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ANO II -N .o !08 D o m in g o , 2 2 d e J a n e ir o d e 1933 ■REGISTO N.°_. esta n te
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(D efensor dos in teresses Locaes)
jiiiiiiiMiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimtiiiiiiiimL§ D irecto r: 3S Dr. M. Psuiino Gosues |S . E d íto r:= J. A. Xavier Lopes
Administ,: ^ ‘Sj*~ Joaquim Ameixa g1 ^ASSINATURÂSI * 1 h jS Série de 10 num. 2§90 Sg ANÚNCIOS H w= (Contracto especial) §
| . . . . VISADO ~P?lTCENSURA | ^" ^ I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I M I I I I I I I I I I I I l I l F
Composto e Im presso I Propriedade da Emprezana Tipografia S I M Õ E S — SETfUBftL I de Publicidade do «Montijo»
Eedaeção e âdministração Praça 1.° de I*laio - PI O M T I ] O
C asas E c o n o mi c a s ATITUDES C a s a s E c o n o mi c o si i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i
Vai proceder-se finalmente, em Montijo, á construção da primeira casa no «Bairro do Parque», A iniciativa do Município de realizar um plano metódico de melhoramentos urbanos deu ensejo á edificação desta e doutras c'asas que em bréve se lhe vão seguir.
Está portanto posto o problema da habitação higiénica para o povo o que não é só da responsabilidade dos Municípios, mas de todas as classes dirigentes no seu conjunto e na sua maior amplitude. Partidos políticos, imprensa, escritores, professorado, gente abastada, a Igreja com a sua função de caridade e assistência, todos esses — todos nós— são ou somos cúmplices do problema de habitação higiénica e económica, que nesta vila, está por resolver.
Desnecessário é encarecer a sua importância, quer sôb o ponto de vista moral e social, quer sob o ponto de vista da técnica da urbanização.'
As familias, bem formadas, de Montijo, têm descurado completamente êste assunto que lhe deveria interessar profundamente. E, mal nos irá, se continuarem nesta mesma indiferença pois não deve ser considerada apenas como caso de construção e rendimento, deverá ser tambem e, principalmente, de educação.
Eduacação, primeiro, dos próprios que se julgam educados, e até educadores, mas de facto o não estão, nem são de verdade, como elementos de acção nacional social e cívica, visto qúe não sabem, nao veem, não sentem o que se passa, nem sofrem da vergonha que sôbre eles recai quando alguem visita os novos bairros do Serrano e do Mouco, por nem sequer lhe procurarem dar remédio,
Por essa miséria se explica que os seus habitantes não só se resignam a viver como vivem, em verdadeiras cavernas, mas sejam actualmente incapazes, pão apenas de compreender a possibilidade de se instalar melhor, senão também de manterem instalações menos horriveis, se por milagre as obtivessem de repente.
O chefe da familia em vez de cuidar da sua casa vai para a taberna e por vezes ao servir certas teorias deixa- se arrastar passando a ser conhecido por avançado, quando no final o que êle deseja é um lar, onde possa viver com os seus e poder ter junto a êsse lar uma parcela do solo nacional, aonde aplique os momentos que o seu oficio lhe deixe livres.
E’ porém indiscutível que a habitação isolada na qual «só uma familia viva* cercada de um quintal ou jardim contribui muito mais para o desenvolvimento do espirito familiar e dignificação do lar.
Para essa solução, devem tender portanto todos os objectivos.
—«A habitação não se deve limitar á demarcação durn cubo de ar mínimo nos seus compartimentos, porque a posse de um espaço livre de soluções
Através de toda a nossa Vida temos tido sempre o cuidado de manter uma coerência absoluta entre os nossos gestos c a s nossas afirmações. Assim estam os inteiramente convencidos de que, tanto quanto nos tem sido possível, vimos correspondendo, desde que chegámos á idade da responsabilidade, a uma linha de conduta que nos não p e rturba a consciência, qualquer que seja o lado por que pretendamos encarar êste assunto.
Não julgue, porém, quem nos ler, que a nossa c onv icção Vai a t é ao ponto de nos julgarmos infalível, como um papa, ou de crermos que jámais tenha havido luta entre o nosso eu e a realidade dos factos, no desempenho da nossa missão dentro da sociedade.
Pelo contrário, quantas vezes essa luta se patenteia a rdorosamente, violentamente, tragicamente mesmo, mantendo em equilíbrio, dentro do nosso espírito, as tendencias inapagáveis do nosso instinto com a voluntariedade forte da nossa ajustada razão. Nem sempre esta terá levado a melhor. Nem. sempre a execução do acto deixa de sofrer o influxo da jnciinação ntuural uu organisino real em contraposição ao sentimento individual, que procura superar e destruir aquêle.
M as — é êste o nosso pendão de glória i — nunca nos deixámos dominar, em absoluto, pela fôrça do ins tin to ; nunca deixámos, na quási unânime maioria dos casos, de cumprir rigorosamente os deveres principais da honra, da lealdade, da solidariedade e da humanidade.
E ’ por tudo isto que sempre tivemos pela honra alheia um re s peito, que nos leva a não cuidarmos, de ânimo leve, dos actos pra ticados pelos nossos semelhantes. E ’ por isso que pomos sem ore de r e missa tudo quanto o «d iz-se» propala àcêrca de qualquer homem, nosso amigo ou nosso inimigo.
■ oBem sabemos que há naturezas fracas, mais pred isp ostas umas
que outras a deixarem-se dominar por influências estranhas, de tal forma que muitas Vezes são arrastadas á prática de actos que repugnam ao próprio ser, que contradizem quási sempre a mesma essência .e sp iritual do ggente.- Bem conhecemos ainda que na vida do homem, há intervalos ou fases de perturbação orgânica e anémica que, enfraquecendo o físico e debilitando o espírito, impele o homem a um estado de quási inconsciência, que deforma por completo o seu conjunto sensorial.
Estes intervalos ou essas fases não devem nunca constituir uma regra assente e definitiva sôbre a qual se deva ou possa cupular o juizo final àcêrca da atitude do paciente.
Muito menos, em nosso entender, essas evidentes anomalias nos devem guiar no exame definitivo do carac te r alheio, tanto mais quanto êsse caracter, posto a prova em semelhantes circunstâncias, manteve uma linha de irrepreensível estru tura moral,.que contrasta em absoluto com as curtas crises do niemcnto. E ainda, finalmente de remissa se devem colocar todas essas, fugazes a lterações, desde que a razão do paciente, alarmada com o seu próprio desprestigiante acto, clama vigorosamente contra êle, repudiando-o, negando-ílie a consciência exata da sua pratica e mantendo a través de tudo o desejo de possuir intacta a pureza da sua honra sempre patenteada num longo passado de firmeza e dc coerência.
Por mais implacável que deva ser a justiça humana, ela não pode restringir-se a um exame superficial, que muitas vezes a iluda e quási sempre deturpe o seu sentido de equidade, e de equanimidade;.
O carac te r frio, sereno, recto, da Justiça t< m, an tes de pronunciar-se sôbre qualquer atitude, de apreciar o somatório de gestos dum pretérito, que um unico gesto nãó é capaz de desfazer. Por nós assim ajuizarnos,
P, 0.
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suficientemente amplo que enquadre e envolva, é absolutamente indispensável» — (dr. José Alberto de Faria).
O seguimento destas directivas viria dár no bairro do parque um novo aspecto à vila, aformoseando-a e tornando-a mais variada e.simpática; tanto mais que a zona, hoje em campo entre êste bairro e a concessão para o aero-porto, à «beira-ro ■>deverá, se as vereações souberem tirar partido da sua situação topográfica, da sua exposição ao sói e do riquissímo cenário que a rodeia, tornar-se numa bela cidade -jardim.
Se optarem pelas construções em grandes blocos ou ficará o novo bairro consequentemente a área cilada com um aspecto monótono e desacolhedôr dessas filas intermináveis de cazas abarracadas, encostadas umas às outras, para as quais o operário nenhuma atracção póde sentir e em que náda o prende para se dedicar ao seu lar exclusivamente.
Esperemos que em Montijo, que certamente vão surgir, os mesmos erros feitos em Aldeia-óalega se não repitam.
C arlos H yda lgo Gomes de L o u re iro
PeSo m m districtoE M S E T Ú B A L
Três mil coníos para casas economicas
Tendo o sr. governador civil de . Setúbal representado a Caixa .Geral de Depositos, Crédito e Providência sobre a urgência da construção de um bairro operário naquela cidade, o respectivo Conselho de Administração ponderou as razões alegadas por aquela autoridade e votou a verba de «três mil contos» para este importante melhoramento.
D R . A F O N S O C O S T Aiiiiiiiiiiii
Há dias lemos nos jornais que o eminente político républicano sr. dr. Afonso Costa tinha sido demitido do lugar de professor do Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras.
Vemos agora também nos jornais que o sr. dr. Fernando de Castro apresentou ao Supremo Concelho de Administração Pública o recurso do eminente estadista contra despacho de demissão,
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Mapa da Assistência dispensada pela Misericórdia de Alhos V edros, ofertas de donativos, etc, durante os mêses de Julho a D e
zembro de 1932
H E R Ó I C A M I S S Ã O A L M A N A Q U E
A s s i s t ê n c i a
Medicamentos abonados a doentes pobres, externos, quantidade 137, importância 1.335$20; Pensões mensais a velhos de ambos os sexos impossibilitados de trabalhar (pensionistas),16, 980$00 ; Socorros urgentes a órfãos e a viúvas, 80$00; Socorros distribuídos a pobres, de passagem, 7$50 ; Radiografias a pobres nos hospitais de Lisboa, 5; Pago por transporte de doentes pobres ao hospital de Lisboa, 34$40; Consultas grátis a pobres, no posto médico e em suas casas, 137 ; Tratamentos efectuados no posto médico, 256 ; Operações de pequena cirurgia, no posto médico, 14; Guias passadas a doentes pobres para internamento urgente nos hospitais de Lisboa, 16; Vacinações a menores e a adultos, 72.
O f e r t a s
Da Ex.“a Junta Geral do Distrito, para a construção do Asilo, 500$00; Da Ex.ma Câmara Municipal da Moita, para receiturário médico, 500$00; Da Regedoria de Alhos Vedros (produto duma multa), 4$00 ; De dois anónimos, 14$00; Pela cedência dá carrêta funerária, 60*00.
I m p o r t â n c i a s a n g a r i a d a s
Produto líquido da Semana da Misericórdia, para construção do Asilo, 2.402$60; Produto da venda dum bilhete pela lotaria do Natal, 380$00; Produto do espetáculo realisado em11-12-932 pelo Grupo «Onze Amigos» do Seixal, 465$00 ; Contribuição volun* tária por meio de cótas, 1.813$00.
N o t í c i a s p e s s o a i s
H n iv e r s á r io s
F a z e m a n o s :
Completa hoje 68 anos 0 sr. Hen- riques Caetano, nosso presado assinante e regedor da frèguezia de Montijo.
— A’manhã a sr.* D. Líbia da Conceição Relógio e o nosso particular amigo Severo das Neves Gouveia.
— Na quarta-feira a menina Ivone da Conceição Marques Neto, gentil filhinha do nosso muito presado assinante de Lisboa, sr. João Gabriel da Silva Neto.
— Na sexta-feira a sr.1 D. Palmira Emilia da Silva Araújo, esposa do nosso muito estimado assinante e anunciante sr. António Pereira da Silva Araújo.
— No sábado a sr.a D. Maria Tereza Marques.
D o e n t e
Fsteve doente, e encontra-se já em franca convalescença, o nosso amigo sr. Domingos Marques Mendes, filho do nosso estimado assinante sr. Domingos Mendes e aluno do terceiro ano do liceu de Bocage em Setúbal.
M a jo r Vélhinho Correianimiiim
Tivemos 0 prazer de vêr na passada semana nesta vila 0 nosso muito querido amigo e assinante sr. Major Francisco Gonçalves Vélhinho Correia, antigo Ministro da Rèpública e ilustre professor da Escola de Guerra.
Com todo o re sp e ito , ao sr . Á lvaro Z e íe r in o V alente, ilu stre com andan te da A ssociaefto H um anitária dos B om b e iro s V olun tários de M ontijo .
N o céu nem um a estrêla só brilhava E na terra v iv a lm a não se vía,Só o som do rebate recrescia Vindo p 'lo norte agudo que soprava.
A terra em fô fa cama descançava N ão ligando importância ao que se ouvia,Só o bombeiro à pressa se vestia E, resoluto, a cama abandonava.
Lá v a i velozm ente entre a v ida e a morte,O soidaclo da p a z unir-se, forte ,Aos companheiros dessa heróica vida !
E só regressa ao lar de m adrugada,Onde sua filh in h a agasalhada,Lhe d i z : — Já tens tua m issão cumprida !
A l f r e d o O l i v e i r a
(a Pedro Cabral)
Oh ! ca rid a d e! o h ! deusa om nipresen te!Quando envolta em beleza peregrina Passas na vida, suave e crista lina ,Então, eu te contemplo, anciosam en te!. . .
R utilando, a sorrir, de m ente em m e n te .. .Tu vais, depois, com tua mão d ivina ,Tacteando a dôr, que surge em cada esquina, Como um fa n ta sm a que ninguém pressente ! . . .
Pois, do teu seio, sôbre a dôr raivosa,Pela estrada in fin ita da existência,B a ix a s , . . ora um a l u z . . . ora uma ro sa . . .
E, do esplendor sublime que as sustem ,Constroes, enfim , ao S ó i da consciência,O verdadeiro templo — o amor do Bem ! . . .
Lx’-2-l-1933.A l v e s F u r t a d o
Secção literariaicias
. . . A minha literatura
Dizia uma mulher, madame Snve- tchine, que: «há homens que nunca fa lam de si próprios... sem que todavia falem doutra coisa».
Profundo conhecimento do mundo e dos homens deveria ter tão insigne escritora para tal comentar.
.. .E teria razão ? — preguntaes vós intimamente...
Absoluta!... Porque 0 homem foi e será sempre um ser indefenido e complicado.
Mixto de Deus e de demónio, de santo e de pecador...
.. .Êle foi Jesus Cristo e Nero, S. Francisco de Assis e Torquemada; foi Sócrates e Calígula, Luiz IV e Tibério.
Dos mais humildes, que rastejam como reptis, aos soberanamente poderosos que dominam o mundo, eu, intelectualmente, defino-os em três classes : os que nada valem», «os que va-
Do distinto jornalista e nosso prestante colaborador sr. Pinto Guimarãis, filiado no Sindicato da Imprensa Por- tuguêsa, recebemos um interessante almanaque para 0 ano corrente, intitulado Setubalense e inteiramente dedicado á cidade que lhe deu o nome.
E’ uma obra digna realmente de ser adquirida dor todos os setubalenses e também por todas as pessoas que tenham interêsses na capital do nosso distrito, pelo conjunto de informações que lhes prestam de ordem local e ainda pelas de ordem geral.
Pinto Guimarãis, fundando o «Almanaque Setubalense» presta um relevante serviço a Setúbal, sendo de esperar.que a sua população corresponda ao seu importante gesto.
«Montijo» agradece a gentileza da oferta e 0 seu director as palavras amáveis que Pinto Guimarãis lhe dirige
lem alguma coisa» e «os que são alguém».
Os primeiros são pigmeus que vegetam ; os últimos são gigantes que se impõem ; e os do meio... os que valem alguma coisa, é que são os mais indefenidos e complicados...
Suponho que foi, talvez, dêsses que Sainte-Beuve disse um dia «vale mais Ler um homem do que dez livros».
Pois são raros aqueles que se compenetram do valor que possúem..
Mas felizmente ainda há alguns que teem 0 bom senso de reconhecer 0 que valem, e que passam uma vida inteira sem nunca fazerem estendal da sua personalidade e da sua inteligência.
Mas outros, Meu Deus ! embora tenham algum merecimento — mas não tanto como -0 que julgam ! — atiram- nos com a sua vaidade á cara, que até se esquecem de que 0 célebre Rousseau, costumava dizer: «Se há alguem a quem a vaidade faça feliz, com certeza êsse alguem é um tolo».
.. ,E' tão bonito e tão nobre ser-se modesto que até, ás vezes, acontece, que, quanto maiores são, mais modestos se sentem !
E eu conheço um assim em Portugal :
Gago Coutinho .Imaginem, se êsse grande Português
— seguindo as pisadas doutros que ao
Do “ Diario de Notícias” iiiiiiiiiiii
Uma comissão de pequenos proprietários do Montijo pediu ontem ao ministro da Justiça que estude uma forma que permita aos senhorios despedir os inquilinos que lhes não pagam as rendas, sem os avultados encargos da justiça,
O sr, dr. Manuel Rodrigues prometeu dar ao assunto uma resolução rapida,
José Nunes SoldadoTambém nos visitou num dos dias da
passada semana, 0 nosso estimado assinante da vila de Canha, sr, José Nunes Soldado.
JllllllllllllUIIIIIIIIIIIIIIIIIlilílIlllllllllllllUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
( Efemérides da Semana |iMiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii|iiiiii|iiiiiiiiiimiiiiiiiiiiiiiiiitlF
Faz àmanhã 28 anos que faleceu 0 grande artista cerâmico e caricaturista Rafael Bordalo Pinheiro.
— No dia 26 de Janeiro de 1800 nasceu 0 grande poeta do Romantismo António Feliciano de Castilho.
— Em 28 de Janeiro de 1908 deu- se em Lisboa a primeira tentativa para a implantação da Rèpública, e foram, por isso, presos 0 dr. Afonso Costa, visconde de Ribeira Brava, Alvaro Pope e outros.
— No mesmo dia de 1924 faleceu o eminente sábio dr. Teófilo Braga
pé dêle nada são e nada valem — lhe desse um dia para ser vaidoso 1
. . .Poderia se quizesse espesinhar multidões, que tinha 0 direito, pelo seu nome glorioso, de o fazer !
Mas não, porque os que são alguem, pouco se importam com 0 seu valôr... os outros reconhecem-no, mas êles não 0 apregoam.
Vejam que contraste êste, se não é muitissimo mais agradável ouvir-se dizer dalguém: «Aquêle rapaz tem valôr ! Tem merecimento !,..» do que o próprio, que se julga alguém exclamar:
«Néscios!,.. Eu sou inteligente!... Eu sou incomensurável!..,»
.. .A h! Meu grande Washington, quem tinha razão eras tu, quando um dia disseste para o mais enfatuado dos teus súbditos:
«Não faças como os pavões reais, que estão sempre preocupados com as penas»,, .
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Assembleia Geral da Banda Democrática 2 de Janeiro realisada
em 17 de Janeiro de 1933iiiiiiiiiiii
Presidência, Dr. António Gonçalves Rita. Secretários, Lucio Lopes J.or, e Manuel R. Futre.
Depois de apreciados diversos assuntos de interêsse colectivo, deu-se inicio á ordem dos trabalhos constantes dos avisos convocatórios, e que eram: apresentação do Relatório e contas da Direcção, e eleição de novos corpos gerentes.
Aprovado por unanimidade o Relatório e contas, bem como o parecer do Conselho Fiscal, o qual concluia por voto de louvôr à Direcção cessante, a eleição de novos corpos gerentes para o exercicio de 1933, deu o seguinte apuramento final.
Assembleia Oeral — Dr. António Gonçalves Rita, Lúcio Lopes J.01', Manuel Rodrigues Futre, e António Mendes Bastos.
Direcção — Carlos António da Costa, José Luiz Cardeira, Francisco Joaquim dos Santos, Joaquim da Silva Su- peles, José Machado e Joaquim Lucas.
Conselho Fiscal — António da Fonseca Onofre, José António Teodoro da Silva, e João dos Santos Varo.
M a n u e l F r e i r e C a r i allllllllilil
Este nosso estimado conterrâneo tendo sido alinhado no grupo do União Foot-Ball Club de Lisboa que jogou ultimamente em Lisboa contra o gfu- po nacional que deve defrontar-se com os representantes de Hungria, sofreu durante o treino a fractura duma clavícula, pelo que teve de recolher ao hospital, a fim de ser sujeito a uma melindrosa operação.
Fazemos votos para que o distinto jogador do Aldegalense Sport Club se veja rapidamente curado.
D r. Jo rg e Capinhaiiiiiiiiiiii
Lemos nalguns jornais que o sr. dr. Jorge Barros Capinha, antigo deputado e ilustre medico em Evora, tinha aderido à União Nacional.
Estamos autorisados a afirmar que aquele vélho e denonado républicano não aderiu à situação e se mantém absolutamente fiel aos princípios cons- titucionalístas que sempre tem defendido.
D a v i d d a C u n h a M a r t i n siiiiiiiiiiii
Tivémos o prazer de vêr nesta vila, na semana finda, êste nosso presado assinante de Canha.
O B I T O S
Faleceram na passada semana nesta vila a sr." D. Maria da Conceição Sousa Rama, cunhada do comerciante desta vila sr. António Pereira Duarte e o sr. José Marques Contramestre, tio do sr. Joaquim Marques Contramestre, com relojoaria e ourivesaria na Praça1.° de Maio, tambem desta vila.
ANOKCID A n u n c i o
C O B R A N Ç AVamos proceder à cobrança
da 3.a série do nosso jornal.Pedimos, pois, a todos os nos
sos dedicados assinantes, a fineza de pagarem a sua assinatura, para nos evitarem dificuldades de ordem administrativa. Sucede, porém, que alguns assinantes de «Montijo» ainda não pagaram a sua assinatura respeitante à l.a e 2.a séries. Caso idêntico, acontece também com alguns dos nossos anunciantes.
Esperamos, que de futuro, não suceda o mesmo, com aquêles que costumam ser refractários...
A todos quantos nos atendam no nosso justo pedido, apresentamos antecipadamente os mais sinceros agradecimentos.
A A d m i n i s t r a ç ã o
A N O SNo dia 17, fez anos, a Sr.,H D.
Luciana Fernandes Candeias, esposa do nosso estimado assinante, António Marques Candeias.
Cine-Parque
Hoje — em duas sessões exibir-se- ão o drama sonoro «Sob os telhados de Paris», com os melhores artistas e a fita falada, em português, «Amor de Mãi», em que é protagonista a célebre cantadeira de fados, Ercília Costa, além de outras fitas sonoras.
S o c i e d a d e M a r í t i m a d e T r a n s p o r t e s L . da
O Grupo de acionistas que subscreve iutegralmente as acções da Sociedade Maritima de Transportes, está disposto a ceder, ao preço de Esc : 100$0() cada acção (Valor nominal) parte dos titulos que adquire, a quem os requisitar até ao dia 51 de Janeiro de 1933 na sede da Sociedade Maritima de Transportes L.da — Montijo.
Ao Grupo fica reservado o direito de :
1.° Preferir os pertences compradores.
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(Unica publicação)
No dia 22 dc Janeiro corrente, pelas 15 horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, sito na Rua Dr. Afonso Costa, desta vila, pelos autos de execução por custas c selos que o Ministério Público move cortra Francisco de Araújo, do Barreiro, vai pela terceira Vez á praça, para ser arrematado por quem maior preço oferecer, o seguinte :
«Préd io de lo jas e pr im e i ro andar, s i tuado na Rua 5 de Outubro, da vila do Barreiro, n ú m e r o s 58 e 40, se rv indo a loja de p a d a r i a , com fo rno de c o s e r pão , ava l i ado em 20.000$00 e Vai á praça sem Valor.
Pelo presente e respectivo edital são citados quaisquer credores incertos para assistirem á arrematação e deduzirem os seus direitos.
Montijo, 14 de Janeiro de 1955.
0 Escrivão do 5.° Oficio,
J o ã o F r e d e r ic o d e B r it o Figueirôa J ú n io r
Verifiquei a exactidão,
0 Juiz de Direito,
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ANUNCIO(2.a publicação)
No d ia 29 do corrente mez de Janeiro pelas 15 horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca e pelos autos de axecução hipotecária em que é exequente Custódio de Oliveira Fresco, solteiro, agricultor, morador no sitio do Carvalhinho, frèguezia da Moita, e executada Ana Pessoa de Oliveira, viiíva, proprietária, moradora no referido sitio do Carvalhinho, vae pela primeira vez á praça para ser arrematado por quem maior preço oferecer acima do valor da sua avaliação, o seguinte! Uma fazenda composta de terra de semeadura, vinha, árvores de fruto, casas e poço, no sitio do Carvalhinho, frèguezia da Moita, prazo foreiro em 5$0(J anuaes e uma galhinha ou $48 por ela, sujeito á actualisação, des-
(Unica publicação)
No dia 22 de Janeiro corrente, pelas 15 horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, sito na Rua Doutor Afonso Costa, desta vila, pelos autos de execução fiscal que a Fazenda Nacional move contra Mariana Barbosa Gomes Neto, de Lisboa, vai pela segunda vez â praça, para ser arrematado por quem maior preço oferecer acima de metade do seu valor, o seguinte :
* Prédio formado por uma fazenda, composta de terra de semeadura, denominada «Bocarra», no siiio do Brejo, freguesia de Alhos Vedros, no valor de 70.153$60, e vai á praça por 35-076$80.
Pelo presente e respectivo edital são citados quaisquer crédores incertos para assistirem á arrematação e deduzirem os seus direitos.
Montijo, 14 de Janeiro de 1933.
O Escrivão do 3.° Oficio,
João Frederico de Brito Figueirôa Júnior
Verifiquei a exactidão
O Juiz de Direito,
./. T^aposo
crito na conservatória desta comarca sob o n.° 1696, que vae á praça no valor de 13.904$00, Pelo presente e respectivos editais são citados quaesquer credores incertos para assistirem á praça e deduzirem os seus direitos.
Montijo, 6 de Janeiro dc 1933.
0 Escrivão do 1.° Oficio,
oAlvaro ‘Pedro Baptis/a ‘Pereira.
Verifiquei a exactidão
0 Juiz de Direito,
J. Raposo
P A U L I N O G O M E SA d v o g ad o
M O N T I J O
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Analisada oficialmente pelo Professor
C H A U L E S L E P I E R R 1
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Avelino de Jetut Relogio-montijo