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ISSN 0100-1485 ENTREVISTA ENTREVISTA Ano 11 Nº 52 Mai/Jul 2014 Paulo Storani, consultor de empresas na área de treinamento AMPLIANDO OS LIMITES DO CONHECIMENTO INTERCORR 2014 INTERCORR 2014 AMPLIANDO OS LIMITES DO CONHECIMENTO

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ISSN 0100-1485

ENTREVISTAENTREVISTA

Ano 11Nº 52Mai/Jul 2014

Paulo Storani,consultor deempresas na áreade treinamento

AMPLIANDO OS LIMITESDO CONHECIMENTO

INTERCORR 2014INTERCORR 2014

AMPLIANDO OS LIMITESDO CONHECIMENTO

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Sumário

4Editorial

O legado da Copa do Mundo

5ABRACO Informa

ABRACO no caminho da modernização

5Notícias do Mercado

Fábrica de tintas navais da Jotunserá inaugurada em março

6Entrevista

Missão dada é missão cumprida

8INTERCORR 2014

Ampliando os limites do conhecimento

34Opinião

Como motivar os jovens nas empresasMaurício Sampaio

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A revista Corrosão & Proteção é uma pu bli cação oficial daABRACO – Asso ciação Bra sil eira de Corrosão, fundada em17 de outu bro de 1968. ISSN 0100-1485

Av. Venezuela, 27, Cj. 412Rio de Janeiro – RJ – CEP 20081-311Fone: (21) 2516-1962/Fax: (21) 2233-2892www.abraco.org.br

Diretoria Executiva – Biênio 2013/2014PresidenteEng. Rosileia Mantovani – Jotun Brasil

Vice-presidenteDra. Denise Souza de Freitas – INT

DiretoresAécio Castelo Branco Teixeira – química uniãoEng. Aldo Cordeiro DutraCesar Carlos de Souza – WEG TINTASM.Sc. Gutemberg de Souza Pimenta – CENPESIsidoro Barbiero – SMARTCOATEng. Pedro Paulo Barbosa LeiteDra. Simone Louise Delarue Cezar Brasil

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECEng. João Hipolito de Lima Oliver –PETROBRÁS/TRANSPETRODr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGSM.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPTDra. Olga Baptista Ferraz – INTDr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – Univ. Grenoble – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Conselho EditorialEng. Aldo Cordeiro Dutra – INMETRODra. Célia A. L. dos Santos – IPTDra. Denise Souza de Freitas – INTDr. Ladimir José de Carvalho – UFRJEng. Laerce de Paula Nunes – IECDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQSimone Maciel – ABRACODra. Zehbour Panossian – IPT

Revisão TécnicaDra. Zehbour Panossian (Supervisão geral) – IPTDra. Célia A. L. dos Santos (Coordenadora) – IPTM.Sc. Anna Ramus Moreira – IPTM.Sc. Sérgio Eduardo Abud Filho – IPTM.Sc. Sidney Oswaldo Pagotto Jr. – IPT

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo – SP – 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

DiretoresJoão Conte – Denise B. Ribeiro Conte

EditorAlberto Sarmento Paz – Vogal Comunicaçõ[email protected]

RepórterCarlos Sbarai

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design – [email protected]

GráficaAr Fernandez

Esta edição será distribuída em agosto de 2014.

As opiniões dos artigos assinados não refletem a posição darevista. Fica proibida sob a pena da lei a reprodução total ouparcial das ma térias e imagens publicadas sem a prévia auto -ri zação da editora responsável.

Artigos Técnicos

15Mapas de impedância eletroquímica

aplicados à corrosãoPor Ivan N. Bastos, Marco A. A. Kappel,Jorge M. M. L. Filho, Ricardo Fabbri e

Roberto P. Domingos

20Efeito da incorporação de partículas

de sílica em revestimentos de ZnPor Célia R. T. dos S. Catuogno, Cecilia I.Elsner, Alejandro R. Di Sarli e Isolda Costa

27Uso da técnica de espectroscopia noinfravermelho para avaliação de

tintas com característicasanti-incrustantes

Por Rodrigo de S. Melo, Simone L. D. C.Brasil, Aricelso M. Limaverde Filho,

Ladimir J. de Carvalho, Cid Pereira eOdara R. B. Melo

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participação da seleção brasileira foi decepcionante por todos os pontos de vista. Perde -mos a soberania no cenário mundial como protagonistas do esporte que tanto nos promoveu noexterior e nosso sentimento de orgulho em relação à seleção. Talvez o título de país do futebol este-

ja em cheque, pois não conseguimos acompanhar a evolução técnica e tática e nada no horizonte sinalizaque haverá uma verdadeira reconstrução da estrutura do futebol brasileiro.

O que nos move ao trazer esse tema para a edição não é uma avaliação do desempenho da seleçãobrasileira (apesar de ser de extremamente importância para o desempenho do futebol no país que, a nossover, precisa necessariamente ser pensado como um negócio que impacta de maneira importante a economia),mas sim comentar sobre o legado desse grande evento internacional, comparado apenas ao dos JogosOlímpi cos, que a cidade do Rio de Janeiro sediará em 2016. Havia uma sensação de que tudo poderia serum desastre, e verdadeiramente era difícil de se apegar a algo para crer no contrário, a não ser ao famosootimismo nacional que nos ensina que “no final tudo dá certo”.

Pois bem, não devemos nos compactuar com essa boa-fé. Devemos perseguir com planejamento, dedi -cação e comprometimento os objetivos traçados. E se não houve umaorganização no limite da perfeição, como a da Copa da Alemanha (eisso já era esperado), não houve grandes problemas.

Porém, é necessário avaliar com precisão. Tomemos comoexemplo os estádios. Todos ficaram prontos, muito bonitos, con-fortáveis, com as redes móveis funcionando, mas não nos esque -çamos que os custos estouraram muito, que muitos estádios fica -ram prontos às vésperas das partidas e que inúmeras obras de infra -estrutura (algo como 50 %) simplesmente não ficaram prontas a

tempo ou não saíram do papel.Muitas obras de infraestrutura (que afinal é o principal legado dos grandes eventos globais) não foram

efetivadas e é exatamente isso que incomoda demais os brasileiros. Espera-se que as autoridades envolvidascom todos esses contratempos no cronograma de realização da Copa tenham se conscientizado de que épreciso fazer o dever de casa. Que os fatos sirvam de exemplo para que outras iniciativas (os JogosOlímpicos, sempre é bom lembrar, já estão aí!) sejam levadas mais a sério e que os investimentos eminfraestrutura sejam efetivamente viabilizados. O Rio de Janeiro tem dado sinais de que aproveita o eventode 2016 para “refundar” alguns locais da cidade, principalmente a zona portuária.

Por outro lado, o Brasil nadou de braçada no quesito acolhimento aos turistas, simpatia e festa. Mas,afinal, quem duvidava disso? Historicamente, o povo brasileiro sempre foi gentil com os visitantes do exte-rior e disposto a ajudar o próximo.

A proposta é simples, vamos levar nossa excelência em receber turistas para o planejamento efetivodo que se deseja para o país. E executar esse planejamento à risca. Esse deveria ser o grande legado dequalquer evento.

INTERCORR – A cidade de Fortaleza recebeu a edição 2014 do mais importante evento nacional dosetor. Além do grande espaço para aperfeiçoamento técnico e networking com profissionais renomados, oINTERCORR inovou e trouxe para sua palestra de abertura o ex-capitão do BOPE, Paulo Storani, parafalar sobre a formação de equipes competitivas.

Acompanhe nesta edição entrevista exclusiva com Paulo Storani e cobertura do INTERCORR.

Boa leitura!

Os editores

O legado da Copa do Mundo

Carta ao leitor

O Brasil nadou de braçada em acolhimento

aos turistas, simpatia e festa. Mas, afinal,

quem duvidava disso? Historicamente, o povo

brasileiro sempre foi gentil com os estrangeiros

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Editorial52:Editorial36 7/30/14 12:49 PM Page 1

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ABRACO Informa

ABRACO no caminho da modernização

Com o contínuo progresso da ABRACO, a entidade trabalha também no desenvolvimento de novosmeios e mídias para divulgação e informação dos padrões e serviços desenvolvidos pela associação.Como exemplo, foi apresentado no INTERCORR o novo vídeo institucional, e também foi criado umnovo site e estão em pauta novos eventos e cursos. “A ABRACO, como sempre, evolui para acompa -nhar e atender às necessidades do seu tempo e dos seus associados. Por intermédio do departamento demarketing fizemos a modernização da logo, claro que mantendo o conceito original sem mudar radi-calmente para não perder a identificação. Porém, a nova logo sugere modernidade e perceptível evoluçãoem relação à anterior. Além disso, fizemos a renovação do site, inclusive com um novo layout maisamigável, que facilita a localização de conteúdos. Tudo isso com muita interação com mídias sociais,como a nova página no Facebook e LinkedIn. Estamos desenvolvendo um manual de identidade visu-al contendo um conjunto de recomendações, especificações e normas essenciais para a utilização damarca ABRACO, com o objetivo de preservar suas propriedades visuais e facilitar a correta propagação,percepção, identificação e memorização da marca”, revela Rosileia Mantovani, presidente da Associação.

Mais informações podem ser obtidas diretamente no site www.abraco.org.br.

Notícias do Mercado

Fábrica de tintas navais da Jotun será inaugurada em março

A primeira fábrica de tintas navais e industriaisdo grupo norueguês Jotun na América Latina seráem Itaboraí (RJ) e tem previsão de inauguração pa -ra março do próximo ano. O anúncio foi feito pelodiretor-geral da empresa no Brasil, Ferran Bueno,em junho, durante visita à unidade do secretárioestadual de Desenvolvimento Econômico, Energia,Indústria e Serviços, Julio Bueno.

“O investimento para a fábrica é um valor muitoimportante, cerca de R$ 110 milhões. A Compa -nhia de Desenvolvimento Industrial, a Codin, aju-dou para a localização do terreno”, acrescentou osecretário, que também anunciou que a Agência Estadual de Fomento (AgeRio) está à disposição daempresa, para auxiliar no apoio a fornecedores do grupo.

A Jotun produz tintas para navios, plataformas e refinarias. A capacidade de produção da nova unidadeserá de 10 milhões de litros anuais – em apenas um turno de trabalho. A fábrica será polo de distribuiçãopara a América do Sul.

Cerca de 600 profissionais vão trabalhar nesta fase de obras e, quando entrar em operação, a unidadevai gerar 100 novos empregos diretos e 600 indiretos. Outro destaque é que 90 % do maquinário da fábri-ca é brasileiro. A área total do empreendimento é de quase 130 mil metros quadrados – o que permiteaumentar em cinco vezes a capacidade de produção.

Também presente à visita, o vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Jotun Noruega, SveinStolpestad, ressaltou que o empreendimento no Rio é muito importante para a trajetória do grupo, umdos dez maiores da Noruega e o primeiro fornecedor mundial de tintas de navios. O executivo tambémlembrou que a Jotun, criada há 85 anos, possui 36 fábricas espalhadas em todos os continentes, tem umfaturamento de R$ 5 bilhões, conta com mais de 9 mil empregados e, entre unidades de produção, cen-tros de distribuição e escritórios, dispõe de 71 companhias. Dessa forma, os produtos Jotun estãodisponíveis em mais de 90 países.

A visita à nova unidade da Jotun também teve as presenças da cônsul-geral da Noruega no Rio, HelleKlem, e do vice-prefeito de Itaboraí, Audir Santana.

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Missão dada é missão cumpridaFoi esse o foco da palestra proferida pelo o ex-capitão do BOPE, Paulo Storani,

que traçou paralelos de conduta, liderança e trabalho em equipe na cerimônia

de abertura do INTERCORR 2014

Entrevista

m dos palestrantes maisre quisitados do mercadocor porativo brasileiro da

atu alidade, Paulo Storani foi ocon vidado especial para fazer apalestra de abertura do INTER-CORR 2014. Ex-capitão do Ba -talhão de Operações Policiais Es -pe ciais (Bope), Storani é mestreem antropologia pela Universida -de Federal Fluminense (UFF),professor e pesquisador do Insti -tuto Universitário de PolíticasPúblicas e Ciências Políticas daUniversidade Cândido Mendes, ejá participou de cursos de técni-cas de guerrilha em Israel, entremuitos outros.

Desde 2007, quando o filmeTropa de Elite virou febre nacio -nal, os policiais do BOPE, da Po -lícia Militar do Rio de Janeiro,pas saram a ser vistos como os su -jeitos mais durões e honestos doBrasil. Paulo Storani foi quemins pi rou o personagem CapitãoNas cimento, e continua pregan-do as maravilhas do estilo faca nacaveira.

No ano passado, Storani fez305 palestras para profissionaisde diversas empresas em diver-sas partes do País. Durante asduas horas de apresentação,Sto rani mis tura stand up come-dy com di cas para formar equi -pes vencedoras e motivadas,dando um verdadeiro show. Eleconta piadas, faz as pessoas

dade com causa, que aliás estápor trás do sucesso do CapitãoNasci men to, no mundo das ven-das pro voca essa reação. A ideia émostrar para um time de vendas,que é melhor viver o dia a diacompetitivo do mercado para setornarem os predadores, em vezde presas in de fesas. Na essência, apalestra bus ca explicar a diferen -ça entre ser um vencedor e umfra cassado, a partir de uma visãodarwinista do mun do, aprovei-tando a imagem pública doBOPE de estar no topo da cadeiaalimentar da selva urbana.

Foco nos resultados, transmiti-do com a célebre frase “missãodada é missão cumprida”, éum dos pontos importantes daabordagem. Na sua opiniãopor que há essa dificuldade emfocar e se comprometer com osresultados?Paulo Storani – Acredito que oprimeiro passo é desenvolvermos adisciplina e a vontade. De umafor ma geral, somos acomodados egos tamos de permanecer na nossa“zona de conforto”. Se queremosalgo novo e diferente, não podemoscontinuar fazendo o que semprefoi realizado e esperar um resulta-do diferente. Tenho percebido quemuitos profissionais somente fazemo trivial e não inovam. Têm poucaambição, raramente investem tem -po em leituras ou participam de

sentarem e levan tarem de seusassentos, reforça o comprometi-mento com resultados e a ne -ces sidade de busca constantedos objetivos, com planejamen-to e foco. A Revista Corrosão& Proteção o entrevistou apósa abertura do evento com exclu-sividade. Acompanhe.

Como surgiu a ideia de levarsua experiência profissionalpara palestras e treinamentoscorporativos?Paulo Storani – A metodologiausada na construção de um timemilitar é replicável nas empresas,já que os princípios básicos de umgrupo de qualidade, como metas evalores, são universais. As liçõesque eu passo são: missão dada émissão cumprida ou é no momen-to em que somos desafiados quenossa qualidade aparece. Há quemdiga que sairia mais barato alugaro filme, mas não é o que as empre-sas parecem pensar. Isso porquetiveram bons resultados nas vendase acabaram divulgando para ou -tras empresas. Atualmente estousendo chamado para entregarprêmios pelos bons resultados daspalestras que fiz.

Por que seu treinamento é tidona atualidade como um dosme lhores para motivar equipes?Paulo Storani – Acredito que apregação de uma certa agressivi-

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Paulo Storani

Por Carlos Sbarai

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cursos e palestras, mesmo quandosão gratuitos. Além disso, é neces sá -ria uma constante avaliação daqualidade dos serviços e que se es ta -beleçam metas audaciosas. Por ou -tro lado, empresários e gerentes de -vem valorizar mais as suas equi pes.Treinar, treinar e treinar. Seja nanossa vida pessoal ou profissional,devemos estudar, planejar e treinarde forma intensa e cotidiana. Todosos que se destacam em suas ativi-dades, são persistentes e treinammuito. Não há sucesso permanentesem esforço e dedicação.

Como a experiência na cons -trução do personagem do fil -me Tropa de Elite contribuipa ra seu desenvolvimento co -mo palestrante?Paulo Storani – Digo que 99 %do filme Tropa de Elite é baseadoem fatos reais e quando meu anti-go comandante, coronel HumbertoMauro Ramos de Oliveira, em1995, fez um discurso que conta-giou a tropa no pior momento dacriminalidade fluminense, percebique poderia usar esse ensinamentopara o mercado.

É possível identificar o perfilcerto de um profissional deuma equipe e como fazer quan -do há pessoas que já fazem par -te da equipe, mas não se enqua -dram nesse perfil?Paulo Storani – Quem entra na em -presa e reclama que é pressionadopor resultado, não tem o perfil certo.O BOPE não convida nin guém pa -ra entrar, segue o prin cípio da vo -lun tariedade, não gastando ener giaconvencendo ninguém. A pessoatem que ver rele vância na qui lo queescolheu fazer, faz parte de umprocesso de evo lução. Vender maissig nifica evolu ir, sair de um ponto ecrescer. Se vo cê não cresce, não evo -lui. Não de fendo que as pessoas se -jam discri mi nadas. Se elas es tão empaz com isso, permaneçam as sim,mas te nham consciência de co moestão agindo. A grande ques tão é versignificância em evoluir, em crescer.Se você trabalha só por te rapia ocu-pacional, só para ter o que fazer, váfazer outra coisa! As em presas agembaseadas em resultados, as pessoassabem disso. Se não en xergarem is so,vão estagnar e serão absorvidas poroutras. É questão de escolha.

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Existe um líder exemplar?Paulo Storani – Líder é toda pessoacom capacidade para assumir umaresponsabilidade. Pode ser o presi -den te ou o funcionário com o cargomais baixo em uma empresa. Oque se espera de um líder, de umgerente, é inspirar e influenciar pes-soas. E qualquer um, em qualquerposição hierárquica, pode fazer isso.

Assim como no BOPE, a pres -são pode ser uma boa ferra-menta de liderança?Paulo Storani – É uma delas, mashá várias ferramentas. Pode-se uti-lizar o carisma, o exemplo ou a co -erção. O líder tem que ser o pri -meiro a chegar, é aquele que fala“vamos fazer”, que começa a trans -pirar primeiro. As pessoas que es tãono cargo de chefia e liderança têmque transmitir essa energia pa ra aequipe. Com isso cria-se uma si -ner gia, uma rede tão forte que vocêse vê invencível. Aquele que dá oprimeiro passo, que tem bri lho noolho, que aumenta a tempera tura,esse é o líder. Ele produz uma ener-gia que contagia a todos, que po -ten cializa e mobiliza.

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INTERCORR 2014

INTERCORR 2014, omaior evento interna -cio nal sobre corrosão

que se realiza no Brasil, ocorreuentre os dias 19 a 23 de maio, emFortaleza, e reuniu a comunida -de empresarial, técnica e científi-ca de universidades, institutos depesquisas, empresas e profissio -nais da área de corrosão, propor-cionando um maior intercâmbiode conhecimentos e experiências.

Além de minicursos, pales -tras técnicas, concurso de foto -grafia de flagrantes da ação cor-rosiva e da escolha dos melhorestrabalhos técnicos apresentadosao longo do evento, o destaquedes sa edição foi a palestra deaber tura, que trouxe o conferen -cista Paulo Storani, ex-capitãodo Batalhão de Operações Espe -ciais (BOPE) da Polícia Militardo Rio de Janeiro.

Storani foi aplaudido de pépor um auditório totalmente lo -

O INTERCORR 2014 mostrou que contribui de forma inegável para consolidar

o crescimento sustentável no setor de corrosão, oferecendo os elementos necessários

para uma formação profissional cada vez mais eficiente

Ampliando os limites do conhecimento

tado. Além disso, concedeu uma en trevista exclusiva para a Revis taCorrosão & Proteção (veja pá gina 6). Nessa edição do IN TER -CORR, foram inscritos cer ca de 200 trabalhos técnicos a pre sentados,três painéis, além das palestras técnicas e conferências plenárias comparticipação de pesquisadores da América La tina, Estados Unidos eCa nadá. O público presente também po de participar da 34ª Expo -

Por Carlos Sbarai

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Conferências plenárias, num total de cinco, foram destaques do evento

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sição de Tecnologias para Pre -ven ção e Controle da Corrosão,com a pre sença de empresas for -necedoras de produtos e equipa-mentos e prestadores de serviçosdo setor (veja box na página 10).

“O INTERCORR 2014 re -petiu o sucesso das edições ante -rio res, no que tange à organiza-ção, palestras, expositores e pa -tro cina dores. É com muito orgu -lho e satisfação que represento aAssociação Brasileira de Corrosão– ABRACO, como pre sidente,neste evento. A ABRACO, desdea sua fundação, em 1968, temco mo objetivo congregar profis-sionais de alto nível que estejamvoltados para o desenvolvimentode conhecimento e soluções paraproblemas com corrosão”, desta-ca Rosileia Manto va ni, presi-dente da ABRACO.

Rosileia Mantovani avaliaque o INTERCORR passa a cla -ra mensagem da necessidadecon tínua de ampliação das fron-teiras do conhecimento para oenfrentamento dos desafios, poissó assim haverá crescimento sus-tentado. “O principal alicercepara esse crescimento é a capaci-tação profissional, imprescindí -vel para a conquista deste objeti-vo. E o INTERCORR, de formainegável, colabora para isso.Acres cento que a ABRACOcontribui de diversas outras for-mas para a organização de se mi -nários e palestras, criando con - di ções para uma relação si -nérgica entre associados e co la - bo radores e a importantíssimata refa de certificação de profis -sio nais, for man do técnicos comqua lifica ção comparada em ní -veis internacionais como aNACE (National Association ofCorro sion Engineer) e FROSIO(Nor wegian Professio nal Councilfor Education and Certification ofIns pectors for Sur face Treatment)”,explica Rosileia Mantovani.

Na opinião do chefe do La -bo ratório de Corrosão do IPT epresidente do comitê executivo

A exposição empresarial de tecnologias atraiu os visitantes

Galeria do concurso de fotos sobre a ação corrosiva

Apresentação de trabalhos técnicos

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EMPRESAS EXPOSITORASdo INTERCORR, NeusvaldoLi ra de Almeida, o evento é sem-pre uma oportunidade impor -tan te para a comunidade de ins -titutos de pesquisas, universida -des e as empresas de um modogeral interagir e trocar experiên-cias. “O grupo de profissio naisque participa da organização temsempre um olhar oti mista e es -perançoso com relação aos re sul -tados do congresso e eles estão defato nos surpreendendo. Pro vadis so é que os números são me -lhores do que esperávamos. Fo -ram apresentados cerca de 200trabalhos na forma oral e pôster,com um número gran de de ex -positores, aliás, sem essas em pre -sas não teríamos condições derea lizar o congresso. Os pa troci -nadores também tive ram umapar ticipação fundamental pa rao sucesso desse evento. Acre ditoque o congresso cum priu plena-mente o que se tinha planejadoe inovamos com a nos sa confe -rência de abertura dife rente doque vínhamos pra ticando nor-malmente. E, para nos sa satis-fação, retorno foi mui to po si -tivo pelo fato de não ser umacon ferência técnica, mas mo ti -va cional”.

A presidente do Comitê Téc -nico e Científico do evento eprofessora e doutora da Universi -da de Federal do Rio de Janeiro –

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19º Concurso de Fotografia de Corrosão e Degradação de Materiais

1º Lugar – Notebook Samsung:Rubens Carvalhaes de PaivaNetoCorrente em Búzios – RJ

2º Lugar – Tablet Samsung 7”:Denise Souza FreitasCarro antigo totalmente oxidadoencontrado dentro de uma caver-na no sul da França

3º Lugar – GPS Navicity:Patrícia S. GuiametBiocorrosion a pipe in steelrolling mill

Congressistas participaram ativamente do evento

• Arkema Química• Armco Staco Galvanização• BBosch Galvanização• Braseq Brasileira de Equipamentos• Carl Zeiss do Brasil• Centro de Tecnologia em Dutos – CTDUT• Corrx Brasil• Emerson Process Management• Engecorr Engenharia de Corrosão• Gaiatec Sistemas• Gamry Instruments• Hita Comércio e Serviços• IEC Instalações e Engenharia

de Corrosão• Instituto Nacional de Tecnologia – INT• Interprise Instrumentos Analíticos

• Instituto de Pesquisas Tecnológicas doEstado de São Paulo – IPT

• LabSolutions Comércio, Importação eExportação de Equipamentos

• Mast Comercial Importadora• Metrohm Pensalab Instrumentação

Analítica• Optec Tecnologia• Oxiprana Indústria Química• Petroenge Petróleo Engenharia• Polycorp Corporation• Presserv do Brasil• SW Adesivos e Revestimentos

Anticorrosivos• Tecnofink• UWS Brasil

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URFJ, Simone Brasil, destaca a participação de 29 empresas exposi-toras na 34ª Exposição de Tecnologias para Prevenção e Con trole daCorrosão e os patro cínios e apoios institucionais de diversas empresase instituições. “Quanto à abordagem técnica, buscamos abrangertemas diversificados nas conferências internacionais e na cionais como,

por exemplo, corrosão em con-creto armado, biocorrosão erevestimentos. O programa finalcontou com cinco conferências,três painéis e, apro ximadamente,200 trabalhos técnicos”. Simonerelata ainda que todos os traba -lhos apresentados no evento fo -ram avaliados por um comitêtéc nico-científico formado porpro fissionais qualificados, o quecontribuiu muito para a ga rantiada qualidade técnica do con gres -so. E, como nos eventos anteri-ores, um comitê foi formadopara escolher os ganhadores doprêmio Prof. Vicente Gentil,concedido aos três melhores tra-balhos apresentados no eventode forma oral e o melhor pôster(veja box na página 12).

Ela também destaca a inova -ção na palestra de abertura doevento. “Buscamos um tema fo -ra da nossa área de atuação e ti -

Palestra do ex-capitão Paulo Storani do (BOPE/RJ)

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ve mos a palestra ‘Construindouma Tropa de Elite’, dada peloex-capitão do BOPE, Paulo Sto -ra ni. Tivemos um retorno muitopositivo em relação à novidade epretendemos levar essa ideia parao próximo INTERCORR.”, ex -plica Simone Brasil.

Segundo Aldo Cordeiro Du -tra, assessor da presidência doINMETRO – Instituto Nacio -nal de Metrologia, Qualidade eTecnologia, o evento repetiu osu cesso de 2012. “Houve umaforte participação de congressis-tas do exterior. Também querodestacar a qualidade dos traba -lhos, das mesas-redondas, dascon ferências, que tiveram umaqualidade excelente. Eu acreditoque é um privilégio para nós bra -sileiros termos um congressodes sa relevância, que reúne osgran des nomes da corrosão, as -sim como pesquisadores, estu-dantes, empresários entre tantosoutros profissionais da área. Per -cebi ainda que tivemos uma in -tegração significativa entre ospar ticipantes, e é importante re -latar que isso gera um ganhosubs tancial de compartilhamen-to de experiências, que acontecenas salas, além de possibilitar ainteração desses profissionais,fato esse que não seria viável semessas condições”.

Para a doutora Zehbour Pa -nos sian, Diretora de Inovaçãodo Instituto de Pesquisas Tec -nológi cas – IPT, o INTER-CORR 2014 foi um sucesso eum dos grandes destaques foi apalestra de abertura. “O fato dapalestra não ter sido técnica feza dife ren ça. Também tivemos al -guns pa lestrantes que não de -ram foco ape nas em corrosão,com informações mais abran -gen tes. Nós es tamos vivendoum momento, on de temos querefletir muito e as informaçõesestão chegando com maior rapi-dez. Na globali za ção temos queinovar e nesse sentido foi o queeu pude perceber nessa edição.

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Prêmio Prof. Vicente GentilPrimeiro lugar – Flávia Maciel Fernandes Guedes com o trabalho “Avaliação da corrosão porfrestas de diferentes ligas nobres para aplicação em equipamentos de poços injetores”Segundo lugar – Ivan Napoleão Bastos com o trabalho “Mapas de impedância eletroquímicaaplicados à corrosão”Terceiro lugar – Elber V. Bendinelli com o trabalho “Tratamento e caracterização de hidróxidoduplo lamelar para armazenamento de inibidor de corrosão”.

Prêmio Melhor Trabalho PôsterO prêmio foi concedido a Nilson T. C. Oliveira pelo trabalho “Obtenção, via eletroquímica, denanotubos auto organizados sobre Ti cp”.Os apresentadores recebem um troféu e estão isentos do pagamento da inscrição no próximocongresso, que acontecerá durante a Coteq 2015, onde também será divulgado o local edata do INTERCORR 2016.

Sessão pôster, apresentação de trabalhos técnicos

PREMIAÇÕES INTERCORR 2014

Flávia Guedes recebe de Simone Brasil o Prêmio Prof. Vicente Gentil

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Quanto aos trabalhos, acho que são de altíssimo ní vel, até porquenosso congresso se iguala a qualquer outro internacional. Outrainformação impor tan te, é que, diferente do que ocor re no exterior,as salas esta vam com ocupação completa, o que não é comum noexterior”.

Já para o responsável pela área de Corrosão e Pintura daIEC, Laerce de Paula Nunes, des tacou a organização doevento, com um nível de palestra bem elevado, assim comoos trabalhos apresentados. “O evento terminou com a sen-sação de mis são cumprida. Ter um mo mento de difusão deconhecimento com troca de informações e melhoria denossa técnica e combate da corrosão foi fundamental.Quero aproveitar para parabe nizar a comissão organizadora,que mais uma vez realizou um evento grandioso para todosos participantes”.

O engenheiro e pesquisador Fernando de LoureiroFragata destacou a quali dade dos trabalhos apresentados,assim co mo das conferências. “O congresso mais uma vezfoi feito com muita qualidade e fico muito satisfeito com onível dos trabalhos apresentados”. Fragata também foi umdos des taques na apresentação de alguns trabalhos ao longode todo o evento.

Segundo o Consultor Técnico da Petrobras/CENPES/PDP/TMEC, Joaquim Pereira Quintela, o INTERCORR2014 cumpriu o principal objetivo a que se destina, ou seja,manter atualizada a comunidade de proteção contra a cor-rosão. “Assisti as palestras da minha área (re vestimentos) econsidero que foi mantido o mesmo nível técnico dos even-tos anteriores. Em termos de organização, acho que superouos anteriores a começar pela pa lestra de abertura”.

João Hipólito de Lima Oliver, Consultor Técnico daTranspetro, disse que o evento atingiu o seu objetivo con-gregando vários profissionais e empresas da área. “Essa trocade conhecimentos, tecnologias e de procedimentos novosnão pode parar porque é o grande capita li zador dessa comu-

Festiva confraternização com tema regional

nidade que trabalha no controleda corrosão. Eu acredito que atecnologia está sempre em cons -tante evolução com materiais eequipamentos novos e esse en -contro tem o objetivo de trocarinformação e de divulgar tecno -lo gias, além de alimentar essa si -ner gia que leva ao desenvolvi -men to e melhora do processo docontrole de corrosão”.

Na visão do Gerente de Trei -namento Técnico da Sherwin-Williams, Celso Gnecco, o con-gresso é o evento mais impor-tante para os fabricantes de tin-tas, de equi pamentos de preparode superfície e de aplicação detintas e também para os fabri -can tes e aplicadores de revesti-mentos anticorrosivos. “É a mai -or fonte de conhecimentos parao público formado pelos inspe -tores de pintura e para toda acomunidade acadêmica ligada à

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tema precisa ser mais debatido. Fragata deve levar adiante o projeto doFórum de Debates da ABRACO, pois tem público para a sua viabi-lização, além de ser do interesse da comunidade técnica-científica dacorrosão. O saldo do INTERCORR foi positivo e voltamos do even-to com um pouco mais de conhecimento sobre a corrosão e seus meiosde proteção”, conclui Celso Gnecco.

corrosão, e também para os em -presários do setor no Bra sil. Maisuma vez pudemos en contrar ve -lhos amigos e alunos nos interva-los das palestras, no café e noalmoço. Como todos os quevieram para o Congresso têm omesmo interesse, as conversasserviram para conferir algumaopinião e adquirir algum con-ceito ou mudar de ponto de vistaem função do diálogo oucomentário sobre algumas daspa lestras assistidas”.

Gnecco chamou a atençãopara a apresentação do pesqui -sador Fernando de LoureiroFragata (Perfil de rugosidade emfunção da es pessura da camadade tinta), na qual ficou eviden -cia da a necessidade de criar umfórum de de ba tes para os temasrelativos à proteção anticorrosi-va. “As discus sões ao final daapre sentação mos traram que o

A Associação Brasileira de Corrosão – ABRACO aproveita a oportunidade para agradecer aparticipação dos patrocinadores e se orgulha de ter o apoio dos seus associados narealização de mais uma excelente edição do INTERCORR. Na grade de patrocinador platina aempresa Innospec. Na ouro, as empresas International, Sherwin Williams Sumaré, Tinôco Anti -Corrosão, Tintas Weg, Blaspint e Jotun. Na categoria prata as empresas Smartcoat, AirProducts, Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), Tintas Jumbo e a Sponge-Jet.O evento contou ainda com o apoio institucional do Instituto Nacional de Tecnologia (INT),Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (ABENDI), Associação Brasileirade Engenharia Química (ABEQ), Associação Brasileira Metalurgia, Materiais e Minerações(ABM), Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (ABRAFATI), Associação Brasileira deTratamentos de Superfície (ABTS), Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT), Escola de Químicada Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estadode São Paulo (FAPESP), Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem (FBTS), InstitutoBrasileiro do Concreto (IBRACON), Instituto de Materiais Não Ferrosos (ICZ), Instituto dePesquisas Tecnológicas (IPT) e Universidade Federal do Ceará (UFC).

AGRADECIMENTO AOS PATROCINADORES

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Artigo Técnico

Mapas de impedância eletroquímicaaplicados à corrosão

AbstractElectrochemical impedance

spectroscopy is a largely used tech-nique in corrosion studies becauseof its sensibility to study the prop-erties of an electrochemical processwhich occurs in the metallic inter-face. Despite its widespread use incorrosion, it is almost only per-formed at the corrosion potential.This fact reduces substantially theanalysis capacity regarding theeffect of the applied potentialwhich is indeed widely used in thepolarization curves. Only fewpapers that study the dissolutionmechanism evaluate it in variedpotentials in addition to the cor-rosion potential. In this work, theresults of impedance diagramsobtained from stainless steel inenvironments of 3.5 % NaCl at25 ºC in DC steps of 10 mV arepresented. Due to the largeamount of generated points, thecommercial graphing software doesnot handle such data. Therefore,EIS-Mapper software was devel-

oped which shows the diagramevolution along the applied poten-tial. These maps were used in thestudy of pitting and crevice corro-sion of stainless steel and theyrevealed a great sensibility to detectthem and follow their evolution.Stainless steels present a typicalphase angle that extends itself overa large range of frequencies, usual-ly described by an electrical equiv-alent circuit with constant phaseelements. When the pit occurs, theangle reduces to frequency lociaround 1 kHz.

IntroduçãoA técnica de espectroscopia

de impedância eletroquímica éuma técnica linear essencial noestudo da corrosão e da eletro-química 1. A imposição de umpotencial ou corrente contínuosem regiões da curva de polariza-ção para obter diagramas da situ-ação da superfície do material émuito importante, pois permiteanalisar a cinética dos processos

Por Ivan N.Bastos

ResumoA técnica de espectroscopia

de impedância eletroquímicatem grande utilidade em corro -são, pois é sensível às variaçõestransientes que ocorrem na in -ter face metálica. Apesar demui to usada em corrosão, elaqua se que só é avaliada no po -tencial de corrosão. Isto reduzbastante a ca pacidade de análiseem relação ao efeito do poten-cial aplicado, que de fato é mui -to usado, por exemplo, nas pró -prias curvas de polari zação.Ape nas naqueles poucos traba -lhos que estudam o mecanismode dissolução medem-na empo tenciais diversos do de corro -são. Neste trabalho, são apre-sentados resultados de diagra-mas de impedância obtidospara o aço inoxidável em meiosde 3,5 % NaCl a 25 ºC obtidosem intervalos de 10 mV. Dadaà grande quantidade de dadosgerados, os programas gráficoscomerciais não são capazes deprocessá-los. Assim, foi desen-volvido o programa EIS-Map -per que mostra a evolução dosdiagramas com o potencial. Es -tes mapas foram aplicados parao estudo da corrosão por pite eem frestas de aço inoxidável erevelaram grande sen sibilidadepara detectar a corrosão loca -lizada e acompanhar sua evolu -ção. Os aços inoxidáveis apre-sentam um ângulo de fase ca -rac terístico que se estende porampla faixa de frequência, usu -almente descrito por circuitosequivalentes com elementos defase constante e, quando o piteocorre, este ângulo característi-co se reduz para frequênciaspró ximas a 1 kHz.

Electrochemical impedance maps applied to corrosion

Co-autores:Marco A. A.Kappel, Jorge M.M. L. Filho,Ricardo Fabbri,Roberto P.Domingos

Figura 1 – Controle do potencial aplicado às amostras

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eletroquímicos 2. Os fenômenoseletroquímicos estão fortementedependentes do potencial. Por -tan to, as curvas de polarizaçãoapre sentam a resposta estacioná -ria de um eletrodo, por esse mo -tivo é usada em quase todos osestudos de corrosão. No entanto,na maioria dos estudos de cor-rosão, mede-se a impedância so -mente no potencial de corrosão.

Por isso, eles não correlacionamaspectos das curvas de polariza-ção com os diagramas de impe -dân cia para um dado potencial.

O objetivo desse trabalho foimapear sistematicamente os dia-gramas de impedância eletroquí -mica dentro de uma grande ex -tensão do potencial aplicado. Oprocedimento de medição usadonesse trabalho é o procedimento

clássico, ou seja, mediram-se asimpedâncias aplicando uma ex -cursão em frequência, criando-seum mapa de impedância. Destemodo, há vantagens para a inter-pretação de dados quando todoo espectro está continuamentedis ponível para uma ampla faixade potencial, podendo ser con-frontado com o comportamentodas curvas de polarização. Por -tan to, acreditamos que essa téc-nica facilita a interpretação e oentendimento do comporta -men to da EIE (Espectroscopiade Impedância Eletroquímica)den tro da extensão do potencialao conjugar os comportamentosestacionário e transiente 2, semcom prometer a estacionaridadeda medida.

MetodologiaAmostras de aços inoxidáveis

UNS S30400 foram lixadas atélixa #600, lavadas com água des-tilada, secas com álcool e araque cido e então imersas emmei os aquosos aerados de 3,5 %NaCl a 25 °C. Esta solução si -mu la a água do mar e tem umpH próximo de 6. O contra ele -trodo utilizado nos ensaios foium fio de platina na forma de es -piras e o eletrodo saturado decalomelano (ECS) foi utilizadocomo eletrodo de referência. Pri -meiramente, o sistema foi sub-metido a um circuito aberto du -

Figura 2 – a. Ângulo de fase a diversos potenciais, b. Curva de potencial-corrente obtida durante asmedidas de impedância

a b

Figura 3 – a. Mapa 3D do módulo da impedância de aço inoxidável.b. Mapa 3D do ângulo de fase do aço inoxidável

a

b

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bação de onda senoidal de8 mV, que influi tan to no po -tencial quanto na cor ren te, ain -da que de modo li mi tado. Con -tudo, ela informa os aspectosestacionários do eletrodo, os do -mínios anódico e ca tó dico e mes -mo quando o pite está presente.Assim, é necessário corre lacionaro comportamento es ta cionáriocom os diagramas de im pedân -cia, potencial a po ten cial.

O potencial de corrosão daFig. 2 ocorreu por volta de- 0,15 V (ECS). O espectro defrequência de ângulos de faseconsideravelmente elevado au -men ta à medida que o poten-cial é excursionado desde o po -tencial catódico até o potencialde corrosão. Nota-se um ene-grecimento (típico de ângulospróximos a 90º) que se intensi-fica e amplia na faixa de fre-quência até se atingir o potencialde pite. A partir desse po tencial,o ângulo de fase máximo sereduz para cerca de 40º, e os locide frequência se deslocam paracerca de 1 kHz (Fig. 2a). Noentanto, a Fig. 2a não é a únicaforma de representar o ângulo defase, ele também po de ser repre-sentado de forma tridimensio -nal. O mó dulo da im pedânciatambém po de ser re presentadodessa mesma for ma co mo é apre-sentado na Fig. 3a. As obser-vações anteriores são percebidas

mapas de impedância em ima-gens bi (2D) e tridimensionais(3D). Além dos mapas do mó -dulo da impedância e do ângulode fase, o programa também po -de gerar os sucessivos diagramasde Nyquist. O programa EIS-Mapper.sce pode ser encontradona referência bibliográfica 3 e foiapresentado inicialmente nareferência bibliográfica 4.

Resultados e discussãoNa Fig. 2a (ZP1), é apresen -

ta do o mapeamento do ângulode fase em função do potencialaplicado. O mapeamento mos -tra de forma clara como os dia-gramas de impedância depen-dem do po tencial. Neste caso,80 diagramas foram realizadosde for ma conse cutiva, sendocada separado por intervalo de10 mV em relação ao anterior.A Fig. 2a apresenta um diagra-ma do ângulo de fase do açoinoxidável UNS S30400 e aFig. 2b a resposta da correntemédia em função do potencialregistrado durante as medidasde impedância. A Fig. 2b nãorepresenta a curva de polariza-ção propriamente dita, mas simvalores médios de potencial ecorrente ob tidos durante a rea -li zação dos diagramas (sob con-trole potenciostático). Ela não éa curva de polarização porque élevemente afetada pela pertur-

rante 3600 s para atingir a esta-bilidade. A sequência da curvade polarização potenciostáticacomeçou em -400 mV até400 mV X ECS. Os degraus depotencial estacionário utilizadospara fazer o mapeamento foramde 10 mV. A impedância foimedida depois de um período de100 s de estabilização em cadanovo potencial (degrau). A Fig.1mostra de modo detalhado o queocorre, ou seja, uma hora de cir-cuito aberto seguido de umavarredura da região catódica paraa anódica. A taxa média devarredura do potencial foi70 μV/s, suficientemente baixapara permitir uma medição está -vel em frequências mínimas rela-tivamente altas (f ≥ 0,10 Hz). Sefrequências mínimas mais baixasforem utilizadas, então a taxa devarredura diminui. De qualquerforma, o mapeamento é obtido auma taxa bem menor que aque-las usualmente empregadas nascurvas de polarização.

Devido à grande quantidadede dados dos digramas, cuja pla -nilha completa tem em torno dedez mil pontos, os programasgrá ficos comerciais não têm ca -pa cidade de processá-los. Paracon tornar esse problema, umprograma chamado EIS-Mapperfoi desenvolvido em linguagemScilab 5.4.1. Este programa per-mite a completa visualização dos

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Figura 4 – a. Mapa de impedância de corrosão em fresta, b. Fresta entre metal e resina

a b

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po tencial de corrosão, a superfí-cie se encontra sob o regime anó -dico e uma melhoria consi de -rável pode ser observada no fil -me. O intervalo de frequênciaon de o ângulo de fase é próximode 90° (representado em verme -lho) também muda com o po -tencial, de 10-1 Hz – 101,5 Hz(0,1 Hz – 32 Hz) no potencialde corrosão para 103 Hz –104 Hz (1 kHz – 10 kHz) após opotencial de pite. O ângulo defase se reduz para aproximada-mente 20º com o pite. A locali -zação espacial dos sítios de cor-rosão também identifica o inter-valo de frequência característicaassociado a esses fenômenos.

Segundo nossos resultados,amostras cujo ângulo de fase seestreita de forma suave e contí -nua em baixos potenciais, comgeometria triangular, estão asso-ciadas à frestas. Também podeser observado que os ângulos va -riam entre ângulos médios e bai -xos, nunca se aproximando de90°. Esse comportamento podeser observado na Fig. 4, que éum exemplo de uma amostraque não sofreu corrosão por pite,mas sim em fresta. No presentecaso, a fresta foi produzida artifi-cialmente, mantendo-se aberta aregião do metal e resina.

Por outro lado, comporta-mentos bastante distintos po -dem ser observados em amostras

a men te para potenciais mais no -bres dentro da faixa de passiva -ção (ver Fig. 3a). Quando o po -tencial anódico aumenta, a qua -li dade do filme também au -menta, mesmo em relação ao po -tencial de corrosão. No entanto,é esse aumento de potencial queé a força motriz para a quebra dofilme. No outro lado da escala depotencial, os baixos potenciaises tão relacionados à intensidadedo processo catódico, uma vezque os aços não corroem e a im -pedância retrata a intensidade doprocesso catódico que ocorre nasuperfície do eletrodo. Após o

de mo do semelhante.Na Fig. 3b pode ser observa-

do que para os potenciais de- 0,4 V a 0,2 V (ECS) a superfí-cie do mapa é plana, típica dosaços inoxidáveis. Esse plateau éque justifica o uso de circuitosequi valentes com componentesteóricos com fase constante(CPE – Constant phase electrode).No potencial de 0,15 mV (ECS)é o potencial em que ocorre acorrosão por pite. Nota-se que asu perfície apresenta melhorespro priedades com o aumento dopo tencial, da região catódica pa -ra a anódica, e melhora con ti nu -

Figura 5 – Mapa de impedância de corrosão por pite sob a forma deNyquist

Figura 6 – a. Ângulo de fase e b. Módulo superpostos à curva de polarização

a b

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Ivan Napoleão BastosEngenheiro metalúrgico. D.Sc., Professorassociado da UERJ. Coordenador doLaboratório de Corrosão.

Marco André Abud KappelEngenheiro de Computação pela UERJ.Cursa doutorado em ModelagemComputacional com aplicação de técnicasavançadas de otimização e inteligênciacomputacional em problemas de corrosãoeletroquímica.

Jorge Morvan Marotte Luz FilhoAluno de iniciação científica. Cursaengenharia mecânica na UERJ.

Ricardo FabbriEngenheiro de computação. Ph.D.,Professor adjunto da UERJ.

Roberto Pinheiro DomingosEngenheiro eletricista. D.Sc., Professoradjunto da UERJ.

Contato com o autor:[email protected]

espalham por uma ampla faixade frequência e por uma ele-vação da magnitude da im pe -dância. Quando ocorre o pite,há uma abrupta queda da mag-nitude, uma redução para cercade metade do ângulo de fase e,mais significativo, um desloca-mento para região de alta fre-quência, centrado em cerca de1 kHz. Adicionalmente, foi pos-sível observar a diferença decomportamento dos mapas deamostras que sofrem corrosãoem fresta para as amostras quesofrem corrosão por pite. Nacor rosão em fresta, observa-seum ângulo de fase de geometriatriangular atingindo o potencialde corrosão em potenciais mui tobaixos e com formato triangular.

Referências bibliográficas1. M. E. ORAZEN, B. TRIBOLLET.

Electrochemical impedance spectroscopy.John Wiley & Sons, Inc., USA, 2008.

2. S. WOLYNEC. Técnicas eletroquími-cas em corrosão. EDUSP, São Paulo,2003.

3. Disponível em www.labcor.iprj.uerj.br.Acesso em 30/5/2014.

4. I. N. BASTOS, M. P. M. CARVAL-HO, R. FABBRI, R. P. NOGUEIRA.Visualization of EIS at large potentialrange – new insights. eprint arXiv:1310.1629, Cornell UniversityLibrary, 2013.

que sofrem a corrosão por pite.Por exemplo, o comportamentoda amostra após o potencial depite, perde toda a sua suavidade.Esse comportamento pode ser vi -sualizado na curva de polarizaçãoaproximadamente no potencialde -0,15 mV X ECS e tambémpode ser observado no ma pa defase, representados na Fig.5.

A Fig. 6a representa um ma -pa de impedância com uma cur -va de polarização superposta, oque permite mostrar a adequa -ção dos mapas para a determi-nação do potencial de pite. NaFig. 6b, podemos observar o mó -dulo e a região onde ocorre o piteno qual é de baixo valor. Nosma pas da Fig. 6, fica fácil obser-var o potencial em que ocorre acorrosão por pite e que ele coin-cide com o potencial mos tradopela curva de polarização.

ConclusõesForam levantados mapas de

impedância eletroquímica deaços inoxidáveis de modo con-tínuo para uma grande faixa depotencial aplicado. Percebe-seclaramente que para potenciaismais anódicos, as característicasdos diagramas de impedânciasão sucessivamente melhoradas,levando em conta os ângulos defase próximos de 90º que se

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Artigo Técnico

Efeito da incorporação de partículasde sílica em revestimentos de Zn

The characteristics of the polymer-ic film such as adhesion to the zinccoating, porosity, degrees of rustingand blistering were investigated.The incorporation of silica parti-cles in the zinc coating promotedgood adhesion to the polymericcoating. The combination of thetwo types of coatings, zinc with sil-ica particles and polymeric layer,provided good corrosion resistanceto the AISI 1010 steel substrateshowing that this could be analternative coating for the protec-tion of steels in environments ofmild corrosiveness.

IntroduçãoA partir dos anos 80, houve

um aumento significativo no usoindustrial de chapas eletrozinca -das. Todavia, aspectos relaciona-dos ao desempenho frente à cor-rosão não atendiam completa-mente aos requisitos de durabili-dade. Com o objetivo de aumen-tar a resistência à corro são, umacamada de passivação à base deíons cromo hexavalente vinhasen do aplicada sobre o re vesti -men to metálico 1. Recen te men -te, as chapas eletrozincadas passi-vadas passaram a ser revestidascom uma camada de tinta, o queconferiu proteção anticorrosivaadicional 2-4.

No Brasil e no mundo, existeatualmente uma grande preocu-pação em eliminar o íon cromohexavalente dos banhos de ele -tro deposição e passivação, devi-do à sua toxicidade. Para isso,tem sido fundamental a buscapor alternativas que não sejamdanosas ao meio ambiente 5,6.

Em relação à proteção oriun-da de filmes poliméricos ou tin-tas anticorrosivas, diretrizes eu -

ro péias, sempre atentas aos as -pec tos ecológicos, aprovaram li -mi tes no emprego e emissão, ematmosfera, de solventes orgânicosvoláteis para a maior parte dosse tores industriais que efetuamciclos de pintura. Para atenderaos limites estabelecidos de com-postos orgânicos voláteis, foramincrementadas algumas tecnolo-gias já existentes, tais como astin tas de altos sólidos, sem sol-ventes e as de base aquosa 7,8.

Nesse contexto, este trabalhovisa caracterizar morfológica equimicamente, além de avaliar aresistência à corrosão de um re -vestimento de zinco contendopartículas de sílica, bem comosua aderência a um filme poli mé -rico obtido a partir de umaemul são poliuretânica com baixoteor de solvente. As propriedadesdo filme polimérico também fo -ram avaliadas com base nos parâ -metros de aderência ao revesti-mento de zinco com partículasde sílica, porosidade, grau decor rosão e empolamento. A re -sistência à corrosão do revesti-mento de zinco, com e sem ofilme polimérico, foi investigadapor espectroscopia de impedân-cia eletroquímica (EIE) em solu -ção 0,05 mol/L de NaCl.

MetodologiaChapas de aço AISI 1010 nas

dimensões de 75 mm x 100 mmx 0,1 mm foram eletrogalvaniza -das industrialmente, a partir deum eletrólito contendo íons zin -co e nanopartículas de sílica emmatriz polimérica, com densida -de de corrente de 2 A/dm2 etemperatura de (22 ±3) °C. Essasamostras foram identificadas co -mo ZP.

Por Célia R. T.dos S. Catuogno

ResumoNeste trabalho, o efeito da

incorporação de partículas de sí -lica em revestimentos de zincona morfologia, composição quí -mi ca, resistência à corrosão eade rência a revestimento poli mé -rico poliuretânico de baixo teorde solvente foi investigado. A re -sistência à corrosão do revesti-mento de zinco, com e sem ofilme polimérico, foi investigadapor espectroscopia de impedân-cia eletroquímica em solução0,05 mol/L de NaCl. As pro-priedades do filme poliméricofo ram avaliadas, determinando-se os parâmetros de aderência aorevestimento de zinco, porosida -de, grau de corrosão e empola-mento. As partículas de sílica in -corporadas ao revestimento dezinco promoveram boa aderên-cia com filme polimérico. Acom binação dos dois tipos derevestimento, zinco com partícu-la de sílica e camada polimérica,proporcionou boa resistência àcorrosão do substrato de açoAISI 1010, mostrando que estapode ser uma alternativa parapro teção de aços carbono em am -bientes de média agressividade.

AbstractIn this work, the effect of the

incorporation of silica particles onthe morphology, chemical compo-sition, corrosion resistance andadhesion to a polymeric coatingobtained from a polyurethaneemulsion with low solvent contentwas investigated. The corrosion re -sistance of the zinc coating, eitherwith or without the poly urethanefilm, was evaluated by electro-chemical impedance spectroscopyin a 0.05 mol/L NaCl solution.

The effect of the incorporation of silica particles on Zn coating

Co-autores:Cecilia I. Elsner,Alejandro R. DiSarli e IsoldaCosta

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C & P • Maio/Julho • 2014 21

Características da emulsão poliuretânica HP1001 Unidadesdensidade (ASTM D 475) 1,02 g/cm3

teor de sólidos (DIN 532 19) 33,6 % v/vviscosidade a 20 °C (ASTM D-1200) 18

absorção de óleo pelo pigmento TiO2 (ASTM D 281) 24 g óleo / 100g de pigmentoComposição da tinta obtida em uma Unidades

dispersora de alta velocidadeteor de pigmento 15,25 %

teor de sólidos na emulsão (polímero de poliuretano) 28,47 %aditivos reológicos 0,30 %aditivos coalescente 0.11 %

água q.s.p. 100 cm3

Composição da tinta líquida Unidadesdensidade 1,05 g.cm-3

teor de sólidos 30,66 % v/vconcentração do volume do pigmento (PVC) 10

rendimento da tinta para obter 100 μm de espessura de camada 3 m2.L-1

viscosidade Stormer à 20 °C 76condições de cura 24 h em laboratório à temperatura

ambiente + 2 h à 80 °Cmétodo de aplicação pincel

TABELA 1 – CARACTERÍSTICAS DA TINTA POLIURETÂNICA UTILIZADA

A preparação da superfíciedo eletrozincado para aplicaçãoda camada polimérica consistiude desengraxe com acetona ecom álcool seguido de enxáguecom água destilada para remo -ver im purezas e óleos presentesna superfície.

Uma emulsão poliuretânicapigmentada com TiO2 (rutilo) emicropartículas de sílica combaixo teor de solvente foi utiliza-da e aplicada manualmente, comauxílio de pincel, formando umfilme polimérico sobre a amostraZP. O processo de secagem e cu -ra consistiu em deixar as amos -tras à temperatura ambiente por24 h e, depois, 2 h em estufa a80 °C. Essas amostras foramidentificadas como ZPP.

As características da tinta po -li uretânica foram fornecidas pelofabricante e estão indicadas naTabela 1.

A caracterização morfológicada camada de zinco, ZP, foi reali -zada por microscopia eletrônicade varredura (MEV) utilizandoum microscópio eletrônico Phi -lips SEM 505 com sistemaADDAII. A composição semi-

quan titativa da camada foi obti-da por espectroscopia de disper-são de energia de raios X (EDS)com detector de Si e energia de20 keV.

A homogeneidade da camadade zinco (ZP) e a espessura fo -ram avaliadas fraturando a amos -tra em nitrogênio líquido e ob -ser vando a secção transversal viaMEV, conforme norma ASTM

B487-85(2007) 9. A espessurado filme polimérico seco (ZPP)foi medida com auxílio do medi-dor digital Elcometer 300, con-forme norma ISO 2808:2007(método 6A) 10.

Os ensaios de EIE foram rea -li zados em potencial de circuitoaberto, com taxa de aquisição de10 pontos por década no inter-valo de frequência de 105 Hz a

Figura 1 – Micrografia da superfície do revestimento de zinco contendonanopartículas de sílica dispersas em matriz polimérica (ZP)

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quantitativa da superfície dasamostras ZP obtidas via MEV/ -EDS. Observa-se presença dezinco, partículas de silício e algu-mas impurezas.

As Figuras 1 a 3 permitemobservar que partículas de silício,as quais foram adicionadas aobanho de zinco para melhorar ocomportamento tribológico dorevestimento, estão dispersas namatriz polimérica.

As Figuras 4 e 5 mostram osespectros de Bode (ângulo defase e módulo de Z) para asamostras ZP e ZPP respectiva-mente, após três dias de imersãoem solução 0,05 mol/L de NaCl.Resultados de EIE para temposmaiores de imersão são mostra-dos na Figura 6.

Na Figura 4(a) observa-seque o valor de módulo de im -pedância, |Z|, em baixa frequên-cia, 0,02 Hz, diminui em umaordem de magnitude entre ashoras iniciais e 1 dia de imersãona solução agressiva. Entre 1 e 3dias, a impedância mostra-se umpequeno aumento, mantendo-serelativamente estável, com valo -res de |Z| em torno de 103 Ω.Estes resultados sugerem o ata -que do substrato metálico e aformação de produtos de cor-rosão insolúveis. Os diagramasde ângulo de fase de Bode (Figu -ra 4(b)) apoiam esta hipótese, aomostrar modificações ao longodo tempo na região de médiasfrequências (10 Hz a 103 Hz).Em altas frequências, a razoávelestabilização no valor de |Z| após1 dia de imersão, sugere que asmudanças que ocorrem na su -perfície não influenciam na açãoprotetora do revestimento. A in -dicação da presença de três cons -tantes de tempo é indicada naFigura 4(b). Esta mostra tambémque após 1 dia de imersão, umaconstante de tempo parece terdesaparecido sugerindo que orevestimento não é compacto. Épossível que as partículas de sílicaestejam facilitando a penetração

forme ASTM D 5162-08 12

aplicando uma voltagem de2500 V com um ElcomiterHolitecto, e;

• avaliação visual do grau de cor -ro são e empolamento, confor -me ASTM D610-08 13 eASTM D714-02(2009) 14,respectivamente.

Resultados e discussãoO revestimento de zinco con-

tendo nanopartículas de sílicadispersas em matriz polimérica(identificado como ZP) apresen-tou-se fosco e com coloraçãocinza e a espessura da camada dezinco estava na faixa (12 ±2) μm.

A Figura 1 mostra a morfolo-gia da superfície do revestimentode zinco contendo nanopartícu-las de sílica dispersas em matrizpolimérica ZP. Pequenas partícu-las esféricas com forte tendênciaem formar aglomerados, são ob -servadas no revestimento. A sec -ção transversal deste revetimentoé mostrada na Figura 2. Ob -serva-se uma camada homogê -nea com partículas inorgânicasin corporadas no revestimento dezinco.

A Figura 3 mostra a morfolo-gia e composição química semi-

10-2 Hz, amplitude AC de 8 mVe, com área exposta de 15,9 cm2,à temperatura de (22 ± 3) °C.Foi utilizado um potenciostato/ -gal vanostato Omnimetra PG-19A acoplado a um frequen cí -metro Solartron 1255, ambosge renciados pelo programaZPlot®. As medidas foram reali -zadas em solução 0,05 mol/L deNaCl, à temperatura de(22 ±3) °C, utilizando uma célu-la eletroquímica de três eletro-dos: eletrodo de referência de ca -lo melano saturado (ECS), umarede de Pt-Nb como contra-ele -trodo e o material em estudo co -mo eletrodo de trabalho. O po -tencial de corrosão foi medidoapós o ensaio de EIE de forma aconfirmar que a variação fosse≤ 5 mV em relação ao potencialinicial. Os ensaios foram realiza-dos dentro de uma gaiola de Fa -ra day minimizando assim qual-quer interferência externa.

Nas amostras ZPP foram rea -lizados os seguintes ensaios, antese após os ensaios de imersão:• avaliação da adesão do filme

polimérico ao revestimento dezinco, conforme ASTM D3359-09e2 11;

• avaliação da porosidade, con-

22 C & P • Maio/Julho • 2014

Figura 2 – Micrografia da secção transversal da superfície dorevestimento de zinco contendo nanopartículas de sílica dispersasem matriz polimérica (ZP)

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do por sua oxidação para íonsZn(II), solúveis. A extensão da o -cor rência destes processos de pen -de do potencial do eletrodo 19.

As Figuras 6 ((a) e (b)) mos -tram diagramas de Nyquist paraas amostras ZP e ZPP, respectiva-mente, obtidos em solução0,05 mol/L de NaCl para tem-pos maiores que três dias deimersão.

Diferentes estudos têm mos -trado que a perda da aderênciado filme polimérico coincidecom a presença de água na inter-face metal/revestimento 20-22. Oensaio de aderência foi realizadocom auxílio de uma fita adesivapadronizada para classificar, de 0a 5, as amostras. O valor zerocorresponde a uma adesão fraca ecinco uma adesão forte. O en -saio de aderência foi realizadonas amostras ZPP, antes e depoisdo ensaio de EIE, de acordo coma norma ASTM D3359-09e2 11.Ao final, as amostras foram re-inspecionadas e re-classificadas.

Os resultados obtidos foram:

ZP mostrou duas constantes detempo claramente separadas,des de os 5 dias de ensaio, masalgumas delas se sobrepõem após7 dias de exposição. Entretanto,para a amostra ZPP, Figura 6(b),foi observado um comporta-mento puramente capacitivo, ca -racterístico de uma película bar-reira, altamente eficaz, até 16dias de ensaio. Logo após, umarco capacitivo bem definido foiobservado. Com o tempo obser-va-se a diminuição da impedân-cia. A capacitância dielétrica dofilme polimérico aumenta gra -du almente devido à permeaçãoda solução do eletrólito e, comoresultado, a capacidade de pro-teção é reduzida.

O arco capacitivo a baixasfrequências pode ser associado areações que ocorrem na superfí-cie do zinco 16. De acordo comCachet et al. 17,18, o processo dedissolução de zinco envolve umaetapa reversível com um inter-mediário de íons Zn(I) adsorvi-dos na superfície de zinco, segui-

do eletrólito no interior do reves-timento e instaurando um pro -ces so de degradação na interfacerevestimento/substrato 15.

As Figuras 5 ((a) e (b)) mos -tram os diagramas de Bode (ân -gulo de fase e módulo de Z) paraa amostra ZPP após 3 dias deimersão em solução 0,05 mol/Lde NaCl.

Na Figura 5(a) observam-selinhas retas com declive próximoa 1. O valor de |Z|, a média fre-quência, é superior a 105 Ω e osvalores de ângulo de fase perma -necem próximo a 90° em todafaixa de frequência investigada(Figura 5(b)). Esses resultadosindicam que o revestimentoapre senta boas propriedades debarreira e o substrato é protegidocontra a corrosão.

O monitoramento do com-portamento eletroquímico daamostra ZP foi realizado por EIEaté 12 dias de imersão (Figura6(a)) e, para a amostra ZPP, até69 dias (Figura 6(b)). O diagra-ma de Nyquist para a amostra

C & P • Maio/Julho • 2014 23

Figura 3 – MEV da superfície da amostra ZP mostrando partículas de silício distribuídas no revestimento eespectros EDS de várias regiões da superfície

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ConclusõesAs partículas de sílica pre-

sente em uma matriz poliméricae incorporadas ao revestimentode zinco proporcionaram boaaderência do filme poliméricosem a necessidade de camada depassivação sobre o revestimentode zinco. A espectroscopia deim pedância eletroquímica per-mitiu caracterizar eletroquimica-mente os revestimentos de zincocom partículas de sílica (ZP) eeste mesmo revestimento comcamada polimérica em cima(ZPP) e a evolução deste com-portamento com o tempo deensaio. Os resultados indicaramque a combinação dos dois reves-timentos, camada de zinco compartículas de sílica e camada po -li mérica, adequadamente apli-cadas, pode ser uma alternativapara proteção do aço AISI1010quando submetido a condiçõesde exposição em ambientes razo -avelmente corrosivos.

AgradecimentosOs autores agradecem a Co -

misión de Investigaciones Ci en -tíficas de la Provincia de Bue nosAires (CICPBA), Conse jo Na -cio nal de Investigaciones Ci en tí -ficas y Técnicas (CONI CET) e aUniversidad Nacional de La Pla -ta, Argentina, pelo su porte fi nan -ceiro concedido a essa pesquisa.

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4. ROSALES, B.M., DI SARLI, A.R.,

nui a temperatura de transiçãovítrea (Tg).

Ensaios para determinação deporosidade do revestimento fo -ram realizados, antes e após osen saios de EIE, de acordo com anorma ASTM D5162-08 12.Nenhum poro foi detectado a2500 V. Isto indica que toda asuperfície da estrutura poliméricaexibe continuidade adequada eesta não foi modificada durante oensaio de imersão.

Inspeção visual nas chapaseletrozincadas e pintadas (ZPP),antes do ensaio de EIE, não evi-denciou nenhum empolamentoou grau de corrosão. Após 69 diasde exposição em solução0,05 mol/L de NaCl os valoresmédios de formação de bolhas egrau de corrosão, de acordo comas normas ASTM D714-02(2009) 14 e ASTM D610-08 13, foram 10 e 10, respectiva-mente. Esses valores sugerem quea amostra ZPP, após o ensaio deEIE, não apresenta deterioraçãocapaz de ser detectada a olho nu.

• antes da imersão, o valor deaderência foi 5B (porcentagemde área removida = 0);

• depois da imersão, o valor deaderência foi 4B (porcentagemde área removida < 5, dentro efora da célula).

A diminuição da aderência(delaminação) na interface filmepolimérico/revestimento de zin -co pode ser atribuída à quebra deligações químicas entre a camadade polímero e a superfície do re -vestimento de zinco, efeito co -nhecido como “aderência úmi -da”. Esse efeito tem sido rela-cionado com rearranjos na estru-tura do filme devido à pressão daabsorção de água 22, bem comoao caráter fortemente dielétricoda água, que atua como um plas-tificante e pode modificar as for -ças intermoleculares coesivas. Es -te último tipo de plastificação éparticularmente muito impor-tante em revestimentos anticor-rosivos uma vez que o aumentoem oxigênio, água e íons quepermeiam o revestimento, dimi -

24 C & P • Maio/Julho • 2014

Figura 4 – Diagramas de (a) módulo de Z vs. log frequência, e (b)ângulo de fase de Bode para a amostra ZP, após 3 dias de imersão emsolução 0,05 mol/L de NaCl

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Célia R. Tomachuk dos S. CatuognoDoutora na área de materiais e processos defabricação pela UNICAMP com pósdoutorado realizado na UNICAMP,Università degli Studi di Napoli, “FedericoII”, e no IPEN. Professor Doutor noDepartamento de Ciências Básicas eAmbientais da Escola de Engenharia deLorena da USP, Lorena, SP.

Cecilia I. ElsnerDoutora pela Universidad de Rennes I,França, Pesquisadora do CONICET,Professora Titular da área de eletroquími-ca na Faculdade de Engenharia de LaPlata, UNLP, Vice-diretora Centro deInvestigaciòn y Desarollo en Tecnologia dePinturas – CIDEPINT (CICPBA –CCT CONICET La Plata).

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C & P • Maio/Julho • 2014 25

Figura 5 – Diagramas de Bode (a) módulo de Z e (b) ângulo de fasepara aço com revestimento de zinco com partículas de sílica e camadapolimérica (ZPP), para três dias de imersão em solução 0,05 mol/Lde NaCl

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Alejandro R. Di SarliDoutor pela UNLP, Pesquisador Sêniorno Centro de Investigaciòn y Desarollo enTecnologia de Pinturas – CIDEPINT(CICPBA – CCT CONICET La Plata),La Plata, Argentina.

Isolda CostaDoutora pela University of ManchesterInstitute of Science and Technology, noCorrosion and Protection Centre(UMIST). Pesquisadora na área de cor-rosão no Centro de Ciências e Tecnologia deMateriais do Instituto de PesquisasEnergéticas e Nucleares (IPEN/CNEN-SP).

Contato com a autora:[email protected]

Figura 6 – Evolução do comportamento eletroquímico indicado por dia-gramas de Nyquist em função do tempo de imersão em solução 0,05 mol/Lde NaCl para amostra com revestimento de zinco com partículas de sílica(amostra ZP) (a) e amostra ZP com camada polimérica (ZPP)

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Artigo Técnico

Uso da técnica de espectroscopia noinfravermelho para avaliação de tintascom características anti-incrustantes

additive usually used for its anti-corrosive and anti-fouling proper-ties in different marine paints.However, this oxide has some toxi-city to marine organisms and canpromote environmental problems.The incorporation of EPS in paintsbased on copper oxide can reduceits contents, since both anti-foulingcharacteristics should be present.Another possibility is to incorporatepolymers which show anticorrosivecharacteristics, as paint based onniobium oxide. The objective ofthis study was to evaluate the func-tional groups present in coatingsbased on copper and niobiumoxides, with exo polysaccharides(EPS) as a biocide, exposed to syn-thetic seawater and post-salt andpre-salt water production.

IntroduçãoSegundo a International

Ener gy Agency, o Brasil será oterceiro maior fornecedor de pe -tróleo até 2035 (Pottmaier et al.,2013). Entretanto, a exploraçãona região do pré-sal pode permi-tir que o Brasil se torne o maiorprodutor mundial de petróleo egás natural. Ainda segundo aIEA, a Petrobras tem planos deproduzir 3,95 milhões de barrisde petróleo por dia em 2020,sendo que 1,08 milhões (27 %)serão provenientes dos reserva -tórios do pré-sal. Desta forma,há uma necessidade para desen -vol ver tecnologia e reduzir custospara exploração e produção noscampos maduros e reservatóriosdo pré-sal.

Estruturas metálicas off-shore,tais como navios e plataformasestão sob constantes ataques no

ambiente marinho (Chambers etal., 2006). Estes materiais pre-cisam ser protegidos de elemen-tos chaves neste ambiente, tal co -mo água salgada, ataque biológi-co e variações na temperatura.

Os revestimentos orgânicos epelículas poliméricas são ampla-mente utilizados para protegerdiferentes substratos metálicos nomeio marinho, sendo capazes deaumentar a resistência à perme-ação de água e diminuir a difusãode íons (Armelin et al., 2009).Para um desempenho con fiável,pigmentos de óxidos inorgânicosque retardam o pro cesso corrosi-vo e biocidas são in corporados àformulação destes revestimentos,sendo liberados no meio ambi-ente gradativamente com a evo -lução do desgaste do material,ocasionando graves problemas decontaminação ambiental (Bellot -ti et al., 2012).

Por quase um quarto de sé -culo, as tintas anti-incrustantes abase de tributil-estanho têmproporcionado uma excelenteeco no mia e eficiência na pro-teção das estruturas metálicas noam biente marinho (Monfared& Sharif, 2008). No entanto, apartir do século 21, o uso decompostos organo-estânicos foiproi bida pela IMO – Organi -zação Marítima Internacional,de vido ao seu alto impacto am -biental (IMO, 2008). Essa proi -bição ge rou um grande desafiopara a in dústria de tintas mari -nhas na busca por um sistema depintura que possa substituir oscompostos derivados de estanhomantendo a seu desempenho eque atendam as exigências nor-

Por Rodrigo deS. Melo

ResumoOs exopolissacarídeos (EPS)

são uma classe de polímeros na -tu rais renováveis, que apresen-tam propriedades anti-incrustan -tes, podendo ser utilizado co mouma alternativa para os aditivosconvencionais atualmente utili -zados em tintas anticorrosivas. Oóxido de cobre é um aditivo ge -ralmente utilizado devido às suaspropriedades anticorrosivas e an -ti-incrustantes em diferentes tin-tas marinhas. No entanto, esteóxido apresenta toxicidade paraalguns organismos marinhos epo de promover problemas ambi-entais. A incorporação de EPSem tintas à base de óxido decobre pode reduzir o seu conteú-do, uma vez que ambas as carac-terísticas anti-incrustantes estari-am presentes. Outra possibilida -de é incorporar os polímeros auma tinta que apresenta apenascaracterísticas anticorrosivas, talcomo as tintas à base de óxido denióbio. O objetivo deste estudofoi avaliar os grupos funcionaispresentes em revestimentos, àba se de óxido de cobre e à basede óxido de nióbio, modificadosou não pela incorporação de exo -polissacarídeos (EPS) como bio-cida e expostos a água do marsin tética e águas de produção dopós-sal e pré-sal.

AbstractThe exopolysaccharides (EPS)

are a class of renewable naturalpolymers that exhibit anti-foulingproperties and can be used as analternative to conventional addi-tives currently used in anti-corro-sive paints. Copper oxide is an

Using the technique of infrared spectroscopy for evaluation of paints with anti-fouling characteristics

Co-autores:Simone L. D. C.Brasil, AricelsoM. LimaverdeFilho, Ladimir J.de Carvalho, CidPereira e OdaraR. B. Melo

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Constituinte Concentração (g/L)Na2SO4 2,8266CaCl2 0,8374

MgCl2.6H2O 7,4714KCl 0,487NaCl 23,3780

TABELA 1 – CONSTITUIÇÃO DA ÁGUA DO MAR SINTÉTICA (CENPES, 2001)

Pós-Sal Pré-SalConstituinte Concentração (g/L) Constituinte Concentração (g/L)

Acetato 0,663 Boro 0,216Alcalinidade Total 0,933 Bicarbonato 0,303

Bário 0,019 Bário 0,041Bário Total 0,021 Brometo 0,46

Cálcio 4,26 Cálcio 3,37Cloreto 58,587 Cloreto 109,257

Estrôncio 0,435 Estrôncio 2,31Ferro 0,0081 Lítio 0,047

Ferro Total 0,011 Ferro Total <0,001Magnésio 0,393 Magnésio 0,276Potássio 0,386 Potássio 2,44

Salinidade 96,582 Salinidade 180,282Sódio 35,3 Sódio 6,669Sulfato 0,062 Sulfato 0,09

Formiato 0,001Manganês 0,0014

Sulfeto 0,0003

TABELA 2 – CONSTITUIÇÃO DAS AMOSTRAS DO PÓS-SAL E DO PRÉ-SAL *

* Dados cedidos pelo CENPES – Petrobras

mativas atuais e futuras (Yebra etal, 2004).

A absorção de água em tintasquimicamente ativas é determi-nada pela quantidade de gruposhidrofílicos ou hidrolisáveis naestrutura química dos seus cons -tituintes. Desta forma, a avali-ação dos grupos funcionais queatuam como barreira em relaçãoà permeação da água nos revesti-mentos anti-incrustantes, é mui -to importante, pois a presença desolução aquosa na tinta pode ati-var a dissolução dos pigmentos ea hidrólise de diferentes ligaçõesmudando o comportamentoquí mico do biocida com o passardo tempo, sendo um dos princi-pais critérios para avaliar o efeitoprotetor de revestimentos anti-incrustantes (Bressy et al., 2009).

Visando a substituição decom postos organo-estânicos co -mo anti-incrustantes, foi realiza-da uma pesquisa em busca desubstâncias naturais que pudes -sem ter a mesma atuação sobre asincrustações geradas em superfí-cies metálicas imersas em água domar e que não fossem nocivas aomeio ambiente. Nesse sentido, se -gundo Roux et al. (2010) pes -quisas mostraram que exopo lis -sacarídeos (EPS) produzidos pormi crorganismos mostram pro pri -edades anticorrosivas e an ti-in -crus tantes. Desta forma, a in cor -poração dos EPSs em tintas po deser uma alternativa na pro du çãode revestimentos anti-in crus tantescom características me nos nocivasao meio ambiente.

O objetivo deste trabalho foi

avaliar os grupos funcionaispresentes em dois revestimen-tos, sen do um anticorrosivo eanti-incrustante à base de óxidode cobre (Cu2O), utilizado emlarga escala pela indústria detintas e o outro revestimentoanticorrosivo à base de óxido denióbio (Nb2O5). Os revesti-mentos fo ram modificados pelaincorporação de exopolissacarí -deos (EPS) como biocida natu-ral e expostos à água do marsin tética e águas de produçãodo pós-sal e pré-sal.

MetodologiaA cianobactéria, Phormidi um

sp., foi coletada em ambientehipersalino e aclimatada às con -dições laboratoriais através deum gradiente decrescente de sa -linidade para obtenção de cul-tura axênica em meio BG-11.Após 20 dias de cultivo, com oobjetivo de retirar impurezas as -sociadas ao EPS, a biomassa foisujeita à extração em Soxhlet70 ºC / 2 h, usando uma mistu-ra de 1:1 de clorofórmio e me -tanol para remover os lipídios.Subsequentemente, o EPS conti-

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Espectroscopia de Infraverme -lho com Transformada de Fou -rier – FTIR nos corpos de pro -va contendo os diferentes reves-timentos propostos (ver tabela3), para determinar os gruposfuncionais, através da confec -ção de pastilhas sólidas con-tendo 1 mg da amos tra e100 mg de KBr. Para ob tençãodos espectros, foram aplicadoscomandos, normalmente permi-tidos para a melhora da apresen-tação das absorções, tais co mo:alinhamento de linha de base(FLAT), expansão de bandas(ABEX) e suavização de ruídos(SMOOTH), utilizando-se fa to -res adequados e permitidos pe loespectrofotômetro utilizado.

são nos fluidos de processo foisomente após 10 dias da apli-cação, de forma a garantir com-pleta secagem da tinta.

De forma a avaliar se há algu-ma alteração nos grupos fun-cionais presentes na composiçãodas tintas produzidas, os corposde prova revestidos foram imer-sos em três tipos de fluidos: águaproduzida de reservatórios dopós-sal, do pré-sal e água do marsintética, conforme tabelas 1 e 2,por um período de 144 dias. Assoluções foram previamente este -ri lizadas e, para tanto, foram au -toclavadas à temperatura de120 °C por 15 minutos.

Antes e após o período deimersão, foi realizada a análise

do na cultura e na biomassa foiextraído por catálise alcalina,sen do recuperado com etanolab soluto, durante 24 h a -20 ºC(Melo, 2008).

A fim de incorporar os EPSnas tintas à base de Cu2O eNb2O5, o EPS foi seco utilizandoum sistema de aquecimento sobpressão reduzida. Subsequen te -mente, o polímero foi incorpora-do à matriz das tintas por agi-tação mecânica.

Os corpos de prova de aço-carbono AISI 1020 com 2 cm2

de área total, foram tratados deforma a remover óxidos e im pu -rezas, através de limpeza mecâni-ca e química. Duas camadas detintas foram aplicadas e a imer-

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Picos de FTIR Atribuições de Pico1a 1b 1c 1d

3676 3672 3681 3658 Deformação axial de O – H “livre”, isto é, que não participade ligação de hidrogênio

– 3565, 3453 – – Deformação axial assimétrica e simétrica de aminas primáriasdo N – H não associado.

– – – 3467 Deformação axial de N – H “livre” em amida secundária;– 3233 – 3280 Deformação axial de O – H quelato;– – 3063 3056 Deformação axial de C – H de aromáticos;

1726 1678 1730 1654 Deformaçãoaxial de C = O;– – 1657 - 1508 1606 - 1463 Vibrações das ligações C = C de aromáticos;

1585 1608 – – Deformação axial de C = C;1470 1437 – – Deformação angular de C – H simétrica (-CH2-);

1364 1361, 1244 Deformação axial de C – O de fenóis;1407 - 1360 1390 - 1324 1317 1303 Deformação angular de C – H assimétrica (-CH3);

– – 1184 1185 - 1084 Deformação axial de C – O de álcool terciário e secundário;1045 1045 – 1041 C – O álcool primário945 853 – – Deformação C – H para fora do plano;– – 833 828 2 H adjacentes (anéis aromáticos para-substituídos

e 1,2,3,4-tetrasubstituídos);776 756 – – Deformação angular de grupos etila;

< 630 < 616 – < 679 Interação dos metais com grupos orgânicos;

TABELA 4 – ATRIBUIÇÃO DOS PICOS PARA O FTIR DAS AMOSTRAS ANTES DA IMERSÃO EM SOLUÇÕES SALINAS

Corpos de Prova Sem exposição Após 144 dias de exposiçãoÁgua do Mar Pós-sal Pré-sal

Tinta Cu2O x x x xTinta Cu2O + EPS x x x x

Tinta Nb2O5 x x x xTinta Nb2O5 + EPS x x x x

TABELA 3 – SISTEMAS ANALISADOS POR FTIR

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demonstrou que não houve mo -dificação na resina base da tinta.

Após 144 dias de exposiçãoà água do mar sintética e a flui-do de processo do pós-sal e pré-sal, o comportamento das tintassão apresentados nas figuras 2,3 e 4, respectivamente. Em to -dos os sis temas estudados, ob -ser va-se que, após o desgastedos revestimentos na ausência epresença de EPS, ocorre um in -cremento significativo de gru-pos funcionais.

Os revestimentos de óxido decobre com ou sem EPS na for-mulação apresentam o mesmoperfil de degradação do materialnos diferentes meios utilizados.Entretanto, na presença de EPShá uma indicação da formaçãode um polímero de OH- e a for-mação de ligações –CH2-Cl naregião (800 – 600). Associado aisso, grupos metila e metilenospassam a ser observados no es -

óxidos nas tintas por ligações decoordenação. Os grupos nitroge-nados, tais como amina e ami-das, são adicionados às tintas deCu2O e Nb2O5, respectivamenteapós a incorporação do EPS. Adiferença observada nas atribui -ções dos picos das carbonilas estárelaciona a presença dos gruposnitrogenados fornecidos peloEPS. Além disso, a presença deanel aromático é uma caracterís-tica da tinta de Nb2O5, não sen -do influenciada pela presença doEPS. A tinta de Cu2O apresentaas bandas de interação de metaiscom grupos orgânicos na ausên-cia e na presença de EPS. Entre -tan to, esta característica só é in -corporada à tinta de Nb2O5 apósa adição de EPS. Estes resultadoscorroboram com o estudo apre-sentado por Armelin et al.(2009), onde tintas marinhas fo -ram modificadas pela adição depolímeros e o espectro de FTIR

Resultados e DiscussãoA eficiência, durabilidade e

compatibilidade das tintas anti-incrustantes e anticorrosivas de -pendem da eficiência do meca -nismo de ação dos óxidos nointerior do revestimento aplica-do so bre a estrutura a ser prote-gida (Trentin et al, 2001). Oespectro de FTIR dos corpos deprova antes do ensaio, isto é, semexpo sição à solução salina sãoapresentados na Figura 1a–d esumarizados na tabela 4. Pode-seobservar que a incorporação deEPS na tinta de Cu2O não inter-fere no O – H “livre”. Entre tan -to, na tinta de Nb2O5 ocorreuma redução significativa no pi -co de O – H “livre” após a incor-poração do EPS, sendo observa-do o aparecimento da banda deO – H como quelato tanto natinta de Nb2O5 quanto na tintade Cu2O, indicando que o EPSpode favorecer a estabilidade dos

Figura 1 – Espectros de FTIR, mostrando o perfil das tintas sem exposição (t = 0 dias) contendo(A) Cu2O, (B) Cu2O com EPS, (C) Nb2O5 e (D) Nb2O5 com EPS

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uma melhor resistência devido àpresença de grupos hidrofóbicosem sua constituição. O compor-tamento do EPS nas tintas indi-ca que este polímero pode fun-cionar tanto como um inibidorda corrosão como um anti-in -crus tante, devido a seu perfilquí mico. Desta forma, os biopo -lí meros representam promissoressubstituintes de biocidas comouma nova tecnologia para apli-cação de revestimentos em açoao carbono.

No entanto, a eficácia do usodos biopolímeros muito depen -de da maneira de incorporaçãoao revestimento e sobre quaiscon dições será realizado o experi -mento de corrosão e incrustação.Desta forma, dependendo dascondições de aplicação, os bio -po lí meros podem apresentarpro priedades anticorrosivas e an -ti-incrustantes eficazes, ou, nãoserem aproveitados como uma

uma camada de óxido de ferrode passivação (Armelin et al.,2008). Além disso, os polímerosem tintas podem atuar como umcatalisador redox (Wessling &Posdorfer, 1999). Um númerode possíveis mecanismos de pro-teção têm sido propostos. Con -tu do, o mais aceito é a combina -ção entre mecanismos de inibi -ção eletroquímica com sistemasde proteção catódica.

ConclusõesOs ensaios de imersão em

soluções salinas, tais como águado pós-sal e pré-sal indicam que,pela presença dos grupos funcio -nais presentes, podem apresentaruma melhor resistência frente àcorrosão e incrustação para astintas modificadas pela adiçãodos biopolímeros quando com-paradas para o revestimento con-trole (sem EPS). Os revestimen-tos a base de Nb2O5 apresentam

pectro após a degradação domaterial. Contudo, ocorre umaredução na coordenação dos me -tais presentes nas tintas.

Nos revestimentos de óxidode nióbio as hidroxilas “livres”foram polimerizadas. Com isso,estes espectros não apresentarampicos de hidroxilas “livres”. Alémdisso, as tintas de óxido nióbioapresentam anéis aromáticos.En tretanto, com o desgaste domaterial ocorre uma redução naquantidade de anéis aromáticose, da mesma forma que as tintasde cobre, aparecem grupos deri -va dos de cloreto de acila.

Nos últimos anos, vários tra-balhos têm sido publicados de -monstrando o mecanismo anti-corrosivo promovido por polí -me ros condutores. Os revesti -men tos orgânicos na presença depolímeros condutores quandoapresentam áreas expostas (po -ros), favorecem a manutenção de

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Figura 2 – Espectros de FTIR, mostrando o perfil das tintas contendo (A) Cu2O, (B) Cu2O com EPS,(C) Nb2O5 e (D) Nb2O5 com EPS, após 144 dias de exposição à água do mar sintética

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Organic Coatings, v. 63, p. 79 – 86,2008.

9. POTTMAIER, D., MELO, C. R.,SARTOR, M. N., KUESTER, S.,AMADIO, T. M., FERNANDES,C. A. H., MARINHA, D., ALAR-CON, O .E. The Brazilian EnergyMatrix: from a materials Science andengineering perspective. Renewableand Sustainable Energy Reviews, v.19, p. 678 – 691, 2013.

10. ROUX, S., BUR N., FERRARI, B.,TRIBOLLET, B., FEUGEAS, F.Influence of a Biopolymer admixtureon corrosion behavior os steel rebarsin concrete. Material and Corrosion,v. 61, p. 1026 – 1033, 2010.

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8. MONFARED, H., SHARIF, F.Design guide lines for development oftin-free antifouling self-polishingcoatings using simulation. Progress in

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4. CENPES. Critérios Técnicos paraAquisição de Produtos Absorventes deÓleo – Recomendações CENPES.

Figura 3 – Espectros de FTIR, mostrando o perfil das tintas contendo (A) Cu2O, (B) Cu2O com EPS,(C) Nb2O5 e (D) Nb2O5 com EPS, após 144 dias de exposição à água do pós-sal

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Química pela Fundação TécnicoEducacional Souza Marques, mestrado edoutorado em Engenharia Metalúrgica ede Materiais pela COPPE/UFRJ.Professor Adjunto da Escola de Químicada Universidade Federal do Rio deJaneiro).

Cid PereiraGraduado em Química UFSCar, mestra-do em Química pela UFSCar e doutoradoCiências – Físico-Química USP. Professoradjunto da Universidade Federal do Riode Janeiro – Campus Macaé.

Odara Ramoa Baptista MeloGraduada em Ciências Biológicas.Pesquisadora na Universidade Federal doRio de Janeiro – Campus Macaé).

Contato com o autor:[email protected]

Rodrigo de Siqueira MeloGraduado em Ciências Biológicas, Mestreem Bioquímica IQ/UFRJ e Doutorandodo Programa de Pós-graduação emTecnologia de Processos Químicos eBioquímicos EQ/UFRJ).

Simone Louise Delarue Cezar BrasilGraduada em Engenharia QuímicaUFRJ, Mestrado e Doutorado emEngenharia Metalúrgica e de Materiaispela COPPE/UFRJ. Professora Associadada Escola de Química da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro).

Aricelso Maia Limaverde FilhoGraduado em Química UFRJ, Mestrado eDoutorado em Química (QuímicaAnalítica Inorgânica) PUC-RJ.ProfessorAdjunto da Universidade Federal do Riode Janeiro – Campus Macaé).

Ladimir José de CarvalhoGraduado em Engenharia Química pelaUFRJ, graduação em Licenciatura em

results. Electrochimica Acta, v. 44, p.2139 – 2147, 1999.

13. YEBRA, D. M., KIIL, S., DAM-JOHANSEN, K., Antifouling tech-nology—past, presente and futuresteps towards eficiente and environ-mentally friendly antifouling coat-ings. Progress in Organic Coatings, v.50, p. 75 – 104, 2004.

Figura 4 – Espectros de FTIR, mostrando o perfil das tintas contendo (A) Cu2O, (B) Cu2O com EPS,(C) Nb2O5 e (D) Nb2O5 com EPS, após 144 dias de exposição à água pré-sal.

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Opinião

iminuir o turnover talvezseja um dos maiores desa -fios de líderes que lidam

com as gerações Y e Z. Manteressa turma motivada enquanto omundo abre muitas oportunida -des é uma tarefa complexa.Quan do falo em motivação, nãoé só aquela injeção de ânimo, massim algo que transforme e engajeos mais novos nos desafios e nasconquistas da empresa ou equipe.

Consolidei cinco pontos queum líder pode aplicar para mini-mizar essa dor. Porém, ressaltoque nenhuma delas funcionará seo líder não disponibilizar umtem po para seus liderados.

1. Fazer assessmentAlgumas empresas investem

em testes padronizados. Tudobem, vale a pena, mas vale aindamais quando um líder senta ao la -do de um jovem e realiza o assess-ment em conjunto, orientando,ou vindo, sendo parceiro dele. Tal -vez essa seja uma das grandesopor tunidades de, além de criarum laço de confiança, descobrir ashabilidades, o talento, o pro pósitode vida desse liderado e cri ar umplano de carreira mais asser tivo.

2. Descobrir o desejoMuitos líderes apostam nos

de sejos dos seus liderados. A gera -ção Y, por exemplo, é conhecidapor querer subir rapidamente naempresa, ter bom salário e quali-dade de vida… Mas será mesmoque os jovens talentos desejam oque o líder imagina? Só tem umjeito de saber – e não é somenteperguntando a eles! Um bom

Maurício Sampaio

Como motivar os jovens nas empresasPara que um novo hábito integre ao subconsciente é preciso repeti-lo por, no mínimo, 21 dias seguidos

Maurício SampaioEducador, palestrante, escritor, couch e fundador do instituto MS.Con ta to: www.mauriciosampaio.com.br

líder deve ter um tempo reservado para ajudar seus liderados a desco-brirem realmente o que desejam. Esse problema não é por falta de ten-tativa em pensar sobre isso ou negligência, mas sim por ques tões bioló -gi cas. Por exemplo, um jovem com 21 anos de idade não tem a for-mação completa do seu córtex pré-frontal, responsável pelo planeja-mento de médio e longo prazo e tomada de decisões. Por isso, o líderprecisa ajudar o novato nesta tarefa.

3. Definir metas e objetivosSe você perguntar para qualquer jovem hoje que está insatisfeito com

a empresa ou constantemente mudando de emprego, pode ter certezaque uma boa parte dirá que não sabe qual será seu futuro e não entendecomo dar os passos certos para alcançá-los. Isso acontece porque muitoslíderes adotam uma única meta: ven der cada vez mais! E só isso não fun-ciona. Vender mais e ter resultados todos já sabem que são importantese vitais, mas esse é o fim, e não o meio. O meio deve ser bem trabalha-do, com metas específicas, claras, tangíveis e bem determinadas. Porexemplo, se o líder possui em sua equipe alguns liderados que não se rela-cionam bem ou são tímidos em apresentações, ele deve investir esforçosem desenvolver a habilidade de comunicação desses colaboradores.

4. Repetir e criar hábitos produtivosEstudos demonstram que para um novo hábito ou uma nova ideia

integrar ao nosso subconsciente é preciso repeti-la por, no mínimo, 21dias seguidos. E isso serve para o líder, que precisa mudar seus hábitosem relação ao acompanhamento e desenvolvimento de jovens talentose, claro, para os novatos que estão em sua equipe. Não acredite queexistem coisas que funcionam do dia para noite. Algumas estratégiaspodem iniciar um processo de mudança rápido, porém, não efetivo.Então a dica é repetir e tornar esse modelo sistematizado, ou seja, seuacompanhamento deve ser realizado, no mínimo, semanalmente. Enas primeiras semanas de implementação, deve acontecer todos os dias.

5. Promover pontos de contatoSomente conversar algumas horas por semana também não é o bas-

tante. Muitas empresas já se deram conta disso e estão cada vez mais in -vestindo em áreas de convivência, em grupos de discussões de novasideias, em viagens de lazer em grupo, em almoços e jantares com o CEO.Muitos líderes devem estar pensando que demandará muito esforço etempo. E é isso mesmo! Esse é o novo cenário para quem deseja con-quistar resultados expressivos. Basta implementar um novo hábito.

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