OBSERVAG6ES ACERCA DE POPILLIA JAPONICA NEWMRN NA ILHA … · A evoluciio de P. japonica na ilha...

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OBSERVAG6ES ACERCA DE POPILLIA JAPONICA NEWMRN NA ILHA TERCEIRA No presente trabalho faz-se urna breve anztlise sobre a actual situac$io de Popillia japonica Newman na ilha Terceira e apresentwe os resdtados de observag5es feitas no campo acerca do cmporta- mento alianenk dos adultas e de ensaios realizados no laborathi0 sabre preferkcias alimentares In this work a brief analysis is made regarding the present situation of the Po-pillia japmica Newman, in the islaad d Tereeira and the results of field observaItions, related to the feeding behavior d the adults with various laboratory essays regarding their feeding preferences. * Departamento de Cigncias AgrMas. Universidade dos A~ores (Terra Chl, Terceira, Portugal).

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OBSERVAG6ES ACERCA DE POPILLIA JAPONICA NEWMRN

NA ILHA TERCEIRA

No presente trabalho faz-se urna breve anztlise sobre a actual situac$io de Popillia japonica Newman na ilha Terceira e a p r e s e n t w e os resdtados de observag5es feitas no campo acerca do cmporta- mento alianenk dos adultas e de ensaios realizados no laborathi0 sabre preferkcias alimentares

In this work a brief analysis is made regarding the present situation of the Po-pillia japmica Newman, in the islaad d Tereeira and the results of field observaItions, related to the feeding behavior d the adults with various laboratory essays regarding their feeding preferences.

* Departamento de Cigncias AgrMas. Universidade dos A~ores (Terra Chl, Terceira, Portugal).

 

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ANA MARIA M. AVILA SIMC1ES

Em Julho de 1982 foram os Services Agricolas da Ilha Ter- ceira alertados pela presenca, m quantidade elevada, de adtdtos de Pqilliu jupowzica Newman am sebes vivas na zona do Pico Ce1eir.o. Ianediabente aqueles servieos procederam a observac6es para se determinar a extens30 e ~ravidade do ataque do escaraveho-japonbw, nome vulgar pel0 qual aquele bsecto 6 conhe~cido.

Verificou-se que as infestach mais intensas se circuw- creviam principalmeate nas silvas que constibuiam m a das cmponenties das sebes vivas, mas que ,mais algunaas outras plantas assmiadas a estas ssbes ou pr6zimo debs e r a tam- Ixh ataleadas pel= adululbs, nomeadaanenk fetes, flores de trevo das pastagens e a arb6rea M g r i m fwu. Verificou-se, ainda, que, a l h de abundante, o inssoto sle tinha expandido para diathoias relativamente afastadas dos fmos de infesta- c50 at& ttgtzo c d d o s .

No mapa 1 assindmam-se algms doe; navos fmos situados ;no Rco Celeiro, Canada das FonWas, Serra do Cuans e cru- zamento psbxhno d~ ampo de golfe.

Na sequ&ncia das obserm~6es beitas, 0s Servigos iniciararn o c m b a k aos adzlltos do cescarav&,o-japonQs apliwdo con- tra ele de forma intensiva insecticida B base de carbad.

Perante o avanco verificado e o r40 do que nunca justificado de que a praga se continuaria a e q a n d f mas a par& de agora muan Titno mais acderado, e em face dos previsiveis custos elevados, quer de natureza econbmica, quer ecol.Cigiea, das medidas de cmbate, resolveu a respns6vel pelo sector de Sanidade Vegetal, do Departamento de F'koclu@io && ria da Universidade dos Acmes, proceder a algumas observac6es sobre o canportaimento dos adultos, em condieks de campo e no Iaborat6rio.

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POPILLIA JAPONZCA NEWMAN NA ILHA TERCEIRA

No campo, observou aspectos da sintomatologia do ataque em diversos hospedeiros e o comportamento alimentar. No labo- ratbrio realizou um conjunto de ensaios de preferhcias ali- menbares. Corn estes ensaios pretendeu averiguar quais seriam as plantas preferidas pela praga (de enltre algumas das que se encontravm na zona de infestaciio) e quais as culturas, desta zona ou fora dela, que poderiam ser atacadas com maior inten- sidade.

Das muitas espCcies de plantas que se conhecem como hos- pedeiros de P. japonica noutros ter~itbrios e que, existindo nos Acmes, se admitiu deverem ser ensaiadas, seleccionaram-se tres grupos.

1 - Componentes das sebes vivas que irradiavam do aero- porto das Lages e ao longo das quais a espkcie se tern vhdo a expandir.

2 - Eleanentos das pastagens que, estabdecendo a liga@io entre a s sebes e resto da ilha, poderiam servir de alimento.

3 - Diversas outras plantas cultivadas na ilha, incluindo h,orticolas, ommentais e fruteiras, a lgwas dehs xefe- ridas na bibliografia c m o aendo atacadas pel0 w c a - raveho-japmes, na ilha T'erceira ,e noutros territbrios.

0 s ensaios que se realizaram f o r m antecedidos das refe- ridas observa~Ses de c a p o sobre o cmportamento alianentar dos adult06 em diversas espCcies das sebes vivas e das pasta- gens. Fizeram-se ainda ensaios preliminares corn o ob jectivo de se obterem informqBes cmpleanentares que permitissem tirar o melhor partido do estudo que se pretendia realizar.

No presente ltrabalho indica-se a rnetodologia seguida, os resultados das observacSes e alguimas das condusSes que estes sugerem.

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M A MARIA M. H m A SIMUES

Data de 1970 o ano em que pela primeira vez f o r m encon- trados adultos de P. japmh na ilha Terceira, cm, mais precisamente, nuuna sebe que resguardava a piscina jW ao Clube de Oficiais da Base A&ea das Lages.

A P. japonicsr. 6 m a espt5cie de collchpkero da f d a Scarabaddue o r i g i n w do JapZio mas que actuaheukte se encontra explandida noutros ppiaises, nomeadmente nos Estados Unidm da Amkica do Norte onde cmti tui em alguanas regiSes praga importante (Fig. 1).

0 faoto de ser preckamente na ira da Base A&ea, junto hs instala&s americams situadas nas i rmda~6es da pista do aeroporto, que se encontraram os primeir.05 adultos de P. japo- nica leva a admikir que a sua introdu~5o io ilha Twceira tenha como origem o trsego a&eo oriundo da AmBrica. Ten tamMm sido evidente que a P. japonica desde a primeira vez que foi encantrada na ilha T'erceira se tem expandido a partir da zona do aeropmto das Lag=.

Nas condicjks ecolbgicas da *a T I e i r a poucos porme- nores se conhecam sobre o dolo de vida de P. japoaicrr. Note-se, p&m, que desde a data da sua descolkta na ilha, os Semipx Agricolas t&m procurado acompmhar a wolu@io do bsecto. Conhece-s,e assirn hoje a hisaria das d d a s que t6m sido tomadas ou recomendadas, graws aos registos existentes na- queles ServQos e aos relatbrios das entidades charmadas a mlaborar na an6.Iis.e da dtua~Zio criada peh introduc50 do insmto. Desses rdatbrios destaca-se o do en;tomolcmgista ameri- cmo T. Mc Intyre (1973) e os dois relatbrios do entomologists portugues Monteiro Guiznarges (1972 e 1973).

Estes relatdrios t h particular interesse. Neles 6 t r a~ada m a p a n a r h c a gerd sabre a hItrdu& da P. japonica na ih Terceira e 4 analisado o perigo da sua eqansZio por esta

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POPXLLIA JAPONXOA NEWNUN NA ILHa TERCEIRA

e restantes i l h ~ do ArquirJ6lago dos A~mes. Os autores dos rda t6r i s baseiam-se principalmente nos conhecimentos exis- Wes sabre a bioecologia da praga noutros temitbrios e nas conclic6es chdt icas prevalecentes nas vdrias ilhas.

Perante a real meam que a presenca da P. japwica repre- s&a, Monteiro Guimar3es (1972) pre@oniza mdidas de defesa, preventivas e directas.

Para se ooanpreende~ melhor a situacgo actual da P. japo- mica na ilfEa Terceira, nlo p d e m deixar de ser consultados his d01cmentos.

Das vhrias l ~ n c l u s ~ que os relat6sics apresentam desta- c m o s m a pela imporhcia e mtualidade que m a n h . Diz- -nos Moateiro G4uianarles (1973) :

<cOu a nova praga 6 eliminada este ano m, de contrmo, se ela encontra mais m ano favcuriivel, ficard nuito prwavehente para sempre radicada na ilha e quicii em outras do Arquipklagu.

Nlo s lo s6 as vinhas e os pomres que se encon- tram ameacados.

S o as prbrias pastagens, base da economia aco- riana, que godem vir a ser destruidas ou gravemente 8hgidas.s

SZio decorridos quase 10 anos sobre a data em que estas palavras foram escritas e, infelizmente, tal vaticinio comeca a confinmar-se.

A evoluciio de P. japonica na ilha Terceira tem sido acom- panhada com o emprego de armadilhas do tipo <<Elliscu>>, de cor amarela, utilizando-se atraentes de uma rnistura de fenetil- -proprimato corn eugenol, nos filtimos tempos na propor~go de 7 : 3. Estas arrnadilhas foram instaladas em torno do aero- porto das Lages de acordo com a distribuicgo que se mostra n o capa 1. Neste mapa indica-se a tracejado o limite de expan- sZo do ~escaravelho-japonCs,>, conforme refere Monteiro Gui- ma~5es (1973). No memo mapa mostra-se ainda que, decor- ridos 10 anos, tal b i t e avancou notoriamente para o interior.

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ANA MARIA M. AVILA SIMOES

Quint0 ao comportaimento d'os adultos de P. japoniccc tem-se verificado que na ilha Terceira estes normahente comecairn a aparecer em fins de Maio, principios de Junho, tomando-se mais activos e voando corn fwilidade sohetudo em &as quen- tes (nos periodm de teanperatura superior a 200 C) e de sol descoberto. Pelo contrhio, nos dias enco;krtos, frescos ou muito hknidos, os ins&os manem-se quietos sobre as plantas ou no solo.

8 periodo de mQior actividade dos adultos corresponde aos mesa de Junh~Ag~sto. A partir do mi% de Agwto 03 addtos sZio cada vez menos abundantes, at4 que deixam de aparecer a partir dos principios de Outubro. No rest0 do ano, o <<escara- velho-japmb~ permanece no solo, nos eskdos de ovo, larva ou, mais tarde, de pupa.

Quase nada se collhece so- bre o comportamento de P. japmica durante a maior parte do ano, ou seja no periodo em que peTananece no solo no es- tad0 imaturo.

As informa~6es disponiveis reportam-se exclusivamente aos adultos o que, alihs, de certo md.0 se justifka n h ss6 pelo fecto destes s e r a mais facil- mente ~&servbveis c m o tam- b h por smam 0s que prwo- cam em geral maioires eska- gm.

No quadro 2 apresenta-se un esquama divulgado pelas Servicos Agricolas, no qud se represenham as Werentes fa- ses do ciclo de vida do <-a- ravelho-japmba coan base em informaciies d a bibliografia e

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Fig. 1 - Adulto de P. japonica

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POPILLIA JAPONZCA NEWMAN NA ILHA TERCEIRA

cujo conteMo se presume se w s a adaptar ao que se passa oa ilha Terceira. Nos meses de J&o a Agosb os adulfitm enconitram-se efectivmde na ilha Terwira em mdor a&- vldde. Uma das folhas dos hospedeiros fi-dos 6 de videira,

" LIHITE DO DAQ1IE EX 1982 -- LIMITE DO ATAQWE EM 1973

Mapa 1 - Representafio dos limites das h a s atacadas por P. japonica em 1973 e 1982. Chm a letra F assidam-se os novos focos de in€esta@o. 0s nheros e letras no interior de urn circulo constituem locais de observapb que permitiram 'craw o limite do ataque em 19'73 e onde se instalaram annadilhas para detec- 60 do uescaravelho-Japongs~ (Monteiro GGuimarZes, 1473).

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ANA NARIA kt. AVILA SIMOES

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POPILLIA JAPONICA NEWMAN NA ILHA TERCEIRA

planta que at6 B presente data se tern mostrado ser a mais preferida gelos adultos, conforme se confirma atraw% dos result ad,^ de abserva@ies de cmpo e de ensaios que rea- lizAmlos.

AIibs, jb Monteiro Gubar5es (1973) refere que, das plantas cultivadias, a videira era a mais atacada na ilha Terceira e nQ pr6prios tiveanos a oportunidade de observar em 1981 um ataque a estas plantas n w a mna pr6xima do aeroporto das Lages, junto a m armadilha. Nessa ocasizo o ataque era $moderado (Fig. 2).

Desde a sua desooberta na i lk , a abundhcia de P. japmica numa tinha assumido t50 graves propor&s c m o as que se ~bs~ervaram en 1982.

Fig. 2-Fo&a de vldeira atacada pox P. j~ponica nas prmhnidades do aepoporto das Lages.

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De modo geiml, sbo as folhas us 6rg5os mais atacados pelus adiuiltcxj, enbora eles se possam alimentar tarmbh de fmW.

Os a d d h roem o parGnquima, deixado vulgarmmte as nervuras intactas, sobretudo as mais grossas, o que tamb6m depende do bipo de fobas. Quando se instalam sobre os Qgiios das plantas sbo ralativamenk sedentfios. 0s sew mcwislentos sbo lemtos, memo q m d o se a h n e n h .

Qumdo perturbadus habibam-se durante algum tempo, esteindendo as patas posteTiures slzxrna posicbo tipica ou e n t h deixm-se clair no solo, ficando duranlte dgum tempo herbs , c m o mortm, em tanatose (F'ig. 3). Eventualmente, sobretudo nos periodos mais quentes do dia, qumdo se encontram em maior actividade, voam se nos aproximarmos das plantas onde se encmtrm. Em cmIdic6es normais, alternam periodos de aJimentac5~ com periodos, por vezes relativamente longos, de imabilidade.

T&n hhbitos gegikios e 6 muito vulgar: abservarem-se adultos amsaladus, por vezes coan a f h c a a dealocar-se ou mesxno a ahentar-se nesta situacbo.

' Nas sebes vivas a plmta mais atacada pelos adultos foi nitidaunente a silva (F'ig. 4). TaanGm furam enconrtrados fetos atacados em alguns locais, mas n50 de forma tbo generalizada como as silvas. Es'tes fetos assmiann-se &s seibes vivas e por vezes estendem-se para o interior dos campos vulgar~mente ooupadus par pastagens.

Nas pastagens encontraram-se coan facilidacle adultos a alirmmtarean*e de fbres de trevo.

Perante a ahndhcia de insectos e o perigo da sua expan- s50, 0s Servi~os Agricolas mobilizaraan os meios disponiveis para 0s m b a t e r .

Para o ekiho fizeram aplicaebo de hecticidas & base de karbaril, sobretudo ao lmgo das sebles viva6 das ma5 mais inf estzlldas.

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POPZLLZA JAPONICA NEWMAN N A ILHA TERCEIRA

Eun alguns loaais, p e m t e nwoc s&os de add~tos e aten- dendo ii durach dos ddtos residuais do canbaril, repetham-se os trataanenlios. Mesmo ass,h, decorrido a l g w t a p , volta- ram a ser mcontrados adultos em actividade nesses locais, facto que, alib, niio 6 de eshanhar, m a vez que se sabe que o canbaril tan una ilimitada accio residual (e ainda bem que a s h acatece) e que a eanenghcia dmos add& se dB escalo- nadammte, ao h g o tempo.

Fig. 3 - Patas estendidas em sinal de alarme

Estes cmheciunentas obrigam a m a sbia meditacio sobre os m6todos a utilim contra a praga, tendo ean a h ~ i o a salvaguarda dos viirios inkresses an jog0 nas exploracSes agricolas, inchindo a ddesa das culkuras e a protec$Zo de pesoas, gado, a b e b s e outxos insectos h i s e da vida selva- gem, em geral. I%, por cmseguinte, precau~Ses a toanar para se combater esQ praga para o que se torna necessikio que

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ANA MARIA M. AVILA SIM6ES

acerca dela se facam com a dedda prdundidade os estudos apropriadm para se fundamentar as es1trat6gias de combate que se julguem indispens6veis wtabelecer e exeutar.

Conforme ressalta dos d a e n t o s contidos nesftas gene&- dad-, tab esbxios niio paderiio deixar de considerar a lacuna que existe de conhecianentm disponiveis sobre o que se passa cam a P. japmica clurante a maim park do ano, no period0 em que permanece no solo, nos esWm imaturos. E cmhra o estudo das preferikias ahentares de que consta este trabdho levante urna pmta do d u sabre o coanip~rtarn~ento de P. japonicca, os conhecim~enttos adquiridw coibrem apenas m a faceta da vida dos adultos. As observa~5es que accmpanbram a execncZio do presente trabalho, motivadas pela presengi de addtos a a h n - tarem-se m viirios tipos de plmtas, incluindo compmentes das pastagens, sugere, por&n, dada a importiincia desk% e das v a a s oulturas susceptiveis ao ataque, que as larvas de P. japoozica d e v m ser t m E m cvbservadas na sua actividade alimentslic na park subterrhea de plantas, particdarmente nas gramheas. 0 estudo desk estado imaturo, no punto de vista das estratk- gias de combate e na perspectiva da expansiio da praga, nZio pode ser menosprezado.

Para j6, qua- pelo que se observa com os adultm, quer pelo que se admite acontqa com as larvas, salienita-se o facto das pastagens s6 par si n2io comtituirm uma blarreira B pro- gress2io da P. jstpenica na ilha Terceira. As prbprias pastagens etiio sujeitas aos ataques da praga, quer dos adultos, quer das larvas. Esperemos, p o r b , gue nestas os ataques n b venharn a assumir a imporhcia econ6mica que a capacidade adaptativa do hsecto fez prever.

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POPZLLIA JAPONZCA IWWXAN N A ILHA TERCEIRA

Nos ensaios prelimhares foram utilizadas folhas (f), fmtos (fr.) ou fhres @I.) das seiguintes plantas :

1 - Bananeira (f .) 2 - Roseira (f .) 3 - Macieira (f .) 4 - Pereira (f .) 5 - HoMnsia (f .) 6 - Videira (f .) 7 - Laranjeira (f .) 8 - Pessegueiro (f .) 9 - Marmeleiro (f .) 10 -Feto (f.3

11 - Silva (f .) lr2 - Marrolllo (f .) 13 - Ameixeira (f .) 14 - Nlilho (f .) 15 - Goiaheira (f .) 16 - Nespereira (f .) 17 - Anoneira (f .) 18 - P6ssego (fr.) 19-Ma6 (fr.) 20 - Pera (fr.)

W - Feijoeiro (f .) 9 - Luzerna (f .) 23 - Trevo branco (f .) 24 - Trevo branco (fl.) 25 - Trevo roxo (f .) 26 - Trevo roxo (fl.) 27 - Trevo amar. (f .) 28 - Trevo amar. (fl.)

Fig. 4 - Aduktos de P. japonica em silva de uma sebe viva.

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ANA MBRX Y. AVILA SIM6ES

Com um vazador recortaram-se purl;& inkactas, sem qual- quer vestigio de roedelas, de fulhas e de frutos.

Esrtas porcSes de folhas e de frutos e flores de trevos forarn colocadas ao acaso, em diferentes ombina&?s, em pla- eas, de petri nas quais f o r m libertados adddtos de P. japmica que se tinhan mantido duranite algulnvas horas sem comer.

Que~ nos ensaios pirelhinares, quer nos ensaios que se lhes seguiram, fizeram-se cinco repeticSes c m as diferentes combinac5es de alinaentos a que se juntaram adultos (Fig. 5).

Para se evitar altera&s na qulalidade dm alimentos for- necidos aos addtos, os ensaim f o r m iniciados num curto intervalo de tempo ap6s o cork das plantas e hediatanente a seguir ao recorte dos fraganentos. 0 s re~~dtados dois msaios prelininmes aconse&arm a excluir-se nesta fase do estudo fmtos e flores e a utilizar-se apenas pwgSes de folhas recor- tadas colm elm vazador de 22 lmm de dihetro e smente 5 adultos nas placas de petri, em cada uima das repetic6es (Fig. 6).

Para se evitar que os Znsectm deslacas5e~n as pmc6es de folhas dm boais o d e inicialmente thhm sido colodas nas placas, elas foram fixadas pelo lado inferior corn um pequeno fragment0 de fita goanada e previammk mmeradas pelo lado extamno do vidro.

No decurso dm ensaim p e W a r e s regisbu-se, p w esti- mativa, a percentagem da b e a folhear e das porc$es de frutos e de flores rddas entre periodos de tmpo pr&d&dado.

Nos, ensaios dos dias 20-8-82 e W-8-82 o registo daa obser- va~6es foi feito ao fim de urn period0 de 24 e 20 h m s , respec- tivamente. Estes ensaios forarn repetidus ern 28-8-82.

IEa anuse que enso se fez dos resulM3)s obtidos concluiu- -se que havia interesse em GmpGficar o estudo, emando-se nesta fase dm trabaJhos os f r u h e as flores por se tornar dificil o registo das respxtivas pore% rufdas c m usl mhimo de rigor. Apenas se podia cornparar nas condi~Ses dos ensaios porciies midas e niio roiclss, sem apreckqiio quantitativa.

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POPZLLZA JAPONZCA NEWUAN N A ILHA TERCEIR.4

Fig. 5 - Repetiw das diferentes combina@es dos alimentos nos ensaios das preferbcias alimentares.

Atendendo a tais resultados e particulmente aos registos obtidos da olbservacZio das folhas, realimu-se ern 29-8-82 novo ensdo, tendo-se tamado nota da ezrtensh dm. estragos ao fim de 6 horas a* o seu injoio. Neste ensaio utilizaram-se frag- mentos de folhas das seguinks planks :

Bananeira Pessegueiro Roseira Maraneleiro M;acieiira Feto Pereira Silva Hortensia Marrolho Videira Auneixeira Laranjeira Milho

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No ens& de 304-82 os fragmentus das plantas foram, tal o m o mteriomente, agrupados nas placas de petri por sorteio, h d e s e por este meio ewtabelecido as segubtes cmbina@es (A, B e C).

Combiwiio A - Pereira, lmanjeira, pessegueiro, marrolho, auneixdra, videira (testemuha).

Cmbimgiio B - Macieira, horthcia, silva, marmeleiro, vi- d&a (testernunha).

Cmbim~iio C - Bananeira, pereina, f&, mdho, v i d e 8 (testernunha).

Para cada uma destas c m ~ ~ % s fizerm-se ccinco repe t i c k , colmmdo ean cada placa ohco adulltos de P. japnka previaunente mantidos sem caner durank adgumas horas (F jg . 6). . I

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POPZLLIA JAPONZCA NE:WMAN N A ILHA TERCEIRA

Utilizaram-se s a p r e como testexnunhas fragmentos de fo- h a s de videira polr se ter verificado ser esta planta uma das mais atacadas pelos adultos. 0 m r d h o foi hcluido no ensaio para se esdarecer a

suspeita de que esta pilanta seria atacada no camplo pelos adultos.

0s adultos quando se instalam num 6rgZio da planta, se nZo f o r m perturibadog, ean geral nele germanecem a l g w tempo mostrando s e r a urn tanto sedenthios.

T m W nas phcas de p& isso acontece. Pam esclararwer usl pwco mais este comportamento, e em

f~ace dos reultados ohtidm em 30-8-82, realizou-se an 31-8-82 um ensaio. PTocurou-se averiguar se ap6s a escoha inicial dcts fragmmtcs das plantas por parte dm adult- estes procura- riam alimentos diferenkes daqueles onde no inicio do d o se tinham c m e g ~ d o a ahen ta r .

0 registo das o b s m a g k foi feito ao firm de 4, 6 e 8 horas ap6s a colwac50 dm addtos junto dos albnatos.

Da W s e dm resd~tados de hdos 05 ensaios mencio- nados conchiu-se que cine0 dm esp6cies de plantas f o r m mais iinkmaanmte atacadas: a videira, madeira, marmeleiro, amei- xeira e silva.

Utilizando-se fragnenkos de fohas des'tas plantas, pro- cwowse esderecer a l m s aspelctos da wduc%o do ataque dos adultm e mnfirtllar o seu c o m m ~ e n t o ahen ta r . Tal c m o se tinha proc.edido anteriormente, neste tiltimo ensaio fizeram-se cinco repe t ich e colocaram-se em &a placa cinco adultos de P. japmka.

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'ANA MARIA -

ANALISE DOS RESULTADOS

Apesar do carkber preliminar dm emsaios realizados em 20, W e 28-8-82 adanititnos que haja algum h te re se ern fazer r e f ~ e r ~ c i a a alguns dos rwdtados olbtidos.

Ass,ian, houve nZio s6 uuna diferenca ecenhuada na prefe- rgncia alimentm docs adu lh pelos diversmi tip= de plantas postos B sua d i spos i~b cotno t-m, n'm tr6s enmios, os resulbdos f oram c~oormparativamente semelhantes.

Embsra os osdttados se baseian nuna critkrio de oher- v a c k wm tanto subjective, verificolu-se que, p r urn lado, h~uw uma c& hmmonia entre os resdtad.05 dos trQ ensaim pseli- minares e, por oultro lado, em cada urn dm ensaios, houve d i f e r e n ~ nitidas relacismadas c a n 0s vkrios tipos de alianento.

ETmhra mais grosseiras do qiue as oibsemc8es fdtas nas folhas, as abserva@es dm, f b r e s e frutos nbo deixam d~e ter o seu inMesse. Ilcliou-se, p o r b , a a n W e erm rda~Lol a estm 6ingZios das plantas para ma o u b fase dos estudos.

No que diz respeito gs fohas, os adultos mmikstaraan preferkcia por v i d e , macieira, mme1ei .o e d v a . De notar, que anbmora h j a alguana consist&xk nos resditadm cibtidm nos &Q ensaim em f o b s de bmmeira, verificou-se mais tarde, nmwclamenbe atravb do ensaio do dia 28-8-82, q w esta p h t a n50 era prawmente atacada pelos addtos.. Saliente-se taanb6m que na tes ensaim prelirminames as fohas de feto praticmente nbmo doram roidas. Este resultado nbo concorda inheiramentie corn o que se passa em cmdi@5es natwais, jA que as folhas do feto forsum das que j,mto Bs s e b e viva mais apareceram ata- cadas pdos adultas de P. japmka.

No que diz respait0 ao milho, n5o hmve oporOtunidad,e para se averiguar, cornparaitivmente c m ourtras plantas, a prefe- r6ncia dos adultos pelas inflwesc6ncias7 apesar da. import&xia que se admite p w a ter o problana.

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POPILLIA JAPONJCA NEWMAN NA ILHA TERCEIRA

De modo geral, ressalta dm resdtados desks ensaios o i n h e r e de se aprofundar no fvturo diversas quesk6es rehab nadas coon o cmpritamento alimatar dm adultos, cmfron- Candcms coan observac5es directas f&as no caimpo.

No ensaio de 29-8-82, demarcaram-se claramente das plantas que pcruco ou quase nada f o r m roidas as que se apresentaraan c m uana percentagean de bea roida d ' d a .

Neste msaio verificou-se m a c e h varia~5o nos resulta- dos das cinm repeticTres preliminares, se atendermos B posic50 relabha que as difwenb plantas oeupm relativamente 1 prefwihcia alimeatar dos adultos.

Assh, volk a smgir a videira no two das plantas mais prderidas, coon uuna b e a roida de 77 %. Seguiu-se, pcrr odem decresmte, a meixeira, mameleiro, macieira, roseira e silva.

No que respeita B silva os resultados obtid'os n5o deham de ser preiocupantes. Esta plan* 6 inknsaznente infestada nas s e k vivas. Se eon condi~8es notmais ela se mmantiver em relac50 21s plankas que se acabaram de menciwar a s,ua posicgo de menm prderida isto polder& signifimr que essas plantas cdkivadas pderi?io ser severammte ahcadas junto hs sebes vivas, caso o eslcaravelho se omthue a expandir a0 longo destas e a p e c a nas silvas em tanba quantidade c o w a que se verificou em algumas wnas erm 1982.

No quadro 1 r&etm-se crs dados obtidos nos ensaios de 30 e 31-8-82. r

EPn 308-82 verificou-se que urn periodo de~or-i-' cienk para se ter a nc@io da preferhcia alimentar de P. j a p nica. 0 fac~to dos adultos iniciarem o ataque can maim intea- sidade a m a das planitas pode n50 significar que e h seja a mais prd&a. 0 s adult% dirigen-se para u a ~ l dos fragrnentos e ai permanma algum tempo a alimentar-se. Podew man- ter-se no fragment0 inicialmeate escolhido, mudando ~1 n5o para outre atk se alinenrtareon campletaenente.

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ANA MARIA. M. AVILA STMOBIS

Roseira Laranjeira Pessegueiro Menta Ameixeira Wdeira

Macieir a HortRnsia Silva Marmeleiro Videira

Bananeira Pereira Feto Milho Videir a

2 horas

0,4 0 3 1.4 0.6 308 17,4

20 horas

54 8,4

54 6,6

92 75

4 horas 6 horas 8 horas --

29 0

14 15 46 90

60 3,2 20 48 68

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POPILLIA JAPONICA N E W A N NA ILHA TERCEIRA

30-8-82 verificou-se que, na cmbinacZo A, ao fim de 2 horas, o h e n t o aparentemente mais preferido era a amei- xeim e ean seguida a videira. Embora en face de resultados aniteriores a situacgo se afigure invertida, neste caso a manu- tencbo de tal preferhcia, memo ao fim de 20 horas, ainda que cam valores percentuais diferenkes, pode explicar-se pela relartiva sedentaridade dos adultos. IniciaZmente eles instala- raw-se, respeotivamente, ern fragmentos de vlideira e de amei- xeira (em maior n h e r o nesta M m a ) e permaneceram ai a ahtentar-se porque gostwarn de am,bos os alirnentos sem terem necessidade de procurar fragmeatos de outxas plantas.

Na combi?lac5o B o a h e n t o para onde se dirigiram inicial- mente os adultos em maim n~mero foi a silva e em seguida a videira. Ao fim de 20 hwras, p o r h , a situacgo moldificou-se. 0 mamndeiro e a videira foram as planks mis roidas, o que leva a crer que a nelcessidade, associacia B prefer6ncia alimen- tar, veslceu a referida sfdentaridaxle.

Na combina~Zo C, a mais desCavorAve1 de todas quanto B diversidade de alimentos em principio apefecidos, os adultos dirigiram-se de inicio em maior n b e r o para a videira e foi nesta planta e ean pereira que, ao fian de 20 horas, se verifi- caram as maiores perceontagms de Area follhear roida.

No ms~aio de 31-8-82 conhnou-se de modo geral os resuil- tad- registados em 30-8-82. As principak dife~eacas relacio- n a m e coon a influencia que t a n nos resultados finais a escoha hicia1 do aliment0 e, por cmseguimte, a influencia da relativa sdentariedade dos adultos. Verificou-se, contudo, neste ensaio, que em dguns casos decorridas 8 hmas praticamente jA se encontrava definida a prefm6ncia aliunentar dos adulhs.

Estes resultados justificaram a xaliza@o do ensaio de 31-8-182 no qua1 se utilizm apenas uma c o m b a ~ 5 o das 5 esp6- cies de planks que no decurso dos virios ensaios j i refe~idos se mostraram mais prderidas pelos adultos de P. japonica, ou sejaun, a videira, meixeira, mameleiro, macieira e silva.

No quadro 2 r&w-se as medias dos dados obtidos durante a realizaego desse msaio.

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QUADRO 2

ANA W I A M. AVILA SIMBES

I

Mais m a vez surge a videira coano a planta mais prefe- rida (Fig. 7). Repare-se, contudo, atrav6s da an6lise dos valo- res media do quadro 2, que a posi@io relabiva das vkias plantas n60 6 a que seria de esperar se atendemos aos resultados dos ensaios anteriores.

Do cooljunto das plantas ensaiadas nesta cambina~Ho seria de admitir que a silva fosse a plank menos preferida. A silva aparece, p.or&n, wupando o segundo lugar, logo a seguir i videira.

O~bviamente que tais resultados n6o mtisfazem na perspec- tiva do estudo das prderCncias alimentares se forern analisadas apenas atravbs dos mlores globais mkdios da area folhear roida. Analisam, porkm, os valores parciais de cada r e p e t i ~ h do ensaio, cornpanando ao lmgo do tempo a wolu~6o do ataque nos fragmenbs de follhas das cinco esp6cies de plantas (qu(dro 3).

A primeira conclus6o que se porle tirar da anhlise das vhrias r e p e t i ~ k do ensaio 6 que os resultados se apresentam bastante hetercugbneos sendo, por conseguinte, necesshrias mais repeti~Bes e porventura condi~aes diferentes de trabalho para que se possa avaliar, atraves dos vdores m6dios da pwcentagem de Area

Videira Silva Marmeleiro Macieira

4 horas

26 1 48

" 6 I z 2.2 1 6 2

6 horas

66 48 22.6 17

8 horas

I

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POPZLLZA JAPONZOA NEWNAN NA ILHA TERCEIRA

Fig. 7-Ataque de P. jaipodca A folha de videira posta no LabcrraMo & disposido dos adulbs.

roida, a pr&w&cia a h e n t a r d0s suddtvs de P. japonica em mhch ks c k o espkcies de plantas utilizadas. Os resultados ex@catm-se, en parte, pelo facto de t d a s as plantas semm ape- tecidas pelm additcvs.

0 esi(r1mechento desta mathria fica ediado para outra qmtmidade.

Analisando os dados das vbias repeticaes e canfrontand~~os ccrm o que o b s e r v ~ o s directamate no decurso do ensaio podeanw, contudo, tkar algumas con3:lusties que t6m interesse swem refwidas.

Na 1." repeti@o os adultos dirigiram-se logo no Mcio do enseio em maior n b e r o para a videira e em memor n w m o para a macieira. Ao fim das 6 horas continuaram a alimen- t a r e nestas plantas, quase desprezando as mstmtes.

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QUADRO 3

1." repeticdo

Yldeira Silva Marmeleiro Macieira Ameixeira

Videira Silva Marmeleiro Macieira Ameixeira

4 horas

4 horas

8 horas

3." repeti~do

8 horas

60 0 30 40

6 horas

0 0 30

Videira Siilva Marmeleiro

4 horas

0 0 10

Ameixeira 70 1 95 95

I Macieira 1 1

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POPZLLZA JAPONZCA NEWM.4.N NA ILHA TERCBIRA

4 horas

4 horas 6 h o w 8 horas

Videira 60

I 0 0 Wacieira 0 Ameixeira

Videira a v a Marmeleiro Maueira Ameixeira

6 horas

80 50 0 . 0 15

Na 2." mpi t i~b f o r m a siha e a macieira as inicialanente ahcadas, na 3." foi a meixeira, marmeleiro e .macieira, na 4." f d a videira e o manmeleiro e na 5." repeticiio foi a silva, videina e meixeira. .

Estes resultados s5o bem explicitos quanto Bs infWncias de d&&ados fmtmes no compo1Ttaan!mto ~ m ~ . Da an&- lise da mluc5o do ataque am fragmentos de f&as nas vhrias rqetic8es, atre outrlas c m o l u s ~ , desha-se a import$ncia que p d e ter nos resdkdos a foam e a moha inicial das plantas, a apetkcia destras e o ccmpoTitameaQ da relativa dentariedade dos ddtos.

8 horas

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ANA &%RIA Db. HVILA SII'IaES

1 -Pondemdm os princckpais factores que condicicmam a abmdhcia de P japonica, nmeadamente os que dizem res- peito Bs exig6ncias das larvas qumto Bs caracteristicas do solo, do akne21Ito e de cliima e L exiencias d0s addtm princi- pdmente qumto a hospedeiros;

2 - Aar&ado o avanco da praga a par& da zona do aero- port* das Lag- para o interim nos IWRII~~ dez an%;

3 -Verificada a ablundilncia dm adultos ern novos folcos de infesCa~lZio e o condicima~lismo clhAkico e da vegetacgo predooninank nos Locais onde eles foram encmtrados em maior n b e r o :

Pd.ern.as considerar que, inf&mente, a P. japmka se emtmtra radicada na ilihia Terceira. E, pim ainda, nZio existem barrreiras htratmpdveis que se o p m ~ b ao wu avanco para outras zmas da Ilha que, previsivehente, lhe permitem a exis@ncia ou mesirno lhe sib favorAveis.

A abund&mia de a d d h que ye observoru en alguns dos lac& JU& B actual linha W t e da sua b e a de eqansZio, assi- mhda no mapa 1, faz prevsr que no f d w o o seu avanco se prolcesse num r i a0 mais acelerado do que aquele que at6 agora se tean verificado. E, para esse avmco, vZio contribuir ;os niv& populacionais que a P. japanim j$ athgiu na sua dinha da frente~, as s e h vivas, eqxxialmente akavks das dms, a diversidade e heterogmeldade das culturas e as pr6- prias pastagens.

Nestas cirmslt$ncias, 0s dados do presmte trabiako, aais do que o inbesse que por si sb possaan ter, representam sobre- tudol alerts que se soma a outros a que o processo da inItrociu@io da P. japmka na ilha Tmeira tan dado origean.

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POPILLIA JAPONICA N-AN NA ILEA TERCEIRA

Esk data tern c m o fundamento a hist6ria do avanco da P. japoniccz na ilha Terceira e a aotual situacZo da praga, acrescidas ainda das i l a c h que se podeon tirar dos dlados reswltantes das olbservac6es lolcais e dos ensaios realizados.

Atravk dos resultados dm ensdos confirmou-se a prefe- r6ncia dm adultus pela videira e par algumas frukiras, n m a - dmente macieira e anekeha, onde, &s, eles jS Wam sid30 eoucontrados no campo.

.& o b m c 6 e 3 feitas no camp0 tomaim patente a impor- thc ia que as silvas, assmiadas A vegeta~50 circundan~te, inch- s i m e n t e Bs pastagens, podm tm na manutmclo da abun- diincia da praga e na slla expmsZio. Estas abserrvack, conju- gadas corm QS resdtkdos dos ensaios, reforcam a id& de que nuitas outras espkies de plmks cultivadas onde a P. japocnica ainda nZo foi encontrada na i&ha Terceira, induindo cmpo- nates das pastagens, mnamen'tais e fruteiras, podem vir a ser t a m b b ahcadas, sabretudo n a l g m s zonas previsivehenke favwAveis da lba ainda nZo abanqadas pela praga.

Por falta de olportunidade alguanas quest&% n5io ficaram coanp1etaunent.e esclarecidas m dw11;pso dos ensaios e das absmc6es de carkc&er geral que se fixram. Por exemplo, muitas wtras plantas pad- ter sido en~aiadas e a pr6pr.ia metodologia poderia oMecer a nwos esqwmas baseados na expwi6ncia a d q a d a .

Tann:b&n nZo houve possibilidade d~e se h i c k o estudo da bioecollogia dm rudukos nuna pempectiva akugada. Esrtas ma- W a s , tadavia, t h hkeresse em serean devidamente aprofun- Was. 0 mwno se pode dizer, ahda corm mais Wase, acerca da bimdolgia dos estadm i m a m , especiahente das larvas, estudo que neon sequer foi aibsrclado.

Nas ackais c i r c w h c i a s de expans50 da praga, porh, os estzldos da bioecoilogia das larvas digma-se de particular interesse, quer peh re5ponsabilidade que hes c a b nessa exparllsZio, q u a pel0 desldecimento que existe na Ilha Ter- ceira sobre as espkies de plantas que as larvas ataca*m, nmea- damente em relac50 As graanineas das pastagens.

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