Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit...

16
Grupo de Trabalho de Sustentabilidade AsBEA Sustentabilidade para arquitetura GUIA Diretrizes de escopo para projetos

Transcript of Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit...

Page 1: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Grupo de Trabalho de Sustentabilidade AsBEAGuia de Sustentabilidade para arquitetura

Lorem ipsum dolor sit amet, con-sectetuer adipiscing elit, sed diam nonummy nibh euismod tincidunt ut laoreet dolore magna aliquam erat volutpat. Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobor-tis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat.

Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat, vel illum dolore eu feugiat nulla facilisis at vero eros et accumsan et iusto odio dignissim qui blandit prae-sent luptatum zzril delenit augue duis dolore te feugait nulla facilisi. Lorem ipsum dolor sit amet, con-sectetuer adipiscing elit, sed diam nonummy nibh euismod tincidunt ut laoreet dolore magna aliquam erat volutpat.

Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat, vel illum dolore eu feu-giat nulla facilisis at vero eros et accumsan et iusto odio dignissim qui blandit praesent luptatum zzril delenit augue duis dolore te feugait nulla facilisi.

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit, sed diam nonummy nibh euismod tincidunt ut laoreet dolore magna aliquam erat volutpat. Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat.uis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat, vel illum dolore eu feugiat nulla facilisis at vero eros et accumsan et iusto odio dignissim qui blandit praesent luptatu.

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit, sed diam nonummy nibh euismod tincidunt ut laoreet dolore magna aliquam erat volutpat. Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat.

Comitê de Sustentabilidade

Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat, vel illum dolore eu feu-giat nulla facilisis at vero eros et accumsan et iusto odio dignissim qui blandit praesent luptatum zzril delenit augue duis dolore te feugait nulla facilisi.

Sustentabilidade para arquitetura

GUIA

Diretrizes de escopo para projetos

Page 2: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Grupo de sustentabilidade

Ana Lucia SicilianoAna RochaEduardo MartinsEloise AmadoGuinter ParschalkMarcia MikaiMarcio PortoMaria Paula OuangMilene Abla ScalaPaulo LisboaSilvio Cappanari

Apoio TécnicoClarice Degani

Page 3: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Especialistas

Carla Araujo SautchúkDavi AkkermanGuinter ParschalkMaria Angélica Covelo SilvaMoacyr Eduardo Alves da GraçaOrestes Marraccini GonçalvesPaulo SaldivaRafael LazzariniRoberto LambertsRosária OnoSergio AnguloSheila Walbe OrnsteinSilvana Serafino CambiaghiSilvio MelhadoValdir Pignata e SilvaVanderley JohnVera Hachich

Page 4: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Apresentação

A busca da solução

Sustentabilidade nos empreendimentos:condicionantes locais e funcionais Programa de necessidades Características e recursos naturais Infraestrutura urbana Vizinhança e comunidade local

Sustentabilidade nos empreendimentos: diretrizes projetuais Acessibilidade e desenho universal Materiais Energia, conforto térmico e conforto visual Água Resíduos Conforto ambiental Operação e uso Aspectos urbanos ???

Metodologias de certificação

Gestão integrada de projeto

Exigências normativas

Glossário

12 13

16

42

75

93

98

102

Sumário

Page 5: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Guia de sustentabilidade para arquitetura: diretrizes de escopo para projetos Apresentação10 11

Na Terra, no ano de 2007, transformamo-nos efetivamenteem um planeta urbano, pois mais da metade da populaçãomundialpassouavivernascidades.Aintensaurbanizaçãodos países em desenvolvimento alcança níveis alarmantes.Na Ásia, um milhão de pessoas agrega-se nas cidades todasemana.Emmuitasdasgrandesconurbaçõesdorestantedoplaneta, milhões de pessoas vivem em condições inadequa-das, erradicando vegetação, comprometendo mananciais eocupandoáreasderisco.

OsúltimosanosnoBrasil,mesmocomoimpactodascrisesexternas,têm-secaracterizadoporumciclodedesenvolvimen-toeconômicosustentadoparaaconstruçãociviledeveráper-maneceraindadestaformaporumbomtempoaumentandoapressãopelaocupaçãodemaisterrenos.Ascidadescrescemmaisrápidodoqueantesetornamsecadavezmaisatrativaspara as pessoas. Aqui mais de 80% da população brasileiraviveemespaçosurbanizados.Aaceleraçãodosprocessosdeurbanização eleva o consumo dos recursos naturais a níveisnuncavistoseresultanaconsequentegeraçãodepoluiçãoeresíduoscomimpactodiretonoclimaemeioambiente.

Oconhecimentoamplamentedifundidoqueascidadescomsuasatividades,serviçosetransportes,consomemporvoltade40%dosrecursosnaturaisextraídos,50%daproduçãodeenergia,contribuemcomaproximadamente50%dosresídu-ossólidosurbanosesãoresponsáveisporaté75%dasemis-sõesdegáscarbono,impõemanecessidadedeumarevisãourgente de atitudes e procedimentos nos setores responsá-veistantoprivadosquantopúblicos.(??)

A cidade com desenvolvimento sustentável caracteriza-senão somente pelas condições adequadas da economia, mastambémpelabuscadaadequaçãoambientalesocial.

Assim,assoluçõesaseremalcançadasparaestafinalidadedeverão ter como base o consenso democrático dos vários

Apresentação

“Em muitas das grandes

conurbações do restante do

planeta, milhões de pessoas vivem

em condições inadequadas,

erradicando vegetação,

comprometendo mananciais e

ocupando áreas de risco.”

atoresquecompõemavidaurbanaedevemestaralicerçadasem uma visão generalista, plural e técnica das disciplinasqueirãointeragirnaformulaçãodestesprojetos.

Contribuirefetivamentenaformulaçãoeconstruçãodessassoluçõesépapeldeurbanistas,arquitetos,projetistas,con-tratantesecontratados.

Abuscaporesteobjetivocabeatodososenvolvidosnoproje-toenaconstruçãodoambienteedificado.Éumtrabalhoco-letivoondetodosdevemfazersuapartee,aomesmotempo,incentivarosdemaisafazê-lo.

Para tanto, é necessária a transformação na relação entreas partes e entender que este processo de interação e ali-nhamento de expectativas é fundamental para o sucesso,poisdefinemetasfactíveis,reduzatritos,eliminafrustra-çõesepodemgerarespaçosquecontribuamparaumacida-demaissustentável.

Nestecontexto,amplia-sea importânciadoplanejamentoedo projeto para a produção, além do uso dos espaços cons-truídos,apresentando-secomoferramentasimprescindíveispara a redução de impactos socioambientais negativos, se-jamnafabricaçãodosmateriaisdeconstrução,naproduçãoemcanteirodeobra,naimplantaçãodoempreendimento,naoperação da edificação e na sua demolição e deposição dosresíduosfinais.Entendemosqueafaltadequalidadedopro-jeto limitaa sustentabilidadedoespaço construído!Assim,necessariamente, antes de uma obra sustentável existirásempreumbomprojetoespecifico.

Eentãosurgeaquestão:”O que é este projeto sustentável, quais são suas caracterís-ticas e abrangência, qual seu objeto de trabalho, que desem-penho deve propor, o que deve contemplar no seu desenvolvi-mento e escopo para que possa ser qualificado dessa forma?”

Movidosporestasconstatações,reflexõeseindagações,umgru-podearquitetos,associadosdaAsBEA,resolveuem2006estru-turaroGTS-GrupodeTrabalhodeSustentabilidadedaAsBEA.ImplantadoemSãoPauloinicialmente,logofoireplicadoparaasregionaisdoParaná,SantaCatarinaeRioGrandedoSul.

Foicriadoemagostode2007umdocumentointitulado“Re-

Page 6: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Guia de sustentabilidade para arquitetura: diretrizes de escopo para projetos Apresentação14 15

Alémdosempreendedoresquequeiramincorporarparteoumesmo o todo dos assuntos aqui apresentados, pensamostambémquepodeserdegrandeserventiaaocidadãocuriosocomotema,quequeiraimplantaralgumamedidasustentá-velnasuamoradiaouespaçodetrabalho.Entreestasduassituações,temosumagamadepossibilidadesdeaplicação.

Não poderíamos deixar de mencionar a grande sinergiaexistente entre este trabalho e os Manuais de Escopo deProjetos e Serviços para Indústria Imobiliária elaboradospelasdiversasassociaçõesdeprojetistas,dentreasquaisaprópriaAsBEA1.

Entendemos que este documento perpassa todos os outros,apresentando ideias,conceitos enovos escoposdeserviçosquedeverãoserassimiladospoucoapouco,poisasustenta-bilidadenãoéumprodutoouetapadeprojetoemsi.Assim,esperamosqueesteconteúdosirvadereferênciaparaasfu-turasrevisõesdeescopo,quecertamenteocorrerãonocon-junto destes Manuais. Finalizando, lembramosquemedidasaparentementesimplespodemcontribuirsignificativamentenamelhoriadosespaços.

1 Os Manuais estão disponíveis para

download nas homepages das

instituições AsBEA, Secovi-SP.

Busca da solução

Projetar é buscar soluções coerentes com as condições deexposição do empreendimento e com as demandas de seusclientes,usuáriosesociedade.

Asquestõesambientaisesociaissempresecaracterizaramcomoimportantesnodebatemundial,massórecentementeéquesejuntaramàsquestõeseconômicaseforamassimiladascomourgentes.

Estamosfalandodemudançadeparadigmae,paratanto,énecessárioesclarecerosconceitosquenortearamodesenvol-vimentodestapublicação,evitandoeventuaisdistorçõesouincompreensões.

Iniciamos com o conceito de sustentabilidade, palavra quesofrehojeexaustãopelousoabusivoe,emmuitassituações,aplicadademodoinadequado.

Originalmente, a palavra sustentabilidade aparece associa-daaotermodesenvolvimentosustentável,cujadefiniçãofoiapresentadanorelatóriodeBrundtland,em1987,comosen-doodesenvolvimentoquesupreasnecessidadesatuaissemcomprometer o atendimento das necessidades das futurasgeraçõesematenderassuas.

Demodogeral,porsustentabilidadesepressupõemtrêsdi-mensõesclaramentedefinidas:ambiental,socialeeconômi-ca,asquaisdevemserdevidamentetratadasnosprocessosdeprojetoeproduçãodeedifícios.

Aarquiteturasustentáveléabuscaporsoluçõesqueatendamoprogramadefinidopelocliente,assuasrestriçõesorçamen-tárias,oanseiodosusuários,ascondiçõesfísicasesociaislocais,astecnologiasdisponíveis,alegislaçãoeaantevisãodasnecessidadesduranteavidaútildaedificaçãoouespaçoconstruído.Estassoluçõesdevematenderatodosestesque-sitosdemodoracional,menosimpactanteaosmeiossocial

“Iniciamos com o conceito de

sustentabilidade, palavra que sofre

hoje exaustão pelo uso abusivo

e, em muitas situações,

aplicada de modo

inadequado”.

Page 7: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Guia de sustentabilidade para arquitetura: diretrizes de escopo para projetos20

Condicionantes locais e funcionais

Sustentabilidade nos empreendimentos:

Por condicionantes funcionais, entende-se o levantamento do programa de necessidades para o empreendimento, o qual considera as necessidades de desempenho explicitadas pelo cliente e futuro usuário do empreendimento. Sob esta ótica, é importante até mesmo extrapolar para as suas expectativas.

Por condicionantes locais, entende-se a identificação e análise do meio no qual o edifício será inserido, com o objetivo de caracterizar tanto os agentes limitadores quanto as potencialidades que influenciam o projeto.

As condicionantes funcionais e locais são os elementos que orientam as estratégias de concepção do projeto.

12 13 16 22

Programa de necessidades Características e recursos naturais Infraestrutura urbana Vizinhança e comunidade local

Condiçionantes Locais e Funcionais21

Page 8: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Guia de sustentabilidade para arquitetura: diretrizes de escopo para projetos Condições locais e funcionais22 23

São condicionantes funcionais todas as necessidades e até mesmo as expectativas dos futuros usuários do ambiente construído, uma vez que a sustentabilidade do empreendimento depende essencialmente do atendimento das demandas de ocupação atuais e futuras. Conforme a tipologia, os agentes cujas necessidades devam ser consideradas na elaboração dos projetos podem ser: os proprietários do imóvel, os usuários principais privativos, as empresas locatárias, os funcionários administrativos, os funcionários operacionais e de manutenção, os prestadores de serviço e a sociedade local.

O programa de necessidades deve abrigar as demandas de todos estes agentes que estarão presentes durante o uso, operação e manutenção da edificação, agregando os parâmetros técnicos e de desempenho que irão balizar o desenvolvimento dos projetos.

Estas demandas são essencialmente relacionadas aos desempenhos dos diversos sistemas e ambientes projetados e que devem ser considerados na composição das estratégias de desenvolvimento dos projetos.

Necessidades explícitas dos futuros usuários:Dados / Informações

▪ Estéticadesejada; ▪ Relaçãodasatividadesrealizadasnoempreendimento; ▪ Identificaçãodasdependênciaseespaçosnecessários; ▪ Quantidadedeusuáriosparaasdependênciaseespaços,tempoeperíododepermanência;

▪ Identificaçãodeeventuaisnecessidadesespecíficasemtermosdeacessoseviasdecirculação,considerandotodososusuários(crianças,idosos,gestantes,obesosepessoascomdeficiênciavisual,auditiva,físicaintelectualoucognitiva);

▪ Padrãodeconsumodeenergiaelétrica(comportamento/culturadousuário);

▪ Necessidadesemtermosdeequipamentosconsumidoresdeenergiaelétricaparausoindividualecoletivo;

▪ Estimativadoconsumomensaldeenergiaelétrica;

Programa de necessidades ▪ Padrãodeconsumodeágua(comportamentodousuário); ▪ Identificaçãopontosdeconsumodeáguapotável; ▪ Identificaçãopossibilidadesdepontosdeconsumodeáguanãopotável;

▪ Estimativadoconsumomensaldeágua; ▪ Estimativadageraçãoderesíduosdeuso,operaçãoemanutenção;

▪ Identificaçãodasnecessidadesespecíficasemtermosdeconfortotérmicodosespaçosemfunçãodasatividadesrealizadas,quantidadedeusuários,tempoeperíododepermanência;

▪ Identificaçãodasnecessidadesespecíficasdosusuáriosemtermosdeconfortoacústicoemfunçãodaagressividadesonoradasatividadesrealizadasnosespaçosedasensibilidadeaoruídodosusuáriosdosespaços;

▪ Identificaçãodasnecessidadesespecíficasemtermosdeconfortovisualdosespaços(acessoavistas,acessoaluznatural,necessidadeespecíficadeníveldeiluminância),conformeatividadesehoráriosdetrabalhorealizadospelosdiferentesusuáriosemcadaambiente;

▪ Identificareventuaisespaçossensíveisaincômodosrelativosàincidênciadiretadeluzsolar(ofuscamento,radiaçãodireta,etc.);

▪ Identificaçãodezonaseambientescomeventuaisnecessidadesespecíficasemtermosdehigienização,conformeatividadesrealizadasemcadaambiente;

▪ Identificaçãodasnecessidadesespecíficasemtermosdesegurançanousoesegurançapatrimonial;

▪ Identificaçãodenecessidadesespecíficasemtermosdeusoeoperação.

Necessidades Explícitas Dos InvestidoresDados / Informações

▪ Estéticadesejada; ▪ Disponibilidadeorçamentária/custodeinvestimentopara:sistemasdegeraçãodeenergiaelétrica,sistemasalternativosparagestãodaofertadeágua,sistemasdedrenagemamplocomenfoquenadimensãourbana;

▪ Expectativasparadespesasdeconservaçãoelimpeza; ▪ Expectativasparadespesasdeoperaçãoemanutençãodossistemasprediaiseequipamentosconsumidoresdeenergiaelétricaeágua;

“Amet pretium arcu. Etiam fringilla iaculis

massa id mattis. Vestibulum varius,

mi non vulputate tincidunt, enim leo

convallis urna, ac cursus orci elit non

mi. Phasellus ac sagittis ligula. Ut”

24 milhões

mi non vulputate tincidunt, enim leo

convallis urna, ac cursus orci elit non .

Page 9: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Guia de sustentabilidade para arquitetura: diretrizes de escopo para projetos Condições locais e funcionais24 25

Características e recursos naturaisEstas condicionantes locais são os elementos, os recursos ou as características naturais presentes e que podem ter influência direta ou indireta na edificação. Estes elementos devem ser preservados, recuperados, otimizados, mitigados ou controlados pela solução de implantação das edificações e no desenvolvimento dos projetos de arquitetura e sistemas prediais.

Insolação: dados / informações ▪ CartaSolar ▪ Latitudegeográficaealtitudesolar; ▪ Obstáculosàinsolaçãopresentes(naturaiseconstruídos);

▪ Variaçãomensaldaenergiasolarmédiaedashorasdeinsolação

Clima: dados / informações ▪ Zonabioclimáticaealtitude; ▪ Característicasclimáticas; ▪ Temperaturasmensaismáximas,mínimasemédias(TBS,TBU); ▪ Gráficoanualdeumidaderelativadoar(variaçãomensal);

▪ Gráficodeprecipitaçãoanual; ▪ Direção,freqüênciaevelocidadedosventosdominantes

Água: dados / informações ▪ Baciahidrográficaemqueseinsereoempreendimento; ▪ Gráficodeprecipitaçãoanual; ▪ Disponibilidadehídrica(nascentes,rios,lençóissubterrâneosetc.);

▪ Níveldolençolfreático; ▪ Qualidadedaágua(existênciadecontaminação); ▪ Regimedasmarés; ▪ Graudesalinidade; ▪ Riscodeinundações; ▪ Potencialdegeraçãodeenergiaelétrica.

Qualidade do ar: dados / informações ▪ Direção,frequênciaevelocidadedosventosdominantes; ▪ Obstáculospresentes(naturaisouconstruídos);

75% mi non vulputate

tincidunt, enim leo convallis urna, ac

cursus orci elit non .

▪ Qualidadedoarexterno(existênciadecontaminação); ▪ 17AsBEA-GTS|DiretrizesparaProjetosSustentáveisdeArquitetura

▪ Emdesenvolvimento:13.02.2012 ▪ Fontesdepoluiçãoexternasespecíficas(atividadesindustriais,redesrodoviáriasesistemasviários,redeseinfraestruturasdesaneamentoederesíduos);

▪ Riscosnaturais(ventanias,tornadosetc.); ▪ Fontesexternasderiscos(linhaselétricasoudealtatensão); ▪ Característicadoarexterno(salinidade,partículassólidas); ▪ Fontesderadiaçõeseeletromagnetismo

Solo: dados / informações ▪ Levantamentoplanialtimétrico; ▪ Mapadedeclividade/Hipsometria; ▪ CapacidadedeDrenagemnaturalsuperficialeproximidadealençóisfreáticos;

▪ Característicasfísicasequímicasdosolo(resistência,compactabilidade,taxasdeinfiltração,níveldepermeabilidadeetc.)obtidaspormeiodesondagem;

▪ Coeficientedeimpermeabilizaçãodoterreno; ▪ Investigaçãodaexistênciadecontaminaçãonosolo; ▪ Riscosgeológicos(deslizamentosdeterra,inundações,sismosetc.);

▪ Potencialdeerosãodosolopelovento,águaoufuncionamentodeequipamentos;

▪ Presençaderadônio.

Fauna e Flora: dados / informações ▪ Espéciesanimaisevegetaisexistentesnolocaleseuentorno;

▪ Espéciesanimaisemextinção; ▪ Áreascomrestriçõesambientaiseáreasdepreservação; ▪ Ecossistemasaproteger; ▪ Estágiodepreservação; ▪ Paisagensmarcantesecaracterísticasdapaisagemexistenteaserempreservadas.

172 mil

mi non vulputate tincidunt, enim leo

convallis urna, ac cursus orci elit non .

Page 10: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Guia de sustentabilidade para arquitetura: diretrizes de escopo para projetos26

Diretrizes projetuais

Sustentabilidade nos empreendimentos:

Diretrizes projetuais são as informações a serem trabalhadas no desenvolvimento do projeto. Neste documento elas são agrupadas dentro das temáticas acima.Cada um destes temas é abordado considerando-se os dados de entrada (dados/informações) e as diretrizes específicas para o desenvolvimento dos projetos (tarefas/ações).

12 13 16 22 52 62 76

Acessibilidade e Desenho Universal Materiais Energia, Conforto térmico e Conforto Visual Água Resíduos Conforto Ambiental Operação e Uso Aspectos Urbanos

Diretrizes projetuais27

Page 11: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Guia de sustentabilidade para arquitetura: diretrizes de escopo para projetos Diretrizes projetuais28 29

Na abordagem do tema Acessibilidade propõe-se incorporar os conceitos de Desenho Universal, uma vez que amplia o escopo e contribui na redução de despesas com adaptações futuras.

A ideia é garantir que o partido arquitetônico possibilite o acesso e a utilização, com segurança e autonomia, a todos os usuários das edificações como crianças, idosos, gestantes, obesos e pessoas com deficiência visual, auditiva, física intelectual ou cognitiva. Da mesma maneira, os ambientes devem ter espaços e dimensões apropriados para aproximação e uso, independentemente do tamanho, postura ou habilidades funcionais dos usuários.

Assim, as questões relacionadas a circulação, desníveis, passagens, estacionamento, abertura e fechamento de portas, utilização de sanitários e mobiliário devem ser resolvidas, devendo também ser considerados os aspectos relativos a alcance, aproximação, manipulação de objetos e equipamentos e, principalmente, a comunicação e sinalização claros.

Dados / Informações

▪ LegislaçãoFederal,EstadualeMunicipalvigentes;▪ NormasTécnicasdeAcessibilidaderelativasaoentornoeàsedificações;

▪ NormasTécnicasdeAcessibilidadereferentesaequipamentoseprodutos.

▪ Dadoslevantadosnoitem2.1.3InfraestruturaUrbana:SistemaViárioeTransporteColetivo;

▪ Presençadebarreirasnaturaisouconstruídas.

Tarefas / Ações

▪ Implantaçãodasedificaçõesqueconsidereosacessoseviasadequadosatodososusuários(crianças,idosos,gestantes,obesosepessoascomdeficiênciavisual,auditiva,físicaintelectualoucognitiva).

Acessibilidade e desenho universal

▪ Estabelecerumfluxogramadosacessosàedificação,apartirdospontosdetransportecoletivoatéasentradasdosedifícios,viabilizandorotasacessíveisesuavizandoatopografia

▪ Integração:Osassentamentosurbanosdevemserprojetadosdeformaquesejafácilseorientaremseuinterior,encontrando-se,semproblemas,oscaminhosqueconduzammaisdiretamenteaoslugaresaquesequeirair.Deve-sepromoveraessênciadodesenhouniversal,queestánopropósitodeestabeleceracessibilidadeintegradaatodos,sejamounãopessoascomdeficiência.Ousodosparâmetrosnormativosdeveintegrar-seaosprojetosnoconceitododesenhouniversal.

▪ Funcionalidade:Projetarosespaçosurbanos,lugaresdetrabalhoerecreiodeformaqueaspessoascommobilidadereduzidapossamutilizá-losdemaneiraautônoma.Garantirqueosespaços,osambienteseosprodutospermitamoingresso,circulaçãoeusocomoum“todo”enãoapenaspartedeles.Emtermosdeprodutos,garantirsuaadequaçãoquantoacaracterísticasantropométricasefuncionaiseasuacompatibilidadedeusoporpessoascomdeficiênciaemobilidadereduzida.

▪ Longevidade:Preverousodeespaços,ambienteseprodutosportodoociclodevidadeumserhumano,dainfânciaaidadeavançada,semanecessidadedemudançasestruturais,respeitandoasdiferenças,asdificuldadeseascaracterísticasfuncionaisdestadiversidadedeusuários,inclusivecomdeficiênciaemobilidadereduzida.

▪ Independência:Garantirprivacidade,segurançaeproteçãoigualmenteparatodososusuários.Garantirousodetodos,tantotrabalhadorescomovisitantes,comautonomiaatodososambientesemobiliários.Disponibilizarosmesmosrecursosdeusoidênticosouequivalentescasonãosejapossível,evitandosegregarouestigmatizarqualquerusuário.

▪ Igualdade:Osambientesdevemofereceroportunidadesiguaisdeusoatodasaspessoas,nãocriandodesvantagemnemestigmaouprivilegiandoqualquergrupodeusuários:

Page 12: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Guia de sustentabilidade para arquitetura: diretrizes de escopo para projetosGuia de sustentabilidade para arquitetura: diretrizes de escopo para projetos30

Metodologia de certificação

As certificações ambientais de edifícios são concedidas aempreendimentosquesesubmetemamétodosdeavaliaçãode desempenho e, por meio destes, comprovam bons níveisde eficiência em termos de sustentabilidade. São várias asmetodologiasdeavaliaçãodedesempenhoambientalaplica-dasàsedificaçõesnosdiversospaíses.

Asmetodologiasempregadaspelossistemasdeavaliaçãodeedifíciostêmabordagensdistintasequevariamdeacordocomoobjetivopretendido.Porexemplo,quandoimpulsionadosporiniciativasgovernamentaisemetasnacionais,ossistemasdeavaliaçãotendematerumescopomaisespecífico;e,nocasodoenfoqueestarnamudançadevaloresparaosetor,osrequi-sitosdossistemasdeavaliaçãoadotamumescopomaisabran-gente, avaliando a sustentabilidade do empreendimento emsuasvertentesambiental,socialeeconômica.

Os sistemas de avaliação de edifícios também podem ser deadesãovoluntáriaouobrigatória,podendotornar-sepré-requi-sito em processos licitatórios, por exemplo. De modo seme-lhante,ossistemastambémpodemounãoenvolverprocessosdecertificação,sendonesteúltimocasonecessáriaasubmis-sãodoempreendimentoaumaavaliaçãodeterceiraparte.

Jácomenfoquemercadológico,háoutrasmetodologiascujoobjetivo é a validação de soluções de projeto que garantamummelhordesempenhoambientaldasedificações,pormeioderespostasareferenciaistécnicos,osquaissãoauditadosou verificados por organismo de terceira parte e que, cons-tatadooatendimentoàssuasexigênciasmínimas,culmina

As diversas metodologias podem ser aplicadas em diferen-tesetapas,podendoseravaliadoodesempenhoprevistoouodesempenhorealemedidoduranteousoeaoperaçãodoempreendimento.

De modo geral, as metodologias possuem em comum o fatode seus requisitos estarem estruturados em grandes temas,podendoiralémdasquestõespuramenteambientais,abordan-doaspectossociaiseeconômicos.Aavaliaçãoéfeitapormeiodecritériosprescritivos(orientadosadispositivosouestraté-gias,indicandoosmeiosqueprecisamserdisponibilizados)etambémdeespecificaçõesdedesempenho(obtidosapartirdarealizaçãodemediçõesecálculosespecíficos,indicandoofimaseralcançado).Todasasmetodologiasfixamosparâmetroseosníveisdedesempenhoaseremdemonstrados.

Emsuamaioria,asmetodologiasdecertificaçãoconsistemnasubmissãodasinformaçõesdeprojetoàinstituiçãocerti-ficadora,aqualvalidaaavaliaçãoapresentadaeapontuaçãodosrequisitosecritériosdedesempenho.

No Brasil destacam-se as certificações com tendênciasa tornarem-se exigências regulamentares e exigidas emprocessospúblicosdelicitaçãooufinanciamentosbancários:

▪ EtiquetagemdeníveldeeficiênciaenergéticadeedificaçõesdoINMETROePROCEL

▪ SELOCASAAZULCAIXA(CaixaEconômicaFederal) ▪ Certificaçõesvoluntárias: ▪ AQUA(FundaçãoVanzolini)processodecertificaçãobrasileirobaseadonametodologiadecertificação

Metodologia de certificação31

Page 13: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Guia de sustentabilidade para arquitetura: diretrizes de escopo para projetos Metodologia de certificação32 33

Lançadoem2008,oprocessoAQUA(AltaQualidadeAmbien-tal),éoprimeiroreferencialbrasileiroparaavaliaçãoecerti-ficação do desempenho ambiental de edifícios, voltado aomercado. Ele foi desenvolvido em parceria com o Certivéa,organismo detentor do referencial e dos processos certifi-catórios da metodologia francesa NF Bâtiments Tertiaires–DémarcheHQE®,pormeiodetrabalhosdesenvolvidosemconjuntocomumaequipedeespecialistasdoDepartamentodeConstruçãoCivileUrbanadaEscolaPolitécnicadaUniver-sidade de São Paulo, a qual analisou e definiu parâmetrosadequados ao contexto e necessidades de desenvolvimentodenossopaís.

Osreferenciaistécnicosdestametodologiadecertificaçãoparaavaliação de desempenho ambiental abordam as característi-casdedesempenhodosedifíciospropriamenteditosetambémo sistema de gestão praticado durante o desenvolvimento doempreendimento, o qual representa uma garantia do alcancedodesempenhoestabelecidonaetapainicialdoprojeto.

Odesempenhodoempreendimentoéapresentadonaformade um perfil de desempenho, cuja avaliação é validada pormeiodeauditoriaspresenciaisrealizadasaofinaldasetapas:Programa, Concepção e Realização (para certificação deconstruçõesnovas)eetapadeOperaçãoeUso(paracertifica-çãodeedificaçõesexistentes).

OprocessodecertificaçãoécobradopelaFundaçãoVanzolini.

As14categoriasdepreocupaçãoambiental: ▪ Relaçãodoedifícioeseuentorno ▪ Escolhaintegradadeprodutos,sistemaseprocessosconstrutivos

▪ Canteirodebaixoimpactoambiental ▪ Gestãodaenergia ▪ Gestãodaágua ▪ Gestãodosresíduosdeuso ▪ Manutenção–permanênciadosdesempenhosambientais ▪ Confortohigrotérmico ▪ Confortoacústico

AQUA (Fundação Vanzolini)

Etiquetagem De Nível de Eficiência Energética de Edificações do Inmetro E Procel

▪ Confortovisual ▪ Confortoolfativo ▪ Qualidadesanitáriadosespaços ▪ Qualidadesanitáriadoar ▪ Qualidadesanitáriadaágua

O edifício é avaliado em função do nível de desempenhoalcançado em cada uma das 14 categorias e nas práticasgerenciais indicadas, sendo possível o alcance dos níveisBom, Superior ou Excelente para a qualidade ambiental doedifício.Acertificaçãoéobtidaparaoedifícioquealcançar,emtermosdequalidadeambientaldoedifício,onívelExce-lenteemnomínimotrêsdascategoriasenívelBomnomáxi-moem7categorias.

A etiquetagem de nível de eficiência energética de edifica-çõesdoINMETROintegraoProgramaNacionaldeConserva-çãodeEnergiaElétrica(PROCEL)efoidesenvolvidaapartirdeumconvênioentreaEletrobráseoLaboratóriodeEfici-ênciaEnergéticadaUniversidadeFederaldeSantaCatarina(LabEEE).

Aadesãoàetiquetagemévoluntária,noentanto,estáprevis-taasuaobrigatoriedadeapartirdaobservânciaaoscritériostécnicos fixados que deverão ser definidos em Portaria epublicadospeloInmetro.

Os requisitos técnicos para a etiquetagem estão descritosnos documentos denominados RTQ e foram desenvolvidostantoparaedifícioscomerciais,deserviçosepúblicos,quan-topararesidenciais.

Paraserelegívelparaaetiquetagemsãoestabelecidospré--requisitos. Bonificações também podem ser obtidas paraoutraspráticasadotadasequesãoconsideradasnaclassifi-

35 mil

mi non vulputate tincidunt, enim leo

convallis urna, ac cursus orci elit non .

Page 14: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Guia de sustentabilidade para arquitetura: diretrizes de escopo para projetos Gestão integrada de projeto34 35

Gestão Integrada De Projeto

Projeto de edificações e sustentabilidadeOsprojetosdeedificaçõesapresentam-se,hoje,emumnívelde exigências sem precedentes. As demandas por edifíciosmaisconfortáveis,segurose,aomesmotempo,comconsu-mo reduzido de energia e de água, associados a um menorimpactosobreoentornoeoambiente,sãoglobais.Àmedidaqueosempreendimentosdeconstruçãotornam-semaioresemaiscomplexos,aumentaoconjuntoderequisitosnormativoselegaisaserematendidos.Crescemtambémaspossibilidades e necessidade de envolvimento do arquitetoenquantocoordenadordeequipesmultidisciplinaresdessesempreendimentos.

Asustentabilidadeambientaléummovimentodecrescimen-to continuo, demandando evoluções técnicas e conceituaispermanentes. Em meio a esse processo de transformaçãoconstanteeintensa,asformastradicionaisdeseconceberede se desenvolver projetos são modificadas continuamentepornovospapéisassumidospelosarquitetosnanegociaçãocomocliente,naanalisedosdados,nasínteseconceitualdoprojetoarquitetônico,naorientaçãoeobtençãodasinforma-çõesdosprojetostécnicos,eprincipalmentenocontroledaproduçãoconcatenadadassoluções.

Os “novos” requisitos de projeto, resultantes da necessida-dedeseatenderaprocessosdecertificaçãoambiental,têmexigido decisões e escolhas técnicas que ocorrem de forma

“Amet pretium arcu. Etiam fringilla iaculis

massa id mattis. Vestibulum varius,

mi non vulputate tincidunt, enim leo

convallis urna, ac cursus orci elit non

mi. Phasellus ac sagittis ligula. Ut”

muito técnica e consequente, desde a concepção das edifi-cações até a evolução do detalhamento dos projetos. Estasdemandasdedesempenhoambientaldevemsertratadasemprofundidade desde as primeiras etapas de projeto, sendodeterminanteparaissoanoçãodecoproduçãodoprojeto.

Gestão integrada de projeto e sustentabilidadeOprojetodeumempreendimentosedefinepelainteraçãodoarquitetocomseusclientes,externoseinternos,bemcomopelainteraçãocomasdiversasoutrasdisciplinasdeprojetoeconsultoria,quedevemsercadavezmaisespecíficasefoca-das.Projetarcomofoconasustentabilidadeéumatocoleti-voecircunstanciadoe,naconstruçãodeedifícios,asdimen-sõesdeseuprocessonãoselimitamaocampodeumaúnicaprofissão, levando-nos à multidisciplinaridade, ao trabalhoemequipeeàvalorizaçãodasrelaçõescomosdemaisagen-tesparticipantesdoempreendimento.

Oexercíciodagestãointegradadeprojeto,exigeacompre-ensãoobjetivaeprecisadaconcepçãoarquitetônicaoriginal,paraatenderatodasasespecialidadesemsuasnecessidadestécnicas, moldando a evolução das soluções sem perda daqualidadeplásticadeseusconceitos.

A prestação de serviços de projeto é orientada ao cliente--contratante, aos clientes-usuários, aos clientes internos

Page 15: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Guia de sustentabilidade para arquitetura: diretrizes de escopo para projetos36 37

Exigências normativas

Oatendimentoanormastécnicasestáintimamenteassocia-doàsustentabilidadeporqueasnormasestabelecemcondi-ções técnicas básicas, sem as quais os empreendimentos etodasassuascaracterísticasqueinfluemsobreasustentabi-lidadenãosãoasseguradas.

A não-conformidade de um projeto às normas leva a ocor-rências contrárias à sustentabilidade. Do ponto de vistaeconômicoumprojeto,ummaterial,componenteousistemaconstrutivoemnãoconformidadeàsnormastemmaisproba-bilidadedegerarcustosdeoperaçãoemanutençãoaosusuá-rios.Maisdoqueisto,nassituaçõesextremasestesprojetosoupartedeleslevamaofimprecocedavidaútildosedifícios,materiais,componentesousistemasconstrutivosedefeitosdealtagravidade.Hácasosaindadedanoshumanos,ferindooulevandoàmorteosusuáriosdeedificações.

Dopontodevistaambientalprojetosemnãoconformidadeàsnormaspodemgerardanosaomeioambiente(exemplostípicos são os blocos de vedação com resistência abaixo doque preveem as normas que tendem a se romper na obragerando mais resíduos, ou produtos que usam matérias--primasilegais)ouaindacondiçõesinadequadasdeseguran-çaouhabitabilidadeaosusuários.Umedifícioquenãoaten-denormasdedesempenhoacústicooutérmico,porexemplo,gera condições inadequadas para os usuários, cuja saúdepodevirasercomprometida.

Dopontodevistasocialprodutoseserviçosemnãoconfor-midadeàsnormaspodemestarassociadosàpráticadeinfor-

Exigências normatvas

malidade e impedimento ao desenvolvimento profissionaladequado.Porexemplo,umescritóriodeprojeto,cujaspráti-casnãoenvolvamoconhecimentoeatendimentoàsnormastécnicasdesuaespecialidade,nãocontribuiosuficienteparaodesenvolvimentodeseusprofissionais,podendoatéestarcontribuindoparaadisseminaçãodepráticasprofissionaisinadequadas.

Onãoatendimentodenormaspodeaindaafetaraformaçãode profissionais que estão diretamente na produção/execu-çãodeobrasqueaprendemaexecutarserviçosquesãonãoconformes às respectivas normas a partir de projetos nãoconformes.

AsnormastécnicasnoBrasilnãosãoleis,masdocumentostécnicoselaboradosporumaorganizaçãoprivada,aABNT–AssociaçãoBrasileiradeNormasTécnicasqueéresponsávelperanteoSistemaBrasileirodeNormalizaçãopelaorganiza-ção e coordenação da elaboração, publicação e distribuiçãodasnormastécnicasnoPaís.

Asnormastécnicas,noentanto,têmforçadeleinasrelaçõesde consumo porque a Lei de Defesa do Consumidor, Lei nº8.078,de11desetembrode1990,estabeleceemseuartigo39 da parte das práticas comerciais, que é prática abusivaumprodutordebensouserviçoscolocá-losnomercadosemqueatendamasnormasoficiais(elaboradaspororganismosgovernamentaiscomocódigosdeobras,portariasdeorganis-moscomoaANVISAeoutros)easnormastécnicasdaABNTexplicitamente citadas na lei. Além disso outras leis como

“Em muitas das grandes

conurbações do restante do

planeta, milhões de pessoas vivem

em condições inadequadas,

erradicando vegetação,

comprometendo mananciais e

ocupando áreas de risco.”

Page 16: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit ...asbea.org.br/userfiles/manuais/083d5ff4951db8c... · Movidosporestasconstatações,reflexões e indagações,um gru-po

Guia de sustentabilidade para arquitetura: diretrizes de escopo para projetos Gestão integrada de projeto38 39

Glossário

AcessibilidadePossibilidade e condição de alcance, percepção e entendi-mentoparaautilizaçãocomsegurançaeautonomiadeedifi-cações,espaço,mobiliário,equipamentourbanoeelementos.(ABNTNBR9.050/2004–NormadeAcessibilidade)

Água PotávelÉaquelacujaqualidadeatornaadequadaaoconsumohumano.(PáginaEletrônicaCetesb-GlossárioEcológicoAmbiental)Ambienteouopleonasmo“MeioAmbiente”Conjunto total de recursos naturais, renováveis (bióticos) enãorenováveis(abióticos)edosserviçosambientais,presta-dospelanatureza,inclusiveoshumanos,asorganizaçõesso-cioinstitucionais,asatividadessocioeconômicasesociocul-turaisqueresultamdasaçõeshumanas.(Furtado,2010.TermoseconceitosrelacionadosaoDesenvolvimentoSustentável.)

Área ContaminadaOndehácomprovadamentepoluiçãocausadaporquaisquersubstânciasouresíduosquenelatenhamsidodepositados,acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados, e quedeterminaimpactosnegativossobreosbensaproteger.(PáginaEletrônicaCetesb-GlossárioEcológicoAmbiental)

Área PermeávelConsiste em toda parte do terreno que não possui revesti-mento de piso, permitindo que a água da chuva penetre nosolo, como a revestida com vegetação (grama, arbustos ouárvores). As áreas com terra compactada, pedrisco ou qual-queroutrotipodecobertura,podemnãooferecerpermeabili-dadesuficienteparaaabsorçãodeáguapelosolo.(PáginaEletrônicadaPrefeituraMunicipaldeSãoCarlos)

Área VerdeÁreacomtratamentopaisagístico,reservadaàsatividadesderecreaçãooudescanso.(Sabesp-ManualdoEmpreendedor)

ÁreasquepermitemapermeabilidadedaáguadechuvaÁreadoterrenolivredepavimentaçãoouconstrução(LeiMunicipalno11.228/92-CódigodeObraseEdificaçãodoMunicípiodeSãoPaulo)

Arquitetura BioclimáticaÉ a arquitetura que busca otimizar a relação da obra como ambiente do entorno harmonizando as construções como clima e características locais. Permite a manipulação dodesenhoedeelementosarquitetônicosafimdeotimizarasrelaçõesentreohomemeanatureza,noquedizrespeitoàredução de impactos ambientais, bem como em relação àmelhoriadascondiçõesdevidahumana,confortoeraciona-lizaçãodoconsumoenergético.Costumaprescreverousodefontesalternativasdeenergia,buscandoomáximoemefici-ênciaenergética.(MinistériodoPlanejamento-Glossário)

Avaliação do Ciclo de Vida (Life-Cycle Assessment) – ACV(i)“Oprocessoparaavaliaracarga(burden)ambientalasso-ciadacomoproduto,processoouatividade,atravésdaiden-tificação e quantificação da energia emateriais usados eresíduosparaoambiente;paraacessarosimpactosdaener-gia e dos materiais usados eliberados no ambiente e paraidentificareavaliarasoportunidadesparaafetaroaprimo-ramentoambiental”(SETAC);(ii)métodoparaprevereanteci-par impactos econômicos, ambientais e sociais, positivos enegativos,personalizadosoucomparativos,focadosnasaúdehumanaenaqualidadedosambientesnaturais,associadosaoproduto,processoouatividade,pormeiodaanálisequali-tativa e quantitativa dos materiais, água e energia usadosedosresíduosgeradosparaoambiente,deacordocomavisãodeciclodevidaoudesistemadeproduto.AACVrequerlevan-tamentoseanálisescompreensivasesistêmicas,conectandoatividadesouoperações,emtrêsblocosouetapas:(1)Inven-tário de entradas e saídas de energia e matérias-primas,abrangendo:extração,aquisição,armazenagem,processodemanufatura,distribuiçãoetransporte,uso,reusoemanuten-ção,reciclagem,gestãoderesíduoseefluentes.(2)Análisedeimpactocapazdetraduzirosignificadodousoderecursosedasemissõesnosconsequentesefeitosparaoambienteesaúdehumana.(3)Valoração,traduzindoosignificadoouosvalores relativos para os diferentes efeitos e as conclusõesfinaissobreosimpactosanalisados.”(Furtado,2010.TermoseconceitosrelacionadosaoDesenvolvimentoSustentável.)

Biodiversidade