Malinowski Argonautas Introducao Objeto Metodo e Alcance Desta Investigacao

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Os Argonautas do Pacífico Ocidental Bronislaw Malinovski Introdução: objecto, método e alcance desta investigação I As populações costeiras das Ilhas dos Mares do Sul, com muito raras excepções, são, ou eram antes da sua extinção, peritas em navegação e comér- cio. Algumas delas desenvolveram excelentes tipos de canoas de navegação em alto mar, nas quais embarcavam para expedições comerciais distantes ou incursões de guerra e conquista. Os Papua-Melanésios, que habitam a costa e as ilhas longínquas da Nova Guiné, não são excepção a esta regra. Trata-se, de um modo geral, de marinheiros corajosos, artesãos habilidosos e nego- ciantes argutos. Os centros de manufactura de artigos importantes, como a cerâmica, instrumentos de pedra, canoas, cestaria fina s ornamentos valiosos, distribuem-se por diferentes locais, de acordo com a habilidade dos habitan- tes, a tradição tribal que herdaram ou as condições propícias oferecidas pela região; por isso, estes produtos são comercializados através de vastas regiões, chegando a percorrer-se centenas de quilômetros. Entre as várias tribos estabeleceram-se formas de trocas definidas ao longo de rotas comerciais precisas. Uma das formas de comércio intertribal mais notável é a que existe entre os Motu de Port Moresby e as tribos do Golfo de Papua. Os Motu navegam centenas de quilômetros em canoas pesadas e desajeitadas chamadas lakatoi, que têm velas características em forma de tena- zes de caranguejo. Trazem cerâmica e ornamentos feitos com conchas - e anti- gamente traziam lâminas de pedra - para os Papuas do Golfo, dos quais obtêm, em troca, sagú e as pesadas canoas escavadas em troncos de árvore, que mais tarde utilizam para a construção das suas lakatoi 1 . Mais a Leste, na costa Sul, vive a população marítima e diligente dos Mailu, que liga o extremo oriental da Nova Guiné às tribos da costa Central, através de expedições comerciais anuais 2 . Por fim, os nativos das ilhas e dos arquipélagos dispersos pelo Extremo Oriental, mantêm constantes relações comerciais entre si. O livro do Prof. Seligman oferece-nos uma excelente des- crição deste tema, especialmente das rotas comerciais mais próximas entre as

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Malinowski Argonautas Introducao Objeto Metodo e Alcance Desta Investigacao

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    o, e

    m q

    ue s

    omos

    con

    fron

    tado

    s co

    m g

    ener

    aliz

    ae

    s p

    or

    atac

    ado,

    sem

    qu

    alqu

    er i

    nfor

    ma

    o r

    elat

    iva

    s e

    xper

    inc

    ias

    que

    con

    du

    zira

    m o

    s au

    tore

    s s

    su

    as c

    oncl

    use

    s. N

    o

    enco

    ntra

    mos

    a

    nen

    hu

    m c

    apt

    ulo

    ou

    par

    graf

    o es

    pe-

    cial

    ded

    icad

    o

    desc

    ri

    o da

    s co

    ndi

    es

    sob

    as q

    uais

    as

    obse

    rva

    es

    fora

    m

    efec

    tuad

    as e

    as

    info

    rma

    es

    reco

    lhid

    as. O

    ra e

    u pe

    nso

    que

    a li

    nha

    que

    sepa

    ra

    os r

    esul

    tado

    s d

    a ob

    serv

    ao

    dir

    ecta

    e a

    s de

    clar

    ae

    s e

    inte

    rpre

    ta

    es n

    ativ

    as

    das

    infe

    rnd

    as

    do

    auto

    r bas

    ead

    as n

    o se

    u se

    nso

    com

    um

    e c

    apac

    idad

    e de

    pe

    netr

    ao

    psi

    col

    gica

    4 s

    pod

    e se

    r tr

    aad

    a co

    m b

    ase

    ness

    as f

    onte

    s et

    no-

    grf

    icas

    de

    inqu

    esti

    onv

    el v

    alo

    r cie

    ntf

    ico.

    Na

    verd

    ade,

    um

    sum

    rio

    com

    o o

    milia

    no.bl

    ogsp

    ot.co

    m

  • que

    est

    inc

    lud

    o n

    o qu

    adro

    aba

    ixo

    (Div

    . IV

    des

    te c

    apt

    ulo)

    , dev

    eria

    ser

    sem

    -pr

    e ex

    ibid

    o, d

    e fo

    rma

    a qu

    e, n

    um

    olh

    ar r

    pid

    o, o

    lei

    tor

    poss

    a av

    alia

    r com

    pr

    ecis

    o o

    gra

    u de

    con

    heci

    men

    to p

    esso

    al d

    o au

    tor

    sobr

    e os

    fac

    tos

    que

    des-

    crev

    e e

    form

    ar u

    ma

    idi

    a re

    lati

    vam

    ente

    s

    cond

    ie

    s de

    obt

    en

    o de

    inf

    or-

    ma

    o j

    un

    to d

    os n

    ativ

    os.

    Se

    pen

    sarm

    os n

    a ci

    nci

    a hi

    str

    ica,

    nen

    hum

    aut

    or e

    sper

    aria

    ser

    lev

    ado

    a s

    rio

    se e

    nvol

    vess

    e as

    sua

    s fo

    ntes

    em

    mis

    tri

    o e

    fala

    sse

    do

    pass

    ado

    com

    o se

    o

    esti

    vess

    e a

    adiv

    inh

    ar.

    Na

    Etn

    ogra

    fia,

    o a

    utor

    , s

    imul

    tane

    amen

    te,

    o se

    u pr

    -pr

    io c

    roni

    sta

    e hi

    stor

    iado

    r; e

    em

    bora

    as

    suas

    fon

    tes

    seja

    m,

    sem

    dv

    ida,

    fac

    il-m

    ente

    ace

    ssv

    eis,

    ela

    s s

    o ta

    mb

    m a

    ltam

    ente

    db

    ias

    e co

    mpl

    exas

    ; n

    o

    est

    o m

    ater

    iali

    zada

    s em

    doc

    umen

    tos

    fixo

    s e

    conc

    reto

    s, m

    as s

    im n

    o co

    mpo

    rtam

    ento

    e

    na

    mem

    ria

    dos

    hom

    ens

    vivo

    s. N

    a E

    tnog

    rafi

    a, a

    dis

    tnc

    ia e

    ntr

    e o

    mat

    eria

    l in

    form

    ativ

    o br

    uto

    - ta

    l com

    o se

    apr

    esen

    ta a

    o in

    vest

    igad

    or n

    as s

    uas

    obs

    erva

    -

    es, n

    as d

    ecla

    ra

    es d

    os n

    ativ

    os, n

    o ca

    leid

    osc

    pio

    da

    vida

    tri

    bal

    - e

    a ap

    re-

    sent

    ao

    fin

    al c

    on

    firm

    ada

    do

    s re

    sult

    ado

    s ,

    fre

    qen

    tem

    ente

    , en

    orm

    e. O

    E

    tng

    rafo

    tem

    que

    sal

    vagu

    arda

    r es

    sa d

    ist

    ncia

    de

    anos

    lab

    orio

    sos,

    ent

    re o

    m

    omen

    to e

    m q

    ue d

    esem

    barc

    a n

    um

    a il

    ha n

    ativ

    a e

    faz

    as s

    uas

    pri

    mei

    ras

    tent

    a-ti

    vas

    para

    ent

    rar

    em c

    onta

    cto

    com

    os

    nati

    vos

    e o

    per

    odo

    em q

    ue e

    scre

    ve a

    sua

    ve

    rso

    fin

    al d

    os r

    esul

    tado

    s. U

    ma

    idi

    a ge

    ral e

    bre

    ve d

    as a

    trib

    ula

    es

    de u

    m

    Etn

    gra

    fo, t

    al c

    omo

    eu a

    s vi

    vi, p

    ode

    lan

    ar m

    ais

    luz

    sobr

    e es

    ta q

    uest

    o d

    o qu

    e qu

    alqu

    er l

    on

    ga

    disc

    uss

    o em

    abs

    trac

    ta. m

    Imag

    ine

    o le

    ito

    r que

    , de

    repe

    nte,

    des

    emba

    rca

    sozi

    nho

    nu

    ma

    pra

    ia t

    ropi

    -ca

    l, pe

    rto

    de u

    ma

    alde

    ia n

    ativ

    a, r

    odea

    do p

    elo

    seu

    mat

    eria

    l, e

    nqua

    nto

    a la

    ncha

    ou

    peq

    uena

    bal

    eeir

    a qu

    e o

    trou

    xe n

    aveg

    a at

    de

    sapa

    rece

    r de

    vis

    ta. U

    ma

    vez

    qu

    e se

    in

    stal

    ou

    na

    vizi

    nhan

    a d

    e u

    m h

    omem

    bra

    nco,

    com

    erci

    ante

    ou

    mis

    sio-

    nri

    o, n

    o t

    em n

    ada

    a fa

    zer

    sen

    o co

    me

    ar im

    edia

    tam

    ente

    o s

    eu tr

    abal

    ho e

    tno-

    grf

    ico.

    Im

    agin

    e ai

    nda

    que

    u

    m p

    rinc

    ipia

    nte

    sem

    exp

    eri

    ncia

    ant

    erio

    r, s

    em

    nada

    par

    a o

    guia

    r e

    ning

    um

    par

    a o

    ajud

    ar,

    po

    is o

    ho

    mem

    bra

    nco

    est

    tem

    -po

    rari

    amen

    te a

    usen

    te,

    ou

    ent

    o im

    poss

    ibil

    itad

    o o

    u se

    m i

    nter

    esse

    em

    per

    der

    tem

    po c

    onsi

    go. I

    sto

    desc

    reve

    exa

    ctam

    ente

    a m

    inh

    a pr

    imei

    ra i

    nici

    ao

    no

    tra-

    balh

    o de

    cam

    po n

    a co

    sta

    Sul

    da

    Nov

    a G

    uin

    . Lem

    bro-

    me

    bem

    das

    lon

    gas

    visi

    -ta

    s qu

    e ef

    ectu

    ei

    s po

    voa

    es

    dura

    nte

    as p

    rim

    eira

    s se

    man

    as e

    da

    sens

    ao

    de

    des

    nim

    o e

    dese

    sper

    o de

    pois

    de

    mui

    tas

    tent

    ativ

    as o

    bsti

    nada

    s m

    as i

    nte

    is c

    om

    o ob

    ject

    ivo

    frus

    trad

    o de

    est

    abel

    ecim

    ento

    de

    um

    con

    tact

    o re

    al c

    om

    os

    nati

    vos

    ou d

    a ob

    ten

    o d

    e al

    gu

    m m

    ater

    ial.

    Atr

    aves

    sei

    per

    odos

    de

    des

    nim

    o, a

    ltur

    as

    em q

    ue m

    e re

    fugi

    ava

    na l

    eitu

    ra d

    e ro

    man

    ces,

    tal

    com

    o u

    m h

    om

    em l

    evad

    o a

    bebe

    r n

    um

    a cr

    ise

    de d

    epre

    sso

    e t

    dio

    tro

    pica

    l. Im

    agin

    e-se

    , ago

    ra, o

    leit

    or, e

    ntra

    ndo

    pela

    pri

    mei

    ra v

    ez n

    a al

    deia

    , soz

    inho

    ou

    na

    com

    panh

    ia d

    o se

    u ci

    cero

    ne b

    ranc

    o. A

    lgun

    s na

    tivo

    s ju

    ntam

    -se

    em s

    eu

    redo

    r, e

    spec

    ialm

    ente

    se

    pres

    sent

    irem

    vue

    h

    taba

    co. O

    utro

    s, m

    ais

    dist

    into

    s e

    milia

    no.bl

    ogsp

    ot.co

    m

    38

    Etim

    olog

    ia

    em t

    abel

    a; o

    s da

    dos

    sin

    pfci

    cos

    de u

    ma

    expe

    di

    o K

    ula

    no C

    apitu

    lo X

    VI

    e a

    tabe

    las

    de

    mag

    ia K

    ula

    apre

    sent

    adas

    no

    Cap

    tul

    o XV

    TL N

    o q

    uis,

    aqu

    i, so

    brec

    arre

    gar

    o re

    lato

    com

    gr

    fic

    os, e

    tc, p

    refe

    rind

    o re

    serv

    -lo

    s at

    publ

    ica

    o in

    tegr

    al d

    o m

    eu m

    ater

    ial.

    10

    Pouc

    o te

    mpo

    dep

    ois

    de a

    dopt

    ar e

    sta

    med

    ida

    rece

    bi u

    ma

    cart

    a do

    Dr.

    A. H

    . Gar

    dine

    r, o

    co

    nhec

    ido

    cgip

    tlo

    go,

    acon

    selh

    ando

    -me

    a fa

    zer

    isso

    mes

    mo.

    Do

    seu

    pont

    o de

    vis

    ta d

    e ar

    que

    logo

    , era

    m e

    vide

    ntes

    as

    enor

    mes

    pos

    sibi

    lidad

    es d

    e qu

    e um

    cen

    gra

    fo d

    isp

    e pa

    ra

    obte

    r um

    cor

    po d

    e fo

    ntes

    esc

    rita

    s, s

    emel

    hant

    e ao

    s qu

    e no

    s ch

    egar

    am d

    e cu

    ltura

    s an

    ces-

    trai

    s, c

    om a

    van

    tage

    m d

    e po

    dere

    m s

    er cl

    arif

    icad

    as g

    raa

    s ao

    con

    heci

    men

    to p

    esso

    al d

    a vi

    da

    Aam

    ifa

    cul

    tura

    em

    todo

    s os

    seu

    s as

    pect

    os.

    milia

    no.bl

    ogsp

    ot.co

    m

  • Mal

    inow

    ski:

    Os A

    rgon

    auta

    s do

    Pac

    fico

    Oci

    dent

    al

    37

    seja

    mos

    inv

    adid

    os

    por

    um

    sen

    tim

    ento

    de

    soli

    dar

    ied

    ade

    par

    a co

    m a

    s d

    ilig

    n-

    cias

    e a

    mb

    i

    es d

    este

    s n

    ativ

    os.

    Tal

    vez

    a m

    enta

    lid

    ade

    do

    Ho

    mem

    cheg

    ue

    at

    ns,

    nos

    sej

    a re

    vel

    ada

    atra

    vs

    des

    tes

    cam

    inh

    os

    nu

    nca

    ante

    s p

    erco

    rrid

    os.

    Po

    de

    ser

    que,

    per

    ceben

    do

    a n

    atu

    reza

    hu

    man

    a so

    b um

    a fo

    rma

    mu

    ito d

    ista

    nte

    e e

    stra

    -nh

    a p

    ara

    n

    s, s

    e ac

    enda

    alg

    um

    a lu

    z so

    bre

    a n

    oss

    a. S

    e as

    sim

    for

    , e

    s a

    ssim

    , poder

    emos

    pen

    sar

    que

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    961

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    , 191

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    915,

    cap

    . IV

    , 4>

    pp.

    612

    a 6

    29.

    ' Ob

    . dl*

    cap

    . XL

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    ados

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    s in

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    tos

    e im

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    dos

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    lvag

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    de

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    , b.

    cit.,

    pp.

    531

    , 53

    2.

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    das

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    amen

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    esm

    o al

    gum

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    tos,

    mas

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    se e

    sgot

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    ass

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    .

    pre

    ciso

    n

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    er q

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    nglis

    h

    um

    inst

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    ento

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    ito

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    rfei

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    ara

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    essa

    r id

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    se

    alca

    nar

    um

    tre

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    razo

    vel

    na

    cons

    tru

    o d

    e pe

    rgun

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    e co

    mpr

    eens

    o

    de r

    espo

    stas

    , a

    sens

    ao

    a

    de

    que

    nunc

    a se

    vir

    a

    atin

    gir

    uma

    com

    unic

    ao

    fl

    uent

    e co

    m o

    s na

    tivo

    s; e

    eu

    era

    inca

    paz

    de e

    stab

    elec

    er q

    ualq

    uer

    conv

    ersa

    cla

    ra

    ou d

    etal

    hada

    co

    m e

    les.

    Est

    ava

    cien

    te d

    e qu

    e o

    mel

    hor

    rem

    dio

    par

    a ul

    trap

    as-

    sar

    isto

    era

    em

    pree

    nder

    a r

    ecol

    ha d

    e da

    dos

    conc

    reto

    s e,

    ent

    o,

    elab

    orei

    um

    ce

    nso

    da

    alde

    ia,

    regi

    stei

    gen

    ealo

    gias

    , tr

    acei

    pla

    no

    s e

    reco

    lhi o

    s te

    rmos

    qu

    e de

    sign

    am a

    s fo

    rmas

    de

    pare

    ntes

    co.

    Mas

    tu

    do

    isto

    era

    mat

    eria

    l m

    orto

    que

    po

    uco

    adia

    ntav

    a pa

    ra o

    con

    heci

    men

    to d

    a ve

    rdad

    eira

    men

    tali

    dade

    ou

    com

    -po

    rtam

    ento

    nat

    ivo,

    um

    a v

    ez q

    ue e

    u' n

    em s

    eque

    r p

    od

    ia a

    dqui

    rir u

    ma

    boa

    inte

    r-pr

    eta

    o l

    ocal

    de

    nenh

    um d

    este

    s te

    mas

    nem

    alc

    ana

    r aq

    uilo

    que

    pod

    erem

    os

    desi

    gnar

    com

    o o

    sent

    ido

    da

    vida

    tri

    bal

    Rel

    ativ

    amen

    te

    s su

    as i

    dia

    s so

    bre

    a re

    ligi

    o e

    a m

    agia

    , as

    suas

    cre

    nas

    na

    feit

    iar

    ia e

    nos

    esp

    rit

    os, n

    ada

    era

    con-

    segu

    ido,

    par

    a al

    m d

    e al

    guns

    tem

    as s

    uper

    fici

    ais

    de f

    olcl

    ore

    detu

    rpad

    os d

    evid

    o ao

    con

    stra

    ngim

    ento

    do

    pidg

    in-E

    nglis

    h.

    A i

    nfor

    ma

    o q

    ue r

    eceb

    i de

    algu

    ns b

    ranc

    os r

    esid

    ente

    s n

    a re

    gio

    , em

    bora

    va

    lios

    a

    sua

    man

    eira

    , foi

    mai

    s de

    senc

    oraj

    ador

    a d

    o qu

    e qu

    alqu

    er o

    utra

    rel

    aci-

    onad

    a co

    m o

    meu

    pr

    prio

    tra

    balh

    o. A

    li es

    tava

    m a

    quel

    es q

    ue, v

    iven

    do

    h

    anos

    no

    loca

    l, co

    m o

    port

    unid

    ades

    con

    stan

    tes

    de o

    bser

    var

    os n

    ativ

    os e

    de

    com

    unic

    ar

    com

    ele

    s, p

    ouco

    ou

    nada

    sab

    iam

    com

    exa

    ctid

    o a

    seu

    res

    peit

    o. C

    omo

    po

    dia

    eu,

    en

    to,

    em

    pou

    cos

    mes

    es o

    u m

    esm

    o n

    um

    ano

    , esp

    erar

    sup

    er-

    los

    e ir

    mai

    s al

    m?

    Al

    m d

    isso

    , a m

    anei

    ra c

    omo

    os m

    eus

    info

    rmad

    ores

    bra

    ncos

    fal

    avam

    dos

    nat

    i-vo

    s e

    expu

    nham

    as

    suas

    opi

    nie

    s er

    a, n

    atur

    alm

    ente

    , a

    de m

    ente

    s de

    stre

    inad

    as

    e po

    uco

    acos

    tum

    adas

    a f

    orm

    ular

    os

    seus

    pen

    sam

    ento

    s co

    m a

    lgum

    gra

    u de

    con

    -si

    stn

    cia

    e pr

    ecis

    o. N

    a su

    a m

    aior

    ia, e

    que

    r se

    tra

    tass

    e de

    um

    adm

    inis

    trad

    or o

    u de

    um

    com

    erci

    ante

    , es

    tava

    m,

    com

    o se

    ria

    de e

    sper

    ar, m

    arca

    dos

    po

    r pr

    econ

    cei-

    * In

    icia

    lmen

    te u

    tiliz

    ado

    em c

    onte

    xto

    chin

    s, o

    pid

    gin-

    Engl

    ish r

    efer

    e-se

    gene

    rica

    men

    te a

    ap

    ropr

    ia

    es l

    ocai

    s ru

    dim

    enta

    res

    da l

    ngu

    a in

    gles

    a, p

    ara

    com

    unic

    ao

    ent

    re i

    ndg

    enas

    e

    fora

    stei

    ros

    gera

    lmen

    te c

    omer

    cian

    tes.

    (N

    ota

    de re

    vis

    o ci

    entf

    ica.

    )

    milia

    no.bl

    ogsp

    ot.co

    m

  • Mal

    inow

    ski:

    Os A

    rgon

    auta

    s do

    Pac

    fico

    Oci

    dent

    al

    21

    tos

    e op

    ini

    es p

    reci

    pita

    das,

    hab

    itua

    is n

    o ho

    mem

    pr

    tico

    com

    um m

    as t

    o r

    epug

    -na

    ntes

    par

    a u

    ma

    men

    te q

    ue l

    utav

    a po

    r um

    a pe

    rspe

    ctiv

    a ob

    ject

    iva

    e ci

    entf

    ica

    dos

    fact

    os. O

    hb

    ito

    de t

    rata

    r co

    m u

    ma

    friv

    olid

    ade

    arro

    gant

    e o

    que

    re

    alm

    ente

    s

    rio

    para

    o E

    tng

    rafo

    e a

    neg

    lig

    ncia

    vot

    ada

    qui

    lo q

    ue,

    par

    a es

    te,

    u

    m

    teso

    uro

    cien

    tfi

    co -

    ref

    iro-

    me

    s p

    ecul

    iari

    dade

    s e

    auto

    nom

    ia m

    enta

    is e

    cu

    ltu

    -ra

    is

    esta

    s ca

    ract

    ers

    tica

    s, c

    omun

    s en

    tre

    os e

    scri

    tore

    s am

    ador

    es d

    e se

    gund

    a,

    eram

    a t

    nic

    a do

    min

    ante

    no

    esp

    rito

    da

    mai

    oria

    dos

    res

    iden

    tes

    bran

    cos9

    . D

    e fa

    cto,

    foi

    ape

    nas

    quan

    do m

    e en

    cont

    rei s

    ozin

    ho n

    a re

    gio

    que

    a m

    inha

    pr

    imei

    ra o

    bra

    de p

    esqu

    isa

    etno

    grf

    ica

    na

    cost

    a S

    ul c

    ome

    ou a

    ava

    nar

    ; de

    s-co

    bri

    ent

    o,

    min

    ha

    cust

    a, o

    nde

    resi

    dia

    o se

    gred

    o d

    o ve

    rdad

    eiro

    tra

    balh

    o de

    ca

    mpo

    . Qua

    l ,

    afi

    nal,

    esta

    mag

    ia d

    o E

    tng

    rafo

    pel

    a q

    ual

    ele

    c

    apaz

    de

    evo-

    car

    o ve

    rdad

    eiro

    esp

    rit

    o do

    s na

    tivo

    s, a

    ver

    dade

    ira

    imag

    em d

    a vi

    da t

    riba

    l?

    Com

    o de

    cos

    tum

    e, o

    suc

    esso

    s

    pode

    ser

    obt

    ido

    atra

    vs

    de u

    ma

    apli

    ca

    o si

    s-te

    mt

    ica

    e pa

    cien

    te d

    e u

    m d

    eter

    min

    ado

    nm

    ero

    de r

    egra

    s de

    bo

    m s

    enso

    e d

    e pr

    inc

    pios

    cie

    ntf

    icos

    bem

    def

    inid

    os e

    no

    atr

    avs

    de

    qual

    quer

    ata

    lho

    mir

    acu

    -lo

    so q

    ue l

    eve

    aos

    resu

    ltad

    os d

    esej

    ados

    sem

    esf

    oro

    ou

    prob

    lem

    as.

    Os

    prin

    c-

    pios

    do

    mt

    odo

    pode

    m s

    er a

    grup

    ados

    em

    tr

    s it

    ems

    prin

    cipa

    is: e

    m p

    rim

    eiro

    lu

    gar,

    com

    o

    bvi

    o, o

    inv

    esti

    gado

    r de

    ve g

    uiar

    -se

    po

    r ob

    ject

    ivos

    ver

    dade

    ira-

    men

    te c

    ient

    fic

    os,

    e co

    nhec

    er a

    s no

    rmas

    e c

    rit

    rios

    da

    etno

    graf

    ia m

    oder

    na; e

    m

    segu

    ndo

    luga

    r, d

    eve

    prov

    iden

    ciar

    boa

    s co

    ndi

    es

    par

    a o

    seu

    trab

    alho

    , o

    que

    sign

    ific

    a, e

    m t

    erm

    os g

    erai

    s, v

    iver

    efe

    ctiv

    amen

    te e

    ntr

    e os

    nat

    ivos

    , lo

    nge

    de

    outr

    os h

    omen

    s br

    anco

    s; fi

    nalm

    ente

    , dev

    e re

    corr

    er a

    um

    cer

    to n

    mer

    o de

    mt

    o-do

    s es

    peci

    ais

    de r

    ecol

    ha, m

    anip

    ula

    nd

    o e

    regi

    stan

    do a

    s su

    as p

    rova

    s. F

    alem

    os

    um p

    ouco

    des

    tas

    trs

    ped

    ras

    basi

    lare

    s d

    o tr

    abal

    ho d

    e ca

    mpo

    , com

    ean

    do p

    ela

    mai

    s el

    emen

    tar:

    a s

    egun

    da.

    IV

    Cond

    ie

    s ad

    equa

    das

    ao tr

    abal

    ho e

    tnog

    rfic

    o. C

    om

    o j

    ref

    eri,

    o m

    ais

    impo

    r-ta

    nte

    m

    ante

    rmo-

    nos

    afas

    tado

    s d

    a co

    mpa

    nhia

    de

    outr

    os h

    omen

    s br

    anco

    s e

    num

    con

    tact

    o o

    mai

    s es

    trei

    to p

    oss

    vel

    com

    os

    nati

    vos,

    o q

    ue s

    po

    de s

    er r

    eal-

    men

    te c

    onse

    guid

    o ac

    ampa

    ndo

    nas

    suas

    pr

    pria

    s po

    voa

    es.

    m

    uit

    o re

    con-

    fort

    ante

    est

    abel

    ecer

    um

    a ba

    se n

    a pr

    opri

    edad

    e de

    um

    bra

    nco

    po

    r ca

    usa

    dos

    man

    tim

    ento

    s e

    em c

    aso

    de d

    oen

    a o

    u sa

    tura

    o

    da

    vida

    ind

    gen

    a. M

    as e

    la d

    eve

    esta

    r su

    fici

    ente

    men

    te a

    fast

    ada

    de m

    odo

    a n

    o s

    e to

    mar

    no

    loca

    l on

    de s

    e vi

    ve

    perm

    anen

    tem

    ente

    e

    de o

    nde

    se s

    ai a

    hor

    as f

    ixas

    co

    m o

    obj

    ecti

    vo d

    e ir

    tr

    aba-

    lhar

    na

    alde

    ia.

    No

    dev

    e es

    tar

    sequ

    er t

    o p

    rxi

    ma

    que

    perm

    ita

    um

    ace

    sso

    rpi

    do e

    a q

    ualq

    uer

    mom

    ento

    par

    a di

    stra

    co

    . Is

    to p

    orqu

    e o

    nati

    vo n

    o

    o

    com

    panh

    eiro

    nat

    ural

    de

    um

    hom

    em b

    ranc

    o, e

    dep

    ois

    de s

    e te

    r es

    tado

    a t

    raba

    -lh

    ar c

    om e

    le d

    uran

    te a

    lgum

    as h

    oras

    , obs

    erva

    ndo

    o m

    od

    o co

    mo

    arra

    nja

    os s

    eus

    jard

    ins,

    esc

    utan

    do a

    s su

    as i

    nfor

    ma

    es

    sobr

    e fo

    lclo

    re o

    u di

    scut

    indo

    os

    seus

    co

    stum

    es,

    nat

    ural

    que

    se

    anse

    ie p

    ela

    com

    panh

    ia d

    os n

    osso

    s se

    mel

    hant

    es.

    Mas

    se

    se

    esti

    ver s

    , n

    um

    a al

    deia

    com

    dif

    cil

    aces

    so a

    out

    ros

    bran

    cos,

    sai

    -se

    para

    um

    milia

    no.bl

    ogsp

    ot.co

    m

    36

    Etim

    olog

    ia

    es

    etn

    ogr

    fica

    s s

    o to

    das

    dec

    ifr

    veis

    e c

    lara

    s, f

    ora

    m q

    uase

    todas

    trad

    uzi

    das

    co

    mpl

    etam

    ente

    e s

    em a

    mbi

    gid

    ades

    e g

    uar

    ne

    das

    com

    com

    ent

    rios

    cru

    zado

    s do

    s na

    tivo

    s o

    u sc

    holia

    pro

    cede

    ntes

    de

    font

    es v

    ivas

    . N

    ada

    mai

    s a

    acre

    scen

    tar

    sobr

    e es

    te te

    ma,

    um

    a v

    ez q

    ue m

    ais

    fr

    ente

    um

    ca

    ptu

    lo i

    ntei

    ro (

    Cap

    tul

    o X

    VII

    I) s

    er

    dedi

    cado

    a e

    ste

    tem

    a e

    su

    a il

    ustr

    ao

    co

    m v

    rio

    s te

    xtos

    nat

    ivos

    . O C

    orpu

    s ser

    ob

    viam

    ente

    pub

    lica

    do p

    oste

    rior

    men

    te.

    DC

    As

    cons

    ider

    ae

    s fe

    itas

    at

    aq

    ui i

    ndic

    am e

    nto

    que

    o o

    bjec

    tivo

    do

    trab

    a-lh

    o de

    cam

    po e

    tnog

    rfi

    co d

    eve

    ser

    alca

    nad

    o at

    rav

    s de

    tr

    s vi

    as:

    1)

    A o

    rgan

    iza

    o d

    a tr

    ibo

    e a a

    nato

    mia

    da

    sua

    cultu

    ra d

    eve

    ser

    regi

    stad

    a n

    um

    es

    quem

    a fi

    rme

    e cl

    aro.

    O m

    tod

    o de

    doc

    umen

    ta

    o co

    ncre

    ta e

    esta

    tstic

    a

    o m

    eio

    a ut

    iliz

    ar p

    ara

    a de

    fini

    o

    dess

    e es

    quem

    a.

    2) D

    entr

    o de

    sta

    tram

    a, d

    evem

    ser

    ins

    erid

    os o

    s im

    pond

    erab

    ilia

    da v

    ida

    real

    e

    o tip

    o de

    com

    port

    amen

    to. O

    s re

    spec

    tivo

    s da

    dos

    dev

    em s

    er r

    ecol

    hido

    s at

    rav

    s de

    obs

    erva

    es

    min

    ucio

    sas

    e de

    talh

    adas

    , so

    b a

    form

    a de

    um

    a es

    pci

    e de

    di

    -ri

    o et

    nogr

    fic

    o, s

    po

    ssv

    el a

    trav

    s d

    e u

    m c

    onta

    cto

    nti

    mo

    com

    a v

    ida

    nat

    iva.

    3)

    Dev

    e se

    r ap

    rese

    ntad

    a u

    ma

    reco

    lha

    de d

    epoi

    men

    tos

    etno

    grf

    icos

    , n

    ar-

    rati

    vas

    cara

    cter

    sti

    cas,

    oco

    rrn

    cias

    tp

    icas

    , tem

    as d

    e fo

    lclo

    re e

    fr

    mul

    as m

    gi-

    cas

    sob

    a fo

    rma

    de

    um

    cor

    pus

    insc

    ript

    ionu

    m, c

    omo

    docu

    men

    tos

    da

    men

    tali

    dade

    na

    tiva

    . E

    stas

    trs

    lin

    has

    de a

    bord

    agem

    leva

    m a

    o ob

    ject

    ivo

    fina

    l que

    um

    Etn

    gra

    fo

    nunc

    a de

    ve p

    erd

    er d

    e vi

    sta.

    Est

    e ob

    ject

    ivo

    , r

    esu

    mid

    amen

    te,

    o d

    e co

    m-

    pree

    nder

    o p

    on

    to d

    e vi

    sta

    do

    nati

    vo, a

    sua

    rel

    ao

    co

    m a

    vid

    a, p

    erce

    ber

    a su

    a vi

    so

    do s

    eu m

    un

    do

    . Tem

    os d

    e es

    tuda

    r o

    Hom

    em e

    dev

    emos

    est

    udar

    o q

    ue

    mai

    s pr

    ofun

    dam

    ente

    o p

    reoc

    upa,

    ou

    seja

    , aq

    uil

    o qu

    e o

    liga

    v

    ida.

    Em

    cad

    a cu

    ltur

    a, o

    s va

    lore

    s s

    o li

    geir

    amen

    te d

    ifer

    ente

    s; a

    s pe

    ssoa

    s as

    pir

    am a

    fin

    s di

    fe-

    rent

    es,

    segu

    em i

    mp

    uls

    os

    dife

    rent

    es,

    anse

    iam

    po

    r di

    fere

    ntes

    for

    mas

    de

    feli

    ci-

    dade

    . Em

    cad

    a cu

    ltu

    ra e

    ncon

    tram

    os d

    ifer

    ente

    s in

    stit

    ui

    es a

    trav

    s d

    as q

    uais

    o

    hom

    em p

    erse

    gue

    os s

    eus

    inte

    ress

    es,

    dife

    rent

    es c

    ostu

    mes

    pel

    os q

    uais

    sat

    is-

    faz

    as s

    uas

    aspi

    ra

    es,

    dife

    rent

    es c

    dig

    os d

    e le

    is e

    mo

    rali

    dad

    e qu

    e re

    com

    -pe

    nsam

    as

    suas

    vir

    tud

    es o

    u p

    un

    em o

    s se

    us e

    rros

    . Est

    ud

    ar a

    s in

    stit

    ui

    es, c

    os-

    tum

    es e

    cd

    igos

    ou

    estu

    dar

    o co

    mpo

    rtam

    ento

    e a

    men

    tali

    dade

    sem

    o e

    mpe

    nho

    na c

    ompr

    eens

    o s

    ubje

    ctiv

    a d

    o se

    ntim

    ento

    que

    as

    mov

    e, s

    em p

    erce

    ber

    a es

    sn-

    cia

    da s

    ua f

    elic

    idad

    e ,

    em

    min

    ha

    opin

    io,

    des

    prez

    ar a

    mai

    or

    reco

    mpe

    nsa

    que

    pode

    mos

    esp

    erar

    alg

    um

    dia

    obt

    er a

    par

    tir

    do

    estu

    do d

    o H

    omem

    .

    O l

    eito

    r en

    cont

    rar

    est

    as c

    onsi

    dera

    es

    ger

    ais

    ilu

    stra

    das

    no

    s ca

    ptu

    los

    segu

    inte

    s. A

    enc

    ontr

    arem

    os o

    sel

    vage

    m e

    sfor

    and

    o-se

    po

    r sa

    tisf

    azer

    alg

    umas

    da

    s su

    as a

    spir

    ae

    s, t

    enta

    ndo

    cum

    prir

    os

    seus

    val

    ores

    , per

    segu

    indo

    a s

    ua p

    r-

    pria

    am

    bi

    o so

    cial

    . Aco

    mpa

    nh-

    lo-e

    mos

    nas

    suas

    dif

    cei

    s e

    peri

    gosa

    s em

    pre-

    sas,

    mov

    ido

    po

    r u

    ma

    trad

    io

    de

    mis

    ses

    mg

    icas

    e h

    eri

    cas,

    enl

    eado

    no

    seu

    prp

    rio

    rom

    ance

    . p

    oss

    vel

    que,

    ao

    lerm

    os o

    rel

    ato

    dest

    es c

    ostu

    mes

    rem

    otos

    milia

    no.bl

    ogsp

    ot.co

    m

  • Mal

    inow

    ski:

    Os A

    rgon

    auta

    s do

    Pac

    fico

    Oci

    dent

    al

    35

    B po

    ssam

    sen

    tir

    enqu

    anto

    ind

    ivd

    uos,

    no

    decu

    rso

    acid

    enta

    l das

    suas

    pr

    pria

    s ex

    peri

    nci

    as p

    esso

    ais;

    ape

    nas

    nos

    inte

    ress

    a o

    que

    sent

    em e

    pen

    sam

    enq

    uant

    o m

    embr

    os d

    e u

    ma

    dete

    rmin

    ada

    com

    un

    idad

    e. O

    ra, n

    esta

    qu

    alid

    ade,

    os

    seus

    es

    tado

    s m

    enta

    is s

    o m

    arca

    dos

    po

    r u

    m c

    unho

    esp

    ecf

    ico,

    tor

    nam

    -se

    este

    reot

    i-pa

    dos

    pela

    s in

    stit

    ui

    es o

    nde

    vive

    m,

    pela

    infl

    unc

    ia d

    a tr

    adi

    o e

    do

    folc

    lore

    , pe

    lo p

    rpr

    io v

    ecu

    lo d

    o pe

    nsam

    ento

    , o

    u se

    ja,

    pel

    a li

    ng

    uag

    em. O

    am

    bien

    te

    soci

    al e

    cul

    tura

    l em

    que

    se

    mo

    vem

    for

    a-o

    s a

    pens

    ar e

    a s

    enti

    r de

    det

    erm

    inad

    a m

    anei

    ra.

    Ass

    im,

    um

    ho

    mem

    que

    viv

    a n

    um

    a co

    mu

    nid

    ade

    poli

    ndr

    ica

    no

    po

    de e

    xper

    imen

    tar

    os m

    esm

    os s

    enti

    men

    tos

    de c

    im

    e qu

    e u

    m m

    ong

    amo

    estr

    ito

    expe

    rim

    enta

    , em

    bora

    pot

    enci

    alm

    ente

    o s

    enti

    men

    to p

    ossa

    exi

    stir

    . Um

    ho

    mem

    que

    viv

    a de

    ntro

    da

    esfe

    ra d

    o K

    ula

    no

    pod

    e to

    rnar

    -se

    perm

    anen

    te e

    se

    ntim

    enta

    lmen

    te l

    igad

    o a

    algu

    ns d

    os s

    eus

    bens

    , em

    bora

    os

    valo

    rize

    aci

    ma

    de

    tudo

    . E

    stes

    so

    exe

    mpl

    os s

    impl

    es, m

    as a

    o lo

    ng

    o do

    tex

    to d

    este

    liv

    ro e

    ncon

    -tr

    arem

    os o

    utro

    s m

    elho

    res.

    A

    ssim

    , pod

    erem

    os r

    esum

    ir o

    terc

    eiro

    man

    dam

    ento

    do

    trab

    alho

    de

    cam

    po

    da s

    egui

    nte

    form

    a: e

    ncon

    trar

    os

    mod

    os t

    pic

    os d

    e pe

    nsar

    e s

    enti

    r, c

    orre

    spon

    -de

    ntes

    s

    inst

    itui

    es

    e

    cu

    ltu

    ra d

    e u

    ma

    dete

    rmin

    ada

    com

    un

    idad

    e, t

    form

    u-la

    r os

    res

    ulta

    dos

    da

    form

    a m

    ais

    conv

    ince

    nte.

    Qua

    l se

    r o

    pro

    cedi

    men

    to p

    ara

    isso

    ? O

    s m

    elho

    res

    escr

    itor

    es e

    tnog

    rfi

    cos

    - m

    ais

    um

    a v

    ez a

    Cam

    brid

    ge S

    choo

    l co

    m H

    addo

    n, R

    iver

    s e

    Sel

    igm

    an n

    a p

    rim

    eira

    lin

    ha d

    os E

    tng

    rafo

    s in

    gles

    es -

    sem

    pre

    se e

    sfor

    ara

    m p

    or

    cita

    r ver

    batim

    os

    depo

    imen

    tos

    de i

    mpo

    rtn

    cia

    fun-

    dam

    enta

    l. O

    s m

    esm

    os a

    utor

    es i

    nsis

    tem

    ain

    da

    na

    util

    iza

    o d

    os t

    erm

    os n

    ati-

    vos

    de c

    lass

    ific

    ao

    , te

    rmin

    i tec

    hnic

    i soc

    iol

    gico

    s, p

    sico

    lgi

    cos

    e in

    dust

    riai

    s, e

    na

    tra

    nsm

    iss

    o, t

    o p

    reci

    sa q

    uant

    o po

    ssv

    el,

    da

    desc

    ri

    o v

    erb

    al d

    o pe

    nsa-

    men

    to n

    ativ

    o. O

    Etn

    gra

    fo p

    od

    e d

    ar u

    m p

    asso

    im

    port

    ante

    nes

    ta l

    inha

    ao

    apre

    nder

    a l

    ngu

    a in

    dge

    na e

    ao

    util

    iz-

    la c

    omo

    inst

    rum

    ento

    de

    pesq

    uisa

    . T

    raba

    lhan

    do e

    m l

    ngua

    K

    iriw

    i d

    epar

    ei, d

    e in

    cio

    co

    m d

    ific

    ulda

    des,

    qua

    ndo

    regi

    stav

    a as

    min

    has

    nota

    s j

    tra

    du

    zid

    as. M

    uita

    s ve

    zes

    a tr

    adu

    o r

    ouba

    va a

    o te

    xto

    as s

    uas

    cara

    cter

    sti

    cas

    sign

    ific

    ativ

    as -

    om

    itia

    os

    seus

    pon

    tos

    de v

    ista

    -,

    de f

    orm

    a qu

    e, g

    radu

    alm

    ente

    , fu

    i im

    peli

    do a

    esc

    reve

    r al

    gum

    as f

    rase

    s im

    po

    r-ta

    ntes

    tal c

    omo

    eram

    fal

    adas

    na

    lng

    ua n

    ativ

    a.

    med

    ida

    que

    o m

    eu d

    omn

    io

    da l

    ngu

    a pr

    ogre

    dia,

    pas

    sei

    a es

    crev

    er c

    ada

    vez

    mai

    s em

    ln

    gua

    Kir

    iwi

    , at

    qu

    e, p

    or

    fim

    , dei

    po

    r m

    im a

    esc

    reve

    r ex

    clus

    ivam

    ente

    nes

    sa l

    ngu

    a, t

    iran

    do

    nota

    s ra

    pida

    men

    te, p

    alav

    ra p

    or

    pala

    vra,

    de

    cada

    afi

    rma

    o. M

    al c

    hegu

    ei a

    est

    e po

    nto,

    ape

    rceb

    i-m

    e de

    que

    , ao

    mes

    mo

    tem

    po q

    ue e

    stav

    a a

    adq

    uir

    ir u

    m m

    ate-

    rial

    lin

    gs

    tico

    abu

    ndan

    te,

    reco

    lhia

    tam

    bm

    um

    a s

    rie

    de d

    ocum

    ento

    s et

    no-

    grf

    icos

    que

    dev

    iam

    ser

    rep

    rod

    uzi

    do

    s ta

    l co

    mo

    os h

    avia

    reg

    ista

    do, i

    ndep

    en-

    dent

    emen

    te d

    a fo

    rma

    com

    o os

    uti

    liza

    sse

    na

    elab

    ora

    o d

    o m

    eu tr

    abal

    ho f

    inal

    10.

    Est

    e co

    rpus

    ins

    crip

    tionu

    m K

    irix

    oini

    ensi

    um p

    ode

    vir

    a s

    er u

    tili

    zado

    no

    ape

    nas

    por

    mim

    mas

    po

    r to

    dos

    aque

    les

    que,

    pel

    a su

    a m

    aio

    r acu

    idad

    e e

    habi

    lida

    de d

    e in

    terp

    reta

    o,

    pos

    sam

    enc

    ontr

    ar p

    onto

    s qu

    e es

    capa

    ram

    m

    inh

    a at

    en

    o; is

    to

    se

    mel

    han

    a d

    o qu

    e se

    pas

    sa c

    om

    out

    ros

    escr

    itos

    que

    con

    stit

    uem

    a b

    ase

    das

    vri

    as i

    nter

    pret

    ae

    s de

    cul

    tura

    s an

    tiga

    s e

    pr-

    hist

    ric

    as;

    s q

    ue e

    stas

    ins

    eri-

    milia

    no.bl

    ogsp

    ot.co

    m

    22

    Etim

    olog

    ia

    pass

    eio

    soli

    tri

    o de

    cer

    ca d

    e u

    ma

    hora

    , reg

    ress

    a-se

    e d

    epoi

    s, d

    e fo

    rma

    natu

    ral,

    pr

    ocur

    a-se

    a c

    onvi

    vnc

    ia d

    os n

    ativ

    os, d

    esta

    vez

    par

    a re

    solv

    er a

    sol

    ido

    , com

    o se

    far

    ia c

    om q

    ualq

    uer

    outr

    a co

    mpa

    nhia

    . E, a

    trav

    s d

    este

    rel

    acio

    nam

    ento

    nat

    u-ra

    l, ap

    rend

    e-se

    a c

    onhe

    c-l

    os e

    a f

    amil

    iari

    zar-

    se c

    om

    os

    seus

    cos

    tum

    es e

    cre

    n-a

    s de

    for

    ma

    mu

    ito

    mai

    s co

    nven

    ient

    e d

    o qu

    e qu

    ando

    se

    reco

    rre

    a u

    m i

    nfor

    -m

    ador

    pag

    o e

    mui

    tas

    veze

    s ab

    orre

    cido

    . E

    xist

    e u

    ma

    dife

    ren

    a en

    orm

    e en

    tre

    um

    a es

    cape

    la e

    spor

    dic

    a n

    a co

    mpa

    nhia

    do

    s na

    tivo

    s e

    um

    con

    tact

    o re

    al c

    om

    ele

    s. O

    que

    sig

    nifi

    ca i

    sto?

    Da

    par

    te d

    o E

    tng

    rafo

    , si

    gnif

    ica

    que

    a su

    a vi

    da n

    a al

    deia

    - n

    o in

    cio

    um

    a av

    entu

    ra m

    uita

    s ve

    zes

    estr

    anha

    e d

    esag

    rad

    vel,

    outr

    as v

    ezes

    inte

    nsam

    ente

    int

    eres

    sant

    e -

    assu

    me

    depr

    essa

    um

    cur

    so n

    atur

    al e

    m h

    arm

    onia

    pro

    gres

    siva

    co

    m a

    quil

    o qu

    e o

    rode

    ia.

    Pou

    co te

    mpo

    dep

    ois

    de m

    e es

    tabe

    lece

    r em

    Om

    arak

    ana

    (Ilh

    as T

    robr

    iand

    ),

    com

    ecei

    , de

    cert

    a fo

    rma,

    a p

    arti

    cipa

    r na

    vida

    da

    alde

    ia, a

    esp

    erar

    co

    m i

    mpa

    -ci

    nci

    a pe

    los

    acon

    teci

    men

    tos

    impo

    rtan

    tes

    ou

    fest

    ivos

    e a

    inte

    ress

    ar-m

    e pe

    ssoa

    l-m

    ente

    pel

    os m

    exer

    ica?

    s p

    elas

    peq

    uena

    s oc

    orr

    ncia

    s lo

    cais

    . Aco

    rdav

    a to

    das

    as

    man

    hs

    par

    a u

    m d

    ia q

    ue s

    e m

    e ap

    rese

    ntav

    a m

    ais

    ou

    men

    os s

    emel

    hant

    e ao

    de

    um

    nat

    ivo

    . Sa

    a de

    deb

    aixo

    do

    meu

    mos

    quit

    eiro

    e o

    bser

    vava

    a v

    ida

    da

    alde

    ia d

    espe

    rtan

    do e

    m m

    eu r

    edor

    ou

    aque

    les

    que

    j t

    inha

    m c

    ome

    ado

    o se

    u tr

    abal

    ho, c

    onso

    ante

    a h

    ora

    ou

    a es

    ta

    o d

    o an

    o, p

    ois

    as

    tare

    fas

    eram

    ini

    ciad

    as

    de a

    cord

    o co

    m a

    s ne

    cess

    idad

    es d

    o tr

    abal

    ho.

    med

    ida

    que

    dav

    a o

    meu

    pas

    -se

    io m

    atin

    al p

    ela

    alde

    ia, p

    od

    ia a

    prec

    iar

    deta

    lhes

    nt

    imos

    da

    vida

    fam

    ilia

    r, d

    e hi

    gien

    e co

    rpor

    al,

    cozi

    nha

    ou

    culi

    nri

    a; p

    od

    ia o

    bser

    var

    os p

    repa

    rati

    vos

    par

    a o

    dia

    de t

    raba

    lho,

    as

    pes

    soas

    in

    icia

    nd

    o as

    su

    as i

    ncum

    bnc

    ias

    ou

    gru

    po

    s de

    ho

    men

    s e

    mul

    here

    s oc

    upad

    os c

    om

    alg

    umas

    tare

    fas

    arte

    sana

    is.

    Bri

    gas,

    pia

    das,

    ce

    nas

    fam

    ilia

    res,

    aco

    ntec

    imen

    tos

    triv

    iais

    , p

    or

    veze

    s dr

    amt

    icos

    , m

    as s

    empr

    e si

    gnif

    icat

    ivos

    , co

    nsti

    tua

    m a

    atm

    osfe

    ra d

    a m

    inh

    a vi

    da d

    iri

    a, t

    al c

    omo

    a de

    les.

    D

    eve 3

    er le

    mbr

    ado

    que

    o fa

    cto

    de o

    s na

    tivo

    s m

    e ve

    rem

    dia

    riam

    ente

    fez

    co

    m

    que

    deix

    asse

    m d

    e se

    int

    eres

    sar,

    rec

    ear

    ou

    mes

    mo

    de f

    icar

    con

    dici

    onad

    os p

    ela

    min

    ha p

    rese

    na,

    dei

    xand

    o eu

    de

    cons

    titu

    ir u

    m e

    lem

    ento

    per

    turb

    ador

    da

    vida

    tr

    ibal

    que

    qu

    eria

    est

    udar

    , d

    e al

    ter

    -la

    com

    a m

    inh

    a ap

    roxi

    ma

    o,

    com

    o se

    m-

    pre

    acon

    tece

    co

    m u

    m r

    ecm

    -che

    gado

    a u

    ma

    com

    unid

    ade

    selv

    agem

    . De

    fact

    o,

    com

    o sa

    biam

    que

    iria

    met

    er o

    nar

    iz e

    m tu

    do, m

    esm

    o on

    de u

    m n

    ativ

    o b

    em e

    du-

    cado

    no

    son

    hari

    a fa

    z-l

    o, a

    caba

    ram

    por

    me

    enca

    rar

    com

    o pa

    rte

    inte

    gran

    te d

    as

    suas

    vid

    as, u

    m m

    al o

    u u

    m a

    borr

    ecim

    ento

    nec

    ess

    rio,

    mit

    igad

    o p

    or

    dona

    tivo

    s em

    tab

    aco.

    Mai

    s ta

    rde,

    dur

    ante

    o d

    ia, q

    ualq

    uer

    cois

    a qu

    e ac

    onte

    cess

    e se

    to

    mav

    a de

    f

    cil

    alca

    nce

    e di

    fici

    lmen

    te e

    scap

    ava

    ao m

    eu c

    onhe

    cim

    ento

    . Ala

    rmes

    sob

    re a

    ap

    roxi

    ma

    o d

    o fe

    itic

    eiro

    ao

    fim

    do

    dia

    , um

    a o

    u d

    uas

    gra

    ndes

    bri

    gas

    imp

    or-

    tant

    es e

    des

    ente

    ndim

    ento

    s de

    ntro

    da

    com

    unid

    ade,

    cas

    os d

    e do

    ena

    , te

    ntat

    i-va

    s de

    cur

    a e

    mor

    tes,

    rit

    os m

    gic

    os q

    ue t

    inh

    am d

    e se

    r ex

    ecut

    ados

    , tu

    do i

    sto

    se p

    assa

    va m

    esm

    o

    fren

    te d

    os m

    eus

    olho

    s, p

    or

    assi

    m d

    izer

    , m

    inh

    a po

    rta

    e,

    por

    isso

    , no

    tin

    ha d

    e pe

    rseg

    uir

    nen

    hu

    m d

    este

    s ca

    sos

    com

    rec

    eio

    de q

    ue m

    e es

    capa

    ssem

    . E

    dev

    o in

    sist

    ir q

    ue d

    e ca

    da v

    ez q

    ue s

    e pa

    ssa

    algo

    dra

    mt

    ico

    ou

    milia

    no.bl

    ogsp

    ot.co

    m

  • Mal

    inow

    ski:

    Os A

    rgon

    auta

    s do

    Pac

    fico

    Oci

    dent

    al

    23

    impo

    rtan

    te

    ess

    enci

    al i

    nves

    tig

    -lo

    no p

    reci

    so m

    omen

    to e

    m q

    ue o

    corr

    e, p

    ois

    os

    nat

    ivos

    no

    con

    segu

    em e

    nto

    dei

    xar

    de f

    alar

    do

    assu

    nto

    e e

    sto

    dem

    asia

    do

    exci

    tado

    s p

    ara

    se m

    ostr

    arem

    ret

    icen

    tes

    e de

    mas

    iado

    int

    eres

    sado

    s pa

    ra s

    e to

    r-na

    rem

    par

    cim

    onio

    sos

    nos

    deta

    lhes

    . T

    amb

    m m

    uita

    s e

    mui

    tas

    veze

    s n

    o cu

    m-

    pri

    a et

    ique

    ta,

    fact

    o qu

    e os

    nat

    ivos

    , j

    fam

    ilia

    riza

    dos

    com

    igo,

    no

    hes

    itar

    am

    em a

    pont

    ar.

    Tiv

    e de

    apr

    ende

    r a

    com

    port

    ar-m

    e e,

    at

    cer

    to p

    onto

    , ad

    qu

    iri

    a se

    nsib

    ilid

    ade

    par

    a o

    que

    entr

    e os

    nat

    ivos

    se

    cons

    ider

    ava

    bo

    as

    ms

    man

    ei-

    ras.

    Foi

    gra

    as

    a is

    to, e

    c

    apac

    idad

    e em

    apr

    ecia

    r a

    sua

    com

    panh

    ia e

    par

    tilh

    ar

    algu

    ns d

    os s

    eus

    jogo

    s e

    dive

    rse

    s, q

    ue m

    e co

    mec

    ei a

    sen

    tir

    em v

    erda

    deir

    o co

    ntac

    to c

    om

    os

    nati

    vos.

    E e

    sta

    , c

    erta

    men

    te,

    a co

    ndi

    o p

    rvi

    a pa

    ra p

    oder

    le

    var

    a ca

    bo c

    om

    xito

    o t

    raba

    lho

    de c

    ampo

    .

    V

    Mas

    o E

    tng

    rafo

    no

    tem

    ape

    nas

    de l

    ana

    r as

    red

    es n

    o lo

    cal c

    erto

    e e

    spe-

    rar

    que

    algo

    cai

    a ne

    las.

    Tem

    de

    ser

    um

    ca

    ador

    act

    ivo

    e co

    nduz

    ir p

    ara

    l a

    sua

    pr

    esa

    e se

    gui-

    la a

    t a

    os e

    scon

    deri

    jos

    mai

    s .in

    aces

    sve

    is. I

    sto

    leva

    -nos

    aos

    mt

    o-do

    s m

    ais

    acti

    vos

    de p

    erse

    cu

    o do

    s te

    stem

    unho

    s et

    nogr

    fic

    os.

    Com

    o fo

    i men

    -ci

    onad

    o n

    o fi

    nal

    da

    Div

    iso

    m,

    o E

    tng

    rafo

    tem

    de

    insp

    irar

    -se

    no c

    onhe

    ci-

    men

    to d

    os r

    esul

    tado

    s m

    ais

    rece

    ntes

    da

    pesq

    uisa

    cie

    ntf

    ica,

    nos

    seu

    s pr

    inc

    pios

    e

    obje

    ctiv

    os. N

    o m

    e v

    ou

    alar

    gar

    sobr

    e es

    te a

    ssun

    to,

    exce

    pto

    nu

    ma

    cham

    ada

    de a

    ten

    o,

    para

    evi

    tar

    a po

    ssib

    ilid

    ade

    de e

    quv

    oco.

    Est

    ar t

    rein

    ado

    e ac

    tual

    i-za

    do t

    eori

    cam

    ente

    no

    sig

    nifi

    ca e

    star

    car

    rega

    do d

    e i

    dia

    s pr

    econ

    cebi

    das

    . Se

    algu

    m e

    mpr

    eend

    e u

    ma

    mis

    so,

    det

    erm

    inad

    o a

    com

    prov

    ar c

    erta

    s hi

    pte

    ses,

    e

    se

    inc

    apaz

    de

    a qu

    alqu

    er m

    omen

    to a

    lter

    ar a

    s su

    as p

    ersp

    ecti

    vas

    e de

    as

    aban

    -do

    nar

    de l

    ivre

    von

    tade

    per

    ante

    as

    evid

    nci

    as, e

    scus

    ado

    d

    izer

    que

    o s

    eu t

    ra-

    balh

    o se

    r i

    nti

    l. M

    as q

    uant

    os m

    ais

    prob

    lem

    as e

    le le

    var p

    ara

    o ca

    mpo

    , qu

    anto

    m

    ais

    habi

    tuad

    o es

    tive

    r a

    mol

    dar

    as s

    uas

    teo

    rias

    aos

    fac

    tos

    e a

    obse

    rvar

    est

    es

    lti

    mos

    na

    sua

    rela

    o

    com

    a te

    oria

    , em

    mel

    hore

    s co

    ndi

    es

    se e

    ncon

    trar

    pa

    ra

    trab

    alha

    r. A

    s id

    ias

    pre

    conc

    ebid

    as s

    o p

    reju

    dici

    ais

    em q

    ualq

    uer

    trab

    alho

    cie

    n-tf

    ico,

    mas

    a p

    refi

    gura

    o

    de p

    robl

    emas

    o

    do

    m p

    rinc

    ipal

    do

    inve

    stig

    ador

    cie

    n-tf

    ico,

    e e

    stes

    pro

    blem

    as s

    o r

    evel

    ados

    ao

    obse

    rvad

    or, a

    ntes

    de

    mai

    s, p

    elos

    est

    u-do

    s te

    ric

    os.

    Em

    Etn

    olog

    ia, o

    s es

    for

    os i

    nici

    ais

    de B

    asti

    an, T

    ylor

    , Mor

    gan

    e do

    s V

    olke

    r-ps

    ycho

    loge

    n al

    eme

    s re

    form

    ular

    am a

    inf

    orm

    ao

    mai

    s an

    tiga

    e e

    m b

    ruto

    dos

    vi

    ajan

    tes,

    mis

    sion

    rio

    s, e

    tc,

    e de

    mon

    stra

    ram

    -nos

    qu

    o im

    port

    ante

    a

    apl

    ica-

    o

    de c

    once

    pe

    s m

    ais

    prof

    unda

    s em

    det

    rim

    ento

    de

    ou

    tras

    mai

    s su

    perf

    icia

    is

    e eq

    uivo

    cas*

    . O

    con

    ceit

    o de

    ani

    rnis

    mo

    subs

    titu

    iu o

    de

    fet

    ichi

    smo

    ou

    cul

    to d

    emo-

    nac

    o,

    ambo

    s te

    rmos

    sem

    sig

    nifi

    cado

    . A

    com

    pree

    nso

    dos

    sis

    tem

    as d

    e re

    la-

    es

    cla

    ssif

    icat

    ria

    s ab

    riu

    cam

    inho

    s

    pesq

    uisa

    s de

    soc

    iolo

    gia

    nati

    va m

    ais

    rece

    ntes

    e b

    rilh

    ante

    s d

    o tr

    abal

    ho d

    e ca

    mpo

    da

    esco

    la d

    e C

    ambr

    idge

    . A a

    n-

    lise

    psi

    col

    gica

    dos

    pen

    sado

    res

    alem

    es

    prop

    orci

    onou

    im

    ensa

    s in

    form

    ae

    s

    milia

    no.bl

    ogsp

    ot.co

    m

    34

    Ethn

    obgi

    a

    inte

    rven

    ha n

    o qu

    e se

    est

    a p

    assa

    r. P

    od

    e pa

    rtic

    ipar

    nos

    jogo

    s do

    s na

    tivo

    s,1 p

    od

    e ac

    ompa

    nh-

    los

    nas

    suas

    vis

    itas

    e p

    asse

    ios,

    sen

    tar-

    se o

    uvin

    do e

    par

    tilh

    ando

    as

    suas

    con

    vers

    as. N

    o s

    ei s

    e is

    to

    igu

    alm

    ente

    fc

    il pa

    ra t

    oda

    a ge

    nte

    - ta

    lvez

    a

    natu

    reza

    esl

    ava

    seja

    mai

    s pl

    sti

    ca e

    esp

    onta

    neam

    ente

    m

    ais

    selv

    agem

    do

    qu

    e a

    dos

    euro

    peus

    oci

    dent

    ais

    -, m

    as e

    mbo

    ra o

    gra

    u de

    suc

    esso

    pos

    sa v

    aria

    r, t

    od

    os

    deve

    m ten

    tar.

    Des

    tes

    mer

    gulh

    os n

    a vi

    da d

    os n

    ativ

    os -

    que

    eu e

    mpr

    eend

    i fr

    e-q

    ente

    men

    te n

    o a

    pena

    s d

    evid

    o ao

    est

    udo

    mas

    por

    que

    toda

    a g

    ente

    pre

    cisa

    de

    com

    panh

    ia h

    uman

    a -

    emer

    gia

    sem

    pre

    a cl

    ara

    sens

    ao

    de

    que

    o se

    u co

    m-

    port

    amen

    to e

    a s

    ua m

    anei

    ra d

    e se

    r, e

    m t

    odos

    os

    tipo

    s de

    ope

    ra

    es t

    riba

    is, s

    e to

    mav

    am m

    ais

    tran

    spar

    ente

    s e

    faci

    lmen

    te c

    ompr

    eens

    vei

    s d

    o qu

    e m

    e er

    am

    ante

    s. O

    leit

    or e

    ncon

    trar

    to

    das

    esta

    s co

    nsid

    era

    es

    met

    odol

    gic

    as i

    lust

    rada

    s,

    mai

    s u

    ma

    vez,

    nos

    cap

    tul

    os s

    egui

    ntes

    .

    vm

    Por

    fim

    , pa

    ssem

    os a

    o te

    rcei

    ro e

    lt

    imo

    obje

    ctiv

    o d

    o tr

    abal

    ho d

    e ca

    mp

    o ci

    ent

    fico

    , ao

    lt

    imo

    tipo

    de

    fen

    men

    os q

    ue d

    evem

    ser

    reg

    ista

    dos

    com

    vis

    ta

    a um

    jetr

    ato

    com

    plet

    o e

    adeq

    uado

    da

    cult

    ura

    nati

    va. P

    ara

    alm

    do

    cont

    orno

    fi

    rme

    da

    cons

    titu

    io

    tri

    bal

    e do

    s te

    rnas

    cul

    tura

    is c

    rist

    aliz

    ados

    que

    fo

    rmam

    o

    esqu

    elet

    o; p

    ara

    alm

    do

    s da

    dos

    da

    vida

    quo

    tidi

    ana

    e d

    o co

    mpo

    rtam

    ento

    co

    mum

    , que

    so

    , po

    r as

    sim

    diz

    er, a

    su

    a ca

    rne

    e sa

    ngue

    , ta

    mb

    m o

    esp

    rit

    o -

    as v

    ise

    s, o

    pini

    es

    e ex

    pres

    ses

    dos

    nat

    ivos

    - de

    ve s

    er r

    egis

    tado

    . Ist

    o p

    orq

    ue,

    em

    cad

    a ac

    to d

    a vi

    da t

    riba

    l ex

    iste

    , em

    pri

    mei

    ro l

    ugar

    , a r

    oti

    na

    pres

    crit

    a p

    elo

    cost

    ume

    e tr

    adi

    o, d

    epoi

    s o

    mo

    do

    com

    o

    leva

    da a

    cab

    o e,

    po

    r fi

    m, o

    co

    men

    -t

    rio,

    que

    sus

    cita

    , de

    acor

    do c

    om

    a su

    a m

    enta

    lida

    de. U

    m h

    om

    em q

    ue s

    e su

    b-

    met

    e a

    vri

    as o

    brig

    ae

    s co

    stum

    eira

    s e

    que

    actu

    a se

    gund

    o a

    trad

    io

    , f

    -lo

    impe

    lido

    po

    r ce

    rtos

    mot

    ivos

    , aco

    mpa

    nhad

    o de

    cer

    tos

    sent

    imen

    tos,

    gu

    iad

    o po

    r ce

    rtas

    id

    ias.

    Est

    as i

    dia

    s, s

    enti

    men

    tos

    e im

    puls

    os s

    o m

    olda

    dos

    e co

    n-

    dici

    onad

    os p

    ela

    cult

    ura

    em

    que