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i5UcAçAO rí)lIIIIIIIIIIIi~C""'"N° 151 ABRIL DE 2011

N° 151 ABRIL DE 2010

ARTIGO ORIGINAL

APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE E HÁBITOSDE VIDA EM ESCOLARES DE 10 A 14 ANOS 3Physical Fitness Related to Health and life Style in Scholar's of 10 to 14 Years OldRafael Abeche Generosi, Daniel Garlipp, Fernando Braga, Marcelo Cardoso

INIBIÇÃO DOS MOVIMENTOS DOS MEMBROS SUPERIORES NA FORÇAVERTICAL DURANTE A MARCHA HUMANA. 11Inhibition of the movements of upper limbs on the vertical force during the human gaitAderson Loureiro, Andresa Mara de Castro Santos, Renato Germano, Milton Antonio Zaro,Aluisio Otavio Vargas Ávila, Tássia Silveira Furlanetto

HIPERTENSÃO ARTERIAL, ATIVIDADE FÍSICA E EXCESSO PONDERALEM ADOLESCENTES DO NORDESTE DO BRASIL.. 17Arterial hypertension, physical activity excess ponderal in adolescents of northeast brazilClaudia dos Reis Lisboa, Helena Alves de Carvalho Sampaio, Francisco Jose Maia Pinto

EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE BEBIDA ENERGÉTICA NA FADIGA MUSCULARDOS ATLETAS DA EQUIPE MILITAR MASCULINA DE FUTEBOL DO BRASIL.. 25Effects of energy drink supplement with in muscle fatigueof male athletesof brazil military soccer team.César Augusto Calembo Marra, Mauro Maia Júnior, Luciana de Lima e Silva Lauria

QUALIDADE DE VIDA E NÍVEL DE A TI VIDA DE FÍSICA DEINDIVÍDUOS FREQUENTADORES DE ACADEMIA. 32Quality of life and Physical Activity Levei in Individuais who Attend AcademyTúlio Brandão Xavier Rocha, Davi M. A. Prates, Guanis de Barros Vilela Júnior, Luciane Manzatto

EFEITO DE UM PROTOCOLO DE REPOSIÇÃO HÍDRICA SOBRE O ESTADO DEHIDRATAÇÃO DE ATLETAS APÓS CORRIDA DE DEZ QUILÔMETROS .40Effect of a fluid replacement protocol on the athletes hydration state after ten kilorneters runningJulia Teixeira Peixoto de Vasconcellos, Cláudia Mello Meirelles

NOSSA CAPA'

Vista aérea da Diretoria de Pesquisa e Estudos de Pessoal(Fortaleza de São João)

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N° 151 ABRIL DE 2010

ARTIGO ORIGINAL

APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE E HÁBITOSDE VIDA EM ESCOLARES DE 10 A 14 ANOS 3Physical Fitness Related to Health and life Style in Scholar's of 10 to 14 Years OldRafael Abeche Generosi, Daniel Garlipp, Fernando Braga, Marcelo Cardoso

INIBIÇÃO DOS MOVIMENTOS DOS MEMBROS SUPERIORES NA FORÇAVERTICAL DURANTE A MARCHA HUMANA. 11Inhibition of the movements of upper limbs on the vertical force during the human gaitAderson Loureiro, Andresa Mara de Castro Santos, Renato Germano, Milton Antonio Zaro,Aluisio Otavio Vargas Ávila, Tássia Silveira Furlanetto

HIPERTENSÃO ARTERIAL, ATIVIDADE FÍSICA E EXCESSO PONDERALEM ADOLESCENTES DO NORDESTE DO BRASIL.. 17Arterial hypertension, physical activity excess ponderal in adolescents of northeast brazilClaudia dos Reis Lisboa, Helena Alves de Carvalho Sampaio, Francisco Jose Maia Pinto

EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE BEBIDA ENERGÉTICA NA FADIGA MUSCULARDOS ATLETAS DA EQUIPE MILITAR MASCULINA DE FUTEBOL DO BRASIL.. 25Effects of energy drink supplement with in muscle fatigueof male athletesof brazil military soccer team.César Augusto Calembo Marra, Mauro Maia Júnior, Luciana de Lima e Silva Lauria

QUALIDADE DE VIDA E NÍVEL DE A TI VIDA DE FÍSICA DEINDIVÍDUOS FREQUENTADORES DE ACADEMIA. 32Quality of life and Physical Activity Levei in Individuais who Attend AcademyTúlio Brandão Xavier Rocha, Davi M. A. Prates, Guanis de Barros Vilela Júnior, Luciane Manzatto

EFEITO DE UM PROTOCOLO DE REPOSIÇÃO HÍDRICA SOBRE O ESTADO DEHIDRATAÇÃO DE ATLETAS APÓS CORRIDA DE DEZ QUILÔMETROS .40Effect of a fluid replacement protocol on the athletes hydration state after ten kilorneters runningJulia Teixeira Peixoto de Vasconcellos, Cláudia Mello Meirelles

NOSSA CAPA'

Vista aérea da Diretoria de Pesquisa e Estudos de Pessoal(Fortaleza de São João)

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ioocAçAO ;:í)~i~CA~N° 151ABRIL DE 2011

DIRETOR DA DPEPGen Bda Fernando Azevedo e Silva

EDITOR - ASSOCIADOProf. Dr. Marcos de Sá Rego Fortes

DIRETOR DO IPCFExTen Cel Marco Aurélio Baptista

EDITOR - CHEFETen Cel Mário Vi lá Pitaluga Filho

SECRETÁRIO2° Sgt Alan Costa da Silva

CORPO CONSULTIVO:

Prot. Dr. Antônio Carlos GomesUniversidade Estadual de LondrinaProt. Dr. Antônio Claudio Lucas da NóbregaUniversidade Federal FlurninenseProt. Dr. Antônio Fernando Araújo DuarteInstituto de Pesquisa da Capacitação Física do ExércitoProt. Dr. Benedito Sérgio DenadaiUniversidade Estadual de São Paulo - UNESPProt. Dr. Cândido Simões Pires NetoUnidade de Ensino Superior Vale do Iguaçu - UNIGUAÇUProt. Dr. Carlos UgrinowitschUniversidade de São Paulo - USPProt. Dr. Cláudio Gil Soares de AraújoUniversidade Gama FilhoProt. Dr. Guanis de Barros Vilela JuniorUniversidade Metodista de PiracicabaProf'. Dr". Isabela Pereira de Lucena GuerraConsultora do GSSI - SPProt. Dr. João Carlos DiasCentro Uníversitário de Belo Horizonte - UNI-BHProf. Dr. Jorge ProençaUniversidade Lusofona (Portugal)Prot. Dr. José Maurício Capinussú de SouzaUniversidade Salgado de OliveiraProt. Ms. Josué Morisson de MoraesCentro Universitário Metodista - BennettProt. Dr. Lamarline Pereira da CostaUniversidade Gama FilhoProt. Dr. Luis Claudio CameronUniversidade do E.stado do Rio de JaneiroProf'. Ms. Letícia Azen AlvesUniversidade Estacio de SáProt. Dr. Luiz Antonio dos AnjosUniversidade Federal Fluminense

Prot. Dr. Luiz Alberlo BatistaUniversidade do Estado do Rio de JaneiroUniversidade Castelo BrancoProt. Dr. Valdir José BarbantiUniversidade de São PauloProt. Dr. Márcio Antônio BabinskiUniversidade Federal FlurninenseProf' Dr" Maria Eliza Caputo FerreiraUniversidade Federal de Juiz de ForaProf' Dr" Maria Isabel FragosoUniversidade Técnica de Lisboa (Portugal)Prot. Dr. Martim Francisco Bottaro MarquesUniversidade de Brasília - UNBProt. Dr. Paulo Sérgio Chagas GomesUniversidade Gama FilhoProt. Dr. Ratael Guimarães BotelhoUniversidade Autonôma de BarcelonaProf'. Dr". Renata de Sá Osborne da CostaUniversidade Salgado de OliveiraProt. Dr Roberto Carlos BuriniUniversidade Estadual de São Paulo - UNESPProt. Dr. Rolando CeddiaYork UniversítyProt. Dr. Rui CuriUniversidade de São Paulo - USPProf'. Dr". Tânia Cristina Pithon CuriUniversidade Cruzeiro do Sul - UNICSULProt. Dr. Vitor Agnew LiraUniversity of FloridaProt. Dr. Wallace Davi MonteiroUniversidade do Estado do Rio de JaneiroNúcleo do Instituto de Ciências da Atividade Física

A Revista de Educação Física é uma publicação de divulgação científica do Exército Brasileiro, através da Diretoria de Pesquisa e Estudos de Pessoal (DPEP) ede suas unidades subordinadas, Instituto de Pesquisa da Capacitação Fisica do Exército (lPCFEx) e da Escola de Educação Fisica do Exército (EsEFEx).A Revista de Educação Física é publicada trimestralmente e de distribuição gratuita. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. Épermitida a reprodução de artigos, desde que citada fonte. Capa I Tiragem: 5.000 exemplares.Produção Gráfica e Publicidade: Faer Editora e Publicidade LIda. Impressão: Viaman Gráfica e Editora LIda.

Contatos: Tel. (021) 2295-5340 I e-mail:[email protected]/Aceita-se permuta.Revista de Educação Física - Instituto de Pesquisa da Capacitação Fisica do Exército (IPCFEx)Av. João Luis Alves, si n° - Fortaleza de São João - UrcaCEP: 22291-090 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Ficha catalográfica

Revista de Educação Fisica. Ano 1 n° 1 (1932)- . -Rio de Janeiro: DPEP 2009

v.: n.Trimestral.Órgão oficial do: Exército Brasileiro.ISSN 0102-8464.

1. Educação Fisica - Periódicos. 2. Desportos. 3. Psicologia. 4. AptidãoFisica. 5. Medidas e Avaliação. 6. Saúde e Pesquisa. 7. Fisioterapia -Periódicos.I.Brasil.ExércitoBrasileiro. CDD 796.05

www.revistadeeducacaofisica.com.br

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ioocAçAO ;:í)~i~CA~N° 151ABRIL DE 2011

DIRETOR DA DPEPGen Bda Fernando Azevedo e Silva

EDITOR - ASSOCIADOProf. Dr. Marcos de Sá Rego Fortes

DIRETOR DO IPCFExTen Cel Marco Aurélio Baptista

EDITOR - CHEFETen Cel Mário Vi lá Pitaluga Filho

SECRETÁRIO2° Sgt Alan Costa da Silva

CORPO CONSULTIVO:

Prot. Dr. Antônio Carlos GomesUniversidade Estadual de LondrinaProt. Dr. Antônio Claudio Lucas da NóbregaUniversidade Federal FlurninenseProt. Dr. Antônio Fernando Araújo DuarteInstituto de Pesquisa da Capacitação Física do ExércitoProt. Dr. Benedito Sérgio DenadaiUniversidade Estadual de São Paulo - UNESPProt. Dr. Cândido Simões Pires NetoUnidade de Ensino Superior Vale do Iguaçu - UNIGUAÇUProt. Dr. Carlos UgrinowitschUniversidade de São Paulo - USPProt. Dr. Cláudio Gil Soares de AraújoUniversidade Gama FilhoProt. Dr. Guanis de Barros Vilela JuniorUniversidade Metodista de PiracicabaProf'. Dr". Isabela Pereira de Lucena GuerraConsultora do GSSI - SPProt. Dr. João Carlos DiasCentro Uníversitário de Belo Horizonte - UNI-BHProf. Dr. Jorge ProençaUniversidade Lusofona (Portugal)Prot. Dr. José Maurício Capinussú de SouzaUniversidade Salgado de OliveiraProt. Ms. Josué Morisson de MoraesCentro Universitário Metodista - BennettProt. Dr. Lamarline Pereira da CostaUniversidade Gama FilhoProt. Dr. Luis Claudio CameronUniversidade do E.stado do Rio de JaneiroProf'. Ms. Letícia Azen AlvesUniversidade Estacio de SáProt. Dr. Luiz Antonio dos AnjosUniversidade Federal Fluminense

Prot. Dr. Luiz Alberlo BatistaUniversidade do Estado do Rio de JaneiroUniversidade Castelo BrancoProt. Dr. Valdir José BarbantiUniversidade de São PauloProt. Dr. Márcio Antônio BabinskiUniversidade Federal FlurninenseProf' Dr" Maria Eliza Caputo FerreiraUniversidade Federal de Juiz de ForaProf' Dr" Maria Isabel FragosoUniversidade Técnica de Lisboa (Portugal)Prot. Dr. Martim Francisco Bottaro MarquesUniversidade de Brasília - UNBProt. Dr. Paulo Sérgio Chagas GomesUniversidade Gama FilhoProt. Dr. Ratael Guimarães BotelhoUniversidade Autonôma de BarcelonaProf'. Dr". Renata de Sá Osborne da CostaUniversidade Salgado de OliveiraProt. Dr Roberto Carlos BuriniUniversidade Estadual de São Paulo - UNESPProt. Dr. Rolando CeddiaYork UniversítyProt. Dr. Rui CuriUniversidade de São Paulo - USPProf'. Dr". Tânia Cristina Pithon CuriUniversidade Cruzeiro do Sul - UNICSULProt. Dr. Vitor Agnew LiraUniversity of FloridaProt. Dr. Wallace Davi MonteiroUniversidade do Estado do Rio de JaneiroNúcleo do Instituto de Ciências da Atividade Física

A Revista de Educação Física é uma publicação de divulgação científica do Exército Brasileiro, através da Diretoria de Pesquisa e Estudos de Pessoal (DPEP) ede suas unidades subordinadas, Instituto de Pesquisa da Capacitação Fisica do Exército (lPCFEx) e da Escola de Educação Fisica do Exército (EsEFEx).A Revista de Educação Física é publicada trimestralmente e de distribuição gratuita. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. Épermitida a reprodução de artigos, desde que citada fonte. Capa I Tiragem: 5.000 exemplares.Produção Gráfica e Publicidade: Faer Editora e Publicidade LIda. Impressão: Viaman Gráfica e Editora LIda.

Contatos: Tel. (021) 2295-5340 I e-mail:[email protected]/Aceita-se permuta.Revista de Educação Física - Instituto de Pesquisa da Capacitação Fisica do Exército (IPCFEx)Av. João Luis Alves, si n° - Fortaleza de São João - UrcaCEP: 22291-090 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Ficha catalográfica

Revista de Educação Fisica. Ano 1 n° 1 (1932)- . -Rio de Janeiro: DPEP 2009

v.: n.Trimestral.Órgão oficial do: Exército Brasileiro.ISSN 0102-8464.

1. Educação Fisica - Periódicos. 2. Desportos. 3. Psicologia. 4. AptidãoFisica. 5. Medidas e Avaliação. 6. Saúde e Pesquisa. 7. Fisioterapia -Periódicos.I.Brasil.ExércitoBrasileiro. CDD 796.05

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ioucdçAO rí'!!""!)i~C~A~ISSN 0102 - 8464

ARTIGO ORIGINAL

APTIDÃO FíSICA RELACIONADA À SAÚDE E HÁBITOSDE VIDA EM ESCOLARES DE 10 A 14ANOS

Physical Fitness Related to Health and Life Style in Scholar's of 10 to 14 Years Old

Rafael Abeche Generosi1,2; Daniel Garlipp1; Fernando Braqa'; Marcelo Cardoso'

1Escola Superior de Educação Física (ESEF), Programa de Pós-Graduação em Ciências do MovimentoHumano (PPGCMH), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

2Bolsista CNPQ.

Resumo: O objetivo do estudo foi descrever e explorar o perfil da aptidão física relacionada à saúde (ApFRS) e dos hábitos de vida (HbtV) emcrianças e jovens escolares do município de Barra do Ribeiro/RS divididos por idades (10 a 14 anos) e sexo (rapazes e moças). A amostra inten-cional foi composta de 124 rapazes e 116 moças, totalizando 240 indivíduos. Inicialmente foi aplicado um questionário estruturado em três unida-des (dados pessoais; tabagismo e etilismo; atividade física habitual); e posteriormente, as avaliações fisicas: estatura, massa corporal, circunfe-rência de cintura, dobras cutâneas do tríceps e da perna, força/resistência abdominal, flexibilidade e resistência geral. Utilizaram-se tratamentosestatísticos de exploração (normalidade dos dados e verificação de outliers) e descrição (médias, desvios-padrões, freqüência de ocorrência).Observou-se um incremento nos vaiores médios da maioria das variáveis físicas, dos 10 para os 14 anos nos rapazes e nas moças, com exceçãoda flexibilidade. Nas dobras cutâneas do tríceps e da perna, e na atividade física habitual, não houve um padrão de incremento ou decréscimo. Notabagismo encontrou-se uma ocorrência de 8% (rapazes) e 6% (moças), e no etilismo 33% (rapazes) e 27% (moças). Com o estudo foi possívelconhecer em que estado se encontra uma razoável parcela de escolares do município em relação à ApFRS e HbtV; e os achados podem servirde base teórica para outros pesquisadores da área em discussão.Palavras-chave: Aptidão Física, Atividade Física, Saúde.

Abstract: The aim objective of the study was to describe and to explore the profile of physical fitness related to health (PFRH) and life style (LS)in scholar's children and youth who lived in Barra do Ribeiro/RS, divided by ages (10 to 14 years old) and gender (boys and girls). The intentionalsample was reached by 124 boys and 116 girls, totalizing 240 individuais. Initially, a questionnaire structuralized in three units was applied(personal data; tabagism and alcoholism; habitual physical activity); and later, the physical evaluations: stature, body mass, waist circumference,triceps and leg skinfolds, abdominal power/resistance, flexibility, general resistance. Statistical treatments of exploration (normality of the dataand verification of outliers) and description (average, standard deviation, frequency of occurrence) had been used. Was observed an increment inaverage values of most the physical variables, the 10 to 14 years old and in both genders; with exception of flexibility variable. In triceps and legskinfolds, and habitual physical activity, did not have a standard of increment or decrease. in tabagism was observed and occurrence of 8% (boys)and 6% (girls), and in alcoholism 33% (boys) and 27% (girls). With the study it was possible to know a parcel of the town scholar's in relation toPFRH and LS; and the findings can serve of theoretical base for other researchers of the prominence area.Keywords: Physical Fitness, Physical Activity, Health.

Aceito em 18/02/2011 - Revista de Educação Física 2011 Abr; 151 :3-10. Rio de Janeiro - Brasil

INTRODUÇÃO

Os estudos de caráter descritivo exploratório sedistinguem por tratar situações que já estão apre-sentadas aos pesquisadores. Em outras palavras,não há uma efetiva intervenção experimental dosinvestigadores. Ele não planeja qualquer experi-mento para testar a sua hipótese. Não existe mani-pulação das variáveis. Portanto, este tipo de estudose delimita a analisar determinados fenômenos, de-finir seus pressupostos e identificar suas estruturas.A finalidade principal do método descritivo explora-

tório é proporcionar um perfil capaz de caracterizarde forma precisa as variáveis envolvidas em umdeterminado fenômeno, aceitando as limitaçõesatribuídas pelas variáveis interveruentes'':"

No caso do presente estudo, podem-se definircomo fenômenos de investigação a aptidão físicarelacionada à saúde e os hábitos de vida. Em rela-ção aos hábitos de vida, mais precisamente o nívelde atividade física habitual, o número de horas deassistência de televisão, o hábito de fumar e o há-bito de ingerir bebidas alcoólicas.

Na área das Ciências do Movimento Humano

Revista de Educação Física (ISSN 0102 - 8464) Rio de Janeiro - p. 3-10, 1. quadrim., 2011

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4 GENEROSI, GARLlPP, BRAGA, CARDOSO

e da Saúde é de alta relevância estudar estes fenô-menos, principalmente pelas suas relações com asdoenças cardiovasculares (DCVs). Estudar estasvariáveis em crianças e jovens escolares, então,é de fundamental importância, pelo fato de que jánestas faixas etárias os estudos têm evidenciadoum elevado número de portadores de fatores de ris-co para as DCVs(56)..

Assim, o presente estudo se propõe a investi-gar não diretamente os fatores de risco às DCVs,mas sim, as variáveis que possam estar atreladasa estes tipos de manifestações nefastas à saúde.Portanto, os objetivos traçados são: descrever e ex-plorar o perfil da aptidão física relacionada à saúde(ApFRS); o nível de atividade física habitual (AFh);o número de horas de assistência de televisão(Hrs.TV); e a prevalência de tabagismo e etilismoem crianças e jovens escolares da cidade de Barrado Ribeiro/RS-Brasil, divididos por idades (10 a 14anos) e sexo (rapazes e moças).

METODOLOGIA

o projeto que originou a pesquisa foi propostopara a Secretaria Municipal de Educação, Culturae Esportes (SMECE) do município de Barra do Ri-beiro/RS. Assim, o projeto foi realizado em quatroescolas: três escolas da rede municipal de ensino euma escola da rede privada.

O município de Barra do Ribeiro pertence à rní-crorregião de Camaquã, que é localizada na regiãometropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul,Brasil. Sua área total é de 730,82 Km2. De acor-do com dados do Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE)<l), o município possui aproxi-madamente 11.845 habitantes. Da totalidade dehabitantes, estima-se que 25% a 30% residem nazona rural da cidade. Segundo informações do siteda Fundação de Economia e Estatística (FEE)(8),a população é considerada na sua maioria, pobre,apresentando índices baixos de desenvolvimentohumano. Este perfil econômico pode ser respon-sável por um estilo de vida bastante limitado deatividades socioculturais, desportivas e de lazer.Inclusive, no município não existem ofertas destestipos de atividades como cinemas, teatro, shows,escolinhas de formação esportiva ou programas de

promoção à saúde para a população de crianças ejovens.

AMOSTRA

O estudo procurou atender ao maior número decrianças e jovens escolares, dentro da faixa etáriade 10 a 14 anos, que estavam matriculados nasquatro escolas participantes do projeto. Assim, aamostra pode ser caracterizada como intencional.

Diante destes critérios, ressalva-se que o nú-mero de rapazes avaliados no presente estudo foide 124 e o número de moças avaliadas foi de 116.Pode ser observada na TABELA 1, a distribuiçãodos escolares avaliados no presente estudo confor-me idade (10 a 14 anos) e sexo (rapazes e moças).

TABELA 1. DISTRIBUiÇÃO DOS ESCOLARESCONFORME IDADE E SEXO.

10 11 12 13 14 Total

Rapazes

Moças

39

29

124

116

23

32

22

28

21

14

19

13

Total 50 68 56 35 32 240

PROCEDIMENTOS DE COLETAS DE DADOS

A abordagem inicial da avaliação foi feita pormeio da aplicação de um questionário, o qual foirespondido pelos alunos dentro da própria salade aula. Num segundo momento foram realizadasas avaliações físicas com os alunos. Todas estasavaliações ocorreram ao longo dos meses de no-vembro e dezembro de 2008, internamente nasescolas, com o apoio dos respectivos professoresde educação física.

O questionário foi composto por três unidades.Na unidade I os alunos responderam informaçõesreferentes aos dados pessoais, para o respectivocontrole interno da pesquisa. Na unidade 11, osalunos responderam informações referentes aoshábitos de tabagismo e etilismo. O tabagismo foiidentificado por meio de duas questões fechadasretiradas do Global School-Based Student HealthSurvey (GSHS, 2004)(9),trabalho que têm sido am-plamente utilizados em levantamentos epidemio-lógicos. O etilismo foi avaliado por meio de duas

Revista de Educação Física (ISSN 0102 - 8464) Rio de Janeiro - p. 3-10, 1. quadrim., 2011

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GENEROSI, GARLlPP, BRAGA, CARDOSO 5

questões adaptadas do questionário Cage, que éum questionário para a detecção precoce do eti-lismo, elaborado por Ewing e Rouse (1970) apudMasur (1985)<10).Na unidade 111 os alunos res-ponderam informações referentes aos hábitos deatividade física. Para esta unidade foi utilizado oPhysical Activity Questionnaire for Older Children(PAQ-C).

Este questionário investigativo da práticade atividade física habitual de crianças entreoito e 14 anos foi proposto inicialmente por Cro-cker, et aI. (1997)(11)e Kowalski et ai. (1997)(12).O questionário foi traduzido e modificado paraa língua portuguesa brasileira com o objetivo deexcluir algumas atividades físicas e esportivasnão praticadas no Brasil'13.14).O questionário in-vestiga a prática de atividade física habitual decrianças e jovens nos sete dias anteriores aoseu preenchimento. Ele é composto por novequestões sobre a prática de esportes e jogos,.de atividades físicas na escola e no lazer, in-cluindo o final de semana. Cada questão temo valor de um a cinco e o escore final é obtidopela média das questões, representando o in-tervalo de muito sedentário (um) a muito ativo(cinco). Os escores dois, três e quatro indicamas categorias: sedentário, moderadamente ati-vo e ativo, respectivamente. Neste questioná-rio há ainda uma décima pergunta na qual ascrianças e jovens respondem qual o número dehoras de assistência de televisão em média,por dia.

Nas avaliações físicas foram realizadas asmedidas de massa corporal e estatura; as do-bras cutâneas do tríceps e da perna; a circun-ferência da cintura; e os testes de flexibilidade(sentar e alcançar sem banco de Wells), força/resistência abdominal (sit up's) e resistênciageral (caminhada/corrida de nove minutos).Com as medidas de estatura e massa corporalfoi calculado o índice de Massa Corporal (IMC)dos escolares.

Para avaliar as medidas de massa corporal(Kg) e estatura (cm), e os testes de flexibilidade(cm), força/resistência abdominal (repetiçõesmáximas por minuto) e resistência geral (me-tros), foram utilizadas as medidas e testes do

Projeto Esporte Brasil'!". A instrumentalizaçãonecessária para estas medidas e testes foi: ba-lança portátil com precisão de 500 g (massacorporal), fita métrica inextensível com precisãoem 0,5 cm (estatura e flexibilidade), colchone-tes (força/resistência abdominal), um espaçode corrida - quadra esportiva - (caminhada/cor-rida de nove minutos), fita crepe para demarca-ções e ficha de avaliação para anotações nãosomente destas medidas e testes, mas de todaa avaliação física.

Para as dobras cutâneas do tríceps (mm)e da perna (mm) seguiram-se os protocolos demedidas da International Society for the Advan-cement of Khmantropometryc", O instrumentopara a coleta de dados foi o plicômetro cientí-fico da marca CESCORF, com precisão de 0,1mm.

Na circunferência da cintura (cm) utilizou-se o protocolo de Kartzmarzik et aI. (2004)(17)eo instrumento necessário foi a fita métrica inex-tensível com precisão de 0,5 cm.

Em todas estas avaliações físicas os alunosforam orientados para trajarem camiseta, ber-muda, meias e tênis adequado para a práticaesportiva.

TRATAMENTO ESTATíSTICO DOS DADOS

Na análise dos dados, primeiramente foirealizado um estudo exploratório no intuito deavaliar os pressupostos essenciais da análisepara métrica, e para a identificação dos indivídu-os considerados outliers severos. Como houvea confirmação da normalidade das distribuiçõese a não ocorrência de indivíduos consideradosoutliers, partiu-se para o tratamento descritivodas variáveis de análise (ApFRS, AFh), com osindivíduos divididos por idades (10 a 14 anos)e sexo (rapazes e moças). Nesta análise des-critiva foram utilizados os valores de médias edesvios-padrões. Utilizaram-se ainda os valoresde freqüência de ocorrência para as variáveis:tabagismo e etilismo. Os dados foram tabuladose tratados no software Statistical Package forthe Social Sciences (SPSS) for Windows, ver-são 17.0.

Revista de Educação Física (ISSN 0102 - 8464) Rio de Janeiro - p. 3-10,1. quadrim., 2011

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CONSENTIMENTO ÉTICO

GENEROSI, GARLlPP, BRAGA, CARDOSO

A pesquisa foi conduzida dentro dos pa-drões éticos exigidos pela Declaração de Hel-sinque de 1964 e de acordo com a resolução196/96 do Ministério da Saúde. Todos os alu-nos participantes da pesquisa receberam umTermo de Consentimento Livre e Esclarecidoatravés das diretoras das escolas. Estes Ter-mos foram levados para casa e assinados,ou não, pelos seus respectivos pais e/ou res-ponsáveis. Os alunos participantes tambémtiveram que assinar o Termo. As escolas par-ticipantes do estudo bem como a SecretariaMunicipal de Educação, Cultura e Esportes(SMECE) do município de Barra do Ribeiro/RSreceberam um Termo de Consentimento Livre eEsclarecido Institucional, onde as respectivasdiretoras e secretária tiveram que assinar. Oprojeto que gerou o devido estudo foi aprova-do pelo Comitê de Ética em Pesquisas (CEP)da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP)sob Protocolo No. H72/CEP/2008.

RESULTADOS

Na TABELA 2 foram descritos os valoresde média e desvio-padrão das variáveis rela-cionadas á aptidão física e saúde (ApFRS), eatividade física habitual (AFh) dos rapazes di-vididos por idades (10 a 14 anos): massa cor-poral, estatura, IMC, dobras cutâneas (DC) detríceps e bíceps, circunferência (C) de cintura,flexibilidade, força/resistência (F/R) abdomi-nal, resistência geral, Physical Activity Quetio-nnaire for Older Children (PAQ-C) e horas deassistência de televisão (Hrs. TV).

Em relação á massa corporal, estatura,IMC, circunferência de cintura, força/resistên-cia abdominal e resistência geral, foi possívelobservar um incremento nos valores médiosdos 10 para os 14 anos de idade. Na flexibi-lidade, ocorreu o contrário, ou seja, dos 10para os 14 anos de idade houve um decrés-cimo nos valores de média. Nas variáveis dedobras cutâneas do tríceps e perna, não hou-ve um padrão de incremento ou decréscimo de

médias. O que ocorreu, foi uma variação nosvalores observados entre 11 mm e 14 mm deespessura para a variável DC tríceps e entre10 mm e 13 mm para a variável DC perna.

Nos escores do PAQ-C e nas horas de as-sistência de TV foi possível observar tambémuma variação nos escores do questionário enas horas de assistência de TV entre as ida-des 10 e 14 anos. Especificamente nas idades10, 13 e 14 anos, os valores médios dos es-cores do PAQ-C classificam os indivíduos emmoderadamente ativos e nas idades 11 e 12anos, os valores médios classificam os indiví-duos em sedentários. Por sua vez, nas horasde assistência de TV a variação ficou próximaao valor de três horas e meia para todas asidades.

TABELA 2. DESCRiÇÃO DAS MÉDIAS E (DESVIOS-PADRÕES) DO PERFIL DAAPFRS E AFH DOS

RAPAZES DIVIDIDOS POR IDADES.10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos

Massa Corporal 36,88 42.37 48.09 49.83 55,98

(i 7,41) (i 10.76) (i 14.59) (i 8.69) (± 13,22)

Estatura 147,68 t51,28 157,26 161,09 169,00

(i 5.84) (i 7.43) (i 9,96) (i 9.78) (i 9,81)

IMC 16,80 18,32 19,08 19.27 19.46

(i 2,64) (i 3.79) (i 3,89) (i 2.92) (± 3,60)

De Triceps 12,52 14,66 14,61 12,78 '1,93

(i 5,12) (i 6,17) (± 7,17) (i 5.44) (± 4,24)

DC Perna 10,92 12,38 13,49 13,23 11.90

(i 4,43) (i 5,53) (i 6,98) (± 7,07) (± 4.80)

C. Cintura 64.40 68,19 70,04 70,83 71,86

(± 8,13) (i 10.90) (± 12,05) (± 8,90) (± 8.45)

Flexibilidade 34,72 32,89 32.43 30,57 30,10

(i 7,84) (i 6,93) (i 9,98) (± 9,27) (i 10,95)

F/R Abdominal 30,36 32.79 32.93 33,33 35,10

(i 10,67) (i 8,10) (± 7,61) (i 9,46) (i 9,47)

Res. Geral 1250,68 1316,66 1343,04 1410,47 1442,63

(i 170,11) (± 171,39) (± 196,27) (± 159,43) (i 143,21)

PAQ·C 3,13 2,80 2,99 3,15 3,21

(i 0,83) (i 0,80) (i 0,83) (± 0,90) (i 0.71)

Hrs. TV 3,22 3,64 3,56 3,33 3,57

(i 0,92) (i 1,56) (i 1,19) (± 1,27) (i 0,83

Na TABELA 3 foram descritos os valoresde média e desvio-padrão das variáveis rela-cionadas á aptidão física e saúde (ApFRS), eatividade física habitual (AFh) das moças divi-didas por idades (10 a 14 anos).

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TABELA 3. DESCRiÇÃO DAS MÉDIAS E (DESVIOS-PADRÕES) DO PERFIL DAApFRS E AFh DAS

MOÇAS DIVIDIDAS POR IDADES.

10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos

Massa Corporal 38.23 41.69 43.76 47,35 53.28(:I 7.76) (:I 11,07) (:I 9,82) (:I 9,11) (:I 9,58)

Estatura 146,14 150,31 152,17 156,85 161,38

(:I 6,65) (:I 8,Q8) (:I 28,35) (:I 6,23) (15,22)

IMC 17.76 18,13 18.39 19,20 20.43

(:I 2,55) (:I 3,26) (:I 3,45) (13,35) (:I 3,25)

DC Triceps 14,11 14,18 13,97 14,16 15.72

(:I 4.70) (:I 4,22) (15.07) (:14.16) (:14,52)

DC Perna 14.13 13,88 13,11 14,80 15,16

(:I 4,22) (:I 4,27) (:I 5.52) (:I 3,94) (:I4,17)

C. Cintura 64,17 65,09 65,96 67,42 68,75(:16.73 (:110,46) (:I 7,86) (:19,00) (:19,33)

Flexibilidade 39.57 38.65 37,15 35,14 34,84

(:18,08) (:I 8.64) (:I 7,66) (:I 5,92) (i 10.08)

F/R Abdominal 27.39 27,86 26.78 27,21 26.00

(i 10,00) (i 12,07) (i 8,06) (i 5,69) (i 11.15)

Res. Geral 1229,64 1238,62 1279,06 1335,09 1386,92

(i 123,27) (:I 157,08) (i 186.77) (:1184,37) (i 191,07)

PAQ·C 2,87 2,62 2.76 2,57 2,65

(:I 0,57) (:I 0,48) (:I 0,60) (:I 0,84) (i 0.83

Hrs. TV 3,13 4.17 3,87 3,97 3,38(i 1,08) (:11,22) (:11,18) (:11,64) (i 1,60)

Ao observar esta tabela, se percebe que é pos-sível realizar análises similares às feitas para os ra-pazes. Em relação à massa corporal, estatura, IMC,circunferência de cintura, força/resistência abdominale resistência geral, se percebe um incremento nosvalores médios dos 10 para os 14 anos de idade; ena flexibilidade ocorreu também o contrário.

Nas variáveis de dobras cutâneas do tríceps eperna, assim como nos rapazes, não houve um pa-drão de incremento ou decréscimo de médias. O queocorreu, foi uma variação nos valores observados en-tre 13 mm e 15 mm de espessura para as variáveisDC tríceps e DC perna. No PAQ-C e nas horas deassistência de TV também foi possível observar umavariação nos escores do questionário e nas Hrs. TVentre as idades 10 e 14 anos. Entretanto, diferente-mente dos rapazes, as moças, em todas as idades(10 a 14 anos) tiveram os valores médios dos esco-res do PAQ-C classificados na categoria sedentários.E, nas horas de assistência de TV a variação ficoupróxima ao valor de três horas e meia para as idades10,12,13 e 14 anos, com exceção da idade 12 anoscuja média foi de 4,14 horas.

Nas FIGURAS 1 e 2 estão retratados os valoresde prevalência de tabagismo e etilismo, respectiva-mente; agrupando todas as idades (10 a 14 anos)e dividindo os escolares apenas por sexo (rapazese moças), Em relação ao tabagismo (FIGURA 1) foipossível observar 10 rapazes (8,06% - 1 rapaz de 10anos, 3 rapazes de 11 anos, 1 rapaz de 12 anos, 2rapazes de 13 anos e 3 de 14 anos) adeptos, e 8moças (6,90% - 3 moças de 12 anos, 2 de 13 anose 3 de 14 anos) adeptas ao hábito de fumar. E foipossível observar 41 rapazes (33,06% - 6 rapazes de10 anos, 9 de 11anos, 10 de 12 anos, 8 de 13 anos e8 de 14 anos) e 32 moças (27,59% - 4 moças de 10anos, 6 de 11anos, 5 de 12 anos, 7 de 13 anos e 10de 14 anos) cujo questionário aplicado discriminou-os como adeptos ao hábito de ingerir bebidas alcoó-licas (FIGURA 2),

Tabagismo.SimONão

ii 60.0%

.3cg 50,0%

Q. .tO.o"!.

Rapazes Moças

Sexo

FIGURA 1. PREVALÊNCIA DE TABAGISMO NOSESCOLARES DEAMBOS OS SEXOS (10A 14ANOS).

Rapazes Moças

Sexo

Eti6smo.SimONão

FIGURA 2, PREVALÊNCIA DE ETILlSMO NOSESCOLARES DE AMBOS OS SEXOS (10A 14 ANOS).

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DISCUSSÃO

GENEROSI, GARLlPP, BRAGA, CARDOSO

Partindo do princípio de que o estudo propôs adescrição do perfil da aptidão física relacionada àsaúde e dos hábitos de vida em crianças e jovensescolares da cidade de Barra do Ribeiro/RS-Brasil,divididos por idades (10 a 14 anos) e sexo (rapazese moças), torna-se possível considerar que o objeti-vo principal foi alcançado. Diferentemente da grandemaioria dos estudos científicos publicados nas Ciên-cias do Movimento Humano e da Saúde, este estudonão propôs como objetivo comparar os perfis entreas diferentes idades (10 a 14 anos) e sexo (rapazes emoças). Detemo-nos apenas à descrição de dados.Fato este embasado no pressuposto da não aleato-riedade da amostra de estudo, ou seja, a amostra dopresente estudo não é probabilística, que é o pres-suposto primordial para a realização das inferênciasestatísticas. Neste estudo, procurou-se adequar aocoerente, ao pressuposto exato, descrito em dife-rentes literaturas pertilhadas'':" Entretanto, não é dese minimizar o cientificismo do presente estudo. Eleapenas contempla, configura outra realidade de aná-lise, ou seja, a análise descritiva de fenômenos emuma determinada população de crianças e jovens.

Neste sentido, a discussão dos resultados en-contrados será realizada a partir das evidências dealgumas pesquisas, nacionais e internacionais, quetiveram objetivos similares ao do presente estudo. Éimportante ressalvar que principalmente as possíveisdiferenças metodológicas entre o presente estudo eos estudos que servirão como base para a discus-são podem ser consideradas como uma possívellimitação. Sem ponderar que os diferentes estudosavaliaram distintas populações de crianças e jovens,em diferentes contextos sociais e culturais e em di-ferentes momentos (anos), o que também deve serconsiderado como limitação das análises.

Fundamentalmente, ao observar os resultadosretratados nas TABELAS 2 e 3, torna-se possívelanalisar que tanto os rapazes quanto as moças apre-sentaram nas variáveis de massa corporal, estatura,IMC, circunferência de cintura, força/resistência ab-dominal e resistência geral um padrão de desenvol-vimento ao longo das idades (10 a 14 anos). Estecomportamento de crescimento e desenvolvimentosomatomotor pode ser elucidado pelo fato das crian-

ças e jovens estarem em uma faixa etária onde ocor-rem muitas transformações corporais devido princi-palmente à ação hormonal, que tem sua secreçãoaumentada durante este período.

Os resultados do presente estudo, principalmen-te os que tangem as variáveis motoras (força/resistên-cia abdominal e resistência geral), são corroboradospelos estudos clássicos desenvolvidos por Farinatti(1995)(18), Malina e Bouchard (2002)(19) e Gallahue eOzmun (2005)(20). Estes autores enfatizam que du-rante esta faixa etária, juntamente com o rápido cres-cimento somático, há o aumento dos órgãos vitaiscomo o coração e pulmões, há o aumento da massamuscular, da capacidade de captação e uso do oxi-gênio, os quais têm influência direta na melhora dacapacidade cardiorrespiratória e de força muscular.Especificamente o desenvolvimento da resistênciageral, mensurada pelo teste de caminhada/corrida denove minutos, pode também estar associada à me-lhora do padrão motor da marcha, ou seja, à econo-mia de corrida, que tende a ocorrer em grande escaladurante os períodos da infância e adolescência.

Em relação à variável de flexibilidade foi obser-vado no presente estudo que os rapazes e as moçasapresentaram um decréscimo nos valores de médiados 10 para os 14 anos de idade. Fato este não co-mum nos achados de outros estudos. De acordo comMalina e Bouchard (2002)(19), dos sete aos 10 anosnas moças e dos sete aos 11-12 anos nos rapazes,há uma redução nos níveis de flexibilidade. A partirdos 10 anos para as meninas e a partir dos 11-12anos para os meninos, a capacidade de flexibilida-de tende a aumentar até por volta dos 14-15 anos.Em outro estudo foi encontrado um comportamentoondulatório nos níveis de flexibilidade dos 10 aos 14anos, sendo que os ganhos máximos na capacidadeforam por volta dos 12-13 anos de idade para ambosos sexosv".

Nas variáveis de dobras cutâneas do tríceps eperna não houve um padrão de incremento ou de-créscimo de médias, tanto para os rapazes quantopara as moças. O que ocorreu, foi uma variação nosvalores observados entre 11 mm e 14 mm de espes-sura (rapazes) e 13 mm e 15 mm (moças) para a va-riável DC tríceps; e entre 10 mm e 13 mm (rapazes)e 13 mm e 15 mm (moças) para a variável DC perna.De uma forma geral, as pesquisas demonstram que

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não há um padrão de incremento ou decréscimo emrelação ao acúmulo de gordura corporal subcutânea,principalmente nesta faixa etária de estudo (10 a 14anos). Esta variável está intimamente associada aocomportamento sedentário ou não do indivíduo, aosseus hábitos alimentares e ao componente genético.Apesar disto, se observa que as meninas tendem ater um acúmulo maior de gordura subcutânea em re-lação aos meninos, o que aparentemente ocorreu nopresente estudo; e este acúmulo tende a se locali-zar nas regiões central e do tronco no corpo huma-no(22).Entretanto, para verificar este acúmulo nestasregiões seria necessário mensurar outras dobrascutâneas não mensuradas neste estudo como, porexemplo, dobra cutânea abdominal, supra-ilíaca esubescapular.

Para as variáveis, nível de atividade física habitu-al e horas de assistência de TV, tanto para os rapazesquanto para as moças não houve um padrão nos re-sultados. Foi encontrado no presente estudo que aos10, 13 e 14 anos de idade os rapazes tiveram os valo-res médios dos escores do PAQ-C classificados commoderadamente ativos e nas idades 11 e 12 anos,os valores médios classificados em sedentários. Asmoças, em todas as idades (10 a 14 anos) tiveram osvalores médios dos escores do PAQ-C classificadosna categoria sedentários. Por sua vez, nas horas deassistência de TV a variação ficou próxima ao valorde três horas e meia para todas as idades e ambosos sexos. Com exceção das moças de 12 anos deidade cuja média foi de 4,14 horas de assistência deTV.

Em relação aos escores do PAQ-C, as médiasencontradas para as idades e sexos no presenteestudo são similares aos achados nos estudos quevalidaram o respectivo instrumento na populaçãointernacionaê''". E são diferentes dos achados nosestudos que validaram o instrumento na populaçãonacional(13.14)Nas horas de assistência de TV a lite-ratura nacional apresenta uma variação entre 3,6 e4,4 horas por dia para os meninos e 3,6 e 4,9 horaspor dia para as meninas(13, 14,23,24). E na literaturainternacional os autores relatam que a média variaentre 2 e 3 horas diárias nos EUA(25)e 2,1 e 2,3 ho-ras por dia no Canadáv", para rapazes e moças emidade escolar.

Por fim, são destacados os resultados encontra-

dos através da aplicação dos questionários de taba-gismo e etilismo. Por meio destes, foi possível obser-var que 8,06% dos rapazes e 6,90% das moças têmo hábito de fumar; e 33,06% dos rapazes e 27,59%das moças têm o hábito de ingerir bebidas alcoólicas.Isto representa uma totalidade de 10 rapazes e 8 mo-ças fumantes; e 41 rapazes e 32 moças que ingerembebidas alcoólicas regularmente. Ou seja, 18 esco-lares (tabagismo) e 73 escolares (etilismo) do totalde 240, já possuem ao menos um fator de risco àsdoenças cardiovasculares e cancerígenas. Fato alar-mante tendo em vista que eles ainda se encontramem uma faixa etária inicial da vida.

CONCLUSÃO

O presente estudo descritivo exploratório per-mitiu-nos conhecer em que estado se encontra umarazoável parcela de crianças e jovens (10 a 14 anos -rapazes e moças) do município de Barra do Ribeiro/RS, em relação à aptidão física e saúde e aos hábitosde vida. Acredita-se na possibilidade destes achadosservirem de base teórica para outros pesquisadoresda área abordada bem como para auxiliar no incenti-vo à aprovação de um projeto social na cidade. Des-taca-se também que é de fundamental importância acontinuidade dos estudos de perfil para o amplo co-nhecimento da realidade das crianças e jovens nasmais diferentes regiões do Brasil.

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Endereço para correspondência:Rafael Abeche GenerosiPrograma de Pós-Graduação em Ciências do movi-mento Humano (PPGCMH), Escola de Educação Físi-ca (ESEF), Universidade Federal do Rio Grande do Sul(UFRGS).Rua Felizardo, 750 - Sala 201 - Bairro Jardim Botânico- Porto Alegre, RS, BrasilCEP: 90690-200Fone: (51) 3308-5819 / (54) 9176-5519E-mails:[email protected]

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