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Perfil dos trabalhadores de um hospital de grande porte de Palmas-TO, envolvidos em
acidentes de trabalho com exposição a material biológico no período de 2010 a 20111.
Profile of workers in a large hospital in Palmas, Tocantins, involved in occupational accidents
by exposure to biological material in the period from 2010 to 2011
Perfil de los trabajadores en un gran hospital en Palmas, Tocantins, involucrados en accidentes
de trabajo con exposición a material biológico en el período 2010-2011
Delazeri Eclais Tamisa, Perna Lorena Nunes Vasconcelos, Coelho Natália Rios2, Brasileiro
Marislei Espíndula3. Perfil dos trabalhadores de um hospital de grande porte de Palmas-TO,
envolvidos em acidentes de trabalho com exposição a material biológico no período de 2010 a
2011. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição
[serial on-line] 2012 ago-dez 2(2) 1-13. Available from:
<http://www.ceen.com.br/revistaeletronica>.
Resumo
Objetivo: identificar e descrever o perfil dos trabalhadores de um hospital de grande porte de
Palmas-TO, envolvidos em acidentes de trabalho com exposição a material biológico no
período de 2010 a 2011. Materiais e Método: estudo do tipo descritivo com análise
quantitativa. Resultados: o perfil dos trabalhadores envolvidos em acidente de trabalho (AT)
com exposição a material biológico, é do sexo feminino; são profissionais da área da saúde, os
auxiliares e técnicos são mais vulneráveis ao risco de acidentes durante as atividades; a pele
íntegra é a mais atingida durante AT; os AT quase sempre envolvem os perfurocortantes,
como conseqüência, o sangue é o material que está comumente ligado a esse tipo de AT;
estão imunizados contra a hepatite B; utilizam os EPI’s que estão disponível no Hospital.
Conclusão: Há necessidade de elaboração de novas técnicas de prevenção; conscientização
entre a equipe de trabalho; a continuação de novos estudos para instigar os profissionais a
refletirem sobre os riscos que estão expostos e das suas respectivas consequências, que
podem levar de um simples AT ao óbito.
Descritores: biológico, acidente e exposição
Summary
Objective: Identify and analyze the workers profile in a large hospital in Palmas, Tocantins,
involved in occupational accidents by exposure to biological material in the period from 2010
1 Artigo apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Enfermagem do Trabalho 13, do Centro de Estudos de
Enfermagem e Nutrição/Pontifícia Universidade Católica de Goiás. 2 Enfermeiras, especialistas em Enfermagem do Trabalho, e-mail: [email protected], [email protected], [email protected]. 3 Doutora – PUC-Go, Doutora em Ciências da Saúde – UFG, Mestre em Enfermagem, docente do CEEN, e-mail: [email protected]
2
to 2011. Material and Methods: a descriptive study with quantitative analysis. Results: The
profile of workers involved in accidents at work involving exposure to biological material, is
female, they are health professionals, assistants and technicians are more vulnerable to the
risk of accidents during activities; intact skin is the most reached during the aT, the aT often
involve sharp, as a consequence, the blood is the material that is commonly linked to this type
of aT, are immunized against hepatitis B, use the PPE that are available in the hospital.
Conclusion: There is need to develop new techniques for prevention, awareness among the
workforce, the continuation of further studies to entice professionals to reflect on the risks they
are exposed and their consequences, which may lead to a single AT died.
Resumen
Descriptors: biological, accident and exposure.
Resumen
Objetivo: Identificar y analizar el perfil de los trabajadores en un gran hospital en Palmas,
Tocantins, involucrados en accidentes de trabajo con exposición a material biológico en el
período comprendido entre 2010 a 2011. Material y métodos: Estudio descriptivo con el
análisis cuantitativo. Resultados: El perfil de los trabajadores involucrados en los accidentes de
trabajo que impliquen exposición a material biológico, es una mujer, que son profesionales de
la salud, asistentes y técnicos son más vulnerables a los riesgos de accidentes durante las
actividades, la piel intacta es la más alcanzado durante el AT, el AT implican a menudo agudo,
como consecuencia, la sangre es el material que normalmente está ligada a este tipo de AT,
son inmunizados contra la hepatitis B, utiliza el PPE que están disponibles en el hospital.
Conclusión: Existe la necesidad de desarrollar nuevas técnicas para la prevención, la
sensibilización de la fuerza de trabajo, la continuación de estudios para atraer a los
profesionales a reflexionar sobre los riesgos a que están expuestos y sus consecuencias, que
pueden llevar a un solo AT murió.
Descriptores: biológicos, accidentes, y la exposición.
1 Introdução
O interesse em identificar e descrever o perfil dos trabalhadores de um hospital de
grande porte de Palmas-TO, envolvidos em acidentes de trabalho com exposição à material
biológico, surgiu da observação do cotidiano pela frequência de notificações realizadas e da
probabilidade de subnotificações desses acidentes.
Detectar e prevenir os acidentes de trabalho é um ato que necessita de muita atenção,
uma vez que os trabalhadores podem ser expostos a todo tipo de risco laboral, ou seja, ao
risco físico, químico, de acidente, biológico e ergonômico¹.
3
Segundo o Ministério da Saúde (MS) os acidentes relacionados aos riscos biológicos
decorrentes da exposição com material biológico potencialmente contaminado (MBPC),
envolvem sangue e outros fluidos orgânicos ocorridos com os profissionais da área da saúde
durante o desenvolvimento do seu trabalho. Os ferimentos com agulhas e material
perfurocortante em geral são considerados extremamente perigosos por serem potencialmente
capazes de transmitir mais de vinte tipos de patógenos diferentes, sendo o vírus da
imunodeficiência humana (HIV), o da hepatite B (HBV) e o da hepatite C (HCV) os agentes
infecciosos mais comumente envolvidos2.
Os riscos de exposição à MBPC são mais comuns, nas instituições de saúde, envolvendo
os acidentes com perfurocortante, sendo de suma importância a implementação de medidas
mais eficazes para a diminuição dos riscos, como os programas educativos, os cursos de
atualizações, vacinação e utilização de dispositivos de segurança para realização de
procedimentos invasivos3.
Para evitar esses riscos, a Norma Regulamentadora 32 tem grande importância, como
legislação federal específica que trata das questões de segurança e saúde no trabalho, no setor
da saúde. A classificação dos agentes biológicos é distribuída em quatro tipos de riscos: Classe
de risco 1-baixo risco individual para o trabalhador e coletividade; Classe de risco 2-risco
individual moderado para o trabalho e com baixa probabilidade de disseminação para a
coletividade; Classe de risco 3-risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade
de disseminação para a coletividade; Classe de risco 4-risco individual elevado para o
trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação para a coletividade4.
No entanto, mais de oito milhões de trabalhadores da saúde nos Estados Unidos estão
expostos a acidentes com materiais perfurocortantes e as estimativas indicam que seiscentos
mil a oitocentos mil sofrem lesões anualmente5. Já no Brasil, este número pode chegar a três
milhões6. No Brasil, segundo alguns dados publicados em anais de congressos, quando
comparada a incidência de acidentes e a de subnotificação a exposição e os acidentes
ocupacionais com material biológico são semelhantes aos analisados em outros países7.
Nesse contexto o Enfermeiro possui um papel importante, onde o Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem está concentrado na pessoa, família e coletividade e implica que
os trabalhadores de Enfermagem estejam juntos aos usuários na luta por uma assistência sem
riscos e danos e acessível a toda população8.
Apesar dos alertas da organização internacional do trabalho e dos estudos e legislações
voltadas para a proteção da saúde do trabalhador, bem como do empenho do enfermeiro do
trabalho em evitar tais acidentes, os índices continuam aumentando. Nesse sentido para que
uma assistência efetiva de enfermagem seja executada a nível de saúde do trabalhador, faz-se
necessário conhecer o seu perfil.
4
O fato das pesquisadoras residirem em Palmas, no Estado do Tocantins, despertou mais
ainda a atenção em pesquisar tais dados, visto que são escassos e, se existem são pouco
divulgados.
Diante disso surge o questionamento: Qual o perfil dos trabalhadores de um hospital de
grande porte de Palmas-TO, envolvidos em acidentes de trabalho com exposição a material
biológico no período de 2010 a 2011?
Espera-se alcançar com este estudo a implementação de medidas mais eficazes para
minimizar os riscos como cursos de especialização, programa educativo, utilização de EPIS,
seguimento clínico e vacinação. Além disso, poderá incentivar os profissionais a pensarem
sobre a sua prática e responsabilidade social.
Devido o contato frequente com material biológico, os profissionais da saúde e da
limpeza estão diretamente expostos a risco de acidente de trabalho. Para que isso seja
minimizado, este estudo quer levar os profissionais a refletirem sobre suas ações e condutas
que podem levar a um AT.
Um estudo minucioso sobre o perfil dos trabalhadores envolvidos em acidentes de
trabalho com exposição a material biológico contribui para elaboração de novas técnicas de
prevenção, novos desafios que ainda faltam serem cumpridos, novos objetivos a serem
traçados, além de incentivar a continuação e novas fontes de estudo.
2 Objetivo
Identificar e descrever o perfil dos trabalhadores de um hospital de grande porte de
Palmas-TO, envolvidos em acidentes de trabalho com exposição a material biológico no período
de 2010 a 2011.
3 Materiais e Método
O estudo é do tipo descritivo, com abordagem quantitativa, onde o pesquisador registra
e correlaciona os fatos sem manipulá-los. A pesquisa descritiva descreve as características de
determinada população ou fenômeno, utiliza técnicas de coleta de dados, como questionário e
observação sistemática e adota em geral, a forma de levantamento9. Por sua vez, a pesquisa
quantitativa parte da colocação da questão, ponto inicial do estudo, até a obtenção da
resposta, ponto final, seguindo uma sequência lógica de passos, similar a todos os estudos 10.
Em Palmas, capital do Estado do Tocatins, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (2010) há uma população de 228.332 habitantes11, e o campo de estudo
apresentado neste artigo é uma instituição pública que atende a população tocantinense, após
a autorização do Comitê de Ética em pesquisa com seres humanos.
5
A instituição, pertencente a rede pública do Estado do Tocantins, é mantida pelo
Sistema Único de Saúde. Hospital de referência para todo o Tocantins e também para o sul do
Pará, Sul do Maranhão e para o Mato Grosso. Atende ainda a demanda espontânea (porta
aberta), mesmo não tendo sido planejado para isso. Foi construído para prestar atendimento
hospitalares de média e alta complexidade, nos serviços habilitados pelo Ministério da Saúde12.
Possui 238 leitos 06 salas cirúrgicas, UTI para adultos com capacidade para 26 leitos;
UTI pediátrica com 08 leitos. Possui 27 especialidades médicas sendo elas: Cardiologia;
Cirurgia Bucomaxilofacial; Cirurgia Plástica; Cirurgia Vascular; Nefrologia; Psiquiatria;
Otorrinolaringologia; Pneumologia; Urologia; Ginecologia; Oftalmologia; Endocrinologia;
Hematologia; Neurologia; Radiologia; Ultrassonografia; Gastroenterologia; Infectologia;
Intensivista, Dermatologia e Hemoterapia, Reumatologia e Cirurgia Torácica; Dematologia,
além das Clínicas Médica, Cirúrgica e Ortopédica12 .
Disponibiliza os serviços assistencias de Enfermagem; Fisioterapia; Fonoaudiologia;
Psicologia; Serviço Social; SND - Serviço de Nutrição Dietética; Terapia Ocupacional;Farmácia
Central e Farmácias Satélites, localizadas estrategicamente dentro do Pronto Socorro, Centro
Cirúrgico, UTI e Unidades de Internação. Conta ainda, com o Ambulatório de Especialidades
que atende em média de 60 pacientes por dia, funcionando de 2ª a 6ª feira, de 07h às 19h
realizando atendimentos a pacientes referenciados e previamente agendados. O setor possuí
10 consultórios Médicos, 01 Sala de Curativos, 01 Sala de Procedimentos, 01 Sala de Gesso e
1 Sala de ECG - (Eletrocardiograma), Neurologia, Oftalmologia, Cirurgia Geral, Psiquiatria,
Dermatologia Sanitária, Mastologia, Cardiologia e Fisioterapia, ortopedia, pneumologia,
psiquiatria, ginecologia e oftalmologia12.
Após a autorização do Comitê de Ética da instuição (ANEXO I), para a realização da
pesquisa, foi feita uma busca das fichas de notificação de acidente de trabalho com exposição
a material biológico do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
Foram incluídas todas as fichas de notificação de acidente de trabalho com exposição a
material biológico registradas no período de 2010 a 2011, e excluídas as que foram registradas
em outro período.
Os dados foram obtidos por meio de um formulário elaborado pelas autoras e
preenchido conforme as fichas de notificação de acidente de trabalho com exposição a material
biológico do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (ANEXO II).
Tais procedimentos foram utilizados para a coleta de dados.
Inicialmente realizaou-se um levantamento das fichas de notificação de acidente de
trabalho com exposição a material biológico registrados no período de 2010 a 2011 da
6
instituição. Para a coleta de dados, as pesquisadoras prepararam o campo, obtendo a
autorização da instituição, esclarecendo os objetivos da pesquisa ä equipe multidisciplinar e
programando, antecipadamente o papel como pesquisadoras.
Foi preenchido pelas pesquisadoras um formulário para a coleta dos dados, a fim de
colher todas as informações necessárias para a identificação e análise do perfil dos
trabalhadores da instituição. A confidencialidade foi garantida pela utilização de um código; e,
para manter o anonimato e sigilo dos dados colhidos no estudo, conforme o que dispõe a
Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde13, estes foram renomeados de: “Ficha 1, 2
ou 3...” ou “F1, F2, F3...) para publicação dos resultados.
Mediante as informações colhidas foi identificado e analisado o perfil dos trabalhadores
de um hospital de grande porte de Palmas-TO, envolvidos em acidentes de trabalho com
exposição a material biológico no período de 2010 a 2011.
Foram elaboradas bases de dados que possibilitem a análise dos resultado, convertidos
em Categorias ou tabelas do Microsoft Word® ou gráficos no Microsoft Excel® e descritos e
discutidos a luz da literatura.
A Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que rege sobre a realização de
pesquisas envolvendo seres humanos devendo ser realizada dentro dos princípios éticos e
morais, norteia esta pesquisa13. O projeto foi encaminhado para o Comitê de Ética do HGPP e
do Centro Universitário Luterano de Palmas, para liberação da pesquisa.
4 Resultados e Discussão
Durante a pesquisa e coleta de dados, ficou evidente que o perfil dos trabalhadores
envolvidos em acidente de trabalho com exposição a material biológico, é do sexo feminino;
são profissionais da área da saúde, sendo a maioria integrantes da equipe da enfermagem;
estão imunizados contra a hepatite B; apresentam mais de 5 anos de serviço; utilizam os EPI’s
que estão disponível no Hospital.
4.1 Sobre os profissionais mais expostos ao acidente com material biológico
O resultado da coleta dos dados no HGP coincide com a literatura pesquisada sobre
acidente com material biológico. A pesquisa evidencia que a equipe de enfermagem é a
principal categoria envolvida em acidente de trabalho com exposição a material biológico,
conforme é possível verificar na tabela 1.
7
Tabela 1. Distribuição dos acidentes com exposição à material biológico, segundo a
ocupação. Palmas, 2012.
Ocupação N %
Técnico de Enfermagem 75 62,5
Estagiário 10 8,3
Auxiliar de Serviços Gerais 9 7,5
Cirurgião e auxiliar dentista 6 5
Sem Identificação 5 4,2
Médico 3 2,5
Enfermeiro 4 3,3
Auxiliar de Enfermagem 3 2,5
Outros 3 2,5
Fisioterapeuta 2 1,7
Total 120 100
Fonte: Perfil dos trabalhadores de um hospital de grande porte de Palmas-TO, envolvidos em acidentes de trabalho com exposição a material biológico no período de 2010 à 2011. Palmas-TO, 2012.
Na tabela 1, a maioria dos profissionais envolvidos em acidentes com exposição a
material biológico em um hospital de grande porte de Palmas-TO, 68,3%, integram a equipe
de enfermagem, onde 62,5% são técnicos de enfermagem, 3,3% enfermeiros e 2,5%
auxiliares de enfermagem. Resultados semelhantes foram encontrados em outros estudos que
afirmam os profissionais da saúde, principalmente os da enfermagem, estão constantemente
expostos a esse risco, uma vez que estão diretamente em contato com a paciente por maior
período. No entanto, outros estudos comprovam que a categoria dos técnicos de laboratório,
apresentou uma incidência maior de acidentes do que as da categoria da enfermagem.1 3 7 14
Dos dezesseis artigos, dez estão em consenso quanto a prevalência dos profissionais de
saúde. Estudos revelam que os acidentes com MBPC, envolvendo profissionais da área de
saúde, confirmaram altas taxas de acidentes e, simultaneamente, o distanciamento entre a
prática habitual dos profissionais da saúde e o conhecimento já adquirido e também ao
possível desinteresse da instituição¹.
Outra pesquisa realizada Campinas, SP, 2004, avaliou os dados de acidentes por
categoria profissional, onde foram notificados 227 acidentes e a categoria que apresentou um
maior número de acidentes foi a de auxiliares e técnicos de enfermagem 48,45%7.
8
No ano seguinte, um outro estudo demonstrou em Campos dos Goytacazes, RJ, que
outros profissionais de categorias que não estão envolvidas diretamente com os cuidados aos
pacientes ou seus fluidos corporais também podem estar expostas aos acidentes biológicos,
tais como trabalhadores de limpeza, lavanderia, manutenção e coleta de lixo.14
Conclui-se que os acidentes de trabalho com exposição a material biológico ocorre em
maior frequência com os membros da equipe de enfermagem, sendo os auxiliares e técnicos
são mais vulneráveis ao risco de acidentes durante as atividades, por lidarem com diversos
materiais, durante a execução de suas tarefas, que os deixam susceptíveis a esse risco.
4.2 Sobre os tipos de exposição
Assim como a literatura pesquisada sobre acidente com material biológico, o resultado
da coleta dos dados no HGP evidencia que a pele íntegra é a mais comum na exposição a
material biológico, conforme demonstra a tabela 2.
Tabela 2. Distribuição dos acidentes com exposição a material biológico, segundo o tipo
de exposição, Palmas-TO, 2012.
Tipo de exposição n %
Pele íntegra 59 49,2
Percutânea 29 24,2
Percutânea e Pele íntegra 21 17,5
Mucosa (oral/ ocular) 9 7,5
Outros 2 1,6
Total 120 100
Fonte: Perfil dos trabalhadores de um hospital de grande porte de Palmas-TO, envolvidos em acidentes de trabalho com exposição a material biológico no período de 2010 á 2011. Palmas-TO, 2012.
Durante a pesquisa no hospital de grande porte de Palmas-TO, observa-se na tabela 2.
que a pele íntegra é a mais atingida durante o AT, com 49,2%, seguida da percutânea com
24,2%, há casos de AT que envolvem as duas ─ ─ pele integra percutânea ─ com 17,5% e
por fim mucosa com 7,5% dos AT. Mesmo que não tenha nada registrado sobre a
contaminação de doenças através de MBPC por esse tipo de acidente, a pele íntegra pode
conter micro lesões que pode servir de porta de entrada para agentes, como os vírus da
hepatite B (HBV), hepatite C (HCV) e AIDS. No entanto, há estudos que mostram o contrário,
onde a exposição da percutânea prevalece durante o AT, 57,40% em relação do total dos
acidentes em hospital público do interior de São Paulo.16 17
Dos dezesseis artigos, quatro estão em consenso quanto ao tipo de exposição. A
exposição em pele íntegra refere-se a respingos ou derramamento de materiais biológicos
durante a realização de procedimentos. Já a exposição percutânea ocorre quando há uma
9
perfuração da derme e a exposição da mucosa quando o agente biológico entra em contato
com a mucosa ocular ou oral.¹
Durante uma pesquisa feita em uma Universidade no norte do estado do Paraná em
2004, para analisar a ocorrência de acidentes com material biológico entre estudantes de um
curso de odontologia, foram entrevistados 172 alunos. Destes, 122 (70,9%) mencionaram ter
sofrido exposição acidental a material biológico, sendo o tipo de exposição, a de pele íntegra
(77%) a mais freqüente, seguida da exposição em mucosa (36%) e da exposição percutânea
(24,6%).15
Outro estudo realizado em uma empresa privada de atendimento pré-hospitalar móvel
(APH móvel), no interior paulista em 2007, para verificar a frequência de exposição acidental a
MBPC, foram relatados 41 acidentes. Destes, 70,7% aconteceu em pele íntegra, 17,1%
percutâneo, 7,3% mucosa e 4,9% pele lesada.¹
No mesmo ano foi realizada uma pesquisa para investigar os acidentes com material
biológico ocorridos entre alunos de enfermagem de três instituições de ensino superior do
interior paulista. Foram entrevistados 355 alunos, destes 44 apresentaram exposição acidental
a MBPC, onde 39(70,9%) em pele íntegra; seguida de acidente percutâneo 14(25,5%),
acidentes em mucosa 1(1,8%) e exposição em pele lesada, 1(1,8%).16
Contudo, a pele íntegra foi o tipo de exposição mais acometida nos AT, embora muitos
profissionais da área da saúde ainda não relatam, equivocadamente, esse tipo de caso, por
achar desnecessário.
4.3 Sobre tipo de agente, material e circunstância do acidente de trabalho.
Da mesma forma que na literatura o perfurocortante é o agente mais comum envolvido
em AT, no hospital de grande porte de Palmas não é diferente, conforme demonstra a tabela
3.
10
Tabela 3. Distribuição de acidentes com exposição a material biológico, segundo o
material biológico e o agente contaminante.
Variavéis N %
Material Biológico
Sangue 99 82,5
Outros 8 6,7
Ignorado 7 5,9
Líquor 4 3,3
Soro/plasma 1 0,8
Líquido ascítico 1 0,8
Total 120 100
Agente
Perfurocortante 96 80
Secreções 5 4,2
Em branco 11 9,2
Outros 8 6,6
Total 120 100
Fonte: Perfil dos trabalhadores de um hospital de grande porte de Palmas-TO, envolvidos em acidentes de trabalho com exposição a material biológico no período de 2010 á 2011. Palmas-TO, 2012.
De acordo com a tabela 3, nota-se que o sangue − 82%− é o material biológico mais
envolvido nos AT com os profissionais, seguido de outros −6,7%− e do Líquor −3,3%−.
Percebe-se ainda o grande numero de acidentes com perfurocortante −80%− e apenas 4,2%
envolvendo secreções. Os AT apresentam maior gravidade quando os agentes estão
contaminados com sangue e secreções, possibilitando a transmissão de microrganismos
patogênicos, capazes de suscitar outros métodos de desgaste, na maioria das vezes mais
graves que o ferimento em si, dentre eles a hepatite e a AIDS.³,16
Dos dezesseis artigos, onze estão em consenso quanto ao tipo de agente. Acidentes
com material perfurocortante representam uma parcela importante das exposições com MBPC
em AT. Durante uma pesquisa realizada com profissionais de enfermagem de um hospital de
ensino de grande porte do interior de São Paulo, a maioria das exposições, 67,8%, foi com
agulha com lúmen, seguido das lancetas/lâmina de bisturi com 5,4%, totalizando 73,2% dos
AT envolvendo perfurocortante. Semelhante a uma pesquisa realizada no Hospital Universitário
de Brasília no ano de 2003, onde houve um crescimento nos dados, sendo respectivamente os
perfurocortantes responsáveis por 77% das lesões com exposição do acidentado a material
biológico e 88,8% no ano seguinte.³,18
11
Quando se refere ao tipo de material biológico, um estudo feito com alunos de
enfermagem de três instituições de ensino superior do interior paulista, o sangue foi
considerado o material biológico mais abrangente com 72,7% dos casos, os demais
envolveram o escarro com 12,7% e a urina, 10,9%. Segundo MS, o risco médio de contrair o
HIV, para todos os tipos de exposição percutânea é de 0,3% e pode aumentar, devido à carga
viral, se a lesão for profunda, se existir sangue visível no instrumento causador da lesão, se o
instrumento foi previamente colocado em veia profunda ou artéria de paciente e se o paciente-
fonte tenha falecido no período de 60 dias após o acidente.16,17
Figura 1 - Distribuição dos acidentes com exposição a material biológico, segundo a
circunstância do acidente de trabalho, Palmas-TO, 2012.
A figura 1, mostra as circunstâncias mais comuns dos AT, onde o prevalece o descarte
inadequado de materiais 21,7%; seguido do dextro com 15% e medicação também com 15%;
logo após os procedimentos cirúrgicos com 14,2%.
Uma pesquisa realizada em Campos dos Goytacazes, RJ, o procedimento de punção
venosa periférica foi a prática mais frequente envolvida nos acidentes AT com 15,8%, seguida
da cirurgia, 15,3% e manuseio do lixo 13,7%. Outros procedimentos, como manipulação de
tubo de vidro quebrado contendo sangue, lavagem de instrumentos cirúrgicos, manejo de
caixa com material perfurocortante, descarte de material perfurocortante em local inadequado
e retirada de pontos de sutura, foram responsáveis por 17% acidentes notificados.14
Com isso, é possível afirmar que os AT com material biológico quase sempre envolvem
os perfurocortantes, como conseqüência, o sangue é o material que está comumente ligado a
esse tipo de AT. Apesar do baixo índice, o reencape ainda é uma das circunstâncias do AT,
mesmo sendo uma prática errada e perigosa, ela continuar sendo executada diariamente pelos
profissionais de enfermagem, ocasionando maior risco de acidentes e agravos à saúde do
trabalhador.
0 10 20 30
21.7
15
15
6
3.3
7.3
14.2
17.5
Descarte inadequado
Administração de Medicação
Dextro
Punção
Reencape
Em Branco
Procedimentos cirurgico
Outros
12
4.4 Sobre vacina e exposição ao vírus da Hepatite B
O resultado da coleta dos dados no HGP é semelhante com a literatura pesquisada
sobre a vacina e exposição ao vírus da Hepatite B. A maioria dos profissionais que foram
expostos ao material biológico, estão imunizados, conforme é possível verificar na tabela 4,
Figura 2 - Distribuição dos acidentes com exposição a material biológico, segundo a
situação vacinal do acidentado em relação à hepatite B, Palmas-TO, 2012.
Conforme a figura 2, 86% dos trabalhadores estão vacinados contra o HBV e 14% das
notificações é ignorado a imunização. Quando é observado o risco biológico, estão suscetíveis
à infecção pelo HBV, já que se exposta a esse agente qualquer pessoa poderá ser infectada. O
profissional de saúde cabe a um grupo que poderá ter sua suscetibilidade ao vírus aumentada,
uma vez que está diretamente em contato com pacientes. Para que esse risco diminua, o MS
preconiza a vacinação a esse grupo de profissionais, com três doses.20
Dos dezesseis artigos, cinco estão em consenso quanto a importância da imunização
contra a Hepatite B. A imunização contra o Vírus da Hepatite B (HBV) é comprovadamente
eficaz, e proporciona uma resposta vacinal variando de 90 a 95% em adultos
imunocompetentes. A vacinação é recomendada a todos os profissionais de saúde e
estudantes, já que os riscos de infecção por HBV para esses profissionais estão expostos
diariamente.19
Durante uma pesquisa realizada em três instituições de ensino superior do interior
paulista, em 2007, com 355 estudantes de enfermagem, para investigar a situação vacinal,
310(87,3%) apresentavam esquema completo contra o HBV; 10(2,8%) haviam recebido
apenas uma dose da vacina e 29(8,2%) haviam recebido duas doses.17
86%
0% 14%
Vacinado Não vacinado Ignorado
13
No mesmo ano, no norte do estado do Paraná, apenas 6,6% da amostra que sofreram
exposição acidental com materiais biológicos não estava imunizado contra hepatite B. A vacina
contra o HBV é amplamente recomendada entre os profissionais da área da saúde e
preconizada pelo MS.15
Portanto, a imunização contra o HBV é uma das medidas profiláticas do MS, mas ainda
há a necessidade de se implementar ações educativas permanentes, valorizando, assim, a
imunidade do profissional de saúde.
4.5 Sobre as medidas de precauções de acidentes: Equipamento de Proteção Individual
(EPI’s), capacitações, treinamentos.
Conforme a literatura pesquisada sobre as medidas de precauções de acidentes, o
resultado da coleta dos dados no HGP evidencia que a maioria dos trabalhadores envolvidos no
AT utilizavam EPI’s, como é demonstrado na figura 3.
Figura 3 - Distribuição dos acidentes com exposição a material biológico, o uso dos
equipamentos de proteção individual (EPI’s), Palmas-TO, 2012.
Segundo a figura 3, a maioria dos trabalhadores do hospital de Palmas-TO 90%,
utilizava EPI no momento do AT. Essa prática é louvável, já que ao uso de EPI é fator
fundamental para a prevenção de acidentes com material biológico. A NR 32 do Ministério do
Trabalho e Emprego recomenda que o trabalhador aprove os trabalhos e promova educação
permanentemente, de forma que suas atividades laborais sejam mais seguras.4
Diversas pesquisas confirmam a alta incidência de AT, o que demonstra a necessidade
urgente de permanente vigilância e treinamentos contínuos. Ao mesmo tempo a todas essas
preocupações, é preconizado o uso das precauções universais, recentemente denominadas de
precauções básicas, que foram organizadas com base no conceito de que todo paciente deve
ser considerado como potencialmente infectado, independente do diagnóstico definido ou
presumido de doença infecciosa.21
0%
20%
40%
60%
80%
100%
90%
10%
Utilizava EPI's Não Utilizava EPI's
14
No ano de 2004, a Rede de Prevenção de Acidente do Trabalho (REPAT) realizou uma
pesquisa no Hospital Universitário de Brasília para analisar as ações preventivas utilizadas na
instituição. Os resultados relataram que 77,8% dos trabalhadores acidentados em 2003 e 83%
em 2004 referiram usar EPI quando da ocorrência dos AT. No entanto, 22,2% em 2003 e 17%
em 2004 não usavam os equipamentos de segurança.18
Já no interior paulista, em 2007, um estudo revelou um dado preocupante sobre o uso
de EPI no momento do acidente, onde 49,1% dos acidentes, os profissionais não usavam
nenhum tipo de EPI22. No mesmo ano uma pesquisa realizada entre profissionais da
enfermagem de um hospital de ensino de grande porte do interior do Estado de São Paulo
confirmou que aproximadamente um terço dos profissionais acidentados (28,5%) não
utilizavam EPI no momento do AT, o que demonstra a continuidade de práticas erradas e o
risco entre trabalhadores de enfermagem.³
Contudo, apesar do bom resultado apresentado sobre o uso de EPI, faz-se necessária a
revisão do processo de trabalho, com destaque para o uso de EPI e adoção de práticas
seguras, já que 10% dos trabalhadores envolvidos em AT com exposição a material biológico
ainda não adotaram essa medida preventiva.
5 Considerações finais
O objetivo deste estudo foi identificar e descrever o perfil dos trabalhadores de um
hospital de grande porte de Palmas-TO, envolvidos em acidentes de trabalho com exposição a
material biológico no período de 2010 a 2011.
Após a análise dos estudos foi possível identificar que os trabalhadores mais expostos
aos riscos com acidente envolvendo material biológico são os profissionais da saúde,
principalmente da equipe de enfermagem, destacando-se os técnicos e auxiliares. Quando se
refere ao tipo de exposição, a pele integra foi a mais envolvida, seguida da mucosa. Já em
relação ao agente, a circunstância do acidente e ao material, respectivamente, a agulha foi o
material que mais ocasionou AT, o descarte inadequado de material prevaleceu entre as
circunstâncias do AT e o sangue foi o material biológico que os profissionais estiveram mais
expostos.
Percebe-se, portanto, a necessidade da elaboração um programa de educação
continuada para profissionais da área de saúde que trabalham direta ou indiretamente com
pacientes, onde pode ser abordada a questão da exposição ao material biológico e dos
acidentes biológicos, explicando a importância da adoção de medidas de precauções-padrão e
normas de biossegurança, da notificação do acidente e do atendimento médico até 2 horas
após o acidente, vacinação contra hepatite B; a continuação de novos estudos para instigar os
15
profissionais a refletirem sobre os riscos que estão expostos e das suas respectivas
consequências, que podem levar de um simples AT ao óbito.
6 Referências
1. Soerensen AA, Moriya TM, Hayashida M, Robazzi MLCC. Acidentes com material
biológico em profissionais do atendimento pré-hospitalar móvel. Rev. enferm. UERJ, Rio
de Janeiro, 2009 abr/jun; 17(2):234-9.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Sistema de Informação
de Agravos de Notificação (SINAN). Brasília, 2005.
3. Gomes AC, Agy LL, Malaguti SE, Canini SRMS, Cruz EDA, Gir E. Acidentes ocupacionais
com material biológico e equipe de enfermagem de um Hospital-Escola. Rev. enferm.
UERJ, Rio de Janeiro, 2009 abr/jun; 17(2):220-3.
4. BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria GM n.º 485, de 11 de novembro de 2005- NR
32 - Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Brasília, 2005.
5. Centers for Disease Control and Prevention. Worker health chartbook, 2004. Cincinnati:
National Institute for Occupational Safety and Health [cited 2012 jan 10]. DHHS
(NIOSH) Publication No. 2004–146. 2004. Available from:
<http://www.cdc.gov/niosh/docs/2004-146/ch2/ch2-2.asp.htm>.
6. Silva AID, Machado JMH, Santos EGOB, Marziale MHP. Acidentes com material biológico
relacionados ao trabalho: análise de uma abordagem institucional. Rev. bras. Saúde
ocup. [serial on-line] São Paulo; 36 (124): 265-73, 2011. [cited 2012 jan 10] Available
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http://www.fundacentro.gov.br/rbso/BancoAnexos/RBSO%20124%20Acidentes%20ma
terial%20biol%C3%B3gico%20-%20abordagem%20institucional.pdf>.
7. Sassi SJG, Feijó RDF. Acidente com Material Biológico: O que há em Prevenção. Boletim
Epidemiológico Paulista [serial on-line]. 1(6):5-8, 2004. [cited 2012 jan 10] Available
from: < ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/outros/bol_bepa604.pdf>
8. Conselho Federal de Enfermagem (Brasil). Resolução COFEN-240/2000 - Revogada pela
Resolução COFEN-311/2007. Aprova o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem
e dá outras providências [resolução na internet]. Diário Oficial da União 30 de ago de
2000;Seção 1 [cited 2012 jan 4]. Available from: <
http://site.portalcofen.gov.br/node/4280>.
9. Silva EL, Menezes EM. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3.ed. rev.
atual. [serial on-line] Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001.
[cited 2012 jan 4] Available from: <
http://projetos.inf.ufsc.br/arquivos/Metodologia%20da%20Pesquisa%203a%20edicao.
pdf>.
10. Polit DF, Beck CT, Hungler PB. Fundamentos de Enfermagem em Pesquisa. Métodos,
avaliação e utilização. 5. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2004.
11. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [homepage na internet]. Dados do censo
2010 publicados no Diário Oficial da União do dia 04/11/2010 [cited 2012 jan 4].
Available from: <
http://www.censo2010.ibge.gov.br/dados_divulgados/index.php?uf=17>
12. Assessoria de Comunicação. Hospital Geral Público de Palmas. Re: Histórico HGPP
[mensagem pessoal]. Mensagem recebida por [email protected] em 09 jan
2012.
13. Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 196 de 10 de
outubro de 1996. Diretrizes e normas regulamentadoras da pesquisa envolvendo seres
humanos. Brasília, 1996.
14. Silva JA, Paula VS, Almeida AJ, Villar LM. Esc Anna Nery Rev Enferm. Rio de Janeiro;
13 (3): 508-16, 2009.
15. Ribeiro PHV, Hayashida M, Moriya TM. Acidentes com material biológico entre
estudantes de graduação em odontologia. Revista de Odontologia da Universidade
Cidade de São Paulo. São Paulo; 19(3):263-8, 2007.
16. Canalli RTC, Moriya TM, Hayashida M. Rev. enferm. UERJ. Rio de Janeiro; 18(2):259-
64, 2010.
16
17. Sarquis LMM, Felli VEA. Acidentes de trabalho com instrumentos perfurocortantes entre
os trabalhadores de enfermagem. Rev Esc Enferm USP. São Paulo; 36(3): 222-30,
2002.
18. Marziale MHP, Rodrigues CM. A produção científica sobre os acidentes de trabalho com
material perfurocortante entre trabalhadores de enfermagem. [serial on-line]. Rev
Latino-am Enfermagem; 10(4):571-7, 2002. [cited 2012 mai 21] Available from:
www.eerp.usp.br/rlaenf>
19. Reis RK, Gir E, Canini SRMS. Biological Material: Accidents in Undergraduate Nursing
Students. The Brazilian Journal of Infectious Diseases. Ribeirão Preto;8(1):18-24, 2004.
[cited 2012 mai 18] Available from:< www.bjid.com.br/a03v08n1>
20. Pinheiro J, Zeitoune RCG. O profissional de enfermagem e a realização do teste
sorológico para hepatite B. Rev. enferm. UERJ. Rio de Janeiro; 17(1):30-4, 2009.
21. Spagnuolo, R.S. et al. Análise epidemiológica dos acidentes com material biológico. Rev
Bras Epidemiol. Londrina-PR; 11(2): 315-23, 2008.
22. Canalli RTC, Moriya TM, Hayashida M. Prevenção de acidentes com material biológico
entre estudantes de enfermagem. Rev. enferm. UERJ. Rio de Janeiro; 19(1):100-6,
2006.
18
ANEXO II – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
FORMULÁRIO
1. Data da notificação: ___/___/____ 2. Data do acidente: ___/____/_____
3. Idade:________________ 4. Sexo: F M
5. Ocupação: ____________________ 6. Tempo de ocupação: ____________
7. Tipo de exposição: Percutânea Mucosa (oral/ ocular)
Pele íntegra Outros ___________
8. Material orgânico: Sangue Líquido amniótico Líquor
Fluido com sangue Líquido pleural Soro/plasma Líquido ascítico
. Outros:__________________ Ignorado
9.Circunstância do Acidente:_________________________________________
10. Agente: _____________________________________________
11. Uso de EPI: Não Luva Avental Óculos
Máscara Proteção facial Bota
12. Situação vacinal do acidentado em relação à hepatite B (3 doses):
Vacinado Não Vacinado
13. Resultados de exames do acidentado (no momento do acidente - data ZERO): 1- Positivo
2- Negativo 3- Não Realizado
Anti-HIV HbsAg Anti-HBs Anti-HCV
14. Conduta no momento do acidente:
Sem indicação de quimioprofilaxia AZT+3TC+Indinavir
Vacina contra hepatite B Recusou quimioprofilaxia indicada
AZT+3TC+Nelfinavir Imunoglobulina humana contra hepatite B (HBIG)
AZT+3TC Outro Esquema de ARV Especifique__________
15. Evolução do caso:________________________________________
16. Foi emitida a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT):
Sim Não Não se aplica Ignorado
19
Oficio 03/2012 Goiânia, 10 de Agosto de 2012
A Revista Eletrônica de Enfermagem e Nutrição do CEEN/PUC-GO
A/C.: Roberta Vieira França
Vimos por meio deste, encaminhar nosso artigo cujo título é Perfil dos trabalhadores de
um hospital de grande porte de Palmas-TO, envolvidos em acidentes de trabalho com
exposição a material biológico no período de 2010 á 2011, a fim de ser avaliado e publicado
pela Comissão Editorial.
Eu, Marislei Espíndula Brasileiro, Enfermeira, residente na Rua T-37 n° 3832, Edifício
Capitólio, apto 404, Setor Bueno – Goiânia/GO, e-mail: [email protected] , fone: (62)
3255 4747, assino autorizando sua publicação.
____________________________________________________________________
Eu, Eclais Tamisa Delazeri, Enfermeira, residente na quadra 406 Norte Alameda 05
Lote 15, Palmas/TO, e-mail: [email protected], fone: (63) 8117-1596, assino
autorizando sua publicação.
_____________________________________________________________________
Eu, Lorena Nunes Vasconcelos Perna, Enfermeira, residente quadra 906 Sul Alameda
07 Lote 08, Palmas/TO, e-mail: [email protected], fone: (63) 8423-7094, assino
autorizando sua publicação.
_____________________________________________________________________
Eu, Natália Rios Coelho, Enfermeira, residente na quadra 307 Norte Alameda 09 Lote
22, Palmas/TO, e-mail: [email protected], fone: (62) 3292-3762, assino autorizando
sua publicação.
_____________________________________________________________________
Sem mais para o momento, agradecemos.