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REFER˚ NCIA EM LOG˝STICA LogWeb Log Web Logística Supply Chain Transporte Multimodal ComØrcio Exterior Movimentaçªo Armazenagem Automaçªo Embalagem J O R N A L E D I ˙ ˆ O  N 6 5 J U L H O 2 0 0 7 Multimodal Transpo-Sul vai reunir várias empresas do setor no RS (Página 4) Casas Bahia inaugurou CD em Duque de Caixas, em junho (Página 16) Software da South Consulting permite emissão de NF-e (Página 19) Setor de logística se destaca na Fispal Tecnologia (Página 20) O importante papel das concessionárias de rodovias na logística (Página 34) PLATAFORMAS AÉREAS DE TRABALHO Vários tipos para diversas aplicações Articulados, telescópicos e rebocáveis. Estes são alguns dos tipos de platafor- mas aéreas de trabalho, usadas para limpeza, pintura, montagens de equi- pamentos e estruturas, manutenção e montagem de navios, entre outras aplicações. (Página 6) EMPILHADEIRAS Cresce o mercado de usadas/seminovas Com o Dólar em baixa, as empilhadeiras usadas/seminovas são boas opções para as pequenas e médias empresas de vários seg- mentos que não têm condições financeiras de adquirir um equipa- mento novo, mas querem mecanizar o seu processo. (Página 24) MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS Veículos guiados automaticamente: tecnologia sem condução Usados em ambientes industriais e para operações onde o ciclo de trabalho é sempre o mesmo durante os turnos, estes equipamentos dispensam o condutor, são flexíveis, demandam pouca manutenção e possuem capacidade de carga variável. (Página 12) TRANSPORTADORAS NOVAS ATRIBUIÇÕES SÃO INCORPORADAS PARA SOBREVIVER E ATENDER AO MERCADO Já que o Brasil possui uma malha eminentemente rodoviária, as transportadoras exercem um papel extremamente importante no Supply Chain. E, pela constante evolução, uma série de serviços extras está sendo agregada aos tradicionais. (Página 30) TRANSPORTE FERROVIÁRIO FERROANEL: A PASSOS CURTOS O projeto do anel ferroviário em São Paulo nasceu em 2003, mas as obras ainda não começaram, apesar de sua importância para a logística brasileira. O Ferroanel, que deverá ser executado em 36 meses, está em seus primeiros passos. (Página 36) Foto: Stock.xchng

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R E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

LogWebLogWeb❚❚❚❚❚ Logística❚❚❚❚❚ Supply Chain❚❚❚❚❚ Transporte Multimodal❚❚❚❚❚ Comércio Exterior❚❚❚❚❚ Movimentação❚❚❚❚❚ Armazenagem❚❚❚❚❚ Automação❚❚❚❚❚ Embalagem

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Transpo-Sulvai reunir

váriasempresas dosetor no RS

(Página 4)

Casas Bahiainaugurou CDem Duque deCaixas, em

junho(Página 16)

Software daSouth Consulting

permiteemissão de

NF-e(Página 19)

Setor delogística sedestaca na

FispalTecnologia

(Página 20)

O importantepapel das

concessionáriasde rodoviasna logística

(Página 34)

PLATAFORMAS AÉREAS DE TRABALHO

Vários tipos paradiversas aplicações

Articulados, telescópicos e rebocáveis.Estes são alguns dos tipos de platafor-mas aéreas de trabalho, usadas paralimpeza, pintura, montagens de equi-pamentos e estruturas, manutenção emontagem de navios, entre outrasaplicações. (Página 6)

EMPILHADEIRAS

Cresce o mercado deusadas/seminovas

Com o Dólar em baixa, as empilhadeiras usadas/seminovas sãoboas opções para as pequenas e médias empresas de vários seg-mentos que não têm condições financeiras de adquirir um equipa-mento novo, mas querem mecanizar o seu processo. (Página 24)

MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

Veículos guiadosautomaticamente:tecnologia sem

conduçãoUsados em ambientes industriais e para operações onde ociclo de trabalho é sempre o mesmo durante os turnos, estesequipamentos dispensam o condutor, são flexíveis, demandampouca manutenção e possuem capacidade de carga variável.(Página 12)

TRANSPORTADORAS

NOVASATRIBUIÇÕES SÃOINCORPORADASPARA SOBREVIVERE ATENDER AOMERCADOJá que o Brasil possui uma malhaeminentemente rodoviária, as transportadorasexercem um papel extremamente importante noSupply Chain. E, pela constante evolução, umasérie de serviços extras está sendo agregadaaos tradicionais. (Página 30)

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

FERROANEL:A PASSOS CURTOSO projeto do anel ferroviário em São Paulonasceu em 2003, mas as obras ainda nãocomeçaram, apesar de sua importância para alogística brasileira. O Ferroanel, que deverá serexecutado em 36 meses, está em seus primeirospassos. (Página 36)

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2REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 3EDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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Editorial

Redação, Publicidade, Circulação e Administração:Rua dos Pinheiros, 240 - conjunto 12 - 05422-000 - São Paulo - SPFone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

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Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

Assistente de RedaçãoCarol Gonçalves

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DiagramaçãoFátima Rosa Pereira

Diretoria ExecutivaValeria Lima

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Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

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MarketingJosé Luíz Nammur

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Os artigos assinadose os anúncios

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a opinião do jornal.

LogWebJ O R N A L Administração/Finanças

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Assistente AdministrativoMaui Nogueira

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Nivaldo ManzanoCel.: (11) 9701.2077

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Marketing/Pós-vendasMaíra Canhette

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Patricia Badaró[email protected]

Palavrado Leitor

LOGÍSTICA FARMACÊUTICA

“Parabéns ao LogWeb.Mais uma vez tenho o prazer de escrever a esta equipe que é

uma prova de que o trabalho sério e comprometido leva ao su-cesso.

Minha avaliação é sobre um tema que surge pela primeiravez nas páginas deste que se tornou o melhor veículo de infor-mação sobre as ‘Coisas da Logística’. A abordagem do tema “Asexigências da logística farmacêutica”, matéria da página 34 daedição nº 64 do LogWeb, do ponto de vista dos operadoreslogísticos, sem dúvida é de grande interesse para as empresas eprofissionais envolvidos no segmento farmacêutico. No entanto,principalmente as pequenas e médias indústrias têm outras ne-cessidades e cumprem outras exigências relacionadas às normasda ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária descri-tas nas RDC´s. Gostaria de sugerir que o LogWeb prosseguissecom este tema ouvindo, principalmente, as indústrias, as peque-nas, médias e grandes. O fato de optar-se por um operadorlogístico para as fases de armazenamento e distribuição não sedeve à intenção de livrar-se das rígidas normas impostas pelaANVISA e, sim, garantir que estas mesmas normas sejam cum-pridas por um segmento que suporta grandes investimentos naadequação e tecnologia necessária. As exigências da ANVISAtêm transformado o padrão de qualidade e controle da indústriafarmacêutica. Em breve, muitas destas exigências, hoje aplica-das a medicamentos, serão exigências também na indústria cos-mética. A busca pelas já famosas BPFC´s –Boas Práticas de Fa-bricação e Controle é caso de vida ou morte para as indústriasdeste segmento. Terceirizar estoque e distribuição, além de tudo,representa liberar espaço para o parque fabril.”

Paulo PinheiroDiretor Geral

LBB – Laboratório Brasileiro de Biologia

TREINAMENTO DE OPERADORESDE EMPILHADEIRAS

“Muito boa a reportagem ‘Empilhadeiras: Treinamento dosoperadores é fundamental’, publicada à página 4 da edição 64do jornal LogWeb. Só reforço a atenção na reciclagem voltadapara a própria operação – hoje, os cursos de formação de opera-dores são genéricos quanto ao seu conteúdo, porém cabe à em-presa promover periodicamente uma reciclagem voltada aos pro-blemas locais, focando segurança, riscos de avarias e segurançapara os pedestres. Existe hoje, também, a necessidade de umcurso voltado para as pessoas que trabalham perto deempilhadeiras.”

Mario Lucio TenórioSupervisor Comercial/Qualidade

Lark S. A. Máquinas e Equipamentos

EM AGOSTO,O “SHOWLOGISTICS”

e maneira diferente do que fazemos emoutros editoriais, vamos começar este fa-

lando da edição de agosto do LogWeb.É que ela irá conter o já consagrado cader-

no “Show Logistics”, onde destacaremos, deforma jornalística, as novidades em produtos,serviços e negócios de uma maneira ainda maisconcisa do que fazemos habitualmente, fornecen-do ao nosso leitor um amplo leque de oportuni-dades para a realização de novos negócios, alémde ampliar o seu conhecimento sobre o mercado.

As empresas que se enquadram na “pauta”do caderno podem nos enviar as informaçõesatravés do e-mail abaixo.

As interessadas em anunciar – e tambémparticipar dos benefícios que esta edição pro-porciona a todo o setor de logística – devementrar em contato com o nosso departamentocomercial.

Também é bom lembrar que a referida edi-ção irá circular nas grandes feiras do setor queacontecem em agosto.

Quanto a esta edição, de número 65, elacontinua a tradição do LogWeb de publicar ma-térias, de um lado, bastante abrangentes e, deoutro, diferenciadas.

Assim, neste número damos destaque a doiseventos: ao Transpo-Sul, relacionando alguns dosprodutos e serviços que serão apresentados noevento, e à Fispal Tecnologia 2007, com enfoquenas empresas do setor que participaram do even-to – em grande número, por sinal.

Ainda merecem destaque nesta edição, naforma de matérias especiais: as plataformas aéreasde trabalho, os VGAs – Veículos Guiados Auto-maticamente, as empilhadeiras usadas/seminovas,

as transportadoras – onde sãodiscutidas as suas novas atribui-ções – e o Ferroanel.

Wanderley G. Gonç[email protected]

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EVENTO

Transpo-Sul vaireunir váriasempresas do setor

BgmRodotec – Do segmento de tecnologia e consultoria especia-lizada em transportes, a BgmRodotec (Fone: 51 2102.0314) iráexpor na Transpo-Sul o ERP de transporte Globus, que atende amais de 400 empresas transportadoras de diversos portes.O Globus é um software composto por um conjunto de sistemasintegrados que contemplam atividades administrativas eoperacionais de empresas de transporte. Através dele é possívelcontrolar a execução de serviços preventivos e corretivos, o cus-to por quilômetro, o consumo de combustível, a folha de paga-mento, a posição do estoque, a necessidade de novas compras etoda área operacional de empresas de transporte de cargas e depassageiros. Este software tem módulo exclusivo para as em-presas de TRR - Transportador Revendedor Retalhista, cujo prin-cipal foco é a revenda de combustível, filtros, óleos lubrificantes eoutros produtos. O Globus TRR foi desenvolvido para controlar ofluxo de processos operacionais do segmento TRR, do pedido àemissão de notas fiscais e faturamento da empresa. Além disso,o Globus oferece um módulo específico para o transporte de car-gas. Trata-se do TMS - Transportation Management System, quecontempla todas as atividades das empresas de transporte decargas, atuando nos modais químicos, líquidos, secos, fracionadose encomendas, entre outros, além de possuir recursos especiaispara o transporte de cargas perigosas.

Grande do Sul, o evento exibirá os últi-mos produtos oferecidos por empresasde caminhões, pneus, carrocerias, chas-sis de ônibus, distribuidores de combus-tíveis e outros implementos rodoviários.

Além disso, também estarão presen-tes empresas de tecnologias de comu-nicação e informação para segurança,rastreamento e monitoramento dos veí-culos e os principais provedores de pro-

dutos e serviços da cadeia logística.Paralelo à feira haverá um congres-

so, que abordará, entre outros assun-tos, “Tendências do transporte elogística no Brasil, Mercosul e Euro-pa” e “A reforma tributária e seu im-pacto na cadeia logística”.

Acompanhe, a seguir, algumas dasempresas participantes e as novidadesque serão apresentadas no evento.

Aeroeletrônica - AEL –- A AEL (Fone: 51 2101.1200), dedicada aprojeto e fabricação de produtos eletrônicos nos segmentosaeroespacial, de transporte e logística, apresentará o controle defrotas Co-Piloto. Trata-se de uma ferramenta de gestão de motoris-tas que permite ao responsável da frota identificar a forma como osveículos estão sendo conduzidos, apontando, através de relatóriosvia internet, excessos de velocidade, RPM, freadas, início e fim demovimento, banguelas, etc. De acordo com a empresa, o uso efeti-vo dessa ferramenta garante a reeducação dos usuários da frotana condução dos veículos, eliminando vícios e maus hábitos, bus-cando a excelência na gestão de transportes e de pessoas.

Autotrac – Nesta 9ª edição daTranspo-Sul, a Autotrac (Fone:51 3026.1237) exibirá seustrês produtos: o Autotrac Sa-télite, indicado para empre-sas de transportes e presta-ção de serviços em campo,utilizado para comunicaçãobidirecional de dados, geren-ciamento logístico e de risco econtrole dos eventos de viagem;Autotrac Caminhoneiro, que funciona da mesmaforma, mas é indicado para os caminhoneiros autônomos; e oAutotrac Celular, lançado em 2006, que tem as mesmas funcionali-dades dos demais, porém utiliza outra tecnologia de comunicaçãode dados – por rede celular.

Ipiranga – O CTF – Controle Teleprocessado de Frotas é o siste-ma de coleta e armazenamento de dados da Ipiranga (Fone: 0800253805), concebido especialmente para que as transportadoraspossam ter o controle total sobre o abastecimento e a movimen-tação de sua frota de veículos. O sistema conta com mais de1.500 transportadoras contratadas (34.000 caminhões) e maisde 360 postos, localizados nas principais rodovias brasileiras.Neles, os motoristas encontram toda a infra-estrutura necessáriapara o melhor desempenho de suas funções: abastecimento rá-pido e com débito automático, segurança, alimentação, etc. Já oCTF Frete Digital gerencia via internet a contratação dos cami-nhoneiros autônomos, oferecendo aos usuários um serviço maissimples e automatizado, permitindo um controle eficaz das rotas,cargas e pagamentos dos fretes praticados no mercado de rodo-vias. A instalação de um terminal nos postos de serviços permiteque os motoristas se identifiquem através de suas digitais. Destaforma, as transportadoras são capazes de rastrear e monitoraras viagens.

CGI Informática – O produ-to para transportadoras da CGI

Informática (Fone: 54 3342. 3422),que será apresentado na Transpo-Sul, é

um específico ERP para o segmento, quecompreende Gestão de Fretes, Revisão, Trânsito,

Pneus, Frotas, E-Frotas e Internacional. Atende àscorporações que precisam de competitividade,

com informatização e automatização de to-dos os processos, além de englobar to-

dos os níveis operacionais, táticose estratégicos da empresa.

A 9ª Transpo-Sul – Feira e Con-gresso de Transporte e Logís-tica acontecerá de 19 a 21 de

julho próximo no Centro de EventosFIERGS, em Porto Alegre, RS. Pro-movido pelo Setcergs – Sindicato dasEmpresas de Transportes de Carga noEstado do Rio Grande do Sul e pelaFetransul – Federação das Empresas deTransporte de Carga no Estado do Rio

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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Michelin – Um dos destaques da Michelin (Fone: 0800 9709400)na Transpo-Sul será o pneu XZE2, para microônibus e cami-nhões comerciais que trafegam em percursos urbanos e subur-banos. Ele pode ser montado em todos os eixos do veículo e écomposto de borracha exclusiva de alta performance, que, se-gundo a empresa, garante maior aderência e maior quilometra-gem. Em relação ao modelo antecessor, o XZA1, o novo XZE2proporciona um aumento de até 45% em durabilidade em pri-meira vida. Já para o transporte rodoviário de carga, a Michelinapresentará o pneu XDE2, que possui maior poder de tração emelhor drenagem de água. Se comparado com o antecessor, oXT5, o novo pneu permite, em primeira vida, um rendimentoquilométrico até 20% superior. Além disso, o novo composto deborracha mais resistente à abrasão faz com que o pneu se des-gaste lentamente e de maneira uniforme. Outro destaque é anova linha de pneus de uso misto, desenvolvida especialmentepara as condições das estradas brasileiras. A Gama Y3 foi pre-parada para alternar a rodagem entre rodovias asfaltadas e es-tradas de terra, com buracos e pedras. Atende às atividadesligadas ao agronegócio, principalmente os setores de transpor-te de cana-de-açúcar, madeireiras e construtoras. Fazem partedesta gama os pneus X FORCE XDY3, XZY3 e XZH3.

Via Fácil – O Grupo STP – Serviços e Tecnologia de Pagamento,que administra o sistema de pagamento automático de pedágiosVia Fácil e Sem Parar (Fone: 0800 0150252), mostrará na 9ªTranspo-Sul sua tecnologia de radiofreqüência e as vantagenspara as empresas que adotam o sistema: integração entre rodo-vias, pós-pagamento, economia de tempo, de combustível, defreios e de embreagem, além de facilitação na gestão da frota. Aintegração entre rodovias (interoperabilidade) é obtida por meioda aceitação do sistema em pedágios de 22 concessionárias,nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Rio deJaneiro, onde os usuários do Via Fácil e do Sem Parar podempassar direto pelas praças de pedágio e pagar posteriormente. Além da economia de custos e de tempo, o sistema proporcionaoperações que facilitam a gestão das frotas: gerenciamento decustos e horários da frota, consulta a saldos e extratos por veícu-lo. As empresas ainda podem fazer análises de gastos compedágios e checar a evolução das passagens, por meio de gráfi-cos que facilitam o controle administrativo.

SEST/SENAT – O SEST – Serviço Social do Transporte eo SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Trans-porte, criados pela Confederação Nacional do Transporte- CNT, formam o SEST/SENAT (Fone: 51 3374.8080), ins-tituição que estará presente na feira divulgando o atendi-mento que realiza em suas unidades para os trabalhado-res em transporte, caminhoneiros, motoristas de transpor-te rodoviário de passageiros, autônomos, taxistas, condu-tores de ônibus escolares, além dos seus familiares. A co-munidade local também pode utilizar os serviços presta-dos pela instituição. As unidades do SEST/SENAT estãolocalizadas nas principais cidades e nas estradas, estra-tegicamente situadas em pontos de concentração de mo-toristas e caminhoneiros. O objetivo principal da institui-ção é a busca permanente da melhoria dos padrões devida do trabalhador em transporte, motoristas e do trans-portador autônomo, inclusive de seus dependentes, iden-tificando as necessidades básicas e concentrando esfor-ços para atender um maior número de trabalhadores. OSEST gerencia, executa e apóia programas voltados à pro-moção social nos campos da saúde, lazer e cultura. OSENAT promove cursos e programas destinados à qualifi-cação e ao aprimoramento profissional.

Startrade/Enpros – A Startrade Assessoria e Comércio Exterior(Fone: 41 3285.8825) e a Enpros Engenharia de Processos(Fone: 41 3014.5577) estarão juntas na Transpo-Sul apresen-tando a linha de produtos, composta, entre outros, pelo Slip-Stop e pelos softwares MaxLoad e Tops Pro. O Slip-Stop(Palletizing Slip-Stop - PLSS) é um adesivo antiderrapante à based’água usado no transporte e armazenamento de cargaspaletizadas. Ele permite a criação de um bloco estável no pro-cesso logístico, além de não afetar as embalagens, não deixarmarcas e ser atóxico. Comercializado em tambores de 20 e200 kg, o produto pode ser aplicado em qualquer tipo de materi-al (papelão, sacos de Kraft, papel-cartão impresso e verniz, sa-carias de polietileno e sacos de polipropileno e, ainda, produtosrefr igerados ou congelados), garante a segurança noarmazenamento e no transporte de todo tipo de embalagens eresulta em uma economia de 12 a 200%, comparativa ao uso dofilme stretch para a paletização de cargas. Quanto aos softwares,o Maxload Pro auxilia na organização e na disposição da cargaem qualquer tipo de veículo, permitindo ao usuário editar na telado computador as cargas, evitar a má utilização do espaço eajustar o volume da mercadoria dentro das determinaçõesfornecidas pelo software. Já o Tops Pro oferece subsídios parao desenvolvimento de invólucros, elaboração de embalagens-padrão, testes de empilhamento e aproveitamento no projetologístico conforme o modal de transporte.

Vitória Provedora Logística– Atuando no mercadodesde 1999, a Vitória Pro-vedora Logística (Fone: 513364. 6912) estará naTranspo-Sul para apresen-tar os seus serviços noramo de logística e transporte de cargas. A empresa atende omercado nacional por meio de alianças e parcerias estratégicasnos modais rodoviário e aéreo de transporte.

ZoomCar – A ZoomCar (Fone: 54 3027.6390) – representanteda Club Car, considerada uma das maiores empresas de VE´s(veículos elétricos) do mundo – possui uma linha de veículosespeciais para locação, consórcio e/ou compra. Um dos desta-ques é o modelo Carryall 6, um dos mais modernos e segurosdo mundo, conforme destaca a empresa. É um equipamentoleve, que possui grande autonomia de rodagem, aproximada-mente 140 km por carga completa de bateria. O motor é consi-derado o mais potente da categoria, com 3.75 HP, e a carroceriaé feita com polímero plástico Armoflex, desenvolvido pela ClubCar, de alta resistência e flexibilidade. O Carryall 6 é equipadocom sistema de gerenciamento eletrônico de velocidade, arran-cada e frenagem (Sistema IQ PLUS). Para a ZoomCar, os VE’stêm otimizado o deslocamento de clientes, funcionários, cargase peças, com baixos custos de manutenção e grandes resulta-dos em satisfação, modernidade e conforto.

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que cada vez mais ampliam suaparticipação como clientes deplataformas elevatórias. “É co-mum na Europa observarmos emqualquer tipo de obra sempre autilização de vários desses equi-pamentos, principalmente as cha-madas tesouras, que têm comoprincipal função a substituiçãodos andaimes”, explica o diretorgeral da Haulotte, acrescentandoque atualmente estão disponíveisno mercado de plataforma seisfamílias (ver quadro na pág. 8) emais de 50 modelos.

Quanto aos acessórios, Faria,da Terex, declara que uma gran-de gama deles pode ser acopladaa estas máquinas, dependendo doemprego de cada modelo. Algunsexemplos são: linha de energiaaté a plataforma, linha de ar e deágua sob pressão até a platafor-ma, iluminação para trabalhos

noturnos, sensores de carga e deaproximação para trabalhos nomercado aeronáutico, geradoresde energia e de solda, etc.

Maestro, da Haulotte, separaos acessórios em dois tipos.“Existem acessórios que aumen-tam os itens de segurança já in-cluídos no equipamento, comofaróis de milha, luzes giratóriasde alerta, pneus especiais, etc. Jáoutros tipos de acessórios aumen-tam a capacidade produtiva dooperador, como extensões elétri-cas, linhas de ar comprimido, ra-diadores para motores, geradorese catalisadores, entre outros.”

ASPECTOS LEGAISQuanto às leis que regula-

mentam o uso dessas platafor-mas, os entrevistados declaramque não há uma norma específi-

ca que regularize o uso destesequipamentos. No entanto, aNorma Regulamentadora 18 -Condições e Meio Ambiente deTrabalho na Indústria da Cons-trução é utilizada como referên-cia. Esta NR estabelece diretri-zes de ordem administrativa, deplanejamento e de organização,que objetivam a implementaçãode medidas de controle e siste-mas preventivos de segurançanos processos, nas condições eno meio ambiente de trabalho naIndústria da Construção.

“Há alguns meses foi deci-dido o texto que será aprovadona NR 18 para as plataformas,mas ainda está pendente da pu-blicação no Diário Oficial, o quedeve ocorrer dentro dos próxi-mos meses. Enquanto isso, asnormas e regulamentos utiliza-dos são os mesmos dos países

de origem destes equipamentos”,informa Faria, da Terex.

Maestro, da Haulotte, afirmaque a atual NR 18 é muito tími-da, se comparada às normas in-ternacionais. “Já percebemosuma movimentação da classepolítica do país empenhada ematualizar as normas de seguran-ça no trabalho, já que as normasbrasileiras estão muito defasadasquando comparadas com a ame-ricana e, principalmente, com asnormas européias, estas conside-radas mais completas e abran-gentes”, opina.

Também falando da legisla-ção estrangeira, Paulo Esteves,diretor comercial da Mills Rental(Fone: 11 2173.8685), cita asnormas americanas e canadenses,ANSI e OSHA, como referênciamundial.

EM OPERAÇÃOPara operar essas platafor-

mas, é preciso contar com pro-fissionais treinados, claro. Mas,segundo informam os entrevista-dos, esses equipamentos são defácil operação.

Faria, da Terex, diz que pri-meiramente o operador deve terhabilidades básicas para operarqualquer máquina ou equipamen-to. “Procuramos indicar pessoasque tenham carteira de habilita-ção e saibam dirigir veículosautomotores. Oferecemos treina-mentos completos de capacitação

PLATAFORMAS AÉREAS DE TRABALHO

Vários tipos paradiversas aplicaçõesArticulados, telescópicos e rebocáveis. Estes são alguns dos tipos de plataformas aéreas de trabalho, usadas paralimpeza, pintura, montagens de equipamentos e estruturas, manutenção e montagem de navios, entre outras aplicações.

De olho na segurança

O OPERADOR DEVE:

▲ Operar em distância segura deredes elétricas;

▲ Estar atento a sua volta enquan-to operar o equipamento, obser-vando todas as interferências àmedida que sobe a lança;

▲ Isolar a área onde realizar o tra-balho com o equipamento;

▲ Respeitar as lei locais e utilizaros EPIs indicados para a regiãoonde será executado o trabalho,como, por exemplo, cinto de se-gurança, capacete, óculos deproteção, luvas, botas e outros;

▲ Estar atento aos deslocamen-tos, à capacidade de carga eaos limites de altura, entre ou-tros fatores;

▲ Ter certificação de treinamentodo operador fornecida pelo fabri-cante ou parceiro homologado;

▲ Atentar para a inspeção e amanutenção preventiva da má-quina.

A s plataformas aéreas detrabalho são equipamen-tos utilizados em ativida-

des realizadas em altura. “Emtodo trabalho executado em altu-ra acima de 4 m devem ser utili-zadas estas plataformas.” É o quediz Gustavo Faria, gerente geralda América do Sul da Terex LatinAmérica (Fone: 11 4062.5600).Ele aponta que atualmente, noBrasil, diversos setores já adota-ram estes equipamentos. Dentreestes, estão:

a) Manutenção industrial epredial (indústrias, shoppings,teatros, supermercados, estádios,hospitais, etc.): limpeza, pintura,troca de lâmpadas, adequação deinstalações elétricas, hidráulicas,de ar condicionado e sistemascontra incêndio, recuperação es-trutural e outras.

b) Construções industriais:montagens de equipamentos eestruturas, etc.

c) Eventos: para elevar pes-soas até determinados palcos oucarros alegóricos, montagem depalcos e estruturas destes even-tos.

d) Estaleiros Navais: manu-tenção e montagem de navios.

Além desses, André Amaral,diretor da W Rental PlataformasElevatórias (Fone: 51 3022.6050), cita usos das plataformasaéreas de trabalho em inspeçõesde qualidade e até em conferên-cia de estoques, entre outros.

Angel Maestro, diretor geralda Haulotte Group (Fone: 114208.4206), acredita que não hálimites para a utilização de pla-taformas elevatórias. De acordocom ele, as indústrias são gran-des utilizadores. Num contextomais abrangente, as empresasmultinacionais também são gran-des usuárias, que já têm comonorma interna na segurança dotrabalho a utilização destes equi-pamentos para trabalhos em al-tura. E também as construtoras,

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 7EDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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de operadores e emitimoscertificados de capacidadetécnica”, diz.

Quanto à instrução,Amaral, da W Rental, de-clara que o operador deve-rá ser treinado por instru-tor credenciado junto aofabricante de plataformas.Ele explica que no treina-mento, que pode ser práti-co ou teórico e prático, édemonstrado tudo que serefere à utilização do equi-pamento, suas caracterís-ticas, forma de operar, cui-dados quanto ao equipa-mento e área de trabalho,limites do equipamento everificações diárias quedeverão ser feitas antes dautilização das plataformas.Normalmente estes treina-mentos têm validade deum ano.

Já para Esteves, daMills Rental, os operado-res precisam ser treinadose reciclados a cada 6 me-ses. “Como a operação émuito simples, o próprioprofissional que realiza atarefa pode ser treinado eoperar o equipamento comsegurança e agilidade”,acrescenta.

Maestro, da Haulotte,complementa que o treina-mento pode ser dado, tam-bém, por algum parceirohomologado pelo fabri-cante, “para que ele tenhaa real noção do sistema deoperação, bem como todaa segurança necessáriapara o bom desempenhodo equipamento”.

Segundo ele, como oscomandos são de fácilassimilação, explicadosprincipalmente de formalúdica através de desenhosde fácil interpretação, nãoé necessário que o opera-dor tenha um grau mínimode escolaridade para ope-rar as plataformas.

8REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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Tipos de plataformas aéreas de trabalho*

Mastros Verticais: .... usados para a realização de trabalhos de manuten-ção em interiores a alturas de até 12 m. Possuemalcance horizontal, o que facilita a transposição deobstáculos e dimensões reduzidas, ajustando-se apequenos espaços, passando facilmente por portasde tamanho padrão.

Tesouras: .................. também conhecidas como elevadores pantográficos,são utilizadas em locais que necessitam de uma am-pla superfície de trabalho e pesos mais elevados. Pos-suem variações para trabalho interno (motor elétri-co, pneus não marcantes e sólidos, etc.) e externo(motor a diesel, pneus todo terreno e preenchidos,etc.). São mais utilizadas em trabalhos de manuten-ção e limpeza, instalação (elétrica, hidráulica, incên-dio, ar condicionado, etc.), montagens estruturais ecoberturas, manutenção de pipe racks e outros. Al-cançam alturas entre 6 e 18 m e têm capacidade decarga de até 680 kg. São equipamentosautopropelidos, considerados fáceis de operar, e dis-tribuídos em modelos para andar sobre piso acaba-do, nivelado e para todo terreno.

Articuladas: .............. a característica marcante deste tipo de equipamentoé sua lança articulada que permite a transposiçãode difíceis obstáculos, facilitando ao usuário uma per-feita posição para proceder com o trabalho a alturasque podem variar de 12 a 41 m. O operador, mesmoà mais alta elevação permitida por essas máquinas,pode se deslocar, a uma velocidade de segurança,para buscar o melhor local para proceder com o tra-balho, sem depender de agentes externos. São dis-poníveis nas versões para trabalhos internos (moto-res elétricos, pneus não marcantes) ou externos (mo-tor diesel, pneus todo terreno e sólidos). Possuemcapacidade de carga restrita de até 454 kg e sãoutilizadas em trabalhos de pintura, manutenção in-dustrial, montagens eletromecânicas e onde existadificuldade de acesso.

Telescópicas: ........... são equipamentos autopropelidos, com mastros te-lescópicos e de grande alcance horizontal, especial-mente destinados ao setor da construção. Possuemlança telescópica que pode atingir alturas entre 4 e43 m, exclusivamente para trabalhos externos, comomontagens industriais e trabalhos portuários. Geral-mente, são equipamentos de maior porte e somenteoperam com motores a combustão.

Elevadores Pessoais: São plataformas para uso individual, seguro, de fácilutilização, não propulsados e de fácil transporte ma-nual, que substituem escadas para manutenção emalturas que variam de 8 a 14 m. Possuem sistemahidráulico automático alimentado por baterias ouconectado diretamente a uma fonte de energia elé-trica, para realizar a elevação do operador mecani-camente. Servem basicamente para manutenção in-dustrial e predial. São considerados portáteis e defácil manuseio.

Rebocáveis: .............. Usadas tanto no exterior, para trabalhos em edifíciose fachadas, como em interior, em particular sobrepisos frágeis que suportam baixas capacidades decarga. Estas plataformas não são autopropelidas, pre-cisando ser rebocadas até o local onde serão reali-zados os trabalhos. São dotadas de um sistema hi-dráulico automático, alimentado por baterias, pararealizar a elevação do operador mecanicamente, atin-gindo alturas de até 26 m.

* As plataformas elétricas são indicadas, normalmente, para uso em terre-nos nivelados e pavimentados, sendo que em terrenos desnivelados e nãopavimentados utiliza-se as plataformas com motor a combustão.

LOCAÇÃOAs plataformas aéreas de tra-

balho também podem ser locadas?“Na verdade, na maioria das ve-zes, estes equipamentos são loca-dos, pois o tempo que se utilizaestas máquinas é proporcional-mente pequeno, por volta de 3 me-ses”, declara Faria, da Terex.

Conforme explica, locando-seas plataformas tem-se virtualmen-te uma frota de todos os modelosdisponíveis. “As empresas somen-te adquirem plataformas nos ca-sos onde o emprego é freqüente eapenas um modelo resolve o pro-blema”, declara.

Faria aproveita para salientaro crescimento e a padronizaçãodeste mercado nos últimos anos.Segundo ele, tem havido uma evo-lução da frota brasileira bastanteacentuada, confirmando a tendên-cia de maior utilização destes equi-pamentos. Hoje – acrescenta – épraticamente impossível não seencontrar plataformas em obras degrande porte, bem como em em-presas multinacionais. O gerentegeral da América do Sul da Terexdestaca que os setores de minera-ção e petróleo já impõem aos seusprestadores de serviço que façama utilização das plataformas emqualquer que seja o trabalho aé-reo. Com isso, máquinas de gran-de porte estão sendo importadasem grandes quantidades. “Atémesmo alguns empreiteiros têm

adquirido plataformas diretamen-te, para não ficarem sem máqui-nas quando mais precisarem. So-mente este ano, acusamos a entra-da de três grandes empresas noramo de locação de plataformas,que se estabelecerão rapidamen-te”, diz.

Amaral, da W Rental, acres-centa que a maioria das platafor-mas é de propriedade de locado-res, pois são equipamentos quedemandam altos investimentos.“Além disto, existe uma diversida-de de modelos, podendo em ummesmo local se ter a necessidadede várias plataformas de modelo,característica e altura de trabalhosdiferentes”, diz.

De acordo com ele, a vanta-gem das empresas locarem osequipamentos é que manutençãopreventiva e corretiva, treinamen-tos, estoque de peças para manu-tenção e responsabilidade técnicapelo equipamento são do locador,bem como o fato de o custo da lo-cação poder ser lançado na empre-sa como despesa. Para o diretor daW Rental, a locação dependerá danecessidade da companhia queutilizará, podendo ser de um diaaté contratos anuais.

Por sua vez, Maestro diz que aHaulotte é fabricante de platafor-mas e, no Brasil, é responsávelpelas vendas dos equipamentos.Além disso, conta com parceirosfocados na locação desse tipo deequipamento em todo o país. “Omercado de locação de platafor-mas elevatórias tem despontadocomo um grande negócio, estan-do longe do excesso de oferta fren-te a um mercado cada vez maiscrescente por este tipo de equipa-mento”, analisa.

Já a Mills Rental aluga e ven-de plataformas JLG. “O cliente éatendido pela área comercial queavalia a necessidade do serviço aser executado, para locação domodelo de plataforma adequado,sendo assistido por técnicos daempresa em todo o período de lo-cação”, diz o diretor comercial daprópria. ●

Notíciasr á p i d a s

Abrange Logísticafaz investimentosNos primeiros cinco meses de2007, a Abrange Logística (Fone:19 2106.8100) investiu cerca de2,5 milhões de reais entre equipa-mentos e armazéns, o equivalen-te a 91% do investimento realiza-do durante o ano passado. A pro-jeção para o segundo semestre éque o investimento chegue a 7,9milhões de reais, o que corres-ponde a uma expectativa de cres-cimento de 37% no ano. A Abran-ge atua no mercado desde 1986como empresa especializada emlogística e, além da gestão da ope-ração sob sua responsabilidade,também oferece serviços de arma-zenagem, transporte e locação deequipamento de movimentação.Com abrangência nacional, atuanas principais capitais do país,como São Paulo, SP, Rio de Janei-ro, RJ, Salvador, BA, Vitória, ES, eJoão Pessoa, PB.

Saur incentivainvestimentos nomeio ambienteA Saur (Fone: 11 2148.1012), fa-bricante de equipamentos paramovimentação de cargas, atuan-do no segmento industrial (equi-pamentos para empilhadeiras),florestal (gruas acopláveis em tra-tores e caminhões para movimen-tação de toras de madeira), auto-motivo (plataformas para elevaçãode ônibus e caminhões) e agrícola(coletores e plataformas para des-carga de granéis) faz parte do gru-po de empresas que compõem oCTLI – Centro Tecnológico deLogística Integrada, instalado emSão Paulo, SP. A cada dois meses,o CTLI, em conjunto com um dosassociados, promove um eventopara o qual são convidados clien-tes e parceiros de negócios quetêm a oportunidade de assistir auma palestra sobre os mais diver-sos temas. A Saur, integrada aosassuntos mais atuais, levou aoCTLI, no dia 16 de maio último,Marco Antonio Fujihara, do Insti-tuto Totum. Ele realizou uma pa-lestra técnica sobre “Crédito deCarbono”, apresentando dadosque mostraram as diversas opor-tunidades que existem para avenda destes créditos, haja vistaque algumas empresas brasileirasjá tiveram a oportunidade decomercializar seus créditos.

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 9EDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

J O R N A L

NefabEmbalagens temnovo presidenteA Nefab Embalagens (Fone:11 4785.5050) está comnovo presidente, MarceloGarcia Gaspar, anteriormen-te responsável pela áreacomercial e de suporte téc-nico da empresa. Gasparsubstitui Marcus DanielAndersson, que estava hátrês anos na função, e agorapresta serviços na unidadeque o grupo está instalandona cidade de Pequim, naRepública Popular da China.

Global Techopera comcargas secas erefrigeradasHá mais de 6 anos no mer-cado brasileiro, a Global Tech(Fone: 11 6641.6338) atuana distribuição de cargas se-cas e refrigeradas com frotafracionada e dedicada. Osserviços incluem transporte,armazenamento e adminis-tração de estoques, além deretirada da matéria-prima ouproduto acabado, etique-tagem, armazenagem e ad-ministração de estoque,processamento e prepara-ção de pedidos, inventárioscontínuos do estoque cominformações em tempo real,emissão de documentos,distribuição física e serviçosde entregas urgentes, entreoutros. É especializada nadistribuição de medicamen-tos e cosméticos em um sitededicado, onde trabalha comgrandes distribuidores eatende, também, toda a redede pronto-socorros (UBS) domunicípio de São Paulo, efe-tuando mais de 200 entregassemanais só na rede públi-ca de saúde. Em outro site,desenvolve operações dedistribuição de produtos dogênero alimentício, com car-gas secas e refrigeradas.

Envie suas opiniões,sugestões e críticas para

o jornal LogWeb:[email protected]

10REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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Para marcar sua entrada nes-te setor, está apresentando umasolução considerada inovadorapara movimentação vertical decargas, a linha Spiral Veyor.

Segundo Daniel Mayo, dire-tor da empresa, “trata-se de umasolução que permite a movimen-tação vertical de cargas, garantin-do um alto fluxo de mercadoriasem um mínimo espaço. Fabrica-do pela holandesa Ambaflex,considerada líder em soluçõespara o setor de alimentos e bebi-das, o produto chega ao Brasilatravés de uma parceria de dis-tribuição exclusiva entre as duasempresas”.

A linha Spiral Veyor é dividi-da em três famílias: SV, SVX-DLe SVM.

O Spiral Veyor SV é um trans-portador que eleva cargas emsentido espiral, atendendo àsmais diversas necessidades téc-nicas, além de não possuir as li-mitações de equipamentos alter-nativos, como transportadores in-clinados e elevadores de carga,conforme diz Mayo. “O sistemaé capaz de atender ao alto fluxode um transportador, associado aum compacto elevador, movi-mentando até 150 produtos porminuto, como caixas e pacotes”,explica.

Já os modelos SVX-DL eSVM foram desenvolvidos paraatender às necessidades e deman-das específicas de cada cliente.“O SVX-DL atende aos altos flu-xos e acompanha a nova geraçãode empacotadores de alta veloci-dade e pista dupla. O diâmetro éde aproximadamente 3 m e podeelevar cargas a uma velocidadesuperior a 300 pacotes por minu-to. O Spiral Veyor SVM é a gran-de novidade no segmento detransportadores helicoidais, sen-do multifuncional e ideal paragarrafas e latas não embaladas.Permite movimentar itens sepa-radamente para cima ou para bai-xo, podendo inclusive acumulá-los. É equipado com esteira de100 a 500 mm de largura –opcionalmente pode chegar a800 mm. Ideal para garrafas elatas, dispõe de superfície lisa eestável”, completa o diretor. ●

DISTRIBUIÇÃO

Truckweb fornecetriciclos montadosa partir de motos

são lentas e complexas e inevita-velmente acabam criando algumtipo de restrição ao tráfego, es-pecialmente de veículos utilitá-rios maiores.”

A análise é de Álvaro S. Cos-ta Jr., diretor da Truckweb (Fone:11 6128.599), e visa apresentarum veículo utilitário alternativo,o triciclo Fusco-MotoSegura,“que vem a ser uma resposta an-tecipada e adequada a uma futu-ra demanda operacional que vaise configurando desde já”.

Trata-se de um triciclo mon-

tado a partir de motos CG Cargoe CG Titan ano de 2001 em dian-te, CG 125 Fan anos 2005 e 2006,CG150 KS, ES e ESD de 2004 emdiante, sem sofrer alterações drás-ticas na sua estrutura original.

“Batizada como MotoSegura,a invenção é bastante atraentepara o comércio, como distribui-doras de gás e rede de supermer-cados. É homologada peloInmetro - Instituto Nacional deMetrologia, Normalização e Qua-lidade Industrial, o que garante aregularização do documento jun-to aos Detrans, e conta, ainda, comfinanciamento em até 36 vezes,pelo BNDES - Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico eSocial”, diz o diretor.

Ele também informa que es-tão disponíveis seis modelos deMotoSegura: baú térmico, baúcom gaveta, baú básico para até1 m3, gás (com capacidade para7 botijões), caçamba e platafor-ma, apresentando capacidadepara 8 caixas de cerveja ou 10garrafões de água. Toda a linhatem capacidade para 250 kg, e oconsumo é praticamente o mes-mo de uma moto convencional:25 quilômetros por litro.

“Algumas empresas já adota-ram o triciclo em suas operaçõesde distribuição, como é o caso doPão de Açúcar e da ChicletesAdams, entre outras”, completaCosta Jr. ●

A o estudar os complexostemas abastecimento,transporte e distribuição

urbana de cargas, identificamostendências conflitantes que, mui-to em breve, poderão trazer no-vas exigências à configuração dasfrotas, alterando, assim, o seuperfil, a fim de garantir a opera-cionalidade e a agilidade neces-sárias nas entregas. De um lado,o crescimento do comércio ele-trônico, entre outros fatores con-correntes (segurança), aumenta ademanda por entregas rápidas ecada vez mais fracionadas, espe-cialmente em regiões metropoli-tanas. Por outro lado, nessas re-giões o trânsito já é um proble-ma social e não apenas de tráfe-go, cada vez mais grave e com-plexo, com inúmeras implicaçõese de difícil solução. Em geral, assoluções, quando encontradas,

TRANSPORTE INTERNO

Solução da Linx:movimentaçãovertical de cargas

C omo parte da estratégiade expansão dos seusnegócios, a Linx Logís-

tica (Fone: 11 2103.2400), estáingressando no setor de alimen-tos e bebidas para indústrias, dis-tribuidores e varejistas.

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 11EDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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TRANSPORTE

Fibralit produz laminados paracaminhões baús com tecnologiaantimicrobiana

uma ação contínua contra os prin-cipais microorganismos que de-gradam alimentos e podem cau-sar contaminações e maus odores.

“Inibindo o crescimento debactérias e fungos, a ação anti-bacteriana dura por toda a vida dos

produtos, minimizando os riscosde contaminação cruzada e redu-zindo os biofilmes (as superfíciesficam mais fáceis de limpar), man-tendo a aparência de novas pormais tempo”, informa a assesso-ria de imprensa da Fibralit, desta-

cando que a proteção não eliminaos procedimentos normais de lim-peza, mas é um importante com-plemento à higiene.

Os aditivos Microban® são osúnicos no mundo certificados pelaagência de saúde norte-americanaNSF – National Sanitation Foun-dation para o uso em contato se-guro com alimentos. Possuemingredientes aprovados pelo FDA– EUA (Food and Drug Adminis-tration) e testes de segurança paracontato com alimentos pelo Co-mitê Científico para Alimentos(Scientific Committee on Food),na Europa, além da eficiênciacomprovada em diversos labora-tórios independentes no mundo.Alguns produtos de seus parcei-ros são registrados na Agência deProteção Ambiental (EPA -EUA). ●

A frota que atende a indús-tria alimentícia conta ago-ra com proteção antibac-

teriana no revestimento dos cami-nhões-baús no transporte de pere-cíveis, reduzindo os riscos de con-taminação dos alimentos.

É que, recentemente, a Fibralit(Fone: 19 2136.4000), que fabri-ca laminados planos de altodesempenho para revestimentosde caminhões e também para sa-las de processamento de alimen-tos, buscou uma solução para osetor e incorporou em seuslaminados a proteção antimicro-biana da Microban®. Através daparceria entre as duas empresas, aproteção antibacteriana é incorpo-rada no momento da fabricaçãodos revestimentos, permanecendoativa ao longo de toda a vida útildo revestimento, apresentando

Notíciasr á p i d a s

Embragen adotasoluções da SisplanA Embragen - Empresa Brasilei-ra de Armazéns Gerais eEntrepostos instalou soluções daSisplan Processamento de Da-dos (Fone: 11 4221.1844) para ogerenciamento de seu portoseco, localizado no bairro doJaguaré, na capital paulista. Ossistemas escolhidos foram oSISEADI - para gestão do portoseco - e o SISDAC, específicopara empresas que operam noregime de exportação DAC - De-pósito Alfandegado Certificado.Também está sendo instalado oSISWMS, para gerenciamento deseu armazém geral. A Embragencalcula que a implantação des-sas soluções incremente a pro-dutividade em até 40%.

Rodo Líneadesenvolveequipamentos parao transporte decana inteira oupicada

A Rodo Linea (Fone: 41.2105.7000) possui uma ampla li-nha de implementos para o trans-porte de cana inteira ou picada.Segundo o diretor-geral da em-presa, Fernando Gabel, estãodisponíveis Reboques Cana In-teira com capacidade de carga de24 toneladas, equipados comsuspensão balancim, eixostubulares integrais, sem solda esuporte de molas com esfregasubstituível. Também há versõesdo Reboque Cana Picada Chas-sis Central com capacidadevolumétrica de 99 m3. Além dosmodelos canavieiros, a empresaoferece ampla linha de produtos:bitrem graneleiro e carga seca,semi-reboques de três eixos, por-ta-contêineres de 20 e 40 pés,Rodo Sider, furgão, basculante,tanques, semi-reboque multiuso(carga seca, bobineiro e porta-contêiner em um só modelo) ecarreta carrega-bloco (mármoree granito).

12REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

Veículos guiadosautomaticamente:tecnologia sem conduçãoUsados em ambientes industriais e para operações onde o ciclo de trabalho é sempre o mesmo durante os turnos, estes equipamento s dispensam ocondutor, são flexíveis, demandam pouca manutenção e possuem capacidade de carga bastante variável.

corredores com pessoas e empi-lhadeiras e se adaptarem a mu-danças de trajeto. Além disso, sãoflexíveis, demandam pouca ma-nutenção e possuem capacidadede carga bastante variável.

Podem ser guiados por fioindutivo no piso, que transmiteuma corrente de determinada in-tensidade e freqüência; fita mag-nética, com circuito constituídopor uma banda metálica fixada nopiso; por meio óptico, pelo qualo veículo percorre uma linha nopiso mediante um dispositivoóptico de detecção nele instala-do; e a laser, que varre o espaçoem busca de referência para amovimentação do veículo.

Suas aplicações mais comunssão em transporte de materiaispara linhas de produção e almo-xarifado, como diz Maria Mar-ques, gerente comercial daAutomatec – Automation Inter-national do Brasil (Fone: 115511.3818).

Norival Geraldo Capassi, ge-rente para América Latina da BTdo Brasil (Fone: 11 4533.7877),

aponta que essas máquinas sãoperfeitas para operações repeti-tivas, onde o ciclo de trabalho ésempre o mesmo durante os tur-nos, e ideais para uso em am-bientes industriais, como em in-dústria automobilística, de auto-peças, de alimentos, componen-tes eletrônicos, etc.

Fernanda Sampaio, gerenteda Automação e Robótica da

Efacec do Brasil (Fone: 11 5591.1999), concorda com as aplica-ções em diversos segmentos in-dustriais, e cita outros exem-plos: indústrias têxteis, de papel,iluminação, de bens de consumo,peças de reposição, tabaqueiras,cosméticos e farmacêuticas.

“Quando se tem um trajetodefinido dentro da fábrica, e épreciso transportar qualquer tipo

de material de um ponto A paraum ponto B, é possível a aplica-ção de um ou mais AGV´s”,acrescenta.

Na lista de Felipe Hoffmann,diretor da ISA do Brasil (Fone:47 3027.7773), incluem-se as se-guintes aplicações:

▲ Movimentar cargas entreetapas de produção (células deprodução);

▲ Realizar abastecimentosde linha de montagem, principal-mente com AGV´s rebocadores;

▲ Servir como a própria li-nha de montagem, ou seja, o pro-duto é montado sobre o AGV, quese desloca entre as estações detrabalho;

▲ Movimentar produtos en-tre o final de linha e a armazena-gem e desta para o despacho;

▲ Ser utilizado em conjun-to com transelevadores, interli-gando a saída dos mesmos como destino da mercadoria.

Para Hoffmann, atualmente,com um custo bem mais acessí-vel que no passado, aumenta-se

A GV - Automated GuidedVehicle ou VGA - Veícu-lo Guiado Automatica-

mente refere-se a equipamentossem condutores usados para mo-vimentação a pequenas ou gran-des distâncias, podendo melho-rar os tempos de resposta na mo-vimentação interna de materiais.

Desenvolvidos para receber eexecutar instruções, seguir umcaminho e aceitar e distribuirmateriais, esses veículos têmcomo vantagens se adequarem aáreas apertadas, dividirem os

TIPOS DE VEÍCULOSAUTOMATEC

Fornece AGVs com sistema de guiaindutiva, mono e bidirecionais, rebo-cadores e transportadores (carregamo material sobre eles).A empresa tem como novidade osmodelos com um sistema de guiaindutiva mais preciso e velocidadeconstante, independente da variaçãode carga a ser transportada. Possuimodelos de 500 até 4.000 kg e AGVscom rádio modens e sistemassupervisórios para o usuário acom-panhar todo o trajeto dos veículos.

BTOferece a BT LAE240, paleteira elétrica digitalcom sistema AGV e computador de bordo queconsiste em paleteira digital standard produzidapela BT, adicionando-se kit de espelhos dedirecionamento, computador de bordo (sistemateaching), sensores de proteção (antiatro-pelamento ou colisão), scanner de leitura de es-pelhos, com capacidade de carga em diversostipos de ambientes de até 2.400 kg; e o BTSAE140, empilhador stacker digital com sistemaAGV e computador de bordo que consiste igual-mente em uma empilhadeira com o mesmo kitde movimentação automática da LAE240.

EFACECFornece AGV´s de plataforma estáticaou com elevação; transportadores in-corporados (correntes, roletes ou telas);garfos e mastros telescópicos; e mono-carga ou multicarga. Como novidade,a empresa possui dois modelosstandards de AGV´s. O primeiro delesé conhecido, também, como RGV - RailGuided Vehicle, ou seja, é um veículoautomaticamente guiado através de tri-lhos. O segundo é conhecido comoLGVs - Laser Guided Vehicle, veículosguiados através de laser.

ISASempre fabricou AGVs sob encomenda, projetados especi-ficamente para a carga a ser transportada. Hoje, mantémduas linhas: AGV´s especiais, também sob medida; e AGV´sseriados, que surgiram da idéia de transformar veículos elé-tricos de mercado em AGVs. Desta forma, a empresa fezuma parceria com a Skam Empilhadeiras, da qual recebepaleteiras, rebocadores e empilhadeiras sem a parte elétri-ca/eletrônica e inclui a tecnologia de AGVs, utilizando umamecânica pronta. Outra novidade salientada é a capacida-de das paleteiras e empilhadeiras. Além de se locomoveremsozinhos (automaticamente), agora também são capazesde manobrar em frente à carga e executar o procedimentode carga ou descarga do produto automaticamente.

Capassi, da BT: os AGVs, nessesanos que seguirão, serão apróxima “onda” de revolução

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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o leque de aplicações destesveículos. “Em geral, toda a mo-vimentação de cargas feita deforma manual, que utiliza veí-culos elétricos e onde se vejaum ganho na automatização doprocesso – aumentar a produ-tividade, a qualidade e a segu-rança e diminuir custos commão-de-obra – é uma ótima apli-cação para um AGV”, opina.

Como nova aplicação,Capassi, da BT, destaca a ope-ração que a empresa realiza nafábrica de Curitiba da Volvo doBrasil, onde uma paleteira comsistema AGV movimenta blo-cos de motores de forma 100%automática entre várias esta-ções de retrabalho, “destemodo, customizando os recur-sos humanos para outras áreasonde a mão-de-obra humanaseja imprescindível”, declara.

Já a Efacec, como dizFernanda, trabalha com AGV´scom capacidade para até 6.000kg, o que revela uma nova apli-cação desses veículos dentro daempresa.

Hoffmann, da ISA: existe umgrande mercado para serexplorado pelos AGVs

PERSPECTIVASQuanto às perspectivas de

mercado a respeito destes veí-culos, Maria, da Automatec,acredita que há um potencialmuito grande para esse tipo deaplicação, porém ainda existemalguns problemas de culturainterna das empresas relaciona-dos à aceitação deste tipo deequipamento.

14REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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Fernanda, da Efacec, tambémfala de potencial. “É muito co-mum encontrar um equipamentodeste em empresas européias,mas o mercado brasileiro – ape-sar de haver diversas empresasque utilizam esta tecnologia –tem um grande potencial de cres-cimento que deveria ser maisexplorado. Um veículo automati-camente guiado não é um equipa-mento barato, mas é consideradoum investimento em médio prazodevido às suas vantagens”, diz.

Hoffmann, da ISA, acreditaque existe um grande mercadopara ser explorado pelos AGVs,pois com a tecnologia atual con-seguiu-se trazer as aplicações deAGV também para patamares de

investimentos onde as empresasde médio porte podem se benefi-ciar, ao contrário do passado,quando apenas as grandes empre-sas mundiais investiam em apli-cações com AGV.

“Um grande desafio no mo-mento é conseguir não somentedivulgar, mas também informaraos possíveis usuários o que éeste produto AGV, como diferen-ciar um AGV de alta e baixa qua-lidade, como aplicar corretamen-te a solução AGV para efetiva-mente obter resultados positivosdo mesmo”, declara.

Na opinião de Capassi, da BT,o Brasil, assim como a AméricaLatina, de forma geral, conta comum parque mínimo de AGVs.

“Porém, não devemos nos esque-cer que, assim como a robóticaveio nos anos 80 para automa-tizar e proporcionar maior com-petitividade e segurança a diver-sos segmentos da indústria, osAGVs, nesses anos que seguirão,serão a próxima ‘onda’ de revo-lução, desta vez no segmento delogística, que é a próxima fron-teira de redução de custos na In-dústria”, conta.

Além disso, faz questão desalientar que a empresa foi a pri-meira na América Latina a insta-lar uma paleteira AGV com com-putador de bordo incorporado,justamente por acreditar no cres-cimento – mesmo que moderado– deste mercado.

LGV - VEÍCULOGUIADO A LASER

O LGV - Laser GuidedVehicle, uma versão avançadados carros AGV, é um carro auto-mático com guia laser que temmuitas vantagens com relação aoAGV. É o que explica Nèstor OmarDieguez, gerente comercial daCassioli Brasil (Fone: 11 4525.1001), fabricante deste tipo deveículo.

“É indicado para movimenta-ção em ambientes industriais e dis-pensa operadores, uma vez que éguiado por um laser instalado nasua parte superior e gerenciadopor um sistema computadorizado,baseado na tecnologia Laser Way,da sueca NDC”, detalha.

De acordo com ele, esses ti-pos de veículos são aplicados emtodos os segmentos, a única exi-gência é que o local onde oLGV for transitar tenha o piso emboas condições. “As linhas dopercurso são programadas combase em um layout em AutoCadou similar, formando uma espéciede mapa de orientação. Estetraçado pode ser modificado aqualquer momento”, declara.

Dieguez acrescenta que a se-gurança é complementada porscanner de área e bumpers, quedetectam a presença de corpos

estranhos no raio de ação do LGV,fazendo-o parar quando necessá-rio. Caso seja necessária umaintervenção manual, há um tecla-do e uma botoeira a bordo que pos-sibilitam acionar os comandos demarcha de movimentação de car-ga. Além disso, o LGV não utilizaguias fixadas no piso, o que dis-pensa qualquer tipo de obra civil ediminui sensivelmente os custos deinstalação, segundo o gerentecomercial.

A respeito das perspectivas demercado, o gerente da Cassioliavalia que são excelentes, uma vezque existe uma grande demandaem vários setores por soluçõesespecíficas para movimentação. ●

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 15EDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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Lanin fornececodificadorautomáticoEntre os produtos forneci-dos pela Lanin (Fone: 113906.7381) está o codi-ficador automático Modul-Print, da Zanasi, para im-pressão de alta resoluçãoem caixas de papelão. Elepode armazenar mensa-gens contendo textos, có-digos de barras, contado-res, datas/validades emtempo real e logotipos. E,ainda, pode ser expandi-do de acordo com a ne-cessidade: o limite é 16 ca-beças de impressão utili-zando qualquer combina-ção de cabeças de alta re-solução e cabeças porpontos.

Balanças são asespecialidadesda NavarroA Navarro (Fone: 116901.1895) fornece váriostipos de balanças. As parapesagem em ponte rolan-te são encontradas nosmodelos BGE e BGB. ABGE é composta por umacélula de carga digitali-zada e uma placa CPU,além de suportar 200% dacapacidade nominal doequipamento. A BGB apre-senta célula de carga, ba-terias e sistema de susten-tação formando uma úni-ca peça e tem capacida-des de 60 a 10.000 kg. Am-bos os modelos possuemuma bateria interna recar-regável que elimina a ne-cessidade dos cabos deenergia e proporciona mo-bilidade total do equipa-mento. Já as balanças deplataforma, encontradasem quatro modelos, sãofabricadas de aço carbo-no ou aço inox e têm ca-pacidades de 3 a 3.000 kg.Outro destaque é o siste-ma de pesagem e conta-gem em um único carropaleteiro, que possibilitaao usuário pesar e contaros produtos. A capacida-de de carga varia de 10 a1.500 kg.

Notíciasr á p i d a s

16REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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Rio de Janeiro

CASAS BAHIAINAUGURA CDEM DUQUE DECAXIAS, RJ

A Casas Bahia (Fone: 0800 8888008), lídernacional no setor varejista de eletrodomésticos,eletroeletrônicos e móveis, inaugurou, em junhoúltimo, o seu Centro de Distribuição em Duque deCaxias, RJ, que substituirá o atual em funciona-mento localizado no bairro da Pavuna. O novodepósito recebeu investimentos de R$ 120 milhõese gerou 1.800 empregos diretos e 300 indiretos.Parte desse contingente foi recrutado na região. Aoutra parte veio transferida do armazém agoradesativado.

O CD de Duque de Caxias irá abastecer asfiliais no Rio de Janeiro, região leste de Minas Ge-rais e o Espírito Santo, anteriormente atendidaspelo depósito da Pavuna. Está instalado em terre-no de 500 mil m2, com 180 mil m2 de áreaconstruída e capacidade de armazenagem de 140mil m2. O depósito irá movimentar cerca de 420veículos para expedição de produtos e 100 carre-tas de recebimento de mercadorias dos fornecedo-res, diariamente.

A previsão é que sejam realizadas uma médiade 300 mil entregas/mês. “O novo depósito vainos dar condições de armazenagem, expedição,recebimento e operações internas melhores do queas que temos hoje. O CD tem estrutura para su-portar o volume atual e aumentar em até 50% asnossas operações. Além disso, a construção do arcorodoviário tornará mais fácil o recebimento demercadorias por parte de nossos fornecedores, oque agilizará ainda mais a qualidade de atendimen-to das nossas entregas, principalmente nas cida-des fluminenses e em toda a Baixada”, afirmaMichael Klein, diretor executivo da rede.

Com 90 filiais no Estado do Rio de Janeiro, aCasas Bahia mantém uma frota própria, compostapor 2.254 veículos pesados, responsável por reali-zar o abastecimento das lojas e a entrega direta nacasa dos mais de 26 milhões de clientes da rede.

A Casas Bahia possui outros seis Centros deDistribuição localizados em Jundiaí, Ribeirão Pretoe São Bernardo do Campo, todos em São Paulo,além de em Betim, MG, São José dos Pinhais, PR,e Campo Grande, MS. Também conta com outroscinco entrepostos: Goiânia, Brasília, Maringá,Porto Alegre e Itajaí. Hoje, a capacidade total dearmazenagem da Casas Bahia, nos seus depósi-tos, é de 7,4 milhões de m3. ●

COMÉRCIO EXTERIOR

Grupo MultiadministraPorto Seco no RS

A Multi Armazéns,administradora doPorto Seco de Novo

Hamburgo, RS, é um núcleode serviços aduaneiros ondese processam as etapas ini-cias e finais das operaçõesde comércio exterior.

Considerada a primeiraestação aduaneira privadado Estado, a empresa estálocalizada em uma áreaalfandegada de 106.000 m²,onde possui 11 armazéns,contando com monitora-mento 24 horas de todas asmercadorias, docas para car-ga e descarga, áreas dedi-cadas, pátio automotivo, pá-tio de contêineres, estruturae know-how em armazena-gem de produtos químicos einflamáveis, além de estrutu-ra completa para acondicio-nar cargas especiais e equi-pamentos hospitalares.

Para a área alimentícia, aMulti Armazéns conta comum escritório permanente doMinistério da Agricultura emsuas instalações, favorecendoa análise das condições dasmercadorias tanto na áreaanimal como vegetal.

No segmento de trans-porte e distribuição, a em-presa oferece desde os ser-viços de remoções das mer-cadorias do Porto de RioGrande e do Aeroporto Inter-nacional de Porto Alegre atéa entrega no destino final,quando situado na região me-tropolitana de Porto Alegre.

Desde janeiro deste ano,começou a operar pelo gru-po Multi, no mesmo muni-cípio, a empresa de logísticaMulti Armazéns Gerais(Fone: 51 3587.9127), que,segundo Renan Henrich,CEO da empresa, surgiu daidéia de convergir cada vezmais inovações para os cli-entes. “Agora é possível na-cionalizar as mercadoriasimportadas no Porto Seco edirecioná-las totalmentepara o armazém geral, onde,além de poder usufruir amesma qualidade de servi-

“Agora é possívelnacionalizar as

mercadoriasimportadas noPorto Seco edirecioná-las

totalmente para oarmazém geral”

ços, é possível obter umganho maior dentro do pro-cesso devido ao fato de o cus-to ser mais baixo”, descreve.

Com uma área total de68.000 m² - sendo 19.000 m²de área coberta –, a empresaconta com quatro armazéns,para produtos em geral,químicos e para produtosinflamáveis.

A Multi Armazéns Geraisoferece, além dos serviços dearmazenagem e movimenta-ção, gerenciamento de inven-tário, cross-docking, 21 do-cas para carga e descarga,picking and packing, termi-nal de contêineres, consoli-dação de carga, estufagem decontêineres e condomíniologístico.

Henrich salienta que aempresa possui um eficientesistema de T.I., uma redeconfiável de trabalho e infor-mações, soluções customi-zadas e altos padrões de ser-viços. “Com o desenvolvi-mento de um novo sistema,as empresas do grupo estarãocada vez mais conectadasentre si e com o cliente, sen-do que há uma preocupaçãoconstante em buscar a sincro-nização com as necessidadesde informação que cada em-presa necessita”, finaliza. ●

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 17EDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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AliançaNavegação eLogística lançaserviço expressoentre Manaus eSantosA Aliança Navegação eLogística (Fone: 11 5185.5600) colocará em opera-ção, no início do mês deagosto, o serviço de cabo-tagem expressa entre Ma-naus, AM, e Santos, SP, queterá freqüência quinzenal etransit time marítimo reduzi-do de 12 para 9 dias. Atual-mente, cerca de 40% da pro-dução do Pólo Industrial deManaus são escoados atra-vés do transporte de cabo-tagem, principalmente pro-dutos eletroeletrônicos. Acabotagem expressa soma-rá 2 navios aos atuais 6 queatuam semanalmente emManaus, ampliando de 4para 6 escalas mensais. Onovo serviço faz parte doescopo da BR-Marítima,também conhecida como“nova cabotagem”, lançadopela empresa em 2006, eque teve o conceito amplia-do, transformando-se numautêntico transporte porta-a-porta.

Notíciasr á p i d a s

Big-bag daEngeBag atendeao setor dealimentosApresentando soluções embig bags, a EngeBag (Fone:19 3456.2110) fornece omodelo MF5, específicopara produtos alimentícios.Segundo a empresa, comovantagens, elimina a reten-ção de alimento no seu in-terior, reduz o risco de con-taminação devido à elimina-ção de pontos de difícil lim-peza e facilita a higienização.Entre os diferenciais do pro-duto destacam-se: corpo emtecido tubular, em costuraslaterais e sem pontos de re-tenção; sistema de corteserrilhado a quente, que eli-mina a possibilidade de otecido desfiar; e válvulas emtecido reforçado, resistentesa várias reutilizações.

18REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

EMPILHADEIRAS

Treinamentogarante integridadefísica das pessoas

Agosto 2007

Agenda

Feiras

Abad’2007XXVII Feira eConvenção

Anual do ComércioAtacadista e DistribuidorPeríodo: 7 a 10 de agosto

Local: Olinda – PERealização: Abad

Informações:www.abad.com.br

[email protected]: (11) 3056.7500

Movimat - Salãoda Logística2007

Período: 7 a 10 de agostoLocal: São Paulo – SP

Realização: IMAMInformações:

[email protected]: (11) 5575.1400

Feira Brasileira deTecnologia15 a 17 de agostoLocal: Fortaleza – CE

Realização: DinâmicaInformações:

www.dinamicaeventos.com.brdinâ[email protected]

Fone: (85) 3433.6959

Embala Nordeste – 4ª FeiraInternacional de Embalagens

Período: 20 a 23 de agostoLocal: Olinda – PE

Realização: GreenfieldInformações:

[email protected]

Fone: (11) 5184.1515

Expoagas’2007 – 26ª Feira deProdutos e Serviços para

SupermercadosXXVI Convenção Gaúcha de

SupermercadosPeríodo: 21 a 23 de agostoLocal: Porto Alegre – RS

Realização: Associação Gaúchade Supermercados

Informações:www.agas.com.br

[email protected]: (51) 2118.5200

Navalshore 2007 – IV Feira eConferência da Indústria Naval

e OffshorePeríodo: 29 a 31 de agostoLocal: Rio de Janeiro – RJ

Realização: Portos e NaviosInformações:

[email protected]

Fone: (21) 2283.1407

O s treinamentos dos operadoresde empilhadeiras são de extre-ma importância para garantir a

integridade física do operador e das pes-soas que trabalham a sua volta, pois,para operar um equipamento de movi-mentação de material, o profissionaldeve obrigatoriamente ser habilitado eter o curso de Operador de Empilhadeira.Por outro lado, é recomendável a recicla-gem anualmente, de forma a manter aequipe focada em segurança e nos cui-dados com o equipamento e a carga.”

A afirmativa é de Jairo Perini Alves,supervisor de Recursos Humanos daSomov (Fone: 11 3718.5000).

Ele também informa que a própriaempresa usuária da máquina podeministrar o treinamento, desde que oinstrutor tenha conhecimento especifi-co e treinamento como instrutor paraoperador de empilhadeira. “Caso a em-presa não possua este profissional ha-bilitado, deve procurar os distribuido-res e ou escolas especializadas”, alerta.

Alves também informa que quandofor fazer a escolha do parceiro que iráministrar os treinamentos, a empresadeve observar a quantidade de horas de

treinamento – o mínimo é 32 horas paraformação de operadores. Já o conteúdoprogramático deve incluir as NormasRegulamentadoras – NR 11 e 18 e a dosCONTRAN (Código Nacional de Trân-sito), etc. A empresa também deve ob-servar se o parceiro está focando as suasnecessidades operacionais, pois, além doconteúdo programático básico, o Instru-tor deve observar e enfatizar o tipo demovimentação que a empresa atua.

Sobre os procedimentos para treinaro operador, Alves informa que deve serdefinido o quadro de pessoas que irãooperar o equipamento. Após esta defini-ção, verificar se todos possuem CNH –Carteira Nacional de Habilitação e se elaestá dentro do prazo de validade, prepa-rar material didático, aplicar o treina-mento e/ou agendar a data do treinamen-to com seu parceiro.

PROBLEMAS DA FALTA DETREINAMENTO

O supervisor de Recursos Humanosda Somov também lembra que em ca-sos de acidentes, caso o operador nãoseja habilitado e certificado, a empresaresponderá no âmbito trabalhista, civile até criminal, pois é responsável pelaspessoas que operam os equipamentos.“Estes seriam os menores problemas,pois uma pessoa que não esteja qualifi-cada para operar um equipamento podeaté provocar a morte dela e ou das pes-soas a sua volta”, alerta. ●

Procedimentos para treinar o operador:definir o quadro de pessoas que irãooperar o equipamento, verificar setodos possuem CNH, preparar materialdidático, aplicar o treinamento e/ouagendar a data do treinamento com oparceiro

É recomendável a reciclagem anual,de forma a manter a equipe focada emsegurança e nos cuidados com oequipamento e a carga

Treinamento deve envolver a parteprática e teórica

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 19EDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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NOTA FISCAL ELETRÔNICA

Software da SouthConsulting permiteemissão de NF-eCursos

No portalwww.logweb.com.br,em “Agenda”, estão

informações completassobre os diversos eventos

do setor a serem realizadosdurante o ano de 2007.

Dimensionamento de Estoquede Segurança e Estoque

SazonalPeríodo: 1 de agosto

Local: Campinas – SPRealização: Cebralog

Informações:www.cebralog.com/agenda.php

[email protected]: (19) 3289.4181

Embalagem Industriale de Exportação

Período: 6 e 7 de agostoLocal: São Paulo – SP

Realização: IMAMInformações:

[email protected]: (11) 5575.1400

Excelência na Gestão deEmpresas Prestadoras deServiços em Logística e

Transportes – Programa paraExecutivos, Sucessores e High

Potentials ProfessionalsPeríodo: 6 a 10 de agosto

Local: Atibaia – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

XIII Fórum Internacional deLogística & Expo-LogísticaPeríodo: 13 a 15 de agostoLocal: Rio de Janeiro – RJ

Realização: CEL - Coppead/RFRJInformações:

[email protected]

Fone: (21) 2598.9812

Técnicas Avançadasem Gestão Logística

(Curso de Longa Duração)Período: Início em 18 de agosto

Local: São Paulo – SPRealização: CEL - Coppead/RFRJ

Informações:www.centrodelogistica.com.br

[email protected]: (21) 2598.9812

Identificação de UnidadesLogísticas com Código de

Barras (Curso Gratuito)Período: 27 de agosto

Local: São PauloRealização: GS1 Brasil

Informações:www.gs1brasil.org.br

[email protected]: (11) 3068.6229

NF-e ser emitida pela sede da empresae impressa no local de expedição - osdepósitos fora da unidade industrial.

O gerente de informática da San-ta Elisa acredita que o governo

está dando um grande pas-so em direção à desbu-rocratização do siste-ma tributário, claro,com interesse em arre-cadação, mas os refle-xos para a indústriasão muito grandes,tanto em redução decustos quanto em agi-lidade. “A NF-e embreve passará a sercompulsória para al-guns segmentos demercado estratégicospara o governo. É uma

ferramenta para nivelar a concorrência, jáque ficará muito difícil sonegar e obter au-torização de emissão estando irregular como Fisco”, garante.

Já o D´avó Supermercados obteve amesma autorização, mas ainda se dedica aacertos internos antes de passar a emitir.

A solução será empregada nas transfe-rências de produtos para lojas e tambémpara a devolução de mercadorias, situaçõesque exigem nota fiscal.

“O D’avó sempre está em conformida-de com a legislação vigente, mas sabe quenem todas as empresas fazem o mesmo eacabam se beneficiando da sonegação paraobter vantagem. Isso tem de acabar e en-tramos de forma espontânea na busca pelaautorização de emitir a NF-e para mostrarcomprometimento e firmar nossa imagemde empresa séria e idônea”, diz o gerenteda Divisão de Informática, William Rocha.

Segundo ele, entre as vantagens da NF-e está a de viabilizar o recebimento auto-mático e a aprovação por Workflow (Fluxode Trabalho). “Agora a Prefeitura de SãoPaulo está disponibilizando a mesma sis-temática da SEFAZ do governo do Estado,que utiliza serviços através da Web, ondepodemos consultar todas as informaçõesnecessárias, automaticamente. Desta for-ma, receberemos a NF-e em formato dearquivo, com todas as informações, ao in-vés de um e-mail com um link para umapágina na Internet, como antes era feitopela Prefeitura. Então poderemos entrarcom essa nota em um sistema de Fluxo deAprovação, onde as pessoas poderão con-ferir e validar os dados da nota, fazer aaprovação de pagamento e entrada em nos-so sistema contábil”, revela. ●

A Companhia Energética San-ta Elisa, empresa do setorsucroalcooleiro, e o D’avó

Supermercados obtiveram autoriza-ção da Secretaria da Fazenda –SEFAZ de São Paulo para produçãoda Nota Fiscal Eletrônica Mercan-til (NF-e). Para emissão da NF-e, ambas escolheram osoftware Signature, daSouth Consulting (Fone: 113079.9894), empresa que jáfez implantações semelhan-tes no Chile e México.

A NF-e é um arquivo empadrão denominado XML,emitido via Web e que possuium documento impresso cha-mado DANFE - Documento Au-xiliar da Nota Fiscal Eletrônica,uma cópia da NF-e que tem umcódigo de barras como identificação e queacompanha o produto.

A Companhia Energética Santa Elisa,um mês depois de iniciar o processo, emi-tiu 4 mil notas, de quatro empresas do gru-po. “A partir do primeiro dia já emitimosnotas fiscais eletrônicas que representam atotalidade do nosso faturamento e dastransferências, devoluções e remessas quefazemos”, diz Vicente João Olivério Júnior,gerente de informática do grupo.

Para ele, a tecnologia, além de ser en-carada como um diferencial competitivo,deve estar alinhada com os objetivosestratégicos da companhia. “Como a San-ta Elisa está em fase de expansão, algunsfatores serviram como motivação, como aeconomia gerada pela eliminação depapéis, a desburocratização, a agilidade noprocesso e a transparência fiscal que aNF-e proporciona ao processo de fatura-mento”, explica Olivério Júnior.

Ele também acrescenta que outro be-nefício importante está na logística. “Te-mos depósitos localizados fora da unida-de industrial, em locais estratégicos paraa logística de expedição de produtos aosclientes internos ou exportação, e a expe-dição e o faturamento centralizados que asolução oferece facilitam muito a gestãodo processo comercial”, declara. O gerentede informática da Santa Elisa continua ex-plicando que quando a empresa retiravaprodutos desses depósitos para remetê-losaos clientes, era necessário deslocar pes-soas e equipamentos para fazer o fatura-mento dos produtos, o que mudou com-pletamente com a NF-e, que possibilitafazer a expedição e o faturamento dessesprodutos via Internet, além do fato de a

Olivério Júnior, da Santa Elisa:NF-e passará a ser compulsória

para alguns segmentos demercado

20REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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EMPILHADEIRAS,TRANSPALETES, ETC.

Em comemoração aos seus 90 anos,a Clark (Fone: 19 3881.1599) apresen-tou sua nova linha de empilhadeiras.São os modelos a combustão C20/25/30/35 e C60/70/80 e o modelo elétri-co-pneumático GEX25. De acordo coma empresa, os modelos C60/70/80 ofe-recem uma nova oportunidade para omercado de máquinas de oito tonela-

das no que se refere à questão custo xbenefício. O diferencial da linha estána alta capacidade de carga e em suaestrutura compacta, que permite o tra-balho em áreas de difícil acesso. As má-quinas modelos C20/25/30/35 são com-pactas e robustas, proporcionando con-forto e ergonomia com baixo custooperacional, segundo informações daClark. Já os modelos de duas a três to-neladas da linha elétrica funcionam emcorrente alternada e operam em qual-quer terreno – mesmo em operações se-veras –, utilizando as mesmas condi-ções de uma empilhadeira a combus-tão. Também trabalham sem restriçãoquanto ao tipo de piso e têm capacida-de para vencer rampas com inclinaçãode até 38%.

A Alphaquip (Fone: 11 4198.3553) participou desta edição daFispal juntamente com a sua re-presentada, a Paletrans (Fone:11 4198.3553). Na ocasião, foiapresentado como novidade otranspalete manual TM2000B,com balançae capacidade

EVENTO

Setor de logísticase destaca naFispal 2007Diversas empresas do setor de logística, notadamente dos segmentos de movimentação, armazenageme embalagem, marcaram presença na Fispal Tecnologia 2007 - 23ª Feira Internacional para oDesenvolvimento das Indústrias de Alimentos e Bebidas, realizada em junho último no Pavilhão deExposições do Anhembi, em São Paulo, SP.

para 2 toneladas; em carros pantográ-ficos, o destaque ficou para os mode-los LT1000, para 1 tonelada, e LT500E,para 1,5 toneladas, ambos com eleva-ção de 800 mm. Em empilhadeiras elé-tricas, foram apresentados os modelosPX1216, PX1225, PX1229 e PX1235,com elevação, respectivamente, de1.600, 2.500, 2.900 e 3.500 mm, todoscom capacidade para 1,2 toneladas.

Foram dois os des-taques da BT (Fone: 114533.7877) na Fispal.O primeiro envolveu aempilhadeira elétricaIxion SPE 160L, combraços de suporte, pro-jetada para transportestanto na vertical como na horizontal eem aplicações intensivas em armazénse fábricas. Tem a possibilidade de mo-vimentar duas cargas separadas, umanos garfos, outra nos braços de supor-te, em operações intensivas. Possui al-tura de elevação acima de 5.400 mm.O segundo destaque foi a paleteira elé-trica Orion LPE 240, com o BTPowerdrive: direção integrada e siste-ma de controle que proporciona facili-dade de uso, desempenho e eficiência,segundo a empresa. É uma máquina deplataforma de direção dobrável paramovimentação de cargas pesadas, re-comendada para aplicações árduas ouonde houver a necessidade de transpor-te por longas distâncias.

Da linha de máquinas daJungheinrich (Fone: 11 4815.8200) fo-ram destacados na Fispal o transpaletemanual modelo AM 2200, com capaci-dade para 2.200 kg, e a transpaleteiraelétrica com plataforma para operadormodelo ERE 224, com capacidade para2.400 kg. Em empilhadeiras, foramapresentadas a elétrica patolada paraoperador a pé modelo EJC 212-216,com altura máxima de elevação de5.350 mm e capacidade para 1.600 kg;

as GLP’s de contrape-so, modelos TFG 316s

– 550s, hidros-tático, e TFG

316-320/540-550,hidrodinâmico, com al-

tura máxima de elevaçãode 7.000 mm e capacidade máxima para5.000 kg; e a retrátil série 1, modelosETV 110/112/114/116, com altura má-xima de elevação de 7.700 mm e capa-cidade máxima de 1.600 kg. Além daselecionadora de pedidos horizontal endrider, modelo ECR 327-336, com altu-ra máxima de seleção de 1º nível, comcapacidade máxima de 3.600 kg.

Os destaques da Yale (Fone: 115521.8100) na Fispal 2007 foram osmodelos: GP 018AK, máquina contra-balançada com motor a combustão(GLP) e capacidade nominal de 18.000kg; MP 22, paleteira com operadorandando e capacidade de 2.200 kg; MS16, paleteira de torre com operador an-dando, com capacidade nominal de1600 kg; MPE 060F, paleteira com ope-rador a bordo e capacidade de 3.000 kg;e MR 16 H, máquina retrátil, comcapacidade nominal de 1.600 kg.

ESTRUTURAS E GALPÕESA Agra (Fone: 11 4748.6222) divul-

gou na Fispal 2007 as suas soluções emestocagem, como porta-paletes, prote-tor de coluna, drive-in/drive-thru, rackempilhável, cantilever, estante, divisó-ria, drive-in dinâmico e flow rack. Estaúltima estrutura é composta de trilhoscom roletes desli-zantes, nos quaisas embalagenssão colocadas emseqüência de umlado e retiradasdo outro.

Também pre-sente da Fispal, a

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 21EDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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Tópico Coberturas eAlternativas (Fone: 114704.6516) apresentou ostipos de galpões ofereci-dos pela empresa. Sãoconfeccionados em lonaPVC de alta resistência,em estrutura de aço gal-vanizado e, por dispensa-rem fundação, são insta-lados rapidamente. Ogalpão tipo duas águas éconfeccionado em versõescom vão de 15 a 40 m, pédireito de 5 e 6 m e alturacentral de 7,80 a 13,20 m.Já o tipo pirâmide possuivão de 5x5 a 15x15 m, pédireito de 4,5 m e alturacentral de 5,95 a 8,70 m.

SISTEMAS DEMOVIMENTAÇÃOE ARMAZENAGEM

Do segmento de mo-vimentação e automaçãoindustrial, a Cassioli(Fone: 11 4525.1001) des-tacou na Fispal soluçõespara movimentação depaletes e de caixas. Na li-nha com estrutura de alu-mínio, apresentou os ro-los acumulativos e moto-rizados, além de esteirasdeslizantes. Os outrosprodutos distribuídos pelaempresa incluem corren-tes acumulativas, transfe-rências, rolos por gravida-de, elevadores verticais,carros automáticos, cor-rentes e rolos motoriza-dos, taliscas metálicas eoutros.

Alguns dos destaquesda Longa (Fone: 153262.7200) na Fispal fo-ram: MPA – Módulo Pa-drão de Armazenagem,rack auto-empilhável,desmontável, construído

22REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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em chapas de aço; PortaBag, rack metáli-co desenvolvido para acondicionar bigbags; LogPallet, rack metálico desmon-tável e auto-empilhável; LogBox, rackmetálico aramado e auto-empilhável, es-pecialmente para o segmento frigorífico;e LongStar, rack metálico aramado,desmontável e auto-empilhável, para aten-der a uma deficiência no armazenamentoe transporte de produtos a granel, com for-matos irregulares e de difícil empilha-mento. Além destes, a empresa destacoutambém: PalletAço, palete metálico nosmodelos PM-4 e PM ISO-II; PortaPallet,para verticalização de produtos com muitadiversificação de SKU´s; e Drive In/Thru,para alta densidade de estocagem.

Elevadores elétri-cos manuais, manipu-ladores a vácuo, dispo-sitivos para manuseiode tambores, balancinsmecânicos e pneu-máticos e sistemas deelevação a vácuo. Es-tes são os produtos quea Powerlift (Fone: 115034.9008) distribui eapresentou na feira. Odestaque envolveu ele-vadores elétricos ma-nuais com altura máxima de elevação de3 m, capacidade de carga de 900 kg e que,segundo a empresa, são da fácil instala-ção, baixo custo de manutenção e baixoconsumo de energia.

PORTAS INDUSTRIAIS

Como novidades, a Visoflex (Fone: 193935.5656) apresentou na Fispal trêsmodelos de porta rápida industrial. A V-Flex tem acionamento rápido, de 0,8 m/s,sensor fotoelétrico, que garante seguran-ça durante o fechamento da porta, e é re-sistente a grande pressões de vento. Já asVFX300 e VFX100 são fabricadas dePolyester Multifilamento coberto comPVC, proporcionando alta resistência aimpactos, com visores em PVC transpa-rente para visualização em ambos os la-dos. Possuem sistema de restabelecimentoautomático em caso de impactos, econo-mizam tempo de manutenção e evitamparadas de operação durante o processoprodutivo.

Os mais importantes itens da linha deportas rápidas automáticas industriais quea Rayflex (Fone: 11 4645.3360) apresen-tou na Fispal são a Ray-Door e a Vectorflex.A primeira é uma porta automática, comsistema rebite/rosca, sem soldas. Éfabricada com mantas de PVC puro e temvelocidade de abertura superior a 1,5metro/segundo. Já a porta Vectorflex pos-sui concepção que possibilita o uso de es-trutura autoportante sem soldas. Éfabricada com manta em vinil, dotada decamada de PVC com trama interna de po-liéster, auto-extinguível e anti-estática.

PALETES

A Marfinite Produtos Sintéticos (Fone:11 4646.8600) apresentou na Fispal umanova versão de montagem do palete P1 410com travessa ou deslizador de 1 m, me-dindo 17 X 100 X 120 m. É indicado parauso comercial, industrial e de serviços.Além de permitir que a carga deslize commaior facilidade, também aumenta a re-sistência da peça para levantamento de até1.000 kg.

A linha de produ-tos da Fort Paletes(Fone: 15 3532.4754), e que foi apre-sentada na Fispal, écomposta por paletescativos e descartáveis,caixas de acondicionamento ou one way epaletes padrão ABRAS I e II. Todos sãoconfeccionados em madeiras duras de leie reflorestadas. Os paletes são apresenta-dos em versões com face simples e duasou quatro entradas, bem como de duplaface e duas e quatro entradas.

A PLM (Fone: 11 6886.3350), que ofe-rece paletes e contêineres plásticos, apre-sentou na Fispal 2007 o palete LT 0812,na versão Europalet, com entradas pelosquatro lados, totalmente encaixável e compatas ovais, que auxiliam a entrada do gar-fo da empilhadeira e aumentam a vida útildo palete. Suporta carga dinâmica de 700kg e estática de 2.200 kg. Já o Packtainer,na versão Expopalet, tem palete e tampaiguais, é termoformado em PEAD e su-porta carga dinâmica de 500 kg e estáticade 1.500 kg. Outros paletes destacados fo-ram: LT 1012, para cargas dinâmicas até

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 23EDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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800 kg e estáticasaté 2.600; DC1012, que suportacarga dinâmica de1.300 kg e estáti-ca de 3.600 kg; eo Big Pack, paletemais tampa, que

suporta carga dinâmica de 1.000 kg eestática de 3.000 kg. Todos os produtossão laváveis, recicláveis e resistentes atemperaturas de até –35º C.

SISTEMAS DE EMBALAGEM

A Sunnyvale (Fo-ne: 11 3048.0147)expôs na Fispal 2007a linha FoxJet de im-pressoras de alta reso-lução. Os cabeçotesProSeries imprimemem alta resolução tex-tos, logos e gráficos, possuem sistemade autolimpeza e operam com tintaScantrue (especial para código debarras). Já os controladores Marksmansão inteligentes, flexíveis e controlamaté 200 cabeças de impressão. Com elesé possível verificar dados de produção,detectando picos de performance eparadas e leitura ou não leitura descanners. As impressoras Série-C degrandes caracteres, da Domino – tam-bém representada pela Sunnyvale – sãodestinadas à codificação de dados va-riáveis em tempo real sobre caixas dematerial poroso, especialmente caixas-remessa.

Focada no desenvolvimento desoluções para indústrias, tanto na áreade movimentação e sistemas de limpe-za de embalagens quanto na de servi-ços de montagens industriais, a Montex(Fone: 11 5062.3978) anunciou o esteri-lizador de latas por indução magnética,que utiliza uma fonte de energia limpa.A temperatura chega até 130º C, permi-

tindo uma este-rilização com-pleta das emba-lagens metáli-cas, tanto da su-perfície do cor-po quanto dofundo da tampa.

Empilhadeiras

DÚVIDAS MAISFREQÜENTES SOBREOS GARFOS

Em um mercado como o brasi-leiro, onde máquinas do “último tipo”convivem lado a lado com máqui-nas do “passado”, é muito difícil paraos revendedores de peças mante-rem listas de todos os modelos emoperação e suas respectivas peças.Os garfos das empilhadeiras são umdos produtos que ainda sofrem mui-to preconceito pela falta de informa-ção entre o passado e o futuro.

Pensando nisso, seguem algumas das principais perguntas do mercadoe suas respostas:

1. O garfo anterior ou original de minha empilhadeira de 2,5 tonela-das possui 5 polegadas de largura e o novo possui apenas 4 polegadas,ele irá quebrar mais facilmente?

R: Não, o fato de um garfo ser mais largo ou mais espesso que o outronão lhe garante maior capacidade. Hoje os novos garfos são feitos com umaliga de aço e um processo de forja muito mais moderno do que os antigos.Muito mais importante do que a largura do garfo é preciso buscar a procedên-cia e a indicação de capacidade que obrigatoriamente devem estar marcadasna lateral de cada garfo.

2. Sempre fico em dúvida com relação às classes de encaixe, afinalo que são elas?

R: As classes de encaixe são uma padronização da indústria para facilitara reposição dos garfos. Estão divididas em cinco classes, da menor capaci-dade até a maior, sendo assim, temos: CL1, CL2, CL3, CL4 e CL5. Cada umapossui uma distância única entre as garras de fixação do garfo. As classes sóse referem a empilhadeiras que utilizam garfos com garras.

3. Como faço para saber qual é a classe do garfo de minhaempilhadeira?

R: Muito simples: basta medir o carrinho de encaixe (porta-garfo). Meça adistância entre a barra superior e a inferior e veja a seguir: CL1 = 331 mm,CL2 = 407 mm, CL3 = 508 mm, CL4 = 635 mm e CL5 = 728 mm.

4. Um de meus garfos quebrou. Devo trocar os dois?R: Sim, os garfos possuem uma vida útil, pois sofrem desgastes com o

tempo, assim como os pneus. Da mesma forma como é perigoso rodar com umpneu novo e outro “careca”, acontece com os garfos. Colocar um garfo novopara formar par com um desgastado encurta a vida do garfo novo. O garfodesgastado não suporta mais a mesma capacidade que o novo e, dessa for-ma, acaba flexionando e o peso fica mais sobre o novo, sobrecarregando-o.

5. Como faço para saber a hora correta detrocar meus garfos antes que eles quebrem?

R: A hora ideal de trocar os garfos com segu-rança é quando eles perdem 10% de espessura nalâmina próximo à região do cotovelo. Veja um exem-plo: Um garfo novo que possui 40 mm de espessu-ra vai trabalhando, e com o tempo e o atrito em sualâmina na região próxima ao cotovelo, vai afinan-do. Quando essa região que inicialmente tinha 40mm chegar a 36 mm, este é o momento ideal paratroca do garfo. Garfos com 10% de desgaste su-portam menos de 80% de sua carga original.

Matéria fornecida pela MSI-Forks (Fone: 11 5521.0400)

NIVELADOR DE DOCAS

A Cargomax (Fone: 21 2676.2560)destacou na Fispal o nivelador de docatelescópico, indicado para ambientes re-frigerados, onde se deseja que a portafeche à frente do nivelador, proporcio-nando isolamento do ambiente externoquando a porta está fechada. Nesta po-sição, a porta descansa sobre um painelisotérmico instalado sob o nivelador,encobrindo o mesmo e criando um am-biente hermético. ●

24REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

n LogWeb n

J O R N A L

sante, principalmente para asempresas locadoras de equipa-mentos e pequenos armazéns. Éo que consideram Ary Wainrober,supervisor comercial, e DeniseSilva, supervisora Key Account,ambos da Jungheinrich (Fone: 114815. 8200).

A perspectiva, segundo eles,é que, com a demanda tão aque-cida por máquinas usadas, osclientes e também os locadoresde empilhadeiras possam ter umafrota mais nova sem ter de dis-por de 100% dos valores neces-sários para o investimento.

Para Guilherme Antunes, ge-rente de logística da Commat(Fone: 21 3867.1723), este é ummercado em expansão. “A pers-

pectiva é de crescimento, uma vezque as taxas da moeda america-na estão bastante atrativas, esti-mulando a renovação de frota e aoferta de seminovas no mercado,tornando-se, assim, uma excelen-te opção para clientes que neces-

sitam de um equipamento comuma melhor relação custo/bene-fício e que se enquadre bem emsuas operações”, declara.

Outro fato aliado a esse, deacordo com ele, é a forte entradanesse mercado das empresas dis-

tribuidoras autorizadas do fabri-cante, “garantindo a qualidadedos equipamentos e aumentandoa confiabilidade e a segurança nahora da compra”, expõe.

Vanderlei Caetano, gerentecomercial da Tratormaster (Fone:71 3291.7200), também fala dainfluência da moeda americana.“Em virtude da queda nas cota-ções do Dólar, o mercado de má-quinas novas sofreu um leveaquecimento, com os usuáriosbuscando a renovação de frota.Ao mesmo tempo, também cres-ceu o interesse de compradoresde máquinas usadas de outrosEstados que estão buscando emnossa região, Bahia, estes equi-pamentos que estão sendo reno-vados”, declara.

Especificamente sobre o mer-cado baiano, Caetano avalia queo Estado tem um grande poten-cial para o setor de empilha-deiras. “A renovação da popula-ção de máquinas ainda está co-meçando e não atingiu seu pico,pois ainda existe carência deequipamentos nas empresas.Paletização na área de materiaisde construção, por exemplo, ain-da é novidade por aqui”, conta.

Mas, de acordo com ele, ofato de estar havendo uma reno-vação de frota tem levado maisequipamentos usados para o mer-cado, o que tem feito pequenasempresas se interessarem pelamecanização de seus processospelos valores baixos de aquisição,em comparação com unidadesnovas. “Geralmente são clientesque ainda não possuem empilha-deiras em suas empresas e vãoadquiri-las pela primeira vez.Também é fato comprovado queestes mesmos clientes, após al-gum tempo de operação com oequipamento usado, já começama pensar na aquisição de um equi-pamento novo, pois experimen-tam uma notável melhora emseus processos e conseqüente in-cremento de negócios”, declara.

Excelente oportunidade decompra para as empresas que

EMPILHADEIRAS

Cresce o mercado deusadas/seminovasCom o Dólar em baixa, as máquinas usadas/seminovas são boas opções para pequenas e médias empresas que não têm condições financ eiras deadquirir um equipamento novo. Mas, cuidado com valores de aquisição muito baixos e custos de manutenção muito altos.

A s empilhadeiras são equi-pamentos fundamentaisnas atividades de movi-

mentação e armazenagem de car-gas, mas algumas empresas nãopossuem capital suficiente parainvestir em uma máquina nova.Por isso, o mercado oferece asusadas/seminovas: solução maisacessível para aqueles que dese-jam usufruir as vantagens de umaempilhadeira. Nesta edição dojornal LogWeb, o foco está nestetipo de mercado e em suas parti-cularidades.

DEMANDA AQUECIDAO mercado de usados no Bra-

sil, em comparação ao dos de-mais paises, é bastante interes-

ANTES DEPOIS

Empilhadeira antes e depois da reforma para venda

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 25EDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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necessitem de equipamentos parautilização mensal média e baixa,principalmente quando são má-quinas de boa procedência. É as-sim que Sérgio Rocha, supervisorde vendas de máquinas usadas daSomov (Fone: 11 3718.5077),avalia o mercado de empilha-deiras usadas ou seminovas.

Segundo ele, este mercadotem sua demanda muito atreladaà compra e venda de máquinasnovas e à renovação de frota deempilhadeiras.

“Hoje, o mercado está leve-mente retraído devido à demandaaquecida de máquinas novas, po-rém a maior procura é por máqui-nas de valores entre R$ 20.000,00e R$ 30.000,00”, destaca.

Rocha informa que os prin-cipais consumidores destes pro-dutos são empresas varejistas demateriais de construção, trans-portadoras, metalúrgicas, etc.

Em crescimento fala RuyPiazza, da Piazza Equipamentospara Movimentação de Materiais(Fone: 11 6481.2708). “O mer-cado de empilhadeiras usadasvem crescendo progressiva e for-temente, uma vez que a exigên-cia por eficiência nas operaçõesdas grandes fábricas e CDs estásolicitando produtos mais novose modernos, fazendo com que asempilhadeiras sejam trocadas pornovas em períodos cada vez me-nores”, declara.

Ele explica que essa situaçãoprovoca uma quantidade cada vezmaior de empilhadeiras usadasdisponíveis no mercado, queatendem às empresas de menorporte e que ainda não estão sufi-cientemente capitalizadas paraadquirirem empilhadeiras novas.

Segundo Ruy, a estabilidadeeconômica do país também con-tribui para o aquecimento de to-dos os mercados, inclusive o dasempilhadeiras novas e usadas. Eleacrescenta que a taxa de juroscaindo também é um fator impor-tante para o crescimento das ven-das de empilhadeiras financiadas.

“As empilhadeiras usadas en-contradas no mercado para ven-da também estão cada vez mais

sendo reformadas e entregues aocomprador em bom ou ótimoestado, o que traz um maior atra-tivo para o mercado de usadas”,salienta.

A palavra crescimento tam-bém está no depoimento deRafael Marin, gestor comercialda Brasil Rental (Fone: 193429.1000), que destaca os mo-tivos principais deste fator: a que-da na taxa de juros e a queda novalor de compra por causa da va-lorização do Real. “Soma-se aisto a dificuldade na entrega deempilhadeiras novas pelasmontadoras – o que leva o clien-te, que no geral é de pequeno oumédio porte, a comprar um equi-pamento usado para atender a suacrescente demanda e necessida-de”, diz.

Fabiana Souza Cinto, super-visora de locação e venda deseminovos da Still Brasil (Fone:11 4066.8100), também fala emcrescimento. Para ela, é constan-te o crescimento do mercado demáquinas seminovas, que temacompanhado o de máquinas no-

vas. Mas, conforme declara, essemercado tem características decrescimento próprias, como oaumento do número de pequenosarrendatários, atualizações defrota, possibilidade de investi-mentos menores e aumento daconfiabilidade neste tipo de ne-gócio, que foi facilitado pelaaceitação de financiamentos pordiversos bancos com taxas mui-to atrativas.

“Uma das principais vanta-gens em se adquirir um equipa-mento seminovo é a redução deinvestimento, porém, para que oconsumidor usufrua dessa vanta-gem, ele precisa ter alguns cui-dados, como a verificação da pro-cedência, disponibilidade de pe-ças de reposição e garantiasfornecidas”, alerta.

A opinião de que o mercadode máquinas usadas está crescen-do na proporção do mercado deequipamentos novos também édividida por Fábio D. Pedrão,diretor da Retrak (Fone: 116431.6464). “Quanto mais equi-pamentos novos são vendidos,maior a quantidade de equipa-mentos seminovos à venda parareforma e maior a oferta destesprodutos ao mercado”, analisa.

Para ele, o custo de aquisiçãoé uma grande vantagem desta mo-dalidade de compra, o que incen-tiva pequenas e médias empresasa analisarem este mercado. Masele alerta para as ofertas “milagro-sas”: “não existe mágica, baixocusto de venda indica a possibili-dade de uma reforma feita comeconomia, o que representará cus-

Alves, da Movicarga: concen-trar esforços na atividadeprincipal faz a locação deusadas prosperar

Veloso, da Tradimaq: o momentoda compra da máquina usadadeve ser cercado de cuidadosespeciais

Rocha, da Somov: mercado estálevemente retraído devido àdemanda aquecida deempilhadeiras novas

Novaes, da Aesa: mercado estáexigindo mais transparência,qualidade e garantia na hora davenda

Sartori, da Tracbel: o mercadode equipamentos usados, demodo geral, passa por umafase difícil

“A renovação levamais equipamentos

usados para omercado, fazendocom que pequenas

empresas seinteressem pelamecanização”

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tos extras de manutenção e mais paradaspara manutenção”, explica.

Sobre as tendências, Pedrão vê combastante otimismo o crescimento destesetor devido aos fatores: crescimento domercado de equipamentos novos; gran-des locadores oferecendo máquinas desuas frotas para vendas; garantias adi-cionais ao produto; e possibilidade delocação antecipada para o cliente tes-tar o equipamento antes da aquisição.

Também para Bernardo MattosVeloso, gerente de Máquinas daTradimaq (Fone: 31 3328. 8004), o mer-cado de empilhadeiras usadas acompa-nha bem o movimento do mercado deempilhadeiras novas. “Atualmente, como Real valorizado, os preços dasempilhadeiras novas caíram bastante,pois, em geral, elas são cotadas em Dó-lar. Com isso, os preços das empilha-deiras usadas foram forçados para bai-xo também, pois o degrau de preço danova para a usada se mantém dentro deuma proporção constante”, expõe.

Outro reflexo da valorização doReal, de acordo com ele, é o aumentoda procura por empilhadeiras novas, oque acaba agitando todo o mercado,pois, além daquelas empresas que au-mentam sua frota apostando num cres-cimento de seus mercados, outras em-presas fazem a renovação de suas fro-tas, colocando mais máquinas usadasno mercado. “Esse movimento de re-novação se alastra através das empre-sas de todos os portes; aquelas que têmuma empilhadeira mais velha, optampor trocá-la por outra mais nova e as-sim por diante”, analisa.

Do ponto de vista do cliente damáquina usada, Veloso diz que o mo-mento da compra deve ser cercado detrês cuidados principais: escolher amáquina com as características ade-quadas à sua operação; optar por umamarca que lhe proporcione fácil aces-so às peças de reposição; e procurarmáquinas com procedência segura.

“Com relação à escolha da máqui-na com as características adequadas,se é um processo de renovação ou se ocliente já tem empilhadeiras, não terámaiores dificuldades; por outro lado, seé a primeira máquina do cliente, ele teráde atentar para altura de torre, tipo depneu, tipo de combustível, capacidadede carga x centro de carga, etc.”, alerta.

Na opção pela marca da empilha-deira a ser adquirida, o gerente de má-quinas da Tradimaq considera impor-tante lembrar que toda máquina estásujeita a paradas por quebra ou mes-mo para manutenção preventiva e, nes-

se momento, a disponibilidade imedia-ta de peças de reposição garantirá ummenor tempo de parada e, conseqüen-temente, menores perdas de produção;outro benefício de se optar por marcascom boa estrutura de pós-venda – deacordo com Veloso – é o melhor valorde revenda que se consegue no momen-to de trocá-la por outra mais nova.

Ele também conta que a compra deequipamentos usados é sempre moti-vo de incertezas e dúvidas, e algumasperguntas surgem: qual é o real estadodos componentes do equipamento?Qual é a procedência dessa máquina?Já trabalhou em ambientes muitoagressivos? Os operadores que a utili-zaram tiveram os devidos cuidados?“Nessa hora, é importante buscar refe-rências sobre o vendedor, saber quemé o dono do equipamento (nem sem-pre quem está vendendo é o dono),solicitar um histórico de manutençãodo mesmo, conhecer as instalações daempresa vendedora, fazer uma boa vis-toria no equipamento (de preferência,com um mecânico de confiança, queconheça o tipo de equipamento) e, porfim, verificar o número de série grava-do no chassis, confrontando-o com anota fiscal de origem (além de garan-tir a procedência legal do equipamen-to, pode-se confirmar o ano de fabri-cação do mesmo através do número desérie)”, detalha.

Alberto Santos Novaes, do pós-venda da Aesa (Fone: 11 3488.1466),acredita que o mercado de seminovasestá exigindo das empresas quecomercializam este produto mais trans-parência, qualidade e garantia na horada venda.

De acordo com ele, outro fator im-portante, e que deve ser consideradono mercado de empilhadeiras usadas,é o crescimento anual deste parque,“pois com a estabilidade do Dólar dan-do condições à indústria e a grandes

frotistas, estes estão comprandoequipamentos novos para substituir seusparques de empilhadeiras velhas queapresentam grandes custos de manuten-ção. O que veremos em um futuro pró-ximo é o mercado de empilhadeiras usa-das saturar de tal forma que permitirá ocomércio paralelo de peças usadas noschamados desmanches”, aponta.

Mas, segundo ele, também há umacontrovérsia, já que é o Dólar que de-termina e regula o mercado e, sendoassim, caso ocorra uma grande eleva-ção da taxa cambial, a tendência é au-mentar a procura por equipamentosusados, “o que aqueceria e equilibra-ria esta fatia do mercado, uma vez queempilhadeiras novas cotadas na moe-da americana teriam seus preços ele-vados”, analisa.

Vendo a situação por outro ângulo,Eugênio Sartori, gerente de departa-mento de máquinas usadas da Tracbel(Fone: 31 2104.1862), acredita que omercado de equipamentos usados, demodo geral, passa por uma fase bas-tante difícil, pois com a queda dos ju-ros e a abundância de ofertas de finan-ciamentos, comprar um equipamentonovo ficou muito acessível. “Portanto,passou a haver uma grande oferta deequipamentos usados, independente-mente de marca ou modelo. Atualmen-te, a maioria dos negócios de equipa-mentos novos envolve a troca por umoutro usado como forma de pagamen-to. Isto tem causado um aumento dosestoques de forma considerável epreocupante, uma vez que o giro estácada vez mais baixo. Como soluçãopara este quadro, é necessário torná-lo mais rápido, mesmo com o sacrifí-cio de margens de lucro abaixo dasconvencionais”, salienta.

Outro ponto que poderia favorecerum aquecimento do setor de usados,na opinião de Sartori, seria a obtençãode financiamentos com taxas de jurosmais atrativas, semelhantes àquelaspraticadas para as máquinas novas.

Ele conta que uma ação já em prá-tica está sendo o comércio de peçasusadas e componentes “Recon”, oriun-dos do desmonte de equipamentoscujas marcas e modelos têm boa po-pulação e as peças são de alto giro.

Mas, apesar das dificuldades mo-mentâneas, as perspectivas de Sartoripara o futuro em curto prazo são posi-tivas. “O mercado brasileiro está bas-tante aquecido e com volume de ven-das de equipamentos novos bastanteexpressivos, sendo cada vez mais fre-qüente a falta de estoques para aten-

Fabiana, daStill Brasil:o mercado demáquinasseminovas temcaracterísticasde crescimentopróprias

Os principais consumidores deseminovas são varejistas de materiaisde construção e metalúrgicas

Pedrão, daRetrak: baixocusto devenda indica apossibilidadede reformafeita comeconomia

Ruy, da Piazza:a estabilidadeeconômicacontribui parao aquecimentode todos ostipos demercado

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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der toda demanda neces-sária. Com isto, o espa-ço para usados tende amelhorar”, diz.

De acordo com o ge-rente da Tracbel, o mer-cado de empilhadeirasnão foge aos demais ti-pos de equipamentos.“Passamos por proble-mas com estoques anti-gos, cujos valores esta-vam atrelados ao Dólaralto. As negociações re-centes estão ocorrendode maneira acanhada,mas com margens co-merciais um pouco me-lhores”, revela.

LOCAÇÃOJá na área de locação

de máquinas e equipa-mentos, Luciano da Sil-va Alves, diretor de ope-rações e negócios daMovicarga (Fone: 115014.2477), declara quea tendência de utilizaçãode máquinas usadas estánum crescimento contí-nuo e constante, “atépelo fato de muitas em-presas estarem surgindono mercado de locaçãosem condições de inves-timentos altos em com-pra de máquinas novas”,acrescenta.

Para ele, a busca daeficiência operacional ea expectativa de reaque-cimento da economia es-tão estimulando as em-presas a renovar ou am-pliar sua frota de movi-mentação. “O elevadocusto de aquisição dosequipamentos para amaioria das empresas,sobretudo das empilha-deiras, aliado à baixadisponibilidade de recur-sos para investir e à neces-sidade de concentrar osesforços na atividadeprincipal, estão fazendo aprática da locação de má-quinas usadas prosperarno Brasil”, considera.

De acordo comAlves, outro fato é que asempresas deste ramo es-tão melhorando cada vezmais seu know-how so-bre manutenção preven-tiva. “Com isso, as má-quinas usadas estão comum tempo de vida útilcada vez maior, garantin-do um excelente resulta-do em alguns indicado-res, como, por exemplo,disponibilidade de equi-pamento”. ●

28REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

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ARTIGO

Supply Chain deve sempre ser bem-vindoconsciente dessa verdade é o pri-meiro passo na direção da apli-cação de soluções de inteligên-cia nos processos de Planejamen-to e Produção.

No caso das implementaçõesem Supply Chain, esses conceitossão ainda mais evidentes. A per-cepção de sucesso nestes projetos,abrangendo cadeia de suprimen-tos, passa por todas as áreas dascompanhias e chega aos fornece-dores. E a implementação de seusconceitos não costuma durarmenos de dois ou três anos.

Ao longo de uma modelagemde negócios para implementaçãodos conceitos de Supply Chainhá diversos aspectos que eviden-ciam os gargalos corporativos. Eao abrir as feridas, corre-se o ris-co de tornar o ambiente corpo-rativo em cenário ainda mais con-turbado. O segredo é dar maisatenção à gestão de pessoas. Ointuito deve ser mostrar que oserros são exemplos e servemcomo diagnóstico para um avan-ço bem-sucedido.

Um grande cliente topou

colocar o dedo na ferida. Suaplanilha dos resultados de trêsanos de trabalho, que mistura mo-delagem do negócio comimplementação, é emblemáticapara mostrar como é possível su-perar as metas quando se quer. Oprincipal propósito era aumentaro nível de serviço. Para isso, foipreciso analisar todas as etapas doprocesso, desde o recebimento dopedido do cliente até a entrega.

Em 2004, essa mesma empre-sa apresentava um nível de ser-viço de 43%, ou seja, menos dametade dos pedidos feitos eramentregues no prazo combinado.Em 2006, o número já era de 64%e, para este ano, o nível deve es-tar em 95%. Resumindo: a em-presa acertou os ponteiros e ago-ra não faz o marketing negativode deixar o cliente na mão.

Este resultado está na mesmaesteira de outros indicadores, quemostram uma produtividade mui-to maior do que três anos atrás.A própria reunião de S&OP, ci-tada no início deste artigo, dura-va sete dias do mês. Hoje, em ape-

nas meio dia é possível realizar amesma reunião com início, meioe fim. Claro que isso não signifi-ca que o planejamento será feitoàs pressas. Pelo contrário, mos-tra que se levava muito tempopara se detectar os problemas, en-quanto o problema era a própriaimprodutividade do planejamen-to devido à subutilização datecnologia e falta de processosadequados, consequentemente, àfalta de inteligência na gestão.

Mas, o que fica ainda maisevidente é que o controle dos re-sultados deixou de estar em rela-tórios extensos e complicados, oque agiliza a tomada de decisão.Ao final de um projeto de SupplyChain será mais fácil saber se aempresa continua competitivacom a percepção do grau de efi-ciência de cada área. ●

Carlos Rosolem, sócio-diretor daQuendian, consultoria especializadaem modelagem, gerenciamento deprocessos e implementação de [email protected]

Sair de uma reunião deS&OP – Sales and Opera-tion Planning pode deixar

a impressão de que as soluçõestecnológicas jamais viabilizarãoos anseios de resultados nosbalancetes das companhias. Mas,para quem está de fora, o que ficamais evidente é que, na verdade,a principal pedra neste caminhonão é a tecnologia em si, mas,sim, as culturas internas e políti-cas hierárquicas que, muitas ve-zes, engessam a implantação demodelagem dos negócios. Estar

Notíciasr á p i d a s

Fórum reuniuempresas do setorautomobilísticoO 1º Fórum Mundo Logística so-bre soluções aplicadas na indús-tria automobilística aconteceunos dias 22 e 23 de junho últi-mo, em São Paulo, SP. O evento– realizado pelo site recém-inau-gurado Mundo Logística e patro-cinado por Myers, Águia eEmbrart – contou com apresen-tações de representantes daPower Train (Fiat), PSA PeugeotCitroën, Volvo Logistics, Valeo eVolkswagen. Segundo os realiza-dores, o objetivo do Fórum foi pro-mover uma troca de informaçõesa respeito de soluções logísticasno segmento automobilístico, in-tegrando todo o setor. O intuito érealizar outros eventos futuramen-te, envolvendo diferentes setores.

Wavekey lançaantenas para GPScom tecnologia100% nacionalA Wavekey Wireless Solutions(Fone: 11 3711.3452), fabrican-te de antenas de sistema deposicionamento global (GPS)para rastreamento e logística,com tecnologia 100% nacional,acaba de lançar três novos mo-delos destinados a sistemas denavegação de veículos, embarca-ções marítimas e da rede Iridium.O primeiro é o BR 5002, para usoem navegadores de veículos dis-poníveis no país atualmente,como os modelos Tlevo, QuatroRodas (Mio C 310), Airis e NAV200. “O público alvo é o consu-midor final e seu preço é menorque os protótipos existentes nomercado”, afirma o engenheiroelétrico Jefferson de Sousa, dire-tor-técnico da empresa. Já a BR5003 é uma antena desenvolvidaespecialmente para o ramo náu-tico, possuindo proteção internaespecial, que o torna mais resis-tente a maresias. O último produ-to é a BR 4001, voltada para arede Iridium. “Trata-se de um dospoucos modelos no mundo quetrabalham dentro da freqüênciada rede, que fornece coberturacompleta do planeta. Por utilizaresse sistema, a antena conseguereceber e transmitir sinal em qual-quer lugar, inclusive em oceanos,vias aéreas e regiões polares”,afirma o engenheiro.

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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PanalpinaBrasil fortaleceserviço deDocumentaçãode ExportaçãoAo comemorar 30 anos nopaís, a Panalpina Brasil(Fone: 11 2165-5700), em-presa especializada emsoluções de transporte elogística, como fretes aéreo,marítimo e rodoviário, alémde gerenciamento de ca-deia de suprimentos, con-solida sua participação pormeio do serviço diferencia-do de Documentação deExportação. Somente noúltimo ano, a área apre-sentou um crescimento de97,5%, o que indica a im-portância desse serviçopara as empresas brasilei-ras que precisam exportarseus produtos, independen-te da região onde estão lo-calizadas. O serviço funcio-na por meio de modernossistemas de gerenciamentode exportação. Assim, aPanalpina Brasil inclui todasas informações do proces-so, como produto, classifi-cação fiscal, descrição damercadoria em inglês, por-tuguês e espanhol, bemcomo detalhes da operação.Em seguida, a empresaproduz um manual de pro-cedimentos com as particu-laridades do cliente para aemissão dos documentosnecessários na exportação,como a fatura comercial,packing list e certificados,entre outros documentosnecessários.

Envie suas opiniões,sugestões e críticas para

o jornal LogWeb:[email protected]

PLM em novoendereçoO escritório comercial daPLM de São Paulo está emnovo endereço: AvenidaJoão Paulo Ablas, 1.000 –Jardim da Glória – Cotia –SP – CEP 06711-250. Onovo telefone é: 116886.3350.

30REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

n LogWeb n

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Multim

odal

TRANSPORTADORAS

NOVAS ATRIBUIÇÕESSÃO INCORPORADASPARA SOBREVIVER EATENDER AO MERCADOJá que o Brasil possui uma malha eminentemente rodoviária, as transportadoras exercem um papel extre-mamente importante no Supply Chain. E, pela constante evolução, uma série de serviços extras está sendoagregada aos tradicionais, fazendo com que “migrem naturalmente para a condição de operador logístico”.

Na edição anterior dojornal LogWeb, demosdestaque às atribuições

dos operadores logísticos.Nesta, complementando o as-sunto, vamos ressaltar as atri-buições das transportadoras.

“Dentro do contextologístico, as transportadorassempre atuaram de formadeterminante para o sucessoou não de toda a SupplyChain. Isto porque elas estãoinseridas no início, no meioe no fim das operações e,portanto, a qualidade do ní-vel de serviços prestados e aconsistência das informaçõesrepassadas ao longo de todacadeia tornaram-se os princi-pais fatores diferenciais parao mercado que as contrata.”

A avaliação é de MarceloAlmeida Alencar, gerente deprojetos logísticos da Cam-pos Operador Logístico(Fone: 19 3782.6800).

Ainda segundo ele, astransportadoras, principal-mente as do modal rodoviá-rio, deixaram de ser apenasmais um “elo” na cadeia deabastecimento, e passaram ase configurar como um agen-te extremamente importantedentro da estratégia logísticade qualquer empresa.

“Nos últimos dez anos,com o reconhecimento daimportância da logística parao negócio, as informaçõesoperacionais passadas pelastransportadoras se tornaramimprescindíveis para o plane-jamento estratégico de várias

áreas dentro da empresa con-tratante. Seu custo para essasempresas é de extrema rele-vância na viabilização ou nãode um determinado projeto.Em situações cujos produtosfinais possuem um baixo va-lor agregado, o custo dotransporte pode atingir índi-ces superiores a 50% sobre opreço final do mesmo.”

Alencar também diz queas transportadoras deverão

assumir uma postura direcio-nada para uma parceria cadavez mais estreita com seusclientes, agregando valoressubstanciais ao serviço pres-tado, de maneira a contribuirpara o sucesso comercial detoda cadeia de abastecimen-to. Para isso, deve existir umcomprometimento das trans-portadoras com investimen-tos constantes em tecnologiae nos seus recursos humanos.

Eduardo Allemand, ge-rente comercial corporativoda Cargolift (Fone: 412106.0721), também consi-dera que as transportadorassão responsáveis pela etapamais importante dentro doprocesso logístico, pois éonde se encontra a atividadecom maior custo na logísticae o Brasil possui uma malhaeminentemente rodoviária.“O transportador rodoviárioassume um papel de fazer aspontas deste processo e des-ta forma é medido pela satis-fação dos clientes finais econsumidores. Suas atribui-ções vão além de transportare entregar corretamente osprodutos. Questões comoqualidade, saúde, segurançae meio ambiente estão pre-sentes na pauta de empresascom grande visão”, conside-ra Allemand.

Pelo seu lado, LuizFelippe Marques Perrella, co-ordenador de operaçõeslogísticas da Cirlog Transpor-tes (Fone: 11 4977.7778), des-taca que, com base na atuaçãoda sua empresa no segmentoda logística automotiva, asprincipais atribuições dastransportadoras, como parteintegrante da cadeia produti-va, residem na provisão derecursos (infra-estrutura,equipamentos, mão-de-obra,sistemas, documentação fis-cal, etc.) para viabilizar ade-quadamente o processo demovimentação de materiaisentre fornecedores e clientes.

“As pessoas têm um pa-pel fundamental nessa novaabordagem. Todos os colabo-radores deverão estar cons-cientes de que os clientesconfiam às transportadorasuma etapa muito importanteda cadeia, que é a disponibili-dade do produto certo, no mo-mento certo, nas quantidadese com a qualidade rigorosa-mente necessárias à conclu-são de processos produtivosou de entrega ao cliente final.De nada adiantam os esforçospara buscar competitividade einovação, tais como investi-mentos em modernização delinhas de produção, treina-mento de pessoal e divulgaçãose os produtos não chegaremao seu destino final com a suaintegridade preservada e notempo esperado”, adverte.

Robinson Amâncio, dire-tor de novos negócios da Pri-me Soluções em Logística eTransportes (Fone: 11 4168.7260), também consideraque a principal e macro atri-buição das transportadoras éentregar a carga no destina-tário com segurança, no me-nor prazo e custo.

Segundo ele, com o pas-sar dos anos, o crescente em-prego da tecnologia e o au-mento da concorrência tor-nou o mercado cada vez maisexigente, fazendo com queatribuições, antes secundá-rias, como a informação comrapidez e acuracidade, o aten-dimento personalizado eininterrupto, a apresentaçãono cliente final e a qualidadedos recursos utilizados ga-nhassem destaque de diferen-cial na prestação do serviçode transporte.

NOVASATRIBUIÇÕES

Pelo exposto, quais se-riam as novas atribuições dastransportadoras?

Rogério K. de Oliveira,sócio-diretor da OTI Trans-portes (Fone: 51 3361.1919),considera difícil separar asatuais atribuições de umatransportadora das novas atri-buições, pois, dado o caráterde evolução constante no se-tor, quem não se atualizar cor-re o sério risco de ficar defini-tivamente fora do mercado.

“Peço licença para com-parar os moldes em que tra-balhavam as antigas transpor-tadoras – e para isso não épreciso recuar muito no tem-po, pois falamos aí de final

“A principal e macro atribuição das transportadoras éentregar a carga no destinatário com segurança, no menorprazo e custo”

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da década de oitenta e co-meço da década de noven-ta – das atuais atribuiçõesde uma transportadora quese pretende moderna ecompetitiva”, diz Oliveira.

Segundo ele, em tem-pos nem tão remotos as-sim, a competição notransporte terrestre – “so-berano na distribuição decargas no Brasil” – não eratão acirrada e nem apre-sentava tanta qualidade,pois definido o nicho demercado em que cadatransportadora poderia atu-ar, dada a sua inversão decapital na atividade produ-tiva, bastava que esta cole-tasse carga num determina-do local constante de suaárea de atuação geográficae entregasse em outro tam-bém constante de sua áreade atuação geográfica.“Poucos eram os atrativosque faziam o cliente mu-dar de uma para outraprestadora de serviço. Aqualidade normalmente seequivalia, assim como ovalor do frete apresentavadiferença quase desprezí-vel. Logo, neste tempo, po-díamos distinguir clara-mente dois tipos de servi-ços: um, o da transporta-dora tradicional, aquela decarga e descarga que sim-plesmente fazia a ponte ro-doviária entre o vendedore o comprador e que esta-va estabelecida com umacarteira de clientes mais oumenos estável, e o outro,os serviços de logísticaainda sem o grau de desen-volvimento que teriamposteriormente, que fazi-am o gerenciamento doestoque, via de regra degrandes grupos empresa-riais que se dedicavam aosegmento industrial ou co-mercial”, explica o sócio-diretor da OTI Transportes.

E ele, então, pergunta:o que mudou até os dias dehoje?

“Cada empresa possuiuma particularidade noque se refere à formacomo deve ser atendida”

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“Em primeiro lugar, tem-se que o surgimento de no-vos participantes, de grandeou pequeno potencial, noramo do transporte acirrou aconcorrência, pois aí se co-meça a luta por espaço nomercado onde todas as ar-mas, desde a redução drásti-ca de preço até inovações noprocesso ou no produto finaldo serviço apresentado, sãousadas na tentativa de seabocanhar maiores fatias des-se mercado ou de tentar so-breviver no mesmo. Em se-gundo lugar, em parte comodecorrência do primeiro fa-tor, o cliente começou a terum grande poder de barga-nha, ou seja, o jogo havia mu-dado; passávamos para a faseonde a estabilidade ou a fide-lidade do cliente exigia umesforço bem maior das trans-portadoras. Agora seria neces-sário bem mais do que sim-plesmente um preço competi-tivo ou um serviço de quali-dade para satisfazer as exigên-cias dos clientes, ou seja, alémde apresentar uma combina-ção de serviço de qualidade ebaixo valor de frete, as trans-portadoras teriam que partir nabusca da satisfação dos servi-ços que os clientes queriamver agregados ao simplestransporte de um local para ooutro”, diz Oliveira.

Diante desse novo quadro– continua ele –, embora ain-da fossem coisas distintas,até mesmo juridicamente, osserviços puros de transportee de logística passam a seaproximar cada vez mais,porque agora não era maissomente o grande grupo em-presarial que necessitava daestocagem e da distribuiçãoem tempo e locais adequa-dos, mas também o pequenocomerciante e o pequenoindustriário precisavam deagilidade nas coletas, nasentregas e necessitavam, devez em quando, da armaze-nagem para futura distribui-ção de seu produto transpor-tado. “Essa mescla de servi-ços logísticos com o trans-porte puro e simples é um dosserviços que as transportado-ras se viram obrigadas a agre-gar. Além disso, uma série deserviços extras foi agregadaaos tradicionais, a fim demanter a satisfação dos cli-entes. Dentre esses podemosdestacar os serviços de infor-mação via e-mail, site e atra-vés de mensagens instantâne-as que visam manter o clien-te absolutamente ciente da

posição de sua carga nos di-versos estágios que esta per-corre, desde a coleta até aentrega. Da mesma forma, osserviços de intermediaçãoque a transportadora faz en-tre o fornecedor e o clientenão se resumem mais sim-plesmente à coleta e entrega,já que agora a transportado-ra muitas vezes toma a fren-te na solução de problemasque antes só faziam parte darelação vendedor-comprador.Muitas vezes as transporta-doras, a pedido de seu clien-te, contatam os fornecedoresa fim de agendar coletas everificar o andamento de pe-didos específicos para que sepossa estabelecer no temponecessário a entrega da qualo cliente tanto necessita.Diante desse fato, se faz ne-cessária cada vez mais umaintegração entre cliente eprestador de serviço, para queeste último possa estender oslimites do atendimento ao seucliente, sabendo realmentequais os serviços que podeprestar, ampliar e criar.”

Para Oliveira, essa siner-gia, ao contrário do que po-dem pensar alguns, não sig-nifica meramente um aumen-to nos serviços prestados semqualquer contrapartida finan-ceira, pois diante do quadrode intensa competitividade,esse talvez seja o caminhomais adequado para se estabe-lecer uma carteira sólida e es-tável de clientes e para, a par-tir daí, com um sólido conhe-cimento neste tipo de relaçãoe com uma sólida reputaçãoque isso traz, partir para umdesenvolvimento maior daempresa.

Para Alencar, da Campos,hoje em dia, as transportado-ras estão sendo obrigadas ater uma visão sistêmica maisapurada e a entender melhorseu posicionamento dentro daestratégia logística dos seus

clientes. Como conseqüên-cia, passaram a visualizarmais facilmente as novasoportunidades de negócio,saindo da condição de sim-ples executoras e tomandouma posição mais estratégica.

“Agregando novos servi-ços, além de simplesmentetransportar, algumas empre-sas de transporte acabarammigrando naturalmente paraa condição de operadoreslogísticos, estreitando aindamais a relação comercial comseus clientes e garantindouma maior fidelização dosmesmos. A nova atividade aser exercida é a de ser uma‘parceira estratégica’ dos seusclientes”, analisa.

Allemand, da Cargolift,também enfoca a evoluçãodas transportadoras quandoaponta as novas atividades.

De acordo com ele, a evo-lução dos transportadorespassa pela definição de seusobjetivos estratégicos, ouseja, a empresa definiu-secomo um operador logístico,buscando agregar valor emtodas as etapas, fazendo in-vestimentos e ampliando suagama de serviços, ou poderáoptar em trabalhar para umapequena quantidade de ope-radores logísticos, nacionaisou internacionais.

Já Perrella, da Cirlog,considera que cada empresapossui uma particularidade noque se refere à forma comodeve ser atendida. “Com oavanço da tecnologia e a cres-cente demanda por novas apli-cações para atender às neces-sidades dos consumidores fi-nais, estamos vivendo um pe-ríodo em que a gestão dessesrecursos representa um fatorchave para fortalecer parceri-as e antecipar soluções de for-ma a prover respostas rápidasaos clientes: controle rigoro-so do processo, uma vez queos equipamentos de transpor-te podem ser consideradoscomo verdadeiros armazénsem movimento em razão da di-minuição dos níveis de inven-tário das empresas; as transpor-tadoras formam o elo de liga-ção entre clientes e fornecedo-res, antes, durante e após todoo processo produtivo; são, por-tanto, representantes dos for-necedores perante os seus cli-entes.”

O coordenador de opera-ções logísticas da Cirlog con-sidera que não basta, também,se ater apenas a conhecimen-tos relacionados ao transpor-te. O custo faz a empresa sercompetitiva, e é fundamentalentender os processos de cadacliente quanto ao despacho,cadeia produtiva, forma de es-coamento, legislação do pro-duto e do país e, sobretudo, oque o cliente realmente bus-ca para direcionar o recurso ea demanda de forma eficaz.

Para Amâncio, da Prime,a macro atribuição das trans-portadoras – entregar a cargano destinatário com seguran-ça, no menor prazo e custo –permanece a mesma, mas aatualização do setor exige umnível bastante alto de criativi-dade, fazendo com que osprofissionais busquem umaforma diferente e melhor defazer a mesma coisa.

Num mundo globalizado, a distribuição pode significar adiferença de o consumidor comprar ou não o produto”

“Dada a evolução constante no setor, quem não se atualizarcorre o risco de ficar definitivamente fora do mercado”

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Alencar, da Campos:transportadoras sempreatuaram para o sucessoou não da Supply Chain

“Nesta busca, novasatividades estão sendoexercidas pelas transpor-tadoras, como separaçãoe identificação das car-gas, adequação da cargaem paletes de acordocom as especificações docliente final, contatocom o cliente final paraagendamento das entre-gas, digitalização de do-cumentos, armazenagemde cargas por pequenosperíodos, parcerias comempresas que fornecemdiferentes modais detransportes, pesquisas desatisfação, etc.”, comple-ta o diretor de novos ne-gócios da Prime.

Cláudio Siqueira, as-sessor de imprensa daTrês Gerações Transpor-tes (Fone: 11 3763. 8100),considera que, atualmen-te, a transportadora, alémde realizar funções habi-tuais de uma empresa detransportes, foca no pla-nejamento estratégico,controle fiscal, controlede mercadorias, armaze-namento, captação de in-formações e divulgaçãoda marca do cliente, atra-vés de veículos com apropaganda do produto,além da rapidez nas en-tregas.

“Num mundo globa-lizado, onde os produtostêm preços, qualidades etecnologia idênticas, adistribuição no ponto derevenda em todos os lo-cais com rapidez, quali-dade e preços competiti-vos pode significar a di-ferença de o consumidorcomprar ou não o produ-to. E a logística que foiincorporada ao setor detransporte, há poucomais de 10 anos, é umgrande diferencial para ocliente que quer crescere conquistar mercado”,conclui ele. ●

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TRANSPORTE RODOVIÁRIO

CONCESSIONÁRIASDE RODOVIAS TÊMIMPORTANTE PAPEL NODESEMPENHO LOGÍSTICO

lho onde foi apurado queuma carreta de 25 toneladasgasta R$ 2,24 por quilôme-tro quando trafega numa es-trada sem manutenção eR$ 1,60 para percorrer a mes-ma distância quando suas con-dições são consideradas boas.

“Estas duas pesquisasmostram que as rodoviasconcedidas são fundamentaispara melhorar o desempenhologístico do País”, apontaMoacyr Duarte, presidenteda ABCR – Associação Bra-sileira de Concessionárias deRodovias (Fone: 11 5102.3999), ao fazer uma análisesobre a participação destasconcessionárias no desempe-nho logístico brasileiro.

Ele também informa quea ABCR possui 37 concessio-nárias associadas em oitoestados: Bahia, Espírito San-to, Minas Gerais, Rio deJaneiro, São Paulo, Paraná,Pernambuco e Rio Grande doSul. “No total, são 9.851 qui-lômetros de rodovias concedi-das para a iniciativa privada, oque representa cerca de 6% damalha pavimentada brasileira.O percentual parece pequeno,

mas os trechos concedidosconcentram o fluxo de veícu-los das grandes regiões produ-toras (Sul e Sudeste), comgrande movimentação de veí-culos leves e pesados”, avaliaDuarte. Do total de concessio-nárias, 6 são federais, 30 esta-duais e uma municipal.

PROBLEMASMas, embora sejam fun-

damentais para o desempe-nho logístico, as concessio-nárias enfrentam problemas.

Segundo o presidente daABCR, um deles diz respei-to à base de pagantes.

“Em 2003, por exemplo,foi criado o Grupo Paritáriode Trabalho da Rodovia Pre-sidente Dutra (GPT–Dutra),com o objetivo de identificaros principais problemas e dis-cutir soluções para a ViaDutra. Formado por entida-des representativas dos trans-portadores de carga, empre-sas e autônomo, com a parti-cipação de representantes dopoder concedente e pela con-cessionária NovaDutra, ogrupo se reúne mensalmentepara identificar problemascomuns e discutir soluções.Um dos principais temas dis-cutidos é exatamente a ques-tão da base de pagantes.Atualmente, apenas 10% dosmotoristas que utilizam a ViaDutra pagam o pedágio, de-vido à localização das praças.Um estudo realizado pelogrupo sobre este assunto jáfoi enviado para a AgênciaNacional de Transportes Ter-restres (ANTT). A nova mo-delagem da segunda etapa deconcessão de rodovias fede-

rais já prevê um número maiorde praças de pedágio paraaumentar a base de pagantes,o que pode permitir a reduçãodo valor das tarifas.”

Duarte ressalta, ainda,que é importante avaliar, tam-bém, que o avanço da tecno-logia irá permitir, a longo pra-zo, que se cobre, por meioeletrônico, de todos os veí-culos que utilizarem os tre-chos concedidos.

Além disso – ainda segun-do o presidente da ABCR –, é

importante destacar o proble-ma do excesso de peso. NoBrasil, o controle deste pro-blema convive com umagrande série de abusos, mistoda inexistência de um númeroadequado de balanças combi-nado com normas permissivase falta de conscientização comrelação ao dano direto e indi-reto que o excesso de cargacausa à malha viária, bemcomo aos próprios veículos, àsegurança dos demais usuáriose ao valor do frete. ●

E m dezembro de 2005,a FIA/USP - FundaçãoInstituto de Adminis-

tração da USP da Universi-dade de São Paulo publicouo “Balanço Socioeconômicodo Programa de Conces-sões”. O estudo demonstraque, a cada R$ 1,00 pago empedágios nas rodovias conce-didas de São Paulo, a socie-dade recebe de volta R$1,84em benefícios socioeconômi-cos. A FIA/USP consideroucomo benefícios no desem-penho logístico a economiade combustível, o baratea-mento dos custos de transpor-te resultante da rodagem empistas bem conservadas e aredução da emissão de carbo-no. Diretamente para o usuá-rio, o retorno se dá tambémcom o socorro médico e me-cânico, atendimento nas pis-tas e a diminuição da ocorrên-cia de acidentes. Além disso,há os tributos arrecadados e acriação de empregos.

Por outro lado, o Institu-to de Pós-graduação e Pes-quisa em Administração daUniversidade Federal do Riode Janeiro realizou um traba-

Investimento em transporte/PIB %

Conseqüencia do Programa de Privatização das Rodovias:Pesquisa CNT

Arrecadação de tributos das concessionárias (em milhões)

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Tecnologia daWhereNet reúneRFID ativo/GPSem tempo realpara terminaismarítimosA WhereNet Corp., uma com-panhia da Zebra Technologies(Fone: 11 3857.1466), anuncioua disponibilidade do WhereNet®

Marine Terminal Solution (MTS)versão 4.0. Utilizando o siste-ma de localização em temporeal de RFID ativo, baseado nospadrões ISO 24730, com a op-ção de acrescentar tecnologiaDGPS (Differential GlobalPositioning System), a novaaplicação de docas ou termi-nais marítimos oferece o maisabrangente rastreamento de lo-calização do setor, permitindoaos operadores de terminais dequalquer tamanho “ver” cadacontêiner – mesmo nos ambi-entes mais problemáticos. Se-gundo Louis Bianchin, analistasênior da Venture DevelopmentCorporation, no MTS versão4.0, a WhereNet reuniu o me-lhor da tecnologia RTLStechnology com a mais avança-da tecnologia de rastreamentoDGPS. O sistema único e inte-grado sem fio inclui o middle-ware Visibility Software Server(VSS) da WhereNet; softwareespecífico de rastreamento decontêineres (MTS); uma infra-estrutura de hardware que con-siste de pontos de acessoWhereLAN™; e o novo contro-lador WhereTrack™ que integraum transmissor de RFID ativoWhereTag™, um receptor GPSe um modem Wi-Fi em um úni-co dispositivo para acompanha-mento de Manejo de Equipa-mentos de Contêiner (Contai-ner Handling Equipment - CHE).

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TRANSPORTE FERROVIÁRIO

FERROANEL:A PASSOS CURTOSO projeto do anel ferroviário em São Paulo nasceu em 2003, mas as obras ainda não começaram, apesar desua grande importância para a logística brasileira. O Ferroanel, que custará cerca de R$ 1 bilhão e deverá serexecutado em 36 meses, está em seus primeiros passos...

do Ferroanel, dentro destaquestão, está a melhora nacirculação ferroviária, na co-leta e distribuição, na ativi-dade produtiva e na qualida-de de vida.

Entre as conclusões doestudo estão: investimentosem infra-estrutura ferroviáriadevem ter como base as de-mandas de longo prazo queapontam para a priorizaçãode rotas ferroviárias inter-re-gionais e nacionais; dado ointeresse público envolvido,as decisões devem ser toma-das com base em políticas eações definidas pelo setor pú-blico, e não através de uma

negociação entre uma Agên-cia Reguladora, cuja funçãoé regular e supervisionar asatividades concedidas, e umaempresa operadora.

BENEFÍCIOSA concretização do

Ferroanel em São Paulo podetrazer muitos benefícios parao Brasil. De acordo com Pau-lo Sérgio Passos, secretário-executivo do Ministério dosTransportes, a construção doFerroanel é uma medida deutilidade pública, com vistasa possibilitar o aumento dovolume do transporte ferro-

viário de cargas destinadas aomercado local e exportação,bem como a expansão emaior segurança do transpor-te de passageiros, na RMSP.

“Cabe também notar queo projeto possibilitará não sóuma transposição mais efi-ciente de cargas pela RMSPe solução de um conflito coma CPTM, mas, também, umareorganização do sistemalogístico nacional, permitin-do que cargas vindas do Cen-tro-Oeste possam ser trans-portadas de forma mais eco-nômica para o Porto deItaguaí Sepetiba, no Estadodo Rio de Janeiro, e para oPorto de Santos, no Estado deSão Paulo, demonstrando ainequívoca importância des-se projeto”, salienta.

Na opinião de GilsonAparecido Pichioli, gerenteda Transporte e ComércioFassina (Fone: 11 4533.3244), o principal benefícioa ser oferecido pelo Ferroanel(tramo norte) será liberar acirculação das composiçõesferroviárias sem a necessida-de de transitarem pelo cen-tro da Capital, onde a prefe-rência é dada aos trens daCPTM, fato que limita a cir-culação principalmente nohorário diurno (comercial).

Segundo ele, isto permi-tirá que a ferrovia obtenhamais produtividade e plane-jamento no transporte de car-gas, particularmente às vol-tadas ao Estado de São Pau-lo, com origem e destino aoPorto de Santos e Vale doParaíba. “No tocante ao Bra-sil, obviamente as cargas vin-das do centro-oeste (soja,etc.) também serão favore-cidas”, concorda ele com osecretário-executivo.

Analisando também nosentido de “liberação”, SamirKeedi, professor e consultor,declara que o Ferroanel será

muito útil no momento emque ele ajudar a livrar a cargado transporte rodoviário, redu-zindo seu frete, e que este nãotiver que circular pela cidadede São Paulo. “Exatamentecomo deve ocorrer com o pró-prio transporte de trem, inde-pendente do Ferroanel. Natu-ralmente, apenas o Ferroanelnada será se o restante do sis-tema, interior/Ferroanel eFerroanel/Porto de Santos, evice-versa, não funcionar ade-quadamente. Nesse caso tere-mos no Ferroanel um elefantebranco”, considera.

Segundo Júlio FontanaNeto, presidente da MRSLogística (Fone: 08009793636), empresa que de-tém a concessão do tramonorte do Ferroanel, o aumen-to da capacidade de transpor-te com o novo projeto podechegar a 30%.

Por sua vez, Jadir Rodri-gues Costa, diretor de depar-tamento da Secretaria Muni-cipal de Indústria e Comér-cio de Itaquaquecetuba(Fone: 11 4642.2121) – umdos municípios por onde otramo norte do Ferroanel pas-sará – acredita que o projetoé viável para a região.

As vantagens que estaobra trará para a região en-volve a diminuição de veícu-los de carga pesada, locali-zadas na área urbana, facili-tando o fluxo de veículos uti-litários, como também amelhoria de acesso célere àscargas transportadas, confor-me expõe Costa.

“O Ferroanel trará para aregião desenvolvimentoeconômico, tendo em vista aabrangência de diversos seto-res deste município, bemcomo dos municípios vizi-nhos, uma vez que faz divisacom a São Paulo/Capital,Guarulhos, Mogi das Cruzes,Suzano, Poá e Arujá”, declara.

E COMO ANDA?Os primeiros passos já

foram dados e, como foi pos-sível analisar, o projeto trarábenefícios não só para SãoPaulo, mas também para oBrasil. E como continua essahistória?

No início deste ano, ogovernador do Estado de SãoPaulo, José Serra, declarou:“feito o Ferroanel, facilitaráo transporte metropolitano efacilitará a exportação, tre-mendamente. Não é umaobra cara, só que ela está fora

E ra uma vez um proje-to ferroviário criadopara melhorar o fluxo

na Região Metropolitana deSão Paulo – RMSP e facili-tar o acesso ao porto de San-tos. Seu nome era Ferroanel,e começou a dar seus primei-ros passos em 9 de outubrode 2003, quando o então go-vernador Geraldo Alckmin,ao assinar o protocolo de in-tenções com o Ministério dosTransportes para implantaçãodo projeto, disse: “estamosdando hoje o primeiro passode uma obra importante parao país, que vai facilitar a che-gada de carga da região Sul,Centro-Oeste e Norte do Paísao porto de Santos, o mais im-portante da América Latina”.

O projeto prevê a constru-ção de 66 quilômetros de fer-rovias entre Campo LimpoPaulista e Engenheiro Ma-noel Feio, em Itaquaque-cetuba (tramo norte), e mais48 quilômetros entre VilaCalifórnia e Evangelista deSouza (tramo sul). O objeti-vo é solucionar o conflitoentre o fluxo ferroviário decarga e de trens metropolita-nos na Grande São Paulo.

No mesmo mês e ano foielaborado, pela Secretaria dosTransportes, o seminário “Ne-gócios nos Trilhos”, cujopalestrante, Milton Xavier,então Superintendente de Pla-nejamento daquela Secretaria,expôs alguns números que in-dicavam o tamanho da infra-estrutura do transporte paulistae as suas deficiências.

O estudo mostrou que afalta de conexão ferroviáriana RMSP levou à operaçãoconjunta carga-passageiros,que é uma fonte de impactono meio urbano. No futuro,essa situação tende a se agra-var com o aumento projeta-do dos fluxos.

Como principais funções

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Passos, do Ministério dos Transportes: construção do Ferroanelvisa possibilitar o aumento do volume do transporte ferroviáriode cargas destinadas ao mercado local e exportação

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da alçada do governo. Éuma obra de natureza fe-deral, porque é o Gover-no Federal que ainda tempropriedade dessa área, edas concessionárias”.

A partir daí, quais asações federais para viabi-lizar a construção doFerroanel?

De acordo com Pas-sos, o Governo Federalrealmente é o órgão res-ponsável pela execução eimplementação do proje-to e já vem adotando me-didas concretas para aviabilização deste, comoé o caso da contratação doestudo de viabilidade eco-nômico-financeira, con-cluído no mês de junhodeste ano (mas ainda nãodivulgado até o fecha-mento desta edição).

O secretário-executi-vo do Ministério dosTransportes informa queo orçamento total estima-do do investimento – in-cluindo os dispêndios delicenciamento e de com-pensações ambientais eseguros para a realizaçãoda obra – é de aproxima-damente R$ 1 bilhão.

A respeito do tempoestimado para a execuçãodo projeto, Passos revelaser 36 meses, excluindo otempo necessário para de-sapropriações e realoca-ção de populações.“Deve-se considerar, ain-da, o prazo necessáriopara a execução do proje-to executivo, estimado emtorno de seis meses, quedeverá ser desenvolvidoem paralelo ao processo delicenciamento ambiental”,acrescenta.

De acordo com ele, oinício do processo se darátão logo sejam aprovadosos estudos já realizadospelo BNDES – Banco Na-cional do Desenvolvimen-to, bem como aprovada amodelagem jurídica e eco-nômico-financeira propos-ta para o projeto.

Sobre envolver parce-rias público-privadas(PPP), Passos conta que oprojeto do Ferroanel nãoestá sendo desenhado nosmoldes da Lei nº 11.079,de 30/12/2004, que insti-tui normas gerais para li-citações e contratações deparceria público-privada.“Porém, o projeto doFerroanel encontra-se no

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conjunto de projetos a seremrealizados pelo setor privado,mas que poderão envolver aparticipação do setor públicopara viabilizar o empreendi-mento, em uma espécie deproject finance”, explica.

A respeito do atraso noinício das obras, o secretário-executivo explica que oBNDES, em conjunto com aUniversidade de São Paulo(FIA-USP), realizou um es-tudo que teve por objeto omapeamento, análise e diag-nóstico dos principais garga-los do setor de transporte fer-roviário de cargas do Estadode São Paulo, com especialatenção ao Projeto do Ferro-anel tramo norte. “Este estu-do foi concluído e apresen-tado em meados do mês dejunho de 2007 e encontra-seem análise pelo Ministériodos Transportes, pela ANTT- Agência Nacional de Trans-portes Terrestres, pelo Minis-tério do Planejamento, Orça-mento e Gestão e pelo Minis-tério da Fazenda para, logoapós sua aprovação, servir debase para a etapa seguinte queé a implementação do proje-to”, complementa.

Para Pichioli, da Fassina,independentemente de estarocorrendo ou não atraso nasobras, o importante é que aobra aconteça, “tendo em vis-ta a real necessidade destaconstrução se for levado emconta que o crescimento notransporte de cargas não serásuportado apenas pelo modalrodoviário, sendo a ferroviaopção estratégica e funda-mental, e o Ferroanel condi-ção essencial”.

Sobre o projeto se tornarultrapassado em virtude doatraso, o consultor Keediacredita que por mais queatrase, uma obra desse tiponão será ultrapassada, “vistoque o transporte ferroviárioé excepcional se bem utiliza-do, e o deve ser”, assinala.

Segundo ele, o atraso nas

obras é uma questão típica eendemicamente brasileira,“que nunca dá importânciaao realmente importante, so-mente ao supérfluo e popu-lista. E importante, nestepaís, infelizmente, mas que éa realidade, é a corrupção, odesvio de recursos, o socor-ro aos apaniguados, etc. Nostransformamos no país dosimpostos e dos ralos de suafuga”, expõe.

E SE NÃOACONTECER?

O Ferroanel é uma boasolução para resolver os gar-galos logísticos no país, con-cordam os entrevistados.Mas, e se o projeto não forexecutado? O que pode acon-tece em termos logísticos?

Pichioli, da Fassina, ana-lisa que a não execução doFerroanel limita o crescimen-to das ferrovias. “A ferroviaé condição fundamental paraabsorver o crescimento dotransporte de cargas, princi-palmente nos fluxos direcio-nados ao Porto de Santos eVale do Paraíba, mas mesmoa ferrovia, que já enfrenta li-mitação para transitar pelaCapital, ficará em situaçãocada vez mais difícil sem arealização desta obra, ou seja,terá seu crescimento limita-do”, considera.

Para o consultor Keedi, anão execução do Ferroanelpoderá causar a continuida-de do transporte rodoviáriocaro e o uso do caminhão esuas variantes para o trans-porte de produtos de baixovalor agregado e outros quedeveriam se constituir na suacarga natural, continuandoa passar pela cidade de SãoPaulo. “Mas, novamente di-zendo, o Ferroanel é apenasuma parcela do sistema. Otransporte ferroviário é queprecisa funcionar, sendo oFerroanel um complementoimportante”, expõe.

PARA MELHORAR OTRANSPORTE FERROVIÁRIO

Além do Ferroanel, há outras obrasfundamentais para a melhora no transporteferroviário de cargas, conforme citaPichioli, da Fassina. De acordo com ele,considerando particularmente o fluxo In-terior do Estado de São Paulo para o Por-to de Santos, além do Ferroanel tramonorte, que será o primeiro tramo a ser exe-cutado, podem ser citados:

✵ Ferroanel tramo sul;

✵ Correia transportadora da SerraFunicular, que transportará cerca de 5 mi-lhões de toneladas de minério de ferro porano, da Cosipa em Cubatão para o Pla-nalto, liberando a malha ferroviária parao transporte de carga geral, contêineres ecomodities;

✵ 17 kms de ligação ferroviária nabaixada entre as estações de Perequê eValongo, de modo a permitir que a ferro-via ALL adentre ao Valongo com suas pró-prias locomotivas;

✵ Construção de novos terminaisrodo-ferroviário no Interior do Estado deSão Paulo (principalmente na região deCampinas) e também na baixada Santista(caso do TEVAL anunciado pela ferroviaMRS) para captação de cargas e transfe-rência para a ferrovia;

✵ Reativação da segunda linha de bi-tola larga entre a cidade de Jundiaí e Cam-pinas, que atualmente utiliza uma únicavia.

Já Keedi considera fundamental o in-vestimento no próprio sistema ferroviário,o que, segundo ele, já tem sido feito pelainiciativa privada. “Só falta a parcela dogoverno, já que as ferrovias são de con-cessão para os operadores privados, mascontinuam do Estado, que deveria ter aobrigação de investir nelas, apenas para aoperação pelos concessionários”, diz,acrescentado também a necessidade dodesaparecimento de milhares de passagensde nível e a eliminação de construçõesbeirando as ferrovias, “o que reduz dras-ticamente a velocidade média dos trens,aumentando os custos de transporte elogísticos”, completa.

Em relação às melhorias, o diretor daANTT, Noboru Ofugi, declara que as vá-rias resoluções da Agência regulamentan-do o setor de transporte ferroviário já re-presentam o almejado marco regulatóriodo setor. Segundo ele, a etapa atual “é deaprimorar as resoluções já existentes, quepermitam à ANTT acompanhar as necessi-

dades de mercado”.De acordo com o diretor executivo da

CNT - Confederação Nacional dos Trans-portes, Bruno Batista, parte da malha fer-roviária opera em condições distantes dasideais. Para ele, as Parcerias Público-Pri-vadas (PPPs) possibilitam o aumento dacompetitividade do país através da expan-são e da modernização dos serviços fer-roviários e eliminação dos gargalos deinfra-estrutura e a integração dos corre-dores de exportação, ferrovias e portos.

O diretor executivo da ANTF (Asso-ciação Nacional dos Transportadores Fer-roviários), Rodrigo Vilaça, por sua vez,declara que questionamentos jurídicosvêm dificultando a gestão de recuperaçãodas ferrovias. Ele informa que nesta pri-meira década pós-privatização do setor, ainiciativa privada já investiu R$ 12 bilhõese pagou em impostos R$ 6,2 bilhões, de-vendo investir, em 2007, outros R$ 3,5bilhões.

Já Renato Voltaire Barbosa Araújo,diretor técnico da CNA - ConfederaçãoNacional da Agricultura e Pecuária doBrasil, defende o direito de passagemuniversal de qualquer trem trafegar porqualquer malha, sem nenhum tipo de res-trição, e sugere que o direito de passa-gem possa ser garantido a partir de novoscontratos, como o da Ferrovia Norte-Sul,por exemplo.

Outra melhoria está relacionada àampliação do transporte ferroviário decontêineres no Porto de Santos para aten-der aos novos terminais que serão insta-lados na Margem Esquerda (Guarujá). Deacordo com especialistas, essa medida vaiimpedir a criação de novos gargalos nainfra-estrutura do complexo.

A Codesp - Companhia Docas do Es-tado de São Paulo pretende abrir licita-ção para arrendar as áreas das favelas deConceiçãozinha e Prainha, ambas emGuarujá, e, conseqüentemente, removeraproximadamente 2,5 mil famílias resi-dentes no local para construir dois novosterminais para contêineres.

Segundo o consultor portuário Mar-cos Vendramini, os dois futuros terminaisterão de priorizar o recebimento decontêineres por trilhos. A idéia é descen-tralizar esse transporte das rodovias, di-vidindo de maneira menos desigual o vo-lume escoado pelo Porto de Santos. “Seeu fosse implantar um terminal decontêiner hoje, ampliaria a participaçãona matriz ferroviária. Eu conversaria comas concessionárias das linhas férreas por-que aumentar o transporte ferroviário sig-nifica impedir a saturação do rodoviário”,declara Vendramini. ●

REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

n LogWeb n 39EDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

J O R N A L

DM comemora40 anos eanunciainvestimentosAo comemorar 40 anos, aDM Transporte e LogísticaInternacional (Fone: 513841.7100) lançou umalogomarca com selo de 40anos, programou investi-mentos em renovação defrota e mudança de base dafilial de São Paulo, SP, en-tre outros, visando um cres-cimento mais vigoroso.Com essas ações, a em-presa espera atingir umfaturamento de US$ 37,3milhões este ano, o querepresenta um acréscimode 19% em relação ao anoanterior. A DM investiuR$ 16 milhões na comprade 40 cavalos Stralis 6x2,da montadora Iveco, e mais60 carretas sider, da Guer-ra. Parte dos novos veícu-los já está rodando pelasestradas nacionais e inter-nacionais. Já a partir do se-gundo semestre desse ano,a filial de São Paulo estaráde endereço novo. Para co-memorar a data e impulsio-nar ainda mais o cresci-mento, a DM está consoli-dando as suas atividadesnessa base, integrando alogística das operações detransporte. “A nova basetem cerca de 2.000 m2 eestá localizada em umaregião estratégica: próximaao Rodoanel e às viasDutra, Bandeirantes e RégisBittencourt. Outra necessi-dade estratégica supridacom essa mudança é umpátio para caminhões, oque facilitará o engate edesengate, manutenção eabastecimento no local,além da integração maiorentre os colaboradores doescritório e os motoristasda DM”, explica Carlos Fa-rias Júnior, gerente comer-cial da filial São Paulo.

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40REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº65�JULHO�2007

n LogWeb n

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Conquestoferece serviçode cargasfracionadasA Conquest Logística eConsultoria Aduaneira(Fone: 13 3221.6959) – em-presa especializada emoperações porta a porta –lançou recentemente o ser-viço de transporte marítimode carga LCL (Less thanContainer Load), tambémconhecida como fracionadaou pier. Inicialmente, deacordo com o gerente deimportação da empresa,Boris Mayoral, a companhiaatuará com operações deimportações dos EstadosUnidos, via Miami, direta-mente para o Porto de San-tos, SP, e com freqüência se-manal. Segundo Mayoral, “onovo produto é conseqüên-cia da recente parceria fir-mada entre a Conquest e aempresa norte-americanaTWS (Trans World Shipment),que conta com um armazémem Miami de aproximada-mente 5.000 m2, para con-solidação das cargas prove-nientes de diferentes regi-ões dos Estados Unidos”.Ele também destaca que otransit time é de apenas 13dias. Além disso, a Conquestconta com a infra-estruturada parceira Transbrasa paradesova dos contêineres, oque garante ainda mais ra-pidez às operações.

Tarvildispõe demáquinafresadora parapaletesA frezadora da Tarvil (Fone:49 3246.4235) foi desenvol-vida para frezar madeiracom o objetivo de desquinar,para facilitar o acesso dogarfo nos paletes. Apresen-ta capacidade de proces-samento de 600 tabuas porhora, trabalhando madeirascom larguras de 100 a 300mm, espessura de 12 a 30mm e comprimento de 800a 1.400 mm.

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