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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 20 de agosto de 2019

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CLIPPING 20 de agosto de 2019

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SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Incidência de queimadas e o crescimento da frota de veículos preocupa especialistas ............................ 4

Cetesb registra Ribeirão Preto como a pior qualidade do ar nesta segunda-feira .................................... 5

Ribeirão Preto registra pior nível de qualidade do ar no estado de SP, aponta Cetesb ............................. 6

Frase: Maria Lucia Guardani ........................................................................................................... 7

Apesar do tempo seco, a qualidade do ar segue boa .......................................................................... 8

Logística reversa é obrigatória para renovação de licença de operação em SP ....................................... 9

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ..................................................................... 11

Entrevista com o Deputado, Kim Kataguiri - Parte 2......................................................................... 11

Salesópolis passa a ser a cidade do Alto Tietê com maior número de obras paradas ou atrasadas no Alto Tietê, aponta TCE ........................................................................................................................ 12

Mortandade de peixes no Ribeirão dos Toledos faz Guarda Municipal ir à polícia .................................. 16

Defesa Civil retira 150 kg de peixes mortos do Ribeirão dos Toledos .................................................. 16

Licenciamento ambiental .............................................................................................................. 17

Rio fica preto e contaminado por produto químico em São Roque ...................................................... 18

Despejo de produtos químicos gera fiscalização em rios de São Roque ............................................... 19

Lançamento de esgoto sem tratamento no Rio Pardo ....................................................................... 20

Possivel lançamento de esgoto sem tratamento precupam moradores ................................................ 20

Produtos químicos são descartados no Rio Guaçu, em São Roque ...................................................... 21

Moradores de São Roque se preocupam com problemas ambientais ................................................... 22

Produtos químicos são despejados irregularmente em rio de São Roque ............................................. 22

Peixes aparecem mortos no Ribeirão dos Toledos ............................................................................ 23

Ribeirão tem 150 kg de peixes mortos ........................................................................................... 25

Petrobras investe R$ 393 mi em ação de segurança operacional na Replan ......................................... 26

Negócio da China na limpeza do Rio Pinheiros vai beneficiar 3,3 milhões de pessoas ........................... 27

Mais São Paulo com Renata Falzoni: Despoluição dos rios ................................................................. 30

Série: Às margens de um sonho .................................................................................................... 30

“Hortolândia se transforma em modelo na área de saneamento básico” ............................................. 31

Reunião entre prefeito e secretário do Estado aborda melhorias para pescadores de Ubatuba ............... 33

Georrefereciamento recebe ajustes e coloca a Feena na rota da regularização fundiária ....................... 34

Transportes e concessionárias de utilidades são setores responsáveis por quase 50% de acidentes ambientais na Europa, segundo estudo da AIG ................................................................................ 35

Licença de operação do Aterro Sanitário será liberada pela Cetesb .................................................... 36

Danos ambientais em áreas rurais com vegetação nativa resultam em multas de quase R$ 500 mil ...... 37

Polícia Ambiental apreende 182 kg de peixes e multa 6 pescadores em R$ 7,8 mil em Pirassununga ..... 38

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 39

Maior feira de bioenergia do país reúne soluções em 'carbono zero' e da indústria 4.0 em Sertãozinho... 39

Corpo de leão-marinho deve ser preservado ................................................................................... 41

Leão marinho do Aquário de Santos morreu de isquemia intestinal, diz prefeitura ............................... 42

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Queimadas aumentam 82% em relação ao mesmo período de 2018 .................................................. 43

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 45

Vamos vender a Amazônia? .......................................................................................................... 45

Painel: Parlamentares e magistrados reagem a tentativa de dissociar novo favorito à PGR de Flavio Bolsonaro ................................................................................................................................... 46

A longa noite do meio ambiente .................................................................................................... 48

Painel S.A: Emae aluga espaço de R$ 303 mil por mês para nova sede administrativa ......................... 49

Mônica Bergamo: Bolsonaro extraditará sequestrador de Washington Olivetto para o Chile ................... 51

Salvador recebe conferência climática sem representantes do governo federal .................................... 54

ESTADÃO ................................................................................................................................... 56

ONGs se unem em 'Conexão Abrolhos' contra exploração de petróleo no parque nacional ..................... 56

Número de focos de incêndio em todo o Brasil neste ano já é o maior desde 2013 .............................. 58

Empresário interessado em Itaipu foi condenado em ação de R$ 713 milhões ..................................... 59

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 61

Desmonte ambiental pode prejudicar exportações ........................................................................... 61

Mineração em terra indígena, tesouro ou maldição? ......................................................................... 63

O Brasil do futuro ........................................................................................................................ 66

Vale a pena a ambição de crescer sem emissões líquidas de CO₂ ...................................................... 68

Criação de mercado de carbono é desafio em negociação global ........................................................ 71

ANA passa a monitorar barragens em fazendas ............................................................................... 73

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ENTREVISTAS Veículo: Rádio CBN Ribeirão

Data: 19/08/2019

Incidência de queimadas e o crescimento

da frota de veículos preocupa

especialistas

RÁDIO CBN 90,5 FM/RIBEIRÃO PRETO |

MANHÃ CBN Data Veiculação: 19/08/2019 às

09h40

Duração: 00:11:05

Transcrição

incêndios, queimadas, fim de semana,

queimada, alertas, Polícia Militar, Helicóptero

Águia, Rodovia Brigadeiro Faria Lima,

Barretos, Bombeiros, ambientalista, Adalberto

Cunha, poluição, veículos, IBGE, professora de

química ambiental da USP, Maria Lúcia

Campos, CETESB, preocupante, gerente do

departamento de apoio operacional da

CETESB, Carlos Lacava (sonora)

http://cloud.boxnet.com.br/y3ps2pu8

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Veículo: Jornal EPTV

Data: 19/08/2019

Cetesb registra Ribeirão Preto como a

pior qualidade do ar nesta segunda-feira

JORNAL DA EPTV 2ª EDIÇÃO/TV

GLOBO/RIBEIRÃO PRETO Data Veiculação:

19/08/2019 às 19h19

Duração: 00:03:08

Transcrição

Cetesb. Otavio Okano.

http://cloud.boxnet.com.br/y3bj3cw9

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Veículo: G1 Ribeirão Preto e Franca

Data: 19/08/2019

Ribeirão Preto registra pior nível de

qualidade do ar no estado de SP, aponta

Cetesb

Índice desta segunda-feira (19) foi mais

preocupante do que em cidades como São

Paulo e Cubatão. Diretor regional da

Companhia Ambiental alerta para riscos de

doenças respiratórias.

Por EPTV 2

Ribeirão Preto atinge pior nível de qualidade

do ar no estado, aponta Cetesb

Ribeirão Preto (SP) registrou nesta segunda-

feira (19) o pior índice de qualidade do ar de

São Paulo, segundo monitoramento da

Companhia Ambiental do Estado (Cetesb).

A medição mostrou que o nível de poluição da

cidade, entre 62 estações espalhadas pelo

estado, foi ruim entre 1h e 18h, superando

cidades como São Paulo e Cubatão (SP).

No ano passado, com a alta das queimadas na

região, a cidade também apresentou índices

preocupantes.

O monitoramento em Ribeirão é feito por

equipamentos localizados no Parque Maurílio

Biagi, na região do terminal rodoviário e de

ônibus urbanos.

Qualidade do ar em Ribeirão Preto tem índices

preocupantes nos períodos de seca há anos —

Foto: Reprodução/EPTV

O poluente responsável por essa condição é o

MP10, um tipo de partícula inalável associada

a doenças como bronquite e sinusite e que

agrava ainda mais a situação de quem já tem

problemas respiratórios, segundo o diretor

regional da Cetesb, Otávio Okano.

"A qualidade do ar de sexta-feira [16] para

sábado [17] vem piorando, na parte de

material particulado, que é poeira que você

percebe quando passa a mão em cima de uma

mesa", explica.

Os incêndios provocados dentro da cidade

estão entre as principais causas desses índices

em Ribeirão, segundo ele.

"Cabe a nós como cidadãos exatamente

procurar diminuir aquilo que contribui para a

formação do MP10, como por exemplo

queimadas urbanas que contribuem muito e

agravam o problema.

https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-

franca/noticia/2019/08/19/ribeirao-preto-

registra-pior-nivel-de-qualidade-do-ar-no-

estado-de-sp-aponta-cetesb.ghtml

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Veículo: Jornal de Judiaí

Data: 20/08/2019

Frase: Maria Lucia Guardani

http://cloud.boxnet.com.br/y32n59tz

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Veículo: Jornal de Judiaí

Data: 20/08/2019

Apesar do tempo seco, a qualidade do ar

segue boa

http://cloud.boxnet.com.br/yye8cjw3

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Veículo: Novo Varejo

Data: 19/08/2019

Logística reversa é obrigatória para

renovação de licença de operação em SP

Novo Varejo

Patrícia Iglecias, diretora-presidente da

CETESB

A logística reversa no Estado de São Paulo

apresentou importante avanço desde abril de

2018, quando a Decisão de Diretoria CETESB

n°076/2018/C regulamentou a logística

reversa no âmbito do licenciamento ambiental

em vários segmentos, entre eles, filtros

usados do óleo lubrificante automotivo. 'É

importante salientar que as primeiras

penalidades por descumprimento da Decisão

de Diretoria foram aplicadas recentemente, o

que mostra a direção dessa nova gestão no

que diz respeito ao cumprimento da

legislação', afirma Patrícia Iglecias,

diretora-presidente da CETESB, que é a

primeira mulher a presidir a autarquia em 50

anos de sua fundação.

Em entrevista à Revista e Portal Meio Filtrante,

Iglecias ressalta que as empresas sujeitas à

fiscalização ambiental no âmbito da CETESB,

com setores e produtos elencados na

Resolução SMA 045/2015 e na Decisão de

Diretoria CETESB 076/2018/C, não vão

conseguir renovar a licença de operação sem

comprovar participação em um sistema de

logística reversa. 'A lei foi feita para ser

cumprida. O Estado está avançando nesse

tema e vai continuar avançando, não tem

como ser diferente, não pensamos em

nenhum tipo de retrocesso', completa.

As sanções são pesadas. O Decreto Federal Nº

6.514/2008 determina que quem descumprir

obrigação prevista no sistema de logística

reversa está sujeito à multa de R$ 5.000,00 a

R$ 50.000.000,00. Está prevista também pena

de detenção, de um a três anos, para quem

deixar de cumprir obrigação de relevante

interesse ambiental, como foi estabelecido no

artigo 6º da Resolução SMA 045/2015. 'Sobre

o grau da sanção, sempre se considera a

característica da infração e o tipo de

penalidade, qual é o efeito que ela acarreta.

Na nossa avaliação, a penalidade econômica

tem um efeito maior e melhor nesse caso,

pela característica do infrator, do que a

penalidade de prisão', comenta Iglecias. 'Se

não houver o cumprimento da legislação, nós

somos obrigados a aplicar as sanções cabíveis,

não é uma escolha nossa aplicar ou não'.

O segmento de filtros de óleo lubrificante

automotivo já conta com o Descarte

Consciente Abrafiltros, programa voltado a

empresas que fabricam ou comercializam

filtros do óleo lubrificante automotivo com

marca própria, incluindo montadoras de

veículos. É reconhecido pelos órgãos

ambientais e desde 2012, data de sua criação,

já reciclou 14,5 milhões de filtros em

municípios dos estados de São Paulo, Paraná e

Espírito Santo. João Moura, presidente da

Abrafiltros, explica que o programa Descarte

Consciente Abrafiltros permite que as

empresas cumpram a legislação em menor

tempo e com menor custo, por se tratar de

iniciativa de interesse de grupo.

Atualmente, 16 empresas participam do

programa: Cummins Filtration do Brasil;

Donaldson do Brasil Equipamentos Industriais

Ltda.; Ford Motor Company; General Motors

do Brasil Ltda.; Hengst Indústria de Filtros

Ltda.; Magneti Marelli Cofap Fabricadora de

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Peças Ltda.; Mahle Metal Leve S.A.;

Mann+Hummel do Brasil Ltda./Filtros Wix;

Parker Hannifin Indústria e Comércio Ltda. -

Divisão Filtros; Poli Filtro Indústria e Comércio

de Peças para Autos Ltda.; Rheinmetall

Automotive - Motorservice Brazil; Robert

Bosch Ltda.; Scania Latin America Ltda;

Sofape Fabricante de Filtros Ltda./Tecfil;

Sogefi Filtration do Brasil Ltda./Filtros Fram; e

Wega Motors Ltda.

As empresas que fabricam ou comercializam

filtros de óleo lubrificante automotivo com

marca própria, incluindo montadoras de

veículos, podem obter mais informações sobre

o programa pelo site

www.abrafiltros.org.br/descarteconsciente.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29406065&e=577

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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Rádio Jovem Pan

Data: 19/08/2019

Entrevista com o Deputado, Kim Kataguiri - Parte 2

RÁDIO JOVEM PAN 620 AM/SÃO PAULO |

Jornal da Manhã Data Veiculação: 19/08/2019

às 09h17

Duração: 00:14:34

+ informações

Transcrição

[...] estamos recebendo aqui nos nossos

estudos deputado pelo dente São Paulo, Kim

kataguiri do estado ainda com ainda falando

sobre esse projeto será relatores projeto sobre

licenciamento ambiental está em que fase na

Câmara está em fase de comissões em que pé

está o projeto.

O órgão licenciador mais rigoroso e com

melhor equipamento e que o melhor

aparelhamento e CETESB que justamente o

órgão ambiental e do Estado de São Paulo, O

Estado de São Paulo é o estado que mais

atraem investimentos , em razão da sua

infraestrutura em razão de seu mercado

consumidor de sua legislação tributária de

diversos outros fatores que são

economicamente muito mais relevantes do

que a licença ambiental, em si, porém, a

própria licença hoje, os próprios

empreendedores, hoje, demanda, uma licença

robusta para ter segurança jurídica.

[...]

http://cloud.boxnet.com.br/y2puu7cf

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Veículo: G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Data: 19/08/2019

Salesópolis passa a ser a cidade do Alto

Tietê com maior número de obras

paradas ou atrasadas no Alto Tietê,

aponta TCE

Em março, mapeamento do Tribunal de

Contas do Estado havia apontado Ferraz de

Vasconcelos como a primeira do ranking, com

oito obras paradas ou atrasadas. No

levantamento de junho, Salesópolis aparece

com 10 contratos nessas situações.

O mapeamento do Tribunal de Contas do

Estado de São Paulo (TCE) de junho deste ano

apontou que Salesópolis tem atualmente 10

obras paralisadas ou atrasadas. Com isso, a

cidade ultrapassa Ferraz de Vasconcelos, que

em março foi apontada com oito construções

nestas situações, e liderava no Alto Tietê.

Ao todo, na região, são 39 contratos

paralisados ou atrasados, que juntos somam

mais de R$ 241,8 milhões.

Todas as intervenções em Salesópolis são

obras da Prefeitura e somam R$ 5,7 milhões.

Oito delas estão atrasadas e duas paralisadas,

segundo o TCE. Os contratos vão desde obras

de calçadas, sinalização, construção de uma

creche, reforma do Centro Esportivo e do

telhado da Santa Casa de Misericórdia.

Procurada, a prefeitura de Salesópolis não

respondeu a reportagem.

Dos 10 municípios do Alto Tietê, apenas

Guararema não aparece no mapeamento do

TCE.

Arujá

Desde o início do mapeamento do TCE, em

março deste ano, Arujá manteve as duas

obras na lista de atrasadas. Uma é do governo

do Estado, no valor de R$ 526 mil, para

execução de serviços de paisagismo,

manutenção e fechamento para atendimento a

Termo de Compromisso de Recuperação

Ambiental.

Em nota, a Companhia de Desenvolvimento

Habitacional e Urbano (CDHU) informou que

as obras, no conjunto habitacional Arujá C1,

se encontram dentro do cronograma, com

previsão de entrega para fevereiro de 2022.

De acordo com a CDHU, "as obras tiveram um

pequeno atraso durante o mês de

janeiro/2019, devido ao término do plantio

das mudas das espécies definidas pela

Cetesb".

A outra é de construção do estacionamento da

Câmara Municipal, no valor de R$ 795 mil.

A Câmara informou que o contrato foi objeto

de aditamento de prazo em função da

necessidade de construção de um muro de

arrimo.

"Contudo, desde que foi expedida a ordem de

serviço para início da obra, em 7 de novembro

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de 2018, não houve interrupções/paralisações

e os trabalhos seguem sendo executados

regularmente, e que a obra deve ser concluída

até novembro deste ano, conforme o

cronograma", informou em nota.

Biritiba Mirim

O maior contrato em valor no Alto Tietê que

aparece no mapeamento está em Biritiba

Mirim. Trata-se de uma obra de R$ 91,7

milhões para elaboração de projeto básico e

executivo ambiental e execução das obras de

aproveitamento das águas da bacia do Rio

Itapanhaú.

A Sabesp informou que a obra é a

transposição do Rio Itapanhaú e está em

fase de emissão das licenças ambientais

necessárias. "O início dos trabalhos depende

da aprovação dessas licenças. A nova

captação de água permitirá transferir até 2,5

mil litros por segundo desse rio para a represa

Biritiba, que pertence ao Sistema Alto Tietê,

visando aumentar a segurança hídrica na

região", informou a estatal.

O outro é da Prefeitura de Biritiba, no valor de

R$ 820 mil, de pavimentação e drenagem da

estrada do Nirvana trecho II. As duas já

constavam no relatório de março.

Segundo a Prefeitura de Biritiba, a empresa

responsável pela obra de pavimentação e

drenagem da Estrada do Nirvana - Trecho II

está aguardando a liberação do pagamento

pela Caixa Econômica Federal de uma medição

protocolada em março deste ano. Segundo a

empresa, assim que esse repasse for feito a

obra será retomada.

Ferraz

Os oito contratos de Ferraz de Vasconcelos

que estavam no levantamento de março

continuam na mesma situação. São obras

paralisadas, que vão desde a revitalização de

espaços públicos à construção de uma

Unidade Básica de Saúde no Jardim TV e 187

moradias populares. O valor total é de R$ 19,3

milhões.

A Prefeitura disse que faz um esforço para

concluir todas as obras, e enviou as seguintes

atualizações:

Escola Municipal Prefeito Pedro Paulo Paulino

(PPPP): Será licitada novamente, após

adequação e atualização das planilhas e

cronograma.

Escola Estadual Jardim Santiago: A Prefeitura

solicita abertura de licitação para a retomada

das obras.

Centro de Convenções / Praça dos

Trabalhadores: Os trâmites estão na Justiça

Federal, por meio de Ação Civil de

Improbidade Administrativa por dano ao

erário.

Praça Luiz Kirkovics / José Mazzuca: Será

licitada novamente, após adequação e

atualização das planilhas e cronograma.

Câmara Municipal: Será licitada novamente,

após atualização da planilha orçamentária e

cronograma físico financeiro, os quais estão

sendo providenciados.

Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim TV: A

Prefeitura solicita abertura de licitação para a

retomada das obras.

Conjunto Residencial Morar Bem II: Está em

estudo por parte do município com a iniciativa

privada (parceria).

Creche Luiz Mauro: A obra está em

andamento.

Itaquaquecetuba

Também em Itaquaquecetuba as seis obras

fiscalizadas pelo TCE em março continuaram

na mesma situação em junho. No total, a

construção de três Unidades Básicas de Saúde

(UBS) pelo governo do estado, e duas obras

iguais pela Prefeitura, além de trabalhos de

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pavimentação de ruas, também municipais. O

total é de R$ 20,8 milhões.

A CDHU informou que a execução de obras e

serviços de engenharia para reforma e

obtenção de Auto de Vistoria do Corpo de

Bombeiros (AVCB) para a regularização do

empreendimento do Conjunto Habitacional

Itaquaquecetuba E, estão dentro do

cronograma, com previsão de entrega para

janeiro de 2020. "O atraso dessa obra se deu

devido a dificuldades de acesso às unidades

para execução dos serviços durante o mês de

dezembro/2018, atraso esse que já foi

recuperado", informou em nota.

A Prefeitura de Itaquaquecetuba não

respondeu a reportagem.

Mogi das Cruzes

A obra de acessibilidade na estação de Mogi

das Cruzes, da Companhia Paulista de Trens

Metropolitanos (CPTM), aparece no relatório

do TCE como paralisada. O valor era de R$

628.

Entretanto, segundo informou a estatal, não

existe obra paralisada na Estação Mogi das

Cruzes. " As obras de acessibilidade foram

concluídas no fim de janeiro de 2019 e quando

os dados foram entregues para o TCE faltava

apenas a certificação", destacou a nota

enviada ao G1.

Poá

Desde 2012, a cidade de Poá está com uma

obra do governo do Estado paralisada. Trata-

se de acessibilidade, combate à incêndio para-

raios e drenagem para contenção de

enchente, em um contrato de R$ 822 mil.

A Fundação para o Desenvolvimento da

Educação (FDE) informou que o contrato da

obra na EE Bertha Correa e Castro da Rocha

foi rescindido devido ao não atendimento da

empresa contratada quanto à correção de

serviços executados e atraso na obra. A

retomada do serviço está em planejamento.

Santa Isabel

Desde março, Santa Isabel soma duas obras

municipais e uma estadual no mapa do TCE. A

única mudança está no status da obra de

sistema de esgotamento sanitário do governo

estadual, que passou de atrasada para

paralisada, em um contrato de R$ 6,6

milhões.

A Sabesp informou que a construção de

coletores-troncos de esgoto em Santa Isabel

foi paralisada em 2018 "devido à ocorrência

de questões geotécnicas que não estavam

previstas em contrato". A obra está em

processo de recontratação, juntamente com

obras de outros coletores previstos para

serem construídos no município neste ano pela

companhia.

Já os contratos da Prefeitura são referentes à

construção de uma Unidade Básica de Saúde e

de melhorias na mobilidade urbana, por R$ 8

milhões. O G1 procurou a Prefeitura de Santa

Isabel, que não respondeu à reportagem.

Suzano

Em Suzano dobrou o número de obras da

cidade listadas pelo TCE como paralisadas ou

atrasadas, de três para seis. As primeiras

eram de contratos municipais, um de

regularização fundiária do Badra Jaguari e

infraestrutura viária do Badra Planalto, além

do atraso nas obras de reforma e ampliação

do prédio principal e construção do novo

prédio do novo Hospital Auxiliar de Suzano.

Agora, o novo relatório apresenta duas obras

da Prefeitura paralisadas, que são a de

readequação dos campos de futebol do Parque

Max Feffer e os serviços de drenagem e

pavimentação da Avenida 7 de Setembro, nos

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trechos I e II. Por fim, consta no mapeamento

o atraso na construção do hospital regional, do

governo do estado.

Os contratos da cidade somam, segundo o

TCE, R$ 93,2 milhões.

Em nota, a Unidade de Planejamento e

Assuntos Estratégicos (Upae) da Prefeitura de

Suzano falou sobre três novos contratos da

cidade que aparecem no levantamento.

Primeiro sobre a Avenida 7 de Setembro.

Segundo a pasta, a Prefeitura de Suzano

concluiu recentemente a etapa de troca de

solo, necessária para a realização do contrato

da empresa que contempla a pavimentação. O

início dos trabalhos está programado para os

próximos dias.

Já em relação aos Campos de Futebol, de

acordo com a secretaria, a obra já foi

concluída e entregue no dia 28 de abril e a

única pendência é a adequação dos sistemas

de iluminação, que está sendo pleiteada pela

Prefeitura de Suzano junto à Caixa Econômica

Federal. A administração municipal aguarda o

fim da etapa burocrática.

No Hospital Regional, a Prefeitura de Suzano

informou que ainda aguarda retorno da Caixa

Econômica Federal para a liberação dos

recursos e a retomada dos trabalhos com a

empresa.

As outras duas obras (Badra-Jaguari e Badra-

Planalto) foram contratadas em 2011. Nesse

período, as administrações da época não

pagaram ao consórcio de empresas os

reajustes dos valores do contrato. Por isso,

acabaram paralisadas. No início da atual

gestão (primeiro semestre de 2017), com o

fim do prazo do contrato, a Prefeitura de

Suzano chamou o consórcio para discutir a

situação, mas o mesmo declarou não ter mais

interesse em continuar o serviço.

Diante desta conjuntura, o Executivo se reuniu

com a Caixa Econômica Federal (CEF) e

recebeu a orientação para reprogramar o

processo licitatório dessas obras. Atualmente,

a Prefeitura de Suzano está na fase de

aprovação desta reprogramação. Como a

responsabilidade pelas duas paralisações não

é da gestão atual, não houve penalidade ou

multa.

https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-

suzano/noticia/2019/08/19/salesopolis-passa-

a-ser-a-cidade-do-alto-tiete-com-maior-

numero-de-obras-paradas-ou-atrasadas-no-

alto-tiete-aponta-tce.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Azul Celeste

Data: 19/08/2019

Mortandade de peixes no Ribeirão dos

Toledos faz Guarda Municipal ir à polícia

RÁDIO AZUL CELESTE 1440 AM/AMERICANA |

ON NEWS - 2ª EDIÇÃO Data Veiculação:

19/08/2019 às 11h57

Duração: 00:01:52

Transcrição

peixes mortos, agonizando, Santa Bárbara,

boletim de ocorrências, guarda municipal,

defesa civil, verificações, Cetesb,

investigação,

http://cloud.boxnet.com.br/yxjkpevc

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Veículo: Rádio Azul Celeste

Data: 19/08/2019

Defesa Civil retira 150 kg de peixes

mortos do Ribeirão dos Toledos

RÁDIO AZUL CELESTE 1440 AM/AMERICANA |

ON NEWS - 1ª EDIÇÃO Data Veiculação:

20/08/2019 às 06h56

Duração: 00:02:27

Transcrição

peixes mortos, retirada, ribeirão dos toledos,

santa bárbara, estimativa, guarda municipal,

defesa civil, reclamações, DAE, Cetesb,

notificação, descarte irregular, produto

químico

http://cloud.boxnet.com.br/y4jhy5et

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da Assembleia SP

Data: 19/08/2019

Licenciamento ambiental

JORNAL DA ASSEMBLÉIA/TV ALESP/SÃO

PAULO Data Veiculação: 19/08/2019 às 12h32

Duração: 00:03:11

+ informações

Transcrição

representantes da sociedade civil aqui na

Assembleia Legislativa com a participação de

parlamentares a discussão se baseou o projeto

de lei Federal de dois mil e quatro. Tudo com

os integrantes que compuseram a mesa de

trabalho a última versão do projeto de lei que

tem como relator, o deputado federal Kim

kataguiri do Democratas diz considerou os

acordos feitos durante reuniões de um grupo

de trabalho. De buscar consensos foram feitas

dez audiências públicas, mas especialistas no

tema foram consultados ao longo dessas

audiências, o texto foi sendo modificado. A

terceira versão é uma versão bem razoável

que garante agilidade e transparência dentro

do processo de licenciamento ambiental

resguardo dando à questão da conservação da

nossa biodiversidade essa última quarta

versão foi feita muito carregada pelo setor de

infraestrutura pelo setor a a proposta que

desconsidera a necessidade da gente para

tecer nossas florestas, é que eu respeito com

as populações tradicionais. Estamos muito

preocupados. Tramita em regime de urgência

pode ser votado a qualquer. Os retrocessos

como citados pelo deputado federal, Rodrigo,

Agostinho do PSB e um deles é. Ausência de

licença. Tem de que as obras de infraestrutura

são aquelas que deve ter uma cautela. O

governo até pode até priorizar. O Brasil

precisa delas, mas não dá para passar por

cima de todo do toda a nossa biodiversidade.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente

da Assembleia Legislativa deputado estadual,

Caio França do PSB comentou sobre a

importância da casa de leis paulista, sair na

vanguarda sobre um tema atual. Tema tão

importante quanto marco regulatório do

policiamento ambiental, ele tem que ter

equilíbrio, acho que essa é a principal palavra

que cabe ao relator depois, os deputados

podem votar no Congresso Nacional. Aqui em

São Paulo, nós temos a Cetesb a principal

agência. A gente tem que ter de cumprir um

bom e papel, mas também entende que é

preciso agilizar ainda mais transparência, é

preciso fazer com que esse processo seja é

mais equilibrado e m e diz que a gente tá aqui

trazendo algumas sugestões e dez para que

possa ser levada. Noção do quanto isso

signifique que é importante ouvir todos os

setores da sociedade. Como o

desenvolvimento do Brasil por ter jogadores

tão.

http://cloud.boxnet.com.br/y2pkrsjx

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Cidade On

Data: 14/08/2019

Rio fica preto e contaminado por produto

químico em São Roque

Segundo a prefeitura, caminhão despejou

produto em uma boca de lobo na Avenida

Bernardino de Luca. Com isso, o Rio Aracaí

ficou completamente escuro.

Por G1 Sorocaba e Jundiaí

Rio Aracaí ficou contaminado em São Roque após

caminhão despejar produto químico — Foto: Prefeitura de

São Roque/Divulgação

A prefeitura e a Cetesb investigam um

problema ambiental ocorrido na manhã desta

segunda-feira (19), em São Roque (SP),

depois que um rio da cidade ficou preto.

De acordo com o Executivo, um caminhão

despejou produto químico em uma boca de

lobo na Avenida Bernardino de Luca. Com

isso, o Ribeirão do Marmeleiro, região da Vila

Nova, ficou completamente escuro.

Agentes da prefeitura foram até o local e

acionaram o Corpo de Bombeiros e técnicos

da Cetesb. No sábado, outro caso parecido

aconteceu no Rio Guaçu, quando a água

também foi contaminada.

A prefeitura informou que o Ribeirão do

Marmeleiro também desemboca no Rio Guaçu.

A Cetesb disse que amostras foram coletadas

e o resultado deve apontar o que causou o

problema.

Rio Acaraí em São Roque recebe despejo de produto

poluente e água fica escura

A Prefeitura de São Roque informou que busca

identificar os responsáveis da contaminação

dos rios da cidade para acabar com o

lançamento de produtos químicos. Imagens de

câmeras de segurança serão analisadas pela

prefeitura.

"Informações de moradores dão conta que um

caminhão teria jogado o produto numa galeria

na Av. Bernardino de Lucca. De acordo com a

Cetesb, esse tipo de conduta é crime

ambiental gravíssimo que pode render multa

que parte do valor de R$ 10 mil", disse a

prefeitura.

A prefeitura também informou que o caso será

levado ao Ministério Público do Estado de São

Paulo.

Rio Guaçu, em São Roque, também foi contaminado no

sábado (17 de agosto de 2019) — Foto: Prefeitura de São

Roque/Divulgação

https://g1.globo.com/sp/sorocaba-

jundiai/noticia/2019/08/19/rio-fica-preto-e-

contaminado-por-produto-quimico-em-sao-

roque.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Cruzeiro do Sul

Data: 19/08/2019

Despejo de produtos químicos gera

fiscalização em rios de São Roque

Rio Guaçu ficou com a água escura e com

forte odor após descarte de produtos

Fiscalização Cetesb São Roque

Companhia fiscalizou galeria que desemboca

no rio Guaçu, em São Roque. Crédito da foto:

São Roque Notícias/Divulgação

Produtos químicos foram lançados em rios de

São Roque. Os responsáveis estão sendo

identificados pela Prefeitura da cidade. O

trabalho conta com o apoio da Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb).

Os agentes da Secretaria Municipal do Meio

Ambiente e da Cetesb passaram pelo rio

Guaçu nesta segunda-feira (19). Um novo

descarte de produto químico teria ocorrido

durante a madrugada nas águas do Ribeirão

do Marmeleiro, região da Vila Nova. Ele

desemboca no Guaçu.

O rio teria ficado com a água escura, além de

apresentar um cheiro forte. Moradores

informaram à fiscalização que um caminhão

teria feito o descarte do produto químico. A

ação teria ocorrido em uma galeria na avenida

Bernardino de Lucca. A fiscalização entrou em

contato com moradores e também analisará

câmeras de segurança do local.

A Prefeitura declarou que levará o caso ao

Ministério Público do Estado de São Paulo. A

Cetesb informou à pasta que o lançamento de

produtos químicos em rios é considerado

crime ambiental gravíssimo. O fato pode

render multa que parte do valor de R$ 10 mil.

Despejo de produtos químicos

Água do rio ficou escura e local apresentava

forte odor após despejo de produto. Crédito da

foto: São Roque Notícias / Divulgação

(19/8/2019)

Outro caso

O lançamento de produtos químicos já teria

ocorrido no rio Guaçu no último mês, afetando

a fauna e a vegetação local. A Prefeitura não

soube informar se os casos estão

relacionados. A Cetesb trabalha investigando

o caso.

Denúncias podem ser feitas pelo telefone da

Divisão de Meio Ambiente da Prefeitura (11)

4784-9638 ou da Cetesb (11) 4013-3419.

(Da Redação, com informações da Prefeitura)

https://www.jornalcruzeiro.com.br/sorocaba/d

espejo-de-produtos-quimicos-gera-

fiscalizacao-em-rios-de-sao-roque/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da Clube

Data: 19/08/2019

Lançamento de esgoto sem tratamento

no Rio Pardo

JORNAL DA CLUBE 1ª EDIÇÃO/TV

BANDEIRANTES/RIBEIRÃO PRETO Data

Veiculação: 19/08/2019 às 13h15

Duração: 00:08:01

Transcrição

Polícia Militar Ambiental. Cetesb.

http://cloud.boxnet.com.br/y6cj866w

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Veículo: Jornal da Clube

Data: 19/08/2019

Possivel lançamento de esgoto sem

tratamento precupam moradores

JORNAL DA CLUBE 2ª EDIÇÃO/TV

BANDEIRANTES/RIBEIRÃO PRETO Data

Veiculação: 19/08/2019 às 19h00

Duração: 00:04:49

Transcrição

Cetesb.

http://cloud.boxnet.com.br/y5mgnzw5

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Grupo de Comunicação

Veículo: SBT Sorocaba

Data: 19/08/2019

Produtos químicos são descartados no

Rio Guaçu, em São Roque

MANCHETES NOTICIDADE/SBT/SOROCABA

Data Veiculação: 19/08/2019 às 13h08

Duração: 00:08:06

Transcrição

Cetesb.

http://cloud.boxnet.com.br/y5s2htmz

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Grupo de Comunicação

Veículo: TEM Notícias

Data: 19/08/2019

Moradores de São Roque se preocupam

com problemas ambientais

TEM NOTÍCIAS 1ª EDIÇÃO/TV

GLOBO/SOROCABA Data Veiculação:

19/08/2019 às 12h13

Duração: 00:00:43

Transcrição

Cetesb. Mostras coletadas

http://cloud.boxnet.com.br/y2owbfzj

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Veículo: Jornal Noticidade

Data: 19/08/2019

Produtos químicos são despejados

irregularmente em rio de São Roque

JORNAL NOTICIDADE/SBT/SOROCABA Data

Veiculação: 19/08/2019 às 19h21

Duração: 00:02:46

Transcrição

Técnicos da Cetesb. Multa de até 10 mil

reais.

http://cloud.boxnet.com.br/y5ojcejs

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário de Santa Bárbara d’Oeste

Data: 20/08/2019

Peixes aparecem mortos no Ribeirão dos

Toledos

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Grupo de Comunicação

http://cloud.boxnet.com.br/y4wwem7a

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Liberal / Americana

Data: 20/08/2019

Ribeirão tem 150 kg de peixes mortos

http://cloud.boxnet.com.br/y44wopfh

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Grupo de Comunicação

Veículo: Tribuna Liberal – Sumaré

Data: 20/08/2019

Petrobras investe R$ 393 mi em ação de

segurança operacional na Replan

http://cloud.boxnet.com.br/y23juxle

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Gazeta de Pinheiros

Veículo2: Morumbi News

Veículo3: Jornal do Butantã

Data: 20/08/2019

Negócio da China na limpeza do Rio

Pinheiros vai beneficiar 3,3 milhões de

pessoas

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Grupo de Comunicação

http://cloud.boxnet.com.br/y3jhq75c

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio CBN

Data: 19/08/2019

Mais São Paulo com Renata Falzoni:

Despoluição dos rios

RÁDIO CBN FM 90,5/SÃO PAULO | CBN SÃO

PAULO Data Veiculação: 19/08/2019 às 10h47

Duração: 00:04:59

+ informações

Transcrição

Limpeza e despoluição dos rios.

Sabesp.

“Dá para despoluir”

http://cloud.boxnet.com.br/y642h9zy

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Veículo: Rádio CBN

Data: 19/08/2019

Série: Às margens de um sonho

RÁDIO CBN FM 90,5/SÃO PAULO | CBN SÃO

PAULO Data Veiculação: 19/08/2019 às 10h41

Duração: 00:05:21

+ informações

Sinopse:

O Governador de São Paulo, João Doria,

prometeu que os rios Pinheiros e Tietê seriam

limpos em até 10 anos: *“O nosso

compromisso de governo é até dezembro de

2022 entregar o rio Pinheiros limpo, na

mesma condição que nós temos o rio Tâmisa e

Sena. O Tietê leva mais tempo, de 8 à 10

anos”* declarou o Governador. O desafio da

Sabesp é, junto à iniciativa privada, despoluir

os 25 afluentes do rio Pinheiros dentro do

prazo estabelecido. O presidente da

companhia, Benedito Braga, diz que é

tecnicamente possível. O governo descarta a

possibilidade de os rios se tornarem aptos

para banho e pesca, mas garante que serão

navegáveis. O especialista em engenharia de

transportes de pessoas, Horácio Figueira,

considera pouco provável transportar

passageiros no rio Tietê, mas considera a

atividade possível no Pinheiros. Em 2011, a

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Usp

entregou ao governo do estado um projeto de

hidroanel que ligaria os rios Pinheiros e Tietê

com as represas Billigs e Guarapiranga num

total de 170 km. O coordenador do projeto,

Alexandre Delijaicov, avalia ser possível criar

parques fluviais nas margens dos rios usando

o parque Villa Lobos e o Jockey Club. Desde

1992, somando os recursos do projeto Tietê e

o novo projeto do rio Pinheiros, foram

investidos R$ 13 bilhões

http://cloud.boxnet.com.br/y64ayaxq

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal de Hortolândia

Data: 19/08/2019

“Hortolândia se transforma em modelo na

área de saneamento básico”

“Hortolândia se transforma em modelo na

área de saneamento básico”. A afirmação foi

feita pelo prefeito Angelo Perugini na abertura

do Fórum Municipal de Saneamento Básico,

realizado pela Prefeitura, nesta segunda-feira

(19/08). O município está prestes a oferecer o

serviço de coleta e tratamento de esgoto a

100% da cidade. Hortolândia já conta

abastecimento de água em todo o território.

“Saímos do marco zero de coleta e tratamento

de esgoto, em 2005, e estamos prestes a

oferecer esse serviço de saneamento para

toda a cidade. Esta luta começou na década

de 80, com a participação da população. Em

1997, foi assinado o contrato da Prefeitura

com a Sabesp (Companhia de Saneamento

Básico do Estado de São Paulo), onde a

prioridade era a captação de água. Em 2005, a

população exigiu a coleta do esgoto, a

Sabesp atendeu e nossa luta valeu a pena.

Em menos de 30 anos, a cidade alcança

números expressivos e se torna modelo no

quesito saneamento básico. Devemos ter

orgulho do que conquistamos e do que ainda

iremos conquistar”, lembrou o prefeito.

De acordo com a Sabesp, atualmente,

Hortolândia conta com 96,3% de coletado e

tratamento. Em 2022, Hortolândia chegará a

100% do esgoto coletado e tratado. Além

disso, a cidade é o 11º município de grande

porte da rede de cobertura da Sabesp

próximo a bater a meta da universalização.

A companhia de saneamento atende mais de

370 cidades no Estado de São Paulo.

“Para ficarmos mais perto da universalização

do esgoto em Hortolândia, as obras de

implantação da rede coletora, hoje, estão em

andamento no bairro Chácaras Assay.

Recentemente, finalizamos o serviço no bairro

Taquara Branca e no Jardim Sumarezinho. Ano

que vem, os bairros Chácaras Recreio

Alvorada e Chácaras Luzitana, além do Jardim

Boa Vista e Jardim Stella também receberão

as obras necessárias para a implantação da

rede.

Com a conclusão destes serviços, Hortolândia

cumpre a meta de 100% de esgoto coletado e

tratado”, explica Cristiano Silveira, gerente

da divisão Hortolândia da Sabesp.

“Desde 2016, a Sabesp tem intensificado a

fiscalização contra as ligações irregulares de

esgoto.

Além de prejudicar o meio ambiente e os

mananciais, estas ligações prejudicam

auniversalização no município. Desde o início,

até agora, já vistoriamos ligações em

aproximadamente 18.000 residências. Foram

flagradas 3.000 ligações irregulares, o que

representa cerca de 20% do total fiscalizado,

ainda é um grande desafio que temos que

combater”, informa Silveira.

O Fórum contou com a participação da

comunidade, um público de diferentes faixas

de idade. Alunos das escolas estaduais do

Jardim Santiago, Maria Antonieta Garnero La

Forteza, localizada no Jardim Novo Ângulo e

Conceição Aparecida Terza Gomes Cardinales,

do Jardim Amanda II, estiveram ao lado de

representantes da sociedade civil e logo no

início da atividade, voltaram no tempo e

viajaram para o futuro durante a fala de

Perugini.

“A maioria dos jovens aqui da plateia não se

lembra, mas sempre lutamos para poder

alcançar a coleta e o tratamento do esgoto

para nossa cidade. Esta luta começou na

década de 80. Devemos ter orgulho do que

conquistamos, do que ainda iremos conquistar

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Grupo de Comunicação

e não podemos esquecer do nosso meio

ambiente.

Estamos com 40 nascentes na cidade, já

tivemos mais de 100. Vamos pensar no futuro

e contribuir para preservar nossa água e

fortalecer a conexão entre o homem e a

natureza”, observou Perugini.

De acordo com a Secretaria de Serviços

Urbanos, 71.618 residências da cidade

recebem água tratada por uma rede de quase

516 quilômetros de extensão. Já a coleta do

esgoto é realizada em 67.182 residências e

levada para tratamento por uma rede coletora

de aproximadamente 346 quilômetros.

Além do prefeito Angelo Perugini, participaram

do Fórum representantes da Secretaria de

Serviços Urbanos, Sabesp (Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São

Paulo), do Consórcio Hortoambiental,

responsável pela coleta do lixo na cidade, e do

Consimares (Consórcio Intermunicipal de

Manejo de Resíduos Sólidos da Região

Metropolitana de Campinas).

Após as apresentações do Fórum, foi realizada

a eleição para a composição do Conselho

Municipal de Saneamento. O grupo é formado

por representantes da sociedade civil, com o

objetivo de auxiliar o poder público na

formulação da política municipal de

saneamento básico.

PIC

A universalização de esgoto é uma ação que

faz parte do PIC (Programa de Incentivo ao

Crescimento), que prevê mais de 100

intervenções e serviços que promoverão o

desenvolvimento urbano, ambiental, social e

humano para que Hortolândia cresça com

planejamento e sustentabilidade nos próximos

30 anos. As ações do PIC são realizadas por

meio de parcerias da Prefeitura com a

iniciativa privada, governos estadual e federal.

Histórico – Esgoto em Hortolândia

•Década de 80: organização de movimentos

populares em prol do esgoto

•1997: a Sabesp assume os serviços de água

e esgoto na cidade. No contrato de concessão

é previsto o prazo de dois anos para oferecer

coleta e tratamento de esgoto.

•2003: a Sabesp inicia as obras da ETE,

paralisadas depois por questões jurídicas

envolvendo a concessionária e a empreiteira

contratada para realizar a obra.

•2005: o prefeito Angelo Perugini assume a

Prefeitura e inicia o trabalho de parceria com a

Sabesp, para agilizar as obras de esgoto.

•2006: a população vai às ruas reivindicar à

Sabesp esgoto coletado e tratado. No mesmo

ano, a Sabesp retoma as obras de rede

coletora de esgoto e libera as primeiras

ligações de residências a rede coletora de

esgoto.

•2007: a Prefeitura cria a Comissão de

Acompanhamento de Obras de Esgoto,

composta por representantes da sociedade

civil. No mesmo ano, a Sabesp retoma as

obras da ETE (Estação de Tratamento de

Esgoto).

•2009: a ETE é inaugurada e, quatro meses

depois, já tratava 30% do esgoto do

município.

•2012: no segundo governo do prefeito

Perugini, 72% da cidade tinha cobertura com

rede coletora.

•2018: Hortolândia apresenta 95% de

atendimento total de esgoto e recebe prêmio

da ABES (Associação Brasileira de Engenharia

Sanitária).

•2019: a cobertura da rede coletora atinge

96,3%.

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de

Hortolandia

https://www.portalhortolandia.com.br/noticias

/nossa-cidade/hortolandia-se-transforma-em-

modelo-na-area-de-saneamento-basico-69629

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Veículo: Jornal Atos

Data: 19/08/2019

Reunião entre prefeito e secretário do

Estado aborda melhorias para pescadores

de Ubatuba

Ação conta com estatal e grupos ligados ao

setor; prefeito promete acompanhar debate de

perto

Da Redação

Ubatuba

O prefeito de Ubatuba, Délcio Sato (PSD),

esteve em São Paulo no início do mês para

debater demandas do setor pesqueiro com o

secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente do Estado, Marcos Penido.

O encontro abordou temas relativos ao

zoneamento e plano de manejo da APA (Área

de Proteção Ambiental) Marinha Litoral

Norte, além da revisão da legislação estadual

e federal para o setor pesqueiro. A forma de

abordagem exercida pela Polícia Ambiental,

que tem resultado na inviabilização do

trabalho como pescador artesanal, também foi

tratada na reunião.

A Fundação Florestal, entidade estadual que

promove e executa ações integradas voltadas

para a conservação ambiental, informou que

irá organizar oficinas destinadas a recolher as

sugestões a serem incorporadas no texto

sobre manejo, cujo calendário será divulgado

em breve. 'A lei em vigor hoje no estado está

caduca e precisa ser revista, atualizando a

forma de trabalhar. O pescador não pode

continuar indo preso com base em lei antiga e

totalmente descontextualizada', destacou o

prefeito Sato.

Quem se comprometeu a um documento com

justificativa e o conjunto de alterações que

devem ser feitas na legislação foram o

presidente e o vice-presidente da Colônia Z-10

de Ubatuba, Maurici Romeu e Jerri Morais.

Eles querem mobilizar a bancada da pesca na

Assembleia Legislativa de São Paulo na busca

por mudanças na lei.

O secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente do Estado ficou responsável por

conversar com o comandante da Polícia

Ambiental, e agendar uma reunião para a

segunda semana de agosto.

Curso - No próximo dia 26, Ubatuba recebe o

Segundo Curso de Boas Práticas e

Manipulação de Pescado, que tem como

objetivo melhorar as práticas de

armazenamento, conservação, manipulação e

venda de pescados para assegurar produtos

em adequadas condições higiênico-sanitárias

aos consumidores, reduzir perdas e garantir

segurança aos trabalhadores do setor. A

atividade será realizada das 13h às 18h, na

Ilha dos Pescadores.

O curso, que será ministrado por Erika Furlan

Fabiane, pesquisadora da unidade de Santos

do Instituto de Pesca, e pelo chefe de Seção

da Vigilância Sanitária de Ubatuba, Antenor

Ricardo Benetti, abordará o uso correto do

metabissulfito de sódio, conhecido como 'pó'

do camarão, para conservação do crustáceo.

As inscrições já estão abertas e podem ser

feitas em dois locais, na administração do

Mercado, de segunda a sexta-feira, das 7h às

18 horas, e aos sábados e domingos, das 7h

às 14h; e na secretaria de Pesca e Agricultura

de Ubatuba, à Praça Treze de Maio, nº 200, no

Centro, de segunda a sexta-feira, das 9h30 às

14h30.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29383102&e=577

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Veículo: Câmara Municipal de Rio Claro

Data: 19/08/2019

Georrefereciamento recebe ajustes e

coloca a Feena na rota da regularização

fundiária

Rodrigo Carraro

'Este trabalho já dura sete anos. É preciso

definir quais são as próximas etapas para que

a ação possa ser concluída. A frase é da

promotora Alexandra Facciolli Martins, do

Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio

Ambiente (Gaema), que realizou a reunião

sobre a Floresta Estadual Navarro de

Andrade, a Feena, na última segunda-feira,

19/8, em São Paulo, entre representantes do

governo paulista e da Prefeitura e Câmara de

Rio Claro.

Reunião realizada na sede da Secretaria

Estadual do Meio Ambiente, em São Paulo,

sobre a Feena

O encontro na sede da Secretaria Estadual do

Meio Ambiente foi coordenada pela promotora

Alexandra e pelo diretor Executivo da

Fundação Florestal Rodrigo Levkovicz. A

Câmara Municipal foi representada pelo

vereador Julinho Lopes (Progressistas). A

Prefeitura de Rio Claro contou com os

secretários municipais Francesco Rotolo

(Governo), Ricardo Campeão (Habitação) e

Ricardo Gobbi (Meio Ambiente) acompanhados

de equipes técnicas.

Na ocasião, técnicos da Fundação Itesp -

Instituto de Terras do Estado de São Paulo

confirmaram à comitiva local que o

Georrefenciamento da Feena foi concluído com

material entregue à Fundação Florestal. O

trabalho consistiu em verificar divisas,

expansão urbana de moradias em áreas de

conservação, permissões de uso concedidas ao

longo do tempo, entre outros temas.

Na oportunidade, Julinho Lopes defendeu

atenção especial por parte da área onde

encontram-se as casas do Conjunto

Habitacional Oreste Armando Giovanni local

conhecido como Pé no Chão do São Miguel.

'Angustiadas, famílias esperam pela

titularidade de suas moradias. Acompanho

esta luta há mais de 10 anos', comentou o

vereador.

De acordo com os dados da Fundação Itesp, o

Georreferenciamento apontou que o Pé no

Chão do São Miguel encontra-se na área do

antigo Horto Florestal porém esta área não foi

incluída no processo que resultou na

transformação da reserva verde na Feena

como consta no Decreto Estadual 46819/2002.

'Este conjunto habitacional não está dentro da

área de conservação da Feena', afirmaram os

técnicos do Itesp.

Ao indagar quais os próximos passos para a

regularização do Pé no Chão do São Miguel,

Julinho Lopes foi informado que a

documentação será encaminhada para a

Procuradoria Geral do Estado (PGE). A

titularidade desta área, detalhou o

representante da PGE, vai passar pela

Coordenadoria de Assuntos Fundiários para

que o processo tenha a segurança jurídica

esperada pelos moradores. 'Agradeço a

atenção em nome das mais de 600 famílias

que aguardam pelo fim dessa discussão

jurídica para que enfim possam ter a posse

definitiva das sua casas', completou Julinho

Lopes.

No encerramento, a promotora Alexandra

Martins informou os secretários municipais

sobre a documentação que precisam anexar

junto ao processo no prazo de 30 dias. Os

documentos são referentes aos bairros que de

alguma forma estão dentro da unidade de

conservação.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29392953&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: SEGS Notícias

Data: 19/08/2019

Transportes e concessionárias de

utilidades são setores responsáveis por

quase 50% de acidentes ambientais na

Europa, segundo estudo da AIG

Tendência também se observa no Brasil, mais

especificamente em transportes. Segundo a

Cetesb (SP), cerca de 60% dos acidentes

ambientais são causados por esse segmento

O levantamento "Burning Issues for

Environmental Claims", feito pela AIG em

2018 sobre os principais sinistros registrados

pela área de Seguro Ambiental na Europa,

aponta que os três principais setores, com

clientes segurados, que registraram algum

tipo de acidente ambiental foram,

respectivamente: o de transportes e

concessionárias (energia, gás e saneamento),

com 47% das notificações à seguradora,

seguido de manufatura (26% dos chamados),

e construção civil (9%). Outro ponto que

também chama a atenção no estudo foi,

apesar de em menor número, a variedade de

setores também responsáveis por acidentes

ambientais, entre eles o imobiliário,

atacadista/distribuidor, varejo, agrícola e

administração pública.

Ao traçar um paralelo com o Brasil, a Gerente

de Seguro Ambiental e Responsabilidade Civil

da AIG Nathália Gallinari destaca os índices

da Companhia Ambiental do Estado de

São Paulo (CETESB), também de 2018. "No

mesmo ano, o órgão apontou os transportes

como sendo responsáveis por cerca de 60%

das causas de acidentes ambientais", explica.

A grande maioria, cerca de 54,52%, causada

por acidentes com transportes rodoviários,

seguido, de longe, pelos acidentes durante

transportes por dutos (2,04%), aquaviário

(1,46%) e ferroviário (1,17%).

Outro destaque do estudo da AIG são os tipos

de poluentes registrados durante as

notificações de sinistros na Europa: em sua

maioria hidrocarbonetos de petróleo, seguido

de esgoto. Já segundo a CETESB, líquidos

inflamáveis, substâncias corrosivas, e gases

inflamáveis e tóxicos são os principais

contaminantes em acidentes ambientais.

O Seguro Ambiental

Em todos esses casos, independente do setor

e material poluente descartado, as empresas

são obrigadas, por lei, a responsabilizarem-se

por quaisquer dano ambiental causado. É

neste momento que o Seguro Ambiental atua,

pois oferece cobertura contra reclamações por

condições de poluição, abrangendo deste os

custos de limpeza, investigação e

monitoramento do local afetado, até a

responsabilidade civil do Segurado em função

de Danos Corporais, Materiais e Ambientais,

em decorrência da poluição. É extensiva

também a corresponsabilidade pelo descarte e

tratamento de resíduos, além de riscos

relacionados a projetos de infraestrutura e

possíveis danos que uma carga, seja ela

perigosa ou poluente, possa causar ao meio

ambiente e a terceiros.

A AIG foi a pioneira na oferta do Seguro de

Riscos Ambientais no Brasil, no início dos anos

2000. E desde então, o mercado está cada vez

mais consciente do papel de

corresponsabilidade e recuperação de danos

ambientais. Para se ter uma ideia da evolução

do seguro, a Superintendência de Seguros

Privados (SUSEP) registrou alta de mais de

150% em milhões de reais em prêmios, só

entre 2011 e 2017. "A exigência em diversos

tipos de contratos, financiamentos e

concessões é uma realidade que tem

contribuído para a amplianção desse mercado,

aliada às obrigações regulatórias e à constante

evolução da legislação ambiental brasileira",

explica Nathália.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29373013&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Agência 14 News

Data: 19/08/2019

Licença de operação do Aterro Sanitário

será liberada pela Cetesb

Em reunião realizada no último dia 16 de

agosto, na Secretaria Estadual de

Infraestrutura e Meio Ambiente que

contou com as presenças do prefeito de São

Manuel, Ricardo Salaro e do diretor de

Agricultura e Meio Ambiente, Junior Cella,

ficou definido que a Cetesb irá liberar a

licença de operação do aterro sanitário que o

Município não possui desde o ano de 2012 e

consequentemente, poderá construir a quinta

célula com recursos já reservados pela

Fehidro, da ordem de R$ 500.000,00, que

deve ser liberado até o dia 30 de agosto.

A conquista da licença para operação do aterro

somente foi possível graças ao trabalho

desenvolvido pelo diretor do Meio Ambiente,

Junior Cella, que embasado em critérios

técnicos apresentou um projeto que acabou

sendo aprovado pela Cetesb.

Com a construção da quinta célula o aterro

sanitário poderá voltar a ter uma operação

normal para o recebimento e cobertura do lixo

úmido do Município; algo em torno de 30

toneladas por dia.

Paralelamente a Administração Municipal

através do Consórcio Intermunicipal dos Vales

Tietê-Paraná (CITP) trabalha em conjunto com

outras 17 cidades para a construção de duas

usinas regionais de resíduos sólidos (Bio

Usinas) que irão transformar o lixo urbano em

energia elétrica. As Usinas deverão ser

construídas nas cidades de São Manuel e

Mineiros do Tietê, pela iniciativa privada.

Recentemente os prefeito integrantes do

consórcio, José Carlos Vendramini (Mineiros s

do Tietê), Antonio Álvaro de Souza (Itapuí) e

Ricardo Salaro (São Manuel), estiveram

reunidos com o conselheiro Dimas Ramalho,

do Tribunal de Contas do Estado, tratando da

forma legal para ter como parceira uma

empresa da iniciativa privada que será a

responsável pela construção das duas usinas.

O problema do destino final do lixo é

preocupante e os Municípios tem encontrado

enormes dificuldades para conseguir um local

adequado para descartá-lo e que tenha a

licença da Cetesb.

Com a construção da quinta célula autorizada

pela Cetesb no aterro sanitário, o Município

irá regularizar a situação do aterro, de acordo

com o projeto apresentado à Cetesb,

enquanto aguarda o desfecho das orientações

do Tribunal de Contas para que possa ser

finalizada com a iniciativa privada a

construção das duas usinas para resolver

definitivamente o problema do destino e

tratamento adequado ao lixo, que é

consumido pela população das cidades

envolvidas no projeto.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29387888&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Presidente Prudente

Data: 19/08/2019

Danos ambientais em áreas rurais com

vegetação nativa resultam em multas de

quase R$ 500 mil

Em um dos casos, sistema do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

apontou foco de incêndio. Autuações foram

feitas em Panorama e Presidente Bernardes.

Por G1 Presidente Prudente

Fiscalização constatou danos ambientais neste

domingo (18) — Foto: Polícia Militar

Ambiental

A Polícia Militar Ambiental aplicou multas

que totalizaram quase R$ 500 mil em

decorrência de infrações ambientais

constatadas em propriedades rurais

particulares em Panorama e Presidente

Bernardes neste domingo (18).

O caso de maior impacto, que resultou em

multas ambientais no total de R$ 468.850,00,

foi constatado em uma fazenda em Presidente

Bernardes.

Os policiais compareceram ao local, durante a

Operação Corta Fogo, após a verificação de

um foco de incêndio através do sistema do

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(Inpe).

Na fazenda, os militares detectaram o uso de

fogo em uma área agrossilvopastoril

correspondente a 373 hectares que danificou

190 árvores nativas isoladas, a maioria delas

das espécies ipê e angico.

Também foi atingida pelo fogo uma área de

reserva legal, correspondente a 1,38 hectare

de vegetação nativa, além de 112 árvores

isoladas.

Na outra ocorrência, em Panorama, os

policiais, durante patrulhamento náutico,

constataram em uma propriedade à margem

do Rio Paraná o corte isolado de 117 árvores

nativas.

Após a identificação do responsável, um

homem de 46 anos, foi lavrado um auto de

infração ambiental caracterizado pela

exploração de vegetação nativa,

correspondente a 117 árvores, mediante corte

isolado, localizada fora de área de reserva

legal averbada, de domínio privado, sem

aprovação do órgão competente, com multa

no valor de R$ 35.100,00.

Ainda ficaram apreendidos no local 25 metros

cúbicos de lenha nativa.

Fiscalização constatou danos ambientais neste

domingo (18) — Foto: Polícia Militar Ambiental

https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-

regiao/noticia/2019/08/19/danos-ambientais-

em-areas-rurais-com-vegetacao-nativa-

resultam-em-multas-de-quase-r-500-

mil.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 São Carlos e Araraquara

Data: 19/08/2019

Polícia Ambiental apreende 182 kg de

peixes e multa 6 pescadores em R$ 7,8

mil em Pirassununga

Pescadores faziam pesca ilegal em local

considerado proibido, nesta segunda-feira

(19).

Por G1 São Carlos e Araraquara

Peixes apreendidos pela Polícia Ambiental em

Cachoeira de Emas em Pirassununga — Foto:

Polícia Ambiental/Divulgação

A Polícia Militar Ambiental apreendeu 182

quilos de peixes curimbatá nesta segunda-

feira (19), no distrito Cachoeira de Emas, em

Pirassununga. Seis pescadores receberam

multas por pesca irregular que somaram R$

7,8 mil.

O flagrante aconteceu durante um

monitoramento para coibir a pesca ilegal no

Rio Mogi Guaçu.

Os pescadores praticavam pesca ilegal em

local considerado proibido, a 200 metros da

corredeira "da Panchorra" e 1.500 metros da

"escada de peixes". Eles usavam 8 tarrafas e

usavam 3 embarcações de alumínio.

Canoas apreendidas pela Polícia Militar

Ambiental em Pirassununga — Foto: Polícia

Ambiental/Divulgação

Os equipamentos e os peixes foram

apreendidos e os pescadores autuados.

Os peixes passarão por análise técnica para

doação. Os pescadores ainda podem

responder por pesca em local proibido e a

pena varia de 1 a 3 anos de prisão ou multa.

https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-

regiao/noticia/2019/08/19/policia-ambiental-

apreende-182-kg-de-peixes-e-multa-6-

pescadores-em-r-78-mil-em-

pirassununga.ghtml

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: G1 Ribeirão Preto e Franca

Data: 20/08/2019

Maior feira de bioenergia do país reúne

soluções em 'carbono zero' e da indústria

4.0 em Sertãozinho

Com presença do ministro do Meio Ambiente,

Fenasucro abre edição 2019 com projeção de

R$ 4,4 bilhões em negócios. Expectativa para

o Renovabio movimenta inovações no setor

sucroenergético.

Por Rodolfo Tiengo, G1 Ribeirão Preto e Franca

Fenasucro & Agrocana — Foto:

FENASUCRO/AGROCANA – Divulgação

Representantes de empresas, entidades e

pesquisadores de 44 países estarão reunidos a

partir desta terça-feira (20) em Sertãozinho

(SP) na 27ª edição da Fenasucro & Agrocana.

Considerada uma das maiores do mundo em

bioenergia, com foco em tecnologias

sustentáveis, a feira espera movimentar R$

4,4 bilhões em negócios e deve contar com a

presença do ministro do Meio Ambiente

Ricardo Salles na cerimônia de abertura, às

13h.

Entre os mil expositores e as 117 palestras

programadas até sexta-feira (23) em um dos

maiores polos industriais e agrícolas da cana-

de-açúcar no país, estarão em destaque

soluções da indústria 4.0, baseadas em

internet das coisas, Big Data e inteligência

artificial, além de inovações em geração de

energia sem emissão de carbono.

Segundo recente estudo da Sociedade

Americana de Meteorologia, a emissão de

gases do efeito estufa bateu recorde em 2018

e se mostrou 43% mais agressiva para o

aquecimento global do que em 1990.

Como uma alternativa dentro desse contexto,

a geração "carbono zero" é a pauta de

iniciativas como o projeto Sucre - Sugarcane

Renewable Electricity ou Eletricidade

Renovável da Cana-de-Açúcar - que será

apresentado na quarta-feira (21) durante a

nona edição do Seminário de Bioeletricidade

da feira.

Financiadas pelo Fundo Global para o Meio

Ambiente em parceria com o Programa das

Nações Unidas Para o Desenvolvimento

(PNUD), as pesquisas do Laboratório Nacional

de Biorrenováveis (LNBR), em Campinas (SP),

buscam otimizar o uso da palha da cana na

geração elétrica para reduzir o impacto na

atmosfera.

"É isso que temos que fazer: além do açúcar,

da produção de energia através da biomassa e

do etanol, é fazer com que essa indústria de

bioenergia ganhe atenção mundial nesse

cenário que nós estamos vendo, de calotas

polares descongelando, com a emissão de CO2

nos países da Europa. Esse setor entra como

catalisador, um grande filtro mundial para que

esse CO2 seja captado e transformado",

afirma Paulo Montabone, gerente da

Fenasucro.

Renovabio e investimentos

Um dos maiores focos da feira, a produção de

energia limpa a partir da biomassa do bagaço

e da palha da cana, além de restos de

madeira, carvão vegetal, entre outras

matérias, representa 9% da matriz energética

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Grupo de Comunicação

brasileira, atrás das usinas hidrelétricas,

termoelétricas e eólicas, segundo a União da

Indústria de Cana-de-Açúcar (Única).

Ainda assim, somente em 2018 essa geração

evitou a emissão de 6,4 milhões de CO2 na

atmosfera.

A previsão de início do Programa Nacional dos

Biocombustíveis (Renovabio) para 2020, com

a liberação para que empresas emitam títulos

de renda fixa para o financiamento de projetos

sustentáveis, contribui para um crescimento

esperado de 60% na produção de

bioeletricidade até 2030.

Até 2028, o Ministério de Minas e Energia

estabeleceu, com o uso de biocombustíveis,

reduzir a emissão de carbono em 10%, o que

equivale a 600 milhões de toneladas a menos

na atmosfera e a R$ 23 bilhões em certificados

de Crédito de Descarbonização (CBIO).

A importância estratégica de novos

investimentos nas indústrias, como na

produção de etanol, já amplia em 10% em

relação a 2018 a expectativa de volume

financeiro da Fenasucro.

"O setor sucroenergético, com a aprovação do

Renovabio que entra em vigor em 1º de

janeiro, tem que injetar no mercado R$ 30

bilhões em dez anos. Esse valor vai ser

catalisado pelas indústrias fornecedoras de

equipamentos, produtos e serviços para

melhor eficiência das usinas que temos hoje

na parte de cogeração de energia de etanol,

proporcionando um retrofit [processo de

modernização]", diz Montabone.

As mais de mil empresas da feira, incluindo

representantes de 100% das usinas

brasileiras, apresentarão a um público

esperado de 40 mil visitantes em torno de 3

mil produtos voltados para indústrias de

biocombustíveis, transporte, logística, papel e

celulose, alimentos e bebidas.

Sistemas para controle biológico de pragas

agrícolas, uma plataforma para busca e

instalação de energia solar, drones no

monitoramento da lavoura e gestão de dados

de colheita estão entre as soluções oferecidas

por startups no estande do Sebrae-SP.

Serviço

O que: Fenasucro & Agrocana 2019

Data: de 20 a 23 de agosto

Local: Centro de Eventos Zanini - Marginal

João Olézio Marques, 3.563, Sertãozinho

Eventos de conteúdo: das 8h até 18h

Horário de exposição: das 13h às 20h

Site oficial: www.fenasucro.com.br

https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-

franca/noticia/2019/08/20/maior-feira-de-

bioenergia-do-pais-reune-solucoes-em-

carbono-zero-e-da-industria-40-em-

sertaozinho.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Tribuna de Santos

Data: 20/08/2019

Corpo de leão-marinho deve ser

preservado

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=29444362&e=577

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Veículo: G1 Santos e região

Data: 19/08/2019

Leão marinho do Aquário de Santos

morreu de isquemia intestinal, diz

prefeitura

Ele tinha 14 anos e vivia no Aquário de Santos

(SP) desde 2011. O corpo do animal foi

submetido a exame de necropsia

acompanhado pela Divisão de Veterinária do

Zoológico de São Paulo.

Por G1 Santos

Leão marinho Abaré-Inti, no Aquário de

Santos, SP — Foto: Raimundo Rosa/PMS

Uma torção no intestino que provocou uma

isquemia (falta de fornecimento sanguíneo) foi

a causa da morte do leão marinho Abaré-Inti,

principal atração do Aquário de Santos, no

litoral paulista, informou a prefeitura nesta

segunda-feira (19). O corpo do animal foi

submetido a exame de necropsia

acompanhado pela Divisão de Veterinária do

Zoológico de São Paulo.

A morte do leão marinho ocorreu na noite de

domingo (18), mas foi informada pela

prefeitura na manhã de segunda-feira.

Segundo a municipalidade, o animal se

alimentou normalmente até as 14h, quando

apresentou quadro agudo de cólica abdominal.

Abaré-Inti tinha 14 anos, 2 metros de

comprimento e pesava cerca de 300 kg.

Foi um quadro hiperagudo. O animal sofreu

uma torção na região intestinal, o que causou

uma isquemia naquele órgão. Isso mata e não

há como prever ou prevenir

— Alex Ribeiro, biólogo marinho e

coordenador do Aquário de Santos

A prefeitura informou que a necropsia foi

acompanhada chefe da Divisão de Veterinária

do Zoológico de São Paulo, Fabrício Rassi, e

pelo professor de patologia Guilherme Godoy.

O pai do leão marinho que viveu no Zoológico

de São Paulo teve quadro semelhante, mas o

componente genético foi descartado. "É algo

anatômico", disse Alex.

Leão marinho Abaré-Inti, no Aquário de

Santos, SP — Foto: Raimundo Rosa/PMS

Abaré-Inti

O leão marinho vivia em um tanque 80 metros

quadrados, com 450 mil litros de água do mar.

Ele nasceu em 2 de fevereiro de 2005 no

Zoológico de São Paulo e foi transferido a

Santos em dezembro de 2011, quando tornou-

se o mascote oficial do aquário. A expectativa

de vida da espécie Otaria flavescens é de pelo

menos 30 anos.

A espécie é semiaquática e vive em áreas de

baixas temperaturas, em colônias no Rio

Grande do Sul e na costa da Argentina. Como

Abaré-Inti nasceu em cativeiro, ele não

poderia ser devolvido à natureza, pois não

saberia buscar o próprio alimento. Em frente

ao recinto do animal havia uma arquibancada

onde o público interagia com ele.

O nome do mascote do aquário foi escolhido

em concurso público na ocasião da

transferência ao parque. Abaré significa

“amigo do homem” e Inti representa “Deus do

sol”, pela mitologia inca. A Prefeitura de

Santos, administradora do parque público,

ainda não decidiu sobre o que fazer com o

tanque utilizado pelo leão marinho.

https://g1.globo.com/sp/santos-

regiao/noticia/2019/08/19/leao-marinho-do-

aquario-de-santos-morreu-de-isquemia-

intestinal-diz-prefeitura.ghtml

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Veículo: G1 Natureza

Data: 19/08/2019

Queimadas aumentam 82% em relação

ao mesmo período de 2018

Número de focos é o maior de janeiro a agosto

em 7 anos. Nesta segunda-feira, junção de

frente fria com fumaça amazônica fez o 'dia

virar noite' em São Paulo, Mato Grosso do Sul

e norte do Paraná.

Por Carolina Dantas, G1

As queimadas no Brasil aumentaram 82% em

relação ao ano de 2018, se compararmos o

mesmo período de janeiro a agosto – foram

71.497 focos neste ano, contra 39.194 no ano

passado. Esta é a maior alta e também o

maior número de registros em 7 anos no país.

Os dados são do Programa Queimadas do

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(Inpe), gerados com com base em imagens de

satélite.

Nesta segunda-feira (19), o "dia virou noite"

em São Paulo, no Mato Grosso do Sul e no

norte do Paraná. Por volta das 15h, uma forte

névoa escura cobriu a capital paulista,

deixando a cidade no breu. Especialistas

ouvidos pelo G1 explicaram que uma frente

fria com ventos marítimos originada do Sul do

Brasil trouxe uma nuvem do tipo stratus, mais

baixa e carregada. Junto a isso, a fumaça

originada das queimadas da floresta

amazônica nos estados do Norte foi

potencializada com focos em outros países da

América Latina.

Dia vira noite durante a tarde desta segunda

(19) em São Paulo

Cinco estados tiveram um maior aumento no

número de queimadas no Brasil desde o início

do ano, em comparação com o mesmo período

do ano passado: Mato Grosso do Sul, com

uma alta de 260% em relação a 2018;

Rondônia, com 198%; Pará, com 188%; Acre,

com 176%; e Rio de Janeiro, com 173%. Se

tomarmos como base apenas o número, Mato

Grosso é líder, com 13.641 focos, o que

representa 19% do total nacional.

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Nas últimas 48h (contadas até 19 de agosto),

o Brasil teve 5.253 focos de queimadas

detectados pelo sistema do Inpe. Bolívia, Peru

e Paraguai seguem com 1.618, 1.166 e 465,

respectivamente. No sábado (17), o aeroporto

internacional de Viru Viru, na Bolívia, chegou a

ser fechado devido à baixa visibilidade.

JORNAL NACIONAL: Mato Grosso enfrenta a

pior temporada de queimadas em sete anos

Alberto Setzer, pesquisador do Programa

Queimadas do Inpe, disse que apesar da alta

no número de incêndios, a chegada da fumaça

da região Norte ao Sudeste não é um

fenômeno raro. Ele fala que o pôr do sol um

pouco mais avermelhado é um dos sinais, mas

em menor intensidade do que foi visto nesta

segunda-feira.

O pesquisador também explica que o El Niño

tem um efeito que aumenta a estiagem, mas

não causa o aumento das queimadas. O

fenômeno ajuda a aumentar a "espalhar o

fogo".

"Elas [queimadas] são todas de origem

humana, umas propositais e outras acidentais,

mas sempre pela ação humana. Para você ter

queimada natural você precisa da existência

de raios. Só que toda essa região do Brasil

central, sul da Amazônia, está uma seca muito

prolongada, tem lugares com quase três

meses sem uma gota d’água" - Alberto Setzer

"Não é a toa que o aeroporto lá na Bolívia

fechou, que os hospitais estão lotados de

gente com problemas de respiração", disse

Setzer. O pesquisador lembra um caso similar

de descida da fumaça ocorreu em 9 de agosto

deste ano, mas que não atingiu tanto a cidade

de São Paulo.

Queimadas e fumaça no dia 19 de agosto de

2019 — Foto: Rodrigo Cunha/G1

Os dados do Inpe também apontam o número

de Unidades de Conservação e Terras

Indígenas que sofrem com as queimadas: são

32 e 36, respectivamente. Os incêndios

florestais também atingiram outras parte do

mundo em julho: a agência espacial

americana (Nasa) aponta mais de 2,7 milhões

de hectares na Sibéria; na Espanha, o sistema

de monitoramento Copernicus, apoiado pela

agência espacial europeia (ESA), registrou a

pior série de incêndios florestais em 20 anos.

Fumaça sobre a Bolivia em 18 de agosto de

2019 — Foto: Inpe/Reprodução

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0

8/19/queimadas-aumentam-82percent-em-

relacao-ao-mesmo-periodo-de-2018.ghtml

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Data: 20/08/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Vamos vender a Amazônia?

Exercício intelectual pode testar se nossos

impulsos nacionalistas estão devidamente

calibrados

Que Groenlândia que nada, vamos vender é a

Amazônia mesmo. Sei que essa proposta tende a

ser recebida com um pé atrás e que, por uma

série de razões práticas, políticas e

constitucionais, não há a menor chance de ela se

tornar realidade. Ainda assim, penso que vale a

pena explorá-la como exercício intelectual.

Já que estamos lidando com um experimento

mental, somos livres para estipular condições. O

ponto de partida é que seria um negócio em que

todas as partes sairiam ganhando. A população

local obteria cidadania de país rico e

experimentaria um longo ciclo de

desenvolvimento. O resto dos brasileiros

receberíamos uma bolada pela cessão da

"soberania", que usaríamos com sabedoria,

rasgando as amarras que ainda nos prendem ao

grupo das nações de renda média.

Mais importante, o planeta seria enormemente

favorecido com a preservação total da floresta,

que exerce importante papel na regulação do

regime de chuvas e do clima. Também

ganhariam espécies biológicas que ainda nem

identificamos mas já estão sendo dizimadas com

a derrubada de partes da floresta.

Se é tão bom assim, por que tantos brasileiros

sentem um arrepio só de pensar na ideia de que

a Amazônia possa deixar de ser nossa? A

resposta é: nacionalismo. Não ignoro que o

nacionalismo possa, como outras ficções

compartilhadas, ter um papel construtivo na

sociedade, unindo as pessoas em torno de

objetivos comuns. Mas ele também pode ser

bastante destrutivo, levando a chauvinismos e

mesmo a guerras sem propósito.

Como a linha entre o uso saudável e o patológico

é tênue, precisamos nos manter vigilantes,

sempre nos perguntando se nossos impulsos

nacionalistas estão devidamente calibrados . Se

você, leitor, rejeita visceralmente uma hipotética

venda que, por definição, seria benéfica para

todos, então há uma boa chance de que você

seja portador da variante patológica do

nacionalismo.

Hélio Schwartsman

Jornalista, foi editor de Opinião. É autor de

"Pensando Bem…".

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/heliosch

wartsman/2019/08/vamos-vender-a-

amazonia.shtml

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Grupo de Comunicação

Painel: Parlamentares e magistrados

reagem a tentativa de dissociar novo

favorito à PGR de Flavio Bolsonaro

Toma que o filho é teu

A tentativa do Planalto de dissociar o senador

Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) do ingresso do

subprocurador Antônio Carlos Simões Martins

Soares na corrida pelo posto de procurador-geral

da República incomodou integrantes do

Legislativo e do Judiciário. Flávio intermediou

contatos de Simões com parlamentares e

integrantes de cortes superiores. E o próprio

cotado não esconde, nas conversas, a

proximidade com o filho de Jair Bolsonaro –num

tom que, inclusive, causa estranhamento.

Sem pai nem mãe

Dentro do Ministério Público Federal, Simões é

visto como outsider por todas as alas que

compõem a Procuradoria. A rejeição a ele é

tamanha que ministros do STF temem a

instalação de um quadro de isolamento e

resistência ao nome que hoje é favorito ao posto.

Cada um por si

Integrantes do Supremo e da cúpula da PGR

lembram que o grau de autonomia dos

procuradores é enorme e que Bolsonaro pode

estar fazendo um cálculo equivocado ao imaginar

que, indicando alguém da estrita confiança de

sua família, vá conseguir controlar a corporação

como um todo.

Rebelião

O efeito, alertam esses ministros e procuradores,

tende a ser o oposto: uma espécie de

insubordinação generalizada às diretrizes de

Simões.

Vapt-vupt

O subprocurador esteve com o presidente do

Supremo, Dias Toffoli, na quinta (15), mas a

conversa não chegou a dez minutos, segundo

pessoas próximas ao ministro. Eles devem falar

novamente nesta semana. Toffoli, até agora, não

se dispôs a fazer movimento para endossar o

nome de Simões –mas também não sinaliza veto.

Árvore genealógica

O apoio a Simões por parte de magistrados do

Rio que integram cortes superiores se deve à

amizade dele com o advogado Marcelo Fontes,

sócio do escritório de Sergio Bermudes.

Quase

Levantamento de um aliado do governo no

Senado indica que Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ)

está a sete votos da aprovação no plenário para

embaixador do Brasil nos EUA. Esse seria o

número que separa o filho do presidente da

maioria na Casa.

Todos contra um

Entre os cerca de 21 senadores que pregam a

renovação no Senado, a maioria, avalia um

integrante do grupo, é contrária à nomeação de

Eduardo. Essa ala prega a tese de que a

indicação é ato de nepotismo.

Vá com Deus

Integrantes dos três Poderes acompanham com

atenção a reação da cúpula da Receita, que

ameaça entregar os cargos em solidariedade a

João Paulo Fachada, afastado da subsecretaria-

geral do órgão nesta segunda (19). Com ironia,

autoridades que torcem o nariz para o ex-

número dois do fisco dizem esperar que os

colegas dele honrem a ameaça.

Meu malvado favorito

Apesar de a pressão sobre a Receita partir de Jair

Bolsonaro, servidores do órgão preferem

concentrar artilharia em ministros do TCU

(Tribunal de Contas da União) e do Supremo que

proferiram decisões contrárias à instituição.

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Grupo de Comunicação

Vamos dar as mãos

O objetivo seria evitar constranger parlamentares

bolsonaristas e defensores da Lava Jato que

podem ser úteis na defesa do fisco intermediando

o diálogo com o presidente. E, de quebra, atacam

inimigos comuns.

Por você

A articulação de senadores para tentar abrir nova

CPI da Lava Toga usará como argumento a

suspensão de dois servidores da Receita pelo

Supremo.

Dois pesos

O afastamento dos dois auditores gerou comoção

entre colegas. Nos processos administrativos

disciplinares, um foi apenas advertido e o outro,

inocentado.

Para ontem

A coordenadora do grupo de trabalho da Câmara

que analisa o pacote anticrime de Sergio Moro,

Margarete Coelho (PP-PI), quer tentar encerrar

os trabalhos do colegiado nesta semana.

Visita à Folha

João Miranda, diretor-presidente da Votorantim,

visitou a Folha nesta segunda-feira (19). Estava

acompanhado de João Schmidt, diretor de

Desenvolvimento Corporativo, Sérgio Malacrida,

diretor de Finanças, Alessandra Tucci, gerente-

geral de Comunicação, e Lia Mara Sacon, diretora

de Atendimento da FleishmanHillard Brasil.

TIROTEIO

Entregar dados da Receita sem aval judicial é

violar um direito protegido pela Constituição, o

que é inadmissível

Do advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira,

sobre diálogos que mostram a Lava Jato

requisitando oficiosamente informações do Fisco

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/08/20/

parlamentares-e-magistrados-reagem-a-

tentativa-de-dissociar-novo-favorito-a-pgr-de-

flavio-bolsonaro/

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Grupo de Comunicação

A longa noite do meio ambiente

Queimar nosso patrimônio ambiental parece ser

projeto do governo

O dia virou noite em São Paulo na tarde desta

segunda (19). Meteorologistas explicam: além de

nuvens carregadas, a terra da garoa recebeu a

“pluma de fumaça” de queimadas e incêndios

que ocorrem no Centro-Oeste, Paraguai e Bolívia.

Sem recorrer a nenhuma revelação mística, esse

breu em pleno dia é o presságio do que a política

ambiental do governo nos reserva.

O incêndio que devastou 21 mil hectares no

Paraguai é algo de proporções dantescas, mas as

queimadas estão em alta acelerada inclusive no

Brasil. Há um aumento de 70% nos núcleos de

queimadas em comparação com 2018. Sinal de

que a política do governo nessa área vem

falhando?

Infelizmente não. Queimar nosso patrimônio

ambiental parece ser projeto. O ministro Ricardo

Salles segue firme no desmonte da estrutura

nacional de fiscalização —Ibama, ICMBio— do

desmatamento. A população não deixa de

corresponder ao discurso que vem de cima. No

dia 10, fazendeiros e grileiros do sul do Pará

promoveram um “dia do fogo”, produzindo

queimadas em nível recorde. Um novo festejo

cívico para uma nova era. Em Rondônia, o fogo

que deixou Porto Velho imersa em fumaça já

matou pessoas e obrigou aviões a desviar para

Manaus.

Quando o governo é alertado da piora no

desmatamento, faz o quê? Insinua que o Inpe

está a serviço de “ONGs” (esse bicho-papão

genérico que encerra discussões) e exonera o

diretor do órgão.

A preservação da Amazônia nos interessa por

vários motivos, como pela biodiversidade que ela

guarda e pelo papel dela em garantir as

condições climáticas que favorecem nosso

agronegócio. E interessa também ao resto do

mundo, que vai lentamente se conscientizando

dos perigos do aquecimento global.

Imagine que bom seria se a preservação da selva

brasileira fosse de tal maneira valorizada por

países desenvolvidos que eles estivessem

dispostos a nos dar dinheiro simplesmente para

que não a devastássemos. Boa notícia: é

exatamente isso que faz o Fundo Amazônia,

grande vitória da diplomacia brasileira. A má

notícia é que o descaso do governo com o meio

ambiente é tal que Alemanha e Noruega já

bloquearam os pagamentos ao fundo. São quase

R$ 300 milhões que estamos jogando no lixo.

A reação do presidente até agora foi acusar a

Noruega de matar baleias. Ok, verdade. Mas no

que isso ajuda a Amazônia? Ao contrário do que

disse Bolsonaro, a questão ambiental não é

preocupação apenas de “veganos que só comem

vegetais”. Todos nós já sofremos —e sofreremos

muito mais— os danos da ação humana

predatória aos nossos biomas e ao clima da

Terra. As secas que se acentuam em nosso país

—aumentando as queimadas— são parte disso.

A coisa é tão grave que até os maiores nomes do

agronegócio, como o ex-ministro da agricultura

Blairo Maggi, dão voz à preocupação. Se

continuarmos assim, a Europa erguerá barreiras

à importação de nossa soja. Nem mesmo as

pressões do capitalismo, contudo, convencem o

governo a preservar a natureza.

Não temos muito tempo. A mudança climática

vem a passos rápidos. O desmatamento da selva

amazônica se aproxima do ponto sem retorno.

Nosso território contém o maior patrimônio

ambiental da humanidade. Ele pode ser ativo

central de um desenvolvimento sustentável, de

longo prazo, para todos ou pode ser queimado

para garantir lucros de curto prazo para alguns,

gerando uma catástrofe nacional e global

irreversível. Mesmo quem apoia o governo deve

apontar o descaminho grave de sua política

ambiental. A noite cairá sobre todos nós.

Joel Pinheiro da Fonseca

Economista, mestre em filosofia pela USP.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joel-

pinheiro-da-fonseca/2019/08/a-longa-noite-do-

meio-ambiente.shtml

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Painel S.A: Emae aluga espaço de R$ 303

mil por mês para nova sede administrativa

De Interlagos, empresa se muda para edifício

Tower Bridge Corporate, no entorno do Brooklin

SÃO PAULO

Sem licitação,

a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e

Energia), vinculada ao governo de São Paulo,

acaba de alugar um espaço de um condomínio

corporativo de área nobre da capital. Por quase

R$ 303,9 mil mensais, a companhia muda a sua

sede administrativa —atualmente na zona sul da

cidade— para o edifício Tower Bridge Corporate,

no entorno do bairro do Brooklin. Os escritórios

do prédio se encaixam em um segmento

imobiliário conhecido com triplo A.

Altura

A Emae vai ocupar o 16º andar e parte do 17º,

em 3,2 mil metros quadrados, em um contrato

de 60 meses. A locadora é o Fundo de

Investimento Imobiliário FII TB Office.

Energia

Procurada, a empresa afirma que a sede antiga,

em Interlagos, será usada para instalação de

usina termelétrica e que, no futuro, parte da área

poderá ser concedida. “Com a mudança, estima-

se economia com manutenção e segurança do

local, que hoje ultrapassa R$ 6 milhões por ano”,

diz em nota.

Outro lado

Segundo a Emae, o novo espaço foi locado após

deliberação do conselho e com parecer da

Companhia Paulista de Obras e Serviços, que

avaliou a compatibilidade do valor de locação

com o praticado no mercado.

Tower Bridge Corporate fica no entorno do bairro

do Brooklin

Receita

A diretoria colegiada da Anvisa se reúne nesta

terça (20) para tratar do novo marco regulatório

de boas práticas de fabricação de remédios. Após

a aprovação do documento, o Brasil vai poder se

filiar ao PIC/S (Pharmaceutical Inspection

Cooperation Scheme), fórum farmacêutico

internacional que facilita acordos bilaterais e

multilaterais.

Bula

A esperança é elevar a participação da indústria

nacional, dominada pelos genéricos, em

mercados estrangeiros em que a presença da

Índia e da China só crescem.

Bula 2

No mercado interno, a expectativa é que o marco

permita que os fabricantes nacionais recuperem

a fatia de 9% de genéricos indianos.

Devendo

A projeção de inadimplência de pessoas físicas

deve ficar na média de 4,88% em agosto, queda

de apenas 0,1 ponto percentual em relação ao

mesmo mês de 2018, diz o Ibevar (Instituto

Brasileiro de Executivos de Varejo).

Fit

A ElevenChimps, de alimentação natural para

cachorros que atua em São Paulo e no Rio de

Janeiro, planeja expansão para Belo Horizonte,

Ribeirão Preto, Brasília e Goiânia até o fim do

ano. A empresa lançou plataforma de vendas que

sugere dieta customizada para os cães.

Bolso

Por ora, empresas de turismo estão mais

preocupadas com a alta do dólar do que com um

possível corte em despesas não obrigatórias pelo

governo, que poderia atingir a emissão de

passaportes.

Olho no câmbio

“Com a crise e o dólar do jeito que estão vai

haver redução de ida de brasileiros ao exterior.

Isso preocupa mais as agências do que a questão

do passaporte”, diz Alexandre Sampaio,

presidente da Federação Brasileira de

Hospedagem e Alimentação.

Compras

Donos de supermercados começam a achar que

podem encher as prateleiras sem encalhar. O

índice de ruptura, medido pela falta de produtos

nas gôndolas, fechou o primeiro semestre em

queda, segundo a Neogrid, especializada em

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cadeia de suprimentos. Ficou em 9,77% em

julho, ante a média de 10,5% na primeira

metade do ano.

Abastecidos

É um sinal de que os donos dos estabelecimentos

estão voltando a comprar mais produtos para

revenda, acreditando que terão melhor

desempenho no segundo semestre, segundo

Robson Munhoz, da Neogrid.

Agora...

“Estamos flertando com a recessão, mas

começamos a ver movimentos como o trânsito da

reforma da Previdência, o ensaio de outras

reformas. É um primeiro sinal do empresariado

acreditando que pode ter virada. A liberação do

FGTS é dinheiro novo girando”, diz Munhoz.

...vai

Segundo a Apas (entidade do setor), o cenário

político está positivo para mais de 70% dos

supermercadistas. O FGTS elevou as

expectativas.

Com Paula Soprana

Painel S.A.

Jornalista, Joana Cunha é formada em

administração de empresas pela FGV-SP. Foi

repórter de Mercado e correspondente da Folha

em Nova York.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/

2019/08/emae-aluga-espaco-de-r-303-mil-por-

mes-para-nova-sede-administrativa.shtml

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Mônica Bergamo: Bolsonaro extraditará

sequestrador de Washington Olivetto para o

Chile

Norambuena passou 16 anos em regime fechado

em presídio de segurança máxima; no fim de

semana, foi transferido sigilosamente para a PF

em São Paulo

O chileno Maurício Hernandez Norambuena será

extraditado para o Chile nos próximos dias. Ele

cumpria pena no Brasil por ter participado do

sequestro do publicitário Washington Olivetto,

em 2001.

No Chile, Norambuena estava condenado a dupla

prisão perpétua por ser o mentor intelectual do

assassinato do senador Jaime Guzmán, em 1991,

que era estreitamente ligado ao ditador Augusto

Pinochet, e por ter participado do sequestro de

Cristián Edwards, herdeiro do conglomerado

jornalístico El Mercúrio.

Ex-militante da Frente Patriótica Manuel

Rodríguez, ele foi preso no Chile nos anos 1990.

Conseguiu sair de um presídio de segurança

máxima depois de uma fuga espetacular, em que

foi resgatado por um helicóptero.

Anos depois, no Brasil, participou do sequestro

de Olivetto, que ficou 53 dias em um cativeiro.

Preso, Norambuena passou 16 anos em regime

de isolamento no sistema prisional federal. No

começo do ano, foi transferido para a detenção

de Avaré, no interior de SP.

O governo chileno pede a extradição de

Norambuena desde que ele foi encarcerado pelo

sequestro de Olivetto.

O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a

extradição na época. Impôs, no entanto, uma

condição: a pena de Norambuena tinha que ser

comutada, de perpétua para no máximo 30 anos,

seguindo as regras penais brasileiras.

O Chile nunca aceitou as condições. Mas, agora,

o governo do presidente Sebastian Piñera teria se

comprometido formalmente a não executar

penalidades que não são previstas no Brasil,

como a pena perpétua e a pena de morte.

A informação foi confirmada pelo Ministério da

Justiça.

No fim de semana, Norambuena foi transferido

de maneira sigilosa da prisão de Avaré, no

interior de São Paulo, para a carceragem da

Superintendência da Polícia Federal.

A família não foi avisada e nem mesmo a

defensora de Norambuena, Sabrina Diniz, sabia

do paradeiro dele.

A defensora buscou informações e acabou

descobrindo que ele estava na PF em São Paulo.

Ela já impetrou um habeas corpus no STF, com

pedido de liminar, para que Norambuena não

seja extraditado até que as condições em que

isso ocorreria sejam esclarecidas.

VELOCIDADE 2

Ele esteve com o presidente do país, Sebastian

Piñera, no dia 23. Na semana seguinte, o o

governo enviou ofício à Justiça de SP para tratar

da saída dele do Brasil.

ANTES

Norambuena cumpria pena no presídio de Avaré,

em SP, pelo sequestro do publicitário Washington

Olivetto, em 2001. No documento, o Ministério

da Justiça, pedia a liberação antecipada do preso

“a fim de que o Estado brasileiro efetive a sua

imediata entrega ao Estado chileno”.

DEPOIS

Na semana passada, Norambuena foi transferido

sigilosamente de Avaré para a Superintendência

da Polícia Federal em SP. Na segunda (19), o

Ministério da Justiça confirmou que ele estava lá

porque será extraditado.

RÉGUA

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O martelo foi batido depois que o governo de

Piñera concordou em não aplicar a Norambuena a

pena de prisão perpétua à qual está condenado

—ele é acusado de um assassinato e um

sequestro em seu país.

OBRIGADO, BOLSONARO

A extradição já era requerida há vários anos pelo

Chile e está sendo celebrada como vitória política

do atual presidente do país.

PAPEL E TINTA

Norambuena ficou recolhido em presídios de

segurança máxima, em isolamento, por 16 anos

—um recorde no Brasil. Na quinta (15), ao

chegar na carceragem da PF, pegou um jornal

nas mãos pela primeira vez nesse tempo todo.

ASSIM SERÁ

A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara de

Execuções penais e responsável pelas decisões

sobre a custódia de Lula, não poderá mais julgar

se um jornalista pode ou não entrevistar o ex-

presidente —desde que ele queira.

CARIMBO

A decisão é do Tribunal Regional da 4ª Região. O

desembargador João Pedro Gebran Neto

determinou que a autorização do ministro

Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal

Federal), para que a Folha e o El País

entrevistassem Lula deve ser estendida a todos

os meios que “postulem esse direito” —sem

passar pelo crivo de Lebbos.

MÃOS DADAS

O cantor Caetano Veloso e a atriz Fernanda Paes

Leme passaram pelos bastidores do Criança

Esperança 2019 no sábado (17). Os

apresentadores Angélica e Serginho Groisman e a

atriz Vera Fischer também estiveram lá.

GRANDE ENCONTRO

Maria Bethânia subirá ao palco sob a regência de

João Carlos Martins. Os dois vão estrelar o

espetáculo “De Beethoven a Bethânia”, no dia 30

de outubro, no Espaço das Américas.

GRANDE ENCONTRO 2

Ele vai reger a Sétima de Beethoven e ela

cantará dez sucessos da carreira, acompanhada

pela Orquestra Bachiana Filarimônica Sesc-SP.

Os arranjos são dos músicos Ney Marques e José

Antônio de Almeida.

PASSAPORTE

A filósofa e ativista norte-americana Angela Davis

vem ao Brasil em outubro para o lançamento do

livro “Uma Autobiografia” em SP e no Rio. Davis

também vai participar da conferência A Liberdade

É uma Luta Constante que encerra o Seminário

Internacional Democracia em Colapso, promovido

pela editora Boitempo e pelo Sesc SP.

LINHA DE CHEGADA

O Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro

Infantil e Jovem será encerrado em 2019 após 25

anos. O motivo é o cancelamento do patrocínio

da Coca-Cola FEMSA Brasil. Em 16 de setembro,

o evento vai ser realizado pela última vez no

Teatro Sérgio Cardoso com aporte de R$ 20 mil

da APAA (Associação Paulista dos Amigos da

Arte) .

BOLSA

A Interartis Brasil lançou um programa de auxílio

financeiro a artistas associados. Durante um ano,

10 membros selecionados —que precisam ter

mais de 65 anos ou serem mulheres

impossibilitadas de trabalhar por conta de filhos

recém-nascidos— receberão R$ 1.200 mensais.

FAMA SEM GRANA

Segundo o presidente-executivo, Victor

Drummond, nomes conhecidos do grande público

já se candidataram a receber a ajuda. A

associação tem como presidente a atriz Gloria

Pires e como integrantes do conselho os atores

Thiago Lacerda, Cassia Kis, Paloma Duarte e

Carolina Ferraz.

ESCURO

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays,

Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos

enviou uma notificação extrajudicial ao Itamaraty

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Grupo de Comunicação

para questionar a recusa em fornecer acesso aos

documentos que orientaram diplomatas a reiterar

que o governo brasileiro entende que “a palavra

gênero significa o sexo biológico: feminino e

masculino”.

CRIME

A associação afirma na notificação que as

diretrizes do Ministério das Relações Exteriores

são inconstitucionais pois contrariam o

entendimento do STF que criminalizou a

homofobia.

VIOLA E VIOLINO

A dupla Chitãozinho e Xororó subiu ao palco com

o maestro João Carlos Martins no Allianz Parque

Hall, no domingo (18). O cantor Agnaldo Rayol

também participou do espetáculo. A neta do

maestro Gabriela Martins e a amiga Manuela

Affonso compareceram.

CURTO-CIRCUITO

Nelson Câmara lança nesta terça (20) o livro “A

Doutrina Trabalhista Brasileira”. Às 18h30, na

livraria Martins Fontes da Paulista.

A Fundação Estudar promove palestra com Ana

Paula Martinez.

Itaú Social e Jeduca abrem hoje as inscrições

para o Edital de Jornalismo de Educação.

Será lançada nesta terça (20) a “Ameise +

coletivo naLã por Brumadinho”. Às 17h, na Vila

Madalena.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/08/bolsonaro-extraditara-

sequestrador-de-washington-olivetto-para-o-

chile.shtml

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/08/bolsonaro-decidiu-extraditar-

sequestrador-de-washington-olivetto-apos-

viagem-ao-chile-em-marco.shtml

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Salvador recebe conferência climática sem

representantes do governo federal

Evento reúne governos da América Latina para

troca de experiências sobre adaptação às

mudanças do clima

Ana Carolina Amaral

SALVADOR

Realizada pela agência de mudanças climáticas

da ONU em parceria com o governo brasileiro, a

conferência Climate Week, Semana Climática da

América Latina e Caribe, começa na manhã desta

segunda-feira (19) em Salvador sem contar com

representação do governo federal.

Dividem a mesa de abertura do evento o prefeito

de Salvador, ACM Neto (DEM), o secretário

municipal de sustentabilidade, André Fraga, o

embaixador da Holanda, Kees van Rij, o

primeiro-secretário da embaixada da Alemanha,

Lutz Morgenstern e o diretor agência de

mudanças climáticas da ONU (UNFCCC), James

Grabert.

“Nós estamos aqui graças ao prefeito ACM Neto”,

disse Fraga na abertura do evento.

“Afirmei que Salvador fazia questão de sediar e

que a prefeitura iria mobilizar todos os esforços e

todos os recursos para realizar a conferência. E

aqui estamos”, afirmou ACM Neto.

“Precisamos superar as discussões ideológicas e

partidárias porque esse é um tema que interessa

a todos”, acrescentou o prefeito.

Em maio, a conferência chegou a ser cancelada

pelo Ministério do Meio Ambiente, responsável

por sediar o evento. O ministro Ricardo Salles

havia comunicado à ONU que o Brasil não

receberia o evento. Ele recuou da decisão, no

entanto, por insistência de ACM Neto.

Na abertura da Climate Week, ACM Neto, prefeito

de Salvador, o diretor agência de mudanças

climáticas da ONU (UNFCCC), James Grabert, o

diretor regional da C40, Manuel Oliveira, e o

embaixador da Holanda, Kees van Rij; em pé, o

secretário de sustentabilidade de Salvador, André

Fraga.

Antecessor de Salles, o ex-ministro do Meio

Ambiente Edson Duarte também participa do

evento. Reconhecido por ter negociado para que

a conferência acontecesse no Brasil, foi aplaudido

na abertura do evento.

Em encontro de ex-ministros em maio, Duarte

havia afirmado que Salles se recusou a receber

informações do antecessor para a transição de

mandato. Segundo servidores da pasta, o atual

ministro foi pego de surpresa ao descobrir

realização da conferência.

“Nós quase levamos uma COP”, lembrou o

secretário André Fraga, em referência à COP-25,

conferência da ONU voltada à negociação do

Acordo de Paris e que aconteceria no Brasil no

próximo dezembro, mas foi cancelada pelo

governo federal ainda em novembro do ano

passado, em um pedido de Bolsonaro a Temer.

Apesar da ausência de representação no palco

principal, servidores dos ministérios do Meio

Ambiente e do Itamaraty participam de

discussões técnicas ao longo do dia.

Em uma das reuniões sobre precificação de

carbono (ou seja, como atribuir um preço à

emissão de gases causadores do efeito estufa,

como aqueles emitidos na queima de

combustíveis), uma representante do Ministério

da Economia defendeu a regulamentação desse

mercado no país.

"As pessoas não estão interessadas em novos

impostos. Hoje, o governo vê o mercado de

carbono como uma alternativa mais viável para

se precificar o carbono [do que a taxação]", disse

a coordenadora geral de Meio Ambiente e

Mudanças Climáticas da Secretaria de Política

Econômica do Ministério da Economia, Ana Luiza

Champloni.

Com 5.000 inscritos, o evento tem o objetivo de

discutir a implementação regional das metas do

Acordo de Paris, trocar experiências e promover

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negócios que apoiem a redução de emissões de

gases-estufa.

Ao longo do ano, também foram organizadas

semanas climáticas regionais na Ásia e na África.

A multiplicidade de eventos climáticos acontece

em um contexto de urgência climática e busca

convocar os países a aumentar a ambição das

metas do Acordo de Paris, que são determinadas

por cada nação.

As metas anunciadas por cada país em 2015, na

assinatura do acordo, não são suficientes para

conter os efeitos mais desastrosos do

aquecimento global e ainda levariam o mundo a

um cenário de aquecimento superior a 3°C até o

final do século.

Até o fim do evento, na sexta-feira (23), também

se deve chegar a uma carta que será levada ao

secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que

promoverá uma conferência sobre clima em

setembro, um dia antes da assembleia geral da

ONU em Nova York, obrigando os chefes de

Estado do mundo a dedicar atenção ao tema das

mudanças climáticas. A expectativa é que os

países passem a anunciar metas mais ambiciosas

a partir do ano que vem —adiantando a revisão

de metas prevista apenas para 2023 no acordo

climático.

A pressa vem acompanhada de aumento dos

eventos extremos e uma sequência de recordes

de temperatura —os últimos quatro anos foram

os mais quentes já registrados, segundo a

Organização Mundial de Meteorologia.

Os efeitos são sentidos localmente e têm

aumentado o engajamento dos governantes

regionais. A despeito da oposição dos governos

Trump e Bolsonaro ao Acordo de Paris,

governadores e prefeitos nos Estados Unidos e

no Brasil têm reforçado a agenda climática.

Em seu discurso de abertura, ACM Neto anunciou

a criação do Painel Salvador de Mudança do

Clima —inspirado no IPCC, o painel da ONU de

mudanças climáticas, composto por cientistas de

todo o mundo.

“O Painel Salvador de Mudança do Clima vai dar

toda a base de discussão para que Salvador

possa ter seu próprio plano de adaptação e

mitigação às mudanças climáticas”.

O prefeito listou compromissos climáticos com

ciclovias, aterros sanitários, plantio de corredores

verdes e estímulos a startups para criação de

soluções climáticas e sociais. “Hoje nós olhamos

a sustentabilidade como elemento econômico

importante de Salvador. Temos um plano

municipal de resiliência que serve de farol para

as prioridades de orçamento e de investimento

em infraestrutura”, afirmou.

A jornalista viajou a convite do Instituto Clima e

Sociedade (ICS)

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

8/salvador-recebe-conferencia-climatica-sem-

representantes-do-governo-federal.shtml

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ESTADÃO

ONGs se unem em 'Conexão Abrolhos'

contra exploração de petróleo no parque

nacional

Cinco grandes organizações ambientais querem

chamar a atenção para os riscos da exploração

de quatro blocos de petróleo e gás na região;

leilão das áreas está marcado para 10 de outubro

André Borges, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O plano do governo de leiloar poços

de petróleo em uma área próxima do Parque

Nacional de Abrolhos, uma das regiões de maior

biodiversidade marinha do planeta, mobilizou

cinco grandes organizações ambientais, para

alertar sobre o risco de exploração em águas

profundas na região.

A Conexão Abrolhos, uma coalização formada

pela Conservação Internacional (CI-Brasil),

Oceana no Brasil, Rare, SOS Mata Atlântica e

WWF-Brasil, pretende sensibilizar o governo e

empresas que venham a participar da 16.ª

Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios da

Agência Nacional do Petróleo (ANP), prevista

para ocorrer em 10 de outubro.

Entre a Bahia e o Espírito Santos, Abrolhos abriga espécies de

tartarugas e aves marinhas ameaçadas de extinção. Foto:

Jonne Roriz/Estadão - 14/1/2014

Os riscos da exploração de quatro blocos de

petróleo e gás, localizados em uma bacia

sedimentar conhecida como Camamu-Almada, no

litoral da Bahia, foram apontados por um parecer

técnico elaborado pelo Ibama.

Em abril, reportagem do Estado revelou que este

parecer pedia a exclusão desses blocos do leilão,

por causa dos impactos que a área poderia sofrer

em caso de acidente com derramamento de óleo.

O presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim,

no entanto, decidiu ignorar o parecer técnico e,

numa atitude inédita, contrariar seus próprios

especialistas, e autorizou a Agência Nacional de

Petróleo (ANP) a seguir com o leilão.

Dias depois, uma segunda reportagem do Estado

revelou que a decisão de Bim, na realidade,

atendia a um pleito feito diretamente pelo

Ministério do Meio Ambiente (MMA). O parecer do

Ibama que pedia a rejeição do bloco próximo a

Abrolhos foi emitido no dia 18 de março. No dia

29 de março, a então secretária-executiva do

MMA, Ana Maria Pellini, braço direito do ministro

Ricardo Salles enviou um ofício a Eduardo

Fortunato Bim, para que ele revisasse a decisão

do grupo técnico. Na ocasião, determinou a Bim

que fizesse a “avaliação de seu teor”, por causa

da “relevância estratégica do tema”.

A secretária-executiva ainda deu até um prazo,

pedindo ao que se manifestasse até o dia 1º de

abril. Foi exatamente o que ocorreu. Na data

acertada, Bim encaminhou sua decisão

diretamente a Ana Maria Pellini. Em duas

páginas, ele rejeitou as argumentações técnicas

e manteve os blocos de petróleo no leilão.

Segundo as organizações da Conexão Abrolhos, a

autorização reconhece o risco de derrames

acidentais atingirem “em curto espaço de tempo

importantes áreas com espécies endêmicas e

ameaçadas”, mas ainda assim libera a inclusão

das áreas nas proximidades de Abrolhos. Para

além do impacto ambiental, a gerente do

programa Mata Atlântica/Marinho, do WWF-

Brasil, Anna Carolina Lobo, chama a atenção

para a relevância econômica da região

preservada.

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"A conservação dos ambientes costeiro e marinho

da região de Abrolhos é fundamental para

geração de emprego e renda. Tanto a pesca

quanto o turismo de observação da natureza são

atividades que movem a economia da região,

espelhando o que ocorre em outros países”, disse

Lobo. “Em todo o mundo, a contribuição direta

dos corais para indústria do turismo é de US$ 36

bilhões por ano, além subsidiar a criação de 6

milhões de empregos diretos relacionados à

pesca, gerando US$ 6 bilhões anuais em receita.”

O Ibama nega que haja irregularidades na

liberação dos poços. A ANP não comenta o

assunto. O MMA sustenta que cabe ao Ibama

autorizar o leilão e que o empreendedor

interessado é quem deve analisar se aquele

empreendimento lhe interessa ou não, uma vez

que o licenciamento ambiental que autoriza a

exploração só é iniciado após a venda dos blocos

pelo governo.

Parque abriga espécies ameaçadas de extinção

Guilherme Dutra, diretor de estratégia costeira e

marinha da ONG Conservação Internacional (CI-

Brasil), chama a atenção para a riqueza natural.

“Abrolhos é a área com a maior biodiversidade

marinha do Atlântico Sul, com ecossistemas

extremamente sensíveis ao toque de óleo, como

recifes e manguezais. Explorar petróleo em áreas

que ofereçam risco para a região seria uma

inconsequência, tanto para imagem e reputação

das empresas interessadas, quanto para o

ambiente marinho e para cerca de 100 mil

pessoas que vivem do turismo e da pesca na

região”, disse.

As ONGs afirmam que o processo está cercado de

insegurança jurídica e chamam a atenção para

um histórico de tentativas de exploração de

petróleo próximo a Abrolhos e os riscos da

atividade para todo o ecossistema marinho da

região. “As cartas de sensibilidade ambiental a

derramamentos de óleo, instrumento do próprio

governo, essenciais para planejar ações em caso

de acidentes, classificam a região como sendo de

alta sensibilidade”, comentou Ademilson

Zamboni, oceanógrafo e diretor-geral da Oceana

no Brasil.

“A metodologia é validada mundialmente para

apoiar ações nos casos mais trágicos. Choca o

fato do governo negar suas próprias ferramentas.

É difícil acreditar que investidores comprometidos

com o desenvolvimento sustentável e mesmo

com a segurança de seus negócios possam

ignorar esse fato. Trata-se de risco para o meio

ambiente, para as atividades produtivas e para a

vida das pessoas”, afirmou.

O banco compreende uma área de 32 mil

quilômetros quadrados de água rasa, com recifes

de coral e manguezais, entre a Bahia e o Espírito

Santo. Ali ocorrem outras espécies endêmicas,

como tartarugas e aves marinhas ameaçadas de

extinção. Abrolhos também é conhecida como a

principal área de reprodução de baleias jubarte

nessa região do Oceano Atlântico. Levantamento

da biodiversidade do Banco de Abrolhos,

publicado em 2006 pela Conservação

Internacional, contabiliza 1.300 espécies, 45

delas consideradas ameaçadas de extinção.

Ação na Justiça

No mês passado, os senadores Fabiano Contarato

(Rede-ES) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

entraram com uma ação popular na Justiça

Federal do Distrito Federal, para requerer a

exclusão dos blocos de petróleo próximos do

Parque Nacional de Abrolhos, que o governo

pretende leiloar em outubro. A ação com pedido

liminar de tutela de urgência foi juntada a uma

petição anterior apresentada pelos senadores, na

qual requeriam os documentos do Ibama e do

Ministério do Meio Ambiente que levaram à

inclusão dos blocos no leilão.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,ongs-se-unem-em-conexao-abrolhos-contra-exploracao-de-petroleo-no-parque-nacional,70002974940

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Número de focos de incêndio em todo o

Brasil neste ano já é o maior desde 2013

De 1.º de janeiro a este domingo, 18, foram

registrados 71.497 focos em todo o País – alta de

82% em relação ao mesmo período do ano

passado; número supera recorde de 2016

Giovana Girardi

Depois de o Amazonas decretar, há dez dias,

situação de emergência no sul do Estado e na

região metropolitana de Manaus por causa de

queimadas, o governo do Acre declarou na sexta-

feira, 16, estado de alerta ambiental também por

causa dos incêndios em matas. O problema se

espalha pelo Mato Grosso e pelo Pará, mas não

se restringe à Amazônia, ocorrendo em vários

cantos do Brasil. O número de focos de

queimadas no País já é o maior dos últimos sete

anos.

De 1.º de janeiro a este domingo, 18, foram

registrados 71.497 focos em todo o País – alta de

82% em relação aos 39.194 focos registrados no

mesmo período do ano passado. O recorde

anterior era de 2016, com 66.622 registros no

mesmo período. Os dados são do Programa de

Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (Inpe).

O Estado campeão é o Mato Grosso, com 13.641

focos, ante 7.220 no mesmo intervalo de 2018,

alta de 88%. Em seguida vem o Pará, com 9.009

focos neste ano até domingo, alta de 188% em

relação ao ano passado, quando o período teve

3.126 focos. Amazonas observa uma alta de 147

% no número de focos – 6.923 até este domingo,

ante 2.800 no mesmo período de 2018. Rondônia

apresenta 5.512 focos, ante 1.848 no ano

passado – alta de 198%.

O pesquisador Alberto Setzer explica que o clima

neste ano está bem mais seco que no ano

passado, o que torna o cenário favorável para

queimadas, mas ele diz que elas não tem origem

natural. “Nesta época do ano não há fogo

natural. Todas essas queimadas são originadas

em atividade humana, seja acidental ou

proposital. A culpa não é do clima, ele só cria as

condições, mas alguém bota fogo”, afirma.

Sua expectativa é que a situação vai piorar ainda

nas próximas semanas com a intensificação da

seca. Setembro também é o mês que costuma

ser o campeão de queimadas no ano.

O aumento das queimadas ocorre em meio a

uma alta dos alertas de desmatamento na região.

Dados do sistema Deter, do Inpe, que faz a

detecção em tempo real da perda florestal para

orientar a fiscalização do Ibama, indicam uma

alta de 49,45% no desmatamento entre agosto

do ano passado e julho deste ano, na

comparação com os 12 meses anteriores.

Monitoramentos independentes, como o feito

pela ONG Imazon, também indicam uma

tendência de aumento na devastação.

Proprietários de terra têm aproveitado a

situação, como revelou a Folha do Progresso, de

Novo Progresso (PA), no início do mês. O jornal

mostrou que estava convocado para 10 de

agosto o “Dia do Fogo”.

Alguns produtores confirmaram que estavam

recebendo a convocação na base do boca a boca,

mas Agamenon Meneses, presidente do Sindicato

dos Produtores Rurais de Novo Progresso negou

que isso ocorreria. Imagens de satélite

capturadas pelo Inpe, porém, confirmaram um

aumento de focos na região e na Floresta

Nacional de Jamanxim, vizinha ao município, há

uma semana.

A repentina escuridão que se abateu pela capital

paulista nesta segunda-feira, 19, chegou a ser

apontada por alguns especialistas como um

reflexo das queimadas. De fato, explica Setzer, a

fumaça desce para o Sudeste e Sul do País, mas

ele afirma que não seria o suficiente para,

sozinha, explicar a mudança observada na

cidade.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/a

mbiente-se/numero-de-focos-de-incendio-em-

todo-o-brasil-neste-ano-ja-e-o-maior-desde-

2013/

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Empresário interessado em Itaipu foi

condenado em ação de R$ 713 milhões

Presidente da Léros, empresa acusada por

membros de uma CPI paraguaia de buscar

vantagens na compra de energia excedente de

hidrelétrica, Kleber Ferreira sofreu condenações

em primeira e segunda instâncias na Justiça de

São Paulo

Ricardo Galhardo e Fabio Leite, O Estado de

S.Paulo

Presidente da empresa brasileira investigada pelo

Congresso do Paraguai por buscar supostas

vantagens na compra da energia excedente da

hidrelétrica de Itaipu, o empresário Kleber

Ferreira já foi condenado em duas instâncias na

Justiça de São Paulo por dar um calote no

mercado livre de energia no Brasil, em uma ação

de cobrança que chega a R$ 713 milhões.

O calote ocorreu em 2008, dois anos antes de

Ferreira abrir a Léros Comercializadora de

Energia, empresa que é alvo de uma Comissão

Parlamentar de Inquérito (CPI) no Paraguai. O

grupo investiga supostas irregularidades em uma

ata bilateral de Itaipu assinada entre o governo

brasileiro e o país vizinho. O pacto levou à atual

crise política do governo do presidente

paraguaio, Mario Abdo Benítez.

Ferreira, o ex-sócio Francisco de Lavor e sua

antiga empresa, a União Comercializadora de

Energia Elétrica S/A, foram acusados pela

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

(CCEE), entidade que gerencia o mercado livre

de energia no Brasil, de vender e não entregar

R$ 208 milhões em energia.

Por causa da venda sem lastro, a CCEE aplicou

multas e outras penalidades à empresa, que

somam cerca de R$ 505 milhões, cobrou a

devolução dos valores na Justiça e expulsou a

empresa da entidade em 2016.

“Vendeu o que não possuía, levantou o lucro

obtido com a venda de energia e, ao invés de

depositar na CCEE para que esta Câmara

destinasse os valores aos agentes que foram

impactados pela inadimplência da União,

simplesmente optou por embolsar R$ 30

milhões”, diz a CCEE no processo.

Em julho do ano passado, a juíza Mônica Gantus

Encinas, da 3.ª Vara Cível de São Paulo,

condenou todos os réus a pagar todo o valor

devido, mas determinou a realização de uma

perícia técnica para auferir a quantia a ser paga.

Em março deste ano, magistrados da 36.ª

Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça

paulista negaram o recurso da União e

mantiveram a condenação.

Na semana passada, os condenados

apresentaram um último recurso ao Judiciário

paulista e devem recorrer ao Superior Tribunal

de Justiça (STJ) em caso de nova derrota.

Na época do calote, Ferreira era sócio minoritário

e diretor comercial da União, que tinha Francisco

de Lavor, seu ex-sogro, como mandatário. “A

gestão da empresa é minha. Ele não tem

responsabilidade”, disse Lavor ao Estado.

Ele culpa a Petrobrás pelo fato de não ter

honrado os compromissos com os compradores.

Disse que a estatal não entregou o gás

necessário para o pleno funcionamento das

termoelétricas. Elas, por sua vez, não

entregaram a energia que ele havia vendido.

Lavor relatou ainda que tem interesse em pagar

as dívidas, mas contesta os valores. Segundo

Lavor, a multa aplicada na época pela CCEE era

mensal e cumulativa e o valor total do rombo é

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de aproximadamente R$ 30 milhões, em valores

de 2008.

“As multas da época eram absurdas, tanto que a

regra mudou”, disse ele. O Estado apurou que

uma proposta de pagamento com desconto foi

rejeitada pelos credores em fevereiro deste ano.

Procurado, Kleber Ferreira não quis se

manifestar.

Léros negociou compra de energia no Paraguai

A Léros é pivô na crise política que afeta o

governo do Paraguai desde que o acordo para

redistribuição da energia de Itaipu veio à tona,

no fim de julho.

A ata havia sido assinada em maio pelos dois

países e foi cancelada a pedido do presidente

paraguaio após a forte reação contrária ao

acordo no país vizinho.

Um dos pontos mais questionados do pacto é a

exclusão do item 6 da ata final. O dispositivo

dava à Administração Nacional de Energia

(Ande), estatal paraguaia, o direito de vender ela

mesma a energia excedente de Itaipu no

mercado brasileiro, sem a necessidade de

intermediários como a Léros.

Com a exclusão do item 6, apenas empresas

privadas, como a que é presidida por Ferreira,

podem comercializar a energia paraguaia no

Brasil.

Nos dias 9 de abril e 9 de maio o empresário

Alexandre Giordano, suplente do senador Major

Olímpio (PSL-SP), foi de jatinho ao Paraguai

acompanhado de Adriano Rosa, representante da

Léros, para tratar sobre o negócio.

Assessor de vice paraguaio pressionou por

acordo

Em mensagens entregues ao Ministério Público

do Paraguai pelo ex-presidente da Ande Pedro

Ferreira, o advogado José “Joselo” Rodríguez,

que se apresentava como assessor jurídico do

vice-presidente Hugo Velázquez, dizia que a

Léros representava o “governo brasileiro” e

citava a “família presidencial”.

A Léros chegou a fazer uma proposta formal para

ter o direito de comercializar a energia excedente

de Itaipu. Giordano, que também atua na área

de energia, desistiu do negócio em junho, por

considerar desvantajosas as condições impostas

pela Ande. Ambos afirmam que o processo era

público e outras empresas interessadas também

participaram da reunião.

O governo brasileiro nega ter influenciado no

negócio. A oposição ao presidente paraguaio,

Mario Abdo Benítez, quer o impeachment do

mandatário por considerar que o acordo firmado

com o Brasil – e depois cancelado– é crime de

“traição à pátria”.

https://internacional.estadao.com.br/noticias/ger

al,empresario-interessado-em-itaipu-foi-

condenado-em-acao-de-r-713-

milhoes,70002974392

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VALOR ECONÔMICO Desmonte ambiental pode prejudicar

exportações

O desmonte agressivo das instituições

incumbidas de proteger o ambiente patrocinado

pelo presidente Jair Bolsonaro ameaça as

florestas e os negócios das empresas brasileiras.

Bolsonaro brinca com fogo ao ironizar os

governos da Noruega e da Alemanha - dos

poucos que aplicaram recursos significativos em

prol da Amazônia - e criticar suas políticas

ambientais. Enquanto diz que o dinheiro que seu

governo administra acabou, dispensa com

provocações recursos que nada lhe custam, além

de incentivar reações de governos que têm o

poder de destruir o acordo com o Mercosul, como

os da França e Alemanha, as maiores economias

da zona do euro.

A reação dos empresários começa a se fazer

ouvir. O presidente da Suzano, Walter Schalka,

defendeu a preservação da floresta amazônica e

lembrou que seu negócio é baseado em árvores

100% plantadas, originadas de reflorestamento.

Schalka receia que o setor possa sofrer reflexos

negativos das posições do governo. O presidente

da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag),

Marcello Brito, endossa essa preocupação. Como

diretor-executivo da Agropalma, maior produtora

de óleo de palma, disse que "é só dar uma

passadinha aqui na Amazônia, não precisa ir

muito além de Belém ou de Manaus para assistir

a isso de camarote", referindo-se ao

desmatamento.

Brito disse que a grande maioria dos empresários

do agronegócio já entendeu que o setor depende

da preservação do meio ambiente para ter terras

de qualidade e água, e também pela exigência do

mercado internacional de respeito à agenda

ambiental. O ex-ministro da Agricultura, Blairo

Maggi, ganhador do prêmio "Motosserra de Ouro"

do Greenpeace, afirmou recear que o discurso de

Bolsonaro leve o agronegócio à "estaca zero",

após anos de esforço para convencer o mercado

internacional de que a produção brasileira é

amigável ao meio ambiente.

O governo coleciona inúmeros embates na frente

ambiental e não parece preocupado com as

possíveis implicações econômicas da discussão.

Já no início do ano combatia o projeto da Igreja

Católica de eleger a Amazônia como tema do

Sínodo deste ano. Na reunião do G-20, em

junho, no Japão, Bolsonaro foi ostensivamente

hostil a autoridades europeias como o presidente

da França, Emmanoel Macron, e da Alemanha,

Angela Merkel, pelas preocupações em relação ao

ambiente.

As discussões com os dois principais

patrocinadores do Fundo da Amazônia, a

Alemanha e Noruega, que começaram com a

reformulação do conselho e chegaram ao

questionamento do destino dos recursos e

insinuações de interferência na soberania

nacional, tiveram o fim previsível na semana

passada. A Noruega, que contribuía com mais de

90% dos recursos, suspendeu o envio de cerca

de R$ 130 milhões; e a Alemanha, com uma fatia

de quase 6%, congelou o equivalente a R$ 155

milhões. Bolsonaro zombou das decisões,

lembrando que a Noruega caça baleias e explora

petróleo no Ártico, e acrescentou que o dinheiro

poderia ajudar a Alemanha a recuperar suas

florestas. Os governadores da região já pensam

em negociar recursos diretamente com os

europeus.

O estilo de Brasília tem seguidores. O governador

do Pará, Helder Barbalho (MDB), cancelou o

apoio da Polícia Militar às operações do Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis (Ibama), depois da retirada

do respaldo da Força Nacional pelo Ministério da

Justiça, levando os fiscais a suspenderem suas

incursões com receio de ataques de garimpeiros

e posseiros. Fazendeiros do Estado

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comemoraram com um "dia do fogo", espécie de

festa da queimada.

Após 30 anos usando o sistema do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que

engloba o Deter, provedor de informações diárias

da situação nas florestas, e o Prodes, que

consolida dados em 12 meses, o governo

Bolsonaro quer mudar de fornecedor. Queixou-se

de que os levantamentos do Deter seriam

divulgados com estardalhaço. Mas os números é

que são explosivos: em julho, o Deter apurou

aumento de 278% do desmatamento em relação

ao mesmo mês de 2018. É esperado para breve

o resultado anual do Prodes.

A ameaça de mudança de termômetro do

desmatamento apenas amplifica as

desconfianças, pois os levantamentos

disponíveis, do Inpe e de Ongs, apontam

aumento da destruição ambiental. O governo não

o coíbe, não mostra preocupação, o que na

prática é um incentivo velado ao ataque

ambiental.

https://www.valor.com.br/opiniao/6397495/des

monte-ambiental-pode-prejudicar-exportacoes

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Mineração em terra indígena, tesouro ou

maldição?

Por Mercedes Bustamante e Manuela Carneiro da

Cunha

A exploração de recursos minerais marca a

história da América Latina - do México à

Patagônia - e é responsável, até hoje, por graves

conflitos sociais, com consequências geralmente

desfavoráveis para povos indígenas e populações

tradicionais.

As fronteiras da mineração são as áreas onde

hoje estão localizadas as expectativas de

reservas minerais e de atividades de exploração.

O mapeamento dos conflitos no Brasil indica que

essa fronteira se sobrepõe amplamente a áreas

de grande relevância ambiental, como

ecossistemas com alta biodiversidade, florestas

conservadas, fontes de recursos hídricos, mas

também a áreas socialmente sensíveis, como os

territórios indígenas e de populações tradicionais.

Estudos recentes demonstraram uma

sobreposição de pedidos de exploração mineral

em pelo menos 1/5 de todas as unidades de

conservação e terras indígenas no Brasil.

Essa situação não se dá por acaso. Expectativas

minerárias suscitadas a partir da década de 1970

na Amazônia geraram uma corrida por pedidos

de autorização de pesquisa e lavra em áreas que

não tinham sido exploradas por frentes pastoris

ou agrícolas e portanto ainda cobertas por

vegetação nativa. Hoje, estamos assistindo a um

novo ciclo dessa corrida no país. As áreas

cobiçadas pela mineração são também aquelas

que permitiram a sobrevivência de povos

indígenas, assim como das florestas e rios por

eles conservados.

Durante a elaboração da Constituição de 1988,

houve um grande embate entre geólogos

brasileiros e mineradoras, sobretudo

multinacionais, que pleiteavam o livre acesso a

terras indígenas. Os geólogos defenderam que as

terras indígenas deveriam se constituir também

em reservas minerais, lembrando que, em

mineração, não existe "segunda safra", sendo

imperativo manter reservas intocadas.

As atividades de mineração têm alto impacto e,

ao contrário do que tem sido propagado, os

danos sociais e ambientais da mineração não se

restringem ao local da mina. Erosão e

assoreamento de cursos de água, contaminação

do solo por metais tóxicos e outros compostos

perigosos, poluição de águas superficiais e

subterrâneas e poluição do ar, além do aumento

de transmissão de doenças, como a malária,

estão ligados à mineração e atingem extensas

áreas.

A mitigação dos danos ambientais é custosa e

complexa, e a recuperação plena de áreas

degradadas pela mineração e de seus serviços

ambientais, dificilmente é atingida. No entanto, a

regulação da mineração no Brasil,

historicamente, é leniente com as empresas

quanto às exigências que poderiam prevenir ou

reduzir os impactos negativos dessa atividade.

Nem mesmo depois das tragédias de Mariana e

Brumadinho, em Minas Gerais, onde o

rompimento de barragens de rejeitos minerais

matou 289 pessoas, houve alterações

significativas na legislação de segurança para o

setor. Esses dois episódios ilustram os riscos e a

lenta implementação de ações concretas de

reparação de danos sociais e ambientais.

Estudos mostram sobreposição de pedidos de

exploração mineral em 20% das UCs e terras

indígenas

Globalmente, enquanto os direitos das

populações indígenas e de comunidades

tradicionais têm sido mais reconhecidos, a

extração de recursos, com violação dos direitos

indígenas, continua a ocorrer em ritmo cada vez

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Grupo de Comunicação

maior. Ao mesmo tempo, comunidades indígenas

resistem ao garimpo e à mineração. A violência,

com o uso da força e a violação dos direitos

humanos têm sido também uma marca histórica

desses conflitos.

A recente invasão de garimpeiros à área

Yanomami, em Roraima, repete os piores

momentos da década de 1980. A denúncia dos

Wajãpi, em julho de 2019, da invasão de uma

aldeia por homens armados, reacende o terror

que incursões de garimpeiros provocaram dos

anos 1970 até 1992. É difícil não associar esse

recrudescimento da violência dos sinais

encorajadores emitidos pelo atual presidente do

Brasil. Há atualmente garimpos ilegais em

dezoito terras indígenas, com os maiores e mais

notórios garimpos de ouro em terras Kayapó,

Munduruku e Yanomami, resultando em grande

cortejo de poluição dos rios, de mortes e de

destruição.

Mesmo com os desastres do passado e do

presente, o presidente Jair Bolsonaro avança em

sua intenção de abrir as terras indígenas - e,

possivelmente, também as Unidades de

Conservação - à mineração. Em outros governos,

já se usou retoricamente a degradação e

violência associadas ao garimpo para recomendar

a mineração industrial, que seria supostamente

menos violenta e devastadora. No entanto, a

violência e a devastação persistem em ambos os

cenários.

A visão claramente expressa pelo presidente Jair

Bolsonaro e parte de seu governo é de que os

povos indígenas são apenas minorias que não

merecem condição especial nas estruturas de

governança atuais. Estudos mostram que há uma

conexão histórica entre as políticas extrativistas e

a exploração ou desapropriação de povos

indígenas. "Desapropriação" não se refere

unicamente à terra; engloba, antes, a

desapropriação da saúde, do habitat, da cultura,

dos modos e projetos de vida e de uso dos

recursos das comunidades indígenas. Há,

portanto, uma desapropriação de identidades,

que é um dos mais profundos e sutis tipos de

desapropriação.

Neste momento em que o país e a comunidade

internacional são informados do aumento do

desmatamento na Amazônia, é importante

recordar a contribuição de terras indígenas na

contenção desse processo. As terras indígenas

representam apenas 3% do total do

desmatamento na Amazônia, apesar de

ocuparem 23% de sua área. Portanto, a

preservação desses territórios é essencial para

proteger seus amplos benefícios à sociedade,

incluindo seu papel na regulação climática e seus

significativos estoques de carbono.

Devemos tentar ser os pais de nosso futuro e não

os descendentes de nosso passado, escreveu o

filósofo Miguel de Unamuno. Já é hora de o Brasil

considerar os duros erros do passado e suas

consequências, que persistem no presente.

Responsabilidade social e ambiental é preservar

condições saudáveis para as gerações futuras.

Sem dúvida, é preciso aperfeiçoar a

regulamentação atual para o garimpo e a

mineração, mas com a incorporação das

melhores técnicas e ciência disponíveis para

exploração e monitoramento, respeito aos

procedimentos de licenciamento ambiental, e

garantias de ampla consulta às populações

potencialmente afetadas pela mineração e

garimpo no país.

No entanto, nada disso transparece nas

propostas do atual governo. Ao contrário, tudo

aponta para um afrouxamento do licenciamento

ambiental e acirramento de conflitos em várias

frentes, sem um mínimo de transparência,

diálogo e respeito à Constituição. Tais propostas

servirão a poucos, mas custarão a saúde, o bem-

estar e o patrimônio público natural do povo

brasileiro.

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Grupo de Comunicação

* Este artigo é subscrito também pela Coalizão

Ciência e Sociedade, que reúne 69 cientistas de

instituições de ensino e pesquisa de todas as

regiões brasileiras.

Mercedes Bustamante é ecóloga, professora

titular da Universidade de Brasília (UnB),

membro da Academia Brasileira de Ciências

(ABC) e da Academia Mundial de Ciências

(TWAS).

Manuela Carneiro da Cunha antropóloga,

professora titular da Universidade de São Paulo

(USP) e da Universidade de Chicago, membro da

Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da

Academia Mundial de Ciências (TWAS)

https://www.valor.com.br/opiniao/6397487/mine

racao-em-terra-indigena-tesouro-ou-maldicao

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O Brasil do futuro

Por Ana Toni e outros

A Semana Regional do Clima da América Latina e

do Caribe, que começou ontem em Salvador,

demonstrará que o setor empresarial, governos

de Estados, cidades e a sociedade civil, no Brasil

e em toda América Latina, estão desenvolvendo e

implementando soluções inovadoras para

combater a mudança do clima. Sem o

envolvimento desses atores, para além de

Estados nacionais, não teria sido possível firmar

o Acordo de Paris, em 2015. Sem eles tampouco

será possível transformar o Brasil em um país

pautado em um desenvolvimento de baixo

carbono, que gere emprego, renda, reduza a

desigualdade e valorize nossa biodiversidade.

A discussão extrapola questões ambientais e

envolve sobretudo economia e qualidade de vida.

Diversos países e regiões estão aproveitando as

vantagens dessa nova economia, como a União

Europeia, a China e o Chile, que têm apostado

alto em geração de energia limpa e em produtos

e serviços de baixo carbono como parte de suas

políticas industriais e pautas de exportação.

Há muitas evidências de avanço na agenda do

clima no Brasil. Iniciativas como o C40, Iclei,

Regions4 e CB27 vêm crescendo e cada vez mais

integrando gestores públicos para debater

soluções e casos de sucesso na adaptação dos

espaços públicos e economias regionais e locais

aos desafios e oportunidades que os impactos da

mudança do clima provocam.

O papel do setor privado nessa agenda também

não é trivial. Os dados mais recentes do

Programa Brasileiro GHG Protocol mostram que

as emissões de gases de efeito estufa relatadas

por empresas brasileiras superam as emissões de

144 países entre os signatários do Acordo de

Paris. A boa notícia é que o setor empresarial

brasileiro entende sua capacidade de liderar

mudanças e vem investindo na transição para

tecnologias de baixo carbono, apesar da crise.

A própria cultura de relato de emissões mostra

isso, já que é o primeiro passo para gerir o

impacto e buscar soluções. De acordo com dados

do CEBDS, empresas brasileiras já investiram

mais de US$ 85 bilhões nos últimos anos em

projetos de eficiência energética e mudança para

fontes energéticas menos emissoras, além de

otimização de processos. Parte importante do

agronegócio responsável pelo PIB vem se

empenhando cada vez mais em produzir sem

reduzir a cobertura florestal nativa, e se

comprometendo a trabalhar com diferentes

setores da sociedade para melhor cumprirem o

Código Florestal e pensar o uso da terra e dos

recursos naturais do país. O setor privado aposta

no caminho para a economia de baixo carbono

porque é bom para os negócios.

É essencial adotar medidas para tornar a

economia menos intensiva em carbono sem

perder competitividade, garantindo apoio

contínuo ao desenvolvimento científico e à

participação democrática da sociedade nas

escolhas sobre o tipo de desenvolvimento que

queremos

Se as evidências científicas nos demonstram

cabalmente que é preciso agir rápido para lidar

com esses desafios, a economia torna cada vez

mais evidentes os riscos e as oportunidades da

agenda climática. Estudo publicado na Nature

Climate Change em 2018 mostra que o Brasil

pode ser a quarta economia global mais

prejudicada pelo aumento da emissão de CO2 e

efeitos da mudança do clima. As mudanças

climáticas afetarão principalmente a agropecuária

brasileira, conforme ficou comprovado no estudo

do IPCC publicado na semana passada. Assim,

adotar ações imediatas seria também uma

estratégia em prol do crescimento econômico e

do bem-estar em longo prazo.

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Grupo de Comunicação

Nesse cenário, um país como o Brasil, com a

maior floresta tropical do planeta, que também é

a maior reserva de biodiversidade da terra,

diversidade cultural e inúmeras possibilidades de

produção sustentável, apresenta significativas

vantagens comparativas. Se adotarmos um

modelo de desenvolvimento baseado em

tecnologias, infraestrutura e serviços

sustentáveis, aliado ao uso estratégico de ativos

naturais, será possível criar mais e melhores

empregos em setores como energia limpa,

agroflorestal, bioeconomia, agricultura e

fornecimento de alimentos, com investimento em

tecnologia e redução de desperdícios, e melhorar

a qualidade e a eficiência de serviços como

mobilidade urbana e transporte de carga.

Com uma economia voltada à redução de

emissões, que considere também incentivos de

mercado e mecanismos de precificação de

carbono, será possível incentivar que setores

menos intensivos em emissões prosperem mais

rapidamente e os mais intensivos percam o

interesse dos investidores, como já vem sendo

sinalizado pelo mercado.

O Fórum Econômico Mundial já aponta há alguns

anos no seu Relatório Anual de Riscos Globais

que a mudança global do clima está no topo das

preocupações de investidores, pesquisadores e

tomadores de decisão. Os efeitos do aumento da

temperatura média do planeta podem agravar

desafios de infraestrutura e levar a instabilidades

sociais e conflitos, além de crises econômicas.

Lidar com a urgência climática apontada pela

ciência demanda responsabilidade e respeito para

com as próximas gerações. Os jovens já vêm

exigindo soluções imediatas para garantir-lhes

um futuro próspero, com acesso a um meio

ambiente saudável, melhor qualidade de vida e

menores riscos econômicos. É uma agenda do

presente e é urgente. Ao investir em opções de

baixo carbono e em sistemas de monitoramento

para a eliminação do desmatamento, uma

agricultura com menos emissões e formas limpas

de energia, o Brasil tem a possibilidade de se

tornar um dos líderes de uma nova economia

com benefícios para toda a população.

É essencial adotar medidas para tornar a

economia brasileira menos intensiva em carbono

sem perder em competitividade, garantindo

transparência de dados e de decisões, um apoio

contínuo e estruturante ao desenvolvimento

científico do país e à participação democrática da

sociedade brasileira nas escolhas sobre a forma

de desenvolvimento que queremos.

Ana Toni é diretora-executiva do Instituto Clima

e Sociedade (iCS).

Andrea Apponi é diretora-executiva do Instituto

Arapyaú.

Luana Maia é coordenadora executiva da Coalizão

Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

Marina Grossi é presidente do CEBDS.

Mauricio Voivodic é diretor-executivo do WWF-

Brasil

Rachel Biderman é diretora-executiva do WRI

Brasil

https://www.valor.com.br/opiniao/6397483/o-

brasil-do-futuro

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Grupo de Comunicação

Vale a pena a ambição de crescer sem

emissões líquidas de CO₂

Por Joaquim Levy | Para o 'Valor'

Todos queremos ver a retomada do investimento

no Brasil. A queda do investimento tem sido o

principal fator para a fraqueza do nosso Produto

Interno Bruto (PIB), e sua retomada é o caminho

para termos mais empregos e tranquilidade

social. Apesar das nuvens no comércio

internacional, vários elementos para que essa

retomada ocorra estão se materializando, já que

o Congresso está votando parte importante de

uma agenda que se tornou praticamente

consensual nos últimos anos e que visa melhorar

as condições fiscais e o funcionamento dos

mercados no país. Talvez seja hora, portanto, de

se começar a pensar em que país se deseja para

daqui dez ou 20 anos, e que investimentos

podem nos fazer chegar lá.

Vale a pena ser ambicioso, porque o Brasil de

hoje é bem diferente daquele de 30 anos atrás,

com uma população mais educada e com menos

miséria, apesar de todas as deficiências que

conhecemos bem. Também vale a pena

considerar fatores-chave em qualquer cenário

futuro. Além da crescente influência da

inteligência artificial e de outros aspectos da

tecnologia da informação, um fator crucial será a

evolução do aquecimento global decorrente da

emissão de gás carbônico (CO2) e análogos pelas

atividades humanas. Indícios dos seus efeitos

têm sido mais visíveis nos anos recentes e, se

essas emissões não caírem drasticamente nos

próximos dez a 15 anos, a produtividade das

economias, as correntes de comércio e o retorno

dos investimentos serão cada vez mais afetados.

A boa notícia é que, com o auxílio da tecnologia e

do setor privado, o Brasil tem excelentes

condições de crescer enquanto vence esses

desafios.

O Brasil pode ter um PIB muito maior, ao mesmo

tempo em que se torna um líder entre os países

que querem alcançar emissões líquidas zero de

CO2 equivalente, como é o caso do Reino Unido.

Já mostramos que é possível reduzir muito as

emissões de CO2 sem prejuízo econômico, ao

combatermos e diminuirmos o desmatamento da

Amazônia. Não há indicações de que esse

sucesso tenha baixado a taxa de crescimento da

economia. Ao contrário, ele foi contemporâneo a

uma grande expansão das nossas exportações

agrícolas e à consolidação internacional da nossa

pecuária. Mais recentemente, apesar da quase

estagnação do PIB, a energia eólica e solar tem

crescido e criado emprego e renda nos lugares

mais remotos do Brasil.

Uma análise criteriosa das principais fontes de

emissões de carbono e as oportunidades de

investimentos rentáveis no Brasil mostrará que

há muito espaço para continuar a reduzir

emissões criando emprego, aumentando o

comércio e atraindo capital doméstico e

estrangeiro.

Uma estratégia para o Brasil chegar a emissões

líquidas de carbono zero começa com o aumento

de produtividade na pecuária. O setor já tem

reduzido a idade de abate dos bovinos,

melhorando sua alimentação e o pasto, e evitado

animais cuja criação esteja associada ao

desmatamento. Essas são iniciativas essenciais

para manter-se em mercados internacionais,

baixar os custos de financiamento e maximizar a

lucratividade face à concorrência de alternativas

alimentares. Elas também reduzem a emissão de

metano, cujo impacto climático é muitas vezes

maior do que o do CO2, e ajudam a capturar

carbono, especialmente no solo. Expandi-las

criará bons empregos e reduzirá a participação

do setor nas emissões de CO2 equivalente no

Brasil, que, segundo o Sistema de Estimativas de

Emissões de Gases - SEEG, do Observatório do

Clima, chega a 23% do total (pela metodologia

GWP - Global Warming Potential).

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Grupo de Comunicação

A emissão de metano também tem feito com que

o saneamento responda por 11% das emissões

não originadas do desmatamento ou da

agropecuária, por conta da decomposição de

resíduos sólidos (lixo). Apesar da conhecida

complexidade do setor do lixo, vale a pena

aproveitar o interesse dos investidores privados

no saneamento para desenvolver modelos de

negócio integrados ou incluindo a cogeração e

outras atividades. Há muito espaço para

aumentar a segurança, transparência e

rentabilidade do tratamento desses resíduos,

criando empregos melhores e transformando as

condições de vida nas nossas cidades e suas

periferias.

Não escapou ao governo que o aumento de

oferta de gás pode ser muito benéfico para a

nossa indústria

As energias renováveis, que já correspondem a

mais de 40% da nossa matriz energética, são

outro vetor-chave para alcançarmos emissões

líquidas zero de CO2. Elas incluem

principalmente as fontes hidrelétricas, eólicas e

solares, inclusive os biocombustíveis, como o

etanol, o bagaço de cana, o biogás e os

derivados de sementes de soja e palmeiras. Sem

prejuízo do uso do gás natural, especialmente na

indústria e possivelmente nos transportes, as

energias renováveis devem responder pela maior

parte da expansão da demanda de energia nos

próximos anos, até pela sua complementaridade.

Combinadas, elas podem garantir um suprimento

de energia cada vez mais estável ao longo do dia

e do ano, criando formas dinâmicas de

armazenamento.

A disponibilidade de gás natural deve duplicar

nos próximos anos e pode triplicar, dada a

enorme quantidade de gás associado à produção

de petróleo em muitas áreas do pré-sal e o custo

marginal muito baixo de extraí-la. A grande

questão é como trazer essa energia para a terra

e levá-la país afora. Por isso foi tão oportuno o

trabalho de privatização dos gasodutos, iniciado

em 2015 e que será concluído com a maior

flexibilidade no uso desses ativos, um trabalho

ora em curso. Não escapou ao governo que o

aumento de oferta de gás pode ser muito

benéfico para a nossa indústria, ampliando suas

fontes de energia e, para setores como o

químico, de matéria-prima mais barata. O gás

natural tambem pode diminuir as emissões de

CO2, deslocando o óleo pesado e estimulando a

cogeração de energia elétrica. O potencial do

gás, dos biocombustíveis e da eletricidade

deslocarem os derivados de petróleo, que

correspondem a um terço das emissões atuais,

pode trazer outras economias, ao permitir a

expansão da frota de veículos sem maiores

investimentos no refino.

No caso cada vez mais estudado de geração

elétrica offshore, não só a energia do gás natural

pode ser distribuída com mais comodidade, mas

sua pegada de carbono pode ser reduzida pela

captura no fundo do mar do CO2 decorrente da

sua queima ou mesmo associado à sua extração.

As oportunidades de investimento são excitantes,

e a arte estará em criar um ambiente em que a

transição de fontes de energia não crie subsídios

prejudiciais ou perdedores sem alternativas de

ajuste.

Esses exemplos demonstram a viabilidade de

significativa redução das emissões de CO2

através de investimentos em tecnologias

testadas e lucrativas, assim como em inovações

mais ou menos disruptivas. Essa visão é o que

tem atraído o interesse de grandes

multinacionais de energia, de equipamento de

transporte, fundos de investimento etc. No

entanto, essas iniciativas sozinhas não serão

suficientes para duplicarmos o PIB em 15 ou 20

anos e chegarmos a emissões líquidas zero de

CO2. Para tanto, temos que reflorestar e reduzir

ainda mais o desmatamento, cujos benefícios

econômicos documentados são muito pequenos,

e os custos, cada vez maiores. Esse desequilíbrio

é ilustrado pelo abandono de grande quantidade

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de terras desmatadas na Amazônia após poucos

anos como pasto, e pelo risco da nossa

valiosíssima agricultura do cerrado vir a sofrer

uma crise hídrica pela perturbação do ciclo das

chuvas e do transporte de umidade da Amazônia

para o centro-sul do continente. Por isso, o risco

de desmatamento deve sempre ser considerado

junto com o montante de emissões e a

sustentabilidade financeira nas decisões de

investimento, especialmente em logística e

mobilidade em áreas como a Amazônia.

O reflorestamento é a forma mais barata de

captura de carbono e há dezenas de milhões de

hectares de terras de pouco ou nenhum uso

econômico na Amazônia e na região Sudeste.

Esse reflorestamento pode ser comercial ou não,

e tecnologias como a semeadura direta podem

baixar o custo de ajudar a natureza a recuperar a

cobertura florestal, criando em muitos casos

renda para pequenos produtores rurais e outras

formas de retorno privado.

A expansão das florestas plantadas - uma

atividade estratégica nos Estados Unidos - é

ótima para criar empregos e dar previsibilidade à

construção civil, assim como reforçar nossas

exportações de celulose e madeiras processadas.

Também aí, o interesse de investidores nacionais

e estrangeiros é intenso e a concretização de

investimentos depende essencialmente de um

ambiente institucional favorável aos negócios,

que evite a concorrência desleal e dê confiança

para uma atividade que depende de tempo para

ser rentável.

Agora, é necessário consolidar o excelente

conhecimento de inúmeros pesquisadores,

consultores e organizações, especialmente

brasileiras, para se criar o caminho ("roadmap")

para alcançar o crescimento com neutralidade de

carbono. As emissões totais de CO2 do Brasil são

pequenas como proporção das emissões globais,

e toda biomassa na floresta amazônica

corresponde a umas tantas vezes o carbono

presente na quantidade de petróleo extraída

anualmente para sustentar a economia global.

Então, ainda que na CoP-26 vários países devam

dar maior ênfase em alcançarem emissões

líquidas zero de CO2, nós caminharmos para esse

objetivo não é uma estratégia para agradar

nossos parceiros estrangeiros. É uma estratégia

de segurança nacional, que cria oportunidades de

investimento seguro, dá lastro à liberdade

econômica, atende à demanda de um número

cada vez maior de consumidores e nos faz mais

competitivos e resilientes, mesmo que o mundo

vá numa direção indesejável. É um excelente

princípio organizador dos nossos investimentos,

ajudando a se fazerem escolhas eficientes e

evitando elefantes brancos. Com a vantagem de

que a queda das taxas de juros no Brasil e no

exterior torna esses investimentos cada vez mais

atraentes. Portanto, não deve ser preciso uma

intervenção pesada do Estado, mas sim seu

papel de criar um ambiente de confiança,

abertura e clareza para o setor privado.

Joaquim Levy é economista. Foi ministro da

Fazenda, diretor do Banco Mundial e presidente

do BNDES

https://www.valor.com.br/brasil/6397659/vale-

pena-ambicao-de-crescer-sem-emissoes-

liquidas-de-co2

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Criação de mercado de carbono é desafio em

negociação global

Por Daniela Chiaretti | De Salvador

A criação de um mercado de carbono global que

permita a participação de empresas garantindo

reduções na emissão de gases estufa é o grande

desafio das negociações climáticas internacionais

em 2019. Contudo, não há consenso nas regras

de criação do mecanismo que deve estimular a

transação dos créditos de carbono.

Não é tarefa trivial. São muitas as dúvidas ao

redor da regulamentação do artigo 6 do Acordo

de Paris. É o ponto que emperrou a negociação

das regras do acordo em dezembro, durante a

conferência do clima da Polônia. Ficou como

herança para a rodada deste ano, que será no

Chile. O Brasil, ainda sob Michel Temer, levou a

fama de ter travado o "Livro de Regras" do

Acordo de Paris.

"Engana-se quem acredita que esse é um embate

legal", disse a advogada Amy Merrill Steen, do

secretariado da Convenção do Clima da ONU

ontem, em Salvador. "É um embate político."

O Acordo de Paris prevê que a transação de

créditos de carbono pode acontecer entre países

que conseguiram reduzir suas emissões (os

vendedores) com mais facilidade e a custos

menores que outros (os compradores). Os que

vendem ganhariam créditos, e os que compram

abateriam a redução de suas metas climáticas

conhecidas pela sigla NDC.

O maior problema está na regulamentação do

item 6.4, o único em que a participação do setor

privado é explícita no acordo. Há interesses em

jogo e visões diferentes. Trata-se de definir as

regras do Mecanismo de Desenvolvimento

Sustentável (MDS), que contemplaria as

transações de empresas e governos locais.

Para beneficiar o combate à mudança do clima, a

regra deveria estimular esforços adicionais aos

que já estão nas metas voluntárias dos países. O

Brasil tem meta de cortar as emissões em 37%

em 2025, em toda a economia. Como definir o

que seria adicional neste quadro?

Esse é um dos problemas. A fórmula imaginada

pelo governo brasileiro é interpretada pelos

europeus como um sistema que permite dupla

contagem de emissões, o que seria desastroso

para o clima. Eles querem que exista maior

ambição na meta dos países. Os negociadores

brasileiros discordam, dizem que essa é uma

negociação entre empresas e que o país não

pode ser penalizado tendo que fazer mais

esforços.

O tema é importante e complexo. Marcello Britto,

presidente da Associação Brasileira do

Agronegócio (Abag), lembra que existem mais de

5 milhões de propriedades rurais e que 85%

delas têm, no máximo, 50 hectares. "Mais de

90% desse público desconhece esse assunto e

desconhece que o mundo evoluiu."

"Isso traz um risco. O setor [do agronegócio] é

politicamente muito forte", afirma. "Caso se sinta

inseguro, poderá fazer pressão negativa sobre o

governo", continua o dirigente, dizendo que é

preciso esclarecer o segmento.

O artigo 6 tem que ser negociado com três

pilares, defendeu Roberto Castelo Branco Coelho

de Souza, secretário de Relações Internacionais

do Ministério do Meio Ambiente. "Credibilidade,

segurança judicial e responsabilidade", disse no

encontro promovido pelo Cebds, o conselho

empresarial que reúne mais de 60 grandes

conglomerados no Brasil.

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No "lastro de credibilidade", ele cobra a

promessa dos países ricos de colocar US$ 100

bilhões ao ano para que os outros tenham

tecnologia e preparem a infraestrutura para a

nova economia.

"Somos todos a favor de mecanismos de

mercado. Mas não pode ser às custas do

sacrifício e do dia a dia das pessoas", seguiu.

"Qual o impacto que isso terá na economia do

planeta?" E seguiu: "Queremos que o brasileiro

viva à luz de velas? Que o setor de energia pare

de funcionar? Que os carros não andem mais?".

"Concordo com esses três pontos e assino em

baixo", diz Ana Toni, diretora-executiva do

Instituto Clima e Sociedade (iCS). "Mas a posição

do governo é contraditória. Como fala em

credibilidade se deixa o desmatamento correr

solto? Em responsabilidade se permite a invasão

de terras indígenas?", questionou.

"O Brasil tem grande oportunidade de participar

do mercado, vendendo créditos para capturar

investimentos estrangeiros e financiar a

economia de baixo carbono", diz Fábio Cirilo,

coordenador de sustentabilidade na Votorantim

Cimentos.

Ele chama a atenção para a sintonia fina que tem

que ser atingida entre oferta e demanda. "Esses

créditos precisam ter um valor reconhecido.

Temos que garantir tanto a oferta, com um

mecanismo simples o suficiente para as

empresas colocarem à venda suas reduções de

emissões, quanto a demanda, para garantir que

os créditos tenham validade nos mercados

compradores. Este é o ponto em discussão",

continua. "O governo precisa garantir na

negociação que a demanda exista. Ou geraremos

um monte de créditos e não terá quem compre."

A jornalista viajou a convite do Instituto Clima e

Sociedade (iCS)

https://www.valor.com.br/brasil/6397653/criaca

o-de-mercado-de-carbono-e-desafio-em-

negociacao-global

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ANA passa a monitorar barragens em fazendas Por Cristiano Zaia | De Brasília

A acelerada expansão da irrigação para viabilizar

ou otimizar a produção de culturas agrícolas no

país na última década acendeu o sinal de alerta

na Agência Nacional de Águas (ANA), que passou

a mapear pequenas barragens de água -

construídas dentro de fazendas - com o intuito de

evitar disputas pelo recurso e calibrar melhor as

licenças (outorgas) concedidas pelos órgãos

ambientais nos Estados.

Com esse mapeamento em mãos, a agência

reguladora poderá coibir possíveis irregularidades

com o uso da água, como identificar produtores

que estejam usando volumes superiores aos

previstos em sua outorga. Ou poderá até ampliar

a capacidade de água autorizada para

armazenamento, explica o superintendente de

Planejamento de Recursos Hídricos da ANA,

Sérgio Ayrimoraes.

Iniciado no primeiro semestre com o uso de

imagens de satélites e visitas em fazendas que

contam com esses reservatórios, o levantamento

inédito tem a missão de radiografar, até

dezembro, cerca de 200 pequenos barramentos

de um universo total de 3.664 inseridos em duas

das mais importantes bacias hidrográficas para o

setor de agronegócios: a do Paranapanema,

entre os Estados de São Paulo e Paraná, e a de

São Marcos, que abrange parte de Minas Gerais,

Goiás e Distrito Federal.

Ayrimoraes faz questão de enfatizar que, neste

momento, o estudo tem caráter preventivo. E

que a agência não chegou a receber denúncias

formais de que existem produtores usando mais

água do que preveem suas autorizações. Agora,

a ideia é ter um diagnóstico e, a partir dele,

orientar órgãos estaduais de meio ambiente e

comitês regionais de bacias na mediação de

conflitos pelo uso da água.

Esse tipo de conflito - tanto envolvendo

produtores rurais como outros empreendimentos

como hidrelétricas, por exemplo - poderão se

tornar mais frequentes com o crescimento da

irrigação no país. A área plantada com o uso de

pivôs triplicou no Brasil na última década.

Passaram a somar 1,5 milhão de hectares e a

previsão da ANA é que a o ritmo de expansão

alcance mais de 95 mil hectares por ano até

2030.

"Começamos a identificar que estava tendo

disputa por água, a partir de algumas queixas.

Muitas vezes a gente não capta isso nas nossas

estatísticas, mas queremos refinar o balanço

hídrico nessas regiões produtoras para garantir

segurança hídrica. Algumas vezes isso vai gerar

mais disponibilidade de água, algumas vezes

menos", diz Airymoraes.

"O crescimento do número de pequenas

barragens tem a ver com a irrigação. Será que o

setor [de agronegócios] topa crescer enfrentando

um risco maior de faltar água? Isso ainda não

aconteceu, mas queremos evitar que algum dia

venha a acontecer", afirma.

A autorização para a implantação dessas

barragens em propriedades rurais normalmente

não é competência da ANA - a agência cuida

somente da gestão de rios de domínio da União -

, mas dos governos estaduais. Mas o possível

efeito que esses reservatórios podem causar

sobre o curso de grandes rios implica possível

falta de água, inclusive para produção

agropecuária no futuro, e essa possibilidade

entrou no radar da agência federal.

O assessor técnico da Comissão Nacional de Meio

Ambiente da Confederação da Agricultura e

Page 74: LIPPING - Microsoft...filtros do óleo lubrificante automotivo com marca própria, incluindo montadoras de veículos. É reconhecido pelos órgãos ambientais e desde 2012, data de

Data: 20/08/2019

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Grupo de Comunicação

Pecuária do Brasil (CNA), Gustavo Goretto,

admite que há casos de disputa por água

envolvendo demandas para irrigação. É o que

ocorre, por exemplo, na região de Cristalina

(GO), distante 130 quilômetros de Brasília e onde

o cultivo irrigado de grãos e leguminosas tem

crescido nos últimos anos.

"Mas é muito difícil ter produtor usando água fora

da outorga. Pode até ter, mas se tiver é pontual.

A principal questão é a burocracia dos órgãos

ambientais. Tem produtor desde 2014 pedindo

outorga para levantar barragem que não teve o

processo analisado até hoje", afirma. "Durante

muito tempo o Poder Público não teve um olhar

sobre a construção dessas barragens, e muitas

foram feitas sem passar por órgãos ambientais.

Mas agora a gente percebe que aumentou a

preocupação", acrescenta.

Goretto diz que a burocracia para obtenção da

outorga necessária para construção de pequenas

barragens é tão grande que é comum produtores

entrarem na Justiça exigindo que o órgão

ambiental estadual analise seu pedido. Ele afirma

que o atual Código Florestal, de 2012, abre

margem para interpretar que é proibido construir

barragens em fazendas, mas que, no entanto, o

empreendimento causa menos impacto que o de

uma barragem usada para mineração.

https://www.valor.com.br/agro/6397469/ana-

passa-monitorar-barragens-em-fazendas

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