Manual de Instrutor Do Exercito

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  • 8/9/2019 Manual de Instrutor Do Exercito

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    3 Edio

    1997

    T 21-250

    MINISTRIO DO EXRCITO

    ESTADO-MAIOR DO EXRCITO

    Manual Tcnico

    MANUAL DO INSTRUTOR

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    MINISTRIO DO EXRCITO

    ESTADO-MAIOR DO EXRCITO

    Manual Tcnico

    MANUAL DO INSTRUTOR

    3 Edio

    1997

    T 21-250

    CARGA

    EM.................

    Preo: R$

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    PORTARIA N 092- EME, DE 26 DE SETEMBRO DE 1997

    Aprova o Manual Tcnico T 21-250 - Manual doInstrutor, 3 Edio, 1997.

    O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXRCITO, no uso da atribuioque lhe confere o artigo 91 das IG 10-42 - INSTRUES GERAIS PARACORRESPONDNCIA, PUBLICAES E ATOS NORMATIVOS NOMINISTRIO DO EXRCITO, aprovadas pela Portaria Ministerial N 433, de24 de agosto de 1994, resolve:

    Art. 1 Aprovar o Manual Tcnico T 21-250 - MANUAL DO

    INSTRUTOR, 3 Edio, 1997, que com esta baixa.Art. 2 Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua

    publicao.

    Art. 3 Revogar o Manual Tcnico T 21-250 - MANUAL DOINSTRUTOR, 2 Edio, 1973, aprovada pela Portaria N 41-EME, de 28 defevereiro de 1973.

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    NOTA

    Solicita-se aos usurios deste manual a apresentao de suges-tes que tenham por objetivo aperfeio-lo ou que se destinem supres-so de eventuais incorrees.

    As observaes apresentadas, mencionando a pgina, o pargra-fo e a linha do texto a que se referem, devem conter comentriosapropriados para seu entendimento ou sua justificao.

    A correspondncia deve ser enviada diretamente ao EME, deacordo com o artigo 78 das IG 10-42 - INSTRUES GERAIS PARA

    CORRESPONDNCIA, PUBLICAES E ATOS NORMATIVOS NO MINIS-TRIO DO EXRCITO, utilizando-se a carta-resposta constante do finaldesta publicao.

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    NDICE DOS ASSUNTOS

    Prf Pag

    CAPTULO 1 - CONCEITOS BSICOSARTIGO I - Generalidades ......................................... 1-1 1-1ARTIGO II - Funes do instrutor ................................ 1-2 a 1-5 1-1ARTIGO III - Documentos bsicos ............................... 1-6 1-3ARTIGO IV - Instruo voltada para o desempenho .... 1-7 1-4ARTIGO V - A comunicao no processo ensino-

    aprendizagem ......................................... 1-8 a 1-10 1-5ARTIGO VI - Monitor e auxiliar ..................................... 1-11 a 1-13 1-7

    CAPTULO 2 - PLANEJAMENTO E PREPARAOARTIGO I - Generalidades ......................................... 2-1 2-1ARTIGO II - O plano de sesso ................................... 2-2 a 2-5 2-1ARTIGO III - Verbos usados para a formulao de

    objetivos .................................................. 2-6 a 2-11 2-7ARTIGO IV - Modelo de plano de sesso ..................... 2-9ARTIGO V - Exemplo de plano de sesso ................... 2-13

    CAPTULO 3 - ORIENTAOARTIGO I - Generalidades ......................................... 3-1 3-1ARTIGO II - Princpios do processo ensino-

    aprendizagem ......................................... 3-2 a 3-4 3-1ARTIGO III - Como incentivar os instruendos .............. 3-5 3-7ARTIGO IV - Nveis da rea cognitiva .......................... 3-6 e 3-7 3-8ARTIGO V - Nveis da rea psicomotora..................... 3-8 e 3-9 3-10ARTIGO VI - Nveis da rea afetiva ............................. 3-10 e 3-11 3-12

    CAPTULO 4 - AS TCNICAS DE INSTRUOARTIGO I - Generalidades ......................................... 4-1 4-1ARTIGO II - Palestra ................................................... 4-2 a 4-6 4-2ARTIGO III - Exerccio individual ................................. 4-7 a 4-11 4-4ARTIGO IV - Demonstrao ......................................... 4-12 a 4-16 4-8

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    Prf Pag

    ARTIGO V - Interrogatrio ........................................... 4-17 a 4-20 4-12ARTIGO VI - Estudo individual ..................................... 4-21 4-14ARTIGO VII - Estudo dirigido ......................................... 4-22 a 4-26 4-14ARTIGO VIII - Estudo por meio de fichas ....................... 4-27 a 4-31 4-15ARTIGO IX - Estudo em computador ........................... 4-32 4-16ARTIGO X - Discusso dirigida ................................... 4-17ARTIGO XI - Estudo de caso ........................................ 4-17ARTIGO XII - Estudo preliminar .................................... 4-17ARTIGO XIII - Trabalho em estado-maior ...................... 4-33 4-18ARTIGOXIV - Exerccio militar....................................... 4-34 4-19ARTIGO XV - Outros t ipos ............................................. 4-35 4-20

    CAPTULO 5 - MEIOS AUXILIARESARTIGO I - Generalidades ......................................... 5-1 a 5-4 5-1ARTIGO II - Recursos visuais ..................................... 5-5 a 5-11 5-2ARTIGO III - Recursos auditivos .................................. 5-12 a 5-14 5-7ARTIGO IV - Recursos audiovisuais ............................. 5-15 e 5-16 5-9ARTIGO V - Recursos mltiplos .................................. 5-17 5-10ARTIGO VI - Tcnicas para a confeco de meios

    auxiliares ................................................. 5-18 e 5-19 5-10

    CAPTULO 6 - AVALIAOARTIGO I - Generalidades ......................................... 6-1 6-1ARTIGO II - Avaliao no ensino e na instruo ......... 6-2 a 6-5 6-2

    CAPTULO 7 - NOVAS TENDNCIASARTIGO I - Generalidades ......................................... 7-1 7-1ARTIGO II - Informtica .............................................. 7-2 7-1ARTIGO III - Ensino distncia ................................... 7-3 7-3ARTIGO IV - Aprender a aprender ................................ 7-4 7-5

    ANEXO A - TRABALHOS EM GRUPO NOSESTABELECIMENTOS DE ENSINO

    ARTIGO I - Consideraes gerais .............................. A-1 a A-4 A-1ARTIGO II - Tcnicas de ensino dos trabalhos em

    grupo ....................................................... A-5 a A-19 A-4

    ARTIGO III - O processo ensino-aprendizagem empequenos grupos..................................... A-20 a A-25 A-22APNDICE 1 - (EXEMPLOS DE SOLICITAES AO

    GRUPO CONSULTIVO) ......................... A-25

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    CAPTULO 1

    CONCEITOS BSICOS

    ARTIGO I

    GENERALIDADES

    1-1. FINALIDADE E OBJETIVO

    a. Finalidade - Este manual tem por finalidade orientar aqueles queministram sesses de instruo ou de aula no mbito do Ministrio do Exrcitoe, para isso, considera que todos os oficiais, subtenentes e sargentos, comoespecialistas em assuntos militares, devem possuir os conhecimentos espec-ficos de sua profisso e estar capacitados a ajudar na aprendizagem dessesconhecimentos por seus instruendos. No amplo conceito da palavra instrutorincluem-se os professores militares e civis dos Quadros do Magistrio Militar eComplementar de Oficiais (Magistrio).

    b. Objetivo - O seu objetivo indicar aos instrutores e monitores oscaminhos mais adequados para que possam planejar, orientar, controlar eavaliar as sesses de instruo ou de aula.

    ARTIGO II

    FUNES DO INSTRUTOR

    1-2. GENERALIDADES

    a. Neste artigo so apresentadas as funes do instrutor de modoresumido. As atribuies destas funes so desenvolvidas nos captulos aseguir.

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    b. A funo de instrutor desempenhada por oficial e, quando devida-mente habilitado, pelo sargento.

    c. O instrutor desenvolve um papel muito importante no processo ensino-aprendizagem, pois a ele compete:

    (1) Planejar, preparar, orientar e controlar a sesso de instruo ou aula;(2) Avaliar o DESEMPENHO dos instruendos; e(3) Fazer as correes necessrias.

    1-3. O INSTRUTOR NO PLANEJAMENTO E PREPARAO

    a. Planejamento - O instrutor planejar a sesso de instruo ou de aulaa partir dos objetivos previstos no programa padro, no plano de matria ou noquadro de trabalho para a sua sesso ou aula. Este planejamento representa o

    MAPA DO CAMINHO a ser seguido pelos instruendos ao longo da sesso ouaula.

    b. Anlise - O instrutor analisar, sozinho ou auxiliado por monitor(es),os objetivos da sesso ou aula, estabelecendo ou no objetivos intermediriosou parciais.

    c. Perguntas - Aps consulta aos documentos citados, o instrutor devebuscar respostas s seguintes peguntas:

    - Quais os OBJETIVOS da sesso ou aula?- H necessidade de OBJETIVOS INTERMEDIRIOS OU PARCIAIS

    para se atingir os objetivos da sesso ou aula? Quais?

    - Qual o TEMPO DISPONVEL?- Quais so as TCNICAS DE INSTRUO mais adequadas, sempre

    levando em conta o DESEMPENHO dos instruendos?- Quais so os MEIOS AUXILIARES a utilizar?- Quantos so os MONITORES necessrios e disponveis?- Quais so as TAREFAS que os instruendos devero executar?- Quais os LOCAIS disponveis?- Qual o NVEL dos instruendos?- Quais so as FONTES DE CONSULTA necessrias e disponveis,

    incluindo o(s) plano(s) de sesso ou de aula anterior(es)?

    d. Consolidao - O plano de sesso ou de aula consolida e configuratodo o processo de planejamento e preparao percorrido pelo instrutor. Paracada sesso, o instrutor dever elaborar um novo, pesquisando as fontes deconsulta e os planos j existentes.

    1-4. O INSTRUTOR NA ORIENTAO

    a. Orientao - Ao instrutor cabe orientar o desenvolvimento da sessoou aula interferindo, quando necessrio, para corrigir eventual desvio de rumo.

    b. Atributos do instrutor- Na orientao da sesso ou aula, para que os

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    instruendos se empenhem ativamente, o instrutor deve tornar evidentes:- Seu entusiasmo pela profisso militar;

    - Seu conhecimento do assunto;- Sua percia na execuo das tarefas;- Sua apresentao militar;- Seu desejo de ajudar os instruendos a aprender;- Sua maneira de conduzir a sesso ou aula.

    Todos estes atributos so muito importantes para criar um ambienteextremamente favorvel ao processo ensino-aprendizagem.

    c. Envolvimento do instrutor- O trabalho prvio sesso ou aula, dadireo de instruo ou de ensino at a elaborao do plano de sesso ou deaula, deve levar o instrutor a se envolver, continuamente, nos trabalhosprticos, na superviso e na crtica, para que os instruendos alcancem os

    padres de desempenho desejados.

    1-5. O INSTRUTOR NO CONTROLE E AVALIAO

    a. Controle - O instrutor deve acompanhar o desenvolvimento da sessoou aula, verificando, junto com o(s) monitor(es), o progresso alcanado pelosinstruendos na compreenso do que est sendo ensinado, conferindo se osobjetivos esto sendo atingidos e se os instruendos tm seu comportamentomodificado.

    b. Prosseguimento - A sesso de instruo ou aula, quando dar nfasea objetivos das reas cognitiva ou psicomotora, somente deve prosseguir medida que o(s) objetivo(s) intermedirio(s) for(em) sendo atingido(s).

    c. Avaliao - A avaliao um processo contnuo, realizado pelo instrutore monitores, mediante a observao dos instruendos ou por meio de provas.

    ARTIGO III

    DOCUMENTOS BSICOS

    1-6. DOCUMENTOS

    a. Familiarizao - O instrutor com responsabilidade de ministrar ses-ses de instruo no mbito dos corpos de tropa ou nos estabelecimentos deensino deve estar familiarizado com os documentos pertinentes que regulam oensino e a instruo militares.

    b. Documentos de consulta - Os documentos de carter permanente eque devem ser conhecidos por todos os instrutores so:

    (1) Os manuais de campanha e tcnicos, os programas padro, osplanos de matria e os cadernos de instruo que orientam o ensino e ainstruo militares;

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    (2) Em carter excepcional, ou seja, na inexistncia de documentosoficiais, notas de aula elaboradas pelo corpo de tropa ou estabelecimento de

    ensino onde serve o instrutor e que sejam correlatas s matrias e aos assuntosde sua responsabilidade;(3) Normas e instrues referentes ao controle do processo ensino-

    aprendizagem, baixadas pelos escales superiores ou pelo prprio estabeleci-mento de ensino.

    ARTIGO IV

    INSTRUO VOLTADA PARA O DESEMPENHO

    1-7. CONDIES FAVORVEIS

    a. O instrutor deve criar condies favorveis ao aumento do nvel deconhecimentos e habilidades, sendo fundamental que o instruendo:

    (1) Tenha vontade de aprender;(2) Compreenda por que necessita aprender;(3) Entenda o que se deve esperar em termos de aprendizagem;(4) Pratique o que aprendeu;(5) Certifique-se de que est aprendendo; e(6) Faa progressos na instruo, dentro de uma seqncia lgica.

    b. Objetivos de instruo - Na instruo voltada para o DESEMPENHO,os objetivos de instruo devem estar bem definidos, para que o instruendopossa compreender qual ser o seu novo comportamento aps a sesso deinstruo. O instrutor deve analisar cuidadosamente os objetivos de instruoindividual (OII) que constam nos Programas Padro de Instruo, identificandoas sugestes para objetivos intermedirios, que podero ser fundamentais paraa consecuo dos objetivos em vista.

    c. Meios auxiliares - No planejamento e preparao de sua sesso deinstruo, o instrutor de tropa deve verificar quais sero os meios auxiliaresnecessrios para a sua execuo.

    (1) Nesse tipo de instruo, as palestras somente so utilizadas quandoindispensveis. A demonstrao deve ser amplamente utilizada pelo instrutor,

    com a participao ativa de monitores e auxiliares, para a ilustrao do que oinstrutor transmitir. A maior parte do tempo deve ser dedicada prticacontrolada de uma tarefa.

    (2) Este procedimento a garantia de que os instruendos serocapazes de realizar as tarefas relacionadas com a sua futura funo. Para oinstruendo, fica evidente a importncia daquilo que est sendo ensinado, emface da relao ntima entre os objetivos da instruo e as funes especficasque sero desempenhadas por ele.

    (3) O instrutor de tropa deve sempre evidenciar aos instruendos acorrelao entre os assuntos que esto sendo aprendidos e a sua aplicao noscargos para os quais esto sendo preparados.

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    ARTIGO V

    A COMUNICAO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

    1-8. CONCEITO

    O processo ensino-aprendizagem basicamente um processo de comu-nicao onde se destacam as atitudes do instrutor e as habilidades em secomunicar com os instruendos.

    1-9. ATITUDES DO INSTRUTOR

    Para facilitar a comunicao com seus instruendos, o instrutor deve tomar

    determinadas atitudes como, saber ouvir, expressar-se com clareza, saber lidarcom sentimentos e emoes, adotar uma atitude favorvel e criar situaes.Estas atitudes podem ser assim explicitadas:

    (1) Saber ouvir - Prestando ateno quele que fala, procurando percebero significado real das palavras que ouve, ser paciente para ouvir, estarpredisposto a responder aos comentrios ou observaes feitos pelo instruendoe suprimir qualquer forma de preconceito.

    (2) Expressar-se com clareza - Zelar pela comunicao clara e precisa doque pensou, assim como adaptar-se ao linguajar dos instruendos.

    (3) Saber lidar com sentimentos e emoes - Reconhecer as prpriasemoes e as dos instruendos, admitindo, controlando, analisando as emoesdo grupo e conversando sobre elas, procurando servir de exemplo.

    (4) Adotar uma atitude favorvel expresso de idias e sentimentos,utilizando o dilogo permanente com os instruendos, relacionando-se bem coma turma, uma vez que um bom ambiente de trabalho facilita a aprendizagem.

    (5) Criar situaes que contribuam positivamente para o aumento daauto-estima dos instruendos, assim como estar sempre receptivo s mudanaspositivas.

    1-10. FATORES QUE INFLUEM NA COMUNICAO

    Alm das atitudes do instrutor, tambm influem na comunicao osfatores:

    - As habilidades de comunicao;- A linguagem corporal; e- A comunicao emocional.

    a. Nas habilidades de comunicao visualizam-se:- Fala e escrita;- Adequao da fala; e- Postura.(1) A habilidade de fala e escrita compreende:

    - o uso correto da palavra falada e escrita;- a clareza das idias, ordenadas logicamente;

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    - o emprego de perodos curtos, com poucas frases coordenadasou subordinadas, de preferncia na ordem direta;

    - o uso de termos acessveis, evitando palavras pouco usadas,neologismos ou excesso de termos tcnicos; e- o emprego da linguagem correta, observando a correo grama-

    tical e evitando o uso de termos vulgares como grias ou cacfatos.(2) A habilidade de adequao da fala inclui:

    - um tom de voz agradvel, corrigindo problemas como nasalidadeou voz cavernosa, estridente ou gutural;

    - a intensidade de emisso do som, evitando falar muito baixo oumuito alto;

    - a pronncia clara e completa de todas as palavras, slabas eletras;

    - a mudana de intensidade ou inflexo para enfatizar idias-chave

    ou momentos importantes durante uma exposio;- o ritmo adequado para que se torne interessante aos instruendos; e- o uso oportuno de pausas para que os instruendos possam avaliar

    e observar as informaes com mais facilidade.(3) Na habilidade de postura o instrutor deve:

    - no se apoiar sobre a mesa, retroprojetor, quadro de giz, paredesou meios auxiliares;

    - manter uma postura que evidencie disposio e interesse;- zelar pela apresentao individual; e- no colocar as mos nos bolsos.

    b. No que se refere ao fator da linguagem corporal, o instrutor deve:(1) Ser moderado na movimentao em sala, no permanecendo

    parado em um s ponto nem movimentando-se em demasia;(2) Saber utilizar a movimentao para associar grau de importncia

    uma nova idia;(3) Falar olhando para os instruendos e nunca para o alto;(4) Demonstrar interesse pela participao ativa dos instruendos; e(5) Observar os instruendos, verificando o grau de interesse e identi-

    ficando sinais tais como aborrecimento, enfado, sentimentos negativos oufrustrao.

    c. Quanto ao fator da comunicao emocional, consiste em:

    (1) Demonstrar sinceridade, evidenciando a crena em sua prpriamatria;(2) Demonstrar segurana naquilo que diz e faz, dominando o assunto

    e falando com convico;(3) Adotar uma disposio favorvel ao sucesso da sesso;(4) Demonstrar entusiasmo por meio da voz, movimentos, gestos e

    expresses;(5) Controlar eventual nervosismo, evitando falar rapidamente ou

    movimentar-se em excesso;(6) No deixar passar para os instruendos seus problemas particulares; e(7) No perder a pacincia.

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    ARTIGO VI

    MONITOR E AUXILIAR

    1-11. CONCEITO

    Monitor o militar que auxilia o instrutor no planejamento e preparao,na orientao, no controle e avaliao da sesso de instruo ou aula. Estemonitor geralmente um sargento, porm em cursos ou estgios para oficiaistambm pode ser um oficial.

    1-12. CARACTERSTICAS

    a. O monitor deve apresentar as mesmas caractersticas do instrutor, a

    saber: experincia no assunto da sesso ou aula, personalidade, pacincia,dedicao, boa apresentao militar e desprendimento.

    b. Todo monitor deve ter como ponto de honra o perfeito preparo e acorreta apresentao da sesso ou aula. Deve convencer-se de que impres-cindvel, que desempenha um papel importantssimo na realizao da sessoou aula e, em conseqncia, na aprendizagem do instruendo. O bom monitor fator preponderante para o sucesso de uma sesso ou aula.

    1-13. MONITOR E AUXILIAR

    a. Conceitos - Monitor o subtenente ou sargento com responsabilidadede auxiliar na execuo do ensino ou da instruo. Auxiliar o cabo ou soldadoengajado que coopera principalmente na preparao e na orientao da sessode instruo.

    b. Responsabilidades - O monitor cumpre as determinaes do instrutor,participando do planejamento e preparao da sesso de instruo, atuando deforma muito ativa ao longo da orientao, auxiliando no controle e avaliao dosinstruendos. No planejamento e preparao transmite informaes ao instrutor noque se refere s condies do local previsto, dos meios auxiliares disponveis e smedidas administrativas e de segurana; tambm prepara o local (arrumao,ventilao, iluminao e limpeza), testa os equipamentos (retroprojetor, projetor

    de diapositivos e outros), rene ou prepara os meios auxiliares (quadros murais,sumrio, objetivos da sesso e outros). Na orientao tem um papel destacado,seja operando os meios auxiliares, seja agindo junto aos instruendos para umamelhor compreenso e substituindo eventualmente o instrutor. No controle eavaliao, coopera na observao do desempenho dos instruendos, auxiliando nopreenchimento dos documentos de controle. Deve ser um perito na execuo dastarefas que os instruendos iro realizar, dentro das condies previstas esatisfazendo o padro mnimo, evidenciando o DESEMPENHO a ser atingindo,executando perfeitamente as demonstraes. Deve conhecer muito bem osmanuais de campanha e tcnicos, bem como os processos de ensino e os meiosauxiliares existentes em sua seo de ensino, frao, subunidade ou unidade.

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    PRINCIPAIS IDIAS CONTIDAS NO CAPTULO 1

    - O instrutor tem um papel muito importante no processo ensino-aprendizagem, uma vez que a ele cabe despertar no instruendo a vontade deaprender.

    - O instrutor de estabelecimento de ensino um profissional selecionadoentre seus pares para ser o formador ou aperfeioador de outros profissionais.

    - O instrutor de tropa deve ser um perito nos assuntos sob sua responsa-bilidade, pois o formador de seus soldados.

    - O monitor um elemento fundamental para o sucesso de uma sessode instruo ou de aula.

    - A comunicao entre instrutor, monitor e os instruendos fundamentalpara o sucesso no processo ensino-aprendizagem.

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    CAPTULO 2

    PLANEJAMENTO E PREPARAO

    ARTIGO I

    GENERALIDADES

    2-1. CONCEITOS BSICOS

    a. O planejamento e preparao do processo ensino-aprendizagemconsistem em prever e organizar os elementos necessrios aprendizagem. o momento em que o instrutor toma as decises decorrentes de seu trabalhocomo planejador.

    b. Este trabalho est configurado no PLANO DE SESSO, que consolidatodas as aes e medidas previstas pelo instrutor para a sesso de instruo ouaula.

    ARTIGO II

    O PLANO DE SESSO

    2-2. CARACTERSTICAS

    O plano de sesso, dentre outros aspectos, deve apresentar as seguintescaractersticas:

    - Realista;- Contnuo e progressivo;- Flexvel; e- Analtico.

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    a. Realista - O instrutor deve planejar a sua sesso ou aula com base nasreais possibilidades existentes (humanas ou materiais).

    b. Contnuo e progressivo - Os assuntos a serem ministrados ou asatividades a serem desenvolvidas devem ser dispostos em uma seqncialgica, do mais simples para o mais complexo e do geral para o particular.

    c. Flexvel - O plano deve admitir eventuais reajustamentos no desenvol-vimento da sesso ou aula.

    d. Analtico - O instrutor deve redigir o seu PLANO DE SESSO de formaanaltica, permitindo a decomposio e anlise de suas partes constituintes.

    2-3. FATORES

    O instrutor deve considerar os fatores que influem diretamente em seuplanejamento, que so:

    - Os objetivos da sesso ou aula ;- As caractersticas dos instruendos;- O tempo disponvel;- As tcnicas de instruo;- Os meios auxiliares;- As fontes de consulta;- Os monitores e auxiliares existentes;- A avaliao do rendimento da sesso ou aula; e- A segurana.

    a. Objetivos da sesso - Toda sesso de instruo ou aula deve ter umou mais objetivos, normalmente expressos por meio de verbos de ao.

    (1) A anlise desses objetivos conduzir o instrutor concluso sobrea convenincia, ou no, do estabelecimento de objetivos intermedirios ouparciais para a consecuo dos objetivos da sesso de instruo ou aula. Estaanlise aplicvel maioria das sesses, sendo mais realada naquelas emque se busca o desempenho do instruendo.

    (2) Os objetivos (finais, intermedirios ou parciais) devem ser levadosao conhecimento dos instruendos no incio da sesso, por meio de um quadromural ou escrito no quadro de giz, em local visvel por todos. Ao trmino dasesso, serviro como referncia para os instruendos se auto-avaliarem emfuno de sua consecuo, satisfazendo suas expectativas quanto aprendi-zagem.

    (3) O Artigo IV apresenta exemplos dos verbos usados para definirobjetivos.

    b. Caractersticas dos instruendos - Este um fator muito importanteque o instrutor deve considerar. O nvel intelectual, o grau de conhecimentoprvio acumulado e os aspectos socio-culturais influem diretamente no plane-jamento da instruo.

    (1) O planejamento de uma sesso de instruo ou aula para militaresde carreira necessariamente diferente daquela que se destina a recrutas.

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    (2) O instrutor deve considerar os aspectos:(a) Biopsicossociais, compreendendo as formas peculiares de

    pensamentos e emoes, de acordo com a fase de vida, tal como idade, posiohierrquica, objetivos imediatos aps o curso e outros;(b) Culturais, adaptando a sesso bagagem cultural dos instruendos

    com sua experincia de vida; e(c) Fisiolgicos, evitando assuntos novos aps sesses ou aulas

    com forte desgaste fsico ou depois das refeies.(3) Um plano de sesso s pode ser considerado bom quando

    adequado s caractersticas dos instruendos.

    c. Tempo disponvel - De uma maneira geral, o tempo disponvel paraa sesso j foi previamente analisado pela direo de instruo ou de ensino econsiderado compatvel para a consecuo dos objetivos. Ao instrutor cabe

    visualizar como melhor aproveitar esse tempo.d. Tcnicas de instruo - Chega o momento em que o instrutor, de

    posse dos dados acima referidos, e quando no houver imposio no ProgramaPadro ou Plano de Matria, faz a seleo das tcnicas de instruo maisadequadas para a consecuo dos objetivos.

    OBSERVAO: O Captulo 4 descreve os processos de ensinodisponveis ao instrutor.

    e. Meios auxiliares - Os meios auxiliares influem de maneira decisiva noplanejamento de uma sesso. Em sesses de instruo de armamento leve, porexemplo, ser ideal que cada instruendo possa manusear a sua prpria arma.Tambm importante no planejamento da sesso de instruo ou aula, aexistncia de certos meios auxiliares como monitores de vdeo, projetores dediapositivos e outros que incentivam a motivao dos instruendos.

    OBSERVAO: O Captulo 5 apresenta os diferentes tipos de meiosauxiliares.

    f. Fontes de consulta - O instrutor deve fazer uma verificao dos seusconhecimentos sobre o assunto da sesso ou aula e, para isso, ir buscar asfontes de consulta necessrias. O plano de sesso anterior (j existente noarquivo pessoal do instrutor ou no da OM) outro documento de consultaobrigatria para apoiar as decises do instrutor.

    g. Monitores e auxiliares - Dependendo do processo de ensino escolhi-do, o instrutor deve verificar quantos monitores e/ou auxiliares ir necessitar,bem como suas caractersticas.

    (1) Na instruo voltada para o desempenho, com o manuseio dearmamentos ou equipamentos, usual a utilizao de um grande nmero demonitores e auxiliares.

    (2) Geralmente um instrutor que tambm o comandante de fraoemprega os graduados dessa frao como seus monitores e as praasengajadas como auxiliares.

    2-3

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    h. Avaliao da aprendizagem - No planejamento da sesso ou aula, oinstrutor deve estar sempre atento aos seus objetivos e como ser avaliada a

    sua consecuo por cada instruendo.(1) Na instruo militar, o desempenho consiste na execuo de umatarefa, dentro de determinadas condies, de acordo com um padro mnimo.

    (2) A observao do desempenho do instruendo pode ser feito peloinstrutor e pelos monitores, sendo suficiente o registro de acordo com o prescritonos Programas Padro de Instruo.

    (3) No ensino militar, que tambm objetiva o desempenho, normal-mente a avaliao feita por meio de provas de diferentes tipos, de acordo como Plano de Matria.

    OBSERVAO: O Captulo 6 aborda questes relacionadas com aavaliao da aprendizagem.

    i. Segurana na instruo e no ensino - O militar, no exerccio de suaprofisso, est sujeito a riscos decorrentes do manuseio ou da operao dearmamentos, equipamentos, munies ou materiais perigosos ou da execuode tcnicas de risco. Nessa condio, deve ser um perito no mbito de suafrao, subunidade ou turma de instruo. Desta forma, deve ser um executan-te perfeitamente qualificado e amplamente conhecedor desse manuseio,operao ou execuo de tcnica, profundamente consciente dos riscos eperigos a que est sujeito ou que ir sujeitar os seus subordinados, superioresou instruendos.

    (1) Deve agir e fazer de maneira que previna ou evite a ocorrncia deacidentes, seja por impercia, imprudncia ou negligncia, prprias, de seus

    subordinados ou instruendos. O Programa Padro de Instruo PPB/1 -PLANEJAMENTO, EXECUO E CONTROLE DA INSTRUO MILITAR e oPLANO BSICO DE INSTRUO MILITAR, do COTer, contm as prescriesgerais e particulares sobre a segurana na instruo e no servio, que devemser do conhecimento e aplicao por parte dos instrutores e monitores.

    A SEGURANA NA INSTRUO, NO ENSINO E NO SERVIO DIRIO

    ESPELHA O ELEVADO GRAU DE COMPETNCIA PROFISSIONAL DE SEUS

    QUADROS E EVITA A OCORRNCIA DE ACIDENTES COM CUSTOS

    ELEVADOS E A POSSVEL PERDA DE VIDAS.

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    Fig 2-1. Segurana no ensino

    Fig 2-2. Segurana na instruo

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    2-4. O PLANO DE SESSO

    O instrutor completa o seu trabalho de planejamento e preparaoelaborando o PLANO DE SESSO, normalmente em duas vias. Este odocumento que exprime a deciso tomada pelo instrutor aps a anlise dosfatores citados anteriormente.

    a. Estrutura - Um plano de sesso deve atender a seguinte estrutura:cabealho; e plano propriamente dito.

    (1) O cabealho destina-se a registrar informaes sobre a matria, oassunto, o curso, a turma ou grupamento de instruendos, o local, a data, ohorrio, a(s) tcnica(s), o(s) meio(s) auxiliar(es), o(s) instrutor(es), monitor(es)e/ou auxiliar(es), as fontes de consulta, as medidas administrativas e as desegurana.

    (2) O plano propriamente dito contm a seqncia da sesso, incluindoos itens de introduo, desenvolvimento e concluso, indicando o tempodestinado a cada item ou a cada idia, bem como o acionamento dos meiosauxiliares:

    (a) Geralmente o item introduo reservado para fazer a ligaocom a sesso anterior ou com o curso ou matria como um todo, apresentar osobjetivos da sesso (e os objetivos intermedirios, quando existirem), indicarcomo os objetivos sero alcanados, apresentar o roteiro, caracterizar aimportncia do assunto da sesso e despertar e/ou aumentar o interesse doinstruendo, atuando positivamente em sua motivao;

    (b) O item desenvolvimento onde o instrutor redige, de formaanaltica, o texto que corresponde s palavras que dir ao longo da sesso na

    exposio de cada idia, podendo conter exemplos, observaes ou citaes;indica, tambm, a aplicao, onde so indicados os exerccios ou tarefas queo instruendo deve desenvolver aps a apresentao;

    (c) No item concluso feita uma sntese das principais idiasabordadas na sesso, alm de informar sobre:

    - a avaliao, onde so identificados os processos para aavaliao imediata da consecuo dos objetivos;

    - a retificao da aprendizagem, onde podem ser sugeridosoutras tcnicas de instruo para suprir as dificuldades dos instruendos;

    - o encerramento, onde o instrutor, aps responder a eventuaisdvidas dos instruendos, encerra a sesso ou aula; e

    - as crticas ou sugestes, onde so registradas todas asocorrncias significativas que se apresentaram durante a sesso, indicando-seos pontos positivos e os negativos, alm das sugestes que podero servir desubsdios para outros instrutores.

    (3) O plano deve ficar disponvel ao instrutor no prprio local da sessoou aula, podendo ficar a cpia disposio da direo da instruo ou de ensino.No item desenvolvimento, o instrutor pode preparar outras formas de registrodas idias e do desenrolar da sesso ou aula, tais como fichas.

    (4) O instrutor no deve ler o plano de sesso, mas apresentar as idiasnele contidas em funo do preparo intelectual que realizou previamente.

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    OBSERVAO: O Artigo IV apresenta um modelo de PLANO DESESSO e o Artigo V um PLANO j preenchido como exemplo.

    2-5. ENSAIO DA SESSO

    a. Algumas tcnicas ou o emprego de determinados meios auxiliaresrequerem uma preparao maior do instrutor, dependendo de sua complexidade.

    b. O ensaio torna-se necessrio para desenvolver as habilidades doinstrutor, aumentando sua autoconfiana e assegurando o sucesso da sessoou aula, e deve ser acompanhado por observadores que possam auxiliar oinstrutor com crticas construtivas para aprimorar a sesso.

    c. A sesso de instruo deve ser ensaiada tantas vezes quantas

    necessrias para que seja bem sucedida.d. Neste tipo de atividade tambm fundamental o comportamento

    profissional por parte do instrutor.

    ARTIGO III

    VERBOS USADOS PARA A FORMULAO DE OBJETIVOS

    2-6. NVEL DE CONHECIMENTO

    Definir, designar, denominar, descrever, identificar, rotular, nomear,listar, igualar, esboar, reproduzir, declarar, indicar, conceituar, classificar,relacionar, consultar, repetir, apontar, registrar, marcar, relatar, subblinhar,enumerar, acessar informaes, investigar, pesquisar.

    2-7. NVEL DE COMPREENSO

    Converter, justificar, distinguir, estimar, explicar, estrapolar, generalizar,exemplificar, inferir, parafrasear, predizer, debater, sumariar, traduzir, reafir-mar, expressar, localizar, revisar, narrar, conceituar.

    2-8. NVEL DE APLICAO

    Experimentar, converter, modificar, calcular, demonstrar, descobrir,manipular, operar, predizer, preparar, produzir, relacionar, mostrar, resolver,usar, construir, aplicar, empregar, dramatizar, praticar, ilustrar, inventariar,esboar, traar, editar, montar, desmontar, dissertar, propor, implantar,reinventar.

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    2-9. NVEL DE ANLISE

    Decompor, diagramar, deferenciar, discriminar, distinguir, ilustrar, inferir,esboar, assimilar, relacionar, selecionar, separar, subdividir, analisar, provar,comparar, criticar, investigar, debater, examinar, categorizar, classificar.

    2-10. NVEL DE SNTESE

    Categorizar, combinar, compilar, compor, criar, imaginar, planejar, pro-duzir, modificar, organizar, projetar, reconstruir, relacionar, reorganizar, revi-sar, rescrever, sumariar, narrar, escrever, esquematizar, propor, formular,coordenar, conjugar, reunir, construir, resumir, explicar.

    2-11. NVEL DE AVALIAOComparar, concluir, contratar, criticar, discriminar, justificar, julgar, ava-

    liar, validar, selecionar, valorizar, estimar, medir, interpretar.

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    ARTIGO IV

    MODELO DE PLANO DE SESSO

    1 Parte: CABEALHO

    OM:

    PLANO DE SESSO N

    DATA:

    HORA:

    CURSO:

    PERODO:

    FASE:

    TURMA:

    GRUPAMENTO:

    MATRIA:

    UNIDADE DIDTICA:

    ASSUNTO:

    OBJETIVOS:

    LOCAL DA INSTRUO:

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    PLANO DE SESSO (Continuao)

    1 Parte: CABEALHO (Continuao)

    TCNICA(S) DE INSTRUO:

    MEIOS AUXILIARES:

    INSTRUTOR(ES): MONITOR(ES): AUXILIAR(ES):

    MEDIDAS ADMINISTRATIVAS:

    MEDIDAS DE SEGURANA:

    FONTES DE CONSULTA:

    ASSINATURA: VISTO: VISTO:

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    PLANO DE SESSO (Continuao)

    2 Parte: PLANO PROPRIAMENTE DITO

    OBSERVAES: Os itens em itlico representam um lembrete aoinstrutor quando da redao do PLANO DE SESSO

    TEMPO DISTRIBUIO DO ASSUNTOMAIE

    OBS

    1. INTRODUO

    a. Ligao com a sesso anterior

    b. Apresentao dos objetivos da sesso

    c. Apresentao do sumrio

    d. Motivao dos instruendos

    2. DESENVOLVIMENTO

    a. Redao do texto que ser exposto ou apresentado aosinstruendos

    b. Aplicao

    3. CONCLUSO

    a. Avaliao

    b. Retificao da aprendizagem

    c. Encerramento

    d. Crticas/Sugestes

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    PLANO DE SESSO (Continuao)

    3 Parte: ANEXOS

    Relacionar os meios auxiliares e os demais materiais necessrios para asesso.

    TEMPO DISTRIBUIO DO ASSUNTOMAIE

    OBS

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    ARTIGO V

    EXEMPLO DE PLANO DE SESSO

    1 Parte: CABEALHO

    88 BI Mtz

    5

    Bsica

    1 Cia Fzo

    Apresentao do armamento individual e coletivo da OM

    Telheiro da Cia

    Palestra, demonstrao, exerccio individual e

    interrogatrio

    Limpeza e preparao do local de instruo

    Ver ltima folha deste plano

    Formao de Soldado

    Instruo Individual

    1 - ARMAMENTO E TIRO

    18/MAR/96

    0800/1000

    OM: PLANO DE SESSO

    N

    DATA:

    HORA:

    CURSO:

    PERODO:

    FASE:

    TURMA:

    GRUPAMENTO:

    MATRIA:

    UNIDADE DIDTICA:

    ASSUNTO:

    OBJETIVOS:

    a. Da sesso: identificar o armento da OMb. Intermedirios:1 - identificar, pelo nome, o armamento de dotao de um Batalho de

    Infantaria2 - descrever o emprego das armas3 - citar as principais caractersticas do armamento do Batalho4 - atingir o padro mnimo do Objetivo de Instruo Intermediria (OII)

    LOCAL DA INSTRUO:

    TCNICA(S) DE INSTRUO:

    MEIOS AUXILIARES:

    INSTRUTOR(ES): MONITOR(ES): AUXILIAR(ES):

    Ten FRANCISCO Sgt dos Pel Fzo e Pel Ap Cb e Sd eng dos Pel Fzoe Ap

    MEDIDAS ADMINISTRATIVAS:

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    EXEMPLO DE PLANO DE SESSO (Continuao)

    2 Parte: PLANO PROPRIAMENTE DITO

    TEMPO DISTRIBUIO DO ASSUNTOMAIE

    OBS

    1. INTRODUO:

    05 MIN

    Em prosseguimento instruo do Perodo Bsico, hoje

    conheceremos o armamento do nosso batalho bem como

    os diversos tipos de munio que so utilizados.

    O nosso objetivo identificar o armamento da OM e ser

    alcanado com os seguintes objetivos intermedirios:

    1 - identificar, pelo nome, o armamento de dotao de um

    batalho de infantaria;

    2 - descrever o emprego desse armamento;

    3 - citar as principais caractersticas do armamento do

    batalho; e

    4 - atingir o padro mnimo do Objetivo de Instruo Indi-

    vidual, conforme os quadros que esto sendo apresentados

    (QM 01 e QM 02).

    As armas de uma unidade militar so o principal material

    de que dispe. Sem armas, uma organizao no militar

    e menos ainda combatente. Sem armas no somos

    soldados.

    empregando, com eficincia, o nosso armamento que

    destrumos ou neutralizamos o inimigo, tanto no ataque

    como na defesa.

    Uma arma bem empregada aumenta a nossa fora e

    uma grande ameaa para o inimigo. Uma arma mal empre-

    gada um peso morto e um grande risco para o prprio

    usurio.

    QM 01

    QM 02

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    EXEMPLO DE PLANO DE SESSO (Continuao)

    2 Parte: PLANO PROPRIAMENTE DITO (Continuao)

    TEMPO DISTRIBUIO DO ASSUNTOMAIE

    OBS

    Embora, todo ano, muitas recomendaes sejam feitas

    sobre os cuidados de segurana com o armamento, s

    vezes ainda acontecem acidentes que provocam ferimentos

    e mesmo a morte.

    Alm dos prejuzos materiais e humanos, existe tambm

    a punio disciplinar e a condenao na Justia.

    Vamos seguir os itens indicados neste roteiro (QM 03):

    1 - fuzil;

    2 - fuzil metralhador;3 - pistola;

    4 - morteiros;

    5 - armas anticarro.

    Hoje iniciamos o conhecimento do armamento, mas logo

    trataremos tambm:

    - do seu manuseio;

    - do seu emprego; e

    - da sua manuteno.

    QM 03

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    EXEMPLO DE PLANO DE SESSO (Continuao)

    2 Parte: PLANO PROPRIAMENTE DITO (Continuao)

    TEMPO DISTRIBUIO DO ASSUNTOMAIE

    OBS

    2. DESENVOLVIMENTO:

    a. O fuzil a arma bsica do infante. A maior parte do nosso

    pessoal emprega essa arma, que apresenta as seguintes

    ca- ractersticas e dados numricos, que podem ser

    acompa- nhados no quadro mural e pelas demonstraes

    dos moni- tores (abrir o QM 04):

    1 - A sua designao : fuzil 7,62 M 964, que significa o tipo

    (fuzil), o calibre 7,62 mm e o modelo 1964;

    2 - A sua classificao uma arma de fogo, porttil, de fun-

    cionamento automtico, emprego individual, e o seu destino

    fazer o tiro contra pessoal, podendo tambm lanar gra-

    nadas antipessoal ou anticarro;

    3 - O seu alcance de utilizao de 600 metros, que passa

    para 800 metros quando equipado com luneta; o seu alcan-

    ce mximo de 3 mil e 800 metros e o seu projetil tem uma

    velocidade inicial de 840 metros por segundo quando sai da

    boca da arma;

    4 - Esta arma pode fazer o tiro contnuo ou o tiro intermitente

    e, para o lanamento de granadas, o tiro de repetio; o tiro

    contnuo aquele feito sem intervalos, enquanto no tiro in-

    termitente o atirador d espaos entre alguns tiros, e o tiro

    de repetio aquele em que o atirador dispara um projetil

    de cada vez;

    QM 04

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    EXEMPLO DE PLANO DE SESSO (Continuao)

    2 Parte: PLANO PROPRIAMENTE DITO (Continuao)

    TEMPO DISTRIBUIO DO ASSUNTOMAIE

    OBS

    5 - O seu funcionamento pode ser automtico ou semi-auto-

    mtico;

    6 - O princpio de funcionamento de tomada de gases em

    um ponto do cano e o seu ferrolho basculante fecha e

    tranca a culatra;

    7 - uma arma refrigerada a ar, o seu aparelho de pontaria

    composto por ala de mira e massa de mira.

    b. Aplicao: Para que as caractersticas destas armas fi-

    quem bem conhecidas e mesmo sejam comprovadas, va-mos conferi-las.

    - Todos devero conferir essas caractersticas. Os monitores

    mostraro mais uma vez porque so automticas ou de re-

    petio.

    - Ao mesmo tempo que conferimos as caractersticas do ar-

    mamento do batalho, j vamos iniciando o seu manuseioe aprendendo um pouco de seu funcionamento.

    B. O fuzil metralhador ....................................

    C. A pistola ....................................................

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    EXEMPLO DE PLANO DE SESSO (Continuao)

    2 Parte: PLANO PROPRIAMENTE DITO (Continuao)

    TEMPO DISTRIBUIO DO ASSUNTOMAIE

    OBS

    3. CONCLUSO

    40 MIN

    (04 MIN

    P/ ARMA)

    a. Avaliao: Farei agora perguntas que sero dirigidas a

    todos os instruendos, e os monitores acompanharo as res-

    postas fazendo anotaes para avaliao e preenchimento

    da FIB:

    1 - fuzil:

    - qual o calibre do fuzil?

    - qual o seu emprego geral?

    - qual a distribuio geral?

    - qual a designao desta arma?

    - quais so as principais caractersticas?

    2 - fuzil metralhador ......... ...... ........ ......... .......... ....... ......

    3 - pistola: ..... ..... ...... ..... ..... ...... ....... ...... ..... .... ....... ...

    b. Retificao da aprendizagem: Farei agora uma recapi-

    tulao dos tpicos da instruo que no tenham sidos bem

    assimilados. Quanto ao fuzil, importante conhecerem

    bem o seu alcance de utilizao, que de 600 metros, pois

    disto pode depender a sua vida.

    c. Encerramento: Encerrando esta sesso, quero ressaltar

    que o desconhecimento das caractersticas do armamentoapresentado e que ser efetivamente utilizado pode colocar

    em risco a vida do combatente. Em outras sesses de ins-

    truo, iremos aprender mais sobre estas armas e fazer o

    tiro com elas, de acordo com a distribuio; no entanto,

    todos os instruendos faro o tiro com o fuzil, que o

    armamento individual bsico.

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    TEMPO DISTRIBUIO DO ASSUNTOMAIE

    OBS

    UMA UNIDADE COMBATENTE NADA VALE SE OS SEUS

    INTEGRANTES NO CONHECEREM E NO SOUBEREM

    UTILIZAR BEM O SEU ARMAMENTO.

    e. Crticas/Sugestes: Nada a observar.

    EXEMPLO DE PLANO DE SESSO (Continuao)

    2 Parte: PLANO PROPRIAMENTE DITO (Continuao)

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    EXEMPLO DE PLANO DE SESSO (Continuao)

    3 Parte: ANEXOS (Continuao)

    TEMPO DISTRIBUIO DO ASSUNTOMAIE

    OBS

    ARMAMENTOS NECESSRIOS:

    FUZIS;

    PISTOLAS;

    FUZIS-METRALHADORES;

    METRALHADORAS;

    MORTEIROS 60 MM;

    MORTEIROS;

    ARMAS ANTICARRO.

    OBS: O ARMAMENTO DE QUE DOTADA A OM

    QUADROS MURAIS RELATIVOS A ESTA SESSO DE

    INSTRUO.

    2 BALANAS;

    3 FITAS MTRICAS;

    MUNIO REAL DE TODOS OS TIPOS PARA TODAS AS

    ARMAS, MUNIO DE MANEJAO.

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    PRINCIPAIS IDIAS CONTIDAS NO CAPTULO 2

    - Um bom planejamento deve ser flexvel, com clareza e realismo.

    - O PLANO DE SESSO deve ser redigido de forma analtica, com todasas palavras que exprimem as idias que sero abordadas durante a sesso deinstruo ou aula.

    - Apesar de ser um documento elaborado pessoalmente pelo instrutor,deve permanecer no arquivo da Unidade ou Estabelecimento de Ensino paraconsulta posterior e servir de base para o planejamento de novas sesses deinstruo ou aula sobre o mesmo assunto.

    - O Modelo apresentado deve ser utilizado independentemente da tcnicade instruo escolhida.

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    CAPTULO 3

    ORIENTAO

    ARTIGO I

    GENERALIDADES

    3-1. CONCEITOS BSICOS

    a. Orientao - o trabalho do instrutor que:

    (1) Se realiza aps o planejamento e preparao;(2) Ocorre no local de instruo com a utilizao efetiva da tcnica deinstruo escolhida; e

    (3) Tem por meta ajudar o instruendo a atingir os objetivos propostos.

    b. Centro do processo - O instruendo o centro do processo ensino-aprendizagem. Cabe ao instrutor oferecer desafios, apresentar problemas,atuar na motivao dos instruendos e proporcionar informaes teis e cami-nhos alternativos que auxiliem a aprendizagem.

    ARTIGO II

    PRINCPIOS DO PROCESSO ENSINO - APRENDIZAGEM

    3-2. GENERALIDADES

    O sucesso da sesso de instruo ou de aula depende da percia com queo instruendo executa as tarefas que aprendeu. O instrutor deve conhecer bemas tcnicas de instruo para poder, de maneira mais eficiente, planejar epreparar, orientar, controlar e avaliar o desempenho do instruendo.

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    3-2

    3-3. PRINCPIOS

    Para uma seleo judiciosa das tcnicas de instruo, o instrutor deveconhecer tambm os princpios que regem a atividade de ensino.

    a. A prontido o momento em que o instruendo est apto a aprender,decorrente do atendimento de condies fsicas, intelectuais, sociais e emoci-onais que devem preexistir para que se torne possvel qualquer tipo deaprendizagem. A maturao dos processos de aprendizagem possibilitam queo instruendo preste ateno aos aspectos mais importantes de um fato,ignorando aqueles que considera irrelevantes.

    b. O instrutor deve estar bem ciente das caractersticas dos instruendosbem como dos objetivos a atingir, para fazer a adequao da tcnica deinstruo, do tempo e dos meios auxiliares. Estas caractersticas so normal-

    mente configuradas pelo grau de escolaridade e pela procedncia dosinstruendos. Uma sesso destinada a oficiais-alunos ser planejada e prepara-da, orientada, controlada e avaliada de forma bem diferente daquela que visaa instruir recrutas.

    c. Deve incentivar o instruendo de modo que fique motivado paraaprender. Para tanto, deve esclarecer o objetivo a atingir, valorizar esseobjetivo e relacion-lo com os interesses e aptides do instruendo parapossibilitar o que possa ser alcanado, obtendo-se melhor resposta. O instrutorno motiva, ele apenas pode incentivar o instruendo para que, nele, despertemum ou vrios motivos, cabendo a estes o papel de gerar a aprendizagem.

    OBSERVAO: O Artigo III apresenta exemplos de incentivao dosinstruendos.

    Fig 3-1. Objetivos da sesso de instruo ou aula

    3-3

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    d. Para aprender, o instruendo deve ter interesse naquilo que ser objetoda sesso ou aula. O instrutor deve despertar o desejo de aprender, tornando

    evidentes ao instruendo os motivos que fazem o assunto importante para este.Alm disso, o instrutor deve manter vivo o interesse do instruendo no desenvol-vimento da sesso e estimular a ateno do instruendo recorrendo aos meiosauxiliares adequados para obter a percepo. Este um processo ativo quesignifica a assimilao e a interpretao de novas sensaes. Por meio dapercepo o instruendo incorpora novas experincias que iro reorganizar osseus conhecimentos e o seu comportamento. O instrutor deve estar atento aofato de que as percepes so relativas, reagindo de forma diferente a cadaestmulo apresentado. A focalizao perceptiva a ateno, que pode serdefinida como a capacidade seletiva da percepo. Considerando que nainstruo ou no ensino voltado para o desempenho a atuao do instruendo permanente, o instrutor deve manter o seu interesse, encorajando-o na execu-

    o das tarefas e recompensando-o pelos acertos, em vez de reprov-lo quandofalha. Deve preocupar-se em ressaltar os pontos positivos, dando s faltas umtratamento que venha a possibilitar sua correo.

    Fig 3-2. Despertando o desejo de aprender

    e. A aprendizagem acontece no prprio instruendo, para tanto, o instrutordeve estimul-lo, criando nele a motivao necessria ao aprendizado, pormeio de sua participao ativa. Este princpio bsico para orientar a atividadedo instruendo, mediante a realizao de tarefas dentro de condies e padresmnimos que caracterizam a instruo ou o ensino voltado para o desempenho.Todo ensino deve ser ativo, solicitando a participao e a reao do instruendo.

    3-3

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    A aprendizagem somente se efetiva com o esforo pessoal do instruendo. Destaforma, o instrutor deve solicitar constantemente a iniciativa, o trabalho, a

    colaborao e a opinio do instruendo, estimulando a sua criatividade e acontnua produo mental.

    Fig 3-3. Participao ativa do instruendo

    f. O instrutor deve estabelecer um canal de comunicao com seusinstruendos e, de acordo com as tcnicas de instruo, possibilitar-lhes, nosmomentos oportunos, se comunicarem com o instrutor. A comunicao no sefaz apenas por meio verbal, mas tambm pelo uso adequado dos meiosauxiliares, procurando atingir todos os sentidos dos instruendos.

    g. Memria a capacidade de reter e relembrar conhecimentos eexperincias. Como essencialmente seletiva e influenciada pela motivao,o instruendo pode fixar dados de uma determinada rea e no guardar fatos de

    outras. A memorizao se torna mais fcil quando os assuntos so previamentecompreendidos e relacionados a objetivos definidos.

    h. A generalizao o processo pelo qual se percebe um fato novo comosemelhante a outro j conhecido. A partir da generalizao, o instruendo efetuaa transferncia da aprendizagem, que o resultado de uma grande prtica emtratar problemas.

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    Fig 3-4. Canal de comunicao

    i. Se a finalidade da instruo militar e do ensino profissional apreparao do combatente, a imitao do combate deve estar sempre presente

    para o instrutor. Para tanto, o realismo deve ser buscado pelo instrutor naseleo da tcnica de instruo, no local e nos meios auxiliares. Mesmo que oassunto no esteja ligado diretamente ao combate e sim vida militar diria, oinstrutor deve procurar manter o realismo. Este princpio deve ser aplicadotambm em assuntos tericos que no tenham ligao direta com a instruoou o ensino voltados para o desempenho ou vida militar diria.

    j. Todo instruendo precisa conhecer os resultados obtidos na tentativa deaprender. O instrutor deve fornecer respostas que esclaream sobre o desem-penho do instruendo, o que provoca o chamado processo de realimentao.Este processo absolutamente essencial e til, uma vez que aumenta osucesso em qualquer etapa da aprendizagem. Pode estar presente sob as

    formas de elogio, quando o instruendo acerta, e correo do erro, de formaconstrutiva e objetiva, sem qualquer idia de punio.

    3-3

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    Fig 3-5. Imitao do combate

    3-4. REAS DE APRENDIZAGEM

    O comportamento do militar pode ser dividido em trs reas, comrespectivos nveis de aprendizagem, e que so: psicomotora, cognitiva eafetiva. A rea psicomotora compreende as habilidades motoras (destrezas ehabilidades) e a rea cognitiva, que abrange as habilidades mentais (conheci-mentos); ambas tm como objetivo principal o desempenho individual. A reaafetiva trata de atitudes, valores e idias, diz respeito s ligaes, os interessesde cada militar para com chefes, companheiros, subordinados, para com aNao, o Exrcito e as demais instituies deste nvel, com a histria ptria,com as tradies nacionais e militares e com tudo que se relaciona com o amor profisso e carreira, buscando a formao do carter militar.

    OBSERVAO: O Artigo IV trata dos nveis da rea cognitiva, o ArtigoV da rea psicomotora e o Artigo VI da rea afetiva.

    3-4

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    ARTIGO III

    COMO INCENTIVAR OS INSTRUENDOS

    3-5. SUGESTES

    a. Iniciar a sesso, apresentando uma questo que cause certa perplexi-dade: um dilema, uma provocao, ou outros.

    Por exemplo: Como se deve conduzir a instruo do soldado: comcastigo fsico ou atravs de mtodos modernos?

    b. Utilizar alguma novidade ou estmulo inesperado relevantes aoscontedos da matria: ilustraes ou sons.

    Por exemplo: Uma exploso, seguida de um claro, ao incio de uma

    instruo de observao noturna.c. Estimular a criatividade e a apresentao de perspectivas no usuais

    para resolver um problema: apelar para a imaginao.Por exemplo: Como atravessar um riacho de trs metros de largura

    com um grupo de combate onde s um Cabo sabe nadar bem?

    d. Utilizar, durante o desenvolvimento da sesso, mudanas abruptas nocontedo para suscitar a curiosidade e obter a ateno: utilizar gravuras,diapositivos ou um pensamento.

    Por exemplo: Em uma instruo de patrulha, mostrar diapositivos doresultado de uma patrulha de combate que retornou com feridos.

    e. Criar um nvel moderado de expectativa ou desafio em relao aocontedo quando j tiver alcanado um certo desenvolvimento no andamentoda matria.

    Por exemplo: Os melhores na execuo da 5 sesso de tiro seropremiados na prxima formatura!

    f. Dar oportunidades para o instruendo mostrar mais sobre algo que jconhea, acrescentando novos dados.

    Por exemplo: Executar o lanamento de granada de bocal, j sendo umatirador de fuzil de padro muito bom.

    g. Mostrar ao instruendo a aplicao na vida real daquilo que est sendoensinado atravs de um fato ou histria verdica.

    Por exemplo: Mostrar a necessidade de um atirador de escol, nocombate em localidade, para segurana de tropa ou autoridade.

    h. Comunicar os objetivos da sesso aos instruendos, de modo a reduzira ansiedade e orientar os seus esforos no estudo da matria.

    Por exemplo: No incio da instruo, ler com os instruendos o objetivoda instruo e o sumrio que ser seguido, deixando ambos expostos para quesejam conferidos pelo instruendo.

    3-5

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    ARTIGO IV

    NVEIS DA REA COGNITIVA

    3-6. CONCEITOS

    Os objetivos do domnio cognitivo enfatizam a recordao ou a reprodu-o de algo que presumivelmente foi aprendido. Envolvem tambm a resoluode alguma tarefa intelectual para a qual o indivduo tem que determinar oproblema essencial e, ento, reorden-lo ou combin-lo com idias, mtodosou procedimentos j aprendidos. Eles variam desde a simples evocao atmaneiras altamente originais e criadoras de combinar e sintetizar novas idias.

    3-7. NVEIS

    3-6/3-7

    NVEIS EXEMPLOS DE OBJETIVOS

    Conhecimento

    Envolve a recordao de fatos espe-

    cficos, gerais, mtodos e outros itens

    previamente aprendidos, valorizando

    principalmente a memria e o arma-

    zenamento de informaes. O instru-

    endo identifica, descreve ou define.

    - Relacionar as fases de uma ACISO

    - Listar as partes da pistola 9 mm.

    Compreenso

    Refere-se ao tipo de entendimento do

    significado de um contedo, revelado

    pela habilidade na transformao de

    certo material ou idia em outro(a),

    sem necessariamente ver suas

    implicaes mais amplas. O

    instruendo exemplifica, justifica ou

    sumaria.

    - Explicar o funcionamento do distri-

    buidor de uma Vtr 1/4 Ton.

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    SIEVN SOVITEJBOEDSOLPMEXE

    oacilpA

    -esuo,seartsbarasuededadicapaC

    arapsoipcnirpuosarger,sodotm,aj

    -noceseralucitrapseautisranoiculos

    ,etrevoc,aluclacodneurtsniO.saterc

    .zudorpuoartsnomed

    anacitsgoLadsoipcnirpsoragerpmE-

    oiopAedonalPmuedocefnoc

    .ocitsgoL

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    -maCedairahlitrAedoriTedlartneC

    .ahnap

    esilnA

    melairetammuridividededadicapaC

    aodomedsal-noicaleresetrapsaus

    odneurtsniO.aruturtseausrebecrep

    .amargaiduoaobse,epmoced

    -iminiodsedadilibissopsaranimreteD-

    -adinUamuedossimamatefaeuqog

    .avisnefedaned

    esetnS

    odneurtsnioeuqes-ajesed,levnetseN

    a,lanigirootudorpmueircuoetejorp

    -edelE,sodadrobasotnussasodritrap

    -nemelesorazinagroedzapacresrev

    .lanigiroeovonodotmuramrofarapsot

    -agrouoairc,azirogetacodneurtsniO

    .azin

    -apoarepoedotiecnocmurarobalE-

    -rofnisaodnaredisnocdlBfnIltBoar

    sotnemucodsodsetnatsnocseam

    .sodicenrof

    aairtsihamuetnemavitaircrevercsE-

    olepsodicenrofsotnemelesodritrap

    .roturtsni

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    -itameacilpmI.sievnsodotlasiamootrecedrolavodotnemaglujededadiv

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    edotnopuesoatneserpaodneurtsnio

    ralucitrapotnemaglujuesouoatsiv

    -irconulaO.otnussaodanimretederbos

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    -orpasiamoaedahnilaregelE-,ossimadotnemirpmucoarapadairp

    .ahlocserohlemausodnacifitsuj

    onisneedacinctrohlemaranoiceleS-

    sotisporpsorignitaarap

    .sodatneserpa

    odnugesroturtsnimuedaluaarailavA-

    .soirtircsodanimreted

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    ARTIGO V

    NVEIS DA REA PSICOMOTORA

    3-8. CONCEITOS

    Os objetivos do domnio psicomotor enfatizam alguma habilidade mus-cular ou motora, alguma manipulao de material, objetivos ou algum ato querequeira coordenao neuromuscular. Nele, as habilidades e os movimentosfsicos so parte decisiva.

    3-9. NVEIS

    3-8/3-9

    SIEVN SOVITEJBOEDSOLPMEXE

    opecreP

    edoucexeanossaporiemirpoedossecorpo.arotomoaamu

    ,sotejboedotnemicehnocramotsodoiemropsealeruosedadilauq

    :edsievnsoevlovnE.soditnes-iv,sovitidua(solumtsesorebecreP-

    .)seralucsumsotnemivom,siett,siaus euqsetnavelersolumtsesoracifitnedI-.oaamumanoicerid

    ossecorpmuetnemlatnemrarobalE--ecersolumtsesoaotnemidnetame

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    .aiugmuomoc

    oaraperP

    -itnorpuooirtaraperpotnematsujao.oaedralucitrapopitmuarapod

    :evlovneoaraperpA arapotnorpratse:latnemoaraperP--necehnoc,rotomotamurahnepmesed-orpasatnemarrefsauosossapsood.razilaeraseareposaarapsadairp

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    .serotomsotasoalevrovaf

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    oraritarapetnemlevarovafes-ropsiD-.letrauqodalenitnesedoivres

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    SIEVN SOVITEJBOEDSOLPMEXE

    adatneiroatsopseR

    otnemivlovnesedodlaiciniossapo

    adatneiroatsopserA.edadilibahad

    edetnedivelatnematropmocoaa

    muedoatneirobosoudvidnimu

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    muemrofnoc,seretlahmocacitsn

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    odneurtsnio,levnetseranaclaoA

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    .acigloncetedadixelpmoced

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    3-12

    NVEIS EXEMPLOS DE OBJETIVOS

    Adaptao

    Aqui o instruendo j desenvolveu acapacidade de modificar os proce-dimentos no manejo do objetivo de suaao ou de transferir mecanismos paramelhor desempenhar tarefas emoutras situaes.

    - Operar um telex, sendo datilgrafo.

    (Aplica-se a o conceito bsico detransferncia de aprendizagem).

    Originalidade

    Neste nvel a pessoa estar capacitadaa criar novos mecanismos de aoaproveitando a experincia adquiridanos demais nveis.

    - Criar uma nova forma de atravessarum cabo de ao sobre um rio.

    ARTIGO VI

    NVEIS DA REA AFETIVA

    3-10. CONCEITOS

    Os objetivos do domnio afetivo enfatizam uma totalidade de sentimento,uma emoo ou um grau de aceitao ou rejeio. Eles variam desde a atenosimples a fenmenos selecionados at qualidades complexas de carter e deconscincia, mais internamente consistentes.

    3-11. NVEIS

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    NVEIS EXEMPLOS DE OBJETIVOS

    Acolhimento

    Refere-se disposio do aluno paraprestar ateno a fenmenos particu-lares ou a estmulos (atividades deaula, textos ou msicas). Do ponto devista do ensino, refere-se obteno,manuteno e direo da ateno doaluno. Os resultados de aprendizagemnesta rea vo desde a simples cons-cincia de que uma coisa existe at aateno seletiva da parte doinstruendo.

    - Aceitar as normas de hierarquia edisciplina empregadas no Exrcito.- Acompanhar uma sesso deinstruo de preveno sobre o usoindevido de drogas.

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    SIEVN SOVITEJBOEDSOLPMEXE

    atsopseR

    -urtsniodavitaoapicitrapes-erefeRonodneurtsniolevnesseN.odneonemnefmuaonetaatserpsanepaedeleaegaermbmatomocralucitrap-nerpaedsodatlusersO.amrofamuglarazitafnemedopaeratsenmegazid-ammul(rednopsermeaicncseiuqa-apoisopsid,)odaticilosodnauqlairet

    -asuo)etnemairatnulovl(rednopserar uorezarpropl(rednopsermeoafsit.)osrevid

    airogetacatsedsotlasiamsievnsOsianoicurtsnisovitejboseleuqameulcni-etni"omocsodacifissalcetnemumoceuqsovitejboseleuqa,ajesuo,"esserropoafsitasaearucorpamautneca

    .sedadivitasadanimreted

    -erpretnianoriehnapmocmuradujA-.amelborpmuedoat

    .oiccrexemumeodirefmuaritsissA-

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    oeuqrolavoauoamitsees-erefeR,otejboodadmuaiubirtaodneurtsni-sediaV.otnematropmocuoonemnef

    muedoatiecaselpmissiamaedsedadilibahsaraoiefrepaajesed(rolavedlevnoxelpmocsiamoa)opurgod-adilibasnopseremussa(otnemicehnocodetneicifeotnemanoicnufoarapsedanadaesabtseoazirolavA.)opurg-olavedotnujnocmuedoaziroiretni

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    SIEVN SOVITEJBOEDSOLPMEXE

    oazinagrO

    -olavsetnerefidedoinueres-erefeReseleertnesotilfnocedouloser,ser-etsismuedoarobaleadoemocoa-netsisnocetnemanretniserolavedam-mocmetseesafna,odnesmissA.et.serolavrazitetniseranoicaler,rarap

    medopmegazidnerpaadsodatluseRrolavmuedoautiecnoces-rirefer

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    megazidnerpaadsodatluseR.anad-netxealpmaamumerboclevnetsen-icnirpesafnasam,sedadivitaedos-atropmocoeuqedotafontselap-sniodocitsretcaracuoociptotnem-alersianoicurtsnisovitejbO.odneurt-atsujaedsiaregserdapsoasovitsiaicos,siaossep(odneurtsniodotnem-adairporpamairatse)sianoicomee

    .airogetacatsensodacolocetnem

    ausalepotolePmumeriulfnI-.anaredil

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    PRINCIPAIS IDIAS CONTIDAS NO CAPTULO 3

    - A atuao do instrutor depende do conhecimento e da aplicao deprincpios, tcnicas e meios.

    - O conhecimento dos princpios do processo ensino-aprendizagem fundamental para o instrutor.

    - Tambm auxilia o instrutor na tarefa fundamental de INCENTIVAR oinstruendo.

    - Apresenta os nveis das reas cognitiva, psicomotora e afetiva.

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    CAPTULO 4

    AS TCNICAS DE INSTRUO

    ARTIGO I

    GENERALIDADES

    4-1. CONCEITOS BSICOS

    a. Tcnicas de instruo - So todos os procedimento de que dispe o

    instrutor para tratar de um assunto de modo que os instruendos atinjam osobjetivos propostos.

    b. Processo e tcnica - O processo ensino-aprendizagem compreendediversos componentes, sendo portanto um conceito abrangente. A tcnica deinstruo um desses componentes, consistindo na maneira, jeito ou habilida-de especial de se executar ou ministrar uma sesso de instruo ou aula. Aexpresso tcnica de instruo corresponde s expresses tcnica deensino, empregada nos documentos do Sistema de Ensino ou processo deinstruo empregada nos documentos do Sistema de Instruo. Existemvrias tcnicas de instruo, cada uma perfeitamente caracterizada, porm, emregra geral, so utilizadas de forma mista, combinando-se duas ou mais

    tcnicas em uma mesma sesso de instruo ou aula.c. Quais so? So analisadas as seguintes tcnicas:

    PalestraExerccio IndividualDemonstraoInterrogatrio

    IndividuaisEstudo Individual: - estudo dirigido,

    - estudo por meio de fichas,- estudo em computador.

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    4-2

    Estudo preliminarEstudo de caso

    Coletivas Discusso dirigidaTrabalho de estado-maiorExerccio militar

    d. Adequao - As tcnicas acima relacionadas so adequadas para usoseja na instruo, seja no ensino. Entretanto, as tcnicas relacionadas no AnexoA so adequadas particularmente aos estabelecimentos de ensino; nadaimpede que sejam empregadas, sob orientao criteriosa e competente, poroutras organizaes que tenham necessidade e considerem sua convenincia.

    ARTIGO IIPALESTRA

    4-2. CONCEITOS

    a. A palestra uma exposio oral na qual o instrutor, valendo-se de todosos recursos da comunicao e preferencialmente com a ajuda de meiosauxiliares, apresenta, define, analisa e explica os temas de uma sesso deinstruo ou aula.

    b. Tambm eficaz para iniciar a aprendizagem, bem como para

    introduzir as informaes fundamentais (rea cognitiva) que antecedem ses-ses de carter prtico, voltadas para o desempenho (rea psicomotora).

    c. Em relao aos objetivos das reas afetiva e comportamental, apalestra til como uma das possveis formas de introduzir temas para reflexoe discusso.

    d. Apresenta como principais vantagens:(1) Permitir ministrar muitos ensinamentos em pouco tempo; e(2) Poder ser feita para turmas numerosas.

    e. As principais desvantagens so:(1) A pequena participao ativa dos instruendos;(2) Os riscos de tdio ou desateno; e(3) Pouco rendimento provvel.

    4-1/4-2

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    Fig 4-1. O Instrutor em uma palestra

    4-3. OBJETIVOS

    A palestra tem os seguintes objetivos:- obter a compreenso inicial indispensvel ao estudo de novos assuntos;- familiarizar os instruendos com fatos, conceitos, procedimentos e

    princpios; e- sistematizar, sintetizar e concluir ao final do estudo.

    4-4. PLANEJAMENTO E PREPARAO

    O planejamento e preparao de uma palestra implicam:- identificar os seus objetivos;- selecionar as fontes de consulta;- elaborar um roteiro contendo a seqncia da exposio;- selecionar uma situao que trate de um caso real, recente ou mesmo

    histrico, uma questo administrativa ou tcnica, uma pequena estria, umaindagao ou qualquer fato que seja correlato ao tema em estudo e quedesperte o interesse dos instruendos e estabelea um clima propcio apren-dizagem;

    - dosar o tempo disponvel, considerando a durao mxima de 50minutos, a fim de evitar a fadiga;

    - preparar os meios auxiliares;

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    - selecionar e preparar o monitor e/ou o(s) auxiliar(es); e- ensaiar a apresentao.

    4-5. EXECUO

    A execuo de uma palestra normalmente em trs etapas:(1) Introduo;(2) Desenvolvimento; e(3) Concluso.

    (a) A introduo destina-se a:- apresentar os objetivos e um sumrio de sesso;- incentivar os instruendos;- fazer uma ligao com sesso(es) anterior(es), quando for o

    caso; - destacar a importncia do assunto; e- estabelecer a conduta dos instruendos durante a sesso.

    (b) No desenvolvimento, o instrutor deve:- explanar seguindo a seqncia do roteiro (sumrio), dando

    continuidade lgica e evitando desviar-se do assunto;- verificar se os instruendos esto prestando ateno;- explicar cada tpico, utilizando exemplos sempre que possvel, e

    fazendo um breve resumo antes de passar para o tpico seguinte;- estimular os outros sentidos dos instruendos, recorrendo aos

    meios auxiliares; e- evitar a leitura do plano de sesso ou aula durante a exposio.

    (c) A concluso serve para o instrutor ressaltar as principais idiasdesenvolvidas, mediante um breve resumo e encerramento, quando aplicvel.

    4-6. PARTICIPAO ATIVA

    O instrutor deve procurar a participao ativa dos instruendos, recorrendosobretudo a perguntas e associao com outras tcnicas de ensino. Assim, conveniente quando possvel, intercalar na palestra uma breve discusso ouum curto exerccio que sejam pertinentes aos objetivos da sesso ou aula.

    ARTIGO IIIEXERCCIO INDIVIDUAL

    4-7. CONCEITOS

    a. Esta tcnica de instruo a mais adequada para o desenvolvimentode habilidades bsicas, sejam da rea psicomotora ou sejam da rea cognitiva.Apesar de poder ser aplicada simultaneamente a um conjunto de instruendos,sempre conduzir fixao individual.

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    b. Consiste na repetio intensa e regular de determinada operao ouraciocnio at que o instruendo adquira a habilidade desejada. Tem por

    objetivos a aquisio de destrezas e automatismos, o aprimoramento depadres de ao e a fixao de habilidades especficas.

    c. Tambm deve ser utilizada para treinamento de processos decisriosreferentes a questes tcnicas, tticas, administrativas ou de qualquer outrotipo.

    d. importante que o instruendo seja conscientizado da necessidade desaber fazer sozinho o que est praticando. Para isso deve-se exemplificar coma narrao de casos e situaes reais.

    e. Apresenta como principais vantagens:(1) A participao ativa e atuante do instruendo;

    (2) A prtica dos conhecimentos tericos ministrados na mesma ses-so ou aula, ou mesmo anteriormente;

    (3) A observao pelo instrutor e/ou monitores do DESEMPENHO doinstruendo, permitindo, quando for o caso, a sua avaliao;

    (4) A intensificao do interesse do instruendo pelo assunto, uma vezque tambm ele faz sua auto-avaliao.

    f. As principais desvantagens so:(1) A necessidade de meios auxiliares em quantidades suficientes para

    todos os instruendos;(2) Tempo disponvel para que cada um e todos os instruendos possam

    praticar;(3) Instrutores e/ou monitores em nmero que possibilite o acompanha-

    mento do desempenho individual.

    4-8. TIPOS DE EXERCCIOS E SUAS FASES

    a. Existem vrios tipos de exerccios individuais, dos quais os maiscomuns so os seguintes:

    (1) Prtica controlada - Neste tipo, todos os instruendos executamdeterminada operao a um s tempo e com a mesma velocidade, sob ocontrole do instrutor e monitores.

    (2) Prtica individual - Os instruendos trabalham individualmente comsuas prprias velocidades, executando a operao como um todo e sob asuperviso do instrutor e monitores.

    (3) Prtica tipo monitor - instruendo - Os instruendos so reunidos aospares e cada um deles atuar alternadamente, ora como monitor, ora comoinstruendo. utilizada para os instruendos que j assimilaram os fundamentosbsicos de uma habilidade.

    b. Qualquer tipo de exerccio destinado a desenvolver habilidades devedesdobrar-se em duas etapas:

    (1) Compreenso da habilidade;

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    (2) Prtica repetitiva.(a) Inicialmente, o instruendo deve ser levado a compreender

    aquilo em que consiste a habilidade;(b) Em seguida, o instruendo levado a praticar, repetidamente, asoperaes que compem a habilidade desejada.

    Fig 4-2. Exerccio individual na instruo

    4-9. APLICAO

    a. O exerccio individual perfeitamente adequado para desenvolverhabilidades nos instruendos. Por exemplo, a desmontagem e montagem deuma arma, determinados movimentos exigidos no treinamento fsico ou naordem unida ou o manuseio de certos equipamentos, so algumas operaesque podero ser aprendidas mais facilmente quando se utiliza o exerccio

    individual como tcnica de ensino.b. No planejamento e preparao do exerccio, o instrutor deve estabe-

    lecer a sua finalidade e os objetivos a atingir, enunciando de forma clara e quefacilite a identificao de todos os fatores necessrios resoluo do problema;em seguida, deve procurar resolver o exerccio, de forma a assegurar que osinstruendos tenham condies de chegar soluo desejada com os dadosfornecidos, dentro do tempo necessrio.

    c. Na execuo, o instrutor deve explicar os conceitos ou princpiosbsicos envolvidos no problema. Em seguida, auxiliar os instruendos a analisar

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    o problema e, pela aplicao dos conceitos ou princpios, encontrar a soluo.Deve demonstrar outras estratgias por meio da resoluo de problemas

    semelhantes e providenciar para que os instruendos atinjam, com a maiorrapidez possvel, o padro mnimo de desempenho, mediante a prtica dirigida.Uma vez alcanado esse padro, apresentar outros problemas que utilizem osmesmos conceitos ou princpios, envolvendo novas situaes e soluescriativas.

    d. O uso dessa tcnica para o desenvolvimento de habilidades deraciocnio, como solucionar um problema matemtico, praticar um mtodo ououtro exerccio que tenha finalidade semelhante, deve observar cuidadosa-mente o princpio da adequao.

    e. Na concluso, o instrutor deve corrigir as respostas obtidas, comentan-do-as com os instruendos.

    4-10. PLANEJAMENTO E PREPARAO

    O planejamento e preparao de um exerccio individual devem procurar:- delimitar a habilidade a ser aprendida;- escolher o tipo a ser empregado;- prever o tempo para as fases de compreenso e prtica;- prever prticas mais freqentes e curtas em vez de prticas com grande

    durao; mais eficiente prever vinte prticas de trinta minutos do que dezprticas de uma hora, por exemplo;

    - prever o nmero de repeties necessrias, tendo em vista que, quantomais complexa a habilidade a adquirir, maior poder ser a quantidade derepeties;

    - prever condies e meios para que as prticas se desenvolvam emsituaes reais e variveis, onde o instruendo no deve ser obrigado a realizarrepeties de forma mecnica e isoladas da realidade; e

    - providenciar o nmero de monitores necessrios para auxiliar e contro-lar os exerccios.

    4-11. EXECUO

    a. A execuo do exerccio individual em geral compreende duas etapas:(1) Compreenso da habilidade; e(2) Execuo prtica da habilidade.

    b. Durante a etapa de compreenso da habilidade, o instrutor deve:(1) Fazer uma incentivao inicial, para que os instruendos passem a

    ter uma atitude favorvel habilidade em foco;(2) Explicar ou repetir aos instruendos cada pormenor, cada fase, cada

    etapa ou cada movimento da habilidade a adquirir, o que pode ser feito por meiode quadros murais ou transparncias;

    (3) Quando se tratar de operaes mais complexas, alm de dividir em

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    objetivos intermedirios, fazer uma demonstrao em dois tempos:(a) Demonstrar lentamente os aspectos mais difceis da operao;

    (b) Repetir depois a demonstrao, realizando as diversas opera-es em seu ritmo normal, com percia, rapidez e perfeio.

    c. Durante a etapa de execuo prtica da habilidade, o instrutor deve:(1) Assistir e acompanhar cada instruendo, corrigindo-o e auxiliando-

    o nas diversas fases do aprendizado, com a ajuda de monitor(es);(2) Repetir, com freqncia, as instrues dadas para a execuo dos

    movimentos ou aes; e(3) Fazer com que os instruendos repitam, amide, as operaes que

    devem ser feitas com a mxima ateno; os exerccios curtos e intensos sopreferveis aos longos e cansativos.

    Fig 4-3. Exerccio individual no ensino

    ARTIGO IV

    DEMONSTRAO

    4-12. CONCEITOS

    a. A demonstrao uma tcnica de ensino muito favorvel iniciaoda aprendizagem voltada para o DESEMPENHO. Por meio de uma demonstra-o, os instruendos podem visualizar a execuo de determinados procedimen-

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    tos, uma vez que deixa na mente uma idia mais concreta no prprio momentoem que esto aprendendo.

    b. a tcnica que o instruendo aprende mediante o dizer, mostrar e fazer.

    c. Por outro lado, enfatiza o interesse dos instruendos em face dorealismo, alm de assegurar a compreenso, completando as explicaestericas apresentadas anteriormente.

    d. Apresenta como principais vantagens:(1) Permite a apresentao de um assunto ou tema para um nmero

    maior de instruendos;(2) Possibilita a apresentao do assunto de forma mais prxima da

    realidade que os instruendos iro defrontar no futuro; e(3) Complementa os dados tericos expostos anteriormente.

    e. As principais desvantagens so:(1) Necessita de planejamento e preparao mais cuidadoso e diligente;(2) Normalmente, exige meios auxiliares em maior quantidade.

    Fig 4-4. Demonstrao feita pelo monitor

    4-13. TIPOS DE DEMONSTRAO

    A demonstrao pode ser:(1) Direta ou pessoal;(2) Indireta;

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    (3) Com meios auxiliares; e(4) Com equipes ou grupos.

    (a) Direta ou pessoal, quando realizada pelo prprio instrutor;(b) Indireta, realizada por monitores, auxiliares ou instruendos direta-mente assistidos pelo instrutor;

    (c) Com meios auxiliares, tais como filmes, modelos, equipamentos,simulacros ou armamentos; e

    (d) Com equipes ou grupos que representaro, o mais fielmentepossvel, o trabalho de rgos como estados-maiores, centrais de tiro, guarni-es de pea e outros.

    4-14. PLANEJAMENTO E PREPARAO

    Ao iniciar o planejamento e preparao de uma demonstrao, o instrutordeve:- definir com preciso os objetivos a atingir ;- verificar o grau de complexidade do que ser demonstrado;- identificar os aspectos essenciais que devem ser enfatizados;- identificar e providenciar todos os recursos e condies necessrios;- prever a quantidade de monitores e auxiliares;- verificar as condies de funcionamento e segurana dos armamentos,

    equipamentos ou materiais, que sero utilizados na sesso ou aula;- identificar e preparar o local para a demonstrao, que pode ser reali-

    zada ao ar livre, tendo em vista assegurar as condies de seguranaindispensveis;

    - preparar um quadro mural com o roteiro da demonstrao; e- preparar um resumo a ser entregue aos instruendos, aps a sesso, para

    reforar a aprendizagem, quando conveniente.

    4-15. EXECUO

    a. Basicamente, uma demonstrao possui trs fases:(1) Palestra introdutria;(2) Desenvolvimento;(3) Concluso.

    (a) Na palestra introdutria, o instrutor informa os objetivos a atingir

    e comunica qual a conduta que os instruendos devem manter durante a faseseguinte;

    (b) Durante o desenvolvimento, que a demonstrao propriamen-te dita, sero executadas as atividades ou operaes previstas; e

    (c) Na concluso, o instrutor recapitula os aspectos essenciais,relacionando-os com os princpios utilizados em cada um.

    b. Durante a palestra introdutria, o instrutor procura estimular a curiosi-dade dos instruendos, assegurando a sua ateno, alm de recapitular, demodo sumrio, os conceitos ou noes necessrios ao entendimento dademonstrao.

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    c. Ao iniciar a demonstrao propriamente dita, o instrutor deve enfatizaros aspectos mais importantes que os instruendos devem observar. Deve

    introduzir as dificuldades paulatinamente, encorajando os instruendos a fazerperguntas quando no estiverem compreendendo, dando-lhes oportunidadepara sanar dificuldades ou dvidas, parando a sesso quando necessrio. Deveainda frisar bem os aspectos ou operaes que exigem cuidados ou precau-es, no descurando da segurana.

    d. Por ocasio da concluso, o instrutor deve fazer uma reviso geral,recapitulando os aspectos essenciais, esclarecendo dvidas. Pode aindaestimular os instruendos a descrever o que observaram, seja verbalmente, sejapor escrito. Caso seja julgado adequado, entregar o resumo aos instruendos.

    e. Em seguida, criar condies para a realizao imediata ou posterior deum exerccio individual, de um trabalho em grupo ou de um exerccio ttico, queso procedimentos normalmente usados aps a maioria das demonstraes.

    4-16. CUIDADOS ESPECIAIS

    a. De acordo com os ensinamentos que sero transmitidos, uma demons-trao envolve alguns cuidados especiais.

    b. No caso de uma demonstrao que tenha como objetivo a operaoe/ou o manuseio de um armamento, material ou equipamento, o instrutor deve:

    (1) Colocar o armamento, material ou equipamento em um local ondeseja visto por todos e se, possvel, um exemplar do mesmo para cada grupo,

    prximo aos instruendos, sobre mesas ou lonas;(2) Apresentar o armamento, material ou equipamento, explicando a

    sua finalidade e os objetivos da demonstrao;(3) Fazer a demonstrao do manuseio ou da operao, passo a passo,

    vagarosamente, por tempo, cada passo constituindo um objetivo intermedi-rio, somente prosseguindo medida que os instruendos forem compreendendo;

    (4) Repetir os passos mais complexos da operao ou manuseio, como auxlio ou no, de monitores;

    (5) Solicitar que os instruendos observem com muito cuidado o queser demonstrado, evitando anotaes durante a sesso; e

    (6) Determinar que, em cada grupo, um ou mais instruendos repitam

    cada passo da demonstrao, fazendo o rodzio entre eles.UM EXEMPLO A DESMONTAGEM E MONTAGEM DE UMA ARMA

    OU COMPONENTE DE UM EQUIPAMENTO.

    c. No caso da demonstrao de um princpio que esclarea processos eoperaes, o instrutor deve:

    (1) Enunciar o princpio e suas possveis aplicaes;(2) Realizar a demonstrao com cuidado, explicando o que est

    fazendo e o porqu;(3) Fazer perguntas aos instruendos, a fim de manter a ateno e

    verificar o nvel de compreenso, repetindo quando necessrio; e

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    (4) Solicitar aos instruendos que expliquem o que foi demonstrado.

    O PRINCPIO DO SISTEMA DE IGNIO POR CENTELHA DE UMMOTOR DE VECULO AUTOMVEL UM EXEMPLO APLICVEL.

    d. No caso de uma demonstrao que ilustre o funcionamento e o trabalhode um conjunto de homens, operando ou no armamentos ou equipamentos,o instrutor deve:

    (1) Planejar cuidadosamente, verificando a preparao material, bemcomo a percia dos monitores e auxiliares que participaro da demonstrao;

    (2) Ensaiar a demonstrao at que seja atingido o padro de DESEM-PENHO necessrio;

    (3) Colocar os instruendos em local que possam ver e ouvir perfeita-mente todos os passos da demonstrao;

    (4) Interromper a demonstrao quando for conveniente para ressaltaraspectos essenciais; e

    (5) Quando for o caso, possibilitar a visitao do local da demonstraopelos instruendos, permitindo que sejam feitas perguntas aos monitores eauxiliares, para sanar eventuais dvidas.

    ARTIGO V

    INTERROGATRIO

    4-17. CONCEITOS

    a. O interrogatrio uma tcnica de ensino em que o instrutor, por meiode perguntas, estimula a participao dos instruendos.

    b. Apresenta como principais vantagens:(1) Mantm o interesse dos instruendos, pois todos podero ser ques-

    tionados;(2) Desperta a ateno dos instruendos;(3) Constitui