MEDICINA DE MUSICISTA Como cuidar da saúde dos Músicos Profissionais YUMI KANEKO.
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Músicos VS Atletas
Quem trata??
Atividade física intensa e repetitiva
dor
condições incapacitantes
Medicina esportiva
Freqüência das lesões Fishbein at al (1988)
N = 2122 / 4025
Fishbein at al; Medical Problems among ICSOM Musicians: Overview of a National Survey. 1998; 3:1-8.
82%
18%
Problema de saúde
76%
24%
Comprometimento de desempenho
• Locais mais acometidos:• Coluna – 70% • MSE – 75% (ombro e mão)
14% 14%12%
36%
1 problema
2 problemas
3 problemas
4 problemas
Freqüência da dor nos Músicos (Estudo Nacional)
Kaneko & Lianza, 2004 N = 240
Freqüência = 65%
Dor moderada (VAS = 43mm)
Tempo de evolução = 4,2 anos
Média = 3 segmentos anatômicos diferentes
Prática diária = 7 ± 2 horas/dia
Fatores associados à dor Sexo feminino Alterções de sono Número de segmentos anatômicos
acometidos Grau de estresse psicológico
DOR
73% - “Não tenho problema de saúde”
Natureza dos problemas Problemas Musculoesqueléticas
Síndrome do Uso Excessivo
Síndromes Miofasciais
Hipermobilidade articular
Afecções de articulações temporo-mandibulares
Osteoartrose
Clara Schumann
Natureza dos problemas Problemas Musculoesqueléticas
Síndrome do Uso Excessivo
Síndromes Miofasciais
Hipermobilidade articular
Afecções de articulações temporo-mandibulares
Osteoartrose
Paganini
Problemas Neurológicas
Compressão de nervo
Distonia motora focal
Problemas de origem psicológica
Tremor de palco
Ansiedade de atuação
Wladimir Horowitz
Natureza dos problemas
Lesões nos instrumentos de teclas
Síndrome do uso excessivo (overuse sd) Fadiga e encurtamento dos músculos dos dedos, punhos,
antebraços, ombro, pescoço e costas
Lesões nos instrumentos de corda (com arco)
Síndrome do uso excessivo (overuse sd) Alteração postural
Assimetria de movimentos dos membros superiores
Lesões nos instrumentos de corda (sem arco)
Síndrome do uso excessivo (overuse sd) Inadequação ergonômica
Problemas na coluna Peso do instrumento
Lesões nos instrumentos de sopro
Problemas cardiovasculares Aumento de pressão no abdome e tórax além do fisiológico
Problemas causados pela embocadura
Lesões nos instrumentos de sopro
Problemas cardiovasculares Aumento de pressão no abdome e tórax além do fisiológico
Problemas causados pela embocadura Músculos da face Dentes ATM
Lesões nos instrumentos de percussão
Síndrome do uso excessivo (overuse sd) Movimento repetitivo no punho e ombro
Alterações por adaptação musculoesquelética ao instrumento Iniciação precoce no instrumento
Bejjani et al. Quanto mais jovem, menor é o risco Quanto mais jovem, melhor é o prognóstico
13%
47%
40%
6 anos oumenos
7~13 anos
mais de 13anos
BEJJANI F. J.: Musculoskeletal and Neuromuscular Conditions of Instrumental Musicians. Arch Phys Rehabil. 77 (s.n.): 406-413, 1996.
7,8 anos
Iniciação musicalMédia = 10,6 ± 4,2 anos
10 anosFishbein et al., 1988
Hochberg et al., 1983
Influência da idade de iniciação musical
OVERUSE SYNDROME – o que é? Definição
“Condição dolorosa de um segmento do corpo resultante do uso prolongado e intenso (excessivo) do mesmo.”
(Fry, 1986)
Sintomas Dor – sensação de rigidez, peso, fraqueza, agulhada
Fraqueza de musculatura executante
Perda de agilidade, velocidade e precisão
Tendência à depressão e ansiedade
Não há inflamação
OVERUSE SYNDROME – freqüência?
29,6%
28,8%
21,9%
13,5%6,3%
GRAU I
GRAU II
GRAU III
GRAU IV
GRAU V
FRY, 198647,8%
26,9%
18,5%
10,6%4,2%
Cordas
Madeira
Teclado
Metal
Percussão
Fator desencadeante/piora
Alterações de: tempo de prática carga de trabalho professor (técnica) emprego repertório (início) instrumento (tensão /
peso)
Fator acompanhante
Velocidade Destreza Afinação Força Resistência
OVERUSE SYNDROME – o que causa?
I Dor em um local somente ao tocar o instrumento
II
Dor em dois ou mais locais Dificuldades em tocar tempo prolongado Com ou sem perda de coordenação Discreta alteração na perfomance Sem interferência nas outras atividades.
III
Dor persiste mesmo após tocar o instrumento Discreta interferência nas outras atividades Leve perda de coordenação ou de tônus muscular Aumento da sensibilidade local
IV
Dor durante o repouso e/ou dor durante a noite Dor durante a maioria das atividades manuais, sem perda de capacidade funcional Dificuldade em tocar mesmo a duração normal.
V Idem IV, porém com a perda da capacidade das atividades manuais.
I Dor em um local somente ao tocar o instrumento
II
Dor em dois ou mais locais Dificuldades em tocar tempo prolongado Com ou sem perda de coordenação Discreta alteração na perfomance Sem interferência nas outras atividades.
III
Dor persiste mesmo após tocar o instrumento Discreta interferência nas outras atividades Leve perda de coordenação ou de tônus muscular Aumento da sensibilidade local
IV
Dor durante o repouso e/ou dor durante a noite Dor durante a maioria das atividades manuais, sem perda de capacidade funcional Dificuldade em tocar mesmo a duração normal.
V Idem IV, porém com a perda da capacidade das atividades manuais.
•Orientações básicas de alongamento•Diminuir fator desencadeante•Adequação da técnica•Sem necessidade de repouso
I Dor em um local somente ao tocar o instrumento
II
Dor em dois ou mais locais Dificuldades em tocar tempo prolongado Com ou sem perda de coordenação Discreta alteração na perfomance Sem interferência nas outras atividades.
III
Dor persiste mesmo após tocar o instrumento Discreta interferência nas outras atividades Leve perda de coordenação ou de tônus muscular Aumento da sensibilidade local
IV
Dor durante o repouso e/ou dor durante a noite Dor durante a maioria das atividades manuais, sem perda de capacidade funcional Dificuldade em tocar mesmo a duração normal.
V Idem IV, porém com a perda da capacidade das atividades manuais.
Idem Grau I + •Recondicionamento muscular (reforço)•Programação gradual (20/5)•Sem necessidade de repouso
I Dor em um local somente ao tocar o instrumento
II
Dor em dois ou mais locais Dificuldades em tocar tempo prolongado Com ou sem perda de coordenação Discreta alteração na perfomance Sem interferência nas outras atividades.
III
Dor persiste mesmo após tocar o instrumento Discreta interferência nas outras atividades Leve perda de coordenação ou de tônus muscular Aumento da sensibilidade local
IV
Dor durante o repouso e/ou dor durante a noite Dor durante a maioria das atividades manuais, sem perda de capacidade funcional Dificuldade em tocar mesmo a duração normal.
V Idem IV, porém com a perda da capacidade das atividades manuais.
•Tratamento intensivo da dor•Repouso de 2 dias•Programação gradual (10/5)
I Dor em um local somente ao tocar o instrumento
II
Dor em dois ou mais locais Dificuldades em tocar tempo prolongado Com ou sem perda de coordenação Discreta alteração na perfomance Sem interferência nas outras atividades.
III
Dor persiste mesmo após tocar o instrumento Discreta interferência nas outras atividades Leve perda de coordenação ou de tônus muscular Aumento da sensibilidade local
IV
Dor durante o repouso e/ou dor durante a noite Dor durante a maioria das atividades manuais, sem perda de capacidade funcional Dificuldade em tocar mesmo a duração normal.
V Idem IV, porém com a perda da capacidade das atividades manuais.
•Suspensão da atividade manual (2 a 3 dias)•Tratamento intensivo da dor•Shadow playing
Duração de sessão por dia Prática2 sessões de “shadow playing” 3-5 minutos2 sessões com instrumento 3-5 minutos2 sessões 5-10 minutos2 sessões 15 minutos2 sessões 20 minutos3 sessões 15 minutos3 sessões 20 minutos4 sessões 20 minutos4 sessões 30 minutos3 sessões 45 minutos3 sessões 60 minutos2 sessões 90 minutos2 sessões 120 minutos
PRO
GRA
MAÇ
ÃO D
E RE
INIC
IAÇÃ
O G
RAD
UAL
DE
INST
RUM
ENTO
Retorno à atividade musical (overuse)
Retorno à atividade musical Peça simples e lenta (escalas); Dobrar o tempo de execução a cada 2 ou 3 dias; Voltar o nível anterior se a dor ressurgir Aumento gradual do nível de dificuldade do repertório Intervalo de 5 minutos a cada 20 minutos de prática
t de práticainstrumental (min)
t de tratamento (dias)
x
dor
Repouso das articulações acometidas
Reiniciação Precoce e Gradual de InstrumentoShadow Playing e Mental Rehearsal
Programação de Retorno à Atividade Profissional
Recuperação Funcional
Fortalecimento e
Recondicionam
ento
Como se trata a dor da overuse?
DORA
nalgesia eD
essensibilização
Como se trata um músico profissional?
Abordagem MultidisciplinarObjetivo: reestabelecimento e otimização do desempenho artístico
DESEMPENHO
DIAGNÓSTICO Doença Fatores desencadeantes
ADEQUAÇÃO Instrumento Técnica Corpo
Abordagem Multidisciplinar
ProfessorMúsica
Luthier
MédicoFisiatra Fono
Psico
T.O.
Fisio
.
• Postura• Meios físicos• Consciência corporal
• Terapia da Mão• Ergonomia• Órteses
• Ansiedade• Dor crônica
• Adequação OFAs• Percepção auditiva
• Diagnóstico• Medicação• Coord. equipe
• Instrumento
• Técnica• Métodos
Quem pode fazer parte da equipe?
IMPORTANTE
Não toque enquanto estiver sentindo a dor
Tendinite não tem cura
Pare de tocar
O que não aconselhar a um músico com problema
Educação e orientação ao músico
Reconhecimento precoce do problema – tome o primeiro sinal como uma lesão séria (não necessariamente deve parar de tocar)
Aquecimento pré-prática com e sem instrumento (conscientização)
Alongamento pós-prática
Noção básica de anatomia Precisão de descrição do movimento pelo professor Incongruência do repertório e condição muscular
Noção de ergonomia e biomecânica Principio de Energy-saving Pontos de tensões musculares excessivas Liberdade da mobilidade articular durante a execução Angulação articular Adequação do instrumento e suas partes
Mental rehearsal
Alternância de atividades Estudo técnico Métodos Repertório
Educação e orientação ao músico
Educação e orientação ao músico
Consciência corporal Uso meios visuais para visualizar sua performance (espelho) Movimentos conscientes
Técnica Fadiga extrema erro de técnica Volume e ressonância podem ser produzidos com relaxamento
muscular e utilizando a força da gravidade (energy saving)
Suportes e ajustes de instrumentos Uso de órteses
Educação e orientação ao músico