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NDICEPgina
CA PTULO 1 - NOESGERAISSOBREAELETRICIDADE
1.1 Energia 71.1.1 EnergiaEltrica 71.2 Evoluo daEletricidade 91.3 Tenso eCorrenteEltrica 111.4 ResistnciaEltricaLeideOhm 131.5 CorrenteContnuaeCorrenteAlternada 131.6 PotnciaEltrica 141.7 ClculodaEnergiaEltrica 151.8 ClculosdeGrandezasEltricasI,ReE 151.9 UnidadesdeMedidas 161.10 CircuitosSrieeCircuitoParalelo 181.10.1 CircuitoSrie 181.10.2 CircuitoParalelo 191.11 CircuitosemCorrenteAlternada 211.11.1 CircuitoMonofsico 211.11.2 CircuitoTrifsico 221.11.3 PotnciaemCorrenteAlternada(CA) 231.12
FatordePotncia
27
1.13 AparelhosparatestareAparelhosparamedir
grandezasEltricas 291.13.1 AparelhosdeTeste 291.13.1.1 LmpadaNeon 301.13.1.2 Testecom umaLmpada 301.13.1.3 LmpadaemSrie 311.13.2 AparelhosdeMedio 311.13.2.1 Ampermetro eVoltmetro 321.13.2.2 Wattmetro 321.13.2.3
Ohmmetro
32
1.13.2.4 AlicateVolt-Ampermetro 331.13.2.5 MedidordeEnergiaEltrica 331.14 InformaessobreaCEMIG,ANEEL,PROCEL,ABNTeINMETRO 341.14.1 CompanhiaEnergticadeMinasGeraisCEMIG 351.14.2 AgnciaNacionaldeEnergiaEltricaANEEL 371.14.3 ProgramaNacionaldeConservao deEnergiaEltricaPROCEL 371.14.4 Associao BrasileiradeNormasTcnicasABNT 391.14.5 InstitutoNacionaldeMetrologia,Normalizao e
QualidadeIndustrialINMETRO 41
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CA PTULO 2 - CIRCUITOSELTRICOSRESIDENCIAIS
2.1 Introduo 432.1.1 Contatoscom aCEMIG 462.1.2 QualidadedosProdutoseServios 472.2 SmboloseConvenes 492.3 DimensionamentodeCarga 512.3.1 TomadasdeUsoGeral 512.3.2 TomadasdeUsoEspecfico 512.3.3 Iluminao 512.4 Nmero MnimodeTomadaspor Cmodo 522.5 Diviso deCircuitosEltricos 532.6 InterruptoreseTomadasdeUsoGeral 532.6.1 ConformidadedosInterruptoreseTomadas 552.6.2 EsquemasdeLigaesEltricasdeInterruptoreseTomadas 562.7 InterruptorParaleloeo InterruptorIntermedirio 592.7.1 InterruptorParalelo(ThreeWay) 592.7.2 InterruptorIntermedirio(FourWay) 612.8 Quadro deDistribuio deCircuitosQDC 622.9 ClculodaCorrenteEltricadeumCircuito 63
CA PTULO 3 - CONDUTORES ELTRICOS
3.1 Introduo 643.2 ConsideraesBsicassobreosCondutores 653.3 Seo (mm2)dosCondutores 673.3.1 Seo MnimaeIdentificao dosCondutoresdeCobre 673.3.2 ClculodaSeo dosCondutores 683.3.2.1 LimitedeConduo deCorrentedeCondutores 693.3.2.2 LimitedeQuedadeTenso 733.3.2.2.1 QuedadeTenso Percentual(%) 763.3.2.2.1.1 MomentoEltrico(ME) 763.3.2.2.1.2 QuedadeTenso emV/A.km 783.3.2.2.1.3 Exemplosdo ClculodeQuedadeTenso 793.3.3 Exemplosdo DimensionamentodaSeo deCondutores 80
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CA PTULO 4 - PROTEOESEGURANAEMINSTALAESELTRICAS
4.1 Isolao, Classe eGrausdeProteo 86 4.2 Considera esBsicasSobreosChoquesEltricos 91 4.2.1 ContadoDireto 91 4.2.2 ContadoIndireto 92 4.2.3 Tenso deContato 92 4.2.4 ChoqueEltrico 94 4.3 Proteo eSeguranaPreveno naExecuo 96 4.4 ElementosBsicosparaSeguranaeProteo 97 4.4.1 Aterra ment oEltrico 97 4.4.2 EsquemasdeAterra mento 99 4.4.3 CondutordeProteo (PE) 1004.4.4 CondutorNeutro 1024.5 Distrbios na s Instala esEltricas 1024.5.1 Fugasde Corrente 1024.5.2 PerdasdeEnergiaEltrica 1034.5.3 Sobrecorrente easobrecarga 1044.5.4 Curto-Circuito 1044.5.5 Sobretenses 1054.6 DispositivosdeProteo ede Segurana 1064.6.1 Fusveis 1064.6.2 DisjuntoresTermomagnticos 1074.6.2.1 Coordenao eDimensionamento do sDisjuntores 1094.6.3 DispositivoDiferencialResidualDR 1114.6.4 Proteo ContraSobretensesTransitrias 1174.6.5 Proteo ContraQuedase FaltasdeTenso 1184.6.6 Coordenao entreosDiferentesDispositivosdeProteo 1194.7 Proteo emBanheiros 1194.7.1 MedidasdeProteo Contra ChoquesEltricos 1224.8 Proteo ContraDescargasAtmosfricas 122
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CAPTULO 5 - PROJETODA SINSTALAESELTRICAS
5.1 Planejamentodeuma Instalao Eltrica 1235.2 TraadodeumProjetoEltrico 1245.3 Elaborao deumProjetoEltrico 1255.3.1 Determinao dasCargasda Instalao Eltrica 1305.3.1.1 Outras CargasEltricas 1375.3.2 Diviso dosCircuitosde uma Instalao Eltrica 1405.3.3 CircuitosdeTomadasdeUsoGeral eosde Iluminao 1435.3.3.1 CircuitosdeTomadasdeUsoGeral 1455.3.3.2 Circuitosde Iluminao 1455.3.4 Instalao deEletrodutos 1455.3.5 DimensionamentodaSeo do sCondutores 1475.3.5.1 ClculodeMomentosEltricose Seo deCondutores 1485.3.6 Equil br iodas Fases do CircuitoEltrico 1655.3.7 DimensionamentodaProteo 1665.3.7.1 DimensionamentodosDisjuntoresTermomagnticos 1665.3.7.2 DimensionamentodosDispositivos DiferencialResidual 1675.3.7.3 DimensionamentodaProteo ContraSobretenses
Transitrias 1695.3.7.4 Proteo Contra FaltadeFaseeSub/Sobretenso 1705.3.7.5 Acondicionamento eIdentificao dos
DispositivosdeProteo edeSegurana 1705.3.7.6 ProteesComplementares 1725.3.8 DimensionamentodosEletrodutos 1735.3.9 Apresentao do ProjetoEltrico 176
CAPTULO 6 - EXECUODO PROJETOELTRICO
6.1 MateriaiseComponentesda Instalao Eltrica 1806.2 Execuo do ProjetoEltrico 1806.3 RequisitosEstabelecidos pelaNormaNBR 5410/97 1816.4 Recomenda es GeraissobreasInstalaesEltricas 1836.5 Verificao Final 1856.6 AumentodeCargae Reformasna s Instala es
EltricasInterna s 1856.7 Bombade guacom ChaveB ia 1866.8 InstalaesdeLinhasAreas 187
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CAPTULO 7 - ECONOMIADEENERGIAELTRICA
7.1 ConsumodeEnergiaEltricaemumaResidncia 1897.2 Iluminao 1907.2.1 ConceitossobreGrandezasFotomtricas 1907.2.2 TiposdeLmpadasmaisUsuaisemResidncias 1917.2.3 IluminaoAdequada 1967.2.4 ProblemasemLmpadas 1977.2.5 Recomendaes teisparaUtilizaoAdequada
dasLmpadas 1987.3 EconomiadeEnergiaEltricaemEletrodomsticos 1997.3.1 Geladeiraeo Freezer 1997.3.2 Aquecimentode gua 2007.3.2.1 Chuveiro Eltrico 2007.3.2.2 AquecedorEltricode gua 2017.3.2.3 TorneiraEltrica 2017.3.2.4 Aquecimentode guaAtravsdeEnergiaSolar 2017.3.3 Televisor 2027.3.4 Ferro Eltrico 2027.3.5 CondicionadordeAr 2027.3.6 MquinadeLavarLoua 2037.3.7 MquinadeLavarRoupa 2037.3.8 SecadoradeRoupa 2037.4 HorriodePontaoudePico 2037.5 LeituraeControledo ConsumodeEnergiaEltrica 2047.5.1 Estimativado ConsumodeEnergiaEltrica 2057.6 DicasdeSegurana 206
8 - ANEXOS
Anexo1 Converso deUnidades 207Anexo2 FrmulasPrticas 208Anexo3 PortariaINMETRON.o27 de18.02.2000 209Anexo4 Endereos teis 214Anexo5 CaractersticasdosCondutoresIsoladosemPVC/70C 215Anexo6 PotnciaMdiadeAparelhosEltricos 216Anexo7 CaractersticasdeMotoresEltricos 217
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CAPTULO 1
NOESGERAISSOBREAELETRICIDADE
So abordados neste Captulo diversos aspectos sobre a eletricidade, de umaformasimplificada,buscandooferecerumaviso geralsobreo assunto.
Paramaioresinformaes,deve-seprocurarumaliteraturatcnicaespecializada.Tambm so apresentadas informaes, de uma maneirabastante resumida,
sobrea:CEMIG,ANEEL,PROCEL,ABNTeINMETRO.
1.1 -Energia
Energiaacapacidadedeproduzirtrabalhoeelapodeseapresentarsobvrias
formas: energiaTrmica; energiaMecnica; energiaEltrica; energiaQumica; energiaAtmica,etc.Uma das mais importantes caractersticas da energia a possibilidade de sua
transformao deumaformaparaoutra.Porexemplo:aenergiatrmicapodeserconvertidaemenergiamecnica
(motoresdecombusto interna),energiaqumicaemenergiaeltrica(pilhas)etc.
Entretanto,namaioriadasformasemqueaenergiaseapresenta,elanopodesertransportada,elatemqueserutilizadanomesmolocalemqueproduzida.
1.1.1 -Energia Eltrica
A energia eltrica uma forma de energia que pode ser transportada com maiorfacilidade. Para chegar em uma casa, nas ruas, no comrcio, ela percorre um longocaminhoapartirdasusinasgeradorasdeenergia.
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Aenergiaeltricapassapor 3 principaisetapas:
a)Gerao:-Aenergiaeltricaproduzidaapartirdaenergia mecnicade rotao deumeixodeumaturbina que movimenta um gerador. Esta rotao
causada por diferentes fontes primrias, como porexemplo,aforadaguaquecai(hidrulica),aforado vapor (trmica) que pode ter origem na queimado carvo, leo combustvel ou, ainda, na fisso dournio(nuclear).
A CEMIG valendo-se das caractersticas doEstado de Minas Gerais onde so inmeras asquedas dgua tem, na fora hidrulica, a sua
principal fonte de energia primria. Portanto, as usinas da CEMIG so em grandemaioria,hidroeltricas.
b) Transmisso: -As usinashidroeltricasnemsempre se situam prximas aos centrosconsumidores de energia eltrica. Por isso, precisotransportaraenergiaeltricaproduzidanasusinasatos locaisde consumo: cidades, indstrias, propriedades rurais, etc. Para
viabilizar o transporte de energia eltrica, soconstrudas as Subestaes elevadorasde tenso eas
LinhasdeTransmisso.
c) Distribuio: - Nas cidades so construdas assubestaes transformadoras. Sua funo baixar atenso do nvel de Transmisso (muito alto), para onveldeDistribuio.
ARededeDistribuio recebeaenergiaeltrica
em um nvel de tenso adequado sua Distribuiopor toda a cidade, porm, inadequada para suautilizao imediataparaamaioriadosconsumidores.Assim, os transformadores instalados nos postes dascidades fornecem a energia eltrica diretamente paraas residncias, para o comrcio e outros locais de
consumo,nonveldetenso (127/220Volts,por exemplo),adequadoutilizao.
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As etapas de Gerao, Transmisso, Distribuio e da utilizao da energiaeltrica,podemserassimrepresentadas:
Energia Energia Energia Energia
TURBINA GERADOR MOTORHidrulica
Mecnica Eltrica Mecnica
1.2 EvoluodaEletricidade
Ao longo do tempo, a eletricidade foi marcada pela evoluo tcnica e pelosdesenvolvimentoscientficos,estendendo-seadiversoscamposdacinciaea inmerasaplicaes prticas. Ser apresentada a seguir, uma abordagem simples sobre aevoluo daeletricidade.
A palavra Eletricidade provm do latim electricus, que significaliteralmenteproduzidopelombarpor frico. Estetermotemassuasorigensnapalavragregaparambarelektron.
Ofilsofogrego,TalesdeMileto,aoesfregarumpedao dembarnumapeledecarneiro, observouqueesteatraapedaosdepalha.
Em1600WilliamGilbertestudandoessesfenmenos,verificouqueoutroscorpospossuiamamesmapropriedadedo mbar. Designou-oscom o nomelatinoelectrica.
Apartirde1729, StephenGraydescobriuaconduo daeletricidade,distinguindoentrecondutoreseisolanteseltricos,bemcomo, dainduo eletrosttica.
Benjamin Franklin descobriu em 1750 que, os relmpagos so omesmoquedescargaseltricaseinventouo pra-raios.
CharlesAugstin de Coulomb publicou em 1785, estudos sobremedio dasforasdeatrao erepulso entredoiscorpos eletrizados(LeideCoulomb).
Em 1788 JamesWattconstruiua primeiramquina avapor. Esseinventoqueimpulsionoua1Revoluo Industrial.Emsuahomenagem,foidadoo seunomeunidadedepotnciaeltrica:Watt(W).
FoifundadonaInglaterraem1799, o RoyalInstitutionofGreatBritainqueajudouo campo deinvestigao daeletricidadeemagnetismo.
Tambm em1799, Alessandro Voltaprovouqueaeletricidadepodiaserproduzidautilizando metais diferentes separados por uma soluo salina.Volta utilizou discos decobre e zinco separados por feltro embebido em cido sulfrico para produzir esteefeito. Alessandro Volta explicou a experincia de Luigi Alosio Galvani em 1786,colocando entre dois metais a perna de uma r morta, produzindocontraes nesta.Ao agregar estes discos uns por cima dos outros,Voltacriou a pilha eltrica. A pilha foi a primeira forma controlada deeletricidade contnuaeestvel.Emsuahomenagem, foidadoo seunomeunidadede medidadepotencialeltrico:Volt(V).
Em1819, HansChristianOersteddetectoueinvestigouarelao entreaeletricidadeeo magnetismo(eletromagnetismo).
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AndrMarieAmpredesenvolveuem1820, umestudoeestabeleceuas leisdoeletromagnetismo.Emsuahomenagem,foidadoo seunomeunidadedemedidadeintensidadedecorrenteeltrica:Ampre (A).
Em 1827, Joseph Henry iniciou uma srie de experincias eletromagnticas edescobriuo conceitodeinduo eltrica,construindoo primeiro motor eltrico.
Tambm em1827, GeorgSimonOhm,trabalhandonocampo dacorrenteeltricadesenvolveu a primeira teoria matemtica da conduo eltrica nos circuitos: Lei deOhm.Otrabalhos foireconhecidoem1841. Emsuahomenagem,foidadoo seunomeunidadederesistnciaeltrica:Ohm ().
Em 1831, Michel Faraday descobriu o fenmeno da induo eletromagntica,explicando que necessria uma alterao no campo magntico para criar corrente.Faradaydescobriuqueavariao na intensidadedeumacorrenteeltricaquepercorreumcircuitofechado,induzumacorrentenumabobinaprxima.Observoutambm, umacorrente induzidaao introduzir-seum imnessabobina.Estes resultados tiveram umarpidaaplicao nagerao decorrenteeltrica.
Em1838, SamuelFinleyBreeseMorseconcluio seuinventodo telgrafo.Em 1860, Antonio Pacinotti construiu a primeira mquina de corrente contnua
com enrolamento fechado em anel. Nove anos depois, Znobe Gramme apresentou asua mquinadnamo-eltrico,aproveitandoo enrolamentoemanel.
Em 1875 foi instalado, em uma estao de trem em Paris, um gerador paraascender as lmpadas da estao, atravs da energia eltrica. Foram fabricadasmquinasavaporparamovimentarosgeradores.
A distribuio de eletricidade feita inicialmente em condutores de ferro,posteriormente de cobre e a partir de 1850, os fios so isolados por uma goma
vulcanizada.
Em 1873 foi realizada pela primeiravez a reversibilidade das mquinas eltricas,atravs de duas mquinas Gramme que funcionavam, uma como geradora e a outracomo motora.Ainda neste mesmo ano foi publicado o Tratado sobre Eletricidade eMagnetismo por James Clerk Maxwell. Este tratado,juntamente com as experinciaslevadasaefeitopor HeinrichRudolphHertzem1885 sobreaspropriedadesdasondaseletromagnticas geradas por umabobina de induo, demonstrou que as ondas derdioeluzso ondaseletromagnticas,diferindoapenasnasuafreqncia.
Em 1876, Alexandre Graham Bell patenteou o primeiro telefone com utilizaoprtica.
Thomas Alvas Edison fz uma demonstrao pblica de sua lmpada
incandescente,em1879. Essa lmpadapossibilitouo fimdailuminao feitaatravsdechama de azeite, gs, etc, que foi substituda pela iluminao de origem eltrica. Nomesmo ano, ErnestWernervon Siemens ps em circulao, em uma exposio emBerlim,o primeiro comboio movidoaenergiaeltrica.
Aprimeiracentralhidroeltricafoiinstaladaem1886 nascataratasdo Nigara.Nadcada subseqente foram ensaiados, os primeiros transportes de energia
eltricaemcorrentecontnua.Mquinaseltricascomo o alternador, o transformadoreo motor assncronoforamdesenvolvidosaoserestabelecidaasupremaciadacorrentealternadasobreacorrentecontnua.
GugliemoMarcheseMarconiaproveitandoestasidiasdezanosmaistarde,utiliza
ondasderdionoseutelgrafosemfio.Em1901 foitransmitidaaprimeiramensagemderdioatravsdo OceanoAtlntico.
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O eltron, partcula de carga negativa presente no tomo, foi descoberto porJosephJoneThompsonem1897.
Em 1907 Ernest Rutherford, Niels Bohr eJames Chadwick estabeleceram a atualdefinio deestruturado tomo, atento, consideradaamenorporo dematrianodivisvel.
1.3 -Tensoe CorrenteEltrica
Todasassubstncias,gasosas,lquidasouslidas,so constitudasdepequenaspartculasinvisveisaolhonu,denominadastomos.
Otomo composto detrspartculasbsicas:Prtons, NutronseEltrons.OsPrtonseosNutronsformamo ncleodo tomo. OPrton temcargapositiva
eNutronno possuicargaeltrica.Assuasmassasso equivalentes.OEltron possui uma carga negativa e a sua massa, por sermuito pequena,
desprezvel.
Em um tomo, o nmero de Eltrons igual ao nmero de Prtons, sendoportanto,o tomo eletricamenteneutro, poisasomadascargasdosEltrons(negativas)com ascargasdosPrtons(positivas)igualazero.
OsEltronsexistentesemumcondutordeeletricidade(verCaptulo3 pgina64),esto emconstantemovimentodesordenado.
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Paraqueesteseltronssemovimentemdeformaordenadanosfios,necessrioter uma fora que os empurre. Essa fora chamada de Tenso Eltrica (U). Suaunidadedemedidao Volt.OsmbolodestaunidadeV. Exemplo:Tenso eltricade127V(Volts).
O movimento ordenado de eltrons, provocado pela tenso eltrica, forma umacorrente deeltrons. Essa corrente de eltrons chamada de CorrenteEltrica (I). Suaunidade de medida o Ampre. O smbolo desta unidade A. Exemplo: Correnteeltricade10A(Ampres).
Paraquesetenhaumaidiado comportamentodatenso edacorrenteeltrica,serfeitaumaanalogiacom umainstalao hidrulica.
Apresso feitapela gua,dependedaaltura da caixadgua.A quantidadedeguaquefluipelocanovaidepender:destapresso, do dimetro do canoedaabertura datorneira.
Demaneirasemelhante,nocasodaenergiaeltrica,tem-se:
Apresso daenergiaeltricachamadadeTenso Eltrica(U). A Corrente Eltrica (I) que circula pelo circuito depende da Tenso e da
ResistnciaEltrica(R).
AResistnciaEltrica(R)queo circuitoeltricooferecepassagemdacorrente,medidaemOhms()(versubitem1.4 pgina13)evariacom aseo doscondutores(versubitem3.3 pgina67).
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1.4 -ResistnciaEltricaLei deOhm
chamada de Resistncia Eltrica (R) a oposio que o circuito oferece circulao da corrente eltrica.A unidade da Resistncia Eltrica o Ohm e o seu
smboloo (letragregachamadademega).Leide Ohm,assim chamada,devido ao fsicoque adescobriu(ver subitem 1.2
pgina9)Essa Lei estabeleceque:se for aplicado em um circuito eltrico, umatenso
de1V, cujaresistnciaeltricasejade1, acorrentequecircularpelocircuito,serde1A.A
I
U I R
BI
Circuito eltrico
Comissotem-se:
I = UR
Destarelao pode-setiraroutras,como:
U = R x I e R= UI
Onde:U: Tenso Eltrica;I: CorrenteEltrica;R: ResistnciaEltrica.
1.5 -CorrenteContnua e CorrenteAlternada
A energia eltrica transportada sob a forma de corrente eltrica e podeapresentar-sesobduasformas:
CorrenteContnua(CC)CorrenteAlternada(CA)
ACorrenteContnua (CC) aquela que mantm sempre a mesma polaridade,
fornecendoumatenso eltrica(oucorrenteeltrica)com umaformadeondaconstante(semoscilaes),como o casodaenergiafornecidapelaspilhasebaterias.Tem-se umpolopositivoeoutro negativo.
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ACorrenteAlternada (CA) tem a suapolaridade invertida um certo nmero devezespor segundo,isto, aformadeondaoscilao diversasvezesemcadasegundo.
Onmero deoscilaes(ouvariaes)queatenso eltrica(oucorrenteeltrica)fazpor segundodenominadodeFreqncia.
A sua unidade Hertz e o seu smbolo Hz. Um Hertz corresponde a um ciclo
completo devariao da tenso eltrica durante um segundo. No caso da energiaeltricafornecidapelaCEMIG,afreqnciade60 Hz.
Agrandemaioriadosequipamentoseltricosfuncionaemcorrentealternada(CA),como osmotoresdeinduo, oseletrodomsticos,lmpadasdeiluminao, etc.
Acorrentecontnua(CC)menosutilizada.Comoexemplo,tem-se:ossistemasdeseguranaecontrole,osequipamentosque funcionam com pilhasoubaterias,osmotoresdecorrentecontnua,etc.
1.6 -PotnciaEltrica
APotnciadefinida como sendoo trabalhoefetuadonaunidadedo tempo. APotncia Eltrica (P) calculada atravs da multiplicao da Tenso pela CorrenteEltricadeumcircuito.AunidadedaPotnciaEltricao Watteo seusmboloo W.
Umalmpadaaoserpercorridapelacorrenteeltrica,elaacendeeaquece.Aluze o calor produzido nada mais so do que o resultado da potncia eltrica que foitransformadaempotncialuminosa(luz)epotnciatrmica(calor).
Tem-seque: P = U xI (Watts)
Como U = RxI e I = U (dosubitem1.4),R
pode-secalculartambm aPotncia(P)atravsdosseguintesmodos:
P = (RxI)xI ou P = RxI2
Ento tem-se: P = U x U ou P = U2
R R
Onde:
P: PotnciaEltrica;U: Tenso Eltrica;I: CorrenteEltrica;R: ResistnciaEltrica.
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1.7 ClculodaEnergia Eltrica
A Energia Eltrica (E) a Potncia Eltrica (P)vezes o tempo de utilizao (emhoras, por exemplo) do qual o fenmeno eltrico acontece (uma lmpada acesa, por
exemplo).
E= (UxI)xt ou E= P xt
Onde:E: Energia Eltrica;P: Potncia Eltrica;U: Tenso Eltrica;I: CorrenteEltrica;t: Tempo normalmentenessecaso,adotadoemhoras(h).
AunidadedeEnergiaEltrica(E)o Watt-horaeo seusmboloWh.
1.8 ClculosdeGrandezas Eltricas:I, Re E
Umchuveiro eltricocom umapotnciade4.400 Watts, 127 Volts,funcionandodurante15 minutos.Calcularacorrente,resistnciaeaenergiaeltricaconsumida.
a)CorrenteEltrica I = PU
4.400W = 34,6 A (Ampres)127V
b) ResistnciaEltrica R = UI
127 V = 3,7 (Ohms)34,6A
c) EnergiaEltrica E= P x t
Primeiramente,deversertransformadoo tempo dos15 minutosemhoras.Fazendoumaregradetrs, tem-se: 60 minutos 1 hora
15 minutos xx= 15 minutos = 0,25 h ou 1 h
60 minutos 44.400W x 0,25 h = 1.100 Wh
Observao: Efetuarosmesmosclculos,considerandoqueo chuveiro eltricofoifeitoparafuncionarem220Volts.
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1.9 UnidadesdeMedidas
AsunidadesdemedidasnoBrasil,utilizamo SistemaInternacionaldeUnidades.ATabela1.1 mostraasprincipaisunidades.
Asunidadescom osseusmltiplosesubmltiplospodemserescritascom o seunomepor extensoouatravsdeseusmbolo.
UNIDADESLEGAIS DOBRASILUNIDADE SMBOLO DETERMINA
UNIDADES EL TRICASAmpre A CorrenteEltricaVolt V Tenso EltricaWatt
W
PotnciaEltrica
Volt-mpere VA PotnciaEltricaVolt-mperereativo Var PotnciaEltricaCavalo-vapor cv PotnciaEltricaWatt-hora Wh EnergiaEltricaOhm ResistnciaEltricaLmen l FluxoLuminosoLux lx IluminnciaHertz Hz Freqncia
OUTRASUNIDADESMetro m ComprimentoQuilmetro km ComprimentoMetro quadrado m2 reaMetro cbico m3 VolumeGrama g Massa(Peso)Quilograma kg Massa(Peso)Litro l VolumeSegundo s TempoMinuto mi TempoHora h TempoQuilmetro por hora km/ VelocidadeGrauCelcius oC TemperaturaGrauKelvin K TemperaturatermodinmicaTabela1.1
Asunidadespossuemmltiplosesubmltiplos.Autilizao deumououtro, em
funo dafacilidadedeexpressaraquantidadedaunidadeemquesto.
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Por exemplo, a Potncia de uma lmpada incandescente comum, melhor serexpressaemW(Watts)do queemkW(quilowatts).
semprereferidoaumalmpadade100Watts eno umalmpadade0,1 kW.A letra k (escrita em letra minscula) colocada antes da unidade, representa que
esta unidade est multiplicada por 1.000 e, consequentemente o nmero (valor da
quantidade)deverserdivididopor 1.000.
Do exemplo do subitem 1.8 pgina 15, a EnergiaEltrica tambm poder serexpressa:
1.100Wh ou 1,1 kWh (Quilowatt-hora)
ATabela1.2 aseguirrelacionaosvaloresmaisusadosdasunidadeseltricas,com osseusmltiplosesubmltiplos.
UNIDADESELTRICAS MLTIPLOSESUBMLTIPLOSGRANDEZA NOME SMBOLO RELA OTENSO Microvolt V 0,000001V
Milivolt mV 0,001VVolt V 1VQuilovolt kV 1.000V
CORRENTE Microampre A 0,000001AMiliampre
mA
0,001A
Ampre A 1AQuiloAmpre kA 1.000A
RESISTNCIA Ohm 1 QuiloOhm k 1.000 Megaohm M 1.000.000
POTNCIA Watt W 1WQuilowatt kW 1.000WMegawatt MW 1.000.000W
ENERGIA Watt-hora Wh 1WhQuilowatt-hora kWh 1.000WhMegawatt-hora MWh 1.000.000Wh
Tabela1.2
so:Outrasunidades,muitoutilizadasparaexpressar aPotnciaEltrica de motores
CavaloVaporqueequivalea735,5W. Suaunidadeo cv.HorsePower(inglesa)queequivalea746W. Suaunidadeo HP.
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Relao entreestasunidadesdePotncia:
1 cv= 735,5W; 1 cv= 0,735 kW; 1 kW= 1,36 cv1 HP= 746W; 1 HP= 0,746 kW; 1 kW= 1,34 HPNoAnexo1 pgina207, encontra-seaTabelaConverso deUnidades, com os
fatoresparatransformarumaunidadeemoutra.
1.10 CircuitoSriee CircuitoParalelo
1.10.1 CircuitoSrie
OCircuitoSrieaqueleconstitudo por maisdeumacarga,ligadasemsrieuma comasoutras,isto, cadacargaligadanaextremidadedeoutracarga,diretamenteoupor meiodecondutores.
Exemplo de circuitos eltricos ligados em srie muito utilizados: lmpadas dervoredenatal.
Asprincipaiscaractersticasso: ascargasdependemumadasoutrasparao funcionamentodo circuitoeltrico; existeapenasumcaminhoparaapassagemdacorrenteeltrica.
R1
Fonte UR2
R3
CorrenteEltrica(I )Acorrenteeltrica amesmaem todos ospontosdo circuito, isto, amesma
correntepassaatravsdetodasascargas.
ITotal = I1 = I2 = I3
TensoEltrica(U)Atenso dafontedealimentao divididaentreascargas, isto, asomadas
tensesnosbornesdecadacargaigualatenso dafonte.
UFonte = U1 + U2 + U3
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ResistnciaEltrica(R)Aresistnciaeltricaequivalenteigualasomadasresistnciasdecadacarga.
REquivalente = R1 + R2 + R3
Exemplo:
Nodesenhodestesubitem1.10.1, seatenso de120 Volts, R1 =
10 , R2 = 30 eR3 = 40 .Calcular: a)Aresistnciaeltricaequivalente;
b)Acorrenteeltrica;c)Atenso eltricaemcadaresistncia.
Soluo:
a)REquivalente = R1 + R2 + R3= 10 + 30 + 40 = 80
b) Dosubitem1.4 pgina13, tem-se:
I = U = 120V = 1,5 AR 80
ComoITotal = I1 = I2 = I3 = 1,5 A
c) U= R x IU1 = R1 x I = 10 x 1,5 A = 15 VoltsU2 = R2 x I = 30 x 1,5A = 45 VoltsU3 = R3 x I = 40 x 1,5A = 60Volts
Deve-senotarqueasomadastensesemcadaresistncia,igualatenso dafonte: U1 +
U2 + U3 = 15V+ 45V+ 60V= 120Volts
1.10.2 CircuitoParalelo
O Circuito Paralelo aquele constitudo por mais de uma carga, ligadas emparaleloumacom asoutras.
Fonte UR1 R2 R3
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= 1 + 1 + 1= R1 R2 R
R1 R2 R31 + 1 + 1 = 2 + 3 + 1 = 6
30 20 60 60 60
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Asprincipaiscaractersticasso: ascargasno dependemumasdasoutrasparao funcionamentodo circuito
eltrico; existemaisde1 (um)caminhoparaapassagemdacorrenteeltrica; astenseseltricasnascargasso iguaisatenso dafontedealimentao, isto:
UFonte = U1 = U2 = U3
ACorrenteEltrica(I)totalabsorvidapelascargasigualasomadascorrentesdecadacarga:
ITotal = I1 + I2 + I3
OinversodaResistnciaEltrica(R)equivalente,igualasomadosinversosdasresistnciasdecadacarga:
1REquivalente
Exemplo:Nodesenhodestesubitem1.10.2, seatenso de120 Volts, R1 =
30 , R2 = 20 eR3 = 60 .Calcular: a)Aresistnciaeltricaequivalente;
b)Acorrenteemcadaresistnciaeacorrenteeltricatotal;c)Atenso eltricaemcadaresistncia.
Soluo:a)1 = 1 + 1 + 1REquivalente
1 =REquivalente
REquivalente = 60 = 10 6
b) Dosubitem1.4 pgina13, tem-se:
I= U e ITotal = I1 + I2 + I3R
I1 = U = 120V = 4 A
R1 30
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I2 = U = 120V = 6 AR2 20
I3 = U = 120V = 2 AR3 60
ITotal = I1 + I2 + I3 = 4A+ 6A+ 2A = 12 A
c) UFonte = U1 = U2 = U3 = 120Volts
1.11 Circuitosem CorrenteAlternada
(CA).Aformamaiscomum queacorrenteeltricaseapresentaemCorrenteAlternada
Sero apresentadasnestesubitem1.11, deumamaneirabastantesimplificada,asprincipais caractersticas dos circuitos eltricos monofsicos e trifsicos em Corrente
Alternada (CA). Caso sejam necessrias maiores informaes, deve-se procurar umaliteraturatcnicaespecializada.
1.11.1 -CircuitoMonofsico
Um gerador com uma s bobina (enrolamento), chamado de GeradorMonofsicoaofuncionar, geraumaTenso entreseusterminais.
F
N
Nos geradores monofsicos de corrente alternada, um dos terminais desteGeradorchamadodeNeutro (N)eo outro deFase(F).
UmcircuitomonofsicoaquelequetemumaFaseeumNeutro (FeN).Atensoeltrica (U)do circuito igualtenso entreFaseeNeutro (UFN).A formadeondadaTenso Eltrica,umasenoide.
U 1 Perodo
t
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1.11.2 -CircuitoTrifsico
Umgeradorcom trsbobinas(enrolamentos), ligadasconformea figuraabaixo,um Gerador Trifsico. Nesta situao, o Gerador Trifsico est com as suas trsbobinas ligadas em Estrela (Y). Este gerador tem um ponto comum nesta ligao,
chamadodeponto neutro.
U
F3 F1 F2 F3
tF1
F2120 120
Perodo 360
120
Neste circuito trifsico com a ligao em Estrela, as relaes entre as tenseseltricas,atenso entreFaseeo Neutro (UFN)eatenso entreFases(UFF),so:
UFF = x UFN ou UFN = UFF/
Sendoque (leia-seraizquadradadetrs) = 1,732
ACorrenteEltrica(I)igualnastrsFases.
Quando as bobinas do Gerador Trifsico so ligadas entre si, de modo aconstiturem umcircuitofechado,como nafiguraabaixo,o Geradortemumaligao emTringulo(Delta)().
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.
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I = i 3 F2F2
i
UFF = UFN
UFNi
F1
I = i 3 F1 UFF = UFN
F3 iI = i 3
UFF = UFN
F3
Asrelaesentreastensesecorrentesso:
Pode-sedizerque: UFF = UFN e
I = i x
Pode-seteroscircuitostrifsicosatrsfios3 Fases(F1, F2 eF3)eaquatro fios3 Fasese1 Neutro (F1, F2 eF3 eN).EssasFasestambm podemserrepresentadospelasletras:R,S,T ou A,B, C.
Asformasdeondadatenso, so senides,defasadasentreside120o
Observao: usa-se tambm, denominarosgeradoresdecorrentealternadadeAlternadores.
1.11.3 -Potnciaem CorrenteAlternada(CA)
Emumcondutoreltrico(versubitem3.3.2.1 pgina69)energizadoemCorrenteAlternada (CA), passa uma determinada quantidade de energia, sendo um percentualAtivoeoutro Reativo.Quantomaiorforo percentualdePotnciaAtiva(kW)quepassar,sermelhoremaiseconmico.
A Potncia Reativa (kVAr) necessriapara produziro fluxo magnetizante para ofuncionamento dos aparelhos (motores, transformadores, etc), pode ser obtidajunto aessesequipamentos,com ainstalao deCapacitores.
Aseguir, sero apresentadosalgunsconceitos,deformabastantesimplificada. Comofoivistoanteriormente,emCorrenteAlternada(CA),aCorrenteEltrica(I)e
a Tenso Eltrica (U), so geradas e transmitidas em uma forma de onda de umasenoide.
As ondas de Corrente e de Tenso podem estar defasadas uma da outra em umcircuito eltrico: quandoa Corrente est emuma determinada posio, aTenso podeestaremoutraposio, evice-versa.
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Assimtem-se:
Quando a Tenso est em fase com a Corrente, a carga denominada deResistiva. OcircuitoeltricoResistivo.
U
I
0 90
U
180 270 360R
Quando a Corrente est atrasada em seu deslocamento da Tenso, a carga
denominadadeIndutiva. Esseatraso(defasamento)deat90o. OcircuitoeltricoIndutivo.
U U
= 9090 270 360
I 0 180 XL
Quando a Corrente est adiantada em seu deslocamentoda Tenso, a carga denominadadeCapacitiva. Esseadiantamento(defasamento)deat90o. OcircuitoeltricoCapacitivo.
U U
I 0
I
90 180
270 360X
Em um circuito eltrico de CorrenteAlternada (CA), a oposio passagem dacorrenteeltricarecebeosseguintesnomes:
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Resistncia(R)quandosetratardeumcircuitoformadopor resistnciaeltrica(versubitem1.4 pgina13);
ReatnciaIndutiva(XL)quandosetratardebobinas(enrolamentos); ReatnciaCapacitiva(XC)quandosetratardecapacitor.
AsomavetorialdasReatncias(XL+ XC)com aResistncia(R),d-seo nomedeImpedncia(Z).
AReatnciaCapacitivaope-seReatnciaIndutiva.Assim,aReatnciatotaldocircuito(X)dadapeladiferenaentreXLeXC(omaiordestesdoisvaloresdeterminaseo circuitoIndutivoouCapacitivo).
X= XL-XC
XL > XC (ocircuitoIndutivo)
XC > XL (ocircuitoCapacitivo)
Os valores da Resistncia, das Reatncias e da Impedncia podem serrepresentadosgraficamenteatravsdeumtringuloretngulo.
X
90
R
Onde:Z= Impednciado circuito,dapelafrmula Z =R= Resistnciado circuito
R2 + X2X= Reatnciatotaldo circuito(queigualaX= XL-XC ou X= XCXL).
Uma carga ligada a um circuito de CorrenteAlternada (CA) quase sempreconstitudadeResistnciaeReatnciaouseja,tem-senormalmenteumaImpedncia(Z).
Aexpresso daPotnciaP= UxIemgeral,no vlidaparatodos oscircuitosdecorrentealternada,devendoseracrescidaexpresso umoutro fator, conformesermostradoaseguir.
Nosubitem1.6 pgina14, foimostradoqueaPotncia(P)podeserdadapor:
P = R x I2 em W (Watts)
Seforsubstitudo naexpresso acima,aResistncia(R)pelaReatnciatotal(X),tem-se:
P = X x I2 = VA (VoltAmpre)
SubstituindopelaImpedncia:
P = Z x I2
= VA (VoltAmpre)
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A expresso da Potncia Reativa do circuito eltrico depende das Reatnciasexistentes.
Esteproduto chamadodePotnciaAparente,sendoasomavetorialdasduasPotncias-AtivaeaReativa.
Observao: no ser explicado neste Manual, como feita a somavetorial. Caso
sejam necessrias maiores informaes, deve-se procurar uma literatura tcnicaespecializada.
Assimtem-se:W = R x I2VAr = X x I2VA = Z x I2
Onde:W = PotnciaAtiva(oukW, quecorrespondea1.000W)
VAr= PotnciaReativa(oukVAr, quecorrespondea1.000VAr)VA= PotnciaAparente(oukVA,quecorrespondea1.000VA)
EssastrsPotnciasformamumtringulo,denominadoTringulodasPotncias.
Onguloo ngulodo FatordePotncia(cos= FP)(versubitem1.12 pgina27).
Apartirdaexpresso (kVA)2 = (kW)2 + (kVAr)2 retiradado TringulodasPotncias,tem-seasseguintesexpressesmatemticas:
kVA = (kW)2 + (kVAr)2 = PotnciaAparente(kVA)kW = kVA x cos= PotnciaAtiva(kW)kVAr = kVA x sen = PotnciaReativa (kVAr)cos = kW / kVA = FatordePotncia
eainda:sen = kVAr / kVAtg = kVAr / kW
Observaes:
1 -SeaPotnciaAtiva(Watts)fortrifsica,tem-seque:P = x UFF x I x cos
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2 osvaloresde:coseno(cos),seno (sen) e tangente (tg),podemserobtidosatravsdeumacalculadoracientficaoudeumatabeladefunestrigonomtricas.
3 NoAnexo2 pgina208 contm frmulasutilizadasparaclculodasgrandezaseltricasmaiscomuns.
1.12 FatordePotncia
APotnciaAtiva(kW)aqueefetivamenteproduztrabalho.A Potncia Reativa (kVAr) ou magnetizante, utilizada para produzir o fluxo
magntico necessrioaofuncionamentodosmotores,transformadores,etc.Para que se tenha uma idia de como so essas duas formas de energia, ser
dadoumexemplodeumaformabastantesimplificada,fazendoumaanalogia com umcopo cheiodecerveja.
Caso sejam necessrias maiores informaes, deve-se procurar uma literaturatcnicaespecializada.
Num copo cheio de cerveja, tem-se uma parte ocupada pelo lquido e outraocupada pela espuma. Para aumentar a quantidade de lquido nesse copo, tem-se quediminuiraespuma.
Assim,demaneirasemelhanteaocopo com cerveja,aPotnciaEltricasolicitada, porexemplo, por um motor eltrico, composta de Potncia Ativa (kW) quecorrespondeaolquidoePotnciaReativa(kVAr)quecorrespondeespuma.
Asomavetorial(emngulode90),dasPotnciasAtivaeReativadenominadadePotnciaAparente (kVA)quecorrespondeaovolume do copo (o lquido maisa
espuma).Assim como o volume do copo limitado, tambm acapacidadeem kVAdeum
circuitoeltrico(fiao, transformadores,etc)limitada.ParaaumentaraPotnciaAtivaemumcircuito,precisoreduziraPotnciaReativa.
OFatordePotncia(FP)definidocomo o quocienteentreaPotnciaAtiva(kW)e aPotnciaAparente (kVA). OFatordePotncia (FP) tambm igualaocosenodongulodo TringulodasPotncias(versubitem1.11.3 pgina23).
FP = cos ou FP = kW
kVA
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Oexemploaseguirmostraaimportnciado FatordePotncia(FP).Qualapotnciado transformador, necessriaparaseligarummotor de10 cvcom
FP= 0,50 equalacorrentedo circuitoparaatenso iguala220V?Calculartambmparao FP= 1,00.
Transformandoapotnciado motor decvparakWtem-se:
10 cv= 10 x 735,5 = 7,3 kW
1Caso: ParaFP= 0,50 2Caso: ParaFP= 1,00
PkVA= PkW/cos PkVA = PkW/cosPkVA= 7,3 kW/0,50 PkVA = 7,3 kW/1,00PkVA= 14,6 kVA PkVA = 7,3 kVA
I= PVA/U I= PVA/UI= 14.600VA/220V I= 7.300VA/220V
I = 66 A I = 33 A
Resposta: Resposta:
Transformadorde15 kVA Transformadorde7,5 kVA
Peloexemplo,verifica-sequequantomenoro FatordePotncia,maisproblemaseletraraocircuito:transformadoresdemaiorcapacidade(PkVA= PkW/cos), fiaomaisgrossa,consequentementeummaiorcusto, etc.
Porissoimportantequeo FatordePotnciadeumainstalao eltricatenhaumvalormaisprximopossvelde1 (um).
Todas as Concessionrias de Energia Eltrica cobram um ajuste financeiro (R$)sobreo FP, quandoo mesmoinferiora0,92 (capacitivoouindutivo),deacordo com aLegislao emvigor. Para a correo do Fator de Potncia podem ser utilizados osCapacitores,queso normalmenteinstaladosjuntoascargas(kW)eltricas.
Ascausasmaiscomunsdo baixoFatordePotnciaso:
nveldetenso elevadoacimado valornominal; motores que, devido a operaes incorretas, trabalham avazio (sem ou com
pouca carga) desnecessariamente durante grande parte do seu tempo defuncionamento;
motoressuperdimensionadosparaasrespectivasmquinas; grandestransformadoresdeforasendousadosparaalimentar, durantelongos
perodos, somentepequenascargas; transformadoresdesnecessariamente ligadosavazio(semcarga)por perodos
longos; lmpadas de descarga fluorescentes,vapor de mercrio, etc, sem a correo
necessriaindividualoudo circuitodeiluminao, do FatordePotncia.
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Nota: Em um circuito eltrico composto apenas por resistncias, o Fator dePotnciaiguala1 (um).
Nestecaso,aPotnciaAtiva(kW)igualaPotnciaAparente(kVA). Seo FP= 1, tem-se:
cos= kW como cos= 1, tem-se kW = kVAkVA
1.13 -AparelhosparatestareAparelhosparamedirEnergia Eltrica
muitoimportantelercom muitaateno o Manualdo aparelhoantesdautiliz-lo.atravsdo Manualdo aparelho,quesepodeteras informaescorretasdecomo
utiliz-lo com preciso e segurana, o que o aparelho pode ou no medir e em quaiscondies. Deve ser feito aferies/calibraes no aparelho, seguindo asrecomendaesdo fabricante.
Semprenautilizao dessesaparelhos,deve-setero cuidadodeno fecharumcurto-circuitoemcircuitosenergizados.
Oaparelhodeversersemprebemacondicionadoetercuidadosnotransportee nautilizao.
Qualquer equipamento ou mesmo a fiao deste aparelho, pode-se estragar deumahoraparaoutra.Comissoimportanteconferirseo aparelhodemedio outesteestfuncionandoouno.
recomendvel que ao testar a existncia de uma grandeza eltrica em umcircuitodesenergizado,deve-seconferiremseguida,seo aparelhodemedir/testarestfuncionando ou no, em um circuito que esteja energizado. Nesta condio pode-secertificarqueo aparelhoestfuncionando,ouno.
Em casodedvidas,deve-se repetiros testes, pois importante que se tenhasegurananasmediesetestesdasgrandezaseltricasefetuadas.
1.13.1 AparelhosdeTeste
Os aparelhos de testes no medem os valores dasgrandezas eltricas, testam simplesmente a existncia ouno, das mesmas. Podem, por exemplo, auxiliar naidentificao do fioFaseenergizadodeumcircuitoeltrico.
IMPORTANTE-Sempre quepossvel,deve-seutilizarosoutrostiposdeaparelhosmencionadosnosubitem 1.13.2 pgina 31 desteManual.Com issopode-se termaissegurana denoser acidentado,almdeterinformaes tcnicasmaisprecisas.
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1.13.1.1 -LmpadaNon
Trata-se de uma lmpada que tem a caracterstica de acender quando um dosseus terminais posto em contato com um elemento energizado e outro posto emcontato com o terra. Normalmente, apresentada sob a forma de uma caneta ou
chavedeparafusos,ondeumdosterminaisapontadacaneta(oudachave)eo outrofazo terraatravsdo prpriocorpo dapessoa.
Devido a grande resistncia interna da lmpada, a corrente circulante no suficiente para produzir a sensao de choque nas pessoas. Entretanto, seu uso restritoacircuitodebaixatenso, como nasinstalaeseltricasresidenciais.
Avantagemdesteinstrumentoo fatodeindicar, demaneirasimples,apresenadetenso nolocalpesquisado:almpadaacendequandoapontado aparelhoencosta nofioFaseenergizado.QuandoseencostanofioNeutro, no acende.
Existem alguns tipos de aparelhos com lmpada de neon, com osmesmos princpios de funcionamento, que possibilitam identificar tambm,
alm do fioFaseeo fioNeutro, ovaloraproximadodatenso, se127 V,220Vou380Volts.
IMPORTANTE: No se deve usar uma lmpada de nonindividualmente(semo invlucro),poiselapoderestourar, causandoalgumacidente.
1.13.1.2 -Testecomuma Lmpada
A identificao dos fios: Fase (energizado) e o Neutro, de uma instalao eltricainterna,podeserfeitacom uma lmpadaincandescentede220 Volts,colocadaemumreceptculocom 2 fios terminais.Um dos seus terminais posto em contato com umdos fios quesedesejatestareo outro terminal posto em contato com umcondutordevidamente aterrado (uma haste de terra cravada no cho). Se a lmpada acender,significa que o fio que se deseja identificar o fio Fase. Caso contrrio, se a lmpadapermanecerapagada,significaqueo fioutilizadoo Neutro.
Neutro
Fase
Aterramento
220V
220V
ATENO:almpadaincandescenteaserutilizada,temqueserfabricadaparaatenso de220Volts,poispodeserqueosdoisfiosquedesejaidentificar, sejamFase- Fase(220Volts)ouqueo transformadorquealimentaainstalao eltricasejade220Volts entre Fase e Neutro. Da, se a lmpada for de 127 Volts, ela poder estourar no
teste, provocando um acidente com a pessoa. recomendvel que a lmpada estejaprotegidacom umanteparo epoderserdeumapotnciabaixa,por exemplo:15 ou25Watts.
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1.13.1.3 -Lmpadaem Srie
A Lmpada em Srie possibilitaverificar a continuidade de um circuito ouequipamentoeltrico.
Almpadautilizadadeveserdebaixapotncia(15Watts)afimdelimitarosvalores da
corrente,evitandodanosaoequipamentosobteste.A lmpada colocada em srie,com o equipamento a ser testado.Ao ligar o
aparelho, se a lmpada acender, significa que o aparelho est com continuidade(poderno estarqueimado)nocircuitoeltrico.
1.13.2 -AparelhosdeMedio
Osaparelhosdemedio so instrumentosque,atravsdeescalas,grficosoudgitos,fornecemosvaloresnumricosdasgrandezasqueesto sendomedidas.
Como foi ressaltado anteriormente, sempre prefervel a utilizao dessesaparelhos,aoinvsdosaparelhosdeteste(versubitem1.13.1 pgina29).
Os aparelhos de medio, segundo a maneira de indicar osvalores medidos,
podemser:
a) Indicadores: - so aparelhos que, atravs do movimento de um ponteiro emuma escala ou de uma tela digital, fornecem osvalores instantneos das grandezasmedidas.
b) Registradores: - tm o princpio de funcionamento semelhante ao dos instrumentos indicadores, sendo que, adaptado extremidadedo ponteiro, uma pena,ondesecoloca tinta.Sobapena corre uma tira de papel com graduao na
escala conveniente. A velocidade do papel constante,atravsdeummecanismoderelojoaria.Deste modo, tem-se osvalores da grandeza
medidaacadainstanteeduranteo tempo desejado.Algunsinstrumentosdeste tipo utilizamumdiscoaoinvsdetira(rolo)depapel,nessecaso,o tempo damedio limitadoaumavoltado disco.
c) Integradores: -So aparelhosquesomamosvaloresinstantneosefornecemacadainstanteosresultadosacumulados.Oaparelhointegradorpodeserdeponteirosoudeciclmetro oudgitos.Um exemplo,so osmedidoresde energiaeltricadas
residncias.
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1.13.2.1 -AmpermetroeVoltmetro
OAmpermetroutilizadoparamediracorrenteeltricadeumcircuitoedeveserligadoemsriecom acarga.
OVoltmetro utilizado para medir a tenso eltrica de um circuito e deve ser
ligadoemparalelocom acarga.
A
Fonte V CARGA
1.13.2.2 Wattmetro
A medio de potncia eltrica (W) feita por um aparelho, o Wattmetro, queassocia as funes do Voltmetro e do Ampermetro. NoWattmetro, indicado oterminalcomum quedeveserligadoaoladodacarga.
FonteW CARGA
1.13.2.3 Ohmmetro
OOhmmetroutilizadoparamediraresistnciaeltrica().O Ohmmetro tambm usado para severificar a continuidade de um circuito
eltrico.Observao: o circuitoeltricodeverestardesernergizado.
Medidor
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1.13.2.4 AlicateVolt-Ampermetro
O medidor de Corrente e de Tenso, tipo alicate, um aparelho largamenteutilizado.conhecidocomoAlicateVolt-Ampermetro.
Esse instrumento possui escalas para medir a Corrente e a Tenso. Com isso,
deverserajustadoatravsdeumachaveseletora(correnteoutenso),antesdeefetuaramedio.
Seapessoano temumaidiado valordacorrenteoudatenso asermedida, eladeverajustaro aparelhoparaamaiorescaladecorrenteoutenso eseforo caso,ir diminuindo a escala para que seja efetuada a medio corretamente. Deve-seconsultaro Manualdeinstruesdo aparelho.
Medio de corrente eltrica: O aparelho possui garras que abraam ocondutor onde passa a corrente eltrica a ser medida. Essas garras funcionam comoncleodeumtransformadordecorrenteemqueo primrioo condutor, noqualestsendo realizada a medio e o secundrio umabobina enrolada que est ligada ao
medidorpropriamentedito, conformeindicaafiguraaseguir.
Fio
Garra
Medidor
Observao: Oampermetro deverabraarapenaso(s)fio(s)damesmaFase(F1,F2 ouF3).
Medio de tenso eltrica: Para medir tenso, esse instrumento possui doisterminais nosquaisso conectadosos fios,que sero colocados em contato com o localasermedido.
1.13.2.5 MedidordeEnergia Eltrica
O medidor monofsico do consumo energia eltrica (kWh) compe-se de duasbobinas:umade tenso, ligadaemparalelo com acargae umadecorrente, ligadaemsriecom acarga.Asduasbobinasso enroladassobreo mesmoncleodeferro.
Bobina dePotencial
Bobina deCorrente
F N
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Um disco colocadojunto ao ncleo, que por fora dos campos magnticosformados (da tenso e da corrente),quandoa carga est ligada, passa a girar comvelocidadeproporcionalenergiaconsumida.Atravsdeumsistemadeengrenagens,arotao do discotransportadaaummecanismointegrador.
No medidor de consumo energia eltrica (kWh), o valor da energia relativa a um
certo perodo de tempo a ser medida, corresponde diferena entre as duas leiturasrealizadas, uma no final e outra no incio do respectivo perodo. A leitura destesmedidoresfeitaseguindoaseqncianaturaldosalgarismos,ouseja,seforem quatrooucincoponteiros,ouquatro oucincojanelas,o primeiro esquerdaindicaosmilhares,o segundoascentenaseassimpor diante.
Deve-se ter cuidado ao fazeruma leitura nos medidores de ponteiro, pois cadaponteiro giraemsentidoinversoaodeseusvizinhos.
Leitura do ms anterior
1-Exemplo deleituranomedidorCiclomtricoSesubtrairaleiturado msanteriordaleituraatual,tero
Leitura do ms anterior: 4590
consumomensalem(kWh)04805 -04590 = 215 kWh(quilowatts-hora)
1
0
92 8
3 7
45
6
9
0
1
65
4
1
0
92 8
3 7
45
6
9
0
12
3
65
4
2-Exemplo deleituranomedidordePonteirosSubtrairaleiturado msanteriordaleituraatual,tero
10
9
2 8
3 7
45
6
90
1
65
4
10
9
2 8
3 7
45
6
90
1
2
3
65
4
Leitura do ms atual consumomensalem(kWh)04857 -04590 = 267 kWh
Leitura do ms atual: 4857
Nota:AolerosvaloresdeenergiaemummedidordekWh,o nmero quesedeveconsideraraquelepeloqualo ponteiro acaboudepassar, isto, quandoo ponteiro est
entredoisnmeros,considera-seo nmero demenorvalor.Paraseefetuaraleitura,deve-seiniciarpeloprimeiro ponteiro adireita.
1.14 Informaes sobre a CEMIG,ANEEL,PROCEL,ABNT e INMETRO
Sero apresentadasaseguir, algumasinformaesbastanteresumidassobre:
CompanhiaEnergticadeMinasGeraisCEMIG,endereo eletrnico:http://www.cemig.com.br
AgnciaNacionaldeEnergiaEltricaANEEL,endereo eletrnico:http://www.aneel.gov.br
ProgramaNacionaldeConservao deEnergiaEltricaPROCEL,endereoeletrnico:http://www.eletrobras.gov/procel
Associao BrasileiradeNormasTcnicasABNT, endereo eletrnico:http://www.abnt.org.br
InstitutoNacionaldeMetrologia,Normalizao eQualidadeIndustrialINMETRO,endereo eletrnico:http://www.inmetro.gov.br
NOTA: Paraque se tenha informaes maiscompletaseatualizadas,procureorespectivoendereo eletrnico.
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1.14.1 -CompanhiaEnergticadeMinasGerais CEMIG
A Companhia Energtica de Minas Gerais - CEMIG uma das maiores emais importantes concessionrias de energia eltrica do Brasil, por sua
posio estratgica,competncia tcnica emercado atendido.
Areadeconcesso daCEMIGcobrecercade96% do territriodo EstadodeMinasGerais,naregio Sudestedo Brasil,correspondendoa567 milkm2, o equivalenteaextenso territorialdeumPasdo portedaFrana.
Uma das tarefas mais importantes da CEMIG zelar pela qualidade do servioprestado a mais de 5,6 milhes de clientes, ou 17 milhes de pessoas, espalhados emmais de 5.400 localidades de 774 municpios do Estado de Minas Gerais. A
preocupao operar todo esse sistema com mais de 323 mil km de linhas dedistribuio, o maiordaAmricaLatina,daformamaissatisfatriapossvel,preservandoaqualidade.
Paraatingiresseobjetivo,aCEMIGbusca,continuamente,novastcnicas,investe napreservao eaumentodaseguranado sistemaeltrico,etc.
DadosdaCEMIGem2002
Ndeconsumidores 5.591.490Ndelocalidadesservidas 5.415Sedesmunicipais 774Distritos 510Povoados 4.131
Fundadaem22 demaiode1952, peloento governador do EstadodeMinasGeraise,depois,presidentedo Brasil,JuscelinoKubitscheckdeOliveira,com o objetivode dar suporte a um amplo programa de modernizao, diversificao e expanso doparque industrial do Estado, a CEMIG conseguiu cumprir o seu papel de ser um
instrumento de desenvolvimento da economia mineira e, ao mesmo tempo, ser umaEmpresaeficienteecompetitiva.
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AUsinadeGafanhotofoio ponto departidadaCEMIG.ConstrudapeloGovernodo Estado de MinasGerais, em1946, e transferida CEMIG em 1952, Gafanhoto temgrande significado econmico, pois permitiu a implantao da Cidade Industrial deContagem,o maiorploindustrialdo EstadodeMinasGerais.
DepoisvieramasusinashidreltricasdeItutinga,Piau,SaltoGrande,CajurueTrs
Marias. Marco da participao da engenharia nacional na construo de grandesbarragens, Trs Marias possui um reservatrio de uso mltiplo, que alm de gerarenergia viabiliza a navegao no rio So Francisco nos perodos de estiagem, oabastecimentourbanoeairrigao naregio.
Na dcada de 60, com o apoio do Programa de Desenvolvimento das NaesUnidas e do Banco Mundial, foi levantado o potencial hidreltrico de nossos rios eidentificadososprojetosmaisviveis.Assim,surgiramashidreltricasdeJaguara,VoltaGrande,So Simo, Emborcao eNovaPonte.
PrincipaisUsinas (em2002) Potncia(MW)So Simo (rioParanaba) 1.710Emborcao (rioParanaba) 1.192NovaPonte(rioAraguari) 510Jaguara(rioGrande) 424Miranda(rioAraguari) 408TrsMarias(rioSo Francisco) 396VoltaGrande(rioGrande) 380Outras 1.003CAPACIDADETOTAL 6.023
Para continuar garantindo o abastecimento do mercado de energia eltrica doPas, a CEMIG, em parceria com empresas privadas, participa de consrcios paraconstruirnovasusinasnoEstadodo EstadodeMinasGerais.
Hoje, como uma das principais empresas integradas do Brasil, gera, transmite,distribui e comercializa energia eltrica para o segundo mercado consumidor do Pas,onde esto instaladas algumas das maiores empresas nas reas de siderurgia,
minerao, automobilstica,metalurgia,etc.Reconhecida pelo alto padro tcnico de seu pessoal, a CEMIG considerada
uma empresa modelo no setor eltrico brasileiro. A excelncia tcnica da CEMIGultrapassouasfronteirasdesuareadeconcesso noEstadodeMinasGerais,atuandoemoutrosestadosbrasileiroseemmaisdedezpasesdasAmricas,siaefrica,ondeamarcaCEMIGsinnimodeexcelncianavendadeserviosedeconsultoriaparaareaenergtica.
H51 anos,oscompromissosdaCEMIGvo alm deproduziramelhorenergiado Brasil. No mundo dos mercadosvirtuais, das tecnologias quevencem distncias ebarreiras geogrficas em fraes de segundos, a CEMIG investe na sua capacidade de
garantirepreservaramaisimportanteenergiadesseplaneta:avida.
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Para a CEMIG, o bem-estar social e o direito de cidadania s pessoas, so aspremissasbsicasparaapromoo deumaordemsocialcentradanoserhumano.Porisso, no medeesforos para garantiraes, programas e investimentos que tenham oobjetivo de melhorar e promover a qualidade devida e o desenvolvimento social dascomunidadesemqueatua.
A CEMIG semprebusca acompanhar permanentemente a evoluo tecnolgica,atuando em diversos projetos/programas, tais como: desenvolvimento de tecnologias,normalizao interna e externa, fontes alternativas de energia, conservao de energia,segurana no trabalho, segurana do consumidor, interao com o mercado deenergias,meioambiente,etc.
1.14.2 -AgnciaNacionaldeEnergia Eltrica-ANEEL
AAgncia Nacional de EnergiaEltrica -ANEEL, autarquia em regime especial,vinculada ao Ministrio de Minas e Energia - MME, foi criada pela Lei 9.427, de26/12/1996.
Principaisatribuies: Regularefiscalizaragerao, atransmisso, adistribuio eacomercializao da
energiaeltrica,defendendoo interessedo consumidor; Mediarosconflitosdeinteressesentreosagentesdo setoreltricoeentreestes
eosconsumidores; Conceder, permitireautorizarinstalaeseserviosdeenergia;garantirtarifas
justas;zelarpelaqualidadedo servio;
Exigirinvestimentos;estimularacompetio entreosoperadoreseassegurarauniversalizao dosservios.
A misso daANEEL proporcionarcondies favorveis para queo mercado deenergia eltrica se desenvolva com equilbrio entre os agentes e em benefcio dasociedade.
1.14.3 -ProgramaNacionaldeConservaodeEnergia Eltrica-PROCEL
Oobjetivodo PROCEL-ProgramaNacionaldeConservao deEnergiaEltricapromoveraracionalizao daproduo edo consumodeenergiaeltrica,eliminandoosdesperdciosereduzindooscustoseosinvestimentossetoriais.
Criadoemdezembro de1985 pelosMinistriosdeMinaseEnergiaedaIndstriaeComrcio,o PROCELgeridopor umaSecretariaExecutivasubordinadaEletrobrs.Em18 dejulhode1991, o PROCEL foi transformadoemProgramadeGoverno,tendosuasabrangnciaeresponsabilidadeampliadas.
O PROCEL tem diversos programas/projetos para o combate ao desperdcio deenergia, tais como: para os setores residencial, comercial, servios, industrial, rgos
governamentais,iluminao pblica,PROCELnasEscolas,meioambiente,etc.
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Narearesidencial,deumaformageral,asatividadesdo ProgramaResidencialsebaseiamem:
qualificarprodutoseficientes, divulg-losnomercado consumidor, mobilizaroscanaisdedistribuio paraexecuo deparceriasemprojetosde
conservao deenergia, conceberprojetosquepossamserreproduzidoseexecutadosemlargaescala pelo
Brasil, informaro consumidorsobreosprodutosqueproporcionamumamaior
economiadeenergiaaolongodesuavidatil.
Emrelao aeficinciadeaparelhoseltricosetrmicosparao usoresidencial,oPROCEL,estabeleceosseguintesSelos:
a)SeloPROCELdeEconomiadeEnergia
O Selo PROCEL de Economia de Energia um instrumentopromocional do PROCEL, concedido anualmente, desde 1993,aos equipamentos eltricos que apresentam os melhores ndicesdeeficinciaenergticadentro dassuascategorias.Suafinalidade estimular a fabricao nacional de produtos eletroeletrnicosmais eficientes no subitem economia de energia e orientar oconsumidor, noatodacompra,deformaqueelepossaadquirirosequipamentos que apresentam os melhores nveis de eficinciaenergtica.
Osequipamentosqueatualmenterecebemo Seloso: Refrigeradordeumaporta; RefrigeradorCombinado; RefrigeradorFrost-Free; Congeladorvertical; Congeladorhorizontal;Ar-condicionadodejanela; Motor eltricodeinduo trifsicodepotnciaat250 CV; Coletorsolarplano; ReservatriosTrmicos; Lmpadasereatores.
b) SeloPROCELINMETROdeDesempenho
OSeloPROCELINMETROdeDesempenhofoicriadocom o objetivodepromovero combateaodesperdciodeenergiaeltricaedeserumareferncianacomprapeloconsumidor. Eleconcedidodesdenovembro de1998, comvalidadeanual,edestina-se a produtos ou equipamentos na rea de iluminao, nacionais ou estrangeiros, quecontribuam para o combate ao desperdcio de energia eltrica e que apresentem
caractersticasdeeficinciaequalidadeconformeo padro PROCEL.
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OSeloPROCELINMETROfrutodeumabemsucedidaparceriaentrePROCELeINMETRO,iniciadacom o SeloPROCELdeEconomiadeEnergiaecom o ProgramaBrasileiro deEtiquetagem.Essaparceriatemsidofundamentalparao desenvolvimento
denormastcnicas,implementao dosprogramasefiscalizao dosprodutos.Diferente do Selo PROCEL de Economia de Energia, que indica os melhoresprodutos de uma determinada categoria em relao eficincia energtica, o SeloPROCEL INMETRO indica os produtos que atendem aos padres de eficincia equalidade estabelecidos pelo PROCEL no existindo, nesse caso, uma anlisecomparativaentreosprodutos,quantoaosnveisdeeficincia.
Osprodutosdareadeiluminao queatualmenterecebemo SeloPROCELINMETROso:
lmpadasFluorescentescompactasintegradaseno integradas; lmpadascircularesintegradaseno integradas;reatoresadaptadoresparalmpadasfluorescentescompactasoucirculares.
Observao: no sitedo PROCEL,encontram-sede forma atualizada, as tabelas comosequipamentosesuasinformaestcnicas,com o SeloPROCELdeEconomiadeEnergiaecom o SeloPROCELINMETROdeDesempenho.
1.14.4 AssociaoBrasileiradeNormasTcnicas-ABNT
Fundadaem1940, aAssociao BrasileiradeNormasTcnicasABNTo rgoresponsvel pela normalizao tcnica no pas, fornecendo a base necessria aodesenvolvimentotecnolgicobrasileiro.
umaentidadeprivada,semfinslucrativos,reconhecidacomo FrumNacionaldeNormalizao NICOatravsdaResoluo n.07 do CONMETRO,de24.08.1992.
membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), daCOPANT (Comisso Panamericana de Normas Tcnicas) e da AMN (AssociaoMercosuldeNormalizao).
A Normalizao uma atividade que estabelece, em relao a problemasexistentes ou potenciais, prescries destinadas utilizao comum e repetitiva com
vistasobteno do grautimodeordememumdadocontexto.
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OsobjetivosdaNormalizao so:
Economia Proporcionarareduo dacrescentevariedadedeprodutoseprocedimentos.
Comunicao Proporcionarmeiosmaiseficientesnatrocadeinformao entreo fabricanteeo cliente,melhorandoaconfiabilidadedasrelaescomerciaisedeservios.
Se uran a Protegeravidahumanaeasade.Proteodo Consumidor Proverasociedadedemeioseficazesparaaferiraqualidadedosprodutos.Eliminao deBarreirasTcnicaseComerciais
Evitaraexistnciaderegulamentosconflitantessobreprodutos e servios em diferentes pases, facilitandoassim,o intercmbiocomercial.
Na prtica, a Normalizao est presente na fabricao dos produtos, natransferncia de tecnologia, na melhoria da qualidade devida atravs de normasrelativassade,seguranaepreservao do meioambiente.
OsbenefciosdaNormalizao podemser:
Qualitativos, permitindo: utilizaradequadamenteosrecursos(equipamentos,materiaisemo-de-obra), uniformizaraproduo, facilitaro treinamentodamo-de-obra, melhorandoseunveltcnico, registraro conhecimentotecnolgico, facilitaracontratao ouvendadetecnologia.Quantitativos,permitindo: reduziro consumodemateriais, reduziro desperdcio, padronizarcomponentes, padronizarequipamentos, reduziravariedadedeprodutos, fornecerprocedimentosparaclculoseprojetos, aumentaraprodutividade, melhoraraqualidade, controlarprocessos.aindaumexcelenteargumentodevendasparao mercado internacionalcomo,
tambm, pararegularaimportao deprodutosqueno estejamemconformidadecomasnormasdo pasimportador.
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1.14.5 InstitutoNacionaldeMetrologia,Normalizaoe QualidadeIndustrial-INMETRO
OInstitutoNacionaldeMetrologia,Normalizao eQualidadeIndustrial-INMETRO
uma autarquia federal, vinculada ao Ministrio do Desenvolvimento, Indstria eComrcio Exterior, que atua como Secretaria Executiva do Conselho Nacional deMetrologia, Normalizao e Qualidade Industrial (Conmetro), colegiadointerministerial, que o rgo normativo do Sistema Nacional de Metrologia,Normalizao eQualidade Industrial(Sinmetro).
Objetivandointegrarumaestruturasistmicaarticulada,o Sinmetro, o Conmetro eo INMETRO foramcriadospelaLei5.966, de11 dedezembro de1973, cabendoaesteltimo substituir o ento Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM) e ampliarsignificativamenteo seuraiodeatuao aservio dasociedadebrasileira.
No mbito de sua ampla misso institucional, o INMETRO objetiva fortalecer as
empresas nacionais, aumentando sua produtividade por meio da adoo demecanismos destinados melhoria da qualidade de produtos e servios. Sua misso trabalhardecisivamenteparao desenvolvimentoscio-econmicoeparaamelhoriadaqualidade devida da sociedadebrasileira, contribuindo para a insero competitiva,para o avano cientfico e tecnolgico do pas e para a proteo do cidado,especialmentenosaspectosligadossade,seguranaemeio-ambiente.
Dentreascompetnciaseatribuiesdo INMETROdestacam-se:
GerenciarossistemasbrasileirosdecredenciamentodeLaboratriosdeCalibrao edeEnsaiosedeorganismosdecertificao edeinspeo;
Fomentarautilizao detcnicasdegesto daqualidadenaindstrianacional; CoordenaraRedeBrasileiradeLaboratriosdeCalibrao (RBC),aRede
BrasileiradeLaboratriosdeEnsaios(RBLE)eaRedeNacionaldeMetrologiaLegal(RNML);
Fiscalizareverificarosinstrumentosdemedirempregadosnaindstria,nocomrcioeemoutras atividadesrelacionadasproteo do cidado edo meioambiente;
Coordenaraparticipaobrasileiraemorganismosinternacionaisrelacionadoscom osseusobjetivos;
Secretariaro Conmetro eseuscomitstcnicos; Desenvolveratividadesdepesquisabsicaeaplicadaemreascrticasda
metrologia; Realizarostrabalhosinerentesmetrologialegal; Difundirinformaestecnolgicas,notadamentesobremetrologia,normas,
regulamentostcnicosequalidade; Supervisionaraemisso deregulamentostcnicosnombito governamental; Promoveresupervisionaro sistemadenormalizao tcnicaconsensual; Provero pasdepadresmetrolgicosprimrios,estruturaregerenciaro sistema
de referncias metrolgicasbrasileiras e assegurar rastreabilidade aos padres
metrolgicosdasredesbrasileirasde laboratrioscredenciados;
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Delegarcompetnciasupervisionadaaoutrasinstituiesparaatuaremcomorefernciametrolgicanacionalemreascrticasparaasquaisno detm acompetnciatcnicaoulaboratorial;
Conquistaro reconhecimentointernacionaldo sistemademetrologiaedosistemabrasileiro decredenciamentodelaboratrios,deorganismosde
certificao edeorganismosdeinspeo.
NOTA: importante tambm, consultar outros sites na Internet para manter-seinformado e atualizado. Como exemplo, tem-se muitosbons sites de fabricantes deequipamentos eltricos. Nesse caso, alm das informaes tcnicas sobre os produtosfabricados,costuma-se encontrar tambm, literaturas tcnicas sobrediversos assuntosligadosaeletricidade.
Emcasodedvidas,deve-seutilizaro e-mail (FaleConosco)do fabricante,parasan-las. Grande parte dos fabricantes tm o telefone 0800 (ligao gratuita), quetambm deveserutilizadoparasanarasdvidas.
Exerccios
1 Qualapotnciado transformadornecessriaparaseligarummotor de7,5 cv comFP= 0,65?Calcularacorrentequecirculapelocircuitoparatenso iguala220Volts.
2 Calcular o fator depotncia deum transformadorde 15 kVA a plena carga(100%),alimentandoumacargade7,5 kW.
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CAPTULO 2
CIRCUITOSELTRICOSRESIDENCIAIS
2.1 Introduo
Antesdeiniciarpropriamenteo Captulo2 CircuitosEltricosResidenciais, seroabordadas algumas informaes gerais, que podero ser importantes para acompreenso desteManual.
As instalaeseltricasdebaixatenso so regulamentadaspelaNormaBrasileiravigente,aNBR 5410/97 InstalaesEltricasdeBaixaTensodaABNTAssociaoBrasileiradeNormasTcnicas.
EssaNorma, tambm conhecidacomo NB3, fixaosprocedimentosquedevemter as instalaes eltricas: PROJETO, EXECUO, MANUTENO eVERIFICAOFINAL,afimdegarantiro seu funcionamentoadequado,aseguranadaspessoasedeanimais domsticos e aplica-se s instalaes eltricas (novas e reformas dasexistentes) alimentadas sob uma tenso nominal igual ou inferior a 1.000 Volts emCorrenteAlternada(CA).
As Concessionrias de energia por suavez, fornecem a energia eltrica para osconsumidores de acordo com a carga (kW) instalada e em conformidade com alegislao emvigor Resoluo no 456 CondiesGeraisde Fornecimentode EnergiaEltricade29/11/00, daANEELAgnciaNacionaldeEnergiaEltrica,queestabelece
osseguinteslimitesparaatendimento:
a)TensoSecundriadeDistribuioGrupoB (Baixa Tenso):Quandoacargainstaladanaunidadeconsumidoraforigualouinferiora75 kW. Osconsumidoresdo GrupoB so atendidos na tenso inferior a2.300 Volts. No casoda CEMIG,osconsumidoresso atendidosnatenso 220/127Volts(Trifsico);
b) Tensoprimriadedistribuioinferiora 69 kV: Quandoacargainstaladanaunidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda contratada ou estimada pelointeressado,parao fornecimento,forigualouinferiora2.500 kW. NocasodaCEMIG,osconsumidoresso atendidosgeralmentenatenso de13.800Volts(Trifsico);
c) Tenso primria de distribuio igual ou superior a 69 kV: Quando ademandacontratadaouestimadapelointeressado,parao fornecimento,forsuperiora2.500 kW.
Da legislao emvigor, a Resoluo daANEEL no 456, de 29/11/00, foramretiradasasseguintesdefinies:
a) Carga instalada: soma das potncias nominais dos equipamentos eltricosinstalados na unidade consumidora, em condies de entrar em funcionamento,expressaemquilowatts(kW).
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b) Consumidor: pessoa fsica oujurdica, ou comunho de fato ou de direito,legalmente representada, que solicitar a concessionria o fornecimento de energiaeltrica e assumir a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas demaisobrigaes fixadas em normas e regulamentos daANEEL, assimvinculando-se aoscontratosdefornecimento,deusoedeconexo oudeadeso, conformecadacaso.
c) Contratodeadeso:instrumentocontratualfirmadoentreaConcessionriadeEnergia Eltrica e o Consumidor cuja unidade consumidora seja atendida em BaixaTenso (Grupo B), com clusulasvinculadas s normas e regulamentos aprovados pela
ANEEL, no podendo o contedo das mesmas ser modificado pela concessionria ouconsumidor, aseraceitoourejeitadodeformaintegral.
d) Unidade consumidora: conjunto de instalaes e equipamentos eltricoscaracterizado pelo recebimento de energia eltrica em um s ponto de entrega, commedio individualizadaecorrespondenteaumnicoconsumidor.
OArtigo3Resoluo daANEELno 456, de29/11/00, estabelecequeefetivadoopedido de fornecimento de energia eltrica concessionria, esta cientificar aointeressadoquantoobrigatoriedadede:
a) observncia, nas instalaes eltricas da unidade consumidora, das normasexpedidaspelosrgosoficiaiscompetentes,pelaAssociaoBrasileiradeNormasTcnicas - ABNT ou outra organizao credenciada pelo Conselho Nacional deMetrologia,Normalizao eQualidadeIndustrial-CONMETRO,edasnormasepadres daconcessionria,postosdisposio do interessado;
b) instalao, pelo interessado, quando exigido pela concessionria, em locais
apropriadosdelivreefcilacesso,decaixas,quadros,painisoucubculosdestinados instalao de medidores, transformadores de medio e outros aparelhos daconcessionria, necessrios medio de consumos de energia eltrica e demandas depotncia,quandohouver, eproteo destasinstalaes;
c) declarao descritivadacargainstaladanaunidadeconsumidora;d) celebrao de contrato de fornecimento com consumidor responsvel por
unidadeconsumidorado GrupoA;e)aceitao dostermosdo contratodeadeso peloconsumidorresponsvelpor
unidadeconsumidorado GrupoB;f)fornecimentodeinformaesreferentesanaturezadaatividadedesenvolvidana
unidade consumidora, a finalidade da utilizao da energia eltrica, e a necessidade decomunicareventuaisalteraessupervenientes.
As Normasvigentes da CEMIG, ND 5.1 Fornecimento de EnergiaEltrica emTenso Secundria Redede Distribuio AreaEdificaesIndividuais, a ND5.2FornecimentodeEnergiaEltricaemTenso SecundriaRededeDistribuioArea Edificaes Coletivas e a ND 5.5 Fornecimento de Energia Eltrica em TensoSecundria Rede de Distribuio Subterrnea, estabelecem que as unidadesconsumidoras ligadas embaixa tenso (Grupo B) podem ser atendidas das seguintes
maneiras:
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Adoisfios:-umaFaseeumNeutro-tenso de127 V;
Atrsfios:-duasFaseseumNeutro-tensesde127 e220V, ou-tensesde127 e254V;
Isolador ou olhal
Ala preformada p/ cabomultiplexado
Aquatro fios:-trsFaseseumNeutro
Condutor neutro Condutor fase
-tensesde127 e220V. Cabo multiplexado(Duplex, triplex ou quadruplex)
Conector Ampactinho,tipo cunha ou compresso H
Condutores do ramalde entrada
Recomposio da conexo
5 voltas - fita PVCisolante
NOTA: Oquedeterminaseaunidadeconsumidoraseratendidapor 2, 3 ou4
fios, serem funo dacarga (kW) instalada.As Normas referenciadasanteriormentenestesubitem2.1, estabelecemosprocedimentosquedevero serseguidos.
ANormavigentedaCEMIGND5.1 FornecimentodeEnergiaEltricaemTensoSecundria Rede de Distribuio Area Edificaes Individuais estabelece osseguintestiposdeligaesparaasunidadesconsumidorasresidenciais,deacordo comaTabela2.1 aseguir:
TIPOSDELIGA ES CARGAS LIGA OFases Fios
A At10 kW 1 2B Maiorque10 emenorouiguala15 kW 2 3D Maiorque15 emenorouiguala75 kW 3 4
Tabela2.1
Observao: Deve-seconsultarasNormasvigentesdaCEMIGquantoarestriodealgunstiposdecargasaserem instaladas/ligadaseacaracterizao dosdiversos tiposdeligao.
A Fatura de Energia Eltrica definida pela Resoluo daANEEL no 456, de
29/11/00, como anotafiscalqueapresentaaquantiatotalquedeveserpaga(R$)pelaprestao do servio pblico de energia eltrica, referente a um perodo especificado,discriminandoasparcelascorrespondentes.
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A Fatura de energia tambm conhecida como Conta deEnergia. importantesalientar, quedeacordo com alegislao emvigor, aResoluo daANEELno456, de29/11/00, as unidades consumidoras residenciais atendidas pela CEMIG, tero asseguintesconsideraesbsicasemrelao asuaFatura(conta)deEnergia:
1. UnidadeconsumidoraatendidaadoisfiosefaturadapelaTarifaSocial:
a)toda unidadeconsumidoracom consumomensalinferiora80 kWh,calculadocom base na mdia mvel dos ltimos doze meses, ser faturada pela TarifaSocial,desdequeo consumomensalno ultrapassepor duasvezesa80 kWh;
b) toda unidadeconsumidoracom consumomensalmaiorouiguala80 kWheat220 kWh,calculadocombasenamdiamveldosltimosdozemeses,desde queo seutitularsejainscritocomobeneficirioemumdosseguintesprogramasBolsaEscola, BolsaAlimentaoeCarto Cidado do GovernoFederal.
Oconsumidorqueseenquadraremumadessascondiesdeversecadastrarnaconcessionria,com afaturadeenergiaeltricaecom o carto deinscrio emum dosprogramasacimamencionados.
2. Unidade consumidora residencial atendida a dois fios e no classificada comobaixa renda: no ter descontos escalonados nas tarifas de energia eltrica. Sercobrada a tarifa plena da classe Residencial. O consumo mnimo mensal de energia aserfaturadoserde30 kWh.
3. Unidade consumidora residencial atendida a trs fios: no ter descontosescalonados nas tarifas de energia eltrica. Ser cobrada a tarifa plena da classeResidencial.Oconsumomnimomensaldeenergiaaserfaturadoserde50 kWh.
4. Unidade consumidora residencial atendida a quatro fios: no ter descontosescalonados nas tarifas de energia eltrica. Ser cobrada a tarifa plena da classeResidencial.Oconsumomnimomensaldeenergiaaserfaturadoserde100 kWh.
2.1.1 Contatoscoma CEMIG
AFale com a Cemig foi criada para facilitar ainda mais avida do consumidor,permitindo maior segurana, conforto e economia.Atravs do 0800 310 196 (ligaogratuita) o consumidor pode solicitar quaisquer servios da Cemig durante 24 horas,sem necessidade de ir aumaAgncia deAtendimento. importante que, ao solicitaralgum servio, sempre tenha em mos a Fatura de energia, CPF ou documento deidentidade.
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Aseguiresto listadososprincipaisserviosviatelefoneFalecom aCemig0800 310 196:
Alterao dedadoscadastrais;Alterao decarga;
Alterao datadevencimentodafaturadeenergia(conta);Consultasobredbitos;Desligamentoapedido;Emisso desegundaviadeconta;InformaessobreInterrupo deenergia;Ligao Nova;Ligao Provisria;ProblemasnaIluminao Pblica;Religao deunidadeconsumidora;Reclamao sobrevalorescobradosnafatura;
TarifasedadosdaFaturadeEnergia(conta);Verificarriscoparaterceiros,etc.
Observao: tambm pode-seusaro e-mail:[email protected]
As Agncias de Atendimento da CEMIG, tambm podero prestar osesclarecimentosnecessriosquantoaLegislao emvigoreNormasdaCEMIG.
2.1.2 QualidadedosProdutose Servios
Os produtos e servios oferecidos aos consumidores devem estar emconformidade com a Legislao e Normas pertinentes emvigor, a fim de permitir ofuncionamento adequado e seguro de toda a instalao eltrica e de seuscomponentes.
Os componentes devem ser selecionados e instalados de forma a satisfazerem asprescries, das Normasvigentes: NBR 5410/97, Normas daABNT aplicveis a essescomponenteseNormasdaCEMIG.
OscomponentesdevemseradequadosaTENSOeaCORRENTEde toda ainstalao eltricadaresidncia.
O Cdigo de Defesa do Consumidor (Lei Federal no 8.078, de11/09/1990) prevobrigaes e responsabilidades, bem como, penalidades para os fabricantes,engenheiros, projetistas, tcnicos, eletricistas instaladores, concessionrias de energiaeltrica, revendedores, etc, quanto a qualidade dos produtos oferecidos e dos serviosprestadosaoconsumidor.Vertambm o subitem1.14 pgina34.
Nessesentido,aCEMIGsempreprocura forneceraosseusconsumidores,umaenergiaeltricadequalidadeecontinuidade,deacordo com aLegislao emvigor.
AAvaliao de Conformidade expedida pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Normalizao e Qualidade Industrial - INMETRO, demonstra a qualidade do:produto, servio, processo ou profissional, desde que atenda a requisitos denormas ou regulamentosprestabelecidos.
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Osprincipaisaspectosquejustificamaimplantao deprogramasdeavaliao daconformidadeso:
Proporcionar a concorrnciajusta, estimular a melhoria contnua da qualidade,informar e proteger o consumidor, facilitar o comrcio exterior possibilitando oincrementodasexportaes,eprotegero mercado interno.
Aavaliao podeserdeprimeira,segundaouterceiraparte,dependendodequemarealiza:
Primeira:feitapelofabricanteoupelofornecedor; Segunda:feitapelocomprador; Terceira:feitapor umainstituio com independnciaemrelao aofornecedor
eaocliente,no tendo,portanto,interessenacomercializao dosprodutos.
Quandoo processodeAvaliao daConformidaderealizadopelaterceirapartedeextremaimportnciaqueessapartesejacredenciada,jqueo credenciamentoo reconhecimento, por um organismo credenciador, da competncia dessa instituio
para avaliar a conformidade de produtos, servios ou sistemas de gesto e pessoal. Oprocesso de Credenciamento de Organismos executores da certificao o aspecto
vital dasatividades desenvolvidas pelos organismosdeAvaliao da Conformidade. NoBrasil, o organismo credenciador oficial o INMETRO e os programas de avaliaoadotados obedecem a prticas internacionais, baseadas em requisitos da ISO(InternationalOrganizationforStandardization),entidadenormalizadorainternacional.
AscincomodalidadesdeAvaliao daConformidadeso: Certificao; Declarao do Fornecedor; Inspeo; Etiquetagem; Ensaios. importanteobservar queaAvaliao daConformidade pode servoluntriaou
compulsria.Voluntria: quando parte de uma deciso exclusiva do solicitante e tem como
objetivo comprovar a conformidade de seus processos, produtos e servios as normasnacionais, regionais e internacionais. Esse procedimento usado por fabricantes ouimportadorescomo meiodeinformareatrairo consumidor.
Compuls ria: quando feita por um instrumento legal emitido por umorganismo regulamentador e se destina, prioritariamente, defesa dos consumidores,noquediz respeitoaproteo davida,dasadeedo meioambiente.
Napgina209, Anexo3, encontra-seaPortariado INMETROno 27 de18.02.00.Esta Portaria determina as exigncias mnimas para a comercializao de dispositivoseltricosutilizadosnasinstalaeseltricasdebaixatenso.
Na hora de escolher um componente para instalaes eltricas importanteverificarseeletemAvaliao deConformidadedo INMETRO.asuagarantiadeestarcomprandoouespecificandoumproduto, servio, etc, queatendaasnormastcnicasdaABNT.
importantesalientarque,todos oscomponentesdeumainstalao eltrica,tmumavida til em termos de segurana e funcionamento adequados, estabelecidos porNormastcnicasvigentesdaABNT.
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Aoadquirirumcomponentepara a instalao eltrica,deve-secertificarcom ovendedor avida til do componente. E no pode ser esquecido que deve ser feito umacompanhamento, a fim de evitar alguma surpresa desagradvel no futuro quanto aofuncionamentodo componente.
Elembre-se:
UmEletricistainstaladorno devesersomenteumemendadordefios, esim,ser competente, o responsvel pela execuo da instalao eltrica interna deumaresidncia,sendocapazdeexecutar, darmanuteno eefetuara
verificao final; Umainstalao eltricainterna,executadadentro dasNormasdaABNTeda
CEMIG,proporcionaseguranaeeficincianautilizao daenergiaeltrica,no ficato maiscara(R$)quantomuitagenteimagina.
No Anexo 4 pgina 214, encontra-se uma lista de endereos de Empresas,Entidades e rgos Governamentais que podero ser teis. Mantenha sempre emcontato com eles,paraficarbem informadosobreo queestemvigncia.AInternet
umbom caminho.
2.2 -Smbolose Convenes
OsSmboloseasConvenesso muitoteispararepresentao dospontosedemaiselementosqueconstituemoscircuitosdeumProjetoEltrico.
A Norma daABNT, a NBR 5444 Smbolos Grficos para InstalaesEltricas
Prediais daABNT, estabelece os smbolos grficos referentes s instalaes eltricasprediais.
Aseguiresto osprincipaissmboloseconvenesusadosnesteManual:
Condutores:Fase,Neutro eRetorno
CondutordeProteo (PE)
Aterramento
Marcao decircuitos
Retornodo InterruptorParalelo(ThreeWay)
Retornodo InterruptorIntermedirio(Four
Way) Interruptorsimples
Interruptorduplo
InterruptorParalelo(ThreeWay)
InterruptorIntermedirio(Four
Way) Caixadepassagem
Eletroduto embutidonoteto ouparedeEletroduto embutidonopiso
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Quesobe
Quedesce
Pontodeluzincandescente
Pontodeluzfluorescente
Arandelamdia-altura
Arandelaalta
Refletor
Tomadaalta
Tomadamdia
Tomadabaixa(de30 a40 cm do piso)(mnimo25 cm)
Tomadadefora(bipolar)Tomadadefora(tripolar)
TomadaparaTV(antena)
Quadro deDistribuio deCircuitos-QDC
Quadro demedio
Gerador
Motor
Cigarra
Campainha
Boto decampainha
Chavedefaca(simples)
Chavedefaca(bipolar)
Chavedefaca(comfusvel)
Disjuntoraseco
Conveno: Eletroduto no cotado aquelequeaparecemaisnoProjeto,porexemplo,16 mm;Fiono cotado Idem,1,5 mm2.
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2.3 -DimensionamentodeCarga
Para determinar a carga de uma instalao eltrica residencial, deve-se somartodas as cargas eltricas previstas para: as tomadas de uso geral, a potncia das
lmpadasedosdemaisequipamentoseltricos.ANormavigentedaABNT, aNBR5410/97 InstalaesEltricasdeBaixaTenso
determinaqueapreviso decargasemVA(VoltAmpre,versubitens1.11.3 pgina23e 1.12 pgina 27) dos equipamentos dever ser de acordo com as seguintesprescriesaseguir.
2.3.1 -TomadasdeUsoGeral
Embanheiros,cozinhas,copas,copas-cozinhas,reasdeservio, lavanderias: paraas3 (trs)primeirastomadas,acargamnimapor tomadaaserconside rada,dever ser de 600VA.Apartirdaquartatomada(seexistir),deverserconsideradaacargamnimade100VAparacadatomada.IMPORTANTE:Adeterminao dacargadeverserfeita,considerandocada umdessescmodosseparadamente;
Emsubsolos,garagens,sto,varandas:deverserprevistanomnimoumatomadade1.000VA;
Nosdemaiscmodosoudependncias,nomnimo100VApor tomada.
2.3.2 -TomadasdeUsoEspecfico
Consideraracargado equipamentoeltricoaserligado,fornecidapeloFabricante;
Ouento, calcularacargaapartirdatenso nominal, dacorrentenominaledofatordepotncia(versubitens1.11 pgina21 e1.12 pgina27)do equipamentoeltrico.
2.3.3 -Iluminao
Ailuminao adequadadevesercalculadadeacordo com aNormavigenteNBR5413/92 Iluminao de Interiores, da ABNT. Entretanto a Norma NBR 5410/97estabelece como alternativa que para determinar ascargas de iluminao em unidadesconsumidorasresidenciais,podero seradotadososseguintescritrios:
Emcmodosoudependnciascom reaigualouinferiora6 m2 deveserprevistaumacargamnimade100VA;
Emcmodosoudependnciascom reasuperiora6 m2 deveserprevistaumacargamnimade100 VAparaosprimeiros6 m2, acrescidasde60 VAparacada
aumentode4 m2.
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IMPORTANTE: Os valores apuradoscorrespondem pot nciadestinadaailuminao para o efeito de dimensionamento dos circuitos eltricos e nonecessariamente pot ncianominaldaslmpadas.
Exemplo:Qualacargadeiluminao incandescenteaserinstaladanumasalade
3,5 m delargurae4 m decomprimento?
Areadasala:3,5 m x4 m = 14 m2 CargaparaaIluminao: Paraosprimeiros6 m2: 100VA. Paraosoutros8 m2: 60VA+ 60VA; ACargatotalser: 100VA+ 60VA+ 60VA= 220VA
ATabela2.2 aseguirforneceosdadosparacalcular, deumamaneiraprtica,acargadeiluminao incandescenteparacmodos,com reavariandode6 a30 m2.
READOC MODO
(m2)
CARGADEILUMINA O
(VA)
At 6 100De 6,1 a 10 160De 10,1 a 14 220De 14,1 a 18 280De 18,1 a 22 340De 22,1 a 26 400De 26,1 a 30 460
Tabela2.2
2.4 -NmeroMnimodeTomadasporCmodo
Cada cmodo de uma residncia dever ter tantas tomadas, quantos forem osaparelhoseltricosasereminstalados/ligadosdentro do mesmo.Umasaladeestar, porexemplo, deve ter tomadas de uso geral para individuais: o televisor, os aparelhos desom,vdeo,abajures,aspiradordep, etc.
ANormavigente,aNBR5410/97 determinaasseguintesquantidadesm nimas deTomadasdeUsoGeralemumaresidncia:
1 tomadapor cmodo parareaigualoumenordo que6 m2; 1 tomadaparacada5 m, oufrao depermetro, parareasmaioresque6 m2; 1 tomadaparacada3,5 m oufrao depermetro paracopas,cozinhas,copas-
cozinhas,reasdeservio, lavanderias,sendoqueacimadecadabancadade30 cm oumaior, deveserprevistapelomenosumatomada;
1 tomadaemsub-solos,stos,garagensevarandas; 1 tomadajuntoaolavatrio,embanheiros.
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NOTA: Opermetro deumcmodo, calculadosomandoo comprimentodecadaladodestecmodo. Exemplo:Asalareferenciadanosubitem2.3.3 pgina51, de3,5 m delargurae4 m decomprimento,temo seguintepermetro:
2 x 3,5 m + 2 x 4 m = 15 m
2.5 -DivisodeCircuitosEltricos
A Normavigente, a NBR 5410/97 Instalaes Eltricas de Baixa Tenso,determinaquesejam separadososcircuitoseltricosdeTomadasdeUsoGeraleo deIluminao.
Dever ser previsto um circuito eltrico, tambm separado, para cada
equipamentoeltricodecorrentenominalsuperiora10 A(1.270VAem127 V),comooschuveiroseltricos,fornoseltricos,fornosdemicroondasetc.
importante que uma instalao eltrica seja dividida em circuitos eltricosparciaispara facilitar:a inspeo, amanuteno, aproteo (verCaptulo4 pgina86)sermelhordimensionada,reduzasquedasdetenso (versubitem3.3.2.2 pgina73)eaumentaasegurana.
Senaresidnciativerums circuitoparatoda ainstalao eltrica,o Disjuntor(versubitem4.6.2 pgina107)deverserdegrandecapacidadedeinterrupo decorrente,sendoque,umpequenocurto-circuitopoderno serpercebidopor ele.
Entretanto, se na residncia tiver diversos circuitos e com vrios disjuntores de
capacidades de interrupo de corrente menores e dimensionados adequadamente,aquele pequeno curto-circuito poder ser percebido pelo Disjuntor do circuito emquesto, queo desligar. Comissosomenteo circuitoondeestiverocorrendoumcurto-circuitoficardesligado(desenergizado).
Cadacircuitoeltricodeveserconcebidodeformaquepossaserseccionadosem riscoderealimentao inadvertida,atravsdeoutro circuito.
IMPORTANTE: A Norma NBR 5410/97 determina que o condutor Neutrodever ser nicopara cada circuito eltrico, isto , cada circuito eltricodever
ter o seu prprio condutor Neutro. Este condutor s poder ser seccionado,quandoforrecomendadoporestaNorma(NBR5410/97).Versubitem4.6.3pgina111.
2.6 -Interruptores e TomadasdeUsoGeral
Existemdiversos tipos deInterruptoreseTomadasde Uso Geral, sendo que cadaum, adequado para uma determinada utilizao. Sempre devem ser consultados os
catlogos de fabricantes com o objetivo