Marketing What is Marketing? Segmentation and Marketing Marketing Services.
Marketing Gestaoempresa03
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Curso deMarketing na
Gestão Empresarial
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos paraeste Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização domesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autoresdescritos na Biblio rafia Consultada.
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MÓDULO III
3.1 Mix de Marketing
3.1.1 Conceito
O conceito de Mix de Marketing ou Composto de Marketing é uma das idéias
básicas do marketing. Segundo Gombeski Jr. (1998), desde a metade dos anos 60, o
paradigma da gestão do composto de marketing era baseado nos 4Ps (Produto, Preço,
Praça e Promoção), o qual foi concebido por McCarthy (escritor de Basic Marketing: a
managerial approach, em 1996), e tem sido o modelo tradicionalmente utilizado pela
maioria dos educadores e profissionais de marketing. A mesma constatação é feita por
Waterschoot e Bulte (1992) quando afirmam que muitos autores seguem a classificação
4Ps.
A predominância do paradigma do composto de marketing baseado na
classificação dos 4Ps pode ser constatada através da antiga definição de marketing da
Americam Marketing Association (AMA, 2005), a qual vigorou de 1985 até 15-09-2005.
Segundo esta definição, marketing é “o processo de planejar e executar a
concepção, fixação do preço, promoção e a distribuição de idéias, bens e serviços paracriar trocas que satisfaçam objetivos individuais e organizacionais”. Ou seja, a definição
que a AMA adotava até pouco tempo atrás, reforçava a idéia dos 4Ps como ferramentas
de marketing que devem ser utilizadas para a consecução dos objetivos organizacionais.
Rafiq e Ahmed (1995) observam, no entanto, que a classificação de McCarthy
baseada nos 4Ps tem sido alvo de críticas crescentes, o que tem motivado o surgimento
de diferentes proposições de compostos de marketing. Pesquisa feita pelos autores junto
a acadêmicos europeus constatou um alto grau de insatisfação com os 4Ps.As principais fontes de críticas são provenientes dos pesquisadores da área
de serviços, dos que focam o marketing industrial, e dos interessados nos aspectos
relacionais do marketing.
Schultz (2001) afirma que os 4Ps foram concebidos dentro de uma visão de
que era o profissional de marketing quem controlava o mercado, mas que, nos dias de
hoje, é cada vez mais claro que é o usuário final quem efetivamente tem o controle. Outra
crítica relevante é feita pelo fato do modelo não servir para analisar as interações entre os
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componentes do composto de marketing. Gatignon e Hanssens (1987) destacam a
importância de modelos para analisar essas interações. O mesmo foi feito por Logman e
Pauwels (1998).
Além disso, avaliação feita por Waterschoot e Bulte (1992) dos 4Ps com base
nos critérios propostos por Hunt, constatou que o esquema não atende aos requerimentos
de uma boa taxonomia.
Com base nessas críticas, a “morte” dos 4Ps já foi preconizada (ENGLISH,
2000). Sugiram também versões em que o número de Ps se amplia (atualmente há
autores que defenda 9Ps, são eles: Produto, Preço, Promoção, Praça, Pessoal,
Pós-Venda, Proteção, Provedores e Pesquisa Mercadológica), outros utilizam novosmnemônicos (4Rs e 4Vs) ou propuseram esquemas que focam outros recursos e não
possuem caráter mnemônico (4Cs, veremos a seguir).
Segundo Kotler (2000), as variáveis específicas de marketing sob cada P são:
Produto: variedade de produtos, qualidade, design, características, nome
de marca, embalagem, tamanhos, serviços, garantias e devoluções;
Preço: preço de lista, descontos, concessões, prazo de pagamento,
condições de financiamento;Praça: canais, cobertura, variedades, locais, estoque, transporte.
Promoção: promoção de vendas, publicidade, força de vendas, relações
públicas, marketing direto;
Veremos a seguir a importância de cada “P” , suas características e
importância no Marketing e influência na Gestão Empresarial.
3.1.2 Produto“Algo que pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso
ou consumo e para satisfazer um desejo ou uma necessidade.”
Produtos são mais do que bens tangíveis. Incluem bens físicos, serviços,
eventos, pessoas, lugares, organizações, idéias ou um misto de todas essas entidades.
Vale a pena deixar claro que Serviço é uma espécie de produto intangível.
Vamos agora classificar os Níveis de Produtos.
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Existem três níveis de produtos e serviços. Ao projetar produtos, as empresas
devem primeiramente definir o núcleo de benefícios que eles ofereceram aos
compradores. Devem entender a experiência total do cliente à compra e ao uso do
produto.
A figura abaixo demonstra os três níveis de um produto.
Vejamos a Classificação de Produtos:
Inicialmente precisamos definir a classificação quanto à finalidade. Existem
dois grandes grupos, são eles: Produtos de Consumo e Produtos Empresariais.
Produtos de consumo são aqueles comprados por consumidores finais parauso próprio. E são classificados como:
Produtos de Conveniência - produtos e serviços de consumo comprados
com maior freqüência. São produtos que o consumidor tem hábito de
compra. (sabonete, doces, jornais e fast-food).
Produtos de compra comparada – produtos e serviços de consumo
comprados com menor freqüência e cujas características de adequação,
qualidade, preço e estilo do consumidor compara cuidadosamente.
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(móveis, vestuário, carros usados, eletrodomésticos e serviços de hotelaria
e motéis).
Produtos de especialidade – produtos e serviços de consumo com
características singulares ou identificação de marca pelos quais um
significativo grupo de compradores está disposto a fazer um esforço
especial de compra. (equipamento fotográfico, marcas e tipos específicos
de carro, roupas de estilistas).
Produtos não procurados – produtos de consumo que o consumidor não
conhece ou conhece mas normalmente não pensa em comprar. Exigem
muita propaganda.E como citamos anteriormente, existem os Produtos empresariais, que são
aqueles comprados para processamento posterior ou para uso na gestão de um negócio.
3.1.3 Preço
Ao contrário do que possa parecer, a definição do preço não é uma conta
simples, onde se considera os insumos, os custos de fabricação, os impostos e a
lucratividade. É claro que isso tudo também entra na conta, mas a percepção de valor queo cliente tem do produto deve ser considerada com bastante cuidado. Muitas vezes, o
preço barato demais faz com o que o produto perca a sua credibilidade. Em marketing, a
luta não é por oferecer um preço menor, mas por oferecer maior valor ao cliente, ou
melhor relação custo-benefício. Se tiver um preço baixo, tanto melhor, mas a equação
não é tão simples. Por exemplo, as pessoas fariam filas nas lojas Victor Hugo (fabricante
de bolsas) para comprar bolsas se elas custassem apenas R$ 10,00 ? Resposta: É claro
que não.Em síntese, o Preço “é a soma de todos os valores que os consumidores
trocam pelos benefícios de obter ou utilizar um produto ou serviço.”
É o único elemento do mix de marketing (4Ps) que produz receita, é também
um dos mais flexíveis.
Veremos agora como é a determinação de preço numa empresa e como o
Marketing influencia na Gestão Empresarial.
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Política de preços fixos – estabelecimento de preço único para todos os
compradores.
Política de preços dinâmica – cobrança de preços diferentes conforme os
clientes e as situações individuais.
A figura abaixo mostra os fatores (internos e externos) que afetam as
decisões de preço numa empresa.
Fatores internos
Custos
Objetivos de marketing
Estratégia de mix de marketing
Considerações organizacionaisDecisões de preço
Decisõesde Preço
Fatores externos
Concorrência
Natureza do mercado e demanda
Outros fatores ambientais
3.1.4 Praça
Após um produto ser produzido, com o seu preço estabelecido, ele precisa ser
distribuído no mercado até os pontos de vendas.
A praça ou distribuição de um produto no mercado tem um importantíssimo
papel no mix de marketing. Pois é a partir da distribuição que o consumidor terá acesso a
oferta do produto. Um exemplo para ilustrar nosso pensamento é quando um consumidor
interessa-se pelo produto, pela qualidade, pelo preço e vai até o ponto de venda, mas não
o encontra, consequentemente o consumidor fica irritado e procura uma opção de
compra. Caracterizando assim a perda de negócio por parte do empresário que produz o
produto e que estabelece um ótimo preço.
Os produtos depois de produzidos precisam portanto chegar ao consumidor
final, e para isso passam por diversos elos da cadeia de distribuição, sendo importante
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destacar os intermediários (revendedores), transportadores e armazenadores que fazem
a ligação entre a empresa produtora e o consumidor final.
3.1.5 Promoção
A promoção é a comunicação das informações entre quem vende algo e
quem compra algo.
Nickels e Wood (1999) propõem ainda, uma comunicação mais ampla do que
a comunicação tradicional de marketing, a comunicação integrada de marketing - CIM
envolvendo relacionamentos longos e duradouros não só com clientes mas com os
parceiros do canal, empregados e outros grupos de interesse.“O objetivo da comunicação integrada de marketing é manter um diálogo com
os clientes e outros grupos de interesse, permitindo que a empresa responda de forma
rápida às suas necessidades e desejos em constante mutação” (NICKLES E WOOD,
1999).
Percebe-se, contudo, na afirmação de Nickels e Wood (1999), que a
comunicação (promoção) não se limita a simplesmente informar o mercado acerca de um
produto/serviço; o que se pretende é desenvolver uma comunicação a fim de levar oconsumidor à realmente adquirir o produto, satisfazendo a sua necessidade, e
maximizando o lucro da empresa.
Para os autores, existem vários tipos de comunicação. Destacaremos cinco:
propaganda, publicidade, venda pessoal, promoção de vendas e relações públicas.
Normalmente confundida com marketing a propaganda conforme se observa é
uma das ferramentas do marketing, dentro do “P” promoção que tem por objetivo atingir
um grande número de pessoas e apresentar-se repetitivamente, a fim de fixar amensagem na mente do consumidor. Ao contrário da publicidade, a propaganda é paga,
e, portanto tem necessariamente que dar retorno à empresa, em forma de incremento nas
vendas. Neste aspecto é importante que a empresa selecione a mídia correta, a fim de a
propaganda ser eficaz.
A publicidade diferencia-se da propaganda por não ter custo para a empresa.
Ou seja, o fator diferenciador entre a propaganda e a publicidade, é que esta última não é
paga e nem controlada pela empresa.
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Cabe destacar que uma das formas bastante praticadas pelas empresas é
através do patrocínio esportivo. Podemos notar que diversas empresas, industriais,
comerciais e até financeiras têm direcionado recursos para o marketing esportivo. Esta é
uma modalidade que tem por objetivo aprimorar a imagem da empresa junto a seu
público. A Venda pessoal é a comunicação feita de pessoa a pessoa, gerando resposta
imediata (Kotler, 2000). Trata-se da atuação da força de vendas, portanto, depende muito
da atuação dos vendedores, para que a empresa alcance o sucesso. Na venda pessoal,
são apresentadas pelo pessoal de vendas, todas as informações do produto. Ou seja,
conforme o próprio nome sugere, a venda pessoal baseia-se no contato pessoal.
A promoção de vendas é aquele esforço que a empresa faz,complementarmente a venda pessoal. Visa atingir os consumidores finais, os
revendedores (distribuição) e a própria força de vendas. A promoção de vendas
geralmente é temporária e esporádica.
As relações públicas “é o processo de avaliar as atitudes dos grupos de
interesse, identificando os produtos e atividades da empresa com os interesses destes
últimos e utilizando comunicações não-pagas para construir relacionamentos de longo
prazo com eles” (NICKELS E WOOD, 1999). Da inserção dos autores pode-sedepreender que a relações públicas é uma forma da empresa comunicar-se com o público
que realmente está interessado no produto/serviço, e a empresa enxergar potencial para
o seu sucesso.
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Como mencionamos anteriormente, o 4Ps são defendidos por alguns autores,
mas existe uma outra corrente que faz um paralelo aos 4Ps. Essa corrente, defendida
principalmente por Robert Lauterborn criou em 1990 os 4Cs, que significa Cliente, Custo,
Conveniência e Comunicação. Lauterborn pregava que:
Produto se converte em valor para o Cliente
Preço se converte em Custo para o cliente
Praça se converte em comodidade e Conveniência
Promoção se converte em Comunicação ao cliente.
Sendo qualquer uma das correntes a adotar, é importante o Mix de Marketing
na Gestão Empresarial e no planejamento estratégico da empresa.
3.2 Tipos de Custos
Inicialmente vamos definir o que é Custo. Custo é todo o gasto relativo à bem
ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços: são todos os gastos relativos
à atividade de produção.
Temos diversos Tipos de Custos dependendo do critério de classificação dos
tipos, nesse curso vamos nos deter nos tipos de custo Fixos e Variáveis. Vamos entenderum pouco o que é Custo Fixo e Variável e suas diferenças.
Custos fixos são aqueles cujos valores são os mesmos, qualquer que seja o
volume e produção da empresa. É o caso, por exemplo, do aluguel da empresa. Este será
cobrado pelo mesmo valor qualquer que seja o nível de produção, inclusive no caso da
empresa nada produzir.
Custos variáveis são aqueles cujos valores se alteram em função do volume
de produção da empresa. Exemplo: matéria-prima consumida. Se não houver quantidadeproduzida, o custo variável será nulo. Os custos variáveis aumentam à medida que
aumenta a produção.
O estudo dos custos de produção está diretamente relacionado com a
quantidade a ser produzida pela empresa e com a análise temporal. Abaixo os principais
custos na Gestão Empresarial.
A seguir veremos os principais tipos de Custo:
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Tipo Descrição
Custo Fixo São despesas que não se alteram no curto prazo
e independem da quantidade a ser produzida.
Custo Variável São despesas que estão relacionadas diretamente
com a produção. Existe em função do fator
variável de produção.
Custo Total Representa a totalidade dos gastos para a
obtenção de uma determinada produção, em um
determinado período de tempo. É o custo fixo
mais o custo variável.
Custo fixo total Refere-se ao conjunto de despesas da empresa
com os insumos de produção fixos, por unidade
de tempo, independente da quantidade a ser
produzida.
Custo variável total Corresponde às despesas totais com os insumos
variáveis, dado um determinado nível de
produção, em um determinado período de tempo.Custo fixo médio coeficiente entre o custo fixo total e a
quantidade produzida.
Custo variável médio É coeficiente entre o custo variável e a quantidade
Produzida.
Custo total médio ou customédio
coeficiente entre o custo total e a quantidade
produzida.
Custo marginal É o acréscimo ao custo total resultante de umaunidade a mais a ser produzida.
3.3 Marketing de Relacionamento
Uma das mais comentadas e concentradas ramificações do marketing atual é
o aspecto do relacionamento, ou em termos técnicos o chamado CRM – Customer
Relationship Management, uma nova face dos negócios, um conjunto de oportunidades
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estratégicas, no qual o consumidor torna-se o centro de toda atenção da organização em
tempo integral.
É através do marketing de relacionamento, que as organizações podem
projetar e lançar ações voltadas aos clientes, buscando sempre que estes se tornem cada
vez mais próximos de seus produtos e/ou serviços, de forma a utilizá-los e recomendá-los
a inúmeras pessoas, pois indiretamente e imperceptivelmente, reconhecem o valor e o
esforço a eles disponibilizado por aquela empresa, que a todo o momento se preocupa
com seu bem estarem e atende prontamente suas solicitações.
Porém, sabemos que todo relacionamento requer um conhecimento, e aí é
que mora o perigo. Cada vez mais, os consumidores estão perdendo sua privacidade,pois preenchem constantemente intermináveis formulários, onde as organizações buscam
extrair ao máximo os dados pertinentes sobre aquela pessoa. Do ponto de vista
mercadológico, isso é ótimo, mas este tipo de ação deve ser realizado com muito cuidado
e pudor, já que estas infindáveis fichas não podem criar, junto ao cliente, um
constrangimento a ponto de fazê-lo sentir-se exposto a uma situação inesperada.
Explorar o conhecimento é imprescindível para a realização do marketing de
relacionamento, mas saber coletar e trabalhar os dados é uma outra história, que se nãorealizada de forma profissional, poderá acarretar em inúmeros prejuízos para as
organizações que possuem este tipo de prática.
O relacionamento é uma forma presente no sistema de comercialização, pois
faz parte do processo existente na venda, em suas três fases: pré-venda, venda e
pós-venda, sendo nestes estágios que o trabalho começa. Vamos definir esses estágios
com 10 dicas de planejamento e execução de cada estágio.
PRÉ-VENDA: 1) Fique atento aos sinais do mercado e gere leads (Um lead é uma pessoaou organização com o potencial para tornar-se um cliente. Fique atento aos sinais do
mercado. Por exemplo, se você ouvir que certa pessoa ou empresa está interessada em
comprar seu produto, essa pessoa ou empresa torna-se um lead).
2) Identifique os clientes em potencial (Nem todos os leads se tornarão realmente
clientes. Identifique aqueles com maior possibilidade de se tornarem).
3) Qualifique os clientes em potencial (Procure o máximo de informações sobre o cliente
em potencial. Conheça-o bastante a fim de adequar sua oferta às necessidades dele).
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4) Defina os objetivos de sua visita de vendas (Se você pensa que o objeto de uma visita
de vendas é unicamente vender o produto, está enganado. Outros objetivos podem ser
vislumbrados e nem sempre a venda se dá a partir de uma única visita).
5) Planeje sua estratégia de persuasão (Quais mecanismos específicos de persuasão
você irá utilizar ? Adotará uma postura baseada em poder ? Ou em credibilidade ?).
6) Planeje o formato de sua visita de vendas (Os formatos de uma visita de vendas
podem variar, indo desde os muito formais e estruturados, em que o vendedor repete um
discurso memorizado, aos não-estruturados, nos quais vai incluindo informações sobre o
produto em uma conversa informal com o cliente. Planeje o formato que você utilizará).
7) Planeje o conteúdo de sua visita de vendas (Quer sua apresentação seja estruturadaou não-estruturada, o conteúdo deve demonstrar como seu produto pode beneficiar o
cliente. Isso significa que você deve chegar em sua visita de vendas com total
conhecimento de seu produto e dos produtos de seus concorrentes).
8) Planeje o uso de dispositivos audiovisuais (O uso de dispositivos audiovisuais pode
tornar a visita de vendas mais eficaz. No entanto, não há nada pior do que um vendedor
que planeja, por exemplo, a utilização de uma apresentação de slides e na hora dá tudo
errado).9) Identifique as possíveis objeções e prepare contra-argumentos (As objeções sempre
aparecem. Mas podem ser superadas. Prepare seus argumentos. Lembre-se que, no
fundo, objeções representam interesse).
10) Exercite o que foi planejado e marque a visita de vendas (Não acredite que um bom
planejamento seja suficiente para uma visita de vendas eficaz. Exercite o planejado, faça
testes. Depois disso, verifique qual a melhor data para se encontrar com o cliente).
VENDA: 1) Inicie sua venda de maneira profissional (Cumprimente o cliente, apresente-see identifique sua empresa ou área).
2) Estimule o cliente a participar da entrevista (Comente seus objetivos com a visita, seja
cordial, mostre-se solícito).
3) Faça perguntas (Diversas informações sobre o cliente ainda podem ser conseguidas na
própria visita de vendas).
4) Ouça com atenção (Ouça, ouça e ouça. Com muita atenção).
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5) Enfatize os benefícios e não as características (As características de um produto por si
só não vendem um produto. É preciso que o cliente saiba quais benefícios ele obterá a
partir destas características).
6) Tome cuidado com a comunicação não-verbal (O processo de comunicação se dá nos
níveis verbal e não-verbal. Atente para o segundo; tome cuidado com a postura, à altura e
a firmeza da voz, a vestimenta, a gesticulação etc.).
7) Esteja preparado para as objeções (Elas aparecerão e você terá de enfrentá-las. Se
você se preparou anteriormente, fica mais fácil).
8) Preste atenção aos sinais do cliente (Se por um lado você deve tomar cuidado com sua
comunicação não-verbal, por outro, fique atento para os sinais transmitidos pelo cliente.Eles podem indicar se a visita deve continuar ou não, se está na hora do fechamento
etc.).
9) Em caso positivo, feche a venda (Existem vários tipos de fechamento de uma venda.
Identifique rapidamente o mais adequado para a situação. E não fuja).
10) Lembre-se de prometer apenas o que pode cumprir (A venda não acaba com a
"venda". Você terá que cumprir todas as promessas feitas ao longo da visita. Assim,
prometa o que pode cumprir). PÓS-VENDA: 1) Se prometeu, cumpra (Garanta que tudo que foi prometido ao cliente
seja cumprido. Você é o intermediário entre ele e sua empresa ou área).
2) Lembre-se de que o cliente nem sempre tem razão, mas nunca está completamente
errado (Se o cliente reclama, tente descobrir o motivo que o levou a agir assim. Não se
deixe levar pela "ditadura do cliente", mas também saiba aproveitar as oportunidades de
aumentar sua satisfação).
3) Não misture seus problemas pessoais com os problemas do cliente (Para o cliente nãointeressa seus problemas pessoais ou os problemas de sua empresa ou área. Resolva os
dele).
4) Faça follow-up em quantidade adequada (Não se esqueça de seu cliente. Nem o
procure todo dia).
5) Assuma o problema do cliente como se fosse seu (Não passe o problema do cliente
para outra área. Assuma sua responsabilidade).
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6) Use tecnologia amigável (Nada de complicações na hora do cliente lhe procurar como,
por exemplo, "Disque 3 para Departamento de Vendas e depois disque 259 para vendas
de produtos descartáveis". Facilite-lhe o caminho).
7) Seja pró-ativo (Não espere os problemas aparecerem. Aja antes. Ofereça novas
soluções para novos problemas do cliente).
8) Agradeça a comunicação do cliente (Muitos vendedores se esquecem de agradecer a
oportunidade que lhes é oferecida a partir de um contato pós-venda. Mostre ao cliente a
importância deste contato. E agradeça-o).
9) Lembre-se que a pós-venda é o início de um novo ciclo de venda (O objetivo não é só
conquistar o cliente, mas sim torná-lo fiel e permanente).10) Cumpra mais do que prometeu (Não se contente com a satisfação do cliente. Procure
encantá-lo ao máximo. Dê a ele aquele algo mais).
Com o conhecimento sobre os hábitos e costumes de seu cliente é que você
pode antever-se a qualquer ação, surpreendendo e fazendo-se presente em seu
cotidiano. Com os dados em mãos, você poderá oferecer ou até mesmo realizar a
manutenção de compra de seu cliente, pois você possui as informações, históricos de
grande valia que tornam sua comercialização mais personalizada, mais próxima einformal.
Mas este tipo de relacionamento ainda não é muito praticado em inúmeros
segmentos, os que fazem com que essas empresas venham perder espaço no mercado.
Um exemplo clássico por mim presenciado, está relacionado a uma pizzaria de Niterói,
cidade do Rio de Janeiro. Um amigo, tem o costume de comer pizzas pelo menos três
vezes por semana. Com este hábito, tem preferência por uma pizzaria perto de sua casa.
Com isso, ao sair de seu trabalho diário, liga para sua casa para que seusfamiliares façam o pedido, para que, ao chegar, sua pizza já esteja ali, pronta para o
consumo. Este hábito se repete a meses, chegando ao ponto da atendente chamá-lo pelo
nome e não solicitar mais o endereço para a entrega.
Engana-se porém, quem pensou que esta empresa está praticando um
marketing de relacionamento eficiente. Isto pode ser percebido pela sua forma de
atuação, ela não realizou um cadastro formal junto ao cliente e nem sequer possui um
histórico de consumo, pois o pedido dos sabores sempre é questionado, havendo hábito
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de consumo deste cliente. Em nenhuma ocasião, esta pizzaria ligou até a casa ou mesmo
no celular deste consumidor, em dias potenciais de consumo, para oferecer-lhe alguma
promoção, algum sabor diferenciado, ou mesmo pedir uma sugestão.
O que isso nos mostra? Ao passo que este consumidor venha a conhecer um
outro estabelecimento, que possua uma qualidade nos produtos semelhantes a este, mas
que pratique um serviço diferenciado, este venha a migrar, deixando de lado a antiga,
possivelmente não mais realizando seus pedidos lá.
Perder clientes é uma tarefa extremamente fácil, o mercado é muito
competitivo e inúmeras empresas estão surgindo com uma mentalidade mais avançada e
com cuidado junto ao seu mercado, como um todo. Criar sistemas de fidelidade é umpasso importante para que as empresas não tenham a todo o momento, que passar por
dificuldades, pois desta forma poder-se-á planejar ações preventivas que auxiliarão em
um processo organizacional constante.
Este é um exemplo entre muitos, ocorridos diariamente comigo e com você.
Quem nunca passou por uma situação como esta, mesmo que de forma passiva? São
locadoras de vídeo que cadastram nosso histórico e nem por isso nos mandam
promoções e lançamentos de segmentos de filmes que gostamos... Postos de gasolinaque costumamos abastecer, que nem sequer realizam um cadastro para saber quem
somos, apenas marcam nossas placas para que se precisarem posteriormente, correr
atrás de um cheque sem fundo, tenham a possibilidade de nos encontrar.
Tudo isso ocorre freqüentemente e diariamente em nossas vidas e como
vimos, não está a cargo das grandes organizações este tipo de prática, mas sim a todo o
mercado, principalmente para aqueles menores estabelecimentos que necessitam muito
conhecer seus consumidores, pois sofre constantemente a influência dos grandesconcorrentes, mais fortes em preço, atendimento, diversidade de produtos e serviços.
Desta forma, é importante ressaltar que, a tônica do mercado em um futuro
próximo, está voltada aos serviços, isso porque produtos são lançados e aperfeiçoados
constantemente, com inúmeras marcas e variações de preços, o que ressalta ainda mais
a importância dos serviços, pois são através deste que surgirão os diferenciais, os
aspectos positivos que tornarão os consumidores adeptos ao consumo de determinados
produtos.
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Por isso, oferecer mais do que o esperado, surpreender, é extremamente
importante para que as diferenciações sejam notadas e para que os clientes tornem-se
cada vez mais propensos a adquirir seus produtos e/ou serviços, por motivos estes, que
vão além do aspecto material, originados de fatos inconscientes e motivadores, que
tornam sua marca evidenciada e extremamente valiosa, pois ocupa uma posição de
destaque no mercado, a mente do seu consumidor.
Pense, reflita e encontre os passos a serem realizados por você e sua
empresa diante do mercado. Diferencie-se, torne-se produto das ações por você
realizadas e lembre-se:
“Programas de marketing de freqüência deve se utilizar das oportunidadesoferecidas pela identificação dos seus clientes, para assim saber quem são os clientes de
maior valor e de maior potencial, para que assim possam ser desenvolvidas ações
inteligentes, através de uma relação de constante aprendizado, pois é através deste ponto
que a organização muda o seu comportamento frente aquilo que aprendeu a respeito de
seus clientes, personalizando aspectos do serviço e produto. Afinal, a única vantagem
competitiva real é o conhecimento que você e sua empresa possuem de seu cliente, fato
este, que seus concorrentes não têm”.
3.4 Marketing de Serviços
Vivemos em uma economia de serviços. As estatísticas variam um pouco,
mas de modo geral é possível atribuir 70% de toda a riqueza mundial ao setor de
serviços. No Brasil, segundo o IBGE, 58% do PIB nacional é serviço e esse número tende
a aumentar, acompanhando as maiores economias e a própria revolução do
conhecimento, que multiplica os serviços que agregam valor à experiência humana. Do
ponto de vista do emprego, o panorama dos serviços é bastante favorável: setor
empregador, de mão-de-obra intensiva, há trabalho em serviços para praticamente todas
as faixas de escolaridade e renda.
Custa significativamente menos a criação de um emprego em serviços do que
a criação de um emprego na indústria. Enquanto a indústria tende à automação, à
especialização do trabalho, reduzindo a participação humana, o setor de serviços não
consegue facilmente prescindir do elemento humano. Na verdade, para grande parte das
empresas de serviço o único ativo disponível são as pessoas que compõem a empresa,
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seus quadros, sua inteligência e conhecimento. Uma agência de propaganda, uma
escola, uma consultoria, uma clínica médica e outros serviços são fortemente
dependentes das pessoas que ali trabalham.
Assim é que súbitas mudanças no quadro de pessoal podem afetar
profundamente uma empresa do serviço. É comum, por exemplo, um gerente de banco
“levar” clientes de um banco para outro. O vínculo estabelecido é com a pessoa, com o
gerente, e não com a empresa. Ou ainda, para o cliente, o prestador de serviço
representa a empresa e é o depositário de sua confiança.
Outra questão que aponta para o crescimento da economia de serviços é a
própria comoditização dos produtos. Por comoditização entende-se a dificuldade cada vezmaior que um produto tem para se diferenciar de outro, tanto do ponto de vista técnico
quanto do ponto de vista de utilidade. Os produtos estão cada vez mais parecidos,
similares, e a profusão de marcas e fabricantes acabam comprimindo as margens de
lucro.
De fato, há pouca ou nenhuma diferença entre, por exemplo, uma dezena de
marcas de massa de tomate, creme dental e mesmo carros de um mesmo segmento. O
comprador de um carro popular compara as várias opções disponíveis no mercado eencontra pouca diferença entre elas, inclusive no preço. Tecnicamente falando, como
diferenciar realmente uma série de aparelhos de TV ? Muitas vezes só mesmo a marca é
que consegue gerar uma percepção de diferenciação, que, de todo modo, não é fácil
(nem barato) para sustentar. Mesmo uma empresa líder, de marca reputadíssima, como a
Coca Cola, tem dificuldade de competir com os refrigerantes populares, as chamadas
tubaínas.
Ora, tudo isso fez com que os fabricantes percebessem que a única ou melhorforma de realmente diferenciar seu produto é mediante um conjunto de serviços que
agregam valor a ele: entrega, assistência técnica, garantias, seguros, crédito, distribuição,
informação, pós-venda, etc. Mesmo empresas tipicamente de produtos, ou conhecidas
como líderes de produtos, já pensam, hoje, em serviços como estratégia de lucro.
Serviços permitem diferenciação, personalização e customização. Assim,
permite margem, lucro. Serviços vão de telecomunicações a bancos; são escolas,
hospitais, profissionais liberais, até serviços domésticos e pessoais. Passam pela internet
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e pelo varejo (o serviço da venda e atendimento ao público), pelas consultorias
especializadas, serviços técnicos, logística e serviços de distribuição.
Este é o mundo dos serviços, que cresce a cada dia e que exige uma nova
abordagem, que passaremos a discutir a seguir.
Características e implicações do serviço para a prática da administração
de marketing:
O que é um serviço ?
Como defini-lo ?
Como diferenciar serviço e produto ?
Uma boa definição pode ser a seguinte: Serviço é um desempenho,essencialmente intangível, que não resulta na propriedade de algo. O serviço pode ou não
estar ligado a um produto físico.
Assim, serviços são desempenhos no tempo e espaço que geram valor para o
cliente por meio de uma transformação, uma experiência de serviço.
Quando alguém vai ao cabeleireiro, não fica proprietário do corte de cabelo;
na verdade, “sofre” o corte de cabelo. Durante uma aula, um aluno não se torna dono da
aula, mas “sofre”, “recebe”, a experiência da aula, que deve gerar uma transformação,gerando valor. O mesmo ocorre num consultório médico, num restaurante, numa oficina
mecânica: o cliente não se torna dono do serviço.
O serviço é um desempenho transformador, intangível em essência, mesmo
quando ligado a um produto físico. Mesmo em serviços que possuem um forte
componente de bens, produtos e máquinas, como o transporte aéreo, o cliente não pode
levar a viagem para casa e mostrar aos amigos. Ele pode, sim, viver a experiência
transformadora da viagem e, no máximo, mostrar a passagem, as fotos, alguns elementostangíveis do serviço.
Esses elementos inclusive são fundamentais para “tangibilizar”. O serviço,
mas essa já é uma outra história, da qual falaremos mais tarde.
Um serviço também precisa ser entendido por suas características:
inseparabilidade, variabilidade, intangibilidade e perecibilidade.
Vamos entender um pouco cada uma das características do serviço.
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Inseparabilidade
Essa característica aponta para a seguinte questão: todo serviço tem um
momento em que sua produção e consumo são simultâneos, inseparáveis. Assim, ao
mesmo tempo em que um professor “produz” a sua aula, esta é “consumida” pelos
alunos. Ao mesmo tempo em que um médico produz sua consulta, o paciente a consome,
como cliente do serviço.
Nesses exemplos, produção e consumo são simultâneos, diferentemente de
uma empresa de produtos, em que claramente existe um momento de produção e um
momento de consumo.
Por que essa característica é tão importante para o marketing de serviços ?Por várias razões, que veremos a seguir:
O prestador de serviços é a “fábrica do serviço” diante do cliente; assim, será julgado
por tudo que fizer (ou deixar de fazer);
O cliente interfere na produção do serviço com sua participação. Na verdade, ele co-
produz o serviço, pois o ambiente de produção do serviço não é controlado e depende
e precisa da interação do cliente. Assim, este também precisa ser educado sobre o
serviço e precisa, minimamente, aprender sobre ele;Não há uma segunda chance para o prestador, pois o serviço tem que ser adequado
no momento em que o cliente necessita. Assim, numa viagem aérea, precisa
acontecer de forma satisfatória na primeira vez, do contrário só restará à empresa
pedir desculpas e tentar recuperar seu erro. O mesmo se dá em uma aula, num
cabeleireiro ou numa consultoria. Se alguém errar, pode não ter uma segunda chance,
pois a fábrica não terá sido capaz de entregar o que o cliente queria no momento em
que precisava. Como agravante, muitos serviços, se não prestados adequadamenteda primeira vez, podem causar danos irreparáveis, como no exemplo mais óbvio dos
serviços médicos.
Variabilidade
Serviços são variáveis. Isto é, os serviços variam e podem variar conforme o
prestador do serviço e o cliente. Esta característica tanto pode ser vista sob um prisma
positivo quanto negativo.
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O prisma positivo da variabilidade é que ela permite a customização, a
personalização, o atendimento diferenciado às expectativas de grupos de clientes.
Assim, um palestrante pode adaptar a palestra a seu público, assim como um
médico pode adaptar o seu serviço ao tipo de cliente que está atendendo.
O lado negativo da variabilidade é que ela torna difícil o estabelecimento de
um padrão de serviço, de uma performance padronizada, imune a erros.
Isso faz com que seja comum, por exemplo, o seguinte problema: como
atender sempre bem o cliente, se tanto o cliente pode ser mais ou menos favorável ao
serviço, quanto o próprio prestador de serviços pode ter uma performance mais ou menos
adequada, dependendo de suas características pessoais ou até mesmo do seu “astral”num certo dia ? Como garantir que grandes organizações com centenas de funcionários
falem a mesma língua, trate o cliente do mesmo modo, tenham a mesma performance?
Como uniformizar o serviço se está imersos num conjunto heterogêneo de culturas, de
organizações, de critérios e, sobretudo, de relacionamentos pessoais que tanto podem
ajudar quanto atrapalhar o serviço ?
A conseqüência é que a qualidade do serviço depende das pessoas que o
prestam e consomem. E o segredo do serviço é conseguir, respeitando-se a variabilidade,estabelecer padrões mínimos que garantam uma performance adequada ao serviço.
O difícil não é ser excelente um dia, mas conservar a excelência todos os
dias.
Intangibilidade
O serviço é intangível, isto é, não é palpável. Esta é sua mais evidente
característica. Contudo, é preciso, aqui, fazer um alerta: embora seja essencialmenteintangível, todo serviço possui diversos elementos “tangíveis”, palpáveis, perceptíveis. Por
exemplo, em uma escola, o ambiente físico, as instalações, os materiais utilizados em
sala, livros, apostilas e pessoas são elementos tangíveis. Mais ainda: todas as
comunicações da escola são elementos visíveis do serviço, que, no mínimo, comunicam
algo sobre ele.
Os elementos tangíveis funcionam como evidências do serviço. São pistas,
sugestão de como ele deve ser. Assim, voltando ao exemplo da escola, se vemos uma
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sala de aula moderna, bem iluminada, com amplos recursos tecnológicos, apoiada em
modernos conceitos pedagógicos, naturalmente inferimos “modernidade”. Isto é, os
tangíveis, aí, são sinais que o serviço nos envia. Dizemos mesmo que uma das técnicas
de marketing de serviços é justamente “tangibilizar o serviço”, isto é, tornar visível o
invisível, evidenciar aquilo que o serviço promete.
Na verdade, os elementos tangíveis do serviço, que podem mesmo ser as
pessoas que nele trabalham, cumprem o papel de reduzir o nível de dúvida sobre a
qualidade do serviço. É que, como se diz com freqüência, todo serviço é a compra de
uma promessa. Temos que acreditar na promessa do serviço e “pagar pra ver”, isto é, só
saberemos se a promessa que o serviço sugere foi cumprida após a experiência de oserviço ocorrer. Os tangíveis são, portanto, sinalizadores de que podemos confiar ou não
na promessa do serviço. Citando um exemplo simples, muitas vezes julgamos a qualidade
de um supermercado pela limpeza de seus ambientes. Um ambiente sujo nos comunica
má qualidade, assim como uma proposta de orçamento mal redigida e pouco
apresentável pode nos indicar baixa qualidade também. Assim, os tangíveis acabam
funcionando como uma “embalagem do serviço”, e, como para um produto, traduzem a
qualidade do serviço.Neste ponto, é preciso mais um alerta: os elementos tangíveis de um serviço
estão na esfera do parecer e não do ser, isto é, eles cumprem o papel da sedução, da
transferência da confiança. Somente o próprio serviço é que irá validar a promessa, e
então iremos não apenas parecer, mas também ser um serviço de alta qualidade.
Perecibilidade
Serviços são perecíveis, isto é, não podem ser estocados. Assim, sãotemporais, prestados num tempo e local precisos. O que essa característica gera para o
marketing de serviços ? Uma pressão e uma necessidade de encontrar um ponto ótimo
entre a oferta e a demanda do serviço. Ou seja, o grande problema é como administrar a
demanda de um serviço.
É fácil explicar. Imagine uma viagem aérea com 100 lugares. Se houver
apenas 1 ou 100 passageiros, o custo do vôo será praticamente o mesmo. Na verdade, o
lugar que a empresa aérea não conseguir negociar ela jamais conseguirá recuperar
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64E i l d ili d â d d d P O édi d úd ã d d i
novamente. Um médico não pode fazer amanhã as mesmas consultas que deixou de
fazer hoje. Um hotel que não conseguir vender suas diárias não irá recuperá-las na
semana seguinte, isto é, a semana não vendida representará um faturamento
definitivamente perdido.
Ora, em todos esses exemplos o problema é que haverá momentos de
altíssima demanda e outros de pequena demanda. Em todos eles, contudo, persistirá um
alto custo fixo, que a empresa precisa procurar vender pelo menos ao nível do seu ponto
de equilíbrio operacional. Assim, encontrar o ponto ótimo entre oferta e demanda é crucial
em serviços, para não ocorrer um problema comum em serviços, que tanto pode ser não
conseguir atender o excesso de demanda (e perder clientes em função disso) quanto terque suportar pesados custos operacionais sem a demanda correspondente.
No próximo módulo encerraremos o nosso curso abordando os seguintes
pontos: Logística, Canais de Distribuição, Métodos Quantitativos de Marketing e Métodos
Qualitativos de Marketing.
Também teremos uma série de exercícios para avaliar o aprendizado e o
assunto abordado durante todo o curso, então nos “veremos” no modulo IV. Até Lá.
---------- Fim do Módulo III ----------