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WAYNE T. ADAMS Ex-Grão-Mestre da Grand Lodge of Maine (Anciente, Free and Accepted Masons), USA. O MANUAL DE HIRAM Um Guia para o Venerável Mestre Tradução e Anotação do original “Hiram’s Handbook – A Presiding Master’s Ready Reference” por Antonio Conehero Júnior 2005

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WAYNE T. ADAMS

Ex-Grão-Mestre da Grand Lodge of Maine (Anciente, Free and Accepted Masons), USA.

O MANUAL DE HIRAM

Um Guia para o Venerável Mestre

Tradução e Anotação do original “Hiram’s Handbook –

A Presiding Master’s Ready Reference” por Antonio Conehero Júnior

2005

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NOTA PRELIMINAR

Navegando pelos websites das Grandes Lojas dos Estados Unidos da América verifiquei a preocupação de muitas delas no sentido de capacitar e habilitar aqueles Irmãos que pretendem assumir a direção de Lojas Maçônicas. As Obediências Norte-Americanas têm plena convicção de que cabe a elas cuidar para que suas Lojas sejam conduzidas por Maçons bem preparados para o difícil exercício do cargo de Venerável Mestre. Assim, além de exigir dos candidatos a Venerável Mestre conhecimento maçônico e domínio do ritual e da legislação, as Obediências promovem cursos e editam manuais visando a dar noções básicas de liderança, gerenciamento, organização financeira, e a apresentar modelos e exemplos práticos de como manter os Irmãos motivados e fazer com que a Loja seja não apenas um local agradável de convivência fraterna, mas também um importante núcleo de atividades em benefício das comunidades onde estão inseridas. É com essa finalidade que a Grande Loja do Maine (A. F. & A. M.) mantém disponível em seu website o presente manual escrito pelo Respeitável Irmão Wayne T. Adams, ex-Grão-Mestre daquela Grande Loja. “Hiram’s Handbook – A Presiding Master’s Ready Reference” foi feito para os Maçons daquela Grande Loja, mas fornece preciosas lições

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aplicáveis a qualquer Loja Maçônica do Mundo. Na literatura maçônica brasileira não existem muitas obras sobre esse importante assunto, de modo que os Irmãos que assumem o primeiro malhete em suas Oficinas quase sempre exercem o cargo baseados em pura intuição, tendo muitas vezes como únicos parâmetros para suas decisões somente as próprias experiências pessoais e a experiência daqueles que os antecederam. Tamanha dose de empirismo nem sempre produz resultados satisfatórios. Quase nunca há o estabelecimento de objetivos e metas para as Lojas. Dificilmente se vê a elaboração prévia de um calendário de eventos, a aplicação de regras básicas de administração e de controle de qualidade, e não há planejamento financeiro consistente. Falta comunicação. Muitos Oficiais e membros das Comissões, por não receberem instruções adequadas que levem ao conhecimento de seus deveres, simplesmente deixam de atuar, ou atuam mal e falham na execução de suas funções. Muitas Lojas sofrem quando são mal geridas. Uma Loja pode até mesmo abater colunas por não suportar uma prolongada sucessão de Veneráveis Mestres despreparados. Vendo esse triste quadro decidi traduzir o Manual do Irmão Wayne Adams. Fui prontamente atendido pelo Irmão Hollis Dixon, Eminente Grande Secretário da Grande Loja do Maine, que me colocou em contato com o autor, o Irmão Wayne Adams. Este se mostrou muito interessado na possibilidade de uma edição brasileira de seu livro e não apenas concedeu imediatamente a permissão para a tradução e edição de seu Manual, como também

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redigiu o prefácio da edição brasileira que o leitor encontrará logo à frente. No trabalho de tradução procurei preservar ao máximo as expressões e a forma de construção do pensamento do autor. Sempre que julguei necessário dar alguma explicação ou informação adicional, o fiz por meio das notas de rodapé. Portanto, todas as notas de rodapé existentes ao longo do texto são notas do tradutor. Assim agi tanto para não incorrer na crítica muitas vezes dirigida aos tradutores – traduttore, traditore (tradutor, traidor) – quanto para fazer com que o Manual de Hiram, além de cumprir a missão para a qual foi originariamente escrito, também proporcionasse ao Maçom brasileiro uma visão da Maçonaria nos Estados Unidos da América. Sinceramente esperamos que “O Manual de Hiram – Um Guia Para o Venerável Mestre” possa ser uma ferramenta útil aos Irmãos brasileiros, que nos ajude a melhorar nossas Lojas e que desperte o interesse pela busca do conhecimento da Maçonaria nos inúmeros países nos quais ela pode ser encontrada na atualidade. Antonio Conehero Júnior Tradutor.

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PREFÁCIO DA EDIÇÃO BRASILEIRA

Festa de São João Junho de 2005 Irmãos, Há muitos anos eu via a necessidade de um livro de consulta simples que fornecesse aos Veneráveis Mestres das Lojas a informação básica de que precisavam para dar resposta rápida e efetiva às situações que certamente enfrentariam durante seu mandato. “O Manual de Hiram” foi desenhado para lhes dizer como fazer muitas das coisas que eles deveriam executar para melhorar a administração de suas Lojas. Este simples manual foi distribuído aos Veneráveis Mestres de cada uma das 193 Lojas do Estado do Maine. Ele foi bem recebido, e nosso Grão-Mestre, subseqüentemente, decidiu que o manual todo seria posto no website de nossa Grande Loja, para que estivesse disponível a todos. Eu fiquei surpreso e um pouco lisonjeado quando o Irmão Antonio Conehero pediu permissão para traduzir “O Manual de Hiram” para o

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Português. A permissão, prontamente concedida, foi seguida de uma animada troca de correspondência, por meio da qual o Irmão Conehero se empenhava para compreender o alcance de muitos dos termos e costumes que são específicos de nossa Constituição do Maine, e se esforçava para adaptá-los e torná-los relevantes para a Maçonaria Brasileira. Agradeço ao Irmão Conehero por seu trabalho e espero que sua tradução e adaptação possam ser úteis aos Veneráveis Mestres das Lojas Brasileiras, em seus esforços para conduzir homens bons das trevas para a luz. Sempre a serviço da Arte Real, Wayne T. Adams Ex-Grão-Mestre dos Maçons no Maine

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“O MANUAL DE HIRAM – Um Guia para o Venerável Mestre” Ir. Wayne T. Adams Loja Arundel n. 76 1997

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer a todas as pessoas que me ajudaram na preparação deste Manual. Algumas seções como “Como Manter Novos Membros Envolvidos” são somente minhas. Outras seções vieram inteiramente de outros, como a carta para as esposas de novos Maçons que foi escrita pelo Ir. Alan J. Morgan. Todos esses itens estão adaptados para o Maine e para nosso uso, mais particularmente a série de itens escrita pelo Ir. Thomas Ard da Grande Loja da Califórnia. Agradeço aos Irs. Walter Macdougall, Brian Paradis e Norris Dwyer por suas sugestões que muito melhoraram este manual. E finalmente, eu agradeço a minha secretária, Karen

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Schiegel, que silenciosamente vai se instruindo sobre a Maçonaria no Maine.

INTRODUÇÃO

Este Manual é parte de um projeto do Comitê de Educação Maçônica e Serviço das Lojas para disponibilizar à Ordem tanto novos materiais quanto materiais que foram publicados no passado, mas se tornaram obsoletos. “O MANUAL DE HIRAM – Um Guia para o Venerável Mestre” é um complemento para “O BOLETIM DE HIRAM DRUMMOND”. O “Boletim” é um guia de planejamento para os Primeiros Vigilantes se prepararem para seu ano no Oriente. Este livro, por sua vez, é uma ferramenta especialmente preparada para o Venerável Mestre que pretende ser um líder inspirado e um eficiente administrador. Uma vez que cada Loja é diferente e que cada Venerável Mestre é único, o material aqui apresentado não foi projetado como um modelo a ser imposto, mas como uma sugestão para consideração e adaptação, estudo e reflexão. Compartilhe-o com seus Oficiais. Mantenha-o sempre à mão em sua pasta de documentos.

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CONTEÚDO Seção 1 – Como ser um bom líder Seção 2 – Como estabelecer suas metas e objetivos Seção 3 – Como organizar os recursos financeiros de sua Loja Seção 4 – Como preparar o orçamento de sua Loja Seção 5 – Como formar uma equipe Seção 6 – Como fazer para que seus Oficiais trabalhem com instruções adequadas (Sugestões de deveres para os Oficiais da Loja) Seção 7 – Como ter novos membros envolvidos em sua Loja Seção 8 – Como se comunicar de modo eficiente Seção 9 – Como escrever uma boa carta Seção 10 – Como tornar seu boletim mais interessante Seção 11 – Como montar um plano de alerta telefônico Seção 12 – Como fazer uma boa reunião Seção 13 – Como receber o Delegado Distrital Seção 14 – Como preparar programas interessantes Seção 15 – Como organizar as atividades da Loja Seção 16 – Como realizar um bom evento Seção 17 – Como organizar uma “Noite da Amizade” Seção 18 – Como recorrer à Fundação Maçônica de Auxílio Seção 19 – Como conduzir pompas fúnebres maçônicas

APÊNDICES

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A – As Regras de Ordem de Robert B – Lista de checagem C – Recursos para programas D – Modelo de orçamento

SEÇÃO 1

COMO SER UM BOM LÍDER

INTRODUÇÃO

“Eu agora declaro devidamente instalados os Oficiais da Loja Boaz n. 59”. As palavras da cerimônia de instalação ainda soam em seus ouvidos. Você terá dito que a honra, reputação e utilidade de sua Loja dependem de sua habilidade para administrá-la. Você está preparado? Nos anos seguintes sua fotografia na sala dos passos perdidos trará à mente o trabalho de um líder ou a memória de um incompetente zelador?

Você tem uma oportunidade de deixar um exemplo para outros seguirem. A escolha é sua. Tenha em mente que sua Loja não é governada por um manual de instruções: somente o Venerável Mestre possui tal autoridade e essa pessoa é você.

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Faça valer cada momento e que todos a seu redor tenham sucesso. Este é o seu ano. Como ele será lembrado?

PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO

Organizações grandes e pequenas, governamentais e privadas, fraternais e corporativas, operam com sucesso tão somente porque dão atenção às necessidades, aspirações e interesses das pessoas. Organizações bem sucedidas, sejam fraternais ou corporativas, trilham seu sucesso de forma diretamente proporcional à quantidade de interesse que demonstram pelas pessoas a quem servem. Quando foi a última vez que você voltou a um restaurante que tenha proporcionado um serviço ruim ou servido uma refeição abaixo do padrão, considerando o alto preço que você pagou? Você voltaria a um estabelecimento comercial que tenha demonstrado falta de interesse por seu negócio ou lhe vendido um produto de qualidade inferior? O mesmo vale para sua Loja. A atenção que você dará ao “cliente” – os Irmãos, suas famílias e a comunidade –, irá dizer se sua gestão será um sucesso ou um fracasso.

- Suas refeições são bem preparadas, atrativas e servidas pontualmente?

- Sua Loja é limpa e arrumada, e reflete a beleza que nosso ritual prescreve?

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- Cada Irmão e sua família são recebidos de um modo que reflita o amor fraterno que deve imperar em nossa Ordem?

- Você e sua Loja estão preenchendo as necessidades e aspirações de cada Irmão? Se a resposta é não, então você não está

cuidando daquele importante aspecto de toda organização bem-sucedida – o “serviço ao cliente”. Você agora é o proprietário de um negócio há muito constituído. Pense por um momento – quais serviços você e sua empresa podem proporcionar para atrair atuais e futuros clientes de volta a seu estabelecimento comercial? Muitas vezes nos esquecemos de que as pessoas fazem as organizações. Não são os trabalhos escritos, o bonito ritual, a apresentação de gráficos caprichados, ou elaborados organogramas. Os princípios de administração deste capítulo auxiliarão você a administrar sua Loja com adequado gerenciamento de pessoas.

AUTORIDADE vs. LIDERANÇA Há somente um Venerável Mestre numa Loja, somente uma autoridade e somente um líder. A Constituição e regulamentos da Grande Loja do Maine expressamente delegam plena autoridade ao Venerável Mestre para governar a Loja de acordo com as Leis. Noutras palavras, meu Irmão, você é o chefe, o líder e o gerente. Mas espere!

Nossa Constituição e regulamentos, e nossos usos e costumes, integram nossa estrutura de

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liderança. Pela Lei Maçônica e pelos costumes nós outorgamos ao Venerável Mestre especial autoridade e grande respeito. O Venerável Mestre sensato não deixará que isto lhe suba à cabeça. Ele sabe que não pode usar seu malhete de forma arbitrária, mas deve trabalhar constantemente para inspirar e encorajar sua equipe, unindo-a em torno de uma meta, e ajudando-a a atingi-la. A liderança existe em toda Loja. Em alguns casos a liderança é exercida pelo Venerável Mestre. Noutros, ao contrário, o Venerável Mestre recua e não exerce sua liderança, permitindo que outros, como os Ex-Veneráveis ou Secretários, empunhem um malhete invisível. Em Lojas bem-sucedidas o Venerável Mestre faz sua parte. Nas Lojas malsucedidas, outros preenchem o vácuo. Como será durante seu ano? Você fará sua parte ou se sentará regiamente no Oriente, apenas empunhando o malhete e permitindo que outros assumam a legítima autoridade que você abandonou? O símbolo do poder está em suas mãos. Empunhe-o com discrição, cortesia, e acima de tudo, com amor fraterno. Nunca se esqueça de que você tem em suas mãos a oportunidade de liderar os Irmãos de sua Loja e de administrar os negócios desta. A forma como você aproveitará essa oportunidade determinará o sucesso ou fracasso de seu ano no Oriente. E é indesculpável que permita que um vácuo de liderança venha a ocorrer.

A RESPONSABILIDADE É TODA SUA

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Harry S. Truman 1, ex-Grão-Mestre do Missouri, orgulhosamente exibia uma placa em sua mesa no Escritório Oval que de modo sucinto descrevia o termo ‘responsabilidade’. Nela se lia “a responsabilidade para aqui” 2. Aquela placa mundialmente famosa é, de forma simbólica, permanentemente exibida a todos os Irmãos, silenciosamente postada sobre o podium do Venerável Mestre, em frente ao Trono de Salomão. Você não pode fugir dela; ela não pode ser jogada fora; ela não pode ser destruída, ou posta nas mãos de qualquer outro Irmão. Não importa que você se esforce muito para se livrar dela, “a responsabilidade para aqui” é aquela sombra proverbial que nunca desaparecerá. Ela é sua e somente sua. Muitos se dispõem a receber o mérito por aumentar o número de membros, por uma ritualística excelente, uma bela Loja e uma boa participação dos Irmãos em todas as atividades. Porém, poucos partilharão a responsabilidade pelas falhas. Você, como Venerável Mestre, não poderá fugir da responsabilidade por aquilo que ocorrer durante seu ano. Os Irmãos sabem disso. Eles têm ouvido o Venerável Mestre dizer: “Eu gostaria de agradecer aos Irmãos pela confiança que depositaram em mim. A autoridade do primeiro malhete está em minhas mãos durante este ano Maçônico. Eu assumo total responsabilidade pela liderança e gerenciamento desta Loja. Eu recebo o

1 Harry Truman também foi presidente dos EUA. 2 “The buck stops here” era a expressão escrita na placa, em

oposição a “to pass the buck”, que pode ser entendida como “passar a responsabilidade a outra pessoa”.

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crédito para as coisas que virão, e eu levarei o peso da culpa por tudo aquilo que não correr bem. Meus Irmãos, eu sei que ‘a responsabilidade para aqui’ ”.

MONTANDO SUA EQUIPE

“Dar aos Oficiais instruções adequadas para o trabalho”. Quantas vezes você escutou esse dever essencial do Venerável Mestre ser proclamado na abertura e no encerramento de cada sessão? 3 Aquelas não são meras palavras vazias exigidas pelo ritual. Elas descrevem uma função de liderança essencial para o sucesso de sua Loja. Nenhum homem pode, sozinho, executar cada tarefa necessária à construção de uma Loja vibrante e progressista. A montagem da equipe é o processo em que você, como Venerável Mestre, monta, molda e dirige um grupo de participantes trabalhando em diferentes tarefas que visam a uma meta comum e bem definida. Os Oficiais da Loja e os demais membros do Quadro são sua equipe. Muitos membros estão em casa, na condição de reserva inativa. Outros membros integram a reserva ativa, sentada nas linhas laterais, aguardando, prontos para se envolver no trabalho. Os Oficiais, sua “linha de frente”, estão na trincheira do dia a dia. A equipe bem-sucedida emprega cada uma dessas categorias de participantes de forma plena. Os times malsucedidos deixam de lado muitos jogadores e,

3 Tanto o referido dever quanto a abertura e o encerramento

ritualístico dizem respeito ao ritual da Grande Loja do Maine.

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assim, não importa quão hábil seja o atacante, sofrem as conseqüências. Revise sua equipe, enumere os serviços que são necessários, e peça a cada um de seus membros para se desincumbir de uma atribuição. Então, dê a eles “instruções adequadas para o trabalho” e deixe-os prosseguir em suas tarefas. Cada jogador e cada membro da reserva ativa, e mesmo aqueles da reserva inativa, devem estar completamente informados sobre o que é preciso fazer (cruzar a linha do gol); como será feito (o jogo); e como será o trabalho (quem bloqueia e quem conduz a bola). Para que o jogo seja um sucesso, cada participante deve conhecer o objetivo, concorrer para se atingir a meta e ter ciência dos deveres e responsabilidades de cada membro da equipe. Como atacante você pode fazer muitos gols, mas nunca se esqueça de, simbolicamente, levar seus reservas para jantar e de mostrar a eles seu apreço por seus esforços. As fotos dos reservas poderão nunca chegar às capas das revistas de esportes, mas eles ficarão satisfeitos com seu sucesso e estarão sempre prontos a contribuir com mais.

COMO DELEGAR A delegação de autoridade e responsabilidade para completar tarefas é um princípio de administração que assegura que todas as tarefas, grandes ou pequenas, serão concluídas de acordo com o planejamento. Como Venerável Mestre você deve utilizar ao máximo os recursos humanos

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disponíveis: a reserva inativa, a reserva ativa e a linha de frente. A perfeita e eterna frase “Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos abrirão” é a que melhor expressa o princípio da delegação. Peça a um Irmão que cumpra uma tarefa; dê a ele a autoridade e os recursos necessários para cumprir sua missão, faça-o se sentir responsável por um bom resultado e mantenha supervisão constante para ter certeza de que ele está no caminho certo. Se ele procede conforme o plano, deixe-o sozinho. Se ele não está realizando a tarefa, dê a ele alguma ajuda ou encontre outra pessoa para conduzir a bola. Aqui vão alguns elementos essenciais para serem lembrados quando você delegar: A – Você pode delegar autoridade, mas, como Venerável Mestre, será o responsável pelo produto final. Você não pode apontar o dedo e dizer “mas eu pedi a ele para fazer isso”. Os Irmãos da reserva ativa simplesmente balançarão suas cabeças. Eles sabem quem é o responsável e quem não cuidou dos detalhes. B – Seja breve e facilite as coisas: Explique em termos simples o que precisa ser feito. Talvez você possa dar algumas idéias, mas respeite a habilidade dos outros para o trabalho. As pessoas podem se ressentir quando recebem uma tarefa e lhes dizem exatamente como deve ser executada. Logo estarão pensando “se queria que fosse feito do seu jeito, por que não fez ele mesmo”. C – Discuta o projeto e suas especificações para determinar quais recursos humanos, materiais e financeiros serão necessários para completar

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adequadamente a tarefa. Cada tarefa a ser executada exige recursos. Alguns trabalhos não poderão ser executados sem ferramentas adequadas. Então, converse com sua equipe, providencie as ferramentas apropriadas, e coloque-a para trabalhar. D – Estabeleça limites de tempo realistas para cada fase da tarefa. Você não deve esperar que tarefas complexas sejam concluídas “ontem”, mas também não pode permitir que o trabalho se estenda indefinidamente. Lembre-se de que o trabalho deve ser executado conforme o tempo disponível. Então seja razoável, mas também firme, com a quantidade de tempo que você reservará para uma tarefa. A natureza humana exige o estabelecimento de prazos finais. De outro modo a procrastinação o levará às dificuldades de última hora e à possibilidade de falha. E – Supervisione continuamente a execução da tarefa delegada para verificar seu progresso ou eventuais problemas que possam surgir. Se esperar até o último dia você corre o risco de se ver sem tempo para completar a tarefa de forma adequada. Elogie e dê reconhecimento público a todos aqueles que tenham completado com sucesso as tarefas que lhes foram designadas. Não importa que se trate de uma tarefa pequena. Todos gostam de ser reconhecidos por sua contribuição. Os que receberem reconhecimento adequado logo serão voluntários novamente, e aqueles que presenciaram os elogios desejarão um pouco de ação. Lembre-se: o mel, não o vinagre, atrai as abelhas operárias.

SUPERVISÃO

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Como Venerável Mestre você desenvolverá metas e objetivos, formulará planos e delegará sua execução a outros. Entretanto, exercer controle sobre esses esforços é indispensável para garantir sucesso. As pessoas a quem você delega tarefas são como um grupo de cavalos puxando uma carroça cheia de coisas. Se todo o projeto for levado somente por aqueles que puxam a carroça, sua carga (as metas) pode chegar a um destino diferente, sofrer atrasos ou jamais deixar a cocheira onde os cavalos permaneceram comendo aveia. Todo projeto requer um líder (o Venerável Mestre) que segure as rédeas, use a espora, e faça a carroça virar à esquerda, à direita, ou parar quando necessário. O Venerável Mestre deve, continuamente, verificar se os cavalos são fortes o bastante e se estão em número suficiente para puxar a carga. Além disso, quando os problemas surgirem, ele deve saber quando desmontar, colocar seus ombros na roda e ajudar a empurrar a carroça pelo morro íngreme. Cada projeto exige um líder que use seu prestígio e autoridade, quando necessário, para manter a carroça na trilha. As rédeas estão em suas mãos. Use-as somente quando necessário. Se seu projeto tem problemas ou desviou-se da trilha, puxe suavemente as rédeas levando-o de volta à estrada. Nunca use seu chicote ou empurre de modo áspero, pois sua equipe pode se frustrar e interromper a marcha. Expedir instruções apropriadas no início e regularmente supervisionar por contato pessoal ou por telefone, é tudo o que você precisa para controlar

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sua equipe e determinar se você tem bons cavalos e se eles são fortes o bastante para levar a carga.

TREINANDO SEUS OFICIAIS “Ontem eu não sabia soletrar ‘Venerável Mestre’ e hoje o Venerável sou eu”. Esta simples afirmação lamentavelmente ilustra o dilema em que muitas Lojas se encontram quando o líder eleito negligencia ou falha ao expor e treinar os Oficiais mais novos no que diz respeito aos deveres e responsabilidades que terão quando chegar a hora de cada um deles assumir o primeiro malhete. A Maçonaria atrai “homens bons de todos os níveis sociais”, “o alto e o baixo, o rico e o pobre”. De um lado, as diferentes origens de nossos membros proporcionam uma rica mistura de diversas experiências e opiniões. De outro, poucos, sem prévio treinamento e orientação, possuem conhecimento e experiência para ter sucesso no Trono de Salomão. Enfrentando a crítica realidade de que poucos de nós estão previamente qualificados para ocupar o cargo de Venerável Mestre, devemos dar a oportunidade de se iniciar o longo processo de preparação, treinamento e orientação, necessário para qualificar nossos Oficiais para a liderança futura.

“Eu me sinto como um cogumelo! Mantido no escuro com bastante fertilizante”. Esta atitude comum, que tem prevalecido entre nossos Oficiais mais novos, você deve entender, atacar e eliminar. Cada Loja e todos os membros devem considerar o

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fato de que, entre os que ingressam na linha de sucessão4 não há quem se encontre totalmente preparado para assumir o primeiro malhete. Um bom Venerável Mestre treinará seus Oficiais tanto para a liderança quanto para a ritualística. A frase sempre repetida – “quando você finalmente aprender o trabalho, seu ano como Venerável Mestre terá terminado” – deve ser retirada de uso. Os benefícios desse treinamento serão substanciais para você e sua Loja. Como em toda profissão, aqueles que são adequadamente treinados executam suas tarefas num nível crescente de competência, resultando em desenvolvimento da Loja e satisfação dos Irmãos. Além disso, o treinamento adequado pode encorajar alguns reservas a fazer uma transição, passando das linhas laterais para as cadeiras dos Oficiais.

4 A linha de sucessão é o meio empregado pela Maçonaria nos

EUA para o provimento dos cargos em Loja. A linha de sucessão começa pelo cargo de Segundo Mordomo, que representa seu primeiro degrau, e termina no cargo de Venerável Mestre, passando pelos cargos de Primeiro Mordomo, Segundo Diácono, Primeiro Diácono, Segundo Vigilante, e Primeiro Vigilante, nessa ordem. Em geral, o Irmão que aceita o cargo de Segundo Mordomo passará ao cargo de Primeiro Mordomo no próximo ano, e de ano em ano ocupará os cargos seguintes da linha de sucessão, desde que se saia bem no desempenho do cargo anterior, até chegar a Venerável Mestre de sua Loja. Não é comum haver disputa por cargos. Os cargos aqui mencionados são do “American Rite”, uma variação do “Emulation Ritual”, adotado como rito único para as Lojas Simbólicas de uma Grande Loja norte-americana.

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De quem é a responsabilidade? Não é da Grande Loja. Também não é responsabilidade do Delegado Distrital5 ou dos ex-Veneráveis. Cada Venerável Mestre é inteira, total e completamente responsável por assegurar que os Oficiais serão preparados para assumir com competência os deveres e responsabilidades dos cargos que ocuparão, antes de serem instalados no Trono. Em termos simples, você e seus Oficiais deverão estar em forma para o momento em que a primeira bola for arremessada. Seguem algumas sugestões úteis para um programa de treinamento dos Oficiais: 1. Prepare e distribua aos Oficiais a descrição dos deveres e responsabilidades de cada cargo. Marque datas limites para que cada Oficial desempenhe suas funções com proficiência. 2. Faça, com freqüência, reuniões com os Oficiais, informando os métodos e as razões de todas as suas decisões e ações, e peça o apoio deles. 3. Use a tática do “Big Brother” ou “Mentor”, delegando a cada Oficial a responsabilidade de treinar nos deveres de seu cargo aquele que o ocupará no próximo ano. 4. Peça a cada Oficial, aos presidentes de comissões, ao Tesoureiro e ao Secretário que expliquem as funções de seu cargo e o modo como eles executam suas tarefas.

5 A Grande Loja do Maine subdivide aquele Estado em

Distritos Maçônicos, designando um Delegado do Grão-Mestre (Delegado Distrital) para atuar em cada um deles. Há, ainda, um Delegado Geral do Grão-Mestre com jurisdição sobre o todo o território da Grande Loja do Maine.

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5. Permita que cada Oficial efetivamente exerça os deveres de seu próximo cargo 6 quando estiver qualificado. 6. Obtenha, distribua e discuta o material de instrução disponibilizado pela Grande Loja e faça com que seus Oficiais freqüentem as aulas de treinamento da Academia de Liderança e do Comitê de Educação Maçônica 7. 7. Organize uma visita dos Oficiais e demais membros do Quadro à sede da Grande Loja. Se sua Loja ficar a uma distância razoável, use o dia não somente para ver o bonito templo, mas também para conhecer os amplos recursos disponíveis, que podem ser usados por você, seus Oficiais e sua Loja. Se você vem de muito longe, aproveite a ocasião da Reunião Anual 8 para essa experiência educativa. Os funcionários são amigáveis, corteses, e sempre dispostos a ajudar você de toda maneira possível. 8. Prepare seus Oficiais para ocupar o próximo cargo não somente no tocante à ritualística, mas também nas demais responsabilidades. 9. Dê conhecimento de seu programa de treinamento de Oficiais aos demais membros do Quadro. Um Irmão que de outra forma poderia estar relutante em assumir uma posição de liderança pode dar um passo à frente ao ver que há um programa para melhorar suas habilidades, e que não estará sozinho se

6 Segundo a linha de sucessão (v. nota supra). 7 Órgãos da Grande Loja do Maine que têm por finalidade

treinar os Irmãos para bem administrar suas Lojas, e incentivar o estudo da Maçonaria. As Obediências brasileiras já deveriam ter notado a absoluta necessidade de se seguir esse exemplo.

8 Reunião anual da Grande Loja.

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assumir maiores responsabilidades. Lembre-se sempre daqueles importantes princípios que nós previamente apontamos. Planejar, organizar, informar, delegar e supervisionar são vitais na implementação de um programa de treinamento de Oficiais.

FAÇA SUA LOJA SER CONHECIDA “Os Maçons se reconhecem por certos...” Internamente, nós temos um conjunto muito bom de sinais de reconhecimento, alfinetes de lapela, anéis, etc. Entretanto, não temos feito um bom trabalho para nos tornar conhecidos nas comunidades onde vivemos. Durante nossos melhores anos, entre 1940 e 1950 9, isso era fácil. A maior parte dos líderes cívicos, profissionais e de negócios eram membros de nossa fraternidade. Lamentavelmente, este não é mais o caso. Devemos fazer um esforço sólido e concentrado para divulgar nossos princípios e pontos de vista nas comunidades onde vivemos. Ninguém fará isso por nós. Cada comunidade é única e, portanto, diferentes estratégias devem ser empregadas. Simplesmente não há desculpa por nos isolarmos em nossos templos enquanto a comunidade rodopia a nossa volta. Uma de suas metas deve ser a de melhorar o conhecimento público acerca de sua Loja e da

9 Nesse período a Maçonaria nos EUA atingiu seu ápice em

número de membros, registrando a impressionante marca de 4.103.161 Obreiros ativos no ano de 1959. Atualmente há cerca de 2.000.000 de Maçons ativos nos EUA.

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fraternidade Maçônica. Os meios de que você dispõe para alcançar essa meta são limitados apenas por sua imaginação. Veja o calendário de sua comunidade e decida como você e sua Loja poderão se tornar parte vital das atividades planejadas. Sua única limitação consiste em solicitar à comunidade fundos para uso interno da Loja. Barracas de informações em festivais, participação em desfiles, comparecimento em igrejas locais, grupos comunitários e clubes de serviço são apropriados. Cada vez que você for a um desses locais, convide alguém para vir à Loja como visitante ou para fazer uma palestra. Estes são apenas alguns exemplos dentre milhares de possibilidades. Sua primeira tarefa será fazer sua equipe pensar e trabalhar num programa para aumentar o conhecimento público a nosso respeito.

GERENCIANDO SEU ATIVO MAIS VALIOSO: O TEMPO

Agora o chapéu está bem firme em sua cabeça 10, o malhete em sua mão, e você está pronto para governar a Loja durante seu ano Maçônico 11. 365 dias, 8760 horas e 585.600 minutos estão disponíveis para seu uso. Suas comissões estão formadas, a programação preparada e os Oficiais e membros aguardando no Templo. A questão persiste: “Como poderei completar tudo aquilo que

10 Nas Lojas Simbólicas dos EUA o Venerável Mestre sempre usa uma cartola de topo baixo ou médio. 11 O mandato do Venerável Mestre, nos EUA, é de um ano.

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necessariamente deve ser feito no curto espaço de tempo de um ano?”. O tempo, seu mais valioso recurso, pode ser desperdiçado sem esperança de recuperação, ou administrado eficientemente e efetivamente usado. Se de um lado é necessário tempo para completar as tarefas de seu mandato Maçônico, i.é, as sessões da Loja, as iniciações, elevações, exaltações, etc, de outro você pode exercer pleno controle sobre seu tempo. Tenha em mente que a cada hora desperdiçada você tem uma hora a menos para atingir suas metas. E cada hora efetivamente utilizada é um degrau a mais para melhorar sua Loja. A escolha é sua. Como você administrará seu recurso mais valioso? A. Seja Mestre de sua agenda

Tenha em vista que é o seu tempo que você está gastando, e que você tanto pode mandar nele quanto deixar que ele mande em você. Seu ano poderá ser uma experiência gratificante, ou uma exaustiva provação. A diferença está no modo como você administrará seu tempo. A seguir temos algumas idéias úteis que o ajudarão a transformar seu tempo e a concluir suas metas com êxito. B. Economizadores de tempo

Cada um de nós tem compromissos valiosos com a família e o trabalho, e que devem ser previamente satisfeitos de modo a restar tempo para a Loja. Para tirar plena vantagem de cada hora é

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essencial que você avalie suas rotinas de trabalho e elimine aquelas atividades que são improdutivas e desperdiçam seu valioso tempo. Elimine os desperdícios de tempo e utilize as dicas seguintes para incrementar sua produtividade. 1. Reserve uma parte de cada dia estritamente para tratar dos negócios da Loja. Nessas horas previamente agendadas você produzirá mais do que em horas aleatoriamente empregadas. 2. Escolha um lugar tranqüilo para trabalhar e não atenda a telefonemas, não receba visitas, nem permita outros tipos de interrupção. Peça a sua mulher que mantenha as crianças em silêncio, que atenda o telefone e anote os recados. Proteja seu tempo. 3. Informe a seus Oficiais e aos membros da Loja sobre sua agenda, para que não o incomodem quando estiver ocupado. Eles também poderão cooperar reduzindo o potencial de interrupções durante seu período de trabalho. 4. Reserve um dia para listar as tarefas importantes num bloco de anotações do tipo “coisas para fazer hoje”, que pode ser comprado em qualquer papelaria. Durante aquele horário diário que você reservou, comece pela tarefa número 1 e concentre-se nela até que tenha terminado. Revise suas prioridades e então inicie a tarefa número 2. Faça disso um hábito de trabalho diário e você atingirá metas que pareciam fora de seu alcance, e ainda terá tempo extra para outras importantes tarefas. 5. Todos os seus telefonemas devem ser breves; vá direto ao ponto, e trate exclusivamente de negócios. Use outro tempo para conversar com os amigos ao

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telefone. Sua agenda prescreve somente trabalho para esse período. 6. Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. Aqueles que habitualmente procrastinam estão propensos a interrupções. Pegue uma tarefa difícil, estabeleça as prioridades e o limite de tempo, e mantenha o foco no problema até que ele esteja resolvido. 7. Não seja perfeccionista: se esperar até que esteja absolutamente seguro sobre todos os aspectos, você nunca terminará coisa alguma. 8. Aprenda a dizer não. Você não pode fazer tudo para todos. Muitas atividades estão na categoria “boas de fazer, mas não essenciais”. Não perca tempo em esforços estranhos a seus objetivos. É muito mais fácil dizer apenas não do que desperdiçar tempo em atividades improdutivas. 9. Decida! Adiar uma decisão não facilitará a solução. Enfrente o problema, tome sua decisão e parta para outro assunto. Não perca tempo relutando em tomar uma decisão. 10. Uma atitude do tipo “eu mesmo faço isso” levará você a perder tempo em tarefas menores, que poderiam ser bem executadas por outros. Decida o que é importante que você faça e o que pode ser delegado a outros. Como Venerável Mestre não perca tempo com coisas menos relevantes. As coisas importantes serão suficientes para você. 11. Preserve os compromissos. Não permita que reuniões não agendadas ocorram durante o tempo que você tem para confraternizar com os Irmãos. Esses momentos devem ser usados para relaxar e cultivar a amizade, e não para tratar de negócios. Se

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você se sentir pressionado, simplesmente reconheça que o Irmão tem uma questão importante e marque uma reunião para, juntos, tratar do assunto, ou apenas converse com ele depois, por telefone. Isso fará com que ele se sinta prestigiado, e você não perderá o tempo que havia destinado aos outros. 12. Avalie constantemente seu modo de usar o tempo. A maioria dos especialistas em administração de tempo recomenda a manutenção de um registro das atividades para que se possa avaliar exatamente como seu tempo vem sendo usado, e então promover os ajustes necessários a um aumento da produtividade. Seus hábitos atuais devem se amoldar a suas novas responsabilidades, pois do contrário você nunca terá tempo suficiente para cumprir adequadamente as tarefas que lhe serão exigidas. Nosso ritual 12 eloqüentemente aponta a importância da administração do tempo. “Devemos empregar oito horas para servir a Deus e a um digno Irmão angustiado, oito horas para nossas atividades profissionais, e oito horas para o lazer e o descanso”. Essa a instrução dada ao neófito. Siga esse exemplo, distribuindo seu tempo em benefício de sua Loja e de seus Irmãos. Você pode fazer com que seu trabalho consuma tempo e seja extremamente difícil, ou que ele seja leve e agradável. Tudo vai depender da maneira como você administrará seu tempo.

12 O ritual da Grande Loja do Maine.

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SEÇÃO 2

COMO ESTABELECER SUAS METAS E OBJETIVOS

Nenhuma organização, seja fraternal ou privada, pode ter sucesso a longo prazo sem estabelecer metas e objetivos bem definidos, que direcionem seus membros. As metas concebidas e executadas com a participação e o apoio dos

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membros são alcançadas com sucesso. É da natureza humana se esforçar somente para atingir a meta que for bem definida, compreendida e aceita. Ninguém se esforçará se não tiver idéia da finalidade de seu trabalho. Uma Loja sem metas definidas e aceitas será uma Loja desprovida de membros empenhados e entusiasmados. Definir metas para sua Loja deve ser um processo coletivo que envolva todo o Quadro. Naturalmente, alguns membros, como seus Oficiais, são mais importantes e devem integrar o processo desde o início, com participação, idéias e suporte final. Outros, da reserva ativa e da inativa, devem ser informados dos resultados de seu trabalho e convidados a contribuir. Assim, todos estarão cientes dos problemas existentes e da maneira pela qual eles são resolvidos. O que nós vamos fazer, quando será feito e como será executado. Inicie o processo de estabelecer metas para sua Loja seguindo este simples procedimento coletivo: A. Reúna seus Oficiais, e talvez alguns outros membros interessados, num local apropriado, que ofereça bem-estar e conforto. Utilize um quadro grande e uma porção de canetas coloridas. Também providencie alguma coisa para comer e beber, de modo a manter a disposição dos Irmãos. B. Designe alguém para fazer as anotações no quadro e comece perguntando a cada um, individualmente, qual é, no seu ponto de vista, o maior problema existente na Loja. Permitindo que cada participante dê apenas uma resposta por vez, prossiga até que todos tenham respondido. Repita a operação quantas vezes for necessário, até que todos os problemas apontados tenham sido anotados na

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lista. Lembre-se de que as pessoas são diferentes e que cada uma tem uma visão particular sobre quais, realmente, são os problemas. Todas as respostas devem ser respeitadas. Ridicularizar o ponto de vista de alguém resultará em seu definitivo afastamento do processo e garantirá sua definitiva oposição. C. Listados todos os problemas o grupo deverá rever o trabalho e começar a organizar a lista por ordem de prioridade. Feito isso, você terá uma lista dos problemas presentes em sua Loja. Alguns problemas menores podem ser facilmente resolvidos por decisões imediatas. Outros podem ser maiores, exigindo planejamento e trabalho para serem solucionados. D. As soluções para a lista de problemas poderá ser a base para as metas finais que serão estabelecidas pela liderança de sua Loja. Permita que seu grupo renove os problemas e estabeleça algumas metas que possam ser atingidas com êxito, a curto e a longo prazo. Então informe suas metas e planos de ação aos demais membros do Quadro, para que os aprovem e também colaborem. E. Permaneça na trilha, mantenha a informação sobre suas metas, e anuncie todo progresso e/ou problemas que possam ser encontrados. O que você terá feito até então? Pense por um momento. Você montou uma equipe, informou-a por meio de um processo coletivo, esboçou o necessário para executar e concluir com êxito um “pacote” para as lideranças e para os membros do Quadro, do presente e do futuro. Todos agora sabem, por escrito, qual direção você e os futuros Veneráveis

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Mestres de sua Loja estarão trilhando. E mais, eles estarão cientes do que terão de fazer para concluir as presentes tarefas. A seguir você encontrará um exemplo de como ajustar adequadamente as metas e objetivos para sua Loja: durante suas reuniões, você e sua equipe concluíram que a base financeira para sua Loja foi corroída nos últimos anos e a equipe está determinada a fazer algo para corrigir essa deficiência. Então, em grupo, você fixou a seguinte meta: incrementar os recursos financeiros da Loja em $ 10.000 em três anos. Objetivo A – Rever as despesas atuais para garantir que todos os recursos serão agora empregados de modo eficiente. Objetivo B – Revisar o padrão histórico de receitas e despesas para apurar como se chegou aos níveis atuais. Objetivo C – Verificar todas as fontes de receitas de sua Loja: mensalidades, doações, rendimentos, jantares, eventos sociais, etc. Objetivo D – Determinar qual despesa atual pode ser reduzida para ajudar a atingir a meta. Objetivo E – Determinar quais taxas podem ser elevadas e a que níveis, para alcançar a meta. Objetivo F – Informar as conquistas de sua equipe aos demais Irmãos, por meio do boletim da Loja, por informativos especiais, e em todas as sessões. Objetivo G – Desenvolver um plano de ação com prazos específicos para implantar aumentos na mensalidade e/ou redução das despesas que possam levar à meta que sua equipe fixou.

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Objetivo H – Submeter a meta e os objetivos à Loja para ampla discussão e aprovação pelo voto dos Irmãos. O trabalho de sua equipe agora é uma meta oficial da Loja, totalmente aprovada, e aguardando implementação.

Objetivo I – Revisar continuamente o plano de ação e atualizá-lo segundo as necessidades surgidas, certificando-se de que você e os futuros líderes estão cumprindo as metas de sua Loja. Demos acima apenas um exemplo dentre as muitas metas e objetivos que sua Loja pode desejar adotar. A importante lição a ser aprendida é que sua Loja e seus Irmãos necessitam de uma direção específica para que sejam interessados e ativos. Não vacile: faça o que deve ser feito. PLANEJAMENTO: A CHAVE DO SEU SUCESSO

O magnífico templo construído pelo Rei Salomão não foi concluído sem planos detalhados e precisos, com o esboço de todas as tarefas necessárias, quando o construiriam e quem faria o trabalho. Planejamento apropriado leva a uma execução concisa, resulta num melhor desempenho, e, em última análise, em satisfação do destinatário do trabalho. Por isso é indispensável que você elabore um plano geral para todo o seu mandato, que inclua, em separado, planos detalhados para cada uma das atividades e programas. O processo de planejamento pode ser visto como desnecessário, uma perda de tempo. Essa, no entanto, é uma visão limitada, que em muitos casos resultará em severo declínio da qualidade do “serviço

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ao cliente” fornecido por uma Loja. Temos toda sorte de planos: alguns se referem a períodos curtos, como a programação para uma noite específica, e outros, a períodos mais longos, que podem se estender por alguns anos. O importante é que você e sua Loja tenham planos específicos para cada atividade, tanto de longo quanto de curto prazos. A montagem da equipe e o estabelecimento de metas e objetivos na forma acima esboçada constituem o início do processo de planejamento. Agora você tem seus Oficiais e os demais Irmãos reciprocamente informados do propósito de melhorar sua Loja. Chegou a hora de dar início ao processo de preparação dos planos que serão executados. Antes de se aventurar em alguma tarefa, sabia primeiro onde você está. Então, e somente então, planeje quais as estradas que você tomará e com que veículo você chegará ao destino desejado. É fácil se reunir, discutir problemas e estabelecer algumas metas e objetivos. A parte dura do processo consiste em efetivar esses objetivos e metas. Você pode falar um dia inteiro sobre a viagem que fará. As dificuldades começarão quando chegar a hora de decidir aonde ir, como ir, e quanto isso lhe custará. Os resultados das reuniões com seus Oficiais para compartilhar problemas e estabelecer metas são o ponto de partida para o processo de planejamento.

DIREÇÃO A direção é mais que fixar metas e objetivos ou desenvolver extensos planos. A direção é uma combinação disso com liderança específica na

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consecução de tarefas e na supervisão do trabalho. Leve em consideração nossa sociedade atual e o fato de que uma Loja é um conjunto de voluntários, e que nela a direção deve ser exercida com cuidado. É fácil gritar ordens de modo autoritário. Todavia, desse modo pouco será realizado, porque os Irmãos logo voltarão para suas casas e encontrarão algo mais agradável para fazer. De outro lado, a falta de direção pode criar um vácuo de liderança e absolutamente nada será feito. Cada tarefa numa Loja exige direção adequada para que o trabalho seja concluído conforme o planejado. Quando der uma tarefa a um Irmão diga a ele, de forma despretensiosa e afável, o que você deseja que seja feito. Solicite sua cooperação, decida qual o caminho a seguir e acertem o que deve ser feito. Se um desentendimento surgir a respeito desse processo, elogie as idéias dele, mas sustente o modo como você gostaria que a tarefa fosse executada. Use palavras como “É uma grande idéia, mas se você não se importar eu realmente gostaria que fosse feito de outro modo”. Em todo caso, quando exercer a direção, pense sobre a melhor maneira de se abordar um Irmão e obter sua ajuda. Cortesia e boas maneiras são “o mel que atrai as abelhas operárias”. A direção também pode se efetivar por meio de uma detalhada explanação sobre quais são os deveres de cada cargo numa Loja. Você deu a seus Oficiais e aos presidentes das comissões uma descrição dos deveres e responsabilidades de seus cargos? Descrições verbais muitas vezes são insuficientes para proporcionar direção adequada.

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Marque uma reunião com sua equipe e reveja cada uma das tarefas da Loja, apontando a quem cabe sua execução. A Seção 6 deste Manual contém excelentes exemplos de descrição das funções dos Oficiais e comissões. Use-as quando for apropriado, ou modifique-as para que reflitam as tradições de sua Loja, mas acima de tudo, consigne por escrito as rotinas e deveres exigidos de cada oficial e de cada membro das comissões. Finalmente, distribua esse material a todos os envolvidos, assegurando-se de que compreenderam o que será exigido deles.

SEÇÃO 3

COMO ORGANIZAR OS RECURSOS FINANCEIROS DE SUA LOJA

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Toda organização necessita de um adequado fluxo de fundos para viabilizar suas metas e objetivos. Sua Loja está em paz com a demanda financeira, as expectativas da vida moderna e a inflação? Suas instalações são um local confortável para os líderes de nossas comunidades se reunirem em atividades sociais? Seus eventos sociais são organizados de modo a assegurar a qualidade que deve distinguir a fraternidade Maçônica das demais organizações? Infelizmente, a resposta a estas importantes questões, na grande maioria das Lojas, é não. Olhe de modo realista para você, sua Loja, suas metas e objetivos. Você pode alcançar todos os itens de sua lista de metas e objetivos prioritários com os recursos atualmente disponíveis? Provavelmente não. Sendo assim, é hora de agir. A demora no estabelecimento de um sólido alicerce financeiro apenas agravará a situação, criando um grande problema para os próximos anos. Você pode estar pensando, “Eu não quero ficar conhecido como o Venerável Mestre que aumentou as contribuições” ou “Nós temos o suficiente para este ano, e alguém terá de fazer algo para o próximo”. Sendo esta a situação em sua Loja, decida que você deve ser parte da solução e não parte do problema. Uma abordagem positiva visando ao estabelecimento de uma sólida base financeira produzirá um resultado também positivo. Orgulhe-se do fato de que você e seus Oficiais enxergaram o problema, estudaram as alternativas, fixaram metas financeiras e se moveram em busca de uma solução. Os Maçons são generosos e

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amoldáveis por natureza. Se eles têm os fatos e um plano de ação, responderão de modo positivo. Sempre haverá quem reclame do mais insignificante aumento de qualquer taxa. Porém, se sua lição de casa foi bem feita, os descontentes serão silenciados pelo amplo apoio que você terá angariado entre seus Oficiais e demais Irmãos. Você deve se orgulhar pela honra de ter levado sua Loja à trilha da estabilidade financeira. A expressão “Você pode guiá-los até a água, mas não pode fazê-los beber” é apropriada neste caso. Seu trabalho é guiar o membros de sua Loja até a água. Se você não fizer, quem o fará? Chegando à fonte, explique a importância da água. Se forem espertos, como são em sua maioria, logo aproveitarão para um mergulho. Se não forem, logo conhecerão a alternativa. De qualquer maneira, você teve a coragem e a percepção para levá-los na direção certa. A. A NECESSIDADE DE UM ORÇAMENTO Uma das mais conhecidas e respeitadas regras de ação em matéria de administração é a preparação de um orçamento. Pense em um orçamento como seu mapa rodoviário para planejar a programação e atividades de sua Loja para o ano todo. Como Venerável Mestre, esqueça as facilidades financeiras disponíveis em seu orçamento pessoal. O orçamento de uma Loja não inclui cartões de crédito ou a possibilidade de saques a descoberto. Ainda que todas as suas transações possam ser feitas por meio

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de cheques, o princípio é muito simples: somente o dinheiro que entra pode sair. Você só pode gastar o que tiver obtido. Assim funciona um orçamento. A preparação de um orçamento para a Loja é um processo simples. Não importa a existência ou não de orçamento anterior em sua Loja. O processo do orçamento deve ser iniciado com antecedência 13 se você pretende, efetivamente, administrar de forma adequada os fundos de sua Loja. Ele começa não com uma revisão das finanças da Loja, mas com metas e objetivos. 1. O orçamento e a Comissão de Finanças O orçamento que é submetido à aprovação dos membros da Loja deve ser mais que um simples documento preparado pelo Venerável Mestre para sua gestão. Para obter amplo apoio para seu plano de despesas é preciso que você envolva um número apropriado de Irmãos respeitados e cultos, assegurando que os diversos interesses da Loja sejam levados em conta. Uma ativa Comissão de Finanças e Orçamento, que conte com a participação de seus Oficiais e de Irmãos adequadamente escolhidos, lhe proporcionará uma valiosa força adicional, bem como informações para a tomada de decisões sobre o orçamento que serão aceitas e apoiadas pelos demais Irmãos. 2. Envolvendo os Irmãos

13 Nas Lojas do Grande Oriente do Brasil a proposta de

orçamento para o ano seguinte deve ser apresentada pelo Tesoureiro no mês de novembro de cada ano, para discussão e votação nesse mesmo mês.

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O orçamento, documento ajustado para refletir as receitas, despesas e economias, deve ser publicado no boletim de sua Loja para ampla informação aos Irmãos. Em sua primeira sessão, distribua cópias adicionais a todos os presentes e promova uma discussão completa sobre o assunto. Responda às questões eventualmente surgidas de forma franca e honesta. Quando o orçamento é aprovado pela Loja, ele passa a ser o plano de despesas dela, e não seu. O que importa é que todos tenham a oportunidade de discutir esse plano e que compreendam plenamente quais são os recursos necessários para sua implementação. B. COMO CUMPRIR O ORÇAMENTO

A monitoração dos gastos para verificar se as despesas estão dentro dos limites previstos é vital para a integridade de seu orçamento. Se você pode adicionar, subtrair, e dizer “não”, você efetivamente controla o orçamento da Loja. No início de sua gestão peça ao Secretário e ao Tesoureiro que lhe encaminhem, antes do início de cada sessão, um balanço atualizado do montante de receitas obtidas e uma lista de todas as despesas, segundo as categorias previstas no orçamento. Comparando-os com o orçamento aprovado você terá um quadro atual de sua situação financeira. Se estiver no vermelho, você deve dizer não aos gastos adicionais. Se o saldo é positivo, então é possível continuar implementando seu plano de despesas. É simples. 1. Planeje os gastos futuros

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Seja extremamente cuidadoso para não se entusiasmar se você encontrar um superávit orçamentário logo no início do ano. Saiba que o que pode parecer um excesso de receitas no início do ano se deve ao recebimento antecipado das contribuições dos membros. Não faça despesas extras contando com tal superávit. Planeje para o futuro e siga seu sistema de gastos ordinários que assim você se manterá solvente durante toda sua gestão. 2. Lidando com despesas inesperadas Durante cada ano sempre surgirão algumas novas despesas que não foram previstas, e que se mostram vitais para a Loja, de modo que não podem ser adiadas. Quando isso ocorrer, e se ocorrer, seja extremamente cauteloso, assegurando-se de que a despesa inesperada está de acordo tanto com seu plano de gastos quanto com as expectativas dos membros da Loja. A primeira coisa a ser feita é reunir sua Comissão de Finanças e revisar as receitas e despesas para preparar um parecer para a Loja. Se a nova despesa puder ser atendida com o uso de algum saldo decorrente de contas que tenham ficado aquém do previsto, ou com o uso de eventuais receitas excedentes, a comissão deve recomendar à Loja que se faça uma retificação no orçamento. 3. Limites orçamentários Cada item dentro do orçamento deve, necessariamente, ter um limite. Alguns ajustes podem ser feitos entre categorias que apresentem despesas efetivas inferiores às inicialmente

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previstas, e aquelas categorias que se mostrem deficitárias em decorrência de despesas extraordinárias ou circunstâncias imprevistas. Assegure-se de que os limites estabelecidos são razoáveis, além de cuidadosamente monitorados. 4. Despesas autorizadas Assegure-se de que seu plano de despesas obedece tanto às exigências da Grande Loja quanto ao orçamento aprovado por sua Loja. Cada Venerável Mestre deve cuidar para que a Loja gaste somente aquilo que foi autorizado. Reveja a Constituição da Grande Loja, seu Regulamento, e o Regimento Interno de sua própria Loja para garantir que as despesas que pretende realizar estão conforme a letra e o espírito da lei. 5. Contribuições e arrecadação Agora que você já decidiu como gastar o dinheiro de sua Loja, é hora de determinar o valor das contribuições devidas pelos membros e o modo como serão arrecadadas. C. AUMENTO NAS CONTRIBUIÇÕES – COMO VENDER ESSA IDÉIA

As mensalidades ou anuidades são, na maioria das Lojas, a única fonte de receita. Daí a importância de se estabelecer, com alta prioridade, um programa de aumento do valor daquelas contribuições, se necessário. As sugestões seguintes o ajudarão nessa importante tarefa: a. A Comissão de Finanças e Orçamento

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Cuide para que a Comissão de Finanças seja composta por Irmãos respeitados pela Loja por sua integridade e responsabilidade. Seus relatórios e recomendações serão submetidos aos Irmãos para ratificação. Se os Irmãos acreditam que a Comissão está observando fielmente os melhores interesses da Loja, a proposta provavelmente será acolhida. b. Comunicação com os Irmãos Mantenha os Irmãos informados sobre a situação financeira da Loja. Se todas as categorias de despesas foram cuidadosamente monitoradas e se as fontes de renda disponíveis foram consideradas, e houver a necessidade de um aumento no valor das contribuições, você deverá ser franco e informar esse fato aos Irmãos. Exponha continuamente essa questão nas sessões da Loja e também em seu boletim. Informe os Irmãos sobre a situação financeira da Loja e obtenha o apoio deles. Você pode ouvir alguma reclamação, mas com informação correta e amplamente distribuída, os Irmãos vão entender e cooperar. Lembre-se de que o aumento no valor das contribuições exige que se emende o Regimento Interno de sua Loja 14, e também requer a aprovação do Grão-Mestre 15. Notifique por escrito os membros da Loja acerca de sua intenção, enviando pelo correio uma mensagem pessoal a cada um deles.

14 Se no Regimento Interno houver a indicação expressa do

valor da mensalidade ou anuidade. 15 No caso específico da Grande Loja do Maine.

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c. Os Oficiais Obtenha a ajuda e o apoio dos Oficiais da Loja, especialmente daqueles que ocupam cargos na linha de sucessão 16, para essa importante empreitada. Se os Oficiais apoiarem seu esforço e se dispuserem a auxiliá-lo com os Irmãos, será muito difícil para estes não levar em conta o impacto dessa ação conjunta. D. DETERMINANDO A TAXA DE INICIAÇÃO A taxa de iniciação, devida pelo privilégio de se tornar um Maçom, tem sido uma fonte de recursos excessivamente negligenciada pela maioria das Lojas. Muitas Lojas mantêm taxas de iniciação que não levam em conta o verdadeiro valor de se tornar um Maçom ou os custos atuais decorrentes da sessão de iniciação e do suporte administrativo ao novo membro. Veja as seguintes importantes questões: 1. Há quanto tempo nossa taxa de iniciação está no nível atual? 2. O que ela representa hoje, considerando o impacto da inflação desde a última revisão? 3. Qual é o custo atual de uma iniciação, i.é, o uso do Templo (energia elétrica), avental, exemplares do ritual, Constituição e legislação entregues ao novo Irmão, presentes, etc? 4. De que modo um aumento na taxa ajudará a equilibrar nosso orçamento ou melhorar a qualidade dos programas e serviços? 5. O que o mercado razoavelmente suportaria?

16 Sobre a linha de sucessão, confira nota na Seção 1.

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Muitas vezes nos esquecemos de que aquilo que é barato não é respeitado. Reveja suas taxas, e se um aumento for apropriado, prepare-se para alterar o Regimento Interno da Loja, de modo a refletir o aumento dos custos e o verdadeiro valor de ser recebido Maçom. 1. Determinando o montante das contribuições O valor das contribuições devidas à Loja depende inteiramente dos membros e do nível de gastos que você precisa efetuar. Uma Loja rica, como são algumas, pode não precisar de uma grande quantia para atender a seus programas porque suas receitas são suficientes para suas necessidades. A maioria das Lojas, contudo, não tem grandes recursos financeiros, e as contribuições pagas pelos membros constituem a única categoria de receita. Nestes casos, quando as contribuições são pequenas, a programação e os serviços prestados aos membros refletem a situação daquelas receitas. Para determinar contribuições apropriadas considere o seguinte: O primeiro passo é tomar seu plano de atividades e os custos da Loja, e compará-los com os recursos financeiros que são necessários para sua implementação. O orçamento resume seus planos para as atividades que você pretende executar durante sua gestão. Nada mais, nada menos. Reúna sua Comissão de Finanças e Orçamento e revisem cada categoria de receitas e despesas. Cada um deve entender como o dinheiro entra, como ele sai e o que é preciso fazer para economizar.

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Agora, analise este importante passo para as metas deste e dos anos futuros. A resposta à próxima questão pode ser dura. Nós podemos pagar por isso? Se existem fundos suficientes não há problema. E se os fundos não são suficientes, você tem apenas quatro alternativas: 1. Eliminar ou reduzir a extensão do plano. 2. Reduzir outras despesas. 3. Elevar os fundos para cobrir custos adicionais. 4. Combinar as alternativas anteriores.

A escolha cabe a você e à sua equipe. Qual plano financeiro você apresentará a sua Loja? Não é preciso ser um experiente administrador de orçamentos para se concluir, por exemplo, que uma meta de aumento de 10 membros da Loja por ano resultará em maiores despesas. Isso se deve à maior ocupação do Templo, aventais adicionais, boletins, etc, etc. Tudo tem um custo. Seu orçamento deve, portanto, ser ajustado para comportar suas atividades e programas, seja pela redução de despesas ou por um incremento das receitas.

Após a equipe ter decido sobre o dinheiro necessário para cada categoria de despesas do orçamento, segundo suas metas para o ano, você deve dar atenção à aplicação das receitas. “Como vamos pagar por isso?”. As receitas devem ser superiores às despesas em um mínimo de 10 a 15%. O excedente é necessário para formar uma reserva de emergência e uma proteção contra a inflação. Receitas no mesmo valor das despesas geram perda de dinheiro a longo prazo. As contribuições devem ser fixadas num patamar suficiente para pagar sua programação.

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2. Modos de cobrar contribuições vencidas

A falta de pagamento de contribuições é um problema permanente do Venerável Mestre e certamente do Secretário, que responde pelo “recebimento de todo dinheiro dos Irmãos” 17. Para amenizar o problema da falta de pagamento, considere o seguinte: a. Certifique-se de que cada Irmão tenha sido notificado, em tempo hábil, de sua responsabilidade pelo pagamento da anuidade 18. Cuide para que a notificação seja enviada à residência de cada irmão no máximo até Novembro de cada ano. Não fique esperando os Irmãos se lembrarem de pagar suas anuidades à Loja. Muitos deles pagam suas contas mensalmente, e podem não se lembrar dessa obrigação anual. Portanto, envie a conta a cada um deles. A grande maioria dos Irmãos pagará prontamente. b. Cada Loja precisa de uma Comissão para cuidar das contribuições atrasadas, revendo a cada trimestre o volume das entradas, arrolando aqueles que ainda não pagaram e notificando o Secretário 19, que remeterá o aviso de falta de pagamento aos devedores. Não se intimide ao ter de notificar um Irmão que não cumpre suas obrigações. Muitos

17 A situação diversa daquela a qual estamos acostumados. No

Grande Oriente do Brasil, e nas demais Obediências locais, o recebimento de dinheiro é tarefa do Tesoureiro da Loja.

18 Entre nós, com a cobrança mensal de contribuições, não há razão para essa notificação, salvo para os membros inadimplentes.

19 No caso das Lojas brasileiras uma comissão criada com essa finalidade enviaria seu relatório ao Tesoureiro.

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apenas se esqueceram ou fizeram vista grossa para suas responsabilidades. Certifique-se de que a carta seja um simples lembrete, sem ser abrupta ou ríspida. c. Antes de notificar um Irmão sobre a possibilidade de sua suspensão por falta de pagamento, faça um contato pessoal, verificando se ele enfrenta ou não alguma dificuldade. O aviso de suspensão por falta de pagamento pode ser muito perturbador para quem o recebe. Então, seja especialmente cuidadoso e faça o contato pessoal antes de iniciar o procedimento de suspensão.

E. INVESTIMENTOS E MAXIMIZAÇÃO DE RECURSOS

Você tem a obrigação de assegurar à Loja e

aos Irmãos que o dinheiro arrecadado obterá o máximo retorno em benefício da Loja. É comum que as Lojas deixem seus fundos onde é mais conveniente e fácil, em vez deixá-los onde possam produzir rendimentos. A Comissão de Finanças e o Tesoureiro devem rever como estão sendo investidos os fundos e qual a taxa de retorno. Veja estas sugestões: 1. Em conta corrente mantenha apenas os fundos necessários ao pagamento das obrigações mensais. Assegure-se de que a conta tenha o maior benefício, ou menor custo, dentre as opções disponíveis em sua cidade. 2. Numa aplicação com liquidez diária, mantenha valores suficientes para cobrir despesas de emergência.

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3. Invista o restante dos fundos em aplicações que proporcionem o melhor retorno do modo mais seguro possível.

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SEÇÃO 4

COMO PREPARAR O ORÇAMENTO DE SUA LOJA

Toda Loja Maçônica deve ter seu orçamento. Você pode não ter pensado sobre isso, mas todos nós usamos orçamentos de um jeito ou de outro. Isso é verdadeiro em cada aspecto da vida, desde o atleta que poupa energia para usar nos minutos finais do jogo, até o motorista que reduz a velocidade do veículo para poder alcançar o posto de gasolina antes que seu tanque fique vazio. Usar um orçamento é essencial para alcançar suas metas e para manter seus planos no campo da realidade. Isso requer uma avaliação sistemática das receitas estimadas e das despesas, avaliando os fundos que estarão disponíveis para seus programas, atividades, e para a manutenção do prédio. A. RECURSOS O primeiro passo na elaboração de um orçamento é estimar as receitas que a Loja obterá. Todos os orçamentos devem indicar os recursos ou receitas disponíveis. Estes recursos são determinados pelo perfil dos membros da Loja, pelo montante dos rendimentos dos investimentos, e

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outras fontes. Todavia, este não é, como veremos mais tarde, o aspecto mais importante do processo de elaboração do orçamento. Os recursos das Lojas normalmente correspondem a um ou mais dos seguintes: 1) Contribuições 2) Juros e dividendos 3) Venda de ações ou debêntures 4) Receitas de aluguéis 5) Doações 6) Outros Consulte seu Secretário e Tesoureiro para saber quanto dinheiro há disponível em todas as contas mantidas pela Loja, e determine o montante das receitas anuais que pode ser esperado em cada conta. Os fundos disponíveis para sua Loja podem ser estimados pelo preenchimento do formulário de orçamento contido no Apêndice D. B. CUSTOS FIXOS OU DESPESAS NÃO-DISCRICIONÁRIAS O segundo passo consiste em determinar os custos relativos à Loja, sem os quais ela não pode funcionar. Estes são os custos fixos, e devem ser relacionados em separado dos custos flutuantes ou despesas discricionárias. Custos fixos incluem o seguinte: 1) Aluguel e/ou manutenção 2) Utilidades 3) Salários e encargos 4) Impressão e postagem de boletim 5) Telefone

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6) Per capita Esta lista é apenas uma sugestão. Os itens que verdadeiramente compõem o custo fixo somente podem ser determinados a partir da situação específica de cada Loja. C. DESPESAS FLUTUANTES OU DISCRICIONÁRIAS Identificados e catalogados os recursos e as despesas fixas, tem início a elaboração do orçamento propriamente dita. Depois da identificação de todas as receitas e apuração dos totais, você terá uma boa idéia do montante de dinheiro disponível para seus programas especiais. Este é o ponto em que os sonhos se tornam realidade; aqui suas idéias para Loja começam a tomar a forma de programas reais. D. SELEÇÃO DE PROJETOS E PROGRAMAS

Após apurar o que seu orçamento permite

fazer, você poderá selecionar projetos e programas. Estes tanto podem ser muito caros quanto de custo irrisório. Tudo depende de quais são seus planos e como os executará. O custo dos vários projetos e programas deve ser cuidadosamente estimado se você pretende elaborar um orçamento que reflita a realidade. Os itens seguintes podem ser considerados em sua estimativa: 1) Custos de impressão (boletins, folhetos especiais, programas, ingressos, etc.) 2) Postagem

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3) Custos de entretenimentos (músicos, artistas, cenários e objetos para uma apresentação, etc.) 4) Decoração 5) Refeições

Você pode não ter todos os detalhes para cada um de seus programas, mas quanto mais detalhada for a estimativa, melhor será seu orçamento.

E. COMBINANDO OS CUSTOS E RECURSOS DISPONÍVEIS

Tão logo tenha determinado o que seu

orçamento permite, e quanto custarão os projetos e programas propostos, tome a dura decisão sobre quais são os programas viáveis e quais serão descartados. Os benefícios de possíveis programas não são facilmente avaliados, mas podem ser considerados se você oferecer à sua Loja um interessante plano de atividades. É preciso que a escolha recaia sobre programas que possam ser aproveitados pela maioria dos membros e que possam ser bem prestigiados. Os pontos seguintes poderão ajudá-lo no processo de decisão: 1) É provável que ocorra o comparecimento da maioria dos membros? (A maior parte dos Irmãos tem interesse nesse tipo de programa ou ele é muito específico. O que despertaria maior interesse, um torneio de bilhar ou um torneio de cartas, por exemplo?). 2) As pessoas que comparecerem pagarão alguma quantia adicional? (Se o custo está além das possibilidades da média dos membros de sua Loja você não deve esperar um comparecimento muito

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bom. Além disso, pessoas com mais idade quase sempre têm renda limitada, e seus recursos não permitem que participem de eventos caros). 3) O local do evento fica muito longe para a maioria dos Irmãos? (Um ônibus ou outro transporte pode ser providenciado?). 4) O evento será muito tarde para a maioria dos Irmãos? (Pessoas de idade mais avançada podem não gostar de ir a eventos no final da noite, mas podem estar dispostos a comparecer a atividades realizadas em dias úteis). 5) O local onde o evento será realizado tem acesso difícil? (terreno acidentado ou grande número de degraus podem estragar a diversão dos membros mais idosos ou incapacitados). Finalmente, você deve estimar o valor ou benefício que o programa proposto trará aos Irmãos, e relacioná-lo com o custo do programa. O benefício relativo de um programa deve ser avaliado à luz do custo deste. Os melhores programas são aqueles que rendem o maior benefício pelo menor custo para sua Loja. F. RECURSOS ALTERNATIVOS PARA OS PROGRAMAS

Nem todos os programas devem depender inteiramente das receitas da Loja. Uma parte significativa dos custos relacionados a alguns tipos de programas pode ser suportada por aqueles que deles participarão. Por exemplo, num programa noturno para a família que envolva um jantar com a apresentação de um mágico, aqueles que

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comparecerem podem fazer uma doação tanto para o jantar quanto para todo o evento 20. Nestes casos é recomendável que a quantia com a qual a Loja contribuirá para o programa seja previamente fixada, e que a parte do custo a ser coberta pelos participantes seja informada com antecedência por meio do boletim da Loja. Determine que os interessados façam reservas, fixando data limite para recebê-las. Também pode ser necessário exigir algum depósito no ato da reserva. Isso terá o efeito de reduzir o número de ausências e ainda proporcionará capital de giro para o evento. Em muitos casos os programas podem ter custos baixos e ainda serão de grande interesse. Exemplos desses incluem passeios a prédio público ou privado, como uma grande barragem ou usina elétrica, um moinho ou fábrica, um museu histórico, um museu de trens ou de automóveis, ou... Olhe ao redor em sua região e use sua imaginação. A Associação Comercial de sua cidade pode ser uma grande fonte para pesquisar locais apropriados em sua região.

Há, também, escritórios de relações públicas em muitas empresas e agências públicas, que têm por função tornar conhecidos seus serviços e estabelecer bom relacionamento com o público em geral. Eles costumam receber bem para visitas guiadas. Aproveitar as vantagens desses serviços pode reduzir os custos de seus programas e ao mesmo tempo proporcionar um evento interessante.

20 Entre nós tem sido cada vez mais freqüente a realização de

eventos em que o custo é rateado entre os participantes. São os chamados eventos “por adesão”, forma alternativa de realizar programas sem onerar os fundos da Loja.

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Em alguns casos eles podem proporcionar, acima de tudo, um bom programa. Um excelente programa não precisa ser caro.

G. FINALIZANDO O PLANO

Vá agora para a melhor parte do processo de

elaboração do orçamento. O processo de avaliação do projeto ou programa foi concluído e você tem conhecimento dos recursos disponíveis para cada item. Em alguns casos você determinou que, em razão dos benefícios que pode garantir, um programa em particular será totalmente coberto pelos fundos da Loja. Noutros, os participantes responderão integral ou parcialmente pelos custos do programa. Para outros, ainda, você pode ter decidido que a Loja atualmente não tem os recursos necessários, acolhendo a idéia de um dos Vigilantes no sentido de deixar aquele programa para ocasião futura. Agora você está pronto para finalizar seu plano e correlacionar o orçamento a seu calendário anual de eventos. Sua proposta preliminar de orçamento e seu calendário de eventos devem ser levados à Comissão de Finanças e Orçamento para revisão e parecer.

A proposta final de orçamento será preparada pela Comissão de Finanças e, após, analisada e aprovada pela Loja. Depois da aprovação do orçamento pela Loja, seu plano está pronto para ser implementado.

Lembre-se, seu orçamento é um plano e como tal está sujeito a mudanças. Não hesite em fazê-las, com aprovação da Loja, quando for necessário.

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EXEMPLO DE ORÇAMENTO DA LOJA

LOJA BOAZ n. 59, M. L. A. & A. 02 de janeiro de 1997 PARECER DA COMISSÃO DE FINANÇAS E ORÇAMENTO PARA 1997 A Comissão de Finanças e Orçamento reunida em 31 de Dezembro de 1996 para preparar a Proposta de Orçamento para 1997, recomenda o seguinte:

Orçamento proposto para 1997 1996 1997 RECEITAS ESTIMADAS Contribuições 7.410,00 7.410,00 Receitas de jantares 2.240,00 2.000,00 Lucros de investimentos 300,00 300,00 Juros em conta remunerada 15,00 10,00 Diversas 320,00 0,00 $ 10.285,00 $ 9.860,00 DESPESAS PROPOSTAS Despesas de Secretaria 1.100,00 1.175,00 Aluguel 4.200,00 4.200,00 Aventais 150,00 180,00 Correio 385,00 400,00 Água/esgoto 300,00 425,00 Energia elétrica 485,00 500,00 Salários 800,00 800,00 Per capita 1.852,50 1.852,50 $ 9.272,50 $ 9.532,50

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Resumo das considerações da Comissão na preparação da proposta do orçamento de 1997: Contribuições $ 7.410,00. As contribuições foram estimadas com base em 247 membros obrigados ao pagamento de $ 30,00. Taxas de iniciação e filiação. Seguindo a política estabelecida há muitos anos, não contamos com as receitas incertas dessas taxas na elaboração do orçamento da Loja. Despesas de Secretaria e impressos $ 1.175,00. Estes montantes foram estimados como segue: Boletins 240,00 Salário da secretária 500,00 Suprimentos e envelopes 200,00 Cartões p/ membros 150,00 Diversos 85,00 TOTAL $ 1.175,00 Aventais $ 180,00. Foi estimado que compraremos seis aventais para os candidatos. Correio $ 400,00. As despesas postais foram estimadas como segue: Guias postais 60,00 Boletins 250,00 Cartões de aniversário 50,00 Diversos 40,00 TOTAL $ 400,00

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Per capita $ 1.852,50. A taxa per capita total foi calculada em $ 7,50 para cada um dos 247 membros. Respeitosamente submete a exame, a COMISSÃO DE FINANÇAS E ORÇAMENTO

SEÇÃO 5

COMO FORMAR UMA EQUIPE A decisão mais importante a ser tomada por um Venerável Mestre para sua gestão é a seleção das pessoas que vão ajudá-lo durante o ano. Em muitos casos a decisão é tomada sem muito cuidado, resultando numa performance inferior. O Venerável Mestre bem-sucedido seleciona e designa somente aqueles que estão dispostos a sacrificar o tempo e a energia necessários para se atingir as metas estabelecidas pela Loja. De outro lado, o Venerável Mestre mal sucedido geralmente mantém as designações do último ano com pequena reflexão quanto aos resultados anteriores 21. Considere suas próprias experiências profissionais e então estabeleça os requisitos para a

21 A despeito da existência da linha de sucessão, nada impede

que um Oficial que não tenha cumprido adequadamente suas obrigações seja substituído por outro Irmão.

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escolha daqueles que exercerão os cargos na Loja. A montagem da equipe de uma corporação ou companhia privada não se faz ao acaso. As posições são criadas, as descrições das tarefas de cada função são formuladas, padrões de emprego são escritos, e então as pessoas são recrutadas segundo suas habilidades para cumprir os requisitos apontados. Há alguma razão para se proceder de forma diversa em relação aos vários cargos em sua Loja? O Venerável Mestre deve ser prudente ao designar todos os presidentes das comissões 22 e os membros destas, bem como os Oficiais que ocuparão os cargos que independem de eleição. Use esse poder com sensatez e leve em consideração aquilo que você deseja realizar durante sua gestão. Simplesmente copiar quem o antecedeu será um desserviço a você, a sua Loja e a seus Irmãos. É a sua vez de impregnar sua Loja com novas idéias e renovado entusiasmo. A. OFICIAIS Ao designar Oficiais você essencialmente determina quem herdará as posições de liderança na Loja nos anos seguintes 23. Com o apoio dos atuais

22 No Grande Oriente do Brasil as comissões permanentes são

presididas pelo membro mais antigo entre aqueles que as integram.

23 Nas Grandes Lojas dos EUA não é comum – mas também não é proibido – haver disputa por cargos nas eleições, pois em geral a linha de sucessão é respeitada. Contudo, o futuro Venerável Mestre tem a liberdade de substituir os Irmãos da linha de sucessão por outros. A “herança” de liderança apontada no texto também ocorre entre nós, pois, muitas

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Oficiais da Loja, discuta amplamente as capacidades de cada candidato em potencial para cumprir os requisitos de seus cargos, atuais ou futuros. Examine amplamente com cada candidato em potencial quais serão, exatamente, seus deveres e a magnitude do compromisso que se espera deles e de suas famílias, agora e no futuro. Finalmente, tome cada decisão cuidadosamente e com plena consideração dos requisitos obrigatórios para a direção bem sucedida da Loja durante os anos seguintes. Seria muito melhor deixar uma posição vaga do que designar alguém incapaz de se desincumbir dos importantes deveres que aguardam aqueles que ascendem ao Oriente. B. RECRUTAMENTO Muitos acreditam que é difícil encontrar Irmãos que preencham os requisitos para os cargos e que um Irmão qualquer é melhor que nenhum. Tenha em mente que você oferecerá ao candidato a um cargo a dupla oportunidade, de aperfeiçoamento e de servir à sua Loja. As organizações atingem o sucesso em decorrência de diligente atenção aos requisitos para o preenchimento de cargos. Você deve fazer o mesmo para construir uma Loja bem-sucedida. Seguem algumas sugestões úteis para o recrutamento de Oficiais:

vezes, os Vigilantes, o Orador ou o Secretário, são vistos como candidatos naturais ao primeiro malhete para a próxima gestão.

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1. Avalie continuamente todos os membros da Loja, procurando identificar aqueles que apresentam potencial de liderança. 2. Discuta previamente o assunto com aqueles que compartilham sua visão para o futuro da Loja. 3. Envolva-os nas reuniões em que serão fixadas as metas e objetivos da Loja. 4. Solicite a ajuda deles na solução dos vários problemas que podem ser identificados na Loja. Eles já sabem quais são os problemas, então apenas conversem sobre como podem ser resolvidos. 5. Crie expectativa sobre as perspectivas de sua gestão e do futuro da Loja. Instile entre os Irmãos que você pretende recrutar o desejo de ser parte de sua equipe vencedora, e, finalmente, transforme-se no técnico dessa equipe. O ser humano, lamentavelmente, só apóia os vencedores. Então, não perca isso de vista ao escolher sua equipe, fixar suas metas, e preparar um time vencedor para esta temporada e para os próximos anos. 6. Mantenha uma atitude positiva sobre todos os aspectos da liderança da Loja. Uma atitude do tipo “eu posso fazer e farei”, em vez de “não posso fazer e não farei”, atrai muitos interessados. Todos querem fazer parte de um time vencedor e ninguém gosta de um perdedor. 7. Exponha, em termos concretos, o que será realizado durante o próximo ano e qual o papel de cada um na obtenção do sucesso. Saliente que a construção de uma Loja bem-sucedida não é um processo para um único ano, e que vai requerer excelente liderança nos anos seguintes. Restarão

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muitos projetos interessantes para serem desenvolvidos nas próximas gestões. 8. Se eles concordarem em se juntar a sua equipe, comprometa-se a ajudá-los a alcançar as metas e objetivos que traçarão para a Loja quando, no futuro, vierem a ocupar o Trono de Salomão. O recrutamento para sua equipe começa com a designação para linha progressiva de Oficiais. Se esperar até o último momento, você colocará em campo um time de substitutos em vez da necessária primeira linha. C. COMISSÕES Comece com uma lousa limpa. Decida quais comissões serão necessárias para implementar seu programa para o ano 24. Fale com os Irmãos sobre as qualidades que são necessárias para a realização das tarefas projetadas. Selecione os Irmãos que manifestarem interesse, designando-os para as comissões. Faça um resumo dos requisitos exigidos para cada cargo nas comissões. Uma vez selecionadas as equipes para as diferentes comissões, descreva por escrito os deveres e responsabilidades de cada comissão, e apresente um modelo preliminar do tempo que você considera razoável para a execução das tarefas atribuídas a cada uma delas.

24 Nas Lojas do Grande Oriente do Brasil são obrigatórias as

comissões permanentes de: a) Justiça; b) Finanças; c) Admissão e Graus; d) Beneficência; e) Ação Paramaçônica; e f) Ritualística.

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D. A FAMÍLIA MAÇÔNICA Uma fonte inesgotável de recursos humanos em muitas Lojas é a Família Maçônica, i. e., as esposas e os filhos dos Irmãos, aos quais devem ser somados os integrantes dos Corpos Anexos e Concordantes 25. Desenvolva relações positivas com toda sua família Maçônica e use seus recursos para desenvolver não apenas sua Loja, mas a Família Maçônica como um todo. Você necessita dela e, o que é mais importante, ela necessita de uma Loja bem-sucedida para que possa crescer e atingir suas metas. Uma coisa é certa: quanto mais pessoas se envolverem em suas atividades, maior será o sucesso de sua Loja. Verifique quais são os Corpos Anexos e Concordantes de sua região para incluí-los em seu processo de planejamento. Faça reuniões freqüentes com as lideranças desses Corpos e envolva-as, bem como a seus membros, na realização das metas e objetivos de sua Loja. É muito melhor pedir que eles participem e colaborem do que ignorar seus problemas específicos e criar ressentimento.

25 Os Altos Corpos do Rito Escocês Antigo e Aceito e do Rito de

York, a “Antiga Ordem Árabe Nobres do Santuário Místico”(“Shriners”), a “Ordem da Estrela do Oriente”, o “Santuário Branco de Jerusalém”, a “Ordem do Amaranto”, a “Ordem Internacional DeMolay”, a “Ordem Internacional Filhas de Jó”, e a “Ordem Internacional do Arco Íris” são alguns exemplos dos chamados Corpos Anexos e Concordantes da Maçonaria nos EUA.

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SEÇÃO 6

COMO FAZER PARA QUE SEUS OFICIAIS TRABALHEM COM INSTRUÇÕES

ADEQUADAS (sugestões de deveres para os Oficiais da Loja)

A. INTRODUÇÃO Por suas condutas, trajes, frequência, entusiasmo, proficiência no trabalho, e por suas atitudes, os Oficiais ditam o tom de todo o funcionamento da Loja. Cada Oficial pode transmitir aos candidatos e a todos os Irmãos a seriedade, a beleza e a honradez da Maçonaria, bem como a

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diversão e a amizade. Os deveres contidos nas páginas seguintes fornecem as linhas de conduta para se atingir estas metas. B. LINHAS GERAIS Os tópicos seguintes se aplicam à operação de todas as Lojas 26. 1. O PONTO Somente um dos presentes a uma sessão de iniciação, elevação ou exaltação deve estar autorizado a funcionar como ponto 27. A presença de vários membros atuando como ponto, mesmo que bem intencionados, resultará em confusão, estragando o efeito do ritual. O Oficial encarregado deverá atuar como ponto ou indicar alguém para fazê-lo. Todos os demais deverão permanecer quietos. O Oficial encarregado de atuar como ponto deve ser designado juntamente com os Oficiais da linha progressiva. Se o Instrutor de Ritualística estiver presente, ele deverá ser o ponto. 2. DEVERES ESPECIAIS DAS LUZES DA LOJA Estes deveres são referentes ao Venerável Mestre, nos casos de sessões ordinárias e das

26 Grande Loja do Maine. 27 Na maior parte das Grandes Lojas dos EUA é proibido o uso

de rituais escritos durante as sessões, exceto por um dos presentes, para funcionar como ponto de referência. Os demais membros da Loja devem memorizar o ritual.

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exaltações; ao Primeiro Vigilante para a elevação ao segundo Grau; e ao Segundo Vigilante para as iniciações 28. Cada um deles deve tomar todos os cuidados para as sessões a seu cargo, respondendo pessoalmente pelo seguinte: a. Preparar uma lista dos Irmãos designados para ocupar cada cargo durante a sessão. Informá-los com antecedência acerca da função que desempenharão, dando-lhes tempo para revisar o ritual antes da sessão. b. Ver se o Cobridor domina o ritual e sabe o nome do candidato, para que esteja adequadamente informado quando receber visitantes. c. Ser responsável, tanto dentro quanto fora do Templo, pelo decoro, pelo conforto dos visitantes e pelas apresentações. d. Se um visitante for trabalhar durante a sessão, certificar-se de que ele é razoavelmente proficiente na função que ocupará. e. Quando se preparar para fechar a Loja, cuide para que os Irmãos que não dominam a ritualística do encerramento sejam removidos das posições que ocuparam durante a sessão, para que não fiquem embaraçados 29. C. PROMOÇÃO

28 No Grande Oriente do Brasil, a instrução e o pedido de

aumento de salário dos AAp. e CComp. incumbem ao Primeiro e Segundo Vigilantes, respectivamente.

29 Isso porque nas Lojas das Grandes Lojas dos EUA não são usados rituais escritos.

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A preparação dos Oficiais para avançar para o próximo cargo na linha de sucessão deve ser feita até a metade do ano. A linha de sucessão nas Lojas não é oficial. Assim, cada membro com direito a voto também pode ser eleito Oficial de uma Loja. No entanto, muitas Lojas estabelecem uma linha de sucessão a ser seguida pelos Oficiais em seu progresso de um cargo a outro. Os deveres dos Oficiais da Loja esboçados neste capítulo são baseados na seguinte linha de sucessão: Segundo Mordomo – Primeiro Mordomo – Segundo Diácono – Primeiro Diácono – Segundo Vigilante – Primeiro Vigilante – Venerável Mestre 30. Essa linha de progressão e os respectivos deveres em cada posição vão preparar o Oficial para a posição administrativa de Venerável Mestre, se ele evoluir completamente por toda a linha. Cada Oficial terá deveres que proporcionarão desafios e experiências, preparando-o para o cargo de Venerável Mestre. Todo Oficial tem o potencial de servir sua Loja como Venerável Mestre. Assim, é muito importante que você não convide para servir como Oficial um Maçom do qual você não se orgulhará de tê-lo com seu Venerável Mestre. Os deveres abaixo poderão ser modificados e adaptados por cada Loja, como o Venerável Mestre entender melhor. Devem ser usados apenas como um esboço e uma sugestão para a operação de uma Loja.

30 Os cargos mencionados são do “American Rite”, uma

variação do “Emulation Ritual”, adotado como rito único para as Lojas Simbólicas de uma Grande Loja norte-americana.

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D. SUGESTÃO DE DEVERES PARA OS OFICIAIS DA LOJA Uma sugestão, somente isso e nada mais. Um Venerável Mestre tem um amplo horizonte para distribuir deveres. Na distribuição de deveres entre seus Oficiais você deverá ter em mente algumas limitações: (a) O interesse de nossa Grande Loja 31 ; (b) O Regimento Interno de sua Loja; e (c) A especial utilidade de cada um de seus Oficiais. O que segue é um modelo, como sugestão. Ele precisará ser adaptado para atender às necessidades específicas de sua loja e as diferentes habilidades de cada Oficial. Seu valor está na utilidade que ele terá para cada Oficial. SUGESTÃO DE DEVERES PARA O VENERÁVEL MESTRE

O Venerável Mestre tem poderes para: A. Convocar a Loja quando julgar necessário; B. Publicar, ou determinar que se publique, toda convocação ou notícia que possa ser necessária; C. Desempenhar todas as funções executivas da Loja; e,

31 No Grande Oriente do Brasil, o Regulamento Geral da

Federação estabelece os deveres do Venerável, dos Vigilantes, do Orador, Secretário, Tesoureiro, Chanceler, e dos demais Oficiais. Nada impede que deveres adicionais sejam fixados no Regimento Interno das Lojas.

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D. Praticar todos os atos, segundo os antigos usos de seu cargo, permitidos pela Constituição e Regulamentos da Grande Loja. Deveres gerais São deveres do Venerável Mestre: A. Presidir todas as reuniões da Loja; B. Conferir ou fazer conferir todos os Graus em estrita conformidade com o ritual aprovado pela Grande Loja; C. Dar as preleções relativas a cada Grau, a tempo de que sejam conferidos conforme o ritual; D. Indicar os Oficiais, como estipulado pelo Regimento; E. Autenticar, em cada sessão da Loja, todas as atas ou registros de procedimentos na forma como aprovados em tais reuniões da Loja; F. Supervisionar os atos de todos os Oficiais de sua Loja e cuidar para que seus respectivos deveres sejam desempenhados de forma adequada; G. Cuidadosamente prevenir qualquer infração, pelos membros de sua Loja, ao Regimento Interno ou à Constituição e Regulamentos da Grande Loja; H. Preparar-se para a eleição de seu sucessor. Deveres específicos 1. Preparar a Programação Anual da Loja. 2. Preparar o Orçamento Anual da Loja. 3. Preparar os artigos do Venerável Mestre para o Boletim.

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4. Agendar a data para a visita Oficial do Delegado Distrital32. 5. Nomear os Irmãos da comissão de investigação 33 como exigido. 6. Ser responsável por todas as comissões da Loja. 7. Comparecer à Grande Loja e votar as recomendações de sua Loja nas resoluções 34. 8. Preparar a ordem do dia para cada sessão. 9. Designar os membros das seguintes comissões para a Loja: Comissões 35

1. Orçamento e finanças 2. Edifício 3. Telefone 4. Boas vindas 5. Cuidados e Participação 6. Educação Maçônica 7. Prêmio do Grão-Mestre 8. Prêmio Raymond Rideout 9. História da Loja Quanto ao Ritual em geral

32 Na Grande Loja do Maine, o Delegado Distrital do Grão-

Mestre deve fazer uma visita oficial por ano à cada Loja de seu Distrito.

33 Essa comissão é encarregada das sindicâncias dos candidatos à iniciação.

34 Nas obediências constituídas sob a forma de Grande Loja Maçônica, o Venerável Mestre de cada Loja é também membro da Grande Loja, onde tem direito a voto na reunião anual.

35 São comissões existentes nas Lojas da Grande Loja do Maine.

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Estar qualificado para os trabalhos e para dar, ou cuidar para que sejam dadas, as preleções do Primeiro, Segundo e Terceiro Graus 36; e ser completamente proficiente quanto aos tópicos da Constituição e Regulamentos da Grande Loja que estão relacionados ao governo de uma Loja. Quanto ao Ritual em particular 1. Dominar o ritual para condução de sessões ordinárias; 2. Dominar o ritual para a recepção de representantes da Grande Loja (Grão-Mestre, Delegado Distrital, etc.); 3. Conduzir serviços de pompas fúnebres; 4. Conduzir práticas dos Graus para todos os Oficiais da Loja; 5. Notificar o Secretário acerca da data de iniciação dos candidatos; 6. Responsabilizar-se por todo o trabalho do Terceiro Grau; 7. Comparecer às reuniões de instrução 37; 8. Providenciar para que os novos Mestres Maçons apresentem trabalhos em Loja aberta. SUGESTÃO DE DEVERES PARA O PRIMEIRO VIGILANTE

36 As preleções constituem tópicos extensos dos rituais de

iniciação, elevação e exaltação, e devem ser inteiramente memorizadas, dada a vedação do uso de rituais escritos durante as sessões.

37 Sem as reuniões de instrução, que são freqüentes, não seria possível a realização de sessões litúrgicas sem o uso de rituais escritos.

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Deveres gerais É dever do Primeiro Vigilante auxiliar o Venerável Mestre no cumprimento de seus deveres, e se desincumbir de todos os deveres que os antigos costumes atribuem a seu cargo. Substituir o Venerável Mestre na ausência deste, respondendo por todos os seus poderes e obrigações. Deveres específicos 1. Preparar os itens do Boletim da Loja que lhe sejam atribuídos pelo Venerável Mestre; 2. Presidir a Comissão de Orçamento 38; 3. Preparar o calendário para seu futuro ano como Venerável Mestre; 4. Preparar uma estimativa de orçamento para seu futuro ano como Venerável Mestre (baseada no calendário acima referido); 5. Analisar Irmãos que possam ser designados para a linha de sucessão durante seu ano como Venerável Mestre, perguntando-lhes se gostariam ou não de exercer cargos. Discuta possíveis escolhas com o atual Venerável Mestre e com o Segundo Vigilante; 6. Analisar Irmãos para designá-los como presidentes e membros das comissões durante seu futuro ano como Venerável Mestre, consultando-os a esse respeito; 7. Comparecer à Reunião Anual da Grande Loja;

38 No Grande Oriente do Brasil, por força de dispositivo

constitucional, é incompatível o exercício de qualquer dos cargos dentre aqueles que constituem as Dignidades da Loja, e o exercício de outro cargo maçônico, em Loja ou fora dela.

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8. Comparecer a todas as atividades da Loja (Sessões ordinárias e especiais, eventos com as famílias, etc.); 9. Planejar sua instalação como Venerável Mestre; 10. Comparecer às reuniões da Associação Distrital de Oficiais; 11. Comparecer às reuniões de instrução. Quanto ao Ritual em geral 1. Estar qualificado para o trabalho e as preleções do Primeiro e Segundo Graus; 2. Estar instruído acerca dos dispositivos da Constituição e Regulamentos da Grande Loja relativos ao governo de uma Loja. Quanto ao Ritual em particular 1. Dominar o trabalho e preleção do Terceiro Grau, se possível, e o ritual exigido para se qualificar como Venerável Mestre; 2. Estar qualificado para o trabalho como Primeiro Vigilante no Terceiro Grau; 3. Ser responsável por todo o trabalho do Segundo Grau; 4. Comparecer a todos os trabalhos dos graus conforme designação do Venerável Mestre; 5. Examinar todos os candidatos, para ver se estão adequadamente preparados; 6. Revisar com os candidatos ao Segundo e Terceiro Graus, antes do início dos trabalhos, todos os sinais, toques e palavras dos graus antecedentes. SUGESTÃO DE DEVERES PARA O SEGUNDO VIGILANTE

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Deveres gerais 1. Auxiliar o Venerável Mestre no cumprimento de seus deveres, e se desincumbir de todos os deveres que os antigos costumes atribuem a seu cargo. Substituir o Venerável Mestre na ausência deste e do Primeiro Vigilante, respondendo por todos os seus poderes e obrigações. 2. Intentar processo contra Maçom acusado de conduta antimaçônica 39. Deveres específicos 1. Ser responsável por todos os jantares realizados na Loja 40; 2. Manter registradas as despesas e receitas dos jantares; 3. Manter registro de presença dos Irmãos aos jantares; 4. Trabalhar com os Mordomos 41 em todas as funções dos jantares; 5. Preparar um sumário das contas mensais e apresentá-lo ao Secretário ao menos uma semana antes da sessão ordinária;

39 No Grande Oriente do Brasil, por força de dispositivo

constitucional, todo Maçom tem o dever de comunicar à Loja qualquer comportamento irregular de Irmão, no mundo profano ou maçônico. E compete ao Orador, como membro do Ministério Público Maçônico, promover processo contra os infratores.

40 Na maioria das Lojas no Brasil, onde predomina o Rito Escocês Antigo e Aceito, a responsabilidade pelos jantares e festividades é atribuída ao Mestre de Banquetes, ou a comissão especialmente designada pelo Venerável Mestre.

41 O Primeiro e Segundo Mordomos atuam como Mestres de Banquetes.

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6. Funcionar como presidente da Comissão de Cuidados e Participação; 7. Preparar os artigos do Segundo Vigilante para o Boletim da Loja, como solicitado pelo Venerável Mestre; 8. Atuar como membro da Comissão de Orçamento; 9. Comparecer a todas as atividades da Loja (Sessões ordinárias e especiais, eventos com as famílias, etc.); 10. Comparecer à Reunião Anual da Grande Loja; 11. Dar início ao planejamento do calendário para seu futuro ano como Venerável Mestre; 12. Começar a considerar Irmãos para designá-los para a linha de sucessão em seu futuro ano como Venerável Mestre; 13. Iniciar a coleta de artigos e informações para usar em seu Boletim durante o futuro ano como Venerável Mestre; 14. Comparecer às reuniões de instrução; 11. Comparecer às reuniões da Associação Distrital de Oficiais. Quanto ao Ritual em geral

Estar qualificado para o trabalho e preleções do Primeiro Grau. Quanto ao Ritual em particular 1. Dominar o trabalho e preleções do Segundo Grau e o ritual exigido para se qualificar como Primeiro Vigilante; 2. Estar qualificado para o trabalho como Segundo Vigilante no Segundo Grau; 3. Estar qualificado para o trabalho como Segundo Vigilante no Terceiro Grau;

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4. Ser responsável por todo o Primeiro Grau; 5. Comparecer a todos os trabalhos dos graus conforme designação do Venerável Mestre. SUGESTÃO DE DEVERES PARA O TESOUREIRO Deveres gerais 1. Receber e manter em segurança o dinheiro, propriedades e todos os outros ativos da Loja. Despender ou transferir os recursos, sob ordem do Venerável Mestre, devidamente atestado pelo Secretário, com a aprovação da Loja; 2. Manter um livro, ou livros, em que as contas de todas as receitas e despesas sejam correta e detalhadamente indicadas, computadas por fontes de receitas e despesas; 3. Apresentar relatório na Reunião Anual, na forma prescrita pela Grande Loja; 4. Executar outros deveres, concernentes a seu cargo, segundo o Regimento Interno ou determinação da Loja. Deveres específicos 1. Atuar na Comissão de Orçamento 42; 2. Comparecer a todas as atividades da Loja. Quanto ao Ritual em particular 1. Estar qualificado para o trabalho do Tesoureiro no Primeiro Grau; 2. Comparecer às reuniões de instrução.

42 Segundo a Constituição do Grande Oriente do Brasil, o

exercício do cargo de Tesoureiro é incompatível com o exercício de cargo na Comissão de Finanças ou de Contas.

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SUGESTÃO DE DEVERES PARA O SECRETÁRIO Deveres gerais A. Registrar, por escrito, todos os procedimentos de cada sessão, sob direção do Venerável Mestre, e transcrevê-los num livro de atas, e, na sessão seguinte, proceder à leitura da ata em Loja, e após aprovada, apresentá-la ao Venerável Mestre para sua assinatura; B. Preparar e transmitir uma cópia de tais registros, ou de parte deles, para a Grande Loja, quando requisitado; C. Coletar e receber todo dinheiro devido à Loja e repassá-lo ao Tesoureiro; D. Manter o selo da Loja e lançá-lo com sua assinatura em todo papel emitido sob sua autoridade ou em obediência às exigências da Constituição e Regulamentos da Grande Loja 43; E. Transmitir ao Grande Secretário um Certificado de Eleição, com os nomes dos novos Oficiais, imediatamente após cada eleição na Loja; F. Enviar relatório mensal e anual ao Grande Secretário, na forma prescrita; G. Enviar ao Grande Secretário relatório anual com os nomes, datas de iniciação, elevação e exaltação, e datas do óbito de todos os membros permanentes da Grande Loja; H. Relatar ao Grande Secretário, imediatamente após sua ocorrência, todas as rejeições para os

43 No Grande Oriente do Brasil o Chanceler da Loja é o

responsável pela guarda do selo e do timbre, lançando-os nos documentos expedidos pela Loja.

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Graus, expulsões, suspensões, e regularizações, na forma prescrita; I. Prontamente notificar por escrito um candidato rejeitado, e restituir todas as taxas e contribuições pagas à Loja; J. Remeter as notificações relativas à falta de pagamento de contribuições 44; K. Manter, na forma estabelecida, os seguintes livros da Loja: 1. Um livro de atas, para registrar por escrito todas as atividades da Loja em suas sessões; 2. Um livro para as assinaturas dos membros, segundo a ordem de sua admissão, cuidando para que cada membro assine seu nome por extenso; 3. Um livro para o rol dos Irmãos, no qual registrará em páginas dispostas em ordem alfabética: a. O nome completo de todos os membros da Loja, b. Datas de iniciação, elevação, exaltação ou filiação, com o nome, número e endereço das Lojas de onde vieram; c. Idade e ocupação na data em que foram admitidos na Loja; d. Datas de retirada, expulsão, suspensão, morte ou regularização; 4. Um conjunto de livros de contas 45 necessário para apresentar com clareza: a. As contas de cada membro com a Loja;

44 No Grande Oriente do Brasil, a cobrança de contribuições em

atraso é atribuição do Tesoureiro da Loja. 45 No Grande Oriente do Brasil, compete ao Tesoureiro a

manutenção de escrituração contábil da Loja.

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b. As receitas da secretaria, proporcionando um registro claro e permanente de todo dinheiro recebido e sua origem; c. Seus pagamentos ao Tesoureiro; Deveres específicos 1. Atuar na Comissão de Orçamento 46; 2. Comparecer a todas as atividades da Loja; 3. Comparecer às reuniões de instrução para secretários, agendadas pelo Grande Secretário. Quanto ao Ritual em particular 1. Estar qualificado para o trabalho do Secretário no Primeiro Grau; 2. Comparecer às reuniões de instrução. SUGESTÃO DE DEVERES PARA O PRIMEIRO DIÁCONO Deveres gerais Exercer os deveres conforme os usos da Ordem e pertinentes ao cargo de Primeiro Diácono, tal como especificado pelo Regimento ou determinado pelo Venerável Mestre. Deveres específicos 1. Pessoalmente recepcionar os visitantes e introduzí-los no Templo; 2. Atuar como presidente da Comissão de Exame de Visitantes 47;

46 Cargos incompatíveis nas Lojas do Grande Oriente do Brasil,

por força de dispositivo da Constituição desta Obediência. 47 Que é uma Comissão de Telhamento.

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3. Atuar na Comissão de Educação Maçônica; 4. Atuar na Comissão de Orçamento; 5. Comparecer a todas as atividades da Loja; 6. Comparecer às reuniões da Associação Distrital de Oficiais. Quanto ao Ritual em geral 1. Estar qualificado para o trabalho como Primeiro Diácono em todos os Graus e para a preleção do Segundo Grau; 2. Dominar o trabalho ritualístico do Venerável Mestre no Primeiro Grau; 3. Estar qualificado para o trabalho como Segundo Vigilante na primeira parte do Primeiro Grau; 4. Estar qualificado para o trabalho como Segundo Vigilante na primeira parte do Segundo Grau; 5. Estar qualificado para o trabalho como Segundo Vigilante na primeira e segunda partes do Terceiro Grau; 6. Comparecer a todos os trabalhos dos graus agendados pelo Venerável Mestre. SUGESTÃO DE DEVERES PARA O INSTRUTOR DE CANDIDATOS 48

Não há, oficialmente, o cargo de “instrutor de candidatos”. O Primeiro Vigilante tem a responsabilidade de instruir todos os candidatos, porém ele pode designar outro Irmão para exercer essa função; daí a razão para o título “instrutor de

48 Aprendizes candidatos a Companheiro, e Companheiros

candidatos a Mestres.

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candidatos”. Todavia, mesmo atribuindo a tarefa a outro Irmão, o Primeiro Vigilante não afasta sua responsabilidade pessoal. Deveres Gerais 1. Manter uma lista de todos os candidatos, registrar o progresso de cada um no aprendizado em todos os graus, e informar a esse respeito o Primeiro Vigilante e o Venerável Mestre; 2. Cuidar para que cada candidato seja assessorado por um Irmão mais experiente; 3. Cuidar para que os Irmãos mais experientes que acompanharão os candidatos possuam um exemplar do Manual do Instrutor; 4. Certificar-se de que todos os candidatos estão qualificados em suas lições antes de levá-los à exame em Loja aberta; 5. Estar qualificado para dar ao candidato lições em todos os Graus. 6. Estar preparado para examinar os candidatos em Loja aberta.

SEÇÃO 7

COMO MANTER NOVOS MEMBROS ENVOLVIDOS EM SUA LOJA

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Para que nossos novos membros tomem parte ativa na vida da Loja devemos dar a eles, no mínimo, uma introdução à Maçonaria. O Ritual, não importa quão bom ele seja, não é suficiente tornar o Maçom um instruído membro ativo da Loja. Para obtermos um homem que acredita na Maçonaria, um homem que seja um membro ativo, temos que usar nosso tempo para mostrar, ensinar e guiar o novo Irmão a um claro entendimento acerca dos princípios de sua vida como Maçom. Em resumo, nós não podemos apenas iniciar um candidato e em seguida abandoná-lo. Devemos começar fazendo com que nós mesmos tenhamos uma atitude positiva. A Maçonaria tem muito a oferecer. Ela tem sido uma fonte de sabedoria e satisfação pessoal para milhões de bons homens. Hoje em dia, seus princípios e seus benefícios estão tão disponíveis e são tão oportunos quanto sempre foram. Mas somos confrontados por essa questão: Por que os jovens de hoje estão cada vez menos interessados em se unir a nós e participar de nossa fraternidade? Muitos acreditam que os candidatos que nós queremos são ativamente orientados. Nós queremos, preferivelmente, aqueles que “farão”, e não aqueles que simplesmente “serão”. Olhemos para algumas das atividades da comunidade que disputam o tempo dos jovens. Os clubes de serviço estão crescendo. Eles expõem seus projetos comunitários e como levantarão dinheiro para custeá-los. São hábeis em exibir um empenhado grupo de pessoas fazendo algo com impacto positivo em suas comunidades. Mostram aos jovens a finalidade de suas atividades.

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Mostram seus equipamentos e programas de treinamento, e exibem um empenhado grupo de membros absorto a fazer algo para aperfeiçoar suas habilidades. Clubes sociais, geralmente centrados em esportes como o golfe, tênis, caça ou pesca, não têm problemas para manter seus membros. São hábeis em mostrar às pessoas suas instalações, suas agendas de eventos e atividades. Também são peritos em mostra um grupo de apaixonados por seu esporte fazendo algo para melhorar sua performance. Novos membros têm se juntado às Lojas porque querem fazer algo. Querem se tornar mais efetivos naquilo que fazem. Querem se envolver com outros, tomar parte em seus esforços, e compartilhar metas. O que a Maçonaria lhes oferece? Devemos começar com a amizade fraterna, a solidariedade e a verdade. Os elementos da amizade fraterna são nossos pontos perfeitos: a obrigação de deixarmos nosso próprio caminho para servir a um Irmão merecedor; a obrigação de sempre nos lembrarmos de nosso Irmão em nossas meditações; a obrigação de manter o sigilo; a obrigação de ajudar um Irmão e de proteger seu bom nome; e, finalmente, a obrigação de prevenir um Irmão da presença de um perigo. Nós oferecemos essa obrigação moral àquele que estiver disposto a manter reciprocidade. A solidariedade não corresponde, necessariamente, à ajuda material. Ela pode ser uma mãozinha ou um ouvido amigo, um favor ou uma palavra encorajadora. O compromisso subjacente é o de uma disposição de ajudar a outro

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Maçom, ou sua família, com o mesmo nível de consideração que seria demonstrado em relação a um irmão natural. Nós podemos oferecer esse compromisso àquele disposto a manter reciprocidade. A verdade é um valor e uma medida de valores que nos é confiada. Cada um dos três graus da Maçonaria Simbólica ensina, por preceitos, alegorias e símbolos, as virtudes da justiça, fidelidade, temperança, coragem, e prudência, tudo o que temos para sermos verdadeiros – verdadeiros hoje, verdadeiros ontem, e verdadeiros amanhã. Nós estamos dispostos a compartilhar as lendas, e as alegorias e símbolos que as ilustram, com aqueles que estiverem dispostos a praticar as virtudes que elas representam. Amizade fraterna, solidariedade e verdade exigem atividade e compromisso pessoal. Temos que fazer algo para colocá-las em prática. A Maçonaria pode dar aos homens uma oportunidade de fazer algo para melhorar a si mesmos na busca daquelas verdades. Nossas lendas nos ensinam que antigamente os aprendizes e companheiros aprendiam a melhorar suas habilidades sob a direção e tutela dos Mestres. Isso era verdadeiro na Maçonaria Operativa. E pode se tornar verdadeiro em sua Loja. Não permita que um candidato simplesmente receba os três graus. Devemos demonstrar-lhe que os princípios maçônicos oferecem um modo de pensar e um modo de viver. Aqui vai um plano de aprendizado com doze pontos, para manter novos membros envolvidos, para dar-lhes algo para fazer; doze tarefas que estão

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intimamente relacionadas com os princípios de nossa atividade como Maçom.

Primeiro, vamos considerar a Amizade Fraterna. O novo membro precisa conhecer seus novos Irmãos. Veja o que um Venerável Mestre pode fazer: Tarefa 1. Faça com que o padrinho do novo membro o apresente a todos Irmãos na noite em que ele for iniciado. Temos visto com freqüência um novo Irmão sentado sozinho numa sala, onde um grupo de Maçons está conversando, sem que alguém o tenha apresentado aos demais ou tenha o cuidado de se apresentar a ele. Tarefa 2. Solicite que o candidato e seu padrinho permaneçam na porta recebendo os Irmãos nas noites de sua elevação e exaltação. É uma boa oportunidade para que ele converse com os Irmãos que já conhece, e para se encontrar com outros membros que compareçam naquelas noites. Tarefa 3. Convide o novo Irmão para ajudar nos três primeiros jantares após sua iniciação. Lembre-se, ele se tornou membro da Loja porque queria fazer algo. Envolvê-lo nas atividades da Loja fará com que ele se sinta parte dela.

Vejamos agora a Solidariedade. Cada novo Maçom precisa conhecer logo alguns dos aspectos da solidariedade Maçônica.

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Tarefa 4. Convide o novo Maçom para trabalhar na primeira atividade para as mulheres que for realizada imediatamente após sua iniciação, e deixe que ele receba pessoalmente várias delas. Tarefa 5. Nas datas comemorativas, inclua o novo Maçom na equipe que entregará flores, cestas ou outro objeto que a Loja possa preparar para as viúvas e Irmãos idosos. Tarefa 6. Convide-o para acompanhá-lo numa visita a um Irmão que se encontre hospitalizado, ou a um Irmão doente. Tarefa 7. Convoque-o para comparecer ao primeiro serviço de pompa fúnebre Maçônica que ocorrer após sua iniciação, para testemunhar a consideração que nossa fraternidade tem em relação à família de um Irmão falecido. Nosso terceiro princípio é a Verdade. O novo Maçom espera obter uma familiaridade básica com as lendas e símbolos que ilustram as verdades que nós valorizamos. Tarefa 8. Faça com que o novo Irmão tire proveito das quatro sessões de instrução contidas em nosso Manual do Instrutor. Você estará enganando seriamente alguém se torná-lo membro de sua Loja, mas falhar em dar-lhe um conhecimento básico do ritual, que é o coração de nossa fraternidade.

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Tarefa 9. Faça com que o novo Irmão visite outra Loja, por três vezes, durante sua jornada do Primeiro ao Terceiro Grau, cada uma das vezes para assistir a uma sessão do grau colado recentemente. Isso dará a ele um melhor entendimento acerca do grau. E também mostrará que ele é parte de uma ampla fraternidade, com a qual poderá contar em qualquer lugar aonde vá. Além disso, deverá estar acompanhado de seu padrinho ou de Irmãos que ele conheça bem. Tarefa 10. Convide o novo Maçom a exercer um cargo que não exija conhecimento do ritual, durante um mês ou dois, ou mesmo por uma única sessão, após sua exaltação. Pode ser que ele nunca mais queira fazer isso novamente, mas é importante que exerça um cargo pelo menos uma vez, tendo a oportunidade de tomar parte da sessão. Tarefa 11. Providencie para que o novo Irmão receba sua instrução do Terceiro Grau, sozinho ou com outros Irmãos que tenham ingressado recentemente na Ordem, dentro do tempo estabelecido. Temos muitos Maçons novos que sentem que falharam em relação a algo que deveriam ter feito. Eles não falharam. Você falhou se disse a eles que esperava que fizessem alguma coisa, mas nunca os supervisionou. Amizade fraterna, solidariedade e verdade são os princípios de nossa vida como Maçons. Outra característica dos Maçons é serem tão antigos quanto a história de nosso

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país 49. Cada comunidade neste país é o melhor lugar para se viver devido ao trabalho dos Maçons que, por centenas de modos, fazem suas comunidades e seu país progredirem. Eles colaboram atuando como bombeiros voluntários, membros de esquadrões de resgate, técnicos de times, diáconos nas igrejas e professores em escolas dominicais, como membros dos quadros de hospitais e bibliotecas, e de muitas outras maneiras. Os Maçons são o alicerce de cada comunidade neste país. Tarefa 12. Diga a cada novo Irmão que você gostaria de vê-lo envolvido em alguma atividade cívica, da comunidade ou da igreja, onde ele possa aplicar algumas das lições que aprendeu em sua Loja. Doze pontos. Você ainda pode dizer àquele que tenha revelado interesse pela Maçonaria o que se espera que ele faça ao se tornar um Maçom. Você poderia dar-lhe um panfleto contendo este plano de aprendizado, e ele entenderia antecipadamente o que é, os motivos de suas palavras, e como isso o beneficiará. Isso poderia desencorajar uns poucos que simplesmente querem ser conhecidos como Maçons; mas, aqueles que realmente querem fazer algo são atraídos por organizações que manifestam claramente seus princípios, que os convidam a assumir um compromisso, e que relacionam aqueles princípios com um plano específico de atividades. Você, como Venerável Mestre, pode prestar um

49 O que é verdadeiro tanto em relação aos EUA quanto no

tocante ao Brasil.

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grande serviço à Maçonaria, a sua Loja, e aos novos Irmãos: basta dar a cada um destes algo para fazer. Nós somos a maior fraternidade do Mundo, fundada nos mais nobres princípios. Mas não se esqueça de que isto não é o bastante para formar um Maçom. Nossa fraternidade crescerá de modo proveitoso, nossas Lojas prosperarão, e nossos Irmãos crescerão como bons Maçons, somente se nós focarmos nossos pensamentos e esforços, e os pensamentos e esforços dos novos membros, na Maçonaria como uma filosofia e modo de vida, em que a fraternidade é o caminho, a missão e a meta.

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SEÇÃO 8

COMO SE COMUNICAR DE MODO EFICIENTE

Quantas vezes você já ouviu a velha desculpa dos ex-veneráveis: “Bem, se eles leram o boletim, estão sabendo disso”, ou “Eu coloquei isso no boletim e ainda anunciei em nossa última sessão”. Na sociedade atual, você deve se comunicar de modo eficiente se pretende atingir os objetivos e metas que estabeleceu para você mesmo e para sua Loja. A confiança em técnicas tradicionais e apenas parcialmente bem-sucedidas deixará você com uma Loja vazia e com Irmãos que não se empenham. Você deve se comunicar de modo eficiente com os membros da Loja se sua meta é a de construir uma Loja ativa e progressista. Há muitos tipos de comunicação: verbal, escrita, corporal, da aparência e da escuta. Cada uma é importante para a comunicação dos três principais pontos da Maçonaria: amizade fraterna, solidariedade e verdade. A. COMUNICAÇÃO VERBAL Falar em público de modo eficiente é uma necessidade para o Venerável Mestre e seus Oficiais, para promover comunicação adequada com os

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Irmãos e suas famílias. Muitos Veneráveis Mestres negligenciam o desenvolvimento dessa importante habilidade, e quando são postos em frente ao público, falham na comunicação de suas metas e programas. Eles falham em reconhecer que a liderança requer comunicação verbal eficiente e persuasiva. Você seguiria um líder cujas palavras não o inspirassem para um grande esforço? O que você pensaria de um Venerável Mestre que gagueja e murmura quando está em frente a um grupo de pessoas? A resposta é óbvia. Você balançaria sua cabeça com pena, e aguardaria a próxima gestão. Não deixe que aquela pessoa seja você. Recitar o ritual durante nossas sessões ajudará você a desenvolver algumas habilidades de oratória. No entanto, o ritual é apenas um exercício de memorização, treinado em sua própria mente, e repetido durante os trabalhos dos graus. Falar em público exige habilidades diferentes que podem ser desenvolvidas com treinamento e prática. Pouquíssimos no mundo podem ser classificados como oradores natos. Em quase todas as vezes em que ouvimos alguém falar em público de forma efetiva, essa pessoa gastou tempo e energia para se preparar para se comunicar de modo eficiente. Lembre-se de que todos começam por baixo, cada um tem seus problemas com o ato de falar em público, e todos podem se beneficiar com a prática e a instrução. Você pode não vir a ser o melhor orador, mas certamente se aperfeiçoará. Prepare seu tempo e se esforce para desenvolver suas idéias, para anotar, rascunhar e pensar sobre isso até que tenha

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encontrado as palavras certas. Você nunca se arrependerá do tempo e esforço despendidos, e seus Irmãos, colaboradores e amigos certamente apreciarão sua nova habilidade. B. COMUNICAÇÃO ESCRITA Pode não ser possível se comunicar verbalmente com todos os membros da Loja. Conte com a escrita para dar sua mensagem e ser entendido por aqueles que você deseja alcançar. A qualidade e o estilo de sua comunicação escrita determinará se suas mensagens serão ou não realmente lidas. 1. O boletim da Loja Reflita sobre os anos anteriores. Você lia o boletim mensal da Loja? Se não, por que não? O que é relevante para as atividades atuais de sua Loja? Pare para rever as matérias que atualmente são incluídas no boletim. Elas são necessárias? Os conteúdos são interessantes e estimulam a leitura? Se a resposta é “não”, então você deve fazer algo sobre isso, porque a resposta dos demais Irmãos será a mesma. Seguem algumas sugestões úteis para a publicação de um boletim mais interessante. 1. Elimine o excesso. Algumas informações não precisam ser repetidas mês a mês, ano após ano. Selecione apenas as matérias que as pessoas realmente apreciarão.

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2. Escolha um formato que possa atrair o interesse do leitor. Letras miúdas, de leitura difícil, podem reduzir o custo de impressão, mas também garantirão que o boletim rapidamente encontrará seu destino final, junto com a correspondência imprestável, no cesto de lixo mais próximo. 3. Quando possível, utilize recursos gráficos para atrair a atenção do leitor e para acentuar o propósito do autor do texto. 4. Dê destaque ao que é positivo! Todas as mensagens e artigos podem levar o leitor a querer tomar parte dos bons tempos pelos quais sua Loja está passando. Fale de modo positivo sobre as atividades já realizadas, sobre aquelas que estão em andamento, e sobre as futuras. Ninguém quer se juntar ou tomar parte de uma Loja mal conduzida. 5. Verifique o produto final. Papel, gráficos e produção de baixa qualidade o levarão direto à cesta de lixo. 6. Planeje seu ciclo de produção mensal para assegurar que os leitores terão o material em mãos no mínimo duas semanas antes do próximo evento programado. Um boletim que chega atrasado é o mesmo que boletim nenhum. 7. Peça aos Irmãos que enviem artigos para publicação, em diferentes áreas de interesse. 2. Correspondência especial

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O boletim pode não ser um veículo adequado para aquelas informações que devem, realmente, ser lidas e compreendidas pelos membros da Loja. Veja os exemplos de meios alternativos de comunicação escrita que você pode empregar: a. Eventos especiais Visitas do Grão-Mestre, recepções, eventos para arrecadação de fundos, comemorações, etc., exigem um tipo especial de notificação para os Irmãos. Um folheto especial com gráficos divertidos atrairá atenção para seu evento social ou de arrecadação de fundos, que de outro modo poderia ficar esquecido se informado apenas num boletim publicado há algum tempo. b. Metas e Objetivos Utilize uma correspondência especial, que inclua todo o pacote de resultados dos esforços de sua equipe, para fazer com que cada membro seja informado sobre as metas e objetivos estabelecidos para a Loja. Os Irmãos poderão ler um material bem produzido, em forma de carta. c. Placas e Cartazes Todos que entrarem em sua Loja devem se deparar imediatamente com placas ou cartazes anunciando algum acontecimento especial já agendado ou eventos sociais planejados pela Loja. Não desperdice uma oportunidade. Lembretes publicados no boletim da Loja, cartas e cartazes efetivamente promoverão suas atividades e ajudarão

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na obtenção do sucesso, não só para sua Loja, mas para você como Venerável Mestre. C. COMUNICAÇÃO PESSOAL Toda pessoa também envia mensagens a outras pelo modo como se veste, por seus atos e por sua aparência. Tenha o cuidado de verificar se você está transmitindo a mensagem correta àqueles que deseja influenciar. Aproveite estas dicas úteis: 1. Verbalmente A natureza humana garante que cada Irmão será sempre informado, positiva ou negativamente, sobre suas ações como Venerável Mestre. A arte está em “acentuar o que é positivo”, por meio da comunicação. Agindo assim você prepara o clima para que outros façam o mesmo. Em toda Loja e toda organização sempre haverá uma parcela de membros que não têm nada a dizer. Se você der ouvidos àqueles que demonstram uma atitude negativa, também será contaminado com esse comportamento e toda a Loja sofrerá com isso. Primeiro, dissemos a você que discuta os problemas da Loja e, ao mesmo tempo, queremos que você “acentue o que é positivo”. Estas duas diretrizes são compatíveis ? Na maioria das vezes certamente que sim.

A discussão de problemas põe todas as coisas na mesa. Não há uma necessidade maior de discutir os aspectos negativos de sua Loja. Basta a discussão sobre suas metas e objetivos, juntamente com seus

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planos de ação. Procurar soluções para seus problemas é o melhor caminho para “acentuar o que é positivo”. Se você se comunicar de forma positiva, encontrará todos os Irmãos falando dos aspectos positivos de sua Loja. Pensar positivamente leva outros a uma atitude positiva. Mesmo aqueles que não freqüentam a Loja regularmente ficarão orgulhosos de suas realizações. Nossa fraternidade é, essencialmente, uma organização social destinada a promover a felicidade e a amizade fraterna. Se o pensamento negativo surgir em sua Loja, elimine-o. Uma Loja bem-sucedida é uma Loja positiva, que segue adiante. Aja imediatamente, e faça com que toda comunicação verbal seja positiva. 2. A comunicação corporal A comunicação vai além da palavra escrita ou falada. Muitas vezes nossa aparência e nossos atos dizem muito sobre nós. Emoções como irritação, desapontamento e frustração, tomarão conta da atmosfera da Loja se forem notadas pelos Irmãos nas mensagens que você transmite com seu corpo e expressões faciais. Igualmente, se você transmite por seus atos confiança, satisfação, e fraterna amizade, estas emoções positivas também tomarão conta dos Irmãos. Quem seguiria um líder cujas palavras mandam avançar, mas cuja aparência e comportamento indicam que está batendo em retirada? É fácil dizer que vai mudar sua linguagem corporal. Difícil é fazer isso. Para se sair bem, você

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deve considerar continuamente o modo pelo qual suas atitudes e ações afetarão seus Irmãos. Todo Venerável Mestre tem problemas e frustrações. O fato é que sua carga se tornará mais pesada, e a resposta dos Irmãos diminuirá, se você transmitir desapontamento e frustrações. Se vai levar as tropas para fora das trincheiras e morro acima, você deve informar a elas que está no comando e que o morro não é assim tão alto. Ao liderar considere o seguinte: a. Deixe sua tristeza em casa Suas dificuldades e frustrações devem ficar com você. Ao se preparar para ir à Loja, sente-se sozinho por alguns minutos, dispersando todos os seus problemas, e concentrando-se em tudo o que há de positivo em sua Loja. Pense sobre como você receberá seus Irmãos e sobre as coisas boas que tem para dizer. É importante que você se prepare emocionalmente antes de entrar em qualquer reunião de sua Loja. b. Abra um sorriso Quando você estiver dirigindo até a Loja, adote uma atitude positiva e harmoniosa. Estacione seu carro, apanhe sua pasta, anime-se, coloque uma expressão de felicidade no rosto e, apressando seu passo, cumprimente seus Irmãos com alegria e amizade fraterna. Você pode até estar infeliz, mas esse mal não contaminará os demais. c. Cumprimente cada um pessoalmente

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Cada pessoa que entrar pela porta da frente deve sentir que sua presença e participação são vitais para o sucesso da Loja. Cada Oficial e cada Irmão deve cumprimentar os demais com alegria e entusiasmo. Um Irmão que não é cumprimentado e bem recebido se sentirá desprezado e indesejado, e esta é a pior emoção possível. Como Venerável Mestre, deixe para outros a preparação rotineira da sessão e permaneça em frente à porta, cumprimentando pessoalmente àqueles que entrarem. Se um novo membro ou visitante chegar, tenha alguém pronto para pessoalmente apresentá-lo aos demais. Faça com que todos se sintam em casa. d. A ‘panelinha’ inclui todos Todos devem se sentir bem-vindos a participar e atuar em cada evento da Loja. O ser humano tem necessidade de participar de um grupo social organizado, tal como uma Loja Maçônica, no qual cada membro ou cada visitante possa se sentir parte integrante daquele grupo. Nunca deixe alguém se sentir um estranho em sua Loja. Seja verdadeiro em seus convites, não somente por suas palavras, mas por suas ações. Não importa o evento, se em Loja ou talvez uma reunião seguida de uma conferência, convide a todos para participar. Muito provavelmente nem todos os convidados virão, mas não se sentirão excluídos. E podem ser levados a participar mais. Lembre-se do que sentiu quando foi excluído de um grupo importante para você. Os excluídos vão procurar um outro lugar. E os incluídos retornarão.

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3. Aparência Sua aparência pessoal e a de seus Oficiais informa a maneira como você dirige a Loja. Olhe com calma para você e seus Oficiais. Você está, por sua aparência e modo de se vestir, silenciosamente transmitindo aos Irmãos a mensagem de um estilo de liderança que reflete sua Loja e a fraternidade Maçônica? A linguagem corporal da roupa e da aparência tem sido sempre importante para todas as organizações bem-sucedidas. O velho ditado “Se isso se parece com um pato, anda como um pato e grasna como um pato, então isso realmente deve ser um pato”, é absolutamente verdadeiro. Se quiser ser um líder, você deve agir, falar, e ter a aparência de um líder. Os Irmãos não aceitarão nada menos que isso. As tradições históricas da Maçonaria determinam que nossas reuniões e nosso ritual sejam executados de modo digno e formal. Você e sua Loja preservam esse padrão de excelência ou fazem sua maneira de vestir refletir o padrão dos clubes e organizações menos formais? Os Irmãos apreciarão o visual e a sensação de um distinto corpo de Oficiais, e reagirão do mesmo modo. Uma aparência descuidada resultará em liderança e ritualística também descuidadas. Lembre-se da mensagem que você deseja transmitir aos Irmãos: liderança e competência. 4. Ouvir

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Comunicar-se sem fazer uso da palavra é, às vezes, a mais eficiente habilidade que um Venerável Mestre pode utilizar para atingir suas metas. Uma comunicação positiva somente se dá quando duas ou mais pessoas são capazes de trocar, de forma honesta e completa, seus pontos de vista sobre alguma coisa. Quantas vezes em sua vida privada ou profissional você encontrou alguém que “gosta de gritar ordens, mas se recusa a ouvir”? Seja aberto, paciente e compreensivo com seus Irmãos. Esteja pronto para continuamente falar com os Irmãos, e não apenas falar para os Irmãos. Todos sentirão que você tem a mente aberta e ouvirão suas idéias ou queixas. Seja paciente e use seu tempo para ouví-los até o fim. Se um problema pode ser facilmente resolvido, resolva-o. Se não, explique as razões pelas quais você não pode resolvê-lo. O importante é que você ouça e comunique sua decisão. Todos podem deixar uma discussão sentindo-se bem pela troca de idéias e pela compreensão da posição dos demais. Se a visão de um Irmão é oposta a suas metas e objetivos, tente resumir para ele a direção que você e seus Oficiais estabeleceram e peça sua colaboração. Em toda Loja haverá alguma resistência. Seu desafio é alcançar suas metas e tentar, por meio de contínua persuasão, trazer os opositores de volta ao rebanho. Pode ser que você nunca conclua essa tarefa. Alguns poderão ficar na beira da estrada; mas outros, que estão sentados na cerca, ficarão impressionados com sua abordagem e oferecerão ajuda.

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COMO ESCREVER UMA BOA CARTA Você não precisa ser um escritor para redigir uma boa carta. Basta usar alguns modelos, como os apresentados neste capítulo, que podem ser postos num editor de textos e modificados em dois ou três minutos, por você, seu Secretário ou outro Irmão disposto a ajudar. O pouco tempo despendido com estas correspondências acrescentará um toque muito pessoal, e tornará claros seus desejos e expectativas. Estes são os modelos de cartas que você pode adaptar para sua Loja: 1. Comissão de sindicância 2. Secretário para o candidato aprovado

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3. Venerável Mestre para o candidato aprovado 4. Venerável Mestre para a esposa do candidato 5. Venerável Mestre para o novo Aprendiz 6. Venerável Mestre para a esposa do novo Aprendiz 7. Venerável Mestre para o novo Companheiro 8. Venerável Mestre para o novo Mestre Maçom 9. Segundo Vigilante para o novo Mestre Maçom 10. Venerável Mestre para o novo filiado à Loja 11. Secretário para o novo filiado à Loja 12. Secretário para o novo filiado, que não deixará a Loja anterior 13. Venerável Mestre para membro em atraso com suas contribuições 14. Venerável Mestre para a viúva de um Irmão MODELO DE CARTA n. 1: COMISSÃO DE SINDICÂNCIA 50

LOJA BOAZ, n. 59 02 de Janeiro de 1997 Resp. Ir. Jones: Aqueles que requerem ingresso numa Loja Maçônica, tanto para iniciação quanto para filiação, devem ser cuidadosamente selecionados. Como Venerável Mestre da Loja Boaz, nomeei você, Donaldo Gardner e Robert Damon, como membros

50 Nas Lojas da Grande Loja do Maine, o processo de

sindicância dos candidatos à iniciação é conduzido por uma comissão. Bem diferente do que ocorre entre nós, onde a tarefa é desempenhada por sindicantes que atuam de modo independente, sem conhecer os nomes dos demais Irmãos designados para a mesma tarefa.

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da Comissão de Sindicância para o requerente indicado na proposta em anexo. Você deverá completar sua investigação em 20 dias, devolvendo seu relatório ao Ir. Secretário, em envelope fechado Para concluir adequadamente a investigação, você deverá entrevistar o requerente em sua casa, na presença da esposa dele, de modo que cada um possa ficar completamente ciente do tempo que será exigido dele em sua vida maçônica, na progressão pelos três graus, no cumprimento dos requisitos de proficiência e nas sessões de orientação Maçônica com a Comissão de Educação da Loja. Eles devem ser encorajados a perguntar sobre a Maçonaria, e suas dúvidas devem ser esclarecidas, desde que as resposta sejam aquelas que um Maçom pode dar a um profano. Por favor, reveja os inclusos livretos “O que um Maçom pode dizer a um profano” e “Investigação de candidatos”. O proponente e outras fontes de referências também devem ser contactados, para que você fique familiarizado com o candidato e possa avaliá-lo melhor. Como nenhuma outra ação pode ser tomada em relação a um requerimento ou proposta até que os relatórios da Comissão de Sindicância tenham retornado, é imperativo que você complete a investigação na forma requerida. Se não está em condições de fazê-lo, avise-me imediatamente. A sindicância de um candidato é uma das mais importantes funções na Maçonaria, e é crucial para a operação da Loja que ela seja feita de forma rápida, eficiente, e cuidadosa. Espero ouví-lo em breve sobre este assunto.

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Fraternalmente, Hiram Drummond Venerável Mestre MODELO DE CARTA n. 2: SECRETÁRIO PARA O CANDIDATO APROVADO LOJA BOAZ, n. 59 Prezado Sr. Greenleaf: Como o Sr. deve saber agora, os Irmão da Loja Boaz votaram unanimemente por seu ingresso na Maçonaria. O Sr. será avisado quando uma data especial for agendada, e receberá de antemão outras informações. Enquanto isso, nós providenciaremos para bem recebê-lo em nossa fraternidade. Atenciosamente, John Anagnostis Secretário MODELO DE CARTA n. 3: VENERÁVEL MESTRE PARA O CANDIDATO APROVADO LOJA BOAZ, n. 59 Prezado Sr. Greenleaf: É com prazer que lhe envio, juntamente com a notificação oficial do Secretário, esta carta pessoal de congratulações por sua aprovação para ingressar na Maçonaria. Ao longo do tempo, os homens livres de todo lugar têm aspirado se tornar membros desta grande ordem fraternal, e os mistérios da Maçonaria

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somente têm se revelado depois que eles compreendem totalmente a honra que lhes foi conferida. O espírito com que receber sua experiência Maçônica determinará o que isso significará para você. Uma busca egoísta por recompensa material lhe proporcionará pouco benefício. Já com “um sincero desejo de servir a seus semelhantes”, como expresso em seu requerimento – “assim ingressando com a intenção de me entregar ao serviço, sacrifício e amizade” – certamente você colherá cem vezes mais. Venha para sua iniciação preparado para uma cerimônia tradicional e memorável. Tire de sua mente qualquer daquelas piadas inócuas que você deve ter ouvido sobre “montar num bode” 51 e outras do gênero. Ao bater à porta desta venerável Instituição, entre apenas com uma prece em seu coração, aquela que achar digna. Por favor, convide qualquer parente ou amigo que saiba ser Mestre Maçom para assistir a sua Iniciação. Eles serão afetuosamente acolhidos. Na Maçonaria se considera uma honra estar presente quando algum conhecido recebe um dos graus. Eu desejo que o Sr. tenha sucesso em seu trabalho Maçônico, e verdadeira felicidade em seus novos relacionamentos. Como estaremos juntos na estreita amizade da Loja, sinta-se livre para me ligar a qualquer hora para alguma informação ou ajuda que eu possa lhe dar.

51 Também nos EUA há a associação dos Maçons ao bode. Lá

também se usa a expressão “montar num bode” (riding the goat).

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Em nome de todos os Oficiais e membros da Loja Boaz, lhe estendo cordiais boas vindas e todos os bons votos. Atenciosamente, Hiram Drummond Venerável Mestre MODELO DE CARTA n. 4: VENERÁVEL MESTRE PARA A ESPOSA DO CANDIDATO LOJA BOAZ, n. 59 Prezada Sra. Greenleaf: Nós sabemos que a Sra. pode ter algum receio quanto à intenção de seu marido de se juntar à nossa fraternidade. Ao se tornar um membro ele terá de se ausentar de casa nas noites de reunião. A Sra. deve ter refletido sobre esse novo interesse de seu marido. Talvez existam algumas questões não respondidas sobre a Maçonaria. Nós compreendemos seus sentimentos e podemos ajudá-la sob esse aspecto. Um dos ideais da Maçonaria é fazer com que sua influência sobre seus membros possa torná-los mais afetuosos, atenciosos e bondosos com aqueles em sua casa e em sua comunidade. Aqueles que respondem à influência da Maçonaria provavelmente crescerão nas qualidades que as esposas apreciam. Esse crescimento não pode ser garantido, mas é nosso objetivo. Sinceramente esperamos que a Sra. possa trocar uma ausência noturna ocasional por um marido cada vez mais devotado, em razão de sua filiação à Maçonaria. Também esperamos que, no

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futuro, tenhamos o prazer de sua companhia em nossas sessões públicas e noutros programas da Loja especialmente planejados para as esposas dos Maçons. Sempre que precisar de ajuda, nós esperamos que a Sra. se lembre de que aqui há um grupo de Maçons de prontidão. Em breve marcaremos uma reunião para dar à Sra. e a seu marido uma visão geral da Maçonaria e dos três graus que ele receberá. A Sra. será muito bem-vinda a essa reunião e nós aguardamos ansiosamente sua presença.

Atenciosamente, Hiram Drummond Venerável Mestre MODELO DE CARTA n. 5: VENERÁVEL MESTRE PARA O NOVO APRENDIZ 52

LOJA BOAZ, n. 59 Prezado Ir. Greenleaf: Agora que você foi iniciado Aprendiz Maçom, eu o cumprimento por ter dado o primeiro passo em direção à plenitude como membro da Loja Boaz. Por ser uma nova experiência para você, a seguinte lista de cinco pontos pode ser interessante e útil. 1. Você participou de uma cerimônia tradicional, o ritual Maçônico do Primeiro Grau. Espero que tenha compreendido a completa e obrigatória exigência de total segredo no tocante ao nosso ritual. Ainda que

52 A remessa de uma carta semelhante esta aos novos

Aprendizes me parece de extrema utilidade, e a prática deveria ser adotada por nossas Obediências.

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tenhamos sinais, palavras e toques secretos, que usamos como meio de reconhecimento, não somos uma sociedade secreta. O local de nossas Lojas pode ser encontrado na lista telefônica. Muitos de nossos membros usam símbolos maçônicos abertamente, indicando que são Maçons e que pertencem a uma Loja Maçônica. Nem é secreta a filosofia que nós defendemos – Amizade Fraterna, Solidariedade e Verdade; e a irmandade dos homens. 2. Antes de ser elevado ao Grau de Companheiro, você deve primeiro empenhar-se em memorizar uma parte das preleções do Primeiro Grau. Não se atrase nesse trabalho. Não é uma tarefa tão difícil, mas quanto mais esperar, mais duro será o aprendizado. Além disso, a agenda dos Graus da Loja presume que você prosseguirá rapidamente para o próximo degrau. 3. Lembre-se de que os ensinamentos Maçônicos têm sido transmitidos ao longo do tempo verbalmente, com a ajuda de uma cifra 53. Seu Irmão Sênior 54 é um Maçom dedicado, que voluntariamente lhe comunicará essas lições, para que você trabalhe para progredir. Ele é responsável por ajudá-lo a se tornar proficiente na preleção do Grau de Aprendiz Maçom e a se preparar para ser examinado antes chegar ao grau seguinte.

53 A maioria das Grandes Lojas dos EUA, entre elas a Grande

Loja do Maine, adotam rituais impressos cifrados. Alguns são inteiramente compostos por cifras – em geral representadas pela primeira letra de cada palavra do texto, ou por até três letras de cada palavra – enquanto que outros apresentam uma combinação de cifras e de palavras.

54 Um Irmão mais experiente, designado para dar instruções ao Aprendiz.

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4. Seu Irmão Sênior é o Irmão John P. Jones (Rua Principal, 111, Centerville, Maine 04046, 207-943-2331). Entre em contato com ele se tiver alguma pergunta ou precisar de ajuda em sua lição. 5. Seus direitos e privilégios na Loja são limitados até que se torne um Mestre Maçom. Como Aprendiz Maçom você não poderá freqüentar a sessão da primeira quinta-feira de cada mês, porque as sessões ordinárias são abertas no Terceiro Grau, o de Mestre Maçom 55. Será bem-vindo a todas as atividades da Loja não restritas aos Mestres Maçons. Você não pode visitar qualquer outra Loja, salvo para assistir a uma Iniciação. Sua presença será aguardada em nossa Loja sempre que houver uma Iniciação, mas não quando houver sessões do Segundo ou Terceiro Graus. Leia o boletim da Loja que lhe será enviado, e compareça pontualmente nas datas apropriadas. 6. Como já sugeri anteriormente, lembre-se de convidar amigos e parentes que saiba serem Mestres Maçons para visitar a Loja Boaz, especialmente nas noites em que você colará um grau. Nós recebemos cordialmente os visitantes, e todo Maçom considera uma cortesia ser convidado quando alguém que ele conhece vai colar um grau. 7. Finalmente, entenda que todas as regras e regulamentos, tal como as que me referi, foram estabelecidas com uma finalidade, e que todos os Maçons que o antecederam se sujeitaram aos mesmos procedimentos. Não hesite em fazer as perguntas que possam surgir – a seu Irmão Sênior, a

55 Nos EUA as Lojas somente funcionam nos Graus de

Aprendiz e Companheiro para as sessões de iniciação e elevação. Os interstícios, contudo, são bastante breves.

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qualquer Oficial ou a qualquer membro da Loja – mas, acima de tudo, lembre-se de que estou a seu lado, no telefone mais próximo, e sempre disponível para consultas e conselhos. 8. Muito em breve você será convidado para comparecer a uma revisão e discussão informal sobre seu Grau. Por favor, sinta-se à vontade na reunião para levantar qualquer questão sobre a Maçonaria ou sobre o Grau de Aprendiz Maçom. Boa sorte em seu progresso no trabalho Maçônico. Aguardo ansiosamente a ocasião em que poderei apertar sua mão como um Mestre Maçom, e recebê-lo como membro pleno da Loja Boaz. Fraternalmente, Hiram Drummond Venerável Mestre MODELO DE CARTA n. 6: VENERÁVEL MESTRE PARA A ESPOSA DO NOVO APRENDIZ LOJA BOAZ, n. 59 Prezada Senhora Greenleaf: Seu marido recebeu seu Primeiro Grau na Fraternidade Maçônica. Agora ele é um Aprendiz Maçom e a Sra. a mulher de um Maçom. Ainda que a Sra., pessoalmente, não seja parte de nossa organização, aqui estão certas informações que poderão ser úteis no futuro. Ao mesmo tempo, são assuntos de interesse geral sobre a Maçonaria, e pensamos que gostaria de ser informada sobre eles. QUANDO E COMO COMEÇOU?

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A Fraternidade dos Maçons Livres e Aceitos é a mais antiga, maior e mais amplamente conhecida organização fraternal do mundo. Ela tem suas raízes na antiguidade e é descendente direta das associações dos “maçons operativos”, os construtores das catedrais da Idade Média, que viajavam pela Europa empregando suas habilidades em sua arte. A organização, tal como a conhecemos hoje, teve início na Inglaterra, em 1717, quando a construção de catedrais estava em declínio e os “maçons operativos”, ou “pedreiros livres”, como são conhecidos, passaram a aceitar membros que não exerciam o ofício de pedreiro, chamando-os de “maçons especulativos” ou “maçons aceitos”. A Maçonaria foi trazida para os Estados Unidos por nossos primeiros colonizadores 56. Hoje, existem 194 Lojas Maçônicas no Maine, com um total de 28.000 membros. Ao redor do mundo são aproximadamente cinco milhões de Maçons, sendo que perto de três milhões deles se encontram nos Estados Unidos. QUAL É O PROPÓSITO DA MAÇONARIA? O propósito básico é “tornar ainda melhores os homens bons”; melhores pais, melhores maridos, melhores irmãos e filhos. Tentamos dar ênfase ao indivíduo pelo fortalecimento de seu caráter, melhorando sua perspectiva moral e espiritual, e ampliando seus horizontes. Tentamos construir um mundo melhor, construindo homens melhores para trabalhar em suas comunidades.

56 O mesmo ocorreu no Brasil.

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O ingresso está limitado aos homens adultos que possam reunir reconhecidas qualificações e padrões de caráter e reputação. A MAÇONARIA É UMA ORGANIZAÇÃO SECRETA OU UMA RELIGIÃO? A resposta é não. Uma organização secreta é aquela que oculta seus membros, que se reúne em locais secretos, e que esconde do público sua organização e seus princípios. Essa descrição não se aplica à Maçonaria. Nossos segredos são muito poucos e dizem respeito a métodos de reconhecimento pessoal, alguns detalhes de nossos Graus, e à privacidade do voto de cada membro. A Maçonaria não é uma religião, ainda que tenha algum caráter religioso. Cada candidato ao ingresso na Maçonaria deve expressar sua crença e f’é em Deus. A Maçonaria não toma o lugar da religião. Ela acentua o compromisso pessoal e o envolvimento de cada membro na comunidade religiosa escolhida por cada um. O QUE SÃO OS GRAUS? A lições na Maçonaria são dadas em nossas Lojas Maçônicas em três estágios separados. Os Graus, em ordem, são: Aprendiz Maçom (primeiro grau), Companheiro Maçom (segundo grau), e Mestre Maçom (terceiro grau). Cada um deles contém a moral e a filosofia Maçônicas numa lição única, incomparável, planejada para produzir forte impacto e influência no homem que recebe o grau. O QUE SÃO OS AVENTAIS MAÇÔNICOS? O avental simbólico era usado pelos maçons operativos para protegê-los das pedras ásperas e das ferramentas. Atualmente ele é um emblema de

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distinção fraternal. Ele representa a pele branca do cordeiro, um símbolo da inocência. O avental pode ser decorado, designando um cargo ou reconhecimento especial. Todos são, no entanto, uma honrosa demonstração de que seu portador é membro de nossa Fraternidade mundial. O QUE SIGNIFICAM OS SÍMBOLOS MAÇÔNICOS? O símbolo Maçônico mais amplamente conhecido é aquele formado por um esquadro e um compasso sobrepostos, com uma letra G no centro. O Maçom o usa para se lembrar de sua obrigação em relação às lições aprendidas em sua Loja, e para demonstrar sua condição a outros Maçons e a todas as pessoas. Os símbolos Maçônicos têm vários significados, alguns diretamente relacionados às ferramentas usadas pelos Maçons Operativos e outros, representam a necessidade de ordem e direção na vida. A letra G representa Deus 57, o Supremo Arquiteto do Universo. QUANDO TÊM LUGAR AS REUNIÕES? As Lojas se reúnem em sessões mensais regulares, chamadas sessões “ordinárias” ou “econômicas”, e em outros dias em que seja necessário para a condução de seus negócios. Ainda que a presença de cada Maçom seja seriamente solicitada, nada é planejado de modo que a Loja possa interferir em seu trabalho ou em suas obrigações para com sua família ou sua religião.

57 Para ingleses e norte-americanos esse é o significado mais

evidente da letra G. Todavia, esta letra também tem outros significados, como Geometria, Gnose, etc.

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Seu marido investiu tempo e dinheiro para se juntar à nossa Fraternidade. Ele terá o melhor com a participação freqüente em nossas deliberações e eventos. Esperamos que a Sra. aprove e o encoraje a comparecer regularmente, e esperamos ainda que também se junte a nós, sempre que possível, para as atividades abertas aos convidados. EU POSSO CONTATAR ALGUÉM SE MEU MARIDO ESTIVER DOENTE OU HOSPITALIZADO? Se algum membro de nossa Loja adoecer, nós queremos ficar sabendo. A Sra. pode telefonar para o Venerável Mestre ou para o Secretário desta Loja. Seu marido integra uma organização que quer ajudá-lo, e a Sra. também, quando for necessário, e nós precisamos de sua colaboração para fazer isso. COMO POSSO PARTICIPAR? São muitas as oportunidades de participação ativa e de associação a qualquer das numerosas organizações femininas ligadas à Maçonaria. A Sra. será encorajada a participar de muitas atividades da Loja. Amigos e familiares não ligados à Maçonaria também podem participar de muitos de nossos programas. Esperamos que se sinta orgulhosa por seu marido ter se tornado um membro da mais antiga e melhor fraternidade mundial. Seja bem-vinda como “Senhora de um Maçom” 58. Sinceramente, Hiram Drummond

58 Entre nós, por força de um costume que não existe nos EUA,

as mulheres dos Maçons são chamadas de “cunhadas”.

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Venerável Mestre MODELO DE CARTA n. 7: VENERÁVEL MESTRE PARA O NOVO COMPANHEIRO LOJA BOAZ, n. 59 Prezado Ir. Greenleaf: Agora que foi elevado ao grau de Companheiro Maçom, novamente tenho o prazer de cumprimentá-lo por seu progresso na Maçonaria. Somente mais um passo será necessário até que você atinja a plenitude como membro da Loja Boaz. Como você sabe, nosso instrutor de candidatos é o Ir.: John P. Jones. Entre em contato com ele e agende já sua instrução do Segundo Grau, aliviando-o assim da responsabilidade de cuidar que você se envolva com esse necessário trabalho. Com respeito à freqüência, você está convidado, agora, para comparecer à Loja em todas as sessões do Primeiro e do Segundo Graus. Não ainda, é claro, para as sessões do Terceiro Grau. Você será bem-vindo às sessões ordinárias quando receber o Grau de Mestre Maçom. Espero que aproveite cada uma dessas ocasiões para se familiarizar com os membros de nossa Loja. Lembre-se de minhas sugestões sobre convidar parentes, colegas de trabalho e amigos que saiba serem Mestres Maçons, especialmente na noite em que receberá o Terceiro Grau. Será um fato marcante para seus convidados, e no futuro, quando olhar para trás, significará muito para você.

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Por fim, deixe-me salientar que o Primeiro e o Segundo Graus, ainda que impressionantes, simplesmente ajudam a prepará-lo para o grande passo – a cerimônia em que será elevado ao Sublime Grau de Mestre Maçom. Aguardamos, juntos, essa memorável ocasião. Fraternalmente, Hiram Drummond Venerável Mestre MODELO DE CARTA n. 8: VENERÁVEL MESTRE PARA O NOVO MESTRE MAÇOM LOJA BOAZ, n. 59 Prezado Ir. Greenleaf: Esta é a última da série de cartas que eu remeto a cada novo Irmão por seu progresso através dos graus Maçônicos. Novamente lhe ofereço minhas congratulações e lhe dou boas-vindas como Mestre Maçom e membro da Loja Boaz. Agora é hora de considerar o futuro de suas ações na Maçonaria. Como você sabe, a Maçonaria é uma ciência progressiva, que lhe reserva muitas outras lições inspiradas, que serão reveladas ao longo dos anos de sua atividade na Loja. O privilégio de servir como Venerável Mestre me trouxe novas experiências, e com elas um profundo conhecimento da Maçonaria. Esta é uma contínua e enriquecedora filosofia. Primeiro, é claro, prepare-se para seu exame final de proficiência no Grau de Mestre Maçom. Sugiro que inicie logo a memorização do trabalho do

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grau, o que é mais fácil de se fazer enquanto ele está fresco em sua mente. Em segundo lugar, dê uma olhada nos muitos caminhos que levam à participação nas atividades da Loja Boaz, encontrando as áreas que mais lhe agradam. Aqui estão muitos dos meios de servir e ajudar: um período de trabalho na Comissão dos Mordomos, servindo os Irmãos que serviram você; aprendendo a participar dos vários aspectos dos trabalhos dos graus; ajudando a Loja com sua freqüência às sessões ordinárias e especiais; visitando um Irmão doente; trazendo sua esposa, familiares e amigos a nossas atividades sociais; estudando e pesquisando sobre a Maçonaria; e, o que é de especial importância, compartilhando a boa amizade entre os Irmãos, proporcionada pela Loja. Espero que marque sua carreira Maçônica com sabedoria e humildade, e que possa experimentar as recompensas que merecer.

Fraternalmente, Hiram Drummond Venerável Mestre MODELO DE CARTA n. 9: SEGUNDO VIGILANTE PARA O NOVO MESTRE MAÇOM LOJA BOAZ, n. 59 Prezado Ir. Greenleaf: Gostaria de cumprimentá-lo novamente, por ter se tornado Mestre Maçom. Como você já sabe, em nossa Loja isso o coloca automaticamente na

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Comissão do Segundo Vigilante. Não se trata apenas de uma obrigação, mas de uma oportunidade. Por seu trabalho nessa Comissão você se familiarizará com os membros da Loja, e estes o conhecerão melhor. Assim que três novos Irmãos se tornarem Mestres Maçons você deixará a Comissão. Imagino que tenha outras obrigações e que nem sempre estará disponível. Gostaria que me telefonasse nessas ocasiões, e em especial, nas noites das sessões da Loja, onde contamos com sua presença. Espero vê-lo sempre. Fraternalmente, Reddy Meals Segundo Vigilante MODELO DE CARTA n. 10: VENERÁVEL MESTRE PARA O NOVO MESTRE FILIADO À LOJA LOJA BOAZ, n. 59 Prezado Ir. Curtis: É com sincero prazer que lhe dou boas-vindas à família da Loja Boaz, como novo filiado. Com esta carta lhe estendo a mão da amizade e o convido a tomar parte de todos os negócios e atividades de sua nova Loja. Como já deve ter descoberto, a Loja Boaz é forte pelos laços entre seus membros, e sei que você encontrará muitas recompensas por sua participação, tanto no Templo quanto fora dele.

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Sinta-se sempre à vontade para me ligar por alguma ajuda que eu possa lhe dar, e espero que não hesite em me oferecer qualquer conselho ou sugestão. A Loja cresce pela contribuição pessoal de cada membro. Novamente, em nome dos Oficiais e membros, seja bem-vindo.

Fraternalmente, Hiram Drummond Venerável Mestre MODELO DE CARTA n. 11: SECRETÁRIO PARA O NOVO MESTRE FILIADO À LOJA LOJA BOAZ, n. 59 Prezado Ir. Curtis: Tenho a satisfação de informá-lo que seu requerimento de filiação foi deferido pela Loja Boaz n. 59, em sessão ordinária do dia 13 de maio de 1997. O próximo passo consiste em sua assinatura em nosso Regimento Interno. Assim que isso ocorrer você será oficialmente um membro da Loja Boaz, e receberá o cartão das taxas do corrente ano. Nossa próxima sessão será no dia 10 de junho de 1997, às 19:30 horas. Nessa oportunidade você poderá subscrever o Regimento Interno. Eu, então, enviarei a carta de demissão à Loja Retângulo n. 73, de Niantic, Connecticut. A Loja Boaz realiza suas sessões econômicas na segunda quinta-feira de cada mês, exceto em julho e agosto. Mais uma vez, seja bem-vindo, e realmente espero que aproveite a vida de nossa Loja.

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Sinceramente, John Anagnostis Secretário MODELO DE CARTA n. 12: SECRETÁRIO PARA O NOVO MESTRE FILIADO, QUE NÃO DEIXARÁ A LOJA ANTERIOR LOJA BOAZ, n. 59 Prezado Ir. Ridlon: Tenho a satisfação de informá-lo que seu requerimento de filiação foi deferido pela Loja Boaz n. 59, em sessão ordinária do dia 13 de maio de 1997. O próximo passo consiste em sua assinatura em nosso Regimento Interno. Assim que isso ocorrer você será oficialmente um membro da Loja Boaz, e receberá o cartão das taxas do corrente ano. Nossa próxima sessão ocorrerá no dia 10 de junho de 1997, às 19:30 horas. Nessa oportunidade você poderá subscrever o Regimento Interno. A Loja Boaz realiza suas sessões econômicas na segunda quinta-feira de cada mês, exceto em julho e agosto. Mais uma vez, seja bem-vindo, e realmente espero que aproveite a vida de nossa Loja. Sinceramente, John Anagnostis Secretário MODELO DE CARTA n. 13: VENERÁVEL MESTRE PARA MEMBRO EM ATRASO COM SUAS CONTRIBUIÇÕES

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LOJA BOAZ, n. 59 Prezado Ir. Oweing: Nosso Secretário me comunicou que suas contribuições para 1995 e 1996 estão em atraso. Preciso falar com você sobre isso. A falta de pagamento das contribuições cria um problema para nossa Loja. Espero que não tenha perdido o interesse. Nós o valorizamos como Irmão e como membro da Loja Boaz. Se estiver em dificuldade, nós podemos discutir o assunto. Por favor, entre em contato comigo.

Fraternalmente, Hiram Drummond Venerável Mestre MODELO DE CARTA n. 14: VENERÁVEL MESTRE PARA A VIÚVA DE UM IRMÃO LOJA BOAZ, n. 59 Prezada Sra. Greenleaf: Escrevo para lhe agradecer por ter pedido aos Irmãos da Loja Boaz que conduzissem o funeral de nosso Irmão Simon. Seu marido foi um valoroso membro em nossa Loja. Seu chamado para o funeral teve grande significado. Queremos que saiba que a Sra. estará sempre em nosso pensamento nas próximas semanas e meses. Se pudermos fazer alguma coisa pela Sra., sinta-se à vontade para me telefonar. Sinceramente,

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Hiram Drummond Venerável Mestre

SEÇÃO 10

COMO TORNAR SEU BOLETIM MAIS INTERESSANTE

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A comunicação é necessária para uma vida bem-sucedida e para uma Loja bem-sucedida. Para ser efetivo, um empregador deve se comunicar claramente com seus empregados, um pai com suas crianças, e um Venerável Mestre com seus Oficiais e membros de sua Loja. O boletim é a ferramenta de comunicação essencial para o Venerável Mestre. Ele atinge 100% dos membros, tanto aqueles que são ativos e participam das atividades da Loja, quanto aqueles que não comparecem a qualquer das atividades. Para muitos membros é o único contato que eles têm com sua Loja e que os faz se sentir como membros ativos. A. A APARÊNCIA DO BOLETIM O boletim projeta a imagem da Loja a seus membros e, talvez o que possa ser mais importante, àqueles que não integram seu quadro de Irmãos. Nunca se sabe quem pegará uma cópia de seu último boletim, e após lê-lo, seguirá com uma impressão da Maçonaria e de sua Loja. Essa impressão pode ser favorável ou desfavorável, dependendo da qualidade dos textos e da aparência geral do boletim. Como é o visual de seu boletim? Como ele pode ser melhorado? Lance um olhar crítico a seu boletim atual. Ele é grande ou pequeno? Ter um boletim grande significa que mais coisas podem ser colocadas nele. Mas, ao mesmo tempo, o conteúdo dos artigos fica prejudicado quando se tem de

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preencher aqueles grandes espaços. De outro lado, um formato grande dá a oportunidade de usar letras maiores – o que facilita a leitura para seus Irmãos mais velhos. Gostaria de usar fotografias no boletim? Isso custa mais dinheiro, mas há o velho ditado: “uma imagem vale mais que mil palavras”. Qualquer que seja sua decisão faça com que seu boletim tenha apelo visual e não se esqueça de que ele projeta a imagem de sua Loja. Conserve-o bem escrito. B. IDÉIAS PARA ARTIGOS Existem muitas fontes disponíveis – quase em todo lugar para onde você olhar! Boletins anteriores de sua própria Loja ou de outras; algum periódico ou o boletim de sua Obediência; revistas; seleções de Reader’s Digest; jornais locais; e outras, que podem fornecer inspiração. Publicações dos Corpos Anexos e Concordantes, como a Jurisdição Norte do Rito Escocês Antigo e Aceito 59, ou os Cavaleiros Templários do Rito de York, etc., também são excelentes fontes de idéias. Livros Maçônicos de sua biblioteca pessoal, da biblioteca local ou da biblioteca da Grande Loja são outras fontes possíveis. Além destas, há, ainda, as Lojas de Pesquisas, que todo mês publicam muito material em livros que você pode comprar ou emprestar, e que podem ser usados sempre. As anotações que você pode fazer durante suas atividades maçônicas e não-maçônicas são uma

59 Nos EUA funcionam dois Supremos Conselhos do Rito

Escocês Antigo e Aceito, o da Jurisdição Norte e o da Jurisdição Sul.

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fonte menos óbvia. Olhe a sua volta que certamente encontrará muitas outras fontes 60. Para copiar um artigo ou parte dele você deve obter permissão do autor, e em muitos casos também do editor. Provavelmente você terá facilidade para obter permissão de autores Maçons. Mesmo assim, peça a permissão deles. E se isso não for possível? Bem, você não precisa usar o artigo diretamente. Ao invés disso, use a idéia do artigo. Não é necessário ter permissão para usar a mesma idéia quando você o faz com suas próprias palavras. Então, reescreva o artigo usando apenas a idéia nele contida. Este método pode ser usada de muitas maneiras. Use sua imaginação. Lembre-se: para usar citações diretas você deve ter permissão; para usar suas próprias palavras, não. C. QUANDO COMEÇAR A COLECIONAR IDÉIAS Quando você deve começar a colecionar artigos e idéias para seu boletim? O mais rápido possível. Inicie quando você for Segundo Vigilante, ou antes. Por que? Alguns artigos que você pode querer usar costumam ser publicados em épocas certas. Podem surgir muito tempo após a data em que você precisou deles. Por exemplo, artigos sobre o aniversário de George Washington61 normalmente aparecem somente uma vez por ano, em fevereiro. Se você esperar até o ponto de precisar desse artigo, ele não será publicado em seu boletim de fevereiro, que

60 Experimente a internet e os websites maçônicos. 61 O líder da independência dos EUA, e seu primeiro

Presidente, também foi Maçom ativo.

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deverá ser escrito e enviado ao editor do boletim no mês de janeiro. Colecione antecipadamente e tenha o cuidado de juntar duas ou três vezes a quantidade que você realmente usará. Algumas idéias não lhe parecerão tão boas quando forem revistas. D. ORGANIZAÇÃO O melhor caminho para organizar os itens para os artigos de seu boletim é recortar e colar os artigos de jornais e revistas em fichas. Para os livros ou revistas que você não quer ou não pode recortar, primeiro faça uma cópia, e então a recorte e cole na ficha. Se levar algumas fichas quando for a uma atividade maçônica, tome notas diretamente nelas, e poderá usar essas notas quando voltar para casa. Arquive suas fichas por tópicos ou por temas. Por exemplo, o aniversário de George Washington, Dia dos Namorados, Dia da Independência, Ordem Paramaçônica para jovens, artigos de educação Maçônica, etc. Logo após a Reunião Anual da Grande Loja, quando você tiver completado seu planejamento anual como Primeiro Vigilante, comece a preparar suas idéias para os artigos dos próximos boletins. Separe os artigos e idéias que você colecionou em arquivos mensais, montados conforme os temas mensais estabelecidos em seu plano anual. Por exemplo, se para o mês de fevereiro você planejou um jantar dançante, artigos ou idéias sobre os namorados podem ser publicados no boletim daquele mês. Em maio, se você decidiu homenagear os

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fundadores, artigos sobre a história da Loja ou da cidade podem ser apropriados. Se em junho haverá uma ida a um estádio de futebol e você não é um cronista esportivo, será uma boa hora para usar artigos sobre Educação Maçônica – tais como “de onde veio a expressão ‘encontre-me no nível’”, ou “’porque o Venerável Mestre usa um chapéu alto’”62 ? E ter uma boa idéia que não estava nos planos também ajudará na escolha de seus artigos. Quando terminar de escolher os artigos e idéias que colecionou, você terá muito mais do que precisa. Passe os arquivos excedentes a seu Segundo Vigilante ou Segundo Diácono. Estes artigos o ajudarão a dar início a sua própria coleção, e em pouco tempo a Loja possuirá um expressivo arquivo de pesquisas. E. A MENSAGEM DO VENERÁVEL MESTRE Os Veneráveis Mestres tem dado diferentes prioridades à redação da “Mensagem do Venerável”63. Alguns a encaram como uma oportunidade de manter contato com os membros da Loja e de lhes apresentar suas idéias. Outros sentem que isso é a pior coisa que lhes poderia ter acontecido, e passam a tarefa de escrever seus artigos ao Secretário da Loja ou a outro Irmão. Não há nada de errado em usar um Editor ou uma Comissão para editar e escrever o boletim, mas o

62 Nas Lojas Simbólicas dos EUA, o Venerável Mestre sempre

usa chapéu. 63 Coluna do boletim da Loja redigida pelo Venerável Mestre.

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Venerável Mestre deve escrever pessoalmente sua coluna. Essa tarefa não pode ser delegada. O Venerável Mestre tem a obrigação de se comunicar com sua Loja. Então, se não há outro jeito, o que você pode fazer para facilitar as coisas? O parágrafo acima – Organização – já lhe deu algumas idéias que podem ser usadas para tornar mais fácil seu trabalho. Seguem algumas idéias adicionais: 1. Para o primeiro boletim use seu planejamento anual. Mostre seus planos para o próximo ano. Deixe todos verem o que você planejou, até mesmo as datas marcadas. Use seu planejamento anual, também, para obter novas idéias para o mês, como sugerido acima. 2. Você pode escrever sobre importantes eventos que a Loja realizará, como uma noite em homenagem às mulheres, ou sobre o “Prêmio Maçom do Ano” 64. Ou, ainda, sobre a homenagem aos ex-Veneráveis. Mas deixe para outros a narrativa dos eventos mensais da Loja. 3. Homenageie Irmãos que prestam serviços comunitários, por exemplo, aquele que foi líder dos escoteiros por muitos anos, o presidente do Rotary Club local, ou o Irmão que lidera a Ordem do Arco Íris ou a Ordem DeMolay. 4. Preste homenagem aos jovens líderes da Ordem DeMolay ou da Ordem do Arco Íris. Apresente uma biografia dos líderes e uma história daquele grupo de jovens.

64 Prêmio dado anualmente pelas Lojas da Grande Loja do

Maine a um Irmão do Quadro.

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5. Esclareça os Irmãos com alguma educação Maçônica. Escreva um artigo do tipo “O que é isso?”, ou “De onde veio isso?”. Por exemplo, de onde vem o “azul” na expressão “Loja Azul”? As possibilidades são infinitas. 6. Use artigos apropriados para a época. Por exemplo, o aniversário de George Washington, o Dia da Independência, Dia dos Namorados, Dia das Mães, ou as Eleições (Você não deve falar sobre quem está concorrendo, mas pode encorajar os leitores a votar. Lembre-os de que votar é um privilégio e uma obrigação). Mas, em tudo o que escrever, seja otimista, entusiasta e informativo. Não há um caminho mais rápido para espantar os Irmãos do que bombardeá-los mês a mês, com uma nota de culpa pela falta de frequência à Loja. Diz o velho ditado, “O mel atrai mais abelhas do que qualquer vinagre”. F. COLABORADORES PARA O BOLETIM Como Venerável Mestre você pode escrever sozinho todo o boletim, mas estaria melhor se recrutasse alguma ajuda. Dois auxiliares naturais são o Primeiro e o Segundo Vigilantes. É uma boa experiência que lhes dará alguma preparação para quando chegar a vez deles de dirigir a Loja. Cuide para que suas atribuições sejam claras: não será se cada um deles escrever sobre o mesmo tópico. O Primeiro Vigilante pode escrever sobre os graus que serão conferidos no próximo mês ou dar uma descrição resumida do mais novo Mestre Maçom. O Segundo vigilante pode escrever sobre a

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programação do mês anterior, dando uma breve visão geral dos eventos e mencionando como foi bom poder dar boas-vindas novamente àqueles Irmãos (cujos nomes deve mencionar) que estavam um pouco ausentes da Loja. Também pode falar sobre a programação do próximo mês, no tocante às festividades ou aos jantares. Se os Vigilantes também atuarem como presidentes de alguma Comissão, é uma boa oportunidade para relatar a todos os Irmãos o que sua comissão tem feito. O Secretário também pode escrever alguns artigos relativos aos membros, obrigações pecuniárias, e informações a título de lembretes. Ele também pode escrever uma “coluna do Secretário”, falando sobre os membros da Loja que se mudaram para outras localidades ou estão viajando. Também valem artigos variados sobre saúde, obituários, calendário mensal de eventos, uma descrição resumida de seus Oficiais (somente uma vez, por favor), e uma relação semestral de suas atividades. Esta lista de artigos é interminável. G. DETERMINAÇÃO DE DATA LIMITE PARA A IMPRESSÃO Este é um ponto crítico para que o boletim chegue aos membros da Loja no tempo certo. Se chegar após os eventos terem ocorrido você frustrará os leitores e terá desperdiçado tempo, esforços e dinheiro valiosos. Fixar data limite é uma forma de garantir a chegada oportuna de seu boletim. Veja aqui o desenvolvimento de um cronograma:

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1. Relacione as tarefas envolvidas na produção e distribuição do boletim. Estas tarefas podem incluir a redação dos artigos, organização do conteúdo, impressão, preparação para remessa ao correio, e a entrega do boletim pelo correio aos destinatários em tempo de ser lido antes das atividades nele referidas. 2. A seguir, determine quantos dias cada tarefa exigirá. Então, comece com a primeira sessão do próximo mês, e trabalhe retroagindo. Por exemplo, se a primeira sessão do mês seguinte ocorrerá no dia 6 de março, o cronograma terá esse dia como data final, e você deverá contar retroativamente os dias no mês de fevereiro. 3. Demarque os dias que cada tarefa exigirá, começando pela última, indo até a primeira. No exemplo acima, poderá ser necessário iniciar a redação dos artigos do boletim no dia 3 de fevereiro. Todos os artigos deverão estar terminados e prontos para serem organizados até 10 de fevereiro, e assim sucessivamente com a demais tarefas. Você, é claro, deve estabelecer seu próprio cronograma.

SEÇÃO 11

COMO MONTAR UM PLANO DE ALERTA TELEFÔNICO

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Muitas vezes o Venerável Mestre precisa se comunicar rápida e diretamente com os membros da Loja. Essas ocasiões incluem funerais, um jantar público, ou algum outro evento da Loja sobre o qual ele gostaria de informar pessoalmente cada Irmão. Pode não ser possível manter contato pessoal com cada membro, mas com um bom plano de alerta telefônico ele poderá fazê-lo. Estes são os passos: Primeiro, identifique os membros que residem na cidade, que gostariam de ser chamados e que têm condições de comparecer aos eventos. Segundo, escolha um presidente para a comissão de alerta telefônico. Terceiro, relacione um membro da comissão para cada dez Irmãos que você gostaria que fossem contatados. Quarto, dê a cada membro da comissão de alerta uma lista dos dez Irmãos a quem deverá telefonar. Cada membro deverá manter essa lista em sua carteira. Veja o esquema do plano:

Venerável Mestre |

presidente da comissão |

____________________________________ | | | |

membro membro membro membro | | | | 10 nomes 10 nomes 10 nomes 10 nomes

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Como forma de controle, para verificar se cada membro da comissão está fazendo seu trabalho regularmente, mantenha um dos oficiais ou Irmão com freqüência regular na lista de cada membro da comissão. Se ele não receber seu telefonema em tempo, poderá avisar o Venerável Mestre ou o presidente da comissão de alerta telefônico. O Venerável Mestre recebe dados de seus Vigilantes, Secretário e dos presidentes das várias comissões da Loja, e a partir deles determina o que será informado por telefone. Ele passa essa informação ao presidente da comissão de alerta telefônico, que ligará para cada membro da comissão; estes, por sua vez, telefonarão aos Irmãos de sua lista. Informações dos Irmãos, tais como uma doença, a necessidade de transporte para uma reunião, futura mudança de endereço, etc., podem ser dadas ao presidente da comissão, que a repassará ao Venerável Mestre ou ao Secretário. O esquema do plano acima pode ser ampliado ou reduzido conforme o tamanho de sua Loja. O presidente da comissão de alerta telefônico pode ser um dos oficiais da Loja.

SEÇÃO 12

COMO FAZER UMA BOA REUNIÃO

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Reuniões, reuniões e mais reuniões, isso é tudo o que tenho de fazer como Venerável Mestre? É função primária do Venerável Mestre solicitar o apoio e a deliberação de seus Oficiais e demais Irmãos, numa reunião adequadamente administrada. Não é necessário dizer que sua efetividade no Oriente será muito intensificada se você gerenciar suas reuniões de forma apropriada. Ao contrário, sua Loja sofrerá se você falhar na execução desse importante elemento de sua responsabilidade como líder. São muitos os tipos de reuniões. Algumas pequenas, com pessoas ou comissões, e outras grandes, como as sessões econômicas (ou ordinárias) e as sessões magnas dos graus. Os princípios de gerenciamento de reuniões, entretanto, não variam. Comece na hora marcada, prepare e siga uma agenda, seja imparcial e tome as decisões necessárias, conforme a Constituição, o Regimento de sua Loja, e as regras de ordem, e finalmente, sempre termine na hora prevista. Uma reunião adequadamente planejada e executada produz boa participação. Uma reunião que não preencha esses requisitos levará ao resultado oposto. Para o propósito desta discussão, as reuniões serão divididas em três categorias: sessões econômicas (ou ordinárias), sessões magnas para a colação dos graus, e reuniões das comissões.

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A. SESSÕES ECONÔMICAS 65

A sessão econômica é o fórum primário para a condução dos negócios da Maçonaria. Você pode tomar decisões, as comissões podem se reunir e deliberar sobre determinado assunto, mas nada estará definitivamente resolvido até que seja apreciado e votado pelos Irmãos numa sessão econômica. Então, e somente então, é que as decisões podem ser consideradas como política e prática da Loja. Um Venerável Mestre inteligente conseguirá exergar os limites de sua autoridade e buscará aprovação, pelo voto dos membros da Loja, ante de proceder a qualquer nova política ou prática. Mesmo que se trate de um assunto insignificante, os Irmãos se sentirão ofendidos se não forem consultados. Suas sessões econômicas são de suma importância. Se usá-las a seu favor, você será bem-sucedido.

65 A legislação maçônica e o vigente Ritual do Grande Oriente

do Brasil falam em “sessão ordinária”. Sobre o assunto refere José CASTELLANI: “Erro pior desse Ritual foi fazer concessão à ‘enormidade’ que a Assembléia Federal Legislativa cometeu, de passar a denominar ‘ordinárias’ as Sessões Econômicas, já que este é o título tradicional, pois, nestas Sessões, as Lojas tratam de sua economia interna, ou seja, de sua parte administrativo-financeira. Alguns ‘luminares’ legisladores, crendo numa demonstração de incomensurável ignorância, que ‘econômico’ refere-se apenas a metais, cometeram esse erro crasso. E o Ritual, lamentavelmente, acompanhou.” (“Consultório Maçônico IX”, p. 137, Ed. A Trolha, 2004). Por ser tradicional na Maçonaria brasileira, mantivemos na tradução a expressão “Sessões Econômicas”.

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1. A Sessão Econômica como um Evento Uma simples linha no boletim, “Sessão Econômica – Quinta-feira, 6 de julho, às 19:30 hs”, é totalmente inadequada para inspirar os Irmãos a comparecer e participar. Cada sessão econômica deve ser promovida como um evento que não será esquecido. Algo importante, interessante e excitante são os ingredientes para um bom programa noturno. Planeje e desenvolva noites interessantes e as promova amplamente. Você pode pensar em designar um presidente e uma pequena comissão para cada sessão econômica. Isso dará a outros um senso de envolvimento e, se a incumbência couber a um dos Oficiais mais novos, isso lhe dará treinamento e experiência vitais. Comece com um jantar para os Irmãos, suas famílias e mesmo algum convidado 66. Uma boa refeição a um preço razoável sempre atrai mais membros. Complete seu jantar com um programa de atividades, por exemplo, palestrantes convidados, prêmios, etc. Sempre haverá algum programa que atrairá o interesse ou encorajará outros a sentirem a obrigação de comparecer. Todos sentirão que devem comparecer, não se esquecerão e não deixarão de tomar parte de alguma coisa importante. Prossiga com seu programa, passe para o Templo, mas providencie atividades adicionais para as mulheres e convidados que ficaram no salão de festas. 2. Planejando uma Sessão Econômica

66 Os americanos, normalmente, jantam cedo. Assim, em

muitas Lojas, há jantar antes do início das sessões.

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Antes de cada sessão econômica, planeje sua agenda para os assuntos que serão tratados. Não deixe o planejamento da agenda para outros, como o Secretário por exemplo. As sessões econômicas são suas e devem ser planejadas e executadas por você, pessoalmente, com o auxílio de outros. Delegar essa responsabilidade permitirá que outros estabeleçam as prioridades dos negócios, reduzindo severamente sua autoridade. Você é o chefe. Organizada a agenda, publique os tópicos dos assuntos da próxima sessão no boletim, para atrair o interesse dos Irmãos. Deixe que conheçam os assuntos que serão tratados, quais decisões serão tomadas, e talvez, isso desperte interesse e os faça comparecer. Outro importante item a ser considerado: deixe cópias de sua agenda na entrada do Templo para que cada Irmão tenha uma para referência. Todos agora estão informados da ordem dos trabalhos e podem se sentir envolvidos. 3. Comece na hora marcada e termine no tempo certo O Regimento de sua Loja estabelece o horário de início das sessões econômicas. O horário de início é específico. Uma reunião não deve ser iniciada nem antes nem depois do horário marcado. Reuniões que começam na hora certa terminam em tempo. Reuniões que começam com atraso, também terminam atrasadas ou os assuntos são apressada e pobremente discutidos. Se as reuniões começarem com atrasos, você pode contar com um declínio na freqüência. Quando o relógio indica a hora marcada, o malhete deve soar.

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4. Não abandone a agenda A ordem dos trabalhos está claramente esboçada no Manual dos Oficiais 67 – siga-a. Conduza seus assuntos na seqüência fixada, e verá que as decisões serão tomadas e ainda sobrará tempo para um convívio informal após a reunião. Os Irmãos poderão ir embora num tempo razoável. Uma reunião que demore aproximadamente uma hora pode ser suficiente para se tratar dos assuntos pendentes 68. Qualquer coisa prolongada, de forma rotineira, resultará em redução na participação. B. SESSÕES MAGNAS As sessões magnas de iniciação, elevação e exaltação têm vital importância para o sucesso ou fracasso de sua Loja. A primeira impressão que você e sua Loja deixam a um candidato é aquela que decorre do modo pelo qual são conferidos os graus da Maçonaria. Ante os propósitos desta publicação, não nos estenderemos sobre o ritual. Contudo, você bem sabe da importância da execução apropriada do ritual para dar uma primeira impressão positiva e permanente. Essa primeira impressão durável pode ser enormente ampliada pela proficiente

67 No Brasil, com exceção do Emulation Ritual, a ordem dos

trabalhos está prevista no ritual. 68 No dia-a-dia de nossas Lojas perdemos muito tempo com

assuntos de menor interesse, meras comunicações que poderiam ser feitas por escrito, através do boletim da Loja ou de uma correspondência especial.

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organização, planejamento e execução daquelas sessões de sua Loja: 1. Orientação A orientação de um novo Maçom começa após sua iniciação em nossa fraternidade. Uma simples carta ou uma conversa é suficiente para dar a ele e sua família as informações necessárias sobre o que se espera dele durante o processo em que se tornará um membro pleno de sua Loja. Após a aprovação e antes de sua iniciação, marque uma reunião com o candidato e sua família para discutir exatamente o que vai acontecer com ele e quais são as expectativas de sua Loja. Ele deverá ser inteiramente informado sobre o processo, seus requisitos de proficiência, e a conduta e vestimenta adequadas para a Loja. Um candidato embarassado por um erro trivial é um candidato que pode jamais retornar. Após a reunião inicial e depois da cerimônia de iniciação, o treinador do candidato deverá instruí-lo, completando a educação do novo membro. Há muita informação disponível na Grande Loja para auxiliá-lo nesse esforço. Use-a. 2. Agendamento consistente Freqüentar a Loja é um dever que precisa estar entranhado nos Irmãos. A constância no agendamento de datas para as sessões magnas é desejável, havendo candidatos disponíveis, ou, ao menos uma prática, em dias selecionados, se não houver tantos candidatos. “Se é quinta-feira, deve haver uma sessão”. Esse deve ser o sistema de agendamento em cada Loja. Marcar sessões em

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noites e prazos diferentes confundirá os Irmãos e resultará em menor freqüência. Estabeleça um sistema e não o abandone, exceto em circunstâncias especiais. Seja sempre consistente! Ainda que nem sempre seja possível adotá-lo em todas as Lojas, segue um exemplo desse sistema: Primeira quinta-feira, Sessão Econômica Segunda quinta-feira, Iniciação Terceira quinta-feira, Elevação Quarta quinta-feira, Exaltação Se para determinado grau não houver sessão agendada para um mês em particular, deixe a noite vaga ou agende uma atividade adicional 69. Se houver necessidade de realizar mais de uma sessão em algum grau, utilize a noite vaga. Mantenha sua agenda e os membros de sua Loja saberão o que esperar. 3. Desempenhe seu papel em conjunto A primeira coisa a ser acertada com seus Oficiais a respeito das sessões magnas é que eles deverão lhe informar com antecedência, sempre que não puderem comparecer a uma sessão específica. Para a Loja é indesculpável quando o candidato já está aguardando e não estão presentes todos os Oficiais necessários para conferir adequadamente um grau. Montar rapidamente uma equipe para conferir um grau, imediatamente antes da sessão,

69 Nos EUA, em geral, cada Loja realiza uma única sessão

econômica ou ordinária por mês. Nos outros dias são realizadas as sessões magnas, e as reuniões de treinamento, indispensáveis, uma vez que não usam rituais escritos durante os trabalhos das Lojas.

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certamente fará o candidato duvidar da qualidade de sua organização. Os Oficiais não poderão estar presentes em todas as sessões. Reconheça esse fato da vida e se prepare para o inevitável. Mantenha uma lista de Irmãos que possam executar o ritual em cada cargo da Loja 70. Telefone antes de cada sessão e confirme pessoalmente com os Irmãos de sua lista se estarão presentes e prontos para participar. Os Oficiais deverão comparecer sempre e somente o avisarão quando isso não for possível. Você precisa manter uma lista dos membros que podem trabalhar no ritual em cada grau. Se ocorrer uma ausência, preencha-a com sua lista. Execute essa tarefa sempre antes de chegar à Loja. 4. Acolha seu novo Irmão Um cuidado especial deve ser tomado para garantir que o novo membro será pessoalmente recebido e apresentado a cada Irmão que estiver presente. Delegue essa tarefa de modo permanente a um de seus Oficiais. Seu Instrutor de Candidatos pode ser uma boa escolha para essa tarefa. O novo membro deve se sentir entre irmãos, e não no meio de estranhos. 5. Não se esqueça da família O dia da iniciação também é uma excelente oportunidade para a mulher do candidato se encontrar com os demais integrantes da Família Maçônica à qual estão se juntando. Faça dessa

70 No Brasil temos os Oficiais adjuntos, o que nem sempre

resolve o problema da ausência do titular.

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ocasião um evento completo, promovendo, noutro local, uma reunião com as mulheres de todos os Irmãos. Após a sessão, convide os Irmãos para irem até aquele local, para que eles também possam se encontrar e confraternizar com o novo membro e sua mulher. Eles poderão apreciar os novos amigos e, o mais importante, aprender as práticas e costumes da Loja e da Família Maçônica. Tente – tanto você quanto o novo membro e a mulher dele ficarão satisfeitos com os resultados. 6. Cumpra sua agenda As sessões magnas podem ser tão curtas quanto previsto no ritual, ou longas, se você permitir que se arrastem cansativamente. O segredo para uma sessão magna bem-sucedida é (de novo) começar na hora marcada. Em segundo lugar, faça com que as pausas previstas no ritual sejam curtas, mas adequadas, para que os Irmãos possam descansar e conversar brevemente. Finalmente, mantenha os comentários, ao final da sessão, pertinentes à situação. Alguns comentários devem ser deixados para o salão de festas, durante o jantar. Se você fizer uma sessão magna ordenada e eficiente, os Irmãos a apreciarão, e a freqüência refletirá seus esforços. 7. Providencie um jantar Use o tempo e esforços necessários para fazer com que o jantar, ou alguma refeição mais rápida, seja uma ocasião agradável. Jantares pobremente preparados, com uma apresentação desleixada, num ambiente desordenado, proporcionam uma

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impressão negativa ao novo membro e também aos demais Irmãos. Não há desculpa para um jantar de qualidade inferior. O Segundo Vigilante tem responsabilidade específica para essa tarefa 71. Ele deve fazer seu trabalho. Se não o fizer, cabe a você corrigir essa situação. No mínimo deverão estar presentes os seguintes padrões: a. As mesas devem ser postas de maneira organizada, com toalhas, arrumadas e prontas para o uso. b. Os Mordomos ou a Comissão de Banquetes deverão ser dispensados antes de se fechar a Loja, para que o jantar esteja servido, aguardando a chegada dos Irmãos. c. Os Mordomos ou a Comissão de Banquetes aguardarão para atender às necessidades dos presentes. Não deverão tomar assento até que todos tenham se servido e nenhuma outra tarefa seja necessária. d. Conduza um programa curto: apresentações, comentários, etc. Seja breve e vá direto ao ponto, para que os Irmãos possam ir embora em tempo oportuno. 8. Acompanhamento imediato A noite da iniciação não terá terminado até que o novo membro tenha sido apresentado a seu instrutor e providências tenham sido tomadas para instruí-lo na preleção do candidato 72. O instrutor

71 No Brasil, na maioria das Lojas e segundo o rito por elas

adotado, essa responsabilidade é do Mestre de Banquetes. 72 Parte do ritual de Aprendiz do Rito Americano que deve ser

memorizada pelo neófito.

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designado deve comparecer à sessão magna e, antes do final da programação da noite, deve tratar de estabelecer dia e lugar para sua primeira lição de proficiência. Comece imediatamente e suas chances de sucesso serão enormemente intensificadas. C. REUNIÕES COM COMISSÕES OU COM OFICIAIS Seguem algumas idéias úteis para o planejamento e a condução de suas reuniões com as Comissões ou com os Oficiais. 1. Agendamento No planejamento de seu mandato a preparação de um calendário de eventos para o ano todo é fundamental para o adequado agendamento e informação aos membros sobre suas atividades. Antes do início de seu ano você terá formado as comissões e escolhido os presidentes destas, bem como designado os Oficiais da Loja. Agora é a hora apropriada para agendar datas e horários para suas reuniões com cada comissão. Certamente é mais fácil cancelar uma reunião pré-agendada do que convocar os Irmãos, apressadamente, para uma reunião que não tenha sido previamente agendada ou programada. Algumas comissões devem se reunir frequentemente, enquanto que outras não. Determine antecipadamente a freqüência que você deseja que cada comissão se reúna e designe, para todo o ano, as datas e horários em sua agenda. Notifique os membros de cada comissão, por escrito,

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acerca das datas, hora e local de cada reunião agendada. Nunca se esqueça de que um agendamento de última hora resultará em baixo comparecimento, pequeno interesse e resultado pobre. É importante que as reuniões das comissões entrem o mais rápido possível no calendário dos membros, antes que eles se comprometam com outras atividades. 2. Notificação Lamentavelmente, as pessoas se esquecem, outras perdem seus calendários, e poucas tem habilidade para criar as maiores desculpas do mundo para justificar sua ausência a uma reunião. Você não pode garantir presença total em suas reuniões, mas certamente pode aumentar a diferença a seu favor utilizando o seguinte sistema de lembretes: a. Publique as reuniões das comissões no Boletim da Loja, juntamente com os demais eventos. b. Rotineiramente publique pequenos artigos no Boletim com os resultados das reuniões anteriores e os itens atualmente em discussão. c. Providencie e forneça a cada presidente de comissão uma quantidade de cartas pré-impressas e selos, para que eles apenas preencham os espaços em branco com as datas e horários das reuniões. Delegue a eles a responsabilidade pela postagem das cartas a cada membro da comissão, com pelo menos duas semanas de antecedência. d. Um acompanhamento por telefone, pelo presidente da comissão, no final de semana anterior à data da reunião, reforçará a importância da

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participação dos membros. Você terá feito, assim, tudo o que é possível para garantir que todos participem. Se não obtiver sucesso, a única alternativa será substituir aqueles que não compareceram por outros que se disponham a tanto. Um membro de comissão que não comparece não é útil à sua administração. 3. Procedimentos para as reuniões das comissões As reuniões das comissões podem ser breves, diretas ao ponto, e muito produtivas se seus presidentes seguirem umas poucas regras simples. Faça um planejamento de reuniões com cada presidente de comissão e discuta o modo pelo qual todas as reuniões deverão ser conduzidas. Troque idéias seguindo o conteúdo deste capítulo e cuide para que todos eles sigam o mesmo procedimento. Os presidentes das comissões deverão, no mínimo, cumprir o seguinte: a. Estar familiarizado com suas metas e objetivos para as comissões. Reunir-se com você poucos dias antes da reunião da comissão e preparar uma agenda do trabalho a ser desenvolvido. b. Chegue com 45 minutos de antecedência. Arrume a mesa e os móveis, distribua a pauta, ligue a cafeteira, e fique pronto para receber os Irmãos e começar sua reunião. Não desperdice o valioso tempo da comissão com assuntos estranhos ao objeto da reunião. c. Comece no horário marcado. A espera por retardatários certamente incomodará aqueles que chegaram em tempo. A mensagem tácita que a espera transmite é a de que não é necessário chegar

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em tempo porque as reuniões nunca começam na hora marcada. Se atrasos são admitidos, eles passarão a integrar as futuras reuniões. d. Inicie cada reunião com uma rápida visão geral da pauta, de quais assuntos gostaria de tratar e as metas que deseja atingir ao final da reunião. e. Designe um Irmão para redigir a ata da reunião e preparar o relatório com as conclusões que serão apresentadas à Loja, para deliberação desta, quando necessário. f. Siga a agenda. Não permita qualquer discussão paralela até que todos os assuntos da pauta tenham sido discutidos. g. Observe as “Regras de Ordem”. (Uma breve apresentação das regras de ordem pode ser encontrada no Apêndice A) h. Se o tempo foi insuficiente para apreciar todos os assuntos você tem três opções: suspender a discussão até a próxima reunião já agendada; marcar uma reunião extra; ou prolongar a reunião por um tempo específico. Se isso ocorrer (e não ocorrerá se você fizer seu trabalho direito), veja a vontade e a disposição da comissão e acate a decisão da maioria.

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SEÇÃO 13

COMO RECEBER O DELEGADO DISTRITAL 73

Seu Delegado Distrital vai visitá-lo várias vezes durante seu mandato. Em suas visitas não oficiais, pergunte previamente a ele se gostaria de sentar-se a seu lado no Oriente. Muitos Delegados declinam dessa prerrogativa em visitas não oficiais. E seria bom se mais Delegados Distritais aceitassem esse convite, pois as visitas não oficiais muitas vezes têm feito os Veneráveis se sentirem menos confortáveis do que nas visitas oficiais.

73 A Grande Loja do Maine tem jurisdição sobre todo o território

daquele Estado, e o divide em Distritos Maçônicos, nomeando um Delegado Distrital para cada um deles. O presente capítulo deste Manual, ao descrever uma parte do ritual das Lojas Simbólicas do Maine, nos dá uma interessante visão ritualística, bastante diferente dos procedimentos com os quais estamos acostumados.

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É sempre importante apresentar ou reconhecer um Delegado Distrital quando ele faz uma visita não oficial. Muitos Delegados declinam de grandes honras quando fazem visitas não oficiais, porém, em muitos Distritos há o costume de se receber com todas as formalidades o novo Delegado Distrital em sua primeira visita a uma Loja. A um Delegado Distrital deve ser dada a oportunidade de falar por último, mesmo nas visitas não oficiais, exceto quando o Grão-Mestre ou o Delegado do Grão-Mestre também estiverem presentes. Para uma visita oficial ou inspeção é exigida formalidade muito maior. Apresento aqui um protocolo para recepção 74 do Delegado Distrital. Você poderá pedir a atuação do Grande Mestre de Cerimônias 75 antes da reunião, se o Delegado Distrital não fizer alguma mudança no formato seguinte: Abra sua Loja até o ponto em que o Segundo Diácono informa que a Loja está coberta e o Venerável Mestre diz “Obrigado Irmão Segundo Diácono.” (O Grande Mestre de Cerimônias bate à porta do Templo). V.M.: “Ir. Primeiro Diácono (este se levanta e saúda o Venerável) “verifique quem bate”. P.D.: (com seu bastão, vai até a porta, bate como Aprendiz, abre a porta e diz) “Quem está aí?”

74 Nas Lojas do Grande Oriente do Brasil as autoridades

maçônicas são recebidas segundo as regras do Protocolo de Recepção de Autoridades.

75 O Grande Mestre de Cerimônias é um dos Oficiais da Grande Loja.

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Gr. M. CCerim.: “O Grande Mestre de Cerimônias com uma comunicação.” P.D.: (vai até o altar, saúda e diz) “Venerável Mestre, o Grande Mestre de Cerimônias aguarda com uma comunicação.” V.M.: “Ir. P.D. informe ao Grande Mestre de Cerimônias que ele tem permissão para entrar.” P.D.: (faz a saudação, volta à porta do Templo, e abrindo-a e diz) “Ir. Gr. M. CCerm. Você tem permissão para entrar.” (P. D. permanece na porta) Gr. M. CCcerm.: (vai até o altar, faz a saudação e diz) “Venerável Mestre, o Mui Venerável Delegado Distrital do Grão-Mestre para o 19.o Distrito Maçônico e sua comitiva aguardam para ser recebidos.” V.M.: “Ir. Gr. M. CCerim., podeis informar ao Mui Venerável Delegado Distrital do Grão-Mestre que uma comissão está aguardando por ele. (O Gr. M. CCerim. saúda e deixa o Templo. O P.D. abre e fecha a porta e volta a seu lugar). V.M.: “Ir. M. CCerm., forme uma comissão composta pelo Primeiro e Segundo Mordomos e pelo Primeiro e Segundo Diáconos, e dê ingresso a nosso Mui Venerável Delegado Distrital do Grão-Mestre e sua comitiva. (A comissão deixa o Templo. O M.CCerim., P. e S. Mordomos e P. e S. Diáconos formam em frente à comitiva). (O cortejo ingressa no Templo. O M. CCerim. da Loja avança o suficiente para deixar espaço para os Mordomos e Diáconos. Entram os Mordomos, parando antes do M. CCerim., abrindo à esquerda e

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à direita, e cruzando seus bastões ao alto. Os Diáconos param ao lado dos Mordomos Gr. M. CCerim.: “O Mui Venerável Delegado Distrital do Grão-Mestre.” V.M.: (dá as pancadas com o malhete, se levanta e retira seu chapéu) O Gr. M. CCerim.: (conduz o Delegado Distrital até o altar, saúda e diz) “Venerável Mestre, tenho o prazer de lhe apresentar o Venerável Irmão James Smith, Mui Venerável Delegado Distrital do Grão-Mestre para o 19.o Distrito Maçônico do Maine.” V.M.: “Ir. Gr. M. CCerim., podeis acompanhar o Mui Venerável Delegado Distrital do Grão-Mestre ao Oriente.” (Venerável Mestre desce ao piso do Oriente. A comissão para e os integrantes vão diretamente a seus lugares). V.M.: “Mui Ven. Ir. Smith, em nome dos oficiais, membros e convidados desta Loja, eu lhe dou boas vindas. Você gostaria de ocupar o Oriente?” “Irmãos, tenho o prazer de lhes apresentar o Ir. James Smith, Mui Venerável Delegado Distrital do Grão-Mestre para o 19.o Distrito Maçônico do Maine. Juntem-se a mim para conceder-lhe a grande honra. (A Loja se levanta, com o sinal de ordem). E agora, Mui Venerável Ir., tenho o prazer de lhe entregar o malhete da Loja Boaz, para que possa prosseguir apresentando sua comitiva. (Del. Dist. passa a apresentar sua comitiva e, depois, devolve o malhete ao V.M.) V.M.: “Mui Ven. Ir. Smith, convido-o a tomar assento no Oriente.”

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(V.M. dá uma pancada, para que os Irmãos voltem a se sentar, e então retoma a abertura da Loja).

SEÇÃO 14

COMO PREPARAR PROGRAMAS INTERESSANTES

Apresento aqui um procedimento passo a passo que pode lhe servir de ajuda na preparação de um programa para sua Loja. Esse procedimento pode ser usado para qualquer evento. Usei como exemplo o programa “Maçom do Ano” 76. Fale com os vários Grandes Secretários para que o ajudem com qualquer programa que você queira aplicar em sua Loja. Muitos deles têm programas planejados que podem se ajustar a sua necessidade.

76 Prêmio dado anualmente pelas Lojas do Maine a um dos

Irmãos de seu Quadro que tenha se destacado por sua atividade maçônica.

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A. Forme uma comissão para o evento. A comissão pode ser uma das já existentes. Por exemplo – a comissão de confraternização – pode preparar um jantar dançante, enquanto que a comissão de beneficência poderia planejar uma noite dos veteranos. Para o propósito deste exemplo, convencionamos que a Comissão “Maçom do Ano” já escolheu o candidato e uma outra comissão foi designada para planejar e executar o programa. B. Passe à comissão algumas tarefas específicas que você deseja executar. Por exemplo, você pode determinar à comissão de confraternização que planeje um programa para, numa data específica, trazer as viúvas da Loja, homenageá-las e apresentar algum entretenimento que possa interessar a todos os membros. C. Deixe que a comissão planeje o evento. Os planos da comissão deverão estar concluídos em 60 ou 90 dias antes da data do evento e deverão incluir o seguinte: 1. LOCAL. Se o salão de festas de sua Loja é muito pequeno para receber as pessoas que deverão comparecer ao evento, não hesite em procurar um lugar maior. No entanto, uma das vantagens de realizar o programa na Loja consiste em poder receber convidados e apresentar o local àqueles que não conheçam a Maçonaria ou sua Loja em particular. Isso lhe dará uma excelente oportunidade de mostrar sua Loja a convidados profanos. 2. MENU. O cardápio para um evento especial, como o do “Prêmio Maçom do Ano”, deve ser especial,

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mas sem perder de vista seu custo. Se o jantar for muito caro, você pode ter alguns membros que gostariam de participar, mas que não poderão por causa do preço. 3. PUBLICIDADE. Artigos poderão ser inseridos no Boletim da Loja a partir de dois meses antes do evento. Além disso, especialmente para um grande evento, a comissão poderá publicar um artigo no jornal local (Peça modelos de artigos à Comissão de Relações Públicas da Grande Loja e solicite ajuda para essa publicidade). Para qualquer programa em homenagem a um membro de sua Loja, tal como o “Prêmio Maçom do Ano”, uma medalha de 50 anos ou outros, leve em conta todo relacionamento do homenageado com pessoas que não pertençam à Maçonaria, convidando-as para o evento. 4. FOTOGRAFIAS. Um fotógrafo experiente deve ser contratado para o programa. Ele deverá fotografar as atividades no salão de festas. Cópias das fotos devem ser dadas ou postas à disposição do homenageado. Fotos com um bom contraste em preto e branco podem ser enviadas ao jornal local e à revista da Grande Loja, com um pequeno artigo sobre o homenageado e seu prêmio. 5. ENTRETENIMENTO. O principal evento do programa “Maçom do Ano” é a entrega do prêmio ao homenageado. No entanto, você poderá preparar previamente alguns Irmãos ou amigos do candidato para falarem sobre ele. Dependendo do tempo em que ele está na comunidade ou integra o quadro da Loja, separe os oradores para falar sobre épocas distintas, como o tempo em que o homenageado era estudante, recordações de seus primeiros dias como

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Mestre Maçom, seu envolvimento com sua profissão, suas atividades em favor dos jovens, suas atividades em sua igreja ou sinagoga, e, é claro, aquilo que ele tem feito pela Loja. Diga a cada orador que fale somente por cinco minutos. É muito chato ficar ouvindo alguém que não para de falar sobre coisas do passado. Às vezes, é claro, pode ser interessante dar mais tempo a um orador dinâmico e engraçado. 6. MESTRE DE CERIMÔNIAS. O mestre de cerimônias 77 deve ser dinâmico e divertido, além de ser alguém que os membros da Loja admirem. Se possível, ele deverá conhecer pessoalmente o homenageado, para que possa comentar as histórias contadas pelos oradores. 7. DECORAÇÃO. O salão de festas e o prédio da Loja devem ser decorados para o evento. Essa atividade representa uma oportunidade para envolver no programa outros membros e suas esposas. (Se os oradores foram divididos para falar sobre épocas distintas da vida do homenageado, você pode usar elementos decorativos que lembrem aqueles vários períodos). 8. ARRUMAÇÃO E LIMPEZA. A comissão dos Mordomos pode ser usada na arrumação, e, após o evento, na limpeza das mesas e do salão de festas. Isso fará os membros da comissão sentir que estão ajudando a Loja, e também levará outras comissões a fazerem alguma coisa. 9. GARÇONS. Chame os jovens de alguma organização paramaçônica para ajudar a servir o

77 O mestre de cerimônias do evento, que não precisa ser,

necessariamente, o Mestre de Cerimônias da Loja.

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jantar. Eles também se sentirão parte do programa. Os Mordomos deverão supervisionar o serviço. 10. RESERVAS. Sugiro que as reservas para o jantar sejam feitas até uma semana antes do evento. Desse modo você poderá planejar adequadamente o jantar, e os membros da Loja assumirão o compromisso de comparecer ao evento. Se não marcar uma data limite para as reservas, você não saberá para quantas pessoas preparar o jantar. Pior ainda, se surgir algum programa melhor – um show na TV ou uma partida de futebol – os Irmãos não se sentirão comprometidos com o programa da Loja e provavelmente ficarão em casa ou irão ao jogo. As reservas poderão ser recebidas pelo Primeiro Mordomo. 11. CERTIFICADO DO “PRÊMIO MAÇOM DO ANO”. A comissão de seleção do prêmio deverá providenciar um certificado, placa, ou cartão de metal. 12. ROTEIRO. A comissão deverá preparar um roteiro para o evento, esquematizando-o passo a passo, desde a entrada dos oficiais da Loja antes do jantar até a apresentação do prêmio. Segue um modelo de roteiro 78 : a) 18:30 – Entrada dos Oficiais da Loja no salão de festas. b) 18:35 – O Venerável Mestre põe todos de pé e pede ao Capelão que faça uma invocação.

78 Os horários deste modelo indicam um programa noturno que

se inicia muito antes dos horários com que estamos acostumados no Brasil, pois seguem o costume americano de jantar logo no início da noite.

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c) 18:40 – O jantar é servido (A mesa principal primeiro. Nela estarão o homenageado, o Venerável Mestre, o Mestre de Cerimônias, alguma autoridade visitante e o Capelão. Os Vigilantes e outros oficiais também poderão ocupar essa mesa se o tamanho do salão permitir). d) 19:30 – O Venerável Mestre apresenta as pessoas da mesa principal e os oficiais da Loja. (Isso pode ser feito logo após a sobremesa. Se desejar poderá apresentar, também, os ex-veneráveis presentes). e) 19:40 – O Venerável Mestre convida a todos para se dirigirem até o Templo, onde o restante do evento será realizado. f) 20:00 – O Mestre de Cerimônias passa a palavra ao Venerável Mestre, que dará as boas vindas aos membros e seus amigos. (Se for usar um sistema de microfones, verifique antes se estão funcionando adequadamente). g) 20:05 – O Mestre de Cerimônias pede que a bandeira americana seja conduzida até o altar. Este é outro bom momento para envolver os jovens das organizações paramaçônicas. A bandeira é então levada até seu lugar no Oriente. h) 20:10 – O Mestre de Cerimônias apresenta, individualmente, cada um dos oradores da noite e, conforme são apresentados, convida-os a fazer uso da palavra. (Seis oradores, no máximo, são suficientes. Mais que isso pode comprometer o programa). i) 20:30 – O Mestre de Cerimônias apresenta o representante da Grande Loja. j) 21:00 – O representante da Grande Loja entrega o certificado ao Venerável Mestre que fará a apresentação e entrega ao homenageado. Após a

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entrega do certificado ao homenageado, o Venerável Mestre pede a todos os ganhadores anteriores do prêmio que se levantem para serem saudados. k) 21:10 – O Venerável Mestre pergunta ao homenageado se tem alguma observação a fazer. l) 21:30 – Após as palavras do homenageado, o Venerável Mestre agradece a todas as comissões que tornaram possível a realização do evento, e a todos os presentes, e pede ao Capelão que dê uma benção, com o que o programa é encerrado. Este procedimento pode ser adaptado para a preparação de qualquer tipo de programa que você queira realizar. Substitua os oradores por outro tipo de entretenimento. Para deixar a noite menos formal, não faça as apresentações dos Oficiais da Loja e da bandeira, ou prepare uma refeição trivial em vez de um jantar especial. Em qualquer hipótese lembre-se dos cinco “P”s: Planejar Previamente Previne Performance Pobre.

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SEÇÃO 15

COMO ORGANIZAR AS ATIVIDADES DA LOJA

A. ATOS VITAIS As atividades são o coração de uma Loja bem-sucedida. Se um membro acha que ir à Loja é interessante e agradável, ninguém precisará solicitar sua presença. Ele virá. Os profanos devem ser encorajados a comparecer às atividades e sessões públicas da Loja. Os programas devem ser planejados de modo a atrair tanto os Maçons quanto

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as pessoas que não pertencem à Maçonaria. Cada reunião de sua Loja deve ser vista como uma atividade, seja uma sessão econômica, uma sessão magna, uma instalação, iniciação, uma visita de outra Loja ou de um membro da Grande Loja, ou algum outro programa especial. B. EDUCAÇÃO MAÇÔNICA Nossa Grande Loja incentiva a educação maçônica. O Venerável Mestre deve implementá-la agendando programas educativos. Poucos homens aprendem algo sobre a Maçonaria pela simples colação dos graus maçônicos. As Lojas de Pesquisas estão aptas a fornecer valiosa ajuda a esse respeito. O que se deseja e espera é que as Lojas de Pesquisas possam estimular o interesse pelo conhecimento entre os membros das Lojas de sua jurisdição. Pesquisa significa educação, particularmente educação Maçônica, e você, como Venerável Mestre, deve promover a educação Maçônica em sua Loja. C. PLANEJANDO UMA ATIVIDADE Não existem regras rígidas a serem seguidas ao se considerar e planejar uma atividade. Por exemplo, sua Loja pode desejar promover uma atividade restrita aos Mestres Maçons; ou receber familiares e amigos que não sejam Maçons. Reuniões e atividades produzem melhores resultados quando planejadas e agendadas com antecedência, encorajando os membros a convidar seus amigos e vizinhos. Informe a programação com

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antecedência para que as pessoas possam planejar suas agendas e incluir as atividades da Loja. Crie interesse sobre os eventos futuros usando seu Boletim, cartas, cartazes, comunicados nas sessões, e seu plano de alerta por telefone. Infelizmente muitos membros não lêem muito bem o Boletim, de modo que você deve dar destaque às principais atrações dos próximos eventos para chamar a atenção sobre eles. Nem todas as atividades precisam ser desenvolvidas na Loja. Algumas atividades importantes são executadas noutros locais – uma viagem de trem ou ônibus, uma noite para as mulheres num restaurante, ou um almoço no campo. Há muito mais. Seja criativo! A associação comercial local provavelmente poderá sugerir muitas atividades que você nunca imaginou. Para programar atividades interessantes observe os interesses dos membros de sua Loja. Verifique quais são seus hobbies e não faça vista grossa àqueles membros com interesses ou profissões incomuns. Considere os seus próprios interesses também; se está interessado em determinada coisa, são boas as chances de você promover com entusiasmo uma atividade correlata. Lembre-se de que o entusiasmo é contagioso. D. SUGESTÕES PARA PROGRAMAS A lista seguinte contém algumas sugestões para programas. São categorias gerais apresentadas como sugestões para favorecer o surgimento e desenvolvimento de novas idéias. É o que se espera.

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Algumas destas sugestões podem ajudar sua Loja a aumentar o interesse e a freqüência; outras servem para promover o contato de profanos com a Loja. Considere a possibilidade de combinar idéias. Veja as sugestões: Com os jovens – convide o Capítulo DeMolay local para uma partida de futebol. Teatro – planeje uma ida ao teatro com as famílias e amigos, e levem também as viúvas. Filmes – filmes de eventos ou viagens dos membros da Loja; slides; etc. Grande Loja – convide um Oficial da Grande Loja para comparecer a uma de suas reuniões para falar sobre algum assunto de que ele goste ou domine. Visita a lugar histórico – promova uma visita à sede da Grande Loja, a um Museu Maçônico, ou a algum outro lugar histórico. Palestrante de Loja de Pesquisas – História maçônica, lojas clandestinas, mulheres na Maçonaria, o desenvolvimento da Maçonaria em seu Estado, etc. Eventos esportivos – partidas de futebol, baseball, basquete. Festa de Natal ou Páscoa – comemore essas datas com as organizações paramaçônicas para jovens, com crianças carentes ou internadas em hospitais. Trabalho voluntário – escolha uma casa modesta, necessitando de uma limpeza e pintura (talvez a casa da viúva de um Maçom); limpeza de um parque ou praça, etc. Almoço no campo – incentive os Irmãos a levarem seus amigos e vizinhos.

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Jantares triviais – promova-os antes de sua “noite da família” e convide seus amigos e vizinhos. Jantares temáticos tornam a noite menos comum. Viagem misteriosa – escolha um local e mantenha-o em segredo; se usar transporte público ou fretado, não diga nada a ninguém até a chegada; usando veículos próprios, marque dois ou três pontos de encontro onde o novo destino é informado em cada parada. Torneio de golfe – incluindo as mulheres. Para profanos – faça com que os Irmãos convidem seus amigos e vizinhos profanos, e dê a eles ampla informação sobre a Maçonaria. Prêmio Maçom do Ano – Aproveite também esta noite para convidar profanos. Para a família: Concerto ou apresentação de escola local. Quartetos, bandas, cantores. Reconhecimento público a pessoas que se destacam na comunidade.

Esperançosamente este capítulo trouxe algumas idéias para ajudá-lo a planejar seus programas. São muitas as atividades possíveis; somente você poderá decidir quais delas melhor atendem às necessidades de sua Loja. É evidente que um Manual como este não pode apresentar programas completos e detalhados – nem deveria fazê-lo. Isso poderia limitar as Lojas a um conjunto esteriotipado de atividades que tenderia a diluir a riqueza de qualidade, única em cada Loja. Selecione e escolha, use as comissões de sua Grande Loja ou uma biblioteca para ter outras idéias, mas acima de tudo, pense sobre programas que ajudarão a

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estimular a participação e a aumentar o interesse pela Ordem. Por fim, deixe que o Delegado Distrital e os Veneráveis de outras Lojas tomem conhecimento de seu progresso. Se você tem outras idéias, ou se tentou algo que não deu certo, também deixe que eles saibam para que possam se beneficiar com sua experiência.

SEÇÃO 16

COMO REALIZAR UM BOM EVENTO

I – O QUE É UM BOM EVENTO? A. ELE ESTÁ VOLTADO ÀS SUAS METAS. 1. Para medir o sucesso de um evento, você deve ter uma meta, expressa ou implícita.

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2. Para controlar um evento, você deve fixar a meta. B. AS METAS DO VENERÁVEL MESTRE PODEM SER BOAS OU MÁS PARA A LOJA. 1. O Venerável Mestre pode querer apenas que o ano passe logo. 2. Ele pode promover um certo número de eventos com pouca qualidade ou efeito para a Loja. 3. Pode querer superar a programação do Venerável Mestre anterior, naquilo em que este não tenha alcançado sucesso. 4. Pode querer se qualificar para o Prêmio de Realização do Grão-Mestre. 5. Pode pretender agradar membros e visitantes com: a) Entretenimento de boa qualidade. b) Ampla informação. c) Variedade em relação aos anos anteriores. 6. Pode querer executar determinada atividade: a) Lançamento de pedra fundamental. b) Iniciações, elevações e exaltações. c) Resgate de hipoteca. 7. Pode querer: a) Homenagear as viúvas. b) Premiar o Maçom do Ano. c) Homenagear os ex-veneráveis. d) Deixar que os Irmãos que não exercem cargos dirijam a Loja por uma sessão. 8. Pode querer aumentar a freqüência: a) Nos eventos sociais. b) Nas sessões econômicas e magnas. II. PLANEJAMENTO

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A. NENHUM EVENTO É BEM-SUCEDIDO POR ACASO. 1. Planejamento é o segredo. 2. Planejamento Prévio Previne Performance Pobre. 3. Todo evento é especial. 4. O “sucesso” está nos detalhes. B. COMO PREPARAR OS DETALHES DE SEU PROGRAMA? 1. Consulte os experientes ex-veneráveis. 2. Consulte o Delegado Distrital. 3. Leia o Manual dos Oficiais da Loja. 4. Peça ajuda às comissões da Grande Loja. C. FORME UMA COMISSÃO PARA O EVENTO. 1. Escolha um presidente dinâmico, motivado e entusiasmado. 2. Ele pode presidir sempre ou apenas em certos eventos. 3. Trabalhe com o presidente na seleção dos membros da comissão. D. DEFINA OS DEVERES DA COMISSÃO. 1. Esquematize seus propósitos e responsabilidades. 2. Estabeleça uma pauta específica. 3. Enfatize a importância e o valor de seu trabalho. 4. Dê instruções claras sobre o que você quer. E. ESTABELEÇA PRAZOS FINAIS. 1. Fixe datas de conclusão para cada tarefa. F. DIVULGUE.

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1. Noticie amplamente em seu Boletim. 2. Pense num cartão ou bilhete para as reservas. 3. Use seu plano de alerta telefônico. G. SUPERVISIONE. 1. Enquanto você, como Venerável Mestre, responde pelas falhas, deixe que sua comissão seja reconhecida pelo sucesso. 2. Como Venerável Mestre você não pode delegar sua responsabilidade final. 3. Acompanhe cada detalhe e cada prazo final. 4. Exercite o autocontrole quando delegar: a) Evite executar pessoalmente as tarefas. b) Veja se encontra algum grande problema. c) Elogie o progresso de sua comissão, mas acompanhe as tarefas ainda não concluídas. d) Identifique aqueles que perderam os prazos limites, ou converse com eles reservadamente. H. AVALIE O EVENTO APÓS SUA REALIZAÇÃO. 1. Pode ser útil para eventos futuros. 2. Pode ser útil para o planejamento dos futuros líderes. 3. Faça uma lista do que funcionou bem. 4. Faça uma lista do que não deu muito certo. 5. Enumere o que precisa ser melhorado ou modificado. 6. Enumere o que deve ser eliminado. 7. Enumere o que deve ser acrescentado. Lembre-se de planejar seu trabalho e de trabalhar seu plano.

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III – ELEMENTOS BÁSICOS PARA EXECUTAR UM EVENTO A. ELE DEVE SER PARTE DE SEU PLANO ANUAL. 1. Não pode ser feito casualmente. 2. Os programas devem ser distribuídos ao longo do ano. B. COMECE E TERMINE NA HORA CERTA. 1. Um atraso de cinco ou dez minutos pode matar um programa. 2. Duas horas de duração também podem liquidar um bom programa. C. O MESTRE DE CERIMÔNIAS DEVE SER EXPERIENTE. 1. Poucos Mestres são oradores experientes. 2. Qualquer um que esteja falando deve ser ouvido. 3. Verifique o sistema de som antes do evento, e a tempo de corrigir problemas. 4. Fale ao microfone: a) Nunca mova a cabeça quando estiver falando, a não ser que esteja usando um microfone portátil. b) Não permita que outros falem fora do microfone. c) Defina um roteiro para o mestre de cerimônias seguir: 1) não inclua piadas. 2) não improvise com oradores inexperientes. 3) O mestre de cerimônias é um facilitador, que faz as coisas funcionarem. 4) O mestre de cerimônias deve saber que ele não é a atração da noite.

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D. EVITE PRELIMINARES MAÇANTES. 1. Faça com que os agradecimentos aos colaboradores sejam breves e dirigidos somente a grupos de pessoas. 2. Somente anúncios breves. 3. Seja objetivo ao apresentar os componentes da mesa principal: a) Conheça o protocolo. b) Controle os aplausos. 4. Limite o entretenimento que antecede um orador ou outra atração, a 20 minutos. 5. Se o entretenimento for o programa, limite-o a no máximo 40 minutos. E. APRESENTAÇÃO DO ORADOR. 1. Pronuncie o nome do orador corretamente. 2. Anuncie o assunto de um modo interessante. 3. Ressalte as credenciais do orador: a) Não leia uma biografia cansativa. Mesmo que o orador a apresente a você, selecione aquilo que interessa à sua platéia. b) Não seja redundante ou adulador. F. EQUIPAMENTOS 1. Verifique a ventilação. 2. Verifique a iluminação. Evite qualquer luz que possa ofuscar a platéia. 3. Antes do programa verifique: a) Projetor de slides ou filmes. b) Videocassete, aparelhos de som, caixas acústicas, etc. 4. Em eventos da Grande Loja:

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a) O espaço nas mesas deve ser suficiente para evitar que as cadeiras fiquem presas umas nas outras. b) Se o Grão-Mestre for andar pelo local, lembre-se de que quando as pessoas se levantam os espaços entre as mesas desaparecem. G. TERMINE EM TEMPO. 1. Não deixe o programa se arrastar. 2. Não repita os agradecimentos aos colaboradores; se desejar, faça isso com uma carta. 3. Quando o evento chega ao fim, acabou: deixe que seja assim.

SEÇÃO 17

COMO ORGANIZAR UMA “NOITE DA AMIZADE”

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Os homens são freqüentemente atraídos para a Maçonaria por uma pessoa da família ou por um amigo, que é Maçom e a quem eles respeitam. Na maioria das vezes ingressam na Ordem baseados somente naquela relação de amizade, acreditando que homens bons não pertenceriam a uma instituição que não fosse digna. Mas será que aqueles que não têm qualquer conexão familiar ou amigos maçons não deveriam receber explicações sobre a Maçonaria e seus propósitos? Esta questão tem sido enfrentada por muitos Veneráveis Mestres que sabem que muitos homens em sua comunidade poderiam ser bons Maçons, e que poderiam ingressar na Ordem se soubessem mais sobre ela. Muitos Maçons se sentem inseguros em falar sobre a Maçonaria para aqueles que não são maçons. Respondendo a esse problema, o Grão-Mestre George Pulkkinen organizou uma série de “Noites da Amizade” com o propósito de explicar Maçonaria a profanos. Durante certo tempo, ele e o Mui Venerável Brian Paradis verificaram aquilo que despertava interesse nos profanos e desenvolveram um formato que tem sido bem-sucedido em todo lugar onde é empregado. As Lojas ou Distritos estão, é claro, livres para tentar algo diferente. Se você quer algo testado e aprovado, e que produz resultados, siga a fórmula abaixo. ONZE PASSOS SIMPLES (mas essenciais) PARA ASSEGURAR O CRESCIMENTO DA

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FRATERNIDADE MAÇÔNICA PELO PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE UMA BEM-SUCEDIDA NOITE DA AMIZADE. 1. Ajude os Irmãos a compreender que os candidatos são necessários para a sobrevivência da Loja e para o crescimento e difusão do bom trabalho da Maçonaria (As Lojas devem aumentar o número de membros em 5% a cada ano, para que em 20 anos tenham reposto os membros que atualmente têm mais de 64 anos de idade). 2. Selecione um líder dos membros para a Loja. Ele deve ser um Irmão que entenda a necessidade de se aumentar a base do Quadro da Loja em 5% ao ano. E também deve ser um homem capaz de fazer as coisas. 3. Ajude cada Irmão a identificar dois amigos ou parentes com quem gostaria de compartilhar a Maçonaria. Sugira que os Irmãos pensem a respeito de seus filhos, irmãos, genros, primos, seus parceiros de pescarias, golfe ou boliche, ou alguém de sua igreja. Apenas dois nomes, porque os Irmãos terão a responsabilidade de trazê-los como convidados para a reunião; e dois convidados (mais suas mulheres) podem ser encontrados facilmente. 4. Escreva os nomes e endereços dos escolhidos numa ficha de convidados, entregando-a ao líder dos membros da Loja. 5. Escolha uma data para a “Noite da Amizade” (que exige de 8 a 10 semanas para ser adequadamente preparada!). 6. O líder dos membros da Loja deverá enviar convites aos nomes selecionados. Todos os convites

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devem ser postados na mesma data, cerca de duas semanas antes do evento. 7. Três ou quatro dias após a remessa dos convites cada Irmão deverá entrar em contato com seus convidados, dizendo a eles que irá buscá-los (e a suas esposas) às 18:00 horas. E realmente deverão fazer isso. Nós estamos convidando profanos para uma noite de amizade. Estaríamos fora da realidade se esperássemos que alguém viesse sozinho a um lugar estranho. E também não seria uma conduta muito educada. Lembre-se, o convidado não saberá de quem partiu o convite até receber o telefonema de seu amigo – nosso Irmão. 8. Dois ou três dias antes da data marcada, o Irmão deverá ligar novamente a seus convidados para lembrá-los do evento e de que passará para levá-los. 9. As noites da amizade funcionam bem com um jantar servido às 18:30 horas, seguido da reunião às 19:30 horas, com todos a caminho de casa às 21:00 horas. 10. O programa deve ser simples, com um foco firme. A mensagem deverá ser “Maçonaria: O que é, o que ela faz, e por que”. É importante ter em mente que muitos dos nossos convidados provavelmente nada sabem sobre nossa Fraternidade e sua estrutura, ou seus corpos anexos e concordantes 79. Tente não falar sobre muitas coisas, evitando uma reunião confusa, com uma mensagem truncada. Parte da grande beleza da Maçonaria é ser simples, com verdades

79 Por exemplo, as Obediências Filosóficas, a Ação

Paramaçônica Juvenil, a Ordem DeMolay, a Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul, etc.

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eternas. Haverá tempo suficiente para falar sobre outros assuntos mais tarde. 11. Lembre-se! A equipe de sua Grande Loja está pronta para ajudá-lo com sua Noite da Amizade. Podemos lhe passar o programa completo se assim desejar. Outro fato importante: as 23 Noites da Amizade já realizadas pela equipe atingiram índice de sucesso entre 65 e 100%. Isso significa que de 6 a 10 de cada 10 convidados solicitaram um formulário para o requerimento de ingresso na Loja.

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COMO RECORRER À FUNDAÇÃO MAÇÔNICA DE AUXÍLIO 80

Durante seu ano como Venerável Mestre alguns membros de sua Loja, ou a viúva de algum membro, podem precisar de ajuda. Você poderá solicitar auxílio financeiro, em quantias moderadas, à Fundação de Caridade Maçônica 81. Como primeiro passo, obtenha o formulário do requerimento. O segundo passo consiste em entrevistar o beneficiário de modo a obter as informações necessárias para preencher o formulário. Para avaliar e decidir sobre o nível apropriado da ajuda a ser dada, a Fundação observa o seguinte: 1. Requerimento. Seu requerimento terá uma resposta rápida se você o enviar completamente preenchido e com contas que reflitam as obrigações a pagar. 2. Uma narrativa. A Fundação não conta com meios independentes para avaliar um requerimento. Assim, é sempre útil a inclusão de uma carta dando uma idéia da situação em que se encontra o requerente. 3. Participação da Loja. Não é necessário, mas acrescenta credibilidade a um requerimento de ajuda

80 Fundação Maçônica beneficente da Grande Loja do Maine. 81 A Maçonaria brasileira ainda tem muito a construir. Uma

fundação maçônica como a referida neste capítulo seria de grande utilidade.

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demonstrar o quanto a Loja tem feito para aliviar o infortúnio de um Irmão ou de pessoa de sua família. 4. Negociação. Muitos requerimentos indicam obrigações que vão além das possibilidades de ajuda da Fundação. Muitas Lojas exercem papel ativo na assistência ao Irmão para negociar ou resolver suas obrigações. Num caso recente, um Irmão tinha despesas médicas excessivas, de $41.000,00. O Irmão e sua Loja negociaram muito habilidosamente e reduziram a dívida em mais de $6.000,00, de modo que ele, sua Loja e nossa Fundação puderam pagar todo o débito. 5. Alocação. Quando um requerimento está completo, acompanhado de informações sobre a situação do requerente, todas as outras fontes esgotadas, e a obrigação reduzida ao nível mais baixo possível, a Fundação dará resposta rápida, levando em consideração os fundos disponíveis e as necessidades de outros requerentes.

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COMO CONDUZIR POMPAS FÚNEBRES

MAÇÔNICAS

Uma das maiores responsabilidades do Venerável Mestre surge na hipótese de morte de um membro de sua Loja. O Venerável Mestre, como líder da Loja do Irmão falecido, tem certos deveres, entre os quais se destacam: 1. Telefonar imediatamente à viúva ou à família do Irmão falecido, e expressar condolências pela perda. 2. Oferecer a assistência dos Oficiais e Irmãos da Loja. 3. Verificar se a família do falecido deseja ou pretende a realização de serviço de pompas fúnebres maçônicas. 4. Certificar-se de que você, ou outro Irmão plenamente qualificado, estará disponível para executar o serviço de pompas fúnebres. 5. Providenciar o comparecimento de Oficiais e Irmãos ao serviço de pompas fúnebres. 6. Manter contato com a viúva, e dar toda assistência necessária durante o período de adaptação após o funeral. Tenha em mente os seguintes pontos relativos ao serviço de pompas fúnebres para assegurar o respeito devido ao Irmão falecido, sua viúva, sua Loja e à Maçonaria em geral. Primeiro, seja fiel no cumprimento dos deveres listados.

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Segundo, providencie a melhor execução possível para o serviço de pompas fúnebres. Isso é imperativo não apenas para confortar a família, mas também para o bom nome da Maçonaria, tal como nas demais ocasiões públicas. Terceiro, leve em consideração o serviço em si mesmo, mantendo continuidade ininterrupta do início ao fim; atenda a qualquer pedido da família que seja razoável e não contrarie nossos costumes e instruções; e coopere com qualquer sacerdote que esteja executando o funeral religioso em conjunto com nosso serviço maçônico. Quarto, cuide para que as instruções contidas no Manual Maçônico do Maine sejam seguidas na íntegra. Quinto, forme uma comissão encarregada de telefonar aos Irmãos para que compareçam. Uma boa presença de membros da Loja é importante. Sexto, tenha à mão um avental e ramos de acácia para o serviço, e aventais brancos, em número suficiente para os Irmãos que comparecerem. Sétimo, se um discurso em louvor do falecido foi solicitado pela família como parte do serviço fúnebre, ou se for considerado apropriado, assegure-se de que o Irmão que fará o elogio esteja bem preparado e informado para esse fim. Um discurso curto é apropriado, quando bem feito, como parte de um serviço de pompas fúnebres maçônicas. Oitavo, tenha em mente que existem dois tipos de serviço de pompas fúnebres maçônicas; são eles (1) o Funeral Maçônico; e (2) a Sessão de Pompas Fúnebres. Esta última também pode ser executada no momento do sepultamento. Observe as instruções

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para cada tipo de serviço. O Funeral Maçônico é usado muito raramente e apenas quando solicitado pela família.

APÊNDICE A

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AS REGRAS DE ORDEM DE ROBERT

(Simplificadas) A sociedade civilizada tem reconhecido, por mais de quinhentos anos, que a adoção de um procedimento padronizado para a condução de negócios faz a diferença entre a ordem e o caos. Por séculos, as sociedades têm criado regras para a condução de suas reuniões. Do Parlamento Inglês vieram as regras de ordem que governaram nossa primeira assembléia. Após o estabelecimento da Constituição dos Estados Unidos, o presidente do Senado, Vice-presidente Thomas Jefferson, foi mais longe no refinamento das regras de ordem, escrevendo seu Manual de Prática Parlamentar. Esse manual foi adotado por ambas as casas do Congresso e pelas Assembléias Estaduais então existentes. Em poucas décadas, a organização de sociedades de vários tipos – políticas, culturais, científicas, beneficientes, religiosas e fraternais – fez surgir a necessidade de outras regras além daquelas usadas pelos legisladores. Para atender a essa necessidade, Luther S. Cushing, um funcionário da Casa de Representantes de Massachusetts, escreveu, em 1845, o Manual de Prática Parlamantar: Regras Procedimentais para Debates em Assembléias Deliberativas. Em 1871, o Major Henry M. Robert verificou que as sociedades, em todos os níveis, precisavam de um conjunto de regras. Major Robert

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se convenceu da necessidade de um novo tipo de manual parlamentar, “baseado, em princípios gerais, nas regras áridas praticadas pelo Congresso, e adaptadas em seus detalhes, para o uso das sociedades comuns”. Em 1876 as Regras de Ordem de Robert foram impressas, e a partir dessa data, edições revisadas tem sido o alicerce para o modo como nós conduzimos os negócios das sociedades, incluindo a fraternidade Maçônica. O propósito desta seção é rever brevemente as regras de ordem que você seguirá quando conduzir os importantes negócios de sua Loja. Seria impossível, para o objetivo deste Manual, tratar completamente de todo o conteúdo das 594 páginas das edições revisadas das Regras de Robert. Entretanto, cada Loja deveria manter uma cópia no Oriente, e você deveria rever esse material para se familiarizar com seu conteúdo e rapidamente localizar as seções aplicáveis quando surgir uma necessidade. Apresento uma breve explicação das razões básicas e dos princípios que regem a maneira como você deverá governar sua Loja: 1. Proteção para os membros.

As regras de ordem se destinam a proteger os direitos da maioria, da minoria contra a maioria, de cada membro individualmente, dos membros ausentes às reuniões, e de todos esses grupos em conjunto. 2. Modelo de formalidade

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Para assegurar a paz e harmonia entre os Irmãos, é de vital importância insistir para que todos os membros da Loja, incluído o Venerável Mestre, observem as regras do seguinte modo formal de tratamento e de comportamento: a) Sempre insista no uso dos títulos formais e do termo “Irmão” para falar em Loja. b) Todos os membros deverão dirigir suas palavras somente ao Venerável Mestre. Se a manifestação disser respeito a outro Irmão, deverá ser conduzida a ele por intermédio do Venerável Mestre. c) Para falar, um membro deve se levantar, pedir a palavra ao Venerável Mestre e aguardar a autorização deste. d) Siga o padrão de ordem dos trabalhos contido em seu Manual. e) Nunca permita que algum Irmão seja atingido por aquele que está falando. Cada Irmão deve ser considerado honrado e seguidor dos melhores interesses da fraternidade. Quando terminar com uma categoria de assunto, anuncie a seguinte para que os Irmãos possam conhecer o fluxo da reunião. Você é o Venerável Mestre da Loja e o modelo de formalidade é governado apenas pela maneira com que você maneja o malhete. Insista na manutenção do decoro adequado e você aumentará a paz e harmonia que devem prevalecer dentro do Templo. 3. Fazendo uma moção. É importante lembrar que os assuntos somente podem ser levados à apreciação dos membros em forma de moção ou proposta, a não ser

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que se trate de uma tarefa rotineira tal como a leitura da ata da sessão anterior. O processo de condução de um assunto em Loja é o seguinte: a) Um Irmão deve se levantar e obter permissão do Venerável Mestre para falar. No caso de um parecer de comissão, o Irmão será chamado pelo Venerável Mestre para ler o parecer. b) O Irmão, então, fará a moção ou lerá o parecer da comissão e apresentará a moção desta. Em seguida ele se senta. Moções longas ou complicadas podem ser feitas por escrito e imediatamente enviadas ao Venerável Mestre. Do mesmo modo, umas poucas palavras introdutórias podem ser ditas antes da apresentação de uma moção, mas não permita diálogos e deixe os comentários para o debate. c) Se uma moção estiver em desacordo com a ordem dos assuntos, o Venerável Mestre deverá declarar: “eu declaro essa moção fora de ordem”. Nunca diga “você está fora de ordem” ou “sua moção está fora de ordem”. d) O propósito da exigência de um apoio é o de assegurar que não se perderá tempo quando apenas um membro está interessado num determinado assunto. Um apoio a uma moção significa que o assunto deve ser levado à Loja. Nenhuma autorização específica é necessária para se declarar um apoio. E mais, um apoio apenas reflete a intenção de levar o assunto à Loja, e não significa que outro Irmão já aderiu à proposta. Se nenhum apoio for declarado, descarte a moção e prossiga com outros assuntos. e) Quando surgir uma moção e um apoio, o Venerável Mestre colocará a moção em discussão.

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4. Discussão ou Debate. O assunto agora está em Loja para debate e decisão. Se nenhum Irmão se levantar para falar, proceda à votação. Se um Irmão pedir a palavra, conduza o debate utilizando o procedimento seguinte: a) O Irmão autor da moção tem prioridade para usar da palavra. b) Se dois ou mais Irmãos se levantarem, aquele que o fez primeiro tem o direito de falar. O Irmão autorizado a falar não pode ser interrompido a não ser que ele viole as regras de ordem ou o decoro. Ele mantém a palavra até se sentar. Ninguém poderá se levantar para falar antes que aquele que tem a palavra tenha se sentado. c) Se não houver alguma modificação à proposta, o Venerável Mestre deverá repetir a moção e perguntar se há alguma questão a ser feita. d) Nenhum Irmão, exceto aquele que tiver alguma pergunta, poderá falar a partir de então. Esta regra poderá ser dispensada pelo Venerável Mestre se ele achar adequado. e) Cada orador deverá restringir seus comentários ao mérito da moção. Ele dirigirá seus comentários ao Venerável Mestre e não promoverá ataques pessoais, alusões aos motivos de outrem, ou mencionará nomes. f) O Venerável Mestre deve, a todo tempo, se manter distante e imparcial. Cuide para que todos os lados sejam ouvidos e considerados, tanto quanto possível, proporcionando ampla oportunidade a ambos os lados da questão, alternando-os, se necessário.

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g) O Venerável Mestre pode falar a qualquer tempo. O Irmão que faz uso da palavra deverá ser sentar enquanto o Venerável Mestre estiver falando, salvo se ele faz observações relacionadas diretamente àquilo que o Irmão está dizendo. O Venerável Mestre não entrará no debate. Entretanto, se surgir essa necessidade, ele deverá passar o comando da sessão a um Vigilante ou ex-venerável, deixar o trono e fazer seus comentários. h) O debate não pode ser encerrado ou a questão adiada, salvo havendo regra especial ou o voto de 2/3 dos presentes, até que todos os membros tenham a oportunidade de falar. i) Existem outras classes de moções que podem ser interpostas neste ponto para ajudar a tratar ou dispor sobre a moção principal. Estas serão discutidas mais tarde neste capítulo. 5. Votação. Após o final do debate, o Venerável Mestre novamente pergunta se há alguma questão a ser feita, repete a moção e chama para a votação. Se houver alguma confusão ou dúvida sobre a moção, o Venerável Mestre deverá explicá-la e descrever os efeitos de sua aprovação e de sua rejeição. a) O procedimento de votação em Lojas Maçônicas é feito, usualmente, pelo erguer das mãos, por declaração verbal, ou com os membros se levantando. Excetuam-se as votações no pedidos de iniciação, filiação, regularização e nas objeções após a iniciação. Nesses casos há escrutínio secreto, com uma urna. Também se excetuam as eleições dos

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oficiais com mais de um candidato, quando votos por escrito poderão ser usados. b) O Venerável Mestre colocará a proposta em votação dizendo que levantem a mão direita todos aqueles que forem a favor da moção. Sempre coloque em votação, não importando quão esmagador possa ser o resultado positivo. Nesse caso, o Venerável Mestre simplesmente anuncia o resultado da votação. c) Se um membro se levantar para requerer a repetição da votação acate o pedido, a menos que o resultado da votação seja óbvio ou se a tática estiver sendo utilizada para atrasar a reunião. d) Se uma votação não for conclusiva, então é conveniente repetí-la. Ao anunciar cada resultado, informe o número de votos favoráveis e contrários. e) A maioria simples vence salvo quando requerido outro quórum pela Constituição, Regimento Interno, ou regras de ordem, como segue: 1. Uma votação de 2/3 é exigida para emendas ao Regimento Interno, para mudança do local de reuniões, e para decidir sobre alguma objeção após uma iniciação. 2. Também se exige aprovação de 2/3 para a fusão de Lojas. 3. Votação unânime é necessária para a aprovação de pedido de providências ao Grão-Mestre. f). O Venerável Mestre vota apenas em caso de empate (exceto no escrutínio de candidatos). g) O voto não é definitivo e um membro pode mudar de idéia até que o Venerável Mestre anuncie o resultado.

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h) Certos assuntos, como a leitura de atas ou quando aparentemente houver unânime consenso, podem ser resolvidos dizendo “Se não houver alguma objeção...”e “Não havendo, a moção está adotada”. i) Após anunciar o resultado da votação, passe para outro assunto. A autoridade do Trono do Oriente está em suas mãos. A Grande Loja não espera que você seja um expert, mas que tenha familiaridade com o procedimento parlamentar. Você deve saber, em termos gerais, o procedimento adequado a ser utilizado e como usar o material de referência.

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APÊNDICE B

LISTA DE CHECAGEM DA SESSÃO ECONÔMICA I. Critério A. Ela é organizada. B. Ela é curta. C. Ela é vale a pena. II. Sessões Econômicas Organizadas A. Prepare uma agenda antecipadamente. B. Verifique antes da reunião quais comissões estão prontas para apresentar parecer e sobre o que. Quando possível, obtenha pareceres escritos. C. Verifique com o Secretário, antes da sessão, os assuntos que ele apresentará. D. Planeje as atividades da Loja antes das reuniões e anuncie os preparativos. Não planeje os detalhes de uma atividade durante uma sessão econômica. III. Sessões econômicas curtas

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A. Chegue cedo e verifique se o Templo está em ordem. B. Comece no horário marcado. C. Veja se a ata do Secretário é concisa, breve, e cobre todos os aspectos do debate. D. Pareceres das comissões. 1. Devem ser breves, concisos e por escrito. 2. Devem dizer quando, onde, quem, por que, e quanto. 3. Devem apresentar todas as alternativas: prós e contras. 4. Os membros da comissão deverão estar preparados para responder a todas as questões. E. Elimine a leitura da correspondência desnecessária, quando apropriado. F. Vise a uma sessão econômica de 60 minutos. IV. Sessões que valem a pena A. Faça-as interessantes e amigáveis: 1. Acrescente um jantar. 2. Inclua familiares e convidados para o jantar. 3. Providencie algum entretenimento no salão de festas para os familiares e convidados durante a sessão. 4. Use recepcionistas, na porta, na chegada e saída das pessoas. Ajude aqueles que precisem de auxílio para sair e voltar a seus automóveis. 5. Todo mundo sorrindo! Faça cada um se sentir benvindo, particularmente visitantes, novos membros e aqueles que não tenham vindo à Loja recentemente. B. Educativas: 1. Todos os presentes podem aprender algo novo.

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2. Tenha alguém para apresentar informações maçônicas por 5 minutos em cada sessão econômica.

APÊNDICE C

Aqui estão alguns recursos que você pode usar para os programas de sua Loja. I. CÍVICOS Gabinete do Chefe da Polícia Gabinete do Chefe dos Bombeiros Associação Comercial Companhias de gás, água e energia Companhia telefônica II. NEGÓCIOS Escritórios de turismo e centros de convenções Corretores de imóveis Empresários Agentes de viagens Profissionais de aeroportos ou Iate Clube (sucessos e falhas); linhas aéreas e rotas marítimas Lojas de departamentos III. ESCOLAS Coordenador pedagógico de Universidade

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Administrador de escola Diretor ou vice-diretor IV. ESPORTES Time ou atleta profissional Relações públicas; diretor esportivo Técnico; escritor esportivo Atleta (colegial ou universitário) V. ENTRETENIMENTO Cantores Mágicos; atores Hipnotizador; quartetos musicais Comediantes; grupos de dança VI. ESPECIAL Personalidades da TV ou rádio; editor de jornal Fotógrafos ou clubes (filmes, slides); hobbies (trens, selos, moedas, pedras, etc); Chefes de cozinha (demonstrações) VII. MEDICINA Especialista em administração hospitalar Custos de cuidados com a saúde; programas de exercícios Seguros ou planos de saúde VIII. FRATERNIDADE Noite para leigos; orador de Loja de Pesquisas Orador de outros Ritos

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APÊNDICE D

LOJA BOAZ N. 59 Caixa postal 356 Centerville, Maine ORÇAMENTO ANUAL 1. RECEITAS ESTIMADAS A. Mensalidades $ B. Taxas $ C. Jantares $ D. Outras $ TOTAL DAS RECEITAS ESTIMADAS $ 2. DESPESAS ESTIMADAS A. Taxa ‘per capita’ $ B. Suprimentos secretaria $

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C. Despesas bancárias $ D. Taxas de secretaria/tesouraria $ E. Manutenção da Loja $ F. Eletricidade $ G. Telefone $ H. Seguro $ I. Correio $ J. Gráfica $ K. Outras $ TOTAL DAS DESPESAS ESTIMADAS $ SUPERAVIT (DEFICIT) $