MONOGRAFIA ANDREIA.docx
-
Upload
andreia-dantas -
Category
Documents
-
view
11 -
download
0
Transcript of MONOGRAFIA ANDREIA.docx
FACULDADE KURIOS – FAKInstituto Superior de Educação
Curso de Graduação em Pedagogia
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
FRANCISCA ANDREIA NOBERTO DANTAS
QUIXERAMOBIM–CEARÁ2013
FACULDADE KURIOS – FAKInstituto Superior de Ensino – ISE
Graduação em Pedagogia
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
FRANCISCA ANDREIA NOBERTO DANTAS
MAGERLANDIA PATRICIO DO AMARAL
Maranguape – CE2013
FRANCISCA ANDREIA NOBERTO DANTAS
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Esta monografia foi submetida à
Coordenação do Curso de
Graduação em Pedagogia da
Faculdade Kurios, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do
título de Graduada, outorgado pela
Faculdade Kurios – FAK.
Orientadora- Professora Mestranda
Magerlandia Patrício do Amaral
Quixeramobim-CE2013
FRANCISCA ANDREIA NOBERTO DANTAS
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Monografia apresentada à Banca Examinadora do Programa de
Graduação, Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Kurios – FAK, como
requisito parcial para a obtenção do título de Graduação em Pedagogia.
Data da aprovação: ___/___/___ Nota: _______
BANCADA EXAMINADORA
____________________________________________
PROFESSORA MESTRANDA MAGERLÂNDIA PATRÍCIO DO AMARAL
FACULDADE KURIOSORIENTADORA
____________________________________________MARIANA AMARAL TERRA
FACULDADE KURIOSDIRETORA ACADÊMICA
QUIXERAMOBIM–CEARÁ2013
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus pelas graças que derrama todos os
dias sobre mim e toda minha família. Agradeço também a professora
Magerlandia pelas orientações concedidas, que vieram facilitar minha
compreensão e meu discernimento em relação à realização desse trabalho.
Enfim, todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para a
realização deste estudo.
Obrigado a todos!
“Entrega teu caminho ao Senhor confia nele e ele tudo fará”
(Salmos)
RESUMO
O presente trabalho visa analisar a importância do brincar no desenvolvimento
e aprendizagem na educação infantil, sob a visão pedagógica. Tem como
objetivo conhecer o significado do brincar, conceituar os principais termos
utilizados para designar o ato de brincar, tornando também fundamental
compreender o universo lúdico, onde a criança comunica-se consigo mesma e
com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais,
constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente, e ainda, os
benefícios que o brincar proporciona no ensino-aprendizagem infantil. Ainda
este estudo traz algumas considerações sobre os jogos, brincadeiras e
brinquedos e como influenciam na socialização das crianças. Portanto, para
realizar este trabalho, utilizamos a pesquisa bibliográfica, fundamentada na
reflexão de leitura de livros, artigos, revistas e sites, bem como pesquisa de
grandes autores referente a este tema. Desta forma, este estudo proporcionará
uma leitura mais consciente acerca da importância do brincar na vida do ser
humano, e, em especial na vida da criança.
Palavras-chave
Brincar. Aprendizagem e Desenvolvimento Infantil. Educação. Pedagogia.
ABSTRACT
The present article has the objective to analyze the importance of playing during
the development and learning in the pre-school, by the pedagogy view. It has
the purpose to know the meaning of playing, conceptualize the main terms to
nominate the act of playing, being important to understand the playful universe,
where the children talk to themselves and with the world, accept the existence
of the others, establish social relationships, construe knowledge, in a fully
development, and, the benefits that the playing gives to the teaching-learning
for children. This study still brings some considerations about the games, plays
and toys and how they influence the children society. So, to do this work, we
used the bibliographical research, based in the books reading reflection,
articles, magazines and sites, as researches of great authors relative to this
theme. So, this study will give a reading more conscious about the importance
of playing in the human life, and, special in the child life.
Key-Words
Play. Child learning and development. Education. Pedagogy.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................09
CAPITULO I - O ATO DE BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL..................16
1.1 A Importância do brincar no universo lúdico................................................18
1.2 Como Vygotsky discute o papel do brinquedo na aprendizagem................20
CAPITULO II – O LÚDICO NO ÂMBITO ESCOLAR........................................25
2.1 Salas de aula: um lugar de prazer e aprendizagem....................................25
2.3 Atividades lúdicas essenciais na infância...................................................29
CAPÍTULO III – O CONTEXTO SOCIAL E A ESCOLA FORMANDO
CIDADÃOS CRÍTICOS.....................................................................................32
3.1 O lúdico como recurso pedagógico............................................................33
3.2 Como Piaget analisa o jogo nas séries iniciais...........................................37
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................40
REFERÊNCIAS.................................................................................................42
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a importância do brincar
na Educação Infantil, destacando o papel relevante do brinquedo como fator
estimulante na adaptação, socialização no âmbito escolar e, principalmente no
processo ensino- aprendizagem.
É importante ressaltar que, a infância é a fase das brincadeiras, então se
acredita que por meio delas a criança atende, em grande parte seus anseios e
necessidades, inserindo-a numa realidade na qual ela reconstrói o mundo ao
seu redor. Assim, destaca-se o lúdico como uma das maneiras mais dinâmicas
de envolver o educando nas atividades escolares, visto que, a brincadeira é
algo inerente a criança, fato esse que pode ser utilizado como arma para se
trabalhar.
O lúdico é um recurso pedagógico que os educadores podem usar em
sala de aula como estratégias metodológicas no processo ensino-
aprendizagem, tendo em vista que os alunos poderão aprender de forma mais
prazerosa, concreta, tornando esse processo algo mais significativo.
A ludicidade pode permitir um desenvolvimento global e uma visão de
mundo mais efetiva, uma vez que, através das descobertas e da criatividade, a
criança poderá se expressar de maneira crítica e, assim mudar a realidade que
a cerca. Se bem aplicada e entendida a educação lúdica pode contribuir em
vários fatores no ensino, seja na criticidade, no relacionamento ou até mesmo
na redefinição de valores das pessoas na sociedade.
Para que o método lúdico e solidifique na educação, é necessária uma
reflexão sobre a sua relevância no processo de ensinar e aprender. Então,
nesse trabalho aborda-se o seguinte questionamento: Qual a importância das
atividades lúdicas na Educação Infantil?
Ele por sua vez, apresenta a seguinte estrutura: no primeiro capítulo
abordaremos com se dá o ato de brincar na Educação Infantil, ressaltando a
importância do brincar no universo lúdico e como o teórico Vygotsky discute o
papel do brinquedo na aprendizagem.
No segundo capítulo, destacaremos como o lúdico acontece no âmbito
escolar, enfatizando que a sala de aula é um lugar de prazer e aprendizagem e
que as atividades lúdicas são fatores essenciais na infância.
E no terceiro capítulo apresentaremos como é o contexto social e a
escola formando cidadãos críticos, mostrando o papel eminente do lúdico como
recurso pedagógico e como o teórico Piaget analisa o jogo nas séries iniciais.
Assim, esperamos que este trabalho possa contribuir para a construção
do conhecimento sobre a utilização do lúdico na Educação Infantil no processo
educativo de maneira lógica, dinâmica e maleável, almejando a elevação de
ambiente adequado para que de fato aconteça uma aprendizagem com
qualidade, inclusive a formação plena dos alunos, enquanto sujeitos críticos e
ativos no meio social o qual estão inseridos.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A origem do lúdico é a palavra “ludus” que quer dizer jogo, a palavra
evoluiu levando em atendimento as pesquisas em psicomotricidade, de modo
que deixou de ser considerado apenas o sentido de jogo.
Nesse contexto o mesmo faz parte da atividade humana e caracteriza-se
por ser espontâneo operacional e satisfatório. Nas atividades envolvendo-o não
importa somente o consequência, mas a ação, o movimento vivenciado.
Na educação infantil o lúdico propicia às crianças uma série de
desenvolvimentos benéficos, que vai desencadeando seu aprendizado.
De acordo com Campos:
“A ludicidade poderia ser a ponte facilitadora da aprendizagem se o professor pudesse pensar e questionar sobre sua forma de ensinar, relacionando a utilização do lúdico como fator motivante de qualquer tipo de aula (Campos, 1986, p.111)”.
Negrini (2000) afirma que a capacidade lúdica está diretamente
relacionada à sua pré-história de vida. Acredita ser, antes de tudo, um estado
de espírito e um saber que progressivamente vai se instalando na conduta do
ser devido ao seu modo de vida.
O lúdico tem seu universo acompanhado de temas para ser
desenvolvido na educação infantil no aprendizado da criança, esses eixos vão
desencadeando no meio das crianças o seu mundo real. Pode-se exemplificar
como: brinquedo, brincadeira e jogos que auxilia o aprendizado no seu dia a
dia.
As atividades lúdicas são muito importantes para o desenvolvimento
infantil, pois possibilita desenvolver vários aspectos da personalidade da
criança como o físico, afetivo, social, cognitivo e criativo etc.
Chama-se de ludicidade o conjunto para serem trabalhados na
educação infantil através de várias atividades como jogos, sentido, escrito,
histórias, dramatizações, músicas, danças, canções e várias outras atividades
que enriquecem o conhecimento cultural da criança.
Porém, atividade prazerosa pode compor este processo de comparação
de forma agradável, divertida e em um clima de camaradagem. Quando a
criança joga, ela percebe suas possibilidades e a dos companheiros. (DHOME,
2003, p.124-125).
O desenvolvimento pessoal da criança e um processo onde ela mesma se descobre, na qual têm mais habilidades no que se faz com prazer sem dificuldades, este processo existe em todas as fases da vida, mais para a criança que ainda não tem esta compreensão de mundo dificulta o seu meio. Mais a atividade lúdica compõe o seu papel de forma agradável, para trabalhar tanto a habilidade e a dificuldade de cada criança. (DHOME, 2003, p.124-125).
Segundo Dhome (2003) a criança passa por um processo de
autoconhecimento e vai se descobrindo e se desenvolvendo a sua
característica pessoal.
É preciso apropriar dos elementos da realidade da criança do seu
cotidiano, para que elas assimilem os jogos e as brincadeiras. Fazendo uma
readaptação e sendo motivado com prazer no seu aprendizado.
A brincadeira tem peculiaridade que ocorre por meio da articulação da
realidade, sendo que toda brincadeira pode ser uma imitação transformada, no
plano das emoções e das ideias, de uma realidade anteriormente vivenciada.
É favorecido pela brincadeira o equilíbrio afetivo da criança e contribui
para o processo de apropriação de signos sociais, cria condições para uma
transformação significativa da consciência infantil, por exigir da criança formas
mais complexa de relacionamento com o mundo. As características da
brincadeira: comunicação interpessoal que ela envolve sua indução a uma
constante negociação de regras e a transformação dos papéis assumidos pelos
participantes faz com que seu enredo seja sempre imprevisível.
As palavras de Fernández (2001, p.37) apontam a relação entre a
aprendizagem e o brincar de maneira cativante:
Aprender é apropriar-se da linguagem é historiar, recordar o passado para despertar-se ao futuro; é deixar é deixar-se surpreender pelo o já conhecido. Aprender é reconhecer-se, admitir-se. Crer e criar. Arriscar-se a fazer dos sonhos textos visíveis e possíveis. Só será possível que os professores possam gerar espaços de brincar-aprender para seus alunos quando eles simultaneamente construírem para si mesmos.
O benefício no aprendizado utilizando o das crianças, nas brincadeiras
as crianças podem desenvolver diversas capacidades como: a atenção
imitação, memória, imaginação. Algumas capacidades são amadurecidas na
socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras
e papéis sociais.
De acordo com Dhome (2003) as atividades lúdicas, pelas suas próprias
características, podem possibilitar o convívio com as mais diversas habilidades.
Elas poderão atender tanto a criança que têm vocação para a arte, como
aquelas que têm agilidade física.
Na educação infantil a ludicidade trabalha esta pequena palavra “jogo”
que tem sentidos infinitos, voltados para o crescimento e desenvolvimento do
aprendizado das crianças.
É preciso entender e compreender que o jogo está associado tanto ao
objeto (brinquedo) quanto à brincadeira. É uma atividade mais estruturada e
organizada por um sistema de regras mais explícitas. Exemplos clássicos
seriam: jogo de mímica, de cartas, de tabuleiro, de futebol, de faz-de-conta etc.
Na teoria de Kishimoto (1994), diferindo do jogo, o brinquedo supõe uma
relação intima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a
ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização. Através dos
jogos e brincadeiras a criança interage com a realidade de mundo em que vive,
ao brincar a criança reflete a expressão cultural de diversas sociedades.
Segundo Wallon (1945) as trocas de relação de uma criança com a outra
é fundamental para crescimento como pessoa. Estes processos,
comunicativos, expressivos acontecem com trocas de relação, como a imitação
entre elas, expressa seus desejos de participar e até de se diferenciar dos
outros se constituindo seu jeito próprio.
Referindo-se as trocas de relação das crianças, o autor acima deixa bem
claro a importância para o crescimento da criança como pessoa, como ser
humana e formação de caráter. Ao brincar juntas elas estão obtendo uma troca
de relação e convívio entre elas, expressando sua vontade nas brincadeiras e
tornando ela diferenciada um do outro com o mesmo objetivo.
Os jogos infantis podem até excepcionalmente incluir uma ou outra competição, mas essencialmente visam estimular o crescimento e aprendizagens e seriam melhores definidos se afirmássemos que representam relação interpessoal entre dois ou mais sujeitos realizada dentro de determinadas regras. Esse conceito já deixa perceber a diferença entre usar um objeto como brinquedo ou como jogo. (ANTUNES, 2003, p.9)
Aguiar (1998) mostra que o jogo é uma atividade que aumenta todo
repertório comportamental de uma criança, desenvolvendo suas capacidades e
habilidades.
Na concepção de Wallon (1945), infantil é sinônimo de lúdico, de jogos e
brincadeiras. Toda atividade emergente é lúdica, exerce-se por si mesma antes
de poder integrar-se em um projeto de ação mais extenso que a subordine e
transforme em meio.
O referido autor acima se refere ao lúdico como uma palavra ligada à
infância, porque uma é intermediaria da outra, é impossível não se falar em
lúdico sem se falar em infância, é uma atividade que a criança vive
intensamente com prazer, onde ela está expondo suas vontades próprias sem
ser argumentada e ter a obrigação no que faz, dessa forma torna-se prazeroso.
Embasada na teoria Piagetiana, (apud ANTUNES, 2003) a brincadeira
não recebe uma conceituação específica e detalhada. Ela é voltada para o
desenvolvimento de ação assimiladora com seus próprios entendimentos, no
decorrer da brincadeira. Como uma forma de expressão da conduta de cada
um. A criança aproveita o momento lúdico e distingue a construção de suas
estruturas mentais de conhecimentos.
Segundo a teoria Piagetiana (apud ANTUNES, 2003) acima, a
brincadeira vem como conduta livre, espontânea, que a criança expressa sua
vontade própria e pelo seu prazer que lhe dá. De acordo com a criança começa
a manifestar a conduta lúdica na sua infância, ela passa a demonstrar o nível
de seus estágios cognitivos que leva a construção do seu conhecimento.
Para Winnicott (1975, p.63), “o brincar facilita o crescimento” e, em
consequência promove o desenvolvimento. A criança que não brinca não se
constitui de maneira saudável, tem perda no desenvolvimento motor e
sócio/afetivo.
Para Antunes:
O brinquedo, na relação com a criança, a indeterminação quanto ao seu uso, ou seja, sem regras fixas; o jogo por sua vez, inclui intenções lúdicas; muitas vezes é não literal (por exemplo, a boneca não e literalmente filha da criança, mas “é como se fosse”.); estimula a alegria e flexibilidade do pensamento, mas mantém um controle entre os jogadores e, portanto, uma relação interpessoal dentro de determinada regras. (ANTUNES, 2003, p.10).
Portanto, é predominante pelo brincar, como forma de atividade humana
tem grande predomínio na infância.
A visão de alguns teóricos a respeito do trabalho lúdico no
desenvolvimento infantil, Jean Piaget (apud KISHIMOTO, 1998), foi um
renomado psicólogo e filósofo suíço, conhecido por seu trabalho pioneiro no
campo da inteligência infantil. Piaget passou grande parte de sua carreira
profissional interagindo com as crianças e estudando seu processo de
raciocínio. Seus estudos tiveram grande impacto sobre os campos da
psicologia e pedagogia.
Para Piaget (apud KISHIMOTO, 1998), a brincadeira é um elemento
crucial do desenvolvimento moral para criança, pois por intermédio dela a
mesma consegue internalizar as regras solicitadas pelo jogo. A brincadeira é
fornecida pelo brinquedo, ele é a fonte de imagens a ser manipulada,
traduzindo o universo real ou imaginário alimentando a ação.
O educador através da formação lúdica possibilitará conhecer-se como
pessoa, o saber de suas possibilidades, desbloquearem resistências e ter uma
visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança,
do jovem e do adulto (ALMEIDA, 2006). O autor deixa bem claro aos
educadores que o lúdico é muito importante, no desenvolvimento da educação
infantil e do adulto, os jogos e brincadeiras tem um poder de auto
entendimento, que auxilia no desenvolvimento do ser humano.
Para Antunes (1998, p.18) “a utilização dos jogos devem ser somente
quando a programação possibilitar, somente quando se constituírem em um
auxílio eficiente, ao alcance de um objeto dentro dessa programação”.
Vygotsky (apud KISHIMOTO, 1997) ressalta que, para a criança com
menos de três anos, o brinquedo é coisa muito séria, pois ela não separa a
situação imaginaria do real. A criança na idade escolar, o brincar torna-se uma
forma de atividade mais limitada que preenche um papel específico em seu
desenvolvimento. Tendo um significado diferenciado que tem para uma criança
em idade pré-escolar.
Para Bruner (apud KISHIMOTO, 1998) os jogos e brincadeiras têm
interpretação semelhante ao atribuir ao ato lúdico, o poder de criar situações,
em que as crianças podem explorar sua criatividade que ajuda a proporcionar
solução para os problemas.
Vygotsky e Elkonin (apud KISHIMOTO, 1998), devemos entender que a
brincadeira como uma situação imaginária criada pelo contato da criança com a
realidade social.
A utilização de brinquedos e jogos na educação infantil de forma
educativa com os fins pedagógicos leva os instrumentos até as crianças no
sentido de ensino aprendizagem e o desenvolvimento infantil.
Na educação, o lúdico tem de propiciar diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente a função educativa, o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. O brincar e jogar e dotado de natureza livre típica de uns processos educativos. Como reunir dentro da mesma situação o brincar e o educar. Essa e a especificidade do brinquedo educativo. (KISHIMOTO, 2003, p.37).
As crianças quando brincam não estão preocupadas com seu
desenvolvimento e sim que ela está participando de algo prazeroso que é
brincar, mais ao mesmo tempo ela está descobrindo algo novo nas suas
habilidades físicas e motoras, o universo lúdico traz está segurança para a
educação infantil.
CAPITULO I
1. O ATO DE BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A comunicação nas crianças acontece desde muito cedo, manifestando-
se através de gestos e sons e em seguida vem representar determinados
papéis nas brincadeiras, o que aguça a sua imaginação. No ato de brincar, a
criança pode desenvolver algumas habilidades de suma importância como a
atenção, a imitação e a memória e assim, podem crescer as aptidões de
socializar-se por meio da interação, utilização e experimentação de regras.
É válido salientar que, a Educação Infantil é a fase das brincadeiras, é a
fase em que as crianças estão descobrindo o mundo, criando e
experimentando. A brincadeira pode proporcionar prazer, que por sua vez, é
primordial para as crianças, já que, através dela elas além de se divertirem
também estarão aprendendo.
O brincar é um instrumento que desafia a criança, facilitando suas
descobertas e a compreensão de está cheio de possibilidades e oportunidades
para vivenciar a alegria, a emoção e o prazer de forma coletiva. A brincadeira é
fonte de lazer, diversão, mas, sobretudo de conhecimento, sendo o brincar
parte integrante no ato de educar.
Como bem defende Paulo Nunes de Almeida ao ressaltar que:
A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança,
possibilitandoo um crescimento sadio, um enriquecimento
permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático
enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua
prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo
a interação social e tendo em vista o forte compromisso de
transformação e modificação do meio. ( ALMEIDA 1995, p. 41)
Então, se faz necessário uma reflexão em relação aos profissionais da
educação, que por sua vez, precisam ter consciencia de que é essencial que
hajauma relação entre os objetivos que precisam ser alcançados com o método
lúdico de ensinar. Pois em alguns momentos as crianças so conseguem
compreender um conteúdo da matéria, se este for trabalhado por meio da
brincadeira, e se esta náo for inserida, causará o total desinteresse do
educando em relação ao que está sendo estudado.
Vale dizer que, o ambiente escolar é um espaço que deve ser explorado
pelos alunos, é de suma importancia que o professor não se limite somente a
sala de aula, e sim propiciar desafios onde os possam experimentar, tocar,
visualizar e ter contato com o concreto que possibilitará ao educando a
assimilação de importantes noções como: de posição, grandeza, lateralidade,
formas geométricas, as cores dentre outros. Sem esquecer que a Educação
Infantil é a base para o processo de alfabetização, tendo em vista que ao
pintar, recortar, encaixar estão sendo trabalhados os movimentos para a
escrita, por isso vemos a importância da Educação Infantil que com suas
estratégias e ferramentas prepara a crianças para os desafios que ela
enfrentará na sua futura caminhada escolar, e a brincadeira é a primeira
linguagem da criança, e é a partir das brincadeiras lúdicas é que ela irá se
desenvolver facilitando seu processo de socialização, comunicação e
construção do pensamento.
A criança, portanto, tende a explorar o mundo que lhe rodeia e absorver
informações que são fundamentais, e nesse processo, o educador deve
proporcionar grande número de atividades significativas, oportunidades que
sejam enriquecedoras e que contribua principalmente, para a construção do
conhecimento.
É por intermédio da atividade lúdica que a criança se prepara para a
vida, assimilando a cultura do meio onde vive, integrando-se a ela, adaptando-
se às condições que o mundo lhe proporciona e aprendendo a competir e
cooperar com o próximo e conviver como um ser social. Além de proporcionar
prazer e diversão, o jogo, o brinquedo e a brincadeira podem representar um
desafio e provocar o pensamento reflexivo da criança. Assim, uma atitude
lúdica efetivamente oferece aos alunos experiencias concretas, necessárias e
indispensáveis às abstrações e operações cognitivas.
Vale salientar também que a ludicidade nas atividades escolares,
permite a liberdade de ação, pulsão interior, naturalidade e,
consequentemente, prazer que raramente são encontrados em outros tipos de
atividades escolares. Tendo em vista todos esses benefícios, temos a
consciência de que é de primordial que os educadores estudem e preparem-se
para utilizar pedagogicamente como uma opção a mais em benefício do
desenvolvimento integral da criança.
Portanto, o lúdico é algo de grande relevância para uma escola que se
proponha não somente ao sucesso pedagógico, mas também à formação do
cidadão, visto que a consequência imediata dessa ação educativa é
aprendizagem em todos os aspectos: social, cognitivo, relacional e pessoal.
1.1 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO UNIVERSO LÚDICO
No universo infantil, o interesse pela brincadeira é constante, pois toda
criança tem a necessidade do brincar como parte integrante de seu processo
de vida, ou seja, é através desse ato que a ela se prepara para a vida,
compreendendo a cultura do meio em que vive , buscando sempre se integrar
às condições que o mundo lhe oferece. Portanto é brincando que a criança
aprende aquilo que ninguém pode lhe ensinar.
Na educação de uma maneira geral, o brincar é um importante para
conduzir uma aprendizagem significativa, visto que permite, através do lúdico,
vivenciá-la como processo social. A proposta do lúdico é de gerar uma
alfabetização significativa na prática educacional, agregando o conhecimento
próprio com o conhecimento do mundo. O lúdico proporciona além do
conhecimento, oralidade, pensamento e o sentido. Desse modo, o brincar
utilizado como recurso pedagógico não deve ser desligado da atividade lúdica
que o compõe, sob o risco de descaracterizar-se, afinal, a vida escolar regida
por normas e tempos determinados, por si só já favorece este mesmo
processo, fazendo do brincar na escola um brincar diferente das outras
ocasiões.
Assim ressalta-se a ideia de que as atividades oferecidas devem sempre e
de qualquer maneira beneficiar as crianças, atentando-se ao fato de uma
atividade, ou ate mesmo um jogo ou brincadeira, não ser fácil e simples
demais, não somando e beneficiando o conhecimento das crianças e muito
menos difícil e complicado demais, trazendo somente duvidas e dificuldades,
causando um possível afastamento e o desinteresse em aprender.
Apesar de o jogo ser uma atividade natural nas crianças, há a
necessidade da contribuição do professor como mediador, onde ele deve
propiciar um ambiente atrativo, adequado para o jogo infantil, dando
importância ao tempo e o espaço, como contribuidores de um momento mágico
e enriquecedor.
O educador deve ficar atento, por exemplo, às crianças que estão
participando de jogos mais calmos, não sejam interferidas por aquelas que
estão realizando jogos mais agitados que exigem mais mobilidade e um espaço
amplo para movimentar-se. Nesse sentido, Santos (2008) afirma que
enriquecer e valorizar os jogos realizados pelas crianças é outra função do
educador, uma observação atenta pode indicar os professores que sua
participação seria interessante para enriquecer a atividade desenvolvida
introduzindo novos personagens ou novas situações que torne o jogo mais rico
e interessante para as crianças, interessando-se por elas, animando-as pelo
esforço.
De acordo com Santos (2008), para a criança, brincar é viver. Esta é uma
afirmação bastante utilizada e bem aceita, já que a própria história da
humanidade nos mostra que os pequenos sempre brincaram, brincam hoje e
sempre brincarão. Sabe-se que eles brincam porque gostam de brincar e que,
quando isso não acontece, alguma coisa pode não estar bem. Enquanto
algumas crianças brincam por prazer, outras brincam para dominar angústias,
dar vazão à agressividade.
Vejamos o aspecto teórico dado ao brincar por Santos (1999), sob
diferentes pontos de vista:
do ponto de vista filosófico, o brincar é abordado como um
mecanismo para contrapor à racionalidade. A emoção deverá estar
junto na ação humana tanto quanto a razão;
do ponto de vista sociológico, o brincar tem sido visto como a forma
mais pura de inserção da criança na sociedade. Brincando, a criança
vai assimilando crenças, costumes, regras, leis e hábitos do meio em
que vive;
do ponto de vista psicológico, o brincar está presente em todo o
desenvolvimento da criança nas diferentes formas de modificação de
seu comportamento;
do ponto de vista da criatividade, tanto o ato de brincar como o ato
criativo estão centrados na busca do “eu”. É no brincar que se pode
ser criativo, é no criar que se brinca com as imagens e signos
fazendo uso do próprio potencial;
do ponto de vista pedagógico, o brincar tem-se revelado como uma
estratégia poderosa para o aprendizado da criança.
Como podemos perceber, a partir do que foi apresentado sobre o brincar
em diferentes pontos de vista, ele está presente em todos os aspectos da
existência do ser humano e, muito especialmente, na vida das crianças. Com
isso podemos afirmar, realmente, que “brincar é viver”, pois a criança aprende
a brincar brincando e brinca aprendendo.
A brincadeira na vida da criança é uma necessidade básica, assim como
alimentação, saúde, moradia e educação são de suma importância para o
desenvolvimento integral da criança. Para sustentar o equilíbrio com o mundo,
a criança precisa estar em contato com o jogo, com a brincadeira, criando e
inventando, e essas atividades lúdicas se tornarão bem mais significativas.
1.2 COMO VYGOTSKY DISCUTE O PAPEL DO BRINQUEDO NA APRENDIZAGEM.
O brincar algo bem característico da infância possibilita inúmeras
vantagens para o desenvolvimento da criança, capacitando-a a uma série
de experiências que irão contribuir para o seu futuro.
Lev S. Vygotsky buscou em suas teorias compreender a origem e o
desenvolvimento dos processos psicológicos ao longo da história da
espécie humana, levando sempre em conta a individualidade de cada
individuo, o qual está inserido no meio cultural que o define. Para ele, o
homem constitui-se enquanto ser social e necessita do outro para
desenvolver-se. Vygotsky, ao longo de sua obra, discute aspectos da
infância, dando destaque à contribuição importante do papel
desempenhado pelo brinquedo no desenvolvimento da aprendizagem da
criança.
Vygotsky afirma que o brinquedo ajudará a desenvolver uma
diferenciação entre a ação e o significado. A criança, com a sua evolução,
passa a constituir relação entre o seu brincar e a ideia que se tem dele,
deixando de ser dependente dos estímulos físicos, isto é, do ambiente
concreto que a rodeia. O brincar relaciona-se ainda com a aprendizagem.
Brincar é aprender; na brincadeira, habita a base daquilo que, mais tarde,
permitirá à criança aprendizagens mais elaboradas. O lúdico torna-se,
assim, uma proposta educacional para o enfrentamento das dificuldades no
processo ensino-aprendizagem.
De acordo com Vygotsky (1998), para entendermos o desenvolvimento
da criança, é necessário levar em conta as necessidades dela e os
incentivos que são eficazes para colocá-las em ação. O seu avanço está
ligado a uma mudança nas motivações e incentivos, por exemplo: aquilo
que é de interesse para um bebê não é para uma criança um pouco maior,
essa por sua vez, satisfaz certas necessidades no brinquedo, mas essas
necessidades vão evoluindo no decorrer do desenvolvimento. Assim, como
as necessidades das crianças vão mudando, é fundamental conhecê-las
para compreender a singularidade do brinquedo como uma forma de
atividade.
Surge também algo de suma importância, trata-se da criatividade, a qual
é um processo psicológico novo para a criança. Conforme Vygotsky (1998),
a iamginação surge originalmente da ação. Dessa maneira, podemos fazer
uma inversão da velha frase que afirma que o brincar da criança é a
imaginação em ação. A situação imaginária de qualquer brincadeira está
vinculada às regras de comportamentos. Assim, é possível concluirmos que
não há brincadeiras sem regras, mesmo que não sejam as regras
estabelecidas a priori; o brincar está incutido às regras da sociedade. Por
exemplo: a criança imagina-se como mãe de uma boneca; nesse brincar
ela irá obedecer as regras do comportamento maternal. O papel que a
criança representa e a relação dela com o objeto sempre derivarão das
regras. Para Vygotsky (1998), o aprendizado e desenvolvimento estão inter-
relacionados desde o primeiro dia de vida. Sendo assim, é fácil concluir que
o aprendizado da criança começa muito antes de ela freqüentar a escola.
Todas as situações de aprendizado que são entendidas pelas crianças na
escola já têm uma bagagem consigo, na qual ela pode tirar experiências.
Como bem define Marta Kohl de Oliveira ao afirmar que:
Aprendizagem é o processo pelo qual o individuo adquire
informações, habilidades, atitudes, valores, etc. a partir de seu
contato com a realidade, o meio ambiente, as outras pessoas. É um
processo que se diferencia dos fatores inatos (a capacidade de
digestão, por exemplo, que já nasce com o indivíduo) e dos
processos de maturação do organismo, independentes da informação
do ambiente (a maturação sexual, por exemplo). Em Vygotsky,
justamente por sua ênfase nos processos sócio-históricos, a ideia de
aprendizado inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no
processo. (...) o conceito em Vygotsky tem um significado mais
abrangente, sempre envolvendo interação social. (OLIVEIRA, 1995,
p. 57).
Oliveira ao afirmar esses pontos sobre a aprendizaem do indivíduo,
interpreta Vygotsky confirmando que este aprendizado é um aspecto
fundamental para que as funções psicológicas desenvolvam-se, sendo
estas organizadas pela cultura. Há o trajeto natural do desenvolvimento
definido pelo amadurecimento humano, porém é o aprendizado junto com o
contato do indivíduo com o âmbito cultural que permite a concretização dos
processos psicológicos internamente. O desenvolvimento da pessoa está
bem ligado a sua relação com o ambiente sócio-cultural e só irá estagnar se
tiver o contato e o apoio de outras pessoas de sua espécie. Se ocorrer a
falta de vivências que propiciem o aprendizado, não há sucesso para que
ocorra o desenvolvimento.
Diante de tudo isso, podemos perceber que o brincar auxilia a criança
nesse processo de aprendizagem. O momento da brincadeira vai acomodar
situações em que a criança colocará a sua imaginação em prática, e nesse
momento a sua criatividade está sendo estimulada, seu senso crítico
começará a desenvolver-se, enfim, ocorrerá o desenvolvimento cognitivo e
principalmente a socialização com outras pessoas, as quais contribuirão
para a aquisição e o acréscimo do conhecimento.
Dessa maneira, é indispensável a utilização de brincadeiras no âmbito
pedagógico, sendo o brincar um dos eixos da organização escolar: a sala
de aula fica mais enriquecida de desenvovlimento motor, intelectual, criativo
e afetivo da criança.
Vygotsky ( 1984) também atribui importante papel ao ato da brincadeira
na composição do pensamento infantil. É jogando, brincando, que a criança
revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de
aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de pessoas,
coisas e símbolos.
A criança, através do brincar, reproduz externo e o internaliza,
construindo seu próprio pensamento. A linguagem, conforme Vygotsky
(1984), relevante função no desenvolvimento cognitivo da criança à medida
que sistematiza suas vivências e ainda colabora na organização dos
processos em andamento. Assim defende Vygotsky:
A brincadeira cria para as crianças uma “zona de desenvolvimento
proximal” que não é de outra coisa senão a distância entre o nível
attual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resover
independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimenti
potencial, determinado através da resolução de um problema sob a
orientação de uma adulto ou com a colaboração de um companheiro
mais capaz ( VYGOTSKY, 1984, p. 97).
Através das atividades lúdicas, a criança imita muitas situações
vivenciadas no seu dia a dia, as quais são reelaboradas pela imaginação e o
faz-de-conta. Esta representação do cotidiano se dá por meio da combinação
entre experiências passadas e novas possibilidades de interpretações e
reproduções do real, conforme suas afeições, necessidades e anseios, ações
essas que são de grande importância para a criatividade do indivíduo.
E ainda a aprendizagem interage com o desenvolvimento, produzindo
abertura na zona de desenvolvimento proximal - distância entre aquilo que a
criança faz com a intervenção de outro indivíduo e o que ela é capaz de fazer
sozinha; potencialidade para aprender, que não é a mesma para todas as
pessoas; ou seja, distância entre o nível de desenvolvimento potencial e o real
- nas quais as interações sociais são centrais, estando então, ambos os
processos, aprendizagem e desenvolvimento, inter-relacionados. Assim, um
conceito que se pretenda trabalhar, como por exemplo, quando a criança
utiliza-se do mundo de faz-de-conta como já foi citado, para representar o
mundo real no qual está inserida.
O brincar dará fundamentos para o desenvolvimento cognitivo a partir da
internalização dos objetivos postos pelo professor durante uma interação social
dos conhecimentos através de “materiais” determinados pela cultura, sendo
que o processo se constrói de fora para dentro. Para Vygotsky (1984), a
atividade do sujeito refere-se ao domínio dos instrumentos de mediação,
inclusive sua transformação por uma atividade mental. Ele considera a criança
um ser interativo. Segundo ele, ela utiliza-se das interações sociais como
formas de construção de saberes: aprende a regra do jogo, através dos outros
e não como o resultado de um engajamento individual na solução de
problemas. Vemos aqui a necessidade dos docentes pensarem a brincadeira a
partir de objetivos e métodos bem definidos para que esta se torne um
instrumento pedagógico que propicie principalmente uma aprendizagem
significativa, onde a criança sinta o prazer em aprender.
CAPITULO II
2. O LÚDICO NO ÂMBITO ESCOLAR
Observa-se que o ato de brincar tem grande importância no
desenvolvimento do individuo, tanto do ponto de vista psicológico quanto
cognitivo e sociocultural.
Um ambiente onde prevalece a ludicidade, a beleza, um bom humor,
proporciona a criança um clima harmônico onde a confiança e as tentativas de
acertos se intensificam.
Para Vygotsky (1998), o aluno não é tão somente o sujeito da
aprendizagem, mas aquele que aprende junto ao outro o que o seu grupo
social produz, tal como: valores, linguagem e o próprio conhecimento.
2.1. Salas de aula: um lugar de prazer e aprendizagem
Quanto a educar, este processo tem variado bastante em cada
instituição de Educação Infantil. Se tratando de classes populares, costuma-se
educar para submissão, disciplinamento, obediência e silêncio. No outro caso,
costuma-se voltar-se à escolarização precoce, também disciplinadora, mas no
pior sentido. Aplicam-se atividades como no ensino fundamental: papel, lápis,
jogos de mesa – tarefas rotineiras.
Dessa forma, na pratica, a dimensão educativa desconhece um modo
atual de ver as crianças: como sujeito que vive um momento em que
predomina o sonho, a fantasia, a afetividade, a brincadeira e as manifestações
individuais. A infância passa a ser uma passagem corrida na vida como todas
as outras de nossas vidas, tendo consequências afetivas, emocionais, físicas e
ate mesmo psicológicas.
Segundo Tales (1999, p. 38):
É muito raro que os professores se percebam incompetentes, e por isso sempre atribui o insucesso do seu trabalho a fatores externos. Não percebem as deficiências de sua formação, como são resistentes a mudanças, o seu autoritarismo, a falta de dialogo, e de clareza nas relações interpessoais da instituição, os debates disfarçados de perspectivas diferentes, o desinteresse e a falta de criatividade.
De acordo com esta autora, educar é mais que passar informação ou
apontar o caminho que o professor considera o mais correto. É ajudar a criança
a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade, mostrar os
caminhos existentes e oferecer condições de escolhas, bem como ajudá-lo
aonde encontrar recursos para aonde se chegar aonde se quer, caminhos que
sejam compatíveis com seus valores, sua visão de mundo e poder resolver
problemas que cada um irá encontrar.
Por isso, é necessário que os professores estejam cientes do
desenvolvimento infantil, conhecendo as perspectivas que possam auxiliar
nesse processo. O docente somente terá sua autonomia consolidada à medida
que adquirir domínio intelectual a qual se alcança por meio de pesquisas e de
conhecimento.
Na educação infantil se faz necessário que o professor utilize musicas
de diversos tipos/estilos para que venha estimular nas crianças o habito de
ouvir e apreciar cada instrumento, e também a vivencia da organização dos
sons e silêncios em linguagens musicais pelo fazer e pelo contato da obra.
O educador deve providenciar materiais para que seus educandos
venham a confeccionar seus próprios instrumentos, a fim de experimentar na
pratica aquilo que antes foi passado em um aparelho de som ou em áudio
visual, porém nunca tiveram contato direto com o instrumento. Assim, o
professor mais uma vez incentivara a criatividade.
May (1975, p. 42), defende a ideia que:
O talento pode ter correlatos neurológicos, e pode ser estudado como algo que foi “dado” à pessoa. O individuo pode ter talento, que faça uso dele ou não; pode ser a medida da pessoa. Mas a criatividade só existe no ato.
Segundo May (1975), quando se tem uma ideia ela é expressa, é como
se tirasse um peso dos ombros, manifesta-se a sensação de alivio, leveza e
prazer no individuo. “Este é um dos pontos básicos da minha tese – o sine qua
non da criatividade é a possibilidade do artista de liberar todos os seus
elementos interiores, de permitir a entrada daquilo que Block chamava de
vontade criativa” (MAY, 1975, p. 76).
Acredito que seja a sensação do “este é o modo que a coisas devem acontecer”. Por um momento participamos do mito da criação. A ordem nasce da desordem, a forma do caos, como na criação do universo. A sensação de alegria vem da participação, embora pequena, neste ato criativo (MAY, 1975, p. 126).
O papel do adulto frente ao desenvolvimento infantil é proporcionar
experiências diversificadas e enriquecedoras, a afim de que as crianças
possam fortalecer sai autoestima e desenvolver suas capacidades. Deve ser
um observador e mediador, descobrir as necessidades e os desejos implícitos
na brincadeira, para poder enriquecer o desenrolar de atividades e auxiliar as
crianças nas tarefas, quando for preciso.
No entanto, a educação infantil é vista por alguns educadores como uma
etapa que não necessita de planejamento ou de uma proposta coerente com
objetivo de educar para a cidadania. Porem é fundamental a conscientização
dos professores para uma reflexão sobre sua prática de ensino e que ele
aprenda a explorar a diversidade de habilidades e conhecimentos das crianças
desrespeitadas nas simples brincadeiras.
O professor deve criar possibilidades onde as crianças possam entregar-
se aos jogos e atividades orientadas para fins visando pela educação como
afirma o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (1998, p. 23):
Na instituição de Educação infantil, podem-se oferecer as crianças condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advinhas de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos. É importante ressaltar, porem que estas aprendizagens de natureza diversa, ocorram de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil.
O lúdico está inserido nos projetos pedagógicos da educação e para que
se tenha dentro da educação infantil o desenvolvimento dessas atividades
educativas o professor deve ser incentivador e orientador, deve se preocupar
em fazer a criação pensar, tomar consciência de si e do mundo e for capaz de
junto a ela construir uma historia.
Reconhecer a importância da figura do professor como mediador, é de
fundamental importância, pois garante sua formação e estruturação, facilitando
condições de atuação para estrutura e instrumento dos jogos e brincadeiras
junto às crianças.
A este respeito, o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil
(1998, p. 28) orienta:
É o adulto na figura do professor, portanto, que na instituição infantil ajuda a estruturar o campo nas brincadeiras na vida das crianças. Consequentemente é ele que organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos, ou jogos, na delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar.
Nesse sentido, entende-se que o professor tem enorme
responsabilidade na organização dos conteúdos a serem trabalhados.
Precisam estar afinados para melhor prestarem assistência no processo de
ensino aprendizagem.
É importante analisar junto com o aluno as situações de aprendizagem e
as situações de erro, para que estas se construam em situações de
aprendizagem reafirmando o que vem dizer o Referencial, Curricular Nacional
de Educação Infantil (1998, p. 29):
É preciso que o professor tenha consciência que na brincadeira as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa. Nessa perspectiva não se deve confundir situações nas quais se objetiva determinadas aprendizagens relativas a conceitos, procedimentos ou atitudes explicitas com aquelas nas quais os conhecimentos são experimentados de uma maneira espontânea e destituídos de objetivos imediatos pelas crianças. Pode-se, entretanto utilizar os jogos, especialmente àqueles que possuem regras, como atividade didática. É preciso, porem que o professor tenha consciência que as crianças não estarão buscando livremente nestas situações, pois há objetivos didáticos em questão.
Com isso, podemos definir a partir de uma escolha criteriosa das ações
lúdicas mais adequadas para cada criança que é necessária propor desafios a
partir da escolha de jogos, brinquedos e brincadeiras determinadas por adulto
responsável. Essa atividade tem propósitos claros de promover o acesso à
aprendizagem e ajudar no conhecimento cognitivo, afetivo e social.
É importante entendermos que as mudanças que ocorram com a
criança, ao longo da infância, são muito importantes e que alguma delas jamais
se repetiu. Elas encontram maneiras peculiares e muito originais de se
expressar. É capaz através do brinquedo, do sonho e da fantasia de viver um
mundo que é apenas seu. Elas apresentam muitas diferenças e isso não sede
ser desprezadas nem tratá-las como desiguais.
Por isso, a educação infantil deve ser muito qualificada proporcionada
um lugar de prazer, seguro, que supra as necessidades da criança, bem como
prepará-las para vida.
Segundo Ribas; Carvalho; Alonso (2003, p. 54):
A pratica pedagógica do professor não é neutra nem deve ser burocrática. Sua ação deve ser intencionalmente definida e
comprometida filosófica e socialmente. O professor não poderá realizar o seu trabalho sem, que antes, explique as suas concepções teóricas, nas quais esteja presente a sua opção por uma teoria de conhecimento que oriente uma pratica repetitiva ou reflexiva.
Nesse sentido, torna-se necessário que o professor invista em sua
formação com estudos, pesquisas, cursos preparatórios e especializados,
mantendo-os informado e se dedique o suficientemente para desenvolver bem
a sua formação.
2.2. Atividades lúdicas essenciais na infância
As atividades devem fazer parte do dia a dia das crianças, pois a
brincadeira é uma atividade educativa fundamental que faz parte da infância e
deve ser levada para dentro da sala de aula. A criança aprende brincando e de
maneira prazerosa.
Segundo Benjamin (1984, p. 75), [...] “A essência do brincar não é um
“fazer como se”, mas um “fazer sempre de novo”, transformação de experiência
mais comovente em costume”.
Dessa forma, entende-se que o brincar é a linguagem original da
criança. Faz parte de si. Por ele a criança pode construir sua própria
identidade. As brincadeiras são meio pelos quais as crianças mostram como
elas interpretam e enxergam o mundo. É uma atividade de grande importância,
pois a torna ativa, criativa e lhe dá oportunidade de estabelecer relação com os
outros.
Segundo Vygotsky apud WAJSKOP (2009, p. 32):
É na brincadeira que a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário. A criança vivencia uma experiência no brinquedo como se ela fosse maior do que ela é na realidade. Para este pesquisador, o brinquedo fornece estruturas básicas para mudanças das necessidades e da consciência da criança. A ação infantil na esfera imaginativa, em uma situação imaginária, a criação das intenções voluntarias e a formação dos planos de vida real e motivações volitivas aparecem no brinquedo, que se constitui no mais alto nível de desenvolvimento pré-escolar.
O brinquedo tem uma participação única na vida da criança, pois toda
experiência que ela vive vem do habito de olhar atentamente a atuação dos
adultos com os objetos. Assim, quando a criança está em contato com um
determinado brinquedo, com o objetivo de brincar, ela inventa suas próprias
brincadeiras com base nas referências alcançadas e reinventa conforme suas
necessidades, adquirindo a consciência da realidade.
Isto se confirma com o que Porto, (1998, p. 177) diz:
O brinquedo é visto como um objeto que dá suporte a brincadeira. Através do brinquedo, a criança vê sua brincadeira se rechear de novos conteúdos, de novas representações que ela vai manipular transformar ou respeitar, apropriar-se do seu modo.
Sendo assim o brinquedo propicia o bem estar, o desenvolvimento da
criatividade da criança, tornando-se um resgate de momentos que possibilitam
a predominância dos sonhos, fantasias e da afetividade, levando a criança a
superar suas dificuldades.
Pode-se destacar que:
Brincar não constitui perda de tempo, nem é simplesmente uma forma de preencher o tempo. A criança que não tem oportunidades de brincar está como um peixe fora da água. O brinquedo possibilita desenvolvimento integral da criança, já que ela se envolve afetivamente, convive socialmente, em que acriança despende energia, imagina, constrói e cria alternativas para resolver os imprevistos que surgem no ato de brincar. (NICOLAU, 2002, p. 77).
O lúdico auxilia no processo de aprendizagem, desenvolvendo mais
rápido e com mais intensidade as habilidades que acriança deve adquirir desde
a infância. Além de um estado de liberdade e diversão para ela, o brincar exige
esforço físico e/ou mental, o pensar, a imaginação, levando o raciocínio lógico
e sistemático e novas capacidades.
Essas exigências são cumpridas sem a sensação de obrigação, na
realização das atividades. Por isso, ela se entrega a brincadeira por puro
prazer, sem medo ou culpa, errando, tentando novamente e aprendendo. Ela
se dedica ao máximo, explorando todas as suas habilidades para executar a
brincadeira corretamente. Deste modo, o aprendizado acontece de forma
prazerosa, e os novos conhecimentos adquiridos se tornam compreensíveis e
importantes para a criança.
Nas brincadeiras existem regras, e quando o sujeito que participa tem a
consciência das mesmas, entende que devem ser cumpridas. Na infância, isto
promove limites e treina a criança pra respeitá-los.
Segundo Gomes (1993, p. 125),
É importante que nas aulas da educação infantil, o professor utilize a brincadeira como instrumento essencial para sair da rotina diária. Pois é nesse momento que aprendem de forma dinâmica e descontraída, como, por exemplo, amassa de modelar que com ela inventa e reinventa, ou seja, coloca pra fora às imagens dos objetos que se encontram em seu pensamento, fortalecendo a arte de criar. É necessário que sejam motivadas, elogiadas e jamais ao contrário.
A criança, expressa por meio da brincadeira sua vida social, seja aquela
vivida em casa, na rua com colegas, ou até mesmo na escola, neste período
pode-se observar seu comportamento, diagnosticar como esse menino ou
menina é tratado (a) e orientar não só ele (a), mas toda a família para que sua
vida se torne cada vez mais produtiva.
A brincadeira é um mundo empregado pelas crianças para conhecer o mundo que a rodeia. Muitas vezes, os temas escolhidos nas brincadeiras são aqueles que a criança precisa aprofundar. Brincando a criança constrói significados, objetivando a assimilação dos papeis sociais, o entendimento das relações afetivas é a construção do conhecimento. Brincando, a criança tem a possibilidade de assimilar, é recriar as experiências, vivida pelos adultos, construindo hipóteses sobre o funcionamento da sociedade. Brincando a criança buscar aprender o mundo é as ações humanas com as quais convivem em seu cotidiano, (GOMES, 1993, p.125).
Fortalecendo este afirmativo Nicolau (2002, p. 78) completa:
Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona ideias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o seu crescimento físico e desenvolvimento. E, o fundamental, a criança vai se associando [...] muitas são as habilidades sociais reforçadas pelo brinquedo: cooperação, comunicação, eficiência, competição, honesta, redução de agressividade. O brinquedo permite as crianças progredirem até atingirem um nível de proficiência formidável.
Nesse sentido, o lúdico tem lugar de destaque no aprendizado. Pois, a
brincadeira estimula a capacidade mental do aluno. Por meio delas os alunos
integram uns com os outros e com os professores, criando formas de se
comunicar e proporcionando condições para o crescimento e a construção de
aprendizagem e da sua atuação no meio social.
Nicolau (2002, p. 79) diz:
As brincadeiras de água e areia possibilitam à criança identificar, diferenciar, generalizar, classificar, agrupar, ordenar, seriar, simbolizar, combinar, e estimar. E juntamente com estas operações a atenção esta sendo desenvolvido, o mesmo ocorrendo com respeito às relações espaciais e temporais [...]. Além da água e areia há uma infinidade de brinquedos e brincadeiras que seduzem a criança e envolvem integralmente. Quanto mais o brinquedo possibilitar a exploração livre da criança, melhor. Quanto menos isto ocorrer, mais a criança estará na posição da mera espectadora.
Sendo assim torna-se necessário que se diversifique os brinquedos para
as crianças explorem novos objetivos, desenvolvam a percepções e aprendam
novos conceitos.
CAPÍTULO III
3. O CONTEXTO SOCIAL E A ESCOLA FORMANDO CIDADÃOS CRÍTICOS
A escola participa na formação da personalidade do aluno, por isso ela
deve estimulá-lo a ter boas atitudes, por isso para Turra é evidente a
necessidade de se ter uma educação voltada para o ensino de valores,
certamente esse não é o objetivo principal do ensino, mas ambos devem ser
trabalhados juntamente, pois “não podemos dissociar o pensar do agir e do
sentir” (Turra, 1998, p. 86), esse três estão interligados e são indissociáveis,
por isso devem ser trabalhados juntos, e, além disso, também chamar atenção
para o aluno, ele é um ser humano que é influenciado por seu modo de pensar
e agir.
Segundo Arantes (2003, p.157):
A sociedade solicita que a educação assuma funções mais
abrangentes que incorporem em seu núcleo de objetivos a formação
integral do ser humano. Essa proposta educativa objetiva a
formação da cidadania, visando que alunos e alunas desenvolvam
competências para lidar de maneira consciente, crítica, democrática
e autônoma com a diversidade e o conflito de idéias, com as
influências da cultura e com os sentimentos e as emoções presentes
nas relações que estabelecem consigo mesmos e com o mundo à
sua volta. Afinal, estamos falando de uma educação em valores em
que as dimensões cognitiva, afetiva, [...] interpessoal e sociocultural
das relações humanas, são considerados no planejamento curricular
e nos projetos político-pedagógicos das escolas.
Arantes chama atenção que a sociedade atual necessita de uma
educação do aluno como um todo, um ser humano complexo que deve ser
trabalhado em diversas áreas e não apenas a cognitiva. A escola deve formar
pessoas preparadas para o mundo e não apenas para provas, ou seja, a
escola deve também ter em seu planejamento um ensino voltado para
educação em valores.
3.1. O lúdico como recurso pedagógico
Como a forma de diversão infantil se modifica a cada geração é preciso
que o educador conheça os novos brinquedos, jogos e brincadeiras, a fim de
conhecer o mundo da criança hoje, saber como lidar com esses objetos e
diversões, bem como saber excluir os que não oferecem nenhuma vantagem à
criança no seu processo de formação social, afetiva, cognitiva, motora, enfim,
humana.
Todavia isto não significa que se devem desprezar brincadeiras,
brinquedos, e jogos antigos, pois muitos deles além de oferecer noções
culturais, transmitir diversos conhecimentos e ajudar no desenvolvimento das
capacidades e habilidades da criança, o que pode ser confirmado como o
pensamento de Kishimoto (1999, p. 38) quando diz que: “Enquanto
manifestação livre e espontânea da cultura popular a brincadeira popular tem a
função de perpetuar a cultura infantil, desenvolver formas de convivência social
e permitir o prazer de brincar”.
Segundo Dornelles (2001), o brincar permite que haja a troca de pontos
de vistas diferentes, ajudando a perceber como os outros vêem, auxilia a
criança de interesses comuns, uma razão para que se possa interagir com o
outro. Ele tem uma função, um significado diferente e especial para a criança
em cada momento da vida. Aos poucos, os jogos e brincadeiras vão
possibilitando às crianças a experiência de buscar coerência e lógica nas suas
ações nas brincadeiras, sobre o que falam, também para que continuem
participando das brincadeiras.
Quanto às jogos, segundo Kishimoto (1999), o jogo que no passado era
visto como recreação aparece nos dias de hoje como relaxamento necessário à
atividade que exigem esforço físico, intelectual e escolar.
Segundo o autor, é importante respeitar as vontades da criança para que
haja uma interpretação aluno-professor de modo a construir o conhecimento
juntos e desenvolver o aprendizado com prazer.
Embora o jogo sob a supervisão do professor, permite-se a escolha do mesmo para que seja respeitada a vontade da criança e se manifestar o prazer na ação desenvolvida. Os autores entendem a recreação como um espaço para a criança expressar, criar e desenvolver. A proposta é de uma recriação (KISHIMOTO, 2002, p. 110).
Kishimoto (2002) ressalta a importância dos jogos, e em especial, o jogo
simbólico, também chamado de “faz de conta”. Por meio dele, a criança
expressa a sua capacidade de representar dramaticamente.
O faz de conta tem uma natureza imitativa onde a criança através da
brincadeira reproduz comportamentos, procurar soluções para os problemas e
a sua maneira transformar realidade. E através da brincadeira que a criança se
comunica e na convivência com o outro ela percebe as limitações, aprendendo
a socializar-se com o mundo desenvolvendo a sua personalidade.
Através do seu faz de conta à criança tem, possibilidade de
experimentar diferentes papeis sociais na vida. Quando ela pega uma vassoura
e, colocando-a entre as pernas, sai andando e correndo dizendo que é seu
cavalo, significa que ela é capaz de simbolizar, pois a vassoura representa uma
realidade ausente, ajudando a criança a separar objetos do significado. Tal
capacidade é um passo importante para o desenvolvimento do pensamento,
pois faz com que a criança se desvincule das situações concretas e imediatas
sendo capaz de separar.
Segundo Levin (1997, p. 174):
Toda criança, ao brinca de “ser grande”, coloca em ato este tempo singular do futuro a anterior – “eu terei sido”, - que indica uma ação a executar-se no futuro que depende, por sua vez, de uma ação no presente: o que terei sido no que estou chegando a ser. Na criança
seria “o que desejei no estou chegando a ser no próprio jogo” onde se delimita anterioridade em relação com outro momento futuro [...] É no brincar que a criança pode realizar, e “realiza”, este futuro anterior em relação ao presente do instante. Assinalemos que, para que uma criança possa ir amando seu destino (no futuro anterior), os pais (ou aqueles que cumprem sua função) tiveram que por em ato seus próprios filhos o futuro, como um tempo onde inclusive antes do nascimento imaginaram o sujeito onde ainda (anterioridade) não havia. O que certamente permitira a criança, em outro tempo (futuro), constituir seu próprio destino subjetivo (que em algum ponto lógico entrou em um jogo num instante).
Os jogos e as demais brincadeiras inclusive o fazem de conta, muitas
vezes, incluem situações de regras e normas que devem ser seguidas para
que a criança permaneça na brincadeira/jogo. As regras assumidas no brincar
fazem com o que as crianças se comportem de forma mais avançada daquilo
que na sua idade seria peculiar.
Através das brincadeiras regradas na interação com objetos e outras
crianças elas desenvolvem sua potencialidades, e descobrem varias
habilidades e exercita a sua disciplina. O professor pode usar uma estratégia
de ensino excelente na sua visão, mas se não estiver adequada ao modo de
aprender da criança, de nada servira.
No momento em que se aplica ao jogo atitude do professor devera ser
agir mediador deixando livre a imaginação das crianças para que possibilite o
melhor aproveitamento possível da atividade, construindo assim junto ao aluno
seu cognitivo criando um despertar do faz de conta.
O professor intervirá no mínimo possível atuando apenas com
direcionador das atividades garantindo a livre manifestação das suas
habilidades, estimulando o raciocínio e a civilidade, descobrindo os anseios das
crianças, participando agora efetivamente na vida do aluno.
Muitas vezes, as atividades lúdicas são interpretadas de forma
inequívocas, tendo à falsa ideia de bagunça em que o professor apenas quer
alguns minutos de descanso, no entanto esta atividade é altamente educativa e
proporciona uma maior interação entre o professor e o aluno.
Também é importante falar sobre os espaços. Na escola, devem se
organizar espaços para cada atividade especifica, de modo que a realização
das tarefas aconteça de forma correta e então o ambiente e os materiais
estejam aptos para proporcionar o aprendizado, com brinquedoteca, cantinho
da leitura, sala de vídeo, parquinhos, entre outros.
Entretanto nem sempre as escolas dispõem de espaços adequados para
as crianças brincar, que pode dificultar o processo de ensino. Todavia, não é
isto apenas que vai impedir de aprendizagem acontecer. Pois, quando o
professor se empenha, usando o que as escolas lhe oferecem, com sua
criatividade e a busca de outros recursos poderá tornar suas aulas as melhores
possíveis e, então, dinamizá-las.
Muitas são as vantagens do lúdico no aprendizado. A arte, o teatro, a
musica, a dança o desenho, são essenciais para que a criança aprenda a
explorar o mundo a sua volta.
Para psicólogos “a brincadeira infantil é um meio de estudar a criança e
perceber seus comportamentos [...]” (KISHIMOTO, 1999, p. 32), inclusive
alguns a usam como meio de diagnóstico de problemas da criança.
O uso do brinquedo/jogo educativo com fins pedagógicos remete-nos para a relevância desse instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de desenvolvimento infantil [...]. Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa. Desde que mantidas as condições para a expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da criança para brincar, o educador esta potencializando as situações de aprendizagem (KISHIMOTO, 1999, p. 32).
Ainda baseando-se neste autor, podemos dizer que a educação e o
brinquedo concedem diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido
voluntariamente e também pode trazer a criança um ensino sendo conhecido
de mundo ou conhecer-se a si próprio, podendo completar o seu saber.
Segundo Piaget (1967, p.32):
O jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele oferece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, social e moral.
Uma vez que os jogos e brincadeiras têm a pretensão de trabalhar de
uma forma lúdica e natural, estimulando o raciocínio lógico, a criatividade,
auxiliando as crianças no processo de construção de conhecimento. E podem
potencializar estas capacidades, ampliando as possibilidades das crianças de
compreenderem e transformarem a realidade.
Portanto os jogos desenvolvem o pensar lógico, analítico e sistemático
que os mesmo exigem, melhorando o raciocínio. Através das regras – quando
um coletivo – promovem a socialização dos participantes e – quando
individualizado – propõe que o individuo pense mais concentradamente.
Logo se torna evidente que o lúdico contribui no desenvolvimento da
criança em todos os seus aspectos: cognitivo, físico, afetivo-social, destacando
sua importância no contexto escolar.
3.2. Como Piaget analisa o jogo nas séries iniciais
A teoria de Jean Piaget (1896-1980) estudando sobre o
desenvolvimento da inteligência colocou o jogo e o brincar como atividades
indispensáveis na busca do conhecimento pelo indivíduo.
Jean Piaget com suas pesquisas proporcionou contribuições significativas para
a educação escolar, embora este não fosse seu objetivo primordial. Porém, os
reflexos de sua teoria auxiliam no entendimento acerca da criança, em idade
escolar ou não.
Seguindo uma orientação cognitivista, este pesquisador analisou o jogo
integrando-o a vida mental da criança, onde através da experiência lúdica o
educando pode alcançar o seu crescimento intelectual denominando este
comportamento como assimilação.
Conforme o pensamento de Piaget (1998, p. 35), cada ato de
inteligência é definido pelo equilíbrio entre duas tendências: assimilação e
acomodação. Na assimilação, o sujeito incorpora eventos, objetos ou situações
dentro de fonemas de pensamento, que constituem as estruturas mentais
organizadas. Na acomodação, as estruturas mentais existentes reorganizam-se
para incorporar novos aspectos do ambiente externo.
Durante o ato da inteligência, o sujeito adapta-se às exigências do
ambiente externo, enquanto ao mesmo tempo, mantém sua estrutura mental
intacta. O brincar, neste caso, é indicado pela primazia da assimilação sobre a
acomodação.
Ou seja, o sujeito assimila eventos e objetos ao seu eu e suas
estruturas mentais. Desta forma, entende-se que através do jogo a criança
compreende as regras (acomodação), pois é devidamente orientada pelos
educadores e após esta fase poderá atingir o segundo estágio, ou seja, adquirir
o conhecimento (assimilação) avançando então em seu processo de
aprendizagem por meio da experiência simbólica.
Ele dividiu o desenvolvimento intelectual da criança em etapas
caracterizadas pela sucessiva complexidade e maior integração dos modelos
de pensamento, ou seja: até os dois anos de idade – sensório-motor; de dois a
quatro anos – pré-operacional; de quatro a sete anos – intuitivo; de sete aos 14
anos – operacional concreto; e, a partir dessa idade – operacional abstrato.
Quando Piaget descobriu que não é o estímulo que move o indivíduo ao
aprendizado, revolucionou a pedagogia da época. Para ele, a inteligência só se
desenvolve para preencher uma necessidade. A educação, concebida a partir
desse pressuposto, deve estimular a inteligência e preparar os jovens para
descobrir e inventar; o professor deve provocar na criança a necessidade
daquilo que ele quer transmitir.
Nesse sentido, os jogos e brincadeiras são buscados espontaneamente
pelas crianças como meio de chegar à descoberta, inventar estratégias, pensar
o novo, construir, agir sobre as coisas, reconstruir, produzir (RAPPAPORT
1981). Piaget (1977) afirma que, ao aprender, o indivíduo não tem um papel
passivo perante as influências do meio, pelo contrário, procura adaptar-se a
elas com uma atividade organizadora. A aprendizagem, para ele, é um
processo adaptativo em função de respostas dadas pelo sujeito a um conjunto
de estímulos anteriores e atuais.
Sendo assim, o desenvolvimento é um fator condicionante da
aprendizagem. Piaget (1978) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório
das atividades intelectuais da criança. Estas não são apenas uma forma de
desafogo ou entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que
contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Ele afirma que,
O jogo e o brincar, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de
simbolismo, proporciona uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento
necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos
ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim
de que, jogando e brincando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso,
permanecem exteriores à inteligência infantil. (PIAGET 1976, p.160).
Segundo Piaget (apud KIHIMOTO, 1996, p.40) o desenvolvimento do
jogo resulta de processos puramente individuais e de símbolos idiossincráticos
peculiares que originam da estrutura mental da criança e que só por ela podem
ser explicados. Assim, como no desenvolvimento infantil, o autor analisa o
desenvolvimento do jogo e do brincar de forma espontânea, ou seja, conforme
se organizam as novas formas de estrutura, surgem novas modificações nos
jogos e brincadeiras que, por sua vez, vão se integrando ao desenvolvimento
do sujeito por intermédio de um processo denominado assimilação.
Nesta perspectiva, o brincar é identificado pela primazia da assimilação
sobre a acomodação, que é o fato de o sujeito assimilar eventos e objetos ao
seu "eu" e às suas estruturas mentais. Para Piaget citado por Kishimoto (1996),
o brincar não recebe uma conceituação precisa, é uma ação assimiladora,
aparece como forma de expressão da conduta, cheia de características
metafóricas como espontaneidade, prazer, iguais às do romantismo e da
biologia
Na teoria construtivista Piagetiana, o jogo e a brincadeira são vistos
como um processo de construção que insere o sujeito no meio social através
da adaptação e da interação com o meio, estes serve para a consolidação das
habilidades aprendidas e serve como reflexo do nível de desenvolvimento
cognitivo da criança e é no jogo e no brincar que ela aplica tudo que aprende.
Kishimoto (1998) identifica na obra de Piaget que “cada ato de inteligência é definido pelo equilíbrio entre
duas tendências: assimilação e acomodação” (p. 39).
Através dos jogos e brincadeiras a criança poderá ter um bom
desenvolvimento psicomotor e psicossocial, assim como as levará à
socialização e à contribuição para a sua vida afetiva. As atividades lúdicas
encorajam também o desenvolvimento intelectual, através da atenção e da
imaginação, facilitando a sua expressão. (FRIEDMANN, 2002)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme o estudo levantado, verificou-se que o jogo sempre esteve
presente na vida dos seres humanos, pois se trata de uma atividade
necessária, já que permite que a criança expresse seus sentimentos, sejam
eles positivos ou negativos. Muitos autores foram destacados neste trabalho
comprovando que os jogos e brincadeiras fazem parte do processo de
formação do ser humano.
Nota-se que há incontestável importância à utilização do lúdico para com
as crianças. Entretanto, são os jogos o melhor método de aprendizagem?
Ocorre que quanto mais a criança é privada das ocupações sérias mais ela
encontrará dificuldade posteriormente, as atividades lúdicas não asseguram
por si o pleno desenvolvimento da criança.
No processo pedagógico saibamos então conservar a criança no sentido
da livre escolha, e no respeito à integridade de sua vida. O mais aconselhável é
que haja por certo um equilíbrio entre as atividades de caráter sério e as
fantasias, dando margem às expressões de sentimentos. Não podemos nos
esquecer de que o lúdico é sim importante para a criança, mas têm um papel
importante no mundo dos adultos.
O que é o cinema, teatro, música, pintura, dança, escultura e literatura
senão a própria interpretação de uma realidade segundo o crivo de quem o faz.
E como na criança uma “personificação” de um determinado estado de espírito,
estes mecanismos (objetos para a criança).
São igualmente “transicionais”, pois enquanto uma dança representa a
beleza e leveza, outra representa a tristeza e a morte, enquanto um quadro nos
traz sentimentos de estranheza e medo outro nos eleva a patamares da mais
bela contextualização e harmonia.
Pois tudo para que seja alguma coisa deve ser interpretado, e logo para
que seja interpretado deve haver o ludismo, pois o lúdico é uma capacidade do
ser humano que serve para traduzir sinais, ou para adaptá-los a uma nova
realidade que é criada na mente.
É venerável a atitude de dizer que o lúdico é tão importante para a
criança como para o adulto, para o ser humano por assim dizer têm sua cota
de valor. Ocorre como já se falou em todo nosso itinerário que a visão de
realidade da criança é em muito divergente da dos adultos.
A criança que têm em seu desenvolvimento o fator lúdico por certo é
convidada a desenvolver-se de maneira integral, tendo melhores chances de
obter ótimos resultados no futuro, tendo a devida dose de contato com as
obrigações e deveres, o que representa num contexto mais amplo o início de
todo um processo educativo, formando um indivíduo integral e um cidadão
pleno.
Conclui-se, levando em consideração um âmbito mais abrangente e
polivalente, que o lúdico faz sim parte de um processo educativo que dá à
criança justamente aquilo que ela precisa: transpassar ao extrínseco suas
angústias, problemas internos e a capacidade que ela cria de dominar estes
problemas quando imersa no lúdico. É o lúdico um instrumento de
comunicação do ser humano.
Como educadores insistimos no ideal de que para contribuir, mesmo de
maneira sutil, haveremos de educar da melhor maneira e para isso entender os
processos que se transcorrem na criança, e as ferramentas educativas, para
que o mundo possa vir a se aproximar de uma ideia que dele possamos ter.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola, 1995.
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica – técnicas e jogos pedagógicos 9º ed, São Paulo: Loyola, 1998. ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências.
Petrópolis: Vozes, 1998.
______, Jogos para bem falar. São Paulo: Papirus, 2003
ARANTES, Valéria Amorim (org) et al. Afetividades na Escola, Alternativas Teóricas e Práticas. São Paulo: Summus Editorial, 2003.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil.
Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. -
Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. Educação e cidadania. Ações do Ministério da Educação e do Desporto. – Brasília: MEC, 1994.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. Por uma escola de cidadãos. Volume 09. Educação Básica. – Brasília: MEC-FNUAP, 1995.
CAMPOS, D. M. S. – Psicologia da Aprendizagem, 19º ed., Petrópolis: Vozes, 1986.
DHOME, Vânia. Atividade lúdica na educação: o caminho de tijolos amarelos do aprendizado. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.
FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender. O resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 2002.
FERNANDÉZ, Alicia. A inteligência aprisionada. Porto Alegre, RS. Artes Médicas, 1991.
KISHIMOTO, Tizuko Morchita. Jogos, brinquedo, brincadeira e educação. São Paulo: Cortez, 1996. _______, Tizuko Morchida. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 1998.
MICHALISZYN; Sergio Mario. TOMASINI, Ricardo. Pesquisa: orientações e normas para elaborações de projetos, monografias e artigos científicos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.
NEGRINE, Airton, Recreação na hotelaria: o pensar e o lúdico, Caxias do Sul:
Edusc, 1994.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. 3. Ed. São Paulo: Scipione, 1995.
PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Trad. Por Dirceu Accioly Lindoso e Rosa
Maria Ribeiro da Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976. _______, Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
PORTO, Olívia. Psicopedagogia institucional: teoria, prática e assessoramento
psicopedagógico. 2. ed., Rio de Janeiro: Wak ed., 2007.
RAPPAPORT, Clara Regina e et. al. Psicologia do desenvolvimento. São
Paulo: EPU, 1981.
SANTOS, S. M. P. dos Brinquedoteca: sucata vira brinquedo. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 6. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
VYGOTSKY, L. S. A formação Social da Mente. São Paulo, SP. Martins Fontes, 1994.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: VYGOTSKY, Lev Semenovich; LURIA, Alexander Romanovich; LEONTIEV, Alexis N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Tradução de Maria da penha Villalobos. 2. Ed. São Paulo : Ícone, 1988. P. 103-117.
TURRA, Clodia Maria Godoy et al. Planejamento de Ensino e Avaliação. Porto Alegre, RS. Sagra Luzzato, 1998.
WINNICOTT, D.W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975. “Clássica”.
TERMO DE RESPONSABILIDADE
Eu, __________________________________________________, acadêmica do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, orientada pela professora, ____________________________________________, declaro para os devidos fins que o Trabalho de Conclusão de Curso/ Monografia, aqui apresentado, atende as normas técnicas e científicas exigidas na elaboração de textos, previstas no Manual para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos.
As citações e paráfrases dos autores estão indicadas e apresentam a
origem da ideia do autor com as respectivas obras e anos de publicação.
Caso não apresente estas indicações, ou seja, caracterize crime de
plágio, estou ciente das implicações legais decorrentes deste procedimento.
O Código Penal em vigor, no Título que trata dos Crimes Contra a
Propriedade Intelectual, dispõe sobre o crime de violação de
direito autoral – artigo 184 que traz o seguinte teor: Violar direito
autoral: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou
multa. E os seus parágrafos 1º e 2º, consignam, respectivamente:
§ 1º Se a violação consistir em reprodução, por qualquer
meio, com intuito de lucro, de obra intelectual, no todo ou em
parte, sem autorização expressa do autor ou de quem o
represente, (...): Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa, (...).
§ 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem
vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta,
empresta, troca ou tem em epósito, com intuito de lucro, original
ou cópia de obra intelectual, (...), roduzidos ou reproduzidos com
violação de direito autoral. (Lei n.º 9.610, de 9.02.98, que altera,
atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais, publicada
no D.O.U. de 20.02.98, Seção I, pág. 3).
Declaro, ainda, minha inteira responsabilidade sobre o texto apresentado
no trabalho acadêmico, Monografia, desenvolvido.
Quixeramobim, CE, 20 de Fevereiro de 2013.
__________________________________________
Nome do (a) Aluno (a)