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O plástico sobtrês perspectivas

Sempre que conversamos sobre o mercado internacional há pelo menos uma pa-lavra que permeia as rodas de bate-papo: China. Seja em relação à entrada de produtos transformados, seja devido ao forte investimento das fabricantes de máquinas para plásticos ou mesmo referente a assuntos mais polêmicos, como

mão de obra e qualidade, o país asiático é alvo de muitos comentários. Mas afinal, qual são os reais números de produção e consumo chineses? Como está a relação do país com o Brasil? Para elucidar estas e outras questões apresentamos uma entrevista exclusiva com o coordenador da Chinaplas, Stanley Chu (Plastvip, pág. 06). O chinês abre os resultados de seu país no que diz respeito à indústria do plástico e revela detalhes da feira que este ano acontece de 20 a 23 de maio, em Guangzhou. Através da entrevista tivemos o objetivo de mostrar detalhes sobre um dos principais concorrentes dos em-presários brasileiros e apresentar informações que facilitem oportunidades de negócios com os asiáticos.

Outra pauta interessante é a que desenvolvemos na página 12, sobre os inves-timentos das multinacionais no Brasil. Empresas estrangeiras injetam cada vez mais verba em solo verde e amarelo, e fomos atrás dos motivos que as levam a apostar no país. Para tanto, buscamos consultores financeiros e empresários do setor petroquímico e revelamos o que leva grandes corporações a acreditarem que o Brasil é um bom país para investimentos. Aumento de renda da população e baixos índices de desemprego são fatores preponderantes para que Companhias do setor plástico acreditem na gente.

Tão relevantes quanto os assuntos abordados acima é o mapeamento que reali-zamos sobre o polo plástico catarinense. Apesar de um 2012 difícil, os resultados não foram tão amargos e através de números e opiniões conseguimos um retrato do setor em Santa Catarina.

Muitos são os assuntos e esperamos que o leitor faça bom uso do conteúdo que preparamos nesta edição. Boa Leitura!

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Conceitual - Publicações Segmentadaswww.plasticosul.com.brAv. Ijuí, 280CEP 90.460-200 - Bairro PetrópolisPorto Alegre - RSFone/Fax: 51 3062.4569Fone: 51 [email protected]ção:Sílvia Viale SilvaEdição:Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844Redação: Brigida Sofia e Gilmar BitencourtConsultor de Redação: Júlio SorticaDepartamento de Marketing:Izabel VissotoDepartamento Financeiro:Rosana MandrácioDepartamento Comercial:Débora Moreira e Magda FernandesDesign Gráfico& Criação Publicitária:José Francisco Alves (51 9941.5777)Capa: foto divulgaçãoPlástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral.Opiniões expressas em artigos assina-dos não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte.Tiragem: 8.000 exemplares.

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O real tamanho da China

Em entrevista exclusiva à Plástico Sul, Stanley Chu, presidente da Adsale Exhibition Services, organizadora da Chinaplas, revela números do setor plástico chinês, fala sobre o potencial do país asiático e opina: “Com 23% da produção de plástico no mundo, a China é atualmente

o principal parceiro do Brasil na área"

PLAST VIP Stanley Chu

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Que a China apresenta altos índices de produção e é um calcanhar de Aquiles a muitos empresários, todo mundo sabe.

Mas afinal, qual a dimensão verdadeira dos negócios chineses? Quanto o país produz de resinas, máquinas e produtos trans-formados? Quais são os números reais de desempenho no setor e como se dá sua relação com o Brasil? A Revista Plástico Sul invadiu o mercado chinês através dos olhos de Stanley Chu, presidente da Adsa-le Exhibition Services Ltda. O executivo é responsável pela organização de uma das principais feiras mundiais da indústria do plástico, a Chinaplas.

A Exibição Internacional das Indús-trias de Plásticos e Borracha acontece em Shanghai a cada ano par e em Guangzhou a cada ano ímpar. Em 2013, 27ª Chinaplas estará em Guangzhou, de 20 a 23 de maio, no Complexo de Pavilhões de Pazhou. Da primeira edição ocorrida em 1983 - uma feira focada no comércio de pequena escala de plásticos e borracha, com uma área de apenas mil metros quadrados e 100 exposi-tores, a feira se transformou em um evento que vem quebrando recordes continuamen-te. Em 2013, espera-se que o evento chegue a uma área de exibição de 220.000 metros quadrados com mais de 2.900 expositores e mais de 115.000 visitantes. Conforme os organizadores do evento, desde 2011, a ex-posição tem sido reconhecida pela indús-tria como a segunda maior do mundo no gênero, depois a K-fair.

Revista Plástico Sul - Nos últimos anos muito ouve-se falar no mercado plástico chinês. Mas a feira é muito mais antiga que isso. Qual o histórico da Chinaplas?Stanley Chu - Na década de 80, a Chinaplas serviu de plataforma para introduzir tecno-logias do exterior na China. Chineses foram então capazes de conhecer as tecnologias modernas vindas de fora sem ter que viajar para longe. Com a implementação da Políti-ca de Portas Abertas da China, nos últimos 35 anos, o desenvolvimento das indústrias de plástico e borracha experimentou um crescimento saudável e estável tornando-se um fator fundamental para crescimento da Chinaplas. Como o papel da China na econo-mia global tornou-se importante na última década, mais e mais visitantes internacio-nais passaram a visitar a Chinaplas com o

objetivo de adquirir materiais plásticos e de borracha, bem como maquinário, buscando parceiros de negócios, a troca de know-how tecnológico. Em 2005, o Hall de exportação chinesa de Máquinas e Materiais foi criado para atender a crescente demanda de tecno-logias chinesas. No ano passado, a CHINA-PLAS recebeu 28.110 visitantes estrangeiros de 150 países e regiões, o que representa 25,59% do total de visitantes. Portanto, a Chinaplas traz hoje um mix de expositores

chineses e estrangeiros, proporcionando aos visitantes uma grande variedade de oportu-nidades. Este ano, além de 2.900 exposi-tores, o evento também terá 14 pavilhões divididos por país e região: Áustria, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Coréia, Chi-na, Singapura, Suíça, Taiwan, Turquia, Reino Unido e EUA.

Revista Plástico Sul - Qual foi o desem-penho da última edição em número de

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expositores, visitantes e negócios rea-lizados?A área de exposição da Chinaplas 2012 foi de 210.00 m2, com 2.729 expositores provenientes de 36 países e regiões, co-memorando outro crescimento de dois dí-gitos, de 12,1% em relação a 2011. Em relação aos visitantes, houve um aumento de 5 dígitos para 109.858, com taxa de crescimento de 16,77% em relação a 2011 e 34,9% em relação a 2010.

Plástico Sul - Quais são as perspectivas para a edição de 2013?Chu - A Chinaplas 2013 vai quebrar nova-mente o recorde anterior. A área de expo-sição será superior a 220.000 m2. Mais de 2.900 expositores provenientes de 36 pa-íses, juntamente com 14 países / regiões em pavilhões irão apresentar novos pro-dutos químicos e matérias-materiais, bem como mais de 3.200 máquinas. Esperamos que estes 4 dias de exposição atraiam mais de 115.000 visitantes vindos de 150 países / regiões e mais de 100 grupos de compradores. Este ano, Chinaplas vai lançar uma nova área de exposições cha-mada "Zona de Tecnologia de Filmes". Uma grande variedade de exposições será apre-sentada nesta nova zona, que inclui linhas de extrusão de filme de sopro, linhas de extrusão de filme plano e folhas linhas de esticamento para filmes e filamentos, rebobinadeiras talhadeiras equipamentos de enrolamento, equipamentos de medi-ção e testes para filmes, equipamentos auxiliares para linhas de extrusão de fil-mes, impressoras para filmes, laminação e máquinas de revestimento, outras tec-nologias de processamento de filmes, etc. Além da "Zona de Tecnologia de Filmes", há também outras 10 zonas temáticas que visam facilitar a visita de compradores de diferentes setores. Elas incluem a Zona máquinas de injeção para moldagem, Zona máquinas de extrusão, Zona de Embala-gens Plásticas e máquinas de moldagem por sopro, Die & Mould Zona, Zona de Má-quinas e Equipamentos de Borracha, Zona de Equipamentos Auxiliares e Testes, Zona de Química e matérias-primas, Zona de produtos semi-acabados, Zona Bioplásti-cos e o Hall de Exportação Máquinas chi-nesas

Plástico Sul - Qual o tamanho da indús-

tria de plásticos na China?Chu - O sucesso da feira não pode ser se-parado do crescimento da indústria. Graças ao rápido desenvolvimento da indústria de plásticos e da borracha e da ampliação de sua aplicabilidade houve cada vez mais oportunidades para a Chinaplas.Na China os números da indústria de plás-ticos, são os seguintes: De acordo com es-tatísticas de 2012 da indústria, a produção de resinas plásticas e copolímeros (a princi-pal forma de plástico) foi de 53,21 milhões de toneladas, um aumento de 5,5% em comparação com o mesmo período.A produção de resina de PVC foi de 13,18 milhões de toneladas, um crescimento ano-a-ano de 0,5%. A produção de resi-na de poliestireno foi de 2,1 milhões de toneladas, um crescimento ano-a-ano de 2,3%. A produção de poliésteres foi de 11,4 milhões de toneladas, um crescimen-to ano-a-ano de 2,7%, e a produção de equipamentos de processamento de plás-ticos foi de 303.393 unidades baixando em 26,43%.Houve um total de 57,82 milhões de to-neladas de produtos com uso de plástico, um aumento de 9%. A produção de filmes plásticos foi 9,703 milhões de toneladas, um aumento ano-a-ano de 9,3%. A produ-ção de espuma foi de 1.721.000 tonela-das, um aumento de 23%. A produção de couro plástico e couro sintético foi 3,143 milhões de toneladas, um crescimento ano-a-ano de 15,6%. Produção de ítens plásticos para a casa foi de 4,618 milhões

de toneladas, um aumento ano-a-ano de 14,4%. Outros produtos de plástico tive-ram uma produção de 38,634 milhões de toneladas, um crescimento ano-a-ano de 7,3%.Em 2012, a indústria de plásticos da China gerou US$ 269.604 trilhões, um crescimen-to ano-a-ano de 15%, o valor de vendas de US$ 264.663 trilhões um crescimento ano-a-ano de 14,95%. É muito bom ver que indústria de plásticos chinesa se de-senvolveu evoluindo para produtos mais amigáveis com o meio ambiente e que a reciclagem se expandiu para enfrentar os desafios externos em relação ao meio am-biente.

Plástico Sul - Já na relação comercial Brasil-China, o que mais se importa/exporta? Quais são os números mais re-centes?Chu - De acordo com as estatísticas da alfândega chinesa, em 2011, o volume de comércio bilateral entre a China e o Brasil, de 84,49 bilhões dólares, aumento de 35,1%. As exportações da China para o Brasil foram de 31,85 bilhões dólares, um crescimento ano-a-ano de 30,2%, e 52,64 bilhões foram importados pela Chi-na do Brasil, um crescimento ano-a-ano de 38,2%. A China teve um déficit de 20,79 bilhões dólares. As principais exportações da China para o Brasil, envolvendo os plás-ticos são motores, equipamentos elétricos, equipamentos de áudio-visual e suas peças de reposição, máquinas e aparelhos mecâ-nicos, equipamentos médicos e ópticos bem como peças de reposição, veículos e suas peças de reposição, produtos quími-cos. Por outro lado, não há um número sig-nificativo de plásticos que são importados do Brasil para a China. Há um sentimento no Brasil que o ano de 2013 será um ano melhor para a indústria de plásticos, pois a expectativa é que o aumento do consu-mo deste material seja de 7.8% este ano. No ano passado, o consumo dos produtos transformados de plástico cresceu 6,4%, para R$ 57,65 bilhões. Deste total, 12% foram importados e 88% fornecidos pela

PLAST VIP Stanley Chu

Evento acontece em Shanghai (foto) a cada ano par e em Guangzhou a cada ano ímpar

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PLAST VIP Stanley Chu

indústria brasileira. Na iminência de even-tos importantes no país, é quase certo que o crescimento do setor nos próximos anos deve ser alavancado pela busca intensa de novas e avançadas tecnologias relaciona-das aos plásticos e à borracha. A expec-tativa é que os brasileiros invistam cerca de US$ 2 bilhões em compras de novos equipamentos.Em 2012, a cadeia de comércio (exporta-ção e importação) de resinas plásticas no Brasil somou 940,5 milhões dólares. E a cadeia de comércio de produtos plásticos transformados totalizou 4.573 bilhões de dólares. Com 23% da produção de plástico do mundo, a China é atualmente o princi-pal parceiro do Brasil dentro dessa área. Na verdade, 20% dos negócios deste setor são feitos com o país asiático. Em 2012, o Brasil foi um dos três países exportadores de máquinas de plásticos da China mais importantes em termos de va-lor de exportação.

Revista Plástico Sul - O Brasil mudou de papel no cenário econômico mundial nos últimos anos. Como isso alterou a relação Brasil-China?O Brasil se tornou um dos focos como economia em desenvolvimento em ter-mos mundiais nos últimos anos. Para os próximos anos, o Brasil sediará eventos esportivos internacionais, como a Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016. Estes eventos criaram uma série de oportunidades de negócios para os fabri-cantes chineses e também acelerarão o nível de infraestrutura e serviços no país.É de se prever que a economia brasileira será mais aberta e isso é benéfico para a China, uma vez que aumentaria a demanda de produtos importados do nosso país.

Plástico Sul - Como a crise mundial tem afetado a indústria plástica chinesa? Qual sua avaliação do momento atual e quais as perspectivas? Como está a rela-ção China/Eua e China/Europa?Chu - O ano passado foi extremante ins-tável em termos de economia global, po-lítica e aspectos ambientais. Apesar do forte impacto da instabilidade econômica na Europa e América sobre a indústria de exportação da China, a indústria de plásti-cos chinesa ainda está crescendo. Toman-do Chinaplas como exemplo, a exposição

continua a desempenhar um papel de liderança e avançar entre outras exposi-ções do mundo. Com o apoio entusiástico das empresas globais, a Chinaplas tem o orgulho de apresentar aos fabricantes do mundo uma arena de soluções integradas para os plásticos e a borracha com avan-ços tecnológicos e inovação. As relações entre a China e os EUA e a Europa na indústria de plásticos são boas. Isso pode ser visto na Chinaplas 2013. Desde 1987, a Chinaplas ganhou apoio do EUROMAP (Comite Europeu de Fabricantes de Máquinas para a Indústria de Plásticos e Borracha), como o patrocinador. A edi-ção de 2013, será a 24 ª edição consecuti-va a ganhar EUROMAP como patrocinador exclusivo na China. Em segundo lugar, há pavilhões da Europa como a Alemanha, Áustria, França, Alemanha, Itália, Suíça, Reino Unido e EUA. Além disso, há um grande número de visitantes e expositores vindos da Europa e dos EUA.

Plástico Sul - Como avalia o mercado de máquinas? Fale sobre tecnologia no se-tor plástico na China. Sabe-se da oferta de mão de obra abundante, a produção é mais manual que em outros países ou não?Chu - O mercado de máquinas para plás-ticos está crescendo rapidamente, pois o uso deste material cresce sem parar. Ao mesmo tempo, o custo do trabalho está aumentando, enquanto o conhecimento das pessoas está ficando cada vez melhor, que leva a uma maior demanda por má-quinas precisas por parte dos empreende-dores. Há uma tendência das empresas de começar a mudar os equipamentos buscando automatizar cada vez mais com o objetivo de manter a produtividade e tecnologia para obter uma melhor compe-titividade.Falando sobre tecnologia, no setor de plásticos da China, há sete grandes indús-trias de aplicações verticais: automotiva, construção civil, eletro & eletrônicos, informática e telecomunicações, embala-gens, médica, iluminação e indústrias so-lares fotovoltaicos. Plástico Sul - Falando em mão de obra, há críticas recorrentes sobre direitos sociais e trabalhistas em relação à eco-nomia chinesa como um todo. Como

avalia isso?Deve haver alguns casos independentes, mas em geral o padrão da economia chi-nesa está melhorando ao longo do tempo, especialmente após a implementação do 12º. Plano Quinquenal.

Revista Plástico Sul - Ao mesmo tempo, vários empresários já afirmam que a mão de obra chinesa não está mais tão vanta-josa economicamente (como no passado) e há quem transfira a produção para ou-tros países. Comente, por favor.A China ainda é conhecida como a fábrica do mundo, mas o fato é que a economia chinesa está cada vez mais próspera, es-pecialmente as cidades na área costeira. Neste sentido, a China está seguindo o ca-minho do alto valor agregado em sua ma-nufatura e as empresas irão produzir peças de alto valor agregado com mão de obra mais qualificada e mais automação em seus processos de fabricação. Em alguns países em desenvolvimento, os Governos darão benefícios para investidores estran-geiros, de modo que alguns empresários irão achar o mercado atraente, a fim de reduzir o custo de produção.

Plástico Sul - O produto chinês já foi visto como barato e de baixa qualidade. Essa percepção vem mudando por parte de consultores e empresários. Como foi este desenvolvimento? Existe um con-trole de qualidade, semelhante ao In-metro no Brasil?Chu - De um modo geral, a qualidade do produto chinês está melhorando, como você pode ver mais e mais empresas estão trabalhando suas próprias marcas e muitas acabam tornando-se marcas famosas na China e até mesmo no mundo, como a Le-novo, Haier etc.A mudança é resultado da concorrência de mercado e do desenvolvimento social. Na Chinaplas, testemunhamos o crescimento de empresas locais que expõem há mui-to tempo conosco como a Chenhsong e a Haitian. Elas passaram de pequenas em-presas para empresas mais cotadas e têm poder de influência na indústria global. Quanto ao controle de qualidade, acredi-tamos que esta é uma obrigação, a fim de manter o padrão e garantir que os produ-tos funcionem corretamente e sejam com-petitivos no mercado. PS

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Os Investimentos Estrangeiros Di-retos (IED) somaram US$ 3,814 bilhões em fevereiro, acima dos US$ 3,646 bilhões registrados

em igual período do ano passado, informou o Banco Central. No acumulado do ano até fevereiro, o IED somou US$ 7,517 bilhões ou 2,01% do PIB. No mesmo período do ano passado, o IED acumulado era de US$ 9,051 bilhões. No acumulado em 12 meses até fevereiro, o IED está em US$ 63,737 bilhões, o que corresponde a 2,80% do PIB.

O economista Jean Carlos Alberini, do Conselho Regional de Economia do Pa-raná (CORECON-PR), afirma que o fato de o Brasil ser um dos maiores mercados da América Latina, com uma população esti-mada em duzentos milhões de habitantes, possuir uma condição política e demo-crática estável, contar com instituições sólidas, estar entre as sete economias do mundo e ainda possuir um dos maio-res planos de investimentos do mundo na atualidade o coloca como um país muito interessante aos olhos dos estrangeiros.

“O quadro de estagnação das econo-mias industrializadas como EUA e Europa fez com que os investidores buscassem mercados mais dinâmicos para os seus produtos, sendo o Brasil, um país inte-ressante e atraente. A elevação da taxa de investimento no Brasil, hoje abaixo de 20%, é vista como fundamental para fazer

o país crescer de modo sustentável”. Entre as carências de infraestrutura do país, uma das mais notáveis, o setor de transportes e logística parece perto de dias melhores. “O programa de investimentos em logísti-ca que prevê a aplicação de R$ 133 bilhões em obras rodoviárias federais e ferrovias ao longo de 25 anos está dentre as razões da atratividade de investimentos estran-geiros no Brasil”, afirma.

Assim, as oportunidades de investi-mentos no Brasil são consideráveis e apre-sentam diversas possibilidades para todos os setores. No entanto, a eclosão da crise financeira mundial, naturalmente freou um pouco a euforia dos investidores alterando suas expectativas e tornando-os mais cau-telosos em relação a futuros investimen-tos. “Não bastasse a crise, as constantes intervenções do governo no marco regula-tório dos mercados, como exemplo o setor de energia, têm reforçado as expectativas ruins”, ressalta Alberini.

A abertura à iniciativa privada de por-tos, aeroportos e estradas é uma grande aposta de todos. “Os mais de vinte anos de crises e surtos inflacionários no Bra-

sil geraram um efeito de atrofiamento da capacidade de investimentos, ou seja, as energias estavam voltadas à resolução de crises e à procura de soluções para conter a inflação. Assim, investimentos e aumen-to da capacidade de oferta foram deixados em segundo plano. Como resultado, ocorreu um sucateamento da infraestrutura”, con-textualiza. “Nos últimos anos o crescimento da economia gerou pressões sobre a nossa infraestrutura criando gargalos de toda a ordem. Vejo que a abertura de concessões

Brazil, um país para investidoresApesar do decepcionante PIBinho de 2012 (0,9%), o Brasil segue sendo interessante para os investidores estrangeiros. Diante da situação americana e europeia, uma economia que apresenta no conjunto bons resultados certamente é uma opção. Multinacionais fazem investimentos, decididos em função de projeções a longo prazo, descartando-se pequenos “deslizes”. Isso não quer dizer, no entanto, que estamos livres para relaxar. Temos questões importantes a resolver. Além disso, uma mudança importante está em andamento no mercado petroquímico global: a expansão do shale gas nos EUA.

DESTAQUE Investimentos

Para Jean Alberini, a indústria petroquímica

vem passando por importantes mudanças

no cenário internacional

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Por Brigida Sofia

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à inciativa privada é uma necessidade dado que isso afeta diretamente nossa produtivi-dade elevando nossos custos de produção”.

Dentro destes custos a mão de obra, que também deixa a desejar em termos de qualificação. Enquanto nos Eua e Europa o desemprego preocupa, aqui importamos trabalhadores em todos os níveis. “Os cus-tos de mão de obra no Brasil têm crescido de forma exponencial; este fato apesar de positivo do ponto de vista da geração de renda para o trabalhador onera as empre-sas e aumento os seus custos de produ-ção”, diz Alberini.

Ele explica que os períodos de baixo crescimento da economia brasileira, princi-palmente nos anos 1980 e 1990, fizeram com que se criasse um contingente expres-sivo de mão de obra ociosa que dava uma certa folga do ponto de vista da disponibi-lidade de trabalhadores. Portanto, com ex-cedente de mão de obra o peso dos salários não era o maior dos problemas da indústria. Já na década de 2000 e até agora o país entrou em uma rota de crescimento susten-tável, graças às conquistas obtidas com o plano real e aos incentivos de crédito e dis-tribuição de renda do governo Lula, que au-mentou o nível de ocupação da economia.

A grande disponibilidade de crédito principalmente para a construção civil fez com que este setor apresentasse um cres-cimento acelerado nos últimos anos absor-vendo boa parte da mão de obra existente, como consequência, a economia toda cres-ceu gerando pressão sobre os salários.

“A diferença na geração de emprego no Brasil em relação aos Estados Unidos e Europa reside no fato que no Brasil, a atual dinâmica de crescimento da economia uti-lizou-se de um excedente de mão de obra ociosa. A atual pressão sobre os salários é resultado do efeito da lei da oferta e de-manda por vagas de emprego. Como no Bra-sil há grande escassez de mão de obra espe-cializada, tal como engenheiros e técnicos, foram estas as categorias laborais que apre-

sentaram os maiores ganhos reais de salário nos últimos anos”, comenta Alberini.

Fatores importantes, mas que não parecem abalar os investidores (veja de-poimentos mais adiante) e a razão é co-nhecida: a força dos novos consumidores. “Certamente o mercado brasileiro é hoje uma dos mais atrativos do mundo. O cres-cimento da renda trouxe ao consumo mi-lhares de pessoas com uma demanda repri-mida que vai de alimentos a automóveis. Um dos grandes feitos das administrações anteriores foi criar um mercado de massa no Brasil possibilitando a entrada de mui-tas pessoas”, diz Alberini.

Para o economista, um ponto críti-co que impede a expansão mais acelerada de nossa capacidade de geração de ofer-ta é a incapacidade do governo brasileiro de criar marcos regulatórios consistentes que permitam um horizonte seguro para os investidores. “Mudanças constantes de regra perturbam o ambiente de negócios afugentando os investidores. O governo recentemente vem de fato tomando me-didas de proteção a indústria local, que no curto prazo podem gerar um alento às empresas, porém no longo prazo medidas protecionistas trazem ineficiência à eco-nomia e maiores preços aos consumidores. As atuais medidas adotadas se bem apro-veitadas, ou seja, se houver uma orienta-ção estratégica voltada para capacitação, aumento do investimento em pesquisa e inovação e incentivo a competição, pode ser que nos saiamos bem”.

Setor petroquímicoe plástico

Para Alberini, a indústria petroquímica vem passando por importantes mudanças no cenário internacional ligadas à disponibili-dade e aos custos das matérias-primas, às mudanças na economia mundial e à emer-gência de novos mercados como a China e Índia, cuja demanda por produtos químicos deverá dobrar nos próximos dez anos. “Na

estrutura mundial da oferta, observa-se um deslocamento de plantas industriais (da América do Norte) para o Oriente Médio e Ásia, que responderão juntos por 86% do acréscimo de capacidade até 2015, em vir-tude da existência de matéria-prima mais barata, menores custos logísticos e como resposta à forte demanda determinada pelo dinamismo da economia chinesa”.

Já no Brasil, a petroquímica figura como o segmento mais dinâmico da indús-tria química nacional e está organizada em complexas indústrias - polos petroquímicos – que visam à minimização de custos e ao aproveitamento de sinergias em termos de logística, infraestrutura e integração opera-cional. Existem atualmente no país quatro polos petroquímicos, localizados respecti-vamente em São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro", relembra.

“No Brasil, as principais tendências do setor também estão ligadas à disponi-bilidade das matérias-primas e aos inves-timentos necessários para fazer frente ao crescimento projetado para economia bra-sileira nos próximos anos, além da conti-nuidade do movimento de consolidação dos grupos atuantes no setor”, diz.

Sobre o mercado plástico, Alberini faz um comentário em relação à natureza do setor, com maioria de empresas de pequeno porte, o que caracteriza gerenciamento fa-miliar. “Na medida em que a economia cres-ce, é natural a formação de grandes grupos industriais que tenham capacidade de gerar economias de escala. A geração de eco-nomias de escala exige investimentos de grande soma em máquinas e equipamentos. Hoje os mercados são globais, as indústrias competem em nível global, isso exige esca-la de produção e redução de custos. Esta é a estratégia da indústria chinesa. A empre-sa de pequeno e médio porte com gestão familiar muitas vezes não está preparada para enfrentar este nível de concorrência, uma saída viável seria intensificar o proces-so de parcerias e joint ventures”.

Violência, uma questãoAs questões culturais no Brasil são favoráveis, há uma con-

vivência pacífica com as diversas correntes de pensamento, não há extremismos ou radicalismo, diz economista Jean Carlos Albe-rini, do Conselho Regional de Economia do Paraná (CORECON-PR). No curto prazo o que pode afetar o humor dos investidores é o aumento da escalada da violência, principalmente nos grandes

centros. “A violência hoje talvez seja um dos maiores problemas da sociedade brasileira. As causas são diversas, envolve aspectos sócio-culturais complexos que teriam que ser analisados de forma consistente, porém, é evidente que grande parte da violência está relacionada ao narcotráfico”, diz. Vale lembrar que o capital visa ao lucro, tudo que afete a capacidade do investimento em gerar retornos é motivo de desistência do investidor.

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Um país sérioPara o economista Alfredo Me-

neghetti, da Fundação de Economia e Estatística do RS, o principal fator de atratividade do investimento estran-geiro é o enorme aumento de renda no País, representado pelo tamanho atual da classe média. “Em 1993, ela abrangia 46 milhões de brasileiros, atualmente já chega a mais de 100 milhões, ou seja, dobrou em 20 anos. Com esse aumen-to da classe média, mais pessoas estão com dinheiro extra e podem gastar mais, o que gera mais interesse do empresa-riado em aumentar a oferta, ampliando os investimentos e as oportunidades de empregos”, afirma.

Shale GasUm assunto que tem atraído o interesse do setor petroquímico é o desenvol-

vimento do shale gas, ou gás de xisto, nos Estados Unidos, apontado como cami-nho para o fim da dependência exterior. Ainda em discussão, muito em função de impactos ambientais na extração, o shale gas é alvo de muitas dúvidas, previsões. Informações dão conta de que há movimentações importantes bem perto também.

De acordo com a Maxiquim, YPF e Dow selaram acordo para desenvolver a indústria petroquímica na Argentina e pretendem dar início a um projeto para a exploração do primeiro reservatório de gás de xisto no país no bloco “El Orejano”, na província de Neuquén. Segundo estudo americano, a Argentina possui a terceira maior reserva recuperável de shale gas do mundo, atrás apenas da China e dos EUA.

No Brasil, o primeiro leilão para exploração de gás de xisto vai ocorrer em ou-tubro. A expectativa da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) é ofertar blocos em até cinco potenciais bacias sedimentares, localizadas em Mato Grosso (Parecis), no Maranhão e Piauí (Parnaíba), na Bahia (Recôncavo), no Paraná e em Mato Grosso do Sul (Paraná) e em Minas Gerais e na Bahia (São Francisco).

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Além disso, ele acredita que os encaminhamentos do Judiciário, resol-vendo os embaraços na área política, certamente mostram que o Brasil está avançando no desenvolvimento econô-mico e social. “Isso passa uma confiança maior para o investidor internacional, no sentido de entender que as instituições econômicas e políticas estão melhores do que no passado”.

Esse é um ponto importante. O Brasil, como país latinoamericano que é, não tem como regra rígida o respei-to a leis e contratos. O livre mercado também não é uma tradição da nossa política/economia. Ações de protecio-nismo foram notadas recentemente no Governo Dilma, identificadas como pro-teção da produção local, como no caso

da taxação a automóveis asiáticos. O Brasil já foi inclusive apontado há dé-cadas como um país que não é sério. Características que contrastam com ou-tras economias mais fortes.

Para Meneghetti, no entanto, esse conceito ficou mesmo no passado. “Atu-almente o Brasil não pode mais ser con-siderado assim. Entretanto ainda mui-ta coisa deve ser melhorada. O estudo Doing Bussiness tem com objetivo ofere-cer uma introdução sobre as questões le-gais e de negócios que sirva como fonte

de consulta para empresas que desejam iniciar operações em nosso país. De um total de 185 países o Brasil ocupa a 130ª posição e por essa razão existem muitas mudanças para o país evoluir”, comenta, destacando menos burocracia para abrir um negócio, melhor infraestrutura e um melhor acesso ao crédito, dentre outras.

Ele diz que eventualmente alguma característica pode ter levado à desis-tência de algum investimento em um ou outro segmento, entretanto é im-portante salientar que as nossas tradi-ções culturais, comportamentais, são muito adequadas, “diferentemente de alguns países latinoamericanos, como a Venezuela e a Argentina, onde existem questões ideológicas muito fortes. As decisões políticas de acordo com empre-sários são encaminhadas de uma forma transparente e, além disso, as solici-tações que chegam às instituições são sempre bem atendidas, de acordo com a Lei de Transparência nº 12.527, existen-te desde novembro de 2011”.

Essa postura, aliada a números ge-rais do período, levam à conclusão de que o ano de 2012 será apenas lembrado como um ano com um crescimento fraco. “Não significa dizer que o Brasil tenha perdido a atratividade, ao contrário, o Brasil tem vários indicadores econômi-cos positivos. Com a atual política mo-netária, têm-se as taxas de juros baixas (que ajuda o consumo da classe média) e um controle adequado da inflação

Alfredo Meneghetti, da Fundaçãode Economia e Estatística do RS

“De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura, o Brasil é a 10ª maior reserva de shale gas no mundo, analisando apenas o potencial da bacia do Paraná. Como se sabe da existência de outras bacias sedimentares com potencial, como a bacia do São Francisco e do Parnaíba, há a possibilidade do Brasil se transformar num grande produtor. Entretanto, é preciso definir um conjunto de regras e políticas que fomentem a atividade no seu início. O mercado é pujante. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde a produção era insignificante até 2005, hoje já é responsável por 23% da produção de gás natural e nos próximos 20 anos deve alcançar 50% do total explorando as reservas tecnicamente recuperáveis de 93 bilhões de barris equivalentes do petróleo do país”.

Jean Carlos Alberini, do ConselhoRegional de Economia do Paraná

“As novas descobertas nos Estados Unidos colaboraram para que o preço do gás tivesse uma diminuição naquele mercado, isso tornou o mercado ameri-cano atraente do ponto vista dos investimentos. No longo prazo pode ser que haja um novo realinhamento dos preços mundiais, haja vista a maior disponi-bilidade de matéria prima. Isso ainda poderá se confirmar ou não, dependendo sensivelmente da consistência destas novas descobertas e do tamanho dos excedentes a serem disponibilizados ao mercado.”

Luis Carlos Sohler, da Bayer“Utilizamos produtos derivados do petróleo na linha de produção e essa

descoberta pode sim mudar o mercado. Entretanto, isso pouco ou nada afetará os investimentos na área de policarbonato em curto prazo.”

Osvaldo Cruz, da Ravago Entec“Difícil de prever como isso irá nos afetar. Eu acredito que é um desafio

para nossos governantes, dirigentes empresariais, comunidade cientifica e aca-dêmica darem as respostas corretas para essa questão e outras que impactam nossa competitividade no mundo globalizado”

DESTAQUE Investimentos

Alfredo Meneghetti: “Principal fator de

atratividade estrangeira é o enorme aumento

de renda no País”

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(monitorado pelo Banco Central). Além disso, o governo tem se valido da polí-tica fiscal, através da redução da carga tributária em vários segmentos (para in-centivar a indústria), como também uma busca pela racionalização dos gastos pú-blicos”, comenta.

Sobre o plástico, Meneghetti diz que “o setor de plásticos no Brasil está muito bem posicionado no mercado in-ternacional e, além disso, tem alguns segmentos de ponta. É o caso do plás-tico verde, que vem ganhando mercado e atraindo mais investimentos no Bra-sil. Esse produto que usa o etanol como matéria-prima, no lugar do petróleo,

vem tendo um aumento da demanda, principalmente das empresas de embala-gens”. Vale lembrar que a marca francesa L’Occitane en Provence anunciou recen-temente a adoção do plástico verde da Braskem para seus produtos.

A L’Occitane, aliás, anunciou tam-bém que vai lançar em maio uma linha fabricada no Brasil com inspiração no sertão, a L’0ccitane au Brèsil. É a primei-ra vez que a empresa produz fora de seu país e entre as razões para essa parceria inédita estão “a qualidade das matérias primas brasileiras e o incrível talento de designers locais para desenhar as embalagens e mobiliário. Além disso, a empresa vislumbrou um rico storytelling para contar sobre a linha produzida por aqui”, informou a revista Exame. Duplo interesse francês no Brasil.

Bayer: semchoque cultural

A Bayer MaterialScience trabalha no Brasil como revendedora de produtos termoplásticos que são fabricados pela Bayer em diversas localidades, como EUA, Europa, e Ásia. A Bayer MaterialS-cience no Brasil é também a principal revendedora para toda a América Latina, uma vez que não há produção dos ma-teriais na região. “O mercado brasileiro é, sem dúvida alguma, muito importante para os negócios da Bayer. Por essa ra-zão, estamos sempre analisando futuros investimentos no País”, diz Luis Carlos

Sohler, Head da Unidade de Negócio Po-licarbonatos para América Latina.

O aumento do poder aquisitivo da classe média brasileira é um fator muito importante nas decisões ligadas a inves-timento, pois ele impacta diretamente no crescimento do Produto Interno Bru-to. “No nosso caso, precisamos sempre avaliar como o consumo dessa classe so-cial impactará, em termos de PIB, nos mercados relacionados aos negócios da Bayer, como o de automóveis, a constru-ção civil ou o mercado elétrico e eletrô-nico, por exemplo”, explica.

Já o PIBinho 2012 não impactou muito, pois os investimentos são sem-pre feitos levando em conta uma proje-ção de longo prazo, avaliando uma ou duas décadas à frente. Mas...“No caso de uma multinacional, os aportes são realizados considerando o desempenho global da empresa e isso significa que o Brasil sempre competirá para captar os recursos da matriz com outros países onde a companhia também está presen-te. Neste ponto, vale reforçar que o ris-co Brasil é um fator bastante importan-te na tomada de decisão para qualquer investimento”, comenta.

As deficiências do país, como em mão de obra e infraestrutura, fazem par-te deste risco Brasil. Mas a Bayer não vê choque cultural. “Não acreditamos que a questão cultural seja um empecilho, pelo contrário, devemos usar caracte-rísticas positivas do brasileiro em prol do crescimento do mercado e da nossa indústria. Vale reforçar, também, que é essencial investir no treinamento e na qualificação dos funcionários”, afirma.

Ravago-Entec: visãoglobal com atuação local

A Ravago-Entec é distribuidora de importantes petroquímicas no Brasil, bastante abrangentes na área plásti-ca: Dow-Química, Ticona; Rhodia; DSM; Unigel e Eastman. Neste ano, completa nove anos de atuação no país, com cres-cimento consistente, agregando valor na

DESTAQUE Investimentos

Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram US$ 3,814 bilhões em fevereiro

Luis Carlos Sohler, da Bayer, diz que o

mercado brasileiro é importante para os

negócios da empresa

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cadeia econômica do setor de plástico. “Nossa atuação na dis-tribuição já tem um peso significativo na América Latina ainda somos relativamente jovens em relação aos EUA, Ásia, Europa e mesmo América Latina, onde México e Argentina possuem um tempo maior de presença no mercado. De qualquer forma, temos acompanhado o desenvolvimento e crescimento experi-mentado em todos esses países onde temos presença”, explica o gerente geral Osvaldo Cruz.

“Nosso próximo passo é na área de produção industrial, estudamos a possibilidade de uma unidade de fabricação de compostos, trazendo dessa maneira nossa experiência de produção dos EUA e Europa”, afirma. Cruz diz que os resul-tados do Brasil em 2012 naturalmente preocupam, mas a empresa pensa a longo prazo, olha para o real potencial do mercado brasileiro, pois "altos e baixos na economia sempre existirão em toda parte do mundo".

Como a Ravago-Entec está presente em vários países, po-rém atuando localmente, com colaboradores que conhecem o mercado, oriundos e formados em cada país, não enfrenta si-tuações de choque cultural: é visão global, com atuação local. “A Ravago – Entec está no Brasil há nove anos atuando no mercado de distribuição de resinas plásticas, procurando sem-pre compreender as reais necessidades do mercado, aportando conhecimentos de suas experiências, bem como trazendo as vivências de outros países em que atua; clareza do nosso papel de prestadores de serviços, agregando valor nos relacionamen-tos na cadeia de negócio e procurando parcerias em linha com essa visão”, explica Cruz.

O executivo explica ainda que amparados nesses princípios, a empresa cumpre com as normas e legislação vigente no país, possui importantes fornecedores, cola-boradores motivados e focados na tarefa de atender bem o cliente.

Empresas com atuação global enxergam nas Américas, em especial no Brasil, um grande potencial

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Taxa de desemprego pesa mais que a ascensão da Classe Média para Mexichem

O Brasil é prioridade para o Grupo Mexichem e os investimentos na Mexichem Brasil têm sido incrementados com intuito de

acelerar o crescimento da empresa dentro da estratégia corporativa global de inte-gração vertical. A afirmação é do presi-dente da Mexichem Brasil Maurício Harger. “Isso vai reforçar a liderança mundial do grupo em tubulações plásticas, alcançada com a aquisição da empresa holandesa Wavin em maio de 2012. O Brasil responde pela maior fatia do faturamento da cadeia de Soluções Integrais do Grupo Mexichem na América Latina (36%)”.

A ascensão da Classe Média já foi o fator mais importante nas decisões de investimento no Brasil, mas isso passou. “No nosso entendimento, a ascensão de agora em diante é marginal e tende a acomodar-se nestes patamares de pirâmi-de social. Hoje, a principal decisão está na taxa de desemprego baixa, que acaba sendo um fator de segurança aos traba-lhadores e motiva-os a investir em suas casas, sejam reformas ou novas constru-ções. Segundo o IBGE, a taxa média de desemprego ficou em 5,5% em 2012, a menor desde 2003”, afirma o executivo. Os resultados já colhidos também in-fluenciam. “Um grande impulsionador de

investimentos acaba sendo o sucesso da marca Amanco no Brasil, sendo que já um a cada três brasileiros usa Amanco e te-mos crescido acima do mercado nos últi-mos sete anos”, diz.

A Mexichem Brasil é a subsidiária brasileira do Grupo Mexichem, com atu-ação nos setores de tubos e conexões e de geotêxteis não tecido. É resultado da incorporação das empresas controladas pela Mexichem no Brasil: Amanco (tubos e conexões), Plastubos (tubos e cone-xões) e Bidim (geotêxteis nãotecido), que hoje são suas marcas comerciais. A Mexichem, controladora da Mexichem Brasil, é uma empresa líder na indústria química e petroquímica latinoamericana, com mais de 50 anos de trajetória na re-gião e 30 anos na Bolsa de Valores do Mé-xico. Sua produção é comercializada em todo o mundo, com vendas que superam os US$ 4,8 bilhões.

A Mexichem Brasil pretende investir R$ 131 milhões em 2013, um aumento de 15% em relação a 2012. O valor inclui au-

mento na capacidade de produção das fá-bricas, desenvolvimento de novos produ-tos, comunicação das marcas comerciais na mídia e nos pontos de venda do varejo da construção e capacitação profissional.

“Além de ter um enorme mercado consumidor, o Brasil tem boas perspec-tivas para o mercado de construção ci-vil, que será influenciado positivamente

DESTAQUE Investimentos

Maurício Harger, da Mexichem Brasil: “O Brasil

tem boas perspectivas para o mercado de

construção civil”

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pela aproximação dos megaeventos es-portivos (Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016), o que deve acelerar as obras vol-tadas a eles, e também pelos programas do governo (PAC, plano de indução do crescimento e Minha Casa, Minha Vida), que terão continuidade”, afirma Harger. Outros fatores relevantes para investir no Brasil, segundo o executivo, são as po-líticas para o setor, incluindo redução de impostos, redução de custo de energia e oferta de crédito.

Planos 2013

Assim, para 2013, a Mexichem Brasil prevê um crescimento maior do que o de 2012. “A construção civil deve continuar com crescimento acima do PIB, como tem sido habitual, e deve voltar a crescer en-tre 4% e 5%”. Os PIBinho 2012 não terá impacto nesses planos, como já indica o investimento previsto superior ao ano passado. “O principal motivo do cresci-mento da empresa e que a diferencia da concorrência é a gestão de 'triplo resulta-

do', voltada para uma visão de longo prazo de desenvolvimento econômico, social e ambiental, que tem nos permitido crescer sempre acima do mercado.”, diz Harger.

A aquisição da holandesa Wavin possibilitará mais investimento no Bra-sil, com mudanças conceituais e visão ampla, aporte de US$ 100 milhões em três anos apenas em ativos. A empresa trará máquinas da Wavin, o que repre-senta investimento com transportadores, energia e mão de obra, que serão todos locais. “Com a Wavin, a Mexichem Brasil, por meio da marca Amanco, poderá entrar em negócios em que ainda não está. E ganharemos maior eficiência operacional graças à cooperação para treinamento e capacitação para uso da tecnologia da Wavin aqui”, diz o executivo.

Mão de obraLidar com mão de obra qualificada

é um desafio para qualquer setor atual-mente. A Mexichem aposta em treinamen-to e capacitação. “No momento, temos

vários executivos europeus que vêm com frequência ao Brasil para dar treinamento técnico aos nossos executivos e formar mão de obra qualificada por aqui. En-tendemos que esta estratégia é mais efi-ciente e aporta mais para o país do que trazer o executivo pronto. Para os níveis operacionais temos iniciativas para qua-lificação junto ao Senai com objetivo de melhorar produtividade e experiência do consumidor nas obras e assim gerar de-manda”, explica presidente da Mexichem Brasil Maurício Harger.

No trato com colegas de outros pa-íses, o choque cultural se mostra benéfi-co graças às características positivas dos brasileiros . “Sempre somos bem recebidos por sermos sorridentes, bem humorados e amistosos. Isso, nos negócios, acaba aju-dando muito, pois temos também perfil de questionadores e precisamos ser ‘conven-cidos’, o que é bastante enriquecedor nas discussões. O ‘jeitinho’ brasileiro sorriden-te acaba sendo um facilitador para abrir espaço de discussão”, afirma. >>>>

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LogísticaPara driblar as falhas brasileiras nessa área, a Mexichem tem

adotado medidas para otimizar o processo, como a adoção de novas tecnologias para roteirização, que permitem carregar a maior quantidade de peso em um caminhão para aproveitar me-lhor o frete e a utilização de circuitos (o caminhão leva o produto acabado até o cliente e recolhe matéria-prima com fornecedor).

Também está investindo na intermodalidade, passou a utilizar recentemente a cabotagem e inaugurou no fim do ano passado um Centro de Distribuição na unidade fabril de Suape (PE) voltado à distribuição de conexões para as regiões Norte e Nordeste. As conexões da marca Amanco são fabricadas em Joinville e seguem para Suape por meio de cabotagem; antes a distribuição era feita diretamente por meio rodoviário desde Joinville para todo Brasil.

Shale GasComo todos os membros do setor, a Mexichem Brasil

acompanha o desenvolvimento do Shale Gas nos Estados Uni-dos e suas possíveis consequências. “Na cadeia de tubos e conexões plásticas, não tem impacto. Isso sim afeta decisões de investimentos na cadeia de cloro-vinil, na qual temos a maior produção de resina de PVC da América Latina. O custo comparativo de produção com esta matéria-prima frente à realidade local é bem diferente e leva os retornos de inves-timentos para o longo prazo”, diz o presidente da Mexichem Brasil Maurício Harger.

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Com o DNA da indústria

Em destaque no setor industrial brasileiro o

estado de SC conta com um dos principais

polos de transformação de plástico do país.

Por Gilmar BitencourtSanta Catarina

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Um estado com vocação indus-trial. Assim pode ser denomina-do Santa Catarina. Segundo a Fe-deração das Indústrias do Estado

de Santa Catarina (Fiesc), a região possui um importante parque industrial, ocupan-do posição de destaque no Brasil. A in-dústria de transformação catarinense é a quarta do país em quantidade de empresas e a quinta em número de trabalhadores.

O PIB catarinense é o sétimo do Brasil, registrando, em 2010, R$ 152,5 bilhões. O setor secundário participa com 34,1%, o terciário com 59,2% e o primário com 6,7%. Dentro do setor secundário, a participação da indústria de transforma-ção é de 22,5% e a da construção civil é

de 5,7%, segundo dados do IBGE. Santa Catarina é o segundo estado com maior participação da indústria de transforma-ção no PIB do país.

A força do plástico - A indústria do plástico é um dos destaques do seg-mento no estado. Possui uma participação de 5,6% na indústria catarinense levando em consideração o valor da transformação industrial. De acordo com dados de 2011 da Fiesc, o polo plástico regional conta com 952 empresas de transformação e mais de 35 mil trabalhadores. No ranking nacional do setor figura em segundo lugar no consumo de resinas, perdendo só para São Paulo, a maior economia do país. Re-

presenta 10,5% do setor nacional.O presidente do Sindicato da Indús-

tria de Material Plástico de Santa Catarina (Simpesc), Albano Schmidt, explica que este bom desempenho do estado no seg-mento do plástico se deve principalmente à visão estratégica e à perseverança dos convertedores da região. “Temos entre nossos transformadores, empresários de alta capacidade de trabalho. A nossa his-tória é de luta e sacrifício. Obviamente, a concentração em processos intensivos em máquinas, produtividade e escala é outro dos fatores que explica o grande consumo de resinas”, acrescenta.

O Sul do Estado concentra a maior fabricação de descartáveis e embalagens; o Norte produtos para construção civil, componentes técnicos (autopeças), com-ponentes para móveis; o Vale do Itajaí uti-lidades domésticas e brinquedos; o Oeste embalagens e componentes para móveis.

Santa Catarina destaca-se nacio-nalmente na produção de tubos e cone-xões de PVC, embalagens, descartáveis plásticos (copos, pratos, etc.), utilida-des domésticas, cordas e fios de PET re-ciclado e produtos de EPS (isopor). Este último ocupa liderança no mercado la-tinoamericano, assim como embalagens plásticas para fertilizantes.

Schmidt, do Simpesc, acredita que, apesar das incertezas, 2012 foi um ano de estabilidade no setor

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O estado é o sexto exportador nacio-nal de produtos plásticos. Em 2012, expor-tou US$ 74,4 milhões, sendo 2% do total exportado pelo Brasil. Argentina é o prin-cipal destino das vendas externas de SC, totalizando em 2012 US$ 17,2 milhões. Na sequência vem o Paraguai com US$ 12 milhões, EUA com US$ 7,4 milhões e Chile com US$ 7,1 milhões.

Por outro lado, SC importou no ano passado US$ 1.285 bilhões, ou seja, 16% do total importado pelo Brasil no segmen-to plástico. Grande parte deste volume de importações é de matérias-primas. O prin-cipal fornecedor do estado no período foi a Argentina, com negócios na ordem de US$ 241,4 milhões, seguido pelo EUA, com US$ 194,8 milhões e pela China, com US$ 136,7 milhões.

Desempenho em 2012 – Assim

como o ocorreu com a maior parte do setor industrial brasileiro, os transformadores de plástico catarinenses também sofreram com as agruras da economia nacional e internacional no ano passado. Segundo o presidente do Simpesc, foi um ano duro, de ajustes à nova situação da indústria brasileira e do setor de plásticos. “Ainda não fechamos os números, mas creio que tivemos um ano de estabilidade”, observa Albano Schmidt.

Schmidt explica que os empresários sofreram com várias incertezas em 2012, sobretudo com relação a aspectos ma-croeconômicos fora do Brasil. Destaca o

impacto da crise externa que atingiu for-temente o setor. “Vemos uma recuperação ainda tímida no início de 2013”, salienta. Entre os aspectos positivos, o dirigente cita o esforço do governo federal no senti-do de desonerar a indústria. “Ainda é mui-to pouco para consertar o setor, mas é um passo na direção certa”, acrescenta.

De acordo com os dados finalizados até o terceiro trimestre do ano passado, o setor no estado cresceu 5,9% em fatura-mento, “estávamos estáveis em consumo de resinas e reduzimos a mão de obra em-pregada em 1,3%”, informa Schmidt. Ele estima que o consumo de resinas no pe-rído seja acima de 1 milhão de toneladas, com destaque para o PVC.

Evolução nos descartáveis - No segmento de descartáveis, o presidente da Associação Brasileira de Descartáveis (Abra-de) e do Sindicato da Indústria de Destacar-táveis do Sul Catarinense (Sindesc), Anselmo Freitas, comenta que nos últimos anos o es-tado vinha sofrendo mudanças de plantas in-dustriais. Explica que várias empresas de SC transferiram máquinas e equipamentos para produzir em outros estados como MG, AM, PA, entre outros, motivadas principalmen-te pelo custo no frete do produto final. Po-rém em 2012, o dirigente comenta que o setor mostrou uma certa estabilidade nes-tes movimentos, mas sofreu um forte im-pacto com aumento das matérias-primas, do frete e principalmente no custo de mão de obra. Freitas acrescenta que o aumento

do custo com o pessoal tem sido acima da inflação e isso vem ocorrendo há alguns. Mas ele observa que este fato tem um lado positivo, “o setor conseguiu selecionar bem sua mão de obra”.

Freitas afirma ainda que 2012 foi marcado pela entrada efetiva em vigor da norma Inmetro 14865, que estabalece padrões para a fabricação dos copos des-cartáveis. Segundo ele, a normatização da produção dos copos vai profissionalizar o setor e oferecer um produto com maior qualidade. O dirigente conta que esta iniciativa gerou um forte crescimento no consumo das resinas de polipropileno (PP) e poliestireno (PS).

Quanto à movimentação da balança comercial do setor, o dirigente salienta que as exportações do segmento continuam muito discretas, sendo que os principais mercados são os países vizinhos ao Brasil. Na área de importação de matéria-prima, “notamos que os números também foram discretos, apesar do forte aumento pratica-do pelas petroquímicas”, acrescenta.

Uma grande preocupação do presi-dente é a perda da competitividade das empresas do setor. Ele explica que SC é o principal produtor de descartáveis do país, mas devido à falta de incentivos por parte dos governos estadual e municipal e também ao forte aumento dos valores dos fretes, “logo deveremos perder esta condi-ção”, prevê Freitas.

Previsões para 2013 – Depois de um ano difícil para as empresas da in-dústria do plástico, as previsões para este ano são otimistas, mas cautelosas. Esta é pelo menos a posição do presidente do Simpesc. Schmidt diz que vê 2013 com cautela, “pois as questões que atrasam nosso crescimento ainda persistem, como a malha rodoviária deficiente, um sistema tributário complexo e ineficiente, escassez de mão de obra qualificada, custos traba-lhistas elevados, entre outras”, observa. Ele crê que um crescimento de 3 a 4% se-ria algo bastante saudável.

Já o presidente da Abrade e do Sin-

Anselmo Freitas: “Santa Catarinaé o principal produtor de descartáveis do país”

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desc está mais apreensivo quanto ao ano de 2013. Ele diz que não espera crescimen-to para o setor no período, principalmente porque os copos descartáveis ficaram mui-to caros devido aos fortes aumentos de custos, em especial da matéria-prima. “O setor como um todo se mostra muito pre-ocupado com o aumento forte nos custos de produção, fazendo com que as presas pratiquem margens negativas”, salienta.

Vocação para o plástico - Os produtores de matéria-prima, de máqui-nas e equipamentos que atuam em Santa Catarina destacam o grande potencial e a evolução da indústria de transformação de plásticos da região. Para a Cristal Master, empresa com fábrica em Joinville (SC), o desempenho do setor plástico no estado

é excelente. O diretor geral da empresa, Luiz Carlos Reinert dos Santos, observa que a transformação de termoplásticos em SC está bem distribuída e diversificada. Acres-centa que nem o ritmo desfavorável da eco-

nomia brasileira está sendo empecilho para novos empreendimentos no setor plástico que ocorrem em SC. “Com o segundo maior nível de consumo de resinas do País e se caracterizando como o segundo maior par-que de produção nacional, o nosso estado continua respondendo com vigor à crise nas demandas internas e atraindo novos inves-timentos, com empresas nacionais se repo-sicionando geograficamente mais próximas de seus clientes, bem como internacionais de alta tecnologia dando preferência à re-gião Sul na hora de programar investimen-tos para o Brasil, focados principalmente nos mercados mais emergentes da atuali-dade, representados pelas produções agrí-colas, alimentos e automotivas”, salienta.

Segundo o diretor, atualmente Santa Catarina possui uma acentuada representa-tividade, não só no segmento de plásticos, mas também no contexto geral do cenário produtivo. Fala que o estado foi pioneiro na transformação de plásticos há 57 anos, quando houve o ingresso da primeira má-quina de injeção manual no seu território

Normatização da produção dos copos vai profissionalizar o setor

e oferecer produto com maior qualidade

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e mantém a vice-liderança como polo na-cional do segmento, atrás apenas de São Paulo. Santos descata a expansão do setor

em várias cidades do estado, mas observa que Joinville possui uma vocação especial para a transformação de plásticos, além de

contar com escolas profissionais para for-mação de mão de obra qualificada. Acres-centa que a cidade é sede de gigantes do setor de construção civil. “Ela concentra 34,2% das empresas de Santa Catarina, que consomem a maior fatia de materiais trans-formados, 35,6%. Joinville é considerado um dos maiores pólos de transformação de PVC do Brasil”, informa.

A Cristal Master atende aproximada-mente 90% das empresas transformadoras de Santa Catarina, oferecendo uma ampla linha de concentrados de cores, aditivos e compostos, para vários segmentos. As vendas no estado representam 50% do faturamento da empresa. O diretor da companhia informa que são em média 350 toneladas/mês de produtos distribu-ídos na região. Santos explica que todos os segmentos atendidos pela companhia possuem uma grande representatividade no mercado. Mas destaca que as empre-sas de filme, ráfia, utilidades domésticas, construção civil e de descartáveis são as mais representativas em volumes.

O setor em Santa Catarina- De acordo com dados de 2011 da Fiesc, o polo plástico regional conta com 952 empresas de transformação de plásticos e mais de 35 mil trabalhadores; - No ranking nacional do setor o estado figura em segundo lugar no consumo de resinas;- Representa 10,5% do setor nacional;- É o sexto exportador nacional de produtos plásticos; - Em 2012 exportou US$ 74,4 milhões;- Argentina é o principal destino das vendas externas de SC, totalizando em 2012 US$ 17,2 milhões;- O estado importou no ano passado US$ 1.285 bilhões, ou seja, 16% do total im-portado pelo Brasil no segmento plástico;- Grande parte do volume de importações é de matérias-primas; - O principal fornecedor do estado no período foi a Argentina, com negócios na ordem deUS$ 241,4 milhões; - De acordo com dados finalizados até o terceiro trimestre do ano passado, o setor no estado cresceu 5,9% em faturamento; - Estimativas apontam que o consumo de resinas no período seja acima de 1 milhão de toneladas, com destaque para o PVC.

Santa Catarina

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Ainda de acordo com o diretor a Cristal Master vem concentrando seus esforços em busca da excelência na fa-bricação de masterbach, “com forte cres-cimento no ano de 2012 e no primeiro trimestre de 2013”, conclui.

Franco crescimento - Com gran-de atuação no segmento de máquinas para o mercado de perfis e tubos de PVC, a Extrusão Brasil comenta que o setor de transformação catarinense é bastante ex-tenso e está em constante expansão. O di-retor da empresa, Leonardo Rocha Borges, diz que a região é muito representativa para companhia. Salienta que a indústria do plástico no estado, de forma geral, é composta por um conglomerado de empre-sas de pequeno e médio porte, mas que se destacam pela eficiência e pela busca de tecnologia de ponta.

Borges informa que a Extrusão Bra-sil tem mais de 40 conjuntos completos de extrusão de perfis instalados no es-tado catarinense. “Acredito muito em SC

e tenho certeza que será a região que mais vai crescer nos próximos 10 anos”, afirma o diretor.

Destaque nos rígidos e flexí-veis - Para a Rulli, Santa Catarina se des-taca de longe na transformação de plásti-cos. Para demonstrar a força do setor no estado, Paulo Leal, da área de vendas téc-nicas da empresa, comenta que num raio não muito grande, só em torno do porto de Navegantes existem mais de 50 indús-trias de transformação de plástico (Blow Filme). “Neste estado se concentram os maiores transformadores de poliestireno e polipropileno para o segmento de descar-táveis e rígidos”, acrescenta.

Leal destaca que devido ao gran-de número de empresas voltadas a este segmento, “fica fácil entender porque a maioria dos profissionais líderes, encar-regados e operadores de extrusoras de ponta, já trabalharam ou tiveram seus conhecimentos adquiridos nesta re-gião”, acrescenta.

De acordo com o executivo, as ven-das para o estado de Santa Catarina têm uma grande participação na produção total da Rulli. “Os segmentos de rígido e flexível voltados a fabricação de inúmeros produtos de nosso uso diário são os nos-sos focos na região”, observa.

Infraestrutura - A falta de in-vestimentos em infraestrutura é uma das dificuldades apontadas pelo presidente do Simpesc, que freia o desempenho das indústrias do estado. Schmidt comenta que há muito para ser resolvido, incluin-do o trecho Sul da BR 101, que segundo ele é uma das prioridades de SC. “Mas as questões relativas à logística de trans-porte por mar, terra e ar têm de ser ata-cadas em conjunto, como se fosse um sis-tema e não de forma isolada”, comenta. O presidente frisa que Santa Catarina tem aeroportos pequenos e defasados, portos razoáveis, mas ainda aquém das neces-sidades, “além de rodovias muito abaixo da capacidade que precisamos”, observa. >>>>

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O diretor da Cristal Master faz coro ao afirmar que existem dificuldades nos portos do estado. Santos observa que a ação da iniciativa privada em Navegan-tes e Itapoá trouxe melhoria, “mas ain-da temos as travas das liberações que dependem do governo, de uma reforma fiscal, trabalhista e portuária decente”, salienta. Apesar das críticas, o empresá-rio comenta que os portos do estado são bem equipados e mantêm linhas regula-res com as principais cidades portuárias do mundo. O diretor informa que o Porto de Itajaí é o segundo do Brasil e fica bem próximo de Joinville, “o que facilita mui-to nossas importações”, frisa. Acrescenta ainda que Santa Catarina é o único esta-do brasileiro com três representantes no ranking dos 20 principais portos do país. “Apesar da super movimentação nos por-tos, vejo que estamos em vantagem em relação aos demais estados”, acrescenta.

Divulgação dos portos - Com o objetivo de divulgar os portos do estado, a Fiesc participou da Conferência Infra-Portos. O evento ocorreu paralelo à se-gunda maior feira de logística, transporte de cargas e comércio exterior do mundo, a Intermodal South America. Após a apre-sentação, o presidente da Fiesc, Glauco Côrte, e os representantes dos portos de Santa Catarina seguiram para o escritório paulista da Confederação Nacional da In-dústria, a CNI, para apresentação de pai-néis às associações do setor.

Participaram da programação dire-

tores dos portos e terminais portuários de Imbituba, Itajaí, Itapoá, São Francis-co do Sul e Navegantes. O objetivo da FIESC, em sua primeira ação de promo-ção integrada com os portos catarinen-ses, é mostrar porque o estado se tornou um dos mais competitivos da América do Sul. Com 500 quilômetros de extensão costeira, se destaca pelas características específicas de cada um de seus portos, entre eles Imbituba, Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul, Itapoá e Lagu-na. Com linhas disponíveis para todos os mercados do mundo e para os mais diversos tipos de carga, além de nave-gação de cabotagem, os dezoito termi-nais, somados, têm 2,3 milhões de m2 de área total. A partir de 2013 e até 2017, o governo federal anunciou que inves-timentos de até R$ 54,2 bilhões serão divididos entre setor público e privado para serem aplicados em infraestrutura na rede portuária brasileira. Outra mu-dança são as novas medidas regulatórias que preveem aumentar a movimentação de cargas com menores tarifas para aper-feiçoar o setor portuário.

Inovação em termoforma-gem - Seguindo a tradição de inovação no setor de transformação de plásticos, a empresa NTS Máquinas e Equipamen-tos, de Criciúma, implementou o proces-so de termoformagem aquecido com gás natural. O projeto foi desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio técnico e financeiro

da Petrobras e da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS). Concebeu uma solução movida a gás natural para o seg-mento de termoformagem de plástico, ao invés do que é comumente utilizado, a eletricidade. A NTS é empresa parceira do estudo e produziu copos plásticos com energia proveniente do gás natural.

O processo, até então, era realizado apenas com energia elétrica. Agora, até 30% da etapa de aquecimento poderá ser substituída por um painel radiante movi-do a gás natural, com grandes vantagens econômicas para as indústrias. O proje-to é inédito neste formato, e, após ser patenteado, poderá representar ganhos em competitividade para a indústria na-cional. Denominado Termopor, o estudo foi conduzido durante três anos e contou com investimentos de R$ 1,7 milhão. “A solução industrial é inovadora e abre ca-minho para uma nova aplicação do gás natural, contribuindo para a diversifica-ção do uso desta fonte de energia am-bientalmente correta”, explica o gestor do projeto por parte da SCGÁS, engenhei-ro Jorge Gustavo Wanderley de Azevedo.

O diretor da NTS, Walter João Nuer-nberg, completou: “O equipamento é uma evolução de um trabalho que iniciou há mais de três anos, e com certeza será uma novidade no mercado, trazendo redução de custos na produção. Como a conta de energia é um item bastante importante no custeio das empresas, esta alternativa poderá proporcionar vantagens bastante competitivas para as indústrias.”

Santa Catarina

PS

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P raticamente todos os setores da in-dústria nacional amargaram momen-tos difíceis no ano de 2012. Com o setor calçadista não seria diferente.

Grande usuário do plástico como matéria--prima, este segmento sofre com diversos fatores econômicos, entre eles o alto custo Brasil, que se tornou, nos últimos anos, um grande elefante branco do setor industrial.

Para enfrentar este e outros obstácu-los, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) segue mobiliza-da pela defesa comercial da indústria cal-çadista brasileira e contra o aumento não intencional do PIS/Cofins. Mais um passo foi dado no último mês, quando o presiden-te e o diretor executivo da entidade, Milton Cardoso e Heitor Klein, estiveram em Brasí-lia/DF reunidos com o secretário de Política

Econômica do Ministério da Fazenda, Már-cio Holland de Brito. O secretário se mos-trou sensível às importações predatórias feitas através de práticas de elisão fiscal por empresas localizadas, especialmente, no Vietnã e Indonésia. “Registramos um importante passo quando da aplicação, em setembro de 2009, do direito antidumping contra o calçado chinês, o que permitiu ao setor recuperar expressivas perdas e a re-tomada de mais de 40 mil postos de traba-lho que se haviam perdido. Por outro lado, na sequência, observou-se movimento dos importadores no sentido de buscar outras fontes de suprimento e no mesmo momen-to em que caíam os embarques oriundos da China verificou-se crescimento das im-portações do Vietnã e Indonésia”, explica Klein, ressaltando que o fenômeno se deu,

claramente, através de práticas de declara-ção irregular de origem e evasão fiscal.

De 2009 para 2012, as importações da China caíram de US$ 183,56 milhões para US$ 58,7 milhões, ao passo que as compras provenientes do Vietnã e Indonésia aumen-taram de US$ 64,4 milhões e US$ 25,8 mi-lhões para US$ 282,4 milhões e US$ 100,1 milhões, respectivamente.

Para Klein, as empresas que antes im-portavam seus produtos da China, hoje im-portam apenas partes para mera montagem do calçado no Brasil, em clara prática de elisão fiscal para burlar as taxas de antidum-ping . “Por importar partes, além de não es-tar sujeita à tarifação extra, a empresa paga menos do que se importasse calçado acaba-do, cuja tarifa é de 35%. Para partes a tarifa é 18%”, lamenta o executivo. Segundo ele,

Uma pedra no sapatoIndústria calçadista articula-se para sobreviver em meio à baixa competitividade e a saída é buscar nas inovações de componentes, como o plástico, o diferencial competitivo.

Tendências & MercadosCalçados

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AÇÃO

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são fortes os indícios de que muitos impor-tadores trazem todas as partes do calçado – cabedais, solados, palmilhas e componen-tes – executando no Brasil apenas a singela operação de montagem, que não correspon-de a mais do que 5% do custo total.

Lição de casaSe de um lado o setor une-se para me-

lhorar a competitividade, do outro o poder público tenta fazer seu dever de casa ao conceder condições mais justas para o cres-cimento da indústria. “Ao longo deste ano, o Governo Federal vai soltar uma série de medidas para a desburocratização e redução dos custos de produção”, disse o secretário--executivo do Ministério do Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, na abertura oficial da 37ª Fimec, ocorrida de 12 a 15 de março nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo. O anúncio do representante da presidente Dil-ma Rousseff, na abertura oficial da feira, foi em resposta aos anseios da cadeia calçadis-ta. Como porta-voz das entidades, o presi-dente da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couros, Calçados e Artefatos (Assintecal), Marcelo Nicolau, destacou que ainda há muitos entraves aos negócios. “Precisamos de medidas para conter o aumento de importações feitas de forma desleal, maior desoneração tributária, fiscal e social, resolução dos gargalos logísticos, apoio para inovação e pesquisa, além de outros tantos fatores

que, em conjunto, temos feito manifesta-ções para que seja buscada uma resolução eficaz e duradoura”, discursou.

Em nome das entidades, o presidente da Assintecal destacou que a cadeia produ-tiva do calçado tem clareza da pré-disposi-ção do governo Dilma em solucionar essas pendências, porém cobrou que essas ações devem ser mais eficientes e, principalmente, mais rápidas. “Só assim, serão corrigidas as inequidades e equilibradas as condições de competitividade”, frisou, ao observar que as três diretrizes estratégicas formuladas no plano de competitividade – leia-se Plano Brasil Maior - priorizam a inovação e design, os investimentos em produtividade e a pro-moção da marca Brasil. “No que depender de nós, continuaremos a investir, a apostar no valor agregado e na geração de empregos, fortalecendo a economia do País”, citou.

Admitindo que a logística e tributos são a espinha dorsal do Custo Brasil e anuncian-do que boas notícias estão por chegar em breve, mas ainda proibido de adiantar quais, o secretário-executivo do MDIC avisou que “o Governo Federal elegeu dois eixos principais de atuação: combate à extrema pobreza e a busca incessante pela competitividade, con-siderada fator central do desenvolvimento”.

Embora cresça o consumo de plástico

no setor, aumento das importações preocupa

quem atua na área

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AÇÃO

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Uma coisa está interligada à outra, segundo ele, pois o conceito de desenvolvimento ca-minha pela inclusão social. E os setores do calçado e o têxtil, como geradores de em-prego e de renda, estão automaticamente no centro das ações que estão por vir.

Exportações decomponentes caem

Segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior (MDIC), no mês de fevereiro/2013, as exportações brasileiras de componentes para calçados caíram 2% em relação ao mesmo mês do ano anterior (de US$ 83,07 milhões para US$ 81,34 milhões). No acumulado dos dois primeiros meses de 2013, no entanto, registrou-se um acréscimo de 1% (de US$ 158,03 milhões para US$ 159,90 milhões). De janeiro à fevereiro de 2013, o Brasil ex-portou componentes para 124 países, entre eles, a Argentina se destacou como principal destino das exportações brasileiras de com-ponentes, com uma participação de 25% do total. O valor exportado para lá foi de US$ 39,94 milhões, 1% a mais do que o mesmo período do ano anterior. O segundo princi-pal destino no período, representando 11% do total exportado pelo Brasil, foram os Es-tados Unidos, com incremento de 29% em receita (de US$ 13,72 milhões para 17,72 milhões) em relação ao período do ano anterior. A Alemanha apareceu no terceiro posto, importando US$ 12,46 milhões em componentes para calçados brasileiros, no entanto, este valor foi 6% a menos do que o importado no período de 2012. Os principais segmentos das exportações foram: Saltos e Solados (18%), Produtos Químicos para Cou-ro (17%) e Ferramentaria (17%)

Aumento nospreços de insumos

Num ciclo repetitivo a cada início de ano, os reajustes impostos pela indústria de matérias-primas, proveniente de nafta (pe-tróleo), voltam a pressionar os fabricantes do setor de componentes para calçados e couros que dependem desses insumos para produzir adesivos e outros produtos. Por exemplo, de junho a janeiro deste ano, a acetona sofreu aumento de mais de 55% e o tolueno de mais de 18%, conforme dados divulgados pelo ICS Pricing.

Assim, mesmo um ambiente favorável com o dólar estável não é capaz de ame-

nizar o impacto provocado com a elevação do preço da matéria-prima, que representa 50% da formulação do custo de adesivos e solventes. Nas mãos de poucos fornecedo-res, essas matérias-primas acompanham os preços internacionais, o que acaba afetando as negociações com toda a cadeia produtiva.

Portanto, mesmo sendo o repasse do reajuste inevitável para os demais fabrican-tes, o setor de componentes está mobilizado para encontrar alternativas com o objetivo de minimizar o impacto junto a seus clien-tes. Ou seja, será feito o máximo esforço para garantir o menor impacto possível para os produtos e para a cadeia.

Apelo SustentávelQuestões econômicas à parte, a gran-

de estratégia está na inovação através de iniciativas que favoreçam o meio ambiente. O Brasil hoje ocupa a terceira posição no setor calçadista, gerando mais de 300 mil empregos no país. A novidade nesse mer-cado é o lançamento do Programa Origem Sustentável. Originado da parceria do Labo-ratório de Sustentabilidade (LASSU) da Es-cola Politécnica (Poli)da USP, a Associação das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a Associação Brasileira de Empresas de Com-ponentes para Couros, Calçados e Artefatos (Assintecal), essa iniciativa tem como obje-tivo certificar o nível de ações sustentáveis nas produções de empresas brasileiras.

Um grande exemplo de empresa que, desde seu nascimento, possui um concei-to sustentável é a Comparoni. Parte do Grupo Natural Cotton Color, a empresa produz todos os seus sapatos com algo-dão colorido. Essa matéria prima, que foi desenvolvida pela EMBRAPA, já nasce com cor, evitando o tingimento químico, processo que economiza 70% de água, e não faz uso de substâncias químicas.

Outra novidade alicerçada pelo ape-lo ambiental é a linha de sandálias que contribuem para o equilíbrio ecológico do planeta da Amazonas Sandals. A linha Bio Rubber é desenvolvida a partir de uma borracha biodegradável vulcanizada, obti-da através do látex natural extraído das seringueiras da Amazônia.

Esse material, desenvolvido pioneira-mente pelo Centro de Tecnologia AMAZO-NAS, se degrada após cinco anos de desuso, 50 vezes mais rápido do que a borracha sin-tética – que leva cerca de 500 anos para ser

Tendências & MercadosCalçados

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absorvida pelo meio ambiente. Em tempo - a sandália não irá se desintegrar enquanto es-tiver guardada no armário. Para que ocorra a decomposição, o modelo precisa ser des-cartado em condições favoráveis, em um ambiente com água, gás carbônico e terra, como um aterro sanitário, por exemplo.

Inovações O desenvolvimento de matérias-primas

que agreguem valor ao setor calçadista é também grande aliado para o aumento de competitividade. Exemplo disso são as maté-rias-primas fabricadas pela Rhodia, empresa do grupo Solvay. A empresa fornece produtos para todas as fases de tratamento de cou-ro, insumos para a produção de poliuretano aplicado em calçados, sílicas empregadas em solados, solventes sustentáveis para adesivos e couro, além de fios têxteis e fios industriais de alta tenacidade para uso em linhas de cos-tura industrial. O setor representa em média por ano 7% das vendas da Rhodia no Brasil.

Um dos destaques da empresa é o desenvolvimento de um TPU (poliuretano

termoplástico) em conjunto com a empresa Scandiflex para aplicação no setor de calça-dos. Esse novo produto ampliará a utilização de insumos da Rhodia empregados na produ-ção de sistemas de PU para o setor. Segundo Antonio Luvizeto, diretor comercial e de ma-rketing da área global de negócios Poliamida e Intermediários do grupo Solvay, novidades como esta integram a estratégia da empresa dentro da cadeia química do C6 (seis molé-culas de carbono), que permite à empresa a possibilidade de criar e produzir novas solu-ções em tecnologias e produtos na área de intermediários químicos, atendendo a dife-rentes necessidades do mercado.

“Estamos desenvolvendo inovações que ampliam nossa oferta de intermediá-rios em várias partes do mundo, incluindo o Brasil, onde está nossa base industrial para a região”, acrescenta Luvizeto, informando que a empresa investiu em torno de 1 (um) milhão de euros na implantação, no centro de pesquisas da empresa, em Paulínia, de um laboratório de P&D dedicado exclusiva-mente à área de Poliamida e Intermediá-

rios. Além da atuação em pesquisa e desen-volvimento, o laboratório também agrega importantes benefícios no âmbito da as-sistência técnica e do estabelecimento de parcerias tecnológicas junto aos clientes.

Sílicas e Serviços Na área de sílicas precipitadas, um

insumo de larga utilização na produção de solados de calçados esportivos, os destaques são os serviços de desenvolvimento de apli-cações oferecidos aos clientes pela Rhodia, além da gama de produtos em diferentes apresentações que atendem a necessidades específicas da indústria de componentes e de solados de calçados.

Entre os produtos, a novidade é a in-trodução no mercado de calçados da sílica de alto desempenho, sob a marca Zeosil®, que apresenta maior dispersabilidade e com-patibilidade com a borracha, ampliando as propriedades físicas dos solados, tais como melhor resistência ao desgaste, melhor ho-mogeneização dos compostos e padroniza-ção de lotes de produtos.

Calçados

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Nosso Brasil está mesmo em alta. A Clariant, empresa mundial de especialidades químicas, pu-blicou seu guia de previsão de

tendências e cores ColorForward™ para 2014 com forte inspiração verde e amare-la. Elaborado especificamente para a in-dústria de plásticos pelo ColorWorks™ da Clariant, o ColorForward usa a linguagem das cores para expressar as tendências que vão atrair a atenção das pessoas e definir a paleta de tons para 2014. Pois o Brasil figura entre as tendências que leva-ram à escolha dos tons e também na de-nominação deles. Um verde, por exemplo, se chama “Hora da caipirinha”. Detalhe: mesmo na divulgação internacional e na paleta os nomes aparecem em português.

Para a Clariant, a cor satisfaz aos olhos, diferencia, agrega valor e identi-fica a forma e a função. Como ferramenta que comunica emoções e histórias, a cor tem o poder de transcender e traduzir influências culturais, políticas, religio-sas e sociais para um bem maior. As pre-visões do ColorForward se baseiam em intensas pesquisas das tendências so-ciais mais influentes ao redor do mundo realizadas pelos membros da rede global ColorWorks que voltaram suas atenções

à enorme quantidade de eventos, expo-sições e conferências, além das tendên-cias emergentes, extraindo diversas in-fluências verdadeiramente globais.

Especialistas das principais orga-nizações observadoras de tendências e especialistas em cores de indústrias tão distintas como arquitetura, têxtil, artigos domésticos, automotiva e moda contri-

buem ativamente para o processo, com-partilhando suas visões e pensamentos. Descobrir as tendências mais significativas e as cores que elas geram não é uma tarefa simples. No ColorForward 2014, especialis-tas em cor, design, marketing e polímeros de todas as partes do mundo, represen-tando diversas disciplinas, reuniram-se não só para identificar tendências sociais

Brasil é destaque em portifólio mundial de cores para plásticos

Mercado

Mesmo na versão em

inglês nomes aparecem em

português

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inegavelmente globais, mas também para desenvolver cores harmoniosas que refli-tam a influência única de cada tendência.

A paleta de cores de 2014 baseia-se em quatro tendências sociais que podem causar um importante impacto no futuro próximo: Keep It Real, Re|use|full, There to Share e Vamos Jogar Bola. Saiba o que cada uma significa, segundo a Clariant, e repare que a tendência quatro reflete a imagem brasileira que aparece diaria-mente na imprensa, reafirmando a visão global diante do Brasil.

Keep It Real Em uma época em que os consumi-

dores estão sobrecarregados com marcas

e cansados de produtos similares, todos os fabricantes se deparam com a questão estratégica de como manter seus clien-tes interessados. As pessoas buscam uma ligação com os produtos que adquirem. Elas desejam comprar marcas verdadei-ras, transparentes e tangíveis; para ter sucesso e impressioná-las, os fabrican-tes precisam decifrar esse código. Para se diferenciar no mercado, as marcas devem melhorar os serviços e conectar--se aos consumidores de maneira mais pessoal, pois os clientes podem avaliar a qualidade dos produtos e serviços em níveis que antes eram impossíveis.

Norzihan Aziz, Head of ColorWorks para a Região da Ásia-Pacífico, dá mais

detalhes: "A paleta de cores se destaca nessa nova forma de poder. Uma das co-res, Genuine, representa transparência e honestidade. É uma cor consciente e em-basada, que faz lembrar a autenticidade e o sabor de uma azeitona. É uma cor clássi-ca que resistirá ao tempo".

Re|use|full Após ter superado a recente reces-

são, o público está cansado e desapontado com ideias arcaicas e desperdícios. As pes-soas estão agora motivadas a transformar o velho em novo. Esse tema se refere a uma nova liberdade de expressão: realizar conquistas novas e significativas simples-mente através do processo de observar os materiais existentes sob diferentes ângu-los e produzir novas criações.

"As cores são a visualização de um pensamento criativo que transforma pro-dutos descartados em identidades da nova geração", explica Simon Clarke, Packaging, Market Segment, Ásia-Pacífico. "As novas cores mesclam sensações concretas de atemporalidade, criando uma impressão renovada de longevidade e desempenho". Vamos reutilizar e recombinar pensamen-tos antigos para recriar algo completa-mente conceitual e fantástico. Este é o novo mantra que inspira a todos.

MercadoTendências apontam para cores que vão muito além do básico

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There to Share Estamos vivendo a era da informação

digital e dos aparelhos móveis, onde a in-formação está acessível a todos. Shared Thinking é uma nova abordagem do apren-dizado baseado na prática, na reflexão co-laborativa e em rede. A atual geração está mais aberta a compartilhar do que a acu-mular conhecimento. A tendência é unir ideias para colaborar e solucionar os pro-blemas do mundo. Dinheiro, bens e status são considerados aspectos menos impor-tantes, enquanto compartilhar o conheci-mento é visto como uma atitude generosa, de verdadeira bondade e valor.

One time zone, uma das cores des-se tema, inspira-se na cidade a altas ho-ras da noite para obter sua cor escura e profunda. "A escuridão remete à cidade noturna; as luzes vermelhas representam as pessoas ao redor do mundo, digital-mente interconectadas, compartilhando suas experiências, pensamentos e ideias. Ao mesmo tempo, essa cor representa o momento da noite em que alguém facil-

mente se conecta através dos fusos horá-rios, pois a tecnologia nos permite com-partilhar informações de maneira fácil e rápida", revela Judith van Vliet, designer da ColorWorks Europa/IMEA e membro da equipe ColorForwar

Vamos Jogar Bola O verdadeiro espírito brasileiro é

o que define esse tema. O campeonato mundial de futebol reunirá diversos paí-ses e milhões de torcedores em torno de uma só paixão: o amor pelo futebol, que realmente pode alcançar a devoção reli-giosa. Os brasileiros também expressam sua alegria através das cores do carna-val, ao ritmo da dança e do samba que faz os corações vibrarem. Esses anima-dos eventos reúnem grandes multidões e também podem ser considerados como um convite para unir esforços e solucio-nar os problemas globais. O mundo está crescendo rapidamente e, à medida que se abre, surgem novos mercados, princi-palmente aqueles conquistados pela nova

e crescente classe média. O Brasil está investindo grande quantidade de recursos para mudar o país. O fenômeno da inclu-são pode ser visto em todas as partes. Além disso, eventos de desenvolvimento sustentável são movidos pela inovação. Há muita alegria no ar, porque o Brasil tem muito que comemorar.

Tapirapé Splash Green, uma das co-res dessa categoria, inspira-se no verde da floresta amazônica brasileira. "A cor predomina na bandeira nacional, nos am-bientes naturais e, claro, no gramado do futebol. O verde é uma das cores mais pre-sentes na cultura e na sociedade latinoa-mericana. Os Tapirapé são uma das tribos indígenas brasileiras que sobreviveram à conquista europeia e à subsequente co-lonização do país, mantendo com poucas mudanças a maior parte de sua cultura e dos seus costumes. Seu tribalismo e rela-ção entre o homem e a natureza foram a inspiração da nossa cor", revelou Antonio A.F. Rollo, Regional Key Account Manager para a América Latina. PS

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O Simplás – Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho realizou no dia 11 de março a pri-meira reunião-janta de 2013 na Câmara de Indústria e Comércio de Caxias do Sul (CIC), quando o presidente

Orlando Marin apresentou oficialmente novos membros da dire-toria e falou dos trabalhos para este ano. A reunião contou com a presença de Luciano Guidolin, vice-presidente da unidade de poliolefinas da Braskem, que falou sobre “O momento atual da petroquímica brasileira, perspectivas para os próximos anos e o pré-sal”.

Marin disse que a incorporação de ativos que tornou a Braskem uma grande empresa global deve ser louvada e que de-seja que a indústria brasileira, que segundo ele foi jogada em segundo plano até o ano passado, volte a ocupar o posto que já teve na economia brasileira. Os novos membros da diretoria do Simplás são Jaime Lorandi, que assume a 1ª vice-presidência e Zeca Martins, a diretoria executiva.

Jaime anunciou que na feira Plastech, em agosto em Caxias do Sul, a reciclagem terá um grande destaque. Na ocasião será montado um estande de reciclagem, onde os resíduos do evento serão devidamente separados e o plástico transformado em ban-cos infantis. As peças serão doadas a escolas municipais de Caxias do Sul. “O estande Recicla Plastech Brasil vai mostrar o processo de reciclagem aos visitantes”, comentou Lorandi, agradecendo o apoio dos parceiros que apostam no projeto.

Marin lembrou a importância da Plastech como feira que fortalece o transformador plástico gaúcho, citando que a parti-cipação na Feiplastic, no final de maio em São Paulo, não pode se sobrepor ao evento local. “A participação na Plastech é uma questão de vontade, de planejamento e organização”, afirmou.

Zeca Martins agradeceu a oportunidade de compor a equi-pe do Simplás e lembrou que o Brasil tem muito a crescer em relação a consumo de plástico per capita, especialmente se comparado à Argentina e Eua.

Simplás apresenta novos membros da diretoria em primeira reunião-janta de 2013

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Braskem: negóciose perspectivas

Luciano Guidolin, vice-presidente da Braskem, falou sobre a atuação da empresa através de suas 36 unidades no Brasil (BA, RJ, AL, SP e RS) e no exterior (Estados Unidos e Alemanha). Também tratou dos investimentos no México, Etileno XXI, e no Rio de Janeiro, com o Comperj.

Sobre a economia brasileira, comentou que a recuperação está mais lenta que em outros lugares do mundo, especialmente a indus-trial nos últimos dois anos. Em relação ao transformador plástico, ele diz que até 2007 a balança comercial estava equilibrada, mas depois as exportações caíram e as importações subiram. As impor-tações de PE triplicaram em quatro anos, principalmente do Oriente Médio e Eua, países com acesso à matéria-prima de menor custo ou incentivos dos governos. Guidolin diz que a indústria petroquímica mundial vive período de baixa rentabilidade, com vale de ciclo petro-

químico em 2012, com exceção dos Eua. “A descoberta de shale gas elevou a competitividade da indústria petroquímica nos Eua frente à produção base de gás”, comenta. Ele destaca, no entanto, que os preços não terão necessariamente uma dinâmica muito diferente no mundo, pois o produtor americano busca rentabilidade nos primeiros elos da cadeia. “A nafta continuará a ser a maior fonte de produção de petroquímicos no mundo”, afirma.

Em relação à economia, Guidolin acredita em um crescimento superior a 3,5% nos próximos cinco anos para o Brasil. “O consumo de plásticos ainda tem potencial de crescimento no Brasil. Países mais ricos consomem mais plásticos, mas apenas até um limite. De-pois o consumo é suprido pelos emergentes. O Brasil está muito abaixo do consumo, temos que caminhar para aumentar, a questão é a quantidade”, diz.

Guidolin lembrou a extensão do Pré-Sal, do Paraná ao Espí-rito Santo, destacando porém que apenas 1/3 foi licitado e teve cronograma de exploração revelado. Ele lembra que este trabalho é fundamental, pois o processamento do gás associado ao petróleo do pré-sal traz oportunidades à indústria petroquímica brasileira. “O Brasil pode ter matriz de produção baseada no Nafta e gás”, afirma. Ele lembrou que 70% do Nafta da Braskem é fornecida pela Petro-brás e que quanto maior esse percentual, melhor. “Para a Braskem, é sempre bom ter fornecedores ao lado”, diz. Do mesmo modo, é o melhor interesse da Braskem que o primeiro destino da sua resina seja o transformador brasileiro.

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Andaime de plástico transporta até 500 kg

O Grupo Baram apresentou no dia 12 de março na Feicon Batimat – Salão internacional da construção, em São Paulo, um andaime – também conhecido como balancim – de plástico. A tecnolo-gia consiste em utilizar 30 KG de com-pósitos para a produção de um equipa-mento com a mesma capacidade de um balacim de aço, que transporta até 500 KG, e com duração de até 15 anos - de-pendendo da manutenção recebida, sen-do cinco anos com garantia da fábrica. Utilizado em obras para acesso de ope-rários e transporte de cargas, o balancim produzido com esses materiais tem como vantagens a redução do peso; a durabi-lidade, uma vez que não sofre os efeitos da corrosão como ocorre com feitos de aço; a reciclagem do material, ou seja, mais cuidado com o meio ambiente; e a garantia de retornar o equipamento ao fabricante, através de política da logís-tica reversa. “Isso significa dizer que a Baram receberá o equipamento de vol-ta ao final do ciclo para dar um destino adequado ao produto, através da recicla-gem do material, e ainda garantirá um crédito ao comprador para adquirir outro equipamento da linha”, informa o dire-tor-presidente do Grupo, Josely Rosa.

Atualmente, a preocupação ambiental é uma constante para todas as empresas e organizações públicas e privadas. A lo-gística reversa aborda a questão da recu-peração de equipamento, produtos, par-te de produtos, embalagens, materiais, entre outros, desde o ponto de consumo até ao local de origem ou de deposição em local seguro, com o menor risco am-biental possível.

(Fonte: Grupo Baram)

Resíduos da Plastech Brasil vão virar bancos infantis

Na Plastech Brasil 2013, que ocorre entre os dias 27 e 30 de agosto em Ca-xias do Sul, a reciclagem terá um grande destaque. A feira contará com um estande dedicado à reciclagem dos resíduos plásti-cos gerados durante o evento. Lá o público poderá acompanhar todo o processo de re-

ciclagem, desde a separação dos resíduos até a transformação em novos produtos. O espaço Recicla Plastech Brasil irá trans-formar o plástico recolhido em bancos infantis. As peças serão doadas a escolas municipais de Caxias do Sul.

Lanxess fatura € 1,6 bilhão com Mobilidade Verde

Em 2012, a LANXESS obteve um fa-turamento de cerca de € 1,6 bilhão com produtos e tecnologias para a "Mobilida-de Verde", que representaram cerca de 17% do faturamento global. A empresa espera atingir um faturamento de cerca de € 2,7 bilhões em vendas com a "Mobi-lidade Verde" até 2015. No início de mar-ço, a empresa anunciou um novo projeto de borrachas de alta performance usadas em "Pneus Verdes" para o Polo Petroquí-mico de Triunfo (RS).

Foco no Verde

Tecnologia utiliza 30 KG de compósitos para

produção de equipamento que transporta

até meia tonelada

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Não é só juro alto que mantém os preços de nossos produtos e serviços e a inflação sob con-trole. Para isso, a concorrên-

cia é fundamental! Juros altos por tan-to tempo ajudaram a provocar um longo período de valorização da nossa moeda, que, aliado à baixa produtividade, pesada carga tributaria, falta de infraestrutura adequada, burocracia, aumento dos gas-tos do governo com pouca eficácia na sua utilização, afastou o investimento e des-truiu a capacidade competitiva do Brasil. O País pagou desnecessariamente muito tempo cerca de R$ 19 bilhões em juros para cada 1% de aumento de Selic, sendo que uma boa parte desse valor poderia ter sido aplicada na infraestrutura e/ou desoneração dos investimentos.

Enquanto isto, felizmente, a dispo-nibilidade maior de crédito, aumento do poder de compra dos salários e inclusão social resultante dos corretos investimen-tos do governo em erradicação da miséria aumentaram a renda dos brasileiros, que foram às compras! Com renda per capita até US$ 5.000/ano, as pessoas procuram atender as suas necessidades básicas. Quando ultrapassam esse patamar, situ-ação na qual nos encontramos hoje, elas passam a ter acesso a mais serviços, bens duráveis e produtos manufaturados. E são justamente estes últimos, que tanto en-cantam os consumidores, que perdemos a capacidade de produzir aqui a preços competitivos. Depois que a nossa renda per capita ultrapassar US$ 20 mil, com melhora da qualidade da educação e com os salários mais altos, cairá a participa-ção dos manufaturados no PIB, aumen-tando a de serviços e de produtos de maior conteúdo tecnológico. Porém, isso esta longe de acontecer!

A falta de concorrência, e o baixo investimento jogaram os preços de ser-

viços administrados pelo governo e os de produtos de grandes oligo/monopólios nas alturas. O custo do capital, carga tributária, salários crescentes com que-da da produtividade e o baixo interesse de investir para competir com produtos importados, que a cada dia ficavam mais fortalecidos com a valorização do Real, afastaram a possibilidade de aumento de oferta da produção brasileira. A consequ-ência disso é que a parcela de ampliação do nosso mercado advinda do crescimen-to da renda do brasileiro acabou sendo capturado pelos produtos importados.

Se não tivermos capacidade de pro-duzir aqui os manufaturados que nossa população comprará devido ao aumen-to de sua renda, as importações desses bens, de alto valor agregado, serão cres-centes. E de que adianta esse processo de ascensão socioeconômica, inclusão social e maior massa salarial, se os produtos na-cionais são os mais caros do mundo? Por que o brasileiro tem de pagar mais caro por tudo? Imaginem os nossos consumi-dores com a renda de hoje se os produtos e serviços aqui oferecidos tivessem os preços das lojas de Miami ou das princi-pais capitais asiáticas!

A questão prioritária é: como permi-tir que o Brasil volte a ter condições de concorrer e continue aumentando a renda de seu povo como tem acontecido nos úl-timos nove anos? Só temos um caminho: investimento. Apesar de alguns avanços importantes e corajosos definidos pelo governo no último ano, o investimen-to só virá a partir do momento em que se consolidem alguns preceitos no País: ambição de ser melhor do que os nossos concorrentes; condições adequadas para crescermos muito mais do que se tem verificado; previsibilidade com planos e metas de curto, médio e longo prazos bem definidas; melhora da capacidade

de gestão e execução; regras claras as-sociadas à desoneração do investimento; simplificação dos processos, com menos burocracia; melhora da qualidade do en-sino; acordos comerciais inteligentes com outros países; melhor distribuição da car-ga tributaria, com simplificação, não se onerando tanto o custo de se produzir.

Ademais, precisamos melhorar a nossa infraestrutura e, principalmente, convencer os investidores de que voltem a acreditar no Brasil. Sem investimentos, ficaremos com a inovação a reboque dos nossos con-correntes! E hoje a inovação, fundamental para atender às exigências cada vez maio-res dos consumidores, ocorre onde as coisas acontecem e onde os produtos são fabrica-dos. O importante é recuperar a capacidade de concorrer com vantagem, que perdemos, já faz um bom tempo.

*Ricardo Roriz Coelho é presidente da Associação Brasileira da Indústria do

Plástico (Abiplast) e do Sindiplast.

Temos de produzir aqui o que os brasileiros querem comprar

Artigo Por José Ricardo Roriz Coelho*

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Lanxess divulgabalanço 2012,polímeros se destacamA empresa alemã de especialidades químicas Lanxess anunciou seus números para o ano fiscal passado. "2012 foi o melhor ano da nossa his-tória de crescimento até agora. Nosso modelo de negócio foi mais uma vez comprovado”, disse o presidente do Conselho de Administração da LAN-XESS, Axel C. Heitmann, na Coletiva de Imprensa Anual em Dusseldorf em março. As vendas do grupo cresce-ram 4% no ano fiscal de 2012, para € 9,10 bilhões. O desenvolvimento de negócios foi impulsionado prin-cipalmente pelo foco nos mercados emergentes, demanda sólida para agroquímicos, contribuições satisfa-tórias das aquisições e estratégia de preço antes de volume. O EBITDA pré--excepcionais melhorou em 7%, para € 1,22 bilhão, em comparação com € 1,15 bilhão no ano anterior. Desta forma, o resultado operacional atingiu a meta de aumento de 5% a 10%. A margem EBITDA pré-excepcionais foi de 13,5%, em comparação com 13,1% no ano anterior. O lucro líquido e o rendimento por ação (EPS, em inglês) aumentaram em 2% em 2012, para € 514 milhões e € 6,18, respectivamen-te. Na avaliação de desenvolvimento por segmento, o Performance Polymers apresentou um desempenho sólido e permaneceu como o maior em termos de negócios, aumentando as vendas em mais de 2% em relação ao forte nível do ano anterior, para cerca de € 5,2 bilhões. Na avaliação por região, nos países BRICS (Brasil, Rússia, Ín-dia, China e África do Sul), o fatura-mento avançou em 1% em relação ao ano anterior, para aproximadamente € 2,2 bilhões. O Grupo anunciou que tem como objetivo fortalecer as suas posições de mercado especialmente nesses países.

Dow busca compradores para área de plásticosA Dow Chemical pretende aumentar suas margens de lucros e investir em grandes projetos com matéria-prima competitiva. Para tal, a empresa planeja a venda de ativos a fim de levantar caixa suficiente, informa a Maxiquim. A Dow estima um montante em torno de US$ 1,5 bilhão com vendas de ativos, nos próximos 18 meses. Nesta linha, a Dow está bus-cando compradores para o negócio de licenciamento de polipropileno e para a unidade de aditivos plásticos. O negócio de polipropileno licencia tecnologia para a fabricação de polipropileno enquanto o de aditivos plásticos fornece material para construção civil, embalagens, bens de consumo, eletroeletrônicos e peças automotivas.A empresa tem sofrido com a fraca demanda por eteno, propeno e outros produtos químicos usados para fazer plásticos. Os EUA é o maior consumidor

mundial de plásticos. Assim como outras empresas do setor, a Dow está vendo uma nova oportunidade nos vastos depósitos de shale gas nos EUA. A descoberta do shale gas reformulou todo o cálculo pra a construção de instalações. A partir dessa descoberta, a Dow pretende construir uma nova planta, que deve ficar pron-ta em 2017, e empregar até 3.000 mil trabalhadores na construção. Vai ser erguida na área ocupada pelo conglome-rado químico da Costa do Golfo, no Texas. As instalações vão fabricar matérias para vários segmentos, como embalagens, higiene e médico, elétrico e telecomuni-cações, transporte, esporte e lazer e bens de consumos duráveis.A Dow anunciou também ter chegado a um acordo inicial para fornecer suprimen-tos de eteno a uma planta petroquímica na Costa Sul dos EUA, que está sendo desenvolvida pela refinaria Japonesa Idemitsu Kosan e Mitsui & Co.

(Fonte: MaxiQuim)

Termocolor instala nova filial em Diadema (SP)Depois de contabilizar um crescimento de 30% no ano que passou, a Termocolor parte agora para a ampliação de seu parque fabril. A decisão foi permanecer em Diadema (SP), onde começou sua história de sucesso há quase 30 anos. Nesse ritmo de expansão, a Termocolor acaba de inaugurar uma nova filial, com um total de 8 mil m², aumentando sua capacidade produtiva atual em 10%. A nova filial, estrategicamente localizada, já entra em operação com três máquinas de alta capacidade, laboratório de análise e testes e uma ampla área dedicada a estoque, agilizando os processos logísticos da empresa com seus clientes e fornecedores.É preciso planejamento e recursos para ancorar uma fase de mudança. Assim, a Termocolor, uma das maiores produtoras de masterbatches e compostos plásticos para a indústria de transformação nacional, adotou um cronograma de investimentos ousado nos últimos dois anos, na compra de quatro novas máquinas extrusoras de alta capacidade, treinamento de profissionais e desen-volvimento de novos produtos. “O mercado exige competência e resposta rápida e nós estamos prontos para atuar neste contexto com excelência. explica Lourival Fantinati, diretor da Termocolor.“Estamos apostando no aquecimento do mercado e ele respondeu positivamente. O resultado do ano passado, nos motivou a adquirir duas novas máquinas extrusoras importadas e a buscar a ampliação do espaço físico”, explica Emanuela Botasso, diretora da empresa.

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Sansuy oferece mantaflexível impermeabilizantepara cisternas e reservatóriosFamílias e comunidades que dependem de cisternas para armazenamento da água sabem o que significa encontrar um vazamento. Para minimizar os transtornos ocasionados por esse tipo de ocorrência, a Sansuy, tradicional fabricante de laminados flexíveis e produtos manufaturados de PVC, oferece a Vinimanta, manta confeccionada sob medida e indicada para a impermeabilização de reservatórios e cisternas de concreto.A elasticidade da manta é uma das características que a tor-nam especialmente indicada para aplicação sobre o concreto, pois acompanha a dilatação natural do material, sem que haja ruptura. A Vinimanta é produzida a partir de um composto de PVC, aditivos, plastificantes e estabilizantes que lhe conferem propriedades particulares de flexibilidade e resistência, e per-

Déficit em produtos químicos cresce 16,8%no primeiro bimestre O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 4,3 bilhões nos dois primeiros meses do ano. O valor representa um aumento de 16,8% em relação ao mesmo período de 2012. No primeiro bimestre de 2013, as impor-tações de produtos químicos ficaram aci-ma dos US$ 6,6 bilhões, um crescimento de 11,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as exportações, de US$ 2,3 bilhões, apresentaram elevação de 2,4% na mesma comparação. As compras externas de produtos quí-micos chegaram a US$ 3,0 bilhões em fevereiro, um decréscimo de 14,6% em relação a janeiro. As exportações atingi-ram US$ 1,1 bilhão, registrando queda de 9,4% em igual comparação. Em relação a fevereiro de 2012, as importações cres-ceram 8,2% e as exportações tiveram um leve aumento de 0,1%. Os intermediários para fertilizantes permanecem como o principal item da pauta de importação brasileira de pro-

dutos químicos, com compras de US$ 930,4 milhões no primeiro bimestre deste ano. Já o item resinas termoplás-ticas foi o mais exportado pelo País, com vendas de US$ 327,7 milhões no mesmo período. Na comparação com o primeiro bimestre de 2012, contudo, as vendas externas de resinas termoplásti-cas tiveram queda de 10,7% em valor e de 18,3% em volume.Nos últimos 12 meses (março de 2012 a fevereiro de 2013), o déficit em produtos químicos ultrapassa US$ 28,8 bilhões, o que representa o pior resultado já registrado na balança comercial do setor. “Esperamos que as medidas pleiteadas pela Abiquim no âmbito do Conselho de Competitividade da Indústria Química sejam urgentemente adotadas, com o intuito de alavancar a competitividade e de fomentar a retomada de investimentos em produção local e, com isso, possa ser revertida a tendência de aumento da participação das importações na deman-da local por produtos químicos” alerta a Diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo.

mitem obter um produto adequado para a impermeabilização de reservatórios e também subsolos, lajes e coberturas. Como barreira contra infiltração e perda de água, a manta de PVC também apresenta excelente performance nas impermeabi-lizações de caixas d´água, e ainda pode ser formulada para ter característica inodora e atóxica, garantindo a potabilidade da água.Seus benefícios podem ser ampliados se for acoplada em uma das faces um geotêxtil não tecido, formando um geocomposto, o que garante maior resistência ao puncionamento ou rom-pimento. Além disso, pode ser acomodada de acordo com o relevo, o que possibilita efetuar reparos com facilidade, mesmo próximo a tubulações, ralos e cantos.A Vinimanta é confeccionada em painéis ou módulos, conforme projeto executivo, reduzindo a soldagem em obra e minimizan-do o tempo e custo de mão de obra na instalação.

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Meritor reconhece excelência da Indústrias RomiA Meritor, importante fornecedora de eixos e sistemas OEM para o drivetrain de veículos comerciais na América do Sul, concedeu à Indústrias Romi o prêmio Gestão de Qualidade, durante a edição 2012 do prêmio Fornecedores de Desta-que, que reconhece os melhores fornecedores que prestam serviço ao sistemista. O evento anual foi realizado em Osasco, região metropolitana de São Paulo, onde a Meritor produz eixos, cardans e componentes para veículos comerciais e fora-de-estrada."Certamente este é um reconhecimento muito importante para a Romi, e que endossa o compromisso da empresa com a qualidade e atendimento às necessi-dades dos clientes. Receber a premiação da Meritor demonstra nossa capacidade técnica e logística para fornecer produtos com qualidade mundial a compradores com elevados padrões de exigência, como é o caso do sistemista", atesta Fabio Degan, diretor da área de negócios de Fundidos e Usinados da RomiOs fornecedores são avaliados a partir do atendimento pleno aos requisitos Me-ritor, tendo assim, a Romi, conquistado todos os objetivos.

MVC desenvolve novo conceito de fabricação de carrocerias automotivasA MVC, empresa brasileira líder no desenvolvimento de produtos e soluções em plásticos de enge-nharia e pertencente às Empresas Artecola e Marcopolo, apresenta um novo conceito de fabricação de carrocerias automotivas. Batizado de Projeto Sofia, o produto utiliza vários materiais revolucionários e processos combinados, que propor-cionam redução de peso entre 30 e 40%, comparado com o sistema tradicional de fabricação de carro-cerias de veículos.O novo conceito, apresentado este mês no Simpósio Mundial de RTM e Infusão, realizado na cidade de Saint-Avold, na França, tem como foco os segmentos automotivo e ferroviário para a fabricação de carrocerias de ônibus, automóveis, vagões de trens, vans, caminhões frigoríficos, trailers e furgões. Inovador, totalmente sustentável e desenvolvido 100% em plástico de engenharia, o produto final é um kit que pode ser montado em poucas horas e sem grandes investimentos em ferramental e meios de produção. Segundo Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, a empresa é conhecida pe-las constantes quebras de paradig-mas. “Nesta inovadora tecnologia serão aplicados vários materiais revolucionários e processos combi-nados com destaque para os novos RTM-T e RTM-TS, que são utiliza-dos nos principais componentes estruturais da carroceria. Os ganhos mais significativos do projeto são a diminuição do consumo de combus-tível em razão da redução de peso entre 30 e 40%, comparado com o sistema tradicional de fabricação de carrocerias; a redução de custo total em até 15%; desempenho superior (mecânico, qualidade acabamento superficial e durabili-dade); simplicidade no processo, baixo investimento e materiais compósitos recicláveis e diferencia-dos”, explica o executivo.

Nova diretoria da Abief toma posse no dia 9 de abrilNo dia 9 de abril, será empossada a nova diretoria da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), eleita para o exercício de 2013/2015. A Abief é a entidade que, há 35 anos, representa mercado nacional de embalagens plásticas e faz parte da cadeia produtiva dos plásticos, que é respon-sável por mais de 350 mil empregos diretos no Brasil, em mais de 11 mil empresas. A associação reúne 148 empresas de todo o Brasil que fabricam: filmes monoca-mada, coextrusados e laminados; filmes de PVC e de BOPP; sacos e sacolas; sacaria industrial; filmes shrink (encolhíveis) e stretch (estiráveis); rótulos e etiquetas; stand up pouches (SUP) e embalagens especiais.O trabalho da entidade é pautado no fomento do desenvolvimento do setor e no reconhecimento da cadeia produtiva do plástico como uma cadeia de valor. Atua para estimular as exportações, buscar competitividade e lutar pela isonomia tribu-tária do setor. Atua ainda no incentivo às boas práticas de produção, assim como a educação ambiental e programas de reutilização e reciclagem.

Porto Alegre recebe 2º Encontro Regional ALMACOO 2º Encontro Regional de 2013 organizado pela Associação Latino-Americana de Mate-riais Compósitos acontece no dia 11 de abril em Porto Alegre (RS), na sede da Federa-ção das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS).Além de palestras sobre matérias-primas, processos e sustentabilidade, o evento conta-rá com a participação especial de José Fernandes Martins, presidente do Sindicato Inte-restadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIME-FRE) e da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (FABUS). Martins apresentará o trabalho "A inovação transformando o mundo". Também haverá uma rodada de debates com diversos especialistas em compósitos. "É uma maneira de prestar consultoria gratuita àqueles que, de alguma forma, se relacio-nam com o material", afirma Erika Bernardino, gerente de marketing da associação. Por fim, os participantes do 2º Encontro Regional ALMACO visitarão as plantas da mon-tadora Agrale e da fabricante de perfis Pultrusão do Brasil.O setor brasileiro de compósitos faturou R$ 2,984 bilhões em 2012, alta de 4,6% frente ao ano anterior. No período, em contrapartida, o volume de matérias-primas consumi-das caiu 0,6%, fechando em 206.000 toneladas. Para 2013, a expectativa é de fatura-mento de R$ 3,225 bilhões, ou seja, um salto de 8,1% para um consumo estimado em 211.000 toneladas (+2,4%).

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K 2013 deverá reunir mais de 3 milexpositores e 220 mil visitantesA K2013, considerada maior feira mundial de plásticos, que será realizada na cidade de Düsseldorf, Alemanha, em outubro próxi-mo, apesar da atual conjuntura econômica europeia, vai reunir mais de 3 mil expositores de dezenas de países.Esses e outros números serão divulgados em São Paulo, no dia 23 de abril próximo, pelos dirigentes da feira, srs Erhard Wienkamp - Diretor da Divisão Messe Düsseldorf, Ulrich Reife-nhäuser - Presidente do Conselho dos Expositores da K 2013 e

ABIMEI prepara plano semestral de atuação para a Comissãode Plástico e PapelA ABIMEI irá reunir a recém-criada Comissão de Máquinas para Plástico e Papel com o objetivo de organizar uma agenda semestral de atividades para o setor. A nova Comissão foi oficializada recentemente, em encontro que contou com a presença de membros da direto-ria e empresas importadoras de máqui-nas, equipamentos e acessórios para a transformação termoplástica e de papel. A nova Comissão nasce do plano de desenvolvimento da ABIMEI formulado para o período 2013-2017, que prevê a abertura da associação para todos os segmentos industriais que se utilizam de

máquinas e equipamentos importados. À frente da nova Comissão estão Rober-to Guarnieri, profissional com mais de 25 anos de experiência no setor, e pelo diretor financeiro da ABIMEI, Christopher Mendes, diretor comercial e de marketing do Grupo Brasia. “Vamos elaborar um plano de ações para debater e dar maior visibilidade às neces-sidades específicas dos importadores de bens de capital e de meios de produção voltados para a indústria termoplástica e de papel. A ABIMEI quer ser a porta--voz deste segmento, colaborando para levar os seus pleitos e demandas até as instâncias capazes de apresentar as solu-ções que irão desenvolver o setor como um todo, em benefício do próprio país”, afirma Mendes.

Seminário - a Associação pro-moveu mais um seminário da série “Workshops ABIMEI”, com o tema “Re-gime de Ex-tarifário”, ministrado pelo engenheiro industrial e de produção Eduardo F. Martins, especializado nos processos de obtenção e renovação ex-tarifários concedidos ao setor de papel, papelão e celulose. A ABIMEI está criando um grupo de acompanhamento e ajuda técnica na elaboração do ex-tarifário. “Quanto maior o número de pedidos que os associados enviarem através da associação, maior será a eficácia nos processos de ex-tari-fário”, explica o engenheiro Eduardo F. Martins, destacando que esta é mais uma vantagem que a associação oferece aos associados.

Lauri Müller - MDK – Messe Düsseldorf no Brasil durante almoço com empresários da cadeia do plástico, precedido de uma entre-vista coletiva com a imprensa.A K é visitada anualmente por mais de 220 mil empresários--compradores, de todos os continentes, interessados em co-nhecer e fechar negócios com fornecedores de matérias primas e componentes de plástico para os setores eletroeletrônicos, embalagem, automotivo, aeronáutico, moveleiro, construção, saneamento, domésticos, máquinas e equipamentos e outros de igual importância técnica e econômica.

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Agende-se para 2013

ChinaplasAsia’s No. 1 plastics & rubber trade fair 20 a 23 de maio China import and export fair complex, Pazhou, Guangzhou, PR Chinawww.chinaplasonline.com

Feiplastic 2013Feira Internacional do plástico20 a 24 de maioAnhembi – SPwww.feiplastic.com.br

PlastechFeira de tecnologias para termoplásticos e termofixos,moldes e equipamentos27 a 30 de agosto Pavilhões da Festa da Uva – Caxias do Sul/RSwww.plastechbrasil.com.br

MercoparFeira de subcontrataçãoe inovação industrial1 a 4 de outubro Centro de feiras e eventosFesta da Uva – Caxias do Sul/RSwww.mercopar.com.br

Embala Nordeste27 a 30 de agostoCentro de convençõesde Pernambuco – Olinda/REwww.embalanordeste.com.br

K 2013 International trade fair No. 1 for plastic and rubber worldwide16 a 23 de outubro Düsseldorf/Alemanhawww.k-online.de

AgendaAnunciantesApema

AX Plásticos

Brasfixo

By Engenharia

CEB

Chiang

Cristal Master

Cya Rubber

Detectores Brasil

Digitrol

Embala

Entec - Ravago

Feiplastic

Gabiplast

Haitian

Inbra

Lubrizol

MDK

Mecanofar

Mercure

Metalúrgica Expoente

Multi União

Nazkom

NZ Cooperpolymer

Olifieri

Oyster Tur

Plastech

Polyfast

Refrisat

Replas

Rhodia

Rosciltec

Rulli

Shini

Sociesc

Tecktrill

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ULG

AÇÃO

Recife (PE)

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