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A Biodanza foi criada pelo chileno Rolando Toro, antropólogo e psicólogo, e é considerada a dança da vida.

O prefixo “bio” deriva do grego bíos, que significa “vida”, e o sentido primordial da palavra “dança” é “movimento natural”, ou seja, está ligado às emoções. Dessa forma, a biodanza, segundo seu criador, é um sistema de integração humana, de renovação orgânica, de reeducação afetiva, de reaprendizagem das funções originais da vida, e do desenvolvimento humano baseado em vivências, ou seja, de experiências presentes, induzidas por meio da música, do canto, do movimento e de

Festival de biodanza

situações de encontro em grupo.

A biodanza utiliza fundamentos da Biologia, da Antropologia e da Psicologia. As músicas, exercícios e dinâmicas utilizadas são selecionadas e passam por um estudo de seus conteúdos emocionais, antes de serem incorporadas ao sistema, com a finalidade de avaliar os efeitos orgânicos que provocam e o tipo de vivência e estímulos que evocam.

Embora produza efeitos

terapêuticos, a biodanza não é uma terapia, um esporte ou uma simples dança, e sim uma pedagogia da arte de viver e um convite para uma nova cultura de vida.

A biodanza não é praticada de forma individual e apresenta resultados eficazes quando realizada em um grupo afetivamente integrado, que oferece possibilidades diversificadas de comunicação a cada um dos participantes durante a realização das vivências.

Os objetivos da biodanza são:

� Promover saúde, consciência ética e alegria de viver.

� Estimular a vitalidade por meio da percepção das necessidades biológicas, aumentando a capacidade perceptiva sobre os efeitos positivos e negativos de hábitos alimentares, sono e exercícios físicos.

� Resgatar a relação de prazer com a vida e com cada momento do cotidiano, desfrutando as coisas mais simples.

� Incentivar a criatividade presente de forma única em cada ser humano, por meio da expressão singular do participante, valorizando o individual. A criatividade, na biodanza, é estimulada em dois momentos: o da inspiração e o da expressão.

� Desenvolver a afetividade por meio das relações, vínculos de amizade e solidariedade gerados nos grupos, estimulando a capacidade de se expressar e de perceber os sentimentos dos demais.

� Expandir os próprios limites e ir além. Na biodanza, as limitações são circunstanciais. A capacidade de acreditar em si mesmo e nas pessoas é resgatada.

� Resgatar a vida a partir dos instintos e das condutas inatas, restabelecendo a ligação entre os participantes, a natureza e a cultura.

� Facilitar o processo de autoconhecimento, gerando mais assertividade, autoconfiança e autoestima.

� Melhorar a capacidade de comunicação, permitindo atravessar as fronteiras da timidez, ou outros bloqueios e proporcionar mais integração entre o pensar, o sentir e o agir.

� Diminuir a ansiedade, a insônia, o estresse e a depressão.

� Fortalecer a coragem no âmbito pessoal e profissional.

� Ampliar a visão do mundo, a percepção do macro e do microcosmo.

� Reaprender a desfrutar o momento presente, com coragem e determinação nos momentos de desafio e com alegria nos momentos de prazer.