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SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA

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MOZAR MARTINS DE SOUZA

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

ÍNDICE

ALICATES:

Alicate 139

Alicate de Corte Pesado

Alicate Tridente

Alicate De La Rosa

Alicate de Corte de Amarrilho

Alicate de Corte de Extremo Distal

Alicate How Curvo

Alicate Condutor Distal.

Alicate para Fio Retangular

Alicate Conformador de Amarrilhos

Alicate Saca-Banda

Alicate Johnson (Bombé)

Alicate Vibende

Alicate Conformador de Ômega

Alicate Removedor de Brackets

Passo-a-passo para confecção de aparelhos removíveis

Técnica de Glaze ou Banho de Brilho

Placa para Bruximos

Placa de Contenção (Hawley)

Arco Vestibular

Molas

Tipos

Mola Nortthwest

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Molas para recuperação de espaço.

Mola em “Z”

Mola em forma de chicote

Mola para extruir um dente.

Mola para vestibulari-zação do canino com baioneta.

Placa de Contenção (Hawley) – com arco vestibular de canino a

canino

Placa de Contenção (Hawley) – com arco vestibular de molar a

molar

Placa com Grade Palatina ou

Placa Impedidora de Língua

Placa com Grade Palatina

- Confecção do Aparelho:

Placa de Hawley Modificada

Parafusos Expansores

Tipos de Parafusos

Parafusos Colocação

Placa com Parafuso Expansor Mediano

Plano Anterior de Levantamento de Mordida.

Placa com Mola Coffin

Placa com Apoio Oclusal

Características do aparelho:

Redutor de Diastema Removível

Redutor de Diastema Removível – Confecção

Redutor de Diastema Removível – Ativação e Uso

Aparelho Mantenedor de Espaço Fixo

Placa com Mola para Tração de Canino:

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Molas Com Helicóides

Disjuntor Palatino

Soldagens

Soldagem a Gás

Confecção de aparelhos

Aparelhos fixos

A - Como Fazer um Arco com Alças em Losango – para redução

de espaços:

B - Como Fazer um Cursor:

C – Como fazer uma Mola de Verticalização:

C – Como fazer um Arco Auxiliar de Torque (tipo Kitchton)

D – Como fazer um Arco Auxiliar de Intrusão:

E – Como Amarrar um Arco em menos de 3 minutos, sem ajuda:

Segredo no 1:

Segredo no 2:

F – Como aplicar um Alastic em dez segundos:

G – Como remover um arco:

H – Como facilitar a reutilização de Bandas e Braquetes:

Bandas:

Braquetes:

Aparelhos Removíveis

A – Métodos de Retenção:

Sistema número 1:

Grampo de Adams:

Sistema número 2:

“Splint” Parcial Anterior:

Sistema número 3:

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Extensões Vestibulares de Acrílico:

Como Fazer um Grampo de Adams realmente eficiente:

Grampo de Adams para Pré-molar:

Passos para Construção de um Grampo de Adams:

Os dez erros mais comuns na construção do Grampo de Adams:

Erro no 1:

Erro no 2:

Erro no 3:

Erro no 4:

Erro no 5:

Erro no 6:

Erro no 7:

Erro no 8:

Erro no 9:

Erro no 10

Como fazer um Arco Palatino de Suporte para os aparelhos

removíveis superiores:

Como fazer uma Máscara Facial (tipo Delaire)

Como fazer uma Placa Lábio Ativa Adaptável:

Funções da Placa Lábio Ativa:

Indicações:

Contra-indicações:

Características ideais de uma Placa Lábio Ativa:

Passos para a construção:

Modo de Adaptação:

Outras Sugestões para a Placa Lábio Ativa:

Como Fazer Escudos Bucais:

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Como Fazer Um Aparelho de Frankel (FR 1):

Sugestões Práticas:

Sugestão prática no 1:

Sugestão prática no 2:

Modificação Sugerida no 1:

Modificação Sugerida no 2:

O plano de mordida do acrílico:

Passos básicos para confecção de Aparelhos Removíveis

Técnica de Glaze ou Banho de Brilho

Expansor Fixo tipo Hass:

Composição do aparelho:

Técnica de Confecção:

Expansor Fixo Tipo Hyrax:

Composição do aparelho:

Ativação do aparelho:

Técnica de Confecção:

Aparelho Sagital:

Corretor Ortopédico 1:

Indicações:

Nota 1:

Nota 2:

Nota de Construção:

Projeções de acrílico e o Corretor Ortopédico I – Ajustes para

avançar a mandíbula:

Classe II, Divisão 2:

Mordida de cera para Aparelho Sagital:

Aparelho Sagital inferior.

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Sagital I: redução para técnica do Sagital I.

Aparelho Sagital Classe III:

As Placas Transversais:

O Aparelho de Schwarz:

A placa Transversal:

Placa Transversal – Aparelho de Jackson:

Problemas do aparelho:

Aparelho de mordida cruzada de Nord:

Mordida de cera para um aparelho de mordida cruzada:

Aparelho de Crozat:

Aparelhos de Crozat, superior e inferior, básicos.

Ajustes do aparelho de Crozat:

O Expansor Rápido do Palato:

Fases de ativação do aparelho

Aparelho em Leque:

Aparelhos Transversais Diversos:

Os Derivados de Porter:

A Série de Wilson:

Ajustes:

O Adaptador

Ativador

Fecho de Pressão

Ativador:

Ajustes do Arco lingual 3D de Wilson:

Bionator II

Indicações:

Mordida Construtiva:

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Bionator III

Desenho original do Bionator III.

Expansor Fixo tipo Haas:

Técnica de Confecção:

Estrutura Metálica:

Apoio de Resina Acrílica:

Expansor Fixo tipo Haas Modificado:

Expansor Fixo tipo Hyrax:

Técnica de Confecção:

Arco Lingual de Nance:

Técnica de Confecção:

Banda Alça:

Técnica de Confecção:

Botão de Nance:

Técnica de Confecção:

Estrutura Metálica – arco palatino:

Apoio de Resina Acrílica:

Grade Palatina Fixa:

Técnica de Confecção:

Arco Palatino:

Grade Palatina:

Mola Digital Removível:

Técnica de Confecção:

Corretor Ortopédico 1:

Indicações:

Nota 1:

Nota 2:

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Nota de Construção:

Projeções de acrílico e o Corretor Ortopédico I – Ajustes para

avançar a mandíbula:

Quadrihélice:

Técnica de Confecção:

Aparelhos Fixos Ativos derivados do Quadrihélice:

Arco em W:

Unihélice

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PRÓTESE ORTODÔNTICA

ALICATES:

Alicate 139: Utilizado para trabalhar com fios

redondos, possibilitando a confecção de algumas

dobras tais como omegas, baionetas, grampos em

gota e helicóides, entre outros. Sua ponta ativa é

constituída por uma extremidade cônica, usada para

executar dobras arredondadas , e por uma

extremidade piramidal, usada para executar dobras

em ângulos retos.

Alicate de Corte Pesado: Utilizado com a finalidade

de cortar fios metálicos calibrosos. Ao cortar o fio, é

imprescindível segurar a sobra do mesmo ou

direcioná-la para o chão evitando, desta forma, algum

acidente.

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Alicate Tridente: Utilizado para a confecção de

dobras do tipo in-set e off-set, bem como para a

confecção de grampos em “C”, dobras em aparelhos

extrabucais e placas lábio-ativas, entre outros. A

ponta ativa deste alicate é formada por três

extremidades retas, sendo que uma das extremidades

se encaixa no vão existente entre as duas

extremidades do lado oposto.

Alicate De La Rosa: Utilizado para auxiliar no

contorno de fios metálicos calibrosos (0,9 mm a 1

mm), em aparelhos como arco lingual de Nance, arco

para grade palatina e barra transpalatina. Sua ponta

ativa possui uma extremidade côncava e outra

convexa, que se encaixam perfeitamente.

Alicate de Corte de Amarrilho: Utilizado para cortar

fios metálicos de calibre fino, como os fios de

amarrilho, visto que sua ponta ativa é delicada e

especialmente desenhada para cortes finos.

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Alicate de Corte de Extremo Distal: Utilizado

especificamente para cortar o excesso de arco de

nivelamento que permanece na distal dos tubos dos

molares, evitando desta forma o traumatismo à

mucosa do paciente. A parte cortante deste alicate é

confeccionada perpendicularmente ao seu corpo e

pode conter, em uma das extremidades, uma pequena

garra que prende o fio e evita que este seja projetado

contra a mucosa do paciente durante o corte.

Alicate How Curvo: Utilizado para facilitar a

introdução dos arcos de nivelamento nos tubos dos

molares. Sua parte ativa consta de duas pontas

idênticas e afiladas, cujo objetivo é prender o fio

quando de seu manuseio.

Alicate Condutor Distal: Tem a mesma finalidade do

Alicate How Curvo, porém, sua parte ativa consta de

duas pontas mais espessas e perpendiculares ao

corpo do alicate.

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Alicate para Fio Retangular: Utilizado para o

trabalho com fios quadrados ou retangulares. Sua

função principal é conformar o arco de nivelamento e

controlar as dobras de terceira ordem, o que significa

dizer, imprimir ou remover torções (torques) no arco.

Sua parte ativa consta de duas pontas idênticas e

achatadas.

Alicate Conformador de Amarrilhos: Utilizado para

confeccionar amarrilhos metálicos. Sua ponta ativa

contêm uma saliência retangular e plana que se

encaixa no vão existente na ponta oposta.

Alicate Saca-Banda: Utilizado para remover bandas

dos molares ou pré-molares. Sua ponta ativa possui

uma extremidade com um suporte plástico que se

apóia na face oclusal do dente em questão, e outra

extremidade geralmente pontiaguda ou mais afiada

que, quando apoiada na borda cervical da banda,

remove-a do dente quando o alicate é fechado.

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Alicate Johnson (Bombé): Utilizado para restituir o

formato das bandas após sua remoção. Possui duas

pontas arredondadas, uma côncava e outra convexa,

que se encaixam mutuamente.

Alicate Vibende: Utilizado para a conformação de

pequenas dobras em forma de “V” nos arcos

retangulares ou mesmo em fios redondos, geralmente

na distal dos incisivos laterais, para separar os

torques das regiões anterior e posterior, e na linha

média entre os incisivos centrais, para evitar o

deslizamento do fio ortodôntico nos acessórios. Suas

pontas são planas, sendo que uma delas apresenta

uma depressão em forma de “V”, dentro da qual se

encaixa a saliência da ponta oposta.

Alicate Conformador de Omega: Utilizado para

confeccionar dobras em forma de Omega nos arcos

de nivelamento. Uma de suas pontas tem forma

cilíndrica, com três espessuras diferentes que se

encaixam na concavidade da ponta oposta.

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Alicate Removedor de Brackets: Utilizado para

remover brackets colados aos dentes. Existem alguns

tipos de alicates destinados para este fim, por

exemplo, o alicate de garra. Utilizamos este alicate por

possuir um suporte retangular que evita a distorção da

ranhura do bracket durante sua remoção.

Eventualmente, este alicate é comercializado sem o

suporte retangular. Neste caso, pode-se confeccionar

o suporte no próprio laboratório, utilizando-se de

resina acrílica convencional para confeccionar o cabo,

e fio retangular para a confecção da ponta.

Passo-a-passo na confecção de aparelhos

removíveis:

1) Planejamento.

2) Confecção de grampos.

3) Fixação dos grampos com cera 7.

4) Hidratação do modelo (5 minutos0.

5) Isolar modelo (isolante gesso/acrílico).

6) Manipular acrílico e entulhar dando forma a

placa.

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7) Levar a panela polimerizadora por 10

minutos.

8) Fazer desgastes necessários com a broca de

aço ou tungstênio.

9) Fazer acabamento com lixa de madeira no

mandril, e depois usar lixa d’água debaixo de água.

10) Dar polimento final no torno com pedra

pomes e Kaol com escovas de pano.

Técnica de Glaze ou Banho de Brilho

Após o desgaste e

acabamento das placas,

podemos dar o polimento final

usando a seguinte técnica de Glase:

Coloque um pouco de monômero termo-

polimerizável em recipiente de vidro resistente ao

calor, e leve em banho-maria até a fervura da água.

Deixar a água ferver até observar bolhas no

monômero.

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Banhar o aparelho no monômero quente por 3

vezes, mergulhando-o rapidamente com auxílio de

uma pinça.

Deixe o aparelho secar totalmente sem tocá-lo.

Placa para Bruximos

É um aparelho muito eficaz, confeccionado em

resina acrílica, que cobre toda a arcada superior ou

inferior.

O bruxismo (ranger dos dentes) pode ocorrer a

qualquer hora, normalmente acontece à noite

enquanto a pessoa está dormindo. Geralmente é

atribuído a tensão emocional e pode causar desgaste

prematuro dos dentes e problemas afins.

Ao confeccionar este aparelho, a mordida

posterior é aberta em mais ou menos 2,0 mm ou a

abertura que o dentista especificar.

Placa de Contenção (Hawley)

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 17

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Este aparelho removível é a parte final de uma

correção ortodôntica, também chamada de placa de

Hawley. Uma vez terminado um tratamento

ortodôntico, o resultado é assegurado mediante o uso

de uma placa de contenção. Deve ser usada em

tempo integral durante 3 meses seguidos de 3 meses

de uso somente à noite ou de acordo com as

indicações do ortodontista.

Este aparelho é indispensável durante o

período crítico de mobilidade dos dentes após a

retirada dos aparelhos de correção. Esta placa é

composta de um arco vestibular, que apóia todos os

dentes superiores ou inferiores, tem alças em Omega

(“U”) para seu ajuste.

A placa de Hawley também pode ser feita com

um arco vestibular de canino a canino, dando reforço

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 18

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de retenção nos molares, tanto para placa superior

como a inferior.

Arco Vestibular

O arco vestibular deve ser adaptado à

superfície vestibular dos dentes, transcorrendo

paralelo ao plano oclusal. No terço médio mesial do

canino se desvia em ângulo reto e forma uma alça em

forma de “U”. Ele pode ser de canino a canino ou de

molar a molar e ter duas funções:

1a – Segurar a placa em seu lugar e conter os

dentes, ou seja, uma função passiva.

2a – Servir como elemento ativo para

movimentação de dentes.

Obs.: Se o arco vestibular for utilizado como elemento

ativo, então o fio não deverá contornar todos os

dentes anteriores, somente contatando com o dente

mais protruído, o que permitirá seu deslocamento no

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 19

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sentido palatino, posteriormente, irá contatando com

todos os dentes que estiverem na direção vestibular.

Molas:

Tipos:

Mola em espiral ou “S” - para posicionamento

de qualquer dente, fazendo movimentos individuais.

Mola com helicóide - para posicionamento de

qualquer dente, fazendo movimentos individuais.

Mola de Coffin ou Palatina - tem função

expansora do palato, deve situar-se nas imediações

da mucosa do palato, porém sem tocá-lo.

O calibre do fio usado para sua confecção é de 1,2

mm.

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Mola digital – mola na qual a direção da ação

da pressão sobre um dente nem sempre corresponda

com a do movimento da extremidade livre da mola.

Mola Nortthwest – mola destinada a

distalização de caninos.

Molas para recuperação de espaço.

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Mola em “Z” – mola que pode ser simples, para

um dente, ou de braço mais longo para abraçar dois

dentes.

Mola em forma de chicote usada

para vestibularizar.

- Mola para extruir um dente.

- Mola para

vestibularização do canino

com baioneta.

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Placa de Contenção (Hawley) – com arco

vestibular de canino a canino

Este aparelho

removível é usado como parte

final de uma correção

ortodôntica. Na maioria dos

casos quando os dentes já foram movidos para as

posições desejadas, devem ser contidos até que o

osso alveolar e o ligamento periodontal estejam

completamente reconstituídos. Isto pode levar de 6

meses a 1 ano.

Placa de Contenção (Hawley) – com arco

vestibular de molar a molar

Este aparelho será

confeccionado com arco vestibular

de molar a molar, na altura do

terço médio dos dentes, tendo alças em omega para

seu ajuste, na direção dos caninos.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 23

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Nos molares deverá ser feita adaptação do fio

como se fosse um grampo circunferêncial até atingir a

lingual.

Placa com Grade Palatina ou Placa Impedidora de

Língua

Este aparelho tem a

função de corrigir hábitos

como postura incorreta de

língua (projeção lingual), sucção do polegar, etc.

Estes hábitos provocam uma série de anomalias como

aumento no trespasse horizontal, mordida aberta

anterior, etc.

Esta placa também é indicada para tratamento

da deglutição atípica.

Apresenta alto grau de resistência ao uso por

parte do paciente, devendo portanto ser considerada

como complemento do tratamento da deglutição

atípica e sendo sempre utilizada durante a noite.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 24

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Neste caso o paciente apresenta maior

aceitação, uma vez que a placa se destina a impedir

que a língua se interponha aos dentes durante o sono.

Placa com Grade Palatina - Confecção do

Aparelho:

Grade palatina confeccionada com

fio 0,7 e alças que variam o

comprimento (mais ou menos 6

mm).

Grampos de retenção nos primeiros molares

permanentes.

Placa confeccionada em resina acrílica. A

grade deverá ser fixada à resina podendo

acompanhar a curvatura anterior da arcada de modo a

formar um batente para a língua, impedindo sua

interposição aos dentes.

Placa de Hawley Modificada

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 25

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Este aparelho tem como

objetivo a movimentação do

incisivo central que está

lingualizado, o que será

conseguido através da mola em “S”.

A retenção da placa é obtida pelos grampos em

Ce nos segundos molares.

A placa de base é confeccionada deixando o

palato liberado, pois sua função de suporte e

estabilidade se faz necessária na região anterior.

Parafusos Expansores

Tipos de Parafusos

Os catálogos dos fabricantes exibem as

medidas dos parafusos (comprimento, largura e

espessura) e a expansão conseguida no final de toda

a ativação.

Girando um parafuso em 90 graus, a separação

conseguida será de 2 mm.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 26

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Isto significará estreitar a membrana

periodontal 0,1 mm de cada lado. Tem-se

argumentado que tão pequena redução de espaço

não interromperá a circulação sangüínea, criando-se

assim as condições ortodônticas ideais para a

transformação óssea.

Existem evidências clínicas que asseguram que

o movimento assim realizado é inócuo e eficiente. No

entanto, há outros fatores a levar em conta que são

conhecidos pelos ortodontistas.

Apesar do reduzido tamanho dos parafusos

ortodônticos modernos, é um aparelho que pelo

menos é consideravelmente mais espesso que o que

não contém parafuso. A menos que se tenha especial

cuidado durante a confecção, é fácil engrossar toda a

abóbada palatina, mesmo que o parafuso esteja

situado de um lado.

Parafusos Colocação

Um dos principais cuidados a se levar em conta

na colocação do parafuso dentro da resina acrílica é a

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 27

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

sinalização do sentido da rotação da chave que o faz

funcionar.

Atualmente os fabricantes acrescentaram uma

seta orientadora que o paciente poderá ver com

facilidade através da resina transparente.

De acordo com o desenho estabelecido pelo

odontológo, será colocado o parafuso para obter os

movimentos desejados.

Quando se utiliza um parafuso para

proporcionar expansão do arco, geralmente ele é

colocado na linha média, onde pode ser facilmente

posto em posição horizontal. Se for necessário

vestibularizar um ou dois molares contíguos com esse

parafuso, ele geralmente será colocado em um dos

lados do arco; deve-se procurar alinhá-lo paralelo à

mucosa palatina.

Placa com Parafuso Expansor Mediano

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 28

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Nos casos de maloclusão Classe I, pode-se

conseguir expansão e redução de saliência em idades

precoces com um aparelho como o da figura acima.

Um desenho similar ao mostrado na

figura anterior.

Placa em “Y” onde a inserção

das prolongações do arco

vestibular nas partes laterais

da placa exerce uma ligeira

pressão em direção posterior sobre a parte anterior da

placa quando são tirados os parafusos.

Outra placa em “Y”, libera-se uma grande parte

do palato, utilizam-se grampos triangulares em lugar

de grampo de ponta de flecha de Schwars.

Os pequenos grampos à frente

dos primeiros molares são

necessários para fazer que esses

dentes participem do movimento.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 29

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Plano Anterior de Levantamento de Mordida.

A plataforma de acrílico

ampliada na palatina dos

incisivos superiores pode influir

sobre a posição da mandíbula

atuando sobre os incisivos inferiores.

O plano de levantamento da mordida evita a extrusão

dos dentes anteriores mandibulares, favorecendo a

intrusão dos mesmos.

Recomenda-se modelar no laboratório este

plano de levantamento de mordida de preferência em

excesso. Recortar a plataforma junto ao paciente leva

menos tempo que acrescentar acrílico.

Mas de modo algum deve ser demasiado

extensa, já que estreitaria o espaço para a língua.

Além disso, os aparelhos confeccionados volumosos

sem necessidade, são recusados pelos pacientes.

Placa com Mola

Coffin

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 30

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Indicação: Aparelho para descruzamento de mordida

posterior, tipo expansor, pode ser empregado tanto na

dentição mista como na decídua, podendo utilizar

como elemento ativo uma mola Coffin.

Retenção: Grampo Adams – 0,7 mm ou 0,8 mm de

espessura.

Parte ativa: Arco vestibular de Hawley – 0,7 mm ou

0,8 mm de espessura.

Mola em “S” – 0,6 mm ou 0,7 mm de

espessura.

Mola Coffin – 0,8 mm de espessura.

Base suporte: Recorte do acrílico no terço médio

lingual, liberando as molas para ativação.

Placa com Apoio Oclusal

Indicação: Provocar intrusão dos dentes posteriores.

Desviar dentes que estão irrompendo.

Correção de mordidas cruzadas anteriores ou dentes

travados.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 31

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Descruzamento de mordida posterior.

Eliminar interferências oclusais.

Características do aparelho:

Retenção: Grampo em “C” – 0,7 mm ou 0,8 mm de

espessura.

Parte ativa: Arco de vestibular de Hawley – 0,7 mm ou

0,8 mm de espessura.

Molas em “S” – 0,6 mm ou 0,7 mm de espessura.

Base suporte: Prolongamento do acrílico sobre a face

oclusal dos dentes posteriores se estendendo até o

terço médio vestibular dos mesmos.

Recorte anterior liberando as molas para

ativação.

Plataforma de acrílico 2 mm acima da ponta

das cúspides.

Redutor de Diastema Removível

As causas que podem

produzir diastema entre os

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 32

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

incisivos centrais superiores são as mais diversas

possíveis: agenesia de incisivos

laterais, freio labial hipertrofiado, laterais conóides,

sutura sagital separada, sobre-mordida profunda e

hábitos anormais.

Devemos destacar o diastema produzido

durante o desenvolvimento da oclusão na dentição

mista – o diastema fisiológico, que não deve ser

tratado ortodonticamente, pois se fechará

naturalmente com a erupção dos incisivos laterais e

caninos permanentes. Este diastema se forma devido

às pressões que os incisivos laterais e caninos

produzem sobre as raízes dos incisivos, ocasionando

uma aproximação dos ápices radiculares em direção à

linha media e um afastamento das coroas em sentido

contrário, formando-se o diastema.

O tratamento ortodôntico é contra-indicado,

pois poderá ocorrer reabsorção radicular de dentes,

desvios nas posições dos germes dos caninos,

produzindo-se más posições dentárias.

Para se chegar a um diagnóstico correto, torna-

se necessário que se faça um cuidadoso exame do

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 33

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

caso a ser tratado, verificando-se exatamente a causa

que o está produzindo. É importante o exame

radiográfico da região.

Redutor de Diastema Removível – Confecção

1 – Confecciona-se os modelos em gesso pedra.

2 – Construção dos grampos de retenção.

3 – Construção das molas para movimentação

dos dentes. Emprega-se fio aço duro 0,7 mm.

As molas são de formação simples contendo

uma helicóide paralela ao plano oclusal dos dentes.

No extremo da mola, que fica em contato com o

dente, faz-se uma pequena dobra procurando adaptá-

la ao contorno da face distal. O comprimento da mola

deverá ser em torno de 10 mm do extremo ativo à

borda posterior da helicóide.

4 – Fixa-se em posição com cera número 7

fundida, os grampos e molas adaptadas e procede-se

a acrilização do aparelho.

5 – Prova-se o aparelho em posição e faz-se os

ajustes finais.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 34

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Redutor de Diastema Removível – Ativação e Uso

Orienta-se o paciente para o uso constante do

aparelho, só o removendo para as refeições e

higienização bucal.

Ativar as molas em direção ao movimento

desejado a cada 15 dias.

Aparelho Mantenedor de Espaço Fixo

Indicação: Manter o espaço

perdido evitando assim uma

migração dos dentes

adjacentes.

Retenção: Banda ortodôntica fixada ao dente.

Parte ativa: Grampo mantenedor de espaço soldado à

banda ortodôntica.

Placa com Mola para

Tração de Canino:

Objetivo do Aparelho:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 35

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Tracionar o canino movendo-o palatinamente.

Para a confecção deste aparelho deve-se

considerar determinados princípios:

1 – A parte ativa da mola deve-se apoiar sobre a

vestibular do canino respeitando a sua anatomia.

2 – O helicóide deve ficar afastado cerca de 1 mm do

tecido gengival.

3 – O calibre do fio utilizado deve ser de 0,7 – 0,8 ou

0,9 mm.

4 – O acrílico deve ser aliviado na face palatina para

que não trave a palatinização do canino.

Molas Com Helicóides

Para a confecção deste

tipo de mola deve-se

considerar determinados

princípios gerais, por exemplo, para confeccionar uma

mola com helicóide, é necessário que esta fique no

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 36

Page 37: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

lado contrário da direção para onde se dobra a

extremidade de apoio da mola, e não do lado interno.

Para que a mola possa ser ativada, o espiral

deve se apresentar sempre fechado para conseguir

uma ótima eficiência, que tende a desenvolver-se

durante a ação.

Disjuntor Palatino

A disjunção palatina tem

indicações muito precisas. Este

dispositivo é constituído por um

parafuso na parte central, com

quatro extensões laterais ou braços

que são utilizados para soldá-los às bandas.

Como em outros casos em que os

complementos são soldados a bandas, neste se

procede de modo igual, se bem que com a diferença

de que aqui também se colocam bandas no nível dos

primeiros pré-molares superiores. É necessária a

moldagem com as bandas de molares e pré-molares

em posição e o vazamento do modelo de gesso com

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 37

Page 38: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

elas incluídas (recordar a impregnação de cera ou

outro material separador).

Uma vez obtido o modelo de trabalho, pratica-

se o traçado da linha média, posteriormente procede-

se a adaptação do parafuso às bandas, para medir o

comprimento dos braços.

Em seguida realizam-se as dobras de

adaptação dos braços às bandas; feito isso, procede-

se à fixação do parafuso na posição em que este será

soldado.

Após fixar o parafuso na posição desejada,

executa-se a soldagem e seu posterior polimento.

‘As vezes é conveniente adotar uma barra de

fio no sentido antero-posterior, unindo ambos os

braços do mesmo lado, ou seja, entre o que está

soldado no molar e o do pré-molar. Isso dá maior

resistência ao aparelho.

Parafuso de

expansão isolado.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 38

Page 39: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Desenho para expansão

simétrica superior,

acrescentando molas de

vestibularização para os

incisivos centrais.

Nos casos de mordida cruzada bilateral e

apinhamentos discreto utilizam-se o parafuso central e

a fenda sagital. Ao realizar a expansão também se

adaptam os incisivos no espaço desejado.

Placa cujo desenho estabiliza a parte

anterior ao estender-se sobre grande

parte do palato.

Os parafusos atuam quase sempre

completamente em direção posterior produzindo um

mínimo de expansão lateral.

Parafuso Bertoni:

Parafuso e sua

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 39

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

estrutura representada esquematicamente.

Soldagens

A soldagem ortodôntica, como todo tipo de

soldagem deve ser feita sem que se alterem

apreciavelmente as qualidades dos metais que se

unem.

Para soldagens de fios de aço inoxidável se

utiliza a solda de prata, que é de maior resistência que

a de ouro. É encontrada normalmente em forma de

barras ou fios de diversos calibres.

A temperatura de trabalho é de 610o graus.

Soldagem a Gás

A soldagem a gás é utilizada para soldar fios e

complementos. Emprega-se um bico de gás-ar, cuja

chama deve ter de 1 a 1e ½ polegada de altura com

uma ponta bem definida, onde se vêem três cones

concêntricos.

1 – Cone externo, oxidante de cor azul escura.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 40

Page 41: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

2 – Cone central, redutor de cor azul clara.

3 – Cone interno, incolor de gás não queimado.

Para se obter uma soldagem ótima, quer dizer, firme e

forte deve-se proceder como se segue:

1 – A chama deverá apresentar as

características acima.

2 – As partes a unir deverão estar

completamente limpas.

3 – Aplicar fundente em ambas as superfícies a

soldar.

4 – Colocar pasta, revestimento ou gesso nas

partes que não devem ser expostas ao calor.

5 – Operar com firmeza manual ao soldar,

aplicando o calor do cone central à parte mais grossa

a soldar, até que a solda flua e se una à parte mais

fina.

CONFECÇÃO DE APARELHOS

APARELHOS FIXOS

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 41

Page 42: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A - Como Fazer um Arco com Alças em Losango –

para redução de espaços:

Instrumental

necessário:

Alicate de Tweed para confeccionar alças;

Alicate De La Rosa com canaletas de

orientação.

1 - Tome aproximadamente 15 a 16 cm de

fio .018” x .025”. Estime o comprimento do arco + 5

cm para as duas alças. Cada alça em losango requer

25 mm de fio: 5 para os helicóides e 20 para as alças.

Insira o arco no tubo do molar esquerdo

(ultrapassando 2 mm distalmente) e adapte a alça

próxima à face mesial do dente adjacente ao espaço a

ser reduzido, (por exemplo, o incisivo lateral se o

canino foi previamente retraído).

Faça uma marca 2 mm por distal do braquete

do incisivo lateral.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 42

Page 43: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

2 - Prenda o fio com o alicate

de Tweed (com a ponta

redonda para cima) e dobre

determinando uma angulação

aproximada de 60o (60o = 10 minutos no relógio de

ponteiros).

3 - Coloque a ponta redonda sobre a

primeira dobra

e contorne o fio até aproximadamente

240o .

A dobra passa por fora.

4 - A uma distância em torno de 5 mm

do cruzamento do fio, dobre o fio para

distal em um ângulo de

aproximadamente 80o (um pouco

menos que um ângulo reto).

5 - A uma distância em torno de 4 mm da

dobra anterior, faça um ângulo de

aproximadamente 80o para baixo. Nesse

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 43

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

momento, os fios devem se cruzar passando pelo lado

interno.

6 - Com um afastamento de

aproximadamente 4 mm da dobra

anterior, faça uma dobra na

direção mesial, até encontrar com o primeiro ponto de

cruzamento (se as duas dobras anteriores forem

confeccionadas em 80o, esta última também será de

80o .

7 - O fio será preso um pouco antes do

segundo ponto de cruzamento (a ponta

redonda deve ficar para distal) e

dobrado para frente, para alinhar-se com os braquetes

(60o se os ângulos das dobras anteriores forem

exatos).

8 - Utilizando as ranhuras do

alicate De La Rosa, faça uma

curvatura na região dos

incisivos de tal forma que ocorra uma adaptação no

braquete do incisivo lateral do lado direito.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 44

Page 45: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

9 - Marque 2 mm por

distal do braquete do

incisivo lateral direito.

Utilizando o alicate de Tweed (ponta redonda para

baixo), prenda o fio e dobre para cima em um ângulo

de 60o .

10 - Aproximadamente 5 mm após

a primeira dobra, faça uma outra

de aproximadamente 80o na

direção mesial.

11 - Aproximadamente a 4 mm da dobra

anterior, faça uma outra em torno de 80o

; o fio deverá passar por fora.

12 - 4 mm adiante, faça uma dobra

na direção distal, até encontrar com

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 45

Page 46: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

a primeira dobra (se as duas primeiras foram de 80o ,

essa também será).

13 - Prenda o fio inferiormente ao

cruzamento (ponta redonda para mesial)

e contorne 2/3 de voltas (=240o ). Nessa

fase o fio deve passar por dentro.

14 - Mude o alicate de posição,

colocando a ponta côncava

internamente ao contorno

(helicóide), e dobre até que o fio se alinhe com os

braquetes (60o , se os ângulos das dobras anteriores

foram confeccionados corretamente.

15 - Insira o arco

contornado em

ambos os tubos dos

molares, e faça uma marca por distal do incisivo

central e dos braquetes dos segundos pré-molares.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 46

Page 47: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Faça nessas marcas “ïn sets” para os incisivos laterais

e baionetas para os molares.

16 - Coloque o

arco no diagrama

selecionado e

ajuste o alicate

De La Rosa.

17 - As alças são aliviadas por meio de uma ligadura

passando pelo helicóide. 1mm de ativação = 300 g

(desde que se utilize o fio .018 x .025).

B. Como Fazer um Cursor:

O cursor é utilizado para transferir uma força da

região anterior do arco dentário (região de caninos)

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 47

Page 48: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

para a região posterior (molares) passando pela

região intermediária (pré-molares).

A força aplicada pode ser produzida:

a – por elástico intermaxilar;

b – por um aparelho extrabucal com

ganchos em “J”;

c – pela associação de ambos.

Instrumental: Alicate

conformador de alças de Tweed.

Fio: de .020”(=0,5 mm) redondo.

1 - Meça a distância entre o tubo do molar

(extremidade mesial) e o braquete do canino

(extremidade distal), 22 mm por exemplo.Adicione um

comprimento de 24 mm (=,9”) e corte um segmento

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 48

Page 49: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

de fio; O comprimento final deve ser igual à soma

desses valores (22 + 24 = 46 mm).

2 - Com a ponta do alicate de Tweed peque uma

extremidade do fio.

3 - Prenda firmemente o alicate,

contorne o fio em 270o em volta do bico

redondo do alicate (até que o fio

encontre a ponta côncava do alicate).

4 - Segurando o fio, solte e gire o alicate

dentro do contorno feito até que o bico

côncavo encontre o outro lado do fio.

5 - Prenda o alicate novamente e

dobre o fio em 45o na direção

oposta.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 49

Page 50: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

6 - Obtêm-se, deste modo, uma argola na

extremidade do fio.

7 - O fio é preso na outra extremidade e uma outra

argola é formada, certificando-se de que ela se

encontra no mesmo plano da primeira (para cada

argola necessita-se de 6 mm de fio).

8 - Sempre com a parte menor do

alicate, prenda o fio em uma das

extremidades a 4 mm da argola.

9 - Dobre o fio em 270o para formar uma terceira

argola perpendicular às duas primeiras.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 50

Page 51: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

10 - Coloque o alicate 2

mm aquém da argola da

outra extremidade.

11 - Dobre em 90o e o cursor está

pronto (se não ou satisfeito,

provavelmente é porque as

ilustrações não foram bem

observadas).

A distância entre as duas argolas paralelas devem ser

2 mm menor que a distância inicialmente medida,

propiciando o espaço necessário para amarrar a

ligadura no braquete do canino.

Observação: Repetindo os mesmos procedimentos

com um fio de 20 mm, obtém-se um minicurso que

pode substituir um gancho deslizante.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 51

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

C – Como fazer uma Mola de Verticalização:

1. Faça um helicóide duplo em um segmento

de fio redondo de .014”.

2. Introduza na canaleta vertical do braquete

do dente que se deseja a verticalização, de tal forma

que o helicóide fique para gengival. A extremidade

livre da mola deve estar direcionada para o lado do

movimento radicular desejado.

3. Meça a distância entre o braquete e

uma região livre do arco ortodôntico.

4. Marque no fio a mesma distância a partir

do helicóide e dobre em 90o na direção

oclusal.

5. Mude o alicate de posição e forme um

gancho.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 52

Page 53: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

6. Corte o excesso de fio.

7. Segure o gancho com o alicate.

8. Faça uma dobra de 90o

em direção à gengiva.

9. Reinsira a mola na canaleta

vertical e prenda o gancho no arco

ortodôntico. Amarre firmemente

uma ligadura de aço no braquete

(senão ele extrui) e acrescente um amarrilho

conjugando todos os dentes posteriores (caso

contrário a coroa se deslocará para mesial).

10. Dobre e corte a extremidade

oclusal.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 53

Page 54: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Observação: Este procedimento é valido para o

Canino direito, Pré-molar superior esquerdo, Pré-

molar inferior direito e Canino inferior esquerdo.

Procedendo de uma maneira

simétrica e invertida, as molas

podem ser obtidas para o

Pré-molar superior direito, Pré-molar inferior esquerdo

e Canino inferior direito.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 54

Page 55: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

C – Como fazer um Arco Auxiliar de Torque (tipo

Kitchton)

Instrumental: Alicate formador de alças de Tweed.

Fio: Fio redondo de .016”.

1. Tome aproximadamente 8 cm (= 3”a 4”) de fio

redondo de .016”), faça um helicóide. O ponto

de cruzamento deve permanecer aberto.

2. A uma distância de 1 a 2 cm

(= .05”a 0.7”) do centro, dobre

as extremidades para cima de

tal forma que se cruzem a 5-6

mm (= 2”).

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 55

Page 56: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

3. No ponto de cruzamento, faça

uma dobra de aproximadamente 3o

para fora (30” = 5 minutos no

mostrador do relógio).

4. As duas últimas dobras formadas são transferidas

para o mesmo plano; em outras palavras, a largura do

helicóide deve ser compensada (caso contrário, o

efeito de torque se desenvolverá em apenas um lado).

5. A uma distância de

aproximadamente 15 mm

(= .6”) das dobras anteriores, forme

um gancho com aproximadamente 3mm (.10”) de

altura.

6. Corte o excesso

de fio.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 56

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

7. Segure o gancho com o alicate e dobre em 90o .

Um gancho idêntico é formado no lado oposto.

8. Posicione a mola de tal forma que o arco

ortodôntico principal passe por dentro do helicóide (a

mola deve apresentar um abertura apropriada) e, em

seguida, prenda-a por distal dos incisivos laterais.

9. Fixe o arco auxiliar de

torque no arco ortodôntico

principal com um fio de

ligadura de aço passando

pelo helicóide.

D – Como fazer um Arco Auxiliar de Intrusão:

Instrumental:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 57

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

1. Alicate de Ruhland. 2. Alicate Universal.

Fio: Fio de aço inoxidável redondo de 1 mm = .o40”.

1. Tome aproximadamente 30 cm (= 12”) de fio.

2. Adapte-o na superfície vestibular do modelo

superior e marque com uma caneta hidrográfica a

região por distal do molar de cada lado.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 58

Page 59: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

3. Forme dois helicóides com um diâmetro interno de

aproximadamente 5 mm (= 2”) , colocando a

extremidade redonda do alicate de Ruhland

diretamente sobre os pontos marcados.

4. Posicione os dois segmentos

terminais nos dois hemi-arcos

dentários inferiores e marque com

caneta hidrográfica o ponto médio

entre os dois incisivos centrais inferiores.

5. Segure com um alicate universal, colocando a sua

extremidade imediatamente por distal do ponto

marcado e dobre para baixo em 90o .

6. Corte as extremidades do fio a

cerca de 3 mm (= .1”) da última

dobra.

7. A uma distância de 3 mm (= .1”)

da dobra, segure o fio com o alicate

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 59

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

universal e dobre novamente em 90o para lingual. Dois

ganchos pequenos serão obtidos, que podem

enganchar-se no arco básico inferior entre os incisivos

laterais e centrais.

8. Coloque a parte superior do arco auxiliar contra os

dentes do arco dentário superior e marque

com uma caneta hidrográfica os pontos entre

os incisivos laterais e centrais. Dois ganchos

de latão (com um diâmetro de 0,8 a 0,9 mm

= .032” a .036”) devem ser soldados nestes pontos,

dirigidos para lingual e depois dobrados para cima.

9. O Arco Auxiliar para Intrusão dos Dentes Anteriores

está pronto.

10. Se o arco auxiliar

tiver que instruir as

regiões posteriores:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 60

Page 61: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

a – Devem ser soldados dois ganchos de latão em

cada lado, um por mesial do primeiro molar e o outro

por mesial do segundo pré-molar.

b – Os prolongamentos terminais inferiores devem ser

curtos, enganchando-se no arco ortodôntico entre o

molar e o pré-molar.

E – Como Amarrar um Arco em menos de 3

minutos, sem ajuda:

Os melhores resultados com aparelhos fixos

são obtidos se os arcos ortodônticos forem removidos,

conferidos, reconformados, ativados (e trocados, se

necessário) aproximadamente uma vez por mês.

O conhecimento de um método rápido e fácil de

amarrar um arco pode ser útil para superar o

trabalhão na hora da troca. O instrumento aqui

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 61

Page 62: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

apresentado (o ligador) não é absolutamente novo,

seu uso não é difícil, desde que se conheçam

pequenos segredos que, provavelmente, os próprios

fabricantes ignoram (devido ao fato de que não

avaliam apropriadamente o que produzem em por

isso, este instrumento é tão pouco difundido).

Segredo no 1:

O parafuso de ajuste deve

ficar bem apertado:

O fio deve sair da bobina com

um certo esforço.

Segredo no 2:

A ponta do instrumento não deve afastar-se do

braquete até que passe por todo o seu contorno

(como a ponta de um lápis numa folha de papel).

E agora, passo-a-passo, a amarração de um

braquete ... e os erros a serem evitados:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 62

Page 63: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

1º Passo. Incorreto! Comece novamente.

2º Passo. Incorreto! Comece novamente.

3º Passo. Incorreto! Comece novamente.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 63

Page 64: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

4º Passo. Incorreto! Comece novamente.

5º Passo. Incorreto! Comece novamente.

6º Passo. Incorreto!

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 64

Page 65: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Sexto Passo: Este é o único passo que requer um

pouco de prática É necessário girar o ligador sobre

seu próprio eixo e, ao mesmo tempo, afastá-lo pouco

a pouco do braquete.

Erro do sexto passo: O parafuso está muito solto, ou o

Ligador foi removido muito rapidamente, então a

ligadura não fica suficientemente apertada (pode ser

apertada posteriormente com alicate, mas, dessa

maneira, metade da vantagem se perde).

O parafuso está muito apertado, ou

o Ligador não foi afastado do

braquete enquanto estava sendo

girado, e o fio se quebrou. Comece novamente.

O ligador é um

instrumento perfeito

quando se deseja conjugar um grupo de dentes que

serão usados como ancoragem para mover outro

dente.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 65

Page 66: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A bobina do ligador é

recarregada em pouco tempo,

acoplando-a em uma peça de

mão e girando lentamente.

F – Como aplicar um Alastic em dez segundos:

O instrumento é encontrado no mercado com a

marca de Twirt-on ou Speed O, mas você pode fazê-

lo, levando à chama a ponta de um velho explorador e

modelando-o exatamente como na figura abaixo:

1. Coloque um Alastic no

instrumento.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 66

Page 67: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

2. Insira o Alastic na

região cervical do

braquete e coloque o

segmento horizontal do instrumento estritamente em

contato sob o lado oclusal do braquete (ou vice-

versa):

insira pelo lado oclusal e

coloque-o em contato com o

lado gengival.

4 - Mantendo o segmento horizontal do instrumento

firmemente em contato com o braquete, gire o

instrumento em 180o sobre seu próprio eixo,

pivotando-o sobre o segmento horizontal.

Na final da rotação o Alastic estará inserido no

braquete.

(A habilidade do operador consiste

inteiramente em levantar o

instrumento apenas o suficiente

para que o Alastic deslize para baixo).

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 67

Page 68: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

De um modo geral, o Alastic deve ser usado

somente nos casos onde não é possível inserir

totalmente um arco ortodôntico de fio rígido nos

braquetes (dentes suavemente girados ou deslocados

para lingual). Em todos os outros casos, é mais

conveniente (e com a mesma rapidez) utilizar uma

ligadura com fio de aço.

G – Como remover um arco:

Quanto mais rígido o fio, tanto mais difícil

será removê-los dos tubos, especialmente

se as extremidades forem dobradas com a

finalidade de ativar as alças para redução de espaços.

Duas sugestões para minimizar os problemas:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 68

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

1. Destemperar as extremidades do fio

antes de posicioná-lo.

2. Antes de removê-lo, tente retificar as extremidades

do arco ortodôntico; em seguida segure o fio com um

porta-agulha alguns milímetros à frente do tubo molar.

Coloque um alicate de amarrar ligadura entre o tubo e

o porta-agulha e pressione.

As pontas do instrumento separam-se e a pressão

que exercem contra o tubo e o porta-agulha

removerão o fio, sem transmitir nenhuma opressão

para os dentes.

H – Como facilitar a reutilização de Bandas e

Braquetes:

Bandas:

As bandas são mais facilmente reutilizadas que

os braquetes, pois o cimento de oxifosfato é

facilmente removido com uma solução de ácido nítrico

ou fosfórico de 30 a 50%, com qualquer tipo de banho

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 69

Page 70: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

simples, ou mesmo com os meios mais simples. O

inconveniente é que as marcas do tamanho das

bandas são apagadas durante o uso ou

recondicionamento.

Como proceder:

1. Quando as bandas forem

selecionadas e após a sua

cimentação, anote os tamanhos na ficha clínica do

paciente.

2. Prepare uma série de caixas (por exemplo, caixas

de filme), uma para cada tamanho e rotule-as.

3. No momento da remoção, guarde cada banda

removida na caixa apropriada, de acordo com o que

foi escrito na ficha clínica do paciente.

4. Uma vez ou outra recolhas as bandas, amarrando-

as em conjunto com fio de ligadura de acordo com o

tamanho; rotule cada grupo e coloque-as em um

limpador ultra-sônico ou remeta-as para uma Empresa

de Recondicionamento. Evite qualquer tratamento

térmico acima de 315o C.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 70

Page 71: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Braquetes:

Os agentes de colagem dos braquetes não

podem ser facilmente removidos (resinas compostas).

A maioria dos recondicionadores desintegra o adesivo

pela exposição ao calor e remove

a camada oxidada escura pelo

polimento eletrolítico.

Evite estas técnicas, pois

ambos os procedimentos danificam os braquetes:

a. Procedimento de exposição ao calor, alteram a

estrutura do aço (separação do carboneto de cromo) e

comprometem suas propriedades anti-oxidantes.

b. Conseqüências: O metal se torna maleável com

redução da rigidez superficial e perda de sua

resiliência (impossibilitando a aplicação de troque nos

fios retangulares).

c. Procedimentos de polimento eletrolítico:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 71

Page 72: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

1. Aumento da canaleta.

Conseqüência: O grau de liberdade indeterminado

entre o fio e a canaleta impossibilita o estabelecimento

da quantidade de torque a ser aplicado ao fio.

2. Bordas afiladas.

Conseqüência: Ferimento da mucosa, ruptura

freqüente dos elásticos.

2. Achatamento da tela de retenção.

Conseqüência: Insucessos mais freqüentes na

adesão.

O único modo seguro de recondicionamento dos

braquetes é a remoção do adesivo quimicamente

(sistema Ortho-Cycle).

Atenção: A canaleta pode ser

protegida durante a remoção do

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 72

Page 73: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

braquete utilizando um instrumento apropriado com

largura de .22 ou .25”, para manter a distância correta

entre as aletas, que podem se alterar se forem

apreendidas de forma imprópria

com o alicate.

Aparelhos Removíveis

A – Métodos de Retenção:

A boa retenção é uma qualidade importante dos

Aparelhos Removíveis para assegurar a cooperação

do paciente. Os diferentes tipos de aparelhos

funcionais (ativador, Frankel, Bionator, Placa-C de

Cervera, etc.), exigem o estabelecimento de reflexos

musculares específicos da língua, dos lábios e dos

músculos de bochecha para manter o aparelho no

lugar.

Algumas vezes, os reflexos corretos são

estabelecidos em pouco tempo, e o aparelho funcional

... funciona. Por outro lado, algumas vezes, formam-se

reflexos errados, ou simplesmente não se formam,

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 73

Page 74: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

sendo inútil esperar algum resultado, mesmo porque o

paciente sente-se tão incomodado que dificilmente

usa seu aparelho.

Autores como Federico V. Tenti, tem se

deleitado, há anos construindo, imaginando,

inventando, modificando e aplicando os mais variados

tipos de aparelhos funcionais e concluindo que, como

precaução, é melhor dar a todos os aparelhos

ortodônticos a melhor estabilidade possível.

Sistema número 1:

Grampo de Adams:

É o melhor meio de retenção para os molares e

pré-molares (exceto quando os dentes estão pouco

irrompidos).

Os dois subitens seguintes são dedicados à sua

construção.

Sistema número 2:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 74

Page 75: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

“Splint” Parcial Anterior:

É muito fácil de fazer. Não são necessários grampos

de aço.

É indicado nos casos onde;

a. os molares decíduos estão ausentes ou prestes a

exfoliar;

b. os molares permanentes estão parcialmente

irrompidos ou necessitam de movimentação.

Contra-indicações:

a. nos casos com Trespasse Vertical negativo (=

mordida aberta);

b. em casos hiperdivergentes com aumento da Altura

Facial Anterior;

c. em casos de Classe II Esquelética muito acentuada.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 75

Page 76: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

É melhor se for precedido pelo alinhamento dos

quatros incisivos superiores (por meio de quatro

braquetes + um pequeno número de arcos

segmentados por alguns meses, por exemplo).

Desta forma o Splint proporcionará a retenção

juntamente com a estabilidade. É aconselhável

reembasá-lo diretamente com resina

autopolimerizável após o isolamento da superfície dos

dentes com uma fina camada de vaselina ou creme de

silicone.

Sistema número 3:

Extensões Vestibulares de

Acrílico:

Muito fáceis de fazer. Especialmente indicados na

dentadura mista, quando:

a. os molares permanentes estão presentes;

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 76

Page 77: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

b. alguns dentes decíduos presentes, possibilitando a

execução de um sulco para retenção em suas

superfícies vestibulares.

Para extensão são necessários dois fios de

conexão simples de 0,7 mm, com retenções

apropriadas por vestibular e por lingual em suas

extremidades, distanciadas aproximadamente 1 mm

da superfície do modelo. Somente é preciso prestar

atenção para que o fio de conexão não interfira (ou

que interfira o mínimo possível) na oclusão.

É inútil preparar no modelo a parte lingual da

margem gengival, como se faz

para o Grampo de Adams.

No momento da instalação

da placa, faça sulcos horizontais (com cerca de 0,5

mm de profundidade) na superfície vestibular dos

dentes decíduos. Reembase as extensões

vestibulares com resina autopolimerizável, para que

ela preencha os sulcos horizontais. Sem este artifício

as extensões não são suficientes para assegurar a

estabilidade.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 77

Page 78: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Além da extrema facilidade de construção, a

Extensão Vestibular oferece outra vantagem, que não

pode ser desprezada de maneira alguma: o arco

vestibular, bem como as possíveis molas, extensões,

etc., podem ser fixados nela; em vez de cruzarem a

superfície oclusal para serem fixados a superfície

oclusal para serem fixados no acrílico da região

palatina.

Como Fazer um Grampo de Adams realmente

eficiente:

É necessário aproveitar ao máximo todas as

áreas retentivas dos dentes, tanto no sentido

vestíbulo-limgual como mesio-distal. Não é fácil

(especialmente quando o dente não está

completamente irrompido).

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 78

Page 79: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

É melhor acentuar as áreas de retenção mo

modelo, removendo, se necessário, parte do gesso

correspondente ao tecido gengival. O grampo de

retenção, se bem ajustado contra o dente, deslocará a

papila sem traumatizá-la.

Felizmente os dentes não variam muito de

tamanho. Quando os olhos se acostumam com certos

tamanhos-padrão (e respeitando-os corretamente),

com um pouco de prática será possível fazer um

grampo de Adams adaptável em 90% dos casos.

É aconselhável, antes de tudo, observar muito

bem os desenhos numa escala de 5:1, e tê-los em

mente. Peque aproximadamente 90 mm de fio de 0,7

mm redondo, um alicate 139 e siga os passos

expostos mais adiante.

Até que os olhos se acostumem com as

dimensões, é melhor conferir as medidas a cada

passo. Porém, isto não é o suficiente! O melhor

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 79

Page 80: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

grampo não retém sem uma boa adaptação no lado

lingual.

Essa adaptação pode

ser obtida apenas com

a resina acrílica,

contanto que o seu

limite supere o equador do dente. Quando um dente

não está totalmente irrompido, a sua coroa clínica

deve ser aumentada no modelo.

Para evitar a compressão dos tecidos gengivais,

a resina deve ser removida da margem recém-criada.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 80

Page 81: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Grampo de Adams para Pré-molar:

Um grampo de Adams para um pré-molar deve

ter as mesmas alças dos

molares. Somente a barra

horizontal será de

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 81

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

comprimento reduzido: para o molar utiliza-se 7 mm

de comprimento, considerando-se que o seu diâmetro

mesio-distal seja de 11 mm; desta forma, para um pré-

molar utiliza-se 3 mm de comprimento, considerando-

se que o seu diâmetro mesio-distal seja de 7,5 mm, e

sua área de retenção mais acentuada.

Passos para

Construção de um Grampo de Adams:

Fio: 0,7 mm de aço inoxidável.

Instrumental: Alicate no 139.

1. Pegue cerca de 9 cm de fio.

Marque na região média,

com uma caneta

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 82

Page 83: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

hidrográfica ou lápis dermatográfico, dois

pontos distanciados exatamente 7 mm entre si.

2. Coloque a ponta piramidal do alicate

imediatamente antes da marca e dobre para

cima um pouco mais de 90o

3. Faça o mesmo com a outra marca.

4. Faça duas marcas nos

prolongamentos verticais a 3 mm da

base (incluindo a espessura do fio).

5. Coloque a ponta

redonda do alicate

justamente sobre uma das marcas e dobre o fio 180o

para baixo.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 83

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

6. repita o procedimento no outro lado, obtendo assim

as duas alças. A distância média entre as partes

salientes das duas alças deve ser de 10 mm.

Confira!.

7. Segure uma das alças

(por mesial) com alicate

posicionado

horizontalmente e dobre formando um ângulo de 75o

com a barra horizontal.

8. O mesmo procedimento é efetuado com a outra

alça (a distal). Desta vez a dobra deve ser um pouco

menos acentuada:

55o para um molar inferior;

60o para um molar superior.

Talvez você considere um excesso de precisão.

Não se leva muito tempo

para concluir um diagrama

até que você seja capaz de

avaliá-lo com uma simples

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 84

Page 85: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

olhada. A colocação do alicate sobre o desenho ao

lado pode ajudar.

9. Adapte o grampo no modelo de modo que as duas

alças (inclinadas em 60o quando comparadas com a

superfície oclusal), estejam em contato com a região

de máxima retenção dentária.

Lembre-se: a alça dobrada em 75o deve ficar por

mesial, e a outra em 55 a 60o deve situar-se por distal.

Se esse contato não existir, não prossiga com os

outros passos, seria inútil.

Se as medições foram realizadas corretamente

(confira novamente), 9 casos em 10 não apresentam

problemas.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 85

Page 86: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Se estiverem um pouco fora da região de retenção,

tente aproximá-las fazendo uma pequena curvatura

para fora na barra horizontal.

Se estiverem muito distantes, ou se estiverem muito

próximas uma da outra, ou se a barra horizontal tocar

na superfície do dente, é melhor começar tudo

novamente, alterando suavemente o tamanho da

barra horizontal.

É inútil prosseguir, sabendo de antemão que os

resultados finais serão ineficientes.

10. Coloque a ponta piramidal do alicate

afastada 2 mm da curvatura da alça e

dobre o fio em 90o em relação ao eixo

da alça.

Faça o mesmo na outra alça. Recolocando as alças

na sua posição, os prolongamentos dos fios apontarão

em direção à superfície oclusal.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 86

Page 87: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Esta será a direção do segmento intermediário entre a

alça e o prolongamento de conexão.

11. Usando uma caneta hidrográfica de

ponta fina, marque o ponto onde o fio tocar

na superfície oclusal.

Coloque a ponta piramidal do alicate

antes da marca e dobre o fio em 30o , de

modo que ele cruze o plano oclusal o

mais próximo possível do ponto de

contato.

O fio de conexão é então adaptado passando pela

superfície proximal do dente, sem interferir com as

cúspides dos dentes opostos.

Faça o mesmo com a outra alça.

12. Com as alças em posição, marque com

uma caneta hidrográfica os pontos onde os

prolongamentos oclusais do fio, após

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 87

Page 88: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

passarem sobre o ponto de contato, começam a

deixar o dente (4 a 5 mm da dobra anterior).

Coloque a ponta piramidal do alicate antes

da marca e dobre o fio em 60o para afastá-

lo da superfície oclusal logo que possível.

Este passo resulta em um prolongamento paralelo ao

longo eixo da alça.

Neste momento, o grampo não poderá permanecer

nessa posição, porque os prolongamentos tocam na

gengiva no lado lingual.

13. Coloque a ponta piramidal do alicate

imediatamente após a dobra anterior e

faça uma dobra contrária em 60o , para que o fio se

afaste da gengiva.

Neste passo, a dobra é paralela à superfície oclusal.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 88

Page 89: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

14. Posicione novamente a ponta piramidal do alicate

logo após a dobraanterior e dobre o fio em direção à

superfície lingual ou palatina.

O ângulo desta dobra é estritamente

individual.

O fio deve ficar 1 a 2 mm afastado do

modelo.

Se o modelo inferior apresentar retenções na região

lingual do processo alveolar, elas terão que ser

preenchidas com cera.

Cera preenchendo as retenções no

arco inferior.

15. As extensões dos fios serão dobradas

aproximadamente 7 mm além das últimas

dobras.

O Grampo de Adams está pronto.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 89

Page 90: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Este grampo também possui boa retenção nos

molares decíduos, nos caninos permanentes e até

mesmo nos incisivos permanentes.

As alças serão sempre do mesmo tamanho. Somente

sua inclinação e o comprimento da barra horizontal se

modificarão.

Para o comprimento da barra horizontal, a estimativa

é de aproximadamente 4 mm menor que o diâmetro

mesio-distal do dente:

Em cada lado 1 mm é ocupado pela espessura

do fio e pela sua curvatura, 1 m subtraído pela área de

retenção.

Os dez erros mais comuns na construção do

Grampo de Adams:

Erro no 1:

As alças são muito curtas:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 90

Page 91: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A barra horizontal entre as duas alças toca na

superfície vestibular do dente, e então não alcançam

as áreas retentivas.(quase todos os grampos de

Adams pré-fabricados existentes no mercado,

infelizmente, são confeccionados dessa forma).

Erro no 2:

A alça é muito estreita:

Pode facilmente fraturar aqui.

Além disso, se a barra horizontal

tocar na superfície vestibular, as

alças serão incapazes de alcançar

as áreas retentivas.

Erro no 3:

A alça está muito horizontal:

Pressionando excessivamente para entrar na região

retentiva.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 91

Page 92: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A fratura é muito fácil nesse

ponto.

Erro no 4:

O braço interno da alça é muito longo:

Falta o segmento intermediário, este ângulo está

muito acentuado.

A fratura é muito fácil neste

ponto.

Erro no 5:

O braço interno da alça é muito longo:

Como conseqüência, o segmento

de

conexão fica muito distante da

superfície oclusal e interfere na mastigação.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 92

Page 93: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Erro no 6:

O segmento intermediário é muito longo:

Como conseqüência, o segmento de

conexão interfere na mastigação.

Erro no 7:

O segmento de conexão é muito

longo:

Pode interferir na mastigação.

Erro no 8:

A barra horizontal é muito longa:

(um erro mais comum)

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 93

Page 94: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

As alças são dobradas em 90o e não podem utilizar

bem a região retentiva. Além disso, pressionam mais

as papilas que os dentes.

Este erro (se pequeno) pode ser corrigido efetuando

uma curvatura vestibular na barra horizontal.

Erro no 9:

A barra horizontal ainda é muito longa:

O erro foi corrigido com uma

convergência excessiva das

alças, tornando-as menos

elásticas e mais frágeis.

Erro no 10:

A barra horizontal é muito curta:

O erro foi corrigido alargando as

alças e eliminado sua

convergência.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 94

Page 95: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Dentro de certos limites, é aceitável, mas, se for

exagerado, as alças podem utilizar somente as

regiões de retenção vestibular e não a mesio-distal.

Como fazer um Arco Palatino de Suporte para os

aparelhos removíveis superiores:

Um arco de suporte simples, para unir o lado

direito com o esquerdo, pode proporcionar uma

aparência mais suave aos nossos

aparelhos, tornando-os muito mais

aceitáveis pelos pacientes.

Instrumental: Alicate de Ruhland e Alicate de Adere ou

Tridente.

Fio: de aço inoxidável redondo de 1,2 mm.

Tome 10 cm de fio e usando um alicate de

Ruhland, faça uma curvatura em forma de “U” no

centro do fio.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 95

Page 96: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Segure o fio com um alicate

Tridente grande, posicione-o

obliquamente em 45o e a uma

distância de 15 mm do centro da

curvatura.

3. Aperte o alicate ao

máximo, formando uma

dobra de 45o nos três planos do espaço.

4. O mesmo é feito do lado oposto.

5. Obtêm-se então um arco palatino, facilmente

adaptável

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 96

Page 97: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

6. Pode ser usado

7. Fazendo-se uma marca alguns milímetros abaixo

da margem gengival, com 3 a 5 dobras suaves com o

alicate tridente assegura-se uma ótima retenção no

acrílico.

Se for necessário movimentar os molares e pré-

molares para vestibular ou lingual, substituindo

vantajosamente o parafuso.

Observação:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 97

Page 98: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Recobrir com acrílico todo o palato para obter a

sua expansão, não é nada mais que uma superstição

medieval. A pressão direta do acrílico na mucosa

palatina pode produzir:

Isquemia,

Irritação,

Ulceração,

E reabsorção do osso subjacente.

A expansão do palato pode ser obtida somente

pela pressão exercida diretamente nos dentes e

indiretamente no ligamento periodontal.

Como fazer uma Máscara Facial (tipo Delaire):

As existentes no mercado são todas muito

bonitas, pesadas, incomodas e caras. O tipo que está

sendo apresentado pode ser facilmente fabricado em

laboratório e adaptado em qualquer face de 5 a 18

anos.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 98

Page 99: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Utilize um alicate Dentaurum 003-180 e cerca de 60

cm de fio de 1,5 mm.

Corte o

fio em

duas

partes de

30 cm e

modele

cada um

como no

desenho.

Iniciando da região inferior (todas as medidas são em

milímetros).

Agora tome aproximadamen-te 15 cm de fio de 1,1

mm para confeccionar duas hastes com ganchos para

aplicação dos elásticos.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 99

Page 100: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Como fazer uma Placa Lábio Ativa Adaptável:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 100

Page 101: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Adaptar corretamente uma Placa Lábio Ativa

(PLA) é, provavelmente, o procedimento mais difícil e

delicado de todas as técnicas ortodônticas. Não é

necessário que a Placa Lábio Ativa seja construída

individualmente no modelo do paciente

Aconselha-se ter sempre em mãos algumas

placas pré-fabricadas para adaptar caso a caso.

Infelizmente, nenhuma das encontradas no mercado

apresenta as características ideais.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 101

Page 102: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Uma placa bem construída, bem adaptada e bem

empregada pode apresentar resultados excelentes.

Uma placa mal construída ou mal ajustada constitui

apenas uma punição injusta para a criança.

Para construir e adaptar corretamente uma

placa, é necessário entender completamente suas

funções e requisitos.

Funções da Placa Lábio Ativa:

-Eliminar a pressão labial inferior sobre os

incisivos inferiores e transferi-la para os molares.

- Em certos casos (nem sempre, infelizmente)

pode estimular a contração dos lábios hipotônicos.

Indicações:

1. Movimentação para distal dos molares inferiores.

2. Ancoragem dos molares inferiores.

a. quando são usados elásticos intermaxilares de

Classe II;

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 102

Page 103: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

b. na transição da dentição mista para a permanente,

quando o espaço de Nance deve ser mantido.

3. Correção do hábito de sucção do lábio inferior

(muito freqüente em casos de trespasse horizontal

acentuado).

Contra-indicações:

1. Nos casos com tendência à Classe III Esquelética

(mesmo muito suave), por duas razões:

a. um possível agravamento (devido a uma tendência

para o crescimento no sentido anti-horário ou tipo C

de Tweed) seria certamente atribuído pelos pais à

PLA).

b. é mais razoável, em tais casos, usar uma

ancoragem extrabucal de Tração Baixa na esperança,

embora pequena, de obter um certo efeito Ortopédico

no crescimento condilar.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 103

Page 104: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

2. Quando existe um excesso de espaço no arco

inferior.

3. Quando os incisivos estão demasiadamente

inclinados para vestibular.

Características ideais de uma Placa Lábio Ativa:

1. Deve apresentar a

superfície mais larga possível,

compatível com a estética e a

função.

2. deve permanecer afastada pelo menos 1

mm de distância dos dentes e da superfície

gengival, mas não mais que 3 mm, para

que não altere o perfil do paciente.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 104

Page 105: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

3. Deve situar-se o mais profundamente

possível no sulco vestibular, devido à maior pressão

muscular e para ser menos visível ao sorrir.

4. Não deve ser muito delgada para que não

provoque ulcerações, mas nem tão espessa para que

não influencie na estética. Uma espessura ideal é de

2,5 a 3 mm.

5. Deve ser ajustável no sentidos vertical e ântero

posterior (quanto mais rapidamente os molares

movimentarem-se para distal, tanto maior deverá ser a

largura das alças para evitar a pressão na região

gengival).

6. Não deve ser muito flexível, mas também não muito

rígida. Fio ideal: 1 mm.

Passos para a construção:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 105

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

- Tome cerca de 18

cm de fio de 1 mm

de diâmetro e dobre-o exatamente como no desenho.

As alças laterais são utilizadas para adaptar os

escudos à conformação individual do arco e para

avançá-los à medida que os molares movimentam-

separa distal.

- Após conformada no plano,

a curvatura do arco deve ser

ajustada com alicate de

pontas côncava e

arredondada, iniciando no segmento central e

continuando nos segmentos laterais que retêm os

escudos.

Os escudos são

confeccionados como no

próximo exercício.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 106

Page 107: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A curvatura ideal é obtida usando a superfície de uma

garrafa ou de uma lata.

Prepara-se uma tira larga, cerca de 17 mm (15 mm

depois de terminada) e cortam-se porções de 10 mm

de altura; os cantos devem ser arredondados

corretamente.

4. Coloque os escudos

atrás de cada dobra com

o fio à frente da superfície

opaca e convexa do acrílico.

Fixe os escudos ao fio com acrílico (sistema pós-

líquido). Os escudos devem possuir espessura maior

na margem inferior. Dê o acabamento e o polimento.

Modo de Adaptação:

1. Insira nas duas extremidades do fio limitadores

tubulares. Insira as extremidades nos tubos dos

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 107

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

molares e desloque os limitadores até que os escudos

estejam aproximadamente a 2 mm da gengiva dos

incisivos inferiores. Fixe os encaixes com solda.

1. Utilize um alicate 139:

a – para abaixar os escudos, se

estiverem muito altos;

b – para levantar os escudos, se

surgirem lesões no sulco vestibular,

(verifique se o acrílico está bem arredondado e

polido).

c – para movimentar os escudos para anterior, à

medida que os molares moviemntam-se para distal).

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 108

Page 109: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Outras Sugestões para a Placa Lábio Ativa:

1. As vezes, hipertrofias

assintomáticas

aparecem na mucosa

das bochechas (papilomas).

Nesses casos, é aconselhável inserir pequenos tubos

plásticos nas partes laterais.

2. Ao suspeitar que o paciente não está usando sua

placa lábio ativa

durante as 24

horas removendo-

a somente para as refeições e a higiene bucal), é

melhor amarrá-la às bandas, após ter soldado um

gancho de latão na frente do encaixe.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 109

Page 110: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Como Fazer Escudos Bucais:

Não é difícil fazer escudos bucais de acrílico. O que é

difícil é fazê-los finos e, acima de tudo, bem polidos na

sua parte interna.

Esta pequena dica, pode facilitar muito o trabalho:

Uma placa de vidro, ou melhor

ainda, uma garrafa de

superfície lisa pode ser

utilizada. Ou melhor ainda, um

recipiente cilindrico de plástico

cortado verticalmente em duas

partes, uma côncava e outra convexa.

- Usando tiras de cera, delimite (com um pouco de

excesso) uma superfície com o formato e as

dimensões necessárias para o escudo bucal.

- A superfície é levemente lubrificada com vaselina ou

silicone.

- Despeje uma camada fina de resina e,

movimentando-a apropriadamente, obtenha uma

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 110

Page 111: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

camada uniforme com aproximadamente meio

milímetro de espessura.

- O sistema pó + líquido também é apropriado.

- Após a polimerização, obtêm-se uma fina concha de

acrílico com uma superfície perfeitamente lisa e

facilmente polida.

- Esta superfície formará a parte menos acessível do

escudo.

- Na superfície âspera, adapte os fios que serão

fixados com o sistema pó + líquido.

- Para evitar que o novo acrílico, quando depositado,

altere a superfície já polida, recomenda-se o uso do

acrílico que não se espalha.

- É aconselhável um certo estoque de conchas, de

tamanhos diferentes; para que as partes desejadas

possam ser prontamente recortadas quando

necessário.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 111

Page 112: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Como Fazer Um Aparelho de Frankel (FR 1):

1. Monte os modelos em

articulador, usando uma

mordida em cera

registrada com 2 a 3 mm de protrusão e 2 a 3 mm de

dimensão vertical.

2. Escave ao máximo o modelo no sulco vestibular

lateral superior e no sulco vestibular ântero-posterior,

para obter uma distância de 10 a 12 mm da margem

gengival. (Como orientação auxiliar, observe a boca

do paciente diretamente).

3. Dois sulcos de cada

lado do modelo

superior, um por distal

do canino e outro por mesial do molar, devem ser

esculpidos (nos casos onde os elásticos de separação

não foram aplicados antes da realização da

moldagem).

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 112

Page 113: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

4. Coloque uma camada de cera nas áreas

correspondentes aos escudos

vestibulares, previamente

demarcadas com um lápis

(espessura de 4 a 5 mm na

área dos dentes e 2 a 3 mm na região alveolar.

- Corte a cera ao nível do plano oclusal, para

possibilitar a abertura do articulador e a separação

dos modelos.

Observação: O procedimento com cera pode ser

eliminado, se a sugestão prática no 2 mais à frente for

aceita.

5. Adapte o arco

vestibular superior (fio de

0,9 mm) na forma de um

arco ideal sobre os incisivos

superiores.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 113

Page 114: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

- Na região distal do incisivo lateral, dobre o arco

para cima e depois em direção aos escudos

vestibulares.

- As dobras de retenção, ao nível do escudo,

devem ser confeccionadas uniformemente a 0,5 mm

da superfície da cera.

- Isto é válido também para a retenção de todos

os outros elementos.

6. Faça as alças

contronando os caninos

superiores (fio 0,8 a 0,9

mm), passando pelo desgaste realizado na face

distal.

7. Contorne um arco palatino (fio

de 1,2 a 1,3 mm) uniformemente

afastado de 1 a 2 mm da mucosa

palatina. Ele deve penetrar na base do sulco mesial

do molar (o sulco deve ser estendido para a camada

da cera); deve ultrapassá-la, formando uma dobra de

retenção (distanciada 0,5 mm da superfície da cera) e

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 114

Page 115: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

retornando ao último molar decíduo (se ainda estiver

presente) ou ao primeiro molar permanente (se o

segundo molar decíduo estiver ausente).

8. Com um fio de 0,9 mm, modele

o arco que suporta os dois

escudos labiais, onde sua

extensão foi previamente demarcada no modelo e

recoberta com isolante ou uma camada fina de cera.

- Nesta área, o fio deverá permanecer afastado do

modelo cerca de 2 mm.

O acrílico aplicado, será

posteriormente

desgastado cerca de 1

mm na superfície interna (este espaço permanece

entre os escuidos e a mucosa).

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 115

Page 116: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Todos elementos de aço

devem ser fixados ao modelo

com cera, nos pontos que

não serão cobertos com

acrílico.

9. Incorpore alças no arco lingual (fio de 0,9 a 1 mm).

- O arco não deve tocar nos dentes.

- As alças dobradas para baixo ao longo dos caninos,

formam uma alça em forma de “U” ao nível da raiz do

primeiro pré-molar, elevam-se novamente e passam

por distal do canino ou do primeiro pré-molar.

- As alças devem ficar

em contato com a

mucosa.

- A cada 3 ou 4 meses,

devem ser ativadas para a frente 2 a 3 mm (contanto

que o paciente tenha usado seu aparelho e os

resultados sejam satisfatórios).

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 116

Page 117: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

As alças linguais podem ser substituídas por um

Escudo lingual, unindo fios de 1,2 mm.

10. Aplique (finalmente) o acrílico para formar os

escudos vestibulares, linguais e labiais.

Se as dobras de retenção foram confeccionadas a

uma distância uniforme (0,5 mm) da cera, as

projeções vestibulares não devem ser mais espessas

que 2 mm (2,5 a 3 mm nas extremidades para que

possam ser melhor arredondadas).

Os escudos vestibulares ficarão com 3 mm de

espessura, porém, 1 mm será removido da superfície

interna.

O acrílico do tipo que não se espalha é bastante

recomendável.

Uma vez poliemrizado o acrílico, execute o

acabamento e o polimento.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 117

Page 118: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Sugestões Práticas:

Sugestão prática no 1:

O fio que suporta o

escudo labial deve formar uma alça vertical

(aproximadamente 5 a 6 mm de altura, com a abertura

para baixo) antes de penetrar nos escudos

vestibulares.

A abertura gradual

dessas alças permitirá o

avanço dos escudos

labiais, que deve ser

realizado a cada 3 ou 4

meses.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 118

Page 119: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Na ausência dessas alças verticais, o avanço dos

escudos poderá ser realizado somente de duas

formas:

a. separando o fio e unindo-o novamente nos escudos

laterais;

b. aplicando um parafuso na parte anterior de cada

escudo vestibular.

Se o escudo lingual substituir as alças linguais, poderá

ser facilmente ativado adicionando acrílico sobre sua

superfície anterior.

Sugestão prática no 2:

O acabamento e o polimento da superfície interna dos

escudos vestibulares exige muito tempo e dificilmente

se chega a resultados satisfatórios.

Um resultado melhor pode

ser obtido, com uma

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 119

Page 120: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

considerável economia de tempo, se o passo no 4 for

modificado como se segue:

Em vez de colocar a camada de cera sobre o modelo,

duas conchas de acrílico, de espessura mínima (uma

fração de milímetros) são preparadas

(numa placa de vidro lubrificada com vaselina) usando

a técnica pó-líquido descrita anteriormente.

A placa de vidro pode ser substituída por uma

garrafa ou uma lata com 10 a 12 cm de diâmetro;

obtendo-se, portanto, uma curvatura adequada.

O rolete de cera deve possuir 1 a 2 mm de altura.

As dimensões e o formato aproximado dessas

conchas serão as mesmas dos escudos

confeccionados no modelo, com um aumento de

aproximadamente 1 mm em todo o seu contorno.

Uma vez polimerizado o

acrílico, a superfície

correspondente à placa de vidro

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 120

Page 121: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

ficará perfeitamente lisa (e será possível realizar o

polimento).

As extremidades serão arredondadas (está é a razão

do milímetro adicional em todo o contorno).

As conchas (divididas ao nível do plano oclusal) serão

colocadas com a superfície lisa contra o modelo, por

meio de pequenas quantidades de cera, massa ou

pasta de moldagem de silicone e deverão ser fixadas

a uma distância uniforme (4 a 5 mm dos dentes e 2 a

3 mm da mucosa ao nível do fórnice).

Na superfície âspera externa, os fios serão

adaptados o mais próximo possível e serão fixados

com outra camada de acrílico, ainda usando a técnica

pó + líquido, prestando atenção para que não escorra

para a parte interna, já polida.

Com esta segunda camada de acrílico, não

somente as partes de aço serão unidas aos escudos,

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 121

Page 122: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

como também as porções inferior e superior dos

escudos serão definitivamente unidas uma a outra.

O acrílico do tipo que não se espalha é

incomparável para reduzir o risco de dispersão do

acrílico.

Mesmo procedimento pode ser adotado para os

escudos labiais (também para que o polimento interno

seja mais fácil).

Modificação Sugerida no 1:

Eliminação do fio de união dos dois pequenos

escudos labiais. Sem dúvida, esta modificação facilita

o posicionamento correto dos escudos, considerado

extremamente importante por Frankel.

Não é fácil estabelecer a perfeição do modelo e,

portanto, seu uso depende da habilidade de ajustá-lo

diretamente na boca.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 122

Page 123: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Observação: O diâmetro de todos os outros fios deve

ser aumentado de 1 a 2 décimos de milímetro; caso

contrário, com a eliminação do espaço intermediário, o

aparelho ficará muito flexível.

Modificação Sugerida no 2:

O arco vestibular em vez de repousar sobre a

superfície vestibular dos incisivos, suporta um plano

de mordida de acrílico.

O plano de mordida do acrílico:

a. proporciona ao FR 1 mais estabilidade e, assim,

menos desconforto;

b. a intrusão dos incisivos superiores e inferiores pode

ser obtida; desde que sejam associados os exercícios

isométricos para os músculos da mastigação.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 123

Page 124: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

c. a ação de retração nos incisivos superiores pode

ser mantida, contanto que o acrílico seja acrescido de

alguns milímetros na superfície vestibular.

Observação: Uma maior estabilidade do aparelho,

talvez possa reduzir o estabelecimento de alguns

reflexos musculares, necessários para a produção

dos efeitos terapêuticos...

PASSOS BÁSICOS PARA CONFECÇÃO

DE APARELHOS REMOVÍVEIS

1o) Planejamento.

2o) Confecção de grampos.

3o) Fixação dos grampos com cera 7.

4o) Hidratação do modelo (5 minutos0.

5o) Isolar modelo (isolante gesso/acrílico).

6o) Manipular acrílico e entulhar dando forma a

placa.

7o) Levar a panela polimerizadora por 10

minutos.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 124

Page 125: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

8o) Fazer desgastes necessários com a broca

de

aço ou tungstênio.

9o) Fazer acabamento com lixa de madeira no

mandril, e depois usar lixa d’água debaixo de

água.

10o) Dar polimento final no torno com pedra

pomes

e Kaol com escovas de pano.

Técnica de Glaze ou Banho de Brilho

Após o desgaste e acabamento das placas,

podemos dar o polimento final usando a seguinte

técnica de Glase:

Coloque um pouco de monômero termo-

polimerizável em recipiente de vidro resistente ao

calor, e leve em banho-maria até a fervura da água.

Deixar a água ferver até observar bolhas no

monômero.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 125

Page 126: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Banhar o aparelho no monômero quente por 3

vezes, mergulhando-o rapidamente com auxílio de

uma pinça.

Deixe o aparelho secar totalmente sem tocá-lo.

Expansor Fixo tipo Hass:

O disjuntor de Hass é um aparelho ortodôntico

fixo que tem por finalidade promover a expansão

palatal rápida com o objetivo de corrigir mordidas

cruzadas posteriores decorrentes da atresia do arco

dentário superior. Como promovem a separação dos

ossos maxilares ao nível da sutura palatina, esses

aparelhos exercem uma função ortopédica e devem

ser chamados de disjuntores e não de expansores.

Sua ácão é bastante rápida e separações

suturais superiores a 11 mm podem ser obtidas em

tempo relativamente curto. O disjuntor de Hass tem

como componentes: barras linguais, parafuso

expansor padrão, corpo de acrílico e bandas.

Composição do aparelho:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 126

Page 127: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

O expansor fixo tipo Hass é composto por 4

bandas nromalmente adaptadas nos 1os pré-molares e

1os molares. Esta bandagem pode variar dependendo

do planejamento do tratamento proposto pelo

ortodontista.

Duas barras de conexão, que variam de 0,9 mm

a 1,2 mm, se unem às bandas para dar suporte a um

corpo de resina acrílica que por sua vez é formado por

dois apoios mucosos independentes, unidos pelo

parafuso expansor. O corpo de resina acrílica

caracteriza o aparelho de expansão fixa tipo Hass.

Técnica de Confecção:

Com o modelo bandado nos

primeiros pré-molares e nos

primeiros molares, fazer um

desgaste no gesso onde

receberá a solda.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 127

Page 128: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Com o auxílio do alicate 139 ou similar, fazer com o fio

ortodôntico, o contorno dos dentes posteriores.

Ao nível da face mesial do

primeiro pré-molar, marcar no

fio e fazer com a ponta cônica

do alicate 139, um ângulo de 180o / Repetir a manobra

na distal do primeiro molar.

Agora fazer um ângulo

em, mais ou menos 90o ,

em direção palatina e

confeccionar a retenção.

A barra de conecção

deve tocar uma superfície palatina das bandas e,

quando se direcionar ao palato, deve permanecer

afastado.

Para o lado oposto, repetir a mesma manobra feita

anteriormente.

Confeccionada as barras

de coneção, adaptá-las ao

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 128

Page 129: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

modelo bandado e fixá-las com o auxílio do

revestimento para fundição.

Aplicar o fluxo para soldagem, soldando-as

posteriormente.

Remover a estrutura

metálica do modelo,

tomando o cuidado com

as bandas e promover

um acabamento e um polimento nas soldas.

Feito o polimento, fazer um leve

alívio em cera no modelo, com

cera bem plastificada.

Adaptar as barras de

conexão e posicionar o

parafuso expansor de

modo que este fique sobre

a face palatina mediana e

com uma altura média de 5

mm.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 129

Page 130: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Promover a hidratação do modelo e, em seguida, a

polimerização. O corpo de acrílico deverá cobrir todo o

parafuso ficando a uma distância aproximada de 1 cm

da região cervical dos dentes.

Fazer o acabamento e

polimento de forma que

o corpo de acrílico

acompanhe a

conformação palatina

com as bordas arredondadas.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 130

Page 131: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Expansor Fixo Tipo Hyrax:

Consiste num aparelho expansor fixo ativo, que

aplica força no processo dentoalveolar da maxila, de

modo a expandi-la. Está indicado para atresias

esqueléticas dos arcos maxilares, apinhamentos e

mordidas cruzadas. A diferença dos aparelhos de

Hyrax e Hass está apenas na presença do corpo

acrílico no aparelho de Hass.

A ausência deste corpo, o aparelho de Hyrax,

se justifica pela facilidade de higienização do

aparelho, também o tornando menos volumoso e

menos traumático para o palato.

Composição do aparelho:

O aparelho

expansor fixo tipo Hyrax,

é constituído de um

parafuso expansor, com

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 131

Page 132: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

quatro extensões de metal, soldado às bandas

localizadas normalmente nos primeiros pré-molares e

primeiros molares. Por sua vez, estas bandas são

unidas por barras palatinas, constituídas por fio que

varia de 0,9 mm a 1,2 mm. O parafuso expansor com

quatro extensões é encontrado em diversos tamanhos

e também em algumas marcas comerciais diferentes.

Ativação do aparelho:

O aparelho é ativado

girando a chave de ativação

em direção posterior. Cada

giro corresponde a ¼ de

volta e promove 0,25 mm de

expansão lateral. Expansões superiores a 11 mm

podem ser conseguidas num período relativamente

pequeno.

Técnica de Confecção:

Com o modelo bandado, promover um desgaste no

gesso, na região onde será soldado.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 132

Page 133: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Desenhar uma linha

sobre a face palatina

mediana para facilitar o posicionamento do parafuso.

Selecionar o parafuso de acordo com o tamanho da

atresia maxilar.

Com o auxílio do alicate 139 ou

similares, fazer a adaptação do

parafuso às bandas, de

modo que, as hastes do

parafuso fiquem em

contato com a região lingual das bandas.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 133

Page 134: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Posicionar e prender o parafuso ao modelo, com o

auxílio do revestimento para fundição.

Com o fio 0,9 a 1,2 mm, confeccionar as barras

linguais, adapta-las e prende-las com revestimento.

Aplicar o fluxo para soldagem e, com a zona redutora

da chama do maçarico, promover a soldagem.

Remover o aparelho do modelo, sem danificar as

bandas.

Fazer o acabamento e o polimento das soldas da

mesma forma já descritas anteriormente.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 134

Page 135: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Expansor fixo tipo Hyrax terminado.

Aparelho Sagital:

Corretor Ortopédico 1:

Indicações:

1. Classe II para Classe I.

2. Aumentar a dimensão em

casos de sobremordida

profunda.

3. Excelentes resultados em tratamentos de Classe II

Esquelética.

4. Tratamento da dentição mista ou permanente.

Nota 1:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 135

Page 136: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A este aparelho pode-se adicionar várias modificações

para movimentos dentários específicos, rotações,

treinamento lingual, fechamento de espaços, etc.,

dependendo do caso. Isso é ensinado nos cursos de

técnicas avançadas.

Nota 2:

Este aparelho tratará as idnicações mencionadas

acima até alcançar os melhores e mais estáveis

resultados, num período de tempo mais curto do que

todos os aparelhos ortopédicos ou funcionais que se

utilizam atualmente.

Nota de Construção:

Os incisivos superiores contactam com o

encapsulamento de acrílico dos incisivos inferiores.

Projeções de acrílico e o Corretor Ortopédico I –

Ajustes para avançar a mandíbula:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 136

Page 137: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Quando se ativam os

parafusos laterais do

Corretor Ortopédico I

para avançar a

mandíbula, deve-se

eliminar as projeções

de acrílico inferior que rodeiam os setores póstero-

inferiores.

e de ambos os lados

do aparelho.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 137

Page 138: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

para permitir o avanço da arcada inferior sem

obstáculos.

Lado direito do

encapsulamento do

aparelho, tal como

aparece

normalmente,

atuando para manter os dentes ântero-inferiores. Do

lado esquerdo do aparelho retirou-se o

encapsulamento para vestibularizar os dentes ântero-

inferiores durante os três primeiros meses de

tratamento.

Visão intrabucal do

Bionator após

eliminar-se o apoio

vestibular do

encapsulamento para

vestibularizar os

dentes ântero-inferiores, aumentando-se assim, o

ângulo interincisal e a porçào incisal engrossada, a fim

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 138

Page 139: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

de acelerar a erupção posterior, auemntanto-se assim,

a ação vertical.

Os resultados com este aparelho são muito

rápidos.É muito popular e é o aparelho mais utilizado:

Casos Classe I com apinhamento.

Casos Classe II, divisão 1 com apinhamento.

Classe II, divisão 2 (primeiro aparelho).

Classe II, Divisão 2:

Na Classe II, a retrusão

dos dentes ântero-

superiores em divisão 2

deve ser corrigida

inicialmente com este

aparelho.

Então o segundoa parelho

é um corretor Ortopédico I

para transformar em

Classe I a Classe II e abrir

a mordida.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 139

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Este aparelho sagital tem plano de mordida posterior

de acrílico. O plano de mordida anterior deve

contactar com os dentes inferiores de cada lado do

plano de mordida,

Nota 1: Os arcos de retração canina são utilizados

frequentemente sobre o aparelho para movimentar

caninos bloqueados distal e lingualmente.

Importante: O parafuso no 714 de Schew de aço

alemão de extraornária resistência é o melhor

expansor nunca antes desenvolvido para este

aparelho.

O parafuso no 714 de Schew têm uma expansão de 8

mm quando se abre, o qual é de extrema importância

para que este aparelho seja eficaz. Não se deve

aceitar nenhum outro parafuso com uma expansão

menor, porque neste caso serão necessários dois

aparelhos sagitais.

Mordida de cera para Aparelho Sagital:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 140

Page 141: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Coloca-se a cera-base sobre os dentes

posteriores deixando os dentes anteriores livres da

cera. Pede-se ao paciente que feche lentamente a

boca em relação cêntrica, até que exista um espaço

de 1 a 1,5 mm entre os dentes supero-inferiores

posteriores.

A figura do aparelho ao

lado é de um aparelho

sagital com segundos

molares presentes, a ação

do aparelho sagital é

basicamente anterior, com os segundos molares

extraídos, a ácão é basicamente na direção posterior.

A figura ao lado, é de

uma mordida

construída para

aparelho sagital.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 141

Page 142: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A espessura da cera não deve ser superior a 1 a 2

mm entre os dentes posteriores, ao registrar o molde.

Uma espessura superior produz um aparelho com

bases de acrílico muito espessas para o uso e

comodidade do paciente.

Na figura ao lado, o

aparelho sagital I,

aparelho que age sob o

princípio de que existe

um só grupo de molares (primeiros superiores) à

esquerda na boca para o qual é ligado, pois os

segundos molares foram extraídos. Isso resulta em

uma ação que produz cerca de 90 a 85% de

distalização para somente 15 a 20% de

desenvolvimento anterior.

Quando os segundos molares sãol removidos

(mostrados no desenho), as forças da placa de

expansão serão aplicadas basicamente na direção

distal.

O desenho do aparelho sagital é

essencialmente dependente do tipo de distorção

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 142

Page 143: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

existente na arcada dentária, para a qual ele deve ser

utilizado porém, todos estes tipos de aparelhos têm

certos componentes gerais em comum:

1. Em primeiro lugar, para o aparelho superior, existe

a parte palatal superior ou placa básica. Ela se

estende sobre as superfícies oclusais de todos os

dentes posteriores, numa espessura de 1,5 a 2,0 mm.

Isso representa um acréscimo criado pelo Dr. Witzig

para as antigas placas Y do Dr. Herman Voss e A. M.

Schwarz.

2. O aparelho é dividido em três partes ciomponentes:

uma aplicada contra a região da pré-maxila e

mesopalatina, e duas aplicadas contra os dentes

posteriores e regiões gengivolinguais ao longo dos

dentes posteriores nos dois lados.

3. O corte seccionante passa pela margem posterior

do aparelho no ponto médio entre a linha

mesopalatina e a crista oclusolingual, onde ela corre

para a frente paralela à linha média da sutura

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 143

Page 144: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

mesopalatina até um ponto no mesmo nível do

primeiro molar superior, depois volta-se 90o para uma

distância ligeiramente maior que a largura do parafuso

de expansão a ser usado, depois gira 90o

anteriormente outra vez, e segue para um ponto

distolingual aos caninos do maxilar, onde curva-se em

um ângulo de aproximadamente 45o, na direção da

superfície vestibular onde a secção move-se bem

distal à margem distal de cada canino respectivo.

4. Em situações unilaterais, aparece só uma secção

do lado a ser movido, e o aparelho é posteriormente

dividido em apenas duas partes.

5. Os segmentos posteriores contém os grampos que

seguram o aparelho. Um grampo Adams no primeiro

molar e um grampo Adams ou grampo tipo gota na

região dos pré-molares são geralmente o modelo

padrão.

6. O canino pode ou não ter grampos como um

grampo simples tipo C, dependendo se ele vai ou não

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 144

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

ser movido. A base do grampo do canino também é

colcoada na secção posterior. As vezes, é usado um

arco vestibular em casos de projetos específicos para

controlar um incisivo saliente ou em outros problemas

do tipo de controle de dente anterior.

7. Em certas ocasiões, grampos retentores são

usados para reter incisivos laterais salientes, quando

é exigido um desenvolvimento da pré-maxila, como

em um caso de Classe II, divisão 2.

8. Como acontece com todos os aparelhos

removíveis, o tratamento clínico adequado, ativo e

funcional, que significa disgnóstico adequado, escolha

do aparelho, desenho e ajuste e cooperação do

paciente, são os que determinam o grau de êxito

obtido com o caso. Para fins de conveniência,

trataremos dos dois tipos principais de aparelhos

sagitais como:

1. Sagital I, para fins de distalizar o segmento após a

extração dos segundos molares;

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 145

Page 146: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

2. Sagital II, para fins de distalizar e desenvolver uma

pré-maxila retruída para a frente com os segundos

molares intactos servindo de ancoragem.

O aspecto destes 2 aparelhos é quase idêntico.

É a diferença em suas ações resultantes que permite

o emprego de uma nomeclatura específica.

Um terceiro tipo, o Sagital III, não passa de um

Sagital II modificado com “base Frankel”. Essas bases

ajudam a manter o lábio superior à frente. Assim, a

tensão aplicada ao periósteo sobre a lâmina maxilar

vestibular de osso ajuda a empurrar a pré-maxila para

frente nas pseudo-correções da Classe III.

Aparelho Sagital inferior.

Observe-se que não há

cobertura de acrílico nas

superfícies oclusais dos

dentes postero-inferiores.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 146

Page 147: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Nota Especial: Os parafusos de expansão

Forestandent inferiores são de tamanho menor para

conter um aparelho menor

completo usado na arcada inferior, e são adaptados

para exigir duas voltas de 90o do cilindro central, para

obter a mesma expansão física (0,25 mm) como um

Scheu 714 maior usado na superior. Portanto, eles

devem ser girados duas vezes para obter a mesma

distância linear de expansão.

Os antigos aparelhos sagitais

ptotótipos criados por Voss

baseavam o seu perfil nos

modelos mencionados como

“Placa Y” feitas por Schwarz. Witizig acrescentou as

faces oclusais de acílico, projetou novamente a

localização do parafuso de expansão e, como

resultado, tornou-se responsável pelo aspecto do

aparelho como o conhecemos atualmente.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 147

Page 148: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Sagital I: Redução para técnica do Sagital I.

Para auxiliar na distalização adequada dos

quadrantes supero-

posteriores no espaço

criado pela ausência

do segundo molar, é

usado um papel

articulante para registrar pontos de contatos oclusais

fortes, que são depois ligeiramente reduzidos nos

planos posteriores de acrílico. Isso mantém uma forte

oclusão na parte do plano de mordida anterior da

placa mas, leve na parte posterior. Neste exemplo, as

marcas no papel articulante são fortes no lado

esquerdo da placa, mas no lado direito, foram

reduzidas nos segmentos posteriores, mantendo uma

forte oclusão somente na área do canino, de acordo

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 148

Page 149: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

com a adequada técnica

Sagital I.

Uma vez que os parafusos

de expansão tenham

atingido o seu limite máximo de expansão de 8 mm, a

placa torna-se fraca no ponto de inserção dos

parafusos no acrílico. Esse espaço pode ser

preenchido para fortalecer a placa colocando-se uma

fita de plástico transparente comum por detrás do

parafuso para atuar como uma matriz, e lançando

acrílico de presa rápida, no espaço. Após o

endurecimento em água quente, ele pode ser polido e

recortado.

Aparelho Sagital II

básico. Observe a

aplicação do aparelho

contra dois grupos de

molares, primeiros e

segundos molares.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 149

Page 150: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Vista lateral mostra o plano de mordida posterior e

grampos idênticos ao Sagital I.

Vista ampliada da

retração lateral ou fios

de estabilização,

usados nos

dispositivos típicos da

Classe II, divisão 2 anterior.

Idêntico ao Sagital I no

aspecto externo, o

aparelho Sagital II é

usado para a expansão

da arcada numa direção

total oposta. Em lugar de

se distalizar os dentes posteriormente, ele age no

sentido anterior. Usando os segundos molares como

ancoragem e por meio de ajustes adequados, o

Sagital II pode ser usado para aplicar o torque

vestibular às coroas dos dentes anetriores, ou mesmo

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 150

Page 151: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

ser usado para abrir as suturas da pré-maxila,

desenvolvendo dessa forma toda a pré-maxila como

nos casos da Classe II, divisão 2, ou até mesmo em

situações de pseudoclasse III.

O aparelho Sagital II opera pelo princípio segundo o

qual deve agir contra os primeiros e segundos

molares. Isto resulta em uma ação que é cerca de

80% anterior. Isto é simbolizado pela vestibularização

de linhas pontilhadas para frente de seis dentes

anteriores.

A sutura pré-maxilar

pode ser aberta a fim

de obter um

verdadeiro

desenvolvimento

ortopédico da área da pré-maxila nos casos de Classe

II, divisão 2 que exigem mais que um torque da coroa

vestibular. Isto é devido a se manter forte oclusão dos

inferiores em ambas as partes anterior e posterior do

aparelho, retenção dos segundos molares como

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 151

Page 152: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

ancoragem e a colocação do corte da parte anterior

do aparelho por distal ao canino. Só em casos em que

o torque da coroa vestibular dos incisivos centrais

anteriores e/ou laterais isolados for exigido, o corte

pode ser alterado para mesial do canino.

Ao desenvolver a

pré-maxila para a

frente e para cima na

técnica do Sagital II,

se um arco vestibular

for usado como parte do aparelho, ele deve ser

mantido separado dos dentes anteriores.

Na técnica Sagital II

adequada, a oclusão

(indicada pelas

marcas deixadas no

papel articulante) é

mantida forte nas

partes psteriores da placa.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 152

Page 153: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A redução da parte palatal do aparelho no lado do

tecido na área das rugosidades permite que as forças

de expansão sejam aplicadas somente às superfícies

linguais dos dentes anteriores. Isso resulta num torque

vestibular da coroa (inclinação) sem qualquer

desenvolvimento ortopédico.

Observe o fio de estabilização unilateral destinado a

evitar um ulterior avanço do incisivo lateral esquerdo

superior. O acrílico lingual para esse dente pode então

ser reduzido no volume correspondente. Quando são

contidos ambos os incisivos laterais, os fios são

usados bilateralmente.

Aparelho Sagital Classe III:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 153

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

O plano de mordida anterior deve se estender

ligeiramente à frente dos incisivos superiores, de

modo a contatar os incisivos inferiores durante a

oclusão.

Este aparelho é execelente para os casos de pseudo-

Classe III, com uma sobremordida invertida.

Nãos e deve tratar com esse aparelho um caso de

Mordida aberta Classe III esqulética.

O aparelho Sagital Classe III.

Observa-se que o

plano de mordida

proture

completamente das

bordas incisivas

dos dentes ântero-superiores para ajudar a desocluir

os anteriores e facilitar o avanço da mordida para a

frente, sobre os inferiores.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 154

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Grampos para caninos nos Sagitais superiores atuam

para estabilizar a placa e podem ser usados para

forçar o canino a chegar a uma posição correta, desde

que haja espaço para o mesmo.

Ajuste do grampo do

canino com um alicate

tridente.

Ajuste do grampo

Adams com alicate

tridente através da

barra horizontal para encurvar as pontas no espaço

interproximal.

O fio também pode ser dobrado quando ele sai do

acrílico para levar todo o conjunto do grampo aos

espaços interproximais.

As Placas Transversais:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 155

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A placa transversal ativa é um aparelho

destinado à expansão da arcada. Entretanto, o termo

transversal não só descreve um tipo particular de

aparelho, como também é utilizado como um termo

genérico para descrever toda uma gama de

dispositivos empregados para aumentar a largaura da

arcada.

Entre eles figuram desde o delicado aparelho

de Crozat até os pesos pesados da alta velocidade

que causam disjunção da sutura, como os expansores

rápidos do palato. Os aparelho empregados para

expandir a arcada podem utilizar o movimento

ortodôntico ou ortopédico, ou uma combinação de

ambos. Também podem ser fixos ou removíveis.

Estes aparelhos costumam levar nomes

derivados de uma descrição do plano ortodôntico no

qual trabalham, da velocidade em que operam, do

número de voltas do fio que utilizam, da ação do

parafuso empregado, letras do alfabeto e dos

sobrenomes dos homens que os desenvolveram.

Nomes como Transversal, arco de Porter, Quad-Helix,

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 156

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

parafuso de disjunção, Aparelho K-D, arco lingual

especializado, Schwarz e Jackson.

Os aparelho utilizados para conseguir o efeito

de expansão da arcada, têm sido cercados durante

anos de confusão, incompreesão e controvérsias. Em

consequência no se refere à família dos aparelhos de

ortopédia funcional dos maxilares (OFM), as placas

ativas transversais encaixam perfeitamente.

O sistema de aparelhos Transversais

desempenha um papel extremamente importante no

preparo da boca antes do aparelho de acabamento.

Grande parte do trabalho ortodôntico é dedicado ao

paciente com uma Classe II esqulética e o melhor

aparelho funcional disponível para o tratamento do

caso de Classe II com mordida profunda é o Bionator.

Porém, como o Bionator é um aparelho de inter-

relação de arcadas é obrigatório que as dentições das

arcadas superior e inferior tenha uma forma

razoavelmente correta antes de seu uso. Caso

contrário, é necessário o preparo da arcada. Os

principais cavalhos de batalha do sistema OFM são as

placas ativas Sagital e Transversal, que atuam como

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 157

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

formadoras e preparadoras da arcada para a etapa

final do Bionator alinhador de arcada.

A placa de Schwarz superior,

pedra angular da família de

placas ativas removíveis

empregadas para expandir

transversalmente as arcadas

aos limites naturalmente toleráveis de sua largura.

O Aparelho de Schwarz:

Os aparelhos de Schwarz para a maxila e a

mandíbula são os cavalos de batalha da expansão

transversal das arcadas. O aparelho de Schwarz

superior consiste numa placa ativa de acrílico

adaptada ao palato, que deixa expostas as superfícies

incisais e oclusais de todos os dentes. É dividida

longitudinalmente pela metade e unida por um ou dois

parafusos de expansão, dependendo da idade do

paciente e do tamanho da arcada.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 158

Page 159: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Habitualmente leva um arco vestibular que é

usado para transmitir pressão ativa às superfícies

vestibulares dos dentes ântero-suepriores e é

sustentado firmemente em sua posição com grampos,

em gota ou de Adams, nas regiões pré-molar e molar,

respectivamente.

O aparelho de Schwarz inferior, que também

apresenta as superfícies incisais e oclusais expostas,

consiste num arco lingual de acrílico dividido na linha

média e unido por um único parafuso de expansão.

Também apresenta um arco vestibular, porém, além

disso, pode ter suportes no setor lingual (arcos

cruzados) que podem ser ajustados para inclinar

vestibularmente os quatrod entes ântero-inferiores ou

ajudar a girar incisivos inferiores isolados,

colaborando com o arco vestibular. O aparelho inferior

também é sustentado em posição com grampos em

gotas, em C ou de Sadams. Aos poucos, neste

aparelho pode-se necessitar do arco vestibular se a

inclinação incisiva é correta. É possível uma

interminável variedade de modificações adicionando-

se arcos, parafusos, suportes extras etc; com o

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 159

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

propósito de aproximar problemas individuais com

denets específicos em casos específicos. Porém, sua

adição ao aparelho é unicamente um meio auxiliar ao

principal objetivo da placa de Schwarz. A função

principal da placa é simplesmente a expansão

transversal das arcadas.

Placas de Schwarz superiores

Placas de Schwarz inferiores.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 160

Page 161: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Estes aparelhos ficam em posição com

grampos em gota simples e são empregados

principalmente para a expansão transversal das

arcadas.

A medida que a arcada se expande, a incorporação

de suportes linguais e de arcos vestibulares

conjuntamente com o ajuste do acrílico lingual

adjacente, permite o controle das posições dos dentes

anteriores.

A figura ao lado

mostra o estado antes

do tratamento da

arcada superior com

uma placa de

Schwars simples em posição, é mostrado uma forma

mais pontiaguda ou gótica dos dentes superiores.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 161

Page 162: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Observa-se

também, o

incisivo lateral

direito superior

obstruído para

lingual.

Após o período de tratamento, pode-se ver como a

forma da arcada se expandiu transversalemnte e se

encurtou ântero-posteriormente, para adotar uma

forma mais aceitável. Isto é um produto combinado da

expansão do aparelho, contração ou aplainamento do

arco vestibular e ajustes adequados (redução) do

acrílico palatino adjacente às superfícies linguais dos

incisivos superiores.

Observe como

o acrílico lingual ao

incisivo central

direito superior se

reduziu para permitir

sua retração lingual, aplainando gradualmente o arco

vestibular, porém, vê-se também como o acrílico

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 162

Page 163: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

lingual a latyeral foi deixado prudentemente intacto

para forçar ambos os dentes transversal e

vestibularmente quando as duas metades do aparelho

se expandirem de modo gradual durante o tratamento.

Porção palatina do acrílico ligeiramente reduzida à

medida que o aparelho se expande transversalmente

para evitar pontos de irritação e para permitir que o

palato desça ligeiramente conforme se expande

transversalmente.

A placa Transversal:

Um aparelho especializado unicamente para a

arcada superior. Ela não é mais que uma placa de

Schwarz superior com acrílico cobrindo as superfícies

oclusais dos dentes e que atua como uma placa de

mordida. Pode ser utilizada de forma paliativa em

pacientes que se beneficiariam da abertura imediata

da mordida devido ao envolvimento da ATM. Também

atua como auxílio na liberação da oclusão, nos casos

em que o movimento dos dentes superiores em

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 163

Page 164: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

direção transversal esteja inibido pela ação do plano

inclinado dos dentes inferiores.

Ela é ativada e ajustada de forma similar à

placa de Schwarz. Pode ou não possuir um arco

vestibular dependendo das necessidades. Não

obstante, o emprego do arco é bastante freqüente.

Conforme se expande transversalmente, cada metade

da placa requer ajustes convencionais do acrílico

imediatamente lingual aos dentes ântero-superiores

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 164

Page 165: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

para obter o controle desejado, os movimentos ou a

falta de movimentos destes dentes.

Isto é realizado conjuntamente com o emprego

do arco vestibular. Também deve-se checar o acrílico

palatino adjacente aos tecidos da abóbada palatina e

ajustá-lo mediante uma ligeira redução, onde seja

necessário, conforme a placa se expande.

A oclusão dos dentes inferiores contra as

placas de mordida acrílicas superiores é também

periodicamente ajustada para que fique equilibrada

em ambos os lados da arcada.

O aparelho transversal é construído sobre um

modelo da arcada superior com um registro de

mordida de cera de aproximadamente 2 mm de

espessura entre os dentes posteriores que relacionem

o modelo inferior com o superior,d e forma que

funções interoclusais possam ser processadas na

placa de acrílico de modo correto e cômodo.

Placa Transversal – Aparelho de Jackson:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 165

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

O aparelho de Jackson é utilizado

exclusivamente para a expansão da arcada inferior.

Embora tenha sido desenvolvido um aparelho de

Jackson superior, ele era tão ineficaz que ficou

absoleto e raramente se utilizava. O aparelho é um

dos mais antigos no repertório das placas ativas com

energia gerada pelo “fio de corpo”.

O aparelho é indicado principalmente para uso

na dentição mista. Opera segundo o mesmo princípio

que o aparelho de Schwarz inferior, isto é, aplica-se

pressão sobre as superfícies linguais dos dentes

inferiores e crista alveolar inferior mediante placas de

acrílico que se adaptam firmemente contra elas,

porém, não tocam nem contactam as superfícies

oclusais.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 166

Page 167: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

O aparelho, geralmente, não possui um arco

vestibular, porém, tem a capacidade de possuir

recortes bilateralmente por lingual. Este aparelho tem

apoio linguais que descansam contra os caninos e é

mantido em posição unicamente com grampos em

gota. Isto se deve a que são desejáveis umas ligeiras

ações verticais de ativação do aparelho.

Embora a ação do aparelho sobre a mandíbula

seja semelhante à da placa de

Schwarz, sua fonte de força ativa

para a expansão não vêm do

parafuso de expansão, mas sim

do fio do corpo lingual. O aparelho

é aberto no setor lingual da região

anterior e as duas metades de

acrílico se mantém juntas

mediante um grande arco lingual que transcorre por

todo o comprimento do aparelho lingual. O fio do arco

lingual sai do acrílico em cada lado do aparelho

imediatamente por distal ao último molar. O fio sai

para fora (não para baixo) neste ponto e viaja toda a

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 167

Page 168: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

distância da superfície lingual da arcada inferior até o

mesmo lugar no lado oposto do aparelho. É este arco

que dá ao aparelho sua elasticidade e que

proporciona a fonte de energia para a expansão

lateral.

Para expandir um aparelho de Jackson inferior

são necessários dois calibradores de Boley ou

paquímetro e um alicate tridente.

Em primeiro lugar, mede-se o aparelho com um

calibrador de Boley ou paquímetro entre as duas

dobras em ângulo reto no corpo do fio de onde o arco

sai do acrílico na

extremidade distal do

aparelho.

Adicionam-se 3 mm a

esta medida. Mede-

se a parte anterior do aparelho de um suporte

canelado a outro com o segundo calibrador de Boley

ou paquímetro.

Adicionam-se 3 mm a esta medida. Agora toma-se o

alicate tridente e com a extremidade única sobre o

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 168

Page 169: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

lado hístico e a extremidade dupla sobre o lado

lingual, dobra-se ligeiramente o corpo lingual no ponto

médio do fio imediatamente por trás dos incisivos

centrais inferiores. É desejável expandir o aparelho da

forma precedente de modo que as extremidades

distais se separem 3 mm, comprovando-o com o

primeiro calibrador de Boley ou paquímetro.

Esta expansão no centro do fio do corpo lingual

abre o aparelho na extremidade distal, porém, em

virtude do desenho do aparelho e da geometria

implicada, esta ação une a parte anterior das duas

metades do aparelho.

Agora tomando o

aparelho na mão,

dobram-se as duas

metades de acrílico para

vestibular com uma pressão firme, porém suave, até

que a distância entre os suportes canelados (ou

qualquer outra referência da parte anterior do

aparelho que se use de forma habitual) corresponda à

distância do segundo calibrador de Boley ou

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 169

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

paquímetro, a distância original + 3mm. Isto faz com

que o aparelho se expanda igualmente 3 mm nas

regiões anterior e posterior.

Os suportes cruzados podem ser ajustados

para aplicar uma pressão para vestibular aos dentes

ântero-inferiores isoladamente ou como um grupo. De

novo, tudo o que é necessário são ajustes finos no fio

em direção vestibular. Este processo pode ser

repetido de forma rotineira, a fim de manter constante

a tensão sobre os fios. Para estes ajustes continua-se

utilizando os mesmos alicates tridente.

Problemas do aparelho:

O primeiro é a tolerância do paciente, Alguns

pacientes não podem tolerar a presença do arco

lingual ou a sensação elástica do aparelho enquanto o

usa. Nestes casos, pode ser indicada a substituição

do aparelho de Jackson por um aparelho de Schwarz.

Em segundo lugar as placas linguais de acrílico

devem ser construídas e ajustadas corretamente para

evitar a interposição com a área proximal lingual da

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 170

Page 171: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

crista milo-hióidea. Uma vez que o aparelho se move

ligeiramente para cima e para baixo durante o uso, a

interposição do acrílico nesta região mais baixa

provocaria uma ulceração da mucosa lingual sobre a

crista milo-hióidea.

Outro problema a se considerar é o que alguns

clínicos denominam “correia de chicote”. Este é o

processo pelo qual se aplica demasiada inclinação

vestibular à região pré-molar durante um longo

período de tratamento, resultando na expansão dos

pré-molares por fora da crista alveolar, ficando

inclinados por fora da linha da arcada. Isto pode

ocorrer bilateral ou unilateralmente. A observação

cuidadosa durante controles mais freqüentes, quando

a região pré-molar está se aproximando aos limites

externos de sua expansão necessária, pode prevenir

este problema.

Como acontece com o aparelho de Schwarz, o

aparelho de Jackson tampouco requer mordida

construtiva, mas, se for desejado um arco vestibular

para propósitos específicos no movimento de incisivos

inferiores ou se é imperativa a expansão intercanina, o

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 171

Page 172: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

uso de um aparelho de Jackson geralmente é

revogado em favor de uma placa de Schwarz, uma

vez que o arco vestibular não eliminaria em absoluto a

ação elástica do Jackson. A única vantagem do

Jackson sobre o Schwarz é que ele pode ser

expandido excentricamente na região anterior.

Aparelho de mordida cruzada de Nord:

Este aparelho é uma placa ativa de expansão

transversal unilateral. Foi desenhado para corrigir

mordidas cruzadas posteriores unilaterais. Tem um

desenho e aspecto similar ao da placa ativa

transversal, exceto que este possui uma projeção de

acrílico em forma de aletas que circulam por todo o

comprimento do segmento posterior seguindo o

ângulo linguopalatino. Esta aleta cai para baixo, indo

chocar-se com as superfícies linguais dos dentes

pôstero-inferiores de lado que tem uma mordida

normal.

Nos casos de mordida cruzada posterior

unilateral verdadeira que requerem que um segmento

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 172

Page 173: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

posterior se movimente lateralmente, é indicado o

aparelho de Nord.

A placa, como se afirmou previamente, é um

aparelho transversal com planos oclusais que cobrem

os segmentos pôstero-superiores e uma aleta de

acrílico que se estende desde a borda lingual oclusal

do lado sadio para baixo, para unir-se com a

superfície lingual dos dentes inferiores. Assim, quando

se ativa o parafuso de expansão, a placa tenta

expandir-se bilateralmente, porém, o fechamento

constante das superfícies linguais dos molares

inferiores contra a aleta de acrílico do lado correto

atua como chave para prevenir que esse lado se

movimente transversalmente. Então, a única direção

na qual se pode produzir a expansão é a transversal,

em direção ao quadrante deficiente. Isto dá como

resultado a eventual correção da mordida cruzada

sem movimentar-se e separar as arcadas superior e

inferior do lado correto.

Aparelho de mordida cruzada de Nord, observar o

desvio unilateral da

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 173

Page 174: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

linha média para o lado que se deve empurrar

lateralmente.

Os pacientes toleram bem este aparelho e muitos

podem, inclusive, alimentar-se com ele tão bem como

com a placa Transversal padrão.

Lado de ancoragem do aparelho que apresenta uma

aleta de acrílico que desce para unir-se com o

quadrante póstero-inferior

sobre o lado de

ancoragem.

As mordidas cruzadas

devem ser corrigidas antes de utilizar um corretor

ortopédico.

Esta placa ativa, tal como foi desenhada, corrigirá

mordida cruzada posterior.

Observe a aleta de acrílico que se estende para a

arcada inferior.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 174

Page 175: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

O corte do acrílico pode extender-se em todo o

comprimento da sutura mesopalatina ou pode se

angular para um lado, como é mostrado aqui.

Utiliza-se um parafuso no aparelho na dentição mista

e dois parafusos na dentição permanente.

Mordida de cera para um aparelho de mordida

cruzada:

Coloca-se a cera sobre os

dentes póstero-superiores

deixando os dentes anteriores

livres de cera. Faz-se que a

criança feche lentamente em

sua mordida cêntrica natural,

até que fique um espaço de 1,5

mm entre os dentes póstero-

superiores e inferiores. Esfria-se

em água.

Aparelho de Crozat:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 175

Page 176: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

O aparelho de Crozat pode ser comparado

razoavelmente a uma placa ativa separada de todo o

seu acrílico deixando unicamente a armação metálica.

O aparelho de fio metálico removível baseia-se na

tensão produzida por fios de segmentos elásticos para

produzir forças leves e intermitentes ativas, que se

combinam com as forças naturais da oclusão para

produzir movimentos dentários em massa.

Pode-se utilizá-la para a expansão transversal

em qualquer idade, exceto na dentição mista tardia na

qual a falta de estrutura radicular decídua impede a

aplicação de força tipo ortodôntica aos dentes.

Aparelhos de Crozat, superior e inferior, básicos.

O aparelho é composto por um fio palatino em

forma de Omega que geralmente se confecciona com

Niquel-Cromo temperado, de calibre 16, cruzando o

arco do Omega ao teto da abóbada palatina em frente

à pré-maxila (direção oposta à mola de Coffin no

Bionator). A base da asa do Omega desce desde o

teto do palato de cada lado até a superfície lingual dos

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 176

Page 177: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

primeiros molares

superior onde se une

ao mecanismo de ancoragem, ocasionalmente esta

asa palatina pode, em casos especiais, ser invertida e

transcorrer em sentido posterior. Dobra-se o fio de

forma que fique próximo aos tecidos palatinos sem

que os toque.

Os grampos Cribs, que quase sempre estão

unidos aos primeiros molares devem adaptar-0se de

forma precisa para que proporcionem a retenção

formidável necessária para realizar os movimentos

ortodônticos sem desalojar o aparelho.

Modelos precisos de gesso devem ajustar-se

corretamente. Recorta-se o gesso pedra que

representa os tecidos gengivais, porém, não os

dentes. O fio destes grampos são sempre de níquel-

cromo temperado de 0,7 mm.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 177

Page 178: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

O desenho do grampo, essencialmente circular,

abraça todo o dente em virtude de seus componentes

vertical e horizontal, que habitualmente são paralelos

entre si, adota o aspecto semelhante aos dois

grampos de Adams soldados juntos de vestibular para

lingual. O grampo é fabricado sobre um aparelho de

paralelismo para revelar a altura dos molares que

abraça.

O componente horizontal de cada grampo deve

descansar diretamente sobre a linha de paralelização

e ser paralelo, não só entre si, mas também às

cúspides vestibulares.

Para melhorar a retenção, adicionam-se

grampos de Roach, denominados “semiluas” sobre os

setores bucal ou vestibular do grampo crib,

imediatamente por baixo de sua parte mais alta e são

prolongados para as áreas de convexidade mesial e

distal.

Furam-se pequenos orifícios no modelo destas

áreas para facilitar ao técnico a construção do

aparelho. Este é o motivo porque as semiluas devem

ser recortadas de forma que possam ficar separadas

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 178

Page 179: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

da área de contato sobre a trajetória de origem e

inserção.

Depois de liberados dos modelos sobre os

quais foram confeccionados, pode-se aproveitar a

presença do paciente para “provar” o aparelho e

determinar onde colocar o corte. Isto pode também

ser feito com a assistência do laboratório.

Após cortar as semiluas, a margem recortada é

aplainada, desgastando-se com pedra verde para

melhorar o contato com a superfície dentária,

Posteriormente, pode-se estabelecer a extremidade

da semilua, isto é, ajustando-a de tal forma que

engrene com a área interproximal gengival ao contato

interproximal.

O grampo crib tem um descanso para o fio

oclusal que circula para à frente no interior do sulco

lingual para prevenir o deslocamento gengival do fio.

Os braços linguais, geralmente de calibre 18 de

niquel-cromo, extendem-se desde a superfície lingual

do grampo crib para a frente até a região do primeiro

pré-molar. Podem ser ajustados para aplicar pressão

sobre a superfície lingual dos pré-molares.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 179

Page 180: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Ocasionalmente, pode-se adicionar um braço bucal

auxiliar conhecido como braço vestibular de metade

de altura.

O aparelho inferior é construído de forma

similar, com o fio lingual circulando entre os setores

linguais de ambos os primeiros molares completados

com grampo crib, semiluas, braços linguais, apoios

oclusais e suportes auxiliares.

Aparelho de Crozat

superior.

Fio do corpo que tem

a forma de Omega no

aparelho superior e se ajusta de forma idêntica ao fio

de corpo do aparelho de Jackson inferior.

Ambos aparelhos, superior e inferior, se mantêm em

posição mediante componentes retentores circulares

denominados grampos cribs. Estes grampos cribs

sempre possuem:

Apoio oclusal que impede o deslocamento do

aparelho e semiluas (mostradas aqui separadas da

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 180

Page 181: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

área que rodeiam para sua melhor visualização) que

são pequenos grampos bucais soldado à superfície

bucal do grampo crib. São fabricados um pouco mais

largos, perfurando pequenos orifícios nos espaços

interproximais bucais do modelo em construção. Em

conseqüência, deve-se desgastar e ajustar à mão o

comprimento adequado exato que permita um correto

assentamento e retenção na boca, Desgasta-se seu

comprimento adequado com pedra verde e se

estabelecem com pequenos alicates de oculista

dobrando-os para os espaços interproximais.

Braços linguais (que podem ser dobrados

segundo a forma dos pré-molares ou deixá-los retos)

se prolongam desde a porção lingual do grampo crib e

são utilizados para vestibularizar os pré-molares.

Os prolongamentos da porção bucal do grampo

crib (utilizado às vezes para elásticos de Classe II)

sobre o aparelho superior denominam-se labiais ½

altos. Freqüentemente se colocam suportes auxiliares

sobre os inferiores (semelhante a suportes solapados

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 181

Page 182: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

ou fios criss-cross) que controlam os dentes ântero-

inferiores.

Ajustes do aparelho de Crozat:

A aplicação do

alicate tridente,

desta forma sobre a

asa Omega do fio

de corpo deste Crozat superior expandirá os grampos

cribs molares para fora, porém, levará as

extremidades dos braços linguais

para dentro.

A aplicação do alicate

tridente em direção

oposta sobre o fio de

corpo deste Crozat

inferior contrairá os

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 182

Page 183: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

grampos cribs molares para dentro, porém, levará as

extremidades dos braços linguais para fora.

Para girar os

grampos cribs

molares

(habitualmente

contra-rotação bucal

depois da expansão do fio de corpo) aplicar o alicate

tridente na união do fio de corpo e o grampo crib e,

empregando alicates como apoio,

girar suavemente,

porém, firmemente o

fio de corpo e o

grampo crib e,

empregando alicates como apoio,

Os braços linguais

podem ser ajustados

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 183

Page 184: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

o que for necessário para tratar os dentes pré-

molares.

O Expansor Rápido do Palato:

O expansor rápido do palato é um expansor fixo

que geralmente é fixado mediante bandas

ortodônticas e/ou coroas de aço inoxidável aos

primeiros molares superiores permanentes e aos

primeiros pré-molares superiores ou aos dentes

decíduos no paciente jovem. A expansão rápida

mediante um parafuso fixo, é conseguida num período

de 2 a 3 semanas mediante o giro do parafuso 2

vezes ao dia, criando assim, pressões bastantes

grandes para separar ortopedicamente o palato na

sutura mesopalatina. O aparelho é estabilizado e

retido durante um período de 3 a 4 meses para

permitir que as margens separadas da sutura se

reaproximem mediante o calo ósseo. É o aparelho

mais puramente ortopédico do repertório, com a

possível exceção do Bionator. Também é um dos

mais antigos.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 184

Page 185: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

O expansor rápido do palato pode ser um

aparelho totalmente de metal ou pode ter inclusões de

acrílico. O primeiro princípio de sua ação é que é fixo

e não removível. Aplicam-se bandas ortodônticas aos

primeiros molares superiores permanentes ou se não

tiverem erupcionado ainda aos primeiros molares

decíduos. No caso dos primeiros molares decíduos,

podem-se empregar coroas de aço inoxidável.

Toma-se uma moldagem com estes elementos

colocados. Quando se retira a moldagem, as bandas

geralmente se aderem aos dentes e devem ser

substituídas de forma precisa na moldagem e

enceradas na posição, de forma que se possa vazar o

modelo. Assim, também se cria um buraco no modelo

que facilita a soldagem.

Uma vez, completado, adicionam-se porções

palatinas de acrílico, confeccionam-se um fio de aço

inoxidável redondo de 0,045 mm que una as bandas

sobre a superfície lingual e corra pelo palato para unir-

se à área da zona de acrílico.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 185

Page 186: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Então, monta-se o parafuso de expansão e se

procede à soldagem junto com os fios. Toda a

unidade metálica forma uma só peça.

Posteriormente, adiciona-se o acrílico em duas

seções, uma para cada lado do aparelho.

Cobre-se unicamente a região da abóbada

mesopalatina.

O acrílico deve estar livre e separado da região

do parafuso mesopalatino e também deve ser polido

para eliminar as margens ásperas irritantes.

O aparelho é cimentado na boca com métodos

de cimentação de aparatologia fixa padrão. Também

pode ser necessário métodos convencionais de

separação, isto é, separadores elásticos, ligaduras de

separação de cobre, separadores em asa, etc., antes

da cimentação.

Após o aparelho ser seguramente cimentado na

boca, o operador inicia a expansão no paciente

durante a visita inicial. A chave de fio ou alavanca é

inserida nos orifícios do cilindro central do parafuso de

expansão e gira-se um quarto de volta empurrando a

chave de anterior para posterior.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 186

Page 187: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Um grande pedaço de fio dental é atado na alça

da chave para impedir a aspiração da mesma pelo

paciente caso ela escorregue das mãos enquanto se

dá a volta.

As primeiras duas voltas são efetuadas pelo

operador com um intervalo aproximado de 10 a 15

minutos; posteriormente, uma ou duas voltas mais são

realizadas nos mesmos intervalos de tempo, porém,

desta vez por parte do pai ou outro adulto responsável

pelo paciente, sob a supervisão do dentista. A pessoa

que for efetuar o giro do parafuso no paciente deve

conhecer muito bem a forma de realizar estas ações,

uma vez que se despeça o paciente.

Expansor rápido do

palato cimentado.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 187

Page 188: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Ao ativar o aparelho durante um período de somente 2

semanas, observa-se como o palato se separa

seqüencialmente na sutura mesopalatina, como prova

da separação dos incisivos centrais direito e

esquerdo.

Radiografias demonstrando a separação das

metades direita e esquerda da maxila.

FASES DE ATIVAÇÃO DO APARELHO

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 188

Page 189: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Expansor rápido

do palato inserido para

começar a disjunção

inicial da sutura o mais

rápido possível no plano

de tratamento.

Um aparelho

transversal padrão

(não foi utilizado

arco vestibular

neste caso). Com a inserção do aparelho transversal,

pode-se ver como o apinhamento remanescente,

representado pelos quatro dentes anteriores

superiores maxilares superpostos, se expressa

horizontalmente através da parte anterior da arcada e

é devido não só à deficiência da dimensão da arcada

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 189

Page 190: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

lateral (observe que o aparelho sagital foi empregado

para corrigir o apinhamento ântero-posterior e caninos

apinhados neste plano em particular.

Ao ativar o

aparelho, a

técnica da “gota

de acrílico” é

utilizada para

ajudar a corrigir a posição dos dentes anterio-res à

medida que a placa se expande. Quando a expansão

já foi completada e se alcançou a largura desejada, o

espaço no aparelho deve ser preenchido com acrílico

de polimerização rápida que atua como seu próprio

retentor. Uma vez conseguido o principal aspecto

ortopédico na arcada superior, o único que permanece

é a correção de ambas as arcadas dos problemas na

maioria deles, ortodônticos.

Aparelho em Leque:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 190

Page 191: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A placa ativa com parafuso principal do tipo

“leque” é um aparelho destinado à expansão da parte

anterior da arcada superior. É completamente neutro

no que se refere à largura da arcada posterior. Tem

um aspecto semelhante às placas de Schwarz

separadas na linha média com um parafuso especial

de expansão na metade palatina anterior, mas na

região posterior, perto do limite mais distal do

aparelho, são mantidas juntas por uma dobradiça

horizontal plana parafusável não expansora. Quando

se abre o parafuso de expansão, esta dobradiça

parafusável posterior permite o aparelho expandir só a

metade anterior.

No entanto, abre um arco em forma de “V“ que

tem a região da linha mesopalatina posterior como

eixo de rotação com as duas metades do aparelho

separadas entre si formando o leque, daí o nome.

O principal objetivo destes tipos de aparelhos é

expandir uma arcada de formato pontiagudo, que

requer que o seguimento anterior se dilate ou expanda

mais lateralmente que os seguimentos posteriores,

que já tem os molares em posição correta ou quase

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 191

Page 192: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

correta, no que se refere à largura desta arcada

particularmente.

Quando ativada move os caninos e pré-molares

transversalmente, retrai os incisivos centrais e laterais

superiores em virtude da ação do arco vestibular, e

move ligeiramente para fora os primeiros molares

superiores ou os deixa completamente sozinhos para

continuar em sua posição anterior ao tratamento.

Aparelho superior básico em leque.

Variáveis.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 192

Page 193: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Aparelho superior e inferior.As origens da placa ativa em leque são obscuras

e sua linhagem é difícil de traçar. Mas sem dúvida,

surgiu durante o auge do desenho das placas ativas e

seu desenvolvimento nos anos 30 e 40 na Alemanha,

quando homens como Nord, Tischler e Schwarz

estavam levando o uso de placas ativas à frente da

ortodontia por toda a Europa. Elas sofreram várias

mudanças através dos anos.

O aparelho foi modificado e especializado em

vários tipos de expansão assimétrica ou excêntrica,

através dos anos, mediante os diversos tipos de

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 193

Page 194: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

parafusos desenhados com este propósito.

Originalmente, os parafusos de expansão do tipo mais

simples eram colocados na parte anterior do aparelho,

enquanto as partes posteriores eram mantidas juntas

mediante um fio. Quando a metade anterior do

aparelho expandia, os setores posteriores eram

mantidos unidos pelo fio, permitindo, assim, a

expansão em leque na região pré-molar de 4 mm no

setor anterior. Então surgiram parafusos especiais

com as extremidades montadas em pequenos

adereços em forma de tambor plano que podiam girar

ao redor das respectivas extremidades o eixo do

parafuso de expansão quando seu cilindro central era

rotado durante a ativação.

Em conjunto com estes parafusos também era

usado uma dobradiça rosqueável plana que era

colocada no bordo posterior do aparelho e que

sustentava as duas metades estacionárias em relação

ao movimento transversal, mas que permitia a rotação

das margens adjacentes, separando-as entre si de

forma angular.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 194

Page 195: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Aparelho superior em leque ao iniciar o

tratamento, incorporando o uso de um parafuso de

duas peças dispostas em uma dobradiça rosqueável e

na outra figura, início da ativação do aparelho.

Outro parafuso desenvolvido foi uma unidade

conhecida como parafuso Wipla. Consistia em duas

barras planas paralelas unidas em sua extremidade

distal por um rebite rotatório livre e, anteriormente, por

um parafuso rosqueado em cada extremidade das

duas barras. Os parafusos de Wipla são apresentados

em vários tamanhos e são bastante fortes após vezes

processadas no acrílico do aparelho. Sua única

desvantagem é que a colocação do parafuso em

leque sempre fixo e o ângulo de abertura é sempre

em função do tamanho do parafuso utilizado.

Por outro lado, as unidades de duas peças,

permitem a liberdade de colocar o parafuso de

expansão tão longe da dobradiça quanto o técnico

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 195

Page 196: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

deseja, para um caso particular. Quanto mais longe se

coloque o parafuso de expansão em leque na parte

posterior do aparelho, mais paralelo ou menos

excêntrico será o resultado da expansão.

Na expansão excêntrica em dois sentidos será

necessário outro tipo de parafuso. Alguns casos

requerem uma expansão lateral anterior e posterior,

sendo necessário uma maior expansão na região

anterior. Os parafusos designados para este processo

são dispositivos de aspecto quadrado e têm, também

duas barras paralelas que serão incluídas uma em

cada lado do aparelho. Mais dois parafusos de

expansão são incorporados, um anterior e outro

posterior. São rosqueados através de duas barras em

ângulos retos e as barras são unidas através de

acessórios que permitem tanto a expansão numa

localização determinada do parafuso como, ao mesmo

tempo, o movimento do parafuso em leque.

Desta maneira, os parafusos podem ser girados

ao mesmo tempo produzindo a disjunção das duas

metades do aparelho do ponto em que os molares se

expandiram transversalmente até a largura desejada,

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 196

Page 197: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

momento em que a ativação do parafuso posterior é

interrompida e mantida, enquanto que o anterior deve

ser girado de forma contínua, produzindo a expansão

em leque da placa neste ponto e continuando a

expansão transversal na região anterior.

Como estes parafusos de duas barras eram

volumosos e um tanto primitivos em seu desenho e

ação, buscou-se um desenho mais prático, sendo-se

desenvolvido um parafuso de expansão palatina

excêntrica de duas vias, o Nardella. Este parafuso de

duas vias têm dois parafusos de ativação dispostos

transversalmente à sutura mesopalatina, um anterior e

outro posterior e faz do Nardella a opção ideal em

casos que requeiram mais expansão na região pré-

molar ou molar, devido à excentricidade da arcada.

Como os parafusos de ativação giram da mesma

forma, pode ser usado para expandir só a dimensão

da arcada ao nível pré-molar, só a dimensão ao nível

molar, ambas as dimensões em graus variados ou

ambos igualmente, pela simples ativação de ambos os

parafusos.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 197

Page 198: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Foi também desenvolvido um parafuso que

produz uma expansão excêntrica, ou orientada

anteriormente, na mandíbula. Possui uma barra curva

disposta por trás da barra incisiva inferior e que ao se

abrir o parafuso, o aparelho se separa na linha me’dia,

seguindo a linha do arco da barra guia, o que é

excelente se for desejado um movimento dentário

nesta região. Mas também há exceções, devido à

geometria do movimento das duas metades do

aparelho inferior que se separam entre si, um inerente

componente sagital de força em direção distal

aplicado, nestes casos, aos segmentos posteriores.

Este pode ou não ser desejado e tem a

tendência de fazer com que o aparelho se

“desprenda” dos dentes posteriores. Como resultado,

é indicada uma retenção mediante mais grampos.

Devido aos problemas associados com o desenho

deste aparelho, seu uso é limitado.

Os aparelhos superiores em leque também

possuem um arco vestibular idêntico ao utilizado nas

placas convencionais de Schwarz e são empregados

da mesma maneira. Geralmente os dentes ântero-

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 198

Page 199: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

superiores protruem e exibem uma inclinação

vestibular excessiva da coroa em arcadas muito

pontiagudas e, à medida que o segmento anterior do

aparelho se expande, o arco vestibular se nivelará e

ajudará a levar os incisivos centrais e laterais

superiores para traz a sua posição normal.

Da mesma maneira, como as placas de

Schwarz, os aparelhos em leque são mantidos em

posição com os usuais grampos e o acrílico não se

estende sobre as superfícies oclusais dos dentes.

Como em todas as formas de retração dos

dentes ântero-superiores protruídos, o acrílico

diretamente adjacente às superfícies linguais dos

dentes ântero-superiores deve ser ajustado à medida

que a placa se expande, para permitir o movimento

livre deste dentes em direção lingual conforme a

pressão aplicada pelo arco vestibular aplainado.

O aparelho pode ser usado como seu próprio

contensor ou pode-se construir uma contenção tipo

Hawley, uma vez que a arcada tenha recuperado sua

forma normal. Entretanto estes casos quase sempre

são associados com maloclusão Classe II, visto que a

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 199

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

estreiteza da arcada ântero-superior freqüentemente é

acompanhada pelo desenvolvimento retrógrado da

mandíbula.

Se a arcada inferior tivesse tamanho e forma

normais e se estivesse em posição cefalométrica

antero-posterior correta, ante uma arcada superior

que tinha forma de V estreita anteriormente, isto

poderia implicar em uma mordida cruzada bilateral. De

qualquer modo, o aparelho em leque serve como fase

preparatória do tratamento, preparando a arcada

superior para a bateria seguinte de aparelhos que se

recorrerá para tratar os problemas remanescentes

associados com o caso. Geralmente isto significa um

Bionator, o qual é útil por sua dupla ação agindo não

só como um aparelho ortopédico funcional, mas

também como uma contenção para a preservação da

expansão produzida pelo antecessor em forma de

leque.

Aparelhos Transversais Diversos:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 200

Page 201: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Alguns experts no assunto estimam que

existem mais de 30 variedades diferentes de

aparelhos de expansão, de um tipo ou de outro, e

novos modelos vão sendo introduzidos. Todos eles

expandem universalmente a arcada, porém alguns

são mais eficientes que outros.

Um dos aparelhos mais populares entre os

clínicos é o expansor de Arnold. É utilizado

unicamente para expandir a arcada superior e é um

aparelho relativamente simples. É feito, entretanto, de

metal e tem o formato de uma cova aberta. Bandas

metálicas são colocadas nos primeiros molares (ou no

segundo molar, se presente), nas quais serão

soldados braços de aço inoxidável de 0,036 ou 0,040

polegada. Estes braços se estendem anteriormente

aos caninos. Nesta região é soldado outro fio de

calibre similar, a aproximadamente um ângulo de 90o,

às barras linguais que atravessam a região das

rugosidades palatinas.

Esta barra palatina é adaptada em um tubo

soldado à barra lingual antagonista. Coloca-se uma

mola aberta sobre a barra que desliza para dentro do

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 201

Page 202: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

tubo; esta barra é inserida no tubo antes da

cimentação.

A constante

pressão da mola

aberta empurrando

contra a articulação

da solda da barra do

fio macho de um lado

e a extremidade do tubo fêmea do outro, transmite a

pressão necessária para expandir o aparelho o

aparelho e mover os dentes lateralmente.

Isto evidentemente conduz a um problema, a

mola perde parte de sua energia e vai se debilitando à

medida que o aparelho vai se expandindo. Uma

modificação foi imediatamente introduzida, onde

acrescentando-se um parafuso estabilizante à barra

de fio macho, ao qual tinha a capacidade de afrouxar-

se, move-se seguindo a

barra e volta a se fixar. Isto deixava a mola aberta

entre o parafuso estável em um lado e a extremidade

do tubo fêmea no outro, novamente com a mola

nivelada.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 202

Page 203: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Esta modificação permite que o clínico adiante o

parafuso estável pela barra macho rosqueada, para

manter a mola comprimida enquanto o aparelho se

expande.

Ao corrigir a perda de tensão, criada pela

expansão do aparelho, a mola se mantém em seu

estado de compressão máxima durante todo o curso

do tratamento. O ajuste do aparelho estável, girando-o

com uma chave pequena especial tipo Allen que

permite sua recolocação na barra macho para manter

a compressão da mola, é efetuado habitualmente a

cada 3 a 5 semanas.

Os Derivados de Porter:

Outro veterano no campo dos aparelhos

metálicos de expansão transversal é o que

normalmente se denomina arco lingual de Porter. Na

verdade, o termo “Porter” pode causar confusão e

pode ser necessário mudá-lo. Era um nome que se

acreditava ser aplicado a esses aparelhos na

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 203

Page 204: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Universidade de St. Louis há mais de um século e

meio.

Esses aparelhos não são nada mais que os

aparelhos de Crozat, com bandas molares soldadas

como forma de fixação, em vez dos grampos cribs de

fio isoladamente soldados. São ajustados da mesma

maneira que os de Crozat, mas se mantém na posição

com bandas molares soldadas nos primeiros que

habitualmente requerem que todo o aparelho seja

retirado para ser cimentado e depois volte a ser

cimentado.

A espessura do fio com calibre 20, relativamente

fino, do aparelho permite que seja aplicada uma carga

de 2 a 4 mm antes da cimentação.

Ainda que esses antigos aparelhos fixos de

Porter tenham pouca utilidade atualmente, eles foram

importantes protótipos de aparelhos que levariam

esse tipo de mecânica a um nível muito mais

avançado de

sofisticação.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 204

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Aparelho superior de Porter, primeiro protótipo dos

que foram desenhados por H. C. Pollock.

Aparelho inferior com arco

lingual de Porter.

Aparelho em W que mostra

uma forte influência de

Crozat-Jackson e outro elo

da cadeia da evolução dos

aparelhos fixos.

Os dois homens mais intimamente associados

ao aprimoramento dessa técnica foram verdadeiros

gênios ortodônticos. O primeiro foi o Dr. Robert

Ricketts, que desenvolveu entre outras coisas, o

aparelho Quad-helix fixo tipo Ricketts original. O

segundo é o Dr. Willian L. Wilson, que trouxe a técnica

até o estado presente, com conceitos de princípios de

ortodontia modular removível-fixa combinada, que

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 205

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

encontraram sua expressão máxima através de

fechos d efricção em bandas molares cimentadas.

Mais que um simples meio de desenvolvimento

transversal, a série 3D de Wilson é todo um sistema

ortodôntico na acepção da palavra.

O primeiro aparelho de Porter para a expansão

palatina transversal é a versão de Ricketts do

aparelho Quad-helix. Após a inspeção inicial, este

aparelho de fio “somente superior” parece ser um

descendente da filosofia de Crozat. Seu nome é

derivado das quatro alças helicoidais que lhe dão

força ativa. Comumente é construído com de 0,038, e

pode ser fabricado diretamente pelo clínico ou no

laboratório, com modelos de gesso.

É uma peça de fio em forma de W, pré-fabricada

em cinco tamanhos. Depois de selecionar o melhor

tamanho correspondente à arcada a ser tratada, os

dois tubos linguais são soldados a bandas molares

pré-fabricadas, de forma que as alças helicoidais

posteriores fiquem a 4-5 m distais do ponto onde o

tubo lingual é soldado à banda molar.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 206

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A partir da alça posterior, o fio circula para à

frente até a região palatina anterior, onde cruza por

trás dos dentes súpero-anteriores com alças

helicoidais em cada extremo.

O aparelho é ajustado com alicates adequados

para fio e próprios para que seja tão passivo e se

adapte o mais possível antes de realizar a solda.

Os tubos linguais são cortados e adaptados às

supérfícies linguais dos caninos superiores na linha

gengival e, se necessário, podem ser ajustados de

forma similar ao aparelho de Crozat.

Quad-helix superior fixo.

Este aparelho representa essencialmente um

aparelho fixo, dado que está soldado a bandas que

requerem que todo o aparelho seja cimentado de uma

vez.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 207

Page 208: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Quad-helix RM superior removível.

Aparelho com eixos cilindricos machos que ajustam-

se horizontalmente a bainhas linguais.

A Série de Wilson:

Um passo mais adiante, a série de Wilson, de

todos os aparelhos de fio 3D mostra não só a herança

do tipo Porter-Crozat, mas também reflete certas

influências de Mershon. Diferentemente dos arcos

linguais tradicionais de fio mais potente, os arcos

linguais do tipo Wilson são confeccionados com um fio

mais fino e elástico. Comercializados na forma pré-

fabricada de tamanho variável, de marca 3D, esses

aparelhos não pretendem substituir outras técnicas

ortodônticas, mas simplesmente devem ser

incorporados em sistemas existentes, para

complementar a versatilidade global do clínico.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 208

Page 209: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A série de aparelhos de Wilson, que podem ser

empregados nas arcadas superior e inferior e inclusive

de forma segmentada para movimentos dentários

isolados em um determinado quadrante, aproveita os

ajustes mínimos das porções de ativação das alças de

fio pentagonal (ou ativadores) incorporados ao

aparelho inferior ou alças helicoidais, na versão

palatina do aparelho, para gerar uma força ativa e

progressiva como resultado da memória elástica do fio

ativado (mola). O que faz com que o sistema seja

extremamente prático é que a partr do fio do aparelho

é mantida bilateralmente na boca por 2 fechos de

pressão, que consistem de duas alças dobradas no fio

e achatadas para formar pequenas dobras que

ajustam-se em dois tubos 3D verticais, especialmente

desenhados sobre a superfície lingual das bandas dos

primeiros molares. Consequentemente, podem ser

retirados com facilidade; são ativados pela dobra

correta ou expansão do aparelho e seguidamente são

reinseridos, tornando a introduzir os fechos de

pressão em seus respectivos tubos linguais verticais

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 209

Page 210: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

duplos sobre as bandas 3D dos primeiros molares que

são empregados nesta técnica.

Aparelho palatino multiativo.

Um aparelho dessa família ligeiramente mais

simples que é empregado no palato, é o aparelho

palatino multiativo 3D. É o mais semelhante ao de

Crozat, tanto no aspecto como na ação e tem apenas

um fio tipo Crozat, sem nenhuma alça helicoidal. Os

ajustes soldados na porção da região molar do

aparelho permitem que ele seja facilmente inserido

nos dois tubos verticais da porção lingual das bandas

3D dos primeiros molares superiores. A alça ativadora

em forma de diamante, do setor central do palato, que

simula a alça tipo Omega de Crozat, é feita com fio

0,036, enquanto a região do braço lingual é de fio

0,025 de diâmetro. Empregado principalmente para a

expansão transversal da arcada superior, o aparelho é

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 210

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

ajustado de forma similar ao de Crozat, com a

incorporação de cargas de tensão semelhantes de 3

mm.

Arco de expansão com aparelho palatino multiativo

3D.

Aparelho palatino Quad-helix 3D de Wilson.

Outro aparelho mais avançado desta série para

o palato é o Quad-helix 3D de Wilson, Este também

tem a vantagem de que seus componentes modulares

o tornam facilmente removíveis, o que facilita os

ajustes. Ele é ajustado de forma similar à versão do

Quad-helix de Ricketts, com a vantagem de que isso

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 211

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

pode ser feito sem se retirar todo o aparelho, porque a

versão de Wilson retira apenas uma parte do fio

central.

O aparelho de Wilson também é fabricado com

fio de 0,036 na porção central, afinando para 0,025

nos ramos linguais. Esses ramos linguais são

contornados ao redor da parte interna de toda a

arcada súpero-anterior, diferentemente das versões

de Ricktts, que se detêm um pouco antes dos caninos

e se inclinam para vestibular nesse ponto.

No entanto, os ramos linguais de qualquer um

desses aparelhos podem ser individualizados pelo

operador com diversos alicates, de modo a adequar-

se às dificuldades individuais dos diversos tipos de

movimentos dentários, vestibular ou transversal,

durante o desenvolvimento lateral de toda a arcada.

Arco de expansão com um aparelho palatino Quad-helix 3D de Wilson.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 212

Page 213: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Ajustes:

Todos os aparelhos “Quad” palatais podem ser

ajustados de forma semelhante à da versão de

Ricketts. Outra técnica de ajuste, consiste no emprego

de alicate de Jarabak inserido na alça helicoidal

adequada, que atua como apoio, aplicando-se

pressão digital sobre os ramos e a barra ou fio central.

O ajuste do aparelho nas quatro alças helicoidais

aplica uma carga de 4 mm de superexpansão sobre o

aparelho antes de sua inserção, 2 mm em cada alça

posterior e 2 mm em cada alça anterior.

Devido aos aspectos removíveis desse

aparelho, é fácil manter o ajuste. O ajuste dos ramos

anteriores nas duas alças posteriores produz

unicamente uma expansão excêntrica em “leque” na

região do pré-molar, juntamente com a rotação molar

correspondente.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 213

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

O aparelho também pode ser ajustado para

aplicar uma força transversal excêntrica na porção

anterior do palato, inclinado-se os ramos para fora da

região pré-molar. Os ajustes de expansão da ponte

anterior e os ajustes invertidos da porção da alça

palatina do fio central tendem a expandir unicamente

as regiões molares. Essa carga pode ser aumentada,

de forma semelhante ao de Crozat, a cada 4 a 8

semanas, cornforme o arco palatino é expandido

transversalmente e a tensão do aparelho fica menor.

Assim, dependendo do tipo e da combinação dos

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 214

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

ajustes empregados, o braço anterior (ramo lingual) e

a alça posterior, somente para a expansão em “leque”,

os ajustes invertidos da alça palatina para expansão

molar como em alguns casos de mordida cruzada ou

de combinações de ambos para o desenvolvimento

global da arcada, pode-se aplicar uma grande

variedade de expansões de arcadas, rotação molar e

desapinhamento da arcada, em direção aos dentes

superiores.

A contrapartida do aparelho palatino Quad-helix

para a arcada inferior é o aparelho inferior Quad-

Action 3D de Wilson. Ele é o descendente mais

recente do arco lingual 3D de Wilson, original, que foi,

na verdade, o primeiro da série a ser desenvolvido.

O arco lingual de Wilson original era uma

modificação e um aprimoramento sobre os outros

arcos linguais de fio mais grosso que eram

empregados até o momento. Ele tinha dois fechos de

pressão, processados sobre si, e era fabricado com

alças de formas achatadas e dobradas, que se

ajustavam nos tubos linguais verticais das bandas

molares individuais 3D. Também tinha alças

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 215

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

ativadoras pentagonais formadas no fio, que estavam

situadas imediatamente na frente dos fechos de

pressão.

Apesar da aparente simplicidade do desenho, o

arco lingual de Wilson foi desenvolvido com objetivos

diferentes. Existem vários componentes básicos no

arco lingual oroginal.

Aparelho inferior Quad-Action 3D Este aparelho mandibular removível de fio é uma

forma avançada do arco lingual 3D de Wilson mais simples.

O Adaptador: A porção adaptadora do arco repousa

sobre os cíngulos dos dentes antero-inferiores. Ela

proporciona uma fonte de aplicação de pressão para

certos movimentos dentários anteriores e é a principal

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 216

Page 217: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

fonte de ancoragem para outras funções que

permitem o emprego do arco lingual como na

mecânica de Classe II etc. Ele é feito de fio redondo

de 0,028 e pode ser soldado facilmente, de modo a

aceitar mols em gota etc., para ações terapêuticas

adicionais.

Ativador: Parte da genialidade do desenho do arco

lingual de Wilson se reflete na porção ativadora do

aparelho. É uma alça pentagonal com 5 ângulos

internos distintos, cada um dos quais é numerado com

tal e identificado com o propósito instrutivo,

correspondendo de 1 até 5. A primeira marca, que vai

de distal para mesial é 1; a segunda é 2 etc.

Ele também é fabricado com fio de diâmetro

0,028. O desenho geométrico exclusivo da alça

ativadora permite instaurar uma mecânica de força

ativadora tridimensional com uma ampla variedade de

movimentos possíveis. Os pequenos ajustes dos

diversos ângulos da alça ativadora ou das diversas

combinações dos ângulos internos ou externos

através de alicate pequeno, redondo e plano,

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 217

Page 218: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

proporcionam a força para os movimentos ativos.

Esses ajustes se mantêm a 1,0 mm ou menos, porque

a dissipação da força é de 100%, devido à da

elasticidade do fio; conseqüentemente, os

movimentos são rápidos e controlados. A alça

ativadora é levada para lingual, para evitar a

interposição gengival.

Fecho de Pressão: O setor móvel desses aparelhos

é obtido através de alças paralelas inseridas no arco,

na parte que deveria ser a região do primeiro molar.

Das duas alças que constituem o mecanismo de

ancoragem, a alça mesial é maior que a distal, para

facilitar a inserção nos tubos linguais verticais 3D,

correspondentes, da banda molar.

Inicialmente, inserem-se as alças de pressão,

primeiro a mesial, nos tubos linguais, com alicate How

e são completamente assentadas na posição com

qualquer tipo de calcador de amálgama, um

direcionador de bandas i-67 ou instrumento similar.

Sua retirada é facilmente obtida inserindo-se a ponta

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 218

Page 219: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

de um escavador sob a porção horizontal do fecho e

empurrando-se a ponta do escavador contra a

superfície ocluso-lingual da banda e girando-se o

instrumento oclusalmente. Assim, estas alças

inseridas verticalmente ficam livres nos tuvos linguais.

Porção adaptadora

do arco lingual 3D de

Wilson.

Pode ser empregado para avançar ou manter os

incisivos inferiores, dependendo do ajuste da alça

ativadora do aparelho.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 219

Page 220: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Ativador:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 220

Page 221: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Fecho de pressão.

Extensor – o prolongamento distal, conhecido como

extensor, pode ser utilizado com várias finalidades.

Um objetivo pode ser endireitar molares inclinados,

como ocorre quando um terceiro molar em erupção

fica incluso atraás de um primeiro molar na técnica de

substituição do segundo molar.

Ajustes do Arco lingual 3D de Wilson:

1o passo:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 221

Page 222: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

2o passo:

3o passo:

3o passo:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 222

Page 223: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

4o passo:

5o passo:

Seleção do tamanho do arco:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 223

Page 224: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Expansão da arcada

com o arco lingual 3D.

Antes do tratamento

e após o tratamento.

BIONATOR II

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 224

Page 225: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

O Bionator II é um aparelho de nivelamento da

arcada na pré-maxila anterior. Em geral chamado de

Bionator para fechar a mordida aberta, um nome no

mínimo incômodo, o Bionator II é usado

principalmente para fechar a mordida aberta criada na

região anterior devido à protrusão da pré-maxila com

incisivos centrais e laterais superiores espaçados no

aspecto vestibular.

Embora usado principalmente para essa

finalidade, ele também pode ser usado para aumentar

a erupção vertical dos incisivos inferiores, em um

esforço para ajudar a fechar a mordida anterior. Outra

modificação simples permite que este aparelho

avance a mandíbula, quando necessário. Mas, em

virtude dos blocos de mordida de acrílico que

preenchem o espaço inter-oclusal entre os dentes

póstero-superiores e inferiores, esse aparelho é

totalmente neutro com relação às alterações na

dimensão vertical. A dimensão vertical da oclusão não

é afetada de modo algum por esse dispositivo. Assim,

de certa forma, o Bionator II é similar ao Bionator

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 225

Page 226: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

padrão mais convencional quanto ao desenho e efeito,

e de outra forma é radicalmente diferente.

Suas semelhanças em aparência ao Bionator

padrão são em suas duas placas acrílicas verticais ou

“asas” que se ajustam firmemente contra as

superfícies linguais dos segmentos póstero-superior e

inferior. Essas asas são unidas posteriormente por

meio da mola de Coffin padrão. Anteriormente, as

duas metades do aparelho são conectadas por uma

porção lingual de acrílico que, em geral, sustenta um

parafuso de expansão na linha média, um arco lingual

e o arco vestibular convencional.

Mas, onde o aparelho difere é nos blocos de

mordida de acrílico ou “planos” que preenchem o

espaço interoclusal posteriormente. Os planos têm

indentações das superfícies oclusais dos dentes

póstero-superiores e inferiores, reproduzidas nas

respectivas superfícies superiores e inferiores. Esses

planos têm aproximadamente 2 m de espessura e os

dentes póstero-superiores e inferiores interdigitam

com elas enquanto o aparelho está na boca.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 226

Page 227: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Aparelho Bionator II básico.

Pode ou não haver

plano incisal de

acrílico processado

no aparelho,

dependendo da

erupção incisal ser ou não desejada na mandíbula.

Este mesmo princípio é o porque do aparelho

permanecer neutro com relação à dimensão vertical.

Os planos de acrílico nos dentes posteriores impedem

a erupção nessa região, porque o aumento da

dimensão vertical nos casos de mordida aberta

anterior é contra-indicado,.

Como o Bionator convencional, o Bionator II

tem um aparelho “irmão” quase idêntico, o Corretor

Ortopédico II. Suas ações e desenho são similares

ao Bionator II, exceto que têm parafusos de expansão

montados nos lados do aparelho que, quando abertos

avançam a porção anterior-inferior e assim, avançam

a mandíbula, nos casos onde a mordida aberta

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 227

Page 228: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

anterior é complicada por uma mandíbula tipo Classe

II muito retruída.

Vista lateral e frontal do Bionator II em um caso típico de mordida aberta anterior.

Os ajustes desse aparelho modificado, quando

se ativam os parafusos laterais, são similares aos

usados quando se trata com o Corretor Ortopédico I

padrão.

Quando usados adequadamente para os casos

para os quais foram desenhados originalmente, esses

aparelhos levam rápida e facilmente a pré-maxila

protruída com os incisivos laterais e centrais

superiores suberupcionados de volta para suas

posições corretas ao nível do plano oclusal.

Eles também são úteis na correção da

interposição da língua ou dos hábitos de chupar o

dedo, que em geral são os agentes etiológicos para

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 228

Page 229: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

muitos casos de mordida aberta. Em virtude do tempo

de tratamento relativamente curto e dos enormes

resultados visuais atingidos, eles são aparelhos muito

populares.

Visto do aspecto inferior,

o parafuso de expansão

da linha média é

claramente visível.

Vista dos planos

oclusais.

Obs.: estes aparelhos em particular não possuem fio

lingual ou alças linguais de e treinamento da língua,

que são comuns desse tipo de aparelho.

Aparelho Corretor

Ortopédico II básico.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 229

Page 230: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Observe a

localização dos

parafusos laterais

de expansão que

avançam a porção

inferior, e como

resultado, toda a mandíbula, similar à técnica do

Corretor Ortopédico I.

Indicações:

1. Classe II para Classe I sem

crescimento vertical.

2. Dimensão vertical diminuída

em dentição mista.

3. Corrigir mordidas abertas em

dentição mista por hábito de

chupar o dedo, hábitos linguais

e etc.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 230

Page 231: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

4. Obter crescimento da mandíbula para a frente nos

casos com tendência de mordida aberta (que crescem

no sentido horário).

5. Na dentição mista:

a. aumenta as arcadas dentárias em inclinação dos

dentes, em caso de deficiência de comprimento da

arcada (apinhamento).

6. Pacientes com dor na ATM: para reposicionamento

da mandíbula sem aumentar a dimensão vertical.

Nota: Este corretor ortopédico pode receber várias

modificações para movimentos dentários específicos,

rotações, treinamento da língua, fechamento de

espaços, etc., dependendo do caso.

Esse aparelho trata as condições acima, com os

melhores e mais estáveis resultados no menor

período de tempo, em comparação com os aparelhos

ortopédicos ou funcionais em uso atualmente.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 231

Page 232: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Mordida Construtiva:

A mordida construtiva pode ser realizada de

várias maneiras, dependendo do tipo de caso que

está sendo tratado. Existem duas categorias básicas:

casos de mordida aberta anterior onde os molares e

caninos já estão em uma posição satisfatória Classe I

e casos de mordida aberta com relações

mandibulares Classe II concomitantes, moderadas ou

graves.

Para os casos de Classe I, a mordida

geralmente é feita em relação cêntrica normal,

possivelmente com um ligeiro avanço da mandíbula

para uma posição de superclasse I. As lâminas de

cera ou blocos de mordida pré-formatados devem ser

aquecidos totalmente em água a 60o C até que fique

mole.

A cera é colocada nos dentes póstero-

anteriores, com distância suficiente dos dentes

anteriores, para permitir uma boa visibilidade dos

dentes anteriores e o julgamento da espessura da

mordida. Pede-se ao paciente para fechar a boca,

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 232

Page 233: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

com seus dentes em posição normal ou ligeiramente

protruída, até que os mesmos mordam a cera com

uma separação inter-oclusal de cerca de 2 mm.

Neste procedimento, dois aspectos são críticos

para a construção correta e bem sucedida do

aparelho. Primeiro, a cera deve ser totalmente

aquecida, de modo que esteja mole o suficiente para

permitir que o paciente a morda com pouco esforço.

Se a cera estiver muito firme, a pressão necessária

para morder, combinada com a resistência da cera

contra os dentes e o tecido gengival quando ele

penetra na cera, causam um ligeiro deslocamento do

côndilo na fossa glenóide em direção anterior.

Se essa mordida for usada para relacionar dois

modelos entre si no laboratório durante a construção,

o aparelho resultante tem acrílico muito espesso

posteriormente e quando ele é inserido na boca e o

paciente morde sobre ele, a espessura extra sobre os

dentes posteriores faz com que os pré-molares, mais

para a frente na arcada, fiquem fora de oclusão com o

acrílico. Isso requer uma redução incômoda do acrílico

extra posteriormente, com brocas para acrílico, etc.,

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 233

Page 234: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

até que a oclusão fique uniforme em todo o aparelho

da frente até a parte de trás.

O segundo fator crítico, é a sua espessura.

Dois milímetros de distância inter-oclusal é o ideal.

Quatro milímetros é o limite superior tolerável para

aparelhos deste tipo. Se a mordida for registrada com

mais de 4 mm de espessura, ela faz com que os

planos de mordida do aparelho acabado sejam muito

grossos, a ponto de produzir um efeito de descarga no

côndilo, similar à ação de um Bionator convencional e,

assim, estimular o crescimento condilar, um efeito

indesejável para os casos de mordida aberta anterior

Classe I.

Para o caso de mordida aberta anterior Classe

II, toma-se uma mordida construtiva ligeiramente

diferente. Aqui, o avanço da maxila é desejável. Os

planos de mordida de acrílico impedem o aumento da

dimensão vertical, mas isso em geral não é problema

para começar os casos de mordida aberta. Além

disso, a mandíbula ainda pode ser avançada como um

todo, mantendo sua constante vertical por meio da

elaboração da mordida construtiva com a mandíbula

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 234

Page 235: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

em posição protruída, similar à da mordida construtiva

do Bionator convencional.

No paciente mais jovem, no estágio de dentição

mista ou dentição adulta inicial, a mordida pode ser

realizada com a mandíbula suficientemente protruída

para causar uma relação de superclasse I ou mesmo

Classe III leve nos molares.

De modo geral, seria de tal forma que se os

dente ântero-superiores estivessem em seu nível de

posição normal com o plano oclusal, os incisivos

inferiores estariam cerca de 2 mm além dos

superiores, anteriormente.

Não só a quantidade de avanço mandibular é

importante, como também é preciso fazer a mordida

com um grau de espessura que corresponda a uma

distância inter-incisal de, novamente, cerca de 2 mm

se os dentes anteriores estiverem em sua posição

correta final. Como é desejado uma mordida anterior

de 1 ou 2 mm e espessura mínima de resistência do

plano de acrílico e a interdigitação correta com os

dentes é de 2 mm, a espessura padrão de 2 mm no

aspecto inter-oclusal também o é.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 235

Page 236: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Mas, mesmo com os dentes ântero-superiores

acima e fora do plano de oclusão, a simples

observação de onde o canino inferior está com

relação ao canino superior quando for tomada a

mordida oferece uma evidência adequada de avanço

e espessura suficientes para gerar o crescimento

condilar e o avanço mandibular próprio da Classe II

para a Classe I.

Se depois que a mordida fechar anteriormente,

a mandíbula tiver avanço insuficiente da Classe II para

Classe, pode-se realizar uma mordida construtiva

mais precisa, agora que os incisivos estão em sua

posição correta para serem usados como guia da

maneira convencional. Então o aparelho pode ser

reembasado ou pode-se construir um novo aparelho.

Se o operador fizer previsão de dificuldade no

julgamento do avanço suficiente da mandíbula na

mordida construtiva, para um caso de mandíbula com

retrusão de Classe II grave, ele pode evitar as

chances de precisar de dois aparelhos, simplesmente

construindo um Corretor Ortopédico II. Então se a

insuficiência mandibular ainda for evidente depois que

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 236

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

a mordida fechar anteriormente, os parafusos de

laterais podem ser ativados e o acrílico oclusal e

interdental reduzido da maneira convencional. A

mandíbula então pode ser avançada diretamente até

que atinja a posição correta de Classe I.

Para o paciente no final da adolescência e para

o adulto jovem, é indicada uma espessura maior no

aspecto inter-oclusal e ligeiramente mais protrusão da

mandíbula durante a construção da mordida

construtiva. Quanto mais velho é o osso, mais intenso

o estímulo para causar a alteração. Para esses casos

de Classe I são necessários 3 mm de espessura inter-

oclusal. Se o avanço mandibular também for

necessário, o alinhamento dos caninos na Classe I ou

mais, até a posição de superclasse I, pode atuar como

um guia. OU, novamente, o clínico simplesmente pode

fazer a mordida em certo grau de protrusão e se

necessário, permitir que os parafusos de expansão do

Corretor Ortopédico II corrijam a diferença.

Em todos os casos relativos à mordida aberta

anterior, é preciso lembrar que o problema

enfrentando pelo clínico é onde colocar a mandíbula

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 237

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

ao fazer a mordida construtiva. É preciso ter em

mente que os dentes ântero-superiores não são os

guias; eles podem estar em qualquer lugar e

geralmente estão.

Depois de obter um conjunto preciso de moldes

de gesso e a mordida construtiva correta, os modelos

e a mordida são verificados e novamente enviados ao

laboratório, para a fabricação do aparelho.

BIONATOR III

O Bionator III é um aparelho de avanço da

mordida. Ele é totalmente neutro com relação à

dimensão vertical e a deixa completamente livre. Sua

única finalidade é avançar a mandíbula da relação

Classe II para a Classe I e limitar o padrão neuro-

muscular da Classe II. Não se pretende que ele

modifique mais nada.

Ocasionalmente, certos pacientes apresentam

maloclusão Classe II e mandíbula retruída, cujas

arcadas têm forma correta e cuja dimensão vertical de

oclusão também é bastante satisfatória, mas que

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 238

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

ainda sofrem de condição de Classe II, com a

concomitante retrusão da mandíbula.

Desenho original do Bionator III.

Tudo o que é

necessário é um simples

avanço da mandíbula da

Classe II para a Classe I,

sem qualquer aumento na

vertical. O aparelho usado

para isso, o Bionator III, parece uma ligação entre os

Bionators I e II.

Ele tem as armações completas do Bionator I,

arco vestibular, ola de Coffin, encapsulamento acrílico,

alças laterais, etc., mas também tem escudos do

Bionator II. Os escudos mantêm a vertical constante

na região posterior; e o plano total de acrílico na

região anterior, sobre a qual os incisivos superiores e

inferiores se articulam, mantém a sobremordida

constante nessa região. A única coisa que muda com

esse aparelho é a posição da mandíbula.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 239

Page 240: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A construção da mordida é a mesma do Bionator

I. O paciente morde a cera amolecida de modo que os

incisivos inferiores fiquem 2 a 3 mm depois dos

incisivos superiores com uma distância inter-incisal de

cerca de 2 a 3 mm. Não há ajustes nesse aparelho, a

não ser os que asseguram a acomodação correta e

confortável.

Expansor Fixo tipo Haas:

O expansor fixo tipo Haas é um aparelho fixo

ativo, com parafuso, utilizado para expandir o arco

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 240

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

dentário superior às custas, principalmente, de

afastamento dos processos maxilares. Seu uso,

portanto, está indicado na correção das atresias

esqueléticas do arco dentário superior. Desta forma, o

aparelho expansor fixo tipo Haas é considerado um

aparelho para mecânica transversal ortopédica e, por

isto, recebe também o nome de disjuntor.

Este aparelho, de ancoragem máxima ou muco-

dento-suportado, compõe-se de uma estrutura

metálica e outra acrílica, que recebe o parafuso

expansor. A estrutura metálica se apóia em 4 bandas,

simetricamente posicionadas (duas de cada lado) e

adaptadas nos primeiros molares e primeiros pré-

molares. A bandagem dos primeiros pré-molares pode

ser substituída pela bandagem dos caninos. As barras

de conexão que unem as duas bandas de cada lado

ao apoio de resina acrílica são construídas com fio 1,2

mm. A estrutura de resina acrílica é formada pro dois

apoios mucosos independentes e unidos pelo

parafuso expansor. A estrutura acrílica caracteriza o

aparelho expansor tipo Haas.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 241

Page 242: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Técnica de Confecção:

Sobre o modelo de

trabalho superior,

previamente preparado e

com as bandas em

posição, delimitar o esboço do aparelho a ser

confeccionado.

Estrutura Metálica:

Após a retificação de um segmento de 10 cm

de fio 1,2 mm, confeccionar as barras de conexão do

lado direito e esquerdo, independentemente. As

barras de conexão deverão tocar na superfície

palatina das bandas, desde o primeiro molar até o

primeiro pré-molar. As extremidades destes suportes

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 242

Page 243: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

são dobradas em direção ao palato sem contudo,

tocá-lo.

Posicionar as barras de

conexão direita e

esquerda em seu local

definitivo sobre o modelo

de trabalho.

Com o auxílio de uma pedra

montada, preparar os fios e

bandas para receber a

soldagem, e fixar as barras

de conexão com gesso no

modelo de trabalho.

Soldar as barras de conexão

nas bandas.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 243

Page 244: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Remover o gesso utilizado para o isolamento durante

a soldagem.

Apoio de Resina Acrílica:

Aplicar isolante no modelo para impedir a aderência

de resina durante o processo de acrilização.

Recortar duas porções de

cera (uma no sentido

sagital e outra no sentido

transversal),

acompanhando a forma

anatômica do palato.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 244

Page 245: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A porção de cera sagital sobrepõe-se a rafe palatina

mediana, estendendo-se

desde a região palatina

dos incisivos centrais

superiores até a região

distal dos primeiros

molares superiores. A

porção de cera transversal delimita o limite distal do

aparelho, encaixando-se distalmente entre os

primeiros molares.

A foto ilustra o modo correto de posicionar a cera. As

barras foram removidas apenas para melhor

visualização da cera.

Selecionar o parafuso

expansor, cuja capacidade

de expansão deve ser

compatível com a

quantidade de expansão

requerida e recortar, com o auxílio de um disco de

carborundum e peça de mão, a parte menor da

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 245

Page 246: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

proteção plástica do parafuso (lado contrário ao da

seta indicadora).

Derreter uma porção de cera 7 e adaptar na parte

central do parafuso expansor, no local onde foi

removida a proteção plástica.

Fazer um corte na área central

da porção de cera sagital.

Este corte corresponde ao

encaixe para receber o

parafuso expansor.

Posicionar o parafuso e as

porções de cera no modelo de

trabalho e, com a cera 7

aquecida, fixá-los no modelo.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 246

Page 247: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Ao posicionar o parafuso expansor, cuidar para que a

seta indicativa da direção de ativação fique voltada

para distal.

Inserir rolete de cera na superfície palatina dos dentes

posteriores, bilateralmente, com a finalidade de aliviar

a região da gengiva livre do contato com o apoio

mucoso de resina acrílica.

Separar uma porção de monômero e polímero

transparente em potes

separados de resina e

preencher a região do

palato no modelo de

trabalho, através da

técnica de Nylon, até

cobrir o parafuso expansor.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 247

Page 248: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Remover o excesso de

resina acrílica, com espátula

Lecron, antes da

polimerização.

Após a polimerização na

panela de acrilização,

remover com o alicate 139, o

suporte plástico que

acompanha o parafuso expansor.

A seguir, remover a cera que circunda o aparelho com

uma espátula Lecron.

Remover o aparelho do

modelo de trabalho com o

auxílio de um alicate

Saca-bandas.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 248

Page 249: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Com o auxílio da chave de ativação, abrir o aparelho

expansor o suficiente para permitir o polimento entre

os blocos de resina.

Iniciar o processo de acabamento e polimento na

resina acrílica.

Eliminar as rebarbas com fresa.

Desgastar ligeiramente o local da solda, com o auxílio

de pedra montada.

Alisar a superfície do aparelho com tira de lixa.

Friccionar bombril na superfície do aparelho para

devolver a transparência da resina.

Aparelho expansor fixo tipo Haas, concluído.

Expansor Fixo tipo Haas Modificado:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 249

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A modificação aqui mencionada refere-se à

adaptação deste aparelho para os estágios precoces

do desenvolvimento da oclusão, nas dentaduras

decíduas e mistas.

A diferença resume-se na eliminação das duas

bandas da região anterior. A estrutura metálica do

aparelho se apóia apenas mas bandas dos molares

(segundos molares decíduos ou primeiros molares

permanentes), na dependência principalmente do

estágio do desenvolvimento oclusal. A estrutura

metálica parte da banda do molar e abraça o canino à

semelhança de um grampo em “C”. Pode-se também

associar aos grampos dos caninos uma tela para

colagem, em cada lado do arco dentário. A sequência

para sua confecção segue os mesmos passos do

expansor fixo tipo Haas, descrito anteriormente.

A aparelho expansor fixo

tipo Hass modificado: os

grampos circunferenciais

(“C”), fixados aos caninos

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 250

Page 251: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

por meio de colagem direta, substituem as bandas na

região anterior.

Expansor Fixo tipo Hyrax:

À semelhança do expansor fixo tipo Haas, o

expansor tipo Hyrax é um expansor fixo ativo, com

parafuso, indicado para as atresias esqueléticas do

arco dentário superior. A diferença entre os aparelhos

Haas e Hyrax reside na sua estrutura. O aparelho tipo

Hyrax é constituído apenas de estrutura metálica, não

contendo o apoio palatino da resina acrílica. A

justificativa para a ausência do apoio de resina acrílica

centra-se na maior facilidade de higienização do

aparelho e na possibilidade de torná-lo menos

volumoso e menos traumático ao palato.

Técnica de Confecção:

Sobre o modelo de

trabalho superior

previamente preparado,

posicionar o parafuso e

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 251

Page 252: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

centralizá-lo na região entre os primeiros pré-molares

e os primeiros molares.

Marcar no parafuso, a 0,5

mm por palatino e cervical

dos pré-molares e molares,

os locais que receberão as

dobras.

Dobrar os fios, com alicate 139 ou Trident, de

forma que o parafuso fique adaptado no palato (sem

tocá-lo), que as hastes posteriores passem por mesial

dos primeiros molares e que as hastes anteriores

passem por distal dos primeiros pré-molares.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 252

Page 253: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Marcar novamente as hastes anteriores e

posteriores na metade da altura das bandas, e realizar

dobras de mesial a distal dos primeiros molares e de

distal a mesial dos pré-molares.

Cortar o excesso de fio e

passar pedra montada nas

regiões das bandas e dos

fios que receberão a solda.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 253

Page 254: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Fixar, com gesso, o parafuso no modelo e

soldar as barras de conexão nas bandas de cada lado

do arco dentário.

Remover o aparelho do modelo

e iniciar o processo de

acabamento e polimento na

região da solda.

Aparelho expansor fixo

tipo hirax, concluído.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 254

Page 255: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Arco Lingual de Nance:

O arco lingual de Nance

é um aparelho fixo passivo,

indicado para preservar o

espaço deixado pela perda

precoce de mais de um molar decíduo no arco

dentário inferior, ou preservar o espaço disponível de

Nance no final da dentadura mista. Portanto, à

semelhança da banda alça, o arco lingual de Nance é

considerado um mantenedor de espaço, ou seja,

preserva o comprimento do arco dentário. É

constituído de duas bandas, dispostas

simetricamente, uma em cada lado do arco dentário

inferior distalmente aos dentes perdidos, e de uma

estrutura metálica confeccionada com fio 0,9 mm ou 1

mm, que conforma lingualmente os dentes inferiores,

tangenciando o cíngulo dos incisivos.

Técnica de Confecção:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 255

Page 256: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Sobre o modelo de trabalho inferior previamente

preparado, delinear o esboço do aparelho a ser

confeccionado. Contornar, com o alicate De La Rosa,

um segmento de 6 cm de fio, imprimindo-lhe a

morfologia do arco dentário inferior de forma a

tangenciar a superfície cérvico-lingual dos dentes

inferiores, cobrindo o cíngulo.

Nos locais de

apinhamentos, fazer o

uso do alicate Trident ou

do alicate 139 para

efetuar a adaptação.

Adaptar o arco contornando à superfície lingual das

bandas, bilateralmente em seu terçomédio com o

alicate 139, cortando o excesso.

Fixar o arco lingual no

modelo.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 256

Page 257: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Soldar o arco lingual nas

bandas.

Após a soldagem, desgastar o gesso na região interna

da banda com broca esférica para permitir a remoção

do aparelho do modelo de trabalho sem deformar as

bandas.

Iniciar o processo de

acabamento e polimento na

região da solda.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 257

Page 258: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Arco lingual concluído.

Banda Alça:

A banda alça é um aparelho fixo passivo,

indicado exclusivamente para preservar o espaço

deixado pela perda precoce de um molar decíduo.

Portanto, a banda alça é considerada um mantenedor

de espaço por limitar-se à função de preservar o

comprimento do arco dentário. É constituído de uma

banda, distal ao dente perdido, e uma alça metálica

confeccionada com fio 0,9 mm, que parte da banda e

contorna o espaço do dente decíduo ausente.

Técnica de Confecção:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 258

Page 259: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Sobre o modelo de trabalho inferior previamente

preparado, delinear o esboço do aparelho a ser

confeccionado. Retificar um segmento de 6 cm de fio

0,9 mm e iniciar a confecção da alça propriamente

dita. Contornar o fio em sua parte central com o

alicate “U” com o ápice arredondado e abertura

suficiente para tangenciar a superfície proximal do

dente adjacente ao espaço, em toda a sua superfície

distal, no terço cervical.

Retornar as extremidades do fio em direção à

banda, circundando o espaço a ser preservado

Prender cada uma das alças

anteriores com o alicate 139 e

imprimir uma dobra no sentido

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 259

Page 260: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

cervical, de maneira a adaptar a alça ao tecido

gengival por vestibular e lingual ao espaço da

extração, mantendo distância suficiente para não

interferir na irrupção do sucessor permanente. O fio

deve tangenciar a gengiva sem, no entanto,

traumatizá-la.

Ajustar as extremidades vestibular e lingual da

alça no terço médio da banda.

Cortar o excesso de fio e

fixar a alça no modelo.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 260

Page 261: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Soldar a alça na banda, conforme explicado na parte

de soldagem.

Após a soldagem,

desgastar o gesso na

região interna da banda

com broca esférica, para

permitir a remoção do

aparelho do modelo de trabalho sem deformar a

banda.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 261

Page 262: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Iniciar o processo de acabamento e polimento na

região da solda, e, banda alça concluída.

Botão de Nance:

O botão de Nance é um aparelho fixo passivo,

indicado para impedir ou dificultar a mesialização dos

molares superiores durante a mecanoterapia.

Portanto, desempenha a função exclusiva de

ancoragem. É usado rotineiramente nas mecânicas de

fechamento de espaços quando se requer retração

anterior. Mas também pode ser usado como

ancoragem para os aparelhos intrabucais de

distalização de molares, como por exemplo, o

distalizador Jones Jig, o distalizador com magnetos

repelentes e o aparelho penduluum ou pendex. Neste

caso, a bandagem é feita nos pré-molares, ao invés

dos molares, unilateral ou bilateralmente, na

dependência do molar a ser distalizado. É constituído

de duas bandas, dispostas simetricamente uma em

cada lado do arco dentário superior, e uma estrutura

de resina acrílica apoiada na região anterior da

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 262

Page 263: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

mucosa palatina , imediatamente distal às

rugosidades palatinas. As bandas são unidas ao apoio

acrílico por intermédio de uma estrutura metálica (arco

palatino) confeccionadas com fio 1 mm.

Técnica de Confecção:

Estrutura Metálica – arco palatino:

Sobre o modelo de trabalho

superior previamente preparado,

delinear o esboço do aparelho a

ser confeccionado.

Após retificação de um

segmento de 20 cm de fio

1 mm, confeccionar, com a

ponta cônica do alicate

139, um ômega

centralizado sobre a rafe palatina mediana na altura

dos caninos.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 263

Page 264: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Contornar, com o alicate De La Ros, o arco em

direçào às bandas dos molares.

Adaptar, com o alicate 139, o arco

contornado bilateralmene à

superfície lingual das bandas em

seu terço médio.

Cortar o excesso distal às bandas dos

molares.

Fixar a estrutura metálica com gesso no modelo de

trabalho.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 264

Page 265: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Aplicar fluxo para solda nas

áreas a serem soldadas.

Soldar o arco palatino nas

bandas.

Apoio de Resina Acrílica:

Aplicar isolante na região anterior

do modelo, para impedir a

aderência da resina durante o

processo de acrilização.

Iniciar o processo de acrilização, depositando resina

na região do ômega, formando um círculo.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 265

Page 266: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Opcionalmente pode-se inserir uma figura na resina

com o auxílio de uma pinça clínica.

Remover o excesso de

resina acrílica, com

espátula Lecron, antes

da

polimerização.

Após a polimerização da

resina na panela de

acrilização, remover o

aparelho do modelo de

trabalho.

Iniciar o processo de

acabamento e polimento na

resina acrílica e eliminar as

rebarbas com fresa.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 266

Page 267: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Alisar a superfície externa

do aparelho com tira de

lixa.

Friccionar bombril na

superfície externa do

aparelho para devolver

a transparência da resina.

Botão de Nance

concluído.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 267

Page 268: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Grade Palatina Fixa:

A grade palatina fixa é um aparelho passivo,

indicado para dificultar a realização dos hábitos bucais

deletérios de sucção de dedos e/ou chupetas e,

simultaneamente, impedir a interposição lingual

anterior. Portanto, a grade palatina é considerada um

aparelho recordatário. É constituída de duas bandas,

simetricamente posicionadas uma de cada lado do

arco dentário superior, e de uma estrutura metálica

que compreende o arco palatino e a grade palatina

propriamente dita. O arco palatino tangenciando, a

superfície cervical e palatina dos dentes posteriores, é

confeccionada com fio 1 mm e a grade palatina,

adaptada na região dos caninos, é confeccionada com

fio 0,7 mm.

Uma variante da grade palatina fixa, com o

mesmo objetivo terapêutico, pode ser elaborada para

o arco dentário inferior e recebe o nome de grade

lingual fixa.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 268

Page 269: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Técnica de Confecção:

Arco Palatino:

Sobre o modelo de trabalho

superior previamente

preparado, delinear o esboço

do aparelho a ser

confeccionado.

Contornar, com alicate

De La Rosa, um

segmento de 6 cm de fio

1 mm, imprimindo-lhe

uma morfologia

compatível com o arco

dentário superior, de forma a tangenciar a superfície

cérvico-palatina dos dentes posteriores até a região

dos caninos. Adaptar o arco contornado à superfície

lingual das bandas, bilateralmente mente em seu

terço médio, cortando os excessos.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 269

Page 270: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Grade Palatina:

Após a retificação de um

segmento de 20 cm de fio

0,7 mm, iniciar a

confecção da grade

palatina propriamente

dita, contornando o fio com o alicate 139, de forma a

construir 3 a 4 grades. A altura da grade é

controlada pelo modelo

de trabalho inferior. A

grade deve ser longa o

suficiente para cobrir toda

a

extensão da mordida aberta

anterior, aproximando-se do

cíngulo dos incisivos

inferiores.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 270

Page 271: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Arco palatino e grade

confeccionados.

Verificar a adaptação

da grade ao arco

palatino.

Passar pedra montada

nos locais que receberão

a Solda (grade e arco

palatino), posicionar o

arco Palatino

corretamente no modelo de trabalho e Cobrir com

gesso as regiões próximas ao local de soldagem.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 271

Page 272: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Reposicionar a grade no arco

palatino e cobri-la com, gesso.

Soldar o arco palatino

nas bandas.

Soldar a grade palatina na

região anterior do arco

palatino.

Após a soldagem,

desgastar o gesso na

região internadas

bandas com broca

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 272

Page 273: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

esférica, para permitir a remoção do aparelho do

modelo de trabalho sem deformaras bandas. Iniciar o

processo de acabamento e polimento nas regiões da

solda.

Grade palatina fixa concluída.

Como alternativa à grade

palatina fixa, instalada no

arco dentário superior,

torna-se possível instalar a

grade no arco dentário

inferior, recebendo a denominação de grade lingual

fixa. Os passos laboratoriais são similares, exceto na

região da grade lingual, que recebe a solda somente

em suas extremidades.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 273

Page 274: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Mola Digital Removível:

A mola digital é um elemento ativo com aptidão

para promover movimento de inclinação dentária.

Portanto, está capacitada para mudar o

posicionamento vestíbulo-lingual de um ou mais

dentes no arco dentário superior. Via de regra. Está

indicada para vestibularizar dentes anteriores no arco

superior em casos de mordida cruzada.

A mola digital é uma mola simples,

confeccionada com fio 0,7 mm, que contém um

helicóide que concentra e armazena energia e é

responsável, em parte, pela flexibilidade da mola. Seu

funcionamento, por lembrar o movimento de um dedo,

evoca o nome de mola digital. Quando acoplada em

um aparelho removível, esta mola, de ancoragem

dento-muco-suportada, contém acrílico e grampos de

retenção (grampos em “C” e grampos aixiliares em

gota). Os grampos em “C”, instalados nos molares,

são confeccionados com fio 0,9 mm ou 1 mm. Os

grampos auxiliares interproximais em gota, instalados

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 274

Page 275: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

nos segmentos posteriores do arco dentário superior,

são confeccionados com fio 0,6 mm.

A placa de resina

estende-se até a

superfície oclusal dos

dentes posteriores,

formando um apoio

oclusal de levantamento

de mordida que ajuda a estabilizar o aparelho na boca

durante a movimentação dentária, reforçando a

ancoragem. O apoio oclusal desempenha a função de

tirar o dente a ser movimentado de oclusão.

Técnica de Confecção:

Sobre o modelo de

trabalho previamente

preparado, delinear o

esboço do aparelho a

ser confeccionado.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 275

Page 276: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Confeccionar os grampos em “C” nos molares com fio

0,9 mm ou 1 mm, e os grampos em gota nas regiões

interproximais, com fio 0,6 mm.

Após a retificação de um

segmento de 30 cm de fio 0,7

mm, iniciar a confecção da mola

digital propriamente dita.

A mola digital possui os seguintes

componentes:

1) Braço: parte ativa da mola;

2) Helicóide: local onde será feita a ativação;

3) Cauda: parte que será incluída na resina;

4) Guia: parte que estabiliza o braço da mola sobre a

coroa do dente a ser movimentado.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 276

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Retificar um segmento de 10 cm de fio 0,7 mm. Com

um lápis, fazer uma marca a 2 cm da extremidade e,

com a ponta cônica do alicate 139, confeccionar um

pequeno helicóide com as extremidades paralelas e

na mesma direção.

Verificar no modelo a

posição do helicóide, marcar

no fio o terço digital da face

palatina do dente cruzado

e fazer uma dobra em ângulo de 90o em direção ao

palato.

Com um lápis, fazer uma

marca a aproximadamente

1,5 cm a partir do ângulo de

90o e, com a ponta cônica

do alicate, fazer uma

curvatura formando a cauda (parte que ficará

incluída na resina), de modo a deixar este novo

segmento de fio paralelo ao segmento confeccionado

anteriormente.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 277

Page 278: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Fazer uma nova marca

na mesma altura do

segmento do helicóide,

dobrando o fio em

direção contrária a este

e, depois, em direção

anterior, finalizando a guia.

Após a conclusão do

guia, confeccionar,

com um alicate 139

apoiado na cauda,

uma dobra de forma

que o braço da mola

fique perpendicular em relação ao elemento a ser

descruzado. Este braço deverá ficar no meio da face

palatina do dente cruzado. Pra uma melhor adaptação

e inclusão da resina, fazer uma pequena curvatura na

cauda, acompanhando o formato anatômico do palato

sem contudo, tocá-lo.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 278

Page 279: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

A foto ao lado

demonstra todos

os componentes

metálicos que

fazem parte do

aparelho: mola digital, grampos em “C” e grampos

interproximais em gota.

Posicionar os grampos e

a mola digital na posição

definitiva sobre o

modelo de trabalho e

fixá-los com cera 7

derretida.

Colocar cera ao redor da mola para que a resina

acrílica não invada a parte ativa desta.

Aplicar isolante no

modelo para impedir

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 279

Page 280: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

a aderência da resina durante o processo de

acrilização.

Iniciar o processo de acrilização, conforme explicado

no capítulo de

acrilização,

acrescentando um

levantamento de

mordida na região

posterior.

Remover o excesso de resina acrílica, com auxílio da

espátula Lecron, antes da polimerização.

Após a polimerização na panela de acrilização,

remover o aparelho do modelo de trabalho.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 280

Page 281: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Aparelho removível finalizado, antes do acabamento e

polimento.

Iniciar o processo de

acabamento e

polimento na resina

acrílica, eliminando as

rebarbas com fresa.

Alisar a superfície

externa do aparelho

com tira de lixa.

Friccionar bombril na

superfície externa do

aparelho para

devolver a

transparência da

resina.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 281

Page 282: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Aparelho removível com

mola digital concluído e

assentado no modelo

correspondente.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 282

Page 283: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Corretor Ortopédico 1:

Indicações:

1. Classe II para Classe

I.

2. Aumentar a dimensão

em casos de

sobremordida profunda.

3. Excelentes resultados

em tratamentos de

Classe II Esquelética.

4. Tratamento da

dentição mista ou permanente.

Nota 1:

A este aparelho pode-se adicionar várias modificações

para movimentos dentários específicos, rotações,

treinamento lingual, fechamento de espaços, etc.,

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 283

Page 284: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

dependendo do caso. Isso é ensinado nos cursos de

técnicas avançadas.

Nota 2:

Este aparelho tratará as idnicações mencionadas

acima até alcançar os melhores e mais estáveis

resultados, num período de tempo mais curto do que

todos os aparelhos ortopédicos ou funcionais que se

utilizam atualmente.

Nota de Construção:

Os incisivos superiores contactam com o

encapsulamento de acrílico dos incisivos inferiores.

Projeções de acrílico e o Corretor Ortopédico I –

Ajustes para avançar a mandíbula:

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 284

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Quando

se ativam os

parafusos

laterais do

Corretor

Ortopédico I

para avançar a mandíbula, deve-se eliminar as

projeções de acrílico inferior que rodeiam os setores

póstero-inferiores.

- e de ambos os lados do aparelho.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 285

Page 286: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

- para permitir o avanço da arcada inferior sem

obstáculos.

- Lado direito do

encapsulamento

do aparelho, tal

como aparece

normalmente,

atuando para manter os dentes antero-inferiores. Do

lado esquerdo do aparelho retirou-se o

encapsulamento para vestibularizar os dentes antero-

inferiores durante sos três primeiros meses de

tratamento.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 286

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

- Visão intrabucal do Bionator após eliminar-se o apoio

vestibular do encapsulamento para vestibularizar os

dentes antero-inferiores, aumentando-se assim, o

ângulo inter-incisal e a porção incisal engrossada, a

fim de acelerar a erupção posterior, aumentando-se

assim, a ação vertical.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 287

Page 288: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Quadri-hélice:

O quadri-hélice é um aparelho fixo ativo, indicado

para expandir o arco

dentário superior às

custas, principalmente, de

vestibularização dos

dentes e processos

alveolares, estando

indicado para a correção

da mordida cruzada

posterior, de caráter

dento-alveolar, unilateral

ou bilateral. Portanto, o

quadri-hélice é

considerado um aparelho

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 288

Page 289: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

para mecânica transversal ortodôntica. É constituído de 2

bandas, simetricamente posicionadas uma de cada lado do

arco dentário superior, adaptadas nos últimos molares

passíveis de serem bandados, e de um arco palatino soldado

às bandas dos molares, confeccionado com fio 0,9 mm ou

0,8 mm, possuindo 4 helicóides, distribuídos

estrategicamente em 2 anteriores e 2 posteriores.

Técnica de Confecção:

Sobre o modelo de

trabalho superior

previamente prepara-

do, delinear o esboço

do aparelho a ser

confeccionado.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 289

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MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Após a retificação de um segmento de 20 cm

de fio 0,9 mm ou 0,8 mm, confeccionar, com a ponta

cônica do alicate 139, dois helicóides pequenos, com

distância entre si igual a 1/3 da distância intercaninos,

de forma que ambos os helicóides permaneçam

paralelos e abaixo do plano oclusal.

Marcar o fio na distal dos molares e

confeccionar um pequeno helicóide externamente ao

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 290

Page 291: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

fio, bilateralmente, de forma a ficar com uma abertura

aproximada de 45o.

Marcar o fio onde este tocar o terço médio da

superfície palatina das bandas.

Contornar o fio de forma

que este toque a superfície palatina dos dentes

posteriores, estendendo-se até a superfície mesial dos

caninos, de ambos os lados.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 291

Page 292: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Posicionar o quadri-

hélice na posição

definitiva sobre o

modelo de trabalho. O

fio deverá ficar

ligeiramente afastado

do palato para não traumatizar a mucosa do paciente.

Fixar o aparelho

com gesso.

Soldar o quadrihélice

nas bandas.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 292

Page 293: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Após a soldagem,

desgastar o gesso na

região interna das

bandas com broca

esférica, para permitir

a remoção do aparelho do modelo de trabalho sem

deformar as bandas.

Iniciar o processo de

acabamento e

polimento nas regiões

da solda.

Quadri-hélice

concluído.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 293

Page 294: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Aparelhos Fixos Ativos derivados do Quadri-

hélice:

Existem outros aparelhos fixos ativos,

derivados do quadri-hélice, que apresentam as

mesmas funções. Denominados de, Arco em W,

Unihélice e Bihélice. Portanto também constituem

aparelhos para mecânica ortodôntica transversal,

diferindo apenas quanto ao número de helicóides.

Arco em W:

Este aparelho não possui helicóides.

Para sua confecção, seguir os passos do quadri-

hélice.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 294

Page 295: Manual+de+Ortodontia+ +Ortopedia

MANUAL DE ORTODONTIA / ORTOPEDIA

Unihélice:

Este aparelho apresenta apenas um helicóide na

região anterior, centralizado na rafe mediana, na

região da distal dos caninos.

Para sua confecção, seguir os passos do quadrihélice.

SÉRIE: MANUAIS DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA 295