Icones do Tempo Nº 0

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Nº .0 Nov. Dez. 2012 PORTOJOIA . DENISSOV LINCE . UM MUSEU DE FAMILIA . APRESENTAÇÃO RED BULL STRATOS . HUBLOT $5 MILLION . AIR FORCE ONE . SERRA DA FREITA

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Nov. / Dez. 2012. Uma revista que fala de todos os relógios e outros temas.

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PORTOJOIA . DENISSOV LINCE . UM MUSEU DE FAMILIA . APRESENTAÇÃO RED BULL STRATOS . HUBLOT $5 MILLION . AIR FORCE ONE . SERRA DA FREITA

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[email protected] WWW.CATWATCHES.COM

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Quem gosta de relógios e ler sobre o tema já encontrava nas bancas excelentes publicações especializadas na matéria. Nós próprios que ansiamos por novidades sobre o tema, também vasculhamos muitas vezes nos quiosques e tabacarias, na ânsia de encontrar as últimas edições dessas publicações especializadas em relojoaria. Ao folhear as páginas dessas revistas ficamos com os olhos em bico frente às imagens e informação prestadas. A base e o grafismo são de excelente qualidade, o nível de conhecimento técni-co é do melhor e as fontes são de inquestionável confiança.No entanto, para nós e para o mais comum dos cidadãos, no fim de folhearmos essas publicações fica quase sempre uma estranha sensação de que falta qualquer coisa. Não porque a publicação seja insuficiente, pelo contrário, mas porque, regra geral, só falam sobre uma gama de modelos e marcas que, normalmente, só em sonhos é acessível à maioria dos leitores. Aqueles que também adoram reló-gios mas que apenas dispõem de algumas centenas de euros para comprar o seu, ficam sem informação para poder escolher “aquele” relógio que realmente querem e podem comprar.Foi a pensar no preenchimento desse espaço que projetamos levar por diante a publicação “ICONES do TEMPO”, uma revista bimensal com publicação digital e que não pretende ser mais uma concorrente às já existentes mas, antes, um complemento destinado a um nicho de leitores e anunciantes para quem, como explicamos acima, “falta qualquer coisa”.Os conteúdos serão abrangentes, falaremos sobre os modelos de alta relojoaria e também sobre os mais económicos, mas, essencial-mente, dedicaremos as nossas páginas ao relógio com marca, quali-dade e preço, mas, sobretudo, acessível ao cidadão comum.Outra grande novidade da nossa revista é o seu preço. O que você pagou por esta revista é o mesmo que vai continuar a pagar pelas outras: Zero euros, será completamente gratuita.A nossa publicação é digital e de acesso livre. Está nos nossos pla-nos, brevemente, levar esta revista a mais de dois milhões de poten-ciais leitores, basta que estes tenham um computador, Ipad ou smar-tphone com acesso à internet e podem fazer o download do ficheiro ou consultá-lo direto através do nosso site. Isto a qualquer hora, em qualquer lugar e sem qualquer custo.A revista Icones do Tempo é vossa, trabalhamos para isso.

A. R. - Coordenador Editorial

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www.lambrettawatches.com

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Contra Relogio

Tatiana Barros Ferreira foi a vencedora do prémio PORTOJOIA DESIGN

Tatiana Barros Ferreira, aluna da escola Contacto de Autor, foi a grande vencedo-ra do prémio PORTOJÓIA Design 2012. A jovem utilizou um coração e a proa de um barco como simbologia na sua peça, que tinha como tema a Alma Lusa. O júri distinguiu ainda com uma men-ção honrosa, Maria Luís Cardoso, aluna na mesma escola. A 8ª edição do Prémio PORTOJÓIA DESIGN tinha como objetivo distinguir pela inovação e design peças de joalharia e ourivesaria de adorno pessoal, decorativas e originais.

Relojoaria nacional está a exportar mais

Na véspera da PORTOJÓIA - 23.ª Feira Internacional de Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria, os números eram igualmente favoráveis para a relojoaria portuguesa. Segundo o trabalho de análise do GIE da AEP, este segmento da indústria voltou a registar em 2011 um «elevado crescimen-to» nas exportações (mais 19,9%), na or-dem dos 72,8 milhões de euros. Cresceu menos do que há dois anos (58,6%), mas voltou a crescer – o que, aliado, ao decrés-cimo das importações, permitiu uma «redu-ção substancial» do défice comercial. «De notar que o peso das exportações des-tes produtos nas exportações totais nacio-nais, apesar de se situar a um nível redu-zido, mais do que quadruplicou entre 2001 e 2011 (passou de 0,04% para 0,17%), um sinal revelador da importância crescente que estes produtos têm vindo a registar na estrutura das exportações portuguesas», sublinha o relatório da AEP.

Na corrida para a Casa Branca, os relógios também foram motivo de notícia, isto por-que, na campanha para estas eleições, nem o atual presidente democrata nem o seu ad-versário republicano traziam relógios suíços no pulso.O presidente Barack Obama, prefere um Jorg Gray 6500 igual ao da foto, movimenta-do por uma máquina japonesa da Citizen e que lhe foi oferecido, no seu aniversário pelo pessoal dos Serviços Secretos.

Esta marca, até há pouco tempo quase desconhecida, saltou para a ribalta graças a este cliente famoso.

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A Audi apresentou um protótipo de uma bicicleta eléc-trica que reune o que há de mais evoluído em tecno-logia para este tipo de veículos. A Audi e-Bike recorre a materiais compósitos, à base de fibra de carbono, o que lhe confere um peso de 600 g cada roda e um quadro de 1.6 Kg, no total, incluindo baterias e motor, o conjunto pesa apenas 21 Kg. A bicicleta foi totalmente desenhada e construída por técnicos da marca. A tração pode ser feita só com os pedais, com o apoio do motor eléctrico de 3,1 Cv, tipo pedelec, ou só com motor. A bike tem uma autonomia entre 50 a 70 Km e uma velocidade máxima de 80 Km/hora, no sistema pedelec.

Falando de outro tipo de bicicletas, chegou ao mercado portu-guês uma nova marca de estilo retro e urbano, a Viva Bikes.A marca tem uma interessante coleção de bicicletas, com li-nhas retro mas um design muito apelativo e que mereceu, recentemente, um prémio na Eurobike, a maior feira europeia de bicicletas e acessórios. Modelos com estilo para homem, senhora e, destacamos, um modelo com suporte para a pasta na frente, uma boa alternativa, na cidade, ao automóvel.Veja todos os modelos em www.vivabikes.com .

Fez furor no último Salão Automóvel de Paris a apresentação ao público do Onyx, um concept-car da Peugeot. Este protótipo, equipado com um motor V8 HDi híbri-do de 3,7 litros e 600 cavalos de potência, recorre a materiais compósitos para a sua construção. No exterior, o negro mate do carbono destaca-se no capô e trasei-ra, mas os paineis laterais e guarda lamas dianteiros, construídos em cobre polido, dão-lhe uma aparência singular e um design com “doçura”, como afirma Sandeep Bhambra, autor das linhas deste concept-car.A marca apostou na aerodinâmica e materiais leves para tornar a viatura mais eco-nómica, na mesma linha, o interior é também simples e eficaz.Não foram revelados dados sobre as perfomances desta máquina mas, a avaliar pela potência do motor e pelo seu peso, que não passa dos 1.100 Kg, imagine-se...

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Falando de outro tipo de bicicletas, chegou ao mercado portu-guês uma nova marca de estilo retro e urbano, a Viva Bikes.A marca tem uma interessante coleção de bicicletas, com li-nhas retro mas um design muito apelativo e que mereceu, recentemente, um prémio na Eurobike, a maior feira europeia de bicicletas e acessórios. Modelos com estilo para homem, senhora e, destacamos, um modelo com suporte para a pasta na frente, uma boa alternativa, na cidade, ao automóvel.Veja todos os modelos em www.vivabikes.com .

Fez furor no último Salão Automóvel de Paris a apresentação ao público do Onyx, um concept-car da Peugeot. Este protótipo, equipado com um motor V8 HDi híbri-do de 3,7 litros e 600 cavalos de potência, recorre a materiais compósitos para a sua construção. No exterior, o negro mate do carbono destaca-se no capô e trasei-ra, mas os paineis laterais e guarda lamas dianteiros, construídos em cobre polido, dão-lhe uma aparência singular e um design com “doçura”, como afirma Sandeep Bhambra, autor das linhas deste concept-car.A marca apostou na aerodinâmica e materiais leves para tornar a viatura mais eco-nómica, na mesma linha, o interior é também simples e eficaz.Não foram revelados dados sobre as perfomances desta máquina mas, a avaliar pela potência do motor e pelo seu peso, que não passa dos 1.100 Kg, imagine-se...

Imagine-se numa daquelas reuniões muito difíceis em que você quer estar sentado mui-to seguro mas também poder desaparecer de um momento para outro. A Motoart propõe-lhe uma solução: o assento ejetável de um bombardeiro.Esta é uma das opções que esta empresa americana de reciclagem propõe, este cadei-rão de escritório já foi de verdade um assento ejetável de um bombardeiro B-52 Stratofor-tess. Foi recuperado e adaptado, apresentan-do todos os pormenores do verdadeiro, até a cavilha com o aviso “Remove Before Flight”. Descanse! Por uma questão de segurança, foi retirado o sistema de ejeção.Saiba mais em www.motoart.com

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Feedback

Diga-nos alguma coisa!...Esperamos pela vossa opinião.

Esta será uma secção em que queremos publicar a sua opinião. Sobre a revista em ge-ral, sobre determinado artigo ou até mesmo a sua sugestão. Criticas, boas ou más, mas construtivas, serão sempre bem aceites. Por vezes erramos pensando estar a fazer o mais certo e só quando alguém, com um ponto de vista diferente, nos mostra a sua perspetiva, descobrimos o verdadeiro formato das coisas. Através de um simples mail para [email protected], identifique-se sempre e manifeste o que pensa de nós e dos conteúdos da revista. Contamos com a vossa colaboração.

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Para celebrar o primeiro número da nossa revista e a estreia da marca DENISSOV no nosso mercado, vamos lançar uma edição especial de relógios em exclusivo para a ocasião. É uma série limitada de 200 peças numeradas mais o número zero e que se distingue por ter gravado no mostrador, entre as 3 e as 4 horas, a esfinge de um lince ibérico e, por isso, ter a marca Denissov Lince. Na tampa tem gravado a laser a mesma esfinge, o número de série e, em círculo, a frase “Vamos salvar o Lince Ibérico”. É um relógio mecânico, com movimento Poljot, caixa em aço, vidro de safira e correia de pele ge-nuína. Vai sair em duas versões, com mostrador preto e correia em preto ou mostrador branco e correia em castanho. Serão produzidas 100 peças de cada versão.Este lançamento faz parte de uma campanha da nossa revista em estreita colabora-ção com a Liga para a Proteção da Natureza, a mais antiga organização de defesa da natureza em Portugal. Tem por fim angariar fundos para patrocinar ações a desenvol-ver no campo, com vista a proteger e melhorar o habitat natural do Lince Ibérico que, infelizmente, está em perigo de extinção.

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Denissov LinceFunções: Horas, minutos e segundos Vidro: Cristal de safira Caixa: Aço inoxidável 316Correia: Couro genuinoCores mostrador: Preto, correia em preto Branco, correia em castanho Resitência á agua: 100 metros Medidas: 45 x 15 mm Movimento: Poljot 31681 Cronografo mecânico manual, 17 Rubis, Sistema anti-choque Tempo de reserva de 42 horas

PVP: 650.00 Euros, dos quais 100 euros revertem para a proteção do Lince Ibérico através da LPN - Liga para a Proteção da Natureza.

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Taxonomia Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Carnivora Família: Felidae Género: Lynx Espécie: Lynx pardinus (Temminck, 1827) original: Felis pardina

Morfologia O lince-ibérico é um carnívoro de médio porte – tem entre 50 a 70 cm de altura e 85 a 100 cm de comprimento, pesan-do de 9 a 10 Kg (fêmeas) ou de 12 a 14 Kg (machos). A sua pelagem castanho-amarelada com manchas negras permi-te-lhe uma excelente camuflagem por entre a vegetação da paisagem Mediterrânica e cada indivíduo tem um padrão de pelagem único, que o permite distinguir de todos os outros da sua espécie. As suas manchas podem assim ter forma e tamanho variável: os linces da população de Doñana, por exemplo, possuem manchas maiores e melhor con-trastadas do que as dos linces da população da Serra Morena. Com membros muito robustos e quatro garras retrácteis em cada pata, o lince-ibérico consegue facilmente perse-guir e capturar as suas ágeis presas – os membros pos-teriores, mais longos, permitem-lhe impulsionar o corpo a vários metros de altura, quando necessário, e com os membros anteriores, mais curtos e fortes, agarra a sua presa. O lince-ibérico possui características muito particula-res que o permitem distinguir dos outros felinos. En-tre elas estão os pêlos rígidos e negros em forma de pincel na extremidade das orelhas e a cauda bastan-te curta, com cerca de 14 cm de comprimento, e com a extremidade negra. Para além disso, o lince-ibérico possui ainda longos pêlos brancos e pretos no focinho que se assemelham a barbas e que crescem com o avan-çar da idade.

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Distribuição geográfica Também conhecido como liberne, gato-cra-vo e lobo-cerval, o lince-ibérico é um animal muito raro, endémico da Península Ibérica, isto é, existe apenas em Portugal e Espa-nha, e possui uma distribuição geográfica muito restrita. Em Espanha, actualmente apenas se conhecem duas áreas de repro-dução, ambas na Andaluzia, nas regiões da Serra Morena Oriental e de Doñana. Dados recentes apontam ainda para a existência de alguns registos isolados de animais nos Montes de Toledo Oriental, no Sistema Cen-tral Ocidental e na Serra Morena Ocidental. Em Portugal, actualmente não se conhecem populações reprodutoras de lince-ibérico, mas a ocorrência de alguns registos espo-rádicos, alguns dos quais de animais prove-nientes de populações espanholas à procu-ra de novos territórios (um dos últimos numa das áreas de intervenção deste projecto, na região de Moura / Barrancos, em 2010), tem trazido esperança e um novo alento aos es-forços desenvolvidos para a conservação desta emblemática espécie. No total, estima-se que na natureza existam apenas cerca de 200 indivíduos adultos. l Distribuição do Lince na decada de 80 l Distribuição do Lince em 2010História do declínio da espécie Até ao século XIX, o lince-ibérico ocupava a totalidade da Península Ibérica. Contudo, durante o século XX, a partir dos anos 40 sofreu um declínio muito acentuado. Foi nes-ta altura que se deu início às campanhas do trigo que levaram à transformação de uma grande área de bosques e matos em extensas searas, destruindo o mosaico de habitat necessário à sobrevivência da espécie. Na década de 50, com o aparecimento da mixo-matose na Península Ibérica, e, mais tarde, da doença hemorrágica viral – duas doenças infecciosas que diminuíram em quase 90% as populações da sua principal presa, o coe-lho-bravo (Oryctolagus cuniculus) – a situação do lince-ibérico agravou-se. Já nos anos 70 e 80 as plantações intensivas para a indústria da celulose (eucalipto e pinheiro-bravo) vieram deteriorar ainda mais o habitat desta espécie. No início dos anos 90 a população ibérica seria apenas de cerca de 1200 animais e, em Portugal, a espécie só estaria pre-sente em três áreas principais (Serra da Malcata – São Mamede, Vale do Guadiana, Vale do Sado – Odemira – Serras Algarvias), perfazendo um total de não mais que 45 indivídu-os. Esta primeira estimativa de um reduzido número de animais, veio confirmar a situação preocupante da espécie para a qual já havia alertas desde a década de 50.

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Ecologia

O lince-ibérico é um carnívoro muito selectivo, não só em termos de alimentação mas tam-bém do tipo de paisagem onde vive, pois nor-malmente está associado a áreas de habitat tipicamente Mediterrânico. Especialista em coelho-bravo, esta é a princi-pal presa de que se alimenta, constituindo cer-ca de 80 a 100% da sua dieta. Contudo, o lince é bastante benéfico às populações de coelho-bravo, pois para além de manter as populações de coelho saudáveis (caça preferencialmente animais doentes, velhos ou debilitados), este super-predador afasta ou elimina outros carní-voros seus competidores, que, no seu conjun-to, acabam por consumir mais presas do que o lince. Embora em muito menor percentagem, quando se proporciona, o lince-ibérico também se alimenta de outros animais, nomeadamente aves (e.g. perdizes, pegas), pequenos mamí-feros (e.g. roedores, lebres) e crias ou juvenis de ungulados silvestres (e.g. veado, gamo). Em termos de habitat, o lince-ibérico necessita de paisagens mistas, com áreas de bosques e matagais densos, constituídos por azinheiras, sobreiros, medronheiros e matos altos, onde se possa abrigar e reproduzir, e áreas mais aber-tas, de clareira, que lhe permitam perseguir e capturar as suas presas. As galerias ripícolas junto às linhas de água são igualmente muito importantes, pois para além de proporcionarem abrigo e água, funcionam como corredores de passagem no mosaico de paisagens. De um modo geral, o lince-ibérico evita aproximar-se de áreas urbanizadas e extensos campos agrí-colas ou plantações florestais. O lince-ibérico é uma espécie territorial e tan-to os machos como as fêmeas necessitam de grandes áreas de habitat adequado para sobre-viverem. Os territórios dos machos são um pou-co maiores, variando entre os 10 Km2 e os 17 Km2, e podem sobrepor-se aos territórios das

fêmeas. A presença de outros carnívoros,

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como as raposas ou os sacarrabos, dentro dos seus territórios não é tolerada, entrando por vezes em confrontos que podem terminar com a morte do intruso. Na natureza des-conhece-se ao certo a longevidade que este felino consegue alcançar, estimando-se que possa variar entre os 10 e os 15 anos. Já em cativeiro estes animais podem atingir os 20 anos.

Reprodução

Tal como muitos outros felinos, o lince-ibérico é uma espécie solitária. Os machos só procuram as fêmeas na época da reprodução, quando estas entram no cio, que normal-mente acontece entre Janeiro e Fevereiro. Após o acasalamento, o macho regressa ao seu território, não tendo mais contacto com a fêmea nem quaisquer cuidados parentais com as suas crias. Por esta altura a fêmea procura uma toca em cavidades naturais, como o tronco oco de uma grande árvore ou uma zona rochosa, para ter as suas crias, numa área longe da perturbação humana e com alimento e água disponíveis na proximidade. Após dois meses de gestação (65 a 72 dias), nascem entre uma a quatro pequenas crias, sendo que na natureza o mais comum é nascerem três, das quais normalmente apenas sobrevivem duas. Aos dois meses de idade, as crias começam a sair da toca e a acom-panhar a progenitora nas suas incursões pelo território, onde aprendem a caçar. Entre o primeiro e o segundo ano de vida, quando a progenitora volta a entrar na época do cio, os jovens linces iniciam, em geral, a dispersão, afastando-se para estabelecer o seu próprio território. Há porém registos de animais que permanecem durante a época de reprodução e exibem comportamentos de coesão familiar.

Principais Ameaças Foram várias as causas que ao longo das últimas décadas levaram ao rápido declínio das populações de lince-ibérico, em termos de número de indivíduos e de área de distribuição da espécie. Mas o quase desaparecimento deste carismático felino deveu-se essencial-mente a duas ameaças principais: a regressão da sua principal presa (o coelho-bravo) e a perda e deterioração do seu habitat. A diminuição drástica do coelho-bravo nos últimos 50 anos deveu-se sobretudo a doenças virais, perda de habitat adequado (como conse-quência do abandono das práticas agrícolas tradicionais), e algumas práticas cinegéticas desadequadas. Já a perda do habitat do lince é atribuída à substituição dos matagais e bosques Mediterrânicos por plantações de espécies florestais exóticas e/ou de cresci-mento rápido (e.g. eucalipto, pinheiro-bravo) destinadas à produção florestal intensiva, campos de monoculturas intensivas e extensas pastagens. Por outro lado, a construção de grandes infra-estruturas como barragens e estradas, o sobrepastoreio e os incêndios florestais em áreas de habitat óptimo para esta espécie, também têm contribuído para a deterioração e fragmentação do seu habitat.

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Embora com menor importância, existem outros factores que contribuíram para a diminui-ção do lince-ibérico, entre os quais: morte não natural (e.g. atropelamentos, furtivismo); perturbação humana nas áreas de reprodução; e falta de informação (desconhecimento do importante papel ecológico que a espécie desempenha no ecossistema). As doenças (e.g. tuberculose bovina, vírus da leucemia felina) também representam um sério risco à sobrevivência deste felino, tendo em conta que se trata de uma espécie geo-graficamente isolada, com populações com uma reduzida diversidade genética e, portan-to, mais vulneráveis. O risco é maior em áreas em que o lince-ibérico partilha o seu habitat com outras espécies silvestres ou domésticas portadoras destas doenças infecciosas.

Fonte: Liga para a Protecção da Natureza http://habitatlinceabutre.lpn.pt

www.lpn.pt [email protected]

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De 19 a 23 de Setembro, nos pavilhões da Exponor, decorreu a grande feira nacional da ourivesaria, joalharia e relojoaria.Estivemos lá, contactamos e conversamos com os expositores de relojoaria. Veja nas próximas páginas o que vimos e o que soubemos.

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A Celsus tinha o stand mais preenchido entre os expositores de relojoaria. Esta, que era a unica marca portuguesa de relojoaria exposta no certame, apresentava duas novas apostas, as suas representadas Jet Set e Twist.Por não termos mais informação, ficam aqui algumas fotos do stand.

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Empresa: Adelino Teixeira da Rocha, Lda.Morada: Largo do Padrão, 2 - 1º Esq. 4000-370 PORTOTel. 225 361 413E.mail. [email protected]: www.celsus.pt Marcas: Celsus, Jet Set, Twist

Filipe Rocha, responsável da Celsus

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Empresa: Auferma Watches, Lda.Morada: Aguda Parque Largo de Arcozelo, 76 Arm. H3 4410-455 ARCOZELO VNGTel. 225 361 413E.mail. [email protected]: www.auferma.ptMarcas: Hector H, Go, Certus, Tekday, Oficina del Tempo, Spazio 24, Jorg Gray

A Auferma Watches é uma empresa com ambição, tendo participado pela primeira vez na Porto Joia no passado mês de Setembro, onde apresentou os seus produtos.As várias marcas que representa e os seus diver-sos modelos têm uma variação de preços entre os € 29.00 e os € 539.00 P.V.P.R.Dentro da atual conjuntura em Portugal, a avalia-ção da participação na Porto Joia foi positiva, na medida em que se efetuaram novos contactos, abriram-se novos clientes e as marcas deram a conhecer as suas novidades. Sendo uma empresa do Grupo Auferma, a Aufer-ma Watches encara o mercado de forma realista, adaptando-se às suas necessidades, com serie-dade e dinamismo, procurando sempre apoiar os seus parceiros comerciais. Nuno Vasconcelos Porto, responsável da Auferma.

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Empresa: Eugénio Campos, Lda.Morada: R. Eng. Adelino A. Costa, 15 - 3º 4401-901 V. N. GaiaTel. 223 790 026 / 7E.mail. [email protected]: www.eugeniocampos.ptMarcas: EC Watches, Di Rafa Club, Amore & Baci

Para a Eugénio Campos a Porto Jóia é um momento cru-cial. Trabalhamos muito em função deste certame, já que acontece numa altura importante, antecedendo as com-pras de Natal. Além disso, esta feira amplia ainda mais a nossa dinâmica, o prestígio e notoriedade da nossa marca, uma vez que o que apresentamos e fizemos, foi sem dúvida, o reflexo do que fazemos no terreno o ano inteiro. Apresentamos novidades em todas as marcas, onde in-cluímos joias para as estações que se avizinham e que surpreenderam o mercado. A Porto Jóia foi também o palco de apresentação de mais uma insígnia da Eugénio Campos - a Eugénio Campos Collection, uma coleção já com enorme sucesso, de car-teiras, porta moedas e cintos para Homens e Mulheres e lançamos um projeto especial: Uma linha de Alta Joalharia com a parceria de Diana Pereira.

Eugénio Campos, responsável da marca

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Empresa: J Borges Freitas, Lda.Morada: R. Barão de S. Cosme, 166 1º Esq. 4000-501 PORTOTel. 225 194 190E.mail. [email protected]: www.jborgesfreitas.ptMarcas: Zenith, Hermés, U-Boat, Offshore. Saint Honoré

A J. Borges Freitas voltou a surpreender o mercado e a destacar-se em mais uma edição da Porto Jóia.Contrariando o clima de retração económica geral, esta empresa familiar do Porto, apostou na apresentação de marcas e produtos de luxo. “Os produtos de luxo continu-am a ter uma forte procura e por isso temos de continuar a investir nesta área”, afirma Ana Freitas, CEO da JBF. A melhor prova desta tendência foi o facto de o relógio mais caro da feira, o El Primero Turbilhão da Zenith, ter sido o centro das atenções da feira e a peça mais procurada pe-los visitantes. O valor desta peça excecional e tecnicamen-te muito complicada é de 47 mil euros, mas segundo Ana Freitas “não faltam clientes para este relógio e, até, para peças com níveis de preços ainda superiores”. Durante a Porto Jóia a Zenith destacou-se também com a apresentação da nova coleção Pilot, que depois do lança-mento em Paris dois dias antes da feira, foi apresentada ao mercado português. Ana Freitas, da J. Borges Freitas, Lda.

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Empresa: JHS - Comércio de Relojoaria, Lda.Morada: Rua Direita, 132 - 2º 3511-909 VISEUTel. 232 436 211E.mail. [email protected]:Marcas: Marea

A JHS - Comércio de Relojoaria, Lda. expôs no seu stand uma vasta coleção de modelos da sua representada Marea. Muito colorido e um preço interessante eram os trunfos do ex-positor. Por falta de mais informação, ficam aqui algumas imagens do stand.

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Empresa: M. F. Lourenço, Lda.Morada: R. Padre Estevão Cabral, 79 4ª S. 415 3000-317 COIMBRATel. 239 481 288E.mail. [email protected]: www.mflourenco.comMarcas: Lotus, Cacharel, La Manufacture, Morgan, Paris Hilton

Acima de tudo, para se vingar num mundo tão específico e selectivo como é o da relo-joaria e joalharia é condição essencial saber estar. E é precisamente isso que tem feito a M.F. Lourenço, organização já com mais de meio século de existência, A empresa, gerida por Mafalda Rosete, tem-se rodeado de marcas de renome mundial e capazes de oferecer todas as garantias, exi-gidas pelos consumidores, e evidenciando o tal saber estar, tão bem traduzido num su-cesso que está à vista de todos.Com marcas tão emblemáticas como: Cacha-rel, Lotus, Morgan, La Manufacture e, mais recentemente, Paris Hilton, a nossa empresa responde ás exigências do mercado.

Mafalda Rosete, responsável da M. F. Lourenço, Lda.

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Empresa: OxetteMorada: Rua Gonçalves Zarco 4450-685 Leça da PalmeiraTel. 229 966 621E.mail. [email protected]: www.oxette..grMarcas: Oxette, Loisir

A Perideo apresentou um stand muito apelati-vo onde expôs as linhas de joias e relógios da Oxette. Objetos muito femininos e dentro das tendências atuais.Por falta de mais informação, ficam aqui algu-mas imagens do stand.

João Barros, responsável da Oxette Portugal

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João Barros, responsável da Oxette Portugal

Empresa: Timex Portugal Relojoaria, Lda.Morada: Rua Leite de Faria 14 - Vale Fetal 2820-476 Charneca da CaparicaTel. 212 555 460E.mail. [email protected]: www.timexportugal.ptMarcas: Timex

Alípio Matos, responsável da Timex Portugal

Apresar da crise, a Timex apresentou-se com orgulho na Portojóia, levantando o véu sobre as novidades mais recentes da sua vasta gama, desde desportivos a clás-sicos, e em particular da sua linha Intelligent Quartz™. A plataforma Intelligent Quartz™ oferece uma série de tecnologias incorporando motores independentes e mi-croprocessadores que trazem valor e estilo ao relógio. Permitindo oferecer tecnologia nunca vista em relógios analógicos. É sem dúvida um dos muitos exemplos das inovações trazidas ao mercado pela marca nos seus 157 anos de história. A estrela do certame foi sem dúvida a nova linha IQ Depth com profundímetro até 60 metros, sensor de tem-peratura e resistência até 200 metros, surpreendendo clientes e potenciais, que desconheciam o posiciona-mento de vanguarda atual da marca.

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A revista Anuário de Relógios e Canetas, a mais antiga e prestigiada publicação sobre relojoaria no nosso país, esteve presente com um stand, onde a simpática colaboradora oferecia os últimos números da revista.

Especialista em acessórios e ferramentas para a relojoaria e afins, a Reacel tam-bém esteve presente no certame e apresentava a ATTRACTIVE, uma coleção de relógios, realmente atrativa, em preço e design.

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PORTOJÓIA Design oferece uma nova proa à saudade lusitana…

● Em 2013, o nome da feira render-se-á ao novo acordo ortográfico

Um coração em forma de proa ou, ao invés, uma vante que sente o nos-so músculo vital? Olhe-se como se olhar, o simbolismo é só um e remete para a génese do vocábulo que os portugueses conhecem como saudade, intimamente ligada à tradição marítima lusitana que vem da época dos Descobrimentos, ainda intrínseca à atualidade e realidade da nação.Tatiana Barros Ferreira, de 21 anos, formanda da Contacto de Autor – Galeria Es-cola de Joalharia, idealizou o conceito sob a forma de alfinete, moldou-o em prata e, assim, conseguiu reunir as preferências do júri e ganhar a 8.ª edição do Prémio PORTOJÓIA Design.Inserida da PORTOJÓIA - 23.ª Feira Internacional de Joalharia, Ourivesaria e Re-lojoaria, que domingo encerrou na EXPONOR (depois de 9.684 visitas de profis-sionais do setor), a iniciativa teve este ano como tema a Alma Lusa.Dos 14 projetos candidatos saiu ainda uma menção honrosa, que distinguiu uma outra aluna da Contacto de Autor – Galeria Escola de Joalharia. Maria Luís Car-doso manufaturou um colar que uniu o imaginário marítimo nacional à arte da azulejaria, através de técnicas básicas de joalharia.Adequação ao tema proposto, criatividade (design, contemporaneidade e inova-ção), potencial comercial (custo de produção versus preço de venda) e viabilidade para produção industrial foram os critérios de avaliação. Seguir-se-á agora a fase em que Tatiana Barros Ferreira poderá ver o seu protótipo produzido pela empre-sa parceira do PORTOJÓIA Design (a Fernando Rocha Joalheiros), depois de analisadas a viabilidade industrial e comercial do alfinete.Nos termos do regulamento do Prémio, a venda da peça caberá – em exclusivo – à Fernando Rocha Joalheiros, a qual, durante cinco anos, pagará à criadora o correspondente a cinco por cento sobre o preço de venda à saída da fábrica.O PORTOJÓIA Design tem assumido um papel de relevo no programa de mani-festações complementares ao certame da EXPONOR. É, inclusivamente, vista por muitos como uma incubadora das primeiras abordagens dos futuros profissio-nais ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo que vai revelando novos talentos.Quanto à feira propriamente dita, a organização, por intermédio de Amélia Montei-ro, diretora da PORTOJÓIA 2012, faz um balanço positivo, mas, na auscultação aos empresários presentes, não deixa de notar a preocupação sobre os condi-cionamentos que a atual crise económica está a impor ao setor. «A feira, que é um fórum de conhecimento, tendências e novidades, deu mais um passo na caminhada que a vem transformando no acontecimento onde se iniciam e fecham os grandes negócios da atividade, preparando a época comercial-mente mais forte da atividade, que é o Natal», sublinha a responsável da EX-PONOR.A PORTOJÓIA regressará, pois, em setembro de 2013, de brilho renovado… e não só! Como o novo acordo ortográfico ditou o fim do acento agudo na palavra joia, a aglutinação presente na marca da EXPONOR adaptar-se-á à nova grafia. PORTOJOIA será!

Fotos e ReportagemAmérico ReisIcones do Tempo

Fonte: Exponor - Gab. Imprensa

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Se já leu o editorial, certamente já per-cebeu o “cantinho” onde nos queremos colocar. Aqui dizemos-lhe como o vamos fazer:

Estamos em 2012, em plena era digital. Hoje em dia, palavras como comunicação, multimédia, internet, etc., são termos banais no nosso voca-bulário. Atualmente a maioria do cidadão comum tem acesso a um computador, tablet, smartphone ou um ipad conectado à internet. Simples atos como consultar uma lista telefónica, ver a nossa agenda de trabalhos, a previsão meteorológica ou até ler as últimas novidades do desporto, po-lítica ou economia, já são feitos apenas com o recurso a estes aparelhos, abdicando do uso dos suportes em papel, que era a mais fácil solução até há muito pouco tempo.

O que pretendemos é, pela via digital, fazer che-gar até si, e sem qualquer custo, a nossa revis-ta e disponibilizá-la para que possa ser lida em qualquer sitio ou ocasião: quando você viaja para o trabalho nos transportes públicos, quando es-pera para uma reunião, até numa “escapadéla” ao trabalho, numa esplanada enquanto descan-sa, em casa… enfim, em quase toda a hora e lugar você pode ler esta revista e sem qualquer custo para si. Não é bom?..Numa altura em que muito se fala sobre conser-vação da natureza, aquecimento global, poupan-ça de água, etc., outra mais valia importante com a edição digital desta revista é a parte ecológica.Veja o número de árvores que ficarão de pé ao não utilizar algumas toneladas de papel na edi-ção gráfica da revista, o volume de água que se vai poupar ao não fabricar esse papel, as tintas de impressão e a quantidade de emissões de CO2 que são evitadas ao não ser necessário o transporte para a distribuição da publicação. São apenas algumas toneladas mas, se muitos ou-tros pensassem e agissem da mesma forma, cer-tamente este nosso planeta estaria com outras condições ambientais.Outro fator também muito importante é a quan-tidade de informação e conteúdos que pode ser incluída na revista. Veja, por exemplo, a facilida-de com que você, “leitor digital” desta publicação pode aceder ao sítio na internet de determinado anunciante com um simples clique sobre o en-dereço da marca. Mesmo se quiser contactar com esse anunciante, basta proceder do mesmo modo clicando sobre o e.mail e o seu correio ele-trónico abrirá para o envio de um mail. Mais ainda, esta é uma edição de lançamento, tipo experimental, e ainda não reúne todas as condições com que planeamos trabalhar. Mas, em próximas edições, também estará disponível a inclusão de vídeos, sons e animações nas pá-ginas da revista.

Apresentação do Nosso Projeto

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Apresentação do Nosso Projeto

Imagine, por exemplo, ao abrir a publicação numa página de publicidade a um relógio, você não vai ver só uma foto do mesmo mas sim uma imagem em movimento mostrando o relógio a três dimen-sões, os ponteiros e o movimento a trabalhar e, simultaneamente, uma música de fundo ou aque-la voz radiofónica a anunciar as qualidades do produto. Outro exemplo, ao fazermos uma repor-tagem sobre um evento, disponibilizarmos, com um simples clique, um vídeo de alguns minutos reportando a efeméride. Isto não é ficção mas sim uma ínfima amostra do que já é possível fa-zer com uma edição digital.Quanto à distribuição e divulgação desta publica-ção digital, também as possibilidades são enor-mes comparativamente ao tradicional suporte gráfico. Uma das nossas ferramen-tas de trabalho é uma base de dados que nos dá aces-so a uma lista de contac-tos, regularmente atualiza-da, com mais de 280.000 endereços de mail, cerca de 3.500 dos quais estão diretamente ligados à re-lojoaria como distribuido-res, lojas e outros. Até final do ano teremos essa base de dados au-mentada para cerca de dois milhões de ende-reços, e contamos que por volta de meados do próximo ano, essa base atinja ou supere os 5 milhões de ende-reços.

Veja só por estes numeros até onde poderemos chegar com esta revista.Agora suponha que você, além de leitor, é um jornalista de especialidade, um anunciante, um blogger ou alguém que, por qualquer motivo, tem interesse na divulgação da revista. Ao receber a comunicação da publicação só tem que fazer um reencaminhamento ou, ainda melhor, elaborar a sua mensagem personalizada e informar todos os seus contactos da disponibilidade da publica-ção. Se isto for feito pela maioria dos interessa-dos, veja o leque de potenciais leitores até onde a publicação pode chegar, e tudo isto sempre sem custos adicionais.

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Outra característica importante a favor deste tipo de publicação é o arquivamento. Ao contrário dos supor-tes em papel que, normalmente, depois de lidos são colocados de lado ou no cesto dos papeis, uma publi-cação digital estará sempre disponível para ser revista ou consultada a qualquer altura, bastando para tal um simples clique no arquivo sobre o número ou a data da revista que queremos reler, tão simples como isso.Todos os números e o conteúdo relativo a essas edi-ções, estará alojado no nosso site e em outras pla-taformas, para que possa ser relido, mesmo daqui a alguns anos, independentemente da continuidade ou não da edição desta revista digital. Não é isto, tam-bém, maravilhoso?No entanto, também reconhecemos que ainda há aqueles mais conservadores e saudosistas ou os que, por esta ou aquela circunstância, ainda não es-tão muito à vontade com os computadores, a era digi-tal, a internet e “essas coisas”, e gostam de ver uma revista normal, impressa em papel. Também não nos esquecemos desses. Para eles, mais tarde, também vamos disponibilizar em cada número uma tiragem em suporte gráfico, em papel. Vamos fazê-lo mas, apenas e só por encomenda, para evitar desperdícios e custos supérfluos que encarecem o preço de capa da publi-cação. Esta é a base do nosso projeto, com o qual queremos fazer chegar a nossa informação a todos os potenciais interessados em relógios e também para aqueles a quem o tema ainda não diz muito, porque até aqui a informação disponível não era fácil e lhes custava al-gum dinheiro.Contamos com a colaboração dos leitores, dos impor-tadores e distribuidores de relógios, todos os outros que, direta ou indiretamente, estão ligados ao setor e que estão interessados na divulgação deste tipo de in-formação.A todos esses, contem com o nosso trabalho e a nossa colaboração. Juntos é mais fácil fazer este caminho.

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Já está disponível no mercado português o novo modelo da OFFSHORE LIMITED.O FORCE 4 SONAR é um relógio com um design surpreendente e arrojado, não só pelo seu aspeto resistente e militar, com o look de radar de um submarino, mas também pelas suas dimensões arrojadas, 60mm e 52mm.Este novo relógio surge em três versões de cor de mostrador: Cinza, verde e vermelho.A caixa é em aço 316L, de cor negro arma, a pulseira em cautchu cinza escuro, com ca-mada anti poeira.O relógio é estanque até aos 10 bars ou 100 metros de profundidade.Têm movimento Suíço, um Ronda 540D, e um VX00 com as funções de horas, minutos, data e dia, cronógrafo e duplo fuso horário. O vidro é mineral, reforçado e com um efeito especial de radar. Os ponteiros, do relógio e do cronómetro, são luminososO preço recomendado de venda a publico é de 439€, e, para encontrar o ponto de venda mais perto de si, consulte o site do importador para o nosso país em www.jborgesfreitas.pt

FORCE 4 SONAR

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Nascida nas montanhas Japonesas com o mesmo nome, OBAKU é um dos ramos da filosofia Zen em que a linha de pensa-mento principal é: “ Abstem-te do supér-fluo e dedica-te ao essencial “. Foi no seguimento desta filosofia que dois destacadíssimos designers dina-marqueses, Lau Liengard Ruge e Chris-tian Mikkelsen, desenharam e concebe-ram para a Obaku Denmark uma vasta coleção de relógios de linhas simples e minimalistas, o que lhes confere uma imagem singular. Os materiais usados no seu fabrico são um fator importante. Os movimentos Japoneses e Suíços, o aço inoxidável 316SS com que são fabricados as cai-xas, tampas e braceletes, os acabamen-tos em PVD e banhos em fundição a vá-cuo, o vidro de titânio, á prova de risco, proveniente da mais recente tecnologia usada em telemóveis, tablets e i.pads, são tudo materiais standards no fabrico de todos os modelos da coleção. O alto valor em design e qualidade que caracterizam os relógios OBAKU Denmark, não tem que refletir um preço alto, e este é outro dos factores importan-tes da marca. Com uma gama de preços desde os 79 até aos 199 euros, a cole-ção vai de encontro a um grande leque de clientes, começando pelos jovens, até à meia idade e pessoas com estilo mo-dernos e gosto refinado por um design diferente. Design, qualidade e preço, combinados são a formula perfeita para o sucesso de vendas. Prova disso é o facto de, apesar da sua juventude, a marca já ser distri-buída em mais de 70 países por todo o mundo.

Lau Liengard Ruje e Christian Mikkelsenos designers da marca

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Felix Baumgartner e Zenith El Primero Stratos escrevem novo capitulo na História

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Felix Baumgartner e o seu El Primero Stratos Flyba-ck Striking 10th acabaram de escrever um novo ca-pitulo na História.No dia 14 de Outubro, eram 19h07 da tarde, hora de Lisboa, quando Felix Baumgartner saltou da cápsula acoplada a uma balão de hélio, que o levou acima dos 39 mil metros de altitude. Felix saltou da estratosfera em queda livre e bateu a velocidade do som e dois outros records, maior as-censão de um balão tripulado e o mais alto salto em queda livre.O Zenith El Primero Stratos Flyback Striking 10th acompanhou Felix nesta mítica odisseia. O relógio El Primero Stratos vai ficar na história, ao lado de Baumgartner, como o relógio que quebrou a barreira do som em queda livre num ambiente estratosférico.Nunca antes um relógio tinha conseguido tal proeza. A Zenith está por isso orgulhosa por fazer parte des-te incrível desafio e ter estado lado a lado de Felix no maior feito da sua vida.E o El Primeiro Stratos esteve à altura do desafio. O Stratos está equipado com o melhor movimento de cronógrafo do mundo: o lendário El Primero, para além de funções Striking 10th, que permite a leitura dos décimos de Segundo, e Flyback, fazendo dele o melhor parceiro para Felix. “Este projeto é único e preciso e o meu cronógrafo Zenith cumpre perfeitamente os requisitos da mis-são”, disse Felix Baumgartner depois do salto.Mais informação em: www.RedBullStratos.com www.zenith-watches.com

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1 - Freestyle Hammerhead XL - 175.00 € 2 - Rip Curl Monza Dig. - 85.00 € 3 - Tissot Seastar 1000 - 1.085.00 € 4 - Nixon Lodown T1 - 170.00 € 5 - Shark Killer Tide - 95.00 € 6 - Thecnomarine Cruise Sport - 445.00 €

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1 - Calvin Klein Challenge - 250.00 € 2 - Freestyle Hammerhead Lds - 135.00 € 3 - Thecnomarine Cruise Original- 399.00 € 4 - Tommy Hilfiger Riverside - 120.00 € 5 - Freestyle Precision - 135.00 € 6 - Hamilton Khaki - 495.00 €

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1 - Calvin Klein 1A Delight - 210.00 € 2 - Lambretta Cielo - 60.00 € 3 - Dolce & Gabana DW0775 - 90.00 €4 - Just Cavalli 135.00 € 5 - Rocco Barocco Madrid 139.00 € 6 - Gucci G-Frame - 495.00 €

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1 - Lambretta Brunori Tag - 125.00 € 2 - Caterpillar p52 Sport - 160.00 € 3 - Gant Duxbury ll - 159.00 € 4 - Fossil Trend 110.00 € 5 - Fila FCA002 - 220.00 € 6 - Hamilton Pan Europ Auto - 1.395.00 €

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1 - Lambretta Brunori Tag - 125.00 € 2 - Caterpillar p52 Sport - 160.00 € 3 - Gant Duxbury ll - 159.00 € 4 - Fossil Trend 110.00 € 5 - Fila FCA002 - 220.00 € 6 - Hamilton Pan Europ Auto - 1.395.00 €

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A marca japonesa de moda desportiva, ASICS, tem para os amantes de desporto, a sugestão ideal: a nova colecção ASICS CHALLENGE ENTRY. Esta linha, indicada para desporto indoor e outdoor, apresenta as mesmas características e a mesma pre-cisão a que gama Challenge já nos habituou, mas agora num tamanho mais pequeno (38,20 mm). Criada a pensar naqueles que encaram o desporto de forma exigente, os CHALLEN-GE ENTRY foram desenhados para facili-tar a leitura dos resultados durante o trei-no, com vidro mineral, caixa em plástico, bisel de alumínio e bracelete em poliureta-no, estes relógios são resistentes à água até 10 bars de pressão. Estes modelos possibilitam o arma-zenamento até 500 voltas, contêm duplo fuso horário, temporizador, alarme diário, luz, função de poupança de energia e ajuste do contraste do mostrador. Para a constante exigência dos atletas profissionais ou amadores, ASICS CHALLENGE ENTRY é a garantia que a única grandeza é a dos resultados alcançados.

Mais informações em www.asics-watch.com

CHALENGE ENTRYA mesma eficiência, num tamanho mais reduzido, para surpreender os amantes de desporto.

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A WATX&COLORS lança CUPCAKE, o modelo que promete adoçar os dias frios de Inverno. De inspiração feminina, o “rosa velho” incorpora a bracelete e o mos-trador digital ladeado por pequenas pedras, conferindo brilho e um toque de sofisticação a este novo modelo. Podes alterar este modelo com os restantes mostra-dores digitais e analógicos, e com todas as todas as outras cores de braceletes que a WATX&COLORS disponibiliza. Inspira-te na diversidade que os Cupcakes apresentam e dá vida aos modelos mais coloridos e originais. O mostrador digital do Cupca-ke, com pequenas pedras rosa, mantém as características de todos os restantes mostrado-res da WATX&COLORS com caixa de 43mm: luz, alarme, cronómetro e indicação de dia, data e hora.

Dá cor à estação mais fria do ano com o novo WATX&COLORS CUPCAKE e já agora… sugere-o!...

Sabe mais em www.watxandcolors.com

CUPCAKEPara mulheres muito doces!..

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O Relógio US$ 5 Millionfoi vendido para Singapura

Apresentado no stand da Hublot na Baselworld 2012, o relógio “EUA US $ 5 milhões”, a peça de relojoaria mais cara da feira, foi vendido para a “The Hour Glass”.Após ser exposto na boutique da Hublot na Marina Bay Sands segue para as montras da loja de Singapura.É uma peça única, um trabalho excecional e incrivelmente raro.Foi usado um conceito completamente diferente para a sua criação. Ao contrário das pe-ças de alta joalharia onde o design e as técnicas de construção são feitas para realçar as pedras preciosas escolhidas, neste caso o trabalho foi inverso.Os cortadores de diamantes começaram por um desenho para depois encontrar os dia-mantes que melhor combinavam para a complexa construção da caixa, o mostrador e a bracelete. Eles teriam que empregar toda a sua perícia no desbaste para alterar a forma das pedras para assegurar o seu ajuste perfeito.O primeiro desafio foi desenvolver o desenho a partir do modelo Big Bang, da Hublot, conservar os seus códigos gráficos e assegurar que nele fossem incrustados 3 quilates de diamantes.

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Jean Claude Biver, o patrão da Hublot, mostrando a “sua” obra de arte

Finalizado o desenho, foi preciso encontrar as pedras preciosas necessárias. Demorou cerca de um ano para reunir as pedras maiores, vin-das dos quatro cantos do mundo, assim como as outras 1276. Cada pedra foi minuciosamente se-lecionada para assegurar que todas fossem de qualidade e cor consistente. Depois foram cor-tadas e lapidadas, peça por peça para o forma-to desejado. Um “master cutter” de renome em Nova York, com mais de 40 anos de experiência no corte de gemas, foi responsável único pelo corte das pedras maiores, com certificação GIA, para lhes dar o ajuste perfeito e garantir a mes-ma “assinatura” de corte em todo o trabalho.Foi um longo processo, que levou 14 meses, para concluir o projeto combinando todas as discipli-nas diferentes, incluindo 7 meses de trabalho de 12 cortadores e 5 montadores, tudo dos melho-res especialistas trabalhando na peça a tempo inteiro, para incrustar um total de 1282 diaman-tes, mais de 100 quilates de diamantes baguet-te, uma expressão deslumbrante no trabalho dos melhores artífices do ramo. Este relógio pode ser considerado como uma verdadeira coleção de diamantes, Cada um de-les foi individualmente escolhido em relação aos outros para criar um produto final harmonioso. Todos os diamantes selecionados pela Hublot são da mais altíssima qualidade, com a gradu-ação A pela VVS em claridade e Top Wesselton relativamente à cor.Este é o mais precioso relógio alguma vez cria-do pela Hublot e o seu parceiro de longa data, o Atelier Bunter em Geneva .

Peça única com total de 1.282 diamantes, mais de 100 quilates de diamantes baguette6 diamantes quadrados, corte esmeralda, cada um com mais de 3 quilates, totalizando mais de 18 quilatesCaixa com 44 mm de diâmentro em ouro branco 18K decorada com 302 diamantes ba-guette, totalizando 27 quilatesVidro em Cristal de Safira com revestimento interior e exterior anti-reflexo, logotipo Hublot metalizadoTampa da caixa em ouro branco 18K com selo gravado da HublotCoroa de ouro branco 18K decorada com 12 diamantes baguette, totalizando 0,67 quilates, e um diamante rosa de corte de 1,06 quilatesMostrador em ouro branco 18K, 150 Palla-dium, decorado com 179 diamantes baguette, totalizando 8,75 quilatesPonteiros esqueletizadosos facetados com diamante polido e revestidos em ródioMovimento HUB 1100 automático mecânico Frequência: 28.800 Vib / h (4 Hz)Diâmetro de 25,60 milímetros por 3,60 mm de espessuraComponentes 63 (Rubis: 25)Reserva de corda, aproximadamente 42 ho-rasPulseira 18 K conjunto de ouro branco com 782 diamantes baguette, totalizando 45 qui-latesFecho de ouro branco 18K com fivela de-ployant.

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DETALHES TECNICOS

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TIMEX IQ DEPTH

O RELÓGIO DE MERGULHO INTELIGENTE

A TIMEX lançou mais um dos seus modelos Inteligent Quartz, o IQ Depth, um relógio especialmente desti-nado a mergulhadores. O IQ Depth está equipado com tecnologia inovadora para esta classe de relógios tornando-se assim um excelente auxiliar para quem gosta de mergulho, pes-ca submarina e outras atividades subaquáticas.À venda em Portugal estão três versões para o mo-delo, uma com bracelete em aço e duas com pulseira de resina, preta ou amarela. Todas as versões têm mostrador em preto, a versão de pulseira amarela tem caixa revestida a PVD preto, ao contrário das outras que são em aço polido.Para mais informações consulte o site de marca no nosso país em www.timexportugal.pt

CARACTERÍSTICAS

- IQ Depth - profundímetro - Indiglo® Night-light com night-mode ® - Caixa em aço - Sensor de profundidade até 60m, calibrado para água salgada, +/- 5%precisão quando usado em água doce, desliga-se manual ou automaticamente aos 10 minutos acima de 2 m de profundidade - Calibração manual - 200 m W/R - Aviso de bateria fraca - Sensor de Temperatura com atualizações de 30 em 30 segundos.

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A Seiko Watch Corporation apresentou a nova colecção ASTRON, composta por vá-rios modelos, entre eles o primeiro relógio GPS Solar do Mundo.Dotado da tecnologia mais avançada, o SEIKO ASTRON recebe sinais de toda a rede global de satélites GPS e, assim, con-segue identificar automaticamente hora, data e fuso horário, sendo pioneiro no re-conhecimento de todos os 39 fusos horá-rios da Terra.Auto-suficiente, este relógio alimenta-se através da energia solar ou de qualquer fonte de luz, não necessitando de mudan-ça de pilha. Somente com a tecnologia de eficiência energética avançada da SEIKO seria possível criar um receptor tão peque-no, preparado para receber sinais GPS exigindo pouca energia. Pressionando o botão de sinal GPS, é possível saber se o sinal foi recebido, bem como se a hora de Verão está activada.Com precisão de um segundo a cada 100 mil anos em qualquer ponto do mundo, o SEIKO ASTRON actualiza a hora e o fuso horário em apenas 30 segundos, quer o utilizador esteja parado, em movimento, no meio do oceano, no deserto ou mesmo no topo de uma montanha. Equipado com calendário perpétuo, terá a data sempre actualizada até Fevereiro de

2100, inclusivamente nos anos bissextos.Para comemorar o lançamento da colec-ção ASTRON foi criada uma edição limita-da de 2.500 peças, com caixa e bracelete em titânio de alta intensidade, tão resisten-te quanto o aço, mas com apenas 60% do seu peso. Este relógio, com vidro de safira com re-vestimento super-transparente e 47 mm de diâmetro de caixa, tem ainda uma resistên-cia à água até 100 metros.Além desta edição limitada, a colecção SEIKO ASTRON é composta por mais 5 modelos GPS Solar, com materiais e aca-bamentos diferentes.Mais informação em www.seiko.pt

SEIKO LANÇA ASTRON O PRIMEIRO RELÓGIO GPS SOLAR DO MUNDO

Capaz de reconhecer os 39 fusos horários do planeta, o novo SEIKO ASTRON é o primeiro relógio verdadeiramente global.

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Já agora! . . .

Diz-me um amigo, que tem relojoaria aberta ao público, que tem três tipos de clientes: Os que compram com os olhos, os que compram com o dinheiro e, por vezes, também apa-recem os que compram com conhecimento.Na hora de comprar um relógio novo, os que compram ou com os olhos ou com o dinheiro, não têm problemas de escolha, uns compram o mais bonito ou vistoso e os outros com-pram o mais caro. Assunto resolvido.Para aqueles que compram com o conhecimento, aí o problema é encarado de outra for-ma, querem comprar um produto de boa qualidade, com boa imagem ou design e por um bom preço. Aí, a questão complica-se.Se é um potencial comprador que se quer integrar neste grupo, mas ainda não tem aque-les conhecimentos necessários para fazer valer a sua opinião na hora da escolha de um relógio, poderá encontrar nas próximas linhas algumas dicas interessantes que ajudarão no momento da compra.Neste artigo vamos abordar caraterísticas que deve procurar em relógios a partir de 250 euros. Este é, pensamos nós, o valor razoável para comprar uma peça com a qual, consideramos, se pode começar a entrar numa gama de bons relógios. A partir deste valor e até 1.500 euros já pode comprar um relógio que pode ser um pequeno luxo. E é neste intervalo de preço que nos vamos colocar para lhe dar estas dicas. Muitos leitores, especializados na matéria de relógios, vão sen-tir-se familiarizados com os assuntos e temas que vamos falar e, certamente, terão outros conselhos ou dicas melhores para corrigir ou adicionar a este artigo. Para esses, estamos aber-tos à sua colaboração para proveito de todos.Não vamos aqui rever as centenas de marcas de relógios nem tão pouco os milhares de estilos por que cada um pode optar, o que queremos é dar uma visão geral para que, con-soante o seu orçamento, saiba aquilo que quer na hora de comprar o seu relógio.Nestas linhas não vamos discutir sobre complicações ou funções que os relógios têm, nem mesmo nos interes-sa se você está à procura de um cronógrafo, mergulho, GMT ou outro tipo de relógio. Nestes artigos vamos apenas mencionar aspetos do relógio ou da sua cons-trução que deve sempre observar na hora da esco-lha. Um bom relojoeiro fica satisfeito ao vender um relógio a quem mostra conhecimento sobre aquilo que vai comprar.

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Não há um relógio “perfeito” e configurado para o seu gosto e orçamento, por isso, na hora de procurar, certifique-se qua a sua escolha responde aos vários itens que vamos descrever.

O preço

A primeira coisa que pensamos quando vamos comprar um relógio é quanto vamos gastar na compra, mas este é um fator muito variável e subjetivo. Ao comprar um relógio, uma

peça de 250 euros pode ser muito cara ou uma peça de 1.500 euros pode ser barata. Para alguns, 500 euros é já

uma fortuna para comprar um relógio, para outros o valor é tão insignificante que compram de olhos fechados.

Por isso, neste campo você tem que optar pelo que é prioritá-rio, ou o preço ou as caraterísticas do relógio que vai comprar. Ou vai comprar o melhor relógio pelo valor que estipulou ou vai

procurar o melhor preço para o relógio com as caraterísticas que pretende, ou ficar pelo meio e conciliar as duas opções. A esco-lha terá de ser sua.

Uma caixa bem construída e resistente

Uma das caraterísticas que definem um bom relógio é a sua caixa, tem que ser forte e resistente, feita de materiais de boa

qualidade. Normalmente escolhemos uma caixa em aço, regra geral aço inoxidável 316 SS, com bons acabamentos e resistente

à corrosão e oxidação. Para gamas mais altas, existem outros tipos de materiais mais sofisticados, como o titânio e outros metais. Hoje

em dia, já é fácil encontrar peças com caixas em materiais compósitos, como a fibra de carbono, ou até cerâmicos. Pode parecer estranho mas

muitos destes materiais modernos chegam a ter maior resistência que o tradi-cional aço. Este item é muito importante, pois no caso de uma queda ou impacto, a caixa deve ser suficientemente segura par proteger toda a peça. Por outro lado a sua qualidade e acabamentos devem garantir o bom aspeto do relógio ao longo dos anos de uso.

Sabe como comprar um bom relógio ? . . .

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Um vidro em cristal de safira

Um vidro de relógio é a cobertura transparente sobre o mostrador do relógio. Vidros e cristais têm sido fei-tos com materiais diferentes ao longo

dos anos, mas atualmente apenas alguns mais importantes dominam na indústria. A maior parte dos relógios que vai ver tem um de dois tipos de cristais, vidro mineral ou sintético ou cristal de safira. O vidro mineral é mais barato e tem apenas uma vantagem sobre o cristal de safira, é mais flexível, e por isso, em casos de pressão, podem não partir. No entanto, são muito frágeis no que diz respeito a riscos e rachadelas. Vidros de cristal de safira partidos são muito raros e, normalmente, só acontece em casos de impactos muito fortes. Por sua vez o cristal de safira é ultra resistente a riscos e rachadelas, por isso deve, preferencialmente optar por este tipo de vidro. Nos últimos tempos têm aparecido outros tipos de materiais mais sofisticados, por exemplo o vidro de titânio proveniente da indústria eletrónica, que usa este tipo de material em telemóveis, I.Pads e outra aparelhagem moderna. Sobre estes materiais ainda não há muita experiência, mas alguns já revelam caraterísticas su-periores a outros considerados nobres.

Movimento ou máquina de marcas idóneas

Quando vai comprar um carro novo toma sempre atenção ao motor que o move. Quando comprar um bom relógio deve ter sempre atenção ao

movimento ou máquina que move a peça. Dentro desta gama de preços, os movimentos de quart-

zo são os mais comuns. Este tipo de movi-mento não desvaloriza o relógio. Precisão e fiabilidade são caraterísticas normais nes-tas máquinas.Se o relógio que vai apreciar é prove-niente da Europa, o normal será ter um movimento suíço. A maioria das marcas ocidentais equipa os seus relógios com movimentos de quartzo provenientes da

ETA, Ronda ou ISA, marcas sobeja-mente conhecidas e de confiança, baseadas na Suíça. Se o relógio é proveniente da Ásia, normalmente

Já agora! . . .

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Já agora! . . .vêm equipados com movimentos Japoneses, fabricados por marcas conceituadas como a Seiko, a Citizen e a Casio. A Miyota, uma sucursal da Citizen, é a marca mais comum nos relógios asiáticos, é uma marca económi-ca mas de muito boa qualidade e confiança. Em casos de avaria é muito fácil encontrar e substituir a máquina do relógio. Há também alguns modelos equipados com movimentos chineses, o que pode não significar falta de qualidade. Algumas marcas já fabricam produ-tos de muito boa qualidade, mas, preferencial-mente, opte pelas marcas referidas acima.Dentro desta gama de preços, podemos ainda en-contrar alguns relógios com movimento mecânico e até automático, mas este tipo de relógio é quase sempre escolhido por clientes mais puristas e conhecedores da matéria. Não pense que comprar um relógio de corda hoje em dia é coisa de “velhos”. Não, quem gosta mesmo e tem conhecimentos sobre relógios prefere os mecânicos, os relógios mais caros são aqueles que é preciso dar a corda quase todos os dias. Neste campo as melhores máquinas são das marcas suíças, já referidas acima, mas tam-bém há outros fabricantes de confiança provenientes do Japão e Russia.

Um ajuste confortável e seguro ao seu pulso

Uma das situações que deve analisar, ao comprar um relógio, é a maneira como ele as-senta no seu pulso e o seu modo de aperto. Uma das sensações muito desagradáveis é sentir o relógio a fugir do pulso, ou então, ao contrário, o aperto ser tal que, além de por vezes magoar, quando tiramos o relógio vermos a sua forma “gravada” no pulso. Tenha em atenção o modo como a correia ou bracelete apertam e se a sua medida se ajusta corretamente ao seu pulso. Com braceletes de aço, prefira o sistema duplo com fecho e bloqueio, é mais seguro. Ajuste-a de modo a que não “chocalhe” quando se movi-menta. No caso de correias em couro ou pele, procure sempre produtos naturais. Os sintéticos são pouco confortáveis e propícios a alergias.Se a correia é do tipo de borracha, tenha atenção à escolha, evite borra-chas mais duras, pois vão quebrar-se mais tarde. Opte por silicone ou poliuretano, são mais confortáveis, anti alérgicos e resis-tentes. Não se iluda! Sem exceção, todas as correias coloridas em borracha vão sofrer alteração de cor, o preto ou cinza são as cores mais seguras.Outra opção, menos corrente, são as correias em nylon tipo NATO. São seguras, práticas e fáceis de mudar, o que permite ter várias diferentes e combinar as cores com o vestuário.

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Projeto e desenho feitos por quem realmente percebe de relógios

Há dois tipos de designers e fabrican-tes de relógios: uns que desenham re-lógios para funcionarem corretamente como relógios e outros que apenas se preocupam com a parte estética do re-lógio. Estes, por vezes, fazem relógios que são autênticos adereços de filmes, o aspeto é maravilhoso mas a funciona-lidade é limitadíssima. Há relógios com mostradores de cronómetro que não funcionam, ponteiros que estão lá mas não mexem, enfim. Há relógios que são concebidos de tal modo que a sua es-tética chega a comprometer o funciona-mento.Os melhores relógios são sempre dese-nhados com base nos princípios de de-sign e funcionalidade, isso garante um relógio prático, fiável e com boa aparên-cia, sem comprometer o seu funciona-mento. Ao escolher um relógio veja se todos os mostradores e ponteiros real-mente funcionam, experimente sempre pôr dois cronómetros a funcionar em simultâneo, peça uma demonstração e comprove as funcionalidades. Uns minutos gastos ao fazer a sua escolha podem evitar horas de desapontamento e desilusão. Escolha com calma, segu-rança e certeza de que vai trazer uma peça que não se vai arrepender de usar.

Atenção à estanquicidade ou resistência à água

Uma das caraterísticas que podem definir um bom relógio é a sua estanquicidade. Depen-dendo do tipo de utilização que vai dar ao seu relógio, tenha atenção a este ponto.Nada mais desagradável do que olhar para o seu relógio e ver a condensação no vidro, é um mau sinal e o prenúncio de problemas de funcionamento. Quando se trata de relógios de quartzo, até nos atrevemos a dizer que é o princípio do fim.Se pratica desporto ou faz muita atividade de lazer ou trabalho ao ar livre, procure sempre um relógio com uma resistência à água de pelo menos 5 atmosferas no mínimo, mas o recomendável é de 10 ATM ou 100 metros ou superior.

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Se eventualmente o seu trabalho ou lazer tem mais a haver com atividades aquáticas, não pense duas vezes e escolha um relógio com boa resistência à água. Um bom pormenor que pode ser importante na estanquicidade de um relógio, é a coroa de apertar com rosca, informe-se sobre o tipo de vedante que usa o relógio, etc.. Não é difícil encontrar peças com resistência até 300 metros por um bom preço. Mesmo que isso lhe custe mais alguns euros é uma vantagem para evitar outros gastos mais tarde. Por outro lado, se o uso que vai dar ao seu relógio não tem este tipo de riscos que enun-ciamos, este fator não é muito importante. No entanto, tenha atenção que o simples ato de lavar as mãos pode causar alguns problemas a um relógio menos protegido.

Um serviço de confiança para a garantia e assistência

Um fator muito importante na compra de um relógio é a garantia. Nenhum relógio é perfei-to e mesmo os relógios mais caros e das melhores marcas, por vezes, têm problemas de fabrico, e nada mais desagradável que, perante uma eventualidade destas, você ter como resposta “ Desenrasque-se!..”. Por lei qualquer equipamento que você compre tem dois anos de garantia, mas há marcas de relógios, principalmente suíças mas também japonesas, que já dão uma garantia de três e até cinco anos. Mas tenha em atenção que todas as garantias são limitadas. Não vai ativar uma garantia porque rebentou uma correia ou bracelete quando forçou demais ou partiu um vidro ao dar uma queda. Sejamos razoáveis. Informe-se e certifique-se sempre muito bem sobre os pormenores da garantia junto de quem lhe vai vender o relógio, nunca aceite “o tiquet da caixa” para garantia, exija sempre o “Certificado de Garantia” da marca, carimbado, datado e assinado pelo vendedor.Também muito importante é a assistência pós venda, um relógio não termina com a ga-rantia, e, na eventualidade de problemas fora da garantia, é muito agradável você poder contar com quem lhe vendeu o relógio, com a facilidade de substituição de componentes, entregar o seu relógio para reparar com a confiança que o vai voltar a usar.

Muita atenção a “quem” ou “onde” vai comprar o seu relógio

Por vezes o tempo e esforço dispendido numa boa escolha de um relógio fracassa no momento mais frágil, a hora da compra. Há clientes que são como os beija-flor, andam de loja em loja a sugar informação, gastam o precioso tempo de quem se esforça por os atender da melhor forma e na hora crucial, frente a um computador e a troco de alguns euros, fazem a compra da sua escolha a um “desconhecido”. Mas o mais admirável é que em muitos casos, “enfiam um barrete” e vêm depois com a maior “lata” deste mundo, junto dos distribuidores das marcas ou seus representantes nacionais reclamar sobre um produto de origem duvidosa que compraram na Conchichina. Não vamos generalizar mas, na verdade, noventa por cento das compras de “gato por lebre” são feitas via internet em lojas online sediadas num país X mas o en-vio da mercadoria vem do país Y. Depois, quando o produto chega e verificam que é uma contrafação, é um artigo usado ou até em nada se parece com aquilo que compraram, não sabem a quem se dirigir e vão “à marca”, que, acham esses clientes, tem que responder

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ao problema porque “alguém” os enganou. Normalmente até recebem o produto certo mas, depois da encomenda passar pela alfandega, somados os custos de portes, etc. chegam à conclusão que quase não mereceu a pena. Se o relógio precisar de algum ajuste ou afinação que exige a intervenção de um relojoeiro, como não foi comprado lá, ele, com a maior das legitimidades, cobra-lhe 15 ou 20 euros pela operação, e lá foi a di-ferença do preço online. Não acredite em milagres!..Como escrevemos acima, não vamos generalizar e catalogar todas as lojas online com o mesmo rotulo, não, há lojas virtuais muito boas e seguras, algumas até recomendadas pelas marcas e muitas outras agregadas a lojas físicas. Estas sim, são de confiança e até têm uma “porta onde bater” em casos de defeitos ou avarias. Mas, se reparar, normalmen-te estas lojas têm um preço similar ao das lojas físicas, o que é uma prova de idoneidade .Mas, preferencialmente, recomendamos a compra nas lojas físicas. Se está “inclinado” para determinada marca, procure o site da mesma que, normalmente, refere onde com-prar essa marca mais perto de si. Ao contactar um relojoeiro ele olha para si como a pessoa que está ali na sua frente e não como um mail escrito. O atendimento é personalizado e quem lhe mostra um relógio, real, em mão, sabe sempre o que lhe está a dizer e procura não o enganar, porque ele sabe que você pode ser um dos melhores meios de divulgação do seu estabelecimento, pelo lado positivo, mas também pelo lado negativo se for o caso. Por outro lado se, após a compra, você precisar de uma intervenção, para tirar um elo da bracelete, ou porque o relógio se atrasa, etc. certamente ele não vai cobrar nada pelo episódio, e isso são tudo custos que deve calcular na hora da compra de um relógio.

Estas são algumas dicas que temos para lhe dar para a compra de um bom relógio, mas não são as perfeitas, nem tão pouco as melhores. Há que saiba mais que nós e esteja ao seu dispor para o ajudar na escolha. Escolha o relógio e as pessoas certas. O resto vem por acréscimo. Boa compra!...

Baseado em: Ariel AdamsTradução e adaptação: Américo Reis

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Coisas Velhas

Nucleo Museológico Joalheiro e Relojoeiro da Ourivesaria Carvalho

200 anos de historia da relojoaria num museu de uma familia de relojoeiros

Em pleno centro histórico da cida-de de Ovar, instalado num edifício centenário, existe um estabelecimen-to comercial que é a mais antiga e prestigiada relojoaria da cidade. A Ourivesaria Carvalho, é hoje ge-rida por três irmãos, Cristina, Paula e Afonso Carvalho, que, além de con-tinuarem o trabalho iniciado pelos seus antepassados há mais de qua-tro gerações, fizeram um louvável trabalho de recuperação do espólio histórico da família e montaram um núcleo museulógico. É um orgulho para a Família Carvalho e para a cidade. Icones do Tempo fez uma visita e traz até aqui fotos e relatos do que viu e ouviu.

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A exposição é rica em documentação histórica

História da casa

Este estabelecimento foi fundado no século XlX, numa altura em que Ovar era uma terra muito próspera neste tipo de atividade. Existiam na época cerca de 11 oficinas de fabrico de jóias e artigos de ourivesaria, negócio flo-rescente até ao final do século, quan-do existiam ainda em Ovar 7 lojas de transformação e comércio de ouro e prata. No início do século passado o negó-cio começou a decrescer e o número de ourives na terra era já de apenas 7. Nos anos cinquenta já só existiam apenas 3 lojas, uma delas, e a mais poderosa, a dos Carvalhos.A Ourivesaria Carvalho teve origem num estabelecimento dos irmãos Ma-ria Maximina e Emídio de Sousa Cam-pos que estava sediada no Largo do Chafariz. Mais tarde veio a ficar perten-ça de uma sobrinha de ambos, Amália de Sousa Luzes, que casou com Ma-nuel Dias de Carvalho Santos, um dos 21 fundadores do Partido Republicano em Ovar, em 1907.Foi ele que deu o atual nome à Ou-rivesaria Carvalho e transferiu o esta-belecimento para o Picoto na esquina da Rua 31 de Janeiro com a Heliodoro Salgado, onde ainda hoje se localiza.Após a sua morte, a esposa tomou conta da casa com os seus filhos João e Afonso, e passou a chamar-se Ouri-vesaria Viúva Carvalho & Filhos.Em 1956, com a morte da progenitora e do irmão João, foi Afonso que pas-sou a gerir o negócio ao qual deu o nome de Afonso Dias de Carvalho & Filhos, Lda., que ainda perdura nos dias de hoje.

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Em cima - Uma perspetiva da sala do núcleo museológico

Em baixo - Um posto de trabalhoZagalo dos Santos, em 1948, re-feria-se à Ourivesaria Carvalho com “a casa que realmente é va-reira e poderosa”. Atingiu fama para além do concelho de Ovar e concelhos vizinhos, expandindo-se “por todo o distrito aveirense e extravasando a reputação pe-las cidades e vilas portuguesas de certa importância económica”, palavras do Dr. Lamy Laranjeira, um outro historiador.

Fonte: Monografia de Ovar Alberto Sousa Lamy

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Em cima - A sala do núcleo museológico vista de outra perspetivaAo lado - Um posto de trabalho encimado por um painel descritivo Em baixo - Uma fotografia dos funcionários com o patrão Afonso Carvalho.

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Em cima - A forja, onde começavam os trabalhos, a bigorna e a tina do ácido.

Ao lado - Algumas ferramentas de tra-balho.

Em baixo - As puas ou furadores.

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Coisas Velhas

O local do Núcleo Museológico Joalheiro e Relojoeiro da Ourivesaria Carvalho, até 2005, funcionou como uma oficina de fabri-co e reparação de artigos em ouro e prata e relógios, onde chegaram a trabalhar 11 pro-fissionais entre ourives e relojoeiros.O Núcleo Museológico da Ourivesaria Car-valho tem como missão a salvaguarda da memória e património cultural da empresa Afonso Dias de Carvalho & Filhos, com des-taque a preservação do estabelecimento oi-tocentista e seu acervo, criando condições museológicas adequadas às especificida-des da memória arqueológica da indústria e comércio da ourivesaria, visando o seu con-tributo para o desenvolvimento cultural e tu-rístico do Centro Histórico da cidade, fazen-do já parte da Rede Museológica de Ovar.O espólio é rico em documentação, fotos e impressos relativos à história do estabeleci-mento. Muitas ferramentas e utensílios, de-vidamente conservados e catalogados, es-tão expostos sobre o mobiliário muito bem recuperado e adaptado para a exposição.Numa secção exterior, há uma forja, onde quilos de ouro e prata foram fundidos. Ao lado, uma pequena bigorna moldada por muitos anos de trabalho e um vaso, em pe-dra, que continha o ácido para limpeza.

No interior deparamos com um la-minador, um cilindro de puxar fio e um balancé, três interessantes exemplares de maquinaria que do-minam a sala. O mobiliário alinha-do no centro puxa o nosso olhar para observar a documentação ex-posta sobre este, as várias mesas de trabalho sobre as quais estão dispostas algumas ferramentas e utensílios da arte lembram-nos a precisão, a habilidade e a paciência com que os vários artífices, durante

décadas, fabricaram, trabalharam, soldaram, moldaram e acabaram as preciosidades que lhes passa-ram pelas mãos, controlados pelo imponente relógio encostado a uma das paredes.As memórias nunca morrem!...

Núcleo Museológico Joalheiro e Relojoeiro da Ourivesaria Carvalho

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Afonso, Cristina e Paula, os atuais responsáveis da Ourivesaria Carvalho

Núcleo Museológico Joalheiro e Relojoeiro da Ourivesaria Carvalho

Contactos: Ourivesaria CarvalhoRua 31 de Janeiro, 17 - 3880-143 OVARTel: 256 572 728 - E.mail: [email protected] a sexta 9:00 - 12;30 e 14:30 -19h00, sábado 9:00 - 13:00Visitas gratuitas mas sujeitas a marcação e confirmação prévia.

Agradecimentos:O nosso grande obrigado aos responsáveis do núcleo pela colabo-ração e apoio prestado para esta reportagem.

Icones do Tempo - Américo Reis

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Franco Pianegonda, o artista italiano que faz obras de arte em forma de joias esteve em Portugal para a apresentação da nova cole-ção da marca, num evento no Hotel Ritz Four Seasons em Lisboa, no passado dia 8 de Novembro. Numa simbiose perfeita de tons, de harmonia, de convidados e de momentos, num dos mais emblemáticos locais da cidade, Franco Pianegonda deslumbrou os convidados com a sua criatividade, ousa-dia e elegância e explicou aos presentes os princípios que têm regido a empresa desde 1994. Numa exposição muito especial Franco Pianegonda desvendou as principais novidades da marca Italiana, sendo que, nas coleções femininas o destaque foi para as linhas “Veritas” e “Franco P”, que têm como musa e cliente a mulher determinada, independente, e com um estilo marcante. No universo masculino o destaque foi para a nova co-leção Character. “Os meus clientes são mulheres de todo o mundo e as minhas peças traduzem a alma de quem as usa. Uma mulher que usa uma peça Franco Pianegonda é uma mulher com espirito forte e estilo mar-cante, uma mulher única e que não tem medo de mostrar quem é”. Franco ofereceu a todos os convidados uma rosa com um sig-nificado muito especial: a mulher é bela e única como a flor, mas ao mesmo tempo é forte e destemida como os espinhos de uma rosa. As-sim são as clientes Franco Pianegonda, “mulheres únicas que não têm medo de mostrar quem são”.

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Espalhou glamour e criatividade no lançamento da sua nova coleção em Portugal

...mulheres únicas que não têm medo de mostrar quem são!.. é como Franco Pianegonda define as suas clientes.

mais informação:www.jborgesfreitas.pt

Coleção My Amazon

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uando falamos em máquinas pensamos também em aviões e quando perguntamos qual o avião mais famoso do mundo surge-nos logo uma resposta: “Air Force One”.

O “Air Force One”, a par com a Casa Branca e o Selo Oficial, é um proeminente símbolo da Presidência dos Estados Unidos da América. Sempre que o presidente viaja pelo país ou para o estrangeiro, fá-lo a bordo de um luxuoso Jumbo de alta tecnologia. Por isso muitos apelidam estes aparelhos de “Casa Branca voadora”.Durante os ataques de 11 de setembro de 2001, o “Air Force One” mostrou que era muito mais do que um avião executivo. Transformou-se num abrigo móvel quando, na altura dos acontecimentos, qualquer lugar em terra firme poderia ser vulnerável aos ataques dos terroristas

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Imagens que mostram como se trabalha em pleno voo.

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Máquinas

O que é o “Air Force One”?Quase toda a gente sabe que o avião que transporta o presidente americano é como uma Sala Oval voadora, com todos os ti-pos de equipamentos de ponta no que diz respeito a comunicações e defesa. Mas há dois pormenores sobre o “Air Force One” que a maior parte do público desconhece.“Air Force One” não é tecnicamente um avião, mas sim um código de rádio para qualquer avião da Força Aérea dos Esta-dos Unidos que, no momento, transporte o seu presidente. Logo que o presidente embarca num avião da Força Aérea, esse

avião passa a ser chamado pelo nome de código “Air Force One”, quer pela tripulação quer por todos os controladores de tráfego aéreo, isto para evitar confusões com qual-quer outro avião no mesmo espaço aéreo. Doutro modo, se o presidente voar num aparelho do Exército, essa aeronave passa a ter como nome de código “Army One” e sempre que ele voa no seu conhecido he-licóptero, este passa a ter como nome de código “Marine One”. No entanto, modo geral, toda a gente se re-fere a este avião como o “Air Force One”. Assim, também o vamos fazer neste artigo.

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Na verdade, não existe apenas um, mas sim dois aviões que voam regularmente sob esta designação. São dois aparelhos Boeing 747-200B quase idênticos. Os aviões são desig-nados VC-25A, com prefixos 28000 e 29000. Os dois aviões têm as mesmas capacidades e a mesma estrutura geral de um Boeing 747-200B normal. São quase da altura de um prédio de seis andares e tão compridos como um quarteirão urbano. Cada um destes aviões é propulsionado por quatro motores a jato General Electric CF6-80C2B1 com uma impulsão de 28.300 kg cada. Estas aero-naves voam a uma velocidade máxima entre 1.000 e 1.100km/h e o teto máximo (altitude máxima a que o avião pode voar) é de 45 mil pés ou 13.716 metros. Para abastecer este avião são necessários 200 mil litros de combustível e pesa 380.000 kg, quando completamente abastecido para uma missão de longa distância. Com os tan-ques cheios, o avião pode dar meia volta ao mundo. Para missões mais distantes o apa-relho tem equipamento para poder ser reabastecido em voo. Como um 747 normal, estes aviões têm três andares, mas o seu interior não se parece em nada com a versão comercial. Nas próximas linhas vamos analisar os componentes mais importantes que distinguem os aviões VC-25A de um Jumbo normal.O “Air Force One” tem cerca de 370 m² de área interna. É mais parecido com um hotel ou um escritório de executivo do que com um avião, exceto pelos cintos de segurança que equipam todos os bancos e poltronas. O nível inferior do avião serve principalmente como espaço de carga. O espaço maior para passageiros está no nível do meio e o mais alto é maioritariamente ocupado com equipamentos de comunicação. O presidente tem uma suite particular a bordo, situada na zona do nariz do avião, com quarto de dormir, casa de banho, sala de ginástica e espaço para escritório. Grande parte dos móveis do avião foram feitos por medida, segundo as especificidades do lugar.A comitiva presidencial reúne-se numa ampla Sala de Reuniões, que serve também como Sala de Jantar. Os membros mais graduados têm a sua própria área de escritório, o res-to da comitiva também tem espaço para trabalhar e descontrair. Há também uma área separada para a imprensa que viaja com o presidente, com bastante espaço para voar confortavelmente e fazer seu trabalho. O “Air Force One” pode levar confortavelmente 70 passageiros e a sua tripulação é composta por 26 tripulantes.

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A plantaO “Air Force One” está rodeado de um ambiente algo misterioso, especialmente por ser um local inacessível para a maioria de nós. Mesmo políticos, jornalistas e outros convida-dos que visitam o aparelho, não têm acesso a algumas partes do avião e a Força Aérea é cuidadosa em dissimular detalhes específicos da planta destas aeronaves. Várias fontes oficiais e não-oficiais já publicaram descrições do que há dentro do avião, mas até agora, nenhuma, que se saiba, revelou pormenores de como estas peças se encaixam.A ilustração apresentada nas páginas anteriores é um palpite, com base nas informações disponíveis, de como o avião mais famoso do mundo poderá estar organizado.Os passageiros podem entrar por três portas. Duas dessas portas abrem-se para o andar mais baixo, uma na frente e outra na traseira do avião, e uma outra porta na frente abre-se para o andar do meio. Normalmente, quando vemos imagens do presidente a entrar ou a sair do “Air Force One”, ele está a usar essa porta que abre para o andar do meio. Normal-mente, os jornalistas entram pela porta de trás que dá acesso a uma escada para o andar do meio. A área da imprensa parece-se com a classe executiva de um voo comercial, com bancos confortáveis e com muito espaço entre si.A tripulação entra pela porta mais baixa, localizada na frente do avião. Essa porta dá-lhes também acesso à área de carga e à área dos passageiros, além do cockpit. A área para a comitiva é na parte da frente do avião, no nível do meio. A cozinha e a sala de reuniões e de jantar ficam à direita. Esta sala é uma das maiores do avião. Uma passagem estreita leva a uma outra área de trabalho e ao compartimento de passageiros na parte de trás.A suite e o escritório do presidente ficam à esquerda da entrada, no andar do meio e na parte da frente do avião. Uma escada junto à entrada do andar do meio leva a uma área de receção no andar de cima.

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Características especiaisO “Air Force One” que transporta o presi-dente, mesmo em algumas viagens que po-dem ser muito longas, possui vários itens especiais, muitos dos quais não encontra-mos em normais aviões comerciais.Os tripulantes podem preparar as refeições em cozinhas totalmente equipadas e que comportam uma grande quantidade de ali-mentos na plataforma inferior do avião. Es-tão equipadas para alimentar cerca de 100 pessoas de uma vez e a área de armazena-gem contém alimentos para cerca de 2 mil refeições.Há também uma instalação médica a bor-do. A sala médica tem uma grande farmá-cia, equipamentos de pronto-socorro, des-fibrilador, equipamento para transfusão de sangue e até uma mesa de cirurgia dobrá-vel. Na tripulação há uma equipa médica que viaja com o presidente onde quer que ele vá. Em todas as missões, o avião está preparado para possíveis emergências.Os acessórios mais impressionantes do avião são os seus equipamentos eletróni-cos, possui 85 telefones de bordo, uma va-riedade de rádios bidirecionais, aparelhos

de comunicação e conexões para compu-tador. Tem 19 televisores e vários equipa-mentos de escritório. O presidente e o pes-soal da comitiva podem comunicar com qualquer lugar no mundo enquanto viajam a milhares de metros de altitude.A cablagem de bordo inclui cerca de 500 km de cabos protegidos por uma blindagem especial para proteger a instalação e toda a eletrónica essencial de impulsos e radia-ções eletromagnéticas, originados por uma explosão nuclear no solo.Outro acessório especial é a sonda para reabastecimento em voo. Como nos bom-bardeiros e noutras aeronaves de combate, o reabastecimento em voo dá a este avião a capacidade de ficar no ar indefinidamen-te, o que pode ser crucial numa situação de emergência. As sofisticadas e avançadas tecnologias de defesa e aviónica são as partes mais inte-ressantes do avião, mas também as mais secretas do mesmo. A Força Aérea afirma que os dois aviões são de facto aeronaves militares, projetadas para resistir a um ata-que aéreo.Entre outras coisas, o avião está equipado

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com contramedidas eletrónicas (ECM) para proteção contra radares inimigos. Perante um ataque de mísseis guiados por calor, o avião também pode lançar sinalizadores de calor para atrair mísseis termo sensíveis para longe da sua fuselagem.

Operação de VooOs tripulantes da Força Aérea da base de Andrews, em Maryland, inspecionam sem-pre e cuidadosamente o avião e a pista an-tes de cada voo. .Chegada a hora de partir, o helicóptero Ma-rine One transporta o presidente dos Esta-dos Unidos para a base aérea de Andrews. Por toda a base, patrulhas ficam atentas a qualquer aeronave não autorizada no espa-ço aéreo e têm ordem para abater as que forem avistadas. Todo e qualquer voo do “Air Force One” é classificado como uma operação militar e como tal é sempre pilotado, nunca com pilo-to automáticoAntes de qualquer viagem, a Força Aérea envia aviões de carga Starlifter C141 para o destino, carregando o comboio presidencial. Esta frota de limusines e carrinhas blinda-das e carregadas com armamentos, man-tém a segurança do presidente nas suas deslocações em terra.O presidente quando chega à base traz uma

pasta onde estão guardados os códigos para lançamento do arsenal nuclear. Um oficial da Força Aérea guarda essa mala durante todo o voo até a entregar a um ou-tro oficial do Exército em terra.Tal como um avião normal, o “Air For-ce One” tem uma tripulação para pilotar o avião e comissários de voo para preparar e servir refeições, limpar o aparelho e outras funções. Estes membros da tripulação são militares cuidadosamente selecionados, com folhas de serviço exemplares. Mesmo os membros da tripulação que preparam as refeições, trabalham com altos níveis de se-gurança. Quando compram alimentos, por exemplo, devem ir às lojas secretamente e escolher os mercados de modo aleatório, para proteger o presidente contra eventu-ais envenenamentos. A bordo do avião, a tripulação fornece um serviço de primeira classe, durante 24 horas por dia.Estes membros da tripulação gozam de um privilégio raro que é trabalhar ao lado do presidente quando ele está mais descontra-ído. Todos os presidentes, desde Harry Tru-man, estabeleceram sempre boas relações com a tripulação. Cada voo do “Air Force One” é sempre uma viagem acompanhada de muita emoção.

Fonte: Tom HarrisTradução: Jorge Luz

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A Serra daFreitaHá locais na Terra onde a Natureza se esmerou ao marcar a paisagem, onde o Homem soube sem-pre viver, e muitas vezes sobreviver, mas sempre com respeito por essa natureza que lhe dava tudo o que precisava para viver. São locais onde o Tempo quase parou, talvez para nos lembrar que, antes do Homem inventar o stress, a Vida era vivida ao ritmo das colheitas e pastorícia, corria ao longo de riachos e veredas, era moldada pelas rochas dos montes. De uma forma diferente da que hoje conhecemos, a Felicidade já existia. Um bom exemplo desse locais é a Serra da Freita.

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Onde fic

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A Frecha da Mizarela

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A porta de entrada para a serra da Freita é pela vila de Arouca. A chegada à povoação, pela extensa avenida principal, leva-nos a uma urbe de edifícios e praças, com linhas do início e metade do século passado. À esquerda, a imponência do Convento des-via-nos o olhar do edifício da Câmara que, ao fundo da avenida, parece vigiar toda a povoação. Rodeando todo o vale, as serra-nias despertam a vontade para subir, mas, antes, é melhor não perder uma visita ao Museu Municipal, onde se podem ver di-versos elementos da história da região. No convento, além da igreja, pode ser visitado o riquíssimo museu de arte sacra. É uma obrigação provar a deliciosa doçaria con-ventual e regional antes de deixar a vila.Subimos. A meia encosta, no meio do den-so arvoredo que cobre o terreno podem ver-se as mamoas de granito, um dos fe-nómenos geológicos da região. No planalto aparece uma elevação rocho-sa encimada pelo marco geodésico de S. Pedro, o ponto mais alto da serra da Freita, a cerca de 1.077 metros. Em dias de boa visibilidade podemos ver dali as serras da

O Rio Caima quase na nascente A vila de Arouca

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Estrela e Caramulo, a sul, o Gerês, Marão, Larouco e Marofa a norte. Pode dizer-se que, do alto do miradouro, se pode ver me-tade do território de Portugal. A sul, pode ser admirado todo o planalto da Freita e, a norte, a Capela da Senhora da Lage pare-ce abrigar-se numa depressão de terreno ao lado do Merujal.

Mais a sul há um lugar onde o rio Caima se precipita numa queda de cerca de seten-ta metros, a Frecha da Mizarela, na aldeia do mesmo nome. É a queda de água mais alta em território nacional e a paisagem mais fotografada em toda a serra. Ao fundo, nas margens do rio, o lugar da Ribeira é uma das povoações típicas da região e, do outro lado do vale, avista-se a aldeia de Castanheiros, onde se encontram as Pedras Parideiras, um raríssimo fenómeno geológico.Voltando ao planalto, Portela de Anta é um bom local para fazer uma caminhada ou passeio de BTT, afastando-se do alcatrão, o risco de se perder é quase nulo pois basta subir a qualquer pequena elevação para se localizar. Aí, a paisagem é dominada pelas formações rochosas e podem apreciar-se al-guns vestígios pré-históricos. A calma e o si-lêncio do local são perturbantes. Com muita facilidade pode cruzar-se com o gado arou-quês, a raça bovina da região que, apesar das suas dimensões, são animais muito dó-ceis e curiosos. O Destrelo da Malhada é um sítio maravilho-so para admirar a paisagem sobre o vale de Arouca e as serranias circundantes.

A Mizarela vista dos Castanheiros

O Detrelo da Malhada

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Mais a nascente, as aldeias de Cabreiros, Tebilhão, Candal e Póvoa das Leiras são locais admiráveis, onde homem e natureza se adaptaram para viver em conjunto.Drave fica escondida num vale onde nas-ce a ribeira com o mesmo nome. A aldeia, deserta e bonita, não é acessível para au-tomóveis. Mas a beleza da aldeia, das cas-catas e lagoas da ribeira são boas razões para uma visita a pé. Mais adiante fica a povoação de Regoufe, encimada pelas ruínas das antigas minas de volfrâmio. Para quem gosta de cami-nhadas, os percursos pedestres marcados podem leva-los até Drave ou Covêlo do Paivô, onde as praias fluviais, quase selva-gens, são pequenos paraísos. Rio de Fra-des é um outro antigo couto mineiro que, a par com Regoufe, deu pão a muita gente durante a Segunda Guerra Mundial. Aqui, munidos de uma lanterna, fura-se a monta-nha por uma antiga galeria que nos leva até

A aldeia de Drave

outro local paradisíaco no rio que dá nome à terra. Na povoação, principia ou termina, consoante o sentido, aquele que é, para nós, o mais espetacular percurso pedestre da serra, “O Caminho do Carteiro”, um tri-lho que atravessa a encosta íngreme até Cabreiros e Tebilhão, algumas centenas de metros acima.

Praia fluvial em Covelo do Paivó

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A norte, do outro lado do monte e nas mar-gens do Rio Paiva, Janarde e Meitriz vigiam a passagem das águas do rio mais limpo da Europa. Mais além, Covas do Rio e Covas do Monte descansam no vale e na encosta vigiadas pela capela de São Macário. A pai-sagem continua a ser idílica, apenas a pre-sença dos desenquadrados aerogeradores nos diz a época em que estamos. De regresso a Arouca, passamos por Alva-renga, antiga sede de concelho onde pode-mos apreciar o casario rústico e o pelouri-nho da antiga comarca. Aí também se pode comer um dos melhores bifes do mundo, da vitela arouquesa.No caminho passamos sobre o Rio Paiva, na Ponte do Vilarinho, construída por vol-ta de 1790 e aínda no ativo. Vale a pena parar e ver como o Paiva salta por entre as rochas em direção ao Douro. Do lado nascente há um pequeno parque que dá acesso à bonita e agradável praia fluvial. É também um local ideal para desportos radi-cais como o rafting ou canoagem.Mais um quilómetro e, ao passar em Cane-las encontramos, junto à estrada principal, o Centro de Interpretação Geológica, onde podemos admirar os fósseis das maiores trilobites do mundo. Estas criaturas, que viveram há mais de 450 milhões de anos,

deixaram o seu rasto neste local que, por essa altura, era o fundo de um oceano.Mais à frente, fazemos um pequeno desvio para subir ao alto da Senhora da Mó. A ca-pela, pequena, caiada e muito antiga, con-vida a uma visita. Cá fora, nas escadarias de xisto podemos apreciar a paisagem e debruçarmo-nos sobre o vale onde está im-plantada a vila de Arouca.Antes do fim do passeio, paramos no Bur-go para comer o deliciosíssimo pão-de-ló de Arouca e outras iguarias regionais.De regresso a casa damos uma última olha-dela pelo retrovisor do carro e exclamamos ”Adeus!..” ou não, “Até uma próxima!..” será o mais certo.

Minas de Regoufe Fosseis de Trilobites

A Ponte de Vilarinho

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Como irOs acessos

Os acessos mais fáceis para seguir para Arouca são a partir de Oliveira de Azeméis ou de São João da Madeira, cidades ser-vidas de perto pelas autoestradas A-29 e A-1. A EN-1 quase as atravessa. O melhor caminho é seguir para Vale de Cambra e depois subir em direção a Arouca. A meia distâcia entre estas localidades, em Chão de Ave, poucos metros antes de um pos-to de abastecimento, há um corte à direita que segue para o planalto, junto à Sra. da Lage. Seguindo em frente vai para Arouca. Outra opção, para quem vem do interior sul, é, em Viseu, tomar a direção de São Pedro do Sul e daí para Manhouce. Vai subir pela encosta sul da serra, chegando ao planalto na zona de Portela de Anta. Outras opções são ir por Castro Daire ou Castelo de Paiva, mas as estradas, por serem muito sinuosas, não são as mais aconselháveis.

Informações Uteis

AGA – Associação Geoparque Arouca Posto de TurismoRua Alfredo Vaz Pinto4540-118 Arouca Tel.: 256 940 254E-mail: [email protected] Web: www.geoparquearouca.com

Camara Municipal de AroucaPraça do Municipio4544-001 AroucaTel. 256 943 045E-mail: [email protected]: www.cm-arouca.pt

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Ficha Técnica

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Diretor e Coordenador Editorial:Américo Reis

Produção e arte:Trevo Azul - Ideias, Eventos e Distribuição

Redação:Mónica Jesus, Jorge Luz Américo Reis, Tó Flores

Revisão:Isabel Vieira

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Contactos:[email protected]

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Publicidade:Trevo Azul - Ideias, Eventos e Distribuiçã[email protected]

PropriedadeAmérico Reis

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Icones do Tempo é uma revista de edição digital e grá-fica, com periodicidade bimensal. A distribuição é gratuíta, sendo proibida a venda da edição gráfica ou assinatura digital.É proibida a reproduçao total ou parte do material pu-blicado sem a respectiva autorização e referência da origem. A informação e as opiniões publicadas são da repsonsabilidade de quem as assina e não refletem, necessáriamente, a opinião do corpo editorial.

Enviada por via electronica para 273.436 endereços de mail.

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Até Já!...ic

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E por agora, é tudo!...Esta foi a revista possível como ensaio para o lançamento definitivo, em Janeiro de 2013 do nº 1 da nossa revista.Com meios técnicos e humanos ainda algo limitados, ainda com alguma falta de credibi-lidade por parte dos distribuidores e anunciantes, o que compreendemos, e ainda a limar muitas arestas e polir riscos, normais em situação de lançamento, conseguimos!...Conseguimos editar uma revista em que mais de 50% das suas páginas abordam o tema principal da revista, os relógios. Juntamos um leque de conteúdos diversificado e acessí-vel à maioria dos leitores. Conseguimos um grafismo e qualidade que, segundo opinião de alguns profissionais do ramo editorial, já rivaliza com publicações muito mais maduras.Estas conquistas dão-nos força para continuar, e é isso que vamos fazer.Já temos assegurado novo hardware e software que nos vai proporcionar outras condi-ções de edição da revista, já teremos acesso a uma base de dados que nos possibilitará levar esta revista, de modo totalmente gartuito, até cerca de, não é engano, 2,5 milhões de endereços de mail, já temos algumas marcas e personalidades que nos confirmaram o seu apoio para o próximo ano, já temos novos e divesificados colaboradores para traba-lhar em próximas edições. Acreditamos estar no bom caminho.Na próxima edição vamos apresentar novos e diferentes conteúdos. Entre outros, vamos apresentar algumas novidades para 2013, vamos entrevistar uma conhecida personalida-de que nos vai falar sobre si e os seus relógios e vamos a um lugar onde muita gente vai, mas poucos conhecem.Resta-nos desejar-vos um Feliz Natal e um Bom Ano Novo, plenos daquilo que mais que-remos: Felicidade, saúde, prosperidade e boa companhia.Até já!.. Voltamos em Janeiro para vos fazer boa companhia!..

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