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Anais do 50º Congresso Brasileiro de Cerâmica Proceedings of the 50th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC
SÍNTESE DE PIGMENTO PEROLIZADO MICÁCEO PELOS MÉTODOS DE
COPRECIPITAÇÃO E PECHINI
*P.M.T.Cavalcante 1, S. A. Loureiro 2, F. B. Motta1, R.A Simão 3, A. B.Luz 1,
J.A.Sampaio1
*[email protected] -Av. Venezuela 82 /sala 602 - Centro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
CEP 20081-312 1 Centro de Tecnologia Mineral (CETEM- RJ),
2 Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO- RJ) 3 Universidade Federal do Rio de Janeiro (PEMM/COPPE)
RESUMO
Este trabalho visa oferecer uma alternativa para a obtenção de pigmento perolizado,
que possui alto valor agregado, partindo do rejeito de moscovita proveniente da
exploração de pegmatitos da região do Seridó-Borborema. Os pigmentos foram
sintetizados pelas rotas de co-precipitação e Pechini. As propriedades físico-
químicas e funcional de brilho perolizado dos pigmentos obtidos foram comparadas
a dois pigmentos comerciais. Esses materiais foram caracterizados pelas técnicas
de BET, DRX, ATG, difração laser, potencial zeta e microscopia de força atômica
(MFA). Já o brilho foi avaliado visualmente. Os resultados de MFA indicam
morfologias distintas para a camada depositada de TiO2 de acordo com o método de
produção empregado, e destes em relação aos pigmentos comerciais. O pré-
tratamento da moscovita parece ter influência na adesão entre as partículas de mica
e TiO2, influenciando no brilho final do pigmento. A síntese pelo método Pechini
resultou na obtenção de rutilo a 500ºC.
Palavras-chave: pigmento perolizado, mica, co-precipitação, Pechini
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22 a 25 de maio 2006 – Blumenau, SC
INTRODUÇÃO
O pigmento perolizado consiste em pequenas partículas de moscovita com
espessura entre 200 a 600nm e diâmetro entre 5 e 50 m, recoberta em suas faces
com filme de óxido de titânio em ambas superfícies, na forma cristalina de anatásio
ou rutilo(1). Este efeito perolizado ocorre porque as partículas transparentes de
moscovita permitem que parte da luz incidente seja transmitida. Quando esta luz
transmitida alcança as superfícies dessas diversas camadas com diferentes índices
de refração, uma parte da luz é refletida. A luz total refletida é composta de porções
que “viajaram” em diferentes padrões de refração produzindo uma interferência
ótica(2,3).
Os pigmentos perolizados possuem larga aplicação: por produzirem uma
interferência ótica e proporcionar este efeito tridimensional dependendo do ângulo
de observação, estes pigmentos são usados na produção de papel moeda(4), pois
sendo de difícil reprodutibilidade, evitam a falsificação das mesmas; são usados
como decoração na indústria de cosmético, embalagens plásticas, em cerâmicas de
revestimento produzidas por terceira queima, na indústria de automóveis, tintas em
floriculturas, já que o pigmento perolizado com sua capacidade de deixar passar
parte da luz, influencia no crescimento das plantas (5). Os maiores produtores
mundiais são a Alemanha, China, Estados Unidos e Japão.
A região dita “Província do Seridó-Borborema”, situada nos estados da Paraíba
e do Rio Grande do Norte, é a maior fornecedora de insumos minerais para as
indústrias cerâmicas brasileiras, situadas, principalmente, no sudeste e sul do país.
Existem depósitos de rochas pegmatíticas, com elevados teores de quartzo, caulim,
mica (moscovita) e feldspato, além de outros minerais de importância econômica
(tantalita, columbita, bentonita, cassiterita etc.). O seu processo de extração gera
uma elevada quantidade de rejeito moscovita, que provoca impacto ambiental
devido ao acúmulo deste rejeito estocado a céu aberto(6). O aproveitamento da
moscovita para fins nobres como, por exemplo, pigmentos perolizados, minimizaria o
impacto ambiental, além de proporcionar a geração de emprego na região, já que o
mesmo possui alto valor agregado e é importado pelas indústrias brasileiras de
colorifícios e outras. O valor de mercado FOB deste tipo de pigmentos custa em
torno de U$ 20,00 por 100 g, enquanto o rejeito de moscovita é vendido por R$
100,00 a tonelada.
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O objetivo deste trabalho é proporcionar uma aplicação tecnológica a este
rejeito de moscovita proveniente da explotação dos pegmatitos da região do Seridó
– Borborema, por meio do domínio de conhecimento da rota usual de síntese (co-
precipitação) e alternativamente utilizando precursores poliméricos, comparando as
análises dos produtos obtidos em laboratório com os pigmentos comerciais.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram utilizados neste estudo dois pigmentos comerciais (Iriodin Silver e Gold),
gentilmente cedidos pela Merck Brasil. Para os pigmentos sintetizados a mica foi
previamente beneficiada e cominuída em moinho tipo palla(6).
Para a síntese dos pigmentos perolizados pelo método de co-precipitação
seguiu-se o procedimento descrito pela patente Merck PI 9404649-2(7).
O grande problema encontrado no uso da rota de coprecipitação é o manuseio
do reagente TiCl4 –que é altamente reativo ao ar – e que em contato com a água já
imediatamente precipita o titânio na forma de hidróxido, exigindo sua manipulação
em ambiente de atmosfera inerte, além do seu custo ser elevado. De modo a buscar
novas alternativas de síntese, fez-se uso do método Pechini empregando-se mica
lixiviada. Este método tem a grande vantagem de não demandar controle de pH,
além produzir pó com tamanhos de partículas usualmente na faixa nanométrica.
Na etapa posterior foi feito um tratamento térmico em forno tipo mufla a 500º C
por 5 horas, com taxa de aquecimento de 10ºC/min, para eliminar o material
orgânico. Após a eliminação do material orgânico é realizada a calcinação em um
forno mufla termoprogramado, com taxa de aquecimento de 10º C/min até 900º C e
patamar de 2 horas nesta temperatura, para a formação do óxido de titânio sobre a
moscovita.
A caracterização mineralógica foi feita por meio de difração de raios X, área
superficial por BET e potencial zeta. Para a análise termogravimétrica utilizou-se
taxa de aquecimento de 10ºC/min até 1000ºC. Realizou-se também medida de
distribuição de tamanhos de partícula por difração a laser. Para análise química
utilizou-se a fluorescência de raios X e finalmente a morfologia dos produtos foi
verificada por microscopia de força atômica e microscopia eletrônica de varredura.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Área Superficial (BET) e Distribuição de Tamanho de Partícula (DTP)
A tabela 1 apresenta os resultados de área superficial e DTP para os
pigmentos comerciais e dois pigmentos sintetizados. A despeito dos menores
valores de tamanho médio de partícula (D50) apresentados pelos pigmentos
sintetizados – certamente relacionados a uma cominuição da mica a tamanhos de
partícula menores –, os valores de área superficial não foram superiores aos dos
pigmentos comerciais.
Tabela 1: Valores de área superficial e DTP dos pigmentos
Pigmentos BET (m2/g) DTP (D50, m)
Silver 12,4 23,18
Gold 3,3 21,76
Co-precipitação 4,9 7,82
Pechini 6,5 5,32
Análise Química
A tabela 2 resume as análises químicas elementares dos pigmentos comerciais
e de dois pigmentos sintetizados – os que apresentaram melhor efeito visual
perolizado. Nota-se que os pigmentos sintetizados apresentam teores mais elevados
de Ti.
O pigmento perolizado gold possui cor amarelo intenso dada justamente pelo
íon de interferência ferrro, como comprovado pela análise química elementar. A
moscovita brasileira como obtida requer um tratamento prévio de lixiviação para
diminuir a quantidade de ferro presente, de modo a possibilitar sua aplicação na
síntese de pigmentos com outros íons de interferência e consequentemente outras
cores.
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Tabela 2: Composição química das amostras
Componentes Gold
%massa
Silver
%massa
Coprecipitação
Mica não lixiviada
%massa
Pechini
Mica lixiviada%massa
TiO2 38 29 50 45
SiO2 28 22 24 32,7
Al2O3 22 6,9 13,4 16,2
K2O 6,1 1,02 4,2 4,23
Fe2O3 5,3 0,56 1,86 0,722
Na2O 1,30 0,16 4,9 1,1
NiO 0,170 - - -
SO3 0,089 - 0,25 0,046
Rb2O 0,065 0,062 0,065 0,101
MgO 0,0061 0,077 0,11 -
MnO 0,0058 - 0,028 0,0074
SnO2 - 0,03 - -
CuO 0,028 0,018
Nb2O5 - - - 0,016
CaO - - - 0,052
P2O5 - - - 0,097
Cl 1,2 -
Análise Termogravimétrica
Os pigmentos comerciais apresentaram alta estabilidade térmica como pode
ser visto na figura 1 (A e B). Já para os pigmentos sintetizados observa-se que a
perda de massa é função do ciclo de calcinação prévio a que são submetidos os
materiais (figura 1C e D). Para ciclos de calcinação com menores taxas de
aquecimento ( 10°C/min), a moscovita passa a feldspato potássico(2). A esta
transformação está associada a perda de H2O. Assim, a análise termogravimétrica
subsequente não revela mais esta transformação, garantindo a estabilidade
termogravimétrica do material (figura 1D). Para o caso contrário, de elevadas taxas
de aquecimento durante a calcinação, a transformação da mica a feldspato só
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ocorrerá durante a análise termogravimétrica, quando a taxa de aquecimento
empregada é também 10°C/min (figura 1C).
0 200 400 600 800 1000 120097
98
99
100
Mas
sa (
%)
Temperatura (ºC)
A
0 200 400 600 800 1000 120097
98
99
100
Ma
ssa
(%
)
Temperatura (ºC)
B
0 200 400 600 800 1000 120092
93
94
95
96
97
98
99
100
Ma
ssa
(%
)
Temperatura (°C)
C
0 200 400 600 800 1000 120097
98
99
100
Ma
ssa
(%)
Temperatura (°C)
D
Figura 1 Análise termogravimétrica a) Merck Gold b)Merck Silver c)Co-precipitação
d) Pechini.
Potencial Zeta
A figura 2, apresenta as curvas de potencial zeta em função do pH para as
moscovitas lixiviada e não lixiviada e para o TiO2 obtido pela rota de coprecipitação
na ausência de mica. A mica não lixiviada apresenta potencial zeta negativo para
toda a faixa de acidez estudada. Já o TiO2 calcinado, apresenta ponto isoelétrico em
pH = 5. Logo, a faixa de interesse para a rota de coprecipitação é justamente a
região ácida (pH < 4), onde as partículas de TiO2 recém-formadas se aderem às
partículas de mica por atração eletrostática.
A moscovita brasileira precisa passar por um tratamento prévio de lixiviação
para diminuir a quantidade de ferro presente (ver Tabela 2 coprecipitação, item
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sublinhado). Provavelmente, o tratamento com ácido sulfúrico provoca uma
alteração de carga superficial evidenciado pelas análises de potencial zeta das
moscovitas com e sem lixiviação. Assim, entende-se que a alteração da natureza
superficial das partículas de mica influencie na deposição do TiO2 sobre a mesma,
tanto pela rota de coprecipitação como pelo método Pechini.
2 4 6 8 10 12
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60P
ote
nci
al Z
eta
pH
Mica não lixiviada Mica lixiviada TiO
2 calcinado
Figura 2: Potencial Zeta em função do pH para as micas lixiviada e não
lixiviada e para o TiO2 calcinado
Análise Mineralógica
A figura 3 apresenta os difratogramas de raios-X para os pigmentos comerciais
e sintetizados. Para os pigmentos comerciais, figuras 3A e B, todo o TiO2 formado se
apresenta na forma de anatásio.
Já para os pigmentos sintetizados, figuras 3C e D, o TiO2 se apresenta
preferencialmente na forma de rutilo. Na figura 3C, o refinamento de Rietveld foi
conduzido somente para as fases anatásio e rutilo. O TiO2 formado é
essencialmente rutilo. Já para o pigmento sintetizado pelo método Pechini, figura
2D, o refinamento foi conduzido para todo o difratograma. Pode-se observar que a
forte orientação preferencial da mica (planos 00l) impossibilita sua melhor
quantificação. Esta forte orientação talvez seja um artefato introduzido durante a
preparação da amostra. Todavia, uma quantificação relativa das fases rutilo e
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anatásio pôde ser levantada, obtendo-se uma razão mássica rutilo/anatásio de
~1,8:1.
20 40 60 80 1000
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
M moscovitaA anatásio
A A
A
AMM
M
Minte
nsid
ade
(u
.a.)
2
pigmento gold
A
20 40 60 80 100
0
1000
2000
3000
4000
5000
AA AAA
MM
M
M
M
M moscovitaA anatásio
inte
nsi
dade
(u
.a.)
2
pigmento silver
B
C
D
Figura 3: DRX dos pigmentos: a) gold; b) silver; c) refinamento de Rietveld para
coprecipitação; d) refinamento de Rietveld para Pechini.
Para melhor entender o efeito da rota sintética na cinética de transformação do
anatásio em rutilo, o TiO2 foi sintetizado via método Pechini. A figura 4 apresenta o
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resultado de difração de raios-X para o material calcinado a 500°C. Pode-se
comprovar a formação de rutilo já a 500°C. Esta fase é convencionalmente obtida a
partir de 900°C(5).
0 10 20 30 40 50 60 70 80 900
50
100
150
200
250
300
A,R
A,R
AR
AA
R
A
R R
RA
R
R
A
inte
nsi
da
de
(u
.a.)
2
TiO2 calcinado a 500°C
Figura 4: DRX do TiO2 calcinado a 500°C sintetizado pelo método Pechini.
Microscopia de força atômica (MFA)
A figura 5 mostra as imagens de topografia obtidas via MFA. Nela, pode-se
observar que os pigmentos comerciais apresentam uma superfície com domínios
(partículas) nanométricos, que podem ser atribuídos ao TiO2, regularmente
distribuídos sobre as placas de mica. Já o pigmento sintetizado via método Pechini,
apresenta domínios submicrométricos de TiO2. Em termos topográficos, nota-se
também que a superfície do pigmento sintetizado é mais irregular, apresentando
vales mais acentuados em contraposição a picos mais altos (~570nm) contra 113nm
e 31nm para os pigmentos Gold e Silver, respectivamente, evidenciando uma
deposição mais uniforme para os pigmentos comerciais.
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A B
C
Figura 5: Imagem de topografia por Microscopia de Força Atômica: A)pigmento gold;
B) pigmento silver; C) pigmento Método Pechini
Inspeção Visual
Na figura 6 são apresentadas fotos dos pigmentos comerciais e de alguns
pigmentos sintetizados característicos. Os pigmentos comerciais apresentaram uma
propriedade funcional de brilho perolizado superior aos sintetizados. Nota-se que,
para a coprecipitação, a mica sem lixiviação (figura 6D) fornece resultados um pouco
superiores aos dos pigmentos sintetizados a partir da mica lixiviada (figura 6C),
contendo algumas regiões com brilho mais intenso. Já o pigmento obtido pelo
método Pechini apresenta um brilho mais suave porém mais uniforme (figura 6E).
Esta diferença pode ser entendida a partir dos distintos processos de deposição do
filme de TiO2 pelas sínteses por coprecipitação e Pechini.
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A BC
D E
Figura 6: A) Gold; B) Silver; C) coprecipitação, mica com lixiviação; D)coprecipitação,
mica sem lixiviação; E) Pechini;
A análise por MFA revela que para os pigmentos com brilho perolizado
intenso, um filme uniformemente nanoestruturado sobre a mica foi formado.
Diferentemente, para os pigmentos sintetizados, que não apresentaram efeito
perolizado intenso, o filme depositado mostrou-se irregular. Logo, a ausência do
efeito perolizado está diretamente relacionada à estrutura do filme de TiO2
depositado.
Os resultados de potencial zeta sugerem que o uso da mica nacional sem
lixiviação requer uma adaptação da metodologia de síntese via coprecipitação, pois
a mica não lixiviada apresenta um baixo valor de potencial zeta – embora negativo –
para o pH de precipitação do óxido de titânio (pH=1,6) como descrito(7). Soma-se a
isso, o pré-tratamento de lixiviação da moscovita parece ter influência na adesão
entre as partículas de mica e TiO2, dado os distintos perfis de potencial zeta para a
mica com e sem etapa de lixiviação, podendo influenciar no brilho final do pigmento.
Muito embora a literatura científica descreva que a forma cristalina mais
apropriada para o efeito perolizado é a do TiO2 como rutilo(1), os pigmentos
comerciais – de efeito perolizado mais intenso – apresentam exclusivamente
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anatásio. Logo, o fator primordial para a obtenção do efeito perolizado é a forma
como o TiO2 está depositado, como visto na figura 5.
CONCLUSÕES
Mostrou-se que o efeito funcional de aspecto perolizado dos pigmentos
comerciais está diretamente relacionado à dimensão nanométrica das partículas de
TiO2 uniformemente depositadas sobre a mica, como indicado pela MFA.
As medidas de potencial zeta da mica nacional sugerem uma alteração da
metodologia de coprecipitação segundo a patente Merck(7), pois o pH=1,6
empregado reduz a valores muito baixos o potencial zeta das partículas de mica.
A síntese do pigmento pelo método Pechini resultou na formação de rutilo a
partir de temperaturas tão baixas quanto 500°C.
BIBLIOGRAFIA
(1) G. Pfaff, P. Reynders, Angle-dependent optical effects deriving from submicron
structures of films and pigments. Chem. Rev. 1999;99:1963-1981.
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(7) Carmine V, Deluca Jr. Pigmento Perolizado Micáceo Revestido com Dióxido de
Titãnio e Rutilo sem estanho e Método para sua Formação. Patente PI9404649-
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SYNTHESIS OF MICACEOUS PEARLESCENT PIGMENT BY COPRECIPITATION
AND PECHINI METHODS
*P.M.T.Cavalcante 1, S. A. Loureiro 2, F. B. Motta1, R.A Simão 3, A. B.Luz 1,
J.A.Sampaio1
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CEP 20081-312 1 Centro de Tecnologia Mineral (CETEM- RJ),
2 Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO- RJ) 3 Universidade Federal do Rio de Janeiro (PEMM/COPPE)
ABSTRACT
This work aims to offer an alternative to add value to the scrap muscovite from the
pegmatites explotation in northeast of Brazil. The pigments were synthesized by
coprecipitation and Pechini methods. The physico-chemical properties and the
functional pearlescent brightness of the synthesized pigments were compared to two
comercial pigments. These materials were characterized by means of BET, XRD,
TGA, laser diffraction for powder size measurements, zeta potential and atomic force
(AFM). The brightness was evaluated by visual inspection. The AFM results show
distinct morphologies for the TiO2 deposited coatings according to the employed
synthesis method, and from these to the comercial pigments. The pre-treatment of
the muscovite influences on the adhesion between the mica and TiO2 particles,
influenceing the pigment final brightness. The synthesis by the Pechini method leads
to TiO2 rutile phase at 500°C.
Key-words: pearlescent pigment, mica, coprecipitation, Pechini
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