IISIPS2015_CadernoResumos_29JUN2015

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Caderno de Resumos do II Seminário Internacional Patrimônio Sacro Caderno de Resumos II Seminário Internacional Patrimônio Sacro (versão impressa) Organização Rosângela Aparecida da Conceição | Myriam Salomão| Supervisão & Revisão Laura Carneiro | Percival Tirapeli Diagramação Rosângela Aparecida da Conceição Impressão Serviço Técnico de Informática do IA-UNESP Ficha catalográfica Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Artes da UNESP Ficha catalográfica preparada pelo Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Artes da UNESP S471c Seminário Internacional Patrimônio Sacro (2.: 2015: São Paulo) Caderno de Resumos [do] I Seminário Internacional Patrimônio Sacro: program- ação geral / Supervisão e revisão: Percival Tirapeli, Laura Carneiro; Organização Rosângela Aparecida da Conceição, Myriam Salomão. - São Paulo: Unesp, Insti- tuto de Artes; USP, Faculdade de São Bento de São Paulo, 2015. Páginas 40p. ISBN: 978-85-64719-04-0 Realizado de 01 a 04 de julho de 2015. Endereço eletrônico: http://issuu.com/patrimoniosacro 1. Arte sacra. 2. Arquitetura – Sacra. 3. Patrimônio cultural – Sacro. I. Tirapeli, Percival. II. Salomão, Myriam. III. Carneiro, Laura. IV. Conceição, Rosangela Aparecida. V. Título CDD 726.5 40

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Caderno de Resumos do II Seminrio Internacional Patrimnio SacroCaderno de Resumos II Seminrio Internacional Patrimnio Sacro(verso impressa)Organizao Rosngela Aparecida da Conceio | Myriam Salomo| Superviso & RevisoLaura Carneiro | Percival TirapeliDiagramaoRosngela Aparecida da Conceio ImpressoServio Tcnico de Informtica do IA-UNESPFicha catalogrficaServio de Biblioteca e Documentao do Instituto de Artes da UNESPFicha catalogrfica preparada pelo Servio de Biblioteca e Documentao do Instituto de Artes da UNESPS471cSeminrio Internacional Patrimnio Sacro (2.: 2015: So Paulo)Caderno de Resumos [do] I Seminrio Internacional Patrimnio Sacro: program-ao geral / Superviso e reviso: Percival Tirapeli, Laura Carneiro; Organizao Rosngela Aparecida da Conceio, Myriam Salomo. - So Paulo: Unesp, Insti-tuto de Artes; USP, Faculdade de So Bento de So Paulo, 2015.Pginas 40p.ISBN: 978-85-64719-04-0Realizado de 01 a 04 de julho de 2015.Endereo eletrnico: http://issuu.com/patrimoniosacro 1. Arte sacra. 2. Arquitetura Sacra. 3. Patrimnio cultural Sacro. I. Tirapeli, Percival. II. Salomo, Myriam. III. Carneiro, Laura. IV. Conceio, Rosangela Aparecida. V. TtuloCDD 726.540Ficha tcnicaII Seminrio Internacional Patrimnio Sacro1 a 4 de julho de 2015, Mosteiro de So Bento de So PauloComisso CientficaProf. Dr. Percival Tirapeli, IA-UNESP | Dom Abade Matthias Tolentino Braga, OSBProf. Dr. Mozart Bonazzi, PUC-SP | Profa. Me. Maria Jos S. T. Passos, IA-UNESP Profa. Me. Myriam Salomo, CAR-UFES | Profa. Me. Rosngela Ap. da Conceio, UNIP Comisso OrganizadoraProf. Me. Gabriel Frade, FAU-USP/FSB | Dom Joo Batista Barbosa Neto, OSBLaura Carneiro, Arte Integrada | Danielle Manoel dos Santos Pereira, IA-UNESPBeatriz Vicente de Azevedo, pesquisadora independenteComisso de ApoioAntenor de Oliveira Junior | Cristiane Pinto | Dayana Santos Silva | Fbio de Freitas Leal Jessica Alves | Karina Oliveira | Lauro Galvo de Oliveira | Letcia Mayumi Ozono Maryana Lemos Nogueira Rela | Viviane ComunaleeCobertura fotogrficaLuciara Bruno | Hamilton de Lima Fernandes | Jean Carlos SantiagoDesign grfico - logomarcaGuen YokoyamaGerenciamento de contedo web & DivulgaoRosngela Aparecida da ConceioProduo GrficaRosngela Aparecida da Conceio | STI - Servio Tcnico de Informtica - IA-UNESPRedaoLaura Carneiro, MTb 19.050RealizaoMosteiro e Faculdade de So Bento So PauloFaculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de So PauloInstituto de Artes da Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita FilhoApoioArte Integrada | Programa de Ps-Graduao em Artes do Instituto de Artes da UNESP | STI | DAAS | SAEPE | Annablume | Editora Paulus | Editora da UNESP | Livraria e Editora Loyola | ANPAP | H-Net Network | Mapa das Artes 392APRESENTAO

O II Seminrio Internacional Patrimnio Sacro ocorrer entre os dias 1 e 4 de julho de 2015, no Auditrio da Faculdade de So Bento, em So Paulo. O evento organizado pelo Mosteiro e Faculdade de So Bento de So Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de So Paulo (FAU-USP) e Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho (IA-UNESP) com a proposta de discutir as diversas questes ligadas ao patrimnio sacro nacional e latino americano, a partir da apresentao de pesquisas acadmicas, estudos de casos de preservao e divulgao do patrimnio sacro, tombamento de bens, entre outros. O seminrio desenvolver trs temas referentes a Igreja no sculo XIX: herana colonial na arte sacra at o incio do neoclssico; a Igreja e suas reestruturaes depois de 1850 tendncias do final do sculo XIX - do neogtico ao ecletismo Dentre estes temas sero apresentadas palestras sobre a arte sacra persistente no rococ at a Misso Artstica Francesa e o Academicismo. As novas diretrizes da Igreja apontaram os estilos historicistas para as construes dos novos templos e suas adaptaes s novas prticas devocionais. A arquitetura das igrejas voltou-se ao gtico, perodo de ouro das construes religiosas medievais, e aclimataram-se na Amrica nas capitais das naes nascentes. O historicismo ecltico na arquitetura completa este ciclo com igrejas, conventos e colgios de religiosos transformando a paisagem urbana de colonial/imperial portuguesa para modelos europeus. Pesquisas sobre o patrimnio sacro do sculo XIX, a exemplo da arquitetura produzida por arquitetos italianos, alemes, pinturas italianas e a troca da imaginria barroca pela ecltica, de feitura industrial, sero debatidas no seminrio.

Este evento conta com a colaborao dos membros do grupo de pesquisa Barroco Memria Viva (BMV), coordenado pelo Prof. Dr. Percival Tirapeli: os doutorandos do IA-UNESP Maria Jos Spiteri Tavolaro Passos, Danielle Manoel dos Santos Pereira, e especialmente Gabriel Frade, doutorando da FAU-USP e Myriam Salomo, do Centro de Artes da Universidade Federal do Esprito Santo (CAR-UFES). Conta ainda com a Prof Me. Rosangela Aparecida da Conceio (UNIP) e Prof. Dr. Mozart Alberto Bonazzi da Costa (PUC-SP). O Grupo de Pesquisa BMV, criado pelo Prof. Dr. Percival Tirapeli, com certificao do Instituto de Artes da UNESP e do CNPq, vem atuando desde 2010, originando-se do grupo de extenso do mesmo nome criado em 1987, com atividades ininterruptas at o momento, ao longo de 28 anos, no campo da pesquisa, ensino e extenso universitria, com foco no Barroco Brasileiro at a atualidade. 338ConcertoComo parte do encerramento do II Seminrio Internacional Patrimnio Sacro, os participantes so convidados para assistir ao concerto de rgo na Igreja Abacial do Mosteiro de So Bento, com repertrio especial do sculo XIX, escolhido pelo Irmo Vinicius, OSB37

A Comisso Cientfica, desta edio, constituda pelo professor doutor titular Percival Tirapeli, Dom Abade Matthias Tolentino Braga do Mosteiro de So Bento, Prof. Dr. Mozart Alberto Bonazzi da Costa, Prof. Me. Maria Jos Spiteri Tavolaro Passos, Prof. Me. Myriam Salomo, Prof. Me. Rosngela Aparecida da Conceio. Na Comisso Organizadora, temos a participao de Dom Joo Baptista, OSB, dos doutorandos Prof. Me. Gabriel Frade (FAUUSP) e Danielle Manoel dos Santos Pereira (IA-UNESP), da jornalista Laura Carneiro e a administradora e pesquisadora independente Beatriz Vicente de Azevedo deram seu tempo, talento e experincia realizao do Seminrio.4PROGRAMAO 1 de julho de 2015, quarta-feiraAuditrio do Mosteiro de So Bento 8h30 Recepo e Credenciamento9h Cerimnia de AberturaDom Abade Matthias Tolentino Braga, Mosteiro de So BentoProf. Dr. Percival Tirapeli, IA-UNESPAutoridades religiosas e culturais de So Paulo9h30 Feira de Livros Participao da Annablume, Editora Paulus, Editora da UNESP, Livraria e Editora Loyola.10h 11h Conferncia Magna: El Barroco Americano nunca muere. Pervivencias y resignificaciones del Barroco entre los siglos XIX y XXProf. Dr. Rodrigo Gutirrez Viuales, Universidad de Granada, Espanha11h s 12h Conferncia:A arquitetura religiosa paulista no sculo XIXProf. Dr. Percival Tirapeli, IA-UNESP12h s 14h Pausa para almoo14h s 16h Patrimnio Sacro ArquitetnicoEntre o Rococ e o Neoclssico: a arte religiosa paulista nos tempos do ImprioMateus Rosada, IAU-USP So Carlos Ramos de Azevedo e a aplicao de modelos europeus na arquitetura do Interior paulista: o caso da Catedral de Nossa Senhora do Desterro de JundiaProf. Dr. Mozart Alberto Bonazzi da Costa, PUC-SP A arquitetura e ornamentao da Baslica de Nossa Senhora da Penha em Recife: obras de Murillo La Greca e Veltino BesarelArq. Carlos Alberto Barreto Campelo de Melo, Recife -PE 16h Intervalo 16h30 17h Conferncia:Panorama da Igreja no final do sculo XIXProf. Me. Gabriel dos Santos Frade 17h s 18h Lanamento do livro: Patrimnio Sacro na Amrica Latina: Arquitetura, Arte e Cultura - Org. Percival Tirapeli5Lanamentos Preceptivas arquitetnicas tema que remete a um intento normativo que se enceta em tempos helnicos e que esteve em alta voga at meados do sculo XIX. Os preceitos estabelecidos e admitidos pela tradio e pelo tirocnio constituem o acervo de normas, critrios e procedimentos por meio dos quais se efetua a distino entre simples coisas e as obras s quais se atribui o alto estatuto de Arte.O texto consensualmente considerado inaugural para as doutrinas arquitetnicas, desde o De Re AEdificatoria, de Leon Battista Alberti, o tratado De Arquitetura, de Vitrvio, datvel de 27 a.C., no qual o autor remete a escritos anteriores, que ele teria consultado, mas que hoje no so conhecidos. Os exegetas e comentadores do romano reconhecem tambm a ascendncia das diretrizes emanadas dos grandes retores, de Aristteles a Ccero e Quintiliano, para a formulao de suas normativas. No campo disciplinar da Arquitetura, talvez o ltimo grande compndio produzido sobre o assunto tenha sido a vasta Encyclopdie Methodique - Architecture, de Antoine-Chrysostome Quatremre de Quincy, cuja edio se inicia em 1788 e somente se completa em 1825. Escritos posteriores, como o Dictionnaire raisonn de larchitecture franaise du XIe au XVIe sicle (1856) de Eugne Viollet-le-Duc, j no mais pretendem se enquadrar nos lindes da assim dita tradio clssica.Este o mbito em que se inscreve o acervo de ensaios que neste livro se apresenta.Andrea Loewen, Mrio DAgostino, Ricardo Marques (Orgs). Preceptivas arquitetnicas. Annablume. Apoio: FAPESP. 1 edio, 2015. 360 pginas. ISBN: 978-85-391-0712-4.36Lanamentos Patrimnio Sacro na Amrica Latina rene textos a respeito de Arquitetura, Escultura, Pintura, Ornamentao e Mobilirio, entre as mais significativas linguagens artsticas presentes no contexto colonial Latino-Americano, sob o grifo do Conselho Editorial da Editora da Universidade Estadual Paulista UNESP e de um grupo de especialistas da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de So Paulo FAUUSP. Os trabalhos apresentados na primeira edio do Seminrio Internacional Patrimnio Sacro, realizado em 2013 junto Faculdade de Teologia e Mosteiro de So Bento, em So Paulo, expe os resultados entre as mais recentes pesquisas de especialistas em Arte Sacra, realizadas no Brasil e em outros pases Latino-Americanos, como o Mxico, Equador e Argentina. A esse conjunto somam-se as contribuies de integrantes do Grupo de Pesquisa Barroco Memria Viva, do Instituto de Artes da UNESP e os relatos de empresas e atelis de restauro envolvidos em recentes intervenes em originais do patrimnio cultural paulista, resultando em esforo conjunto, visando a preservao do importante acervo de arte sacra remanescente do perodo colonial brasileiro.Autores: Alma Lourdes Montero Alarcn | Antonio Carlos dos Santos | Aracy Amaral | Beatriz Vicente de Azevedo | Benedito Lima de Toledo | Carlos Alberto Cerqueira Lemos | Danielle Manoel dos Santos Pereira | Delphim Rezende Porto | Edgar R. Guerra Zumarraga | D. Carlos Eduardo Ucha Fagundes Jr., OSB | Eduardo Tsutomu Murayama | Gabriel dos Santos Frade | Graciela Mara Viuales | Julio Eduardo Corra Dias de Moraes | Maria Helena Ochi Flexor | Maria Jos Spiteri Tavolaro Passos | Maria Lucia Bigueti Fioravanti | Mrio Henrique Simo DAgostino | Mozart Alberto Bonazzi da Costa | Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira | Myriam Salomo | Nancy Moran Proao | Percival Tirapeli | Rafael Azevedo Fontenelle Gomes | Rafael Schunk | Frei Rger Brunorio, OFM | Rosngela Aparecida da Conceio | Suzanna do Amaral Cruz Sampaio | Victor Hugo MoriPercival Tirapeli (Org). Patrimnio Sacro na Amrica Latina: Arquitetura, Arte e Cultura. Editora da UNESP, Arte Integrada, FAUUSP. 1 edio, 2015. 460 pginas. ISBN: 978-85-64719-03-3.35 2 de julho de 2015, quinta-feiraAuditrio do Mosteiro de So Bento 9h s 10h Conferncia:Catedrais Neoclssicas e Neogticas na Amrica LatinaProf. Dr. Percival Tirapeli, IA-UNESP 10h Intervalo 10h30 - 12h - Aspectos do Neogtico no BrasilO Neogtico e o Brasil Romntico: a Igreja do Caraa, MG e de Petrpolis, RJBianka Tomie Ortega O jardim como fonte de inspirao: o floreado nos motivos neogticos de A. W. N. PuginProf Me. Rosngela Aparecida da Conceio, UNIP-SP Panorama do Neogtico no Brasil: o Vale do Paraba PaulistaProf. Dr. Percival Tirapeli, IA-UNESP 12h30 s 14h Pausa para almoo 13h30 14h30 Conferncia:O restauro do patrimnio Neogtico paulistaProf. Dr. Marcos Tognon, IFCH-UNICAMP 14h30 16h30 Desafios do Patrimnio restaurado: estudos de casoArte sacra no Esprito Santo: uma estimativa a partir de um patrimnio em restauraoProf. Me. Attlio Colnago Filho, CAR-UFES So Cristvo: a saga da primeira igreja ecltica de So PauloJlio Moraes, restaurador Os procedimentos tcnicos e artsticos do restauro da igreja de Santa IfigniaFabiula Domingues, FormArte Cultural 16h30 Intervalo 17h Conferncia:A espiritualidade mariana e santoral a partir de meados do sculo XIXDom Loureno (Joo Luiz) Palata Viola, OSB 63 de julho, sexta-feiraAuditrio do Mosteiro de So Bento9h s 10h Conferncia:Igreja catlica, patrimnio sacro e novas tendncias da pintura sacra na Itlia do sculoProf. Dr. Maurizio Russo, Instituto Cultural talo-Brasileiro, Itlia 10h Intervalo 10h30 12h30 Pesquisas na arte sacra pictrica nos sculos XIX e XXDossi: a pintura no forro do vestbulo da Ordem Terceira do Carmo de Mogi das Cruzes-SPDanielle Manoel dos Santos Pereira, IA-UNESP O Recolhimento de Santa Teresa e as pinturas da escola de Jorge Jos Pinto Vedras: produo de arte sacra na So Paulo ImperialEduardo Tsutomu Murayama, IA-UNESP Mestres do sculo XVIII, artistas no sculo XIX: entre Cincia, Matemtica, Geometria e Arte, uma Escola Baiana de Pintura na decorao pictrica da igreja oitocentistaProf. Me. Mnica Farias Menezes Vicente, IFBA/UNICAMP Benedito Calixto de Jesus e o sentido de sua pintura na igreja de Santa Ceclia nos primeiros anos da Repblica: uma questo histrica e religiosaKarin Philippov, IFCH-UNICAMP 12h30 s 14h Pausa para almoo 13h30 15h30 Imaginria, escultura e talha decorativa e devocional: estudos de casoTalha decorativa no sculo XIX: o caso da igreja de So Pedro dos Clrigos de RecifeProf. Dr. Andr Luiz Tavares Pereira, EFLCH-UNIFESP Entre o passado colonial e a modernidade: o sculo XIX e a imaginria devocional em templos paulistas Prof. Me. Maria Jos Spiteri Tavolaro Passos, IA-UNESP A presena italiana na arte sacra paulista na virada do sculo XX: a oficina de escultura e entalhe de Marino del FaveroCristiana Antunes Cavaterra, IA-UNESP A influncia dos artesos italianos em So Paulo nos sculos XIX e XX na arte tumularProf. Me. Viviane Comunale, IA-UNESP15h30 Intervalo734Feira de LivrosA Feira de Livros estar aberta a partir de 1 de julho de 2015, s 9h30, at o encerramento do evento, que ser no dia 4 de outubro. Nesta edio, contamos com a presena da Annablume, Editora Paulus, Editora da UNESP e Livraria e Editora Loyola, que traro publicaes referentes aos temas abordados durante o II Seminrio Internacional de Patrimnio Sacro. Foi pensada como momento importante para aquisio de livros, anais, revistas, entre outras publicaes relevantes, incluindo autores presentes nas conferncias e mesas-redondas.Feira de Livros - II Seminrio Internacional Patrimnio SacroDe 1 a 4 de julho de 2015.Abertura: 1 de julho, s 10h.Encerramento: 4 de julho, s 17h30.Editoras participantesAnnablume | Livraria e Editora Loyola Editora Paulus | Editora da UNESP 3316h s 17h Conferncia de encerramento:Vanguardias Latinoamericanas. Apropiaciones de la Modernidad (1910-1940)Prof. Dr. Rodrigo Gutierrez Viuales, Universidade de Granada, Espanha 18h - Concerto de rgo na Igreja Abacial do Mosteiro de So BentoRepertrio especial sculo XIXIrmo Vinicius, OSB 4 de julho, sbadoCentro Histrico de So Paulo 9h - 14h - Visitao s Igrejas.Coordenao: Prof. Dr. Mozart A. Bonazzi da Costa e Prof. Me. Eduardo Tsutomu. Murayama. Organizao: Prof. Me. Viviane ComunaleRoteiro: Igreja Abacial do Mosteiro de So Bento: desenvolvimento das obras de restauro acompanhados por Joo Rossi, restaurador responsvel; Igreja de Santa Ifignia; Igreja da Venervel Ordem Terceira de So Francisco; Catedral da S e Cripta. OBS.: roteiro definido a partir dos horrios e disponibilidade das igrejas e seus administradores.8RESUMOS e BIOGRAFIAS9A INFLUNCIA DOS ARTESOS ITALIANOS EM SO PAULO NOS SCULOS XIX E XX NA ARTE TUMULARViviane ComunaleInstituto de Artes da UNESP RESUMODurante vrios sculos na Europa, os enterramentos aconteciam dentro das igrejas de forma diferenciada onde aqueles que no possuam tantos recursos eram enterrados nos adros da igreja, os mais bem-aventurados acreditavam que uma boa doao garantiria o seu enterramento prximo ao altar mor e com isso a salvao de sua alma estava garantida. Os cemitrios como ns conhecemos surgem na Europa durante o sculo XVIII devida duas mudanas: um retorno aos temas da antiguidade clssica e o surgimento das medidas higienistas. No Brasil esse comportamento entra em prtica em meados do sculo XIX, no mesmo perodo temos a chegada de um grande nmero de artesos italianos. A proposta desta comunicao realizar uma anlise do trabalho desses artfices dentro dos cemitrios paulistas durante os sculos XIX e XX.Palavras-chave: arte tumular, cemitrios, arteso italiano BiografiaGraduada em Histria pela Universidade Bandeirante de So Paulo, especialista em Fundamento da Cultura e das Artes pela Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho (UNESP), mestre Artes Visuais na linha de pesquisa: Abordagens histricas, tericas e culturais da arte pela Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho (UNESP), pesquisadora do grupo Barroco Memria Viva: da arte colonial arte contempornea, filiada a Associao Brasileira de Estudos Cemiteriais (ABEC) e a Associao Nacional de Histria (ANPUH)32O JARDIM COMO FONTE DE INSPIRAO: O FLOREADO NOS MOTIVOS NEOGTICOS DE A. W. N. PUGINRosngela Aparecida da ConceioUniversidade PaulistaRESUMODurante a realizao de pesquisa sobre filiao esttica para catalogao dos txteis e paramentos litrgicos pertencentes ao Acervo Histrico-Artstico da Venervel Ordem Terceira da Penitncia da Cidade de So Paulo (VOTSFPCSP), identificamos algumas peas em estilo Neogtico. Dada a proximidade com outras igrejas, buscamos verificar a existncia em outros acervos, como o da Catedral Metropolitana de So Paulo e da Venervel Ordem Terceira do Carmo (So Paulo). Destacamos, nesta apresentao, duas peas da VOTSFPCSP, dois vus de clices , um deles com motivos similares aos encontrados no livro Floriated ornaments: a series of thirty-one designs, de A. W. N. Pugin, publicado em 1849. Na introduo de seu livro, Pugin argumenta sobre a inspirao para criao dos motivos, formula os princpios a serem disseminados como forma de combate mera imitao das formas da natureza. Alm do livro citado, nossa base terica constituda pela obra de Focillon (1983) que nos fala das questes do estilo; Gilson (2000) em relao arte e cristandade; Roon (2010) cujo estudo de paramentos neogticos nos subsidiar na comparao entre estas peas; E. H. Gombrich (2012) que versa sobre as questes da arte decorativa; Noble & Bestley (2013) a respeito da pesquisa visual em design grfico.Palavras-chave: Estilo Neogtico, Motivos e Ornamentos, Txteis e paramentos litrgicos.BiografiaMestre em Artes (2013), Bacharel (2009) e licenciada em Artes Visuais (2010) pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho. Professora Adjunta III, na rea de Comunicao Digital, nos Cursos Superiores de Tecnologia em Fotografia, Design Grfico e Produo Audiovisual. Professora de Educao Bsica II Arte (2011-) e colaboradora (2012-) no Grupo de Referncia em Arte da D.E. Regio Leste 3, da Secretaria de Educao do Estado de So Paulo. Membro da ANPAP, no Comit de Poticas Artsticas (2011-); membro-fundadora da The Association Artech-International (2012); membro da rede AHDig: Associao das Humanidades Digitais (2014-); pesquisadora (2014-) nos grupos de pesquisa: Barroco Memria Viva: da arte colonial arte contempornea, IA-UNESP/CNPq e Pesquisa em Educao Esttica, IAR-UNICAMP/CNPq. 3110TALHA DECORATIVA NO SCULO XIX: O CASO DE SO PEDRO DOS CLRIGOS DE RECIFEAndr Luiz Tavares PereiraEFLCH/UNIFESPRESUMOEsta apresentao dedica-se anlise do processo de troca da talha setecentista por ocorrida na segunda metade do sculo XIX na Igreja de So Pedro dos Clrigos da cidade do Recife. Procuraremos demonstrar a persistncias de prticas de encomenda e execuo similares s do sculo XVIII atravs do sculo XIX bem como da ligao com grupos artsticos oriundos de Portugal em datas avanadas como 1860 ou 1870. Mencionaremos alguns exemplos de talha decorativa similares s executadas para a Igreja de So Pedro bem como possveis modelos artsticos levados em conta pelos irmos no momento da elaborao do risco. Esta apresentao parte de nossa pesquisa de doutoramento, dedicada s igrejas de clrigos na Amrica Portuguesa e em Portugal.BiografiaProfessor do curso de Histria da Arte da EFLCH/UNIFESP, doutor em Histria pelo IFCH/UNICAMP (2006), Doutor em Artes pelo IA/UNICAMP (2009), mestre em Histria da Arte pelo IFCH/UNICAMP (2000). Fellow researcher do Getty Research Institute (2011). Dedica-se ao estudo da circulao de objetos de arte e modelos artsticos entre o mundo Ibrico e outros contextos artsticos europeus, particularmente a Itlia e a Inglaterra. 11OTROS MBITOS RELIGIOSOS. ESPACIOS DE LA MUERTE EN AMRICA. SIGLOS XIX-XXProf. Dr. Rodrigo Gutierrez ViualesUniversidad de GranadaRESUMEN La presente charla centra su atencin en otros mbitos de la religiosidad latinoamericana, como son los espacios funerarios. Aunque principalmente se hablar de cementerios, se tendrn en cuenta tambin prcticas alternativas vinculadas a la muerte, en especial la presencia de memoriales ubicados en ciudades y caminos. Nuestro abordaje del tema, tomando como referentes a los siglos XIX y XX, y centrando la mirada en los cementerios, no solamente tendr en cuenta a los de carcter monumental, a las tumbas prestigiadas socialmente, por lo general diseadas y construidas por reconocidos arquitectos, constructores y escultores, sino algo que es muy propio de Latinoamrica como son los enterramientos de carcter popular, hoy en da la zona ms viva de los cementerios, donde se desarrolla en forma permanente una capacidad creativa notable y genuina que nos distingue de otros continentes.30EL BARROCO AMERICANO NUNCA MUERE.PERVIVENCIAS Y RESIGNIFICACIONES ENTRE LOS SIGLOS XIX Y XXProf. Dr. Rodrigo Gutierrez ViualesUniversidad de GranadaRESUMENEl objetivo de esta ponencia es el de poner en evidencia un conjunto de realidades vlidas para reflexionar sobre el barroco americano y su presencia en la contemporaneidad. Analizamos diversos contextos del barroco y del arte popular durante el siglo XIX, poca de intencionada invisibilizacin del barroco, extendindola hasta la primera mitad del XX, haciendo especial hincapi en la presencia de ambos en la modernidad plstica y arquitectnica latinoamericana, momento de su primera revalorizacin en firme, y en el que tendr lugar la construccin de identidades nacionales y americanas en las que el barroco tendr un peso especfico, como es el caso del modernismo brasileo. Durante la tarea de pesquisa, acometimos la tarea de acopiar y procesar informacin y anlisis referentes a lo sucedido con el barroco americano desde finales del XVIII, poca de su presunto declive, hasta la actualidad, con el auge del llamado neobarroco, al que dedicaremos espacio en las reflexiones finales de la ponencia, valorando el nuevo envin producido a mediados del XX, cuando Lezama Lima o Carpentier, desde el campo de la literatura, comienzan a difundir la idea de una Amrica barroca como rasgo de inmanencia en el continente, y llegando hasta el rol que hoy juegan el barroco histrico y las artes populares en el concierto del arte neobarroco.BiografaDoctor en Historia del Arte y Profesor Titular en la Universidad de Granada (Espaa). Miembro de la Academia Nacional de la Historia (Argentina). Su lnea de investigacin principal es el Arte Contemporneo en Latinoamrica. Ha comisariado varias exposiciones y publicado alrededor de 200 estudios sobre estos temas entre libros, captulos y artculos, destacando los libros Monumento conmemorativo y espacio pblico en Iberoamrica (Madrid, 2004), Amrica y Espaa, imgenes para una historia. Independencias e identidad 1805-1925 (Madrid, 2006), Cuzco-Buenos Aires. Ruta de intelectualidad americana (1900-1950) (Lima, 2009), Memorias de la Independencia. Espaa Argentina y Mxico 1908-1912 (Madrid, 2012), Alma Ma. Simbolismos y modernidad en Ecuador (1900-1930) (Quito, 2013) y Libros argentinos. Ilustracin y modernidad, 1910-1936 (Buenos Aires, 2014). Ha impartido cursos en numerosas instituciones pblicas y privadas de Europa y Latinoamrica. (http://www.ugr.es/~rgutierr/). 29ARTE SACRA NO ESPIRITO SANTO: UMA ESTIMATIVA A PARTIR DE UM PATRIMNIO EM RESTAURAOAttilio Colnago FilhoNcleo de Conservao e Restaurao/Centro de Artes/UFESRESUMOA nossa discusso aqui, vai se ater a um recorte formado pelas imagens que passaram por aes restaurativas, sob nossa coordenao, no Ncleo de Conservao e Restaurao do Centro de Artes da UFES. Nele podemos incluir um grande e variado acervo, que vai desde uma imagem quinhentista at imagens do sculo XIX e XX. Entre elas, por certo, a mais importante a de Nossa Senhora da Penha, orago do Convento da Penha em Vila Velha, encomendada por frei Pedro Palcios em 1558. Outro importante grupo se organiza com as imagens do sculo XVIII normalmente de grande porte, com alta qualidade na talha e policromia, pertencentes s igrejas e capelas jesuticas espalhadas pelo litoral, como tambm s igrejas que faziam parte da sede da capitania do Esprito Santo. A partir da o Esprito Santo passa por um processo de estagnao, principalmente aps a descoberta do ouro em Minas Gerais. Uma nova leva de imagens vai chegar somente a partir da imigrao de europeus, que comearam a ocupar as terras distantes do litoral, em meados do sculo XIX, constituda principalmente dos italianos e austracos. Dessa forma desejamos contribuir com a divulgao desse acervo do Estado do Esprito Santo, sempre ignorado pelas pesquisas que tratam de Arte Sacra no Brasil. Palavras-chave: Arte sacra no Esprito Santo, Imaginria sculo XVIII ao XIX, Conservao e restaurao arte sacra.BiografiaPossui graduao em Artes Plsticas pela Universidade Federal do Esprito Santo (1977) e especializao em Conservao e Restaurao em Bens Culturais Mveis pelo CECOR/EBA/UFMG (1990). Mestre em Artes pela UFES, na rea de concentrao Patrimnio e Cultura. Coordenador do Ncleo de Conservao e Restaurao/Centro de Artes/UFES. Atualmente professor da Universidade Federal do Esprito Santo, atuando principalmente nos seguintes temas: restaurao, pintura, desenho, tcnicas e escultura.12O NEGOTICO E O BRASIL ROMNTICO: A CAPELA DO CARAA, MG E DE PETRPOLIS, RJBianka Tomie OrtegaRESUMONo Brasil, em meados do sculo XIX e incio do sculo XX, h, em meio ao Romantismo, a necessidade de se criar ambientes significativos, repletos de sugestes culturais e emotivas, manifestadas atravs da construo de edifcios civis e monumentos religiosos em Estilo Ecltico. Ocorreu, de fato, a passagem do estilo puramente Barroco para o Ecletismo e, no interior do Ecletismo, evidencia-se a vertente Neogtica, destacando-se a influncia da cultura francesa no Brasil, como um elemento determinante nesse processo. Assim, negando afirmaes que dizem respeito escolha do Neogtico empregado s construes religiosas, como (...) nenhuma dessas obras merece um estudo mais detalhado (...), (Bruand, 1981, p.42), baseadas na questo de gosto (feio/bonito), a pesquisa Compassos e desajustes: o neo-gtico e o Brasil romntico buscou compreender a existncia e ajustes do Neogtico no Brasil, procurando estabelecer um dilogo entre o Romantismo Francs (do incio do sculo XIX) e o Romantismo Brasileiro (final do sculo XIX e incio do XX), em contraposio ao Barroco Colonial Brasileiro. O estudo realizado sobre a Catedral da S de So Paulo ( projeto de 1913 mas estilisticamente representante do final do XIX), feito na pesquisa de iniciao cientfica O estilo ecltico na Catedral da S de So Paulo e suas manifestaes Neogticas, possibilitou a extenso para os dois outros exemplos brasileiros referenciais, oda Igreja do Colgio do Caraa e a de So Pedro de Alcntara, ambos da segunda metade do XIXBianka Tomie Ortega possui graduao e Licenciatura Plena em Educao Artstica (1999) e mestrado em Artes (2003), ambos pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho, a UNESP.Nas pesquisas de iniciao cientfica estudou a catedral da S de So Paulo, com bolsa da iniciao da Fapesp. Ocupa o cargo atualmente de gerente editorial da Metalivros, editora especializada em livros de arte e meio-ambiente. Tem experincia na rea de Educao, com nfase em Ensino-Aprendizagem.13PANORAMA DAS CONSTRUES NEOGTICAS NO BRASILProf. Dr. Percival TirapeliInstituto de Artes da UNESP RESUMOO estilo neoclssico no Brasil conviveu com os ltimos laivos das construes portuguesas para as igrejas, com raras exemplares do gosto imposto pela Academia Francesa. No Rio de Janeiro, a igreja N.Sra. da Glria, no Largo do Machado (1872), de uma s torre e grandes colunas a sustentarem a torre nica, logo difundiu este novo estilo de torre central. Na segunda metade do sculo XIX as primeiras igrejas neogticas antecederam as do neorromnico que se estenderia at o gosto ecltico -- que favoreceria a volta do colonial, adentrando o sculo XX sob a forma de neocolonial. A tradio mostra que a capela do colgio do Caraa, em Minas Gerais sofrera uma reconstruo na segunda metade do sculo XIX, seguindo o novo gosto neogtico. No Vale do Paraba, em Lorena, a baslica de So Benedito (inaugurada em 1884), foi construda no novo estilo aprovado pela corte que inicia no mesmo ano a construo da catedral de So Pedro de Alcntara em Petrpolis. O emprego de novos materiais, como vitrais, pedras lavradas por imigrantes, e o transporte pelas estradas de ferro que cortavam o pas possibilitaram a difuso do novo gosto. Com a proclamao da Repblica ,que deu Igreja a autonomia terminando com a lei do Padroado, e mais a vinda de novas ordens religiosas europeias, para os santurios e colgios religiosos, o neogtico atrelou-se ao neorromnico, passando a constituir-se o gosto oficial da Igreja. As novas catedrais foram assim construdas nas capitais como Belo Horizonte (1913), Curitiba (1893) culminando com a destruio da S colonial (1913) de So Paulo e as resultantes construes neogticas da capital e de Santos. No interior de So Paulo, os padres, em especial italianos, marcaram as matrizes das cidades cuja riqueza do caf pode erigir belos templos como Casa Branca, Ribeiro Preto e Batatais -- alm de todas as reformas das igrejas coloniais do Vale do Paraba, triunfando assim o gosto ecltico at a vinda da modernidade.Biografiapesquisador e professor titular em Arte Brasileira no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista, em So Paulo, e mestre e doutor pela Escola de Comunicaes e Artes da USP (1979-88).

Pesquisador de arte brasileira, publicou cerca de 20 livros pelas Editora UNESP, Imprensa Oficial do Estado de So Paulo, Editora Nacional como Igrejas Paulistas: barroco e rococ, prmio de melhor pesquisa em artes pela ABCA (2003), Arte Sacra Colonial - Barroco Memria Viva, So Paulo Artes e Etnias (disponvel tambm em ingls). Em 2014 publicou pelas editoras UNESP e SESC, Arquitetura e Urbanismo no Vale do Paraba, obra indicada para o prmio melhor pesquisa em artes pela ABCA. Pela Editora Metalivros autor de Igrejas Barrocas do Brasil e Patrimnio da Humanidade no Brasil, Festas de F , todos bilngues port/ingl. Para estudantes, publicou Arte Brasileira em cinco volumes (IBEP Nacional). No prelo, Barroco Latinoamericano, pesquisa que vem realizando exaustivamente desde 2010. membro de comisses de arte de museus de So Paulo, do conselho consultivo do Acervo Artstico do Palcio do Governo de So Paulo, da associao brasileira e internacional de crticos de artes, e do Conselho Editorial da Revista Ps da FAU/ USP. Artista plstico, participa de sales de artes desde 1975 e exps individualmente em Braslia, Goinia, So Lus, So Paulo, Paraty e Roma. www.tirapeli.pro.br28CATEDRAIS NEOCLSSICAS E NEOGTICAS NA AMRICA LATINAProf. Dr. Percival TirapeliInstituto de Artes da UNESP RESUMOO final do sculo XVIII j assinalava a presena de arquitetos formados pelas academias como a do Mxico, Real Academia de San Carlos (1783), na qual ensinou o valenciano Manuel Tols que finalizou a catedral metropolitana da Cidade do Mxico, e a Academia de San Luis em Santiago do Chile ( 1782) , com o arquiteto Toesca a terminar a catedral local. Na Amrica Central, na Escuela de Bellas Artes da Guatemala (1794) dirigida por Garca Aguirre que trabalhou na nova catedral de projeto de Marcos Ibez, indicado por Sabatini obra completada por Bernasconi e Sebastin Gamundi . Outros projetos foram solicitados pelos bispos aos arquitetos espanhis da Real Academia de Bellas Artes de San Fernando de Madrid, que sob o reino de Carlos III ampliara a influncia italiana na Espanha e no Novo Mundo. Anteriormente, os italianos marcaram presena nas catedrais de Buenos Aires (1822) com Antonio Masella, com fachada neoclssica dos franceses Pspero Catelin e Pierre Benoit Vicenzo Baroccio em Morlia, Mxico, Alejandro Ravizza em Assuno (1842) capital marcada por outro italiano, Pascual Urdapilleta. A catedral de Montevidu (1858) obra de Bernardo Poncini, com linhas classicistas e a de Bogot (1807) projeto do frei Valenciano Domingo Petrs. As Plazas Mayores, nas quais se encontram tais catedrais, foram aos poucos sendo remodeladas segundo o esprito ecltico que refletia os ideais de independncia a partir de construes da capital norte-americana, sendo o Capitlio em Washington o novo prottipo a ser seguido em todo o solo americano. A Igreja, por sua vez, distancia-se dos modelos laicos mais ligados ao neoclassicismo do ideal da Revoluo Francesa, e aproxima-se do gosto ecltico com a mistura dos estilos gticos e romnicos que trouxeram o novo gosto para todas as Amricas, com duas grande catedrais na Argentina, a de La Plata (1884) e a de Lujn (1890) Tambm os Estados Unidos da Amrica aderem a esse modismo em catedrais catlicas, sendo a mais importante a de Saint Patrick (1878) em Nova Iorque, e outras de culto anglicano27ARQUITETURA E ORNAMENTAO DA BASLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA EM RECIFE: OBRAS DE MURILLO LA GRECA E VELTINO BESARELCarlos Alberto Barreto Campelo de MeloRESUMOA Baslica Na. Senhora da Penha, no Recife, constitui exemplar incomum estilstico que contrasta com as nossas igrejas barrocas. Foi projetada no final do sculo XIX, perodo em que emergiram estilos j registrados na trajetria da histria, como o neoclssico o neorromnico e o neogtico, ou de elementos do repertrio de estilos diversos numa combinao em uma nica obra - o ecletismo. Suas razes estilsticas, arquitetura e obras de arte, provm do norte da Itlia, da regio de Veneto: o arquiteto da ordem dos Frades Menores Capuchinhos, frei Francesco de Vicenza e o escultor e entalhador, Valentino Panciera Besarel. Quanto arquitetura, a imponente Baslica, permeia uma leitura dotada de fortes traos entre as igrejas de Veneza, II Redentore e San Giorgio Maggiore. Observa-se uma aproximao ao palladianismo, a variante maneirista em que se promoveu uma releitura do final do sculo XVI, do renascimento tardio purificado de Andrea Palladio. Conhecido pelas famosas vilas de Vicenza, esse arquiteto promoveu em suas obras uma limpeza decorativa do renascimento romano, numa busca pelas serenas, harmnicas e equilibradas linhas do racionalismo quinhentista. Quanto s obras de arte, destacam-se, os entalhes de Valentino Besarel, que revelamos como sendo de sua autoria, para serem incorporadas ao seu vasto acervo da Europa. So obras de um revivel barroco, que teve seu desenvolvimento, fins do sculo XIX, no norte da Itlia, regio em que j havia sedimentado a tradio do barroco, nos fins do sculo XVI, com os Carraci e seus seguidores. Incluem-se entalhes que ele produziu para as aristocracias austro-hngara e italiana, o que lhe valeu o ttulo de escultor dos monarcas. So dele, na Baslica, os entalhes das trs portas do frontispcio, dos plpitos, do coro, do retbulo do altar mor e da capela do Santssimo. Alm desses entalhes, so dele, as esculturas da Madona do Zimbrio, as duas esculturas de So Francisco e Santo Antnio que ladeiam o altar mor, e as da fachada, alm do baixo relevo da pala do altar morUma outra singular produo de vigor a do artista talo-brasileiro Murillo Lagreca - Os Quatro Evangelistas, com 24 m cada um, confeccionados na difcil tcnica do vero afresco, situados nos quatro tringulos pendentes da cpula central da Baslica. BiografiaCarlos Alberto Barreto Campello de Melo arquiteto de formao (UFPE), tendo se especializado na Erasmus University Rotterdam, no Bouwcentrum International Education. professor de Histria da Arquitetura e de Histria das Artes em vrias Instituies de ensino, entre as quais Universidade de Pernambuco e Esuda. Mestre em Desenvolvimento Urbano (UFPE) e Mestre em Polticas Pblicas Culturais (FUNDAJ), rea em que tem realizado palestras, cursos e participado de Congressos Internacionais na rea de Arte e Museologia e Poltica Cultural, com livro e trabalhos publicados. Arquiteto atuante, artista plstico, com trajetria dedicada s artes. Atua como guia cultural na Europa, onde colheu os ensinamentos de Murillo Lagreca Foi Diretor do Museu Murillo Lagreca. membro do Instituto Arqueolgico Histrico e Geogrfico Pernambucano - IAHGPE. da Academia de Artes e Letras de Pernambuco e da Unio Brasileira de Escritores.14 A PRESENA ITALIANA NA ARTE SACRA PAULISTA NA VIRADA DO SC. XX: A OFICINA DE ESCULTURA E ENTALHE DE MARINO DEL FAVEROCristiana Antunes CavaterraMestranda em Artes, Instituto de Artes da UNESPBolsista CAPESRESUMOParalelas s mudanas polticas, sociais, religiosas e imigratoriais que surgem no pas no final do oitocentos, significativas mudanas na arquitetura e decoro das Igrejas Catlicas paulistas se tornam presentes com a introduo do ecletismo que pouco a pouco substituir a arte sacra colonial, marcada pelo barroco e rococ e posterior neoclassicismo do perodo imperial de gosto antiquado. Surgem em So Paulo as marmorarias especializadas na importao, montagem e posterior confeco de retbulos e esculturas cemiteriais e sacras produzidas com mrmore italiano, ao mesmo tempo em que surgem as oficinas de escultura dos dois grandes Liceus de Artes e Ofcios paulistas. Contrapondo a arte ecltica marmorista de carter sacro, surge em 1893 na capital paulista a oficina especializada em madeira esculpida, marmorizada e dourada, de propriedade do imigrante italiano Marino Del Favero (San Vito di Cadore, 03/03/1864 So Paulo, 23/06/1943). Descendente de uma famlia italiana de renomados escultores e formado na academia veneziana, criador de retbulos, imaginria sacra e mobilirio religioso e vencedor de medalhas e premiaes em exposies nacionais e internacionais. No raro sua obra retabulstica em madeira marmorizada confundida com arte barroca ou mrmore importado e suas esculturas tomadas por obras importadas ou modernas produzidas em gesso. Sediado durante meio sculo na capital paulista, em poucos anos transforma sua oficina em uma pequena indstria pioneira na industrializao da arte sacra e encomenda por catlogos. O presente trabalho parte da dissertao que ser apresentada ao Instituto de Artes da UNESP, sob a orientao do Prof. Dr. Percival Tirapeli, para a obteno do ttulo de Mestre em Artes, que traz luz, a obra e histria deste importante escultor-entalhador e industrial, originrio da Itlia, na So Paulo da Belle poque.Palavras-chave: Marino Del Favero, ecletismo, escultura.BiografiaBacharel em Artes Plsticas; Tcnica em Conservao e Restaurao de Obras de Arte; Especialista em Restaurao de Arquitetura; profissional com cursos de atualizao e especializao pelo Istituto per lArte e il Restauro Palazzo Spinelli, Florena, Itlia; proprietria do Cavaterra Studio dArte e Restauro com sede em Guaratinguet, SP; membro do IEV Instituto de Estudos Valeparaibanos, APCR Associao Paulista de Conservadores e Restauradores e do Grupo de Pesquisa Barroco Memria Viva: da arte colonial arte contempornea IA-UNESP/CNPQ; Mestranda em Artes pelo Instituto de Artes da UNESP / Bolsista CAPES.15A ARQUITETURA RELIGIOSA PAULISTA NO SCULO XIXProf. Dr. Percival TirapeliInstituto de Artes da UNESP RESUMO Com a vinda de novas congregaes religiosas voltadas ao ensino e com a romanizao da Igreja, no sculo XIX foram criadas inmeras novas parquias e estabelecimentos de ensino em So Paulo As antigas igrejas coloniais foram demolidas e substitudas por templos cujas caractersticas em muito se distanciavam das de. tradio lusobrasileira. Cada congregao, e mesmo o arcebispo de So Paulo D. Duarte Leopoldo e Silva preferiram os estilos historicistas de tradio religiosa romana, que vo desde o basilical paleocristo, a exemplo das igrejas paulistanas do Liceu do Sagrado Corao de Jesus e de So Jos do Ipiranga, com trs naves distribudas entre colunatas, at o neogtico, da Catedral da S, Igreja do Divino Esprito Santo na Rua Frei Caneca e N. Sra. da Glria, dos maristas (1883), no Cambuci. H ainda as neorromnicas, e as de arquitetos italianos como N. Sra. da Achiropita no bairro paulistano do Bexiga e N. Sra. da Pompia, em estilo ecltico com linhas acentuadas renascentistas e barrocas.Difcil seria normalizar essas construes que vo do final do sculo XIX at os anos 30 do sculo XX, quando h uma volta para a valorizao da arquitetura nacional com o neocolonial. Destaca-se a Baslica do Carmo, na Rua Martiniano de Carvalho, projeto de Georg Przyrembel em 1932. .Mas as principais diferenas das igrejas coloniais podem ser visveis desde a estrutura, agora feita em tijolos e recoberta com frisos e arcos feitos em argamassa. A cpula ser o elemento inovador seguido pelo uso dos vitrais, antes inexistentes. A volumetria arquitetnica quadrangular passa a revelar externamente as plantas baixas arredondadas ou poligonais, arrematadas pelas cpulas; os telhados, antes de duas guas, dinamizam-se em vrias alturas das capelas internas. A capela-mor, antes retangular, agora em forma curva de abside. Internamente a diferena total, a comear pelo emprego dos novos materiais. O mrmore, ao gosto italiano, substitui toda a madeira; os altares barrocos so retirados e substitudos pelos de mrmore com incrustaes - cria-se assim uma indstria de altares de mrmore, tanto para a capital como para o interior.. As imagens de barro ou madeira so retiradas e postas novas de mrmore italiano e mais comumente de gesso, vindas da Frana, Blgica e Alemanha. A pintura interna ganha profuso e toma todas as paredes com barrados decorativos, smbolos cristos e cenas isoladas, como se fossem quadros com pintura a cavalete. Muitas vezes, as telas so coladas s paredes. A pintura mural, afresco e mosaicos de tradio italiana so as mais difundidas. Os vitrais importados da Frana so logo substitudos pelos da Casa Conrado, cujos proprietrios eram descendentes de alemes. Finalmente grandes rgos, antes importados quase sempre da Frana, so feitos por italianos e alemes.26MESTRES DO SCULO XVIII, ARTISTAS NO SCULO XIX: ENTRE CINCIA, MATEMTICA, GEOMETRIAProf Me. Mnica Farias Menezes VicenteDoutoranda pela UNICAMPProfessora titular do IFBARESUMOA fundao da Escola de Belas Artes da Bahia, na maioria dos estudos que a enfoca, tratada cronologicamente por fatos e acontecimentos dentro do sculo XIX. No foi encontrada uma pesquisa mais densa que resgatasse a dinmica artstico-cientfica em que estava envolvida a cidade de Salvador em sculos anteriores que influenciasse a sua implantao. Em pesquisa defendida no Mestrado (2011) cujo foco foi a pintura de falsa arquitetura na Bahia, com especial ateno Salvador, percebeu-se que o processo de implantao da Aula de Desenho e da fundao da Escola de Belas Artes no sculo XIX, tinha uma base que estava presente na primeira metade dos setecentos. A constituio de um aprendizado significativo, ancorado em linguagem catequtica, tcnica, tratadstica, cientfica e de influncia portuguesa, inicialmente em formato medievo e, posteriormente sistematizado pela Aula de Fortificao e Artilharia (Aula Militar), representou a formao de uma linhagem de artistas fulcrais para a formao do corpo docente da Escola oitocentista. Tendo vivenciado, ainda no sculo XVIII, processos de aprendizado especficos que percorreram caminhos nos Tratados, nos apontamentos, nas Iconografias, nas Aulas Pblicas e nas lies Mestras, alguns pintores, que avanaram para o XIX, construram e reconstruram didticas particulares que, de certa forma, se adequaram s mudanas de um sculo que vivenciava a esttica Neoclssica. Alguns deles, ligados Aula de Desenho implantada na cidade no incio dos oitocentos, foram responsveis em continuar nas geraes seguintes, formao significativa que vinha dos Mestres primevos. No processo natural de mudana de Gestor, e na necessidade de a cidade j precisar de uma escola artstica com estrutura institucional, nasce, em 1877, a Academia de Belas Artes da Bahia, hoje Escola de Belas Artes. Mestres e alunos desta Academia so homens que assinam a decorao dos ambientes notveis da cidade, entre eles as igrejas que vo se adequando reforma Neoclssica.Palavras-chave: Academia(Escola) de Belas Artes da Bahia; Aula de Desenho; Escola Baiana de Pintura; Decorao em igrejas; Pintura.BiografiaDoutoranda em Histria da Arte pela UNICAMP. Mestra em Artes Visuais pela EBA/UFBA, foi bolsista pela FAPESB, com a pesquisa intitulada A pintura de falsa arquitetura em Salvador: Jos Joaquim da Rocha (1750-1850). Em continuidade, no doutorado, desenvolve pesquisas sobre Arte Sacra na Bahia e suas relaes com Portugal e Itlia, com enfoque na iconografia e composio da pintura tratadstica. Especialista em Educao Esttica, Semitica e Cultura pela Faculdade de Educao da UFBA (FACED); em Psicopedagogia pelo Instituto Brasileiro de Ps-Graduao e Extenso da Faculdade Internacional de Curitiba (IBPEX/FACINTER); e em Educao e Informtica pela Faculdade Olga Mettig (FACOMET). Graduada em Licenciatura em Educao Artstica com Habilitao em Desenho pela Universidade Catlica do Salvador (1995). professora titular DE do IFBA da rea de Artes.25DOSSI: A PINTURA NO FORRO DO VESTBULO DA ORDEM TERCEIRA DO CARMO DE MOGI DAS CRUZES (SP)Danielle Manoel dos Santos PereiraDoutoranda em Artes, Instituto de Artes da UNESPBolsista IA-UNESP FAPESPRESUMOO presente estudo de caso apresenta recentes dados obtidos acerca da pintura do forro do vestbulo da sacristia da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, na cidade de Mogi das Cruzes em So Paulo. Fora levado a cabo um estudo amplo e pormenorizado para a anlise minuciosa dessa obra. Alm da busca em fontes primrias no Arquivo Central da Provncia Carmelitana de Santo Elias, foram realizados diversos levantamentos com o auxlio de equipamentos especficos e profissionais especializados, para a obteno de exames de raio X de toda a extenso da pintura, fotografias em ultravioleta, infravermelho, etc. O uso colaborativo das diversas tcnicas empregadas, acerca dessa pintura, propiciou aprofundar o parco conhecimento que havia sobre a obra existente, tal como a identificao de autoria, a tcnica empregada pelo pintor, entre outros aspectos significativos para a compreenso da obra pictrica.Palavras-chave: Pintura. Forro do vestbulo. Fontes primrias. BiografiaDanielle Manoel dos Santos Pereira doutoranda em Artes pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (IA/UNESP), na linha de pesquisa: Abordagens histricas, tericas e culturais da arte, com bolsa FAPESP (2013-2016). Mestre em Artes IA/UNESP (2012), com Bolsa FAPESP (2010-2012). Especialista em Histria da Arte pela UNICSUL (2010). Graduada em Histria pelo Centro Universitrio Assuno - UNIFAI (2007). Membro do grupo de pesquisa Barroco Memria Viva: da arte colonial arte contempornea, IA-Unesp/CNPq. Desenvolve pesquisas sobre das Igrejas coloniais Barrocas no Brasil, sobretudo da regio de Diamantina (MG), Mogi das Cruzes (SP), Itu (SP) e So Paulo (SP) com nfase nas pinturas ilusionistas no forro das Igrejas. Curadoria de Arte Sacra para o Museu das Igrejas do Carmo de Mogi das Cruzes (SP) - (2011-2013).16O RECOLHIMENTO DE SANTA THEREZA E AS PINTURAS DA ESCOLA DE JORGE JOS PINTO VEDRAS: PRODUO DE ARTE SACRA NA SO PAULO IMPERIALEduardo Tsutomu Murayama Doutorando em Artes, Instituto de Artes da UNESPRESUMOO Recolhimento de Santa Thereza foi a primeira clausura feminina de So Paulo, fundada em 1685 por Loureno Castanho Taques, o Moo (c.1641-1708) e Pedro Taques de Almeida (c.1642-1724), em terrenos doados por Manuel Vieira de Barros (1656-1705) na Rua de Santa Teresa, atual Rua Roberto Simonsen, com autorizao diocesana de Dom Jos de Barros Alarco (1634-1700), primeiro bispo do Rio de Janeiro. A capela para os ofcios das recolhidas havia sido re-decorada no final do sculo XVIII com pinturas do padre artista Jesuno do Monte Carmelo (1764-1819). Com a demolio do mosteiro, em 1918, para a construo do Palcio da Cria, os quadros que adornavam as paredes e o teto do templo das monjas carmelitas descalas foram retirados, a pedido do arcebispo Dom Duarte Leopoldo e Silva (1867-1938), e passaram a fazer parte do acervo do ento recm-criado Museu da Cria Metropolitana. Tais composies a maior parte foi doada, em outubro de 1924, para a Capela da Ordem Terceira do Carmo de So Paulo; e o restante, atualmente, faz parte do acervo do Museu de Arte Sacra de So Paulo tinham suas autorias atribudas ao padre Jesuno. Todavia, as pinturas do Museu de Arte Sacra retratos dos Evangelistas e dos Santos Doutores da Igreja podem ser originrias do ateli de pintura de Jorge Jos Pinto Vedras (?-1865), professor da primeira escola de desenho e pintura da cidade de So Paulo, que funcionou entre 1846 e 1865. Documentao da poca demonstra que Vedras e seus discpulos dedicaram-se quase que exclusivamente temtica religiosa, e que sua produo de arte sacra ornamentou inmeros templos da capital a partir da segunda metade do sculo XIX, aspecto da histria da arte paulista do perodo imperial que merece maiores aprofundamentos. Palavras-chave: Recolhimento de Santa Thereza, Jorge Jos Pinto Vedras, Padre Jesuno do Monte Carmelo.BiografiaDoutorando em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP, e Mestre em Artes pela mesma instituio (2010), possui licenciatura em Artes Visuais pelo Centro Universitrio Belas Artes de So Paulo (2003) e especializao em Histria da Arte pela Universidade So Judas Tadeu (2005). Desenvolve pesquisa sobre arte brasileira, com nfase na arte sacra, especialmente a pintura paulista do perodo colonial e a obra pictrica do padre Jesuno do Monte Carmelo (1764-1819). 17IGREJA CATLICA, PATRIMNIO SACRO E NOVAS TENDNCIAS NA PINTURA SACRA NA ITLIA DO SCULO XIXMaurizio RussoInstituto Cultural talo-BrasileiroRESUMONossa proposta uma reflexo sobre as mudanas fundamentais que ocorrem na Igreja Catlica no sculo XIX (especialmente na segunda metade do sculo: a perda do poder temporal, questo estado-igreja, reao a secularizao, reao tendncia laicista, etc.). Todas essas mudanas precisam ser relacionadas com o conceito de patrimnio sacro e com as limitaes que surgem na gesto desse patrimnio aps o nascimento do novo Estado italiano (em particular a tomada de Roma 1870). , obviamente, necessrio ter em conta a mudana na poltica vaticana de Pio IX (syllabus, Non expedit) e as decises do Primeiro Conclio Vaticano (8 de dezembro de 1869-18 de dezembro de 1870). Este o contexto no qual se podem ler as novas perspectivas sobre a arte sacra italiana na segunda metade do sculo XIX. Palavras-chave: Pintura italiana sculo XIX, Patrimnio sacro na Itlia, Primeiro Conclio Vaticano.BiografiaMaurizio Russo Ps-Doutor em Histria Social pela UFRJ, Doutor e Mestre em Histria Religiosa e Cultural (Universit Nancy 2, Frana), formado pela Universit Federico II (Italia), especialista em Histria das Higrejas Orientais, Histria da Arte, Histria do Cinema, pesquisador no programa de pesquisa em Histria da Igreja da Johannes Gutenberg-Universitt Mainz, Alemanha, professor do Instituto Italiano de Cultura, professor do Museu de Arte Sacra de So Paulo.24ENTRE O ROCOC E O NEOCLSSICO: A ARTE RELIGIOSA PAULISTA NOS TEMPOS DO IMPRIOMateus RosadaInstituto de Arquitetura e Urbanismo IAU-USPRESUMOUma das grandes dificuldades para arquitetos e historiadores da arte classificar e nomear obras realizadas em fases de transio entre dois perodos estilsticos. Este trabalho aborda um desses estilos transicionais, que acabou por decorar pouco mais de uma dzia de igrejas paulistas em meados do sculo XIX. O padro ornamental, ao qual chamamos de Imperial Brasileiro, uma transio entre o rococ e o neoclssico, que, por vezes, ainda recupera elementos mais antigos, do barroco. Para uma melhor compreenso e caracterizao do padro, o artigo discorre sobre as caractersticas do rococ religioso, estilo dominante at a dcada de 1830, e do neoclssico, que sucedeu o Imperial e passou a predominar nas decoraes a partir de 1870. A partir disso, traa semelhanas e individualidades que marcam o estilo transicional e observa que houve uma re-leitura dos retbulos, com a adoo de uma estrutura predominantemente neoclssica, mas ainda com elementos simplificados do estilo rocaille. Assim, busca compreender o caminho pelo qual as artes, especialmente a do entalhe, percorreram durante o sculo XIX. Palavras-chave: Rococ, Neoclssico, Arquitetura.BiografiaMateus Rosada Arquiteto, Urbanista e Professor. Mestre em Arquitetura e Urbanismo, cursa atualmente o doutorado em Teoria e Histria da Arquitetura e Urbanismo no Instituto de Arquite-tura e Urbanismo da Universidade de So Paulo (IAU-USP), desenvolvendo a pesquisa Ar-quitetura Religiosa no Estado de So Paulo (1500-1889). Realiza pesquisas sobre a arquitetura dos quatro primeiros sculos no Brasil. Tem tambm trabalhos que versam sobre os seguintes temas: arquitetura religiosa, arquitetura rural, histria do urbanismo, desenho arquitetnico, ma-quete eletrnica, administrao pblica, urbanismo, mobilidade urbana, reas verdes e patrimnio histrico e cultural. pesquisador-bolsista financiado pela FAPESP e professor licenciado da Faculdade de Administrao e Artes de Limeira - FAAL.23SO CRISTVO A SAGA DA PRIMEIRA IGREJA ECLTICA DE SO PAULOJlio MoraesJulio Moraes Conservao e Restauro Ltda.RESUMOA Capela do antigo Seminrio Episcopal de So Paulo, erguido em 1853 na atual Avenida Tiradentes, originou uma igreja to interessante quo pouco estudada e lembrada. Na vila isolada no planalto de Piratininga, que enfim comeava a transformao que a tornaria metrpole, o projeto de um ilustrado religioso belga, sintonizado com as tendncias da cultura europia, associou velha taipa de pilo o primeiro altar no-gtico da cidade, qui do Brasil, a primeira cpula semiesfrica numa igreja paulistana, um observatrio astronmico e um posto meteorolgico, claros sinais de novos tempos. Aps dcadas presente na formao da elite paulista, o Seminrio transfere-se para outro local, o seu terreno dividido e urbanizado, uma ala fatiada por uma rua e pela ferrovia, a capela abriga o rito oriental e enfim transforma-se numa nova parquia, So Cristvo. Diante de si, v o caminho de tropas virar avenida que secciona o bairro, lhe d vocao comercial e aos poucos afasta os fiis. Decai, abandonada, cupins devoram o madeirame, gua dissolve a taipa, paredes se arrunam e o antigo seminrio, virado em cortio de lojas e confeces, incendeia-se repetidamente. Nos ltimos anos do sculo XX recebe uma ampla restaurao, uma universidade tenta instalar ali um curso de restauro, mas s os cupins voltam a ocup-la. Em 2008 o maior incndio interrompe um restauro que apenas se iniciava no seminrio e quase atinge a igreja, que h anos vaga prpria sorte. cidade de So Paulo, a deciso do seu destino final, que de uma forma ou outra se aproxima.Palavras-chave: Seminrio Episcopal de So Paulo, Igreja de So Cristvo, altar no-gtico, incndio, abandono, patrimnio ecltico religioso, ecletismo.BiografiaJulio Moraes So Paulo, 1952. Graduao em Artes Plsticas na ECA-USP, especializaes em restauro no Centro Churubusco-Mxico, ICCROM-Roma, conservador-restaurador de bens culturais mveis e integrados no DPH-PMSP e MAC-USP, com firma prpria desde 1986, ex-vice-presidente da ABRACOR, participou na formao do Curso de Graduao em Conservao e Restauro da PUC-SP, presente em diversos congressos e seminrios sobre patrimnio cultural em geral e conservao e restauro em particular. www.juliomoraes.com.br e www.juliomoraesconsultoria.com.br 18BENEDITO CALIXTO DE JESUS E O SENTIDO DE SUA PINTURA NA IGREJA DE SANTA CECLIA NOS PRIMEIROS ANOS DA REPBLICA: UMA QUESTO HISTRICA E RELIGIOSAKarin PhilippovIFCH-UNICAMPRESUMOBenedito Calixto de Jesus executa a decorao da Igreja de Santa Ceclia entre os anos de 1907 e 1917, anos da instalao e desenvolvimento da Primeira Repblica em So Paulo. Tomando este dado como ponto de partida, poder-se- pensar a produo do artista itanhaense dentro de um sistema visual que igualmente religioso e histrico, no qual a temtica desenvolvida por Calixto corrobora as necessidades prticas do culto catlico Romanizador, aliando arte, histria e arqueologia ao bandeirantismo que toma conta de So Paulo nesse momento. Assim, pode-se pensar na dimenso que sua produo atinge ao se verificar na Igreja de Santa Ceclia a existncia de paradigmas imagticos arcaizantes, exemplificados pela presena de santos mrtires como Santa Ceclia, Santa Symphorosa e Santa Thecla dispostos no mesmo espao de representao do ex-escravizador de ndios tornado santo, Pedro Correa, coroados ainda pela representao dos doze primeiros bispos de So Paulo e dos doze primeiros papas martirizados. Dessa maneira, prope-se discutir os sentidos da decorao de Calixto em meio a esse perodo fecundo da Histria de So Paulo, bem como da Igreja Romanizadora. Portanto, o artista devoto Benedito Calixto faz de sua produo cone da modernidade que se impe lentamente na cidade de So Paulo. Palavras-chave: Benedito Calixto de Jesus, arte religiosa, Igreja Romanizadora.BiografiaKarin Philippov Bacharel em Artes Plsticas pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista IA-Unesp (1997). Possui dois Lato-Sensu, um em Fundamentos da Arte e da Cultura (2002) pelo IA-Unesp e outro em Histria da Arte (2006) pela Fundao Armando lvares Penteado (FAAP). Mestre em Histria da Arte (2008) pelo Instituto de Filosofia e Cincias Humanas da Unicamp e Doutoranda em Histria da Arte pelo IFCH-UNICAMP, desde 2012.19ENTRE O PASSADO COLONIAL E A MODERNIDADE: O SCULO XIX E A IMAGINRIA DEVOCIONAL EM TEMPLOS PAULISTAS Maria Jos Spiteri Tavolaro PassosDoutoranda em Artes, Instituto de Artes da UNESP RESUMOA presena da imaginria religiosa na cultura catlica brasileira uma tradio herdada do perodo colonial, que se estendeu pelos perodos imperial e republicano, chegando aos tempos atuais. Se nos primeiros tempos da colnia as peas modeladas em barro dominaram o universo da imaginria religiosa, gradativamente outros materiais passaram a ser empregados, especialmente a madeira esculpida, policromada e dourada, sobretudo no sculo XVIII, seguindo as linhas dos estilos barroco e rococ. Em atendimento aos padres estilsticos que chegaram ao Brasil no sculo XIX, que valorizavam as linhas classicizantes, novas imagens de vulto passaram a integrar os acervos das igrejas. Essas obras, em grande parte executadas em gesso em escala industrial eram importadas da Europa, passaram a coabitar, chegando at mesmo a substituir as peas remanescentes dos sculos passados. O presente trabalho apresenta duas ocorrncias em templos paulistas, em que se observa o contato entre o antigo e o novo. O primeiro deles o da Igreja de Nossa Senhora do Desterro, Catedral de Jundia, templo originalmente de linhas coloniais que, no sculo XIX foi totalmente reformado, inclusive o seu acervo de imaginria, para atender ao estilo neogtico. O segundo, o da igreja da Ordem Terceira Franciscana, na capital, onde mesmo no sculo XIX, ocorreu na talha uma permanncia de um gosto de caractersticas setecentistas, que no entanto passou a abrigar um conjunto de imagens onde convivem o passado colonial e as tendncias oitocentistas.Palavras-chave: Imaginria devocional, esculturas em gesso, arte sacra.BiografiaMaria Jos Spiteri Tavolaro Passos. Doutoranda em Artes Visuais no Instituto de Artes da UNESP, Mestre em Artes e Licenciada em Educao Artstica e Bacharel em Artes Plsticas pela mesma instituio. Docente do Curso de Artes Visuais da Universidade Cruzeiro do Sul (SP). Pesquisadora das Artes Visuais nas reas de Histria da Arte, Histria da Arte Brasileira, Arte-educao, membro do grupo de pesquisa Barroco Memria Viva: da arte colonial arte contempornea IA-UNESP/CNPQ. Autora de textos a respeito de arte brasileira e processos de criao, tem entre suas principais publicaes: Antonio Lizrraga (EDUSP, 2004), Barroco Memria Viva: a extenso da universidade (In: Arte Sacra Colonial. Edunesp, 2001/2006) e Imaginria Religiosa Brasileira: em busca de uma arqueologia da beleza (In: Teologia e Arte. Paulus, 2011). 22O RESTAURO DO PATRIMNIO NEOGTICO PAULISTAProf. Dr. Marcos TognonIFCH-UNICAMPRESUMOA coordenao do restauro arquitetnico de 4 igrejas neogticas na Mogiana paulista, entre 2010 e 2015, nos possibilitou um estudo de reviso da historiografia artstica sobre um estilo decorativo que at hoje considerado por muitos um fenmeno historicista, ecltico, e muitas vezes sem grande interesse para as polticas de preservao no Estado de So Paulo. De fato, so poucas os monumentos religiosos de matriz neogtica que so preservados pelo Governo estadual, e, muitas vezes a justificativa principal pela preservao outorgada pela escala monumental no contexto urbanstico, ou pela importncia e fatos sociais atribudos ao monumento, como assim se encontra por exemplo a Catedral da S na capital. Mas raramente o fenmeno neogtico no Brasil, e particularmente em So Paulo, fenmeno de tanto sucesso entre os sculos XIX e XX em todo o ocidente, foi interpretado como uma das grandes oportunidades histricas para a afirmao das novas tecnologias emergentes nos Oitocentos, como o cimento armado e as alvenarias de tijolos estruturais, a aplicao dos pr-moldados em ornatos e pisos hidrulicos, das estruturas metlicas e dos grandes caixilhos e seus vitrais modernos, da erudio compositiva em uma linguagem arquitetnica absolutamente indita no cenrio nacional. O neogtico em So Paulo explica inclusive a forte atuao dos imigrantes e suas aptides nas artes e ofcios, e nos estimulou para uma profunda reviso nos procedimentos de restauro, conservao e valorizao das manufaturas integradas nesse patrimnio sacro to paulista!BiografiaGraduado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Ribeiro Preto (1988), mestrado em Histria da Arte pela Universidade Estadual de Campinas (1993) e doutorado em Storia Della Critica Darte pela Scuola Normale Superiore (Pisa, Itlia 2002). Atualmente professor doutor da Universidade Estadual de Campinas, na rea de Histria da Arte. Tem experincia na rea de Arquitetura e Urbanismo, com nfase em Histria da Arquitetura e Urbanismo e Restauro dos Bens Culturais Edificados, atuando principalmente nos seguintes temas: Histria da Arquitetura no Brasil, Histria da Conservao do Patrimnio Histrico-Artstico, Crtica de Arquitetura, Histria das Tcnicas construtivas histricas e Inovao Tecnolgica do Restauro Arquitetnico. coordenador do I.P.R. (Inovao e Pesquisa para o Restauro) da Agncia de Inovao da UNICAMP e foi conselheiro do CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimnio Histrico Artstico Arqueolgico e Turstico do Estado de So Paulo), mandatos 2002-2004 e 2006-2008, alm de presidente do CONDEPACC de Campinas em 2001. Atua na assessoria tcnica para projetos e obras pelo Programa Inova nos Municpios. Foi coordenador do Centro Cultural de Incluso e Integrao Social da UNICAMP, na Estao Guanabara, Campinas, entre 2006-2008 e 2010-2012.21A ESPIRITUALIDADE MARIANA E SANTORAL A PARTIR DE MEADOS DO SCULO XIXDom Loureno (Joo Luiz) Palata Viola, OSB Faculdade de Filosofia e Teologia de So Bento de So Paulo Mosteiro de So Bento de So Paulo RESUMOPequena apresentao do contexto espiritual devocional - mariano e santoral - a partir do sculo XIX com destaques particulares para algumas invocaes da Virgem Maria e de alguns santos, bem como seus promotores e o surgimento de novas irmandades e ou movimentos em torno destas devoes. Palavras- chave: Espiritualidade, Devoes, sculo XIX. Biografia Dom Loureno monge sacerdote da Ordem de So Bento da Abadia de Nossa Sra. da Assuno de So Paulo. Cursou Filosofia (Seminarstico)2010 e Teologia (Graduao)2014 pela Faculdade de So Bento de So Paulo (FSB So Paulo/SP). Atualmente realiza pesquisas na rea de Espiritualidade, Mstica e Vivncia Crist e ministra cursos formativos bem como pregao de retiros e assistncia espiritual. 20