Perspectivas

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ARQUITECTURA | PAISAGEM | DESENHO Santiago Calatrava Aires Mateus High Line Park Urban Sketchers JUNHO 2013 MENSAL PREÇO PORTUGAL (CONT.) €3 ENTREVISTA

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Arquitectura, Paisagem e Desenho

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A R Q U I T E C T U R A | P A I S A G E M | D E S E N H O

Santiago Calatrava

Aires MateusHigh Line Park

Urban Sketchers

JUN

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EÇO

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ENTREVISTA

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INDICE

EDITORIAL

Junho 2013

0102 Editorial

03 EntrevistaSantiago Calatrava

06 Projecto ArquitecturaAires Mateus

08 Arquitectura PaisagistaHigh Line Park

10 Novas Expressões Urban Sketchers

11 Notícias

Sejam benvindos à primeira edição da revista Perspectivas. Durante os próximos meses, prometemos envolver o leitor no que de mais significativo se faz no mundo da Arquitectura, da Paisagem e do Desenho.

Esta primeira edição conta com uma referência na arquitectura e uma inspiração para todos os criativos: Santiago Calatrava.Arquitecto espanhol, Santiago Cala-trava nasceu em 1951, em Valência. Formou-se em arquitetura e urbanismo na sua cidade natal e, posteriormente, estudou engenharia civil em Zurique, na Suíça, tendo-se doutorado em Ciências Técnicas com uma tese sobre estru-

turas articuladas. Em 1981, abre um escritório de arquitectura nesta cidade, onde se radica. Como arquitecto e engenheiro, a sua obra caracteriza-se pelo desenvolvimento de estruturas complexas em aço, por vezes inspi-radas em estruturas naturais como os esqueletos animais ou as ramifi-cações das plantas. Calatrava rejeita a integração de referências históricas, distanciando-se assim dos movimentos considerados pós-modernistas.

A dupla Manuel e Francisco Aires Mateus foram nomeados finalistas do Prémio Mies van der Rohe para a Arquitectura Contemporânea da União Europeia, com o projecto do Lar de

Idosos em Alcácer do Sal para a Santa Casa da Misericórdia desta localidade. Por esse motivo, dedicamo-lhes a cate-goria de projecto desta primeira edição.

O High Line, parque urbano inaugurado em 2008 em Nova Iorque, é definitiva-mente um dos espaços públicos mais celebrados e visitados na cidade nos últimos tempos e tem se tornado uma referência mundial pela qualidade do desenho urbano e pelo sucesso como estratégia de renovação de áreas cen-trais degradadas.

Tudo isto e muito mais, visto da nossa perspectiva!

Director Luís Miguel L. CostaConselho Editorial Bruno RitoDesign Gráfico Luís CostaImagem da Capa Milwaukee Art Museum, USA, Arquivo Santiago CalatravaPropriedade Loja da Imagem Marketing, Comunicação e Gestão, Lda. NPC 502935170 - Capital Social: € 15 962 - CRC Lisboa n.º 3758 Rua D. Estefânia, n.º 22, 1º dt.º, 1150-134 Lisboa. Tel.: 210 109 100, fax: 210 109 199Editor Loja da Imagem Marketing, Comunicação e Gestão, Lda. Rua D. Estefânia, n.º 22, 1º dt.º, 1150-134 Lisboa.Assinaturas Envie o seu pedido para Perspectivas, Rua D. Estefânia, n.º 22, 1º dt.º, 1150-134 Lisboa, [email protected]ão Sogapal/Beprofit, Estrada das Palmeiras, Queluz de BaixoDistribuição VaspTratamento de Base de Dados e Acondicionamento MultiMailing, Lda.

Registo no I.C.S. nº 123 442Depósito Legal n.º 16939/01Tiragem 17 000 exemplaresInterdita a reprodução de textos e imagens por quaisquer meios.

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SantiagoCalatrava

Arquitecto

Engenheiro

Por Pedro Rivera, especial para a Perspectivas

Estação do Oriente, Lisboa, 1998

Amado ou detestado, com Santiago Calatrava não há meio-termo. Arquitecto espanhol, reorganiza o espaço, inspirando-se na natureza. Define-se como um artista.

É conhecido mundo fora pelas obras de arquitectura como a Estação do Oriente em Lisboa. “Um arquitecto é um filantropo”, disse à PERSPECTIVAS.

Houve um tempo em que construíamos cidades para durarem. Hoje, a lógica do consumo integrou também o modelo de desenvolvimento urbano. Se a arquitectura

continua a ser, antes de mais, o sinal mais concreto de uma civilização, ela comporta em si desde sempre uma dimensão sagrada.

Como devolver um sentido sagra-do a um lugar e, de facto, dar um sentido sagrado à vida? Sabe que a arquitectura segundo Vitrúvio, um arquitecto romano, tinha 3 qualidades: a utilidade, a beleza e a solidez. Solidez significava também durabilidade, algo que permanece no tempo. No fundo a nossa visão é muito influenciada pela visão bíblica segun-do a qual “há qualquer coisa de divi-no em todos nós”. Isso significa que acreditamos na ideia de que em cada pessoa há qualquer coisa de especial, de sagrado e de divino. É algo que ilumina a nossa forma de compreender a arquitectura. E também quer dizer que a arquitectura não é simplesmente um instrumento. Entendemos o senti-do hereditário da arquitectura, como o suporte da memória de uma época. A arquitectura está muitas vezes associada a conceitos financeiros e

económicos: dizer por exemplo que o tempo de amortização de um investi-mento deve ser igual à taxa de juro que esse dinheiro me rendesse numa conta bancária. É um raciocínio ridículo já que as obras nos sobrevivem.

Que tem a dizer aos países que lançam obras públicas para dar algum oxigénio à economia?Penso que uma das medidas impor-tantes a tomar neste período de crise é de criar infra-estruturais novas, modernas até aos locais mais isolados. Uma das coisas bem conseguidas em Espanha foi que a linha de alta velocid-ade não foi pensada para ligar Madrid e Barcelona, mas sim Madrid a Sevil-ha e isso para evitar o fenómeno que faz com que as regiões do sul, menos desenvolvidas, fiquem desligadas do norte, mais desenvolvido. É preciso continuar nessa direcção.

Nome completoSantiago Calatrava Valls

Nascimento28 de julho de 1951, Valência

NacionalidadeEspanhol

Obras notáveisComplexo Olímpico de Atenas 2004

Puente del Alamillo Gare do Oriente

Cidade das Artes e das CiênciasAuditório de Tenerife

Principais PrémiosMedalha de Ouro do IStructE (1992)Prémio Príncipe das Astúrias (1999)

Medalha de ouro do AIA (2005)

ENTREVISTA

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As grandes obras como as eclusas em Veneza, a ponte de Messina ou a ligação de alta velocidade no norte de Itália, são muito contesta-das. Qual é a sua opinião? Existem 2 aspectos. De um lado, o aspecto ambiental que é preciso respeitar. Hoje não estamos na mesma situação que há 30 ou 40 anos. Hoje temos de fazer obras muito mais boni-tas, mais funcionais e com um impacto ambiental bastante mais controlado. Penso que o custo destas obras não é nada ao lado dos milhões, dos milhares de milhões e de biliões que estão a injectar para regenerar uma economia de papel, uma economia puramente administrativa. Quando pensamos que hoje os estados estão a dar dinheiro aos bancos para os salvar e que aqui-lo que nos vai restar no final, não é nada mais do que a possibilidade de pedir mais créditos… Por outro lado, construir uma ponte, uma auto-estrada, uma nova linha de alta velocidade, é um serviço que vai lá ficar para sempre, e que oferece um serviço aos cidadãos, e isso é muito mais barato.

Você projectou um museu no Rio de Janeiro sobre o aman-hã. Como imagina o futuro da arquitectura e da humanidade? A profissão do arquitecto é muito voltada para o futuro, paramos de tra-balhar no momento em que o futuro do edifício começa. Somos responsáveis por todo o processo até a construção terminar. É interessante olhar assim, todo o esforço é voltado para o mo-mento em que o futuro do edifício se inicia. Isso na nossa cultura ocidental, talvez não noutras culturas. Temos o sentido de firmitas - que significa tam-bém perenidade, durabilidade. Veja as obras dos romanos, algumas ainda são utilizadas, com 2000 anos e funcionam.

É interessante pensar que os romanos davam aos edifícios um senso de du-ração de 2000 anos. Noutras culturas não é o mesmo, veja os japoneses. O zen budismo busca o efêmero, e con-stroem edifícios que sabem que em 30 anos vão reconstruí-lo. Utilizam materi-ais que não precisam resistir ao tempo: papel, madeira, palha. É um ponto de vista diferente. A ideia de futuro na nos-sa cultura está implícita na própria ideia da profissão do arquitecto.

Você faz desenhos à mão livre. Na primeira apresentação pública do Museu do Amanhã, fez desenhos em aguarela ao vivo para explicar o projecto. Num mundo cada vez mais digital, quando muitos alunos só desenham com computadores, como vê a importância do desen-ho à mão livre para conceituar e desenvolver projectos?Se não fosse capaz de falar, eu desen-haria. Se você não pode comunicar com alguém porque fala uma língua diferente, então provavelmente faria um desenho ou comunicaria por gestos. Desenhar é como falar. O desenho ainda carrega uma outra qualidade, não apenas a de condensar as ideias, mas também a intu-ição, que é sublimada pelo gesto. O ges-to é muito importante. Pense na arquitec-tura de Oscar Niemeyer, pode-se prati-camente defini-la como um gesto. Com apenas duas ou três linhas, Niemeyer praticamente condensa a essência de um edifício. É a força do desenho: não é apenas uma linguagem, mas ele conden-sa as intenções. Essa é a mensagem que passaria a um estudante de arquitectura: desenhe. É como aprender a falar, no momento em que começa, passa a falar melhor. Simplesmente não tenha receio. E nunca abandone, se realmente quiser ter um certo conforto na linguagem do desenho.

Se não fosse capaz de falar, eu desenharia.“

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Os Seus projectos e desenhos frequentemente evocam imagens de natureza e anatomia, além de tensão e movimento. De onde vem esse interesse? Antes de estudar arquitectura, fui para uma Escola de Artes. Desenha-va figuras clássicas, tinha interesse por pintores como Goya. O interesse pelo corpo humano e pelo desenho à mão livre acompanha-me por toda a vida. Sempre pintei e desenhei figura-tivos, mas esculpindo, trabalho com o abstracto. Então comecei a fazer esculturas baseadas em peso, mas-sa, proporção, tensão. Mais adiante a minha formação como engenheiro associou-se às figuras e ao corpo hu-mano a partir da abstracção, como um engenheiro faz na busca de modelos abstractos. Os engenheiros trabalham a partir da abstracção da natureza para formar modelos matemáticos. Um en-genheiro precisa estudar os efeitos dos ventos num edifício, por isso a natureza desempenha um papel importante para o seu trabalho.

Você interessa-se pelo campo, pe-los ambientes mais naturais?Sim, é uma das razões pelas quais a Suíça me atraiu. Foi onde fiz os meus estudos em engenharia, mas foi tam-bém a natureza uma das razões do meu interesse pelo país. Quando estu-dava, eu esquiava tanto que não vivia em Zurique, vivia em Davos, que é um óptimo lugar para se esquiar. Eu tam-bém escalava. Escalar é um desporto muito bonito, em que se está muito próximo da natureza, quando se é con-frontado com a montanha. Os meus filhos também foram educados assim, próximos da natureza.

Os movimentos do corpo humano observados no desporto influencia-ram a sua arquitectura?Nas artes o movimento sempre desem-penhou um papel muito importante. Na escultura grega existe uma enorme tensão, expressa por um movimento implícito captado pela escultura, que é o limiar do início da açcão. Já um movimento explícito, como o balanço das folhas atravessadas pelo vento ou o bater das asas de um pássaro, é muito difícil de captar na escultura. Então resolvi lidar com isso de outro modo, com conceitos matemáticos, físicos. Na física, as forças são produto da massa multiplicada pela aceleração. Mas forças pertencem ao domínio do estático, que significa algo que não se move. Como você pode ter algo que é estático traduzindo movimento? Parece muito complicado mas não é. Se sus-pendermos uma pedra por cabos e os cortarmos, a pedra cai. Existe um movimento implícito. A abordagem para as minhas primeiras esculturas abstrac-tas foi sempre baseada nisso: massas e cabos. Eram figuras muito estáticas e estáveis mas tinham esta ideia de que, se você cortar os cabos, a peça inteira desmorona. Eu chamei-as de Equilibriums. Mas aos poucos também me interessei pelo movimento propria-mente dito quando fiz meu Mestrado. Veja como as folhas se movem com o vento ou como as minhas mãos se movem. Movimento está no dia a dia. Tudo está a mudar, o sol move-se, a luz transforma-se, as sombras movem-se. A ideia de movimento é muito implícita e explícita no nosso quotidiano. O facto é: como descobrir os elementos, fazer algo capaz de transcender do ponto de vista intelectual para expressar isso?

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1. Liège Guillemins TGV Railway Station, Liège, Bélgica, 20092. Cidade das Artes e das Ciências, Valência, Espanha, 20093. Turning Torso, Malmo, Suécia, 20014. Lyon-Saint Exupery Airport Railway Station, Satolas, Lyon, France5. Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, Brasil, 20136. Milwaukee Art Museum, Wisconsin, USA, 2001

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PROJECTO ARQUITECTURA

Nome do Projecto

Lar de Idosos

Localização

Alcácer do Sal, Portugal

Data do Projecto

2006-2007

Data de Construção

2008-2010

Autores

Francisco Aires Mateus, Manuel Aires Mateus

Colaboradores

Giacomo Brenna, Paola Marini, Anna Bacchetta, Miguel Pereira

Cliente

Santa Casa da Misericordia de Alcácer do Sal

Engenharia

Engitarget, lda

Construtor

Ramos Catarino, Sa

Arquitectura Paisagista

ABAP Luis Alçada Batista

Área Ocupada

3640 m2

Fotografia

Fernando Guerra

O projecto parte de uma leitura cuidadosa da vida de um tipo muito específico de comunidade, uma espécie de micro-sociedade com as suas próprias regras.Este é um programa, a meio caminho entre um hotel e um hospital que trata de entender e reinterpretar o binómio

social e privado, respondendo por um lado à vida em comunidade e por outro à vida solitária.O projecto está desenhado a partir das relações estabelecidas nesta sociedade: núcleos independentes somam-se a um conjunto de expressão clara.

A mobilidade reduzida dos que viverão no edifício, obriga a tomar cada movimento como uma experiência diversa e emocional. O edifício assume-se como um muro que surge naturalmente da topografia do terreno, limita e define um espaço aberto organizando todo o lote.

AiresMateus

Arquitectos

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PROJECTO ARQUITECTURA

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ARQUITECTURA PAISAGISTA

Nome do Projecto

High Line Park

Localização

West Side Manhattan

Classificação

Jardim Público

Data do Projecto

2004-2010

Data de Construção

2008-2012

Autores

James Corner Field Operations

Cliente

Friends of the High Line

Área Ocupada

2,9 hectares (1,3 hectares por secção)

Fotografia

Joel Sternfeld

O High Line Park, em Nova York foi construído tendo por base uma anti-ga linha de caminho-de-ferro eleva-da existente na zona baixa oeste de Manhattan, desde a West 30th street até á West 12th street, descendo em direção à baixa desta cidade.A ideia da construção deste parque partiu da vontade e visão de residentes locais de reabilitar e transformar a linha caminho-de-ferro elevada e desaprove-itada, num “jardim suspenso” em que pudessem desfrutar de espaços verdes e de alguma calma, no turbilhão da ci-dade de Nova York. A linha elevada es-teve ao abandono desde 1980 durante algumas décadas, até que um grupo de pessoas denominadas de Friends of the High Line, que gerem o parque hoje

em dia, levou a cabo a concretização do projeto que é conhecido como o High Line Park. Os criadores do parque desenha-ram-no para que nele estivesse inserida vegetação ao longo de todo o parque e de ambos os lados da zona de pas-seio, utilizando para isso as plantas que haviam colonizado o parque durante os seus anos de abandono. Toda esta vegetação confere ao High Line Park a imagem de um jardim urbano. Numa cidade que tem grande necessidade de espaços verdes ao ar livre que possam ser desfrutados pelos seus milhões de habitantes e visitantes, o High Line Park é tido como uma lufada de ar fresco.

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NOVAS EXPRESSÕES

MANIFESTO URBAN SKETCHERS1. Desenhamos in situ, no interior e no exterior, registando directamente o que observamos.2. Os nossos desenhos contam a história do que nos rodeia, os lugares onde vivemos e por onde viajamos.

3. Os nossos desenhos são um registo do tempo e do lugar.4. Somos fiéis às cenas que presenciamos.5. Usamos qualquer tipo de técnica e valorizamos cada estilo individual.

6. Apoiamo-nos uns aos outros e desenhamos em grupo.7. Partilhamos os nossos desenhos online.8. Mostramos o mundo, um desenho de cada vez.

Urban Sketchers

O Urban Sketchers Portugal é um colectivo de autores portugueses que desenham em diários gráficos as cidades onde vivem, os sítios por onde viajam, encontram-se para

desenhar de vez em quando e respondem a desafios

lançados no blog.

www.urbansketchers-portugal.blogspot.pt

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NOTÍCIAS

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Retro--Espectiva

CAIS DO SODRÉ MAIS VERDEO novo projeto para a praça, que terá menos espaço para os carros e mais para as pessoas, está em dis-cussão pública.Paulo Paixão

A peça que faltava conhecer para se concluir a requalificação da frente ribei-rinha de Lisboa entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia está agora em cima da mesa: o novo projeto de espaço públi-co do Cais do Sodré/Corpo Santo. A proposta da Câmara Municipal está em discussão pública até 27 de maio. Da autoria do arquitecto Bruno Soares, responsável pelo novo Terreiro do Paço, o projecto reduz o asfalto (elimina zonas de estacionamento e de circu-lação) e privilegia o peão.

PRÉMIO WAN 2013O prémio internacional WAN – World Architecture News distinguiu, na sua edição 2013, o trabalho da CVDB Arquitectos na escola secundária Braancamp Freire, na Pontinha (con-celho de Odivelas).Marisa Figueiredo

Este projecto vencedor na categoria Educação é reflexo, na opinião do júri, do que de melhor se pode fazer na arquitectura, tendo em conta os actuais constrangimentos económicos no ensino.Localizada na periferia de Lisboa, a Braancamp Freire ocupa um espaço de 17 380 metros quadrados num terreno de declive acentuado. Coube ao atelier CVDB o projecto de reabilitação do es-paço, cuja construção original data de 1986. Uma das principais vertentes da obra assentou na união entre o espaço existente e novos espaços, num design arrojado. Os cinco pré-fabricados já existentes de forma separada estão agora unidos pelos novos edifícios, transformando o espaço numa con-tinuidade harmonizada.  

SIT LANÇA NOVIDADES DEMOBILIÁRIO URBANOA SIT, empresa portuguesa de mo-biliário urbano, apresentou ao mer-cado novos produtos de mobiliário urbano, tanto em complemento da paisagem, como nas áreas da sinalética e abrigos de passageiros. O Urbescópio, da autoria de três arquitectos portugueses do Projecto Cosimo, terá representação e dis-tribuição exclusiva por parte da SIT.Luís Viegas

Segundo comunicado da SIT, o Urbescópio consiste num tubo de secção circular que «delimita o olhar

ARQUITECTOS BRITÂNICOS PROJECTAM VELÓDROMO DOS JOGOS OLÍMPICOS DO RIO 2016.Os ateliers de arquitectura britâni-cos 3DReid e AndArchitects es-tarão envolvidos na construção do velódromo dos próximos Jogos Olimpicos.Bernardo Ventura

A 3DReid vai trabalhar com o atelier carioca BLAC Arquitetura. O responsável e fundador da ANDArchitects, Manuel Nogueira, disse, citado no portal do Governo britânico, que “espera usar as competências adquiridas no trabalho de seis projectos de edifícios temporários para [os Jogos Olímpicos de Londres 2012 no trabalho com a equipa no Rio”.  

sobre um ponto distinto». Desta forma, permite que o utilizador tenha a percepção do detalhe da paisagem. Além disso, a empresa realça que, devido às características do equipamento, é de fácil integração em qualquer ambiente.

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