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Traduzido do original em Inglês

Journey into the Gospel

By Paul Washer © HeartCry Missionary Society | www.HeartCryMissionary.com

Publicaremos esta obra em oito partes, ou fascículos, e, posteriormente, em um volume

único contendo toda a obra. A presente publicação é composta da parte VI deste livro.

O conteúdo deste e-book não é reconhecido por HeartyCry Missionary Society

como a publicação oficial desta obra em Língua Portuguesa.

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Tradução por Camila Almeida

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Agosto de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta transcrição são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado pelo website oEstandarteDeCristo.com, com contato prévio com HeartyCry

Missionary Society (HeartCryMissionary.com), sob a licença Creative Commons Attribution-

NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

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Uma Jornada No Evangelho Por Paul David Washer

[Publicaremos esta obra supracitada em oito partes, ou fascículos.

A presente publicação é composta da parte VI deste livro. Veja a Parte I clicando aqui]

Capítulo II

O Motivo do Filho Ao Vir Para Salvar

Nós descobrimos a partir das Escrituras que o Pai não enviou o Seu Filho por causa de

mérito ou valor do homem, mas, sim, para o louvor da Sua glória e pelo grande amor com

que nos amou. A seguir, vamos agora considerar as coisas que moveram o Filho a deixar

de lado a Sua glória, revestir-Se em carne, e dar a Sua vida para a salvação dos homens.

Descobriremos que Ele assim o fez, não por causa de qualquer virtude ou mérito encon-

trado neles, mas para a glória de Seu Pai, pelo grande amor com que nos amou, e pela

alegria que Lhe estava proposta.

Para a Glória de Seu Pai

Depois de apenas um estudo superficial sobre a vida de Cristo, é evidente que a Sua maior

paixão era glorificar o Pai através de fazer a vontade dEle. Um dos aspectos mais

incompreensíveis da Pessoa de Cristo é que, embora Ele, subsistindo em forma do próprio

Deus, Ele não considerou a igualdade com Deus uma coisa a ser alcançada, mas de bom

grado e com alegria Se esvaziou do privilégio Divino e tornou-Se um homem. Ele foi obe-

diente ao Pai até mesmo ao ponto da morte de cruz (Filipenses 2:5-8; Hebreus 1:9). Embora

houvesse outros motivos que moveram Cristo a oferecer a vida pelo homem caído, o

primeiro e mais importante era a Sua todo-consumidora paixão para glorificar o Pai. Neste

sentido, pode-se dizer corretamente que Cristo morreu por Deus.

Jonathan Edwards escreve: “As Escrituras nos levam a supor que Cristo buscava a glória

de Deus, como Seu fim mais elevado e último” (Obras, Vol. 1, p. 109).

1. Em Hebreus 10:7, encontra-se uma profecia messiânica citada a partir do Salmo 40:7.

De acordo com estes dois textos, qual era o grande propósito do Filho de Deus ao vir ao

mundo? Qual era a Sua grande paixão e prioridade?

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Notas De Estudo

Hebreus 10:7. “Então disse”. O escritor de Hebreus aplica o Salmo diretamente a Cristo.

Albert Barnes escreve: “Não é fácil ver como isso poderia ser aplicado a Davi em qualquer

circunstância da sua vida. Não havia nenhuma situação em que ele poderia ter dito que

uma vez que sacrifícios e ofertas não foram exigidos, ele veio cumprir a vontade de Deus,

no lugar ou em vez deles... A referência da linguagem, portanto, deve ser ao Messias” (BN

[Barne's Notes: Notas de Barnes, Hebreus, p. 227). “Eis aqui venho”. Uma grande declara-

ção de submissão voluntária e obediência determinada. O Filho de Deus Se coloca à

disposição e chamado de Deus. John Gill escreve: “Cristo observando que os sacrifícios

legais não eram aceitáveis para Deus; que havia um corpo preparado para Ele; e que isso

foi escrito sobre Ele no livro de Deus, que Ele deveria vir; e que o tempo agora era vindo,

com uma observação de atenção e admiração, a questão sendo sobre o grande momento

e interesse, Ele alegremente expressa a Sua disposição de vir, imediatamente, sem qual-

2. O que as seguintes Escrituras nos ensinam sobre a atitude do Filho para com a

vontade do Pai, Sua paixão pela glória do Pai, e Seu desejo sincero de manifestar o Seu

amor pelo Pai? Explique por que é apropriado dizer que Cristo realizou todas as Suas

obras, até a Sua morte, em primeiro lugar para Deus.

a. A obediência de Cristo à vontade do Pai (João 4:34).

b. A paixão de Cristo, para glória do Pai (João 17:4).

c. O ardente desejo de Cristo para manifestar o Seu amor pelo Pai (João 14:31).

O Deleite Do Filho Na Vontade Do Pai

Por John Gill

“Agora, como a comida é agradável, deleitosa e revigorante para o corpo do homem,

assim fazer a vontade de Deus era tão delicioso e revigorante para a alma de Cristo. Ele

tinha tanto prazer nisso, como um homem faminto tem ao comer e beber. Uma parte da

vontade de Deus era assumir a natureza humana; Ele tinha feito isso, e com deleite e

prazer; uma outra parte dela era cumprir a lei; e a lei estava em Seu coração, e era o

Seu deleite, e Ele estava agora cumprindo-a; e outro aspecto da vontade de Deus era

sofrer e morrer, no lugar e posição de Seu povo; e tão desagradável como este era, em

si, para a natureza humana, contudo, Ele alegremente concordou com isso; e, às vezes,

estava, por assim dizer, impaciente até que isso foi realizado; e Ele voluntariamente tor-

nou-Se obediente a ela; nenhum homem poderia, com maior ânsia, colocar-se a comer,

quando está com fome, do que Cristo em relação à vontade e obra do Pai, mesmo quanto

aos que eram o mais ingratos para com Ele, como o homem” (EONT, Vol. 7, p. 790).

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quer compulsão, Ele mesmo, e não outro” (EONT [Exposition of the Old and New Testa-

ments: Exposição do Antigo e Novo Testamentos], Vol. 9, p. 445). “No princípio do livro está

escrito de Mim”. Que Cristo é falado no Antigo Testamento é afirmado pelo próprio Cristo

(João 5:46) e pelos apóstolos (Atos 22:23). Matthew Henry escreve: “Deus não somente

havia decretado, mas declarado por Moisés e profetas, que Cristo viria e seria o grande

sumo sacerdote da Igreja, e deveria oferecer-Se um sacrifício perfeito e aperfeiçoador. Isso

foi escrito sobre Cristo, no começo do Livro de Deus, que ‘a semente da mulher feriria a

cabeça da serpente’, e o Antigo Testamento está repleto de profecias a respeito de Cristo”

(MHC [Matthew Henry's Commentaries: Comentários de Matthew Henry, Vol. 6, p. 931).

“Para fazer, ó Deus, a Tua vontade”. É notório que a vontade de Deus é mencionada três

vezes nos versos 7-10. Cristo veio a este mundo com um olhar para realizar a vontade de

Deus para a glória de Deus. John Gill escreve: “Quando Ele veio, Ele começou com o maior

prazer, diligência e fidelidade na pregação do Evangelho, fazendo milagres, fazendo o bem

aos corpos e almas dos homens, e ao consumar a grande obra da redenção do homem,

que era a parte principal da vontade de Seu Pai que Ele veio cumprir” (EONT, Vol. 9, p.

445). Matthew Poole escreve: “Esta vontade de Deus estava em Seu coração, Ele Se

deleitou em obedecê-la” (MPC [Matthew Poole's Commentary: Comentário de Matthew

Poole], Vol. 3, p. 854).

(a) João 4:34. Jesus disse-lhes: “A Minha comida é fazer a vontade dAquele que Me en-

viou”. A vida de Jesus foi um reflexo perfeito das palavras de Jó: “Do preceito de seus lábios

nunca me apartei, e as palavras da sua boca guardei mais do que a minha porção” (23:12).

Ele encontrou a Sua satisfação (ou seja, alimento) em fazer a vontade de Seu Pai. João

Calvino escreve: “Ele não intenciona apenas que Ele a estima muito, mas que não há nada

em que Ele tenha mais prazer, ou em que Ele seja mais alegre ou mais ansiosamente em-

pregado; como Davi, a fim de magnificar a Lei de Deus, diz não somente que Ele a valoriza

muito, mas que ela é mais doce que o mel (Salmo 19:10)” (CC [Calvin's Commentaries:

Comentários de Calvino], Vol. 17, p. 169-170). Albert Barnes escreve: “O Seu grande

objetivo, o grande projeto de Sua vida, era fazer a vontade de Deus... Este grande objetivo

absorveu todos os Seus poderes” (BN, João, p. 220). Charles Spurgeon escreve: “Nosso

Senhor e Mestre tinha um só pensamento, apenas um desejo, somente um objetivo. Ele

concentrou toda a Sua alma, reuniu as vastas inundações de Suas poderosas capacidades,

e focou-as em direção a uma grande finalidade: ‘A Minha comida é fazer a vontade dAquele

que Me enviou, e realizar a Sua obra’” (NPS [New Park Street Pulpit: Púlpito De New Park

Street], Vol. 6, p. 126). “E realizar a Sua obra”. A palavra “realizar” vem da palavra grega

teleióo que significa tornar perfeito, ou completo; realizar completamente, terminar ou trazer

ao fim. Albert Barnes escreve: “É a obra dEle oferecer a salvação, e a Sua redimir, e a dEle

aplicar a salvação ao coração” (BN, João, p. 220). John Gill escreve: “O toda da obra de

Deus foi feita por Ele, assim como o Senhor O comissionou; exatamente, de acordo com o

modelo dado Ele, com toda a fidelidade e integridade; com a mais consumada sabedoria e

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prudência; com toda a aplicação, diligência e constância, e de modo a terminá-la, e isso

sem a ajuda de qualquer outro; e de tal maneira que nada pode ser adicionado a ela para

torná-la mais perfeita, ou que possa ser desfeita novamente por homens ou demônios: e

que o fazer e consumar desta foram Sua comida, ou tão deleitoso e revigorante a Ele como

carne é para o corpo, evidencia-se de Sua prontidão e alegria ao envolver-Se nela na

eternidade; de Sua entrada antiga e laboriosa nela no tempo; de Sua constância na mesma,

quando Ele tinha começado, de modo que nada poderia apartá-lo dela; Ele nem abateu-Se

nem falhou sob ela, nem a deixou até que Ele a tivesse consumado” (EONT, Vol. 7, p. 791).

(b) João 17:4. “Eu glorifiquei-Te na terra”. Foi a paixão de Cristo pela glória do Pai que O

trouxe do Céu, revesti-O em carne, e O levou para a cruz. Seria apropriado dizer que Cristo

veio à Terra para obter glória para Deus, e Seu zelo por Sua missão O consumiu (João

2:17). Aqui em nosso texto, Ele declara que Seu zelo não foi em vão, pois Ele realizou

exatamente o que Ele pretendia: Ele glorificou a Deus na Terra de uma forma que foi sem

paralelo na história e que não será substituída em mil eternidades. Além de todos os

decretos e eventos na história redentora combinados, a maior revelação da natureza e da

vontade de Deus vem até homens e anjos por meio da encarnação e da obra da cruz do

Filho. Por isso, é através do Filho e de Sua obra redentora que Deus obtém a maior glória

possível para Si mesmo. “Tendo consumado a obra que me deste a fazer”. No início do Seu

ministério (João 4:34), Jesus declarou que Sua comida era fazer a vontade do Pai que O

havia enviado. Neste texto, Ele declara que tinha realizado essa vontade. John Gill escreve:

“Ele não a tomou (ou seja, a obra de Deus) sobre Si, mas sendo chamado para isso, Ele

prontamente a aceitou... E embora fosse difícil, foi agradável e deleitosa a Ele” (EONT, Vol.

8, p. 84). Jonathan Edwards escreve: “Aqui isso é bastante claro, declarando a Seu pai que

Ele O havia glorificado na terra, e terminou a obra que Lhe foi dada para fazer, Ele quis

dizer que Ele havia terminado a obra que Deus Lhe deu para fazer para esta finalidade: que

Deus seja glorificado. Ele tinha agora terminado esse fundamento, de forma que Ele veio

ao mundo para estabelecer a glória de Deus. Ele havia estabelecido uma base para que o

Pai obtivesse a realização de Sua vontade, e a plenitude do que Ele projetou. Pelo que é

manifesto, que a glória de Deus era o máximo de Seu propósito, ou Sua finalidade última

nesta grande obra” (Obras, Vol. 1, p. 110).

(c) João 14:31. “Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai, e que faço como o Pai

me mandou”. A obediência da qual Cristo fala refere-se especificamente ao seu ser

“obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses 2:8). Esta é uma das declarações mais

profundas nas Escrituras. Cristo morreu em obediência ao Pai, a fim de mostrar ao mundo

o Seu amor por Ele. O Filho ama o Pai acima de tudo e totalmente abraça a cruz, mesmo

se apressa para ela, como a maior de todas as oportunidades para demonstrar o Seu amor

imensurável por Ele. Em nossos dias, muitas vezes ouvimos que Cristo amou o homem e

morreu por sua salvação, mas uma verdade ainda maior é menos conhecida e raramente

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proclamada: Cristo amou a Deus e morreu para a Sua glória. Matthew Henry escreve:

“Como foi uma evidência de Seu amor pelo homem que Ele morreu para a sua salvação,

assim foi por Seu amor a Deus que Ele morreu, por Sua glória e cumprimento de Seus

propósitos. Que o mundo saiba que entre o Pai e o Filho não há amor perdido” (MHC, Vol.

5, p. 1121). John Gill escreve: “Como um filho é obediente a um pai, assim Cristo foi em

todas as coisas obediente aos mandamentos de Seu Pai celestial, na pregação do Evan-

gelho, obedecendo a lei, e sofrendo a morte; tudo Ele fez e sofreu como o Pai ordenou a

Ele, como homem e Mediador: e para que se mostrasse plenamente o quanto Ele amava o

Seu Pai, e concordava com Ele em todos os Seus desígnios graciosos; quanto a Sua vonta-

de estava resignada à dEle...” (EONT, Vol. 8, p. 64). “Levantai-vos, vamo-nos daqui”. Cristo

ergue-se para encontrar a morte de cruz por amor ao Pai. Matthew Henry, citando Dr.

Goodwin, escreve: “Cristo, mencionando o grande motivo de Seus sofrimentos — o manda-

mento de Seu Pai —, foi a toda pressa para seguir até o sofrer e morrer” (MHC, Vol. 5, p.

1121).

Notas De Estudo

João 12:27-28. “Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta

hora”. Cristo estava profundamente preocupado no mais profundo do Seu espírito, quando

confrontado com a terrível realidade da cruz que O aguardava. Não seria de todo irrazoável

pedir para ser dispensado ou liberto de tal destino. João Calvino escreve: “Em Sua morte

devemos principalmente considerar a Sua expiação, pela qual Ele apaziguou a ira e mal-

dição de Deus, o que Ele não poderia ter feito, sem tomar sobre Si a nossa culpa. A morte

que Ele sofreu, portanto, deve ter sido cheia de horror, porque Ele não poderia prestar satis-

fação por nós, sem sentir, em Sua própria experiência, o terrível juízo de Deus” (CC, Vol.

3. Aprendemos que toda a vida e ministério terreno de Cristo foram direcionados a fazer

a vontade do Pai. Enquanto o Seu ministério terreno estava chegando ao fim e a cruz

estava se aproximando, Cristo fez uma declaração extremamente importante que nos

concede grande visão sobre Seu coração e mente. De acordo com Suas próprias pala-

vras em João 12:27-28, por que Cristo submeteu-Se à vontade do Pai, abraçou a cruz,

e sofreu a sua dor?

4. Em Romanos 15:8-9, duas razões são dadas para a vinda de Cristo e Sua obra de

salvação entre judeus e gentios. Como estas duas razões demonstram que a vinda de

Cristo foi primeiramente e acima de tudo para a glória de Deus? (a) Cristo veio para

confirmar as promessas feitas aos pais (v. 8). (b) Cristo veio para que os gentios pu-

dessem glorificar a Deus pela Sua misericórdia (v. 9).

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18, p. 32). “Mas para isto vim a esta hora. Pai, glorifica o teu nome”. Cristo não quis evitar

a cruz porque esta era a própria razão pela qual Ele havia vindo. Sua morte e a salvação

gloriosa de uma multidão indigna glorificaria abundantemente a glória de Deus como ne-

nhum outro decreto ou evento anterior ou posterior. Charles Spurgeon escreve: “Os ho-

mens, então, não serão redimidos? O sangue da expiação não será derramado, e nenhum

homem será resgatado de descer ao abismo? Ele deve permanecer sozinho, o grão de trigo

não semeado? Se Ele o fizesse, Ele seria bastante feliz e suficientemente glorioso, pois o

Céu é todo Seu. Ele precisa de homens para torná-lO bendito? Será que Ele necessita de

vermes do pó para torná-lO glorioso? Se Ele permanecesse sozinho, Ele ainda seria Deus

e Senhor. Mas, a penalidade de morte será deixada a cargo dos homens, homens culpados,

que merecem suportá-la? Não haverá nenhuma cruz, nenhum Calvário, nenhum túmulo

aberto, não haverá ressurreição, não haverá portas do Céu bem aberta para que as almas

venham? Aqui está a questão, e você vê no texto quão resolutamente Jesus tinha resolvido

isso. Ele diz em efeito: ‘Pai, glorifica o Teu nome por Minha morte, para esta finalidade Eu

vim a esta hora, para que por Minha agonia e suor de sangue, por Minha cruz e paixão, Eu

possa resgatar os filhos dos homens. Redimidos eles devem e o serão, Custe-Me o que

custar. Eu resolvi carregar a penalidade, e magnificar a Tua lei, e Eu a cumprirei, embora o

próprio inferno seja aberto contra Mim e todas as suas ondas de fogo passem sobre Mim.

Eu suportarei a cruz, e desprezarei a vergonha, para honrar a Ti, Meu Pai’” (MTP [Metropo-

litan Tabernacle Pulpit: Púlpito do Tabernáculo Metropolitano], Vol. 24, p. 6). “Então veio

uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei”. Jonathan

Edwards escreve: “O significado é claramente que Deus glorificou o Seu nome no que Cristo

tinha feito, na obra para a qual Ele O enviou; e que O glorificaria novamente, e em maior

grau, no que Ele ainda faria, e no sucesso do mesmo” (Obras, Vol. 1, p. 110). Aqui é visto

o acordo mútuo entre o Pai e o Filho (veja também João 17:1). Ambos definiram a glória de

Deus como Seu maior objetivo. O grande objetivo da Trindade na obra salvífica de Cristo é

que através da redenção de quem não merece e na forma grandiosa pela qual ela foi reali-

zada, a plenitude de Deus seja revelada a toda a criação e Deus seja adorado como Deus.

Cristo Morreu Para A Glória De Deus

Por Charles Spurgeon

“Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas

para isto vim a esta hora. Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia:

Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei” (João 12:27,28). “Observe bem que o

texto indica a intenção profunda que estabilizou a determinação de nosso Senhor. Por

que Cristo resolveu morrer? Será que é para salvar os homens? Sim, mas não como a

principal razão. Sua primeira oração não é: “Pai, salva o Meu povo”, mas: “Pai, glorifica

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Romanos 15:8-9. (a) “Digo, pois, que Jesus Cristo foi ministro da circuncisão”. Cristo veio

como um servo para a nação de Israel. “Por causa da verdade de Deus, para que confir-

masse as promessas feitas aos pais” — Abraão (Gênesis 12:1-3; 17:7; 18:19; 22:18),

Isaque (Gênesis 26:3-4) e Jacó (Gênesis 28:13-15; 46:2-4). O propósito da vinda de Cristo

como um Servo era reivindicar a veracidade de Deus, cumprindo todos os tipos, profecias

e promessas a respeito do Messias e a salvação que Ele traria. Desta forma, Ele provou a

fidelidade de Deus e obteve glória para Ele entre o Seu povo como um Deus que guarda a

aliança cuja palavra é sempre verdade. Matthew Henry escreve: “A melhor confirmação das

promessas é o cumprimento delas. Foi prometido que na descendência de Abraão todas

as nações da Terra seriam abençoadas, que Siló viria dentre os pés de Judá, que fora de

Israel Ele procederia de modo que teria domínio, que de Sião sairia a lei, e muitos outros.

Havia muitas providências intermediárias que pareciam enfraquecer essas promessas,

providências que ameaçavam a deterioração fatal desse povo; mas quando o Messias, o

Príncipe, apareceu na plenitude do tempo, como ministro da circuncisão, foram confirmadas

todas essas promessas, e a verdade delas apareçam; pois em Cristo todas as promessas

de Deus, tanto as do Antigo Testamento e as do Novo são ‘Sim’, e ‘Amém’ nEle” (MHC,

Vol. 6, p. 486).

(b) “E para que os gentios glorifiquem a Deus pela Sua misericórdia”. Cristo veio para que

o Teu nome”. A glória de Deus era a principal finalidade e objetivo da vida e morte de

nosso Salvador. É para que o nome do Pai seja exaltado que Jesus quis ter as almas

resgatadas. Sua paixão teve como intenção principal a demonstração dos atributos de

Deus. E, irmãos, quão plenamente Ele glorificou o nome de Jeová! Na cruz, vemos a

justiça Divina nas feridas sangrantes do grande Substituto: o Filho de Deus deve morrer

quando o pecado é colocado sobre Ele. Ali você também contempla a sabedoria infinita,

pois, o quê, senão a sabedoria infalível poderia ter concebido a maneira pela qual Deus

seja justo e justificador daquele que crê. Ali, também, está o amor, rico, livre, sem limites,

amor eterno, tão evidente como na morte do Redentor dos homens. Até hoje esta

continua a ser uma questão relativa à expiação, que das cartas é a melhor já escrita no

que diz respeito à justiça, à sabedoria ou o amor.

Na expiação, os atributos Divinos são todos tão perfeitamente glorificados, de modo que

nenhum remove o outro: cada um tem a sua demonstração sem decréscimo nem mesmo

em mínimo grau, nem diminuem a glória de qualquer outro. Nosso bendito Senhor, para

que o Pai seja glorificado, consuma até o fim o que Ele havia estabelecido diante de Si.

Seja qual for o conflito que havia em Seu espírito, Seu coração foi fixado em suportar até

a morte o nosso fardo, e o sofrimento até o fim de nossa penalidade” (MTP, Vol. 24, p.

6).

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Deus seja glorificado entre aqueles que não eram o Seu povo e pelos candidatos mais

improváveis para ser Seu povo — os gentios. Robert Haldane escreve: “Era o propósito da

obra de Cristo que os gentios bem como judeus glorificassem a Deus por causa de Sua

misericórdia. A glória de Deus é, portanto, exibida como o motivo da obra de Cristo. Este é

o objetivo mais elevado de todas as obras de Deus” (Geneva Series [Série Genebra], Ro-

manos, p. 614). “Como está escrito: Portanto Eu Te louvarei entre os gentios, e cantarei ao

Teu nome”. Que Deus seria glorificado por Ele mesmo entre as nações foi uma declaração

tão notável que é necessária uma validação proveniente da Escritura do Antigo Testamento

(2 Samuel 22:50 e o Salmo 18:49). Matthew Henry escreve: “Eles glorificarão a Deus por

Sua misericórdia. Pecadores não-convertidos não fazem nada para glorificar a Deus; mas

obras graciosas que convertem a alma operam uma disposição para falar e fazer tudo para

a glória de Deus; Deus pretendia colher uma safra de glória a partir dos gentios, os quais

haviam por muito tempo convertido a Sua honra em vergonha” (MHC, Vol. 6, p. 486). Para

resumir, Deus enviou o Seu Filho para obter glória para Si mesmo por cumprir Suas

promessas feitas aos judeus e por redimir um povo para Si, dentre os gentios.

Notas De Estudo

João 15:9. “Como o Pai Me amou, também Eu vos amei a vós”. Este é um dos versos mais

surpreendentes em toda a Escritura. Qual é o motivo por trás de Sua vinda? É o grande

amor com que Ele nos amou. Como o amor do Pai pelo Filho não pode ser medido, assim

a profundidade do amor do Filho por nós pode não ser sondada. Albert Barnes escreve: “O

amor do Pai por Seu Filho Unigênito é a maior afeição que podemos conceber. É o amor

de Deus por Seu Filho co-igual, que é como Ele, e que estava disposto a suportar os maio-

res sacrifícios e labor para cumprir o Seu propósito de misericórdia. No entanto, esse amor

é apresentado para ilustrar a terna afeição que o Senhor Jesus tem por todos os Seus

amigos” (BN, João, p. 339). Matthew Poole escreve: “O amor do Pai a Cristo é eterno,

imutável, constante, pleno, perfeito, sábio, justo e livre: em todos estes aspectos Cristo ama

o Seu povo como o Pai O ama” (João 15:9). Matthew Henry escreve: “Assim como o Pai O

amava [ou seja, Jesus], o Qual era mui digno, Ele os amava, os quais eram mui indignos”

(MHC, Vol. 5, p. 1125). John Gill escreve: “Há uma semelhança entre o amor do Pai por

Ele, e Seu amor por Seus discípulos: como Seu Pai O amou desde a eternidade, assim Ele

os amou; como Seu Pai O amou com um amor de complacência e deleite, assim Ele tam-

bém o fez e é assim que Ele os ama; e como Seu Pai O amou com um afeto especial e

peculiar, com um amor invariável, constante, imutável, que durará para sempre, da mesma

1. Em João 15:9 é encontrado um dos textos mais surpreendentes na Bíblia. Que

verdade Jesus declara neste texto? Como isso demonstra que Ele entregou a Si mesmo

na obra da redenção por causa do grande amor com que nos amou?

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maneira Cristo ama o Seu povo” (EONT, Vol. 8, p. 97). Charles Spurgeon escreve: “a qual

dos anjos Ele alguma vez disse isso? Eu acredito que os anjos são os sujeitos do amor

Divino, em certo sentido, mas eu nunca li sobre Cristo dizendo-lhes: ‘Como o Pai Me amou,

assim também Eu vos amei’. Este é o privilégio especial dos filhos de Adão, que caíram, o

que os anjos nunca fizeram. Que maravilha!” (MTP, vol. 41, p. 602).

ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use estas palavras para trazer muitos

Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.