H E M O C U L T U R A s a n g u eH E M O C U L T U R A M e i o d e c u l t u r a d e s t i n a d o a...

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HEMOCULTURA Meio de cultura destinado ao isolamento de microrganismos em amostras de sangue.

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  • HEMOCULTURA

    Meio de cultura destinado ao isolamento de microrganismos em amostras de sangue.Registro ANVISA:

    10097010-137

    Apresentação:

    530133 - HEMOCULT I TSB 45mL CX 10FR

    530135 - HEMOCULT I TSB 90mL CX 10FR

    530138 - HEMOCULT I I BHI 45mL CX 10FR

    530141 - HEMOCULT I PEDIATRICO TSB 9mL CX 10FR

  • HEMOCULTURA

    Meio de cultura destinado ao isolamento de microrganismos em amostras de sangue.Registro ANVISA:

    10097010-137

    Hemocultura é um exame que pesquisa bactérias

    no sangue através do uso de meios de cultura

    específ icos.

    A cultura do sangue é um dos exames

    bacteriológicos mais importantes, porque o achado

    de um microrganismo é geralmente bastante

    signif icat ivo. Sabe-se que a part i r do sangue as

    bactérias podem atingir qualquer sít io do

    organismo, produzindo o que se chama de focos

    infecciosos, podendo agravar o quadro clinico e

    até mesmo levar a óbito. As bactérias responsáveis

    pela infecção podem ser identi f icadas pela

    real ização da hemocultura e são úteis no

    diagnóstico etiológico e na escolha da terapia.

    Normalmente o sangue circulante humano é estéri l ,

    mas no t ranscorrer de algumas doenças

    infecciosas, eventualmente, o sangue pode ser

    invadido por microrganismos. Uma invasão

    passageira da corrente sanguínea é denominada

    bacteremia, ao passo que, a situação em que o

    microrganismo além de invadir se mult ipl ica na

    corrente circulatória denomina-se septicemia. As

    causas de bacteremia ou septicemia são variáveis.

    A hemocultura é importante principalmente em

    casos graves aonde há persistência de febre, sinais

    hematológicos e clínicos de infecção, porém, com

    resultados de exames microbiológicos t radicionais

    inconclusivos.

  • HEMOCULTURA

    AMOSTRA

    NÚMERO DE AMOSTRAS

    Para maior clareza, definimos neste documento que a coleta de uma

    amostra de hemocultura corresponde a uma punção. Cada punção

    corresponde a dois frascos para adultos ou um frasco para pacientes

    pediátricos até 13kg.

    Recomenda-se coletar no mínimo duas até quatro amostras por episódio

    infeccioso, o que permite o isolamento do agente bacteriano ou fúngico

    em mais de 95% dos eventos.

    Estudos de décadas anteriores indicaram que ao se

    obter somente uma hemocultura, havia cerca de 80 a

    90% de chance de recuperação, em duas amostras

    aumentaria signif icat ivamente para > 88% e em t rês

    amostras em até > 99% de recuperação.

    Já estudos mais recentes, têm mostrado que as

    chances de recuperação com somente uma amostra

    f ica em torno de 70% , duas amostras em torno de 80 a

    90% , t rês amostras entre 96 a 98 % e quatro amostras

    >99% , desafiando-se os conceitos t radicionais de que

    2 a 3 amostras eram suficientes, sugerindo que podem

    ser necessárias de 3 a 4 amostras para ótima

    recuperação dos agentes.

    Acredita-se que possíveis explicações para este fato

    sejam que com as metodologias atuais mais sensíveis,

    tornou-se possível a detecção de baixos níveis de

    bacteremia com mais pacientes em uso prévio de

    antimicrobianos e talvez pela diferença metodológica

    de análise dos estudos. Concluindo, o número de

    amostras deve ser de no mínimo 2 e no máximo 4

    mostras por episódio infeccioso.

    O número de hemoculturas positivas em função do número total de amostras

    coletadas (punções em diferentes sítios) é uma ferramenta muito útil para

    interpretação do significado clínico, pois ao contrário dos casos de pacientes

    com bacteremias verdadeiras, os contaminantes geralmente crescem somente

    em uma amostra (quando duas ou mais são obtidas).

  • HEMOCULTURA

    COLETAS

    INTERVALO ENTRE COLETAS

    De forma prática, a coleta deve ser indicada precocemente ao início dos

    sintomas de infecção e antes do início da antibioticoterapia. Se o paciente

    estiver em vigência de antimicrobianos, as hemoculturas devem ser obtidas

    imediatamente antes da administração da próxima dose.

    Anota ai :

    Os frasc

    os devem

    ser

    apropriad

    os para re

    ceber

    volumes de

    10ml cad

    a,

    respeitan

    do a prop

    orção

    volume de

    sangue/vo

    lume

    de meio d

    e cultura

    e

    quantidade

    de

    anticoagu

    lante.

    Poucos estudos aval iam sistematicamente a hora e

    o intervalo ótimo entre amostras sucessivas. Alguns

    autores classicamente recomendam a coleta de

    amostras em intervalos arbitrár ios de 30 a 60

    minutos.

    No entanto, Thomson e col. observaram que não há

    diferenças signif icat ivas entre os índices de

    posit ividade de hemoculturas obtidas em diferentes

    tempos em relação ao pico febri l e Li e col.

    demonstraram que não há diferenças na

    recuperação de hemoculturas num período de 24

    horas quando obtidas simultaneamente ou em

    intervalos separados.

    O estado clínico do paciente é que vai determinar o momento e o intervalo entre

    as coletas. Em geral, nas infecções agudas, recomenda-se a coleta de duas a três

    amostras (dois frascos por punção/amostra) em curto espaço de tempo, ou seja,

    sequenciais ou dentro de 1 hora.

    A coleta de hemoculturas em intervalos maiores de 1 a 2 horas entre as amostras

    pode ser recomendada para monitorar ou documentar bacteremia contínua em

    pacientes com suspeita de endocardite ou infecção endovascular associada a

    dispositivos invasivos (ex.: cateter vascular).

  • HEMOCULTURA

    PROCEDIMENTO

    PROCEDIMENTOS PARA COLETA

    Fazer a antissepsia da tampa de borracha do frasco com álcool 70%, desprezar

    o algodão usado e deixar outro sobre a tampa até a inoculação do sangue;

    Não deve ser feita a t roca de agulha após a coleta

    de sangue para inoculação no f rasco, pois não há

    decréscimo signif icat ivo na taxa de contaminação

    quando a t roca é feita e aumenta-se o r isco de

    acidentes para o profissional , além de elevar o

    custo do exame.

    A t ransferência da amostra para os f rascos de

    hemoculturas deve ser feita primeiro no f rasco de

    anaeróbio, sem t roca da agulha ; se a coleta foi

    real izada com sistema de coleta fechado, inocular

    primeiro no f rasco aeróbio.

    É importante lembrar que, nesse caso, o f rasco de

    hemocultura deve permanecer em pé durante toda

    a coleta para evitar ref luxo para a veia do paciente ;

    observar o volume correto, analisando o guia de

    demarcação na etiqueta do próprio f rasco ;

    Escolher o vaso a ser puncionado;

    Colocar luva de procedimento ou estéril; se a luva a ser usada for a estéril, deve-

    se lembrar de que não se pode tocar em materiais que não sejam estéreis;

    Fazer a antissepsia da pele com algodão embebido em álcool isopropílico a

    70%, fazendo movimentos centrífugos a partir do local escolhido para a punção.

    Repetir o procedimento usando outro algodão com álcool 70% ou outro

    antisséptico, como solução de tintura de iodo 1 a 2%, clorexidine alcoólico a

    0,5%, etc., e deixando secar por um minuto;

    Fazer a punção e a coleta da amostra de sangue e, depois, a remoção da solução

    de iodo da pele. Caso tenha sido utilizado clorexidine, este passo não se faz

    necessário;

  • HEMOCULTURA

    PROCEDIMENTO

    PROCEDIMENTOS PARA COLETA

    A coleta deve ser realizada logo no início dos sintomas, preferencialmente antes

    do início da antibioticoterapia

    Não é recomendada a técnica de coleta através de

    cateteres ou cânulas quando se podem uti l izar

    punções venosas.

    Punções arter iais não t razem benefícios na

    recuperação dos microrganismos quando

    comparadas com punções venosas.

    Não se recomenda a t roca de agulhas entre a

    punção de coleta e distr ibuição do sangue no

    f rasco de hemocultura.

    Método de coleta do sangue e o volume coletado

    inf luenciam diretamente no sucesso de

    recuperação de microrganismos e uma

    interpretação adequada dos resultados.

    Cada inst i tuição deverá ter suas normas de coleta

    part icular izadas de acordo com o t ipo de sistema

    uti l izado (manual x automatizado) e do t ipo de

    paciente

    Pacientes com quadro agudo de sepse ou outra condição (osteomielite,

    meningite, pneumonia ou pielonefrite): coletar duas hemoculturas

    consecutivamente de dois sítios anatômicos diferentes antes de iniciar a

    antibioticoterapia

    Pacientes com endocardite bacteriana subaguda, febre de origem

    desconhecida (abcessos ocultos, febre tifóide, brucelose) ou fungemia: coletar

    três hemoculturas, de sítios anatômicos diferentes, duas simultâneas e uma em

    intervalo de aproximadamente 1 a 2 horas

    Pacientes em antibioticoterapia: coleta deve ser feita na menor concentração do

    agente, ou seja, minutos antes da próxima dose de antimicroabiano.

    2x

    3x

  • HEMOCULTURA

    VOLUME

    VOLUME DE SANGUE

    Neonatos a 1 ano (

  • HEMOCULTURA

    TRANSPORTE

    VOLUME DE SANGUE

    Inocular diretamente em meio de cultura próprio

    Armazenar o frasco com o sangue em temperatura ambiente e enviar ao setor

    de microbiologia TA e enviar ao setor de microbiologia em 12h.

    Para f ins de t ransporte, o produto pode permanecer

    em temperatura ambiente por até 72h. No laboratório

    os f rascos devem ser armazenados em temperatura

    ambiente, condições em que se mantém estáveis até

    a data de vencimento expressa em rótulo, desde que

    isento de contaminação de qualquer natureza.

    Recomenda-se manter o produto protegido de

    incidência direta de luz (natural ou art i f icial) e evitar

    grandes variações de temperatura até a uti l ização.

    Armazenamento e estabil idade

  • HEMOCULTURA

    MÉTODO MANUAL

    PROCESSAMENTO DE HEMOCULTURAS PELO MÉTODO MANUAL

    Os resultados falsamente posit ivos ou negativos

    podem ocorrer , com maior f requência, nas

    seguintes situações:

    Tempo longo entre a semeadura da amostra e

    análise. Ao uti l izar colônias isoladas em um

    período superior a 24 horas, o metabolismo

    bacteriano pode f icar comprometido e a lei tura de

    alguns parâmetros podem consequentemente f icar

    defasados ou até mesmo não ocorrer . Em colônias

    recentes ( infer ior ao período de 18 horas) não se

    encontram com o metabolismo bem definido, e

    algumas provas podem não ocorrer .

    Incubação em temperatura inadequada.

    Sobrecarga de inóculo ou falta de inóculo.

    Placas com inóculos mais carregados podem gerar

    resultados falsamente posit ivos e inóculos em

    menor quantidade podem fornecer resultados

    falsamente negativos.

    Interpretação equivocada de resultados.

    Técnica de assepsia inadequada.

  • HEMOCULTURA

    MÉTODO MANUAL

    PROCESSAMENTO DE HEMOCULTURAS PELO MÉTODO MANUAL

    Tempo excessivo ou insuficiente de incubação.

    Tempo excessivo de incubação fornece

    resultados falsamente posit ivos e tempo

    insuficiente fornece resultados falsamente

    negativos.

    Uti l ização de material vencido, contaminado ou

    em condições inadequadas.

    Contaminação cruzada por uso de acessórios

    não esteri l izados corretamente ou ambiente não

    asséptico.

    Uti l ização de meios de cultura com aparência

    alterada.

    Não aguardar para que os materiais atinjam a

    temperatura ambiente no momento do uso.

    Erro na conservação do produto pode ocasionar

    desidratação do meio e alteração das

    propriedades dos componentes