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Meditações Sobre A Morte e o Juízo Final

William R. Downing .

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Traduzido do original em Inglês

A Catechism on Bible Doctrine (Version 1.7)

An Introductory study of Bible Doctrine in the Form of a Catechism with Commentary

By W. R. Downing • Copyright © 2008

O presente volume consiste somente em um excerto da obra supracitada

Publicado por P.I.R.S. PUBLICATIONS

Um Ministério da Sovereign Grace Baptist Church (www.sgbcsv.org)

Publicações Impressas nos Estados Unidos da América

ISBN 978-1-60725-963-3

Todos os direitos reservados somente ao autor. Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida

em qualquer forma que seja sem a permissão prévia do autor.

Tradução por Hiriate Luiz Fontouro

Revisão por Paul Cahoon, Benjamin Gardner, Albano Dalla Pria e Erci Nascimento

Edição Inicial por Calvin G. Gardner

Revisão Final por William Teixeira e Camila Rebeca Almeida

Edição Final e Capa por William Teixeira

Imagem da Capa: São Paulo perante o Areópago, por Rafael (Domínio Público)

1ª Edição: Fevereiro de 2016

As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF

Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Publicado em Português como fruto de uma parceria entre os websites oEstandarteDeCristo.com e

PalavraPrudente.com.br, com a graciosa permissão do amado autor W. R. Downing (Copyright ©

2008) e do amado, saudoso e agora glorificado, Calvin G. Gardner.

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Meditações Sobre a Morte e o Juízo Final Por William R. Downing

[Excerto de Um Catecismo de Doutrina Bíblica, por William R. Downing • Parte X • Editado]

Biblicamente, o tempo regride do futuro para o presente e do presente para o passado,

como tudo foi predestinado por Deus (Efésios 1:3-11). Veja perguntas 35, 79 e 80. Assim,

no contexto das profecias e promessas Divinas, a vida de alguém deve ser vivida no con-

texto de certa expectativa futura (Romanos 8:9-23; 2 Coríntios 4:17-18; 5:1-11; 1 Tessalo-

nicenses 4:18; 1 Pedro 1:3-9; 2 Pedro 3:11-14). Que os crentes possam ser levados a “se

alegrar com gozo inefável e glorioso”.

Pergunta 165: Quais são as várias “mortes” descritas nas Escrituras?

Resposta: A Bíblia descreve a morte espiritual, a do poder reinante do pecado, a física e a

segunda morte.

Gênesis 2:17: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque

no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.

Romanos 5:12: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado

a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”.

Romanos 6:11: “Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas

vivos para Deus, em Cristo, Jesus nosso Senhor”.

Apocalipse 20:14: “E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda

morte”.

Veja também: a morte espiritual (Mateus 8:21-22; Efésios 2:1-3); a morte física (Gênesis

23:1-4; 25:7-10; 2 Samuel 14:14; Ezequiel 18:4, 20; João 8:21-24; Romanos 5:12-14, 17-

18; 6:23; Hebreus 9:27-28); a morte para o poder reinante do pecado (Romanos 6:2-14; 2

Coríntios 5:14-15; Gálatas 2:20; Colossenses 3:1-4); a segunda morte (Mateus 10:28;

Apocalipse 2:11; 20:6, 11-15; 21:8).

Comentário

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A morte como um conceito bíblico denota separação. A separação que ocorreu com a morte

espiritual no caso de Adão e sua posteridade deve ser primeiro considerada:

No mesmo dia em que Adão comeu do fruto proibido — um ato intencional de desobe-

diência e rebelião contra o governo justo e benevolente de Deus — ele morreu espiritual-

mente (Gênesis 2:16-17; 3:1-21), ou seja, tornou-se separado de sua relação original com

Deus e com aquelas realidades em sua personalidade as quais mantinham esse relacio-

namento. A imagem de Deus dentro dele tornou-se distorcida; ele se tornou depravado (de,

completamente, pravus, torto), ou seja, os efeitos do pecado permearam a sua natureza e

personalidade (Romanos 1:18-32; 3:9-18). A parte espiritual de sua natureza, a qual

mantinha sua justiça original morreu, e sua personalidade, uma vez governada por uma

mentalidade justa, tornou-se sujeita aos desejos de sua natureza física (Veja Romanos 6:6,

11). Ele tinha uma inimizade contra Deus e Seu governo (Romanos 8:6-8). Sua mente se

tornou espiritualmente incapacitada (os efeitos noéticos do pecado) (Romanos 1:21-22; 1

Coríntios 2:14; Efésios 4:17-19). Ele ficou sob o poder dominante do pecado. A verdade

que ele conhecia, tentou suprimir (Romanos 1:18-20). O pecado de Adão foi imputado a

toda a sua posteridade, que também herdou sua natureza caída ou depravada e sua

mentalidade torcida (Gênesis 5:3; Romanos 3:23). Veja as Perguntas 31-34.

Segundo, a morte para o poder reinante do pecado está inclusa no assunto mais amplo da

salvação. A salvação é a reversão da sentença e dos efeitos da morte espiritual pela união

do crente com Cristo, que é a união tanto em Sua morte quanto em Sua ressurreição de

vida. Veja a Pergunta 77. A regeneração é a transmissão dessa vida espiritual ou natureza

que morreu com a Queda (João 3:3-8; Efésios 2:4-5). A imagem de Deus é recriada em

princípio, em uma transformação de espírito moral e intelectual (Efésios 4:22-24; Colos-

senses 3:9-10). O poder reinante do pecado é destruído (Romanos 6.1-14), a inimizade

natural do coração é removida (Romanos 8:6-11) e a cegueira satânica que obscurecia o

Evangelho é tirada (2 Coríntios 4:3-6). Veja a Pergunta 83. Na conversão, simultaneamente

com a regeneração, a fé salvífica e o arrependimento são concedidos (Atos 11:18; 18:27;

Efésios 2:8-10). Veja as Perguntas 86-87, 90-91. A justificação, a imputação da justiça de

Cristo, trata da penalidade e da culpa do pecado (Romanos 3:21-26). Veja a Pergunta 92.

A adoção, de forma simultânea com a regeneração, renova o Espírito Santo dentro da

personalidade (Gálatas 4:4-7). Veja a Pergunta 93. Por meio da santificação ou da trans-

missão de justiça, o indivíduo é posicional, definitiva e progressivamente (pela obra positiva

da Palavra e do Espírito, e negativamente por tentações e castigo) santificado no estilo de

vida e posto em conformidade essencial com a imagem do Filho de Deus (Romanos 8:29;

2 Coríntios 3:17-18; Hebreus 12:3-14). Veja as Perguntas 94-96. A glorificação na ressur-

reição completa o processo de salvação com a redenção do corpo, que permanece

inalterado na atual experiência: embora o seu papel dominante tenha sido quebrado pela

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união com Cristo (Romanos 6:6, 11-13; 8:11-23; 1 Coríntios 15:49, 51-57; 2 Coríntios 4:16-

5:8). Veja a Pergunta 169.

Terceiro, a morte física ou a separação da alma e do corpo. Adão acabou por sofrer a morte

física e passou esta sentença para toda a raça humana por meio de seu pecado (Gênesis

5:5; Romanos 5:12-14, 17; 1 Coríntios 15:21-22; Hebreus 9:27). Assim, a morte física, a

separação do corpo e da alma, não é natural, mas antinatural; é penal, o juízo de Deus

sobre o pecado. A Escritura descreve a morte física como um inimigo — o inimigo final a

ser destruído (1 Coríntios 15:26). O Senhor Jesus tornou-Se encarnado, não meramente

como um indivíduo, mas como o “Segundo Homem”, o “Último Adão” para desfazer o que

o “Primeiro Adão” fez, para desmantelar as obras do Diabo e por meio da morte vencer a

morte (Romanos 5:17; 1 Coríntios 15:21-26, 45-49; Hebreus 2:5-15; 1 João 3:8). Veja a

Pergunta 66.

Quarto, a “segunda morte”, descreve não a aniquilação ou a cessação do ser ou da

existência, mas um estado eterno de separação de Deus. Este é o destino dos ímpios ou

injustos após o julgamento final quando para sempre se instalará o seu grau de tormento e

sofrimento eterno (Apocalipse 2:11; 20:6, 11-15; 21:8). Veja a Pergunta 171.

Você foi liberto da morte espiritual? Você escapará da segunda morte?

Pergunta 166: O que é a morte física?

Resposta: A morte física é a interrupção desta presente vida terrena pela separação da

alma do corpo.

Filipenses 1:21: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”.

Hebreus 9:27: “...está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo...”.

Apocalipse 14:13: “...Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim,

diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem”.

Veja também: Gênesis 2:7, 17-19; 3:19; Levítico 24:17; Números 23:10; 35:16-19; Salmos

23:4; 55:4; 104:29; 116:15; Provérbios 8:36; 14:12 e 18:21; Eclesiastes 7:1-4; 12:5-7;

Ezequiel 18:32; Atos 25:11; Romanos 5:12-14, 21; 6:23; 8:35-39; 1 Coríntios 3:21-23; 15:26,

54-58; Filipenses 1:20-21; Colossenses 1:20-22; 2 Timóteo 1:8-10; Hebreus 2:9-15; 9.13-

28; 1 João 5:16-17; Apocalipse 12:11; 21:4.

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Comentário

A morte física é a cessação desta presente vida terrena, a separação da alma do corpo. A

alma, no momento da morte, deixa o corpo e continua sua existência seja consciente na

presença de Deus ou em um estado consciente de tormento e sofrimento até a ressurreição

e o julgamento final. O corpo se decompõe e eventualmente volta aos seus elementos

químicos naturais: em termos bíblicos, ele retorna ao pó de onde foi tirado (Gênesis 2:7;

3:19; Jó 10:9; 34:15; Salmos 103:14; Eclesiastes 3:19-21).

A Bíblia descreve a morte física em uma variedade de termos: Um retorno ao pó (Eclesi-

astes 12:7); a ida pelo caminho de toda a terra (Josué 23:14); ser congregado aos seus

pais, ou recolhido ao seu povo (Juízes 2:10; Deuteronômio 32:50); dormir ou adormecer

com seus pais (1 Reis 11:21; 22:50; 2 Crônicas 26:23); dormir ou adormecer em Jesus

(João 11:11; 1 Coríntios 11:30; 1 Tessalonicenses 4:13-15); a morte (Lucas 9:31; 2 Pedro

1:15); a partida, ou partir para estar com Cristo (Filipenses 1:23; 2 Timóteo 4:6); render o

espírito (Gênesis 25:8; Mateus 27:50; Atos 5:5); ser oferecido ou derramado como libação

(2 Timóteo 4:6); deixar este tabernáculo (2 Pedro 1:14); desfazer a casa terrestre deste

tabernáculo (2 Coríntios 5:1); deixar este corpo, para habitar com o Senhor (2 Coríntios

5:8).

A realidade da morte física é um lembrete de que a humanidade caída e pecadora ainda

está em um sentido muito real, sob aquele pacto de obras que Deus fez com Adão (Gênesis

2:15-17). Adão quebrou esse pacto pela sua desobediência como homem representante, e

a humanidade tem tido a sentença universal da morte por causa do pecado original de Adão

(Romanos 5:12-14; 1 Coríntios 15:21-22) e também por causa de suas próprias transgres-

sões individuais adicionadas (Ezequiel 18:4; Romanos 3:9-12, 23; 6:23). A morte, então,

tem uma relação imediata e necessária com o pecado (Romanos 5:12; Tiago 1:15). Ela é,

portanto, antinatural; e não fazia parte da ordem criada, mas é o resultado do pecado. A

Escritura chama a morte de inimigo (1 Coríntios 15:26). Porque a morte é o inimigo final a

ser conquistado, ela continuará como uma realidade até a ressurreição de crentes e não-

crentes (João 5:29).

Houve apenas duas exceções à morte física: Enoque (Gênesis 5:23-24) e Elias (2 Reis 2:1,

11). Os que estão vivos e permanecerem quando o Senhor voltar serão igualmente glorifica-

dos sem a experiência da morte (1 Tessalonicenses 4:15-18).

O crente, estando em união com Cristo, tem removido o medo da morte em seu significado

final por meio da ressurreição do Senhor Jesus e da revelação do Evangelho (Romanos

6:1-11; 2 Coríntios 4:8-5:8; Filipenses 1:21; 2 Timóteo 1:8-10; Hebreus 2:9-15; 1 Pedro 1:3-

5).

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Pergunta 167: Por que os crentes morrem?

Resposta: A morte é o resultado final de viver em um mundo caído. Ela não é penal para

o crente, mas completa o processo de santificação do crente. É o último inimigo, que perma-

necerá até a ressurreição final para a vida.

Romanos 8:1: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo

Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”.

1 Coríntios 15:26: “Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte”.

Veja também: Lucas 23:39-43; Atos 7:54-60; 1 Coríntios 11:30; 15:20-28, 51-58; 2 Coríntios

4:17-5:8; Filipenses 1:19-23; 3:10; 2 Timóteo 4:6-8; Hebreus 9:27-28; 12:1-13; 2 Pedro

1:13-15; 1 João 5:16-17; Apocalipse 14:13.

Comentário

Por que os crentes morrem? Se todos os nossos pecados foram lançados sobre o Senhor

Jesus, e nenhuma condenação há sobre qualquer crente em virtude da imputação da justiça

de Cristo a ele e da imputação de seus pecados à Cristo, então a morte do crente não pode

ser penal (Romanos 5:1-2, 8-11; 8:1). Veja as Perguntas 77 e 92. O ladrão arrependido

crucificado com nosso Senhor, sem qualquer experiência Cristã além de algumas palavras

e horas finais, estava certo de que ele naquele dia estaria com nosso Senhor no paraíso

(Lucas 23:39-43).

Pode-se perguntar, como nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho eterno de Deus, o impecável

Deus-Homem, o único não contaminado pelo pecado de Adão, poderia morrer? Sua morte

é um testemunho da realidade, não apenas de Sua verdadeira humanidade, mas da imputa-

ção de nossos pecados a Ele. Ele poderia morrer, tinha que morrer e morreu por aqueles

cujos pecados Lhe foram imputados no propósito de Deus (Romanos 3:24-26; 2 Coríntios

5:21; 1 Pedro 3:18), e por Sua morte, Ele aniquilou aquele que tinha o império da morte, o

Diabo (Hebreus 2:14; 1 João 3:4-5, 8).

Se a morte física para os crentes não é penal, então qual é a sua finalidade?

Primeiro, a morte é uma parte necessária e essencial da vida em um mundo caído.

Como os crentes não estão isentos de pesares, tristezas, sofrimentos, fraquezas,

oposição e violência deste mundo caído, ou as realidades da enfermidade, da doença

e da velhice, assim eles também não estão isentos da experiência de morrer e da

morte. A morte permanecerá sendo uma realidade até a ressurreição e julgamento

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final; quando será destruída como último inimigo (1 Coríntios 15:26). Até lá, é uma

realidade sempre presente tanto para descrentes e crentes.

Segundo, a morte traz à consumação do processo e nossa experiência terrena de

santificação, que começou na regeneração e na conversão. Nós devemos ser fiéis até

a morte (Apocalipse 2:10). Na separação do corpo e da alma, o corpo, como a sede e

instrumento de pecado interior e da corrupção remanescente, será finalmente posto

de lado (Romanos 6:6-14; 7:13-8:4; Filipenses 3:20-21; 2 Pedro 2:14). A Bíblia nunca

considera o corpo como sendo inerentemente mal (Gnosticismo), mas é o instrumento

pelo qual um princípio de pecado se expressa. A expectativa do crente não é de

escapar do corpo, mas de experimentar a sua glorificação (Romanos 8:22-23, 29-30;

1 Coríntios 15:49-58; 2 Coríntios 5:1-4; Filipenses 3:20-21; 1 João 3:1-3).

Terceiro, a morte completa nossa união experimental com Cristo. Veja a Pergunta 77.

As adversidades e sofrimentos de nossa experiência Cristã, culminando na morte,

enquadram-nos completamente em nossa conformidade com a imagem de nosso

Senhor (Romanos 8:11-18, 29-30; 2 Coríntios 3:17-18). Como Ele foi aperfeiçoado, e

exemplificou uma perfeita obediência por intermédio de Seus sofrimentos terrenos e

morte, assim Deus ordenou que em nossa experiência terrena, devêssemos igual-

mente experimentar o sofrimento e possivelmente a morte por causa dEle (Hebreus

5:5-10; Romanos 8:17; Filipenses 3:10; Colossenses 1:24, 1 Tessalonicenses 4:13-

18; 1 Pedro 4:1). Nós devemos notar de maneira cuidadosa que absolutamente nada,

nem mesmo a morte com todo o seu possível sofrimento e de várias formas, pode

separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor (Romanos

8:35-39).

Quarto, a morte física é o meio normal pelo qual os crentes são levados à presença

consciente do Senhor Jesus Cristo para estar com Ele, onde Ele está para que eles

vejam a Sua glória (João 17:24; Atos 2:30-33; 7:55-56; 2 Coríntios 5:6-8; Filipenses

1:23; Hebreus 1:2-3). Isto é em resposta ao desejo de sua Oração Sacerdotal, e,

portanto, a morte de cada crente está dentro dos limites de Sua vontade soberana e

amorosa (Apocalipse 1:17-18).

Quinto, em alguns casos, a doença, o sofrimento ou a morte de um crente pode ser

disciplinar, embora nunca penal. É possível para um crente cometer um pecado ou

crime pelo qual ele deva sofrer as consequências como um criminoso perante um

tribunal terreno ou como uma criança desobediente diante de seu Pai Celestial. O

castigo Divino pode resultar na doença ou mesmo na morte de tal crente (1 Coríntios

5:1-5; 11:30; Hebreus 12:1-13; 1 João 5:16-17). Somente Deus conhece infalivelmen-

te o coração, a mente e o motivo de qualquer crente, e ninguém deve pronunciar

condenação sobre qualquer crente insinuando que a enfermidade, a doença ou a

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morte é de forma alguma penal ou até mesmo de alguma forma disciplinar. Tais ques-

tões devem ser deixadas com nosso Pai Celestial, que sempre atua em amor para

conSigo mesmo, em castigos e disciplina.

Qual deveria ser a atitude do crente diante da morte? O Novo Testamento não enfatiza o

aspecto físico e o sofrimento que pode caracterizar a experiência de morrer, mas enfatiza

a antecipação de estar ausente do corpo e estar presente com o Senhor (2 Coríntios 5:1-

8), um estado que é “ainda muito melhor” (Gr. de Filipenses 1:23). Assim, se o viver é Cristo,

então morrer é lucro (Filipenses 1:21). Para nosso Senhor Jesus, a morte foi um “êxodo”,

ou a saída de Seu sofrimento e vergonha após a consumação de Sua obra redentora (Lucas

9:31, a palavra “morte” é a Gr. “êxodo”). O apóstolo Pedro usa a mesma terminologia quanto

à sua própria morte (2 Pedro 1:15). O Apóstolo Paulo usa o termo “soltar”, que poderia ser

parafraseado “soltar as estacas”, ou tomar tenda (Filipenses 1:23; 2 Timóteo 4:6). Esta vida

deve ser vista como temporária; a vida após a morte com o Senhor Jesus é vista como

eterna (Romanos 8:17-23; 2 Coríntios 4:17-18; 5:1ss; 1 Tessalonicenses 4:17; Hebreus

12:1-2).

Os crentes sofrem com a morte por causa do rompimento dos laços terrestres e de uma

sensação de perda pessoal de companheiros de fé a quem eles conhecem e amam. Tal

sofrimento é natural; mas ele é mitigado pela esperança de um futuro reencontro com os

remidos na glória (1 Tessalonicenses 4:13-18). Os incrédulos por contraste “não têm

esperança”, e, portanto, nada para diminuir o seu sofrimento.

Que possamos viver e morrer na expectativa gloriosa de estarmos “para sempre com o

Senhor”!

Pergunta 168: Qual é o estado intermediário?

Resposta: O estado intermediário ou desencarnado refere-se àquele estado de existência

consciente da alma entre a morte física e a ressurreição.

Lucas 23:42-43: “E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino. 43 E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”

2 Coríntios 5:2-4: “E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa

habitação, que é do céu; 3 se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus. Porque

também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados; 4 não porque

queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida”.

Filipenses 1:22: “Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que

deva escolher”.

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Veja também: Êxodo 3:6; Jó 19:26-27; Mateus 22:31-32; Lucas 16:22-25; Atos 7:59-60;

Romanos 2:7; 2 Timóteo 1:8-10; Hebreus 12:22-23; Judas 6-7.

Comentário

O estado intermediário é o consciente desencarnado entre a morte e a ressurreição (Lucas

16:22-28; 2 Coríntios 5:1-8). É um estado temporário que terminará com a ressurreição dos

justos e a ressurreição dos injustos (1 Coríntios 15:51-55; Apocalipse 20:12-13). Para os

crentes, é um estado de bem-aventurança no gozo consciente de estar com Cristo (2

Coríntios 5:5, 8; Filipenses 1:23). Quando nosso Senhor declarou que Deus era “o Deus de

Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”,

Ele implicou que estes patriarcas estavam apenas “mortos” para o mundo dos homens, mas

estavam conscientemente vivos na presença de Deus (Mateus 22:31-32), assim como

Moisés e Elias (Luas 9:29-33), todos à espera da ressurreição dos justos. Veja a Pergunta

169. Para os ímpios, o estado intermediário é um de sofrimento e tormento antes da ressur-

reição e do julgamento final (Lucas 16:22-28; Apocalipse 20:11-15; 21:8). Veja a Pergunta

171.

O estado intermediário entre a morte e a ressurreição também envolve várias outras

questões: a imortalidade, o purgatório, o limbo, a aniquilação, a provação e o sono da alma.

As Escrituras declaram que somente Deus é inerentemente imortal. Ele tem a vida em Si

mesmo e é a Fonte de toda a vida (Atos 17:24-25, 28; 1 Timóteo 6:16). Os seres humanos

têm uma imortalidade derivada como os portadores da imagem de Deus (Gênesis 1:26-28;

2:7; Eclesiastes 12:7). A doutrina bíblica não é simplesmente essa da imortalidade da alma

(um conceito grego pagão), mas da pessoa toda na ressurreição para a glória (Daniel 12:2;

1 Coríntios 15:51-57) ou na ressurreição para o juízo (Daniel 12:2; Apocalipse 20:5, 11-15).

Assim, a morte não finaliza a existência humana, mas guia ao estado intermediário ou

desencarnado até a ressurreição de todos os homens. O Antigo Testamento antecipou a

revelação completa da imortalidade na futura ressurreição dos mortos (Jó 19:26-27; Salmos

16:9-11; 17:15; 73:24; Daniel 12:2). A realidade completa da ressurreição para a vida e para

glória é revelada na ressurreição de nosso Senhor e no Evangelho (Mateus 8:11; Lucas

24:36-43; João 20:19-20, 26-28; Atos 17:18; Romanos 8:17-23; 2 Timóteo 1:8-10; 1 Pedro

1:3-9).

A doutrina Romanista do Purgatório, um lugar onde as pessoas supostamente permanecem

por um tempo determinado após a morte para expiar seus pecados, é uma negação da

obra consumada de Cristo. A doutrina da justificação tem grandes implicações escatológi-

cas bem como as implicações salvíficas imediatas (João 5:24; Romanos 3:21-31; 5:1-2).

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Veja as Perguntas 82 e 92. Além disso, este ensino é baseado em textos apócrifos não-

canônicos. Limbo (limbus patrum), o alegado lugar das almas que partiram antes da ressur-

reição de nosso Senhor e ascensão ao Céu (e limbus infantum no dogma Romanista o

alegado lugar para crianças não batizadas), é outra doutrina Romanista que não é

substanciada pelas Escrituras (Eclesiastes 12:7; Isaías 8:20).

A aniquilação é a ideia que na morte tanto o corpo quanto a alma deixam de existir; ou que

a alma deixa de existir após o julgamento final (a negação do castigo eterno, a ideia da

imortalidade condicional). A Escritura afirma a existência continuada da alma após a morte

e também a realidade da ressurreição dos mortos: tanto justos quanto injustos (2 Samuel

12:13-23; Jó 19:26-27; Daniel 12:2; Mateus 22:31-32; Lucas 9:29-33; 16:22-25; Romanos

8:11-23, 29-31; 1 Coríntios 15:51-57; 2 Coríntios 5:1-8; Filipenses 1:23; Apocalipse 20:1-7,

11-15). A palavra hebraica Sheol (Deuteronômio 32:22) e a grega Hades (Mateus 16:23),

referindo-se ao mundo invisível dos mortos ou dos espíritos, são frequentemente traduzidas

como “Inferno” ou “sepultura” como um lugar de descanso para o corpo, têm sido errone-

amente usadas para ensinar a aniquilação, como se tudo chegasse ao fim na sepultura (1

Samuel 28:7-19; Oséias 13:14; Amós 9:2). Os termos Tophet e Gehenna denotam um lugar

literal de fogo no vale de Hinom, fora de Jerusalém, que a Escritura figuradamente retrata

como um lugar de fogo infernal e tormento sem fim (Isaías 30:33; Mateus 5:22; 18:9; Marcos

9:43-49). Os anjos caídos, como seres espirituais, foram lançados no Tártarus, o equiva-

lente a Gehenna (2 Pedro 2:4). A coerência da Escritura está contra a ideia de aniquilação.

Alguns sustentam que o estado intermediário é um tempo de provação e uma “segunda

chance” para aqueles que morrem separados do Evangelho e sem arrependimento, uma

interpretação errônea de 1 Pedro 3:19. As Escrituras afirmam que a morte sela o estado do

indivíduo para sempre, as ações de sua vida terrena e o estado espiritual determinam o

destino de alguém (Lucas 13 4-5; 16:22-26; João 8:21; Hebreus 9:27-28; Apocalipse 22:11).

O sono da alma é a ideia de que ela é inconsciente entre a morte física e a ressurreição.

Enquanto a morte do crente é frequentemente eufemizada como “sono” (1 Coríntios 11:30;

1 Tessalonicenses 4:13-17), as Escrituras dão testemunho abundante para a consciência

dos crentes e descrentes no estado intermediário (Mateus 22:31-32; Lucas 16:22-25; 1

Coríntios 15:51-57; 2 Coríntios 5:1-8; Filipenses 1:23).

Pergunta 169: O que é a ressurreição dos justos?

Resposta: A ressurreição dos justos é a primeira ressurreição, ou a ressurreição para a

vida, no segundo advento de nosso Senhor, no qual os redimidos serão ressuscitados incor-

ruptíveis com seus corpos glorificados.

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Lucas 14:14: “...recompensado te será na ressurreição dos justos”.

João 5:29: “E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida”.

Romanos 8:23: “...nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em

nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”.

Romanos 8:30: “E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a esses

também justificou; e aos que justificou a esses também glorificou”.

Tito 2:13: “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande

Deus e nosso Senhor Jesus Cristo”.

Apocalipse 20:6: “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição;

sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e

reinarão com ele mil anos”.

Veja também: Daniel 12:2; Mateus 22:23-30; 27:50-53; Lucas 20:34-38; João 5:28-29; 6:39,

44; Atos 2:24, 32; 13:33-34; 23:6; 24:15; Romanos 1:1-4; 8:11, 22-23, 29-30; 1 Coríntios

15:12-26, 35-58; Filipenses 3:20-21; 1 Tessalonicenses 4:13-18; Hebreus 6:2; 1 João 3.2;

Apocalipse 20:5-6.

Comentário

A ressurreição dos retos ou justos é chamada a “primeira ressurreição”, e “a ressurreição

para a vida”. Esta ressurreição ocorrerá no Segundo Advento de nosso Senhor (Tito 2:13).

Os corpos físicos de todos os crentes serão então glorificados, e feitos como o de nosso

Senhor (Daniel 12:2-3; Mateus 13:43; Romanos 8:11, 17-23; 1 Coríntios 15:35-58; 2 Corín-

tios 5:1-8; Filipenses 3:20-21; 1 Tessalonicenses 4:13-18; 1 João 3:2). As limitações físicas,

com o pecado interior e a corrupção remanescente, tendo cessado na morte, terão ido para

sempre. Os corpos serão reconhecíveis, mas “glorificados”, isto é, não limitados, mas eleva-

dos ao seu mais alto potencial participando da glória de Cristo (Veja as Escrituras anterio-

res, e também: Romanos 8:30; 1 Tessalonicenses 2:12; Hebreus 2:10-11; 1 Pedro 5:1, 4).

A conformidade com a imagem de Nosso Senhor estará então completa (Romanos 8:29).

Os crentes enfrentarão o julgamento? A Escritura declara que o estado regenerado e

justificado do crente foi estabelecido para sempre. Nenhum crente será condenado ou

perderá sua posição justificada diante de Deus (João 5:24; Romanos 5:1-2; 8:1). No

Tribunal de Cristo, ele evidentemente terá que responder pelos pecados cometidos como

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um crente e receber ou perder suas recompensas por sua fidelidade ou infidelidade

(Romanos 14:10-12; 1 Coríntios 3:10-15; 4:5; 2 Coríntios 5:9-10; Colossenses 3:23-25),

mas o gozo da presença do Senhor e do estado glorificado na eternidade não será mitigado.

Se tomada literalmente, esta primeira ressurreição ocorrerá antes do Reino milenar de

nosso Senhor (Apocalipse 20:1-6). Veja a Pergunta 170. No final do milênio, haverá uma

segunda ressurreição, a dos ímpios, e então o seu julgamento final (Apocalipse 20:11-15;

21:8). Veja a Pergunta 171. O Antigo Testamento antecipou a ressurreição de todos os

homens, mas não distinguiu as duas ressurreições quanto ao tempo (Daniel 12:2). Muito

do Novo Testamento, mencionando as ressurreições juntas não distingue qualquer diferen-

ça temporal (por exemplo: João 5:28-29; Atos 24:15). Apocalipse 20:1-7, porém, distingue

duas ressurreições quanto a ambos os participantes e tempo. Esta é certamente definitiva

se a “ressurreição dos mortos” (Gr. ek nekrōn) deve ser traduzida como “de entre [os]

mortos” (Atos 4:2, etc.).

Esta, então, é a antecipação gloriosa dos verdadeiros crentes! Nós seremos totalmente

transformados em corpo e alma, e nossa redenção será completa, “e assim estaremos

sempre com o Senhor”. “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1 Tes-

salonicenses 4:17-18).

Você estará na ressurreição para a vida?

***

Pergunta 171: O que é a ressurreição para o juízo?

Resposta: A ressurreição para o juízo é a ressurreição dos ímpios para o julgamento final

de acordo com as suas obras e punição eterna pelos seus pecados.

Daniel 12:2: “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna,

e outros para vergonha e desprezo eterno”.

João 5:28-29: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que estão

nos sepulcros ouvirão a sua voz. 29 E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da

vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação”.

Romanos 2:5-6: “Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para

ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus; 6 o qual recompensará cada um segundo

as suas obras”.

Apocalipse 20:12: “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e

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abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados

pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras”.

Veja também: Salmos 9:16-17; Isaías 45:23; Mateus 5:22; 8:12; 12:36-37; 13:36-42, 49-50;

18:9; 22:13; 24:51; 25:31-46; Lucas 12:4-5; João 12:48; Atos 17:30-31; 24:24-25; Romanos

2:3, 8-9; Filipenses 2:9-11; 1 Tessalonicenses 1:2-3; 2 Tessalonicenses 1:7-9; Hebreus 6:2;

12:25-29; 2 Pedro 2:9; Judas 7, 13; Apocalipse 14:9-11; 20:11-15; 21:8.

Comentário

A morte não acaba com tudo. Os tormentos conscientes do Inferno seguem imediatamente

à morte do ímpio tão certo como a consciente, abençoada presença do Senhor segue à

morte do crente (Mateus 22:31-32; Lucas 16:22-25; 2 Coríntios 5:6-8). A “ressurreição da

condenação” e o julgamento final seguem necessariamente (João 5:28-29; Hebreus 9:27).

O injusto ou não-convertido deve ser ressuscitado dentre os mortos para estar diante do

eterno Filho de Deus para ser final e totalmente julgado.

A justiça de Deus e Seu reto caráter exigem um Dia do Juízo Final para os ímpios e impe-

nitentes (Gênesis 18:25; Hebreus 9:28). A natureza do homem como um ser moralmente

responsável e racional, criado à imagem de Deus, assim o exige (Eclesiastes 3:16-17). O

mal nem sempre é punido nem o bem é sempre recompensado nesta vida, e, portanto, há

um sentimento de injustiça sobre esta realidade inerente entre os homens; embora a

maioria deles não pensem em termos de um Dia do Juízo Final, e de bom grado se julgam

isentos! A própria ideia de que o mundo está carregado de injustiça e desigualdade, e que

tal condição agrava mais a humanidade, deve fazer com que todos considerem a terrível

realidade do Dia do Juízo Final!

Este julgamento será de acordo com a justiça absoluta de Deus; não haverá graça ou

misericórdia aqui: só justiça Divina dada a cada pessoa não-convertida de acordo com suas

obras e apenas o que cada um tem direito (Romanos 6:23; Apocalipse 20:12-13). Este será

um julgamento perscrutador pelo onisciente Filho de Deus, alcançando a análise de todos

os motivos ou a inclinações que se expressaram em cada palavra jamais falada (Salmos

139:1-4; Provérbios 4:23; Eclesiastes 12:13-14; Mateus 12:36-37; 1 João 3:15). Nada deve

ser deixado de lado. Este será um julgamento forense, ou absolutamente justo de acordo

com a lei — a vontade revelada de Deus — o padrão absoluto de Sua justiça, que deve

condenar como culpado segundo as suas obras, cada ser humano não-convertido (Roma-

nos 2:11-16; 3:20-21; Apocalipse 20:12-13). O juiz será o Senhor Jesus Cristo, o eterno

Filho de Deus, a Quem foi dado todo o poder (Mateus 25:31-32; 28:18; João 5:22, 25-27;

Atos 10:42; 17:31; Filipenses 2:9-11; 2 Timóteo 4:1). Ele se assentará como o Mediador, o

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Senhor soberano absoluto e Rei deste universo. É neste ofício que Ele será o Juiz final dos

homens. Veja a Pergunta 75. Haverá graus de punição para os incrédulos, uma vez que

haverá graus de recompensa para os crentes (Mateus 11:21-26; Romanos 2:11-16). Veja

a Pergunta 169. Este será o julgamento final. Não haverá “Corte de Apelação”. Após este

julgamento, “a morte e o inferno serão lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte”

(Apocalipse 20:14-15; 21:8).

Tal cena deve preencher cada pessoa não-convertida com um sentido terrível de pavor. A

face do soberano Juiz, o glorificado Senhor Jesus Cristo, a quem todo o julgamento foi

comissionado, será tão terrível que “a terra e o céu fugiram; e não se achou lugar para eles”

(Apocalipse 20:11). “Os mortos, grandes e pequenos”, aqueles que permaneceram impeni-

tentes e rebeldes em suas vidas terrenas, devem todos ser total e eternamente condena-

dos. Pilatos, diante de quem nosso Senhor uma vez esteve, estará diante dEle condenado,

como estarão os sacerdotes e os líderes que O entregaram para ser crucificado. Os

criminosos de todos os tipos estarão lá. Os transgressores e profanos, também políticos,

presidentes, reis, conquistadores, generais, ditadores, filósofos, cientistas, médicos, educa-

dores, filantropos — os grandes homens da terra — estarão lá, ressuscitados dentre os

mortos e dos tormentos do Inferno, para estar no juízo final e ser totalmente condenados

para sempre por seus pecados pessoais e de acordo com a posição deles em suas vidas

terrenas. Papas, padres, pastores e ministros não-convertidos e muitos líderes religiosos

estarão diante do Filho de Deus condenados (Mateus 7:21-23). Nessa ocasião, ficarão

diante da terrível face do soberano Senhor e Juiz dos pequenos povos da terra, dos insig-

nificantes, dos pobres, dos pagãos, dos desterrados: todos condenados por suas próprias

obras e desprovidos da justiça imputada do Senhor Jesus recebida por fé. Tal realidade

deve levar os crentes a um intenso sentimento de gratidão renovado pela livre e soberana

graça de Deus que os salva de si mesmos e dos seus próprios pecado, para uma renovada

determinação de viver em obediência à Palavra escrita de Deus, e à uma consciência

renovada da urgência da propagação do Evangelho (1 Timóteo 1:15).

Por que você acredita que não estará neste terrível juízo para condenação?

Pergunta 172: O que as Escrituras ensinam sobre o estado eterno?

Resposta: O estado eterno dos ímpios será um de eterna punição. O estado eterno dos

justos será um de alegria eterna, para sempre com o Senhor nos novos céus e na nova

terra.

Apocalipse 20:14-15: “E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a

segunda morte. 15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago

de fogo”.

2 Pedro 3:13: “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra,

em que habita a justiça”.

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Veja também: Salmos 102:25-27; Isaías 65:17; 66:22; Daniel 12:2-3; Mateus 3:12; 5:5; 8:11-

12; 13:41-43, 49-50; 18:8-9; 19:27-30; 25:46; Marcos 9:42-49; Lucas 3:17; Atos 3:21;

Romanos 8:19-21; 2 Tessalonicenses 1:7-10; Hebreus 1:8-12; 12:26-28; Apocalipse 14:9-

11; 20:11-5; 21:1-5, 8.

Comentário

Algumas verdades reveladas são agradáveis; outras são extremamente solenes. A verdade

sobre o estado eterno é tanto agradável quanto solene. A incapacidade de nossas mentes

finitas para compreender o estado eterno, de julgamento ou de felicidade, nunca deve levar-

nos a abster-nos de sua contemplação. É uma parte essencial das Escrituras em geral e

da profecia em particular.

O estado eterno dos não-salvos é uma realidade horrível. Nós devemos estremecer ao ler

a verdade bíblica ou sequer pensar no castigo eterno! O pecado contra um Ser infinito exige

uma penalidade infinita. Nisto reside a terrível realidade de um Inferno eterno. É o lugar da

exclusão de tudo o que é santo, justo, bom, abençoado, tranquilo e alegre. É um lugar de

tormento absoluto e eterno sofrimento. Neste local estarão o Diabo, os anjos caídos e todos

os incrédulos que morrerem em seus pecados. A realidade da felicidade eterna, pela reve-

lação Divina e por contraste, é indescritivelmente gloriosa! Mesmo a antecipação de tal

realidade deve preencher a mente e a alma de glória inexprimível. “Em que vós grande-

mente vos alegrais... alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas” (1 Pedro

1:6, 9).

O estado eterno da criação renovada “em que habita a justiça” (2 Pedro 3:13) será a com-

pleta restauração do universo da maldição, dos efeitos e da própria presença do pecado.

Os justos serão final e totalmente conformados à imagem do Filho de Deus; a redenção

deles estará completa. A própria criação será liberada da carga colocada sobre ela por

causa da realidade e dos efeitos da Queda. A humanidade redimida será glorificada para

sempre (Romanos 8:18-23). Os ímpios estarão excluídos no tormento eterno, e os justos

habitarão a nova criação (Apocalipse 21-22). “Depois virá o fim, quando Cristo tiver entrega-

do o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade

e força. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus

pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte” (1 Coríntios 15:24-26).

Qual é a sua expectativa? Você, pela Palavra de Deus, tem confiança que a sua esperança

de salvação eterna repousa no Senhor Jesus Cristo? Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

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Pacto da Graça, O — Mike Renihan

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Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

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Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

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Deus) — C. H. Spurgeon

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Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

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Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.