Noçoes de Criminalistica

download Noçoes de Criminalistica

of 47

Transcript of Noçoes de Criminalistica

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    1/47

    5

    NOES DE CRIMINALSTICA

    DEFINIODECRIMINALSTICA

    "adisciplinaquetemporobjetivooreconhecimentoe interpretaodos indciosmateriaisextrnsecos,relativos ao crime ou identidade do criminoso" (I Congresso Nacional de Polcia Tcnica, realizando em

    1961).

    Conjunto de conhecimentos que, reunindo as contribuies das vrias cincias, indica os meios paradescobrir crimes, identificar os seus autores e encontrlos, utilizandose de subsdios da qumica, daantropologia, da psicologia, da medicina legal, da psiquiatria, da datiloscopia, etc., que so consideradascinciasauxiliaresdoDireitopenal.(ENCICLOPDIASARAIVADEDIREITO,v.21,1997:486).

    LEGISLAOAPLICADA PERCIA (ARTIGOS 155A 184DO CDIGODE PROCESSOPENAL);

    DAPROVACAPTULO

    I

    DISPOSIESGERAIS

    Art.155.Ojuizformarsuaconvicopela livreapreciaodaprovaproduzidaemcontraditriojudicial,nopodendofundamentarsuadecisoexclusivamentenoselementos informativoscolhidosnainvestigao,ressalvadasasprovascautelares,norepetveiseantecipadas.

    Pargrafonico.Somentequantoaoestadodaspessoasseroobservadasasrestriesestabelecidasnaleicivil.

    Art.156.Aprovadaalegaoincumbiraquemafizer,sendo,porm,facultadoaojuizdeofcio:Iordenar,mesmoantesdeiniciadaaaopenal,aproduoantecipadadeprovasconsideradasurgentes

    erelevantes,

    observando

    anecessidade,

    adequao

    eproporcionalidade

    da

    medida;

    IIdeterminar,nocursodainstruo,ouantesdeproferirsentena,arealizaodedilignciasparadirimirdvidasobrepontorelevante.

    Art.157.So inadmissveis,devendoserdesentranhadasdoprocesso,asprovas ilcitas,assimentendidasasobtidasemviolaoanormasconstitucionaisoulegais.

    1oSo tambm inadmissveisasprovasderivadasdas ilcitas,salvoquandonoevidenciadoonexodecausalidadeentreumaseoutras,ouquandoasderivadaspuderemserobtidasporumafonte independentedasprimeiras.

    2o Considerase fonte independente aquela que por si s, seguindo os trmites tpicos e de praxe,prpriosdainvestigaoouinstruocriminal,seriacapazdeconduziraofatoobjetodaprova.

    3o

    Preclusa

    adeciso

    de

    desentranhamento

    da

    prova

    declarada

    inadmissvel,

    esta

    ser

    inutilizada

    por

    decisojudicial,facultadospartesacompanharoincidente.

    CAPTULOIIDOEXAMEDOCORPODEDELITO,EDASPERCIASEMGERAL

    Art. 158. Quando a infrao deixar vestgios, ser indispensvel o exame de corpo de delito, direto ouindireto,nopodendosupriloaconfissodoacusado.

    Art. 159. O exame de corpo de delito e outras percias sero realizados por perito oficial, portador dediplomadecursosuperior.

    1o

    Na

    falta

    de

    perito

    oficial,

    oexame

    ser

    realizado

    por

    2(duas)

    pessoas

    idneas,

    portadoras

    de

    diploma

    decursosuperiorpreferencialmentenareaespecfica,dentreasquetiveremhabilitaotcnicarelacionadacomanaturezadoexame.

    2oOsperitosnooficiaisprestaroocompromissodebemefielmentedesempenharoencargo.

    (

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    2/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos6

    3o Sero facultadas ao Ministrio Pblico, ao assistente de acusao, ao ofendido, ao querelante e aoacusadoaformulaodequesitoseindicaodeassistentetcnico.

    4o O assistente tcnico atuar a partir de sua admisso pelojuiz e aps a concluso dos exames eelaboraodolaudopelosperitosoficiais,sendoaspartesintimadasdestadeciso.

    5oDuranteocursodoprocessojudicial,permitidospartes,quantopercia:Irequereraoitivadosperitosparaesclareceremaprovaoupararesponderemaquesitos,desdequeo

    mandado de intimao e os quesitos ou questes a serem esclarecidas sejam encaminhados com

    antecedncia

    mnima

    de

    10

    (dez)

    dias,

    podendo

    apresentar

    as

    respostas

    em

    laudo

    complementar;

    II indicarassistentestcnicosquepoderoapresentarpareceresemprazoaser fixadopelojuizouserinquiridosemaudincia.

    6o Havendo requerimento das partes, o material probatrio que serviu de base percia serdisponibilizadonoambientedorgooficial,quemantersempresuaguarda,enapresenadeperitooficial,paraexamepelosassistentes,salvoseforimpossvelasuaconservao.

    7oTratandosedeperciacomplexaqueabranjamaisdeumareadeconhecimentoespecializado,podersedesignaraatuaodemaisdeumperitooficial,eaparteindicarmaisdeumassistentetcnico.

    Art.160.Osperitoselaboraroo laudopericial,ondedescreverominuciosamenteoqueexaminarem,eresponderoaosquesitosformulados.

    Pargrafo

    nico.

    O

    laudo

    pericial

    ser

    elaborado

    no

    prazo

    mximo

    de

    10

    dias,

    podendo

    este

    prazo

    ser

    prorrogado,emcasosexcepcionais,arequerimentodosperitos.

    Art.161.Oexamedecorpodedelitopoderserfeitoemqualquerdiaeaqualquerhora.

    Art.162.Aautpsiaserfeitapelomenosseishorasdepoisdobito,salvoseosperitos,pelaevidnciadossinaisdemorte,julgaremquepossaserfeitaantesdaqueleprazo,oquedeclararonoauto.

    Pargrafonico.Noscasosdemorteviolenta,bastarosimplesexameexternodocadver,quandonohouver infraopenalqueapurar,ouquandoaslesesexternaspermitiremprecisaracausadamorteenohouvernecessidadedeexameinternoparaaverificaodealgumacircunstnciarelevante.

    Art.163.Emcasodeexumaoparaexamecadavrico,aautoridadeprovidenciarparaque,emdiaehorapreviamentemarcados,serealizeadiligncia,daqualselavrarautocircunstanciado.

    Pargrafonico.Oadministradordecemitriopblicoouparticularindicarolugardasepultura,sobpenadedesobedincia.Nocasoderecusaoudefaltadequem indiqueasepultura,oudeencontrarseocadveremlugarnodestinadoainumaes,aautoridadeprocederspesquisasnecessrias,oquetudoconstardoauto.

    Art.164.Oscadveresserosemprefotografadosnaposioemque foremencontrados,bemcomo,namedidadopossvel,todasaslesesexternasevestgiosdeixadosnolocaldocrime.

    Art.165.Pararepresentaraslesesencontradasnocadver,osperitos,quandopossvel,juntaroaolaudodoexameprovasfotogrficas,esquemasoudesenhos,devidamenterubricados.

    Art.166.Havendodvidasobreaidentidadedocadverexumado,procederseaoreconhecimentopeloInstitutodeIdentificaoeEstatsticaourepartiocongnereoupelainquiriodetestemunhas,lavrandoseautodereconhecimentoedeidentidade,noqualsedescreverocadver,comtodosossinaiseindicaes.

    Pargrafonico.Emqualquercaso,seroarrecadadoseautenticadostodososobjetosencontrados,quepossamserteisparaaidentificaodocadver.

    Art.167.Nosendopossveloexamedecorpodedelito,porhaveremdesaparecidoosvestgios,aprovatestemunhalpodersuprirlheafalta.

    Art.168.Emcasodelesescorporais,seoprimeiroexamepericialtiversidoincompleto,procederseaexamecomplementarpordeterminaodaautoridadepolicialoujudiciria,deofcio,ouarequerimentodoMinistrioPblico,doofendidooudoacusado,oudeseudefensor.

    1oNoexamecomplementar,osperitosteropresenteoautodecorpodedelito,afimdesuprirlheadeficinciaouretificlo.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    3/47

    7

    2oSeoexametiverporfimprecisaraclassificaododelitonoart.129,1o,I,doCdigoPenal,deverserfeitologoquedecorraoprazode30dias,contadodadatadocrime.

    3oAfaltadeexamecomplementarpodersersupridapelaprovatestemunhal.

    Art.169.Paraoefeitodeexamedolocalondehouversidopraticadaainfrao,aautoridadeprovidenciarimediatamenteparaquenosealtereoestadodascoisasatachegadadosperitos,quepoderoinstruirseuslaudoscomfotografias,desenhosouesquemaselucidativos.

    Pargrafo

    nico.

    Os

    peritos

    registraro,

    no

    laudo,

    as

    alteraes

    do

    estado

    das

    coisas

    e

    discutiro,

    no

    relatrio,asconsequnciasdessasalteraesnadinmicadosfatos.

    Art.170.Nasperciasdelaboratrio,osperitosguardaromaterialsuficienteparaaeventualidadedenovapercia. Sempre que conveniente, os laudos sero ilustrados com provas fotogrficas, ou microfotogrficas,desenhosouesquemas.

    Art.171.Noscrimescometidoscomdestruioourompimentodeobstculoasubtraodacoisa,oupormeiodeescalada,osperitos,almdedescreverosvestgios,indicarocomqueinstrumentos,porquemeioseemquepocapresumemtersidoofatopraticado.

    Art.

    172.

    Proceder

    se

    ,

    quando

    necessrio,

    avaliao

    de

    coisas

    destrudas,

    deterioradas

    ou

    que

    constituamprodutodocrime.Pargrafo nico. Se impossvel a avaliao direta, os peritos procedero avaliao por meio dos

    elementosexistentesnosautosedosqueresultaremdediligncias.

    Art.173.Nocasode incndio,osperitosverificaroacausaeolugaremquehouvercomeado,operigoquedeletiverresultadoparaavidaouparaopatrimnioalheio,aextensododanoeoseuvaloreasdemaiscircunstnciasqueinteressaremelucidaodofato.

    Art.174.Noexameparaoreconhecimentodeescritos,porcomparaodeletra,observarseoseguinte:I apessoaaquemseatribuaousepossaatribuiroescritoserintimadaparaoato,seforencontrada;II paraacomparao,poderoservirquaisquerdocumentosqueaditapessoareconheceroujtiverem

    sidojudicialmentereconhecidoscomodeseupunho,ousobrecujaautenticidadenohouverdvida;III aautoridade,quandonecessrio,requisitar,paraoexame,osdocumentosqueexistirememarquivos

    ouestabelecimentospblicos,ounestesrealizaradiligncia,sedanopuderemserretirados;IV quando no houver escritos para a comparao ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade

    mandar que apessoa escreva oque lhe for ditado. Se estiverausente a pessoa, masem lugarcerto, estaltima diligncia poder ser feita por precatria, em que se consignaro as palavras que a pessoa serintimadaaescrever.

    Art.175.Serosujeitosaexameos instrumentosempregadosparaaprticada infrao,afimdese lhesverificaranaturezaeaeficincia.

    Art.176.Aautoridadeeaspartespoderoformularquesitosatoatodadiligncia.

    Art.177.Noexameporprecatria,anomeaodosperitosfarsenojuzodeprecado.Havendo,porm,nocasodeaoprivada,acordodaspartes,essanomeaopoderserfeitapelojuizdeprecante.

    Pargrafonico.Osquesitosdojuizedaspartesserotranscritosnaprecatria.

    Art.178.Nocasodoart.159,oexameserrequisitadopelaautoridadeaodiretordarepartio,juntandoseaoprocessoolaudoassinadopelosperitos.

    Art.179.Nocasodo1odoart.159,oescrivolavraroautorespectivo,queserassinadopelosperitose,sepresenteaoexame,tambmpelaautoridade.

    Pargrafonico.Nocasodoart.160,pargrafonico,olaudo,quepoderserdatilografado,sersubscritoerubricadoemsuasfolhasportodososperitos.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    4/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos8

    Art. 180. Se houver divergncia entre os peritos, sero consignadas no auto do exame as declaraes erespostasdeume deoutro,oucadaum redigir separadamenteoseu laudo,ea autoridade nomearumterceiro;seestedivergirdeambos,aautoridadepodermandarprocederanovoexameporoutrosperitos.

    Art. 181. No caso de inobservncia de formalidades, ou no caso de omisses, obscuridades oucontradies,aautoridadejudiciriamandarsupriraformalidade,complementarouesclarecerolaudo.

    Pargrafonico.Aautoridadepodertambmordenarqueseprocedaanovoexame,poroutrosperitos,

    se

    julgar

    conveniente.

    Art.182.Ojuiznoficaradstritoaolaudo,podendoaceitloourejeitlo,notodoouemparte.

    Art.183.Noscrimesemquenocouberaopblica,observarseodispostonoart.19.

    Art.184.Salvoocasodeexamedecorpodedelito,ojuizouaautoridadepolicialnegaraperciarequeridapelaspartes,quandonofornecessriaaoesclarecimentodaverdade.

    Levantamentospericiaisem locaisdecrime(conceituao,classificao, isolamento

    epreservao)

    LOCALDECRIME CONCEITUAO

    Segundo Alberi Spndula, local de crime pode ser definido, genericamente, como sendo uma rea fsicaondeocorreuumfato noesclarecidoatento queapresentecaractersticase/ouconfiguraesdeumdelito.

    Mais especificamente, local de crime todo espao fsico onde ocorreu a prtica de infrao penal.Portanto,entendesecomolocaldecrimequalquerreafsica,quepodeserexterna,internaoumista.

    Pararobustecermosonossocontedoechamaraatenologodeincioparaaimportnciaquerepresentaumaperciaemum localdecrime, incluiremosumasbiadefinioemformadeparboladomestreEraldo

    Rabelo,um

    dos

    maiores

    especialistas

    peritos

    do

    Brasil.

    "Localdecrimeconstituium livroextremamentefrgiledelicado,cujaspginasporteremaconsistnciadepoeira,desfazemse,noraro,aosimplestoquedemosimprudentes,inbeisounegligentes,perdendosedessemodoparasempre,osdadospreciososqueocultavamesperadaargciadosperitos."

    Oinciodequalquerprocedimentoparaoesclarecimentodeumdelitoserolocalondeocorreuocrime.Nesse sentido, necessrio que a polcia tome conhecimento de imediato, a fim de providenciar asnecessriasinvestigaesdaquelesfatos.

    Um desses procedimentos verificar se realmente ocorreu um crime naquele local e inteirarse daexistnciadevestgiosparaqueaperciasejaacionada.

    aporodoespaocompreendidanumraioque,tendopororigemopontonoqualconstatadoofato,seestendademodoaabranger todosos lugaresemque,aparente,necessriaoupresumivelmente, hajam

    sidopraticados,

    pelo

    criminoso,

    ou

    criminosos,

    os

    atos

    materiais,

    preliminares

    ou

    posteriores,

    consumao

    dodelito,ecomestesdiretamenterelacionados.(EraldoRabelo)

    CLASSIFICAO:

    1 Deacordocomanaturezadocrime:

    Ex:Homicdio,latrocnios,Suicdio,infanticdio,Furto,incndio,Atropelamento,Etc.

    2 Deacordocomanaturezadarea:

    a)Local

    Interno:

    aquele

    que

    coberto,

    podendo

    ter

    ou

    no

    sua

    rea

    confinada

    por

    paredes,

    cuja

    importnciaresidenofatodequeosvestgios,porventuraneleexistentes,ficaroprotegidoscontraaaodeagentesatmosfricos(sol,chuva,vento)

    Ex:residncias,casascomerciais,escritrios,etc.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    5/47

    9

    b) Local Externo: aquele situado fora das habitaes e que est sujeito s influencias do tempo,podendoacarretaralteraesoudestruiessevidenciasfsicas.

    Ex:Viaspblicas,quintais,terrenosbaldios,etc.

    c)Relacionado:aqueleemqueofatoocorreemdoisoumais locais,bastantedistanteumdooutro,podendoser,tantointernoscomexternos,ouainda,locaisemveculoscadaumcomseusambientesimediatoemediato.

    Ex:

    Falsificao

    de

    selos,

    atentado

    terrorista,

    sequestros,

    etc.

    Cadalocalcompreendeareadofatopropriamentedita,ouseja,aqueleondeocorreuofato,querecebeadenominaode"ambienteimediato",easreasadjacentes,constitudaspelareaintermediriaentreolocaldofatoeograndeambienteexterior,querecebeadenominaode"ambientemediato.

    3 QuantoPreservao:

    a)LocalIdneo,PreservadoouNoViolado:aquelequenosofreualteraes,quefoidevidamenteisoladoepreservado,talcomofoideixadoapsa

    consumao do fato, permitindo um completo e eficiente exame pericial. Pode acontecer em alguns casos,

    que

    o

    agente(s),

    aps

    a

    prtica

    do

    delito,

    procure

    propositadamente

    provocar

    alteraes

    no

    aspecto

    geral

    do

    local, com o intuito de prejudicar as investigaes ou dar conotao ambgua para o caso, retirandolhe aoriginalidade.

    b)LocalInidneo,NoPreservadoouViolado:aquelequefoimalprotegido,isoladoinadequadamente,alterado,culminandoemprejuzoparoexame

    pericial, uma vez que com a destruio total ou parcial dos elementos formadores da evidncia fsica, estaperdersuaautenticidade.

    IsolamentoePreservao

    Um dos grandes e graves problemas das percias em locais onde ocorrem crimes, a quase inexistentepreocupaodasautoridadesemisolarepreservaradequadamenteumlocaldeinfraopenal,demaneiraagarantirascondiesdeserealizarumexamepericialdamelhorformapossvel.

    NoBrasil,nopossumosumaculturaenemmesmopreocupaosistemticacomesseimportantefator,queumcorretoisolamentodolocaldocrimeerespectivapreservaodosvestgiosnaqueleambiente.

    Essaproblemticaabrangetrsfasesdistintas.

    A primeira compreende o perodo entre a ocorrncia do crime at a chegada do primeiro policial. Esseperodo o mais grave de todos, pois ocorrem diversos problemas em funo da curiosidade natural daspessoasemverificardepertooocorrido,almdototaldesconhecimento(porpartedaspessoas)dodanoqueestocausandopelofatodeestaremsedeslocandonacenadocrime.

    A segunda fase compreende o perodo desde a chegada do primeiro policial at o comparecimento dodelegadodepolcia.Esta fase,apesardemenosgravequeaanterior,tambmapresentamuitosproblemasemrazodafaltadeconhecimentotcnicodospoliciaisparaaimportnciaquerepresentaumlocaldecrimebem isoladoeadequadamentepreservado.Emrazodisso,emmuitassituaes,deixamdeobservarregrasprimriasquepoderiamcolaborardecisivamenteparaosucessodeumaperciabemfeita.

    E,aterceirafase,aqueladesdeomomentoqueaautoridadepolicialjestnolocal,atachegadadosperitos criminais. Tambm nessa fase ocorrem diversas falhas, em funo da pouca ateno e da falta depercepo em muitos casos daquela autoridade quanto importncia que representa para ele um localbempreservado,oqueircontribuirparaoconjuntofinaldasinvestigaes,daqualeleoresponsvelgeralcomopresidentedoinqurito.

    (...) isolamento a proteo a fim de que o local permanea sem alterao, possibilitando,consequentemente,umlevantamentopericialeficaz.(GARCIA,2002:324).

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    6/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos10

    (...) diante da sensibilidade que representa um local de crime, importante destacar que todo elementoencontrado naquele ambiente denominado de vestgio, o qual significa todo material bruto que o peritoconstata no local do crime ou faz parte do conjunto de um exame pericial qualquer, que, somente apsexaminlos adequadamente que poderemos saber se este vestgio est ou no relacionado ao eventopericiado. Por essa razo, quando das providncias de isolamento e preservao, levadas a efeito peloprimeiropolicial,nadapoderserdesconsideradodentrodareadapossvelocorrnciadodelito(ESPINDULA,2002:3).

    Dispe

    o

    artigo

    169

    do

    Cdigo

    de

    Processo

    Penal

    Brasileiro:

    Para

    efeito

    de

    exame

    de

    local

    onde

    houver

    sido

    praticadaainfrao,aautoridadeprovidenciarimediatamenteparaquenosealtereoestadodascoisasatachegadadosperitos,quepoderoinstruirseuslaudoscomfotografias,desenhosouesquemaselucidativos.

    Tcnicasoperacionaisparapreservaodelocaldocrime

    1)Sempreolocaldequedeveserisoladareaondeestiveramaiorconcentraodevestgios;

    2)Noseesquecerdearrolartestemunhas;

    3)Acionarimediatamenteorgopolicialeaempresaomaisrpidopossvel;

    4)Isolaredelimitarreaondeocorreuodelito,comfitazebrada,cordas,cavaletes,sinalizadores,conesouqualqueroutrotipodeobstculosqueimpeaotrnsitolivredepessoaseveculos;

    5)Nopermitirotrnsitodepessoasdentrodareadelimitada,destaformaevitasefurtosnointeriordopatrimnio;

    6) Em casos de acidente de trnsito dentro da rea interna da empresa, se a vitima estiver com vida,providenciarosprimeirossocorros,paralisaroudesviarotrnsitonolocaldoacidente,preservandotambmavidadossocorristasnolocal,sepossvelsolicitarapoioparaosdemaisagentesdeportariaouatmesmosaosfuncionriosdaempresa;

    7)Emcasosdecrimecontraapessoa(homicdio,tentativadehomicdio,latrocnio,lesescorporaisleves,mediasegraves,suicdio,disparodearmade fogo).Quandoavitimaestiverviva,providenciarosprimeirossocorros,aguardarachegadadosparamdicos,solicitarinformaestiponomedavitima,endereo,telefonedecontato,entreoutras informaes,edepoisrepassartal informaesparaopolicialououtraautoridadecompetente no local, no se esquecer de confeccionar ocorrncia administrativa ou B.O (Boletim deOcorrncia)sefornecessrio;

    8)Em casosdecrime contraapessoaemqueavitimaestiversemvida, nomexer,mudar oualteraraposiodocorpoemhiptesenenhuma;

    9)Emcasosdecrimecontraopatrimnio (arrombamento, furto, rouboderesidnciaseveculos,danosmateriaiseetc.),o localdeve ficar isoladoenopodehaverqualquer tipodemudanano layoutdo local,devepermanecerintacto.Deveseravisadooproprietriodolocaltambm,Todaatenoparapreveniraaodesaqueadores.

    10) Em casos de incndio em empresas, somente os veculos autorizados podem adentrar no local dosinistro.Especialatenoparaeventuaissaquesquepodemocorrerduranteedepoisdoincndio.

    VESTGIOS,EVIDNCIASEINDCIOS(DEFINIES,CLASSIFICAES);

    Vestgios, indcios e evidncias so palavras que aparecem no jargo criminalstico que, apesar de

    possuremsuas

    particularidades,

    nem

    sempre

    so

    compreendidas.

    ReproduzoumtrechoadaptadodeumartigopublicadonaRevistadosTribunaissobreoassunto:"Essestermossofrequentementeutilizadoscomosinnimos.Porm,numcontextocriminalstico,existe

    umadiferenciaoimportanteemsuassemnticasformais.Enquantoovestgioabrange,aevidnciarestringeeoindciocircunstancia.Comosenotaaseguir.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    7/47

    11

    OCdigodeProcessoPenalbrasileirotrazque,napresenadevestgios,oexamedecorpodedelitoserindispensvelsobpenadenulidade.

    Oobjetivoprimodoexamereferidoacomprovaodoselementosobjetivosdotipo,essencialmentenoquedizrespeitoaoresultadodacondutadelituosa,atravsdevestgios.

    Emtermospericiais,oconceitodevestgiomantmacaractersticaabrangentedovocbuloque lhedeuorigem, podendo ser definido como todo e qualquer sinal, marca, objeto, situao ftica ou ente concretosensvel,potencialmenterelacionadoaumapessoaouaumeventoderelevnciapenal,e/oupresenteemum

    local

    de

    crime,

    seja

    este

    ltimo

    mediato

    ou

    imediato,

    interno

    ou

    externo,

    direta

    ou

    indiretamente

    relacionado

    aofatodelituoso.Aochamarumacoisaqualquerdevestgio,seestadmitindoquesuasituaofoioriginadaporumagente

    ouumeventoqueapromoveu.Umvestgio,portanto,seriaoprodutodeumagenteoueventoprovocador.Nestadinmica,pressupesequealgoprovocouumamodificaonoestadodascoisasdeformaaalteraralocalizaoeoposicionamentodeumcorponoespaoemrelaoaumaouvriasrefernciasforaeaoredordodele.

    Ocorretoeadequado levantamentode localdecrime,porexemplo,revelaumasriedevestgios.Estesso submetidos a processos objetivos de triagem e apurao analtica dos quais resultam diversasinformaes.Uma informaode relevnciaprimordialaquelaqueatestaounoovnculode talvestgiocomodelitoemquesto.Umavezconfirmadoobjetivamenteesteliame,ovestgioadquireadenominaode

    evidncia.

    Nas palavras de Mallmith (2007), "as evidncias, por decorrerem dos vestgios, so elementosexclusivamente materiais e, por conseguinte, de natureza puramente objetiva". Portanto, evidncia ovestgio que, aps avaliaes de cunho objetivo, mostrou vinculao direta e inequvoca com o eventodelituoso.Processualmente,aevidnciatambmpodeserdenominadaprovamaterial.

    Porm, ao contrrio do vestgio e da evidncia, o indcio apresenta uma conceituao legal prevista noCdigo de Processo Penal brasileiro. Neste sentido, indcio seria uma circunstncia conhecida, provada enecessariamente relacionada com o fato investigado, e que, como tal, permite a inferncia de outra(s)circunstncia(s). O termo "circunstncia" aqui utilizado como expresso prxima, semanticamente, de"conjuntura",comoacombinaoouconcorrnciadeelementosemsituaes,acontecimentosoucondiesdetempo,lugaroumodo.

    Considerando a definio legal, de se reparar que um indcio, sendo uma circunstncia, autoriza aconclusoindutivadeoutrosindcios,tambmcircunstanciais.Nostermosdalei,acircunstnciaconhecidaeprovada seria uma premissa menor, ao passo que a razo e a experincia seriam uma premissa maior; dacomparao entre as premissas menor e maior emerge a concluso indutiva de que trata o texto legal(Mirabete,2003).

    Via de regra, essa premissa menor vem apresentada de forma objetiva por se tratar de "circunstnciaconhecida e provada". Cumpre consignar que o indcio se reveste de uma situao circunstancial, cujainterpretao pode ser objetiva ou subjetiva, ainda que relativamente. Nesses termos, a premissa menorreferida acima coincide com a evidncia, por se afastar do carter subjetivo e, consequentemente, por serevestirdeobjetividade.

    Asubjetividadepotencialdoindcioaeleinerentedadoomomentopspericialdesuagnese.Oindciosurgenuminstanteprocessual,quandosevidnciasforamagregadosfatosapuradospelaautoridadepolicial(quandodo inqurito)ouministerial (quandodadenncia).Ento, toda informaoque temrelaocomorelevante penal um indcio, seja ela objetiva ou subjetiva. Entretanto, o indcio se aparta das conclusespericiaisquandopuramentesubjetivo.Logo,oindciooriginriodeumaevidnciasempredecorrentedeumprocedimentopericiale,portanto,objetivo.Naprocessualsticapenal,hquemintituleoindcioresultantedesubjetividadedeprovaindiciria(Mazzilli,2003).

    Assim sendo, podemos deduzir que a evidncia o vestgio que, mediante pormenorizados exames,anlises e interpretaes pertinentes, se enquadra inequvoca e objetivamente na circunscrio do fatodelituoso. Ao mesmo tempo, inferese que toda evidncia um indcio, porm o contrrio nem sempre verdadeiro,poisosegundoincorpora,almdoprimeiro,elementosoutrosdeordemsubjetiva."

    LiteraturaCitadaMALLMITH,

    Dcio

    de

    Moura.

    Corpo

    de

    delito,

    vestgio,

    evidncia

    e

    indcio.

    2007.

    MAZZILLI,

    Hugo

    Nigro.

    O

    papel

    dos

    indcios

    nas

    investigaes

    do

    Ministrio

    Pblico.

    2003.

    MIRABETE,

    Julio

    Fabbrini.

    Cdigo

    de

    Processo

    Penal

    interpretado.

    11.

    ed.

    So

    Paulo:

    Atlas,

    2003.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    8/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos12

    OVESTGIOENCAMINHA,OINDCIOAPONTA.

    Vestgioverdadeiro:

    Ovestgioverdadeiroumadepuraototaldoselementosencontradosno localdocrime.Somentesoverdadeirosaquelesproduzidosdiretamentepelosautoresda infraoe,ainda,quesejamprodutosdiretosdasaesdocometimentododelitoemsi.

    Vestgioilusrio:

    Ovestgioilusriotodoelementoencontradonolocaldocrimequenoestejarelacionadosaesdosatoresdainfraoedesdequeasuaproduonotenhaocorridodemaneiraintencional.

    Vestgioforjado:

    Porvestgioforjadoentendesetodoelementoencontradonolocaldocrime,cujoautorteveaintenodeproduzilo, com o objetivo de modificar o conjunto dos elementos originais produzidos pelos atores dainfrao.

    Resumindopodeseconcluirque:

    Vestgio todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em um local de crime para anliseposterior.

    Evidncia o vestgio, que aps as devidas anlises, tem constatada, tcnica e cientificamente, a suarelaocomocrime.

    Indciosumaexpressoutilizadanomeiojurdicoquesignificacadaumadas informaes (periciaisouno)relacionadascomocrime.

    PRINCIPAISVESTGIOSENCONTRADOSEMLOCAISDECRIME:

    a)EmlocaisdeCrimeContraaPessoa;

    Nestaclassificaodecrimes,procurasecolocartodosostiposdedelitosperpetradoscontraaspessoas.Assim,poderemosteraquiocorrnciasquevodesdeumatentativacontraapessoaatamortedavtima.

    Podemoscolocarvriosexemplosdecrimescontraapessoa,noentanto,osmaiscomuns,ouaquelesqueocorremcommaisfrequncia,sooshomicdioseossuicdios,envolvendoamortedavtima;e,astentativasdeconsumaodehomicdioseosdisparosdearmadefogoemgeral,dentreaquelesemqueavtimanoveioafalecer.

    Oestudo

    emetodologia

    dos

    exames

    periciais

    nos

    locais

    onde

    ocorreram

    esses

    tipos

    de

    crimes,

    fazem

    parte

    de estudo autnomo em face da sua complexidade e cuidados que devem ser observados pelos peritoscriminais.

    Eisalgunsvestgiosencontradosemlocaisdecrimecontraapessoa:a) vestgios (resduo de arma de fogo, resduo de tinta, vidro quebrado, produtos qumicos

    desconhecidos,drogas);b) impressesdigitais,pegadasemarcasdeferramentas;c) fluidoscorporais(sangue,esperma,saliva,vmito);d) cabeloepelos;e) armasouevidnciasdeseuuso(facas,revlveres,furosdebala,cartuchos);f) documentos examinados (dirios, bilhetes de suicdio, agendas telefnicas; tambm inclui

    documentoseletrnicos

    tais

    como

    secretrias

    eletrnicas

    eidentificadores

    de

    chamadas).

    g) Sinaisdelutah) Sinaisdeviolnciai) Reaodedefesa

    j) Tiposdeferimentos

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    9/47

    13

    b)EmlocaisdeCrimeContraoPatrimnio;

    Oscrimescontraopatrimnio,oprprionomesugere,sotodososdelitospraticadoscuja intenodoautoreraadeobtervantagem(ilcita)pecuniriaoupatrimonial,por intermdiodaapropriaodeobjetos,bensouvalores.

    Alm dos crimes tradicionais e mais comuns ocorridos contra o patrimnio, nesta classificao estarotodososdemaisexamespericiaisexternos,excetuandoseosdeacidentedetrfegoeosdecrimescontraa

    pessoa.

    Nesta classificao podemos incluir os casos de arrombamentos; furto ou roubo de veculos; danosmateriais;localdelenocnio(prostituio);exerccioilegaldaprofisso;jogosdeazar;exerccioarbitrriodasprprias razes; maus tratos contra animais; alterao de limites; parcelamento irregular de solo; furto deenergia,telefone,guaeTVacabo;furtodecombustveis;incndio,meioambiente,etc.

    Eisalgunsvestgiosencontradosemlocaisdecrimecontraopatrimnio:a) Impressesdigitaisb) Objetosabandonadosc) Mveiseobjetosdesarrumadosd) ImagensdecircuitodeTVe) Vidrosquebrados

    f) Ferramentas

    e

    suas

    marcas

    de

    arrombamento

    g) Cartuchosdeflagradosh) Vestgiosbiolgicosi) Marcasdeescaladas

    j) Pegadasemarcasdepneusk) Marcasdeobjetosfurtadosl) Depoimentosdepessoas

    c)EmlocaisdeCrimedeTrnsito;

    Os locais onde ocorreram os acidentes de trfego trazem uma srie de informaes materiais, quepropiciamarealizao nasuagrandemaioria deumaperciacapazdeoferecertodaadinmicaeacausa

    determinantedo

    acidente.

    A quantidade de ocorrncias nessa rea muito grande, em funo de uma srie de interferentes nosistema de trnsito, desde a m conservao das nossas vias at e principalmente a imprudncia edescumprimentodasleisporpartedosmotoristas.

    Gostaramosdechamaraatenodetodosparaumcuidadoquedevemosternasocorrnciasdetrnsito.TradicionalmentedentrodaPolciaedaprpriaPercia,costumasegeneralizaressasocorrncias,nominandoascomaexpresso"acidentedetrnsito".

    JaconteceramdiversoscasosemtodooBrasil,ecertamenteoutrosvoocorrer,daperciaserrequisitadaparaatenderum"acidentedetrnsito"que,narealidade,apsosperitosexaminaremo local,constataramquese tratava deum homicdioes vezes deum suicdio. Assim,os peritosj adotamoprocedimento dechegarnumlocaldeocorrnciadetrnsitosemqualquerprjulgamentodosfatos.

    Eisalguns

    vestgios

    encontrados

    em

    locais

    de

    crime

    de

    trnsito:

    a) Presenaouausnciademarcasdearrasto,derrapagemefrenagemb) Posiodeimpactoc) Marcasdefricod) Marcasdesulcageme) Desfragmentaof) Condiesinadequadasdeveculosg) InadequaoouFaltadesinalizaoh) Condiesinadequadasderodoviasi) Objetosdentrodosveculos

    j) Pneusestourados

    k) Peasdanificadas

    l) Condiesfsicasdoscondutores

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    10/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos14

    d)EmlocaisdeCrimesSexuais.

    Eisostiposdecrimessexuais:a) estupro(art.213);b) violaosexualmediantefraude(art.215);c) assdiosexual(art.216A)d) estuprodevulnervel(art.217A);

    e) corrupo

    de

    menores

    (art.

    218);

    f) satisfaodelascviamedianteapresenadecrianaouadolescente(art.218A)g) favorecimentodaprostituioououtraformadeexploraosexualdevulnervel(art.218B)h) lenocnio e do trfico de pessoa para fim de prostituio ou outra forma de explorao sexual

    mediaoparaserviralascviadeoutrem(art.227)i) favorecimentodaprostituioououtraformadeexploraosexual (art.228)

    j) casadeprostituio(art.229);k) rufianismo(art.230);l) trficointernacionaldepessoaparafimdeexploraosexual(art.231);m) trficointernodepessoaparafimdeexploraosexual(art.231A);n) atoobsceno(art.233);

    o) escrito

    ou

    objeto

    obsceno

    (art.

    234);

    Eisalgunsvestgiosencontradosemlocaisdecrimedesexuais:a) Sangueb) Roupasc) Objetossexuaisd) Smene) Computadoresf) CDseDVDscomimagensouvdeosg) Revistaspornogrficash) Casasdeprostituioi) Documentossequestrados

    OExamePerinecroscpico:feridascontusas,punctrias,incisasemistas;ferimentosespeciais (esgorjamento, degola, decaptao); efeitos primrios e secundrios emferimentoproduzidosporprojteispropelidospordisparodearmadefogo.

    FERIDASCONTUSAS

    Socausadaspor instrumentosdesalinciaobtusa,(quenoagudo,arredondado)edesuperfcieduraque se chocam com violncia contra o corpo humano. A leso pode ser superficial (edema) ou profunda

    (fratura).Podem

    ser

    causadas

    de

    trs

    formas:

    a) ativa:oobjeto(agentelesivo)semoveemdireoaocorpo(vtima);b) passivo:ocorpo(vtima)seprojetaemdireodoinstrumentocontundente(quedas);c) mista,oubiconvergentes,vtimaeobjetoestoemmovimento.

    Instrumentoscontundentes Osinstrumentosmaiscomunsutilizadosnaproduodeferimentoscontusosso:pedra,basto,coronhadearmadefogo,barrametlica,martelo,etc.

    Caractersticas: So geralmente causadas por objeto no cortante. Acontecem por compresso,apresentambordasirregulares,alteraesnaborda,fungoirregular,vertentesirregulares,somaiscompridasque profundas e de difcil coaptao. Geralmente deixam cicatrizes largas e irregulares, como no caso de

    esmagaduraeagresses

    sexuais.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    11/47

    15

    FERIDASPUNCTRIAS

    Solesesqueproduzemferidascomumorifciodeentrada,umtrajetoeocasionalmente,umorifciodesada.Soproduzidaspor instrumentosperfurantes,alongados,finosepontiagudoscomo:agulhas,estiletesoumesmopicadasdecobras.Asprincipaiscausasjurdicasso:homicdioeosacidentes.

    Instrumentosperfurantes Entreosinmerosinstrumentosperfurantes,podemoscitar:estiletes,agulhas,

    pregos,

    etc.

    Caractersticas:Suaexteriorizaoemformadeponto;aberturaestreita,poucosangramento;pequenasmachas na pele, geralmente de menor dimetro que a do instrumento causador, devido elasticidade eretrabilidadedostecidoscutneos.

    FERIDASINCISAS:

    As leses incisas so produzidas por instrumentos cortantes. Elas podem ser cirrgicas, de defesa, emretalho,mutilanteseautoproduzidas.Asmaiscomunsso:

    a) incisa: quando o instrumento penetra os tecidos em direo mais ou menos perpendicular

    superfcie

    do

    corpo;

    b) comretalho:quandooinstrumentodeixapendenteumretalhonocorpo,cortedemaneiraoblquo;c) mutilante: quando o instrumento atravessa os tecidos de lado a lado, destacando certa posio

    salientedocorpo(geralmenteorelhas,dedos,narizetc)

    Instrumentos cortantes Os instrumentos mais comuns do tipo cortante so: faca, navalha, lmina debarbear,bisturis,secesdevidro,etc.

    Caractersticas:Predominnciadocomprimentosobreaprofundidade;Nitideznalisuradasbordas,semirregularidadesnemsinaisdecontuso;Afastamentodasbordasdevidoelasticidadeetonicidadedostecidos,nestecaso,hacoaptaoperfeita,

    ouseja,quandoaproximamosasbordaselassefechamperfeitamente;Presenadecauda(deescoriao,fimdocorte,apartemenosprofunda),oinstrumentocortanteno

    penetraporigualemtodaaextensodaferida,nasextremidadesestamenosprofundaquenocentro,tantomenosprofundaquantomaisprximadeseuinciooutrmino.

    FERIDASMISTAS:

    Cortocontundentes Soosferimentosocasionadospelosinstrumentosque,mesmosendoportadoresdegumeoucorte,soinfluenciadospelaaocontundente,querpeloseuprpriopeso,querpelaforaativadequemmaneja.Taislesesquasesempregraves,poisatingemplanosprofundos,inclusiveossos.

    Instrumento cortocontundentes Como instrumentos corto contundentes, temos: foice, machado,faces,facasespeciais,etc.

    Instrumentos lacerocontundentes Como exemplo mais prtico de instrumentos causador de leseslacerantesecontusastemosoveculoautomotor,emcasodeatropelamento,comsuperposiodomesmoemrelaovtima,isto,passagemdasrodasdoveculosobreocorpo.

    Instrumentos cortodilacerantes Quando um instrumento cortante produzir, alm da ferida incisa,dilacerao dos tecidos devemos caracterizlo como instrumento corto dilacerante. Assim sendo, lesesproduzidasporfragmentosdevidro(cacosdevidro)decorrentesdaquebradeobjetosdeconformaorolia,namaioriadasvezesapresentamaspectoscorto dilacerantes.

    Leses perfurocortantes So causadas por um mecanismo de ao que perfura e contunde porinstrumentos pontiagudos com gume, esses instrumentos agem por presso e seco geralmente os

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    12/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos16

    instrumentospossuem1gume(faca,peixeira,caniveteetc.),2gumes(punhalealgunstiposdefacasetc.)ou3gumes(lima).

    Instrumentos cortoperfurantes Entre os instrumentos cortoperfurantes podemos citar: punhal,canivete,espada,etc.

    Instrumentosperfurocontundentes Oinstrumentoperfuro contundentetpicooprojtildearmade

    fogo.

    FERIMENTOSESPECIAIS:

    Esgorjamento:

    alesonaparteanterioroulateraldopescooproduzidaporinstrumentocortante.Situaseentreoossoheide(abaixodamandbula)ealaringe.Suaprofundidadevarivel,podendoatchegarcolunavertebral.

    Noscasosdesuicdio,quandooagenteusaamodireita,predominaadireotransversalouoblqua(\);no homicdio, mais frequente a posio descendente para a esquerda ( / ), mas tambm poder ser por

    acidente.

    No

    homicdio

    e

    suicdio

    a

    pessoa

    morre

    por

    hemorragia,

    embolia

    gasosa

    (ar

    dentro

    do

    vasosanguneo),asfixia(sangueinundatraqueiaebrnquios).

    Degola:

    a lesonaparteposteriordopescoo (nuca)produzida por instrumentocortanteeamorte sedporhemorragiaquandosoatingidosvasoscalibrososoupelasecodamedula.Asconsequnciasjurdicasmaisimportantessoohomicdioesuicdio.

    Decaptao:

    uma

    agresso

    incisa

    na

    regio

    do

    pescoo,

    que

    SEPARA

    a

    cabea

    do

    tronco.Decapitao: a cabea decepada do corpo (pelo machado ou guilhotina) SEPARADA

    Decapitaoincisocompleta,naregiocervical(pescoo),separandoacabeadocorpo.

    EFEITOS PRIMRIOS E SECUNDRIOS EM FERIMENTO PRODUZIDOS POR PROJTEIS PROPELIDOS PORDISPARODEARMADEFOGO:

    Essesferimentossoresultantesdepassagemdeprojteisdechumbo,osquaispodemsercaracterizadosporformasdistintas,dependendodesuaapresentaonocorpodavtima,caractersticosdeentradasoudesadasdeprojteis.

    So identificadascomoperfurocontusasouperfurocontundentesporevidenciaracontusodapeleea

    penetraono

    corpo,

    quando

    atinge

    sua

    vtima.

    Do

    que

    diz

    Genivaldo

    Veloso

    de

    Frana,

    constata

    se

    aao

    dupladoprojtil,aoatingirseualvo,quandodeclaraque:Asferidasperfurocontusassoproduzidasporummecanismodeaoqueperfuraecontundeaomesmotempo.

    Efeitosnoalvohumano

    Osdisparosporarmasdefogoprovocamefeitosdiversosnoalvohumano.Deummodogeralessesefeitospodemserdivididosem(Jacobs,2007):

    I.Efeitosprimrios:

    Incluiachamada

    ao

    direta,

    provocada

    pelo

    impacto

    do

    projtil

    contra

    os

    tecidos

    do

    corpo

    eaao

    indireta,quedependerdefatoresfisiolgicosoupsicolgicosdooponenteatingido.Ambasasaesdiretaeindiretasoresponsveisemmaioroumenorgrau,pelosefeitosprimriosdos

    projteisnoalvohumanoepelofenmenodeincapacidadeimediata.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    13/47

    17

    Aaodiretamanifestasepeloschamadosmecanismosdemarteloecunha,provocadospeloimpactodoprojtil,queempurraerasgaostecidos,deslocandoos.

    Aaoindiretaincluidoistiposbsicosdeleses.Oprimeiroconhecidocomocavidadepermanente,queoferimentoprovocadopeloprojtilaoromper

    ostecidos;caracterizaseporumareadenecroselocalizada,proporcionalaotamanhodoprojtilqueatingiuostecidos.

    Osegundodenominadocavidadetemporria,produzidapelointensochoquedoprojtilnamassalquida

    dos

    tecidos.

    Ostecidoselsticoscomoosmsculos,vasossanguneosepelesoretradosapsapassagemdoprojtilvoltandodepoissuaposionormal(DeBakey,2004;Morris&Wood,2000).

    Adimensodareafrontaldoprojtilumfatormajornotamanhodacavidadequecria.Oprojtilpodecriarumacavidadetemporria20a25vezessuperiorreafrontal.

    Otamanhoeaformadascavidadestemporriaepermanentenosonecessariamentedependentesdocalibredaarma;otamanhodestascavidadesdeterminadoprimeiramentepelanaturezadotecidoatingido.

    Os tecidos menos elsticos (como o exemplo do crebro comparativamente com a pele e msculos)produzemreasdecavitaomaiores(Shkrum&Ramsay,2007).

    II.Efeitossecundrios:

    SegundoDomingosTochetto,osefeitossecundriossoosqueresultam,nostirosencostadosoucurtadistncia, da ao dos gases, seus efeitos explosivos, de resduos da combusto da plvora e demicroprojeteis.Estesefeitosnotmnenhumarelaocomopoderde incapacitaodoprojtil,estandooseuestudorestritomedicinalegalesprticasforenses.

    Osgasesdadeflagrao,expelidospelabocadocanocomaltapressoeelevadatemperatura,expandemseearrefecemlogoaseguireseusefeitoscessamdeseproduzirdistnciabastantecurtadabocadocano.

    A regio espacial varrida pelos elementos que constituem os efeitos explosivos compreende trs zonasdistintas:

    ZonadeChama:

    A zona de chama, tambm denominada zona de chamuscamento ou zona de queimadura, produzidapelosgasessuperaquecidose inflamadosquesedesprendemporocasiodostirosencostadoseatingemoalvo,produzindoqueimaduradapeledaregio,dospelosedasvestes.

    Estazonacircundaoorifciodeentrada,nostirosperpendiculareseestpresentenostirosencostadosoumuitoprximos.

    A zona de chama serve para o diagnstico do orifcio de entrada, da distncia e direo do tiro, daquantidadedecarga(plvora)edoambienteemquefoirealizadootiro.

    ZonasdeEsfumaamento:

    Azonadeesfumaamentoproduzidapelodepsitodefuligemoriundadacombustoaoredordoorifciodeentrada.

    A zona de esfumaamento formada pelos resduos finos e impalpveis que, sob a forma depequenssimaspartculas,ficamaderidosaoplanodoalvo,sendofacilmenteremovidosporlavagem.

    Suas dimenses e seu grau de concentrao proporcionam elementos para fundamentar uma convicoquantodireoedistnciadotiroemrelaoaoalvo.

    Azonadeesfumaamentoestpresentenostiroscurtadistncia.Searegioatingidaestivercobertaporvestes,estaspoderoreterodepsitodefuligem.

    ZonadeTatuagem:

    Azonadetatuagemproduzidapelosgrosdeplvoracombusta,ounoque,aoatingiremoalvo,neleseincrustamaoredordoorifciodeentrada.

    A zona de tatuagem determinada pelos resduos maiores (slidos) de plvora incombusta ouparcialmentecomburidaepequenosfragmentosquesedesprendemdoprojtil.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    14/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos18

    Devidomaiormassaemaiorforaviva,vencemmaiordistnciaepenetramnomaterialdoalvocomomicroprojeteis,incrustandonestedeformamaisoumenosprofunda,nosendoremovveisporlavagem.

    SinaldeHofmann:

    Aparece em disparos efetuados com a boca do cano encostada pele. A expanso dos gases ocorrerdentrodeumtnelabertopeloprojtil,emqueasbordasda leso ficamdilaceradas,devidoaorefluxode

    gases,

    e

    voltadas

    para

    fora.

    Internamenteoefeitoexplosivosemanifestaporintensadevastaodetecidos,formandosenotrajetoachamadacmarademinadeHofmann.

    SinaldePuppeWerkgartner:

    Apareceemdisparosefetuadoscomabocadocanoencostada.Aoredordoorifciodeentradaficaamarcadocanodaarma,formadoporqueimadura.

    SinaldeBenassi:

    Encontrado

    na

    tbua

    ssea

    do

    crnio

    e

    de

    arcos

    costais,

    em

    disparos

    encostados

    pele

    ou

    bem

    prximos.

    Oconedeimpurezasefuligemformaumadeposioaoredordoorifcionatbuassea.

    Poderlesivodasarmasdefogo:

    Existemmltiplosfatoresquedeterminamopoderlesivodasarmasdefogo;soeles(Prezetal,2006):Distnciaaqueseefetuaodisparo:Energiacintica(Ek)doprojtildisparado(EK=1/2massaxvelocidade2).Formadoprojtil.Localizaodoorifciodeentrada.Trajetriadoprojtil.Cavidadetemporria.Desacelerao

    MorfologiadasLAF

    De uma maneira esquemtica tm que se considerar nas Leses por Armas de Fogo LAF o orifcio deentrada(OE),otrajetoeeventualmenteoorifciodesada(OS).

    Disparar no dorso de um indivduo que se encontra em fuga versus no trax de algum que se tentadefender de um ataque destaca a importncia de diferenciar os orifcios de entrada dos orifcios de sada.FelizmenteaaplicaodealgunsconceitosbsicospermiteadiferenciaodoOEedoOS(Dentonetal,2006).

    Lesodeentrada:geralmentenicaporcadadisparo,emboratambmpossasermltipla(porexemploumabalaqueatingeotraxdepoisdeteratravessadoumbraoouseabalasefragmentaantesdeatingiroalvo)(Calabuig,2001;Tokdemir,2006).

    Relativamente lesodeentradatmqueseconsiderar isoladamente2componentes:oorifcioeoseucontorno,chamadohabitualmentedetatuagem.

    Orifciodeentrada:

    A sua forma habitualmente arredondada ou ovalada. Nas leses feitas a grande distncia, o orifcioadoptaaformaovaloudefendalinear,fazendolembrarlesesprovocadasporobjetosperfurantesoucortoperfurantes.Nosdisparos feitosacurtadistncia,a lesoadquireumaspectorasgado,emestrela,devidoaodosgasesquesedifundemcomviolnciasobapele(Calabuig,2001).

    AsdimensesdoOEsovariadas,dependendodaformadoprojtil,dadistnciaaquefeitoodisparoedaforaqueoprojtilpossuiaoembaternapele(Calabuig,2001).

    OlocalanatmicodoOEutilizadoparasuportarourefutaramaneirademorteeassuascircunstncias(Blumenthal, 2007). Tambm o nmero deOE pode dar informaes importantes relativas natureza dos

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    15/47

    19

    disparos. Assim, no caso de disparos mltiplos a probabilidade de se tratar de suicdio fica diminuda(Tokdemiretal,2006).

    Tatuagem:

    Recebem este nome as formaes resultantes do disparo que se desenham volta doOE e fornecemimportantesindicaesdiagnsticasmdicolegais.

    necessrio

    considerar

    dois

    componentes

    da

    tatuagem

    o

    halo

    de

    contuso

    e

    a

    tatuagem

    propriamente

    ditaOhalodecontuso limitado,apenascom1mm oupouco mais,apresentacoloraoescurae svezes

    enegrecidapelaplvora.ConstituiumelementocaractersticodoOE,quandoodisparofeitoadistnciaqueincluaolimitedeao

    doprojtil.OOSpodeexcepcionalmenteapresentarhalodecontusoquandoocorposeencontravaencostadoauma

    superfcieduracomoocasodeumaparedeoucadeira.Ohalopodeadoptarumaformacircularquerodeiatodooorifcio(disparosperpendiculares)ouformasemilunar(disparosoblquos), indicandonesteltimo,ongulodechoquedoprojtilsobreoalvo.

    Nasuaformaointervmvriosmecanismos:

    A

    contuso

    da

    pele,

    pela

    bala

    durante

    o

    choque.

    Aerosoqueadistensodapeleoriginarantesdeprovocarperfuraoeverdadeirasroturasdasfibrascutneas.

    Oarranhodoprojtilsobreapeledeprimidaemdedodeluva

    Trajeto:

    Podesernicooumltiplo,seoprojtilsefragmentaduranteasuapassagempelostecidos.Podemserretilneosseseguemadireododisparooucomdesvioseembatememsuperfciessseas.Odimetrodotrajetonocostumaseruniformeealargasedevidoadeformaessofridaspeloprojtile

    sobretudoconsequnciados fragmentossseosecorpos estranhosqueoprojtilmobiliza earrasta nasuapassagem.

    caracterstico o interior do trajeto preencherse de sangue, de modo que no cadver o trajeto sereconhecepelalinhadesanguequemarcaapassagemdoprojtil.

    Encontrarerecolheroprojtiltemuminteresseeimportnciacapitalnosprocedimentosmdicolegais.Para facilitar a localizao do projtil, dever recorrerse a alguma tcnica imagiolgica, seja ela uma

    radiografia simples, uma radioscopia ou tcnicas que fornecem maior pormenor, como a tomografiacomputorizada(TC)ouaressonncianuclearmagntica(RNM).

    Outroprocedimentopossvelapassagemdecogulossanguneosencontradosnascavidadesabdominais,torcicas, etc., por um filtro, com o objetivo de encontrar os projteis que muitas vezes ficam englobadosneles(Calabuig,2001).

    Orifciodesada(OS):

    pordefinioinconstanteenoexistequandooprojtilficaretidonostecidos.Asuaformaedimensesvariam muito. Depende primeiramente dos planos que o projtil atravessou; se passou unicamente portecidos moles o OS pode ser circular ou oval, de dimetro idntico ou pouco maior que o OE ou aindaapresentarumaconfiguraodefendalongitudinal(Calabuig,2001).

    Para alguns autores mesmo considerado um equvoco comum dizer que o OS dever apresentardimenses maiores que o OE; no dever ser a dimenso do orifcio mas sim a ausncia da margem deabrasoquedistingueumOSdeumOE(Dentonetal,2006).

    Os seus bordos costumam estar evertidos e por vezes apresenta gordura do tecido celular subcutneo,arrastadopeloprojtil.Seoprojtiltiversidodeformado,entooOSsermaioremaisirregular.

    Quando o projtil atravessa o tecido sseo, os fragmentos desprendidos e arrastados saem pelo OS,produzindolesesgrandeseirregularescomdesprendimentoelaceraodostecidos.

    AproduodoOSdependesomentedapassagemdoprojtileno intervmosrestanteselementosdodisparo,carecedehalodecontusoetatuagem,sendoesteselementosnegativosfundamentaisparaoseudiagnstico(Calabuig,2001).

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    16/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos20

    Porrazesdeclaridadeeconsistncia,deversempredescreverseotrajetodoprojtilcomoseocorpodavtimaestivessenaposioanatmicapadroquandofoifeitoodisparo,isto,comoseavtimaestivessenaposiodeortostatismo,comosmembrossuperioresemextensoecomaspalmasdasmosviradasparaafrente(Dentonetal,2006).

    NumarevisodesuicdiosehomicdiosporLAFcranianas,foipossvelobservarOSemcercademetadedossuicdioseem20%doshomicdios(Shkrum&Ramsay,2007).

    Ocasionalmente, maior nmero de OS que OE podem ser observados quando existe fragmentao ou

    exploso

    dos

    projteis

    dentro

    do

    corpo

    humano

    (De

    Giorgio

    &

    Raimio,

    2007).

    MORTEPRODUZIDAPORQUEIMADURA

    A maioria das pessoas pensa que o calor a nica causa de queimaduras, mas algumas substnciasqumicaseacorrenteeltricatambmpodemprovoclas.Apesardapeleser,normalmente,apartedocorpoquesequeima,ostecidosqueseencontramporbaixotambmpodemserafetadoseat,porvezes,podemficarqueimadososrgosinternosmasnoapele.Porexemplo,ofatodeseingerirumlquidomuitoquenteouumasubstnciacustica,comoocido,podequeimaroesfagoeoestmago.Ainalaodefumoedearquenteprovenientesdofogodeumedifcioemchamaspodequeimarospulmes.

    Ostecidosqueimadospodemmorrer.Quandoosvasossanguneosficamdanificadosporumaqueimadura,

    escapase

    lquido

    do

    seu

    interior

    eisso

    provoca

    inchao.

    Numa

    queimadura

    extensa,

    agrande

    perda

    de

    lquido

    apartirdofuncionamentoanormaldosvasossanguneospodeprovocarumquadrodechoque.Nestagravesituao,atensoarterialbaixatantoquemuitopoucosanguechegaaocrebroeaoutrosrgosvitais.

    As queimaduras provocadas pela eletricidade podem ser devidas a temperaturas de mais de 5000C,geradas pela passagem de uma corrente eltrica, desde a fonte de energia at ao corpo. Este tipo dequeimaduras, por vezes chamadas queimaduras de arco eltrica, costumam destruir e carbonizarcompletamenteapelenopontoemqueacorrenteentranocorpo.Comoaresistncia(capacidadedocorpopara deter ou desacelerar o fluxo de corrente) no ponto onde a pele entra em contato com a fonte deeletricidadealta,grandepartedessaenergiaconverteseemcalore,porisso,queimaasuperfcie.

    A maioria das queimaduras provocadas pela eletricidade tambm danificam gravemente os tecidoslocalizadossobapele.Estasqueimaduravariamemextensoeprofundidadeepodemafetarumareamuito

    maiordo

    que

    apele

    queimada

    sugere.

    Os

    grandes

    choques

    eltricos

    podem

    paralisar

    arespirao

    ealterar

    o

    ritmocardaco,provocandobatimentosperigosamenteirregulares(arritmias).As queimaduras por agentes qumicos podem ser provocadas por produtos irritantes e venenosos,

    incluindocidosealcalisfortes,fenisecresis(solventesorgnicos),gsmostardaefsforo.Estaslesessocapazesdeprovocaramortedotecido,quepodeprogredirlentamentedurantehoras,inclusivamentedepoisdaqueimadura.

    Sintomas

    Agravidadedeumaqueimaduradependedaquantidade de tecidoafetado eda profundidade da leso,quesedescrevecomodeprimeiro,desegundooudeterceirograu.

    Asqueimadurasdeprimeirograusoasmenosgraves.Apelequeimadatornasevermelha,dorida,muitosensvelaotactoemidaou inchada.Areaqueimadatornasebrancaaotocla ligeiramente,masnoseformambolhas.

    Asqueimadurasdesegundograuprovocamumdanomaisprofundo.Formamsebolhasnapele,cujabasepodeservermelhaoubranca,asquaisestocheiasdeumlquidoclaroeespesso.Aleso,dolorosaaotacto,podetornarsebrancaaotocla.

    Asqueimadurasde terceiro grau provocam uma leso ainda mais profunda. A superfcie cutnea podeestarbrancaeamolecidaounegra,carbonizadaeendurecida.Comoazonaqueimadapodeterumacolorao

    plida,pode

    se

    confundi

    la

    com

    pele

    normal

    nas

    pessoas

    de

    tez

    clara,

    embora

    no

    se

    torne

    branca

    ao

    tacto.

    Os glbulos vermelhos danificados da zona lesionada podem fazer com que a mesma adquira uma corvermelhaintensa.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    17/47

    21

    Em certos casos, na pele queimada aparecem bolhas e os pelos desta zona costumam ser facilmentearrancadospelaraiz.Areaafetadaperdeasensibilidadeaotacto.Geralmente,asqueimadurasdeterceirograunodoem,porqueosterminaisnervososdapeleficamdestrudos.

    MORTEPRODUZIDAPORASFIXIA

    Asdefiniespropostaspelosdiversosautoressobreasfixiaconvergemparaa interrupodarespirao.

    Asdiversas

    modalidades

    de

    morte

    por

    asfixia

    podem

    ser

    englobadas

    na

    classificao

    seguinte:

    Enforcamento:

    Aomecnicaporlao,promovendoconstriodopescoo.Olaoacionadopelaaodoprpriopesodoindivduo.

    Estrangulamento:

    Namorteporestrangulamentoolaoacionado,nopelopesodavtima,masporforadiversa.

    Esganadura:

    Namaioriadoscasos,devidoaoempregodasmosnaconsumaodofato,restamvestgiosdeequimoseseescoriaesproduzidaspelapressoviolentadosdedoseunhas.

    Sufocao:

    A sufocao consiste na concluso das vias respiratrias. A presena, local, de panos impregnados delquidosbiolgicos,comosaliva,vmito,etc.,pode,svezes,indicarestetipodeasfixia.

    Soterramento:

    Amorteporsoterramentoocorreoarpresentenasviasrespiratriassubstitudoporelementosslidos,geralmenteareia.Humprocessodeasfixiaque,peladuraoedimensodoagenteprodutor,levamorte.Os sinais caractersticos so a presena de estranhas nas cavidades bucal e nasal bem como na traquia ebrnquios.

    Afogamento:

    umaasfixiamecnicaqueocorrenatransiodomeiogasosoparaoutrotipodemeio,nocasolquido.Amorteporafogamento,quandocriminosa,viadenegra,apresentavestgioscaractersticos,como:presenadepeso amarrado vtima, para facilitar a submerso, colocao de amarras s mos, etc., exceto quando

    afogamentofor

    por

    imerso

    eno

    submerso.

    MORTEPRODUZIDAPORPRECIPITAO.

    Amorteprovocadaporprecipitao,sejadajaneladoaltodeumedifcio,deumterraoousacada,sejadeuma ribanceira, apresenta srios obstculos para a determinao de sua causajurdica, isto , para que severifiquesesetratadehomicdio,suicdioouacidente,emboranenhumadashiptesessejainsolvel.

    Nos exames de locais dessa natureza, nem sempre o Perito encontra elementos seguros para fazer adiferenciao, porque para nenhuma das hipteses, como procuraremos mostrar, a rigor, existemcaractersticasespecficas.

    Ohomicidapode lanarocorpodesuavtimadeumplanosuperior,nosparasimularsuicdio,como

    parasugerir

    um

    acidente.

    Eno

    resta

    dvida

    que

    poderia

    apenas

    estar

    tentando

    ocultar

    ocorpo

    de

    sua

    vtima.

    Normalmente, as injrias que podem ser observadas em casos desse tipo so multiformes, variadas eatpicas. Em no havendo vestgios seguros de outras causas de morte, como o envenenamento,

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    18/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos22

    enforcamento,estrangulamento,esganadura, ferimentos letaisproduzidosporarmade fogoouprovocadospelautilizaodearmabranca,odiagnsticosetornaextremamentedifcil.

    Mas,dequalquerforma,existemcertosindciosquebemobservadospodemorientaroPerito,sendocertomesmo que a conjugao da perinecroscopia com o resultado da necrpsia altamente proveitosa, nopodendomesmo,dissociaremseessesdoisprocedimentospericiais.

    Nocorpo deum indivduoque, rolandodeuma ribanceira,vemaperecer,almdas lesesmortais,soencontradas outras que, bem interpretadas, podem mostrar, no s que foram produzidas em vida, como,

    tambm,

    ensejam

    o

    estudo

    da

    direo

    ou

    sentido

    seguido

    pelo

    corpo

    na

    queda.

    bemverdadequeessasescoriaestambmpodemserverificadasnocorpoqueprojetadosemvida.Masnoserdifcildeterminarseasuaorigem"postmortem",amenosqueaquedaseprocesselogoapsacessao da vida. Nesta ltima circunstncia, o que agrava o problema, os ferimentos "intravitam" seconfundemcomos"postmortem".

    Paratentarumasoluo,oPeritodevelevaremconsideraoosseguinteselementos:oindivduoquecai,acidentalmente,nasuatrajetria,realiza,sempre,movimentosinstintivosdedefesa.Essesmovimentos,queso traduzidos por um esforo ingente de se agarrar em alguma cousa que detenha a sua queda, provocalesesnasmos.

    Nas quedas acidentais de ribanceira, via de regra, so encontradas nas mos da vtima arranhaduras,cortes, issoquandoemsuamonopermanecemtufosdevegetao.Sobasunhas,podemserverificadas

    pores

    de

    terra

    e

    at

    mesmo

    pequenos

    gravetos.

    Quandoavtimaarremessada,seantesnotiversidoprivadadosentidoenoforapanhadadesurpresa,viaderegra,seucorpocaipesadamente,sem rolarpelaencostadaribanceira,daiporqueraramente ficamregistrados os sinais de defesa. A verificao do ponto de onde a queda teve incio bastante proveitosaporqueossinaisdeluta vegetaopisada,arbustosquebrados,etc podemdenunciarohomicdio.

    Oindivduoquesesuicidaseatirandodoaltodeumaribanceira,geralmente,atingeofundosemtocarnassuasparedes,eporissoossinaisdedefesaerolamentonoexistem.Poroutrolado,nolocalondeavtimaseatirounosoencontradosvestgiosdeluta.

    Naquedadoaltodeum edifcio,oexamedo localdparcacontribuio.Nemsempresoencontradossinais de luta, denunciadores do homicdio, mesmo porque eles podem ter sido suprimidos pelo prpriohomicida. Mas o exame do corpo da vtima, tanto na perinecroscopia como na necropsia, pode revelar anaturezadaocorrncia.

    Noscasosdequedaacidental,nopercursoentreopontode inciodaprecipitaoeo impactocontraosolo,avtimaprocuraseagarraremsalincias,comopeitorildejanelas, terraos,platibandas, provocando,nasmos,ferimentoscaractersticosdedefesa.Viaderegra,avtimacaimuitopertodoperfildoprdio.Oexame das roupas da vtima poder mostrar o atritamento do corpo contra a parede do edifcio, deixandovestgiosdetinta,caliaeoutrassujidades.

    No homicdio, alm dos sinais de luta que podero ser encontrados no interior do ambiente do qual avtimafoiprojetadanoespao,noseucorpo,viaderegra,externamente,nosoencontradosferimentosdedefesa.Seavtimanoestiverprivadadaconscincia,claroqueprocurarevitarsuaquedae,comoesforo,seucorponopercorrepequenadistncianahorizontalparaento iniciaraquedavertical.Em razodisso,seucorpoficar,nosolo,aumadistnciamaiordoprdiodoquenoprimeirocaso.Aindaemconsequnciadisso,avtimanotempossibilidadedetentarseagarraremsalinciasdoprdiopara impedirsuaqueda.Anosernocasoemque,impossibilitadadereagir,elasejaempurradapelohomicida.Nestecaso,asuaquedase dar em stio bem prximo do prdio, como se tratasse de queda acidental. Mas, dado o estado deinconscincia,avtimanoexecutamovimentosinstintivosdedefesaemesmoqueseucorpopasseprximodeobstculos,elanopodedelessevalerparaampararsuaqueda.

    Noprimeirocaso,oexamedetidodassuasvestespodermostrarvestgiosde luta,comoarrancamentodosbotes,rasgaduraseoutrosquenopoderiamresultardasimplesquedadocorpoenemdoseuimpactocontra o solo. No exame do corpo, tambm podero ser constatadas violncias estranhas queda, quedenunciamaaodeterceirosparaaqueleresultado.

    Finalmente, no suicdio, a vtima salta do plano superior e no procura deter a queda, caindo como umpesomorto.Seucorpo,entretanto,dadooimpulsodosalto,cairbemlongedoperfildaconstruo.Nassuasvestesenoseucorpoinexistemvestgiosqueindicamlutaoutentativadedefesa,amenosquenopercurso,odespertar do instinto de conservao, a tenha levado a procurarevitar a queda,arrependendose do gestoimpensado.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    19/47

    23

    EXERCCIOS

    NOESDECRIMINALSTICA1

    01. A ao ou omisso ilcita, tipificada na norma penal como tal, atingindo desta forma algum valor socialsignificativoemdeterminadomomentohistricodavidaderelaesdefine:

    a)Localdecrime

    b)Fraude

    c)Crimed)Infrao

    02.Soostrspressupostosindispensveisqueconstituemumcrime,exceto:a)Armab)Criminosoc)Localdosacontecimentosd)Vtima

    03.Aporodoespaocompreendidanumraioque,tendopororigemopontonoqualconstatadoofato,se

    estendaaabranger

    todos

    os

    lugares

    que,

    aparente,

    necessria

    ou

    presumivelmente,

    hajam

    sido

    praticados

    pelocriminoso,oucriminosos,osatosmateriais,preliminaresouposteriores,consumaododelitoecomestesdiretamenterelacionados,define:

    a)Localmediatob)Localdecrimec)Localdosacontecimentosd)Localimediato

    04.Soelementosquecompemolocaldecrime,exceto:a)Corpodedelitob)Vestgios

    c)Indcios

    d)Localizaonica

    05.Oconceitomaisadequadodeferidascontusas:a) So leses que produzem feridas com um orifcio de entrada, um trajeto e ocasionalmente, um

    orifciodesada.b)Socausadasporinstrumentosdesalinciaobtusaedesuperfcieduraquesechocamcomviolncia

    contraocorpohumano.c)Solesesincisasproduzidasporinstrumentoscortantes.d)Soosferimentosocasionadospelosinstrumentosque,mesmosendoportadoresdegumeoucorte,

    soinfluenciadospelaaocontundente,querpeloseuprpriopeso,querpelaforaativadequem

    maneja.

    06.Marqueaafirmativaincorreta:a) Local mediato a reaadjacente ao local imediato,geograficamente ligadaa ele e em quehaja a

    possibilidadedeseremencontradosvestgiosdeinteressecriminalsticorelativosaofatoinvestigado.b)Localrelacionadoqualquer lugarsem ligaogeogrficacomo localdecrime,masquepossaser

    relacionadoaeleouvenhaacontribuircomocontextodoexamepericial.c)LocalImediatoaquelaporodeespaoocupadapelocorpodedelitoeseuderredoraproximado.

    nolocalimediatoquenomaisdasvezes,seconcentramosvestgiosdemaiorvaliaparaosexamespericiais.

    d)EmtermosespaciaisLocaldecrimesedivideemimediato,mediato,relacionadoeidneo.

    (

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    20/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos24

    07.Quandodeverserfeitaperciacriminalsticaemumlocaldecrime:a)Acritriodosperitos.b)Acritriodaautoridadepolicialc)Quantoaprticadainfraopenaldeixarvestgiosd)Acritriodosjuzes

    08.Marqueaafirmativaincorreta:

    a)

    Criminalstica

    a

    disciplina

    que

    tem

    por

    objetivo

    o

    reconhecimento

    e

    interpretao

    dos

    indcios

    materiaisextrnsecos,relativosaocrimeouidentidadedocriminoso.b)So inadmissveis,devendoserdesentranhadasdoprocesso,asprovas ilcitas,assimentendidasas

    obtidasemviolaoanormasconstitucionaisoulegais.c)Quandoainfraodeixarvestgios,serindispensveloexamedecorpodedelito,diretoouindireto,

    nopodendosupriloaconfissodoacusado.d)Oexamedecorpodedelitoeoutrasperciassempreserorealizadosporperitooficial,portadorde

    diplomadecursosuperior.

    09.Marqueaafirmativacorreta:a)Ojuiznoficaradstritoaolaudo,podendoaceitloourejeitlo,notodoouemparte.

    b)

    No

    ser

    facultada

    ao

    ofendido

    a

    indicao

    de

    assistente

    tcnico.

    c)Olaudopericialserelaboradonoprazomximode30dias,podendoesteprazoserprorrogado,emcasosexcepcionais,arequerimentodosperitos.

    d)Aautpsiaserfeitapelomenosseishorasdepoisdobito,salvoseosperitos,pelaevidnciadossinaisdemorte,julgaremquepossaserfeitaantesdaqueleprazo,oquedeclararonoauto.

    e)Oexamedecorpodedelitospoderserfeitoduranteodia.

    10.Marqueaafirmativaincorreta:a)Aexumaoparaexamecadavricodeserpreviamentemarcadaelavradoumautocircunstanciado.b) Havendo dvida sobre a identidade do cadver exumado, procederse ao reconhecimento pelo

    Institutode IdentificaoeEstatsticaourepartiocongnereoupela inquiriode testemunhas,lavrandoseautodereconhecimentoedeidentidade,noqualsedescreverocadver,comtodosossinaiseindicaes.

    c)Oscadveresnopoderoser fotografadosnaposioemqueforemencontrados,bemcomonopoderoserfotografadasaslesesexternasdevendoissoserfeitoapenasnaautpsia.

    d) No sendo possvel o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestgios, a provatestemunhalpodersuprirlheafalta.

    11.Marqueaalternativaincorreta:a)Apsfinalizadooautodecorpodedelito,omesmonopoderseralterado.b)Paraoefeitodeexamedo localondehouversidopraticadaa infrao,aautoridadeprovidenciar

    imediatamenteparaquenosealtereoestadodascoisasatachegadadosperitos.c) Nas percias de laboratrio, os peritos guardaro material suficiente para a eventualidade de nova

    percia.d)Noscrimescometidoscomdestruioourompimentodeobstculoasubtraodacoisa,oupormeio

    de escalada, os peritos, alm de descrever os vestgios, indicaro com que instrumentos, por quemeioseemquepocapresumemtersidoofatopraticado.

    12.Marqueaafirmativacorreta:a)Aautoridadeeaspartespoderoformularquesitosatoatodadiligncia.b)Seimpossvelaavaliaodireta,osperitosprocederoavaliaopormeiodoselementosexistentes

    nosautosedosqueresultaremdediligncias.c) Os peritos registraro, no laudo, as alteraes do estado das coisas e discutiro, no relatrio, as

    consequnciasdessasalteraesnadinmicadosfatos.d) No caso de incndio, os peritos sero substitudos por profissionais do corpo de bombeiros, que

    verificaroacausaeolugaremquehouvercomeado,operigoquedeletiverresultadoparaavidaou para o patrimnio alheio, a extenso do dano e o seu valor e as demais circunstncias queinteressaremelucidaodofato.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    21/47

    25

    13.Noexameparaoreconhecimentodeescritos,porcomparaodeletra,observarseoseguinte,EXCETO:a)apessoaaquemseatribuaousepossaatribuiroescritoserintimadaparaoato,seforencontrada.b) para a comparao, podero servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ouj

    tiverem sidojudicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade nohouverdvida.

    c) a autoridade, quando necessrio, requisitar, para o exame, os documentos que existirem emarquivos ou estabelecimentos pblicos, ou nestes realizar a diligncia, se da no puderem ser

    retirados;

    d)quandonohouverescritosparaacomparaoouforeminsuficientesosexibidos,aautoridadenomandarqueapessoaescrevaoquelheforditado.

    14.Marqueaafirmativaincorreta:a)Aautoridadenopodertambmordenarqueseprocedaanovoexame,poroutrosperitos,sejulgar

    conveniente.b) Sero sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prtica da infrao, a fim de se lhes

    verificaranaturezaeaeficincia.c) No ser necessrio, avaliao de coisas destrudas, deterioradas ou que constituam produto do

    crime.

    d)

    No

    ser

    facultada

    ao

    ofendido

    a

    indicao

    de

    assistente

    tcnico.

    15.Julgueemarqueaafirmativaincorreta:a) Os elementos formadores da evidncia fsica perdero sua autenticidade quando o local no foi

    isoladoadequadamente.b)Localidneoaquelequenosofreualteraes,quefoidevidamenteisoladoepreservado,talcomo

    foideixadoapsaconsumaodofato,permitindoumcompletoeeficienteexamepericial.c) Local relacionado aquele em que o fato ocorre em dois ou mais locais, bastante distante um do

    outro.d)O localondeocorreuo fato recebeadenominaode"ambientemediato",easreasadjacentes,

    constitudas pela rea intermediria entre o local do fato e o grande ambiente exterior recebe adenominaode"ambienteimediato.

    16.Oisolamentodolocalobserva3fasesdistintas.Emrelaoaoassunto,marqueaalternativacorreta:a)Aprimeiracompreendeoperodoentreaocorrnciadocrimeatachegadadoperitocriminal.b)Asegundafasecompreendeoperododesdeachegadadoperitocriminalatocomparecimentodo

    delegadodepolcia.c)Aterceirafaseaqueladesdeomomentoqueaautoridadepolicialjestnolocal,atachegadados

    peritoscriminais.d)Asegundafasecompreendeoperododesdeachegadadoprimeiropolicialatocomparecimento

    doperitocriminal.

    17.Marqueaafirmativaincorreta:a)Vestgiotodoobjetooumaterialbrutoconstatadoe/ourecolhidoemumlocaldecrimeparaanlise

    posterior.b)Indciosumaexpressoutilizadanomeiojurdicoquesignificacadaumadasinformaes(periciais

    ouno)relacionadascomocrime.c)Evidnciaovestgio,queapsasdevidasanlises,temconstatada,tcnicaecientificamente,asua

    relaocomocrime.d)Ovestgioaponta,oindcioencaminha.

    18.instrumentoscortocontundente:a)Foice.b)punhal.c)Armadefogo.d)Martelo.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    22/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos26

    19.instrumentocontundente:a)Machadob)Navalhac)Agulhasd)Bastodebeisebol

    20.instrumentoperfurocontundente:

    a)

    Canivete.

    b)Armadefogoc)Faces.d)Prego.

    21.instrumentopunctrio:a)Estileteb)Coronhadearmac)Lminadebarbeard)Facasespeciais

    22.

    Marque

    a

    alternativa

    errada:

    a) os efeitos primrios provocados por arma de fogo inclui a chamada ao direta, provocada peloimpactodoprojtilcontraostecidosdocorpo.

    b)osefeitossecundriossoosqueresultam,nos tirosencostadosouacurtadistncia,daaodosgases,seusefeitosexplosivos,deresduosdacombustodaplvoraedemicroprojeteis.

    c)Azonadechama,tambmdenominadazonadechamuscamentoouzonadequeimadura.d)Adistncianointerferenopoderlesivodasarmasdefogo.

    GABARITO

    01.C 02.A 03.D 04.D 05.B 06.D 07.C 08.D 09.B 10.C

    11.A 12.D 13.D 14.A 15.D 16.C 17.D 18.A 19.D 20.B

    21.A 22.D

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    23/47

    27

    NOESDECRIMINALSTICA2

    01.Estrelacionadoaoconceitodecriminalstica,exceto:a)Interpretaodosindciosmateriaisextrnsecos.b)Renecontribuiesdasvriascincias.c)umacincia.d)Indicaosmeiosparadescobertadecrimes.

    02.Arespeitodocdigodeprocessopenal,marqueaalternativafalsa:a)Ojuizformarsuaconvicopelalivreapreciaodaprovaproduzidaemcontraditriojudicial.b)Aprovadaalegaoincumbiraquemafizer.c)Soinadmissveis,devendoserdesentranhadasdoprocesso,asprovasilcitas.d)Soadmissveisasprovasderivadasdasilcitas.

    03.Arespeitodocorpodedelito,marqueaalternativafalsa:a)Nafaltadeperitooficial,oexameserrealizadopor2(duas)pessoas.b)Oexamedecorpodedelitopodeserdiretoouindireto.c)Osperitosnooficiaisprestaroocompromissodebemefielmentedesempenharoencargo.

    d)

    s

    partes

    sero

    facultadas

    a

    formulao

    de

    quesitos

    e

    a

    indicao

    de

    assistente

    tcnico.

    04.Duranteocursodoprocessojudicial,permitidospartes,quantopercia,exceto:a)Requereraoitivadosperitos.b)Apresentarquesitosouquestesaseremesclarecidasdesde queencaminhadoscomantecedncia

    mnimade30(trinta)dias.c)Indicarassistentestcnicos.d)Oassistentetcnicoatuarapartirdesuaadmissopelojuiz.

    05.Arespeitodolaudopericial,marqueaalternativaincorreta:a) Os peritos elaboraro o laudo pericial, onde descrevero minuciosamente o que examinarem, e

    responderoaosquesitosformulados.b)Olaudopericialserelaboradonoprazomximode10dias,podendoesteprazoserprorrogado,em

    casosexcepcionais,arequerimentodosperitos.c)Oexamedecorpodedelitopoderserfeitoapenasduranteodia.d)Aautpsiaserfeitapelomenosseishorasdepoisdobito,salvoseosperitos,pelaevidnciados

    sinaisdemorte,julgaremquepossaserfeitaantesdaqueleprazo,oquedeclararonoauto.

    06.Arespeitodolaudopericial,marqueaalternativacerta:a)Noscasosdemorteviolenta,emcasosespecficos,bastarosimplesexameexternodocadver.b)Oscadveresserosemprefotografadosnaposioemqueforemencontrados.c) Tambm, na medida do possvel, devero ser fotografados todas as leses externas e vestgios

    deixadosnolocaldocrime.d) No sendo possvel o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestgios, a prova

    testemunhalpodersuprirlheafalta.

    07. Arespeitodolaudopericial,marqueaincorreta:a) Em caso de leses corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, procederse a

    examecomplementar.b)Noexamecomplementar,osperitosnoprecisarodoautodecorpodedelitoinicial.c)Olaudocomplementartemafinalidadedesupriradeficinciaouretificarolaudoinicial.d)Afaltadeexamecomplementarpodersersupridapelaprovatestemunhal.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    24/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos28

    08.Comrelaoapreservaodolocal,marqueaincorreta:a)Olocaldecrimeondehouversidopraticadaainfrao.b)Aautoridadeprovidenciarimediatamenteparaquenosealtereoestadodascoisasatachegada

    dosperitos.c)Osperitosnoregistraro,nolaudo,asalteraesdoestadodascoisas,discutindoasconsequncias

    dessasalteraesnadinmicadosfatos.d)Osperitospoderoinstruirseuslaudoscomfotografias,desenhosouesquemaselucidativos.

    09.Comrespeitoaatividadepericial,marqueaalternativafalsa.a)Nas percias de laboratrio, osperitos guardaro material suficiente paraaeventualidade denova

    percia.b)Noscrimescometidoscomdestruioourompimentodeobstculoasubtraodacoisa,oupormeio

    deescalada,osperitos,almdedescreverosvestgios.c)Nocasodeincndio,osperitosverificaroacausaeolugaremquehouvercomeado.d)Procederse,quandonecessrio,avaliaodecoisasdestrudas,deterioradasouqueconstituam

    produtodocrimeapenasdeformadireta.

    10.Noexameparaoreconhecimentodeescritos,porcomparaodeletra,marqueaafirmativafalsa:

    a)

    Para

    a

    comparao,

    podero

    servir

    quaisquer

    documentos

    que

    a

    dita

    pessoa

    reconhecer.

    b)Aautoridademandarqueapessoaescrevaoquelheforditado,fatoquedeversercumpridopelapessoa.

    c)Umaltimadilignciapoderserfeitaporprecatria,emqueseconsignaroaspalavrasqueapessoaserintimadaaescrever.

    d)Apessoaaquemseatribuaousepossaatribuiroescritoserintimadaparaoato.

    11.Marqueaafirmativaincorreta:a)Noserosujeitosaexameosinstrumentosempregadosparaaprticadainfrao,afimdeselhes

    verificaranaturezaeaeficincia.b)Noexameporprecatria,anomeaodosperitosfarsesemprenojuzodeprecado.c)Oexamepericialserrequisitadopelaautoridadeaodiretordarepartio,juntandoseaoprocessoo

    laudoassinadopelosperitos.d)olaudosersubscritoerubricadoemsuasfolhasportodososperitos.

    12.Marqueaafirmativacorreta:a)Ojuizficaradstritoaolaudo.b)Ojuiznopoderaceitarourejeitarolaudo,notodoouemparte.c)Salvoocasodeexamedecorpodedelito,ojuizouaautoridadepolicialnegaraperciarequerida

    pelaspartes,quandofornecessriaaoesclarecimentodaverdade.d) A autoridadepoder tambmordenar quese proceda anovoexame, por outros peritos, sejulgar

    conveniente.

    13.Arespeitodolocaldecrime,marqueaafirmativaincorreta:a)Localdecrimetodoespaofsicoondeocorreuaprticadeinfraopenal.b)Entendesecomolocaldecrimeapenasareafsicaondeocorreuainfraopenal.c)Localdecrimepodeserdefinido,genericamente,comosendoumareafsicaondeocorreuumfato

    noesclarecidoatento queapresentecaractersticase/ouconfiguraesdeumdelito.d)O inciodequalquerprocedimentoparaoesclarecimentodeumdelitosero localondeocorreuo

    crime.

    14.Deacordocomanaturezadocrimeoslocaisdecrimesseclassificamexcetoem:a)Homicdiob)Furtoc)Atropelamentod)Interno

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    25/47

    29

    15.Deacordocomanaturezadareaoslocaisdecrimeseclassificamexcetoem:a)Prximob)Internoc)Relacionadod)Externo

    16.Deacordocomapreservaooslocaisdecrimeseclassificamexcetoem:

    a)

    Idneo.

    b)Violado,inidneoounopreservado.c)Inviolvel.d)Preservadoounoviolado.

    17.Marqueaafirmativaincorreta:a) Um dos grandes e graves problemas das percias em locais onde ocorrem crimes, a grande

    preocupaodasautoridadesemisolarepreservaradequadamenteumlocaldeinfraopenal.b) isolamento a proteo a fim de que o local permanea sem alterao, possibilitando,

    consequentemente,umlevantamentopericialeficaz.c) Para efeito de exame de local onde houver sido praticada a infrao, a autoridade providenciar

    imediatamente

    para

    que

    no

    se

    altere

    o

    estado

    das

    coisas

    at

    a

    chegada

    dos

    peritos.

    d) Em um local de crime, importante destacar que todo elemento encontrado naquele ambiente denominadodevestgio.

    18.Sotcnicasparapreservaodelocaldecrime,exceto:a)Acionarimediatamenteorgopolicialeaempresaomaisrpidopossvel.b)dispensvelarrolartestemunhas.c)Nopermitirotrnsitodepessoasdentrodareadelimitada.d)nomexer,mudaroualteraraposiodocorpoemhiptesenenhuma.

    19.Arespeitodosindcios,evidnciasevestgios,marqueaafirmativafalsa:a)Ovestgioabrange,aevidnciarestringeeoindciocircunstancia.b)OCdigodeProcessoPenalbrasileirotrazque,napresenadevestgios,oexamedecorpodedelito

    serindispensvelsobpenadenulidade.c) o vestgio a evidncia que, aps avaliaes de cunho objetivo, mostrou vinculao direta e

    inequvocacomoeventodelituoso.d)Ovestgioverdadeiroumadepuraototaldoselementosencontradosnolocaldocrime

    20.Sotiposdevestgios,exceto:a)Vestgioverdadeirob)Vestgioilusrioc)Vestgioforjadod)Vestgioindependente

    GABARITO

    01.C 02.D 03.A 04.B 05.C 06.A 07.B 08.C 09.D 10.B

    11.A 12.D 13.B 14.D 15.A 16.C 17.A 18.B 19.C 20.D

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    26/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos30

    NOESDECRIMINALSTICA3

    01.Assinaleaalternativacorreta.a)ACriminalsticanoestudaascircunstnciasdocrimecometido.b)ACriminalsticaserelacionacomtodasascincias,menoscomMedicinaLegal.c)ACriminalsticaserelacionacomtodasascincias.d)ACriminalsticanonecessrianasinvestigaespoliciais.

    e)

    O

    exame

    de

    local

    de

    crime

    no

    revela

    vestgio.

    02.Assinaleaalternativacorreta.a)Osexamespericiaispodemdeterminaraidentidadedocriminoso.b)Aidentidadedocriminosospodeserrealizadapelasprovastestemunhais.c)Omodusoperandi,ouseja,amaneiraeaespciecomofoipraticadoodelitonotemimportncia

    nainvestigaopolicial.d)Atestemunhaoelementosobreoqualincideaaocriminosa.e)AidentidadedeumapessoadeterminadasomentepeloexamedeDNA.

    03.Umadasfunesdapercia

    a)

    no

    permitir

    a

    violao

    do

    local

    b)nodeterminaroinstrumentodocrime.c)nodeterminaramaneiracomoocrimefoiperpetrado.d)noelaborarolaudopericial.e)nopromoverapreservaodolocal.

    04.IdentifiquecomVasafirmativasverdadeirasecomF,asfalsas.( )Objetosencontradosnum localdecrimenodevemsermanuseadosporpoliciaisoucuriosos,antesdachegadadosperitos.( ) O primeiro policial que chega ao local do fato deve efetuar busca em qualquer veculo que estejarelacionadocomocrime,semesperaraconclusodostrabalhospericiais.( ) A coleta dos indcios, no local de crime, deve ocorrer aps a tomada das fotografias.

    Aalternativaquecontmasequnciacorreta,decimaparabaixo,aa)VFVb)FFFc)VVFd)VVVe)FVF

    05.IdentifiquecomVasafirmativasverdadeirasecomF,asfalsas.( ) As manchas de sangue em local de crime no podem ser consideradas como indcios.( )Aviaturadeveserestacionadaomaisprximopossveldocadverparafacilitarotrabalhodosperitos,noscasosdehomicdio.( )Opolicial,paraverificarseavtimatemsinaisvitais,deveseaproximarporumcaminhoeseafastarporoutro,demodoagarantiraintegridadeepreservaodosindcios.

    Aalternativaquecontmasequnciacorreta,decimaparabaixo,aa)VVVb)FFFc)VFVd)FVFe)VVF

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    27/47

    31

    06.IdentifiquecomVasafirmativasverdadeirasecomF,asfalsas.( )Oretratofalado,elaboradopeloperito,umaprovatotalmenteobjetiva.( ) Policiologia e Polcia Cientfica so dois outros nomes pelos quais se conhece a Criminalstica.( )ACriminalsticaacompanhaaevoluodecadaumadascinciasqueaintegram,incorporandocadanovoavano e/ou descoberta para atingir seu objetivo de determinar a origem comum dos indcios.

    Aalternativaquecontmasequnciacorreta,decimaparabaixo,a

    a)

    F

    F

    V

    b)VVFc)VVVd)FVVe)FFF

    07.IdentifiquecomVasafirmativasverdadeirasecomF,asfalsas.( ) Tecnicamente, o tiro s acidental quando efetuado sem o acionamento do gatilho.( ) A simples comparao visual do projtil j permite a identificao individual da arma.( ) Chamuscamento, esfumaamento e tatuagem so indicativos de tiro curta distncia.

    A

    alternativa

    que

    contm

    a

    sequncia

    correta,

    de

    cima

    para

    baixo,

    a

    a)VVVb)VFVc)FFVd)FVFe)VFF

    08. O Cdigo de Processo Penal brasileiro descreve uma srie de procedimentos que, adequadamenteempregados, conferem qualidade ao servio. Entretanto, existem outros fatores relacionados processualsticapenalque influenciamemsuaqualidadeeque,porisso,soconsideradosimportantesfocosdeestudoparaamelhoriadesseservio.Oobjetivomaiordaperciacriminalcaracterizarodelitoe,sepossvel,identificaroautordofato.Paraisso,utilizaumconjuntode procedimentoscientficos relacionados elucidao de umevento delituoso. Acercadessesprocedimentosemlocaldecrime,assinaleaalternativacorreta.

    a)Acadeiadecustdiaolocalutilizadoparaguardaredocumentarasevidnciasusadasemprocessosjudiciais.

    b)Acadeiadecustdiainiciasenolaboratriodeanlise,apsoregistrodomaterial,quando,ento,operitocriminalanalisaeprocedeprovapericialcientfica.

    c) A qualidade desses procedimentos depende de uma srie de cuidados a serem tomados, desde arequisiodeexamepericialataanlisedolaudopericialporpartedaautoridadejudiciria.Fazsenecessrio ento entender sobre a cadeia de custdia. A legislao brasileira no contmsistematicamenteacadeiadecustdiadeformaprecisa.

    d) Somente alguns procedimentos relacionados evidncia, como a coleta, exigem cuidados econdiesmnimasdesegurana.

    e)Nonecessrioqueseestabeleaumcontrolesobreasfasesiniciaisdessesprocessos.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    28/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos32

    09. Um dos aspectos mais desafiadores da prtica forense a manuteno da cadeia de custdia durantetodasassuasfases,comnfaseemacondicionamento,transporteeentregadaamostra,poisessasfasessereferemaodecursodetempoemqueaevidnciamanuseada, incluindosetambmacadapessoaqueamanuseou.Acercadesseassunto,assinaleaalternativacorreta.

    a) imperativoqueaevidnciasejatratadapelomximodepessoasnecessriasparaaconclusodaanliseforense.

    b)Paracadaumadasetapasdacadeiadecustdia,nohnecessidadedeserfeitoregistro,poisnoh

    dvida

    em

    relao

    ao

    tratamento

    e

    manipulao

    dos

    vestgios,

    caso

    haja

    confronto

    com

    declaraesdepessoasenvolvidasnainvestigao.c)Aadoodenumeraonicaparacadaespcimeouelementodeprovaaserdefinidanomomento

    daentradanocentrodecustdiaeamanutenodaquelanumeraoinicialpodemserumsistemafuncionalparaaretiradadacadeiadecustdia.

    d)Cadavezqueumcasocriminalforiniciado,vriosarquivosdomesmocasodeverosercriados,coma finalidade de conter a documentao desse arquivo pelo espao de tempo requerido pela leiprevalente.

    e)Acadeiadecustdiaidealaquelaqueenvolvedoisindivduos:umapessoaquecoletaetransportaaevidncia,eoutraqueaanalisa.

    10.

    Local

    do

    crime

    no

    se

    constitui

    apenas

    a

    regio

    onde

    o

    fato

    tenha

    sido

    constatado,

    mas

    todo

    e

    qualquer

    localondeexistamvestgiosrelacionadoscomoevento,quesejamcapazesdeindicarumapremeditaodofato ou uma ao posterior para ocultar provas, que seriam circunstncias qualificadas do crime eminvestigao.Acercadessetema,julgueositensaseguir.

    I.Emalgumassituaes,areade interessepolicialpodeser limitadaaumpequenocmododeumacasa; a equipe policial deve considerar o local do crime uma rea menos abrangente, cujoselementosmateriais,svezesdespercebidos,tornamseimportantesvestgiosparaolaudopericial.

    II.Paraquesejaobtidoresultadoconclusivooriundode levantamentode locaisdecrime,depoucaimportnciaapreservaodareaaserexaminadaedositensrelacionadoscomoeventoocorrido(objetosdiversos,manchas,cheirosetc.).

    III.Emalgunscasos,possveldetectaranopreservaodo local,devido impossibilidadedecertosvestgios terem sido posicionados, em um movimento impensado da vtima e(ou) do autor para opontoemquetenhasidoencontrado,quandodosexamespericiais.Emcasodeadulterao,operitosemprepoderdeterminarascircunstnciasemque tenhaocorridoo fatodelituosoe retornaraspeasaosseuslocaisdeorigem.

    IV.Aboapreservaodolocaldecrimedarsuporteaosperitosparaefetuaroseutrabalhodamelhormaneirapossvel,paraquesepossachegardemodomaisabrangenteeconcretoscircunstnciaseaautoriadocrime,eparaquesepossainstruir,damelhormaneirapossvel,os inquritospoliciais,quesoapeaadministrativaquedarinciorespectivaaopenal.

    Assinaleaalternativacorreta.a)Nenhumitemestcerto.b)Apenasumitemestcerto.c)Apenasdoisitensestocertos.d)Apenastrsitensestocertos.e)Todosositensestocertos.

    11. Provar se houve ou no a infrao penal, demonstrar a ao do sujeito ativo na ao penal, fornecersubsdiosdeconhecimentotcnico,cientficoeartsticosnecessriostipificaopenal,comprovaronexodecausalidadeentreosujeitoativoeainfraopenaltratasede

    a)requisiodeexamesdecorpodedelito.b)modalidadesdeexamesdecorpodedelito.c)isolamentoepreservaodelocaldecrime.d)importnciadoexamedecorpodedelito.e)classificaodelocaldecrime.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    29/47

    33

    12.Qualtipodeperciabuscaaidentificaodaspessoasmedianteestudodasimpressespapilares?a)EngenhariaLegalb)Entomologiac)Papiloscopiad)DNAe)Documentoscopia

    13.

    A

    doutrina

    criminalstica

    estabelece

    que

    balstica

    forense

    a)umadisciplinaintegrantedacriminalstica,queestudaasarmasdefogo,suamunioeosefeitosdos tiros por elas produzidos, sempre que tiverem uma relao direta ou indireta com infraespenais,visandoesclarecereprovarsuaocorrncia.

    b)noumadisciplina integrantedacriminalstica,poissomenteest ligadaaoestudodasarmasdefogo,suasmunieseosefeitosdostirosporelasproduzidos.

    c) tem por finalidade o estudo das armas de fogo, sua munio e os efeitos dos tiros por elasproduzidos,visandomelhoriadodesenvolvimentodosarmamentos.

    d) no tem por objetivo servir como meio de prova,j que a condenao de um acusado de tercometidoumainfraopenalcomarmadefogoindependedasperciasrealizadasnesta.

    e)temporobjetivodesenvolvertcnicasquepermitamsindstriasfabricantesdemunioearmasde

    fogo

    um

    melhor

    aproveitamento

    das

    caractersticas

    da

    queima

    da

    plvora.

    14. Morte violenta produzida por asfixia, em que o lao acionado pelo prprio peso da vtima; o sulcoproduzido pelo lao se apresenta oblquo, de baixo para cima, interrompido ao nvel do n e com bordosdesiguais,sendoobordosuperiorsaliente;asuspensopodesercompletaouincompleta,tratasede

    a)estrangulamento.b)esganadura.c)sufocao.d)fulminao.e)enforcamento.

    15. Na reproduo simulada de crimes, aquelas pessoas que tenham participado do fato delituoso, nacondiodevtima,acusadaoutestemunha,soentendidascomo

    a)sujeitosativosdainfrao.b)terceirosenvolvidosnainfrao.c)sujeitospassivosdainfrao.d)atoresdainfrao.e)coadjuvantesdainfrao.

    16. O procedimento adotado para coleta de evidncias em local de crime deve seguir um protocolo,objetivando acoleta adequada dosvestgios. A respeito da coletadevestgiosem localde crime,corretoafirmarque

    a) em casodesuportes mveis e transportveis, recomendase quea coleta do vestgio seja feitanoprpriolocaldocrime.

    b)quandosetratardesuportesimveisenoabsorventes,recomendaseutilizarbisturiestrilenoosuabe.

    c)superfciesabsorventes,comocarpetes,cortinas,sofs,estofados,almofadas,colches,entreoutros,contendoamostrasbiolgicas,serorecortadas.

    d) quando a evidncia est depositada em uma superfcie absorvente, no possvel recuperla,inviabilizandodessemodoosexameslaboratoriais.

    e)ousodosuabepoucorecomendadoparacoletadeevidnciasemlocaldecrime.

  • 5/21/2018 Nooes de Criminalistica

    30/47

    MATEMTICA

    (

    NOESDECRIMINALSTICAProfessorSantos34

    17.Emlocaldealegadocometimentodesuicdio,perpetradomedianteprojtildisparadoporarmadefogo,operitocriminalobrigatoriamentedever

    a) proceder pesquisa de resduos de tiro nas mos da vtima e pormenorizada varredura, visandolocalizareventuaiscartasoubilhetes.

    b)confeccionarautodeexibioeapreensodetodososobjetosencontrados.c)elaborarreconhecimentovisuogrficodoevento.d)procedergravaoemvdeodetodasasentrevistasrealizadas.

    e)

    reduzir

    a

    termo

    todos

    os

    depoimentos

    obtidos.

    18.Esgorjamentosignificaa)asfixiaporaspiraodecorpoestranho.b)lesoproduzidaporinstrumentodeaocontundente.c)envenenamentoporviadigestiva.d)morteporinibioreflexa.e)feridaporinstrumentodeaocortantenafaceanteriordopescoo.

    19.Quantoconclusodoslaudospericiais,corretoafirmarquea) os peritos criminais devem descrever, de forma clara, objetiva e compreensvel ao leigo, todos os

    exames

    que

    realizaram

    no

    conjunto

    da

    percia,

    e

    as

    suas

    concluses

    nem

    sempre

    necessitam

    estar

    baseadasemfatosedadosdemonstradosoucomprovados.b) por ter f pblica, o perito criminal, ao elaborar o laudo pericial, pode fazer afirmaes sem

    necessidadedese