Horizonte,a última Conferência Sindi-cal Nacional, as demonstra-ções em defesa da SUDENEno Nordeste, os passos Inl.ciais da E.L.N., o movimentode repuisa aos terroristas doMAC. c particularmente agrande luta contra a ditadtrra militar e o golpe no anoque findou.

Nossa experiência dc vá-rios anos de atuação es.querdizante. (Manifesto rieagosto de 1950, programa de1054 etc.) convenceu-nos dccomo eram primárias e in.fantis certas posições politi-cas que defendíamos, ao pre-tender isolar e atacar a bur.guesia em seu todo. Atrasa-mo» o processo revoluciona,rio em nosso pais, em de-corréncia daquelas posições.E não venham dizer que a si-tuação de 1950 para cá al.terou-se essencialmente, aoponto de tornar.se acertadofazer hoje o que tentamos 12anos atrás.Pelss incorreçõesdo ponto de vista da ostraté.gia. nem agora se pode. aindaatuar conforme as indica,ções aue fazíamos,•! — QUAL Ê A VERDA-

DEIRA EXPERIÊNCIACUBANA"!

Em abono da tese dc quea burguesia passou para ocampo da contra-revoluçãoé apresentada, volta e meia.a experiência cubana. Ora oque nos ensina a experiênciarevolucionária, empolgante efecunda,' dos companheirosrie Fldel Castro? Inrii-ca.nos que. durante a etapaem que estavam colocadasas tarefas da luta contra atirania e o Imperialismo,grandes setores da burguesiacubana representados porMiro Cardona, Urrutla. PrioSocarrás, Hunbert Mattos,etc. tomaram parte na. lutarevolucionária. E estes seto-res da burguesia cubana pas-saram abertamente pai-.i oIndo da reação, na mediriaem que a revolução avança-va para uma nova etapa.

Portanto, o que é necessá-rio fazer é estudar, commaior cuidado, as exporiêmcias da rcvo\j.tção cubana, ti-

rando dela <e há um mun-do de coisas a serem pes-quisadas. o que fôr válidopara o nosso pais, tendo ri.gorosamente em coma a di.versidade das condições ob-jetivas dos dois oaI'es. Essedesejo do deixar crescer asbarbas, e subirem alguns ho-mens para uma serra, a ti-lulo de aplicação riosensinamentos ria re.voltIÇão cnb'.ina. ?ó pode re-dundar na Infaiitlli/açáodas ricas lições revolucio-nãiias do povo irmão.

*¦ • A

An tomarmos posição con-ira a proposta de substituir,sp a frente única naciona-

lista e democrática por umafrente das esquerdas, istonSo quer dizer qup sejamoscontrários a unidade dascorrentes políticas de esquer-da. E tanto é assim que exis-te. entre os comunistas, apreocupação concreta deuma aproximação constantecom tais forças, pois é útil enecessária ao desenvolvi,mento da luta de nosso pai|Procuramos trabalhar lado "lado com ôssns pnipos ehomens da esquerda, ernquem vemos aliados e com-

panhelros na ação comumcontra os inimigos rio povo.convocando.os a participarde luta iniciadas pur nós cparticipando rias que sãoprovocadas por eles. Mas,adiamos que o avanço daluta ¦ revolucionária não vaise decidir com o estabeleci-mento rie um acordo formalenlrr as cúpulas rios grupospolíticos, não obstante agrande importância que issopossa ter cm certas ciretins-tftncias. Isto só alcançaremoscom a elevação do nivel daslutas das massas operárias,camponesas da pequenaburguesia urbana p rios de-mais setores nacionais.

Respondidos os argumen.tos dos que pretendem subs-tltuir a frente única nacio-nalista p democrática poriirriíi frente das esquerdas,julgamos ser necessário re.lembrar outros ponlos báfil-cos rie nossa linha politica.Inicialmente, a questão riahegemonia. Em nosso pontode vista a hecremonia rien-tro da frente única deve ca-ber à classe operária, que adisputa com outras corren.los. Mas. esta hegemonia (daclasse operáriai não sp inrpõe tão-sòmentc porque odesejamos, A conquista dela(qup ainda não se deu» estápresa á maior ou me.nor força da classe opera-ria. ao nível de sua organi.zação. A sua consciência declasse, e acima de tudo auma justa orientação poli.tica. De outro lado, está li.gada á capacidade da cias-se operária de organizar emobilizar seus aliados, espe.etalmento os milhões dc trn-balhadores agrícolas. Emterceiro lugar, a hegemoniario proletariado depende riesua possibilidade rie derrotaras vacibçil-s ri-. tU___gü.Ç_SÍ_. '*quem não se deve, dc ma.

M*rco Antônio Cotlho

nelra alguma, permitir queganhe para suas posições,equivocadas ou falsas, as fôv-cas da - frente única, es-ppcialmpntp a pequena bur.guesia das cidades e docampo.

Entendemos, no entanto,oue "a classe operáii'.através dc sua vanguardacomunista, não condicionasua participação na frenteúnica a uma prévia direçãodo movimento". Rechaçamos,assim, uma compreensão se-etária, que muito nos prejudlcou nn passado, porquesomente admitíamos nossaatuação naqueles movimen-tos e organizações da frenieúnica qup estivessem sobnossa liderança. Como aprática remarcou a íalsida.de disso, afastamos p com.batemos essas concepções.Agota procuramos estar emtodos os movimentos c orga-nizações rio nosso povo quesejam úteis à luta contraos inimigos confiando emque as massas se convence-rão. "por sua própria expe.riência, rie que somente oproletariado, sob a direção rioPartido Comunista, é capazde conduzir alé o fim a lutapela libertação nacional <*pelas transformações demo-cráticas."

Era segundo lugar, pensa-mos que não deve pairar ilú-vida a respeito das fúr-;asq_i(è constituem a base. oponto dc apoio social rieel...vo da frente única. Em ",uvsa opinião, esse papel cdesempenhado pelos opera-rios e os camponeses,Isto porque constituem -liosa maioria esmagadora danav'áo e. pela süa condiçãodc explorados, estão interes-sarios no avanço Ininterruptoria revolução, naria tendo aperder com psta. a nao seros grilhões. Embora a \)t-quena burguesia urbana i"-gue um papel de especialrelevo na luta, não se po.dp colocá-la no mesmo nl..no da massa proletária e duscamponeses ao apreciarmosas forças fundamentais darevolução.

Quanto ao setor da burgur.sia ligaria aos interesses nacionais, embora sondo alia-ria ria classe operária napresente etapa marcha co-nosco de forma transitória,(desde que o objetivo rioproletariado é o socialismo ca eliminação da exploraçãodo homem pelo homem»,constituindo portanto, a alamais instável ria frente úni-ca, Dai o fato de as relaçõescom a burguesia serem aquestão mais complexa.mais delicada c riifiril emnossa política rie fiemeúnica. Mas. o aliado funda.m?ntnl e ao qual p prp-ciso dedicar todo o carinhop atenção, cm virtude dn pn-pr] oue representa, e aindapela sua desorganizaçãoanial — c constituído pclus

milhões de brasileiro» quavivem no campo debaixo dojugo dos latifundiários.

fma terceira questão. Aluta pela frente única nacio.nalista e democrática signi-fica que os trabalhadores de.vam amainar a luta que tra-vam nas empresas contra opatrono? De forma algema,Embora isto possa parecercontraditório, quanto maisos trabalhadores pressiona,rem a burguesia resistindoá sua política de exploraçãosemríre crescente, mais elaserá obrigada a voltar-secontra os Imperialistas eos latifundiários.

Desejamos deixar claroo nosso pensamento de quedentro da frente única temosde travar uma luta ideolõgi.ca constante contra a bur-guesia e suas concepções. Eo proletariado lem sua poli.tica própria, independente eprocura ganhar para ela asoutras forças da fren-to única. comba-tendo as posições políticas riaburguesia que sejam pre.lu-riiciais ao avanço da revoíu.ção antiimperialista P anf.feudal. Se não travarmos ocombate conlra as posiçõesideológica? c políticas da bur-guesia jamais arrebatare-mos dela a hegemonia domovimento. e a luta cena-mente, se limitará à realiza-Ção de tímidas reformas,quase que somente do inte.rêsse da burguesia

* « •Em conseqüência da crisede agosto - setembro do ano

passado, perspectivas novase mais promissoras foramalwtas para a formação e aampliação (da frente única .nacional* e' democrática. Asida mostrou para muitossetores populares, a neces.sidacle ria união c da orga-1ni/iicão das forças antilm.perialistas p democráticas 'brasileiras. Assinalamos comsatisfação que o sentimento, 'que possuímos liá muito tem-po hojp é visível em outrasforças, isto é. o sentimentoda necessidade de todos nosunirmos para derrotar osopressores rir possa gente. AFrenie dp Libertação Nacio-irai aprosenia.se como umapossibilidade rir tornar.se aorganização reclamada pelonosso povo. 0.« comunistasreafirmam a .sua posição de-darem o melhor de sua con-tribuição paia que a F.L.N.se ttansforme numa grandeforça, capaz de impulsionar •a lula do povo brasileiro,assim con,.'. participaremos-rir rodas as lutas e morim^x-ios que permitam.nos darpassos ,i frente na uni-lieacào das forças antiimpe.''alistas e antiíetulais jenossa. Pátria. "

Page 5: Punia - Marxists Internet Archive · ** OEA. A propaganda imperialista procura partir dessa resolução para apresentar a Conferência de Punta dei Este como uma grande vitória.

— tlf ds Jtntirt, iti.n-n da 2 o 8 di ........ 4, iÇ6j

POVO SEM CULTURA t POVO POBRE

NOVOS RUMOS 5 -

No Recife, Cultura é Movimento PopularRtporíagín, de P. Ctrloi Borgtt«nviado de NR ao No'ce*«ie

Trea Celn, MêrvU. í*».i » leda p Liana me lutam

rniada» .,.„., nuiili*j.« sul rrçilense, nu ArraialVritin da ii. o. '<¦•>• üan

rm uiutTr»itaria«. En*..'.<•.-»> reunida., em lor*na dr pequena ¦..< . ásombra «a velha mantturi*ra Pela» teria» do belo Ei*lio da Tiuidade, tnrameiiie»> «..li/».... JOVPIVS tãOladlM.tiu rm .!¦>;•¦¦ .......m.diiam. trotam idéia»,* . . •.... f.... • p adulammediaa» para levar a rui*tura ao povo, (intentar «uaroíuclíneia naeiunalUta eUte-io iiatllrlpar mais aü*vãmente na erandr lula ueim»-iuiparãu du pai».

X o Piirunno dn pas-adoeom o pre»enie 8eu ubir*iiru e u futuro. Nessa* ter*ra* du Anaial Velhu. nusitiiii de IMO,...-. .ir. ..1..... .o* primem» foco* da lutaarmada contia o ••¦¦11 /a*dor holandês. Ali aanharamfuiva e expre»*áo o» míiii*meiitM natlvlstai de nos*su •>¦¦¦<- seu pruiundii amora liberdade e a indepen*denela Por alt passaram ese protelaram na hi»mrlaautentico* heróis populan".•¦•mo Henrique Dia*. Cama*t... Raibathu e Vtdal deNeerclrns.

E' o "berço du nativismonordestino" convertido prloprefeito Miguel An ar* "emtrincheira do nacionalismo ,hra-ilelro" •**»i.i. in-. lugar melhor doque éw para servir de se-dr ao Movimento de Cultu*ra Popular, e nada mal* in-diesdo do que a luveniudrpsrs .*ervlr de espinha dot-ssl desse movimento.ORIGENS I FINS

— O Movimento de Cul-tura Popular, no dizer deacu presidente, prof. G«-i-mano Coelho, nasceu damiséria do povu do '<¦¦<¦.:•¦Da desurbani/açáo geral de«tias paisagens mutilada.»De teus mangue» robcrKi*de mocambos. Da lama. dosmorros e alagados, ondeproliferam o analfabetismo,o desemprego, a doença e afome. tle t, assim, umaresposta dos Intelectuais,dos Mtudantes » do povo doRecife ao desafio da mis*-Ha, objetivando a valoriza-ção do homem, a desalle-nsçâo de nossa cultura e aemancipação econômica esocial Ao pais."Um povo sem cultura inm poro pobre" — êste umdos lemas do Movimento deCultura Popular. A misériado povo do Recife — 300mil desempregados, 80 milmocambos — junta-se amiséria da incultura. Cemmil crianças, de 7 a 14 anos.não tém escolas. Dezenasde milhares de adultos,também nio sabem ler nemescrever. Oficialmente, oensino nio está afeto àPrefeitura, t um dever doEstado. Como bòm cearensedn Crato, no entanto. Ar-raes nio podia cruzar osbraços diante desse quadro.

Com o MCP, utilizandorecursos da Prefeitura e departiculares, 104 escolas fo-rarn postas em funciona-mento '242

professoras emais de t mil crianças ma-trlculadas), construídos 10

Tópicos Tipicos

«i-iipstf «moIii-m, criada» M•¦«-¦<••' mdioionitas «pauadultos» e imtalada umaescola d» mouiiuia i---<rm apenas doi» anos! Afriwa tíeues numero*, en*trruiiio. nào pode dar umaidria rompleta do qur «nao MCP. do duiatm.mu ae«eu« '¦-¦«..- depsrtamen*tos. da intenua atividade

«rfadora dp »«ui Imesraii*if», «tu !iie»i|in,i«.el ».'i*.ir*ique íem prestado a fonna*cão da - ¦ -. *...... naelona*lista e .-.(.-. i.ii.* du ,>¦¦•¦¦du Recife

ENSINAI EANENOEI

o prolongaiiu contatoque mantive «um rie/ena»ue iniPKiantpa do MCI* mediu uma medida exata demia» piuporçue*. di «us »r*nrilaue e importância ueiicomru rum aqu«*ie t-rupnde lovens uiiiver«il'n»i. a•uuioia de uma velha man*guelra. (oi apenas o rume*co E um unem promlsaor,!•¦¦!• ...•.- de um itrupocompletamente mimadono

'• ...i.- ..*¦ • ,i.i . -.,ui tuas nbrigaçòes e eons*elente» de que estão pre*-'i.indn um grande serviço ao•eu povo

Paiam-nos, e»»a» iu\eu».da» Escolas radiofiiniras!de «ua ••!.'¦!!•.«.-..,, r do* fru-tu.* ).i eulhldii.*: da* ailvi-dade» leatrals islem de mi-llzar o tradicional SantaIsabel, u MCP construía 110próprio .Sitio da Trindadeum eniitmr teatro ao sr li-vrt e eriou o Teatro dn Po-io «ambulante.: dos ciclos deconferências: do* ptogia-ma» cinematoftraflro*. etc.F. íal.im com carinho r en-luslaamo, reitersndo a ad-verténcla de que não con-sieleram definitivo» o* pio-«•rama* dos diverso* depar-ia nentiis. Nada é definitivono MCP. Ao tempo em quelevam a cultura ao povo.com o povo aprendem. Emseus contatos direto* eomo.< trabalhadores e o povodo Recife, rm suas confe-rénclas. palestra*, clube*de leitura, apresentaçõesteatrais e inquéritos querealizam em numeroso*bairros da cidade, o* Inte-grantes do MCP recolhema* opiniões da* massas só-bre suas atividade*, sua*criticas e sugestões. E as-sim vào aperfeiçoando seu*programas e métodos detrabalho.

Em conversa com este re-porter. o professor PauloFreire, um dos dirigentes doMCP, lembra a sua própriaexperiência. Durante dezsnos de SESf e agora noMCP. diz éle. retifiqueimuita concepção livresca eaprendi bastante com o po-vo. Devo muito do que seisos contatos com o povo.Depois de condenar, comveemência, a cultura aca-démica. verbalista. de eahi-nete. conclui o dr. Pan'oFreire: Estou convencidode que temos multo oueaprender com o povo em to-dos os terrenos.EDUCAÇÃO PARA ALUTA

Autor do plano de Educa-çio de Adultos e um dosresponsáveis pela sua exe-,

Stvirt-M

OS MUITOS PÉS ELEGÂNCIA

Alguns colunistas frivolos escolheram as dez mulhe.res mais elegantes do mundo no ano de 1981. Entre as "dezmais" foi incluída a Viscondéssa Jacqueline de Rlbes. dasociedade francesa, que possui segundo se afirma, cercade mil pares de sapatos.

Apesar de possuir tantos pares de sapatos, ao que e.s-tamos Informados, a Viscondéssa nunca usa senão doisde cada rez. Nunca usa senão dois pares de cada vez.

ENOANOU-SE: NAO ERA.

Poucos dias antes da entrada dos indianos, ic! ,<ubli-e*do, em Goa, um livro intitulado "Aqui é Portugal", deaut«ria do cidadão lusitano Aguinaldo Monteiro Andrade.

MUDANÇA DE ORIENTAÇÃO

Há tempos, o jornal "A Noite" noticiou fe depois des-mentiu 1 que o "Jornal do Brasil'* esta*a pura ser vendidoa "um grupo de esquerdistas". Depois do boato, o "Jornaldo Brasil" deixou de fazer críticas ao desgovernador La-cerda, deixou de defender a autodeterminação do povocubano, etc. Só se pode chegar a uma conclusão: se vendahouve, quem comprou foi a direita e não a esquerda.

CASO DE MAC 1ONHA1

Quando estava sendo exibido no Rio (auditório «10IAPC), o filme russo "O Padre Sérgio", dentro do festivalorranizado pelo Museu de Arte Moderna, o jovem Gilber.to (...) ini procurou tumultuar a sessão, lançando no inte-rior do salão uma ampóla de gás sulfídrico, que exalou vio-lento mau cheiro. Capturado pelos espectadores, o terro-eis*» apavorou-se e teve uma crise intestinal que provocouadorar ainda mais fétidos do qne ou da ampola' que lança-ra. "Por fim, depois de terem sido apreendidos os seus do-camcsitec (pelos quais verificou-se que se trata dc um co.nheeMo mtMonheiro), os freqüentadores do cinema deixa-ram-n» h--**» embora, para prestar contas aos sens chefes•Ja fracasso da sua missão.

SUGESTÃO PARA O CARNAVAL

Aproxima-se o reinado de Momo, amigo leitor! Vocêli pensou em uma fantasia barata c original para cair nafolia? Não? Permita-me, então, fazer-lhe uma sugestão:r.ubra-ae inteiramente com um lençol branco e apareça, denoite, nos sobrados de velhas mansões coloniais, gemendo"DiHUUh... uuuh.. Abaixo a revolução cubana!"

Visei estará fantasiado de Raul Fernandes.

> • o pior Paulo freirelaia eom amor de teu n«t*bailm. que «It nio coutids*¦» romo coita eacluiit-a.mente tua, mai Iruio da*•«" d« uma equipe 1 -• •¦»'duração nio m batia a u'¦'¦¦' ut» Nio a um fim. matum mtio

— Educação para a li-batiaçáo. dl-*not o profPaulo ' ttut u nosso ob|e*tuo, continua. • dar umaron-cléncla riilica ao po-vo para que ele aja coiuri*rntemanie pela tua liberta*c«V». Piocuramoi eauear opovo para que éle panlei*pe amamente na luta pelaioIucío dot oroblemat b«-.-eo« du pais. A sltuacánatual p de ifbellio. de efer*vescéiirla popular, A* mai-*a«i procuram:um novo ca*minho Juliâo t ¦•• Melosào •-•>.•'.*. diferentes aét>e e»tado de rebelüo

O debate do» problema •básico* do pai* e a formu-lacao de «olucfos adequada»nio preocupam apenas fclovem «eraiáo de Imelee-lual» Nin «ao problemasde elite Sáo problrmat dan.awa. Cada du e maior onumero dot que te preocu-pam enm ímo. e é «urprcen*dente a capacidade de no*.*o povo para assimilar esta»qucMòr». Cita o prof. PauloFreire o exemplo dos alu-nos da Escola de Mntori-iamanilda pela PrrfeliumDesejando teall/ar ali umrur.10 pediu ao* aluno* quesugerissem o* temas. El-los*analfabetismo, uma poliu-<*a de de*envn|vinirnto. na-elonalismn. reforma agra-ria quesióe» de saúde.

Ma* o MCP náo fica n»exposição p im debate de le-mas gerais Levanta tam.bém quetlóe.* concretas deInleré.sse Imrdialo para ca-da grupo ou comunidade on-de sio criado* o* seus riu-bey dr leitura, de costura,de ptu. etc. e se constituinum elemento de pres-àoimito a* autoridade* 110>enudo da solução dé*.»esproblemas. A propósito, oprof. Paulo Freire contou..110* que. nuando da insta,iaeão do Clube rir Leilurado Poço da Panela, com apresença de Miguel Arrars.os moradores daquele bair-to solicitaram ao prefeito asolução do problema daáesua. Foram atendidos. ÊsseClube foi instalado na casaonde viveu Jo*r Mariano.grande líder da luta pelalibertação dos escravos. Naooortunldade. o prof. PauloPreire féz uma conferén-cia sob o tema: da luta prialibertação dos escravo* deontem à luta de libertaçãode hoje.CATÓLICOS ECOMUNISTAS

Movimento cultural r po-pular dessa envergaduranão podia ser obra de gru-pos iaolados. menos aindade agrupamentos tectárlos.Movimento popular tem queser. necessariamente, obrado povo. E o povo do Reci-fe está representado e par-ticipa ativamente do MCP.É. talvez, uma das mais ri-cas experiências de frenteúnica. O Movimento nãotem religião nem partida-rismo político. Lá traba-lham católicos, protestantes,espiritas a ateus. Dele fa-.zem parte elementos dasmais diversas filiações par-tidárias e filosóficas.

— Sou eatólico, ortodoxo,disse-nos o prof. PauloFreire. Mas aqui trabalha-mos com comunistas, tam-bém ortodoxos. Damo-nosa.s mão», distanciades ape-.nas naquilo que nos separa,que não é muito.

Canto cie Página

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Pois é...

'.rjÉ K^ _______ **''*'**^tt.****M

Mm K-.SI Wl •*^***Jv»it? ÜW 'lU Rh* 4t4- J!Fia-f-.T.j MM* BP*»*»m ¦.«« «*>_).¦ *^E^i*^-*» •» i isjl

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¦ W íwW tmm MM ' mmmm.' ¦ ítàmSSpm Wm rWr**! Tm\ã£mW$m mm\ 7-fím IT 'II •L •^'«¦imm*$m 11 ¦ -j'¦ BCr*. '^v&iMMMMWr- * uWS ¦ ^B mjMmMmmW MWàwiMM l^H AM *A~'*mWÜmm\\M' ''" ** ™ 'Mm M^mM P£| ^M f!atv\M

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C mM - J II -ÀM¦¦¦*».'¦¦ ifn w+^lt\ >w Mmmmmmmmmmm^m^m^m^m^M ^mMW <mm ¦¦¦»¦ ¦

JUVENTUDE ATUANTEA luvrniude é o elemento mai» dinâmicoe atuante do Movimento de Cultura Popu*lar. Pailicularmentc a luvenude uiilvenl.tarla do l:<- •:¦ De/rnat de («tudantetempre»t.im aa MCP a tua rulaburae-ilii vo.luntana. Outro* «1V0 irmunrtadu». ma. demaneira apena» Almboitea * dai eneon.itarmot. a qunlquer hora do dia, entian*do e «.lindo dn Sitio da Trindade grupo»dr moça* e rapa/e* rltonho* r felizes San«oldado* de unfa i-ru/ada. Ciu/ada de no

vo ttr- Cru/ads da libertário' Eanlta t ZéLu:*. Elaine e 7.« Fernandrt. Maria e Joa-rir. .v • e 1 - .1.1.. «io nomes de algun*dele». E bum r»!-it rom êle» Sao jovens«•on«ciente», ctudio-i... e dr grande viveu*cia E multo te apiendr rm tua companhiaNa foto. da -,...- para a direita. Tere.•.nha Cala«n*. Conreieio Maria Pinhei.i'i >Ip-t'« Aibuqueiqiie Ferreira. Zelia Bit-uno, leda Bralncr * Liana Aurehaun.Kiupn que trata do p ¦¦• ¦¦ relaciona,do» iom a» K>rola* r*.-¦.:¦:-.. -.-

leio num lorntl, que ume • morte quanto n amorei-MMrtn muito em IMI. No balanço do ano que paaauu ««unia o jornal m o* dois iribunait de juií rreeberam OMprorpito* dr homteidio i* um duro ano de mitert* t d»rtime. mau rm rompentacão tiouvp 30 IM ratamentoa, oque dr-mon-tra que o amoi continua rm plena loima

«ou uma mulher qur tu dt ler i-.uii.ti..* qur nm.dila em numero., u qur nio imped» ..,. .ai!., déMet aquinifiicionadoí. eu lique pen>a tejo no» que morreram de Io.me. dou tiur murrriam *rm lumar parte rm iiriihum*. ra»laliMiea Muno» (oram mi.rto* por uui o» multo* a o« queiiiorrerain pria mlteua. prlo <:*•• -v*.. pria Inanlçiu?Durantr muita tempo arrrdiui lambem ua !¦¦••<- que n-c"ninguém utorrr dr lome no » .. . ma» arMiti nutm dia.aqui na «idade hole drigovrrnada. nesta Cuoaespana liobuiiita tio mburacada, tào -.-» um homrm morrer dolumr Caiu no ...*...:... romo uma folha têra. imitou fen.te. (01 chamada a a»»itténela qur. como ¦• ... - nuncarhtga, o homrm llvido morrendo p;rguntrl a um irnhormulio digno rom -> «¦ dr rnlrimelfo ou dr medico, dr quemunia aquélr homrm relativamente lovrm A rrtpottafoi slmplm. numa palam pequmtna e trauica: - Fome.

Mutiot foram o» catamrnto» mat. Oh' r*»a-i Implcdotai r»tati»iiias - i«<mbem em 01 fui .....,: o numero dede-quitrn: 2.003 . :*. .. e I5M •migavct» como tr »r.rata-tr muito netta cidade, mrtmo quando o» alugueis drcata <••¦-... .......... que a vida ande daquele jeito comaumento diário do preço da carne, do pao. dr tudo: mr».me quando não temo» água tcqurr para lavar at miovMas somo» tcimotoi r quem pode denotar o amor? Nio rnenhum governador de pior qualidade qur o Iara, brm o«abemo*. Quanto ao* detqultes. r uma \rrgunha oue aIgrna r o» rcarionânot lutem tanto omtrn o divorcio raceitem o de.«ouite e u» casamentos no '..-¦•..• •'.•> com amaior facilidade

Ora veiam »o vocês: por «íiu.*a de 11:11.1 noticia dc jjr.nal, de uma* rtlati'tirat. me mell rm .-..:.:. de Joiurde Castro e de Nclton Carneiro Pelo que pee.i dcculpa*nao apena» ao« dono* dos a»»untos. ma» a vocês our me\ttm l'm cronista tem éve direito- ciar oaipit-»* sóbre to.do» o» atíuntot e eu, esta claro, aprove to.

Muna cente s»«ns«lnada. muita geme rasando muit.»«jente «e drequltando. fc"i« o re»umo dr-.e bate-papo d»hon.

MARCO AURÉLIO SOBRE O SEMINÁRIO

UNE Vai FSuperior na

"Raios-X" do ECuritiba

azer rcaiosReunião de

nsino

'Com a realização do IISeminário Nacional clr Rr-forma Universitária, a UNEpretende estimular o* uni-versltirlos em lodo o pai.»a dar um passo a frente 110estudo da realidade do en-*mo superior no Brasil. Epretende com essa Inlciatl-va auxiliá-lo.* a elaboraruma opinião construtivasóbre essa momenlosa que.»-táo". afirmou a reoortapemde NOV08 RUMOS o e*tu-dante Marco Aurélio Gar-ria. vice-presidente de A--«iinto* Educacional* daUNE.

O Seminário que .*erá rea-llzado na cidade de Curtti-ba. de 17 a 24 de marçopróximo, vem sendo Inten-slvamente preparado no Es-tado do Paraná e no Rio.Enquanto naquele Estadofunciona uma Comissão Or-sanizadora sob a direção doestudante Orlando Holanda,da União Paranaense drEstudantes, em nossa cidadefunciona outra comissãoresponsável pela elaboraçãodos principais documentos,presidida por Marco Atire-lio Oarcia.

TEMARIODisse Marco Aurélio que"cuidadosamente elabora-

do, o Temário do Seminá-rio constará de 3 partes:em primeiro lugar aborda-rá alguns problemas teóri-cos da Reforma. A seguirfará uma análise critica darealidade da Universidadeno Brasil sob S ângulos: po-lítlco-social, cultural e es-

Irutural Por fim apresen*•¦11.. uma política paia tUniversidade em no.«.-o p.\:«.e traçara a tática a ser .«e-guida prlo movimento es-tudantll no sentido «Ia .«uarenovação".

A REFORMA UNIVERSITÁRIAATRAVÉS DO CPC

O vlee.presidente daUNE fala-nos da» Inlciatl-va* que Já estão cm cursovisando a divulgação doSeminário : "Publicaremo*um belo carta*-, editaremosum livro, já em proi-o-so drelaboraçio, contendo umlevantamento geral de to-'' i« o.» problema* referente*ü Reforma, a exemplo da*inúmeras contribuições iaaparecidas nesse terreno.Bom mesmo, no entaiüi'.será a peca teatral sób-rassunto, vcrc'adelra sátir:'atual sltutção do en ! 1superior 110 Brasil, que vemsendo elaborada pelo pesso-ai de teatro do Centro Po-pular de Cultura .CPC". F.conclui: "Com cin correre-mos o país despertando osestudantes para essa Im-portante questão".

tudantll tem feito muito rmprol da Reforma e apuacomeça a recolher o* seuspiimriro.» frutos". E dr.»ta-ca-nu» dua* importantesronqulstas nesse terreno. Aptimelra foi o encontro en-ire o sr. Durmcval Tiíruci-ro Mendes, direior do En-sino Superior, a seu pedido,com os estudantes. Nessaocasião importante* quea-toes furam tratadas entreas quais: regulamentaçãode modo justo do Projetode Diretrizes e Base.». In-cremento da assistênciauniversitária, apoio ao mo-vimento dr Cultura Popu-lai or> *m desenvolvimento

110 pai» A «egunda foi oatendimento por parte dugoverno da reivindicaçãoestudantil de ser colocadoum e-.tudan!c no ConselhoFederal de Educação. Re-unida, a Diretor.a da UNEmdirou os numes rio.» es-tudantes Nelson KanterAron Abcnd e Herbert Jo*erir Souza para entre ciesser escolhido o seu repre-sentante lunto àquele orjàooficiai.

CONTRIBUIÇÕES AOESTUDO DA REFORMA

Encerrando a entrevistaInsistimos para que MarcoAurélio desse sua opinião

*obrc as tiliima.- contribui-voes ao problcm 1 c'a P.cfor-ma Universitária, au quenoa respondeu citando aCarta da Bahia, o «i .cutiicn-10 apresentado pela FEU-HGS em seu i>H.mo Semi-íarlo sobre Reforma, e.uimero-.os aril;;us. entre. I»-tas e reportagens feitos porconhecidos professores bra-.lücircs. No plnno Interna-cional clta-nos cheio d»entusiasmo o livro "Proble*mas da Reforma Unlversl-tárla" escrito por ErnestoGiudice onde a questão, se-gundo Marco Aurélio "éanalisada dc modo clentl-fico".

TEÓFIL0 OTTONI - TRIBUNO DO POVOMiguel Costa Filho

o GOVERNOREFORMA

E A

Respondendo a nossapergunta sobre como o go-vêrno de Jango-Tancreaovem encarando o esforçodos estudantes no terrenoda Reforma, Informou-nosMarco Aurélio: "Os homensde governo já não podemficar surdos diante de nos-sas lutas. O movimento es-

Concurso Sobre Desarmamento:Dois Mil Dólares de Prêmios

O Instituto Internacionalda Paz, sediado em Viena

1 Áustria) está promovendoum concurso de trabalhoscientíficos sobre o tema -AsConseqüências Econômicasdo Desarmamento-.. O con..curso é destinado, prefercn-¦rlalmerite, a professores eprofessores adjunto da eco.nomia,.a colaboradores deorganizações e Instituiçõeseconômicas, a expcitos e aestudantes de economia, po-(lendo dele participar, cn.tretanto. todas as pessoasque se julgarem possuido-ras dos conhecimentos es-pecíficos necessários,

Os trabalhos concorren-tes poderão versar sóbre tó-das as questões que ae re-ferem à transformação daprodução de armamentosem produção civil, comopor exemplo: medidas quepermitam a transição, semcomoções-violentas, da pro-dução de armamentos emprodução civil; liberaçãoda mào de.obra oermo con.seqüência da cessação daprodução de armamentos eda dissolução de unidadesmilitares; efeitos da trans-formação na produção sobreo nivel de vida material ecultural do.s povos e utillís».ção dos recursos econòmi-zaelos. romo conseqüênciaelo desarmamento, com vis-tas a uma ajuda eficaz aospaises oue empreendem seudesenvolvimento econòmi-

co e que por éüle meio po-derlam desenvolver sua ca-pacldade de produção eparticipar do progressoeconômico e social geral.

As teses podem referir-sr.¦ indistintamente, ao con-junto das questões relativasao desarmamento ou a ape-nas um dos seus diferentesaspectos.

Cada trabalho deverácompreender de nove mil aquinze mil palavra,s. ou .se-ia. de trinta n cinqüentalaudas eiaiiiOMra-facliis nor-malmente. Não obstante,todo trabalho que em ra-zào de .seu tema exceda ounão alcance a extensão fl-xada será

'igualmente acei-

lo. Os trabalhos deverão serredigidos em espanhol, infiles ou francês, e elivictl-dos. em três cópias, ao Ins-tltuto Internacional da Paz,Mollwaldplatz 5. Viena IV.Áustria. O nome e o ende-rêço do autor não deverãofinurar na tese. e sim se-rem escritos no envelope ounuma. folha separada.PRÊMIOS

O trabalho colocado emprimeiro lugar obterá umprêmio de mil dólares. Pa-ra o segundo colocado háuma bonificação de qui-nhentos dólares: restandoduas de duzentos e einquentas dólares para as tesesi'lss*'fjc"d*t<: cm teio'"" oouartn turfares

O Júri qne examinará, ejulgará os trabalhos e con-cederá os prêmios, está for-macio pelas seguintes per-sonalidades: professores A.Arsoumanian iURSS), .1.D. Bernál (Inglaterra), Ch.Bettelheim 1 França 1, Go-ran von Bonsdorf (Finlán-clIa 1. I.ord 13uyrl Ori- . I:i.glaterra), J. Dobretsberc.er' Áustria 1. O. Langue 1 Po-lôniai. A. Pesenti (Itália 1.F. P Schneider 1 AlemanhaFederal! e J. Varga (URSSi.

Os trabalhos (erão que.<-")• eni. egues fi'- l.*i (i ¦ rnainde 196-.'. o mais tardar

Ajuda àNOVOS lRUMOS

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l<- ¦ Melei' . i;P. "... ...iEacrltArlo II - - r.i^. 1 noo i">

Dcicif que para ca \rio aíamilla regia, que aba.iou-nara Portugal a sanha ueNapolcào, o Brasil passou a>ci procurado por e.stran-selro,-., muitos dos quai.-,, .sa-blo.s, letrados etc., escreve-ram livros .sobre a nossaterra e a nossa gente. Des-moronara a barreira que ametrópole havia levantadodurante tres séculos entreo nosso pais c a Europa.

Esta. que nos dois pri-meiros séculos de nossa his-tória. se deliciara com anarração do.s cxotlsmos daspopulações e coisas da co-iónia americana do.s por-tugueses. pode então com-preender que uma nova na-¦ção .surgira nos trópicos.

São muito conhecidas asobras de Mawc. de Saint-Hllaire, ele Spix c Martius,tle Kostcr. dc Hartt, deWallace, Agassiz e outroshomens dc ciência eslran-gclros sóbre o Brasil.

Mas, além desses volumesrealmente notáveis, outrosloram escritos, que. se bemnão emparelhem com aque-les. merecem ser lidos aindahoje. pão obstante o tempodecorrido c a evolução na-cional. Interessam prlncl-paimente aos historiadores,sociólogo.-,, aos etnólogos;outros aos economistas.

Entre esse- livros de im-portáncia secundaria, muscie indiscutível interessepocle-sc incluir o cie ItobertAve La!l?mpn( - Iteiscdurcli Nnrd Bta-ilici im.laluc 185!), recentementepublicado pelo Instituto Nu-cional do Livro, em iraclii-cão para o português.

Escrcvendo-o. é^~c mécli-ro alemão completou as ob.servaçoes enie fizera cmnosso pais. acerca do ciuaiiá escrevera um trabalhointitulado Relsr durcli SiietBrasillcn, — niiterlormcntctraduzido por Teodoro Ca-bral e editado pelo I.N.I...

O autor possuía um cs.pírito observador e minu-cioso, como ja se salientou,mas a nós o que mais nn«interessou, em seu livro só-bre o norte elo Brasil, foramos capítulos que dedicou aCompanhia elo Comércio eNuveejação cio Rio Mucuri,fundada por Teofllo Ottoni,ou. mais claramente aosestabeleci mentos criados pe-Ia dita Companhia no valedo Mucuri e adjacênciasem terras ria Bahia. Espiri-1to Santo e Mina? Gerais

Avó-Lslletnanl, que ns\iMtoi) demorada mente féz

severas criticas, compôs tre-iiidiLu.i iiücius ci>..ua usniciuuus uc itciumiueiuocie emigrantes eurupeus, ciediversas nacioiiaiidaucs, eu-mo lambem contra a urga-iii/açao e lucalizaçuo dessescolonos no referido vale,contra o tratamento a elesdispensado, inclusive quan-du. atacados de malária eoutras doenças, foram dlzl-mados, em grande parte,sendo muitos recambiadospara o Rio de Janeiro.

Nute-oc. porem, que. cm-bora o autor de Viagempelo Norte do Brasil Incluacm seus ataques certos re-crutadores europeus de par-le desses emigrantes, a car-ga principal que faz é aTeofilo Benedito Ottoni,aliás, o presidente da Com-panhla do Mucuri.

Êste defendeu-.-e atravésrle jornais, cm folhetos, II-vros, discursos.

Levar-nos-la multo longeo exame pormenorizado des-sa questão famosa que a pai-xonou a opinião, aqui e noVelho Mundo.

Contentar-nos-emos cmobservar que a política par-lidaria teve muita cu;p,i nodesenvolvimento des.se caso.

Liberal, republicano, rc-voiucioiiario, Ottoni, eug-nomlnado o "tribuno do po-vo', era odiado pelos con-servaclores, pelos latifundia-rios, pelos escravocratas,pelos reacionários dc todosos tipo.-..

Reputado eomo o verda-deiro chefe civil cia revolu-.•ao liberai de 184'' em Mi-nas Gerais, derrotado nocampo da luta armada,piésu c processado, é absol-'.ido pelo Júri. cm meio aniunilcstuciics clr regozijocio povo c. sc bem que cmseguida .^c dedique ao co-mcrclo no Rio dc Janeiro,:iuo tardara a voltar a po-litica e à Câmara dos Depu-tado--. onde continuara ocombate que moveu toda avida em prol da liberdadehumana, dos direitos dn po-vo. do progresso da pátria.

A Companhia do Mucuri.mais (areie, foi encampadapelo governo, então presl-cllclo pm um conservador,exlln?ul*ulo-sc afinal, :il-gum (empo depois, o fiueei incorreu pnra demonstrarque a campanha movidacontra Teófllo Ottoni e aCompanhia do Mucuri.aproveitando as falhar eo« erros cometidos. oriTlnon--e rm animosldadcs oarti-

darias dos saquaremas con-tra a maior figura do Par-tido Liberal.

Mas, note-se que. apesarde toda a atoarda erguiu.»pela reação contra o "Idoiodo povo", no campo daarealizações materiais t dasatividades econômicas, ogrande mineiro deixou umsaldo respeitável, que Ocoloca a par de Mauá,de Mariano Procóplo, deBernardo Mascarenhas, ems uma. daqueles homensempreendedores que na be-gunda metade do séculopassado ajudaram a sacu-dir o Brasil da modórraImperial. Com efeito. Teoli-lo Ottoni e a sua empresa,numa época em que as fôr-ças retrógradas do latlfun-cllo. cia monocultura, dosengenhos e do escravlsmoresistiam á.s Idéias renova-rloras e progressistas do.-- rc-publicanos. dos aboliclo.-iis-tas. dos corifeus da bur-guesia urbana que preten-cllam criar Indústrias, cons-(ruir estradas. Instituir anavegação fluvial, montarestaleiros etc, Teófllo Otto-ni e os seus sócios construi,ram a primeira estrada derodagem brasileira, animei-psndo-se á União e indús-tria no Inicio do tráícço,fundaram vilas, como Fila-clélfln .é hoje a Importin-te eiriadr de TxrSflIn Ot'o-ni. lavouras. fábHcns. etc.,exolorando a força rlet»•>¦>«iho rip hom".-.' livres,eiironeus e brasilc'ros. re-cusantío assim ne-^oPc1----se eom a escravidão, que oimoér-r. sustentou até ofim, náo podendo sobrevl-vet á sua extinção.

Convém, além disso, lem-brar que. em relação aosíndios rine liabilave-m a re-alão. a obra de Ottoni temsido apontada como a dcum precursor de Rondou.

Sttuando-o em seu tem-*i; histórico, nas eonrllcnes¦ctiiininicas e soriat.s vlgen-ies em nossa terra no mea-do do século passado, re-conhecemos em Teófllo Ot-toni um filho ria classe bur-(íiiesa excepcionalmente do-tadn de ItiMIfênrio. de for-te npr.sonaMd.nde. rir firmecaráter e bravura ei' '^a.Culto r linhujrlo rir idéiasrv»HC'.(|"f |-o'-ti.•• ¦prntf ;lnr-.-in r-ni oue viveu. n?o lián""«r a ^iin pos'"jn dp li-rlnr da D^rte mnls p-oc-ps-slstq dn h'"'';u""ii. das c-pi-f'«. mpriioi; rii foci"H-irlelifi «íi ¦ -' •¦¦¦» i*i" : ccm* **"•** urb"* -nos. rir "*:-,')iino do povo".

J

Page 6: Punia - Marxists Internet Archive · ** OEA. A propaganda imperialista procura partir dessa resolução para apresentar a Conferência de Punta dei Este como uma grande vitória.

•*-------------------> m\^^mm>wmm

-• NOVOS RUMOS

JuquIA: Posseiros Reforçama Unidade da Ação na Lutaem Defesa de Suas Terras

Ho dia 14 de janeiro reu.1..U-M- n.«:* um* ih emm -nuiiir a exliaordinani): aA:- ,.,..> ¦ dOI il.lilM''

e !i»t.a.i.»ii..ir- do Litoral8ul .!.. t -¦.4.1.. de SÂo Pau.i" em Juquw. eom • ff*

latots •'i»**'«i't.'iii* apíc-m». »., ,ir eoatM de* de»Ifjjailii. qu* foram <to I

I . :.vir-- . SV . :-.3; 'Ir t-A• :*.'¦ ¦ .r: r Tra«Mlb»8ore»Agrícola* br informação••"•urr a «nua-aa da* aomu

tm «¦ medida» loinada» pe.Ia Ai** ia. a.. », ei proble.ma» do* campon*1*^PADIIS I FANTASIAS

Informandu o um* fui o¦ !-¦¦••¦• d* !¦"-¦- ii.....

¦rt-- r^tó, ificuttaiB^ãs^iii^tiirii. ______¦¦¦¦ *1T~*~ • I ^^^"S ^^BPfàl 1*4' <^>è£ÊMmWmmmL!. mW '" '¦•'.*¦

¦¦¦I BHr- j> ¦" aj^aaak . 4yi ifI ¦ ¦ > mt] mtíáMi .í^ m%mt Wtt, , '.¦MTjMt1*1* WS ^mm^mWWM • **H ^jJ*F^ *^^B B^^ F

^^^¦a I *I ¦ jfl bm. _*¦ r* s iB ^^^^B

a^Va^^B^Y^^^^-VAB^Va^Va^Va^Va^Va^VB^tw.1* i ¦ ^?BaCíaa ^H *í^^ L^Lm a iir\ÃW at Mac/VTTa K> áv ' aia a . j ^i *~ Yau ¦f^l iJL™ -¦•*•»•*•'•••••*******¦ «^ ***wi»jh«i **i>.'aasaBjV> a ^ ¦ ^^i^a s*ssaa aa

a^^r-ajl-^^,^ ^^ * !*r ^^-*«tt*f *^i^'i**v

MM fe^^^k*-*.a^ i • eai

SÂO PAULO POR CUBANova» innnifeniaciH de solldarudadr a

Cuba livciam lunar duranie a «rmnna nnetipit.il paulista e em cidades do interior.A» IntcriÇQC- murais se multlpllrnram pelacidade e cm muito* bairros novo» comícios»e realizaram. As promoções em favor dcCuba tiveram .«ru momento mais Impor,tante na conferência que o sr. Joaquim11. :.:¦¦' : Arma». • Ilibai . .:¦¦: CUbiinO 110Brasil, proferiu no Sindicato do.» Mcialur-Bicos, im .segunda-feira. Com as dependeu,cias daquela entidade operaria lltcralmcn-te tomada* pelo.» tr.ibaliadores. e por ou.tros populares, o representante do govér.no de Fidel Castro externou consideraçõesa proposto dn conferência dc Punta deiE.-ic. em relação com o «pir realmente sepossa cm seu pai*, deslocando aspectos danova ícalldndc social que cata sendo cons.

iruida na "Pi-rola das Antillias". No finaldo ato foram exibidos documentários ri*ucmalogrufiros com reportagens *>òbrc avida da população cubana. Na foto. o sr.Joaquim Hernande;* Arma», quando pro.

nunclava a sua palestra ladrado por ummcmbio de tu comitiva e pelo dirigente.•.Indicai José dc Arnújo Plácido. Outramanifestação dc apoio ã autodeicrmma-ção do povo cubano que obteve internarepercussão, foi o telegrama enviado a de.Icgaçào brasileira a reunião de consulta

da OEA pela Fcdciaçüo dns Mulheres doEstado dc São Paulo . departamento.» fe-

mtntnos dos sindicatos dos têxteis c ban.cario», assim rcdlRido: "As mulheics bra-sllciras esperam que o Brasil mantenhaInarrcdâvel posição de respeito aos direito.»de Cuba".

Penâpaiis: Vitoriosos©«* Cortadores de Cana

Depois de 10 dias de gre-Tc. voltaram ao trabalho,«om a utorla dc suas rei-vindicaçóes, os cortadoresde cana da Usina Campes-tre, da cidade de Penápolis.Pleiteavam o cumprimentodos novos níveis de saláriomínimo, pagamento das ho-ras extras, redução da ta-xa de habitação etc. Antesde paralisarem o serviço,por várias vezes os trnba..lhadores dirigiram-se à dl-rcçào da empresa por meiode comissões, Inültimcntc,ASSISTÊNCIA DAFEDERAÇÃO

Contaram o.s paredistas,desde o inicio do movimen-to, com a assistência daFederação da Alimentação.Após vários entendimentoscom dirigentes da firma naCapital, o sr. Luiz Tcnóriodc Lima, presidente da en-tidade dos trabalhadores,embarcou para Penápolis. aíim de tentar solucionar oproblema. (Como se recor-da, foi lá que os dirigentesda Usina Campestre agre-diram, covardemente, noano passado, o deputadoLuclano Lepera).

CONTRATO DETRABALHO

Devido a firmeza de.monstrada pelos grevistas,o.s patrões foram obrigados:a pagar 9.000 cruzeiros acada adulto e a metade a

horas extras serão pngasde acordo com a lei: 3) —os descontos dc habitação

que eram feitos na base de33'. dos salários, baixarampara 15"..

OPERÁRIO PAULISTARESPONDE AO «ESTADÃO»

Em sua edição de 31 dedezembro do ano passado,na segunda coluna da ter-ceira página, publicou o"Estado de São Paulo" umtópico sob o titulo "Proble-ma do Marítimo", no qual,entre outras considerações,está dito que os operáriosmarítimos ganham saláriosdemasiadamente altos e quens trabalhadores paulistassão explorados por seuscompanheiros marítimos. Asfalsas afirmativas, como énorma da folha do.s Mes-íiuita quando trata de pro-blemas da classe operária,estão acompanhadas dcpérfidos insultos ã catego.ria dos marítimos, dizendo,-se ali que grande parte dostrabalhadores não reúneoutra credencial que a dcsaber esfregar convés e la-var panelas. Respondendoao insulto injurioso, o tra-balhador José Júnior, as-sociado do Sindicato dor.Trabalhadores da Constru-çáo Civil da capital ban-deirante. enviou ao diretordo "Estadão" uma carta,que foi ignorada pelo altocomando do jornal. Em seuprotesto diz aquele conheci-

do líder operário ao dr Jú--cadfc-menorrGomo-diíeítHioa-—H*r-*Me**?fBtta*r--^-aTnr»-naõde salário; nao descontar - Bo.s dias de greve e aindaconcordarem com um con-trato coletivo de trabalho.T*.'èlr> ficam asseguradas pa-ra os assalariados agrícolas,as seguintes melhorias: 1)— os salários que eram pa-gos de 150 a 220 cruzeirospor dia, passaram a 3B0cruzeiros: 2) — a jornadade trabalho de 10 horas,passou para 8, sendo que as

seu jornal tem um fito sò-mente, lançar os 800 miloperários paulistas contraos operários marítimos quea esta hora estão lutandopor melhores condições devida". Sobre a "exploração"que os marítimos exercemsóbre o proletariado pau-lista diz José Júnior: "Osnossos exploradores, v.s. sa-be multo bem quais são:o capital alienígena, do

qual v.s. é um dos prlncl-pais defensores, c seusagentes internos, que nosroubam em prejuízo da pá.tria e de todos os trabalha-dores. Náo são os operáriosmarítimos, por conseguinte,os nossos exploradores: aocontrário eles também sãoexplorados pelos seus pa.trões. que a esta altura cs-tão ligados ao capital ian-que-japonés que detém emsuas mãos o monopólio daindústria naval no Brasil,eom o mais decidido apoiodo seu jornal que não veoutra solução para os pro-blemas do Brasil, a não sera inversão do capital alie-nigena". Assim termina Jo.sé Júnior a sua carta: "Souum operário paulista, as-sociado do Sindicato daConstrução Civil sob ma.tricula número 10016. tra-balho no setor onde ganha,mo.s salário inferior a me-talúrglcos e a têxteis, ei-fim somos os que menos ga-nhamos e não temos ne-nhum ódio desses nossos ir-mãos que também lutampela vida todos o.s dias esão explorados pelos seuspatrões igualmente a nósda construção, çi.vi.l, Se..eles-Ttnihámmèfhbr que nós, sótemos que congratularmo--nos por estarem melhororganizados do ponto devista de unidade e teremmais espirito de luta. e ad.quirirmos com eles maiorexperiência para as diver-sas lutas que teremos detravar ainda contra os nos.sos verdadeiros explorado-res: os donos dos meios de

produção".

ALIMENTAÇÃO: 150.000 TRABALHADORESINTENSIFICAM BATALHA REIVINDICATÓRIA

Entre as diversas medidasque vèm sendo tomadas pe-Ias entidades que corigre-gam os 150 000 trabalhado-res do setor de alimentaçãodo Estado de São Paulo, des-tacam-se as seguintes:

VINCULAÇÃO AO IAPI

Segundo entendimen toshavidos entre diretores daFederação de Alimentação eo presidente do Sindicatodos Usineiros do Estado deSão Paulo, possivelmente apartir de janeiro último, osassalariados agrícolas pas-sarão a pertencer ao I'PI.Essa foi a resolução tomadaem assembléia realizada pe-Ia entidade dos empregado-res. Apenas há dúvidasquanto a data cm que o des-conto para o instituto teráInício.

DEVOLUÇÃO DA TAXADE HABITAÇÃO

A exemplo do que já foideterminado várias vezespelas instâncias superiores

da Justiça Trabalhista econfirmado por jurlsprudên-cias do Supremo TribunalFederal, a Usina Ester, deCosmópolis, devolverá cercade 3 milhões de cruzeiros aosseus empregados, desconta-dos que foram, Ilegalmente,como taxa de habitaçSo.USINA DA BARRA:TAXA ILEGAL

A Usina da Barra, de Bar-ra Bonita, já se comprome-teu a cobrar apenas de umempregado por residência, odesconto de habitação. Atéagora êBse desconto Ilegal,vinha sendo feito de todosos que trabalhavam na fa-zenda. Havia casos em que,numa família de cinco pes-soas, todas pagavam 33 Tode seus salários, apesar demorarem na mesma casa.Essa vitória parcial, é pro-duto da atuação que o Sin-dicato da Alimentação deBarra Bonita vem desenvol-vendo, com a ajuda da Fe-deração. Esta, através de seupresidente, será representa-

da na assembléia que ali se-rá efetuada, domingo, dia4, quando, entre outras coi-sas, tomarão medidas paraque a taxa de habitação se-ja totalmente abolida.VITÓRIA EM RIO CLARO

Os trabalhadores do Sin-dicato da Alimentação doRio Claro, domingo último,promoveram uma assem-bléia festiva, em comemo-ração da conquista que osempregados da CervejariaCaracu obtiveram ao rece-berem aproximadamente 3milhões de cruzeiros. Talquantia, vinha sendo sone-gada pelos patrões desde há6 meses. Eles somente cede-ram depois que a Federaçãoameaçou cobrar através daJustiça Trabalhista, o queresultaria no pagamento emdobro.

No final, por proposta dopresidente da Federação, foiaprovada a realização deuna assembléia no próximodomingo, para lutar por nô-vo reajuste sarar!"'

o «r Manuel ioam. pre.»l*l>nlf >t<* AttoeUçau tidaLavrai!» . do I.h-i.»i Kul.rv««,-.-'. o enratar 'inn\r*i

' -1" ' lr,l!.I.'... 11 .. i..||.ll I

»uaa . >«i >•.-•¦ .ir_-i „ a, i.«nin» •- ¦•>- a da ««fcriiii.-;i .i.. -adical, Proinegumd«*. •'.-•*• »«5t emiuanto opadre «le Jurvi'3 fa* nir*i*ao* canil--- ¦ ¦ tom o fun*'..»¦!. i|0 ¦ -I. -..l»!ll-> ou i.

ln dividir '»> ii..''..i!-. ¦•¦ ¦> ¦»criando h*' * aatmdav^'»vigário* como o pailr* ukBe. «le Mina» Ucral* 0 «uir"»du Ceara Klo (liande do M,ele. parti«-l|»»ram do eon*gre*-. ao Ind» do» trabalhadore» do canino e aflrm*»*"."..ii..i n luta doi iraballiftdvt'ir» era Ju»i» e menvw onj» o ile Cri»!*». Terminando«oa oraçA*». i|l»i*e o <r.Manoel >¦-..¦* <|UP aqutMeaque a*»lm prrxcdcm nao ue*w»|am outra col«« §ení.omanter o*, camponeter. n*>me*mo eniailo de pobre/a p¦ >j.i.-i .*•;.'." em que »e en*rentram. Sob ,....¦ i.- -•'¦:<.i. palmaü. mal* de uma cen*icna de campone»*'* iipruvov a* !•• ¦'.'•• "¦* do I Con*greduo Nacional de Lavrado*rc*,SITUAÇÃO DOSPOSSEIROS f

IV-Hil* da nlM*riur« 'da e«Irada SAo Paulo *CuiS.iba• nus», o» grllclroí Intcnslfl'¦¦aram nua ac>>o contra terra» do Botado que *e encon*

iraram irnbalhndas por legill*mus iMiíM-lros. Nas locallila-de* dc Rllielríio Fundo. On*ei Parda. Ipiranga e De*calvado, zona* em que o IIilgio cita aguçado, exlsiem•xi**.cln>* cujos pos*e*. i'a*tam mais de B0 anos e. cmalguns casos, até de duzen*tos anos. pois lià posseirosmm "0 anos -Ic id»*'.."* com•kissc vem do tempo dosseus avó*.

O grileiro Valdomiro Barros Ataíde. que demandacontra o Estado, conseguiuum mandato dc despejo con*ira o senhor Neslor Isalas.guarda-mata do Serviço Fioicsial que há pouco tempolinha entrado nas terras cmlitigio e plantado sua roça.Com ôsse mandato, os oli-ciais de justiça vinham faxendo o despejo das demaisfamílias da redondeza. O dr.Dante Llonclli, advogado daAssociação dos Lavradoresdo Litoral, informou que.examinando o processo naSegunda Vara de Santo*,constatou que não havia ne-nhum mandato de despejo anão ser para o sr. NestorIsaias e que tinha conseguidodo Juiz daquela vara, dr.Gastão de Moura, medidadeterminando aos oficiais dcJustiça que executassem sò*mente o.s despejos previstos nomandado. Disse o dr. DanteLionelli que os posseiros con-seguiram, assim, sua mimei-ra vitória gradas a sua uni-dade cm torno de sua associação. Disse ainda, que osposseiros deviam vol*.*" àssuas terras, pois estavaconfirmada a ilegalidade dosdespejos.

ASSOCIAÇÃOFORTALECIDA

Depois dessa informação,os camponos.is usaram d»palavra e reconheceram quenunca tiveram apoio de niirguém e pediam a Deus pwraahençoa-r os diretores da as-sociação, o advogado, os di.rigentes sindicais de Sanus,São Paulo, Santo André. PücBernardo e São Caetano, querepresentavam cerca de quir-ze sindicatos operários quelá foram para levar o apoio•tf©s---n3*)CráTh.« "'a'0TT' eSrnDo-f 'neses.

Como resolução, os pos-sei ros decidiram não ?•ceit.irqualquer ordem de despejosom mandado judicial; nficsair da terra e não assinarqualquer papel sem cônsul*tar a sua associação.

Estiveram presentes tam-bém Jofre Corrêa Neto eJosé Alves Portela, vice-presidente e presidente daFATAESP, Lyndolpho Silva,presidente da ULTAB e osdrs. Enio Sandoval Peixoto

e Cicero Viana represen-tando a Frente dc Liberta-cári Nacional de São Paulo.

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DEFENDE CUBA/•pecto dn me*a. quando falava o profes*tor J-1 mi Maciel Nelo. Da esquerda paraa direita: Rclnaldo Câmara, prcsdcni» dnAIP: vercüdor Miguel Batista: drpti'adoCunha Primo; dr. Antônio do Amaral;

dr. .t>. i Olavio de Kr.-n.i-. prof. Jcr*oii;drputado Josué de Ca«tto: -...--..::....dor ivlópldaa Silveira; dr. José Ouimarãr*8abr:-'.ho e dr. Newton Cardono, presidentedo PSD.

Povo de Recife ao Ladode Cuba Cor. t ao m perialismo lancpue

Itecife, |» «im iL» cer-,i.-i»ondeiiiei -oTeiiiroS.illi Isab». >¦':¦¦• .' ini"'.ianv,.Mi*lotado uo dia IO último.quando *c realizou vibrantemanifestação de solldarieda.de a Cuba e de o polo .'• DO"*içào do guvòriio brasileirona Conferência da OEA. nosentido de defender a auto.determinação daquele pais.Parte da assistência ficou depé. lal o interesse que des-penou o ato, presididii pelovlce.govcrnador PelópldasSilveira.

ORADORES\

Falaram o sr. PelópldasSilveira, o professor Gerson.Maciel Neto < o deputadoJosué de Castro. O vice go-vernador expôs as razoesdaquela concentração, oprof. Maciel Neto mostrou asrazoes econômicas, políticase sociais era revolução cuba-na. exibindo dados compara,tivos da vida cm Cuba an-tes e depois da derrubada deBatista.

O deputado Josué de Castro historiou, inicialmente, adominação inltermpta de Cu-ba e as lutas do povo cuha-no pela libertação espanholae, mais recentemente, contrao imperialismo norte-amcrl.cano. Disse aquele deputadoque a miséria atual do nor-deste brasileiro c aindamaior do que a da antigaCUba. Disse que a renda "per

¦f11*!?" fJe um camponsê eradc 300 dólares, enquanto éde apenas 100 no Nordeste.

PROVOCAÇÃO

Um indivíduo leniou. du*rante o ato. lançar o pânicosóbre a assistência, atirandogas sulfídrico no recinto. Oprovocador foi, no entanto,rapidamente localizado c ex.pulso do Teatro, sendo pos.tèrlormente preso por solda-dos da Policia Militar e reco.lhido ao xadrez da Secreta-

ria de .Segurança. O Ind.(leme. .'nireianio. nfto lm|><*lllll o prossrgiiimcuio do lll«.

MANIFESTO

Fo| aprovada |m»1o* assls-tentes e assinada |mr cen-tenas de pcM-toas uma mo-ção dirigida ao presidentedn República, primeiro ml*nlslro, ministro das Rclaço?sExteriores e delegação br isllelra à reunião de Puniade| Este. O documentoexorla aquelas autoridades aImpedir a aplicação de quais-quer sanções conlra Cuba.sejwm de ontem econômicaou militar. Depois de mostrarque o desenvolvimento econômico c social de Cuha lemcaracterísticas próprias, quesó aquele pais rlbem respei.to. a moção acusa os ECAdc npllcarem contra o go-vêrno de Havana medidasrestritivas, econômicas emilitares, "chegando ao có.mulo de assumir responsabi-lidade pela intervenção ar*mada de abril do ano pas-sado. que constituiu umadas mais abertas e gritantesagressões ã soberania p aodireito de autodeterminaçãode um povo",

NAO INTERVENÇÃO

Depois de afirmar queas nações que hoje se arvo.ram em defensoras da Liber-dade e da Democracia sem-pre pactuaram com os tira-nos. conclui o documento:"Por todas estas razões. 6de inteira improcedóncia omotivo pelo qual se eonvo-caram os países da OEA pa-ra o certame rie Punta deiEste esperando os signata-rios do presente que a posi-ção do governo Drasilelro ede seus delegados à Coníe-rència de Consulta seja amesma pela qual anseia opovo dc nossa pátria — deabsoluto respeito aos princi-pios dc autodeterminação e

Wo d« JuM.ii'.. ttmono dt 2 o 8 4e hwoUo dt \962 —

Natal:conferênciasobre Cuba

Nsisl IHm «raml* do N>r*ie io»* i*oin»»pi»ii4#fii*'»(*»»m a <*M* do ANi mnube attrífíi.ndo gr *r> t *»»..!«iem ia o ikpyiAiio estadi»!isu v.i •-. nU prtJrrUnf|..>r,dia V de janeiro uma r**rvf«*r*iHÍB üulwrdiiiíJ» ao ir*,ma "A londrina de Moiir**8. 4 pouirina de Havana".

i i. ¦ a qual anali>**i •po*. de >'.' > no ...in..in ttmerirano. • ..-•..!.ir;.-ir. aplai''i" peluc t-,r" »o ftnfKrencima dl«w«¦«irrni «Abr»* m realiracoado govfmo m-olutiorutirio .ia|***quena lllia do Caribe, ondee»irHe recniemenle e ow*emanteve r«niBto» com opretldenln fv»rllcA». eom o

. primeiro m'-it*iiro Fidel Cas*Im e com o :;<.-". da In*«lúiiria. Brrmlo Curvara.

CAN0I0TA NAO DEVESER ENTREGUEA LIGHT

PELOTA8. .-.Hi.:.*., iDo¦;.;.:., ¦ ;i!r _ O Vf*reador Edgar Joné Curvrloapresentou ao plen&rio queassistia ti conferência docoronel Jocclyn Brasil, naCasa do Trabalhador, no dia17 utimo. programa conlraa entrega da energia deCandlola á Light.

t o seguinte o texto damoção aprovada:— Tendo em vista que aUsina dc Candlola cita fun-(tonando com excesso de* carga para o fornecimento

de Bagé:II — Que n Câmara dcVercadotes aprovou porunani nidade p.úpiulçito dovereador Pnllion Orlll no

sen; ido dc que nenhum qui.lovate de Candioui seja en.tnguc a Light. para sóbrecia auferi.- uc... .

III — Que os lucro* daLiRht explorando nouaenergia elétrica. f:uto dosacrifício do povo gaúcho,seriam escoados para os Es.tados Unidos, que enrique,cem cada vez mais ã custada espoliação dos povossubdr senvolvido.s como onosso, deixando-os cada vezmais pobres;

IV — Que nào tendo oConselho dc Energia cAguf>« autorizado a eiieam-pavão da Light, manifeste,-se esta Assembléia contraa entrega da energia deCundlotu à Sanguessuga daMarechal Floriano que há50 anos espolia o povo afreia o desenvolvimento in-dustrial de Pelotas.

Kinalmente, o povo gaú.cho, para glória de nossoEstado e do Brasil, desejaver a bandeira brasileiratremulando no mastro da.Light. último reduto dotruste de energia elétricano Rio Giande do Sul.

ALAGOAS REALIZA ATOPÚBLICO^fOR-CüBA

Maceió, Alagoas (Do Cor-respondente) — Realizou-sedia 22 de janeiro no salãonobre da Cànvar» Municipalum grandioso ato público descliriariedade ao povo cuburi,patrocinado pela Associaçãodos Amigos de Cuba, entida-de em cuja presidência dehonra se encontram o vice.-governador Teotônio Vilela eo deputado estadual Ví°niesde Barros. Grande massa po.pular superlotou as depen-déneias da edilidade local,tendo ainda enorme multidãose concentrando em frente à

OPERÁRIOS TÊXTEISDERROTAM O ANTICOMUNISMOEM SANTO ANDRÉ

A derrota do anticomunls-mo se verifica com umaconstância cada vez maissignificativa, em todas asfrentes onde se trava a ba-talha entre o atraso e o pro-gresso. Esta é uma verda-de dos tempos atuais quepode ser constatada tambémem Santo André, cujo exempio mais recente se verifl-cou durante a luta eleitoraltravada no Sindicato dosTêxteis daquela cidade, paraa renovação da diretoria dareferida corporação opera-ria. A chapa apoiada peloprefeito local e dirigida pord. Marcos, tendo como "slo-gan" centra "a derrota doscomunistas", fartamenteapregoada junto acs trabi.lhadores, foi amplamentebatida pela chapa n.° 1(1 556 votos contra 450) en-cabeçada pelo líder da cate-

gorla, Antônio Diniz. O piei-to foi efetuado nos dias 26e 27 últimos, no referidomunicípio e refletiu um es-lado de espirito muiloatual da classe operária, quenào se assusta mais com asmaldições e ameaças dasforças reacionárias e anti-democráticas e elege paraos cargos de sua confiançaos trabalhadores que mere-cem ser eleitos, sem indaga-cão de suas posições ideoló-gicas. Sucede, entretanto,que os sindicalistas maiscombativos e conseqüentessão aqueles que os nfrentespatronais qualificam de co-munistas, indicando ao ope-rariado, embora sem o que-rer, as oessoas que devemser eleitas, justamente porserem combatidas por essesrepresentantes dos patrões.

Câmara, na praça Deodoro.Na ocasião foi veemente-mente condenada a reali-zação da reunião de con.sulta" da OEA em Puntadei Este, que se instala,ria no dia seguinte. So.lidarizando-se com a anun-ciada posição do governobrasileiro na conferência dobalneário uruguai — respei-to à autodeterminação dospovos e defesa do princípiode não-intervenção — usa-ram da palavra os seguintesoradores: vereador Renal vosSiqueira, Ruben Colaço (presidente do Sindicato dos Mo.torlstas), deputado estadualMendes de Barros, vereadorClaudenor Sampaio, unlversl-tário José Rocha 'secretário--geral da seção estudantil deAlagoas da FLNl, universi-tário Dalmo Lins, jornalis-tas Nilson Miranda e JaimeMiranda (do jornal "A Vozdo Povo") e,'" encerrando oato, o professor Cyro Rocha,

. presidente da Associação dosAmigos de Cuba. No final dareunião, a massa popular pre-sente aclamou o texto de umtelegrama enviado ao minis-tro das Relações exterio-res, ao primeiro-ministroe ao presidente da Repúbli-ca, com os seguintes dize.res: "Comunico Vossência quea Associação dos • Amigosde Cuba do Estado de Ala-goas acaba de realizar gran*dioso ato público aprovandomoção de solidariedade à po-sição do governo brasileiroem defesa dos princípios dcautodeterminação dos povose de não.intervenção e con-tra a aplicação de sançõescontra o povo de Cuba" Amensagem telegra fica foi as-sin"-'a pelo professor Cyro

Rocha.

dc nfin Intervenção nos a*-«unios Internos das naçoc*Irmãs".

~A MESA

Lideres *.iii(liial> político*,autoridades, paitlctpanrm damesa que dlilglu os ir.ibalho. Entre outros: dr. New-mu Cardoso, presidente d •PSB; drs. José GuimarãesSobrinho c José Otávio, dlii tores da SSocl * •'" .1'* ."•••i-gos de Cuba; dr. Clóvis Mo*loj dr. Augusto Lucena, rc*presentondo as Lieas Campoilesas: dr. Antônio Carlos.representante do Prefeito Mi-guel Arraes; deputado e-tamal Cunha Primo; vereadorMiguel Balista: David Capls*trano. diretor de "A Hora":jornalista Hlran Pereira. EnIre as diretores sindicais, to*maram assento à mesa: ospresidentes dos Sindicatos deCarris Urbanos, Ambulantes,Construção Civil, Talhado,res, e o secretário do Sindica,todos Portuários. Estiverampresentes o prof. Silvio Ra-belo da Faculdade de Filoso-fia, estudante Fernando Tei-x-ii-a. do Diretório da FpcuI.dade de Direito, e o liistoriador Amaro Quintas.

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CB: POVO DIZ OUE IANQUEÉ INIMIGO PÉBMC0 iY í

Durant/e mais de quatro lioMs^^ivurnarvTlirante con-cenlração inicia(Jâ---às—r/TTÍõras c que prolongou.se alédepois de'21 horas, o povo carioca reafirmou, dia 26 dejaneiro, nas escadarias do Palácio Tiradentes, o seu apoioà Revolução Cubana. Da manifestação, convocada paraaplaudir a posição que o Brasil sustentaria na conferên.cia da OEA cm Punta dcl Este, para protestar contra arealização da própria conferência e para repudiar qualquertentativa de provocar uma intervenção em Cuba, parti,eiparam milhares de populares que, gritando forte a con-signla "Cuba sim, ianques não", aclamaram os conceitosemitidos a respeitu da autodeterminação dos povos e doprincipio de não-lntervenção pelos diversos oradores quese sucederam na tribuna improvisada. O ato foi abertocom uma representação teatral a cargo do Centro Popu.lar dc Cultura, que encenou a peça "Cuba Si", uma sá.tira à reunião dc consulta da OEA. Entre outros oradoresfalaram o coronel Jocclyn Brasil (pelo Movimento Nacio-naüsla Brasileiro), Aldo Arantes (presidente da UNE); olíder sindical e ex-deputado federal Roberto Morena, depu-tados federais Licio Ilauer, Bocaiúva Cunha e Tcnório Ca.valcante c o ex-vereador Mourão Filho. Na foto, um de.talhe da peça apresentada pelo VPr

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Page 7: Punia - Marxists Internet Archive · ** OEA. A propaganda imperialista procura partir dessa resolução para apresentar a Conferência de Punta dei Este como uma grande vitória.

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Povo Uruguaio Falaem Nome da AméricaGigantesca niultldào reu-

nlu-se na terça-feira, 23 de

Íanelro. na Explanada de Ia

Jnlveraldad, em Monte vidéu, na maior manifestaçãode aolldaricdade a Cuba jareallsada no Uruguai.

No decorrer do comidotrouxeram sua mensagem deapoio á revolução cubananio aò representante* do po-vo uruguaio, como tambémmui toa líderes de outros pai-aaa da América Latina, nu-ma séria advertência conti-nental ao imperialismo nor-te-americano.

Quase duas horas antes doInicio do comido começou amultidão a tomar lugar. Osprimeiros a checar foram oacaminhões trazendo earava-nas dos sindicatos — li, me-t-alúrglcos, têxteis, madelrel-ros, portuários, trabalhado-res em transportes. Em se-Kulda, «s delegações do In-terior e de todos os bairrosde Montevidéu, da Juventu-de Comunista, da JuventudeSocialistas, do MRO, da Fe-deraç&o dos Estudantes, dosinstitutos de aposentadoria,dos professores, etc.

O primeiro orador foi Do-.mingo Rey. dn Central dosTrabalhadores do Uruguai.6ucederam.se na tribuna odeputado quinzista Fernan-do Ellchifoity. o deputadodo MRO Ariel Collazo. Rod-ney Arismendl, deputadocomunista, uruguaios.

Os presentes receberam odeputado Francisco Juliàocom verdadeira aclamação:"Brasil! Brasil! Julião, se-guro, a los yanquis dale du.ro!".

Em seguida falou o desta-cado dirigente comunistaargentino, Rodolfo Ohioldi,que encerrou seu discursoafirmando que "em Cuba té-mos razão jurídica, temosrazão politica e temos tam-bém a força. O imperialismonão passará!"

Discursaram ainda o escri-tor antiimpertalista perua-nos Exequiel Ramirez Novoae o senador chileno SalomónÇorbalán representante doFRAP (Frente Revoluciona-ria de Ação Popular).

Terminado o comicio. a j-i.trantesca concentração co-meçou a percorrer a aveni-da 18 de Julho, principal ar-teria da capital uruguaia.Incontável número de faixase cartas ia dizendo do sen-timento da multidão: "lan-quês fora com Cuba não sebrinca", "O povo está comCuba e a liberdade", "Olhaque linda vem, olha que lin-da vai, a revolução cubana,qua chegou e não mais setai '.

Dois dias depois, nova con-eentraçã-. Imensa no mes-

n.o incal, desta vez para re-ccocr i-< jovens uruguaiosque realizaram a pé a Mar-cha Patriótica da Dignidade''«(.tonai, levando a Puntadei Es.ú a ardente solidarlr-dade (th juventude uruguaiae iatlnr-americana * revolu-cão cubana e o repúdio aosplanos oo imperialismo lan-

que de intervenção emt-ioa.

Ni foto. :i-|)i-clo parcitll ducomício do dia 33. cmoclo-nante resposta do povo uru-guaio as tentativas de puni-çáo contra o governo e opovo de Cuba pria instaura-ção na ilha do sisirma so-clalista.

Através do um projeto deUi*.----.-¦. • —«» «•**..»*

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meu» ¦ •¦•<¦ iralai « ocuma autt-mie* Vitoria os|-.:i. .¦¦.... «.¦.-¦¦* ¦••••-- I'-'

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puuiu maciço tU opinião pu*oiica do Cunimcnte a po-litica do Departamento deUtado e o olrantalhamro-to do chamado autema IO»leramerleano.

14 CARNEIROS

Pela primeira ver. rom-i. .i i a ¦.!...!.i.i.K..-«.r mr-cuiilca que caracterl-tava asi ....:.-i.¦ i.. ua OEA. A Or*cimio dc expulsar Cuba lolmiponta por 14 votos —ix.ii.in.ii.ii o mínimo In*(.. ¦•••i..•.:.'.¦! para que pu-dr .*«¦ ter • iiii-itli Lida niii..-vado. Cuua votuu contra,delcudciiou os seus legiti-mos tíiicii. e -...•¦ palstiw .ii» '..-.i.-..:.-. Brasil. Ar*gentina. México, Equador.Chile e Bolívia. rc*-rcrcii-i.iiui.i nada menos dc trêsquartos da população daAmérica Latina. Assim, poruni vn*o a menos teria sidoderrotado o projeto ianque.

A história da aprovaçãodc.ic projeto c um dos epi-uidios mais abjetos da dl-p...muda americana. Mesesantes de reunir-se a Come-réncta. emissários do De-partamento dc Estado via-javom Incessantemente pe-los pai o centro c sul-ame-ricana'.. pressionando de to-dos os modos os seus gover-nos a concordar com assanções contra Cuha. Foilançada, em grande estilo

Santos: Assembléia PopularRepudiou Intervenção em Cuba

A Praça da República,em Santos. — centro tra-diclonal de realização decomidos com repercussãoem todo o pais — viveu umade suas grandes noites a32 de Janeiro, quando lá sereuniram cerca de 1500pessoas para apoiar a poli-tica traçada pelo governobrasileiro para a Confe-réncla de Consulta cii-iChanceleres, em Punta deiEste e manifestar Integralsolidariedade à RevoluçãoCubana.

Convocado por comissãorepresentativa dos setorespatrióticos — movimentossindical, estudantil, popu-lar e nacionalista, PSB e co-munistas — o comicio foitransformado, ao final, emverdadeira assembléia popu-lar, na qual se julgou econdenou o imperialismonorte-americano, e se ab-solveu Cuba, enaltecida econsiderada o farol queilumina o caminho que de-vem seguir os latino-ame-ricanos.

Quando já se encerravaa reunião, sob vivas à revo-luçào de Slerra Macstra. ospresente-;, com o-, braços le-vantados, aprovaram mo-ção, que f o i enviada aochanceler San Thiago Dan-tas, e cujo texto integralé o seguinte:"O povo de Santos, reu-nido em assembléia na Pra-ça da República, apoia osprincípios de autodetermi-nação rios p->vos e de nãointervenção em Cuba, ex-planados pelo Itamarati, eexige.que a delegação doBrasil se mantenha fiel aeles. resistindo á's pressõesde todas as formas".

ORADORES

Usaram da palavra, no"meeting", os senhores Al-berto Amorim Filho, pre-sidente da União das So-ciedades de Melhoramentosdos Bairros, Vilas e Morre;

das Cidades da Balxad*-

Santista; Antônio MarquesCarvalha], do PTB de Cuba-tão. que falou também emnome do vereador HugoSca-navacca: Orlando Sposito.presidente do Sindicato dosOráflcos; Antônio Capelo,diretor do Sindicato dosTrabalhadores nas Indús-trias Químicas e Farmacéu-tlcas de Cubatão: OsvaldoLourenço, secretário do Fo-rum Sindical de Debates;Luis Rodrigues Corvo, peloPSB: José Féllx da Silva,pelos comunistas; LuclanoM. Rodrigues, pela delega-cia do litoral da União Pau-lista dos Estudantes Se-cundárlos; Jofre CorreiaNeto, pela Federação Pau-lista das A-noclações Cam-ponesas: Antônio Rodii-gues, vereador do PTB; e-

Dante Leoneilt, advogadotrabalhista.ENTERRO E PASSEATA

O ultimo dos oradores,propôs tó.-se realizado o en-terro soicne da Organiza-ção dos Estados America-nos, cujo caixão jazia á ex-trema direita do palanque-te. Diante da proibição po-licial Je dosfllar com èlepelas ruas. pois isso seriaum "insulto" aos demaispaises que participam daorganização imperia-lista,-resolveu o povo des-trui-lo e queimá-lo na pró-pria praça.

Em seguida, o povo des-filou pelas principais rua.sda cidade,- dando vivas aCuba e repudlan/io o; in-tervencionlstas.

FALECE ADJOI GHOSH

TEORIA E PRÁTICA(Conclusão da 4.«- pág.)

dade dos comunistas com a vida. do poro e com o flores-cimento da democracia socialista. E chamam ao desenvol-rlmento da direção coletiva, à justa combinação de cen-tralismo e democracia e à justa compreensão do papel dosmilitantes — que "não consiste apenas na aplicação dasdecisões superiores — mas também no exame livre e eon-creto dos problemas e na pesquisa e elaboração coletivasde suas soluções".

Assim, a liquidação dos vestígios do culto à persona-lidade significa, ao mesmo tempo, a elevação do PartidoComunista ao nível real de seus principios, de sua cién-cia social e de sua função histórica —• como vanguardaconsciente e dirigente coletivo da classe operária, educa-dor de homens, servidor do povo e instrumento tempo-•Hlrio — mas necessário « decisivo — dai transformações

da no&ta época

Faleceu a 13 de Janeiroo secretário-geral do Parti-do Comunista da índia, ca-uarada Adjoi Ghosh.

O conhecido líder do pro-letariado revolucionário in-diano nasceu a 20 de feve-reiro de 1909. Ainda Jovemestudante, Ghosh tornou-separticipante ativo do movi-mento de libertação nacio-nal de sua pátria, entãocolônia inglesa. Era o mo-vimento que nessa épocaavassalava toda a índia,arregimentando grandesmassas populares, sobretu-do a parcela mais consclen-te dos trabalhadores. Aosvinte anos foi condenadopelos tribunais e preso porsua participação nas lutascontra o regime eoloniai.Em começos da década de31), Ghcih trabalha no mo-vimento sindical de suacidade natal, Kanpura. Des-de então entra em conta-to com as obras clássicasdo marxismo, filiando-se aoPartido Comunista Indiano.Em 1933 é eleito para o Co-mlté Central do Partido eem 193*5 membro do BiróPolitico. Era um período deluta renhida do povo Índia-no contra a opressão es-trangelra, pela libertaçãoda pátria do domínio doimperialismo inglês.

A contribuição de AdjolGhosh para a difusão do.marxtemo-leninlsmo na In-dia foi enorme. Pertencem-lhe igualmente grandes mé-ritos no fortalecimento doPartido Comunista da In-dia, que se tornou um dosmais combativos partld03revolucionários marxistas daÁsia. Sua influência entreas massas populares chegoua tais proporçôea que con-qulstou, em eleições sob oregime burguès-latifundiá-

rio. a direção de um dosmaio Importantes Estadosindianos, Kerala. (Os co-munistas foram espoliadosposteriormente da chefiadesua província pela politi-ca interna reacionária dogoverno centralI.

Em 1947. ao ser procla-mada a Independência na-cional da Índia, o PartidoComunista surge como umadas grandes forças politi-cas do pais. Mas os comu-nistas indianos não cessa-ram \ luta para que a In-dependência nacional fôs-se completa: à independèn-cia política se seguisse aindependência e c o n ô m i-ca. Na realidade, ainda ho-je, os interesses estrangei-ros na índia são enormes eexercem influência nocivaem toda a vida e no desen-volvimento do pais.

Em 1951 Ghosh foi eleito«secretário-geral do PC daíndia, cargo que conservouaté «seu desaparecimento.Em fins do ano passado,chefiara tle a delegação decomunistas indianos aoXXII Congresso do PartidoComunista da União Sovié-tica. em Moscou.

Adjol Ghosh ocupou-se detrabalhos teóricos do mar-xismo-leninlsmo aplicado àrealidade indiana, deixandoentre outras obras as se-guintes: O Partido Cc-mu-nista da índia na luta pelaliberdade e a democracia eTeoria e Prática do Parti-do Comunista da Índia.

O eminente líder comu-nista indiano enfermara hávários anos. devido sobre-tudo aos sofrimento que lheforam infligidos nas prmões,ficando tuberculoso e acloe-cendo eravemente do cora-Çãe

p-ootoc-onal, a -AUiivta pá*ra o «¦- «,-«• * :* '. aaqual prot-uratt o «ovemo• '-.¦.-¦ «¦ «.utonvar ai t.av-**Sue

¦«¦ haviam rompr«><mtti*t rom a defru rio p-inci«

pio da autodeterminaçãoDuram* ¦ • dias tm qtt* »*¦'¦*¦' .'?..¦•>:- a t. i íf-*.,ria, o* mau repuitivoi mt*lodui de rtrantatein. *uuor-no t .-..-..- foram po.it.»rm pr<>tit-a por Dean Ru-ke *eui • .- *..,:••• Doa «-< •vrrnoa pelo ¦.«*»*¦¦« foramrt-mprados da forma mauntilca- o oo Haiti « o doUniauai. O repreteiiiant*du Haiti, como noticiaramamplamrnie a» própriasagi-ncia-i ulrgranca*. colo-cou*»* d< inicio ao lado doaatiulnurvtnctonuui. iiaen-do abcrtamtiiu qua auimacia p-jroiM oa IUA nào u-uvam dando tUnhtlro au-flcienta ao mu ¦ovem*). Dametade para o fim da reu-mio mudou da atitude apaa«ou a figurar no rtba-..... informe doa "yta-mtn'.

t-iuanto ao Uruguai, qut deinicio vi-cllava. só se decl-'¦•¦• a repetir o voto de Ruikdepois — como foi lambemnmptamrnte noticiado —que o-. EUA resolveram con*ceder-lhe o obulo de algunsmuT.i¦-•> dr dolare*. Inrlu*i-ve p.*-ra a ronstrurâo deuma r .« Militar.

Alem ni- » prevaleceuen; ruma dtl u,\t umauipluinacia tipicamente oel/unytttrt. As reuniões — aocontrario do que ealabelt-dam as normas adotadas— realltavara-st secreta-mente, aem que aa soubes-te onde nem quando: umaveroadetra conspiração kmoda de Al Capout. Oa de-legados cubanos, que de-tendiam em Punta di-1 L*tea honra e consciência de-moenvtlea dos povos ame-ricanos. protestaram contrarssa vergonhosa llegalida-dc. cxiulndo que o regimen-to fós-e cumprido e as reu-nlues se realizassem a vis-ta de todos. Mas isso nàoera possível: Dean Rusk tseus asseclas tramaram umcrime, contra os povot doContinente e contra a pro-pria Carta da OEA. e pre-cisavam, portanto, proteger--se nas sombras da clandes-Unidade.

NAO EXISTI UI

A expulsão de Cuba dochamado sistema lnterame-ricano é uma decisão arbi-traria e ilegal, como nor-malmente acontece com aadecisões impostas pelo im-perialismo. Os discursos pro-nunclados pelo presidenteDortlcós, pelo ministro SanTis-fo Dantas e outros ehan-céleres que se batiam pelorespeito i autodetermina-ção. desmascararam porromnleto a brutal llegalida-de do ato a que se subme-teram os 14 carneiros. Nãoexiste nenhum fundamentoluridico nara a medida in-tervencinnista. A próoriaCarta d» OEA. oue teria,no oso. de ser aniles da; não •nrevé. mesmo ln*1ir*tan*en-te. e«*f*a possibilidade. Foi.portanto, um ato de bandi-dos praticado contra a leielaborada pelos própriosbandidos.

Mas, além disso, é tam-bém uma grosseira violaçãoda Carta das Nações Uni-das. Como excluir Cuba deuma organização interna-cional pelo fato de ser umlismo, se o* palsc*. snc'n-lismo se os paises socla-listas sio membros daONÜ, se os Estados sócia-térn relações entre si, se ofundamento da pas mun-dial reside precisamente emque existam e melhorem diaa dia essas relações? Os im-periallstas ianques arrtarammais uma vez a máscara:são adversários da coexis-téncia pacifica, carrascosda Carta da ONU, inimigosda paz mundial.

O episódio serve, por isso,para mostrar a todo o mun-do a desfaçatez com que ageo govêmo dos Estados Uni-dos nas relações internadonais: não existe nenhumalei, desde que os rapacesmonopólios sintam que osseus miseráveis interessessão feridos pelos povos.

OS POVOS AOLADO Dl CUIA

Antes, durante e depdsda Conferência, os povos etodas aa pessoas progres-sistas da América deixarame deixam bem clara a suaposição de repúdio ao cri-me imperialista e de apoiodecidido a Cuba. No pró-prio Uruguai, onde se rea-lizava a reunião, foram em-polgantes as manifestaçõesde solidariedade ao povocubano. O chanceler da Bo-

lina ditu em Ponta dtli -¦* que o ífv-rivo dt -• -!«• nio i* <•<¦•-• » »• ¦•• ¦ ••

por uma hora *« .--.-i no po*der •• p»i*.i--« a a.-.-.*-»..*¦-¦-•» eonin Cuba, t • w.'•> Tiago exibiu em Meo.revidtu o$ re.ui' *-. - dr umaptiquUa frita no üraolnvoairando que a maioria dor...---> povo é Mntraria aqualquer medida du-erimi-iiatorta «mira Cuoa, NaVent/utla. oa atos dt apoio• Cuba rtvaturam um ra-•••**.' o» Mctpct**mal rom-bauvidadt. ameaçando aaot>rtvtr«ncla do |Ovlmo li*Itrt de Btlancourt I awimtm •.*-*•¦** oa dtmtu psiiu,

A rtunlio dc Punia deiEttt deixa. Mbreiudo. umgrande saldo: a evidênciade que r-c decompõe, de ma-nelra Inefrcável. a políticaroíonlallsta dos Evtadot Uni-'!<••• o hlpfrrita ultiema In-leramerleano

A* m.r.r. aprovada*, ron*tra Cuba nio vio abalar a

•....«•• da revolução dirigi-oa por Fidel Castro. Ma*rio, por outro lado. aprex-«ai o pre-rro-o de libertaçãode outros povo* da América.

¦^a^B^~J-*si^H(pi J • M

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A VOZ DA VERDADEPri* prmrira. re* n» hf«l<irta ri.-»» reun'«>» l-ileramr-

rlranas Ioi ...... n- ui t a «>«/ ¦ < t .« .««ir ,'n e. nu fa-de«. a «or da vei..a«.r-a Ã-n-íf- r» |ie.*e»;e ila.:,r«-«iiii-i-iiin .-mi.. * axrr*«in Impsrlnl' a r e '"«. -:v anua mtlile;e» ianque, tu UE... lin ni-.i rr » -Vr..-.,'B ilv I-»nra. do imur a pai r « nn • i... tu iu.iiio da Amrroa

REMESSA DE LUCROS VOLTA A ORDEM-DO-DIA

Opinião da Indústria: E PrecisoControlar o Capital Estrangeiro

Com inicio da sessão ex-tmordlnárla do Congrc—so. volta a ordem do diao projeto .sobre reine.«-.-a.<. delucros para o exterior. Des-de que a Câmara aprovou aproposição, em dezembroultimo, uma ofensiva entre-guista foi desencadeada nopais. procurando dar ao po-«o a impressão de que oprojeto era o fim para oBrasil, pois sem o capitalestrangeiro <e rom o pro-jeto. afirmavam, o capitalestrangeiro não mais viriapara o Brasil...) nio pro-grediriamos. «Lei suicida*,-crime de traição à Pátriaforam alguns dos epitetoscom que conhecidos esper-talhões e advogados do ca-pitai estrangeiro, como ossrs. Eugênio Gudin a Oly-con de Paiva, batizaram oprojeto aprovado pela Cà-mara.

Hoje. apesar de pronun-etamentos contrários ejuesurgem aqui e ali nas págl-ias da chamada grande im-prensa, também já se fa--rm ouvir vozes de setoresponderáveis da opinião pú-blica em defesa dos princl-pios contidos no projeto.OPINIÃO DOMINANTENA INDÚSTRIA

Na conferência pronun-ciada no Conselho Nacionalde Economia, o presidenteda Junta Administrativa daConfederação Nacional daIndústria, sr. Fernan-do Gasparlan. tratou, entreoutros, do problema do ca-pitai estrangeiro. Nessaoportunidade, o jovem líderindustrial paulista manlfes-tou, Inicialmente, -stn on!.nião acerca da participaçãodo capital estrangeiro, queconsiderou como sendo de¦.extrema utilidade-. pn'scomplementa a poupançaInterna. Em seguida, o sr.Oasparlan desenvolveu, nu-ma série de pontos, sua opi-nião sóbre o assunto, nostermos que reproduzimosabaixo:

"A esse respeito, não obs-tanto, deve licar tM.-t •-•*-«-que o esforço fundamentalcabe. neccsüártamente. aoInvestidor brasileiro. De fa-to. segundo certos cálculos,entre 1950 o 1959 a entradaliquida de capitais estran-geiros representou em mé-dia apenas 2.1"» dos Invctimentos totais realtradr.*.no Pais. havendo essa con-tribuiçao arlngirio um máxl-mo em 1968, com 4,8-'- dototal.

Segundo ponto: Psra quee capital estrangeiro repre-sente uma contribuição efl-cas ao dinamismo do PaisÍa7.«e Indispensável acioiarmedidas que o orientem pa-ra os setores de maior relê-váncla do desenvolvimento.

E' opinião dominante naindústria que o poder públi-co, entre outras provldcn-cias deverá colorar obstá-culos á entrada de Investi-mentos estrangeiros naque-les setores ja suflelentemen-te cobertos pela produçãoalterna.

O capital estrangeiro queIngressa no pais para des-truir empresa já existentefalha no seu objetivo fun-(lamentai que e o de eomple.mentar a poupança do Pais.

A defesa do capital na-cional aqui proposta supõeevidentemente quc a pro.dução Interna esteja sendoempreendida em condiçõessatisfatórias de qualidade cpreços.

Terreiro ponto: Para queseja possível adotar-se umapolitica racional sóbre amatéria cumpre estabelecerrigoroso registro de capitaisestrangeiros.

Como quarto • últimoponto desejo propor tesediametralmente oposta adaqueles que julgam inciis-pensável conceder toda sor-te de vantagens aos capita-listas estrangeiros comoúnico melo de atrai-los pa-ra o nosso Pais.

2' PALESTRA DO CURSODE REFORMA AGRÁRIA

Na sede do Sindicato dosAerovlários (Presidente Wilson, 210, 5i andar) realizou....se terça-feira a segunte pa.lestra do Curso de ReformaAgrária, promovido pe'aCampanha Naclnal de Reforma Agrária.- O professor Or-lando Valverde tratou dostipos de propriectade agrico.Ia existentes no Brasil e suainfluência, desde os temposda Colônia, no desenvolvi,mento econômico e social rinPais.

A grande fazenda mono.rultot-a exportadora lia-.e;iilano escravo — a plantai,.»*!— só permitiu a seu lacio apequena lavoura de subsis.téncia.

Através de um mapa doBrasil, o conferenclsta mos-trou as reduzidas manchas,ainda hoje, da agriculturade tipo capitalista: uma es.trelta faixa ocupada pelasusinas açucarelras no Nor.deste e no Recôncavo, cmCampos, as fazendas de cafeno sul, as f;-.zendas de cacauna Bahia, algumas áreas deposseiros e pouco msis. No«•xtremo norte, a nrci ciaeconomia coletora. O restoc'o Pais, quase todo o seuimenso território, é domina-do pelo oceano do latifÚA.

dio pré.capitalista.O prof. Valverde mostrou

a seguir as nocivas conse.qüènclas de semelhante c*.trutura arcaica e a situação •>agravada por inúmeros fenô.menos dela mesma decorremtes, tais como a grihagemdesenfreada, a especulaçãocom as terras, o minifúndioda miséria, isto num pais demais de 8 e meio milhões dequilômetros quadrados,

O resultado acrescentou, êa futí.i do campo paia a*, ci.dados, n alegada falia deniân.de.obrn, o lentíssimoprogresso da mecanizaçãodos labores agropecuários,produtividade b a i x 1 s s I.ma, pauperismo das massasrurais.

A situação é alarmante,disse o professor Valverde.F, a única saida para ela é areforma agrária, a extinçãodo latifúndio pré.capltallstn.

O conferenclsta Ilustrousua exposição com dados va.Ilosos sobre o tema.

A próxima palestra doCurso de Reforma Agráriaserá feita pelo jornalista RuiFaeó. que abqr-dsní o temi

Lulas de (-'asses no ram.po . I.;....l: Presidente Wil.•-"ii. :'li'. õ andar; ilura: IShoras.

Km « . ' í.«. m ( in d* que«.* cmprô-Nia nacionais o«-vem concorrer com firmasestrangeiros mais antigas eexperimentadas esta aocontrário indicando queaquelas c não essán, d-vemmerecer amparo especial donosso governo sob o meamofundamento prlo qual asindustria*, nascentes, alemã- americana no século pas-ns('o rcrebrram apoio daare-pectlvos Estados.

Na sentido de estimular ainiciativa pinada nacional,passo Importante consistaem orientar, tal como ocor-re na Itália, os recursos dacrédito de prazo médio elongo para os empreende-dores locais.

Do mesmo modo, cumprep,(¦.*¦...:.* fj.*-*ni-i nfiito a n.vcstlmentos, visto que oaprimeiros, com maior faclll-dade sp Integram nas em-presa*; nacionais sem tolher--lhes a economia."PALAVRAS DEV,w(UuKOvVV-HLbOi-. , -

üiu sttiUlda, o sr. 'Gaspa-

rian reçurtiuii aos presentespuiavras proicnoas pur umcx-prcsiücntu cios c-siadosUnidos, Woodrow Wilson,D.ss," ii sr. i.',.i ndo tjíi.s.parian:

Ao defender esta linha daconduta coiurariando pontocie vista dos que advogambenefícios oe exceção emfavor do capital estrangei-ro. não estou pedindo solu-enes Inovadoras. Em verda-de. o presidente WoodrowWilson cm 1913. dizia:"Vendes ouvido falar emconcessões feitas pela Amé-rica Latina ao capital es-trangeiro mas nào em con-cessões feitas pelos EstadosLnidcs ao capital de outrospaises. I' (|iie nós nào da.mos conce.s.sões. Convida-mos, sim, o capital estran-gciro a-vir aqui colocar-se.Fazemos um convite masnão concedemos privilégios.Os Estados que sáo obriga-dos a fazer concessões cor-rem grave risco de ver in-fiuenciar domlnadoramentanos seus negócios os inte-rêsses estrangeiros. Uma talsituação pode chegar a serlntftlarA.ve.is .

O.s princípios acima ali-nhadoá devem consubstan-ciar. senhores, uma políticaa ser prontamente refleti-da cm texto legal que teráo merecimento de resolvera angústia em que se en-contram o.s capitais estran-geiros que colaboram, va-liosamente. com o nosso de-.-.envolvimento, ressalvando-se, concomltnntemente, osmais lídimos Interesses na-cionais.NECESSIDADE DEVIGILÂNCIA

O projeto sóbre remessadc Urros deverá ser subtnc-tido ao e:<'iiiiç de uma co-missão mista de senadores edeputados, quando serãodiscutidos os dispositivosque suscitaram maior celeu-ma entre os advogados docapital estrangeiro. Certa-mente, recrudescerá agoraa ofensiva entreguista rei-vlndleando o máximo — arejeição total do projeto —para obter nelo menos umprojeti critracb. algo Inó-cuo. Por Isso mesmo, srran-»cepsária a m^bUizae.ão dasforças nacionalistns. eme 'áalcnnearnm exoressiva vi-loria n:i C:' i" 'rn a fim deqnc o s-¦)¦¦''¦¦ na" frustree^-i a ••'..i-in patrióticadus brasileiros.

Page 8: Punia - Marxists Internet Archive · ** OEA. A propaganda imperialista procura partir dessa resolução para apresentar a Conferência de Punta dei Este como uma grande vitória.

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Brizola Desapropria

EM mr..-..., 4» iatwire, |o,

vr lunar no interior doRio Grande do Sul. umaatão medita de ma»»*».a!i.|*i.':*i Min terra pela|..-.< da terra naquela ro.hiãi) do pau i»*mi itoa maio.ir» ¦...¦,...,-..- (tn Esta.«o — a Parruda Sttratidi.de Sa mil Inviare». - pru>pnrtladr de uma ri»ptr>aft.rangeira, (oi invadida1.-..1 uma avalanche dr ira.Íj... ..: :. ..«I.ÍUlrt» «eiUterra. Ocuparam.na inicial,mente un» 6(W homrn» ar*a • >.'¦ de !•." ¦ inacttadu»,enxada» r outro» uvatru.a iu :•*. dr irabalhu, Forma,iam um acampaintnto e.rm pouco» «taa», o rontin.i• ¦¦¦¦ aumentava para mil,dou m I. ••**•» mil. cinco mil,

O problema agrário noRiu üratidr oo Sul otc

rerc usptctii» dr rxtrrmagraviuadr A tào falada m.tuacàu dr rtaipobi reinaria toii- . pupulacú?» gaúcha» no»ultimo» anos - a |>onto dc*cr comparado o Rio Orou.dp do Sul ao Nordeste —iciai sua origem nu dominiodo latifúndio ncmpccuariuitemifruditl. qur* nvawilaquaiM* tudo o fMc* o. Dooutro lado. como um dc*eu> frutos p?«w, o min:,fundiu, a mlntifciiln "pm-pricdiJtír" qut nao da a ra.tcfiorui de p:oprletárlo aquem a cultiva. TcrM.se aiunicamente a lavoura detubsUténcla. qur nau pm.dur para o mercado r malprodu/. para o consumo fa»-mlllrr

NA grandr fr./raada que

nao .-ia d** rrfv.o.perman?rcm a< t-rr.*» 'li.cultas uu se pratica umaeconomia cxttaUva prida.toria.

.Era o que acontecia naFazenda Sarandt. A rmpre-sa que explorava és5c enor-me latifúndio de 25 mil hec.tares llmltava-se a aprovei,tar-lhe a riqueza forestal:realizava uma autêntica de

—wtscão—das—resêTvas aemadeiras de lei para fins deexportação. A empresa pro-prletária da Fazenda Sa-randl tem sua sede em Mon-tevldéu, Uruguai, sob a dc-nomlnação dc ••EstânciaJúlio Matllios S.S."

Camponesessemterraocupamterra

A Fazenda Sarandi loca-liza-se no municipio do

mesmo nome, nos limitesde um dos mais novos mu-nlcipios gaúchos: ,Nonoai.Foram os problemas surgi-dos neste último que exer-ceram pressão sobre as au-toridades locais e levaram-nas a admitir como soluçãoaos camponeses sem terra aocupação das terras de Sa-randl.

O próprio prefeito de No-noai. ante os constan-

tes reclamos de mais de

|»o trabalhador** tir».a,lat OO »«U MUHI-ipiti mm on»de nao ha «rande» laufun*a. i — artiiou partiripar deUUla ...:.'»¦...»,•;><¦ CtMT»*.pundu prrrtaamrnto a *eu»•*.r,r .» ocupar pa ¦.«-'¦ •*¦• nai..... v sarandi,

O' -*r«| rtatwltatoajtr»rereor-am ininalmen.

tr mm rntu»ta»iuo a »ur»e».tâu qur * originara entreêir» mr.mo*. Partiram to»do», juntamente rom o pre*frito Calixto,

ArJuianrta rra longa a

marcha a pr* e o» boa.rei circularam durantr amaielta. Que vinham ao muencontro a» tropa» cio a \...cito. qut* Iodai» acrtam ma»...!..:¦ qu< a ocupação

da» trrre* nào < ria rtvo-uttrrida romu Irsal.. Meta.dr dot homrii» oeavertaram.Picaram SOO no fim da jor.nada. Foram o» que chega,ram a fazenda, decidido» anan arredar pe dali ate vc-rnn ¦*-.;• direito» à triraoficialmente reconhecidos.

Re*3eicuscõ''*

nacional

A ocupação dus •>::..- dnFazenda Sarandi, como

era dc esperar, teve rrper.eu..«no i.... oaial. Nran rrapara menos. Nüo *c tratavadr t?rrn* devolutas. t-rrasdu 1. iti. ou mesmo cm litt-Rio. prio menu.*, no seu con.Junto. Tratava-se dc uanaproprlcdr.de pariiculat. umagrande propriedade, um au.têntico latifúndio. Depoisdo Engenho Gullleia — mnsrm circunstâncias dlfcrcn-tes. pois desta vez a ocupa-çáo vinha de fora — era oprimeiro caso de invasão deuma grande propriedadeparticular.. .

A Imprensa que defendeos interesses do latlfún-

dio bradou aos quatro ven-tos contra a ocupação daFazenda Sarandi. A opiniãopública, que vem nos últl-mos tempos exigindo a re-forma agrária, regozljou-secom o fato.

NO entanto, a mais entu-

siasta repercussão ocor-reu no meio rural do RioGrande do Sul mesmo. Ape-nas os 600 ocupantes da fa-zenda começaraan a armar.suas barracas no mato —barracas de madeira, dc lo-na. de taquara c até mes-mo de algodão _ começa-ram a chegar mas e maistrabalhadores agrícolas. Vi-nham de Sarandi. de Nono-ai. de Passo Fundo, que sãoos municípios limítrofes. Saunúmero se eleva a cerca de5.000, atualmente.

Agrava-seo problema

EVIDENTEMENTE, Os 25-mil hectares da Fazen-

da Sarandi não comportamsenão uma quinta parte,aproximadamente, dos ho-

•'*•••> «em terra <*•->* ia «*vtiiirrntia-am no lautunflio

•-.¦*.* laio daiuiot** arada rltefc* de lanulia uma.^uu.i.a «uu. de & Heem*re»,

Quo faxe nm então romo» outiu» *««•' ocupante»,que tarattVm nio tem terrae que :-> «e motnliraratn, nuptritual o fuirainrntr, priai ¦ ¦•<¦ da terra?

TUDO iiultca qur lrrrtno>

no Rio Grande do Sul oqur rm íUíea atõmira trchama de reação rm radria.A ocupação da Fazenda 8a.randl Irrara rrrtamrntc aocupação de outro» lalifun*dio». a mobilização de uu.Ira» iniicnai r milharr» dchabitantes do campo nemterra paia a ronquuta daterra.

Desapropriaçãoda fazenda

M ¦'•••¦» vrz coiuumnda a** ocupação do laufund.ode Sarandi. com o inteironpgiu da ii.!...... publica doItiu Grande do Sul r du ii!...sil. o governador Leonel Bri..•"i.i tomou a única medidarnmpativel com a situação:desapropriou a fazenda.

Adc-aproprlnçâo foi fei.

ia dr aròrdo com aCon.Mitulcâo Federal r aConstituição do Eatado. sen*du depositado*, rm br.nro.para tal fim, 63 milhões drcruzeito".

Aluía dos sem terra. po.

rém, está adquirindotamanhas ptoporçócs queas medidas para realizaçãodr uma reforma agrária ra.dical — ocm a destruição dopróprio regime latifundiário— vai lmpor.se de qualquerforma. Os interesses vitaisdo povo é que fazem suasleis fundamentais e não po.dem ficar a mercê daque-Ias quando elas ficam imo.bllizadas. estagnadas emface do avanço do processoeconômico e social do pais.

Organizam-seos posseiros

A desapropriação da Fa-

zenda Sarandi pelo Go-vernador Brizola foi tece-bida com a maior satisfa-çáo, com demonstração frs.Uvas por parte da massados posseiros.

AO seu acampamento che-

garam sucessivamentecaravanas de visitantes dediversos lugares do Estado,inclusive de Porto Alegre.Visitou-os também o gover-nador do Estado, em com-panhia de secretários dogoverno e parlamentares.Entre estes sr encontrava odeputado federal Rui Ra-mos.

AO chegarem as persona-

lidades à fazenda, osposseiros já ae encontravamorganizados na sua Associa-

«ráa do» Uvradore» »em Ter-ra, cuja ;.>..- ;r...., de hwn.ta lat nada au prefeito JatrCaiuiu, dr Nuttoai, e a »euroleta de Sarandi, IvoSprrndel Fo» eleito pre»t.drnie eletivo o «r AfotuoNunr» de ai* •

Manifestaçõesde apoio

DIVCRSAS nreaniraçòe*

e pertonalidade» mam.frilaram »eu apoio irrratrt.to ao ato do governadorII:. .» <tr- .,: i ....:..: . gt..'.aci.. Sarandi. FPramlançado» vario» maiiife»to»de i -lu-.lal.*.. - -..:...¦!¦:•..

Iidrrr* |. ..rio», a»srx*ia.çóes de ...-::•!.*•.:¦ «olida.:..-.i:.i;¦-. . eom o govemaii*te ¦•.-''. •:•¦ por teu ato.

Fala ooovernedor

COMPARECENDO pc**o.almrnte no Arninpu.

mrnto da (*.. ¦¦ .: ondrforam armadas a.s barracasdos novos riono.s da fazrn.da Sarnudl .o KnvrrnadcirLconrl Brizola díssr lnici.ii-mrntr qur élrs contavamroaaa todo o sru apoio e nm.dn dn toiatfo nara o curti-vc dr «*iií> unas, "O gov.-r-no i'--.i u-ll.i devia nRlr ¦ulfíi-. - I .uiuitleuri um dr-cretn desap.uprnndo ns tc«-•aa da Fazrnr..i Satandi naoanenas pnr sei dr uma tm.picta estrangeira'.

Acrescentou que ananda.ria distribuir ut> trrias se-gundo critério dr comissãotécnica, levando :m conta onúmero dc flwot de cadafamilia. "A partir de hoje— afirmou o gct-mador -tstá desaptonrUda a fazen-da e dai não saíra mais nemim pau de teima". E con.

e-ulu "tMr Mpetaeulo tqíu »tn*Utiu% l'0|v aquimarca uma imv» rpura, úHia»)l >n *era tuaiioe quan.oo todnt iiutkti.il mn.ii*uuir i - . a pátria -um"

Fala odeputadoRui Ramo:

FM 'i • * ftonuneladfl

perante o' multidão do»i ¦ • ¦ • nO \..;!.,*.»-:......c» Cateavel, d.**, e.lhe. enlrei-utra» colma, o deputaifíiii i:..-.

• L)< '.i. quiindi) o» fnirn.al.iini*. qulwrrm ni

Câmara Frdrral defendertuas propriedadrs. mnnlfes.trl-mc contra, e llir* du»r:O que os Dcnhores têm n fa.zer e se anteciparem, comonoMOi» antepassados o flze-ram. |H>r •...¦..¦-. da nboll-rào da r.^rrnvnturn. Na re-forma nginrla unrlonnl,ctiin*. í". ¦ milltnm em ¦ ¦ ufavor: o trmix» e n qunnti.dadr. l.*to our nqul vemos éum sinnl ''rn irmnis r rr.ptesenta um novo tempo noBrasil";

ACRESCENTOU o parla-

mentar gnúrho: "O la-tiftmdlo qur qurrrinos dtvl-dir. êssr latlftindlo. no cor.rrr dn História, só fêz duascolina: fêz miséria paramuitos c riqueza para unsPOUCOS». Nn Rio Grande doSul existe laolr um novo ti.po dr r.scrr.vniuaa -- a cs.cravldâo da terra. E cxlstrtambém um lanpcrlo — oimpério do boi, que reprr-senta o império de poucosrm prejuízo de muitos. Pre-cisamos de terras que pro-duzam trigo, soja, milho,feijão... Neste movimentoque meus conterrâneos em-preendem tomando posiçãopela reforma agrária, veioiam rxemplo para todo oPais".

^HEaf^L^Hs^^l^^^^^^^^w^l m^m '^*^ ^mwmrSi hm^mm \m\

mm^mTmM^r^m^mm^w^mm^m ^mmwmmr ^%^i smi ^S)^Sspm^^g^mm\mWm ^BaH |B*^^u^aBsV*V^-aH mm^Sé9s}Z^êm^m^^^^4mm^^i^Lm^

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EM MARCHAAi Já é o rhamado Cnpfto da Cascavel, on-dr fira o acampamento improvisado pelosocupantes da Fnzrndn Sarandi. Vemos nafoto acima um nspecto aéreo da chegada

dr um das rontingrntcs dr Invrndores semterra que ocuparam o g-ande latifúndiogaúcho.

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ABARRACADOSOs ocupantes das terras ria ranjando sua vida como po- Sob a mata de Bambus ar- \ i^aHas. de lona. madeira. maneira absoliitamenlr ro-

Fazenda Sarandi estão ar- dem depois da longa mariha. maram suas barracas impro. bambu e algodãozinho. De deira organizaram sua vida.

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""' ¦ " ¦¦ ........ ¦•/'.-¦•.¦'••

5 000

Que fazer agora? Os trabalhadora, rurais sem terra quoocuparam, de inicio, a Fazenda Sarandi eram inicial-

NO ACAMPAMENTOmente uns 600. Depois da ocupação, seu contingente crês-ceu e hoje atinge cerca dr õ 000 homens. Todos queremterra e ai fazenda nào é suficiente' para abrigar a todos.

Aqui vemos uma parle da massa de posseiros no Aram.pamèiTto da Cascavel, na Fazenda Sarandi, municipio domesmo nome. Os oosseiro». exibem as arnias nue utiliza-

ram para sua marcha: seus instrumentos de trabalho.Assim rereberam o governador Brizola e o deputado fe-deral Rui Ramos

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