Manual de Hatha Yoga 108 Asanas Posturas Portugues 130322211345 Phpapp02
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MANUAL
DE
HATHA YOGA
108 ASANAS
Mtodos Prticos
Uma Yogini em Seva a Sri Shiva Mahadeva
Estude Mais Em :
http://yogaest udoscomplementares.blogspot.com
Fonte de Consulta
www.yoganataraja.com.br
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Editorial
108 famlias de sanas do Yoga
Marcos Taccolini
Copyright 2004:
Marcos Taccolini
1 edio 2004
Diagramao:
Melina Flores Raschelli, Tatiana Silva
Fotos:
Tatiana Silva
Modelos das fotos:
Marcos Taccolini e Mara Salomo.
Reviso de texto:
Maria Estela de Alcntara
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Agradecimentos
Trav ei contato com muitos instrutores de Brasil, da Argentina e de Portugal
que colaboraram para o aprimoramento e a reviso dessa sistematizao e com
meu prprio aprendizado, o que torna impossvel nomear a todos. Sendo assim,
para registrar meu agradeciment o a esse conjunto de profissionais que viabilizou
esse trabalho, elejo como suas representantes as professoras Cssia Santos e
Anah Flores que ministraram minhas primeiras prticas de Yoga, Roglia Alba,
Diretora daquela escola e quem primeiro teve a in iciativa de comear a organizao
dos sanas em famlias; e s instrutoras Melina Flores e Diana Raschelli, que
tiveram uma importante participao na reviso da sistematizao e do presente
livro.
Um agradecimento especial a Andr De Rose, que alm de pe squisar e
fotografar as mais de 2000 posies da Sistematizao Universal dos sanas, ainda
pacientemente tem me ensinado, como meu professor, a executar cada uma delas,
e tambm ao seu pai, Luis Srgio De Rose que em 1969, com a publicao de seu
primeiro livro lanou a semente deste trabalho.
Marcos Taccolini
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Pj
Bhavana pj
Escola de Yoga Natarja da Vila Mariana, representada pela sua equipe,
quando a primeira verso deste texto foi escrita, Ana, Gandra, Carol, Henrique ,
Gustavo, Rodolfo, Wilson, Mara, Gi e Vivian, que criou um ambiente de contnuo
crescimento de profissionalismo, seriedade, carinho, lealdade e fidelidade.
Guru pj
s professoras Cssia e Anah pelas minhas primeiras prticas de Yoga, e
Roglia A lba, Diretora da escola onde conheci essa prtica. Ao meu professor,
Andr De Rose, e demais instrutores das escolas onde fiz meu estudo inicial,
Instra. Rosana Ortega e Instr. Milton Marino, Prof. Fernanda Neis e Prof. Roberto
Locatelli.
Aos demias in strutores e professores de Yoga, pelo conhecimento e
experincias trocadas em cursos e vivncias Sat guru pj
Aos professores especiais com quem tive o privilgio de estudar: Luis Srgio
De Rose, Rosngela de Castro, Edison Moreira, Srgio Santos, Carlos Cardoso e em
especial a Andr De Rose que me transmitiu os detalhes da maioria das tcnicas
apresentadas neste compndio.
Shiva pj
Ao criador e mentor inicial, vamos manter viva e presente sua memria e
seu exemplo, para servir de referncia constan te e sintonizar o conhecimento que
transmitimos .
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Definio
A referncia mais tradicional para a definio de sana a encontrada no
livro Yoga Stra de Ptajali. A seguir est o texto original em snscrito e sua
traduo (s egundo o livro A Tradio do Yoga, de Georg Feuerstein,
Ed.Pensamento)
Sthira sukham sanam
O sana (deve ser) estvel e confortvel.
Sobre a transliterao adotada
Os termos tcnicos universalmente utilizados no Yoga, em todo o mundo e
por todas as e scolas, provm do idioma snscrito. O captulo Nomenclatura Tcnica
explana sobre a importncia de utilizar -se os termos originais. Para a representao
dos termos snscritos, cujo alfabeto original o devangari, no alfabeto latino
utilizada uma transl iterao, ou seja, uma conveno para reproduzir a fontica dos
termos com outro alfabeto. Desta forma, existe uma transliterao para cada
idioma, e at dentro do mesmo idioma, vrias convenes distintas podem ser
utilizadas. Neste livro procuramos utili zar a conveno que mais facilmente induz o
leitor no familiarizado com o snscrito a obter uma pronncia dos termos prxima
ao original, basta ler e pronunciar normalmente os fonemas grafados.
Atente para a s vogais A, I e U: que so pronunciadas sempre abertas,
curtas; vogais , e so pronunciadas abertas e longas.
As vogais E e O so pronunciadas sempre fecha das e longas. No se utiliza
no sanscrito a pronncia aberta ou curta dessas vogais. A letra J pronunciada
como DJ; letra S, sempre como SS e as letras CH, como em TCH.
A proposta deste livro
O objetivo principal deste livro apresentar uma sistematizao de tcnicas
corporais do Yoga, agrupados em 108 famlias de sanas, com os princpios e
critrios utilizados nessa codificao e a orientao tcnica para a execuo das
posies.
Este estudo permite - lhe expandir seu repertrio de tcnicas e aprimorar sua
prtica pessoal, alm de esclarecer a nomenclatura tcnica. uma ferramenta
indispensvel aos instrutores e alunos em formao profissional em Yoga.
Aos praticantes de Yoga em geral, ou mesmo aos ainda no praticantes,
este estudo extremamente til para fornecer uma viso da amplitude das tcnicas
corporais que fazem parte dessa filosofia.
sana muito mais que uma posio c orporal e h vrias abordagens
possveis para seu estudo, como discorrer sobre os estados de conscincia
desencadeados pela prtica, sobre a forma de combinar o sana s demais tcnicas
do Yoga, e assim por diante.
Neste livro, vamos ater -nos apenas ao p rimeiro passo, que mostrar a
forma correta de montar as posies. A proposta primeiramente conhecer em
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a parte mais densa do sana, sua posio e variaes, para, com o domnio dessa
etapa, conquistar a liberdade de acrescentar os elementos ma is sutis, a atitude
interior, tcnicas respiratrias, mentalizao e as demais tcnicas do Yoga.
Este livro um trabalho coletivo. Tudo o que est registrado aqui fruto do
aprendizado direto com os mais antigos por meio da tradio oral, param -par,
somado minha vivncia pessoal colocando em prtica esses ensinamentos. Da
mesma forma, no me cabe o crdito da criao deste conjunto de tcnicas
corporais que so da tradio cultural do Yoga e domnio pblico (apesar das
tentativas em curso nos Estados Unidos de uma rede franqueadora patentear
comercialmente sries de sanas e no Brasil de uma empresa registrar o smbolo
do hindusmo). A minha proposta apenas colaborar para documentar de forma
didtica esse conhecimento gregrio e patrimnio cultural d o Yoga.
O presente volume est dividido nas seguintes partes: a primeira apresenta
a reviso de alguns conceitos sobre o sana e sua atuao dentro da prtica de
Yoga; a seguir, na segunda parte, encontram -se algumas orientaes gerais para
seu treinament o prtico; na terceira parte, apresentada a nomenclatura tcnica;
a quarta parte, que a mais extensa, contm fotos e descries das 108 famlias
de sanas.
Espero que, com a leitura deste livro, voc sinta -se ainda mais motivado e
capacitado a pratic ar e difundir essa magnfica herana cultural que tivemos o
privilgio de receber.
Marcos Taccolini
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Parte I Introduo
CONCEITOS
A prtica de Yoga
Usualmente a prtica de Yoga est muito associada aos sanas, as tcnicas
corporais, apesar da proposta desta filosofia estar muito alm disso. O motivo desta
nfase ao sana por ser a tcnica mais facilmente demonstrvel e ainda produzir
maior impacto inicial em quem inicia a prtica, mas no a tcnica mais
impo rtante dentro do Yoga.
No universo tcnico do Yoga, alm do sana, encontra -se yamas, niyamas,
mudr, pj, mantra, prnyma, bandhas, kriy, Yoganidr, pratyhra, dhran,
dhyna, sat -sanga, nysa e, claro, a meta, o samdhi.
Nesta obra vamos apen as tratar de alguns aspectos do sana, mas
importante ter em mente que a pratica regular do Yoga abrange muito mais que
isso e o domnio da execuo dos sanas considerado apenas uma das etapas
mais bsicas na senda do Yoga.
A Prtica de sana
Apesar de na definio formal proposta por Ptajali associarmos o sana
apenas posio firme e confortvel (sthira sukham sanam), a prtica de sana
normalmente tambm inclui o acoplamento com tcnicas respiratrias
(prnyma), uma ao mental (localizao da conscincia e mentalizaes),
contraes (bandhas) e mudrs (gestos).
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A SISTEMATIZAO UNIVERSAL DO SANAS
Durante um per odo de mais de dez anos, o Prof. Andr De Rose realizou um
trabalho de pesquisa que amealhou o impress ionante nmero de 2000 sanas,
2111 para ser exato. O fruto deste trabalho, batizado de Sistematizao Universal
dos sanas, foi publicado por seu pai, Luis Srgio De Rose, como um captulo de
icao, vale
ressaltar tambm a incluso do belo trabaho conduzido com a participao da
Profa. Roglia Alba, Prof. Andr De Rose e Profa. Anah Flores, que resultou no
captulo sobre mudr, com a publicao de fotos de 108 mudrs, tendo a Prof a
Roglia A lba como modelo e Prof. Andr De Rose na direo tcnica. Faamos vo tos
para que os crditos destes profissionais, que constavam at a oitava edio e
foram retirados pelo autor na nona edio, sejam brevemente reincluidos na obra.
Desde a publicao dess e importante trabalho, passou a ser um desafio para
os professores de Yoga encontrar uma forma simples e eficaz de ensinar esse
universo de tcnicas aos instrutores em formao e aos seus alunos.
Seguindo esse objetivo didtico, a partir da iniciativa da Prof. Roglia Alba, e
com a participao de vrios instrutores, essa grande quantidade de sanas foi
distribuda em famlias de tcnicas que compartilham caractersticas similares.
Como o nmero resultante estava prximo de 108, optou -se por uttiza - lo
como um smbolo de reconhecimento tradio do Yoga. Esse nmero 108 tem
uma simbologia especial dentro da tradio cultural do hindusmo: citado de
forma recorrente nos Shstras (textos antigos do hindusmo).
Aps concluir a reviso de alguns conce itos essenciais, vamos apresentar
essas 108 famlias de sanas, com os elementos necessrios para sua correta
execuo e a orientao para explorar variaes.
CRITRIO UTILIZADO PARA A SISTEMATIZAO
Como vimos, sana no simplesmente uma posio, mas tambm inclui
outros elementos como respirao e atitude interior; entretanto, para efeito de
sistematizao, ser a posio que caracterizar e definir a classificao do sana.
Apesar das variaes de ritmo respiratrio, mentalizaes e outras tcn icas terem
impacto profundo no efeito que o sana produz no sdhana, na conveno
universalmente adotada, se a posio permanece idntica, o sana considerado
o mesmo.
Esse critrio, alm de simplificar ou mesmo viabilizar a classificao,
extremamen te coerente, pois, entre os elementos que constituem o sana, a
posio que tem o impacto mais imediato e denso no seu efeito.
Quando se muda a posio muda -se tudo! Muda -se a solicitao nos
msculos e nas articulaes, a circulao sangnea, a press o sobre os rgos
internos, sobre as glndulas endcrinas e sobre o aparelho respiratrio, muda -se a
forma de circular a energia nas nds, o estado emocional e o mental.
No o aspecto externo, visual, mas exatamente essa solicitao interna
que a referncia utilizada para classificar as posies como execues distintas do
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mesmo sana, ou variaes do sana dentro da mesma famlia, ou sanas de
famlias distintas.
Assim algumas posies, aparentemente prximas ao observar apenas a
posio do corp o, esto classificadas como famlias distintas de sanas, pois na sua
execuo a atuao interna bem diferenciada.
ATUAO DO SANA
Efeitos dos sanas
O Yoga no tem como objetivo os efeitos corporais mais externos, mas sim
o desenvolvimento int erior. Apesar da validade humanitria dos profissionais que
buscam no repertrio de tcnicas do Yoga ferramentas para terapia, melhoria da
sade ou simplesmente para desenvolvimento de fora e dinamismo, devemos
lembrar que a proposta original do Yoga se r uma filosofia de autoconhecimento.
Alm disso, seria um excesso de simplificao dizer "este sana para
ampliar a abertura plvica". Os sanas no Yoga no so para nada de forma to
especfica.
Para sermos mais precisos, poderamos dizer "este sana produz uma vasta
gama de efeitos sobre o corpo denso e sutil, que variam para cada pessoa e
tambm de acordo com as demais tcnicas somadas prtica. esperado,
entretanto, que a maior parte dos praticantes sinta uma solicitao corporal e
desenvolvimen to mais intenso em relao sua abertura plvica".
Uma vez compreendido esse conceito, para simplificar a sistematizao e o
aprendizado pelo iniciante, vamos classificar um sana como membro de
determinada famlia por se tratar de uma tcnica de flexion amento da coluna, pela
abertura plvica, pelo efeito muscular que produz ou por outro elemento de
atuao corporal facilmente identificvel. Fica claro que a utilizao dessas
descries serve para que a execuo da tcnica seja melhor compreendida, e no
para definir o propsito do sana, que muito mais amplo.
Importncia da execuo correta do sana
de fundamental importncia saber executar corretamente uma posio.
Uma execuo inadequada, na melhor hiptese, transforma um sana forte numa
posi o incua e, na pior hiptese, poder comprometer a sade do praticante.
Para cada uma das vrias famlias codificadas, o praticante deve verificar
quais ele consegue executar, identificando com quais tem maior facilidade ou
dificuldade. Para aquelas que ainda necessita conquistar, o praticante deve saber
quais so as posies preparatrias de treinamento; para as que j domina, qual a
melhor forma de combin - las numa prtica.
O estado de conscincia de sana, no qual o yogin est absolutamente
identifica do com seu corpo, e a utilizao de mentalizaes e tcnicas respiratrias
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que vo dinamizar ainda mais o sana s podem ser efetivamente alcanados se a
posio corporal estiver conquistada.
Apesar do sana estar entre as tcnicas mais elementares do Yo ga, quando
comparado por exemplo ao samyama, a conquista da estabilidade corporal um
pr - requisito para os vos mais altos. Se o yogin no tem conforto em permanecer
sentado em dhynsana, numa posio firme e agradvel, no poder sequer
comear sua pr tica de samyama.
Nossa apologia prtica de sana de forma ampla, utilizando o mximo de
tcnicas disponveis na codificao, conduz invariavelmente s dvidas abordada na
seo a seguir.
SER NECESSRIO EXECUTAR AS 108 FAMLIAS DE SANAS PARA CH EGAR
AO SAMDHI?
H linhas de Yoga que usam apenas sanas para meditao. Para ser
considerada uma linha de Yoga, necessrio que pelo menos uma pessoa dessa
linha j tenha atingido o samdhi. Logo, em princpio, o sana no seria necessrio
para alcan ar a meta do Yoga. Contudo, o suporte de uma tcnica que trabalhe o
corpo e a sade de uma forma mais direta, como o sana, essencial at como
infra -estrutura para outras tcnicas. Sivananda, um dos mais reconhecidos mestres
de Yoga do sculo XX, recomen dava at para os queriam dedicar -se a estudos
tericos de vednta, que tambm praticassem algumas das tcnicas do Hatha
Yoga.
Assim, dominar todos os sanas codificados no um pr - requisito para o
praticante chegar meta do Yoga; apesar disso, a prtic a e o treinamento com
esse objetivo produzem melhores resultados. Ao travar contato com este desse
vasto conjunto de tcnicas, possvel determinar as suas necessidades especficas,
e permitir direcionar suas prticas visando um empuxo evolutivo com incom parvel
eficincia.
Como veremos a seguir, ainda que as variaes mais avanadas de algumas
posies jamais sejam alcanadas, a prtica com esse objetivo reforar e
transformar a estrutura biolgica, capacitando o praticante aos estgios mais
avanados no Yoga.
A DIVERSIDADE CONSISTENTE COM A TRADIO?
Ao recuarmos no tempo, para o perodo do Yoga Clssico, codificado por
Ptajali no Sc III a.C; ou mesmo at para antes disso, no perodo Pr -Clssico
dos Vdas mais antigos, entre 2500 a.c. e 50 0 a.c., as referncias ao Yoga nos
shastras e a tradio oral indicavam que este estava muito mais vinculado aos
conceitos de meditao, iluminao, transcedncia, conhecimento, ao e atitude
do que com o uso extensivo tcnicas corporais ou sanas. Os sa nas centravam -se
principalmente em tornos dos dhynsanas (sanas de posio sentada para
meditao) e possivelmente mais um pequeno conjunto de sanas com atuao
mais direta sobre as energias, densas e sutis, do organismo.
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Como qualquer atividade humana , ao difundir -se, inevitvel que se amplie
e se diversifique. Por milhares de anos, geraes de mestres ao procurar a
evoluo de algum aluno que tinha alguma dificuldade coporal especfica, seu
professor preenchia esta lacuna atravs do desenvolvimento de novas variaes de
sanas, que a seguir eram incorporadas pelas geraes seguintes.
Esse desenvolvimento ganhou um impulso ainda maior a partir do sculo XI
d.c., quando surgiu o Hatha Yoga que elevou a utilizao dos sanas dentro do
Yoga um patamar indito, ampliando a diversidade de opes, ao codificar trinta
e duas posies no Geranda Samhita, dando maior nfase s tcnicas corporais,
influenciando grande parte das escolas de Yoga posteriores. Essa influncia pode
ser verificada consultando os sh astras anteriores e posteriores a este perodo. Esse
processo prosseguiu at os dias de hoje, o que permitiu chegar ao grande nmero
de tcnicas codificadas.
curioso observar que o interesse crescente pelos sanas a partir do Sec.XI
talvez tenha at inf luenciado as representaes mais utilizadas para Shiva, o
criador do Yoga. Suas citaes mais recuadas nas escrituras frequentemente
reportam ao seu aspecto de transcendncia e a representao mais antiga,
encontrada em Harappa, de seu aspecto em medita o (Pashu -Pati, senhor das
feras). J uma das mais populares no Ocidente atualmente como Shiva Natarja,
rei dos bailarinos.
Assim, a diversidade de sanas apesar de estar presente nas orignes
consistente com a tradio do Yoga, como um desenvolvimen to natural. Atualmente
tambm auxilia muito os que iniciam sua prtica, pois o professor de Yoga conta
com um ferramental muito mais amplo de tcnicas, podendo escolher as que
causam melhor efeito, levando em conta a estrutura biolgica e caratersticas
especficas de seus alunos.
necessrio que o praticante tome redobrada ateno quanto a adoo
exagerada de tcnicas, ao procurar ser muito abarcante, visando um Yoga mais
completo, e no direcionando a execuo e a evoluo das tcnicas para a meta
real de desenvolvimento dentro do Yoga, o que exige foco e estratgia de longo
prazo.
compem o Yoga so analogamente relacionadas ao jogo de xadrez: no adianta
saber como se movimen tam os elementos, preciso ser um enxadrista. No
possvel ser apenas um tcnico de Yoga! Se voc sabe movimentar perfeitamente
cada pea, mas no sabe o que fazer com seu conjunto e como combinar os seus
movimentos, visando o desenvolvimento de um obje tivo mais sutil, elas no o
ATUAO DA PRTICA
Voc j deve ter verificado que suas emoes, esforo mental, estresse,
tudo o que vivencia a cada dia somatizado no corpo e na musculatura,
eventualmente gerando contraes o u at mesmo dores localizadas. Se o que
ocorreu foi um estresse no trabalho, voc pode ter ficado com uma regio do corpo
contrada; se foi um problema emocional, observar outra reao; se exagerou na
prtica de esportes, ainda outra reao poder ocorrer . como se fssemos
mapeados: qualquer coisa que acontece conosco, quer seja na esfera fsica, ou na
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emocional, ou na mental, ou ainda mais sutil, tem um impacto direto sobre nosso
veculo mais denso, que o corpo.
O contrrio tambm ocorre: quando voc coloca o corpo numa certa
posio, exigindo mais de um msculo, alterando a circulao do sangue e de prna
pelas nds, voc est atuando em todo o organismo. Ao colocar o corpo numa
posio e l permanecer, est sendo gerado um efeito reflexo com impac to
fisiolgico, emocional e mental.
Cada sana das 108 famlias, incluindo suas milhares de variaes,
absolutamente nico nesses efeitos. Quando o praticante prope -se a dominar a
execuo dos sanas, todas as variaes, estimula o corpo de formas dis tintas,
chegando muito mais rapidamente a uma transformao evolutiva. O treinamento
com o objetivo de conquistar as diversas posies, ainda que em alguns casos s se
alcance a variao mais simples, somado prpria determinao envolvida no
processo, co loca em marcha uma evoluo ampla, no apenas no anga sana, mas
tambm nas outras tcnicas do Yoga.
O Yoga prtico e experimental, ensina como reproduzir os efeitos, no
procura explicar o porqu dos efeitos. Ainda assim, para o praticante e muito mai s
para o instrutor de Yoga, a compreenso dos seus mecanismos de atuao de
grande auxlia para elaborar a j mencionada estratgia de longo prazo visando a
evoluo de seus alunos. Assim, os conceitos comentados a seguir, tm o propsito
de fornecer ele mentos para compor um modelo que auxilie a compreender melhor
esse processo prtico do Yoga e, co nseqen temente, planejar de forma mais
eficiente sua evoluo.
Efeito sinergia
Essa diversidade de tcnicas e estmulos, desde corretamente combinados,
m uito importante. Ao treinar essas variaes, em vrias frentes de atuao, ocorre
um efeito de sinergia.
Sinergia um fenmeno que ocorre quando a atuao conjunta de vrios
agentes produz um resultado distinto e mais expressivo que sua ao isolada. Na
prtica, significa que tcnicas, esforos e aes sero unidos e alcanar -se- um
resultado final ainda maior que a soma independente dos efeitos das partes
isoladas.
As tcnicas utilizadas pelo Yoga foram desenvolvidas ao longo de mais de
cinco mil anos de experimentao prtica: as combinaes de tcnicas que
produziam o efeito desejado eram mantidas; as combinaes de tcnicas que no
produziam efeitos ou geravam efeitos indesejveis eram eliminadas. Assim,
atualmente o praticante tem a seu dispor um c onhecimento muito maior que do
que nos primrdios do Yoga, cinco mil anos atrs.
Assim, ao aplicarmos vrios conjuntos de tcnicas totalmente distintas, mas
consistente com um estratgia definida, no ocorre uma disperso de energia; ao
contrrio, ocorre uma dinamizao e uma sinergia entre as tcnicas. Ao se praticar
posies de efeitos mais localizados (como abertura plvica e lateroflexo), o
resultado final, a transformao biolgica, no pode ser explicado apenas pela
soma direta das tcnicas praticad as. Novas posies, que no foram treinadas, nem
mesmo indiretamente na srie, so conquistadas.
como se voc estivesse fornecendo tantos estmulos para o seu corpo que
embutem em reforo mtuo, que ele deixasse de interpretar como estmulos
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localizados sobre um msculo ou rgo, e sim como uma informao sobre a
necessidade do indivduo de atingir um estado de transformao evolutiva
completa, de efetiva paranormalidade. No prximo item, vamos falar sobre como se
processam esses estmulos para o organis mo.
Mensagem biolgica
Nosso corpo funciona como um autmato: indicamos o que desejamos fazer
e ele executa sua programao ou cria uma programao para alcanar o resultado
solicitado. (Alis, no apenas nosso corpo fsico funciona assim, mas isso outro
tema).
Para conquistar uma determinada posio, ou transformar o seu corpo, tudo
que realmente necessrio fornecer essa mensagem de forma clara para o
organismo, e ele providencia as modificaes na sua prpria constituio para, ao
longo do tem po, capacitar -se a executar o que lhe foi solicitado.
Por exemplo, ao permanecer por dois minutos numa posio que demande
um maior alongamento de determinado msculo, no ser neste pequeno perodo
de tempo que seu corpo modificar -se-. Nesses dois minut os, no seria fisicamente
possvel promover uma alterao permanente de sua estrutura biolgica, criando
novas clulas e tecidos com maior capacidade de alongamento, modificando a
estrutura interna de msculos e articulaes. A execuo diria da tcnica, com a
solicitao criada durante a permanncia, desencadeia a emisso de uma
mensagem biolgica para o organismo indicando que esse espcime tem essa
necessidade vital, precisa disso em suas atividades regulares. Pela capacidade inata
dos seres vivos de ad aptao e sobrevivncia, a natureza prov ao organismo as
modificaes para atender essa solicitao da melhor forma possvel.
Os fatores para desencadear essa reao so a solicitao fsica direta e
tambm a criao de um arqutipo mental.
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Parte II Orientao para a prtica
Pr - requesitos
Antes de iniciar sua prtica de Yoga, independentemente de estar em plena
sade, ou at mesmo j exercer outras atividades, faa uma consulta com um
mdico que conhea as tcnicas uti lizadas dentro do Yoga para um avaliao
prvia.
A prtica exclusivamente por livros no a ideal. Para a orientao mais
completa sobre a forma mais adequada para treinamento, recomendamos a
participao nos cursos prticos promovidos por escolas especi alizadas na rea.
Regularidade e permanncia
A regularidade produz muito mais efeito que um esforo concentrado e
irregular muito mais efeito! Para qualquer tipo de tcnica alongamento,
flexibilidade, tcnicas musculares e outras mais sutis , a reg ularidade o primeiro
e mais importante elemento. A permanncia dinamizar ainda mais a prtica, mas
s deve ser ampliada na medida que permita manter uma regularidade exacerbada
nas prticas.
Mesmo com pouco tempo por dia (por pouco tempo entendemos de zenas de
segundos, no dezenas de minutos), qualquer posio pode ser conquistada desde
que a regularidade esteja presente respeitadas, claro, as caractersticas
biolgicas do praticante. At os sanas considerados de maior exigncia muscular,
como um mah kksana e um vrishksana, podem ser alcanados com pouco
tempo dirio de treinamento, desde que mantida a regularidade por um longo
perodo.
Vale ressaltar que, apesar de no ser necessria na fase inicial, a prtica
com permanncia necessria par a uma execuo estvel do sana, especialmente
para os demonstradores de sanas. E o mais importante, o tempo de
permanncia que vai desencadear os efeitos desejados dentro do sdhana, visando
meta do Yoga.
A Importncia de uma srie regular
Tenho mi nha prpria experincia em relao ao forte efeito produzido por
uma prtica balanceada com regularidade. No meu incio como praticante, nunca
treinava especificamente tcnicas musculares, mas praticava diariamente,
mantendo aproximadamente a mesma sequnc ia de sanas diariamente, atentando
para a execuo mais intensa de algumas posies e acrescentando algumas
poucas passagens musculares. Apesar de essas passagens e variaes musculares
representarem poucos segundos de treinamento por dia durante o sdhan a, com a
prtica regular e o aprimoramento contnuo, em pouco tempo me surpreendi
conquistando posies consideradas de alto grau de dificuldade.
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DESENVOLVIMENTO UNIFORME E BALANCEADO
Se o iniciante, durante seus primeiros anos de prtica, puder manter uma
regularidade inabalvel, ainda que com pouca permanncia, a prtica ser muito
eficaz. Provavelmente ser at melhor do que se aumentar a permanncia, porm
sem contar com a orientao prxima de um instrutor mais experiente. O
desenvolvimento d entro do Yoga mais efetivo quando balanceado, combinando
vrias tcnicas que atuam em sinergia.
Ao treinar muita permanncia em apenas algumas posies, e no em
outras, no ocorre um desenvolvimento uniforme do corpo. A aplicao de uma
maior quanti dade de sanas dentro do sdhana conduz a uma evoluo mais
segura e eficiente, especialmente nos primeiro anos de prtica, desde que claro,
sejam escolhidos de acordo com as necessidades de seu biotipo e uma
planejamento de evoluo. Esse princpio vale tambm para as outras tcnicas de
Yoga. Logo, no se deve treinar apenas sanas, nem praticar muito mais sanas
que as demais tcnicas. A prtica diria de meditao, pilar fundamental do Yoga,
tambm deve ter o suporte das demais tcnicas.
A prtica id eal para seu abhysaya (treinamento regular e determinado do
yogin) a prtica uniforme e balanceada de vrios feixes de tcnicas, escolhidos de
acordo seu biotipo, seus propsitos dentro da filosofia e consistentes com a sua
linhagem de Yoga.
Conforto e bem - estar
O sana est conquistado quando o esforo necessrio para sair da
posio, no para permanecer.
Marcos Taccolini
A prtica desbalanceada e o treinamento exagerado de permanncia
enquanto iniciante tambm produzem estresse e desconforto. Qu ando iniciei na
prtica de Yoga, o professor Andr, que tinha (alis, que tem!) um desempenho
fantstico nas tcnicas corporais, lembrava -me sempre: o tempo no importa; o
conforto, este sim, fundamental!
necessria especial ateno com a coluna verte bral e as articulaes dos
joelhos; qualquer dor nessas regies deve ser evitada e, caso sinta algum
desconforto, pea orientao imediata a seu instrutor.
Ultrapassada a fase inicial de adaptao ao comear a praticar Yoga, se a
prtica regular no est sendo agradvel, se no est dando prazer, se, depois de a
executar, voc no se sente melhor, com mais energia, ela no pode estar correta.
H de haver uma outra forma de executar as tcnicas.
CONCEITO DE ESTTICA
O sana corretamente executado, a lm de ser uma posio corporal estvel
e confortvel, traz naturalmente tambm a esttica. Para aprofundar o conceito da
esttica aplicado ao sana, vou comear citando os conceitos de esttica, da
monografia de formatura de minha aluna e instrutora Flvi a Kawazoe, que
atualmente est atuando em fotografia.
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carter esttico de uma forma; harmonia, beleza, teoria filosfica que se prope
como objeto para determinar o que provoca, n o homem, o sentimento de que
alguma coisa bela. Vem do grego aisthetike, de aisthetikos que significa relativo
ao sentimento.
Desta definio tiramos primeiramente que a esttica relativa ao
sentimento, sensorial, teoria do saber sensvel, ou seja, no podemos falar de
esttica simplesmente pela razo. A primeira observao que fazemos de alguma
coisa que olhamos no de maneira racional, e sim intuicional.
A esttica uma maneira do homem entender e organizar o mundo em que
vive. Para a mente h umana fundamental alguma ordem. Estamos sempre
trabalhando dentro de um espao que organizado por ns, inclusive nossas
mentes. A esttica uma das maneiras que o homem encontrou para organizar
este mundo que ele vive.
Algo esttico aquilo que tem a capacidade de produzir no ser humano certa
sensao que podemos traduzir como beleza, fora, harmonia e ordem e que faz
com que aquilo que est sendo observado se destaque do resto das coisas que
Assim, se o sana esttico d eve, portanto, produzir para o prprio
praticante essa sensao de beleza, fora, harmonia e ordem; trazendo ateno
do praticante para sua execuo. Assim o conforto, a permanncia com a
respirao profunda e consciente e a localizao da conscincia d ecorrem
naturalmente do alcance da esttica na posio.
PRINCPIOS GERAIS PARA A ESTTICA DO SANA
Pelo conceito apresentado, a esttica envolve parmetros alm do mental e
cada sana tm sua caracterstica prpria, logo no possvel determinar u m
conjunto simplificado de regras objetivas. Ainda assim, h alguns princpios que
podem ser aplicados para a maioria dos sanas. Fica registrado que so princpios
gerais e, dessa forma, passveis de excees na sua aplicao.
A expresso facial reflete a sensao corporal, assim, reflexologicamente,
sua expresso facial influencia todo o organismo. A esttica da posio inicia -se
pela sensao interna de conforto, fora, beleza e sua conseqente manifestao
na expresso facial.
A localizao principal da conscincia na regio mais solicitada pelo sana,
mas mantenha a esttica consciente em todo o corpo, com ateno especial para a
solicitao sobre a coluna vertebral e tambm sobre as extremidades do corpo.
Quando o sana permitir, acople mudrs (g estos com as mos). Observe
como algumas mudrs tm impacto na atuao e permanncia dos sanas.
Quando a planta do p no estiver apoiada no solo, procure manter o
calcanhar estendido. Os dedos dos ps podem ficar descontrados, que a situao
mais nor mal para a prtica de Yoga, ou estendidos, acompanhando a linha do dorso
do p, que bastante utilizada em demonstraes.
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17
A variao com o calcanhar fletido (ou puxando os dedos dos ps com os
mos) desenvolve mais fora e alongamento e pode ser utiliza da para treinamento,
mas menos utilizada para demonstrao. Ao treinar esta variao, inicie sempre
com a posio com o calcanhar estendido para criar o reflexo automtico durante
uma apresentao de sanas para fazer o que mais esttico do ponto de vi sta
ocidental.
Normalmente os extremos tm melhor impacto visual, ou seja, ao estender
ou flexionar uma perna ou brao, faa -o completamente. Nossa sensao de
esttica aprecia a ordem e o padro. Sendo assim, preferencialmente, mantenha
ngulos definido s entre os ps (juntos, afastados paralelos ou em um ngulo de
noventa graus) e posies dos braos e pernas tambm seguindo um alinhamento
ou angulao consciente.
Cada sana tem uma linha de fora prpria que envolve o posicionamento
(em alguns casos, o alinhamento) de tronco, cabea, pernas e braos; procure
descobrir as linhas de fora do sana e utilzar a trao de corpo ou o repouso
muscular para reforar essas linhas.
Mesmo se no executar repetio de sanas na sua prtica regular, sempre
que a posio permitir, inicie a execuo com uma variao mais simples do sana
(preferencialmente a variao sukha, em descontrao), executando -a, como
passagem para as variaes mais avanadas.
A total segurana na execuo do sana fundamental para sua est tica,
assim, mesmo tendo conquistado as variaes mais avanadas, continue tambm
treinando as variaes mais simples. Estas normalmente tm mais exigncia
muscular do que a posio final e sua prtica regular a base para a execuo com
segurana das va riaes mais avanada.
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Parte III - Nomenclatura tcnica
A importncia de utilizar os termos tcnicos
Toda arte, cincia, filosofia ou tcnica possui seu prprio acervo de
nomenclatura tcnica. A utilizao correta desses te rmos, alm de viabilizar a
comunicao eficiente entre os profissionais que atuam no setor, necessria para
o prprio aprendizado e para a evoluo como praticante. A palavra o
instrumento utilizado pela nossa mente para compor raciocnio e pensamento. Se o
praticante no tem conhecimento das palavras que conceituam a tcnica que est
propondo -se a aprender, no conseguir ultrapassar os estgios mais superficiais.
Assim como a prtica entre os vrios feixes de tcnicas deve ser balanceada
medida que se evolui na tcnica, tambm a nomenclatura torna -se mais
necessria para definir o que j se alcanou e o que se est vivenciando e projetar
os prximos passos.
SOBRE A TRADUO DA NOMENCLATURA
Cada termo tcnico embute uma srie de significados e associaes que
esto muito alm da traduo literal para outro idioma. Jamais um estudioso de
Fsica, Qumica, Ballet ou Karat cogitaria traduzir os termos tcnicos dessas
disciplinas, assim como o profissional de dana no utiliza o termo aportuguesad o
Imagine propor -se a tentar evoluir nessas atividades utilizando a traduo
literal para a lngua portuguesa de palavras como quark, spin, pli e kat. O
mesmo ocorre em relao aos termos tcnicos de Yoga. Os nomes utilizados para
identificar as tcnicas so palavras provenientes do snscrito e o significado deles
mais abrangente que a traduo, j que, nesse contexto, o termo embute uma
srie de conceitos que possuem significados especficos dentro da prtica. Cada
escola utiliza sua prpria nomenclatura, mas todas utilizam o snscrito, e os
conceitos mais importantes so comuns s escolas, como utilizar a palavra sana
para designar as tcnicas corporais ou prnyma para as tcnicas respiratrias.
Assim, os termos snscritos dos nomes dos sanas no devem ser jamais
substituidos pela sua traduo durante as aulas e prticas. O nico que sua
traduo ser apresentada neste estudo que seu conhecimento til para a
memorizao do nome tcnica, pois mais fcil guadarmos uma palvra de outro
idioma que conheamos o significado e, em alguns sanas, tambm ser possvel
criar algum fator mneumnico relacionando o significado do nome com sua
execuo.
O aprendizado da nomenclatura tcnica do Yoga, internacionalmente
utilizada, mais uma das al avancas de evoluo pessoal dos praticantes.
CRITERIO ADOTADO PARA A NOMENCLATURA
Os termos principais do Yoga, como sana, prnyma, dhyna, e outros
so utilizados por todas as linhas e escolas de Yoga. J a para nomeao de cada
sana ou prny ma h variaes para cada escola.
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Esta proposta de nomenclatura para a Sistematizao Universal dos sanas
foi realizada pelo Prof. Andr aps mais de dez anos de pesquisa em ampla
bibliografia de vrias escolas. O critrio adotado foi procurar utilizar uma
nomenclatura prxima da literatura existente e entre as alternativas, procurar
adotar um nome que identificava a tcnica de uma forma mais simples, como por
exemplo embutindo no nome do sana as partes do corpo envolvidas com a sua
execuo.
Seria de grande valia para as futuras edies deste livro, incluirmos as
variaes utlizados por cada linha de Yoga. Agradeo muito se voc, como
professor de alguma modalidade de Yoga, puder contribuir nos enviando a
referncia com a nomenclatura utilizada por su a escola.
TERMINOLOGIA UTILIZADA NA SISTEMATIZAO
Os nomes das tcnicas corporais so compostas de prefixos, radicais e o
termo sana como sufixo. Por exemplo, em ardha utthita natarjsana, temos:
Prefixos: ardha utthita. Radical: natarja Sufixo : sana.
Todas as tcnicas corporais tm o termo sana como sufixo, ao final de seu
nome, antecedido por outro termo, o radical, que identifica a tcnica em si.
Normalmente, o radical escrito junto com o sufixo sana, compondo uma s
palavra.
Os prefi xos contm definies para distinguir as possveis variaes dentro
de uma mesma famlia.
Neste exemplo, natarja, faz referncia a Shiva Natarja, um dos aspectos
de Shiva, o criador do Yoga, onde este apresentando como Natarja, literalmente,
o Rei do s Bailarinos. Os sanas como natarja como radical so posies de
equilbrio sobre um dos ps.
Os prefixos supta e utthita, indicam que a posio deve ser feita com os
olhos fechados (supta) e na ponta do p (utthita).
Para o aprendizado completo da nom enclatura basta aprender o siginificado
dos radicais, que so em nmero de 108, e os prefixos que determinas as variaes
possveis.
A CLASSIFICAO DA FAMLIA RADICAIS
Dentro da sistematizao, todas as posies que compartilham do mesmo
radical esto agrupadas dentro da mesma famlia. Excepcionalmente, uma famlia
pode tambm incluir sanas com outro radical em seu nome, mas que tm
execuo e efeitos muito prximos.
Os termos utilizados como radicais esto normalmente associados a partes
do corpo, ou animais, ou elementos da natureza. O conhecimento da traduo
desses termos pode auxiliar a memorizao, mas, como vimos, a traduo no
deve ser utilizada em substituio ao nome da tcnica. Para ajudar no processo de
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aprendizado dos nomes dos ra dicais, consulte o captulo Tcnica para memorizao
da da nomenclatura.
Para compreender a distino entre as vrias famlias e classificar
corretamente uma posio, necessrio conhecer a atuao do sana, no apenas
a aparncia da posio resultante. Um exemplo disso so os sanas das famlias do
krmsana, yogsana, hamssana e dhransana, que visualmente parecem muito
semelhantes, mas tm efeitos e propsitos totalmente distintos.
Cada sana tem uma atuao corporal mais facilmente identificvel. A o
associar um sana a uma famlia, ou seja, ao definir o radical de seu nome, essa
caracterstica principal de atuao que usada como critrio eletivo.
Pela definio formal, sana posio, contudo algumas passagens entre
sanas, ou movimentos para sentar - se e levantar -se, dada sua importncia e
extensa utilizao, tambm esto codificadas e agrupadas como uma famlia de
sana.
Na seo seguinte deste livro, para cada famlia so descritos os elementos
principais da execuo que determinam a classif icao do sana. Esse
conhecimento auxilia bastante o praticante mais iniciante que est estudando pelas
fotos, pois treinar um sana no tentar reproduzir a posio final da foto, mas
sim colocar o corpo, a tenso e a descontrao musculares, a inteno dentro do
propsito daquele sana.
UTILIZAO DOS PREFIXOS
A sistematizao para a nomenclatura dos sanas permite que milhares de
posies, a partir das 108 famlias inicias, possam ser definidas por meio da
utilizao dos prefixos, que do informa es adicionais sobre a execuo daquela
variao.
Conhecendo os radicais dos sanas, em nmero de 108, e o significado
exato de todos os prefixos, que so poucos e sero todos apresentados aqui, as
mais de 2.000 posies codificadas, podem ser facilmente nomeadas.
Com relao complexidade
Os prefixos mais importantes so os que se referem ao grau de
complexidade da execuo do sana: sukha = fcil (em relaxamento); ardha =
metade (incompleto); rja = real (completo); mah = grande (avanado ou mais
qu e completo).
Um desses prefixos est sempre presente no nome completo do sana.
Quando no mencionado, significa, como padro, que estamos nomeando a
variao rja, que considerada a variao completa do sana, ou que aquela
famlia de sanas no comp orta variaes.
muito comum ocorrer uma certa confuso entre essas variaes de nvel
de adiantamento, pois o que determina se sukha ou ardha no a proximidade
da posio do corpo em relao variao rja, mas o estado corporal interno do
pratican te.
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Vamos entender isso por meio de exemplos prticos. Peguemos o rja
jnusrshsana (foto 3). Qual das duas fotos (1 ou 2) deve ser a variao ardha, ou
o segundo nvel de adiantamento? Pela distncia do corpo em relao posio
final, a foto 1 est mais prxima, mas, pelo significado dos prefixos, a variao
ardha a foto 2. Observe que, por variao sukha, entende -se que o praticante
est no estado de mxima descontrao que o sana permite, logo a posio da
foto 1. Na variao ardha, o pratican te est fazendo o sana incompleto; nesse
caso, a foto 2, na qual o corpo j est na posio para o sana, mas ainda no feita
a anteflexo frente.
A variao rja do sana pode ser executada em descontrao ou no; o
que a caracteriza o fato de a pos io estar completa. Por exemplo, na foto 3, de
acordo com o capacidade de alongamento do praticante, ele pode precisar ou no
de atuao muscular para manter a posio. Independente disso, desde que a
cabea ou o trax esteja tocando as pernas, variao rja.
A definio da variao mah do sana ir alm da variao rja no
elemento caracterstico da famlia. Por exemplo, no jnusrshsana, como uma
famlia de anteflexo, a variao mah alcanada quando a cabea toca o solo.
Tambm nesse caso o p raticante pode estar com o corpo descontrado ou no, de
acordo com sua flexibilidade.
interessante observar que o grau de adiantamento no est
necessariamente associado ao grau de esforo necessrio para manter a posio.
Alis, freqentemente, os mah sanas, quando finalmente conquistados, tm uma
permanncia muito mais confortvel que a variao rja (como exemplo o mah
shalabhsana, famlia 81) , assim como a variao ardha de muitas posies pode
exigir muito mais esforo muscular que a variao rja (como exemplo, o ardha
bhupdasana, famlia 87).
Com relao posio das pernas
sukha = as pernas reproduzem o sukhsana (veja a foto na famlia 6);
samna = as pernas reproduzem o samnsana (famlia 7) ou uma das pernas
colocada flexionada frente do corpo;
vajra = as pernas reproduzem o vajrsana (famlia 12) ou uma das pernas
colocada flexionada ao lado do corpo;
siddha = as pernas reproduzem o siddhsana (famlia 9) ou a perna de polaridade
negativa (esquerda para o homem) colocada sob o perneo;
bhadra = as pernas reproduzem o bhadrsana (famlia 16);
padma = as pernas reproduzem o padmsana (famlia 10) ou o dorso de um p
colocado sobre a perna oposta.
Com relao aos pontos de apoio
ekapda = sobre um s p, ou conforme o sana, colocando uma s perna na
posio caracterstica do sana;
dwapda = sobre os dois ps;
tripda = sobre trs apoios;
chatuspda = sobre quatro apoios;
utthita = suspenso em frgil apoio (significa que o corpo est suspenso em algum
apoio menor que a execuo rja do sana; pode significar apoio nas pontas dos
dedos, nas pontas dos ps ou mesmo sobre os joelhos e mos, de acordo com a
posio original).
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Com relao utilizao das mos ou braos
nirahasta = sem utilizar as mos;
ekahasta = co m uma s mo;
dwahasta = com as duas mos;
baddha = enlaado (pelos braos);
pdahasta = com uma mo tocando o p;
jnuhasta = com uma mo tocando o joelho.
Com relao ao lado de execuo
vamah = para o lado esquerdo;
dakshina = para o lado direito.
Nota: tradicionalmente no Yoga, ao executar sanas que necessitem compensao
por exemplo, um flexionamento lateral , executa -se primeiro sempre para o lado
esquerdo.
Com relao ao movimento
tamas = esttico;
rajas = em movimento.
Esses prefixo s so muito pouco utilizados, pois, por sua prpria natureza,
sana quando voc alcana uma posio e nela permanece. A execuo com
repetio, assim como sanas que incluem movimentao, no so caractersticas
do Yoga mais antigo; ainda assim, a ttulo de referncia tcnica, foram includas na
sistematizao algumas variaes rajas de sanas, como o rajas dolsana na
famlia 83.
O prefixo rajas tambm utilizado para designar algumas passagens entre
posies, que foram codificadas devido sua import ncia e sua utilizao
freqente na prtica.
Com relao posio do corpo
rdhwa = elevado (significa que o corpo est parcialmente ou totalmente elevado
do solo; tambm utilizado para designar passagens de elevao do solo);
supta = adormecido (em posies de equilbrio, esse prefixo designa que a posio
deve ser executada com os olhos fechados; nas demais posies, indica que o
corpo est deitado, ou indica o movimento para deitar -se);
parshwa = dorso (significa que a posio deve ser executad a com a lateral do
corpo);
uttara = deitado com as costas no solo;
udara = deitado de frente para o solo;
vakra = toro (significa que posio deve ser feita em toro);
uttna = extenso ou trao (posio executada com extenso ou trao com
esforo).
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1. No caso de compensao de sanas polarizados, p ara executar a variao
siddha, sempre que possvel a perna negativa deve ser mantida sob o perneo,
mesmo na compensao para o outro lado da tcnica.
QUANTO ORDEM DE LEITURA DOS PREFIXOS
Os prefix os modificam a forma de execuo da posio, sempre seguindo a
ordem de importncia utilizada no snscrito, qu e da direita para a esquerda.
Assim, um prefixo vai modificar o sana definido pelo nome sua direita. Tomemos
por exemplo o utthita mah rdhw a dhanursana e o mah utthita dhanursana.
Como vemos nesses casos, a ordem dos fatores altera o resultado. No primeiro,
uma variao mah do rdhwa dhanursana (foto 1) que modificada para
execuo em utthita, ou seja, na ponta dos ps (foto 2); no segundo, um utthita
dhanursana, que dhanursana suspenso sobre o ante -brao e perna (foto 3),
que modificamos para tornar mah utthita, ou seja, um apoio ainda menor
substituindo -se o antebrao pela mo (foto 4).
TCNICA PARA MEMORIZAO DA NOMENCLA TURA
Memorizar o nome rja parshwa jnrdhwa srshsana sem ter elementos
associativos difcil ou to improvvel quanto memorizar
supercalifragilisticoespialidoso sem ter assistido ao filme Mary Poppins! Mas, se
voc estabelece vrios pontos de ligao com essa informao, torna -se uma tarefa
fcil. Nossa capacidade de memorizao to facilitada quanto mais elementos
esto ligando mente a informao que se deseja memorizar ( como se houvesse
mais neurnios retendo -a...). Sendo assim, guardar o nome de uma pessoa que
voc no conhece e a respeito da qual no sabe absolutamente nada difcil, mas,
se voc tem a associao visual do rosto e a auditiva da voz dessa pessoa, conhece
elementos de sua vida, hbitos e hobbies, voc guarda no apenas o nome, mas
tambm todos esses outros elementos.
Aqui vamos apresentar um procedimento para memorizar, de forma simples
e permanente, toda a nomenclatura dos sanas. Agradeo aos meus alunos de
formao profissional na escola Vila Mariana, que durante vrios anos colaboraram
para lapidar este procedimento. Pr - requisitos:
Leia em voz alta o ndice com os nomes das 108 famlias, corrigindo a
pronncia atravs da orientao de seu professor. O objetivo principal dessa etapa
no memorizar o significado das palavra s, mas apenas criar a associao visual -
auditiva para estar apto a ler termos em snscrito de forma simples.
Estude o captulo Nomenclatura tcnica deste livro para compreender as
regras de formao dos nomes na terminologia.
Estude o glossrio deste li vro para aprender o significado dos termos em
snscrito utilizados nos radicais.
No pule etapas. Somente aps executar os passos preliminares que se
deve iniciar o estudo das 108 famlias. O mtodo consiste em associar o maior
nmero possvel de elemen tos a cada famlia, executando as seguintes atividades:
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leia em voz alta o nome da famlia; escreva o nome da famlia; memorize, quando
houver, a traduo dos termos em snscrito utilizados no nome
dos sanas; crie uma associao mnemnica do significado do nome com sua
execuo; desenhe o andromorfo do sana (andromorfo um desenho simplificado
representativo da posio); execute o sana com permanncia enquanto lembra o
nome e observa os efeitos de sua execuo.
Sobre o desenho de andromorfo, que algu ns estudantes tm dificuldade,
basta seguir um mtodo apropriado: inicie o desenho justamente pela caracterstica
mais determinante do sana e, a seguir, apenas complete o desenho com as outras
partes do corpo mais significativas para caracterizar a varia o. Por exemplo: num
rja trikonsana, o elemento determinante so as pernas formando um tringulo, a
seguir a coluna executando um flexionamento lateral e, finalmente, a posio de
braos e cabea na variao escolhida. Uma regra equivalente, ainda mais s imples,
sugerida pela Instra. Vivian Hanai, quando eu ministrava um curso na Unidade Vila
Mariana em So Paulo, consiste em iniciar o desenho sempre pelos pontos de apoio
e contato do corpo com o solo.
O aprendizado e o treinamento de desenho das posie s auxilia o registro de
montagem de coreografias, de aula ou a prtica pessoal. Alm disso, ao desenhar
estamos fazendo uma execuo mental do sana, logo, pode ser at um
treinamento de sana! Observe que freqentemente alguns erros ou dificuldades
existe ntes na execuo do sana tambm ocorrem quando se prope desenhar a
posio.
A execuo da posio com permanncia tambm muito importante. Se
houver algumas famlias que sistematicamente voc confunda, ou esquea, voc
provavelmente necessita executar mais essas posies e entender a diferena de
propsito entre elas. Mesmo se os nomes dos sanas, ou a posio do corpo, forem
muito similares, ao execut - los atento sua atuao, fica clara a distino.
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Parte IV Tcnicas
Estrutura deste guia prtico
Esta parte do livro contm um guia prtico com as 108 famlias de sanas. Cada
famlia apresentada com os itens descritos a seguir:
a) Nmero Nmero de ordem da famlia. A ordenao das famlias foi escolhida
para seg uir a ordem com que os sanas so apresentados na Sistematizao
Universal dos sanas.
b) Nome Nome em snscrito da famlia, radical principal dos sanas deste grupo.
c) Caracterstica Elemento comum mais destacado entre os sanas da famlia.
d) Tradu o dos termos: Traduo dos termos utilizados para compor o nome da
famlia. Atente para o fato que esta traduo no deve ser utlizada para substituir o
nome do sana na locuo e descrio da tcnica.
e) Fotos das variaes mais utilizadas. Eventualmente , de acordo com a famlia,
podem ser acrescentados tambm os seguintes itens explicativos.
f) Polaridade Indicao quando a execuo da tcnica solicita que seja utilizada
especificamente a perna direita ou esquerda. Neste caso a descrio ser sempre
fe ita para a homem. A maior parte das escolas de Yoga utiliza a execuo para a
mulher seguindo a mesma descrio do que a execuo para os homens, contudo
algumas escolas adotam a regra que a execuo para a mulher sempre oposta
do homem.
g) ngulo did tico O ngulo didtico ser sempre o que foi utilizado na foto;
quando houver necessidade de algum esclarecimento adicional, esse item ser
includo apenas naquela famlia.
h) Excelncia tcnica Comentrios sobre pontos a serem observados para uma
exec uo eficiente e para evitar os erros mais freqentes.
i) Tcnicas preparatrias A variao sukha ou ardha do prprio sana, quando
houver, normalmente a melhor tcnica preparatria para o treinamento da
conquista da posio. A prpria caracterstica d a tcnica (flexionamento, abertura,
toro, etc.) uma indicao de outras famlias de sanas que podem ser
praticados para alcanar uma boa execuo. Sendo assim, vamos incluir este item
apenas nas famlias nas quais algumas tcnicas preparatrias possam no ser
intuitivas para os praticantes.
j) Sugesto para treinamento Vrios sanas permitem, com uma pequena
variao da posio do corpo que nem chega a caracterizar uma variao do sana,
regular de forma muito efetiva o grau de exigncia de fora mus cular ou
flexibilidade da posio. Quando a famlia tiver essa possibilidade, vamos fornecer
esses elementos. Essas variaes podem ser utilizadas para facilitar a execuo de
quem est iniciando -se na tcnica ou para servir como uma variao mais forte e
treinamento para os praticantes mais adiantados.
k) Outras variaes Sugesto de variaes, algumas ainda no codificadas, mas
cuja atuao coerente com a famlia apresentada. O objetivo da sistematizao
no criar tcnicas, mas apenas resgatar e org anizar o acervo do Yoga. Dessa
forma, sanas ainda no codificados podem vir a ser includos, desde que sua
execuo tenha coerncia com as demais tcnicas e sua atuao seja consistente
com a caracterstica da famlia de sanas na qual ser includo.
l) P refixos aplicveis Enumerao dos prefixos aplicveis variao rja. Para
saber como cada prefixo altera a posio, consulte o captulo Utilizao de Prefixos
deste livro. No foram listados neste item os prefixos sukha, ardha ou mah, pois
essas varia es, quando existentes na famlia, j foram includas nas fotos.
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1 - srya namaskra
2 - vrabhadra namaskra
3 - shavsana
4 - purnsana
5 - purnavajrsana
6 - sukhsana
7 - samnsana
8 - swstiksana
9 - siddhsana
10 - padmsana
11 - vrsana
12 - vajrsana
13 - idsana
14 - pingalsana
15 - sushumnsana
16 - bhadrsana
17 - rdhwsana
18 - pdsana
19 - prathansana
20 - trishlsana
21 - vrikshsana
22 - kapda rdhwsana
23 - vatyansana
24 - angushthsana
25 - natarjsana
26 - dhanursan a
27 - jnrdhwa srshsana
28 - jnrdhwsana
29 - grudsana
30 - pakshsana
31 - pdaprasransana
32 - prasrana ekapdsana
33 - shrapdsana
34 - dysana
35 - grivavartnsana
36 - bhuvartenasana
37 - nitambsana
38 - trikonsana
39 - prishthsan a
40 - prishthakonsana
41 - jnursana
42 - shrngushthsana
43 - upavishtsana
44 - parighsana
45 - hanumansana
46 - prnsana
47 - hastinsana
48 - talsana
49 - chakrsana
50 - kandharsana
51 - pdahastsana
52 - shaktysana
53 - parshwottnsana
54 - hastsana
55 - utksana
56 - manduksana
57 - omkrsana
58 - lolsana
59 - merudandsana
60 - paschimottnsana
61 - upavishta konsana
62 - vajrolysana
63 - jnusrshsana
64 - stambhsana
65 - vamadevsana
66 - kapodsana
67 - vakrsana
68 - mats yendrsana
69 - updhansana
70 - kukkutsana
71 - samakonsana
72 - gomukhsana
73 - prvatsana
74 - garbhsana
75 - yogsana
76 - krmsana
77 - hamssana
78 - udarsana
79 - bhujangsana
80 - sarpsana
81 - shalabhsana
82 - makarsana
83 - dolsana
84 - bhgsana
85 - chatuspdsana
86 - tripdsana
87 - bhupdsana
88 - vytksana
89 - banchsana
90 - simhsana
91 - mayrsana
92 - kksana
93 - bhukksana
94 - natapdsana
95 - chalansana
96 - katiksana
97 - ushtrsana
98 - natashra vajrsan a
99 - gokarnsana
100 - viparta karanysana
101 - halsana
102 - sarvngsana
103 - viparta halsana
104 - matsysana
105 - grivsana
106 - srshsana
107 - vrishksana
108 - dhransana
_______________________________
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1) SRYA NAMASKRA (Saudao ao Sol)
http://3.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/SXPZPYoUhjI/AAAAAAAAAek/a-er6ILW6_4/s1600-h/primeiro+%C3%A1sana.JPG -
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Caracterstica - Vestgio de coreografia primitiva.
ngulo didtico - Como em algumas das posies o ngulo didtico frontal e em
outras lateral, optamos por adotar o ngulo de quarenta e cinco graus para essa
seqncia.
Excelncia tcnica - Para utilizar a respirao correta durante a execuo da
seqncia, execute os movimentos para cima com inspirao e para baixo com
inspirao. Utilize uma reteno com ar (kmbhaka) na quinta posio da
seqncia (chatuspdsana) para que a coordenao d a respirao com a
movimentao fique perfeita. A sexta posio (ashtngsana) consiste em tocar o
corpo no solo com oito partes simultaneamente: dois ps, dois joelhos, duas mos,
trax etesta. Nas posies 4 e 9, utilizadas como passagem, procure manter o olhar
frente, os quadris baixos, a coluna ereta e o joelho da perna que est para trs
permanece elevado sem tocar o solo. As quatro ltimas posies so exatamente
iguais s quatro primeiras, assim, na execuo mais ortodoxa, a perna que fica
frente nas posies4 e 9 deve ser sempre a mesma. Para manter a compensao
dos movi -mentos na prxima vez que for executar a seqncia mantenha a outra
perna frente.
Os outros sanas utilizados nesta seqncia j esto descritos em suas respectivas
famlias, a saber:
Posies 1 e 12, rja pdsana - famlia 18;
posies 2 e 11, ardha chakrsana - famlia 49;
posies 3 e 10, ardha pdahastsana - famlia 51;
posies 5 e 9, chatuspdsana - famlia 85;
posio 7, bhujangsana - famlia 79;
posio 8, ut tna chatuspdsana - famlia 85.
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2) VRABHADRA NAMASKRA
Caracterstica - Vestgio de coreografia primitiva.
ngulo didtico - A seqncia inicia -se de frente e, na segunda posio,ao dar um
passo frente, ou para trs, o praticante deve gi rar o corpo paraficar de lado. Esta
seqncia tambm pode ser utilizada em linhas deYoga que no tm o conceito do
ngulo didtico; neste caso, a execuoj iniciada de lado.Excelncia tcnica - Nas
trs primeiras posies, mantenha trao nacoluna e nos braos. Na quarta
posio, os braos mantm a trao agoraparalelos ao solo. Na quinta posio,
mantenha o alinhamento da pernacom o joelho estendido, tronco e braos,
mantendo a trao. Finalmentea sexta posio o ardha natarjsana, descrito na
famlia 25.
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3) SHAVSANA
uttara shavsana udara shavsana
mah shavsana
Caracterstica - Relaxame nto deitado.
ngulo didtico - O melhor ngulo didtico para demonstrao, e que tambm
melhor utiliza o espao da sala de prtica, de lado. No ocidente, o instrutor pode
induzir os alunos a executar esta posio com osps apontando em sua direo, a
fim de que ao se soerguerem j estejamdiretamente, sem movimentos adicionais,
sentados de frente para oinstrutor. Na ndia, ou dentro do contexto cultural do
hindusmo, considerado falta de etiqueta apontar as plantas dos ps na direo
do instrutor, neste caso a posio executada de lado ou com a cabea voltada
para o instrutor.
Excelncia tcnica - O sana no consiste apenas em colocar o corpo na posio,
mas em efetivamente alcanar um estado profundo de completa descontrao
muscular. Shavsana, como o prprio nome diz, apenasum sana de
descontrao, no deve ser confundido com yoganidr, que a tcnica de
descontrao que inclui visualizao e vrios outros elementos. Manter as palmas
das mos voltadas para cima no obrigatrio,mas a eliminao do tato dos dedos
com o solo auxilia o praticante aalcanar o estado de pratyhra (abstrao dos
sentidos externos).
Prefixos aplicveis - Uttara, udara, parshwa, suhka, vajra, swra, bhadra, padma
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4) PURNSANA
sukha purnsana ardha purnsana
rja purnsana
Caracterstica - Posio sentada mais primordial e ancestral.
Excelncia tcnica - Na variao rja, mantenha a coluna bem ereta,chegando
mesmo a exercer uma pequena trao. Na variao ardha, os bra os servem de
apoio para as costas. Na variao sukha, os ps esto confortavelmente afastados,
a coluna forma uma discreta retroflexo para que a cabea fique tombada para
trs, os braos so colocados de formaa criar uma alavanca e no necessrio
esfor o muscular para sustentara posio.
Outras variaes - Experimente executar a variao sukha, com osdedos das
mos apontados na direo do corpo e os cotovelos flexionados. Essa variao,
alm de ser um excelente exerccio muscular para osbraos, estimul a a aquisio
de conscincia corporal, pois, apesar da ten -so nos braos, como ainda uma
variao sukha, o yogin deve mantero restante do corpo totalmente descontrado.
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5) PURNAVAJRSANA
rajas purnavajrsana
Caracterstica - Passagem entre posies sentadas.
ngulo didtico - Passar as pernas pela frente permite uma visualizaomelhor do
movimento, mas considerado correto passar as pernas portrs, especialmente se
estiver dentro de um contexto cultural hindu (con -sulte o livro Boas ma neiras no
Yoga).
Excelncia tcnica - No faa ajustes da posio. Apie a mo no solopara
auxiliar no equilbrio j na sua posio definitiva. Faa um movimento nico, fludo
e coordenado de todo o corpo durante a passagem.
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6) SUKHSANA
Sukhsana
Caracterstica - Posio sentada, de pernascruzadas, com o calcanhar sob a
perna.
Polaridade - Calcanhar esquerdo mais prximodo corpo.
Excelncia tcnica - Evite utilizar essa posio em sua prtica ou emsuas aulas.
Como o calcanhar imp ede que o joelho alcance o solo, a utilizao dessa posio
dificulta o aprendizado de alguns sanas maisavanados, como o padmsana.
Assim, instrutores sem formao profis -sional, que no dominam tcnicas mais
avanadas, costumam sugeriressa posio como forma de segurar o progresso de
seus incautos alunos. Prefixos aplicveis - rdhwa, utthita, supta.sukhsana
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7) SAMNSANA
samnsana
Caracterstica - Posio sentada, de pernascruzadas; os calcanhares no
impedem que aperna oposta t oque o solo.
Polaridade - Calcanhar esquerdo mais prxi -mo do corpo.
Prefixos aplicveis - Vajra, padma, rdhwa,utthita, supta.samnsana
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8) SWSTIKSANA
Swstiksana
executado sempre para o mesmo lado. No tem polaridade
Caracterstica - Posio sentada, de pernas cruzadas, com os dedosdos ps
protegidos pelas pernas.
Polaridade - No tem polaridade; uma posio simblica, que fazreferncia a um
smbolo hindu, logo, tanto para homens quanto mulheres, sem pre executada com
a perna esquerda por cima da direita.
Excelncia tcnica - Na variao mais completa, os dedos dos ps ficam
totalmente envoltos pela perna. executado sempre para o mesmo lado.
No tem polaridade.
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9) SIDDHSANA
Car acterstica - Posio sentada de pernas cruzadas, com o calcanhar
pressionando a base da coluna.
Polaridade - Calcanhar esquerdo mais prximo do corpo.
Excelncia tcnica - Ao montar a posio, no eleve o corpo, simplesmente
incline -o ligeiramente para t rs e encaixe o calcanhar sob a plvis.
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10) PADMSANA
padmsana (outro nome: kamalsana)
Caracterstica - Posio sentada, com as pernas cruzadas, com maior
estabilidade.
Excelncia tcnica - H a execuo apenas esttica do pa dmsana, na
qualsomente as extremidades dos ps se posicionam sobre a outra perna, e a
execuo mais tcnica e funcional, naqual todo o dorso do p (em alguns casos, o
calcanhar) colocado sobrea perna, pressionando as veias, de forma a concentrar
a circu lao sangunea na regies do corpo que vo dinamizar a prtica.
Tcnicas preparatrias:
1. Bhadrsana (famlia 16);
2. padma katiksana (famlia 96);
3. ardha padma jnsrshsa: sentado, coloque o dorso do p esquerdo sobrea
coxa direita, mantendo o joelho direito estendido, auxiliando gentilmente com as
mos para o joelho esquerdo se aproximar do solo;
4. padma kapda mdurandsana: deitado com as costas no solo, apie o
calcanhar do p esquerdo logo abaixo do joelho direito flexionado, segure o j oelho
direito e procure aproximar a testa do joelho;
5. padma parshwa mdurandsana: com o peito do p esquerdo na coxa direita,
deite -se sobre o seu lado esquerdo, respeitando sua articulao do joelho para no
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a forar, procure manter os quadris e as co xas alinhadas com o prolongamento do
tronco.
Sugesto para treinamento - Caso executem permanncia prolongada no
padmsana, ou suas tcnicas preparatrias, algumas pessoas podem sentir
necessidade de compensar a articulao do joelho, sentando em vajrsan a, com os
calcanhares afastados para o lado, permitindo que os quadris toquem o solo.
A execuo regular de jnursana e upavishtsana tambm til para quem utiliza
bastante o padmsana.
Prefixos aplicveis - Vajra, rdhwa, utthita, baddha, supta.
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11) VIRSANA
vrsana
Caracterstica - Posio sentada, de pernascruzadas, com joelhos sobrepostos.
Tcnicas preparatrias - bhadrsana, padmakapda jnusrsha
mrudandsana.
Excelncia tcnica - Os quadris devem per -manecer no solo. Respeitando sua
flexibilidade, mantenha os joelhos alinhados.
Sugesto para treinamento - Incline o corpopara frente, mantendo a coluna
ereta.
Prefixos aplicveis - rdhwa, utthita.
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12) VAJRSANA
Caracterstica - Posio sentada, c om as pernas flexionadas ao lado ou sob o
corpo.
Excelncia tcnica - Nesta posio, naturalmente a coluna tende a ficar ereta;
conseqentemente, indicada como alternativa para iniciantes que tenham
dificuldade em manter as pernas cruzadas durante muito tempo. Ao executar
mudr, pj, mantra, prnyma e samyama, o conforto fundamental, logo inicie
com as pernas cruzadas em swsana, mas varie sua posio sempre que
necessrio, alternando entre os vrios dhynsanas.
Sugesto para treinamento - H mui tas variaes de vajrsana, variando o
afastamento dos calcanhares, a posio dos calcanhares (sob ou ao lado dos
quadris) e o afastamento dos joelhos. Experimente essas vrias alternativas
buscando as de maior conforto para utilizao posterior no sdhana .
Particularmente til como dhynsana a variao samnavajrsana que simples
de montar com um movimento mnimo do corpo.
Prefixos aplicveis - Padma, samna, siddha, rdhwa, utthita, supta.rja
vajrsana
http://3.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/Stegnfa4fKI/AAAAAAAAA7g/nW9nGMz956U/s1600-h/12.bmp -
41
13) IDSANA
Caracterstic a - Posio sentada, com a perna de polaridade positiva pressionando
o trax.
Polaridade - Calcanhar esquerdo mais prximo do corpo e perna direita elevada.
Excelncia tcnica - As costas devem permanecer eretas, e os braos auxiliam
puxando a perna para p ressionar o lado de polaridade positiva do trax.
http://1.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/SteiiMBvvBI/AAAAAAAAA7o/_MeuSf_7ZXE/s1600-h/13.bmp -
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14) PINGALSANA
Caracterstica - Posio sentada, com a perna de polaridade negativa
pressionando o trax. Polaridade - Calcanhar esquerdo mais prximo do corpo e
perna es querda elevada.
Excelncia tcnica - As costas devem permanecer eretas, e os braos auxiliam
puxando a perna para pressionar o lado de polaridade negativa do trax.
http://3.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/Steim2LGHUI/AAAAAAAAA7w/ESPyuE0z6iE/s1600-h/14.bmp -
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15) SUSHUMNSANA
Caracterstica - Posio sentada, com as pernas pressi onando o trax.
Excelncia tcnica - As costas devem permanecer eretas e os braos auxiliam
puxando as pernas para pressionar o trax.
http://3.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/SteirxXmdxI/AAAAAAAAA74/2MzhrkuxI_k/s1600-h/15.bmp -
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16)BHADRSANA
Caracterstica - Posio sentada, com as plantas dos ps unidas frente do corpo.
Excelncia tcnica - Utilize as mos para manter os ps unidos; o tronco deve
estar ereto e os joelhos tocam o solo.
Tcnicas preparatrias - Padma jnsrshna.
Sugesto para treinamento - Mantendo as mos segurando os ps unidos, pode -
se utilizar os co tovelos para aproximar o joelhos do solo.Experimente inclinar o
corpo frente, inicialmente com ante flexo,trazendo a testa prxima aos ps.
Outra variao, mais intensa, inclinar o corpo frente mantendo a coluna ereta,
aproximando o trax dos ps.
Outras variaes - Como compensao de retroflexes intensas da regio
cervical, afaste os ps cerca de dois palmos dos quadris e faa uma ante - flexo
colocando o topo da cabea no solo, atrs dos calcanhares.
Prefixos aplicveis - rdhwa, utthita, supta, kapda vakra, dwapdavakra.
http://2.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/StepuEp0RCI/AAAAAAAAA8A/MLPstZbIDkc/s1600-h/16.bmp -
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17) RDHWSANA
Caracterstica - Movimentos para levantar -se.
Excelncia tcnica - Na passagem, mantenha o olhar frente, as costas eretas.
Nas variaes em que a perna est estendida, esta deve permanecer todo o tempo
paralelo ao solo.
Sugesto para treinamento - Para conquistar uma boa execuo do
srdhwsanas, treine diariamente (uma vez ao dia suficiente) a execuo do
rdhwa pdaprasransana, iniciando com o corpo elevado e flexionando os joelhos
apenas at o ponto no qual voc tenha certeza de pode relevar -se novamente,
permanecendo alguns instantes no ponto mximo. Durante o treinamento, no
importa se voc j consegue chegar at o solo ou no, basta ir diariamente at seu
ponto mximo e depois retorna r. Em algumas semanas, ou meses, quando j puder
chegar ao solo, inicie o treinamento de outras variaes, com ou sem as mos
segurando a perna ou com uma perna em padma. Como treinamento, durante a
sua prtica (e em qualquer ocasio do seu dia), sempre qu e for elevar o corpo do
solo, faa -o sem o auxlio das mos.
Prefixos aplicveis - sukha, vajra, jnuhasta, bhadra, pddottthita, pda -hasta,
jnusrsha.sukha rdhwsana
http://1.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/Stepuf46pDI/AAAAAAAAA8I/ihS2KKDRG-8/s1600-h/17.bmp -
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18) PDSANA
Caracterstica - Posio de equilbrio sobre os ps unidos e a coluna ereta.
Excelncia tcnica - O peso deve estar igualmente distribudo nas plantas dos
ps; o corpo, absolutamente ereto e estvel. Utilize as pequenas oscilaes
naturais do corpo para definir seu centro de gravidade. Mudrs com as palmas das
mo s unidas, como kl mudr e prnam mudr, auxiliam a aprimorar o senso de
equilbrio.
Sugesto para treinamento - Como reforo maior para o treinamento de
equilbrio, experimente executar grivavartnsana (famlia 35) em pdsana; a
seguir, faa com os o lhos fechados. Como um exemplo que qualquer sana pode
permitir desenvolvimento muscular, experimente uma execuo de pdsana,
tracionando a coluna para cima, pressionando uma palma da mo contra a outra,
mantendo tenso retraindo os joelhos e pressionand o os dedos dos ps contra o
solo. Outras variaes - A variao de pdsana com os braos estendidos para
baixo e afastados do corpo, como num tringulo, recebe o nome detadsana.
Prefixos aplicveis - Supta, utthita.rja pdsana
http://1.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/Stepu5xo58I/AAAAAAAAA8Q/-g4t8RqtbQ8/s1600-h/18.bmp -
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19) PRATHANSANA
Caracterstica - Posio de equilbrio, com os ps alinhados e a coluna ereta.
Excelncia tcnica - O peso deve estar igual -mente distribudo nas plantas dos
ps; o corpo,ereto e estvel; os ps, perfeitamente alinhados.
Sugesto para treinamento - Os elementos descritos para excelncia tcnica e
para treina -mento do pdsana aplicam -se tambm para esta famlia.
Prefixos aplicveis - Supta, utthita..rja prathansana
http://1.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/StepvN8T9NI/AAAAAAAAA8Y/VixPuuYbux4/s1600-h/19.bmp -
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20) TRISHLSANA
Caracterstica - Posio de equilbrio so bre um p, com a simbologia de um
trishla, smbolo de Shiva.
Excelncia tcnica - A ponta do p elevado apenas toca a outra perna, sem se
apoiar. Os braos devem estar paralelos ao solo e os antebraos devem estar num
ngulo ligeiramente maior que novent a graus, buscando justamente se aproximar
do formato de um trishla. A perna deve ficar afastada para o lado,no para
frente, de forma que os braos e o joelho flexionado fiquem num mesmo plano.
Podem ser utilizados outros mudrs.
Prefixos aplicveis - Supta, utthitarja trishlsana
http://3.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/StepvvKTVMI/AAAAAAAAA8g/2RS10QJdiKA/s1600-h/20.bmp -
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21) VRIKSHSANA
(NO TEM IMAGEM)
Caracterstica - Posio de equilbrio sobre um p, com o joelho da perna de apoio
estendido e o outro p apoiado na perna oposta.
ngulo didtico - De acordo com a v ariao, h um ngulo didtico prprio; logo,
para execuo em coreografia, treine para rotacionar o corpo mantendo o equilbrio
ou execute a quarenta e cinco graus.
Excelncia tcnica - Ao inclinar o corpo frente, para a execuo de
rjavrikshsana, ma ntenha as costas eretas e os braos alinhados com o tronco.
Somente quando sua flexibilidade o exigir prossiga com o movimento apenas com
os braos. Ao retornar, no desfaa o sana imediata -mente, primeiro confirme e
aprimore a estabilidade da posio. Na variao ardha vrikshsana, desenvolva a
flexibilidade procurando manter os joelhos mais prximos e alinhados. Na variao
sukha vrikshsana, a perna pode estar apoiada bem prxima aos quadris ou estar
apoiada coma planta do p na altura do joelho.
Outra s variaes - O treinamento da passagem para o rja vrikshsana,parando
a movimentao no meio do caminho, com o tronco paralelo ao solo, excelente
para ganhar mais estabilidade nas posies em p. Outro treinamento a
passagem deste sana para o kapd a angushthsana(famlia 24).
Prefixos aplicveis - Supta, parshwa, baddha, utthita, jnusrsha, shra -hasta.
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22) KAPDA RDHWSANA
Caracterstica - Equilbrio em p, com o dorso do p apoiado sobre a outra perna
e o joelho da perna de base flexionado.
ngulo didtico - Em fotos e materiais didticos, demonstrado a quarenta e
cinco graus para uma melhor visualizao do joelho flexionado. Em coreografias ou
prticas de sana pode ser executado de frente ou tambm quarent a e cinco
graus, como passagem para outro sana(por exemplo, kapda kaksana, famlia
20).
Prefixos aplicveis - Supta, utthita, baddha.rja kapdardhwsana
http://2.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/Stetoch7zlI/AAAAAAAAA8o/qCI-GRLVtEg/s1600-h/22.bmp -
51
23) VATYANSANA
Caracterstica - Equilbrio com flexionamento da artic ulao do joelho.
Excelncia tcnica - Pode ser montado a partir da posio sentada, mas a forma
mais tcnica a partir do kapda rdhwsana. Na posio final, mantenha as
costas eretas.
Tcnicas preparatrias - Padmsana, vamadvsana, mah matsyndr sana.
Sugesto para treinamento - O p que est apoiado no solo pode ficar mais
frente do ponto de apoio do joelho para regular o grau de dificuldade do sana.
Prefixos aplicveis - Supta, gruda.rja vatyansana
http://3.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/Steto_4-t5I/AAAAAAAAA8w/uxeGj8yod84/s1600-h/23.bmp -
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24) ANGUSHTHSANA
Caracterstica - Equilbrio sentado nos calcanhares, apoiado nas pontas dos ps.
Excelncia tcnica - Permanecer com as costas eretas, mantendo um esforo de
trao na perna de apoio, como se estivesse preparando -se para elevar -se, auxilia
a sustentar a estabilidade. O p, ou os ps, de apoio, a coluna e a cabea devem
estar alinhados.
Prefixos aplicveis - Supta, kapda, dwapda, baddha, pdotthita, pdahasta,
jnusrsha.utthita kapdaangushthsanautthita dwapdaangushthsana
http://1.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/StetpDATZsI/AAAAAAAAA84/-jlmupDloGE/s1600-h/24.bmp -
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25) NAT ARJSANA
Caracterstica - Equilbrio em p,com retroflexo e com uma mo tocando a perna
elevada.
Excelncia tcnica - Os quadris permanecem paralelos ao solo, sem girar o corpo,
e o joelho da perna de apoio permanece estendido. Se h dificuldade para manter o
equilbrio, pode -se treinar a variao ardhanatarjsana flexionando -se um pouco a
perna base at reforar a musculatura. Nas variaes Rja e Maha, a inclinao
para frente a menor que sua flexibilidade e equilbrio permitirem.
Prefixo s aplicveis - Supta, utthita, baddha, rdhwa, jnuhasta, Uttna.ardha
natarjsanarja natarjsanamah natarjsana
http://2.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/StetpS_7VLI/AAAAAAAAA9A/7AP5AEJuEGQ/s1600-h/25.bmp -
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26) DHANURSANA
Caracterstica - Retroflexo com a elevao da(s) perna(s).
Excelncia tcnica - Nas vari aes rdhwa, a inclinao para frente a menor
que sua flexibilidade e equilbrio permitirem, e a perna de apoio permanece com o
joelho estendido. Outthita dhanurnasa sempre executado com braos e pernas
opostos elevados, a palma de apoio sempre volta da para o corpo. Ao montar o
utthita Dhanursana, a mo deve primeiro segurar o p (ou calcanhar) e s depois
elevara perna. Em todas as variaes de dhanursana, as pernas exercem fora,
tracionando os braos e intensificando a retroflexo. No treinamento , procure
sempre manter os quadris alinhados, sem os rotar.
Prefixos aplicveis - Supta, utthita, rdhwa, baddha, nirahasta, jnuhasta,
Uttna.ardha dhanursanarja dhanursana Maha dhanursana Uttna
dhanursana
http://1.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/Stetp1okrkI/AAAAAAAAA9I/S_q_uT6iNsw/s1600-h/26.bmp -
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27) JNRDHWA SRSHSANA
Caracterstica - Equilbrio em p, elevando uma perna com o joelho flexionado
aproximando -se da cabea.
Excelncia tcnica - Na variao sukha, o corpo ligeiramente inclinado para
trs, de forma que os braos estendidos segurando o joelho forneam o contrapeso
que permite que o corpo fique descontrado na posio. Na variao ardha, os
braos exercem fora, trazendo a perna para prximo e para o centro do trax. Na
variao Rja, o joelho deve ser levado direo da cabea com o mnimo de
anteflexo da coluna.
Prefixos aplicveis - Supta, utthita, Uttna, vakra, baddha.ardha
jnrdhwasrshsanasukha jnrdhwasrshsana
http://3.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/StjfciPKupI/AAAAAAAAA-g/MPyJm2cAWHQ/s1600-h/27.bmp -
56
28) JNRDHWSAN
Caracterstica - Equilbrio em p,com toro, elevando -se uma perna com o joelho
flexionado.
Tcnicas preparatrias - Jnrdhwa srshsana, baddhamatsyndrsana,
ekapda chalansana.
Prefixos aplicveis - Supta, utthita, vakra, baddha, vakra bad dhajnrdhwsana
http://3.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/StoQoDYmf0I/AAAAAAAAA-w/wzBCFjSU11c/s1600-h/29.bmphttp://3.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/StoQoDYmf0I/AAAAAAAAA-w/wzBCFjSU11c/s1600-h/29.bmphttp://3.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/StoQl4iTw_I/AAAAAAAAA-o/qcD8wW6BOyM/s1600-h/28.bmp -
57
29) GRUDSAN A
Caracterstica - Equilbrio em p, com pernas e braos entrelaados.
ngulo didtico - A melhor visualizao do sana de lado, mas este sana no
utilizado em coreografias de demonstrao.
Prefixos apl icveis - Supta, utthita. rja grudsana
http://3.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/StoQoDYmf0I/AAAAAAAAA-w/wzBCFjSU11c/s1600-h/29.bmp -
58
30) PAKSHSANA
Caracterstica - Equilbrio em p, elevando -se uma perna lateralmente.
Excelncia tcnica - A coluna, os quadris e a perna elevada devem permanecer
no mesmo plano. O corpo, dos p s cabea, permanece to vertical quanto
possvel, evitando o deslocamento dos quadris.
Prefixos aplicveis - Supta, utthita, baddha, nirahasta, parshwa.rja pakshsana
rja pakshsana mah pakshsana ardha pakshsana
http://2.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/StoQqV_ApgI/AAAAAAAAA-4/UgVosv7sG-8/s1600-h/30.bmp -
59
31) PDAPRASRANSANA
Caracterstica - Abertura plvica com o corpo elevado do solo.
Excelncia tcnica - Em todas as variaes, intensifique o grau de adiantamento
da posio aumentando a solicitao sobre a abertura plvica. H uma proximidade
visual entre esta famlia e o jnursana (famlia 41),a diferena est no efeito
interno do sana: nesta famlia, a extenso e a abertura plvica o foco principal,
assim os quadris aproximam -se o mximo do solo, e o joelho flexionado
normalmente ultrapassa bastante os noventa gr aus; no jnursana, que
muscular, a posio mais eficiente com o joelho formando um ngulo reto.
Prefixos aplicveis - Supta, utthita, rdhwa, vakra, baddha, nirahasta,uttna.rja
pdaprasransana
http://1.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/StoQsI_QxpI/AAAAAAAAA_A/cf_Mpbx36ag/s1600-h/31.bmp -
60
32) PRASRANA EKAPDSAN A
Caracterst ica - Equilbrio em p com anteflexo e a outra perna elevada.
Excelncia tcnica - Na variao ardha a perna eleva -se a noventa graus do solo.
Na variao mah, a cento e oitenta graus do solo. As mos apiam no tornozelo
como treinamento de equilbrio.
Prefixos aplicveis - Supta, utthita, rdhwa.ardha rdhwa prasranakapdsana
rja rdhwa prasranakapdsana
http://1.bp.blogspot.com/_YkpEsL_Y7eQ/StoeD2whBOI/AAAAAAAAA_I/xCRcyRwedCI/s1600-h/32.bmp -
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33) SHRAPDSANA
Caracterstica - Flexionamento com uma perna na nuca.
Excelncia tcnica - A coluna deve pe rmanecer ereta. Este sana, por ser pouco
esttico e ter efeito reduzido em relao meta do Yoga, no deve ser utilizado em
demonstraes de coreografia e deve ser pouco utilizado em sesses prticas de
treinamento.
Tcnicas preparatrias - Upadhansana .
Prefixos aplicveis - Supta, utthita, rdhwa.rja shrapdsana