Jornal da Praia 560 dia 17-01-2020 · 2020-02-17 · Earthship Experience estará na Ilha Terceira...
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EDITORIAL
Mar dos Açores | Pag. 2
DESPORTO
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Ilha Terceira recebe workshop
sobre construção sustentávelEm 25 e 26 de janeiro de 2020 a
Earthship Experience estará na Ilha Terceira para o início de um Projeto em parceria com a Re-function, os Parques Naturais e o Governo dos
Açores, que incluí um Workshop Prá-tico para a aplicação das Técnicas do conceito.
A arquitetura do futuro está direta-mente ligada às técnicas do passado.
O projeto Earthship Biotecture é prova disso. O conceito, criado pelo norte-americano Michael Reynolds, procura construir casas sustentá-veis. | Pag. 3
Diretor: Sebastião Lima | Diretor Adjunto: Luís Moniz
Quinzenário ilhéu | Ano XXXVII | N.º 560 | 2020.01.17 | 1,00 € www.jornaldapraia.com
CNPV em prova internacional
na Póvoa de Varzim | Pag. 6
Atualidades
Cruzeiro “AIDcara”
na ilha Terceira | Pag. 3
No concelho
“Sociedade” da
Casa da Ribeira
elege Direção
Teve lugar no dia 29 de dezembro a As-sembleia Geral da Associação Recrea-tiva, Cultural e Desportiva da Casa da Ribeira para eleger os corpos diretivos para o biénio 2020 /21. | Pag. 5
Opinião
Catar livremente | Pag. 10
Opinião
Três cartas afirmativas
da identidade
açoriana | Pag. 12
Cantinho do Psicólogo
Formas de
Orientação | Pag. 13
Maré de Poesia
| Pag. 14
JOANA PACHECO COM
TRABALHO TUDO SE CONSEGUE
Páginas centrais
Em entrevista ao JP, esta jovem
artista praiense falou sobre
o percurso de aprendizagem
na área da música, sobre os
estudos que está a realizar na
Escola Superior de Música e
Artes do Espectáculo do Porto
e deixa um repto: “Se querem
concretizar o vosso sonho, seja
ele qual for, lutem.”
CENTRAIS8 | Jornal da Praia | 17 de janeiro de 2020
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O meu interesse na música surge aquando da participa-
ção na primeira edição do Festival da Canção Sol Menor,
na minha Praia da Vitória em que cantávamos originais,
compostos especificamente para aquele concurso.
Como despertou o seu interesse
para a música? Pode falar-nos so-
bre o seu percurso musical?
O meu interesse na música surge aquando da participação na primeira edição do Festival da Canção Sol Menor, na minha Praia da Vitória em que cantávamos originais, compostos especificamente para aquele con-curso. Éramos acompanhados por uma banda de excelentes músicos. Eu tinha apenas 9 anos de idade,
e lembro-me do quão marcante foi aquela experiência. Além disso, cresci a ouvir o meu irmão a estudar guitarra diariamente e isso foi a minha maior estimulação na música.
Pouco depois, entrei na Filarmónica União Praiense onde iniciei os meus estudos musicais e ainda hoje toco saxofone soprano. Tenho um orgulho enorme em ser da Filarmónica da Praia. Sinto imensa falta dos “ensaios da música”. Faziam parte da minha
vida, todas as semanas, há mais de 10 anos.
Simultaneamente, inscrevi-me no Conservatório da Praia da Vitória, no instrumento de canto com a profes-sora Alla Lanova.
Fui convidada a fazer parte da Or-questra de Sopros da ilha Terceira, do coro Pactis e do Coro AMIT.
Terminei, em junho de 2019, o 8° grau do Curso de Canto no Conserva-tório Regional de Angra do Heroísmo,
com a professora Ana Paula Pereira. No entanto, percebi que não queria prosseguir estudos na área do can-to lírico. Então, tentei estudar em 4 meses o que era preciso para fazer provas de acesso de Jazz.
Felizmente, e devido a muito sacri-fício e disciplina, consegui entrar nas 2 (de 3) universidades a que concorri. De momento, encontro-me no primei-ro ano duma licenciatura em Canto Jazz, com o professor Kiko Pereira,
Joana Pacheco, 21 anos de idade, natural de Santa Cruz da Praia
da Vitória. Concluiu os seus estudos de música clássica no Conser-
vatório Regional de Angra do Heroísmo e, de momento, encontra-se
no primeiro ano de licenciatura em canto Jazz, na Escola Superior de
Música e Artes do Espectáculo, na cidade do Porto.
JOANA PACHECO
COM TRABALHO
TUDO SE
CONSEGUE
17 de janeiro de 2020 | Jornal da Praia | 9
500 ANOS DE BEM FAZER
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CENTRAIS
Sejamos exigentes connosco, trabalhemos em nós e para nós.
Os frutos demoram a aparecer, mas creio que quando
aparecerem todos nós ficaremos muito satisfeitos.
na ESMAE, na cidade do Porto.
Além de cantar também com-
põe? Quais as suas preferências
musicais?
Não me considero com maturidade musical suficiente para criar.
Não me sinto com bagagem sufi-ciente para trazer música nova ao mundo. Fazem-me esta pergunta algumas vezes, e a minha resposta tem sido sempre a mesma: O meu foco é aprender música com a música que já foi feita. Quando sentir que conheço o que já existe, logo verei se a minha criatividade está à altura de acrescentar algo ao tanto que já existe.
Quanto a influências musicais, ul-timamente tenho ouvido mais Rock progressivo, e comecei a ouvir Jazz. Jazz é incrível, e é todo um mundo por descobrir. O nível de dificuldade é mesmo enorme. A quantidade de tra-balho para fazer às vezes consegue ser sufocante. Mas tendo em conta as imensas coisas que já aprendi desde que comecei a estudar no Porto, diria que o caminho de aprendizagem vai ser espetacular!
Já atuou nalguns palcos da ilha
Terceira, que feedback tem das
pessoas que ouvem a Joana Pa-
checo?
Já toquei em vários sítios da ilha e em várias situações também. Toco em casamentos, batizados, jantares, festas de freguesia, bares... É muito giro porque isso permite-me cantar
vários estilos de música, o que é incrível!
Diria que as pessoas têm gostado do meu trabalho. Sou bastante nova, mas sinto que as pessoas confiam em mim para os seus eventos pois nos meus dois últimos verões não tive um único fim de semana livre. É muito gratificante, e dá-me toda a motiva-ção e mais alguma para continuar a estudar de modo a poder fazer o meu trabalho da melhor forma possível e imaginável. Sou muito perfeccionista e exigente comigo mesma.
Sonha ter uma carreira profissio-
nal na área da música? Ou a música
é um complemento na sua vida?
Gostava de continuar os meus estudos na área da música e, pos-teriormente, dar aulas. A formação é muito importante pois permite-me aprofundar os conhecimentos en-quanto alguém me guia, e orienta. É fácil cometer erros e adotar “maus vícios” quando se aprende um ins-trumento sem qualquer orientação profissional. Daí o ditado: Sozinho vais mais depressa. Acompanhado vais mais longe.
Atualmente as redes sociais são
os canais mais rápidos na divulga-
ção de novos artistas. Como é que
a Joana vê a divulgação do seu
trabalho junto de quem a segue nos
seus canais (Youtube, Instagram
ou Facebook)?
Eu acho que vivemos na era das redes sociais, sem dúvida.
É por isso que tento fazer chegar um pouco do meu trabalho através delas. Gravo vídeos com as minhas versões de músicas pop, e publico-as diversas redes sociais.
Sendo jovem, qual o conselho
que deixa a quem pretende enve-
redar por esta área?
Acho que o melhor que se pode dizer às pessoas é para nunca de-sistirem dos seus sonhos e definirem prioridades.
Quando um sonho é grande, não pode haver distração maior que ele.
Eu faço várias diretas a estudar teóricas, enquanto há festas a acon-tecer em todo o lado. Fico na escola a estudar canto às vezes até às 2h da manhã, e as minhas aulas começam às 9h. É preciso fazer sacrifícios por aquilo que se quer.
Se querem concretizar o vosso sonho, seja ele qual for, lutem. Os obstáculos vão ser imensos. Lágri-mas, suor, imprevistos, cansaço, e tanto mais, mas a verdade é que querer a vida de sonho é fácil - todos imploram por um milagre de Deus. O que é difícil é estar disposto aos sacrifícios que isso implica.
Sejamos exigentes connosco, tra-balhemos em nós e para nós.
Os frutos demoram a aparecer, mas creio que quando aparecerem todos nós ficaremos muito satisfeitos.
Entrevista: JP/Rui MarquesFotos: Antero Ávila
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