Manual de Ortopedia Funcional y Ortodoncia Interceptiva - Quiros
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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
MOZAR MARTINS DE SOUZA
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
ÍNDICE
ALICATES:
Alicate 139
Alicate de Corte Pesado
Alicate Tridente
Alicate De La Rosa
Alicate de Corte de Amarrilho
Alicate de Corte de Extremo Distal
Alicate How Curvo
Alicate Condutor Distal.
Alicate para Fio Retangular
Alicate Conformador de Amarrilhos
Alicate Saca-Banda
Alicate Johnson (Bombé)
Alicate Vibende
Alicate Conformador de Ômega
Alicate Removedor de Brackets
Passo-a-passo para confecção de aparelhos removíveis
Técnica de Glaze ou Banho de Brilho
Placa para Bruximos
Placa de Contenção (Hawley)
Arco Vestibular
Molas
Tipos
Mola Nortthwest
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 2
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Molas para recuperação de espaço.
Mola em “Z”
Mola em forma de chicote
Mola para extruir um dente.
Mola para vestibulari-zação do canino com baioneta.
Placa de Contenção (Hawley) – com arco vestibular de canino a
canino
Placa de Contenção (Hawley) – com arco vestibular de molar a
molar
Placa com Grade Palatina ou
Placa Impedidora de Língua
Placa com Grade Palatina
- Confecção do Aparelho:
Placa de Hawley Modificada
Parafusos Expansores
Tipos de Parafusos
Parafusos Colocação
Placa com Parafuso Expansor Mediano
Plano Anterior de Levantamento de Mordida.
Placa com Mola Coffin
Placa com Apoio Oclusal
Características do aparelho:
Redutor de Diastema Removível
Redutor de Diastema Removível – Confecção
Redutor de Diastema Removível – Ativação e Uso
Aparelho Mantenedor de Espaço Fixo
Placa com Mola para Tração de Canino:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 3
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Molas Com Helicóides
Disjuntor Palatino
Soldagens
Soldagem a Gás
Confecção de aparelhos
Aparelhos fixos
A - Como Fazer um Arco com Alças em Losango – para redução
de espaços:
B - Como Fazer um Cursor:
C – Como fazer uma Mola de Verticalização:
C – Como fazer um Arco Auxiliar de Torque (tipo Kitchton)
D – Como fazer um Arco Auxiliar de Intrusão:
E – Como Amarrar um Arco em menos de 3 minutos, sem ajuda:
Segredo no 1:
Segredo no 2:
F – Como aplicar um Alastic em dez segundos:
G – Como remover um arco:
H – Como facilitar a reutilização de Bandas e Braquetes:
Bandas:
Braquetes:
Aparelhos Removíveis
A – Métodos de Retenção:
Sistema número 1:
Grampo de Adams:
Sistema número 2:
“Splint” Parcial Anterior:
Sistema número 3:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 4
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Extensões Vestibulares de Acrílico:
Como Fazer um Grampo de Adams realmente eficiente:
Grampo de Adams para Pré-molar:
Passos para Construção de um Grampo de Adams:
Os dez erros mais comuns na construção do Grampo de Adams:
Erro no 1:
Erro no 2:
Erro no 3:
Erro no 4:
Erro no 5:
Erro no 6:
Erro no 7:
Erro no 8:
Erro no 9:
Erro no 10
Como fazer um Arco Palatino de Suporte para os aparelhos
removíveis superiores:
Como fazer uma Máscara Facial (tipo Delaire)
Como fazer uma Placa Lábio Ativa Adaptável:
Funções da Placa Lábio Ativa:
Indicações:
Contra-indicações:
Características ideais de uma Placa Lábio Ativa:
Passos para a construção:
Modo de Adaptação:
Outras Sugestões para a Placa Lábio Ativa:
Como Fazer Escudos Bucais:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 5
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Como Fazer Um Aparelho de Frankel (FR 1):
Sugestões Práticas:
Sugestão prática no 1:
Sugestão prática no 2:
Modificação Sugerida no 1:
Modificação Sugerida no 2:
O plano de mordida do acrílico:
Passos básicos para confecção de Aparelhos Removíveis
Técnica de Glaze ou Banho de Brilho
Expansor Fixo tipo Hass:
Composição do aparelho:
Técnica de Confecção:
Expansor Fixo Tipo Hyrax:
Composição do aparelho:
Ativação do aparelho:
Técnica de Confecção:
Aparelho Sagital:
Corretor Ortopédico 1:
Indicações:
Nota 1:
Nota 2:
Nota de Construção:
Projeções de acrílico e o Corretor Ortopédico I – Ajustes para
avançar a mandíbula:
Classe II, Divisão 2:
Mordida de cera para Aparelho Sagital:
Aparelho Sagital inferior.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 6
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Sagital I: redução para técnica do Sagital I.
Aparelho Sagital Classe III:
As Placas Transversais:
O Aparelho de Schwarz:
A placa Transversal:
Placa Transversal – Aparelho de Jackson:
Problemas do aparelho:
Aparelho de mordida cruzada de Nord:
Mordida de cera para um aparelho de mordida cruzada:
Aparelho de Crozat:
Aparelhos de Crozat, superior e inferior, básicos.
Ajustes do aparelho de Crozat:
O Expansor Rápido do Palato:
Fases de ativação do aparelho
Aparelho em Leque:
Aparelhos Transversais Diversos:
Os Derivados de Porter:
A Série de Wilson:
Ajustes:
O Adaptador
Ativador
Fecho de Pressão
Ativador:
Ajustes do Arco lingual 3D de Wilson:
Bionator II
Indicações:
Mordida Construtiva:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 7
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Bionator III
Desenho original do Bionator III.
Expansor Fixo tipo Haas:
Técnica de Confecção:
Estrutura Metálica:
Apoio de Resina Acrílica:
Expansor Fixo tipo Haas Modificado:
Expansor Fixo tipo Hyrax:
Técnica de Confecção:
Arco Lingual de Nance:
Técnica de Confecção:
Banda Alça:
Técnica de Confecção:
Botão de Nance:
Técnica de Confecção:
Estrutura Metálica – arco palatino:
Apoio de Resina Acrílica:
Grade Palatina Fixa:
Técnica de Confecção:
Arco Palatino:
Grade Palatina:
Mola Digital Removível:
Técnica de Confecção:
Corretor Ortopédico 1:
Indicações:
Nota 1:
Nota 2:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 8
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Nota de Construção:
Projeções de acrílico e o Corretor Ortopédico I – Ajustes para
avançar a mandíbula:
Quadrihélice:
Técnica de Confecção:
Aparelhos Fixos Ativos derivados do Quadrihélice:
Arco em W:
Unihélice
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 9
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
PRÓTESE ORTODÔNTICA
ALICATES:
Alicate 139: Utilizado para trabalhar com fios
redondos, possibilitando a confecção de algumas
dobras tais como omegas, baionetas, grampos em
gota e helicóides, entre outros. Sua ponta ativa é
constituída por uma extremidade cônica, usada para
executar dobras arredondadas , e por uma
extremidade piramidal, usada para executar dobras
em ângulos retos.
Alicate de Corte Pesado: Utilizado com a finalidade
de cortar fios metálicos calibrosos. Ao cortar o fio, é
imprescindível segurar a sobra do mesmo ou
direcioná-la para o chão evitando, desta forma, algum
acidente.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 10
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Alicate Tridente: Utilizado para a confecção de
dobras do tipo in-set e off-set, bem como para a
confecção de grampos em “C”, dobras em aparelhos
extrabucais e placas lábio-ativas, entre outros. A
ponta ativa deste alicate é formada por três
extremidades retas, sendo que uma das extremidades
se encaixa no vão existente entre as duas
extremidades do lado oposto.
Alicate De La Rosa: Utilizado para auxiliar no
contorno de fios metálicos calibrosos (0,9 mm a 1
mm), em aparelhos como arco lingual de Nance, arco
para grade palatina e barra transpalatina. Sua ponta
ativa possui uma extremidade côncava e outra
convexa, que se encaixam perfeitamente.
Alicate de Corte de Amarrilho: Utilizado para cortar
fios metálicos de calibre fino, como os fios de
amarrilho, visto que sua ponta ativa é delicada e
especialmente desenhada para cortes finos.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 11
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Alicate de Corte de Extremo Distal: Utilizado
especificamente para cortar o excesso de arco de
nivelamento que permanece na distal dos tubos dos
molares, evitando desta forma o traumatismo à
mucosa do paciente. A parte cortante deste alicate é
confeccionada perpendicularmente ao seu corpo e
pode conter, em uma das extremidades, uma pequena
garra que prende o fio e evita que este seja projetado
contra a mucosa do paciente durante o corte.
Alicate How Curvo: Utilizado para facilitar a
introdução dos arcos de nivelamento nos tubos dos
molares. Sua parte ativa consta de duas pontas
idênticas e afiladas, cujo objetivo é prender o fio
quando de seu manuseio.
Alicate Condutor Distal: Tem a mesma finalidade do
Alicate How Curvo, porém, sua parte ativa consta de
duas pontas mais espessas e perpendiculares ao
corpo do alicate.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 12
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Alicate para Fio Retangular: Utilizado para o
trabalho com fios quadrados ou retangulares. Sua
função principal é conformar o arco de nivelamento e
controlar as dobras de terceira ordem, o que significa
dizer, imprimir ou remover torções (torques) no arco.
Sua parte ativa consta de duas pontas idênticas e
achatadas.
Alicate Conformador de Amarrilhos: Utilizado para
confeccionar amarrilhos metálicos. Sua ponta ativa
contêm uma saliência retangular e plana que se
encaixa no vão existente na ponta oposta.
Alicate Saca-Banda: Utilizado para remover bandas
dos molares ou pré-molares. Sua ponta ativa possui
uma extremidade com um suporte plástico que se
apóia na face oclusal do dente em questão, e outra
extremidade geralmente pontiaguda ou mais afiada
que, quando apoiada na borda cervical da banda,
remove-a do dente quando o alicate é fechado.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 13
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Alicate Johnson (Bombé): Utilizado para restituir o
formato das bandas após sua remoção. Possui duas
pontas arredondadas, uma côncava e outra convexa,
que se encaixam mutuamente.
Alicate Vibende: Utilizado para a conformação de
pequenas dobras em forma de “V” nos arcos
retangulares ou mesmo em fios redondos, geralmente
na distal dos incisivos laterais, para separar os
torques das regiões anterior e posterior, e na linha
média entre os incisivos centrais, para evitar o
deslizamento do fio ortodôntico nos acessórios. Suas
pontas são planas, sendo que uma delas apresenta
uma depressão em forma de “V”, dentro da qual se
encaixa a saliência da ponta oposta.
Alicate Conformador de Omega: Utilizado para
confeccionar dobras em forma de Omega nos arcos
de nivelamento. Uma de suas pontas tem forma
cilíndrica, com três espessuras diferentes que se
encaixam na concavidade da ponta oposta.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 14
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Alicate Removedor de Brackets: Utilizado para
remover brackets colados aos dentes. Existem alguns
tipos de alicates destinados para este fim, por
exemplo, o alicate de garra. Utilizamos este alicate por
possuir um suporte retangular que evita a distorção da
ranhura do bracket durante sua remoção.
Eventualmente, este alicate é comercializado sem o
suporte retangular. Neste caso, pode-se confeccionar
o suporte no próprio laboratório, utilizando-se de
resina acrílica convencional para confeccionar o cabo,
e fio retangular para a confecção da ponta.
Passo-a-passo na confecção de aparelhos
removíveis:
1) Planejamento.
2) Confecção de grampos.
3) Fixação dos grampos com cera 7.
4) Hidratação do modelo (5 minutos0.
5) Isolar modelo (isolante gesso/acrílico).
6) Manipular acrílico e entulhar dando forma a
placa.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 15
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
7) Levar a panela polimerizadora por 10
minutos.
8) Fazer desgastes necessários com a broca de
aço ou tungstênio.
9) Fazer acabamento com lixa de madeira no
mandril, e depois usar lixa d’água debaixo de água.
10) Dar polimento final no torno com pedra
pomes e Kaol com escovas de pano.
Técnica de Glaze ou Banho de Brilho
Após o desgaste e
acabamento das placas,
podemos dar o polimento final
usando a seguinte técnica de Glase:
Coloque um pouco de monômero termo-
polimerizável em recipiente de vidro resistente ao
calor, e leve em banho-maria até a fervura da água.
Deixar a água ferver até observar bolhas no
monômero.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 16
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Banhar o aparelho no monômero quente por 3
vezes, mergulhando-o rapidamente com auxílio de
uma pinça.
Deixe o aparelho secar totalmente sem tocá-lo.
Placa para Bruximos
É um aparelho muito eficaz, confeccionado em
resina acrílica, que cobre toda a arcada superior ou
inferior.
O bruxismo (ranger dos dentes) pode ocorrer a
qualquer hora, normalmente acontece à noite
enquanto a pessoa está dormindo. Geralmente é
atribuído a tensão emocional e pode causar desgaste
prematuro dos dentes e problemas afins.
Ao confeccionar este aparelho, a mordida
posterior é aberta em mais ou menos 2,0 mm ou a
abertura que o dentista especificar.
Placa de Contenção (Hawley)
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 17
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Este aparelho removível é a parte final de uma
correção ortodôntica, também chamada de placa de
Hawley. Uma vez terminado um tratamento
ortodôntico, o resultado é assegurado mediante o uso
de uma placa de contenção. Deve ser usada em
tempo integral durante 3 meses seguidos de 3 meses
de uso somente à noite ou de acordo com as
indicações do ortodontista.
Este aparelho é indispensável durante o
período crítico de mobilidade dos dentes após a
retirada dos aparelhos de correção. Esta placa é
composta de um arco vestibular, que apóia todos os
dentes superiores ou inferiores, tem alças em Omega
(“U”) para seu ajuste.
A placa de Hawley também pode ser feita com
um arco vestibular de canino a canino, dando reforço
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 18
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
de retenção nos molares, tanto para placa superior
como a inferior.
Arco Vestibular
O arco vestibular deve ser adaptado à
superfície vestibular dos dentes, transcorrendo
paralelo ao plano oclusal. No terço médio mesial do
canino se desvia em ângulo reto e forma uma alça em
forma de “U”. Ele pode ser de canino a canino ou de
molar a molar e ter duas funções:
1a – Segurar a placa em seu lugar e conter os
dentes, ou seja, uma função passiva.
2a – Servir como elemento ativo para
movimentação de dentes.
Obs.: Se o arco vestibular for utilizado como elemento
ativo, então o fio não deverá contornar todos os
dentes anteriores, somente contatando com o dente
mais protruído, o que permitirá seu deslocamento no
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 19
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
sentido palatino, posteriormente, irá contatando com
todos os dentes que estiverem na direção vestibular.
Molas:
Tipos:
Mola em espiral ou “S” - para posicionamento
de qualquer dente, fazendo movimentos individuais.
Mola com helicóide - para posicionamento de
qualquer dente, fazendo movimentos individuais.
Mola de Coffin ou Palatina - tem função
expansora do palato, deve situar-se nas imediações
da mucosa do palato, porém sem tocá-lo.
O calibre do fio usado para sua confecção é de 1,2
mm.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 20
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Mola digital – mola na qual a direção da ação
da pressão sobre um dente nem sempre corresponda
com a do movimento da extremidade livre da mola.
Mola Nortthwest – mola destinada a
distalização de caninos.
Molas para recuperação de espaço.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 21
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Mola em “Z” – mola que pode ser simples, para
um dente, ou de braço mais longo para abraçar dois
dentes.
Mola em forma de chicote usada
para vestibularizar.
- Mola para extruir um dente.
- Mola para
vestibularização do canino
com baioneta.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 22
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Placa de Contenção (Hawley) – com arco
vestibular de canino a canino
Este aparelho
removível é usado como parte
final de uma correção
ortodôntica. Na maioria dos
casos quando os dentes já foram movidos para as
posições desejadas, devem ser contidos até que o
osso alveolar e o ligamento periodontal estejam
completamente reconstituídos. Isto pode levar de 6
meses a 1 ano.
Placa de Contenção (Hawley) – com arco
vestibular de molar a molar
Este aparelho será
confeccionado com arco vestibular
de molar a molar, na altura do
terço médio dos dentes, tendo alças em omega para
seu ajuste, na direção dos caninos.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 23
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Nos molares deverá ser feita adaptação do fio
como se fosse um grampo circunferêncial até atingir a
lingual.
Placa com Grade Palatina ou Placa Impedidora de
Língua
Este aparelho tem a
função de corrigir hábitos
como postura incorreta de
língua (projeção lingual), sucção do polegar, etc.
Estes hábitos provocam uma série de anomalias como
aumento no trespasse horizontal, mordida aberta
anterior, etc.
Esta placa também é indicada para tratamento
da deglutição atípica.
Apresenta alto grau de resistência ao uso por
parte do paciente, devendo portanto ser considerada
como complemento do tratamento da deglutição
atípica e sendo sempre utilizada durante a noite.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 24
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Neste caso o paciente apresenta maior
aceitação, uma vez que a placa se destina a impedir
que a língua se interponha aos dentes durante o sono.
Placa com Grade Palatina - Confecção do
Aparelho:
Grade palatina confeccionada com
fio 0,7 e alças que variam o
comprimento (mais ou menos 6
mm).
Grampos de retenção nos primeiros molares
permanentes.
Placa confeccionada em resina acrílica. A
grade deverá ser fixada à resina podendo
acompanhar a curvatura anterior da arcada de modo a
formar um batente para a língua, impedindo sua
interposição aos dentes.
Placa de Hawley Modificada
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 25
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Este aparelho tem como
objetivo a movimentação do
incisivo central que está
lingualizado, o que será
conseguido através da mola em “S”.
A retenção da placa é obtida pelos grampos em
Ce nos segundos molares.
A placa de base é confeccionada deixando o
palato liberado, pois sua função de suporte e
estabilidade se faz necessária na região anterior.
Parafusos Expansores
Tipos de Parafusos
Os catálogos dos fabricantes exibem as
medidas dos parafusos (comprimento, largura e
espessura) e a expansão conseguida no final de toda
a ativação.
Girando um parafuso em 90 graus, a separação
conseguida será de 2 mm.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 26
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Isto significará estreitar a membrana
periodontal 0,1 mm de cada lado. Tem-se
argumentado que tão pequena redução de espaço
não interromperá a circulação sangüínea, criando-se
assim as condições ortodônticas ideais para a
transformação óssea.
Existem evidências clínicas que asseguram que
o movimento assim realizado é inócuo e eficiente. No
entanto, há outros fatores a levar em conta que são
conhecidos pelos ortodontistas.
Apesar do reduzido tamanho dos parafusos
ortodônticos modernos, é um aparelho que pelo
menos é consideravelmente mais espesso que o que
não contém parafuso. A menos que se tenha especial
cuidado durante a confecção, é fácil engrossar toda a
abóbada palatina, mesmo que o parafuso esteja
situado de um lado.
Parafusos Colocação
Um dos principais cuidados a se levar em conta
na colocação do parafuso dentro da resina acrílica é a
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 27
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
sinalização do sentido da rotação da chave que o faz
funcionar.
Atualmente os fabricantes acrescentaram uma
seta orientadora que o paciente poderá ver com
facilidade através da resina transparente.
De acordo com o desenho estabelecido pelo
odontológo, será colocado o parafuso para obter os
movimentos desejados.
Quando se utiliza um parafuso para
proporcionar expansão do arco, geralmente ele é
colocado na linha média, onde pode ser facilmente
posto em posição horizontal. Se for necessário
vestibularizar um ou dois molares contíguos com esse
parafuso, ele geralmente será colocado em um dos
lados do arco; deve-se procurar alinhá-lo paralelo à
mucosa palatina.
Placa com Parafuso Expansor Mediano
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 28
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Nos casos de maloclusão Classe I, pode-se
conseguir expansão e redução de saliência em idades
precoces com um aparelho como o da figura acima.
Um desenho similar ao mostrado na
figura anterior.
Placa em “Y” onde a inserção
das prolongações do arco
vestibular nas partes laterais
da placa exerce uma ligeira
pressão em direção posterior sobre a parte anterior da
placa quando são tirados os parafusos.
Outra placa em “Y”, libera-se uma grande parte
do palato, utilizam-se grampos triangulares em lugar
de grampo de ponta de flecha de Schwars.
Os pequenos grampos à frente
dos primeiros molares são
necessários para fazer que esses
dentes participem do movimento.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 29
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Plano Anterior de Levantamento de Mordida.
A plataforma de acrílico
ampliada na palatina dos
incisivos superiores pode influir
sobre a posição da mandíbula
atuando sobre os incisivos inferiores.
O plano de levantamento da mordida evita a extrusão
dos dentes anteriores mandibulares, favorecendo a
intrusão dos mesmos.
Recomenda-se modelar no laboratório este
plano de levantamento de mordida de preferência em
excesso. Recortar a plataforma junto ao paciente leva
menos tempo que acrescentar acrílico.
Mas de modo algum deve ser demasiado
extensa, já que estreitaria o espaço para a língua.
Além disso, os aparelhos confeccionados volumosos
sem necessidade, são recusados pelos pacientes.
Placa com Mola
Coffin
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 30
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Indicação: Aparelho para descruzamento de mordida
posterior, tipo expansor, pode ser empregado tanto na
dentição mista como na decídua, podendo utilizar
como elemento ativo uma mola Coffin.
Retenção: Grampo Adams – 0,7 mm ou 0,8 mm de
espessura.
Parte ativa: Arco vestibular de Hawley – 0,7 mm ou
0,8 mm de espessura.
Mola em “S” – 0,6 mm ou 0,7 mm de
espessura.
Mola Coffin – 0,8 mm de espessura.
Base suporte: Recorte do acrílico no terço médio
lingual, liberando as molas para ativação.
Placa com Apoio Oclusal
Indicação: Provocar intrusão dos dentes posteriores.
Desviar dentes que estão irrompendo.
Correção de mordidas cruzadas anteriores ou dentes
travados.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 31
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Descruzamento de mordida posterior.
Eliminar interferências oclusais.
Características do aparelho:
Retenção: Grampo em “C” – 0,7 mm ou 0,8 mm de
espessura.
Parte ativa: Arco de vestibular de Hawley – 0,7 mm ou
0,8 mm de espessura.
Molas em “S” – 0,6 mm ou 0,7 mm de espessura.
Base suporte: Prolongamento do acrílico sobre a face
oclusal dos dentes posteriores se estendendo até o
terço médio vestibular dos mesmos.
Recorte anterior liberando as molas para
ativação.
Plataforma de acrílico 2 mm acima da ponta
das cúspides.
Redutor de Diastema Removível
As causas que podem
produzir diastema entre os
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 32
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
incisivos centrais superiores são as mais diversas
possíveis: agenesia de incisivos
laterais, freio labial hipertrofiado, laterais conóides,
sutura sagital separada, sobre-mordida profunda e
hábitos anormais.
Devemos destacar o diastema produzido
durante o desenvolvimento da oclusão na dentição
mista – o diastema fisiológico, que não deve ser
tratado ortodonticamente, pois se fechará
naturalmente com a erupção dos incisivos laterais e
caninos permanentes. Este diastema se forma devido
às pressões que os incisivos laterais e caninos
produzem sobre as raízes dos incisivos, ocasionando
uma aproximação dos ápices radiculares em direção à
linha media e um afastamento das coroas em sentido
contrário, formando-se o diastema.
O tratamento ortodôntico é contra-indicado,
pois poderá ocorrer reabsorção radicular de dentes,
desvios nas posições dos germes dos caninos,
produzindo-se más posições dentárias.
Para se chegar a um diagnóstico correto, torna-
se necessário que se faça um cuidadoso exame do
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 33
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
caso a ser tratado, verificando-se exatamente a causa
que o está produzindo. É importante o exame
radiográfico da região.
Redutor de Diastema Removível – Confecção
1 – Confecciona-se os modelos em gesso pedra.
2 – Construção dos grampos de retenção.
3 – Construção das molas para movimentação
dos dentes. Emprega-se fio aço duro 0,7 mm.
As molas são de formação simples contendo
uma helicóide paralela ao plano oclusal dos dentes.
No extremo da mola, que fica em contato com o
dente, faz-se uma pequena dobra procurando adaptá-
la ao contorno da face distal. O comprimento da mola
deverá ser em torno de 10 mm do extremo ativo à
borda posterior da helicóide.
4 – Fixa-se em posição com cera número 7
fundida, os grampos e molas adaptadas e procede-se
a acrilização do aparelho.
5 – Prova-se o aparelho em posição e faz-se os
ajustes finais.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 34
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Redutor de Diastema Removível – Ativação e Uso
Orienta-se o paciente para o uso constante do
aparelho, só o removendo para as refeições e
higienização bucal.
Ativar as molas em direção ao movimento
desejado a cada 15 dias.
Aparelho Mantenedor de Espaço Fixo
Indicação: Manter o espaço
perdido evitando assim uma
migração dos dentes
adjacentes.
Retenção: Banda ortodôntica fixada ao dente.
Parte ativa: Grampo mantenedor de espaço soldado à
banda ortodôntica.
Placa com Mola para
Tração de Canino:
Objetivo do Aparelho:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 35
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Tracionar o canino movendo-o palatinamente.
Para a confecção deste aparelho deve-se
considerar determinados princípios:
1 – A parte ativa da mola deve-se apoiar sobre a
vestibular do canino respeitando a sua anatomia.
2 – O helicóide deve ficar afastado cerca de 1 mm do
tecido gengival.
3 – O calibre do fio utilizado deve ser de 0,7 – 0,8 ou
0,9 mm.
4 – O acrílico deve ser aliviado na face palatina para
que não trave a palatinização do canino.
Molas Com Helicóides
Para a confecção deste
tipo de mola deve-se
considerar determinados
princípios gerais, por exemplo, para confeccionar uma
mola com helicóide, é necessário que esta fique no
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 36
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
lado contrário da direção para onde se dobra a
extremidade de apoio da mola, e não do lado interno.
Para que a mola possa ser ativada, o espiral
deve se apresentar sempre fechado para conseguir
uma ótima eficiência, que tende a desenvolver-se
durante a ação.
Disjuntor Palatino
A disjunção palatina tem
indicações muito precisas. Este
dispositivo é constituído por um
parafuso na parte central, com
quatro extensões laterais ou braços
que são utilizados para soldá-los às bandas.
Como em outros casos em que os
complementos são soldados a bandas, neste se
procede de modo igual, se bem que com a diferença
de que aqui também se colocam bandas no nível dos
primeiros pré-molares superiores. É necessária a
moldagem com as bandas de molares e pré-molares
em posição e o vazamento do modelo de gesso com
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 37
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
elas incluídas (recordar a impregnação de cera ou
outro material separador).
Uma vez obtido o modelo de trabalho, pratica-
se o traçado da linha média, posteriormente procede-
se a adaptação do parafuso às bandas, para medir o
comprimento dos braços.
Em seguida realizam-se as dobras de
adaptação dos braços às bandas; feito isso, procede-
se à fixação do parafuso na posição em que este será
soldado.
Após fixar o parafuso na posição desejada,
executa-se a soldagem e seu posterior polimento.
‘As vezes é conveniente adotar uma barra de
fio no sentido antero-posterior, unindo ambos os
braços do mesmo lado, ou seja, entre o que está
soldado no molar e o do pré-molar. Isso dá maior
resistência ao aparelho.
Parafuso de
expansão isolado.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 38
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Desenho para expansão
simétrica superior,
acrescentando molas de
vestibularização para os
incisivos centrais.
Nos casos de mordida cruzada bilateral e
apinhamentos discreto utilizam-se o parafuso central e
a fenda sagital. Ao realizar a expansão também se
adaptam os incisivos no espaço desejado.
Placa cujo desenho estabiliza a parte
anterior ao estender-se sobre grande
parte do palato.
Os parafusos atuam quase sempre
completamente em direção posterior produzindo um
mínimo de expansão lateral.
Parafuso Bertoni:
Parafuso e sua
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 39
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
estrutura representada esquematicamente.
Soldagens
A soldagem ortodôntica, como todo tipo de
soldagem deve ser feita sem que se alterem
apreciavelmente as qualidades dos metais que se
unem.
Para soldagens de fios de aço inoxidável se
utiliza a solda de prata, que é de maior resistência que
a de ouro. É encontrada normalmente em forma de
barras ou fios de diversos calibres.
A temperatura de trabalho é de 610o graus.
Soldagem a Gás
A soldagem a gás é utilizada para soldar fios e
complementos. Emprega-se um bico de gás-ar, cuja
chama deve ter de 1 a 1e ½ polegada de altura com
uma ponta bem definida, onde se vêem três cones
concêntricos.
1 – Cone externo, oxidante de cor azul escura.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 40
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
2 – Cone central, redutor de cor azul clara.
3 – Cone interno, incolor de gás não queimado.
Para se obter uma soldagem ótima, quer dizer, firme e
forte deve-se proceder como se segue:
1 – A chama deverá apresentar as
características acima.
2 – As partes a unir deverão estar
completamente limpas.
3 – Aplicar fundente em ambas as superfícies a
soldar.
4 – Colocar pasta, revestimento ou gesso nas
partes que não devem ser expostas ao calor.
5 – Operar com firmeza manual ao soldar,
aplicando o calor do cone central à parte mais grossa
a soldar, até que a solda flua e se una à parte mais
fina.
CONFECÇÃO DE APARELHOS
APARELHOS FIXOS
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 41
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A - Como Fazer um Arco com Alças em Losango –
para redução de espaços:
Instrumental
necessário:
Alicate de Tweed para confeccionar alças;
Alicate De La Rosa com canaletas de
orientação.
1 - Tome aproximadamente 15 a 16 cm de
fio .018” x .025”. Estime o comprimento do arco + 5
cm para as duas alças. Cada alça em losango requer
25 mm de fio: 5 para os helicóides e 20 para as alças.
Insira o arco no tubo do molar esquerdo
(ultrapassando 2 mm distalmente) e adapte a alça
próxima à face mesial do dente adjacente ao espaço a
ser reduzido, (por exemplo, o incisivo lateral se o
canino foi previamente retraído).
Faça uma marca 2 mm por distal do braquete
do incisivo lateral.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 42
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
2 - Prenda o fio com o alicate
de Tweed (com a ponta
redonda para cima) e dobre
determinando uma angulação
aproximada de 60o (60o = 10 minutos no relógio de
ponteiros).
3 - Coloque a ponta redonda sobre a
primeira dobra
e contorne o fio até aproximadamente
240o .
A dobra passa por fora.
4 - A uma distância em torno de 5 mm
do cruzamento do fio, dobre o fio para
distal em um ângulo de
aproximadamente 80o (um pouco
menos que um ângulo reto).
5 - A uma distância em torno de 4 mm da
dobra anterior, faça um ângulo de
aproximadamente 80o para baixo. Nesse
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 43
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
momento, os fios devem se cruzar passando pelo lado
interno.
6 - Com um afastamento de
aproximadamente 4 mm da dobra
anterior, faça uma dobra na
direção mesial, até encontrar com o primeiro ponto de
cruzamento (se as duas dobras anteriores forem
confeccionadas em 80o, esta última também será de
80o .
7 - O fio será preso um pouco antes do
segundo ponto de cruzamento (a ponta
redonda deve ficar para distal) e
dobrado para frente, para alinhar-se com os braquetes
(60o se os ângulos das dobras anteriores forem
exatos).
8 - Utilizando as ranhuras do
alicate De La Rosa, faça uma
curvatura na região dos
incisivos de tal forma que ocorra uma adaptação no
braquete do incisivo lateral do lado direito.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 44
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
9 - Marque 2 mm por
distal do braquete do
incisivo lateral direito.
Utilizando o alicate de Tweed (ponta redonda para
baixo), prenda o fio e dobre para cima em um ângulo
de 60o .
10 - Aproximadamente 5 mm após
a primeira dobra, faça uma outra
de aproximadamente 80o na
direção mesial.
11 - Aproximadamente a 4 mm da dobra
anterior, faça uma outra em torno de 80o
; o fio deverá passar por fora.
12 - 4 mm adiante, faça uma dobra
na direção distal, até encontrar com
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 45
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
a primeira dobra (se as duas primeiras foram de 80o ,
essa também será).
13 - Prenda o fio inferiormente ao
cruzamento (ponta redonda para mesial)
e contorne 2/3 de voltas (=240o ). Nessa
fase o fio deve passar por dentro.
14 - Mude o alicate de posição,
colocando a ponta côncava
internamente ao contorno
(helicóide), e dobre até que o fio se alinhe com os
braquetes (60o , se os ângulos das dobras anteriores
foram confeccionados corretamente.
15 - Insira o arco
contornado em
ambos os tubos dos
molares, e faça uma marca por distal do incisivo
central e dos braquetes dos segundos pré-molares.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 46
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Faça nessas marcas “ïn sets” para os incisivos laterais
e baionetas para os molares.
16 - Coloque o
arco no diagrama
selecionado e
ajuste o alicate
De La Rosa.
17 - As alças são aliviadas por meio de uma ligadura
passando pelo helicóide. 1mm de ativação = 300 g
(desde que se utilize o fio .018 x .025).
B. Como Fazer um Cursor:
O cursor é utilizado para transferir uma força da
região anterior do arco dentário (região de caninos)
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 47
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
para a região posterior (molares) passando pela
região intermediária (pré-molares).
A força aplicada pode ser produzida:
a – por elástico intermaxilar;
b – por um aparelho extrabucal com
ganchos em “J”;
c – pela associação de ambos.
Instrumental: Alicate
conformador de alças de Tweed.
Fio: de .020”(=0,5 mm) redondo.
1 - Meça a distância entre o tubo do molar
(extremidade mesial) e o braquete do canino
(extremidade distal), 22 mm por exemplo.Adicione um
comprimento de 24 mm (=,9”) e corte um segmento
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 48
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
de fio; O comprimento final deve ser igual à soma
desses valores (22 + 24 = 46 mm).
2 - Com a ponta do alicate de Tweed peque uma
extremidade do fio.
3 - Prenda firmemente o alicate,
contorne o fio em 270o em volta do bico
redondo do alicate (até que o fio
encontre a ponta côncava do alicate).
4 - Segurando o fio, solte e gire o alicate
dentro do contorno feito até que o bico
côncavo encontre o outro lado do fio.
5 - Prenda o alicate novamente e
dobre o fio em 45o na direção
oposta.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 49
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
6 - Obtêm-se, deste modo, uma argola na
extremidade do fio.
7 - O fio é preso na outra extremidade e uma outra
argola é formada, certificando-se de que ela se
encontra no mesmo plano da primeira (para cada
argola necessita-se de 6 mm de fio).
8 - Sempre com a parte menor do
alicate, prenda o fio em uma das
extremidades a 4 mm da argola.
9 - Dobre o fio em 270o para formar uma terceira
argola perpendicular às duas primeiras.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 50
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
10 - Coloque o alicate 2
mm aquém da argola da
outra extremidade.
11 - Dobre em 90o e o cursor está
pronto (se não ou satisfeito,
provavelmente é porque as
ilustrações não foram bem
observadas).
A distância entre as duas argolas paralelas devem ser
2 mm menor que a distância inicialmente medida,
propiciando o espaço necessário para amarrar a
ligadura no braquete do canino.
Observação: Repetindo os mesmos procedimentos
com um fio de 20 mm, obtém-se um minicurso que
pode substituir um gancho deslizante.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 51
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
C – Como fazer uma Mola de Verticalização:
1. Faça um helicóide duplo em um segmento
de fio redondo de .014”.
2. Introduza na canaleta vertical do braquete
do dente que se deseja a verticalização, de tal forma
que o helicóide fique para gengival. A extremidade
livre da mola deve estar direcionada para o lado do
movimento radicular desejado.
3. Meça a distância entre o braquete e
uma região livre do arco ortodôntico.
4. Marque no fio a mesma distância a partir
do helicóide e dobre em 90o na direção
oclusal.
5. Mude o alicate de posição e forme um
gancho.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 52
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
6. Corte o excesso de fio.
7. Segure o gancho com o alicate.
8. Faça uma dobra de 90o
em direção à gengiva.
9. Reinsira a mola na canaleta
vertical e prenda o gancho no arco
ortodôntico. Amarre firmemente
uma ligadura de aço no braquete
(senão ele extrui) e acrescente um amarrilho
conjugando todos os dentes posteriores (caso
contrário a coroa se deslocará para mesial).
10. Dobre e corte a extremidade
oclusal.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 53
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Observação: Este procedimento é valido para o
Canino direito, Pré-molar superior esquerdo, Pré-
molar inferior direito e Canino inferior esquerdo.
Procedendo de uma maneira
simétrica e invertida, as molas
podem ser obtidas para o
Pré-molar superior direito, Pré-molar inferior esquerdo
e Canino inferior direito.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 54
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
C – Como fazer um Arco Auxiliar de Torque (tipo
Kitchton)
Instrumental: Alicate formador de alças de Tweed.
Fio: Fio redondo de .016”.
1. Tome aproximadamente 8 cm (= 3”a 4”) de fio
redondo de .016”), faça um helicóide. O ponto
de cruzamento deve permanecer aberto.
2. A uma distância de 1 a 2 cm
(= .05”a 0.7”) do centro, dobre
as extremidades para cima de
tal forma que se cruzem a 5-6
mm (= 2”).
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 55
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
3. No ponto de cruzamento, faça
uma dobra de aproximadamente 3o
para fora (30” = 5 minutos no
mostrador do relógio).
4. As duas últimas dobras formadas são transferidas
para o mesmo plano; em outras palavras, a largura do
helicóide deve ser compensada (caso contrário, o
efeito de torque se desenvolverá em apenas um lado).
5. A uma distância de
aproximadamente 15 mm
(= .6”) das dobras anteriores, forme
um gancho com aproximadamente 3mm (.10”) de
altura.
6. Corte o excesso
de fio.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 56
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
7. Segure o gancho com o alicate e dobre em 90o .
Um gancho idêntico é formado no lado oposto.
8. Posicione a mola de tal forma que o arco
ortodôntico principal passe por dentro do helicóide (a
mola deve apresentar um abertura apropriada) e, em
seguida, prenda-a por distal dos incisivos laterais.
9. Fixe o arco auxiliar de
torque no arco ortodôntico
principal com um fio de
ligadura de aço passando
pelo helicóide.
D – Como fazer um Arco Auxiliar de Intrusão:
Instrumental:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 57
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
1. Alicate de Ruhland. 2. Alicate Universal.
Fio: Fio de aço inoxidável redondo de 1 mm = .o40”.
1. Tome aproximadamente 30 cm (= 12”) de fio.
2. Adapte-o na superfície vestibular do modelo
superior e marque com uma caneta hidrográfica a
região por distal do molar de cada lado.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 58
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
3. Forme dois helicóides com um diâmetro interno de
aproximadamente 5 mm (= 2”) , colocando a
extremidade redonda do alicate de Ruhland
diretamente sobre os pontos marcados.
4. Posicione os dois segmentos
terminais nos dois hemi-arcos
dentários inferiores e marque com
caneta hidrográfica o ponto médio
entre os dois incisivos centrais inferiores.
5. Segure com um alicate universal, colocando a sua
extremidade imediatamente por distal do ponto
marcado e dobre para baixo em 90o .
6. Corte as extremidades do fio a
cerca de 3 mm (= .1”) da última
dobra.
7. A uma distância de 3 mm (= .1”)
da dobra, segure o fio com o alicate
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 59
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
universal e dobre novamente em 90o para lingual. Dois
ganchos pequenos serão obtidos, que podem
enganchar-se no arco básico inferior entre os incisivos
laterais e centrais.
8. Coloque a parte superior do arco auxiliar contra os
dentes do arco dentário superior e marque
com uma caneta hidrográfica os pontos entre
os incisivos laterais e centrais. Dois ganchos
de latão (com um diâmetro de 0,8 a 0,9 mm
= .032” a .036”) devem ser soldados nestes pontos,
dirigidos para lingual e depois dobrados para cima.
9. O Arco Auxiliar para Intrusão dos Dentes Anteriores
está pronto.
10. Se o arco auxiliar
tiver que instruir as
regiões posteriores:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 60
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
a – Devem ser soldados dois ganchos de latão em
cada lado, um por mesial do primeiro molar e o outro
por mesial do segundo pré-molar.
b – Os prolongamentos terminais inferiores devem ser
curtos, enganchando-se no arco ortodôntico entre o
molar e o pré-molar.
E – Como Amarrar um Arco em menos de 3
minutos, sem ajuda:
Os melhores resultados com aparelhos fixos
são obtidos se os arcos ortodônticos forem removidos,
conferidos, reconformados, ativados (e trocados, se
necessário) aproximadamente uma vez por mês.
O conhecimento de um método rápido e fácil de
amarrar um arco pode ser útil para superar o
trabalhão na hora da troca. O instrumento aqui
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 61
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
apresentado (o ligador) não é absolutamente novo,
seu uso não é difícil, desde que se conheçam
pequenos segredos que, provavelmente, os próprios
fabricantes ignoram (devido ao fato de que não
avaliam apropriadamente o que produzem em por
isso, este instrumento é tão pouco difundido).
Segredo no 1:
O parafuso de ajuste deve
ficar bem apertado:
O fio deve sair da bobina com
um certo esforço.
Segredo no 2:
A ponta do instrumento não deve afastar-se do
braquete até que passe por todo o seu contorno
(como a ponta de um lápis numa folha de papel).
E agora, passo-a-passo, a amarração de um
braquete ... e os erros a serem evitados:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 62
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
1º Passo. Incorreto! Comece novamente.
2º Passo. Incorreto! Comece novamente.
3º Passo. Incorreto! Comece novamente.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 63
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
4º Passo. Incorreto! Comece novamente.
5º Passo. Incorreto! Comece novamente.
6º Passo. Incorreto!
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 64
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Sexto Passo: Este é o único passo que requer um
pouco de prática É necessário girar o ligador sobre
seu próprio eixo e, ao mesmo tempo, afastá-lo pouco
a pouco do braquete.
Erro do sexto passo: O parafuso está muito solto, ou o
Ligador foi removido muito rapidamente, então a
ligadura não fica suficientemente apertada (pode ser
apertada posteriormente com alicate, mas, dessa
maneira, metade da vantagem se perde).
O parafuso está muito apertado, ou
o Ligador não foi afastado do
braquete enquanto estava sendo
girado, e o fio se quebrou. Comece novamente.
O ligador é um
instrumento perfeito
quando se deseja conjugar um grupo de dentes que
serão usados como ancoragem para mover outro
dente.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 65
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A bobina do ligador é
recarregada em pouco tempo,
acoplando-a em uma peça de
mão e girando lentamente.
F – Como aplicar um Alastic em dez segundos:
O instrumento é encontrado no mercado com a
marca de Twirt-on ou Speed O, mas você pode fazê-
lo, levando à chama a ponta de um velho explorador e
modelando-o exatamente como na figura abaixo:
1. Coloque um Alastic no
instrumento.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 66
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
2. Insira o Alastic na
região cervical do
braquete e coloque o
segmento horizontal do instrumento estritamente em
contato sob o lado oclusal do braquete (ou vice-
versa):
insira pelo lado oclusal e
coloque-o em contato com o
lado gengival.
4 - Mantendo o segmento horizontal do instrumento
firmemente em contato com o braquete, gire o
instrumento em 180o sobre seu próprio eixo,
pivotando-o sobre o segmento horizontal.
Na final da rotação o Alastic estará inserido no
braquete.
(A habilidade do operador consiste
inteiramente em levantar o
instrumento apenas o suficiente
para que o Alastic deslize para baixo).
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 67
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
De um modo geral, o Alastic deve ser usado
somente nos casos onde não é possível inserir
totalmente um arco ortodôntico de fio rígido nos
braquetes (dentes suavemente girados ou deslocados
para lingual). Em todos os outros casos, é mais
conveniente (e com a mesma rapidez) utilizar uma
ligadura com fio de aço.
G – Como remover um arco:
Quanto mais rígido o fio, tanto mais difícil
será removê-los dos tubos, especialmente
se as extremidades forem dobradas com a
finalidade de ativar as alças para redução de espaços.
Duas sugestões para minimizar os problemas:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 68
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
1. Destemperar as extremidades do fio
antes de posicioná-lo.
2. Antes de removê-lo, tente retificar as extremidades
do arco ortodôntico; em seguida segure o fio com um
porta-agulha alguns milímetros à frente do tubo molar.
Coloque um alicate de amarrar ligadura entre o tubo e
o porta-agulha e pressione.
As pontas do instrumento separam-se e a pressão
que exercem contra o tubo e o porta-agulha
removerão o fio, sem transmitir nenhuma opressão
para os dentes.
H – Como facilitar a reutilização de Bandas e
Braquetes:
Bandas:
As bandas são mais facilmente reutilizadas que
os braquetes, pois o cimento de oxifosfato é
facilmente removido com uma solução de ácido nítrico
ou fosfórico de 30 a 50%, com qualquer tipo de banho
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 69
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
simples, ou mesmo com os meios mais simples. O
inconveniente é que as marcas do tamanho das
bandas são apagadas durante o uso ou
recondicionamento.
Como proceder:
1. Quando as bandas forem
selecionadas e após a sua
cimentação, anote os tamanhos na ficha clínica do
paciente.
2. Prepare uma série de caixas (por exemplo, caixas
de filme), uma para cada tamanho e rotule-as.
3. No momento da remoção, guarde cada banda
removida na caixa apropriada, de acordo com o que
foi escrito na ficha clínica do paciente.
4. Uma vez ou outra recolhas as bandas, amarrando-
as em conjunto com fio de ligadura de acordo com o
tamanho; rotule cada grupo e coloque-as em um
limpador ultra-sônico ou remeta-as para uma Empresa
de Recondicionamento. Evite qualquer tratamento
térmico acima de 315o C.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 70
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Braquetes:
Os agentes de colagem dos braquetes não
podem ser facilmente removidos (resinas compostas).
A maioria dos recondicionadores desintegra o adesivo
pela exposição ao calor e remove
a camada oxidada escura pelo
polimento eletrolítico.
Evite estas técnicas, pois
ambos os procedimentos danificam os braquetes:
a. Procedimento de exposição ao calor, alteram a
estrutura do aço (separação do carboneto de cromo) e
comprometem suas propriedades anti-oxidantes.
b. Conseqüências: O metal se torna maleável com
redução da rigidez superficial e perda de sua
resiliência (impossibilitando a aplicação de troque nos
fios retangulares).
c. Procedimentos de polimento eletrolítico:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 71
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
1. Aumento da canaleta.
Conseqüência: O grau de liberdade indeterminado
entre o fio e a canaleta impossibilita o estabelecimento
da quantidade de torque a ser aplicado ao fio.
2. Bordas afiladas.
Conseqüência: Ferimento da mucosa, ruptura
freqüente dos elásticos.
2. Achatamento da tela de retenção.
Conseqüência: Insucessos mais freqüentes na
adesão.
O único modo seguro de recondicionamento dos
braquetes é a remoção do adesivo quimicamente
(sistema Ortho-Cycle).
Atenção: A canaleta pode ser
protegida durante a remoção do
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 72
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
braquete utilizando um instrumento apropriado com
largura de .22 ou .25”, para manter a distância correta
entre as aletas, que podem se alterar se forem
apreendidas de forma imprópria
com o alicate.
Aparelhos Removíveis
A – Métodos de Retenção:
A boa retenção é uma qualidade importante dos
Aparelhos Removíveis para assegurar a cooperação
do paciente. Os diferentes tipos de aparelhos
funcionais (ativador, Frankel, Bionator, Placa-C de
Cervera, etc.), exigem o estabelecimento de reflexos
musculares específicos da língua, dos lábios e dos
músculos de bochecha para manter o aparelho no
lugar.
Algumas vezes, os reflexos corretos são
estabelecidos em pouco tempo, e o aparelho funcional
... funciona. Por outro lado, algumas vezes, formam-se
reflexos errados, ou simplesmente não se formam,
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 73
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
sendo inútil esperar algum resultado, mesmo porque o
paciente sente-se tão incomodado que dificilmente
usa seu aparelho.
Autores como Federico V. Tenti, tem se
deleitado, há anos construindo, imaginando,
inventando, modificando e aplicando os mais variados
tipos de aparelhos funcionais e concluindo que, como
precaução, é melhor dar a todos os aparelhos
ortodônticos a melhor estabilidade possível.
Sistema número 1:
Grampo de Adams:
É o melhor meio de retenção para os molares e
pré-molares (exceto quando os dentes estão pouco
irrompidos).
Os dois subitens seguintes são dedicados à sua
construção.
Sistema número 2:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 74
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
“Splint” Parcial Anterior:
É muito fácil de fazer. Não são necessários grampos
de aço.
É indicado nos casos onde;
a. os molares decíduos estão ausentes ou prestes a
exfoliar;
b. os molares permanentes estão parcialmente
irrompidos ou necessitam de movimentação.
Contra-indicações:
a. nos casos com Trespasse Vertical negativo (=
mordida aberta);
b. em casos hiperdivergentes com aumento da Altura
Facial Anterior;
c. em casos de Classe II Esquelética muito acentuada.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 75
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
É melhor se for precedido pelo alinhamento dos
quatros incisivos superiores (por meio de quatro
braquetes + um pequeno número de arcos
segmentados por alguns meses, por exemplo).
Desta forma o Splint proporcionará a retenção
juntamente com a estabilidade. É aconselhável
reembasá-lo diretamente com resina
autopolimerizável após o isolamento da superfície dos
dentes com uma fina camada de vaselina ou creme de
silicone.
Sistema número 3:
Extensões Vestibulares de
Acrílico:
Muito fáceis de fazer. Especialmente indicados na
dentadura mista, quando:
a. os molares permanentes estão presentes;
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 76
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
b. alguns dentes decíduos presentes, possibilitando a
execução de um sulco para retenção em suas
superfícies vestibulares.
Para extensão são necessários dois fios de
conexão simples de 0,7 mm, com retenções
apropriadas por vestibular e por lingual em suas
extremidades, distanciadas aproximadamente 1 mm
da superfície do modelo. Somente é preciso prestar
atenção para que o fio de conexão não interfira (ou
que interfira o mínimo possível) na oclusão.
É inútil preparar no modelo a parte lingual da
margem gengival, como se faz
para o Grampo de Adams.
No momento da instalação
da placa, faça sulcos horizontais (com cerca de 0,5
mm de profundidade) na superfície vestibular dos
dentes decíduos. Reembase as extensões
vestibulares com resina autopolimerizável, para que
ela preencha os sulcos horizontais. Sem este artifício
as extensões não são suficientes para assegurar a
estabilidade.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 77
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Além da extrema facilidade de construção, a
Extensão Vestibular oferece outra vantagem, que não
pode ser desprezada de maneira alguma: o arco
vestibular, bem como as possíveis molas, extensões,
etc., podem ser fixados nela; em vez de cruzarem a
superfície oclusal para serem fixados a superfície
oclusal para serem fixados no acrílico da região
palatina.
Como Fazer um Grampo de Adams realmente
eficiente:
É necessário aproveitar ao máximo todas as
áreas retentivas dos dentes, tanto no sentido
vestíbulo-limgual como mesio-distal. Não é fácil
(especialmente quando o dente não está
completamente irrompido).
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 78
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
É melhor acentuar as áreas de retenção mo
modelo, removendo, se necessário, parte do gesso
correspondente ao tecido gengival. O grampo de
retenção, se bem ajustado contra o dente, deslocará a
papila sem traumatizá-la.
Felizmente os dentes não variam muito de
tamanho. Quando os olhos se acostumam com certos
tamanhos-padrão (e respeitando-os corretamente),
com um pouco de prática será possível fazer um
grampo de Adams adaptável em 90% dos casos.
É aconselhável, antes de tudo, observar muito
bem os desenhos numa escala de 5:1, e tê-los em
mente. Peque aproximadamente 90 mm de fio de 0,7
mm redondo, um alicate 139 e siga os passos
expostos mais adiante.
Até que os olhos se acostumem com as
dimensões, é melhor conferir as medidas a cada
passo. Porém, isto não é o suficiente! O melhor
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 79
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
grampo não retém sem uma boa adaptação no lado
lingual.
Essa adaptação pode
ser obtida apenas com
a resina acrílica,
contanto que o seu
limite supere o equador do dente. Quando um dente
não está totalmente irrompido, a sua coroa clínica
deve ser aumentada no modelo.
Para evitar a compressão dos tecidos gengivais,
a resina deve ser removida da margem recém-criada.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 80
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Grampo de Adams para Pré-molar:
Um grampo de Adams para um pré-molar deve
ter as mesmas alças dos
molares. Somente a barra
horizontal será de
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 81
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
comprimento reduzido: para o molar utiliza-se 7 mm
de comprimento, considerando-se que o seu diâmetro
mesio-distal seja de 11 mm; desta forma, para um pré-
molar utiliza-se 3 mm de comprimento, considerando-
se que o seu diâmetro mesio-distal seja de 7,5 mm, e
sua área de retenção mais acentuada.
Passos para
Construção de um Grampo de Adams:
Fio: 0,7 mm de aço inoxidável.
Instrumental: Alicate no 139.
1. Pegue cerca de 9 cm de fio.
Marque na região média,
com uma caneta
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 82
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
hidrográfica ou lápis dermatográfico, dois
pontos distanciados exatamente 7 mm entre si.
2. Coloque a ponta piramidal do alicate
imediatamente antes da marca e dobre para
cima um pouco mais de 90o
3. Faça o mesmo com a outra marca.
4. Faça duas marcas nos
prolongamentos verticais a 3 mm da
base (incluindo a espessura do fio).
5. Coloque a ponta
redonda do alicate
justamente sobre uma das marcas e dobre o fio 180o
para baixo.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 83
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
6. repita o procedimento no outro lado, obtendo assim
as duas alças. A distância média entre as partes
salientes das duas alças deve ser de 10 mm.
Confira!.
7. Segure uma das alças
(por mesial) com alicate
posicionado
horizontalmente e dobre formando um ângulo de 75o
com a barra horizontal.
8. O mesmo procedimento é efetuado com a outra
alça (a distal). Desta vez a dobra deve ser um pouco
menos acentuada:
55o para um molar inferior;
60o para um molar superior.
Talvez você considere um excesso de precisão.
Não se leva muito tempo
para concluir um diagrama
até que você seja capaz de
avaliá-lo com uma simples
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 84
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
olhada. A colocação do alicate sobre o desenho ao
lado pode ajudar.
9. Adapte o grampo no modelo de modo que as duas
alças (inclinadas em 60o quando comparadas com a
superfície oclusal), estejam em contato com a região
de máxima retenção dentária.
Lembre-se: a alça dobrada em 75o deve ficar por
mesial, e a outra em 55 a 60o deve situar-se por distal.
Se esse contato não existir, não prossiga com os
outros passos, seria inútil.
Se as medições foram realizadas corretamente
(confira novamente), 9 casos em 10 não apresentam
problemas.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 85
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Se estiverem um pouco fora da região de retenção,
tente aproximá-las fazendo uma pequena curvatura
para fora na barra horizontal.
Se estiverem muito distantes, ou se estiverem muito
próximas uma da outra, ou se a barra horizontal tocar
na superfície do dente, é melhor começar tudo
novamente, alterando suavemente o tamanho da
barra horizontal.
É inútil prosseguir, sabendo de antemão que os
resultados finais serão ineficientes.
10. Coloque a ponta piramidal do alicate
afastada 2 mm da curvatura da alça e
dobre o fio em 90o em relação ao eixo
da alça.
Faça o mesmo na outra alça. Recolocando as alças
na sua posição, os prolongamentos dos fios apontarão
em direção à superfície oclusal.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 86
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Esta será a direção do segmento intermediário entre a
alça e o prolongamento de conexão.
11. Usando uma caneta hidrográfica de
ponta fina, marque o ponto onde o fio tocar
na superfície oclusal.
Coloque a ponta piramidal do alicate
antes da marca e dobre o fio em 30o , de
modo que ele cruze o plano oclusal o
mais próximo possível do ponto de
contato.
O fio de conexão é então adaptado passando pela
superfície proximal do dente, sem interferir com as
cúspides dos dentes opostos.
Faça o mesmo com a outra alça.
12. Com as alças em posição, marque com
uma caneta hidrográfica os pontos onde os
prolongamentos oclusais do fio, após
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 87
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
passarem sobre o ponto de contato, começam a
deixar o dente (4 a 5 mm da dobra anterior).
Coloque a ponta piramidal do alicate antes
da marca e dobre o fio em 60o para afastá-
lo da superfície oclusal logo que possível.
Este passo resulta em um prolongamento paralelo ao
longo eixo da alça.
Neste momento, o grampo não poderá permanecer
nessa posição, porque os prolongamentos tocam na
gengiva no lado lingual.
13. Coloque a ponta piramidal do alicate
imediatamente após a dobra anterior e
faça uma dobra contrária em 60o , para que o fio se
afaste da gengiva.
Neste passo, a dobra é paralela à superfície oclusal.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 88
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
14. Posicione novamente a ponta piramidal do alicate
logo após a dobraanterior e dobre o fio em direção à
superfície lingual ou palatina.
O ângulo desta dobra é estritamente
individual.
O fio deve ficar 1 a 2 mm afastado do
modelo.
Se o modelo inferior apresentar retenções na região
lingual do processo alveolar, elas terão que ser
preenchidas com cera.
Cera preenchendo as retenções no
arco inferior.
15. As extensões dos fios serão dobradas
aproximadamente 7 mm além das últimas
dobras.
O Grampo de Adams está pronto.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 89
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Este grampo também possui boa retenção nos
molares decíduos, nos caninos permanentes e até
mesmo nos incisivos permanentes.
As alças serão sempre do mesmo tamanho. Somente
sua inclinação e o comprimento da barra horizontal se
modificarão.
Para o comprimento da barra horizontal, a estimativa
é de aproximadamente 4 mm menor que o diâmetro
mesio-distal do dente:
Em cada lado 1 mm é ocupado pela espessura
do fio e pela sua curvatura, 1 m subtraído pela área de
retenção.
Os dez erros mais comuns na construção do
Grampo de Adams:
Erro no 1:
As alças são muito curtas:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 90
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A barra horizontal entre as duas alças toca na
superfície vestibular do dente, e então não alcançam
as áreas retentivas.(quase todos os grampos de
Adams pré-fabricados existentes no mercado,
infelizmente, são confeccionados dessa forma).
Erro no 2:
A alça é muito estreita:
Pode facilmente fraturar aqui.
Além disso, se a barra horizontal
tocar na superfície vestibular, as
alças serão incapazes de alcançar
as áreas retentivas.
Erro no 3:
A alça está muito horizontal:
Pressionando excessivamente para entrar na região
retentiva.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 91
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A fratura é muito fácil nesse
ponto.
Erro no 4:
O braço interno da alça é muito longo:
Falta o segmento intermediário, este ângulo está
muito acentuado.
A fratura é muito fácil neste
ponto.
Erro no 5:
O braço interno da alça é muito longo:
Como conseqüência, o segmento
de
conexão fica muito distante da
superfície oclusal e interfere na mastigação.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 92
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Erro no 6:
O segmento intermediário é muito longo:
Como conseqüência, o segmento de
conexão interfere na mastigação.
Erro no 7:
O segmento de conexão é muito
longo:
Pode interferir na mastigação.
Erro no 8:
A barra horizontal é muito longa:
(um erro mais comum)
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 93
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
As alças são dobradas em 90o e não podem utilizar
bem a região retentiva. Além disso, pressionam mais
as papilas que os dentes.
Este erro (se pequeno) pode ser corrigido efetuando
uma curvatura vestibular na barra horizontal.
Erro no 9:
A barra horizontal ainda é muito longa:
O erro foi corrigido com uma
convergência excessiva das
alças, tornando-as menos
elásticas e mais frágeis.
Erro no 10:
A barra horizontal é muito curta:
O erro foi corrigido alargando as
alças e eliminado sua
convergência.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 94
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Dentro de certos limites, é aceitável, mas, se for
exagerado, as alças podem utilizar somente as
regiões de retenção vestibular e não a mesio-distal.
Como fazer um Arco Palatino de Suporte para os
aparelhos removíveis superiores:
Um arco de suporte simples, para unir o lado
direito com o esquerdo, pode proporcionar uma
aparência mais suave aos nossos
aparelhos, tornando-os muito mais
aceitáveis pelos pacientes.
Instrumental: Alicate de Ruhland e Alicate de Adere ou
Tridente.
Fio: de aço inoxidável redondo de 1,2 mm.
Tome 10 cm de fio e usando um alicate de
Ruhland, faça uma curvatura em forma de “U” no
centro do fio.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 95
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Segure o fio com um alicate
Tridente grande, posicione-o
obliquamente em 45o e a uma
distância de 15 mm do centro da
curvatura.
3. Aperte o alicate ao
máximo, formando uma
dobra de 45o nos três planos do espaço.
4. O mesmo é feito do lado oposto.
5. Obtêm-se então um arco palatino, facilmente
adaptável
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 96
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
6. Pode ser usado
7. Fazendo-se uma marca alguns milímetros abaixo
da margem gengival, com 3 a 5 dobras suaves com o
alicate tridente assegura-se uma ótima retenção no
acrílico.
Se for necessário movimentar os molares e pré-
molares para vestibular ou lingual, substituindo
vantajosamente o parafuso.
Observação:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 97
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Recobrir com acrílico todo o palato para obter a
sua expansão, não é nada mais que uma superstição
medieval. A pressão direta do acrílico na mucosa
palatina pode produzir:
Isquemia,
Irritação,
Ulceração,
E reabsorção do osso subjacente.
A expansão do palato pode ser obtida somente
pela pressão exercida diretamente nos dentes e
indiretamente no ligamento periodontal.
Como fazer uma Máscara Facial (tipo Delaire):
As existentes no mercado são todas muito
bonitas, pesadas, incomodas e caras. O tipo que está
sendo apresentado pode ser facilmente fabricado em
laboratório e adaptado em qualquer face de 5 a 18
anos.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 98
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Utilize um alicate Dentaurum 003-180 e cerca de 60
cm de fio de 1,5 mm.
Corte o
fio em
duas
partes de
30 cm e
modele
cada um
como no
desenho.
Iniciando da região inferior (todas as medidas são em
milímetros).
Agora tome aproximadamen-te 15 cm de fio de 1,1
mm para confeccionar duas hastes com ganchos para
aplicação dos elásticos.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 99
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Como fazer uma Placa Lábio Ativa Adaptável:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 100
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Adaptar corretamente uma Placa Lábio Ativa
(PLA) é, provavelmente, o procedimento mais difícil e
delicado de todas as técnicas ortodônticas. Não é
necessário que a Placa Lábio Ativa seja construída
individualmente no modelo do paciente
Aconselha-se ter sempre em mãos algumas
placas pré-fabricadas para adaptar caso a caso.
Infelizmente, nenhuma das encontradas no mercado
apresenta as características ideais.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 101
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Uma placa bem construída, bem adaptada e bem
empregada pode apresentar resultados excelentes.
Uma placa mal construída ou mal ajustada constitui
apenas uma punição injusta para a criança.
Para construir e adaptar corretamente uma
placa, é necessário entender completamente suas
funções e requisitos.
Funções da Placa Lábio Ativa:
-Eliminar a pressão labial inferior sobre os
incisivos inferiores e transferi-la para os molares.
- Em certos casos (nem sempre, infelizmente)
pode estimular a contração dos lábios hipotônicos.
Indicações:
1. Movimentação para distal dos molares inferiores.
2. Ancoragem dos molares inferiores.
a. quando são usados elásticos intermaxilares de
Classe II;
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 102
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
b. na transição da dentição mista para a permanente,
quando o espaço de Nance deve ser mantido.
3. Correção do hábito de sucção do lábio inferior
(muito freqüente em casos de trespasse horizontal
acentuado).
Contra-indicações:
1. Nos casos com tendência à Classe III Esquelética
(mesmo muito suave), por duas razões:
a. um possível agravamento (devido a uma tendência
para o crescimento no sentido anti-horário ou tipo C
de Tweed) seria certamente atribuído pelos pais à
PLA).
b. é mais razoável, em tais casos, usar uma
ancoragem extrabucal de Tração Baixa na esperança,
embora pequena, de obter um certo efeito Ortopédico
no crescimento condilar.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 103
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
2. Quando existe um excesso de espaço no arco
inferior.
3. Quando os incisivos estão demasiadamente
inclinados para vestibular.
Características ideais de uma Placa Lábio Ativa:
1. Deve apresentar a
superfície mais larga possível,
compatível com a estética e a
função.
2. deve permanecer afastada pelo menos 1
mm de distância dos dentes e da superfície
gengival, mas não mais que 3 mm, para
que não altere o perfil do paciente.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 104
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
3. Deve situar-se o mais profundamente
possível no sulco vestibular, devido à maior pressão
muscular e para ser menos visível ao sorrir.
4. Não deve ser muito delgada para que não
provoque ulcerações, mas nem tão espessa para que
não influencie na estética. Uma espessura ideal é de
2,5 a 3 mm.
5. Deve ser ajustável no sentidos vertical e ântero
posterior (quanto mais rapidamente os molares
movimentarem-se para distal, tanto maior deverá ser a
largura das alças para evitar a pressão na região
gengival).
6. Não deve ser muito flexível, mas também não muito
rígida. Fio ideal: 1 mm.
Passos para a construção:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 105
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
- Tome cerca de 18
cm de fio de 1 mm
de diâmetro e dobre-o exatamente como no desenho.
As alças laterais são utilizadas para adaptar os
escudos à conformação individual do arco e para
avançá-los à medida que os molares movimentam-
separa distal.
- Após conformada no plano,
a curvatura do arco deve ser
ajustada com alicate de
pontas côncava e
arredondada, iniciando no segmento central e
continuando nos segmentos laterais que retêm os
escudos.
Os escudos são
confeccionados como no
próximo exercício.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 106
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A curvatura ideal é obtida usando a superfície de uma
garrafa ou de uma lata.
Prepara-se uma tira larga, cerca de 17 mm (15 mm
depois de terminada) e cortam-se porções de 10 mm
de altura; os cantos devem ser arredondados
corretamente.
4. Coloque os escudos
atrás de cada dobra com
o fio à frente da superfície
opaca e convexa do acrílico.
Fixe os escudos ao fio com acrílico (sistema pós-
líquido). Os escudos devem possuir espessura maior
na margem inferior. Dê o acabamento e o polimento.
Modo de Adaptação:
1. Insira nas duas extremidades do fio limitadores
tubulares. Insira as extremidades nos tubos dos
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 107
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
molares e desloque os limitadores até que os escudos
estejam aproximadamente a 2 mm da gengiva dos
incisivos inferiores. Fixe os encaixes com solda.
1. Utilize um alicate 139:
a – para abaixar os escudos, se
estiverem muito altos;
b – para levantar os escudos, se
surgirem lesões no sulco vestibular,
(verifique se o acrílico está bem arredondado e
polido).
c – para movimentar os escudos para anterior, à
medida que os molares moviemntam-se para distal).
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 108
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Outras Sugestões para a Placa Lábio Ativa:
1. As vezes, hipertrofias
assintomáticas
aparecem na mucosa
das bochechas (papilomas).
Nesses casos, é aconselhável inserir pequenos tubos
plásticos nas partes laterais.
2. Ao suspeitar que o paciente não está usando sua
placa lábio ativa
durante as 24
horas removendo-
a somente para as refeições e a higiene bucal), é
melhor amarrá-la às bandas, após ter soldado um
gancho de latão na frente do encaixe.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 109
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Como Fazer Escudos Bucais:
Não é difícil fazer escudos bucais de acrílico. O que é
difícil é fazê-los finos e, acima de tudo, bem polidos na
sua parte interna.
Esta pequena dica, pode facilitar muito o trabalho:
Uma placa de vidro, ou melhor
ainda, uma garrafa de
superfície lisa pode ser
utilizada. Ou melhor ainda, um
recipiente cilindrico de plástico
cortado verticalmente em duas
partes, uma côncava e outra convexa.
- Usando tiras de cera, delimite (com um pouco de
excesso) uma superfície com o formato e as
dimensões necessárias para o escudo bucal.
- A superfície é levemente lubrificada com vaselina ou
silicone.
- Despeje uma camada fina de resina e,
movimentando-a apropriadamente, obtenha uma
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 110
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
camada uniforme com aproximadamente meio
milímetro de espessura.
- O sistema pó + líquido também é apropriado.
- Após a polimerização, obtêm-se uma fina concha de
acrílico com uma superfície perfeitamente lisa e
facilmente polida.
- Esta superfície formará a parte menos acessível do
escudo.
- Na superfície âspera, adapte os fios que serão
fixados com o sistema pó + líquido.
- Para evitar que o novo acrílico, quando depositado,
altere a superfície já polida, recomenda-se o uso do
acrílico que não se espalha.
- É aconselhável um certo estoque de conchas, de
tamanhos diferentes; para que as partes desejadas
possam ser prontamente recortadas quando
necessário.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 111
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Como Fazer Um Aparelho de Frankel (FR 1):
1. Monte os modelos em
articulador, usando uma
mordida em cera
registrada com 2 a 3 mm de protrusão e 2 a 3 mm de
dimensão vertical.
2. Escave ao máximo o modelo no sulco vestibular
lateral superior e no sulco vestibular ântero-posterior,
para obter uma distância de 10 a 12 mm da margem
gengival. (Como orientação auxiliar, observe a boca
do paciente diretamente).
3. Dois sulcos de cada
lado do modelo
superior, um por distal
do canino e outro por mesial do molar, devem ser
esculpidos (nos casos onde os elásticos de separação
não foram aplicados antes da realização da
moldagem).
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 112
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
4. Coloque uma camada de cera nas áreas
correspondentes aos escudos
vestibulares, previamente
demarcadas com um lápis
(espessura de 4 a 5 mm na
área dos dentes e 2 a 3 mm na região alveolar.
- Corte a cera ao nível do plano oclusal, para
possibilitar a abertura do articulador e a separação
dos modelos.
Observação: O procedimento com cera pode ser
eliminado, se a sugestão prática no 2 mais à frente for
aceita.
5. Adapte o arco
vestibular superior (fio de
0,9 mm) na forma de um
arco ideal sobre os incisivos
superiores.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 113
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
- Na região distal do incisivo lateral, dobre o arco
para cima e depois em direção aos escudos
vestibulares.
- As dobras de retenção, ao nível do escudo,
devem ser confeccionadas uniformemente a 0,5 mm
da superfície da cera.
- Isto é válido também para a retenção de todos
os outros elementos.
6. Faça as alças
contronando os caninos
superiores (fio 0,8 a 0,9
mm), passando pelo desgaste realizado na face
distal.
7. Contorne um arco palatino (fio
de 1,2 a 1,3 mm) uniformemente
afastado de 1 a 2 mm da mucosa
palatina. Ele deve penetrar na base do sulco mesial
do molar (o sulco deve ser estendido para a camada
da cera); deve ultrapassá-la, formando uma dobra de
retenção (distanciada 0,5 mm da superfície da cera) e
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 114
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
retornando ao último molar decíduo (se ainda estiver
presente) ou ao primeiro molar permanente (se o
segundo molar decíduo estiver ausente).
8. Com um fio de 0,9 mm, modele
o arco que suporta os dois
escudos labiais, onde sua
extensão foi previamente demarcada no modelo e
recoberta com isolante ou uma camada fina de cera.
- Nesta área, o fio deverá permanecer afastado do
modelo cerca de 2 mm.
O acrílico aplicado, será
posteriormente
desgastado cerca de 1
mm na superfície interna (este espaço permanece
entre os escuidos e a mucosa).
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 115
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Todos elementos de aço
devem ser fixados ao modelo
com cera, nos pontos que
não serão cobertos com
acrílico.
9. Incorpore alças no arco lingual (fio de 0,9 a 1 mm).
- O arco não deve tocar nos dentes.
- As alças dobradas para baixo ao longo dos caninos,
formam uma alça em forma de “U” ao nível da raiz do
primeiro pré-molar, elevam-se novamente e passam
por distal do canino ou do primeiro pré-molar.
- As alças devem ficar
em contato com a
mucosa.
- A cada 3 ou 4 meses,
devem ser ativadas para a frente 2 a 3 mm (contanto
que o paciente tenha usado seu aparelho e os
resultados sejam satisfatórios).
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 116
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
As alças linguais podem ser substituídas por um
Escudo lingual, unindo fios de 1,2 mm.
10. Aplique (finalmente) o acrílico para formar os
escudos vestibulares, linguais e labiais.
Se as dobras de retenção foram confeccionadas a
uma distância uniforme (0,5 mm) da cera, as
projeções vestibulares não devem ser mais espessas
que 2 mm (2,5 a 3 mm nas extremidades para que
possam ser melhor arredondadas).
Os escudos vestibulares ficarão com 3 mm de
espessura, porém, 1 mm será removido da superfície
interna.
O acrílico do tipo que não se espalha é bastante
recomendável.
Uma vez poliemrizado o acrílico, execute o
acabamento e o polimento.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 117
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Sugestões Práticas:
Sugestão prática no 1:
O fio que suporta o
escudo labial deve formar uma alça vertical
(aproximadamente 5 a 6 mm de altura, com a abertura
para baixo) antes de penetrar nos escudos
vestibulares.
A abertura gradual
dessas alças permitirá o
avanço dos escudos
labiais, que deve ser
realizado a cada 3 ou 4
meses.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 118
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Na ausência dessas alças verticais, o avanço dos
escudos poderá ser realizado somente de duas
formas:
a. separando o fio e unindo-o novamente nos escudos
laterais;
b. aplicando um parafuso na parte anterior de cada
escudo vestibular.
Se o escudo lingual substituir as alças linguais, poderá
ser facilmente ativado adicionando acrílico sobre sua
superfície anterior.
Sugestão prática no 2:
O acabamento e o polimento da superfície interna dos
escudos vestibulares exige muito tempo e dificilmente
se chega a resultados satisfatórios.
Um resultado melhor pode
ser obtido, com uma
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 119
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
considerável economia de tempo, se o passo no 4 for
modificado como se segue:
Em vez de colocar a camada de cera sobre o modelo,
duas conchas de acrílico, de espessura mínima (uma
fração de milímetros) são preparadas
(numa placa de vidro lubrificada com vaselina) usando
a técnica pó-líquido descrita anteriormente.
A placa de vidro pode ser substituída por uma
garrafa ou uma lata com 10 a 12 cm de diâmetro;
obtendo-se, portanto, uma curvatura adequada.
O rolete de cera deve possuir 1 a 2 mm de altura.
As dimensões e o formato aproximado dessas
conchas serão as mesmas dos escudos
confeccionados no modelo, com um aumento de
aproximadamente 1 mm em todo o seu contorno.
Uma vez polimerizado o
acrílico, a superfície
correspondente à placa de vidro
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 120
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
ficará perfeitamente lisa (e será possível realizar o
polimento).
As extremidades serão arredondadas (está é a razão
do milímetro adicional em todo o contorno).
As conchas (divididas ao nível do plano oclusal) serão
colocadas com a superfície lisa contra o modelo, por
meio de pequenas quantidades de cera, massa ou
pasta de moldagem de silicone e deverão ser fixadas
a uma distância uniforme (4 a 5 mm dos dentes e 2 a
3 mm da mucosa ao nível do fórnice).
Na superfície âspera externa, os fios serão
adaptados o mais próximo possível e serão fixados
com outra camada de acrílico, ainda usando a técnica
pó + líquido, prestando atenção para que não escorra
para a parte interna, já polida.
Com esta segunda camada de acrílico, não
somente as partes de aço serão unidas aos escudos,
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 121
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
como também as porções inferior e superior dos
escudos serão definitivamente unidas uma a outra.
O acrílico do tipo que não se espalha é
incomparável para reduzir o risco de dispersão do
acrílico.
Mesmo procedimento pode ser adotado para os
escudos labiais (também para que o polimento interno
seja mais fácil).
Modificação Sugerida no 1:
Eliminação do fio de união dos dois pequenos
escudos labiais. Sem dúvida, esta modificação facilita
o posicionamento correto dos escudos, considerado
extremamente importante por Frankel.
Não é fácil estabelecer a perfeição do modelo e,
portanto, seu uso depende da habilidade de ajustá-lo
diretamente na boca.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 122
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Observação: O diâmetro de todos os outros fios deve
ser aumentado de 1 a 2 décimos de milímetro; caso
contrário, com a eliminação do espaço intermediário, o
aparelho ficará muito flexível.
Modificação Sugerida no 2:
O arco vestibular em vez de repousar sobre a
superfície vestibular dos incisivos, suporta um plano
de mordida de acrílico.
O plano de mordida do acrílico:
a. proporciona ao FR 1 mais estabilidade e, assim,
menos desconforto;
b. a intrusão dos incisivos superiores e inferiores pode
ser obtida; desde que sejam associados os exercícios
isométricos para os músculos da mastigação.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 123
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
c. a ação de retração nos incisivos superiores pode
ser mantida, contanto que o acrílico seja acrescido de
alguns milímetros na superfície vestibular.
Observação: Uma maior estabilidade do aparelho,
talvez possa reduzir o estabelecimento de alguns
reflexos musculares, necessários para a produção
dos efeitos terapêuticos...
PASSOS BÁSICOS PARA CONFECÇÃO
DE APARELHOS REMOVÍVEIS
1o) Planejamento.
2o) Confecção de grampos.
3o) Fixação dos grampos com cera 7.
4o) Hidratação do modelo (5 minutos0.
5o) Isolar modelo (isolante gesso/acrílico).
6o) Manipular acrílico e entulhar dando forma a
placa.
7o) Levar a panela polimerizadora por 10
minutos.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 124
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
8o) Fazer desgastes necessários com a broca
de
aço ou tungstênio.
9o) Fazer acabamento com lixa de madeira no
mandril, e depois usar lixa d’água debaixo de
água.
10o) Dar polimento final no torno com pedra
pomes
e Kaol com escovas de pano.
Técnica de Glaze ou Banho de Brilho
Após o desgaste e acabamento das placas,
podemos dar o polimento final usando a seguinte
técnica de Glase:
Coloque um pouco de monômero termo-
polimerizável em recipiente de vidro resistente ao
calor, e leve em banho-maria até a fervura da água.
Deixar a água ferver até observar bolhas no
monômero.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 125
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Banhar o aparelho no monômero quente por 3
vezes, mergulhando-o rapidamente com auxílio de
uma pinça.
Deixe o aparelho secar totalmente sem tocá-lo.
Expansor Fixo tipo Hass:
O disjuntor de Hass é um aparelho ortodôntico
fixo que tem por finalidade promover a expansão
palatal rápida com o objetivo de corrigir mordidas
cruzadas posteriores decorrentes da atresia do arco
dentário superior. Como promovem a separação dos
ossos maxilares ao nível da sutura palatina, esses
aparelhos exercem uma função ortopédica e devem
ser chamados de disjuntores e não de expansores.
Sua ácão é bastante rápida e separações
suturais superiores a 11 mm podem ser obtidas em
tempo relativamente curto. O disjuntor de Hass tem
como componentes: barras linguais, parafuso
expansor padrão, corpo de acrílico e bandas.
Composição do aparelho:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 126
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
O expansor fixo tipo Hass é composto por 4
bandas nromalmente adaptadas nos 1os pré-molares e
1os molares. Esta bandagem pode variar dependendo
do planejamento do tratamento proposto pelo
ortodontista.
Duas barras de conexão, que variam de 0,9 mm
a 1,2 mm, se unem às bandas para dar suporte a um
corpo de resina acrílica que por sua vez é formado por
dois apoios mucosos independentes, unidos pelo
parafuso expansor. O corpo de resina acrílica
caracteriza o aparelho de expansão fixa tipo Hass.
Técnica de Confecção:
Com o modelo bandado nos
primeiros pré-molares e nos
primeiros molares, fazer um
desgaste no gesso onde
receberá a solda.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 127
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Com o auxílio do alicate 139 ou similar, fazer com o fio
ortodôntico, o contorno dos dentes posteriores.
Ao nível da face mesial do
primeiro pré-molar, marcar no
fio e fazer com a ponta cônica
do alicate 139, um ângulo de 180o / Repetir a manobra
na distal do primeiro molar.
Agora fazer um ângulo
em, mais ou menos 90o ,
em direção palatina e
confeccionar a retenção.
A barra de conecção
deve tocar uma superfície palatina das bandas e,
quando se direcionar ao palato, deve permanecer
afastado.
Para o lado oposto, repetir a mesma manobra feita
anteriormente.
Confeccionada as barras
de coneção, adaptá-las ao
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 128
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
modelo bandado e fixá-las com o auxílio do
revestimento para fundição.
Aplicar o fluxo para soldagem, soldando-as
posteriormente.
Remover a estrutura
metálica do modelo,
tomando o cuidado com
as bandas e promover
um acabamento e um polimento nas soldas.
Feito o polimento, fazer um leve
alívio em cera no modelo, com
cera bem plastificada.
Adaptar as barras de
conexão e posicionar o
parafuso expansor de
modo que este fique sobre
a face palatina mediana e
com uma altura média de 5
mm.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 129
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Promover a hidratação do modelo e, em seguida, a
polimerização. O corpo de acrílico deverá cobrir todo o
parafuso ficando a uma distância aproximada de 1 cm
da região cervical dos dentes.
Fazer o acabamento e
polimento de forma que
o corpo de acrílico
acompanhe a
conformação palatina
com as bordas arredondadas.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 130
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Expansor Fixo Tipo Hyrax:
Consiste num aparelho expansor fixo ativo, que
aplica força no processo dentoalveolar da maxila, de
modo a expandi-la. Está indicado para atresias
esqueléticas dos arcos maxilares, apinhamentos e
mordidas cruzadas. A diferença dos aparelhos de
Hyrax e Hass está apenas na presença do corpo
acrílico no aparelho de Hass.
A ausência deste corpo, o aparelho de Hyrax,
se justifica pela facilidade de higienização do
aparelho, também o tornando menos volumoso e
menos traumático para o palato.
Composição do aparelho:
O aparelho
expansor fixo tipo Hyrax,
é constituído de um
parafuso expansor, com
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 131
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
quatro extensões de metal, soldado às bandas
localizadas normalmente nos primeiros pré-molares e
primeiros molares. Por sua vez, estas bandas são
unidas por barras palatinas, constituídas por fio que
varia de 0,9 mm a 1,2 mm. O parafuso expansor com
quatro extensões é encontrado em diversos tamanhos
e também em algumas marcas comerciais diferentes.
Ativação do aparelho:
O aparelho é ativado
girando a chave de ativação
em direção posterior. Cada
giro corresponde a ¼ de
volta e promove 0,25 mm de
expansão lateral. Expansões superiores a 11 mm
podem ser conseguidas num período relativamente
pequeno.
Técnica de Confecção:
Com o modelo bandado, promover um desgaste no
gesso, na região onde será soldado.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 132
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Desenhar uma linha
sobre a face palatina
mediana para facilitar o posicionamento do parafuso.
Selecionar o parafuso de acordo com o tamanho da
atresia maxilar.
Com o auxílio do alicate 139 ou
similares, fazer a adaptação do
parafuso às bandas, de
modo que, as hastes do
parafuso fiquem em
contato com a região lingual das bandas.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 133
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Posicionar e prender o parafuso ao modelo, com o
auxílio do revestimento para fundição.
Com o fio 0,9 a 1,2 mm, confeccionar as barras
linguais, adapta-las e prende-las com revestimento.
Aplicar o fluxo para soldagem e, com a zona redutora
da chama do maçarico, promover a soldagem.
Remover o aparelho do modelo, sem danificar as
bandas.
Fazer o acabamento e o polimento das soldas da
mesma forma já descritas anteriormente.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 134
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Expansor fixo tipo Hyrax terminado.
Aparelho Sagital:
Corretor Ortopédico 1:
Indicações:
1. Classe II para Classe I.
2. Aumentar a dimensão em
casos de sobremordida
profunda.
3. Excelentes resultados em tratamentos de Classe II
Esquelética.
4. Tratamento da dentição mista ou permanente.
Nota 1:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 135
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A este aparelho pode-se adicionar várias modificações
para movimentos dentários específicos, rotações,
treinamento lingual, fechamento de espaços, etc.,
dependendo do caso. Isso é ensinado nos cursos de
técnicas avançadas.
Nota 2:
Este aparelho tratará as idnicações mencionadas
acima até alcançar os melhores e mais estáveis
resultados, num período de tempo mais curto do que
todos os aparelhos ortopédicos ou funcionais que se
utilizam atualmente.
Nota de Construção:
Os incisivos superiores contactam com o
encapsulamento de acrílico dos incisivos inferiores.
Projeções de acrílico e o Corretor Ortopédico I –
Ajustes para avançar a mandíbula:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 136
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Quando se ativam os
parafusos laterais do
Corretor Ortopédico I
para avançar a
mandíbula, deve-se
eliminar as projeções
de acrílico inferior que rodeiam os setores póstero-
inferiores.
e de ambos os lados
do aparelho.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 137
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
para permitir o avanço da arcada inferior sem
obstáculos.
Lado direito do
encapsulamento do
aparelho, tal como
aparece
normalmente,
atuando para manter os dentes ântero-inferiores. Do
lado esquerdo do aparelho retirou-se o
encapsulamento para vestibularizar os dentes ântero-
inferiores durante os três primeiros meses de
tratamento.
Visão intrabucal do
Bionator após
eliminar-se o apoio
vestibular do
encapsulamento para
vestibularizar os
dentes ântero-inferiores, aumentando-se assim, o
ângulo interincisal e a porçào incisal engrossada, a fim
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 138
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
de acelerar a erupção posterior, auemntanto-se assim,
a ação vertical.
Os resultados com este aparelho são muito
rápidos.É muito popular e é o aparelho mais utilizado:
Casos Classe I com apinhamento.
Casos Classe II, divisão 1 com apinhamento.
Classe II, divisão 2 (primeiro aparelho).
Classe II, Divisão 2:
Na Classe II, a retrusão
dos dentes ântero-
superiores em divisão 2
deve ser corrigida
inicialmente com este
aparelho.
Então o segundoa parelho
é um corretor Ortopédico I
para transformar em
Classe I a Classe II e abrir
a mordida.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 139
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Este aparelho sagital tem plano de mordida posterior
de acrílico. O plano de mordida anterior deve
contactar com os dentes inferiores de cada lado do
plano de mordida,
Nota 1: Os arcos de retração canina são utilizados
frequentemente sobre o aparelho para movimentar
caninos bloqueados distal e lingualmente.
Importante: O parafuso no 714 de Schew de aço
alemão de extraornária resistência é o melhor
expansor nunca antes desenvolvido para este
aparelho.
O parafuso no 714 de Schew têm uma expansão de 8
mm quando se abre, o qual é de extrema importância
para que este aparelho seja eficaz. Não se deve
aceitar nenhum outro parafuso com uma expansão
menor, porque neste caso serão necessários dois
aparelhos sagitais.
Mordida de cera para Aparelho Sagital:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 140
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Coloca-se a cera-base sobre os dentes
posteriores deixando os dentes anteriores livres da
cera. Pede-se ao paciente que feche lentamente a
boca em relação cêntrica, até que exista um espaço
de 1 a 1,5 mm entre os dentes supero-inferiores
posteriores.
A figura do aparelho ao
lado é de um aparelho
sagital com segundos
molares presentes, a ação
do aparelho sagital é
basicamente anterior, com os segundos molares
extraídos, a ácão é basicamente na direção posterior.
A figura ao lado, é de
uma mordida
construída para
aparelho sagital.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 141
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A espessura da cera não deve ser superior a 1 a 2
mm entre os dentes posteriores, ao registrar o molde.
Uma espessura superior produz um aparelho com
bases de acrílico muito espessas para o uso e
comodidade do paciente.
Na figura ao lado, o
aparelho sagital I,
aparelho que age sob o
princípio de que existe
um só grupo de molares (primeiros superiores) à
esquerda na boca para o qual é ligado, pois os
segundos molares foram extraídos. Isso resulta em
uma ação que produz cerca de 90 a 85% de
distalização para somente 15 a 20% de
desenvolvimento anterior.
Quando os segundos molares sãol removidos
(mostrados no desenho), as forças da placa de
expansão serão aplicadas basicamente na direção
distal.
O desenho do aparelho sagital é
essencialmente dependente do tipo de distorção
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 142
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
existente na arcada dentária, para a qual ele deve ser
utilizado porém, todos estes tipos de aparelhos têm
certos componentes gerais em comum:
1. Em primeiro lugar, para o aparelho superior, existe
a parte palatal superior ou placa básica. Ela se
estende sobre as superfícies oclusais de todos os
dentes posteriores, numa espessura de 1,5 a 2,0 mm.
Isso representa um acréscimo criado pelo Dr. Witzig
para as antigas placas Y do Dr. Herman Voss e A. M.
Schwarz.
2. O aparelho é dividido em três partes ciomponentes:
uma aplicada contra a região da pré-maxila e
mesopalatina, e duas aplicadas contra os dentes
posteriores e regiões gengivolinguais ao longo dos
dentes posteriores nos dois lados.
3. O corte seccionante passa pela margem posterior
do aparelho no ponto médio entre a linha
mesopalatina e a crista oclusolingual, onde ela corre
para a frente paralela à linha média da sutura
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 143
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
mesopalatina até um ponto no mesmo nível do
primeiro molar superior, depois volta-se 90o para uma
distância ligeiramente maior que a largura do parafuso
de expansão a ser usado, depois gira 90o
anteriormente outra vez, e segue para um ponto
distolingual aos caninos do maxilar, onde curva-se em
um ângulo de aproximadamente 45o, na direção da
superfície vestibular onde a secção move-se bem
distal à margem distal de cada canino respectivo.
4. Em situações unilaterais, aparece só uma secção
do lado a ser movido, e o aparelho é posteriormente
dividido em apenas duas partes.
5. Os segmentos posteriores contém os grampos que
seguram o aparelho. Um grampo Adams no primeiro
molar e um grampo Adams ou grampo tipo gota na
região dos pré-molares são geralmente o modelo
padrão.
6. O canino pode ou não ter grampos como um
grampo simples tipo C, dependendo se ele vai ou não
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 144
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
ser movido. A base do grampo do canino também é
colcoada na secção posterior. As vezes, é usado um
arco vestibular em casos de projetos específicos para
controlar um incisivo saliente ou em outros problemas
do tipo de controle de dente anterior.
7. Em certas ocasiões, grampos retentores são
usados para reter incisivos laterais salientes, quando
é exigido um desenvolvimento da pré-maxila, como
em um caso de Classe II, divisão 2.
8. Como acontece com todos os aparelhos
removíveis, o tratamento clínico adequado, ativo e
funcional, que significa disgnóstico adequado, escolha
do aparelho, desenho e ajuste e cooperação do
paciente, são os que determinam o grau de êxito
obtido com o caso. Para fins de conveniência,
trataremos dos dois tipos principais de aparelhos
sagitais como:
1. Sagital I, para fins de distalizar o segmento após a
extração dos segundos molares;
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 145
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
2. Sagital II, para fins de distalizar e desenvolver uma
pré-maxila retruída para a frente com os segundos
molares intactos servindo de ancoragem.
O aspecto destes 2 aparelhos é quase idêntico.
É a diferença em suas ações resultantes que permite
o emprego de uma nomeclatura específica.
Um terceiro tipo, o Sagital III, não passa de um
Sagital II modificado com “base Frankel”. Essas bases
ajudam a manter o lábio superior à frente. Assim, a
tensão aplicada ao periósteo sobre a lâmina maxilar
vestibular de osso ajuda a empurrar a pré-maxila para
frente nas pseudo-correções da Classe III.
Aparelho Sagital inferior.
Observe-se que não há
cobertura de acrílico nas
superfícies oclusais dos
dentes postero-inferiores.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 146
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Nota Especial: Os parafusos de expansão
Forestandent inferiores são de tamanho menor para
conter um aparelho menor
completo usado na arcada inferior, e são adaptados
para exigir duas voltas de 90o do cilindro central, para
obter a mesma expansão física (0,25 mm) como um
Scheu 714 maior usado na superior. Portanto, eles
devem ser girados duas vezes para obter a mesma
distância linear de expansão.
Os antigos aparelhos sagitais
ptotótipos criados por Voss
baseavam o seu perfil nos
modelos mencionados como
“Placa Y” feitas por Schwarz. Witizig acrescentou as
faces oclusais de acílico, projetou novamente a
localização do parafuso de expansão e, como
resultado, tornou-se responsável pelo aspecto do
aparelho como o conhecemos atualmente.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 147
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Sagital I: Redução para técnica do Sagital I.
Para auxiliar na distalização adequada dos
quadrantes supero-
posteriores no espaço
criado pela ausência
do segundo molar, é
usado um papel
articulante para registrar pontos de contatos oclusais
fortes, que são depois ligeiramente reduzidos nos
planos posteriores de acrílico. Isso mantém uma forte
oclusão na parte do plano de mordida anterior da
placa mas, leve na parte posterior. Neste exemplo, as
marcas no papel articulante são fortes no lado
esquerdo da placa, mas no lado direito, foram
reduzidas nos segmentos posteriores, mantendo uma
forte oclusão somente na área do canino, de acordo
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 148
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
com a adequada técnica
Sagital I.
Uma vez que os parafusos
de expansão tenham
atingido o seu limite máximo de expansão de 8 mm, a
placa torna-se fraca no ponto de inserção dos
parafusos no acrílico. Esse espaço pode ser
preenchido para fortalecer a placa colocando-se uma
fita de plástico transparente comum por detrás do
parafuso para atuar como uma matriz, e lançando
acrílico de presa rápida, no espaço. Após o
endurecimento em água quente, ele pode ser polido e
recortado.
Aparelho Sagital II
básico. Observe a
aplicação do aparelho
contra dois grupos de
molares, primeiros e
segundos molares.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 149
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Vista lateral mostra o plano de mordida posterior e
grampos idênticos ao Sagital I.
Vista ampliada da
retração lateral ou fios
de estabilização,
usados nos
dispositivos típicos da
Classe II, divisão 2 anterior.
Idêntico ao Sagital I no
aspecto externo, o
aparelho Sagital II é
usado para a expansão
da arcada numa direção
total oposta. Em lugar de
se distalizar os dentes posteriormente, ele age no
sentido anterior. Usando os segundos molares como
ancoragem e por meio de ajustes adequados, o
Sagital II pode ser usado para aplicar o torque
vestibular às coroas dos dentes anetriores, ou mesmo
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 150
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
ser usado para abrir as suturas da pré-maxila,
desenvolvendo dessa forma toda a pré-maxila como
nos casos da Classe II, divisão 2, ou até mesmo em
situações de pseudoclasse III.
O aparelho Sagital II opera pelo princípio segundo o
qual deve agir contra os primeiros e segundos
molares. Isto resulta em uma ação que é cerca de
80% anterior. Isto é simbolizado pela vestibularização
de linhas pontilhadas para frente de seis dentes
anteriores.
A sutura pré-maxilar
pode ser aberta a fim
de obter um
verdadeiro
desenvolvimento
ortopédico da área da pré-maxila nos casos de Classe
II, divisão 2 que exigem mais que um torque da coroa
vestibular. Isto é devido a se manter forte oclusão dos
inferiores em ambas as partes anterior e posterior do
aparelho, retenção dos segundos molares como
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 151
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
ancoragem e a colocação do corte da parte anterior
do aparelho por distal ao canino. Só em casos em que
o torque da coroa vestibular dos incisivos centrais
anteriores e/ou laterais isolados for exigido, o corte
pode ser alterado para mesial do canino.
Ao desenvolver a
pré-maxila para a
frente e para cima na
técnica do Sagital II,
se um arco vestibular
for usado como parte do aparelho, ele deve ser
mantido separado dos dentes anteriores.
Na técnica Sagital II
adequada, a oclusão
(indicada pelas
marcas deixadas no
papel articulante) é
mantida forte nas
partes psteriores da placa.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 152
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A redução da parte palatal do aparelho no lado do
tecido na área das rugosidades permite que as forças
de expansão sejam aplicadas somente às superfícies
linguais dos dentes anteriores. Isso resulta num torque
vestibular da coroa (inclinação) sem qualquer
desenvolvimento ortopédico.
Observe o fio de estabilização unilateral destinado a
evitar um ulterior avanço do incisivo lateral esquerdo
superior. O acrílico lingual para esse dente pode então
ser reduzido no volume correspondente. Quando são
contidos ambos os incisivos laterais, os fios são
usados bilateralmente.
Aparelho Sagital Classe III:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 153
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
O plano de mordida anterior deve se estender
ligeiramente à frente dos incisivos superiores, de
modo a contatar os incisivos inferiores durante a
oclusão.
Este aparelho é execelente para os casos de pseudo-
Classe III, com uma sobremordida invertida.
Nãos e deve tratar com esse aparelho um caso de
Mordida aberta Classe III esqulética.
O aparelho Sagital Classe III.
Observa-se que o
plano de mordida
proture
completamente das
bordas incisivas
dos dentes ântero-superiores para ajudar a desocluir
os anteriores e facilitar o avanço da mordida para a
frente, sobre os inferiores.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 154
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Grampos para caninos nos Sagitais superiores atuam
para estabilizar a placa e podem ser usados para
forçar o canino a chegar a uma posição correta, desde
que haja espaço para o mesmo.
Ajuste do grampo do
canino com um alicate
tridente.
Ajuste do grampo
Adams com alicate
tridente através da
barra horizontal para encurvar as pontas no espaço
interproximal.
O fio também pode ser dobrado quando ele sai do
acrílico para levar todo o conjunto do grampo aos
espaços interproximais.
As Placas Transversais:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 155
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A placa transversal ativa é um aparelho
destinado à expansão da arcada. Entretanto, o termo
transversal não só descreve um tipo particular de
aparelho, como também é utilizado como um termo
genérico para descrever toda uma gama de
dispositivos empregados para aumentar a largaura da
arcada.
Entre eles figuram desde o delicado aparelho
de Crozat até os pesos pesados da alta velocidade
que causam disjunção da sutura, como os expansores
rápidos do palato. Os aparelho empregados para
expandir a arcada podem utilizar o movimento
ortodôntico ou ortopédico, ou uma combinação de
ambos. Também podem ser fixos ou removíveis.
Estes aparelhos costumam levar nomes
derivados de uma descrição do plano ortodôntico no
qual trabalham, da velocidade em que operam, do
número de voltas do fio que utilizam, da ação do
parafuso empregado, letras do alfabeto e dos
sobrenomes dos homens que os desenvolveram.
Nomes como Transversal, arco de Porter, Quad-Helix,
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 156
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
parafuso de disjunção, Aparelho K-D, arco lingual
especializado, Schwarz e Jackson.
Os aparelho utilizados para conseguir o efeito
de expansão da arcada, têm sido cercados durante
anos de confusão, incompreesão e controvérsias. Em
consequência no se refere à família dos aparelhos de
ortopédia funcional dos maxilares (OFM), as placas
ativas transversais encaixam perfeitamente.
O sistema de aparelhos Transversais
desempenha um papel extremamente importante no
preparo da boca antes do aparelho de acabamento.
Grande parte do trabalho ortodôntico é dedicado ao
paciente com uma Classe II esqulética e o melhor
aparelho funcional disponível para o tratamento do
caso de Classe II com mordida profunda é o Bionator.
Porém, como o Bionator é um aparelho de inter-
relação de arcadas é obrigatório que as dentições das
arcadas superior e inferior tenha uma forma
razoavelmente correta antes de seu uso. Caso
contrário, é necessário o preparo da arcada. Os
principais cavalhos de batalha do sistema OFM são as
placas ativas Sagital e Transversal, que atuam como
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 157
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
formadoras e preparadoras da arcada para a etapa
final do Bionator alinhador de arcada.
A placa de Schwarz superior,
pedra angular da família de
placas ativas removíveis
empregadas para expandir
transversalmente as arcadas
aos limites naturalmente toleráveis de sua largura.
O Aparelho de Schwarz:
Os aparelhos de Schwarz para a maxila e a
mandíbula são os cavalos de batalha da expansão
transversal das arcadas. O aparelho de Schwarz
superior consiste numa placa ativa de acrílico
adaptada ao palato, que deixa expostas as superfícies
incisais e oclusais de todos os dentes. É dividida
longitudinalmente pela metade e unida por um ou dois
parafusos de expansão, dependendo da idade do
paciente e do tamanho da arcada.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 158
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Habitualmente leva um arco vestibular que é
usado para transmitir pressão ativa às superfícies
vestibulares dos dentes ântero-suepriores e é
sustentado firmemente em sua posição com grampos,
em gota ou de Adams, nas regiões pré-molar e molar,
respectivamente.
O aparelho de Schwarz inferior, que também
apresenta as superfícies incisais e oclusais expostas,
consiste num arco lingual de acrílico dividido na linha
média e unido por um único parafuso de expansão.
Também apresenta um arco vestibular, porém, além
disso, pode ter suportes no setor lingual (arcos
cruzados) que podem ser ajustados para inclinar
vestibularmente os quatrod entes ântero-inferiores ou
ajudar a girar incisivos inferiores isolados,
colaborando com o arco vestibular. O aparelho inferior
também é sustentado em posição com grampos em
gotas, em C ou de Sadams. Aos poucos, neste
aparelho pode-se necessitar do arco vestibular se a
inclinação incisiva é correta. É possível uma
interminável variedade de modificações adicionando-
se arcos, parafusos, suportes extras etc; com o
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 159
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
propósito de aproximar problemas individuais com
denets específicos em casos específicos. Porém, sua
adição ao aparelho é unicamente um meio auxiliar ao
principal objetivo da placa de Schwarz. A função
principal da placa é simplesmente a expansão
transversal das arcadas.
Placas de Schwarz superiores
Placas de Schwarz inferiores.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 160
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Estes aparelhos ficam em posição com
grampos em gota simples e são empregados
principalmente para a expansão transversal das
arcadas.
A medida que a arcada se expande, a incorporação
de suportes linguais e de arcos vestibulares
conjuntamente com o ajuste do acrílico lingual
adjacente, permite o controle das posições dos dentes
anteriores.
A figura ao lado
mostra o estado antes
do tratamento da
arcada superior com
uma placa de
Schwars simples em posição, é mostrado uma forma
mais pontiaguda ou gótica dos dentes superiores.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 161
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Observa-se
também, o
incisivo lateral
direito superior
obstruído para
lingual.
Após o período de tratamento, pode-se ver como a
forma da arcada se expandiu transversalemnte e se
encurtou ântero-posteriormente, para adotar uma
forma mais aceitável. Isto é um produto combinado da
expansão do aparelho, contração ou aplainamento do
arco vestibular e ajustes adequados (redução) do
acrílico palatino adjacente às superfícies linguais dos
incisivos superiores.
Observe como
o acrílico lingual ao
incisivo central
direito superior se
reduziu para permitir
sua retração lingual, aplainando gradualmente o arco
vestibular, porém, vê-se também como o acrílico
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 162
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
lingual a latyeral foi deixado prudentemente intacto
para forçar ambos os dentes transversal e
vestibularmente quando as duas metades do aparelho
se expandirem de modo gradual durante o tratamento.
Porção palatina do acrílico ligeiramente reduzida à
medida que o aparelho se expande transversalmente
para evitar pontos de irritação e para permitir que o
palato desça ligeiramente conforme se expande
transversalmente.
A placa Transversal:
Um aparelho especializado unicamente para a
arcada superior. Ela não é mais que uma placa de
Schwarz superior com acrílico cobrindo as superfícies
oclusais dos dentes e que atua como uma placa de
mordida. Pode ser utilizada de forma paliativa em
pacientes que se beneficiariam da abertura imediata
da mordida devido ao envolvimento da ATM. Também
atua como auxílio na liberação da oclusão, nos casos
em que o movimento dos dentes superiores em
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 163
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
direção transversal esteja inibido pela ação do plano
inclinado dos dentes inferiores.
Ela é ativada e ajustada de forma similar à
placa de Schwarz. Pode ou não possuir um arco
vestibular dependendo das necessidades. Não
obstante, o emprego do arco é bastante freqüente.
Conforme se expande transversalmente, cada metade
da placa requer ajustes convencionais do acrílico
imediatamente lingual aos dentes ântero-superiores
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 164
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
para obter o controle desejado, os movimentos ou a
falta de movimentos destes dentes.
Isto é realizado conjuntamente com o emprego
do arco vestibular. Também deve-se checar o acrílico
palatino adjacente aos tecidos da abóbada palatina e
ajustá-lo mediante uma ligeira redução, onde seja
necessário, conforme a placa se expande.
A oclusão dos dentes inferiores contra as
placas de mordida acrílicas superiores é também
periodicamente ajustada para que fique equilibrada
em ambos os lados da arcada.
O aparelho transversal é construído sobre um
modelo da arcada superior com um registro de
mordida de cera de aproximadamente 2 mm de
espessura entre os dentes posteriores que relacionem
o modelo inferior com o superior,d e forma que
funções interoclusais possam ser processadas na
placa de acrílico de modo correto e cômodo.
Placa Transversal – Aparelho de Jackson:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 165
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
O aparelho de Jackson é utilizado
exclusivamente para a expansão da arcada inferior.
Embora tenha sido desenvolvido um aparelho de
Jackson superior, ele era tão ineficaz que ficou
absoleto e raramente se utilizava. O aparelho é um
dos mais antigos no repertório das placas ativas com
energia gerada pelo “fio de corpo”.
O aparelho é indicado principalmente para uso
na dentição mista. Opera segundo o mesmo princípio
que o aparelho de Schwarz inferior, isto é, aplica-se
pressão sobre as superfícies linguais dos dentes
inferiores e crista alveolar inferior mediante placas de
acrílico que se adaptam firmemente contra elas,
porém, não tocam nem contactam as superfícies
oclusais.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 166
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
O aparelho, geralmente, não possui um arco
vestibular, porém, tem a capacidade de possuir
recortes bilateralmente por lingual. Este aparelho tem
apoio linguais que descansam contra os caninos e é
mantido em posição unicamente com grampos em
gota. Isto se deve a que são desejáveis umas ligeiras
ações verticais de ativação do aparelho.
Embora a ação do aparelho sobre a mandíbula
seja semelhante à da placa de
Schwarz, sua fonte de força ativa
para a expansão não vêm do
parafuso de expansão, mas sim
do fio do corpo lingual. O aparelho
é aberto no setor lingual da região
anterior e as duas metades de
acrílico se mantém juntas
mediante um grande arco lingual que transcorre por
todo o comprimento do aparelho lingual. O fio do arco
lingual sai do acrílico em cada lado do aparelho
imediatamente por distal ao último molar. O fio sai
para fora (não para baixo) neste ponto e viaja toda a
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 167
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
distância da superfície lingual da arcada inferior até o
mesmo lugar no lado oposto do aparelho. É este arco
que dá ao aparelho sua elasticidade e que
proporciona a fonte de energia para a expansão
lateral.
Para expandir um aparelho de Jackson inferior
são necessários dois calibradores de Boley ou
paquímetro e um alicate tridente.
Em primeiro lugar, mede-se o aparelho com um
calibrador de Boley ou paquímetro entre as duas
dobras em ângulo reto no corpo do fio de onde o arco
sai do acrílico na
extremidade distal do
aparelho.
Adicionam-se 3 mm a
esta medida. Mede-
se a parte anterior do aparelho de um suporte
canelado a outro com o segundo calibrador de Boley
ou paquímetro.
Adicionam-se 3 mm a esta medida. Agora toma-se o
alicate tridente e com a extremidade única sobre o
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 168
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
lado hístico e a extremidade dupla sobre o lado
lingual, dobra-se ligeiramente o corpo lingual no ponto
médio do fio imediatamente por trás dos incisivos
centrais inferiores. É desejável expandir o aparelho da
forma precedente de modo que as extremidades
distais se separem 3 mm, comprovando-o com o
primeiro calibrador de Boley ou paquímetro.
Esta expansão no centro do fio do corpo lingual
abre o aparelho na extremidade distal, porém, em
virtude do desenho do aparelho e da geometria
implicada, esta ação une a parte anterior das duas
metades do aparelho.
Agora tomando o
aparelho na mão,
dobram-se as duas
metades de acrílico para
vestibular com uma pressão firme, porém suave, até
que a distância entre os suportes canelados (ou
qualquer outra referência da parte anterior do
aparelho que se use de forma habitual) corresponda à
distância do segundo calibrador de Boley ou
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 169
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
paquímetro, a distância original + 3mm. Isto faz com
que o aparelho se expanda igualmente 3 mm nas
regiões anterior e posterior.
Os suportes cruzados podem ser ajustados
para aplicar uma pressão para vestibular aos dentes
ântero-inferiores isoladamente ou como um grupo. De
novo, tudo o que é necessário são ajustes finos no fio
em direção vestibular. Este processo pode ser
repetido de forma rotineira, a fim de manter constante
a tensão sobre os fios. Para estes ajustes continua-se
utilizando os mesmos alicates tridente.
Problemas do aparelho:
O primeiro é a tolerância do paciente, Alguns
pacientes não podem tolerar a presença do arco
lingual ou a sensação elástica do aparelho enquanto o
usa. Nestes casos, pode ser indicada a substituição
do aparelho de Jackson por um aparelho de Schwarz.
Em segundo lugar as placas linguais de acrílico
devem ser construídas e ajustadas corretamente para
evitar a interposição com a área proximal lingual da
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 170
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
crista milo-hióidea. Uma vez que o aparelho se move
ligeiramente para cima e para baixo durante o uso, a
interposição do acrílico nesta região mais baixa
provocaria uma ulceração da mucosa lingual sobre a
crista milo-hióidea.
Outro problema a se considerar é o que alguns
clínicos denominam “correia de chicote”. Este é o
processo pelo qual se aplica demasiada inclinação
vestibular à região pré-molar durante um longo
período de tratamento, resultando na expansão dos
pré-molares por fora da crista alveolar, ficando
inclinados por fora da linha da arcada. Isto pode
ocorrer bilateral ou unilateralmente. A observação
cuidadosa durante controles mais freqüentes, quando
a região pré-molar está se aproximando aos limites
externos de sua expansão necessária, pode prevenir
este problema.
Como acontece com o aparelho de Schwarz, o
aparelho de Jackson tampouco requer mordida
construtiva, mas, se for desejado um arco vestibular
para propósitos específicos no movimento de incisivos
inferiores ou se é imperativa a expansão intercanina, o
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 171
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
uso de um aparelho de Jackson geralmente é
revogado em favor de uma placa de Schwarz, uma
vez que o arco vestibular não eliminaria em absoluto a
ação elástica do Jackson. A única vantagem do
Jackson sobre o Schwarz é que ele pode ser
expandido excentricamente na região anterior.
Aparelho de mordida cruzada de Nord:
Este aparelho é uma placa ativa de expansão
transversal unilateral. Foi desenhado para corrigir
mordidas cruzadas posteriores unilaterais. Tem um
desenho e aspecto similar ao da placa ativa
transversal, exceto que este possui uma projeção de
acrílico em forma de aletas que circulam por todo o
comprimento do segmento posterior seguindo o
ângulo linguopalatino. Esta aleta cai para baixo, indo
chocar-se com as superfícies linguais dos dentes
pôstero-inferiores de lado que tem uma mordida
normal.
Nos casos de mordida cruzada posterior
unilateral verdadeira que requerem que um segmento
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 172
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
posterior se movimente lateralmente, é indicado o
aparelho de Nord.
A placa, como se afirmou previamente, é um
aparelho transversal com planos oclusais que cobrem
os segmentos pôstero-superiores e uma aleta de
acrílico que se estende desde a borda lingual oclusal
do lado sadio para baixo, para unir-se com a
superfície lingual dos dentes inferiores. Assim, quando
se ativa o parafuso de expansão, a placa tenta
expandir-se bilateralmente, porém, o fechamento
constante das superfícies linguais dos molares
inferiores contra a aleta de acrílico do lado correto
atua como chave para prevenir que esse lado se
movimente transversalmente. Então, a única direção
na qual se pode produzir a expansão é a transversal,
em direção ao quadrante deficiente. Isto dá como
resultado a eventual correção da mordida cruzada
sem movimentar-se e separar as arcadas superior e
inferior do lado correto.
Aparelho de mordida cruzada de Nord, observar o
desvio unilateral da
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 173
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
linha média para o lado que se deve empurrar
lateralmente.
Os pacientes toleram bem este aparelho e muitos
podem, inclusive, alimentar-se com ele tão bem como
com a placa Transversal padrão.
Lado de ancoragem do aparelho que apresenta uma
aleta de acrílico que desce para unir-se com o
quadrante póstero-inferior
sobre o lado de
ancoragem.
As mordidas cruzadas
devem ser corrigidas antes de utilizar um corretor
ortopédico.
Esta placa ativa, tal como foi desenhada, corrigirá
mordida cruzada posterior.
Observe a aleta de acrílico que se estende para a
arcada inferior.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 174
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
O corte do acrílico pode extender-se em todo o
comprimento da sutura mesopalatina ou pode se
angular para um lado, como é mostrado aqui.
Utiliza-se um parafuso no aparelho na dentição mista
e dois parafusos na dentição permanente.
Mordida de cera para um aparelho de mordida
cruzada:
Coloca-se a cera sobre os
dentes póstero-superiores
deixando os dentes anteriores
livres de cera. Faz-se que a
criança feche lentamente em
sua mordida cêntrica natural,
até que fique um espaço de 1,5
mm entre os dentes póstero-
superiores e inferiores. Esfria-se
em água.
Aparelho de Crozat:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 175
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
O aparelho de Crozat pode ser comparado
razoavelmente a uma placa ativa separada de todo o
seu acrílico deixando unicamente a armação metálica.
O aparelho de fio metálico removível baseia-se na
tensão produzida por fios de segmentos elásticos para
produzir forças leves e intermitentes ativas, que se
combinam com as forças naturais da oclusão para
produzir movimentos dentários em massa.
Pode-se utilizá-la para a expansão transversal
em qualquer idade, exceto na dentição mista tardia na
qual a falta de estrutura radicular decídua impede a
aplicação de força tipo ortodôntica aos dentes.
Aparelhos de Crozat, superior e inferior, básicos.
O aparelho é composto por um fio palatino em
forma de Omega que geralmente se confecciona com
Niquel-Cromo temperado, de calibre 16, cruzando o
arco do Omega ao teto da abóbada palatina em frente
à pré-maxila (direção oposta à mola de Coffin no
Bionator). A base da asa do Omega desce desde o
teto do palato de cada lado até a superfície lingual dos
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 176
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
primeiros molares
superior onde se une
ao mecanismo de ancoragem, ocasionalmente esta
asa palatina pode, em casos especiais, ser invertida e
transcorrer em sentido posterior. Dobra-se o fio de
forma que fique próximo aos tecidos palatinos sem
que os toque.
Os grampos Cribs, que quase sempre estão
unidos aos primeiros molares devem adaptar-0se de
forma precisa para que proporcionem a retenção
formidável necessária para realizar os movimentos
ortodônticos sem desalojar o aparelho.
Modelos precisos de gesso devem ajustar-se
corretamente. Recorta-se o gesso pedra que
representa os tecidos gengivais, porém, não os
dentes. O fio destes grampos são sempre de níquel-
cromo temperado de 0,7 mm.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 177
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
O desenho do grampo, essencialmente circular,
abraça todo o dente em virtude de seus componentes
vertical e horizontal, que habitualmente são paralelos
entre si, adota o aspecto semelhante aos dois
grampos de Adams soldados juntos de vestibular para
lingual. O grampo é fabricado sobre um aparelho de
paralelismo para revelar a altura dos molares que
abraça.
O componente horizontal de cada grampo deve
descansar diretamente sobre a linha de paralelização
e ser paralelo, não só entre si, mas também às
cúspides vestibulares.
Para melhorar a retenção, adicionam-se
grampos de Roach, denominados “semiluas” sobre os
setores bucal ou vestibular do grampo crib,
imediatamente por baixo de sua parte mais alta e são
prolongados para as áreas de convexidade mesial e
distal.
Furam-se pequenos orifícios no modelo destas
áreas para facilitar ao técnico a construção do
aparelho. Este é o motivo porque as semiluas devem
ser recortadas de forma que possam ficar separadas
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 178
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
da área de contato sobre a trajetória de origem e
inserção.
Depois de liberados dos modelos sobre os
quais foram confeccionados, pode-se aproveitar a
presença do paciente para “provar” o aparelho e
determinar onde colocar o corte. Isto pode também
ser feito com a assistência do laboratório.
Após cortar as semiluas, a margem recortada é
aplainada, desgastando-se com pedra verde para
melhorar o contato com a superfície dentária,
Posteriormente, pode-se estabelecer a extremidade
da semilua, isto é, ajustando-a de tal forma que
engrene com a área interproximal gengival ao contato
interproximal.
O grampo crib tem um descanso para o fio
oclusal que circula para à frente no interior do sulco
lingual para prevenir o deslocamento gengival do fio.
Os braços linguais, geralmente de calibre 18 de
niquel-cromo, extendem-se desde a superfície lingual
do grampo crib para a frente até a região do primeiro
pré-molar. Podem ser ajustados para aplicar pressão
sobre a superfície lingual dos pré-molares.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 179
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Ocasionalmente, pode-se adicionar um braço bucal
auxiliar conhecido como braço vestibular de metade
de altura.
O aparelho inferior é construído de forma
similar, com o fio lingual circulando entre os setores
linguais de ambos os primeiros molares completados
com grampo crib, semiluas, braços linguais, apoios
oclusais e suportes auxiliares.
Aparelho de Crozat
superior.
Fio do corpo que tem
a forma de Omega no
aparelho superior e se ajusta de forma idêntica ao fio
de corpo do aparelho de Jackson inferior.
Ambos aparelhos, superior e inferior, se mantêm em
posição mediante componentes retentores circulares
denominados grampos cribs. Estes grampos cribs
sempre possuem:
Apoio oclusal que impede o deslocamento do
aparelho e semiluas (mostradas aqui separadas da
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 180
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
área que rodeiam para sua melhor visualização) que
são pequenos grampos bucais soldado à superfície
bucal do grampo crib. São fabricados um pouco mais
largos, perfurando pequenos orifícios nos espaços
interproximais bucais do modelo em construção. Em
conseqüência, deve-se desgastar e ajustar à mão o
comprimento adequado exato que permita um correto
assentamento e retenção na boca, Desgasta-se seu
comprimento adequado com pedra verde e se
estabelecem com pequenos alicates de oculista
dobrando-os para os espaços interproximais.
Braços linguais (que podem ser dobrados
segundo a forma dos pré-molares ou deixá-los retos)
se prolongam desde a porção lingual do grampo crib e
são utilizados para vestibularizar os pré-molares.
Os prolongamentos da porção bucal do grampo
crib (utilizado às vezes para elásticos de Classe II)
sobre o aparelho superior denominam-se labiais ½
altos. Freqüentemente se colocam suportes auxiliares
sobre os inferiores (semelhante a suportes solapados
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 181
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
ou fios criss-cross) que controlam os dentes ântero-
inferiores.
Ajustes do aparelho de Crozat:
A aplicação do
alicate tridente,
desta forma sobre a
asa Omega do fio
de corpo deste Crozat superior expandirá os grampos
cribs molares para fora, porém, levará as
extremidades dos braços linguais
para dentro.
A aplicação do alicate
tridente em direção
oposta sobre o fio de
corpo deste Crozat
inferior contrairá os
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 182
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
grampos cribs molares para dentro, porém, levará as
extremidades dos braços linguais para fora.
Para girar os
grampos cribs
molares
(habitualmente
contra-rotação bucal
depois da expansão do fio de corpo) aplicar o alicate
tridente na união do fio de corpo e o grampo crib e,
empregando alicates como apoio,
girar suavemente,
porém, firmemente o
fio de corpo e o
grampo crib e,
empregando alicates como apoio,
Os braços linguais
podem ser ajustados
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 183
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
o que for necessário para tratar os dentes pré-
molares.
O Expansor Rápido do Palato:
O expansor rápido do palato é um expansor fixo
que geralmente é fixado mediante bandas
ortodônticas e/ou coroas de aço inoxidável aos
primeiros molares superiores permanentes e aos
primeiros pré-molares superiores ou aos dentes
decíduos no paciente jovem. A expansão rápida
mediante um parafuso fixo, é conseguida num período
de 2 a 3 semanas mediante o giro do parafuso 2
vezes ao dia, criando assim, pressões bastantes
grandes para separar ortopedicamente o palato na
sutura mesopalatina. O aparelho é estabilizado e
retido durante um período de 3 a 4 meses para
permitir que as margens separadas da sutura se
reaproximem mediante o calo ósseo. É o aparelho
mais puramente ortopédico do repertório, com a
possível exceção do Bionator. Também é um dos
mais antigos.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 184
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
O expansor rápido do palato pode ser um
aparelho totalmente de metal ou pode ter inclusões de
acrílico. O primeiro princípio de sua ação é que é fixo
e não removível. Aplicam-se bandas ortodônticas aos
primeiros molares superiores permanentes ou se não
tiverem erupcionado ainda aos primeiros molares
decíduos. No caso dos primeiros molares decíduos,
podem-se empregar coroas de aço inoxidável.
Toma-se uma moldagem com estes elementos
colocados. Quando se retira a moldagem, as bandas
geralmente se aderem aos dentes e devem ser
substituídas de forma precisa na moldagem e
enceradas na posição, de forma que se possa vazar o
modelo. Assim, também se cria um buraco no modelo
que facilita a soldagem.
Uma vez, completado, adicionam-se porções
palatinas de acrílico, confeccionam-se um fio de aço
inoxidável redondo de 0,045 mm que una as bandas
sobre a superfície lingual e corra pelo palato para unir-
se à área da zona de acrílico.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 185
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Então, monta-se o parafuso de expansão e se
procede à soldagem junto com os fios. Toda a
unidade metálica forma uma só peça.
Posteriormente, adiciona-se o acrílico em duas
seções, uma para cada lado do aparelho.
Cobre-se unicamente a região da abóbada
mesopalatina.
O acrílico deve estar livre e separado da região
do parafuso mesopalatino e também deve ser polido
para eliminar as margens ásperas irritantes.
O aparelho é cimentado na boca com métodos
de cimentação de aparatologia fixa padrão. Também
pode ser necessário métodos convencionais de
separação, isto é, separadores elásticos, ligaduras de
separação de cobre, separadores em asa, etc., antes
da cimentação.
Após o aparelho ser seguramente cimentado na
boca, o operador inicia a expansão no paciente
durante a visita inicial. A chave de fio ou alavanca é
inserida nos orifícios do cilindro central do parafuso de
expansão e gira-se um quarto de volta empurrando a
chave de anterior para posterior.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 186
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Um grande pedaço de fio dental é atado na alça
da chave para impedir a aspiração da mesma pelo
paciente caso ela escorregue das mãos enquanto se
dá a volta.
As primeiras duas voltas são efetuadas pelo
operador com um intervalo aproximado de 10 a 15
minutos; posteriormente, uma ou duas voltas mais são
realizadas nos mesmos intervalos de tempo, porém,
desta vez por parte do pai ou outro adulto responsável
pelo paciente, sob a supervisão do dentista. A pessoa
que for efetuar o giro do parafuso no paciente deve
conhecer muito bem a forma de realizar estas ações,
uma vez que se despeça o paciente.
Expansor rápido do
palato cimentado.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 187
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Ao ativar o aparelho durante um período de somente 2
semanas, observa-se como o palato se separa
seqüencialmente na sutura mesopalatina, como prova
da separação dos incisivos centrais direito e
esquerdo.
Radiografias demonstrando a separação das
metades direita e esquerda da maxila.
FASES DE ATIVAÇÃO DO APARELHO
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 188
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Expansor rápido
do palato inserido para
começar a disjunção
inicial da sutura o mais
rápido possível no plano
de tratamento.
Um aparelho
transversal padrão
(não foi utilizado
arco vestibular
neste caso). Com a inserção do aparelho transversal,
pode-se ver como o apinhamento remanescente,
representado pelos quatro dentes anteriores
superiores maxilares superpostos, se expressa
horizontalmente através da parte anterior da arcada e
é devido não só à deficiência da dimensão da arcada
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 189
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
lateral (observe que o aparelho sagital foi empregado
para corrigir o apinhamento ântero-posterior e caninos
apinhados neste plano em particular.
Ao ativar o
aparelho, a
técnica da “gota
de acrílico” é
utilizada para
ajudar a corrigir a posição dos dentes anterio-res à
medida que a placa se expande. Quando a expansão
já foi completada e se alcançou a largura desejada, o
espaço no aparelho deve ser preenchido com acrílico
de polimerização rápida que atua como seu próprio
retentor. Uma vez conseguido o principal aspecto
ortopédico na arcada superior, o único que permanece
é a correção de ambas as arcadas dos problemas na
maioria deles, ortodônticos.
Aparelho em Leque:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 190
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A placa ativa com parafuso principal do tipo
“leque” é um aparelho destinado à expansão da parte
anterior da arcada superior. É completamente neutro
no que se refere à largura da arcada posterior. Tem
um aspecto semelhante às placas de Schwarz
separadas na linha média com um parafuso especial
de expansão na metade palatina anterior, mas na
região posterior, perto do limite mais distal do
aparelho, são mantidas juntas por uma dobradiça
horizontal plana parafusável não expansora. Quando
se abre o parafuso de expansão, esta dobradiça
parafusável posterior permite o aparelho expandir só a
metade anterior.
No entanto, abre um arco em forma de “V“ que
tem a região da linha mesopalatina posterior como
eixo de rotação com as duas metades do aparelho
separadas entre si formando o leque, daí o nome.
O principal objetivo destes tipos de aparelhos é
expandir uma arcada de formato pontiagudo, que
requer que o seguimento anterior se dilate ou expanda
mais lateralmente que os seguimentos posteriores,
que já tem os molares em posição correta ou quase
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 191
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
correta, no que se refere à largura desta arcada
particularmente.
Quando ativada move os caninos e pré-molares
transversalmente, retrai os incisivos centrais e laterais
superiores em virtude da ação do arco vestibular, e
move ligeiramente para fora os primeiros molares
superiores ou os deixa completamente sozinhos para
continuar em sua posição anterior ao tratamento.
Aparelho superior básico em leque.
Variáveis.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 192
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Aparelho superior e inferior.As origens da placa ativa em leque são obscuras
e sua linhagem é difícil de traçar. Mas sem dúvida,
surgiu durante o auge do desenho das placas ativas e
seu desenvolvimento nos anos 30 e 40 na Alemanha,
quando homens como Nord, Tischler e Schwarz
estavam levando o uso de placas ativas à frente da
ortodontia por toda a Europa. Elas sofreram várias
mudanças através dos anos.
O aparelho foi modificado e especializado em
vários tipos de expansão assimétrica ou excêntrica,
através dos anos, mediante os diversos tipos de
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 193
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parafusos desenhados com este propósito.
Originalmente, os parafusos de expansão do tipo mais
simples eram colocados na parte anterior do aparelho,
enquanto as partes posteriores eram mantidas juntas
mediante um fio. Quando a metade anterior do
aparelho expandia, os setores posteriores eram
mantidos unidos pelo fio, permitindo, assim, a
expansão em leque na região pré-molar de 4 mm no
setor anterior. Então surgiram parafusos especiais
com as extremidades montadas em pequenos
adereços em forma de tambor plano que podiam girar
ao redor das respectivas extremidades o eixo do
parafuso de expansão quando seu cilindro central era
rotado durante a ativação.
Em conjunto com estes parafusos também era
usado uma dobradiça rosqueável plana que era
colocada no bordo posterior do aparelho e que
sustentava as duas metades estacionárias em relação
ao movimento transversal, mas que permitia a rotação
das margens adjacentes, separando-as entre si de
forma angular.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 194
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Aparelho superior em leque ao iniciar o
tratamento, incorporando o uso de um parafuso de
duas peças dispostas em uma dobradiça rosqueável e
na outra figura, início da ativação do aparelho.
Outro parafuso desenvolvido foi uma unidade
conhecida como parafuso Wipla. Consistia em duas
barras planas paralelas unidas em sua extremidade
distal por um rebite rotatório livre e, anteriormente, por
um parafuso rosqueado em cada extremidade das
duas barras. Os parafusos de Wipla são apresentados
em vários tamanhos e são bastante fortes após vezes
processadas no acrílico do aparelho. Sua única
desvantagem é que a colocação do parafuso em
leque sempre fixo e o ângulo de abertura é sempre
em função do tamanho do parafuso utilizado.
Por outro lado, as unidades de duas peças,
permitem a liberdade de colocar o parafuso de
expansão tão longe da dobradiça quanto o técnico
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 195
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deseja, para um caso particular. Quanto mais longe se
coloque o parafuso de expansão em leque na parte
posterior do aparelho, mais paralelo ou menos
excêntrico será o resultado da expansão.
Na expansão excêntrica em dois sentidos será
necessário outro tipo de parafuso. Alguns casos
requerem uma expansão lateral anterior e posterior,
sendo necessário uma maior expansão na região
anterior. Os parafusos designados para este processo
são dispositivos de aspecto quadrado e têm, também
duas barras paralelas que serão incluídas uma em
cada lado do aparelho. Mais dois parafusos de
expansão são incorporados, um anterior e outro
posterior. São rosqueados através de duas barras em
ângulos retos e as barras são unidas através de
acessórios que permitem tanto a expansão numa
localização determinada do parafuso como, ao mesmo
tempo, o movimento do parafuso em leque.
Desta maneira, os parafusos podem ser girados
ao mesmo tempo produzindo a disjunção das duas
metades do aparelho do ponto em que os molares se
expandiram transversalmente até a largura desejada,
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 196
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momento em que a ativação do parafuso posterior é
interrompida e mantida, enquanto que o anterior deve
ser girado de forma contínua, produzindo a expansão
em leque da placa neste ponto e continuando a
expansão transversal na região anterior.
Como estes parafusos de duas barras eram
volumosos e um tanto primitivos em seu desenho e
ação, buscou-se um desenho mais prático, sendo-se
desenvolvido um parafuso de expansão palatina
excêntrica de duas vias, o Nardella. Este parafuso de
duas vias têm dois parafusos de ativação dispostos
transversalmente à sutura mesopalatina, um anterior e
outro posterior e faz do Nardella a opção ideal em
casos que requeiram mais expansão na região pré-
molar ou molar, devido à excentricidade da arcada.
Como os parafusos de ativação giram da mesma
forma, pode ser usado para expandir só a dimensão
da arcada ao nível pré-molar, só a dimensão ao nível
molar, ambas as dimensões em graus variados ou
ambos igualmente, pela simples ativação de ambos os
parafusos.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 197
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Foi também desenvolvido um parafuso que
produz uma expansão excêntrica, ou orientada
anteriormente, na mandíbula. Possui uma barra curva
disposta por trás da barra incisiva inferior e que ao se
abrir o parafuso, o aparelho se separa na linha me’dia,
seguindo a linha do arco da barra guia, o que é
excelente se for desejado um movimento dentário
nesta região. Mas também há exceções, devido à
geometria do movimento das duas metades do
aparelho inferior que se separam entre si, um inerente
componente sagital de força em direção distal
aplicado, nestes casos, aos segmentos posteriores.
Este pode ou não ser desejado e tem a
tendência de fazer com que o aparelho se
“desprenda” dos dentes posteriores. Como resultado,
é indicada uma retenção mediante mais grampos.
Devido aos problemas associados com o desenho
deste aparelho, seu uso é limitado.
Os aparelhos superiores em leque também
possuem um arco vestibular idêntico ao utilizado nas
placas convencionais de Schwarz e são empregados
da mesma maneira. Geralmente os dentes ântero-
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 198
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superiores protruem e exibem uma inclinação
vestibular excessiva da coroa em arcadas muito
pontiagudas e, à medida que o segmento anterior do
aparelho se expande, o arco vestibular se nivelará e
ajudará a levar os incisivos centrais e laterais
superiores para traz a sua posição normal.
Da mesma maneira, como as placas de
Schwarz, os aparelhos em leque são mantidos em
posição com os usuais grampos e o acrílico não se
estende sobre as superfícies oclusais dos dentes.
Como em todas as formas de retração dos
dentes ântero-superiores protruídos, o acrílico
diretamente adjacente às superfícies linguais dos
dentes ântero-superiores deve ser ajustado à medida
que a placa se expande, para permitir o movimento
livre deste dentes em direção lingual conforme a
pressão aplicada pelo arco vestibular aplainado.
O aparelho pode ser usado como seu próprio
contensor ou pode-se construir uma contenção tipo
Hawley, uma vez que a arcada tenha recuperado sua
forma normal. Entretanto estes casos quase sempre
são associados com maloclusão Classe II, visto que a
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 199
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estreiteza da arcada ântero-superior freqüentemente é
acompanhada pelo desenvolvimento retrógrado da
mandíbula.
Se a arcada inferior tivesse tamanho e forma
normais e se estivesse em posição cefalométrica
antero-posterior correta, ante uma arcada superior
que tinha forma de V estreita anteriormente, isto
poderia implicar em uma mordida cruzada bilateral. De
qualquer modo, o aparelho em leque serve como fase
preparatória do tratamento, preparando a arcada
superior para a bateria seguinte de aparelhos que se
recorrerá para tratar os problemas remanescentes
associados com o caso. Geralmente isto significa um
Bionator, o qual é útil por sua dupla ação agindo não
só como um aparelho ortopédico funcional, mas
também como uma contenção para a preservação da
expansão produzida pelo antecessor em forma de
leque.
Aparelhos Transversais Diversos:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 200
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Alguns experts no assunto estimam que
existem mais de 30 variedades diferentes de
aparelhos de expansão, de um tipo ou de outro, e
novos modelos vão sendo introduzidos. Todos eles
expandem universalmente a arcada, porém alguns
são mais eficientes que outros.
Um dos aparelhos mais populares entre os
clínicos é o expansor de Arnold. É utilizado
unicamente para expandir a arcada superior e é um
aparelho relativamente simples. É feito, entretanto, de
metal e tem o formato de uma cova aberta. Bandas
metálicas são colocadas nos primeiros molares (ou no
segundo molar, se presente), nas quais serão
soldados braços de aço inoxidável de 0,036 ou 0,040
polegada. Estes braços se estendem anteriormente
aos caninos. Nesta região é soldado outro fio de
calibre similar, a aproximadamente um ângulo de 90o,
às barras linguais que atravessam a região das
rugosidades palatinas.
Esta barra palatina é adaptada em um tubo
soldado à barra lingual antagonista. Coloca-se uma
mola aberta sobre a barra que desliza para dentro do
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 201
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
tubo; esta barra é inserida no tubo antes da
cimentação.
A constante
pressão da mola
aberta empurrando
contra a articulação
da solda da barra do
fio macho de um lado
e a extremidade do tubo fêmea do outro, transmite a
pressão necessária para expandir o aparelho o
aparelho e mover os dentes lateralmente.
Isto evidentemente conduz a um problema, a
mola perde parte de sua energia e vai se debilitando à
medida que o aparelho vai se expandindo. Uma
modificação foi imediatamente introduzida, onde
acrescentando-se um parafuso estabilizante à barra
de fio macho, ao qual tinha a capacidade de afrouxar-
se, move-se seguindo a
barra e volta a se fixar. Isto deixava a mola aberta
entre o parafuso estável em um lado e a extremidade
do tubo fêmea no outro, novamente com a mola
nivelada.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 202
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Esta modificação permite que o clínico adiante o
parafuso estável pela barra macho rosqueada, para
manter a mola comprimida enquanto o aparelho se
expande.
Ao corrigir a perda de tensão, criada pela
expansão do aparelho, a mola se mantém em seu
estado de compressão máxima durante todo o curso
do tratamento. O ajuste do aparelho estável, girando-o
com uma chave pequena especial tipo Allen que
permite sua recolocação na barra macho para manter
a compressão da mola, é efetuado habitualmente a
cada 3 a 5 semanas.
Os Derivados de Porter:
Outro veterano no campo dos aparelhos
metálicos de expansão transversal é o que
normalmente se denomina arco lingual de Porter. Na
verdade, o termo “Porter” pode causar confusão e
pode ser necessário mudá-lo. Era um nome que se
acreditava ser aplicado a esses aparelhos na
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 203
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Universidade de St. Louis há mais de um século e
meio.
Esses aparelhos não são nada mais que os
aparelhos de Crozat, com bandas molares soldadas
como forma de fixação, em vez dos grampos cribs de
fio isoladamente soldados. São ajustados da mesma
maneira que os de Crozat, mas se mantém na posição
com bandas molares soldadas nos primeiros que
habitualmente requerem que todo o aparelho seja
retirado para ser cimentado e depois volte a ser
cimentado.
A espessura do fio com calibre 20, relativamente
fino, do aparelho permite que seja aplicada uma carga
de 2 a 4 mm antes da cimentação.
Ainda que esses antigos aparelhos fixos de
Porter tenham pouca utilidade atualmente, eles foram
importantes protótipos de aparelhos que levariam
esse tipo de mecânica a um nível muito mais
avançado de
sofisticação.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 204
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Aparelho superior de Porter, primeiro protótipo dos
que foram desenhados por H. C. Pollock.
Aparelho inferior com arco
lingual de Porter.
Aparelho em W que mostra
uma forte influência de
Crozat-Jackson e outro elo
da cadeia da evolução dos
aparelhos fixos.
Os dois homens mais intimamente associados
ao aprimoramento dessa técnica foram verdadeiros
gênios ortodônticos. O primeiro foi o Dr. Robert
Ricketts, que desenvolveu entre outras coisas, o
aparelho Quad-helix fixo tipo Ricketts original. O
segundo é o Dr. Willian L. Wilson, que trouxe a técnica
até o estado presente, com conceitos de princípios de
ortodontia modular removível-fixa combinada, que
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 205
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
encontraram sua expressão máxima através de
fechos d efricção em bandas molares cimentadas.
Mais que um simples meio de desenvolvimento
transversal, a série 3D de Wilson é todo um sistema
ortodôntico na acepção da palavra.
O primeiro aparelho de Porter para a expansão
palatina transversal é a versão de Ricketts do
aparelho Quad-helix. Após a inspeção inicial, este
aparelho de fio “somente superior” parece ser um
descendente da filosofia de Crozat. Seu nome é
derivado das quatro alças helicoidais que lhe dão
força ativa. Comumente é construído com de 0,038, e
pode ser fabricado diretamente pelo clínico ou no
laboratório, com modelos de gesso.
É uma peça de fio em forma de W, pré-fabricada
em cinco tamanhos. Depois de selecionar o melhor
tamanho correspondente à arcada a ser tratada, os
dois tubos linguais são soldados a bandas molares
pré-fabricadas, de forma que as alças helicoidais
posteriores fiquem a 4-5 m distais do ponto onde o
tubo lingual é soldado à banda molar.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 206
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A partir da alça posterior, o fio circula para à
frente até a região palatina anterior, onde cruza por
trás dos dentes súpero-anteriores com alças
helicoidais em cada extremo.
O aparelho é ajustado com alicates adequados
para fio e próprios para que seja tão passivo e se
adapte o mais possível antes de realizar a solda.
Os tubos linguais são cortados e adaptados às
supérfícies linguais dos caninos superiores na linha
gengival e, se necessário, podem ser ajustados de
forma similar ao aparelho de Crozat.
Quad-helix superior fixo.
Este aparelho representa essencialmente um
aparelho fixo, dado que está soldado a bandas que
requerem que todo o aparelho seja cimentado de uma
vez.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 207
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Quad-helix RM superior removível.
Aparelho com eixos cilindricos machos que ajustam-
se horizontalmente a bainhas linguais.
A Série de Wilson:
Um passo mais adiante, a série de Wilson, de
todos os aparelhos de fio 3D mostra não só a herança
do tipo Porter-Crozat, mas também reflete certas
influências de Mershon. Diferentemente dos arcos
linguais tradicionais de fio mais potente, os arcos
linguais do tipo Wilson são confeccionados com um fio
mais fino e elástico. Comercializados na forma pré-
fabricada de tamanho variável, de marca 3D, esses
aparelhos não pretendem substituir outras técnicas
ortodônticas, mas simplesmente devem ser
incorporados em sistemas existentes, para
complementar a versatilidade global do clínico.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 208
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A série de aparelhos de Wilson, que podem ser
empregados nas arcadas superior e inferior e inclusive
de forma segmentada para movimentos dentários
isolados em um determinado quadrante, aproveita os
ajustes mínimos das porções de ativação das alças de
fio pentagonal (ou ativadores) incorporados ao
aparelho inferior ou alças helicoidais, na versão
palatina do aparelho, para gerar uma força ativa e
progressiva como resultado da memória elástica do fio
ativado (mola). O que faz com que o sistema seja
extremamente prático é que a partr do fio do aparelho
é mantida bilateralmente na boca por 2 fechos de
pressão, que consistem de duas alças dobradas no fio
e achatadas para formar pequenas dobras que
ajustam-se em dois tubos 3D verticais, especialmente
desenhados sobre a superfície lingual das bandas dos
primeiros molares. Consequentemente, podem ser
retirados com facilidade; são ativados pela dobra
correta ou expansão do aparelho e seguidamente são
reinseridos, tornando a introduzir os fechos de
pressão em seus respectivos tubos linguais verticais
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 209
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
duplos sobre as bandas 3D dos primeiros molares que
são empregados nesta técnica.
Aparelho palatino multiativo.
Um aparelho dessa família ligeiramente mais
simples que é empregado no palato, é o aparelho
palatino multiativo 3D. É o mais semelhante ao de
Crozat, tanto no aspecto como na ação e tem apenas
um fio tipo Crozat, sem nenhuma alça helicoidal. Os
ajustes soldados na porção da região molar do
aparelho permitem que ele seja facilmente inserido
nos dois tubos verticais da porção lingual das bandas
3D dos primeiros molares superiores. A alça ativadora
em forma de diamante, do setor central do palato, que
simula a alça tipo Omega de Crozat, é feita com fio
0,036, enquanto a região do braço lingual é de fio
0,025 de diâmetro. Empregado principalmente para a
expansão transversal da arcada superior, o aparelho é
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 210
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ajustado de forma similar ao de Crozat, com a
incorporação de cargas de tensão semelhantes de 3
mm.
Arco de expansão com aparelho palatino multiativo
3D.
Aparelho palatino Quad-helix 3D de Wilson.
Outro aparelho mais avançado desta série para
o palato é o Quad-helix 3D de Wilson, Este também
tem a vantagem de que seus componentes modulares
o tornam facilmente removíveis, o que facilita os
ajustes. Ele é ajustado de forma similar à versão do
Quad-helix de Ricketts, com a vantagem de que isso
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 211
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
pode ser feito sem se retirar todo o aparelho, porque a
versão de Wilson retira apenas uma parte do fio
central.
O aparelho de Wilson também é fabricado com
fio de 0,036 na porção central, afinando para 0,025
nos ramos linguais. Esses ramos linguais são
contornados ao redor da parte interna de toda a
arcada súpero-anterior, diferentemente das versões
de Ricktts, que se detêm um pouco antes dos caninos
e se inclinam para vestibular nesse ponto.
No entanto, os ramos linguais de qualquer um
desses aparelhos podem ser individualizados pelo
operador com diversos alicates, de modo a adequar-
se às dificuldades individuais dos diversos tipos de
movimentos dentários, vestibular ou transversal,
durante o desenvolvimento lateral de toda a arcada.
Arco de expansão com um aparelho palatino Quad-helix 3D de Wilson.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 212
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Ajustes:
Todos os aparelhos “Quad” palatais podem ser
ajustados de forma semelhante à da versão de
Ricketts. Outra técnica de ajuste, consiste no emprego
de alicate de Jarabak inserido na alça helicoidal
adequada, que atua como apoio, aplicando-se
pressão digital sobre os ramos e a barra ou fio central.
O ajuste do aparelho nas quatro alças helicoidais
aplica uma carga de 4 mm de superexpansão sobre o
aparelho antes de sua inserção, 2 mm em cada alça
posterior e 2 mm em cada alça anterior.
Devido aos aspectos removíveis desse
aparelho, é fácil manter o ajuste. O ajuste dos ramos
anteriores nas duas alças posteriores produz
unicamente uma expansão excêntrica em “leque” na
região do pré-molar, juntamente com a rotação molar
correspondente.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 213
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
O aparelho também pode ser ajustado para
aplicar uma força transversal excêntrica na porção
anterior do palato, inclinado-se os ramos para fora da
região pré-molar. Os ajustes de expansão da ponte
anterior e os ajustes invertidos da porção da alça
palatina do fio central tendem a expandir unicamente
as regiões molares. Essa carga pode ser aumentada,
de forma semelhante ao de Crozat, a cada 4 a 8
semanas, cornforme o arco palatino é expandido
transversalmente e a tensão do aparelho fica menor.
Assim, dependendo do tipo e da combinação dos
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 214
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ajustes empregados, o braço anterior (ramo lingual) e
a alça posterior, somente para a expansão em “leque”,
os ajustes invertidos da alça palatina para expansão
molar como em alguns casos de mordida cruzada ou
de combinações de ambos para o desenvolvimento
global da arcada, pode-se aplicar uma grande
variedade de expansões de arcadas, rotação molar e
desapinhamento da arcada, em direção aos dentes
superiores.
A contrapartida do aparelho palatino Quad-helix
para a arcada inferior é o aparelho inferior Quad-
Action 3D de Wilson. Ele é o descendente mais
recente do arco lingual 3D de Wilson, original, que foi,
na verdade, o primeiro da série a ser desenvolvido.
O arco lingual de Wilson original era uma
modificação e um aprimoramento sobre os outros
arcos linguais de fio mais grosso que eram
empregados até o momento. Ele tinha dois fechos de
pressão, processados sobre si, e era fabricado com
alças de formas achatadas e dobradas, que se
ajustavam nos tubos linguais verticais das bandas
molares individuais 3D. Também tinha alças
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 215
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ativadoras pentagonais formadas no fio, que estavam
situadas imediatamente na frente dos fechos de
pressão.
Apesar da aparente simplicidade do desenho, o
arco lingual de Wilson foi desenvolvido com objetivos
diferentes. Existem vários componentes básicos no
arco lingual oroginal.
Aparelho inferior Quad-Action 3D Este aparelho mandibular removível de fio é uma
forma avançada do arco lingual 3D de Wilson mais simples.
O Adaptador: A porção adaptadora do arco repousa
sobre os cíngulos dos dentes antero-inferiores. Ela
proporciona uma fonte de aplicação de pressão para
certos movimentos dentários anteriores e é a principal
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 216
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fonte de ancoragem para outras funções que
permitem o emprego do arco lingual como na
mecânica de Classe II etc. Ele é feito de fio redondo
de 0,028 e pode ser soldado facilmente, de modo a
aceitar mols em gota etc., para ações terapêuticas
adicionais.
Ativador: Parte da genialidade do desenho do arco
lingual de Wilson se reflete na porção ativadora do
aparelho. É uma alça pentagonal com 5 ângulos
internos distintos, cada um dos quais é numerado com
tal e identificado com o propósito instrutivo,
correspondendo de 1 até 5. A primeira marca, que vai
de distal para mesial é 1; a segunda é 2 etc.
Ele também é fabricado com fio de diâmetro
0,028. O desenho geométrico exclusivo da alça
ativadora permite instaurar uma mecânica de força
ativadora tridimensional com uma ampla variedade de
movimentos possíveis. Os pequenos ajustes dos
diversos ângulos da alça ativadora ou das diversas
combinações dos ângulos internos ou externos
através de alicate pequeno, redondo e plano,
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 217
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proporcionam a força para os movimentos ativos.
Esses ajustes se mantêm a 1,0 mm ou menos, porque
a dissipação da força é de 100%, devido à da
elasticidade do fio; conseqüentemente, os
movimentos são rápidos e controlados. A alça
ativadora é levada para lingual, para evitar a
interposição gengival.
Fecho de Pressão: O setor móvel desses aparelhos
é obtido através de alças paralelas inseridas no arco,
na parte que deveria ser a região do primeiro molar.
Das duas alças que constituem o mecanismo de
ancoragem, a alça mesial é maior que a distal, para
facilitar a inserção nos tubos linguais verticais 3D,
correspondentes, da banda molar.
Inicialmente, inserem-se as alças de pressão,
primeiro a mesial, nos tubos linguais, com alicate How
e são completamente assentadas na posição com
qualquer tipo de calcador de amálgama, um
direcionador de bandas i-67 ou instrumento similar.
Sua retirada é facilmente obtida inserindo-se a ponta
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 218
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de um escavador sob a porção horizontal do fecho e
empurrando-se a ponta do escavador contra a
superfície ocluso-lingual da banda e girando-se o
instrumento oclusalmente. Assim, estas alças
inseridas verticalmente ficam livres nos tuvos linguais.
Porção adaptadora
do arco lingual 3D de
Wilson.
Pode ser empregado para avançar ou manter os
incisivos inferiores, dependendo do ajuste da alça
ativadora do aparelho.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 219
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Ativador:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 220
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Fecho de pressão.
Extensor – o prolongamento distal, conhecido como
extensor, pode ser utilizado com várias finalidades.
Um objetivo pode ser endireitar molares inclinados,
como ocorre quando um terceiro molar em erupção
fica incluso atraás de um primeiro molar na técnica de
substituição do segundo molar.
Ajustes do Arco lingual 3D de Wilson:
1o passo:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 221
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2o passo:
3o passo:
3o passo:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 222
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
4o passo:
5o passo:
Seleção do tamanho do arco:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 223
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Expansão da arcada
com o arco lingual 3D.
Antes do tratamento
e após o tratamento.
BIONATOR II
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 224
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
O Bionator II é um aparelho de nivelamento da
arcada na pré-maxila anterior. Em geral chamado de
Bionator para fechar a mordida aberta, um nome no
mínimo incômodo, o Bionator II é usado
principalmente para fechar a mordida aberta criada na
região anterior devido à protrusão da pré-maxila com
incisivos centrais e laterais superiores espaçados no
aspecto vestibular.
Embora usado principalmente para essa
finalidade, ele também pode ser usado para aumentar
a erupção vertical dos incisivos inferiores, em um
esforço para ajudar a fechar a mordida anterior. Outra
modificação simples permite que este aparelho
avance a mandíbula, quando necessário. Mas, em
virtude dos blocos de mordida de acrílico que
preenchem o espaço inter-oclusal entre os dentes
póstero-superiores e inferiores, esse aparelho é
totalmente neutro com relação às alterações na
dimensão vertical. A dimensão vertical da oclusão não
é afetada de modo algum por esse dispositivo. Assim,
de certa forma, o Bionator II é similar ao Bionator
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 225
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
padrão mais convencional quanto ao desenho e efeito,
e de outra forma é radicalmente diferente.
Suas semelhanças em aparência ao Bionator
padrão são em suas duas placas acrílicas verticais ou
“asas” que se ajustam firmemente contra as
superfícies linguais dos segmentos póstero-superior e
inferior. Essas asas são unidas posteriormente por
meio da mola de Coffin padrão. Anteriormente, as
duas metades do aparelho são conectadas por uma
porção lingual de acrílico que, em geral, sustenta um
parafuso de expansão na linha média, um arco lingual
e o arco vestibular convencional.
Mas, onde o aparelho difere é nos blocos de
mordida de acrílico ou “planos” que preenchem o
espaço interoclusal posteriormente. Os planos têm
indentações das superfícies oclusais dos dentes
póstero-superiores e inferiores, reproduzidas nas
respectivas superfícies superiores e inferiores. Esses
planos têm aproximadamente 2 m de espessura e os
dentes póstero-superiores e inferiores interdigitam
com elas enquanto o aparelho está na boca.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 226
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Aparelho Bionator II básico.
Pode ou não haver
plano incisal de
acrílico processado
no aparelho,
dependendo da
erupção incisal ser ou não desejada na mandíbula.
Este mesmo princípio é o porque do aparelho
permanecer neutro com relação à dimensão vertical.
Os planos de acrílico nos dentes posteriores impedem
a erupção nessa região, porque o aumento da
dimensão vertical nos casos de mordida aberta
anterior é contra-indicado,.
Como o Bionator convencional, o Bionator II
tem um aparelho “irmão” quase idêntico, o Corretor
Ortopédico II. Suas ações e desenho são similares
ao Bionator II, exceto que têm parafusos de expansão
montados nos lados do aparelho que, quando abertos
avançam a porção anterior-inferior e assim, avançam
a mandíbula, nos casos onde a mordida aberta
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 227
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
anterior é complicada por uma mandíbula tipo Classe
II muito retruída.
Vista lateral e frontal do Bionator II em um caso típico de mordida aberta anterior.
Os ajustes desse aparelho modificado, quando
se ativam os parafusos laterais, são similares aos
usados quando se trata com o Corretor Ortopédico I
padrão.
Quando usados adequadamente para os casos
para os quais foram desenhados originalmente, esses
aparelhos levam rápida e facilmente a pré-maxila
protruída com os incisivos laterais e centrais
superiores suberupcionados de volta para suas
posições corretas ao nível do plano oclusal.
Eles também são úteis na correção da
interposição da língua ou dos hábitos de chupar o
dedo, que em geral são os agentes etiológicos para
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 228
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
muitos casos de mordida aberta. Em virtude do tempo
de tratamento relativamente curto e dos enormes
resultados visuais atingidos, eles são aparelhos muito
populares.
Visto do aspecto inferior,
o parafuso de expansão
da linha média é
claramente visível.
Vista dos planos
oclusais.
Obs.: estes aparelhos em particular não possuem fio
lingual ou alças linguais de e treinamento da língua,
que são comuns desse tipo de aparelho.
Aparelho Corretor
Ortopédico II básico.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 229
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Observe a
localização dos
parafusos laterais
de expansão que
avançam a porção
inferior, e como
resultado, toda a mandíbula, similar à técnica do
Corretor Ortopédico I.
Indicações:
1. Classe II para Classe I sem
crescimento vertical.
2. Dimensão vertical diminuída
em dentição mista.
3. Corrigir mordidas abertas em
dentição mista por hábito de
chupar o dedo, hábitos linguais
e etc.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 230
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
4. Obter crescimento da mandíbula para a frente nos
casos com tendência de mordida aberta (que crescem
no sentido horário).
5. Na dentição mista:
a. aumenta as arcadas dentárias em inclinação dos
dentes, em caso de deficiência de comprimento da
arcada (apinhamento).
6. Pacientes com dor na ATM: para reposicionamento
da mandíbula sem aumentar a dimensão vertical.
Nota: Este corretor ortopédico pode receber várias
modificações para movimentos dentários específicos,
rotações, treinamento da língua, fechamento de
espaços, etc., dependendo do caso.
Esse aparelho trata as condições acima, com os
melhores e mais estáveis resultados no menor
período de tempo, em comparação com os aparelhos
ortopédicos ou funcionais em uso atualmente.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 231
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Mordida Construtiva:
A mordida construtiva pode ser realizada de
várias maneiras, dependendo do tipo de caso que
está sendo tratado. Existem duas categorias básicas:
casos de mordida aberta anterior onde os molares e
caninos já estão em uma posição satisfatória Classe I
e casos de mordida aberta com relações
mandibulares Classe II concomitantes, moderadas ou
graves.
Para os casos de Classe I, a mordida
geralmente é feita em relação cêntrica normal,
possivelmente com um ligeiro avanço da mandíbula
para uma posição de superclasse I. As lâminas de
cera ou blocos de mordida pré-formatados devem ser
aquecidos totalmente em água a 60o C até que fique
mole.
A cera é colocada nos dentes póstero-
anteriores, com distância suficiente dos dentes
anteriores, para permitir uma boa visibilidade dos
dentes anteriores e o julgamento da espessura da
mordida. Pede-se ao paciente para fechar a boca,
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 232
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com seus dentes em posição normal ou ligeiramente
protruída, até que os mesmos mordam a cera com
uma separação inter-oclusal de cerca de 2 mm.
Neste procedimento, dois aspectos são críticos
para a construção correta e bem sucedida do
aparelho. Primeiro, a cera deve ser totalmente
aquecida, de modo que esteja mole o suficiente para
permitir que o paciente a morda com pouco esforço.
Se a cera estiver muito firme, a pressão necessária
para morder, combinada com a resistência da cera
contra os dentes e o tecido gengival quando ele
penetra na cera, causam um ligeiro deslocamento do
côndilo na fossa glenóide em direção anterior.
Se essa mordida for usada para relacionar dois
modelos entre si no laboratório durante a construção,
o aparelho resultante tem acrílico muito espesso
posteriormente e quando ele é inserido na boca e o
paciente morde sobre ele, a espessura extra sobre os
dentes posteriores faz com que os pré-molares, mais
para a frente na arcada, fiquem fora de oclusão com o
acrílico. Isso requer uma redução incômoda do acrílico
extra posteriormente, com brocas para acrílico, etc.,
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 233
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até que a oclusão fique uniforme em todo o aparelho
da frente até a parte de trás.
O segundo fator crítico, é a sua espessura.
Dois milímetros de distância inter-oclusal é o ideal.
Quatro milímetros é o limite superior tolerável para
aparelhos deste tipo. Se a mordida for registrada com
mais de 4 mm de espessura, ela faz com que os
planos de mordida do aparelho acabado sejam muito
grossos, a ponto de produzir um efeito de descarga no
côndilo, similar à ação de um Bionator convencional e,
assim, estimular o crescimento condilar, um efeito
indesejável para os casos de mordida aberta anterior
Classe I.
Para o caso de mordida aberta anterior Classe
II, toma-se uma mordida construtiva ligeiramente
diferente. Aqui, o avanço da maxila é desejável. Os
planos de mordida de acrílico impedem o aumento da
dimensão vertical, mas isso em geral não é problema
para começar os casos de mordida aberta. Além
disso, a mandíbula ainda pode ser avançada como um
todo, mantendo sua constante vertical por meio da
elaboração da mordida construtiva com a mandíbula
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 234
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
em posição protruída, similar à da mordida construtiva
do Bionator convencional.
No paciente mais jovem, no estágio de dentição
mista ou dentição adulta inicial, a mordida pode ser
realizada com a mandíbula suficientemente protruída
para causar uma relação de superclasse I ou mesmo
Classe III leve nos molares.
De modo geral, seria de tal forma que se os
dente ântero-superiores estivessem em seu nível de
posição normal com o plano oclusal, os incisivos
inferiores estariam cerca de 2 mm além dos
superiores, anteriormente.
Não só a quantidade de avanço mandibular é
importante, como também é preciso fazer a mordida
com um grau de espessura que corresponda a uma
distância inter-incisal de, novamente, cerca de 2 mm
se os dentes anteriores estiverem em sua posição
correta final. Como é desejado uma mordida anterior
de 1 ou 2 mm e espessura mínima de resistência do
plano de acrílico e a interdigitação correta com os
dentes é de 2 mm, a espessura padrão de 2 mm no
aspecto inter-oclusal também o é.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 235
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Mas, mesmo com os dentes ântero-superiores
acima e fora do plano de oclusão, a simples
observação de onde o canino inferior está com
relação ao canino superior quando for tomada a
mordida oferece uma evidência adequada de avanço
e espessura suficientes para gerar o crescimento
condilar e o avanço mandibular próprio da Classe II
para a Classe I.
Se depois que a mordida fechar anteriormente,
a mandíbula tiver avanço insuficiente da Classe II para
Classe, pode-se realizar uma mordida construtiva
mais precisa, agora que os incisivos estão em sua
posição correta para serem usados como guia da
maneira convencional. Então o aparelho pode ser
reembasado ou pode-se construir um novo aparelho.
Se o operador fizer previsão de dificuldade no
julgamento do avanço suficiente da mandíbula na
mordida construtiva, para um caso de mandíbula com
retrusão de Classe II grave, ele pode evitar as
chances de precisar de dois aparelhos, simplesmente
construindo um Corretor Ortopédico II. Então se a
insuficiência mandibular ainda for evidente depois que
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 236
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
a mordida fechar anteriormente, os parafusos de
laterais podem ser ativados e o acrílico oclusal e
interdental reduzido da maneira convencional. A
mandíbula então pode ser avançada diretamente até
que atinja a posição correta de Classe I.
Para o paciente no final da adolescência e para
o adulto jovem, é indicada uma espessura maior no
aspecto inter-oclusal e ligeiramente mais protrusão da
mandíbula durante a construção da mordida
construtiva. Quanto mais velho é o osso, mais intenso
o estímulo para causar a alteração. Para esses casos
de Classe I são necessários 3 mm de espessura inter-
oclusal. Se o avanço mandibular também for
necessário, o alinhamento dos caninos na Classe I ou
mais, até a posição de superclasse I, pode atuar como
um guia. OU, novamente, o clínico simplesmente pode
fazer a mordida em certo grau de protrusão e se
necessário, permitir que os parafusos de expansão do
Corretor Ortopédico II corrijam a diferença.
Em todos os casos relativos à mordida aberta
anterior, é preciso lembrar que o problema
enfrentando pelo clínico é onde colocar a mandíbula
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 237
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
ao fazer a mordida construtiva. É preciso ter em
mente que os dentes ântero-superiores não são os
guias; eles podem estar em qualquer lugar e
geralmente estão.
Depois de obter um conjunto preciso de moldes
de gesso e a mordida construtiva correta, os modelos
e a mordida são verificados e novamente enviados ao
laboratório, para a fabricação do aparelho.
BIONATOR III
O Bionator III é um aparelho de avanço da
mordida. Ele é totalmente neutro com relação à
dimensão vertical e a deixa completamente livre. Sua
única finalidade é avançar a mandíbula da relação
Classe II para a Classe I e limitar o padrão neuro-
muscular da Classe II. Não se pretende que ele
modifique mais nada.
Ocasionalmente, certos pacientes apresentam
maloclusão Classe II e mandíbula retruída, cujas
arcadas têm forma correta e cuja dimensão vertical de
oclusão também é bastante satisfatória, mas que
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 238
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
ainda sofrem de condição de Classe II, com a
concomitante retrusão da mandíbula.
Desenho original do Bionator III.
Tudo o que é
necessário é um simples
avanço da mandíbula da
Classe II para a Classe I,
sem qualquer aumento na
vertical. O aparelho usado
para isso, o Bionator III, parece uma ligação entre os
Bionators I e II.
Ele tem as armações completas do Bionator I,
arco vestibular, ola de Coffin, encapsulamento acrílico,
alças laterais, etc., mas também tem escudos do
Bionator II. Os escudos mantêm a vertical constante
na região posterior; e o plano total de acrílico na
região anterior, sobre a qual os incisivos superiores e
inferiores se articulam, mantém a sobremordida
constante nessa região. A única coisa que muda com
esse aparelho é a posição da mandíbula.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 239
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A construção da mordida é a mesma do Bionator
I. O paciente morde a cera amolecida de modo que os
incisivos inferiores fiquem 2 a 3 mm depois dos
incisivos superiores com uma distância inter-incisal de
cerca de 2 a 3 mm. Não há ajustes nesse aparelho, a
não ser os que asseguram a acomodação correta e
confortável.
Expansor Fixo tipo Haas:
O expansor fixo tipo Haas é um aparelho fixo
ativo, com parafuso, utilizado para expandir o arco
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 240
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
dentário superior às custas, principalmente, de
afastamento dos processos maxilares. Seu uso,
portanto, está indicado na correção das atresias
esqueléticas do arco dentário superior. Desta forma, o
aparelho expansor fixo tipo Haas é considerado um
aparelho para mecânica transversal ortopédica e, por
isto, recebe também o nome de disjuntor.
Este aparelho, de ancoragem máxima ou muco-
dento-suportado, compõe-se de uma estrutura
metálica e outra acrílica, que recebe o parafuso
expansor. A estrutura metálica se apóia em 4 bandas,
simetricamente posicionadas (duas de cada lado) e
adaptadas nos primeiros molares e primeiros pré-
molares. A bandagem dos primeiros pré-molares pode
ser substituída pela bandagem dos caninos. As barras
de conexão que unem as duas bandas de cada lado
ao apoio de resina acrílica são construídas com fio 1,2
mm. A estrutura de resina acrílica é formada pro dois
apoios mucosos independentes e unidos pelo
parafuso expansor. A estrutura acrílica caracteriza o
aparelho expansor tipo Haas.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 241
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Técnica de Confecção:
Sobre o modelo de
trabalho superior,
previamente preparado e
com as bandas em
posição, delimitar o esboço do aparelho a ser
confeccionado.
Estrutura Metálica:
Após a retificação de um segmento de 10 cm
de fio 1,2 mm, confeccionar as barras de conexão do
lado direito e esquerdo, independentemente. As
barras de conexão deverão tocar na superfície
palatina das bandas, desde o primeiro molar até o
primeiro pré-molar. As extremidades destes suportes
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 242
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
são dobradas em direção ao palato sem contudo,
tocá-lo.
Posicionar as barras de
conexão direita e
esquerda em seu local
definitivo sobre o modelo
de trabalho.
Com o auxílio de uma pedra
montada, preparar os fios e
bandas para receber a
soldagem, e fixar as barras
de conexão com gesso no
modelo de trabalho.
Soldar as barras de conexão
nas bandas.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 243
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Remover o gesso utilizado para o isolamento durante
a soldagem.
Apoio de Resina Acrílica:
Aplicar isolante no modelo para impedir a aderência
de resina durante o processo de acrilização.
Recortar duas porções de
cera (uma no sentido
sagital e outra no sentido
transversal),
acompanhando a forma
anatômica do palato.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 244
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A porção de cera sagital sobrepõe-se a rafe palatina
mediana, estendendo-se
desde a região palatina
dos incisivos centrais
superiores até a região
distal dos primeiros
molares superiores. A
porção de cera transversal delimita o limite distal do
aparelho, encaixando-se distalmente entre os
primeiros molares.
A foto ilustra o modo correto de posicionar a cera. As
barras foram removidas apenas para melhor
visualização da cera.
Selecionar o parafuso
expansor, cuja capacidade
de expansão deve ser
compatível com a
quantidade de expansão
requerida e recortar, com o auxílio de um disco de
carborundum e peça de mão, a parte menor da
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 245
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
proteção plástica do parafuso (lado contrário ao da
seta indicadora).
Derreter uma porção de cera 7 e adaptar na parte
central do parafuso expansor, no local onde foi
removida a proteção plástica.
Fazer um corte na área central
da porção de cera sagital.
Este corte corresponde ao
encaixe para receber o
parafuso expansor.
Posicionar o parafuso e as
porções de cera no modelo de
trabalho e, com a cera 7
aquecida, fixá-los no modelo.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 246
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Ao posicionar o parafuso expansor, cuidar para que a
seta indicativa da direção de ativação fique voltada
para distal.
Inserir rolete de cera na superfície palatina dos dentes
posteriores, bilateralmente, com a finalidade de aliviar
a região da gengiva livre do contato com o apoio
mucoso de resina acrílica.
Separar uma porção de monômero e polímero
transparente em potes
separados de resina e
preencher a região do
palato no modelo de
trabalho, através da
técnica de Nylon, até
cobrir o parafuso expansor.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 247
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Remover o excesso de
resina acrílica, com espátula
Lecron, antes da
polimerização.
Após a polimerização na
panela de acrilização,
remover com o alicate 139, o
suporte plástico que
acompanha o parafuso expansor.
A seguir, remover a cera que circunda o aparelho com
uma espátula Lecron.
Remover o aparelho do
modelo de trabalho com o
auxílio de um alicate
Saca-bandas.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 248
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Com o auxílio da chave de ativação, abrir o aparelho
expansor o suficiente para permitir o polimento entre
os blocos de resina.
Iniciar o processo de acabamento e polimento na
resina acrílica.
Eliminar as rebarbas com fresa.
Desgastar ligeiramente o local da solda, com o auxílio
de pedra montada.
Alisar a superfície do aparelho com tira de lixa.
Friccionar bombril na superfície do aparelho para
devolver a transparência da resina.
Aparelho expansor fixo tipo Haas, concluído.
Expansor Fixo tipo Haas Modificado:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 249
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A modificação aqui mencionada refere-se à
adaptação deste aparelho para os estágios precoces
do desenvolvimento da oclusão, nas dentaduras
decíduas e mistas.
A diferença resume-se na eliminação das duas
bandas da região anterior. A estrutura metálica do
aparelho se apóia apenas mas bandas dos molares
(segundos molares decíduos ou primeiros molares
permanentes), na dependência principalmente do
estágio do desenvolvimento oclusal. A estrutura
metálica parte da banda do molar e abraça o canino à
semelhança de um grampo em “C”. Pode-se também
associar aos grampos dos caninos uma tela para
colagem, em cada lado do arco dentário. A sequência
para sua confecção segue os mesmos passos do
expansor fixo tipo Haas, descrito anteriormente.
A aparelho expansor fixo
tipo Hass modificado: os
grampos circunferenciais
(“C”), fixados aos caninos
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 250
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
por meio de colagem direta, substituem as bandas na
região anterior.
Expansor Fixo tipo Hyrax:
À semelhança do expansor fixo tipo Haas, o
expansor tipo Hyrax é um expansor fixo ativo, com
parafuso, indicado para as atresias esqueléticas do
arco dentário superior. A diferença entre os aparelhos
Haas e Hyrax reside na sua estrutura. O aparelho tipo
Hyrax é constituído apenas de estrutura metálica, não
contendo o apoio palatino da resina acrílica. A
justificativa para a ausência do apoio de resina acrílica
centra-se na maior facilidade de higienização do
aparelho e na possibilidade de torná-lo menos
volumoso e menos traumático ao palato.
Técnica de Confecção:
Sobre o modelo de
trabalho superior
previamente preparado,
posicionar o parafuso e
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 251
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
centralizá-lo na região entre os primeiros pré-molares
e os primeiros molares.
Marcar no parafuso, a 0,5
mm por palatino e cervical
dos pré-molares e molares,
os locais que receberão as
dobras.
Dobrar os fios, com alicate 139 ou Trident, de
forma que o parafuso fique adaptado no palato (sem
tocá-lo), que as hastes posteriores passem por mesial
dos primeiros molares e que as hastes anteriores
passem por distal dos primeiros pré-molares.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 252
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Marcar novamente as hastes anteriores e
posteriores na metade da altura das bandas, e realizar
dobras de mesial a distal dos primeiros molares e de
distal a mesial dos pré-molares.
Cortar o excesso de fio e
passar pedra montada nas
regiões das bandas e dos
fios que receberão a solda.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 253
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Fixar, com gesso, o parafuso no modelo e
soldar as barras de conexão nas bandas de cada lado
do arco dentário.
Remover o aparelho do modelo
e iniciar o processo de
acabamento e polimento na
região da solda.
Aparelho expansor fixo
tipo hirax, concluído.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 254
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Arco Lingual de Nance:
O arco lingual de Nance
é um aparelho fixo passivo,
indicado para preservar o
espaço deixado pela perda
precoce de mais de um molar decíduo no arco
dentário inferior, ou preservar o espaço disponível de
Nance no final da dentadura mista. Portanto, à
semelhança da banda alça, o arco lingual de Nance é
considerado um mantenedor de espaço, ou seja,
preserva o comprimento do arco dentário. É
constituído de duas bandas, dispostas
simetricamente, uma em cada lado do arco dentário
inferior distalmente aos dentes perdidos, e de uma
estrutura metálica confeccionada com fio 0,9 mm ou 1
mm, que conforma lingualmente os dentes inferiores,
tangenciando o cíngulo dos incisivos.
Técnica de Confecção:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 255
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Sobre o modelo de trabalho inferior previamente
preparado, delinear o esboço do aparelho a ser
confeccionado. Contornar, com o alicate De La Rosa,
um segmento de 6 cm de fio, imprimindo-lhe a
morfologia do arco dentário inferior de forma a
tangenciar a superfície cérvico-lingual dos dentes
inferiores, cobrindo o cíngulo.
Nos locais de
apinhamentos, fazer o
uso do alicate Trident ou
do alicate 139 para
efetuar a adaptação.
Adaptar o arco contornando à superfície lingual das
bandas, bilateralmente em seu terçomédio com o
alicate 139, cortando o excesso.
Fixar o arco lingual no
modelo.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 256
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Soldar o arco lingual nas
bandas.
Após a soldagem, desgastar o gesso na região interna
da banda com broca esférica para permitir a remoção
do aparelho do modelo de trabalho sem deformar as
bandas.
Iniciar o processo de
acabamento e polimento na
região da solda.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 257
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Arco lingual concluído.
Banda Alça:
A banda alça é um aparelho fixo passivo,
indicado exclusivamente para preservar o espaço
deixado pela perda precoce de um molar decíduo.
Portanto, a banda alça é considerada um mantenedor
de espaço por limitar-se à função de preservar o
comprimento do arco dentário. É constituído de uma
banda, distal ao dente perdido, e uma alça metálica
confeccionada com fio 0,9 mm, que parte da banda e
contorna o espaço do dente decíduo ausente.
Técnica de Confecção:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 258
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Sobre o modelo de trabalho inferior previamente
preparado, delinear o esboço do aparelho a ser
confeccionado. Retificar um segmento de 6 cm de fio
0,9 mm e iniciar a confecção da alça propriamente
dita. Contornar o fio em sua parte central com o
alicate “U” com o ápice arredondado e abertura
suficiente para tangenciar a superfície proximal do
dente adjacente ao espaço, em toda a sua superfície
distal, no terço cervical.
Retornar as extremidades do fio em direção à
banda, circundando o espaço a ser preservado
Prender cada uma das alças
anteriores com o alicate 139 e
imprimir uma dobra no sentido
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 259
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
cervical, de maneira a adaptar a alça ao tecido
gengival por vestibular e lingual ao espaço da
extração, mantendo distância suficiente para não
interferir na irrupção do sucessor permanente. O fio
deve tangenciar a gengiva sem, no entanto,
traumatizá-la.
Ajustar as extremidades vestibular e lingual da
alça no terço médio da banda.
Cortar o excesso de fio e
fixar a alça no modelo.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 260
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Soldar a alça na banda, conforme explicado na parte
de soldagem.
Após a soldagem,
desgastar o gesso na
região interna da banda
com broca esférica, para
permitir a remoção do
aparelho do modelo de trabalho sem deformar a
banda.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 261
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Iniciar o processo de acabamento e polimento na
região da solda, e, banda alça concluída.
Botão de Nance:
O botão de Nance é um aparelho fixo passivo,
indicado para impedir ou dificultar a mesialização dos
molares superiores durante a mecanoterapia.
Portanto, desempenha a função exclusiva de
ancoragem. É usado rotineiramente nas mecânicas de
fechamento de espaços quando se requer retração
anterior. Mas também pode ser usado como
ancoragem para os aparelhos intrabucais de
distalização de molares, como por exemplo, o
distalizador Jones Jig, o distalizador com magnetos
repelentes e o aparelho penduluum ou pendex. Neste
caso, a bandagem é feita nos pré-molares, ao invés
dos molares, unilateral ou bilateralmente, na
dependência do molar a ser distalizado. É constituído
de duas bandas, dispostas simetricamente uma em
cada lado do arco dentário superior, e uma estrutura
de resina acrílica apoiada na região anterior da
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 262
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mucosa palatina , imediatamente distal às
rugosidades palatinas. As bandas são unidas ao apoio
acrílico por intermédio de uma estrutura metálica (arco
palatino) confeccionadas com fio 1 mm.
Técnica de Confecção:
Estrutura Metálica – arco palatino:
Sobre o modelo de trabalho
superior previamente preparado,
delinear o esboço do aparelho a
ser confeccionado.
Após retificação de um
segmento de 20 cm de fio
1 mm, confeccionar, com a
ponta cônica do alicate
139, um ômega
centralizado sobre a rafe palatina mediana na altura
dos caninos.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 263
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Contornar, com o alicate De La Ros, o arco em
direçào às bandas dos molares.
Adaptar, com o alicate 139, o arco
contornado bilateralmene à
superfície lingual das bandas em
seu terço médio.
Cortar o excesso distal às bandas dos
molares.
Fixar a estrutura metálica com gesso no modelo de
trabalho.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 264
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Aplicar fluxo para solda nas
áreas a serem soldadas.
Soldar o arco palatino nas
bandas.
Apoio de Resina Acrílica:
Aplicar isolante na região anterior
do modelo, para impedir a
aderência da resina durante o
processo de acrilização.
Iniciar o processo de acrilização, depositando resina
na região do ômega, formando um círculo.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 265
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Opcionalmente pode-se inserir uma figura na resina
com o auxílio de uma pinça clínica.
Remover o excesso de
resina acrílica, com
espátula Lecron, antes
da
polimerização.
Após a polimerização da
resina na panela de
acrilização, remover o
aparelho do modelo de
trabalho.
Iniciar o processo de
acabamento e polimento na
resina acrílica e eliminar as
rebarbas com fresa.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 266
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Alisar a superfície externa
do aparelho com tira de
lixa.
Friccionar bombril na
superfície externa do
aparelho para devolver
a transparência da resina.
Botão de Nance
concluído.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 267
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Grade Palatina Fixa:
A grade palatina fixa é um aparelho passivo,
indicado para dificultar a realização dos hábitos bucais
deletérios de sucção de dedos e/ou chupetas e,
simultaneamente, impedir a interposição lingual
anterior. Portanto, a grade palatina é considerada um
aparelho recordatário. É constituída de duas bandas,
simetricamente posicionadas uma de cada lado do
arco dentário superior, e de uma estrutura metálica
que compreende o arco palatino e a grade palatina
propriamente dita. O arco palatino tangenciando, a
superfície cervical e palatina dos dentes posteriores, é
confeccionada com fio 1 mm e a grade palatina,
adaptada na região dos caninos, é confeccionada com
fio 0,7 mm.
Uma variante da grade palatina fixa, com o
mesmo objetivo terapêutico, pode ser elaborada para
o arco dentário inferior e recebe o nome de grade
lingual fixa.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 268
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Técnica de Confecção:
Arco Palatino:
Sobre o modelo de trabalho
superior previamente
preparado, delinear o esboço
do aparelho a ser
confeccionado.
Contornar, com alicate
De La Rosa, um
segmento de 6 cm de fio
1 mm, imprimindo-lhe
uma morfologia
compatível com o arco
dentário superior, de forma a tangenciar a superfície
cérvico-palatina dos dentes posteriores até a região
dos caninos. Adaptar o arco contornado à superfície
lingual das bandas, bilateralmente mente em seu
terço médio, cortando os excessos.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 269
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Grade Palatina:
Após a retificação de um
segmento de 20 cm de fio
0,7 mm, iniciar a
confecção da grade
palatina propriamente
dita, contornando o fio com o alicate 139, de forma a
construir 3 a 4 grades. A altura da grade é
controlada pelo modelo
de trabalho inferior. A
grade deve ser longa o
suficiente para cobrir toda
a
extensão da mordida aberta
anterior, aproximando-se do
cíngulo dos incisivos
inferiores.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 270
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Arco palatino e grade
confeccionados.
Verificar a adaptação
da grade ao arco
palatino.
Passar pedra montada
nos locais que receberão
a Solda (grade e arco
palatino), posicionar o
arco Palatino
corretamente no modelo de trabalho e Cobrir com
gesso as regiões próximas ao local de soldagem.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 271
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Reposicionar a grade no arco
palatino e cobri-la com, gesso.
Soldar o arco palatino
nas bandas.
Soldar a grade palatina na
região anterior do arco
palatino.
Após a soldagem,
desgastar o gesso na
região internadas
bandas com broca
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 272
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esférica, para permitir a remoção do aparelho do
modelo de trabalho sem deformaras bandas. Iniciar o
processo de acabamento e polimento nas regiões da
solda.
Grade palatina fixa concluída.
Como alternativa à grade
palatina fixa, instalada no
arco dentário superior,
torna-se possível instalar a
grade no arco dentário
inferior, recebendo a denominação de grade lingual
fixa. Os passos laboratoriais são similares, exceto na
região da grade lingual, que recebe a solda somente
em suas extremidades.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 273
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Mola Digital Removível:
A mola digital é um elemento ativo com aptidão
para promover movimento de inclinação dentária.
Portanto, está capacitada para mudar o
posicionamento vestíbulo-lingual de um ou mais
dentes no arco dentário superior. Via de regra. Está
indicada para vestibularizar dentes anteriores no arco
superior em casos de mordida cruzada.
A mola digital é uma mola simples,
confeccionada com fio 0,7 mm, que contém um
helicóide que concentra e armazena energia e é
responsável, em parte, pela flexibilidade da mola. Seu
funcionamento, por lembrar o movimento de um dedo,
evoca o nome de mola digital. Quando acoplada em
um aparelho removível, esta mola, de ancoragem
dento-muco-suportada, contém acrílico e grampos de
retenção (grampos em “C” e grampos aixiliares em
gota). Os grampos em “C”, instalados nos molares,
são confeccionados com fio 0,9 mm ou 1 mm. Os
grampos auxiliares interproximais em gota, instalados
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 274
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nos segmentos posteriores do arco dentário superior,
são confeccionados com fio 0,6 mm.
A placa de resina
estende-se até a
superfície oclusal dos
dentes posteriores,
formando um apoio
oclusal de levantamento
de mordida que ajuda a estabilizar o aparelho na boca
durante a movimentação dentária, reforçando a
ancoragem. O apoio oclusal desempenha a função de
tirar o dente a ser movimentado de oclusão.
Técnica de Confecção:
Sobre o modelo de
trabalho previamente
preparado, delinear o
esboço do aparelho a
ser confeccionado.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 275
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Confeccionar os grampos em “C” nos molares com fio
0,9 mm ou 1 mm, e os grampos em gota nas regiões
interproximais, com fio 0,6 mm.
Após a retificação de um
segmento de 30 cm de fio 0,7
mm, iniciar a confecção da mola
digital propriamente dita.
A mola digital possui os seguintes
componentes:
1) Braço: parte ativa da mola;
2) Helicóide: local onde será feita a ativação;
3) Cauda: parte que será incluída na resina;
4) Guia: parte que estabiliza o braço da mola sobre a
coroa do dente a ser movimentado.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 276
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Retificar um segmento de 10 cm de fio 0,7 mm. Com
um lápis, fazer uma marca a 2 cm da extremidade e,
com a ponta cônica do alicate 139, confeccionar um
pequeno helicóide com as extremidades paralelas e
na mesma direção.
Verificar no modelo a
posição do helicóide, marcar
no fio o terço digital da face
palatina do dente cruzado
e fazer uma dobra em ângulo de 90o em direção ao
palato.
Com um lápis, fazer uma
marca a aproximadamente
1,5 cm a partir do ângulo de
90o e, com a ponta cônica
do alicate, fazer uma
curvatura formando a cauda (parte que ficará
incluída na resina), de modo a deixar este novo
segmento de fio paralelo ao segmento confeccionado
anteriormente.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 277
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Fazer uma nova marca
na mesma altura do
segmento do helicóide,
dobrando o fio em
direção contrária a este
e, depois, em direção
anterior, finalizando a guia.
Após a conclusão do
guia, confeccionar,
com um alicate 139
apoiado na cauda,
uma dobra de forma
que o braço da mola
fique perpendicular em relação ao elemento a ser
descruzado. Este braço deverá ficar no meio da face
palatina do dente cruzado. Pra uma melhor adaptação
e inclusão da resina, fazer uma pequena curvatura na
cauda, acompanhando o formato anatômico do palato
sem contudo, tocá-lo.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 278
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
A foto ao lado
demonstra todos
os componentes
metálicos que
fazem parte do
aparelho: mola digital, grampos em “C” e grampos
interproximais em gota.
Posicionar os grampos e
a mola digital na posição
definitiva sobre o
modelo de trabalho e
fixá-los com cera 7
derretida.
Colocar cera ao redor da mola para que a resina
acrílica não invada a parte ativa desta.
Aplicar isolante no
modelo para impedir
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 279
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
a aderência da resina durante o processo de
acrilização.
Iniciar o processo de acrilização, conforme explicado
no capítulo de
acrilização,
acrescentando um
levantamento de
mordida na região
posterior.
Remover o excesso de resina acrílica, com auxílio da
espátula Lecron, antes da polimerização.
Após a polimerização na panela de acrilização,
remover o aparelho do modelo de trabalho.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 280
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Aparelho removível finalizado, antes do acabamento e
polimento.
Iniciar o processo de
acabamento e
polimento na resina
acrílica, eliminando as
rebarbas com fresa.
Alisar a superfície
externa do aparelho
com tira de lixa.
Friccionar bombril na
superfície externa do
aparelho para
devolver a
transparência da
resina.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 281
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Aparelho removível com
mola digital concluído e
assentado no modelo
correspondente.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 282
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Corretor Ortopédico 1:
Indicações:
1. Classe II para Classe
I.
2. Aumentar a dimensão
em casos de
sobremordida profunda.
3. Excelentes resultados
em tratamentos de
Classe II Esquelética.
4. Tratamento da
dentição mista ou permanente.
Nota 1:
A este aparelho pode-se adicionar várias modificações
para movimentos dentários específicos, rotações,
treinamento lingual, fechamento de espaços, etc.,
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 283
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
dependendo do caso. Isso é ensinado nos cursos de
técnicas avançadas.
Nota 2:
Este aparelho tratará as idnicações mencionadas
acima até alcançar os melhores e mais estáveis
resultados, num período de tempo mais curto do que
todos os aparelhos ortopédicos ou funcionais que se
utilizam atualmente.
Nota de Construção:
Os incisivos superiores contactam com o
encapsulamento de acrílico dos incisivos inferiores.
Projeções de acrílico e o Corretor Ortopédico I –
Ajustes para avançar a mandíbula:
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 284
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Quando
se ativam os
parafusos
laterais do
Corretor
Ortopédico I
para avançar a mandíbula, deve-se eliminar as
projeções de acrílico inferior que rodeiam os setores
póstero-inferiores.
- e de ambos os lados do aparelho.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 285
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
- para permitir o avanço da arcada inferior sem
obstáculos.
- Lado direito do
encapsulamento
do aparelho, tal
como aparece
normalmente,
atuando para manter os dentes antero-inferiores. Do
lado esquerdo do aparelho retirou-se o
encapsulamento para vestibularizar os dentes antero-
inferiores durante sos três primeiros meses de
tratamento.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 286
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
- Visão intrabucal do Bionator após eliminar-se o apoio
vestibular do encapsulamento para vestibularizar os
dentes antero-inferiores, aumentando-se assim, o
ângulo inter-incisal e a porção incisal engrossada, a
fim de acelerar a erupção posterior, aumentando-se
assim, a ação vertical.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 287
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Quadri-hélice:
O quadri-hélice é um aparelho fixo ativo, indicado
para expandir o arco
dentário superior às
custas, principalmente, de
vestibularização dos
dentes e processos
alveolares, estando
indicado para a correção
da mordida cruzada
posterior, de caráter
dento-alveolar, unilateral
ou bilateral. Portanto, o
quadri-hélice é
considerado um aparelho
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 288
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
para mecânica transversal ortodôntica. É constituído de 2
bandas, simetricamente posicionadas uma de cada lado do
arco dentário superior, adaptadas nos últimos molares
passíveis de serem bandados, e de um arco palatino soldado
às bandas dos molares, confeccionado com fio 0,9 mm ou
0,8 mm, possuindo 4 helicóides, distribuídos
estrategicamente em 2 anteriores e 2 posteriores.
Técnica de Confecção:
Sobre o modelo de
trabalho superior
previamente prepara-
do, delinear o esboço
do aparelho a ser
confeccionado.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 289
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Após a retificação de um segmento de 20 cm
de fio 0,9 mm ou 0,8 mm, confeccionar, com a ponta
cônica do alicate 139, dois helicóides pequenos, com
distância entre si igual a 1/3 da distância intercaninos,
de forma que ambos os helicóides permaneçam
paralelos e abaixo do plano oclusal.
Marcar o fio na distal dos molares e
confeccionar um pequeno helicóide externamente ao
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 290
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
fio, bilateralmente, de forma a ficar com uma abertura
aproximada de 45o.
Marcar o fio onde este tocar o terço médio da
superfície palatina das bandas.
Contornar o fio de forma
que este toque a superfície palatina dos dentes
posteriores, estendendo-se até a superfície mesial dos
caninos, de ambos os lados.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 291
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Posicionar o quadri-
hélice na posição
definitiva sobre o
modelo de trabalho. O
fio deverá ficar
ligeiramente afastado
do palato para não traumatizar a mucosa do paciente.
Fixar o aparelho
com gesso.
Soldar o quadrihélice
nas bandas.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 292
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Após a soldagem,
desgastar o gesso na
região interna das
bandas com broca
esférica, para permitir
a remoção do aparelho do modelo de trabalho sem
deformar as bandas.
Iniciar o processo de
acabamento e
polimento nas regiões
da solda.
Quadri-hélice
concluído.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 293
MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA
Aparelhos Fixos Ativos derivados do Quadri-
hélice:
Existem outros aparelhos fixos ativos,
derivados do quadri-hélice, que apresentam as
mesmas funções. Denominados de, Arco em W,
Unihélice e Bihélice. Portanto também constituem
aparelhos para mecânica ortodôntica transversal,
diferindo apenas quanto ao número de helicóides.
Arco em W:
Este aparelho não possui helicóides.
Para sua confecção, seguir os passos do quadri-
hélice.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 294
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Unihélice:
Este aparelho apresenta apenas um helicóide na
região anterior, centralizado na rafe mediana, na
região da distal dos caninos.
Para sua confecção, seguir os passos do quadrihélice.
SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 295