Guia Irlanda

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SUPER GUIA IRLANDA FEV. 2012 by THIAGO AND GOOGLE

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Locais interessantes para se conhecer ao visitar a Irlanda

Transcript of Guia Irlanda

SUPER GUIA

IRLANDA

FEV. 2012

by THIAGO AND GOOGLE

Sumário

Mapa Irlanda.........................................................................

Casino Marino.........................................................................

Chester Beatty Library..............................................................

Christ Church Cathedral.............................................................

City Hall..............................................................................

Cliffs of Moher......................................................................

Docklands.............................................................................

Dublin Castle.........................................................................

Dublin Writers

Museum...............................................................................

Famine Memorial.....................................................................

Galway................................................................................

Garden Of Remembrance...........................................................

Glasnevin Cemetery & Museum.....................................................

Ha’Penny Bridge.....................................................................

Heuston Station.....................................................................

Hill of Tara..........................................................................

Igreja de St. Michan...............................................................

Iveagh Gardens.....................................................................

Johnnie Fox.........................................................................

Merrion Square.....................................................................

Mural de constelações..............................................................

Mural de Táin Bó Cúailnge.........................................................

National Gallery of Ireland........................................................

National Leprechaun Museum......................................................

Natural History Museum...........................................................

Newgrange...........................................................................

Old Jameson Distillery..............................................................

Phoenix Park.........................................................................

Revenue Museum....................................................................

St. Patrick’s Cathedral.............................................................

Stephen’s Green Shopping Centre.................................................

Temple Bar Dublin..................................................................

The Book Of Kells..................................................................

The Custom House..................................................................

The Icon Walk......................................................................

Trinity College......................................................................

Universal Links on Human Rights..................................................

Observações, percepções, memória auxiliar......................................

Mapa Irlanda

Casino Marino

Há apenas 5 kilometros do centro de Dublin (aprox. 10/15 mins de ônibus) há um bairro primariamente residencial chamado Marino que abriga o prédio neoclássico mais imporatante da Irlanda: O Casino Marino.

Amantes de arquitetura, história e engenhocas vão ficar fascinados com esta construção. O Casino (que significa a “casinha” em italiano) não é um casino de jogos, mas sim a residência de verão do Earl de Charlemont dedicada ao prazer, lazer e diversão.Projetado em meados do século XVIII por Sir William Chambers (que nunca pisou na Irlanda mas mandou todas as instruções para seu projeto) o Casino Marino tem influências renascentistas e é recheado de ilusões de ótica e significados implícitos, próprios das construções idealizadas por Chambers na época.Esta aparente pequena construção que lembra um grande mausoléu na verdade contém 3 andares e 16 ambientes incluindo sala, cozinha, biblioteca, quartos e sala de jantar. Tudo com portas escondidas, janelas estrategicamente posicionadas, tetos trabalhados e pisos impecáveis (tem até de se usar uma proteção nos pés!)A palavra da vez é ilusão de ótica (em especial as proporções) e há muitos outros recursos na decoração que tornam o Casino uma construção super eficiente como os telhados (escondidos) arqueados que captam a água da chuva, as janelas que iluminam mais do que apenas um cômodo e as chaminés (também engenhosamente disfarçadas por colunas e urnas) que mantém os ambientes aquecidos.Tudo neste prédio foi pensado com muita minúcia e atenção para que se pudesse fazer o máximo de proveito da construção e manter a privacidade de seus freqüentadores.O melhor de tudo é que os tours do Casino Marino são guiados e recheados de informação. A visita que dura aproximadamente 1 hora vale muito a pena, especialmente se seu lado criativo, arquitetônico e curioso for forte. O preço da vista com o tour é muito convidativo, apenas €3.00 para adultos e estudantes e crianças pagam somente €1.00! O lado negativo é que não é permitido tirar fotos ou filmar o interior do Casino, mas o lado de fora é liberado.Casino MarinoCherrymount Crescent (rua que sai da Malahide Road)Dublin 3Ônibus que passam na Malahide Road: 20B, 27, 27B, 42, 42A, 42B, 43 e 128.* Peça para o motorista para descer no Casino Marino, daí é só subir a rua por alguns metros e virar na primeira rua à esquerda – há placas.

Chester Beatty Library

Atrás do Dublin Castle, mais precisamente na frente do Jardim do castelo, que originalmente era o famoso Lago Negro (Dubh Linn ou Dublin) está a Chester Beatty Library, um museu um tanto quanto especial.

Aqui são expostas coleções de arte e tesouros das mais diferentes culturas e religiões, e o museu apresenta um acervo com manuscritos, impressões e objetos preciosos da Ásia, Oriente Médio, Norte da África e Europa.Com peças que datam até 2700 AC é fácil entender porque este museu, apesar de pequeno, é tão diferente. O nome dele vem do magnata e colecionador norte-americano Alfred Chester Beatty, que passou grande parte da sua vida colecionando materiais ricos em ilustrações no Egito, China, Japão, entre outros países. Depois de se aposentar na Irlanda em 1950, ele abriu sua coleção pessoal ao público e em 1969, um ano após sua morte, a Chester Beatty Library se tornou pública.Uma das duas galerias do museu abriga exposições temporárias. Ela fica no primeiro andar e é dedicada às Artes dos Livros. Tive o prazer de ver a belíssima exposição “Muraqqa’ – Os Álbuns Imperiais de Mughal” com peças e pinturas detalhadas sobre os álbuns dos imperadores Jahangir e Shah Jahan, que construiu o Taj Mahal.A exposição atual é sobre os “Heróis e Reis do Shahnama”, o famoso Livro dos Reis de origem iraniana e é, assim como a anterior, lindíssima. Além disto as exposições temporárias sempre contam com pequenos recursos audio-visuais que complementam a visita.

A outra galeria, no segundo andar, acolhe a coleção permanente, que na minha opinião é a mais impressionante. Chamada de Tradições Sagradas, ela fala um pouco sobre diferentes religiões do mundo, cobrindo o catolicismo, o islamismo, o budismo, o hinduísmo até passando pelo confusionismo, daoismo, siquismo e jainismo. Para curiosos de plantão é uma exposição imperdível, mesmo porque não é todo dia que se pode apreciar manuscritos bíblicos em papiro, observar o Corão, além de contemplar pinturas budistas, turcas e persas, por exemplo. Para estudiosos há uma sala de leitura disponível para pesquisas (o uso desta sala deve ser agendado) e logo na entrada, ao lado do balcão de informações, há um pequeno espaço com uma apresentação audio-visual da vida de Alfred Chester Beatty. O museu também conta com uma loja de presentes bem diferente da “tradicional lembrancinha irlandesa” e se a visita abriu seu apetite, há um restaurante também. Considerado como o Museu Europeu do Ano em 2002, ele é muito bacana e o melhor de tudo, a entrada é gratuita. Então depois (ou antes) de conhecer o Dublin Castle, não esqueça de dar um pulinho no Jardim e se maravilhar com um museu pra lá de interessante.Chester Beatty LibraryDublin Castle GardensDublin 2www.cbl.ie

Christ Church Cathedral

Para quem gosta de um pouco de história e é chegado em curiosidades a Christ Church Cathedral vale uma visita.

Localizada bem no centro da Dublin medieval no topo da colina conhecida como Dulblin Hill (ao final da Dame Street, depois da Lord Edward Street), a Christ Church Cathedral tem uma das melhores localizações da cidade. Ela era orginalmente uma igreja viking, fundada em 1030, que depois foi ocupada por monges. Em 1169 Richard de Clare, também conhecido como Strongbow, liderou a invasão dos Normandos aqui em terras celtas e durante este período ele entrou em acordo com o arcebispo John Cumin visando construir uma igreja de pedra que simbolizasse a glória desta união. Aliás, é possível visitar a tumba dele na própria Christ Church.

sourceO término da construção só aconteceu em 1240 e durante muitos anos a Christ Church Cathedral foi se deteriorando, já que foi construída logo acima de uma área pantanosa. A última reforma feita na catedral ocorreu em 1982 e um novo órgão foi instalado em 1984, mas muitas de suas características originais foram mantidas, como a nave, por exemplo.

Contudo desde 1995 novas instalações para iluminação e calefação foram feitas, assim como uma reforma da enorme cripta subterrânea, inclusive, ela é a maior cripta do Reino Unido e da Irlanda com 63,4 metros de comprimento…uuuhhhh….

Hoje a Christ Church Cathedral é uma espécie de museu, juntamente com Dublinia (outra atração da nossa querida Fair City), abrigando exposição permanente “Treasures of Christ Church” (tesouros da Christ Church) em sua cripta com manuscritos e artefatos que contam a história da catedral e da cidade, mas ela também funciona normalmente como uma catedral realizando missas aos domingos e rezas durante a semana.

Para os mais excêntricos, a Christ Church Cathedral também aluga a cripta como um salão para recepções de casamento, jantares, lançamentos de livros, dentre outros eventos.

Alguns itens curiosos que estão por lá incluem um gato e um rato mumificados desde 1860 em plena perseguição, encontrados dentro do órgão da catedral… outro fato interessante é que em 2010 começaram a fazer uma escavação no claustro da catedral para investigar, dentre outras coisas, onde ficava o claustro original e onde era a acomodação os cânones agustinianos.

O preço da entrada para adultos é de €6.00 e €3.00 para estudantes.Há também a opção de visita guiada, somente às 12h e 14h durante às sextas-feiras, sábados e segundas-feiras pelo preço de €4.00 (mais a entrada).

City Hall

Localizado na Dame Street, uma das ruas mais movimentadas da Fair City, está o Dublin City Hall:Um prédio muito especial que apesar de pequeno, vale uma visita.

O famoso arquiteto inglês Thomas Cooley ganhou uma competição para criar o prédio que foi construido entre 1769 e 1779. Originalmente o City Hall funcionava como o Royal Exchange e foi um dos primeiros edifícios neo-clássicos na Irlanda.

Na entrada principal há uma Rotunda imponente que demonstra todo o prestígio de Dublin no século XVII. Lá era onde mercadores andavam e faziam negócios, ao redor de doze colunas majestosas sob um bela cúpula que enche o espaço de luz. Com o Ato de União de 1800, o Royal Exchange se tornou inútil e o prédio abandonado. Em 1851 ele foi tomado como prédio público e algumas mudanças foram feitas, como a adição da escada que leva aos andares superiores e também aos cofres no subsolo. No ano seguinte o prédio se tornou City Hall oficialmente. Apesar de não ser muito grande o prédio já foi palco de muitos eventos importantes. Por exemplo, em 1922, quando a Irlanda obteve sua independência, ele funcionou como sede para o Governo Provisório, liderado por Michael Collins. Além disto, funerais de pessoas importantes também aconteceram aqui como no caso de Charles Stewart Parnell, Arthur Griffith e o próprio Collins.Até 1995 a prefeitura funcionava aqui, mas em 1998 o Dublin City Council acreditou no potencial histórico do edifício e decidiu restaurá-lo de modo que a arquitetura Georgiana voltasse à sua glória. A parte administrativa da prefetura foi transferida para outro prédio e o City Hall foi reaberto para visitação em 2006.Hoje o Dublin City Council faz reuniões mensais no City Hall, presididas pelo Lord Mayor of Dublin e também abriga ocasionais eventos e exposições. Além disto é possível visitar o prédio sem problemas.Eu recomendo que a visita começe pela Rotunda que exibe em seu chão de mármore um mosaico com o brasão e lema da cidade em latim: “Obedientia Civium Urbis Felicitas”, algo como “A obediência do cidadão é a felicidade da cidade”. Ainda na Rotunda é possível apreciar os murais de James Ward que retratam a vida em Dublin no começo do século XX, a réplica do relógio original do Royal Exchange e algumas estátuas de personalidades irlandesas, como Charles Lucas, Henry Grattan e Daniel O’Connell.Na parte inferior do prédio, onde ficavam os cofres (ou vaults) há uma espécie de museu moderno que conta com uma exposição permanente chamada: Dublin’s City Hall: The Story of the Capital, desde as invasões anglo-normandas em 1170 até hoje. É possível explorar a história através de artefatos, manuscritos , modelos, além de apresentações interativas e multimídia.Espero que curtam a dica e conheçam um pouco mais sobre a história da Fair City.Dublin City HallDame StreetDublin 2

Cliffs of Moher

Os Cliffs of Moher estão localizados no condado de Clare (ou Co. Clare) do lado oeste da ilha dos Leprechauns, beirando o oceano atlântico.

Considerado uma das maiores atrações da Irlanda e também um dos finalistas das Sete Maravilhas do Mundo da Natureza, os Cliffs of Moher são um conjunto de penhascos lindíssimos que se extendem por 8 kilometros.A formação geológica é surpreendente e é possível ver as diferentes marcas feitas por velhos canais fluviais por toda a encosta. As marcas mais antigas datam mais de 300 milhões de anos (não é mole não), encantando nossos olhos e atiçando nossa imaginação.Próxima ao ponto mais alto, há 214 metros de altura do mar, há uma pequena to chamada O’Brien Tower. (Construída em 1835 por Cornelius O’Brien, descendente do primeiro Rei da Irlanda, Brian Boru). Ela é uma espécie de observatório para que se possa apreciar os Cliffs of Moher do melhor ângulo, contudo é uma torre pequena e uma vez que você paga para entrar (dois euros) há pouco espaço para se ter uma boa vista, porque o topo da torre é muito apertado e as divisões das pedras (a parte de cima do castelinho) não permite que se tire boas fotos.Fazer o quê. Pelo menos todo o complexo (Cliffs of Moher, escadarias, centro de visitas e torre) estava vazio e consegui tirar muitas fotos bacanas, especialmente da plataforma de observação (escadarias).

É um lugar conhecido internacionalmente e abriga diversas espécies de pássaros marítimos, em especial o Puffin. Os Cliffs of Moher têm mais de 200 hectares protegidos por leis da União Européia, demonstrando a importância da natureza.É um cenário tão lindo que já esteve em alguns filmes, sendo o mais recente “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”.Para chegar lá (de Dublin) é só passar no Dublin Tourism Office (na O’Connell Street ou na Suffolk Street) e perguntar sobre os “1 Day tours” (Ou passeios de 1 dia) para lá. Os ônibus saem diariamente da Suffolk Street e o passeio (com guia) sai por volta de 45 Euros (ida, tour e volta).Dirigir até lá também pode ser uma boa pedida e se quiser um tour com guia você pode contatar o centro de visitas dos Cliffs of Moher para agendar uma.

Docklands

Há uma área em Dublin que segue o Rio Liffey começando próxima a The Custom House e termina quase desembocando no Irish Sea, próximo ao The O2 Dublin do lado norte e do Grand Canal Theatre do lado sul. Essa área é conhecida como Docklands.

Há 14 anos esta era uma das áreas mais caídas da cidade, se extendendo pela Sir John Rogerson’s Quay (lado sul) e pela North Wall Quay (lado norte), apresentando sérios problemas sociais e econômicos.Então o governo irlandês decidiu que iria transformar a região, revitalizando e a tornando em um bairro auto-sustentável que representasse a regeneração do centro da cidade.A área se desenvolveu bastante e atualmente conta com escolas, farmácias, escritórios, médicos, lojas, creches, restaurantes, etc. Há também um pequeno shopping center conhecido CHQ Building, veja mais sobre ele aqui.Muitas casas de Docklands foram transformadas em prédios e alguns edifícios foram reformados para acolher grande parte dos moradores locais, mas também criando oportunidades para novos ocupantes.Hoje, além de representar o centro financeiro da cidade (IFSC), Docklands conta com um grande centro de convenções e é conhecida como uma área que promove diversos eventos durante o ano, como o The Maritime Festival (Festival Marítimo), The Erdinger Oktoberfest, The Fun Run, Dublin Christmas Market, dentre outros. Para saber o que está rolando em Docklands, confira aqui.Aos finais de semana, a área próxima ao ponto de Luas The Point, promove uma feirinha bacana com música, barraquinhas e um mercado de frutas e vegetais conhecido como The Point Village Market.Outra coisa interessante é que nesta área está a famosa embarcação Jeanie Johnston, construída em 1847, que levou 2.500 imigrantes irlandeses durante a grande fome para a América do Norte. Hoje ela funciona como um museu da grande fome, contando a história desta travessia pelo oceano Atlântico.Outros pontos que podem estar na sua lista de “lugares a conhecer” em Docklands incluem a novíssima ponte Samuel Beckett…A humilde Dublin Wheel ao lado da famosa casa de eventos The O2 Dublin…O The Famine Memorial e The World Poverty Stone …O National Seaman’s Memorial…E o famoso Grand Canal Theatre…Docklands é uma boa pedida para se conhecer durante os dias ensolarados da primavera ou do verão, já que é uma área relativamente aberta que corre ao lado do Rio Liffey dos dois lados e próxima ao mar…e vamos torcer para que estes

Dublin Castle

Localizado no coração de Dublin está uma das atrações mais históricas da Fair City – o Dublin Castle.

Na verdade o Dublin Castle não é um castelo tradicional e sim um grande forte construído pelos Anglo-Normandos no século XIII, contudo especula-se que o local provavelmente já tinha sido um antigo forte circular gaélico durante a idade média. De qualquer modo, a construção que envolve a proteção de uma cidade sempre foi, durante a história, um elemento chave para evitar invasões e ataques.

O nome Dublin, em gaélico, é Dubh Linn, que significa Black Pool, ou seja algo como Piscina Negra, derivado da confluência do Rio Poddle e do Rio Liffey, formando um lago de águas escuras que ficava onde hoje é o jardim do Dublin Castle. O castelo já serviu inúmeros propósitos desde sua construção: Já foi um forte militar, uma prisão, abrigou o tesouro nacional, foi um tribunal de justiça e por 700 anos funcionou como um prédio de administração inglesa sobre a Irlanda. Em 1922, quando a Irlanda conseguiu sua independência, a posse do Castelo foi dada à Michael Collins. Dizem que durante a cerimônia Michael Collins foi recepcionado de uma forma peculiar, mas manteve o espírito irlandês: “Você se atrasou em 7 minutos Sr. Collins”; e ele respondeu, “Estamos esperando há 700 anos, você pode esperar 7 minutos”. O Dublin Castle foi reconstruído diversas vezes durante os séculos XVII até o século XX, portanto seu exterior abriga diversos estilos arquitetônicos, inclusive uma torre original, a Record Tower, de 1226.

Hoje o castelo é composto por diversas partes e é dividido em State Apartments (Residência), onde fazem os tours, que é utilizada para recepções importantes e inaugurações presidenciais, ostentando diversos cômodos interessantes…

James Connolly, um dos revolucionários do levante de 1916, foi trazido para este cômodo vermelho para se recuperar antes da sua execução na Kilmainham Gaol.

Como homenagem, imagens dos revolucionários de 1916 estão expostas aqui.

.Antigamente ele era assim…

Abaixo está o mais imponente de todos os cômodos da Residência, o St. Patrick Hall, que abriga os brasões dos extintos Cavaleiros de St. Patrick.

Há também dois pátios no Dublin Castle.O Upper Yard (Pátio Superior), onde fica a a Bedford Tower de onde as Jóias da Coroa Irlandesa foram roubadas em 1907 (e não foram encontradas até hoje!).

Nota para a estátua da justiça, acima da Cork Hill Entrance, que está, literalmente virada de costas para a Dublin e é considerada pelos Dubliners como uma imagem de desdém à cidade.e o Lower Yard (Pátio Inferior) onde ficam os prédios do governo e onde fica a Entrada Principal do Castelo.Atrás do Castelo há o Museu da Garda (polícia irlandesa), o Jardim do Dublin Castle e uma das galerias mais bacanas de Dublin (gratuita, é claro) a Chester Beatty Library and Gallery of Oriental Art, que exibe exposições temporárias e uma coleção permanente com, até mesmo, manuscritos da bíblia!O Dublin Castle já foi utilizado como cenário em vários filmes, como Barry Lyndon, Michael Collins, Becoming Jane e The Medallion e até apareceu na série The Tudors.

Os tours pelo Dublin Castle são guiados e a visita vale muitíssimo a pena. O castelo é todo charmoso, os guias são muito bem informados e simpáticos e o preço é pra lá de convidativo (menos de €5.00). E para quem quiser há também próximos à entrada principal, um restaurante e uma loja de lembrancinhas.Dublin CastleEntrada pela Dame Street, atrás do City Hall.Há apenas 5 minutos andando da Trinity College.Tours da Residência e Cripta somente com guia.Duração de 45 mins.www.heritageireland.ie

Dublin Writers Museum

Localizado praticamente ao lado do Garden of Remembrance, na Parnell Square, há um museu dedicado aos aficionados da leitura, escrita e da literatura – o Dublin Writers Museum.Abrigado em uma antiga mansão Georgiana do século XVIII (que já até pertenceu à família Jameson, sim, do Whiskey) o Dublin Writers Museum foi aberto em 1991 e conta a história do profundo enlace que a literatura e a Irlanda tem há mais de 300 anos.

Na parte térrea há duas salas com manuscritos, cartas, edições raras, fotos, ilustrações e outros objetos curiosos sobre os autores irlandeses que tiveram forte impacto na literatura nacional e internacional. A exposição começa em 1645 com a primeira tradução em Gaélico do Antigo Testamento e cobre obras famosas como “Gulliver’s Travels”, “Dracula”, “The Importance of Being Ernest” e “Ulysses” ao longo de seu percurso. O término da exposição fica por conta dos autores contemporâneos do século XX, que inclusive tem a segunda sala toda dedicada a eles.A exposição é distribuída em painéis que descrevem as fases, movimentos e nomes importantes de cada período da literatura na Irlanda e as pequenas “vitrines” mostram as vidas e trabalhos de escritores específicos através de documentos e/ou artigos interessantes de cada um deles.O tour do museu é feito por audio-guia de forma independente. Você escolhe quais partes quer ver/ouvir, seleciona o número e escuta o que cada parte da exposição conta, portanto você pode fazer o passeio de acordo com o seu ritmo. Devo avisar que de modo geral há muita, muita informação mesmo, tanto para ler como para ouvir, portanto o passeio pode se tornar cansativo. Vale a pena mencionar que não há audio-guias em Português (ainda, mas há em Espanhol e Inglês e é uma boa oportunidade para treinar o idioma!)Ao subir as escadas que nos levam para a parte superior podemos ver as Musas, alegorias da Música, Arte, Literatura e Ciência, representadas nos vitrais do museu.No primeiro andar há uma pequena saleta chamada Gorham Library que abriga primeiras edições, cópias raras e coleções dos livros mais importantes da Irlanda. Muito embora não possamos abrir ou observar em detalhe cada obra a sala é interessante. Nela há também um belíssimo teto, feito pelo famoso estucador Irlandês, Michael Stapleton.Ao lado da Gorham Library está a Gallery of Writers, um grande salão ornamentado e imponente, com painéis pintados nas portas que representam as estações do ano e os períodos do dia; aqui estão algumas pinturas e bustos dos escritores irlandeses mais conhecidos e como o salão é muito bonito ele também é usado em recepções, exposições temporárias e ocasiões especiais.Voltando ao térreo e se dirigindo à parte posterior do prédio você encontrará uma pequena lanchonete e uma livraria recheada com muitas das obras (até em diferentes versões) expostas no museu, além de pequenos souvenirs típicos da Terra dos Leprechauns.O museu também disponibiliza dois espaços para eventos, conferências, workshops e seminários que podem ser alugados, portanto você pode receber inspiração e inspirar outros por aqui também.Dublin Writers Museum18 Parnell SquareDublin 1www.writersmuseum.com

Famine Memorial

Há poucos metros da charmosa Custom House em Dublin, mais precisamente na Custom House Quay em Docklands há um monumento muito interessante: Famine Memorial.

Este conjunto de estátuas foi criado pelo escultor irlandês Rowan Gillespie e foi presenteado à Fair City em 1997. Elas representam a Grande Fome (The Great Famine) que acometeu a Irlanda entre 1845 e 1849 e matou mais de um milhão de pessoas, incluindo homens, mulheres e crianças, além de forçar mais um milhão e meio a abandonar a Ilha Esmeralda.Estes corpos lânguidos e sofridos estão caminhando em direção ao porto de Dublin, como se juntassem suas últimas forças e esperanças deixando para trás suas vidas onde nasceram e cresceram.São esculturas comoventes e tão expressivas que nos fazem refletir sobre a dura condição da época e sobre a história deste país e até mesmo sobre os valores remanescentes na cultura atual, como a solidariedade.A Grande Fome foi um dos eventos da história moderna mais devastadores. Uma praga que atingiu toda a Europa atacando especialmente as plantações de batata, a principal fonte de sustento na alimentação da Irlanda. A batata é uma ótima fonte de vitamina C, B6, potássio e contém traços de inúmeros minerais essenciais, é de fácil cultivo, acessível…e é claro, cresce até em solos difíceis, como o irlandês e por isto era (e é) um elemento essencial na culinária daqui.Sem alimento disponível a população começou a passar fome sofrendo de dores agozinantes, conseqüencia de doenças especialmente relacionadas à falta de nutrientes. Crimes aumentaram significantemente preenchendo os espaços dos corredores da Kilmainham Gaol e infelizmente centenas de pessoas sairam do país e centenas mais morreram aqui ou na esperança de condições melhores.Com uma história cheia de conflitos incluindo sua complicada independência e uma moderna ascenção e recessão econômica, o espírito Irlandês ainda carrega valores remanescentes de uma época dura: Em grande parte são muito acolhedores e evitam desperdícios, mas alimentam muito bem seus convidados.Para refletir.The Famine MemorialCustom House Quay

Galway

O conhecendo a Irlanda de hoje é sobre a terceira maior cidade da Irlanda que fica no oeste do país: Galway.Se você olhar o mapa da Irlanda, Galway fica aproximadamente na mesma linha que Dublin, só que do outro lado e essa cidade é, em muitos termos, parecida com a nossa Fair City, mas também é única em seu charme.

Um dos diferenciais mais interessantes de Galway é que lá é o centro das regiões que falam o Gaélico (ou o puro Irlandês). Conheço uma moça que é de lá e ela já me ensinou algumas palavras em Gaélico, como o “Obrigado(a), que é “Go raibh maith agat” (A pronúncia é algo como “Goró mórrógath” ) e “Céad míle fáilte” (Kéd mílha fáutcha), que significa “milhões de boas-vindas”.Originalmente Galway tinha ruas muito estreitas e em 1970 houve uma grande restauração da cidade, ampliando ruas, mas mantendo o tamanho compacto, sendo ideal para se explorar a pé todas as lojas, pubs e marcos históricos.

Galway é primariamente uma cidade universitária, portanto sempre está cheia de jovens e a atmosfera é vibrante e alegre.

GMIT (Galway-Mayo Institute of Technology)

Aqui vocês podem ver a Eyre Square, que fica bem próxima às estações de trem e ônibus, então não há desculpas para não ir visitar.

Lá tem até um “Latin Quarter” (Bairro latino) que, como é de se esperar, é um dos lugares mais agitados da cidade.

Como a maioria das cidades européias, o centro da cidade é cortado por um rio, o Corrib que vai desde o Lough Corrib até o porto de Galway.

Galway também é muito rica em arte e cultura, oferencendo um Centro de Artes e em Julho irá acontecer o Festival de Artes de Galway Um dos pontos históricos de Galway é o Arco Espanhol (The Spanish Arch), que fica bem ao lado de onde o rio Corrib se abre. Ele foi construído em 1584 e servia para proteger o porto e ele tem esse nome porque era onde os espanhóis descarregavam suas mercadorias.

Além do Arco Espanhol fica “Claddagh” (como já havia explicado em um post anterior, o símbolo “Claddagh” é representado por duas mãos que seguram um coração coroado simbolizando o amor, a amizade e a lealdade. Mas esse símbolo é como um anel e é somente o que restou de uma comunidade de pescadores independentes que morava aqui. Aliás, “Claddagh” em gaélico é “An Cladach”, que literalmente significa “Costa plana de pedras”. Os “Claddagh” eram governados por reis e o último faleceu em 1954, mas a memória deles permanece através dos anéis, que eram tradicionalmente passados pelas gerações “Claddagh” de mãe para filha.

Claro que Galway tem mais coisas interessantes a serem exploradas e cada experiência é única, mas eu acho que uma visita vale a pena para conhecer esse centro cultural que fica apenas há 2 horas e meia de Dublin.

Garden Of Remembrance

Um pouco mais para cima da famosa O’Connell Street (para mais informações sobre a O’Connell Street, clique aqui) há um pequeno jardim dedicado aos homens e mulheres que lutaram pela liberdade da Irlanda:O Garden Of Remembrance.O Garden Of Remembrance está exatamente onde os Voluntários Irlandeses de 1913 foram criados e onde, três anos mais tarde, os líderes do levante de 1916 foram mantidos por uma noite antes de serem levados para a Kilmainham Gaol. Com toda essa história não é a toa que ele é dedicado àqueles que lutaram pelos direitos e liberdade dos Irlandeses. Criado por Daithí Hanly foi aberto ao público pelo terceiro presidente da Irlanda, Eamon De Valera, em 1966, marcando o aniversário de 50 anos do levante de 1916.No centro do Garden Of Remembrance há um espelho d’água na forma de um crucifixo. A parte interna dessa pequena “piscina” é composta por mosaicos com desenhos de espadas, lanças e escudos quebrados, simbolizando o abandono das armas e a implementação da paz.O Garden Of Remembrance é sempre bem cuidado. A manutenção aqui é impecável. Todos os arbustos e gramados são aparados com freqüência, e como vocês podem ver, as flores são todas organizadinhas.

É um lugar muito quieto e calmo. Ideal para ler um livro na hora do almoço, ou para se pensar na vida. De vez em quando você verá turistas entrando para conhecer o lugar, mas eles ficam bem quietinhos.Agora, a parte que talvez mais chame a atenção é a grande escultura de bronze que fica no final do Jardim e que só foi acrescentada em 1971, para simbolizar o renascimento e a ressureição depois de 900 anos de luta pela liberdade.

Essa escultura é baseada em uma antiga lenda irlandesa chamada as “Crianças de Lir” (Children of Lir).Essa lenda conta que Bobd Dearg foi eleito o rei da raça humana e Lir, o rei do mar, ficou muito aborrecido. Para fazer as pazes, Bobd deu uma de suas filhas para se casar com Lir, e juntos eles tiveram quatro filhos: Fionnuala, Aodh, Fiachra e Conn.Eles eram muito felizes, mas a mãe infelizmente morreu e para manter Lir feliz, Bobd deu outra filha para se casar com ele, Aoife. Aoife logo se tornou uma pessoa amarga e teve muito ciúmes do amor entre pai e filhos e organizou um passeio durante o qual as crianças deveriam ser assasinadas por um servo, mas ele se recusou a matá-las. Aoife também não tinha coragem para fazê-lo. Então ela usou seus poderes mágicos e os amaldiçoou, os transformando em cisnes, que tinham de passar 300 anos em Lough Derravaragh, que fica próximo ao castelo de Lir, 300 anos no Sea of Moyle e 300 anos em Irrus Domnann. Para quebrar o feitiço eles teriam de ser

abençoados por um monge. Quando Lir descobriu tal traição, transformou Aoife em um demônio do ar por toda eternidade.O final da história para as crianças tem várias versões, boas e não tão boas assim, e a que eu escutei foi essa aqui:Depois de 900 anos sofridos vividos nesses três lagos eles escutaram um chamado e voltaram para casa. Lá havia um monge que os abençoou e os transformou em humanos novamente, mas eles agora tinham 900 anos, portanto como humanos não poderiam viver. Ao falecer puderam finalmente descansar em paz ao lado dos pais.Toda a atmosfera do Garden Of Rememberance é de contemplação. Como eu disse é um lugar muito tranquilo, que propicia momentos para altas relfexões.Na parede, atrás da escultura, há o poema “We Saw A Vision” de Liam Mac Uistin, escrito em Gaélico, Inglês e Francês. Aqui segue o poema e abaixo a minha tradução:“We Saw A VisionIn the darkness of despair we saw a vision, We lit the light of hope, And it was not extinguished, In the desert of discouragement we saw a vision, We planted the tree of valour, And it blossomedIn the winter of bondage we saw a vision, We melted the snow of lethargy, And the river of resurrection flowed from it.We sent our vision aswim like a swan on the river, The vision became a reality, Winter became summer, Bondage became freedom, And this we left to you as your inheritance.O generation of freedom remember us, The generation of the vision”.* * * * *“Tivemos Uma VisãoNa escuridão do desespero tivemos uma visão, Acendemos a luz da esperança, E ela não foi apagada, No deserto do desencorajamento tivemos uma visão, plantamos a árvore do valor, E ela floresceu.No inverno da escravidão tivemos uma visão, Derretemos a neve da litargia, E o rio da ressurreição surgiu dela.Deixamos nossa visão nadar como um cisne neste rio, A visão se tornou realidade, O inverno se tornou verão, Escravidão se tornou liberdade E isso é o que deixamos como sua herança.Oh geração da liberdade, lembrem-se de nós, A geração da visão”.Que o espírito da liberdade e respeito sejam inspirações para o dia de hoje!

Glasnevin Cemetery & Museum

Uma visita ao Glasnevin Cemetery & Museum é indispensável para aqueles que gostam de história e curiosidades.

O Glasnevin Cemetery, também conhecido como Prospect Cemetery (já que sua entrada principal ficava na Prospect Road), é o maior e mais importante cemitério da Irlanda.Antes da sua fundação em 1832 não havia cemitérios para cristãos na Irlanda, já que as severas leis do século XVIII proibiam manifestações funerárias cristãs; até que um dia o assunto deu o que falar.Daniel O’Connell (Lembram-se da O’Connell Street?), um dos líderes mais proeminentes na Irlanda, então iniciou uma campanha e finalmente colaborou para a fundação de um espaço onde católicos, protestantes e pessoas de qualquer outra religião pudessem praticar seus rituais funerários e descansar em paz um ao lado do outro.Ele também era a favor de diversas causas pertinentes; contra a perseguição de judeus, a escravatura nas índias e lutava para católicos fazerem também parte do Parlamento, um direito negado por mais de 100 anos.O cemitério originalmente ocupava apenas 9 acres, contudo hoje se extende por 120 acres que abrigam memórias, personalidades, grandes nomes e muito da história da Terra dos Leprechauns.A visita ao cemitério é guiada, durando aproximadamente 1 hora e a experiência é recheada de informações que cobrem mais de 200 anos e abordam aspectos históricos, políticos e até mesmo sociais da Irlanda.Uma característica curiosa do cemitério são as torres de observação distribuídas ao longo do cemitério. Elas foram construídas para evitar o roubo de corpos (uma prática muito comum nos séculos XVIII e XIX). Os guardas eram instruídos para atirar em qualquer pessoa que estivesse dentro do cemitério à noite, sem distinção. Dizem que por causa desta medida corpos não foram roubados de lá, pelo menos é o que dizem…Outra curiosidade é o fato de ter um pub ao lado do cemitério chamado “John Kavanagh” mais conhecido como “The Gravediggers” já que os trabalhadores do cemitério eram freqüentadores. Rez a lenda de que havia uma portinhola entre o pub e o cemitério e para não largar o trabalho para ir ao pub, os coveiros batiam com as pás na parede (duas vezes para uma pint de Guinness!) e voilá – a pint era mandada pela portinhola.O Glasnevin Museum fica localizado ao lado da entrada principal do cemitério e foi aberto em 2010. Ele abriga uma exposição interativa e instrutiva começando pelo subsolo em uma parte chamada “City of the Dead” e se extende para o andar superior onde estão a “Prospect Gallery” e a “Milestone Gallery”.Na área “City of the Dead” há explicações sobre como eram os processos funerários, como é a relação das pessoas com a morte, como se roubavam os corpos do cemitério (eca!)…

Ha’Penny Bridge

A nossa bela Fair City, como eu já expliquei em outro post, é dividida ao meio pelo famoso rio Liffey, um dos rios mais importantes da Ilha Esmeralda.Como a cidade fica divida entre lado norte e lado sul existem algumas pontes que conectam os dois lados da cidade e uma das pontes mais conhecidas de Dublin é a Ha’Penny Bridge.Construída originalmente em 1816, ela foi a primeira ponte da cidade dedicada somente aos pedestres, já que anteriormente haviam pequenas “balsas” que levavam as pessoas de um lado para o outro do rio.Uma ponte que mudou as estruturas da cidade só poderia ter ganhado um nome importante: Liffey Bridge; mas o nome não pegou porque era necessário cobrir o ganho que existia com as balsas, logo para ir de um lado para o outro tinha de se pagar um pedágio…no valor de “half a penny”, “ha’penny” (algo como meio centavo).O valor do pedágio então rendeu o nome da ponte – Ha’Penny Bridge – que apesar de ter sofrido aumento para one penny and a half, deixou de ser uma passagem paga em 1919.

Muitas pessoas se referem à ela como a “ponte branquinha”, que forma um arco e talvez uma das mais belas vistas do Rio Liffey, tanto durante o dia, como a noite.E não é à toa que ela é importante, já que ela também foi a primeira ponte de ferro da cidade e apesar de existirem outras pontes pelo Liffey estima-se que em 2001, aproximadamente 27.000 cruzavam a Ha’Penny Bridge diariamente, levando à nossa querida ponte a ser renovada por quase 1 ano.

Ainda bem que ela está ainda firme e forte do coração da Fair City, enfeitando e enchendo nosso dia-a-dia de charme.Espero que vocês passem muitas vezes por ela e tirem muitas fotos, já que ela é uma graça!

Heuston Station

A Dublin Heuston, mais conhecida como Heuston Station, é uma das maiores ferroviária de Dublin de onde partem e chegam trens de Cork, Killarney, Tralee, Waterford, Limerick, Kilkenny, Galway, Wesport, Athlone, Ballina, Ennis, Kildare, Tipperary, Clonmel, Rosslare, Roscrea e Nenagh, ou seja, ela interliga a capital irlandesa ao sul, sudoeste e oeste do país.

Aberta em 1846 ela foi nomeada Great Southern and Western Railway já que na época oferecia a maior cobertura de regiões na Irlanda e no Reino Unido(!). Com o tempo o nome foi mudado para Kingsbridge Station, já que a estação fica ao lado da ponte Kingsbridge, sobre o Rio Liffey em Dublin. Em 1966 ela finalmente ganhou seu nome atual em homenagem a Sean Heuston, um dos líderes do levante de 1916, que trabalhava para o sistema ferroviário.Projetada pelo arquiteto inglês Sancton Wood a fachada é baseada nos palazzos italianos, sendo composta por um bloco central decorado com colunas coríntias e balaústres, acolhendo em seu interior as linhas ferroviárias originais criadas por Sir John McNeill.Na parte da frente da Heuston Station há cinco painéis simbólicos (da esquerda para a direita):1) VIII.VIC, o Ato do Parlamento que incorporou a Great Southern and Western Railway2) O Brasão da cidade de Cork3) o Brasão da cidade de Dublin4) O Brasão da cidade de Limerick5) AD. 1844, o ano da incorporação da Great Southern and Western RailwayInfelizmente a verba para construir algo tão grande era limitada e a lateral (parte sul) e a parte de trás da estação ficaram sem estrutura externa por muitas décadas.Somente em 1998 a estação foi restaurada, criou-se uma entrada para pedestres no bloco central e o interior foi completamente modificado. Em 2004 houve outra reforma atualizando a estação com um novo telhado de aço e vidro que se extende por quase toda a estrutura chegando até as plataformas.Por dentro ela abriga um sistema moderno de viagem com quisoques que vendem bilhetes pré-pagos e opções para smartcards. A Heuston Station conta com nove plataformas numeradas, muito embora não exista a de número 9, existe a número 10. E para um espaço relativamente pequeno há muito que se fazer, já que aqui há duas filiais da livraria e revistaria Eason’s, um quiosque da Butler’s Chocolate Café, outro quiosque de sucos naturais e até um pequeno restaurante de fast-food Supermac’s.

Hill of Tara

A Irlanda é um país de raízes celtas, cheio de história, mistérios e mitos. Existe um lugar no condado de Meath, próximo ao Rio Boyne que foi a capital espiritual e política da Irlanda celta – The Hill of Tara.

Os Altos Reis da Irlanda governaram a terra celta por mais de dois mil anos e as cinco estradas antigas da Irlanda convergiam neste ponto importante.Depois do século XI o cristianismo, fundado na Irlanda por St. Patrick, começou a ser disseminado e Tara perdeu muito de sua importância espiritual. Apesar de ser um lugar altamente relevante para a cultura pagã, há uma estátuda dele lá, do lado de fora, claro…Tara é um lugar extremamente simbólico, utilizado para cultos sagrados, mas também foi o palco da batalha entre britânicos e irlandeses em 1798 e foi escolhido em 1843 por Daniel O’Connell para um protesto pacífico contra o Ato da União (Documento que fundiu o Reino da Irlanda e o Reino da Grã-Betanha), reunindo mais de um milhão de pessoas.

Lá existe um centro de visitação que fica dentro de uma igreja, onde se explica a importância do Hill of Tara através de uma apresentação de video, mas para se chegar ao lugar propriamente dito é preciso passar pela igreja e atravessar o cemitério que fica atrás dela.

Na verdade estes “montes e buracos no chão” foram Fortes da Idade do Ferro.Vistos de cima, são como círculos, mas de perto eles são assim:

Nota para o cachorro e o menino brincando, pois pessoas que moram na área vão passear por lá…E olhem só o campo florido amarelo por trás das árvores… parece de mentira, mas não é!A Hill of Tara já abrigou diversas construções ao longo da história mas somente alguns permaneceram visíveis como o Monte dos Reféns (Mound of Hostages) que foi construido por volta de 2500 A.C.

Este Monte dos Reféns (o monte de onde a pessoa de camiseta vermelha está descendo) é, na verdade, uma tumba megalítica, mas infelizmente não é possível entrar dentro dela. O nome se refere os prisioneiros de reinos dominados que os Altos Reis possivelmente mantinham para garantir seu poder.

No “círculo central” de um destes “buracos” ficava o Cerco Real (Royal Enclosure) que apresenta em seu centro a Pedra do Destino (também conhecida como Liath Fáil em gaélico), um símbolo que representava poder e fertilidade, obviamente.Claro que a atmosfera neste lugar mágico é muito boa e em um dia claro, como este, dizem que é possível ver metade dos condados de toda a Irlanda. Eu não sei se vi metade deles, mas tenho certeza de que dava para ver muito, muuuuuuito longe, eu fiquei apertando os olhos só para ter uma idéia de quão longe é possível enxergar.O melhor de tudo isso? O acesso a este cenário maravilhoso é gratuito, embora o centro de visitação seja pago (Entre €1.00 e 3.00, que não é nada mal…).Para chegar lá, você pode ir de carro pela N3 ou através de passeios (day tours), disponíveis nos postos de informações turísticas de Dublin.Não deixem de conhecer esse cenário misterioso tão importante da cultura celta. Para mais informações visitem o site http://www.meath.ie.

Igreja de St. Michan

Ainda no clima do Halloween vai uma dica horripilante: A igreja anglicana de St. Michan.Localizada perto do Four Courts, em Dublin 7, a igreja de St. Michan foi originalmente construída em 1095 mas o prédio atual é 1685. Ela tem origens Hiberno-Viking e é a igreja mais antiga de Dublin (do lado norte). Apesar do exterior bem modesto, ela esconde dentro de si um mistério tanto quanto curioso.

Além do cemitério que rodeia a igreja, há uma cripta subterrânea de aproximadamente 900 anos, recheada de câmaras com caixões…

Como as câmaras dentro da cripta pertencem aos membros da igreja e às mais importantes famílias de Dublin dos séculos XVII, XVIII e XIX, não é permitido ficar fuçando nos caixões alheios, contudo para acomodar uma série de caixões dentro de uma câmara, eles eram colocados uns em cima dos outros.Infelizmente, a pilha de caixões não foi a melhor idéia, pois com o tempo alguns acabaram cedendo e revelaram uma curiosidade… os corpos estavam preservados!!! Ou seja, encontraram múmias de verdade, com pele, cabelo e até unhas!!Estas múmias não foram embalsamadas como as do Egito (que foram preparadas para serem preservadas), mas permaneceram assim pelas condições do ambiente dentro da cripta. As paredes são feitas de calcário, e há o gás metano que mantêm o ambiente seco o suficiente para criar este tipo de preservação.Os corpos que podem ser vistos hoje não foram propositalmente escolhidos para serem exibidos, como já dito acima, os caixões quebraram e os cadáveres ficaram expostos.

Nesta câmara estão quatro corpos (da esquerda para direita):The Unknown (O desconhecido), que é, de fato, uma pessoa desconhecida, mas se sabe que o corpo é feminino.The Thief (O Ladrão), um corpo de um homem aparentemente mais “gordinho” que não tem uma mão. Dizem que ele foi possivelmente um ladrão porque a mão dele foi cortada, podendo ser uma punição por um crime; mas é uma especulação já que criminosos não são normalmente enterrados embaixo de igrejas…talvez ele tenha se reformado, mas existem muitas teorias.The Nun (A Freira), um cadáver feminino que ainda apresenta suas unhas (das mãos e dos pés)! UuuuuiiiiiE ao fundo está The Crusader (O Cruzado), corpo de um homem colocado na posição de um cavaleiro das cruzadas, com as pernas e pés cruzados. Acreditam que o cadáver tenha aproximadamente 800 anos e rez a lenda de quem ousar dar um aperto de mãos com ele (na verdade apenas um leve toque na mão direita da múmia) terá boa sorte! (Alguém se habilita? Eu o cumprimentei…)A história da Irlanda, como sempre, também está presente nesta igreja. Em uma das criptas está o corpo de Wolfe Tone, considerado o pai do republicanismo irlandês e os restos mortais dos famosos irmãos Sheares, Henry e John, líderes responsáveis pela rebelião de 1798 contra a Inglaterra.Por conta de espiões, os irmãos foram capturados e condenados à morte. Há uma cópia da sentença de execução deles que diz que eles devem ser enforcados (mas mantidos vivos), estripados (ainda vivos), ter as tripas queimadas diantes do rosto (ainda vivos), decapitados e finalmente esquartejados, como exemplo para que não houvesse mais rebeliões…

Os Earls of Leitrim são os donos destes caixões mais enfeitados e isto é notado pelas coroas que os adornam, contudo, pode-se perceber que dois destes caixões são mais simples… o da direira, que está sozinho, abriga um membro da família não muito querido e por isto, rejeitado. O outro é um mistério.Algumas destas câmaras ainda estão ativas, ou seja, algumas famílias ainda podem enterrar seus familiares ali, portanto é importante respeitar este espaço. Infelizmente não é possível acessar à cripta com cadeira de rodas e para entrar nelas, é necessário descer alguns grandes degraus de pedra, como vocês podem ver…A igreja por dentro é muito menos horripilante.

O interior é simples e mudou muito pouco desde a época Vitoriana.Um lindo trabalho de escultura em madeira com violinos, outros instrumentos e frutas, fica logo acima do coro.

O órgão, acrescentado à igreja em 1724, dizem ter sido tocado por Friedrich Georg Hendel.Há também uma espécie de cristaleiras com objetos interessantes e curiosos relacionados à igreja…Além dos tours da igreja e da cripta, a St. Michan também funciona como uma igreja normalmente, por isto, tours podem ser cancelados em decorrência de casamentos, eventos e, é claro, funerais. Para quem gosta de múmias, histórias arrepiantes e buscam um tour com um guia bem peculiar, não percam a oportunidade de visitá-la.St. Michan’s ChurchChurch StreetDublin 7www.cccgroup.dublin.anglican.org

Irish Museum of Modern Arts

Como sempre o Vida Na Irlanda vem trazer uma dica cultural para quem gosta de arte contemporânea: O IMMA – Irish Museum of Modern Arts.

Localizado em Dublin 8, no antigo prédio do Royal Hospital Kilmainham, bem do pertinho da Kilmainham Gaol e da Guinness Storehouse, o IMMA é responsável pela curadoria e apresentação de arte moderna e contemporânea na Irlanda.O IMMA conta com duas entradas, uma próxima à Heuston Station (caminhada de 10 minutos), próxima aos prédios; e outra praticamente ao lado da Kilmainham Gaol, com acesso via jardins.Criado em 1990 como a primeira instituição nacional voltada para a arte moderna e contemporânea o IMMA tem como propósito promover o acesso de todos à arte moderna através de um programa variado de exposições e atividades; apoiar artistas, oferecendo estúdios para o desenvolvimento de projetos e também estimular as artes através de programas nacionais. Como apontado anteriormente, o prédio do IMMA era originalmente o Royal Hospital Kilmainham, uma belíssima construção do século XXVII que foi utilizada por 250 anos para abrigar soldados aposentados. As pessoas ficaram tão impressionadas com a simetria clássica da construção que ela foi até cogitada para ser um campus da Trinity College.A inspiração foi o L’Hôtel national des Invalides na França, e por este motivo há um pequeno jardim que lembra muito a paisagem dos nossos vizinhos europeus.Como não há uma coleção permanente o IMMA oferece uma grande variedade de exposições temporárias durante o ano. Recentemente fui conferir obras dos ilustríssimos Diego Rivera e Frida Khalo e também do artista americo-irlandês, Philip Taaffe.

Mas não é só isso! A entrada para determinadas exposições é paga, mas…tchan tchan tchan tchan…todas as sextas-feiras o IMMA abre suas portas GRATUITAMENTE para todas as coleções.

IMMA – Irish Museum of Modern ArtRoyal Hospital KilmainhamDublin 8

Iveagh Gardens

Se você gosta de natureza, calma e tranqüilidade, irá se deliciar ao conhecer um dos tesouros mais bem escondidos de Dublin: The Iveagh Gardens.

The Iveagh Gardens foi criado por Ninian Niven por volta de 1860 e era o antigo jardim da Clonmell House, residência do Lord Chief Justice. Hoje o espaço foi restaurado e o intúito é trazer mais encanto para este parque tão especial, o tornando algo como um Jardim Secreto.

Johnnie Fox

O Johnnie Fox foi fundado em 1798 e é um dos pubs mais antigos da Irlanda. Além de ser um espaço dedicado à cultura irlandesa, ele também é conhecido por ser o pub com maior altitude na Terra dos Leprechauns.

Localizado em Glencullen, em meio às montanhas de Dublin e quase na borda com o condado de Wicklow, o Johnnie Fox é uma atração em si, com muita originalidade. (nota para os penicos pendurados no grande salão).

O espaço é bem amplo (imaginem que as reservas – para festas, casamentos e afins – acolhem até 150 pessoas) e todos os cantinhos são preenchidos com imagens, objetos e tudo mais que se pode imaginar que faça referência à história e cultura da Irlanda.

Passear pelo Johnnie Fox é como estar em uma museu/casa do dia-a-dia típico irlandês, completamente recheado com lembranças de algum lugar do passado incluindo referências históricas e sociais como fotos que homenageiam os líderes do levante de 1916 até referências à Daniel O’Connell (Sim, da O’Connell Street e que está enterrado no Glasnevin Cemetery)…

..e também muito bom humor. A comida do Johnnie Fox é uma delícia, mas não espere encontrar o típico “Fish & Chips” por aqui. O menu é repleto de opções apetitosas no estilo “slow food” que custam a partir de €9.95 e incluem pratos com peixes…

…frutos do mar….…opções com bife, carne de pato e também pratos vegetarianos, acolhendo todos os gostos. Contudo a atração principal é “Chowder” (uma espécie de sopa de frutos do mar), servida com soda bread e manteiga (yum!). Mas não é só de comida boa, ambiente típico, humor e atendimento prestativo que se faz um bom pub. Há ainda o elemento do entretenimento, que é claro, o Johnnie Fox não deixa a desejar. O “The Hooley Show” é um programa que inclui jantar acompanhado de música ao vivo e dança tradicional e com apresentações oferecidas 7 dias por semana (das 19:30 até aproximadamente meia-noite) não há como não entrar no clima.

O Johnnie Fox abre a partir das 11 de seg a sáb. e a partir do meio-dia as domingos e para chegar lá há algumas opções. As mais conhecidas são de carro ou de ônibus expresso (€10 – ida e volta para o centro de Dublin). Para saber mais clique aqui.

Para quem quer conhecer um pub típico irlandês cheio de personalidade, originalidade, comidinha gostosa e diversão o Johnnie Fox é um ponto de visita obrigatório (e com wi-fi gratuito!)Johnnie Fox’s PubGlencullenCo. Dublinwww.jfp.ie

Merrion Square

A Merrion Square é uma das praças mais queridas e prestigiadas de Dublin e embora seja um pouco menos conhecida que o famoso St. Stephen’s Green Park, a Merrion Square é também bem visitada e recheada de história.

Cercada em três lados por casas de estilo Georgiano (com suas distintas e charmosas portas coloridas), a Merrion Square é rodeada por escritórios e até algumas escolas. No outro lado desta praça/parque há prédios importantes como a The National Gallery of Ireland e o National History Museum.

Planejada e construída em no final do século 18 pelo Lord Fitzwilliam of Merrion a Merrion Square era, assim como o St. Stephen’s Green Park, um parque privado para os residentes da área que incluem nomes como WB Yeats, Daniel O’Connell (da O’Connell Street), Erwin Schröedinger, George Russell e Oscar Wilde.Contudo a área nem sempre foi utilizada para lazer. Durante a Grande Fome, em meados do século 19, ela funcionou como refúgio e “cozinha de emergência” para a população e em 1972 a Embaixada Britânica, que ficava no número 39 da Merrion Square East, foi queimada em protesto ao infame Bloody Sunday no condado de Derry.Hoje em dia a Merrion Square é uma espécie de parque aberto ao público e exibe muito espaço verde, calma e paz, como uma espécie de oásis no meio da cidade.O espaço é muito bem mantido e há sempre funcionários públicos aparando os arbustos, recolhendo folhas ou plantando flores (estas são tão vibrantes que, por vezes, parecem ser de mentira).É um prazer poder caminhar por esta praça de quase 5 hectares que oferece tanto espaço e tranqüilidade, permitindo que as pessoas se divirtam…Há algumas coisas bem interessantes dentro da Merrion Square, como por exemplo o grande número de estátuas que representam personalidades importantes como Michael Collins… …Henry Grattan… …e é claro, a estátua mais famosa – de Oscar Wilde, um dos nomes mais conhecidos da Ilha Esmeralda, especialmente pelo seu talento como dramaturgo, poeta e escritor (aliás, a casa onde ele morou, no número 1 Merrion Square North funciona como uma espécide de museu e há até mesmo visitas para os fãs).

Mas não ache que as estátuas e monumentos param por aqui. Há também uma bela e dramática estátua de uma mulher com uma harpa chamada Éire (significa “Irlanda” em irlandês) feita por Jerome Connor…

“The Victims” da Grande Fome, esculpidas por Andrew O’Connor.. …a “Jester’s Chair”, uma homenagem ao escritor, comediante e ator Dermot Morgan… …e finalmente o “National Memorial to the members of the Defence Forces”, memorial em honra aos que morreram a serviço do país.

Mural de constelações

A área do Temple Bar é conhecida por oferecer opções descoladas em lojas, restaurantes, bares e afins e a arte é também uma parte importante do local.

Você se lembra quando pintei o Viking na Fishamble Street, ao lado da Christ Church? Pois é, os responsáveis pela área do Temple Bar estão sempre buscando deixar este pedaçinho de Dublin cada vez mais agradável e charmoso e o post de hoje é sobre um projeto de arte que fica na esquina da Essex Street com uma das ruas mais queridinhas do Temple Bar, a Cow’s Lane. Diferentemente do Mural de Táin Bó Cúailnge, este mural é discreto e pode passar despercebido. Originalmente a região que circunda a Fishamble Street era um assentamento Viking (não é à toa qua o museu “Dublinia” fica ali ao lado da Christ Church). Séculos depois Dublin se tornou basicamente uma cidade medieval, que circundava parte desta mesma regisão e somente sofreu uma mudança mais drástica no século XVII quando uma boa parte da área adquiriu a estética Geogiana.

Em homenagem aos primeiros fundadores – os Vikings – a talentosa escultora Grace Weir criou em 1996 esta parede repleta de detalhes com as constelações do hemisfério norte. Os Vikings eram excelentes navegadores e seu modo de guiar-se pelas estrelas permitiu que eles chegassem aqui na Ilha Esmeralda.

Além das constelações há detalhes tão pequenos, que só são visíveis bem de perto e acrescentam ainda mais magia e aventura à esta parede escultural. Mas o mais bacana é observá-la com um pouco de distância e ver que as ranhuras na parede formam o desenho de um barco Viking navegando por estas encantadoras e misteriosas constelações…

West Essex Street esquina com Cow’s LaneNa frente da livraria “The Gutter Bookshop”

Mural de Táin Bó Cúailnge

Apesar de Dublin estar passando por dias escuros, existe um sol por aqui que nunca se põe.Escondido ao lado da Trinity College na Nassau Street mais precisamente dentro do Setanta Place, há um mosaico bem diferenciado que conta uma das mais tradicionais lendas da Irlanda… a história de Táin Bó Cúailnge.

O mosaico foi criado por Desmond Kinney que também deixou uma opinião de um antigo monge irlandês por lá…Acreditam que esta lenda épica tenha origens celtas (talvez até anteriores ao século 1!) não sendo influenciada pelo cristianismo, portanto se manteve na cultura irlandesa através da tradição em se contar e recontar estórias por muitas e muitas gerações…A Táin Bó Cúailnge é a estória principal de um conjunto de lendas e sagas dos heróis de Ulaid. Elas estão contidas em um livro conhecido como o “Ciclo de Ulster” (Sendo Leinster, Ulster, Munster e Connacht as quatro principais províncias da Irlanda, algo como as grandes regiões do Brasil) e é um bom exemplo do início da literatura irlandesa.A lenda, como sempre, tem algumas variantes, mas a que conheço é assim:A rainha e o rei de Connaght Madb e Ailill, discutiam qual dos dois era o mais rico e que portanto, deveria assumir poder sobre a província. Na manhã seguinte decidiram contar seus bens para chegar a resposta, mas não havia diferenças, exceto por um belo touro branco que pertencia à Ailill e que era melhor do que qualquer um dos bens de Medb.Movida por inveja, ela buscou por algo que fosse melhor que o touro de Ailill e descobriu que Daire, de Cooley (do outro lado do país, mais precisamente em Ulster) tinha um touro que era o dobro do tamanho do touro de Ailill. Sem hesitar, a rainha enviou seus mensageiros à Daire para pedi-lo emprestado por um ano, mas como um dos mensageiros estava bêbado, ele acabou contando que o touro seria levado à força caso o empréstimo não fosse feito. Daire ficou furioso e desafiou a rainha a fazê-lo, pois contava com o Cuchulainn (também conhecido como Setanta), mas nem isto foi suficiente para evitar que o exército de Medb levasse o touro embora.Contudo, os touros acabaram se encontrando nas planícies de Connaght e iniciaram uma batalha sangrenta. A luta durou dia Ao amanhecer, o touro de Ailill perdeu a luta e caiu morto e o touro de Cooley subiu às montanhas para bramir sua vitória às províncias da Irlanda, mas seu esforço foi tanto que ele também morreu. e noite e os dois touros percorreram toda a Irlanda.

National Gallery of Ireland

Para os amantes de programas culturais, que desejam conhecer e se inspirar por pinturas, gravuras, ilustrações e esculturas sem pagar nada, a National Gallery of Ireland deve estar na sua lista de lugares para conhecer.

Pertinho da Trinity College com entradas na Nassau Street e também na Merrion Square ao lado do Natural History Museum não há como não notar essa galeria que é toda cheia de charme. Oficialmente aberta ao público em 1864 a National Gallery of Ireland tinha, na época, somente 112 pinturas em exibição, dentre elas, muitas compradas em Roma e da National Gallery London. Hoje a galeria apresenta uma ótima coleção de arte européia ocidental com exemplos desde os tempos medievais até obras contemporâneas.A maior coleção de arte irlandesa do mundo está aqui. São obras dos séculos XVIII e XIX distribuídas por sete salas, com trabalhos relevantes de Walter Frederick Osborne, Nathaniel Hone e Roderic O’Connor. As coleções de arte Britânica (com pinturas dos Tudors), Francesa (incluindo Monet) Espanhola (com obras de Goya, Velázquez, Murillo e até Picasso), Alemã, Holandesa (Vermeer) e Flamenga recheiam os três pisos da NGI, que são divididos em alas.A Beit Wing, extensão criada em 1968, por exemplo, recebeu este nome em função da enorme generosidade de Sir Alfred e Lady Beit, que doaram 17 antigas obras-primas para a National Gallery of Ireland em 1987. A Milltown Win recebeu seu nome em função da Condessa de Milltown que doou mais de 200 pinturas pessoais e uma coleção de prataria, móveis e livros à galeria. Além disto o famoso dramaturgo George Bernard Shaw foi e é um dos maiores contribuidores da NGI, já que 1/3 de todos seus royalties foram concedidos à NGI até 2020.A ala mais moderna é a Millenium Wing, aberta em 2002, que além de exibir obras irlandesas de arte moderna abriga uma área de exposições temporárias, como as “Gravuras de Munch”ou “Obras de Gabriel Metsu”. Ela também funciona como uma segunda entrada para a NGI e oferece um restaurante, um café e uma loja de souvernirs super charmosa.

“O Beijo de Judas” (1602) de Caravaggio foi (re)encontrada em uma casa de estudos Jesuitas em Dublin em 1993 e graças ao empréstimo da obra por tempo indeterminado ela está exposta na NGI na área de pinturas italianas juntamente com pinturas que datam desde o período renascentista até o século XVIII.

A National Gallery também oferece um espaço especial, com iluminação adequada para proteger trabalhos feitos em papel que é destinado à exposições temporárias sobre os mais variados temas, como as atuais aquarelas de J.M.W. Turner, as magníficas ilustrações dos contos da Andersen de Harry Clarke, ou a interessantíssima exposição sobre os Interiores Impressionistas.Muitas das obras mais interessantes da NGI foram adquiridas pelo governo, como pinturas de Picasso e Jack B. Yeats (aliás, há uma área dedicada à família Yeats, com retratos da família e diversas obras do pintor), recebidas através de transferências de coleções de Sir Alfred Chester Beatty e doações de Sir Alfred Beit, incluindo obras de Diego Velázquez, Vermeer e Raeburn.Mas não é só isto! A National Gallery of Ireland oferece gratuitamente tours diários, workshops, eventos e palestras – basta apenas consultar o website deles ou dar um pulinho por lá e pegar um folheto com a programação atual. Ocasionalmente alguns eventos/workshops e até exibições temporárias são pagos, contudo o valor é sempre baixo e não esqueça de perguntar pois muitas vezes um dia na semana (geralmente segunda ou terça-feira) o preço é mais barato.Não deixem de conferir!National Gallery of IrelandMerrion Square WestDublin 2www.nationalgallery.ie

National Leprechaun Museum

Localizado no centro de Dublin, atrás do Jervis Centre na Jervis Street está o National Leprechaun Museum, um mundo mágico onde você pode descobrir sons, lugares, estórias e a mágica da mitologia irlandesa.

Este museu é um tanto diferente já que a proposta dele não é somente informar, mas ser uma experiência divertida dento do mundo do folclore da Ilha Esmeralda.A jornada dentro deste museu interativo começa com um breve olhar sobre as representações do famoso Leprechaun através dos tempos e você nem precisa acreditar que ele existe (mas que existe, existe!);Você receberá um mapa do museu e perceberá que ao longo da sua exploração, você poderá até mesmo ver o mundo como eles o vêem.

Você será convidado a conhecer o sub-mundo dos espíritos irlandeses…e participar de uma estória muito interessante! O museu permite que você mesmo explore os cenários e lendas da Irlanda que são passadas de geração em geração através de contos e crenças, permitindo que você passe pela chuva…através do arco-íris… e encontre o pote de ouro!Apesar de ser voltado para as crianças, este museu interativo vale uma visita já que conta coisas bacanas sobre a Terra dos Leprechauns e o preço é bem bacana. Atualmente adultos pagam €10.00, estudantes e crianças acima de 3 anos €7.00. Também é possível comprar ingressos online através do site: www.leprechaunmuseum.ieNão deixem de visitar!National Leprechaun MuseumJervis StreetDublin 1www.leprechaunmuseum.ie

Natural History Museum

Hoje eu vou falar sobre um lugar que pode ser uma visita muito bacana ou meio bizarra.Depende de como você vê a coisa: O Natural History Museum.

O Museu de História Natural da Irlanda fica na Merrion Street, ao lado da Merrion Square muito próximo ao centro de Dublin e foi criado em 1857 (próximo da publicação da “Origem das espécies” de Charles Darwin) e abriga uma ampla coleção de animais. Ao longo do tempo ele se tornou conhecido pelos irlandeses como the “Dead Zoo” (Zoológico morto). Em 2007 a escada do prédio que abriga a exposição caiu e para não fecharem o museu, parte da coleção foi movida para outro museu, que fica em Collins Barracks.

Agora em 2010 o Museu de História Natural reabriu a suas portas no prédio original (e as escadas foram refeitas), melhorando o acesso e criando mais oportunidades de aprendizado para os visitantes, contudo o estilo de exibição em “caixas de vidro” permanece o mesmo, mantendo uma atmosfera do século XIX. O prédio em si é muito bacana e é, de fato, ideal para a exposição que abriga. A exposição é divida em dois andares: No térreo estão os animais da Irlanda: No andar superior os do mundo (muitos são exemplares de animais que estão sob ameaça de extinção ou extintos). Dentre os animais favoritos estão um esqueleto de um veado gigante de 11.000 anos de idade, a girafa Spoticus e os esqueletos de duas baleias.National Museum of IrelandNational HistoryMerrion Street, Dublin 2www.museum.ieHorário de funcionamentoTerça a sábado das 10:00 às 17:00Domingos das 14:00 às 17:00Fechado às segundas-feiras (incluindo feriados)

Newgrange

Como vocês sabem a Irlanda tem cenários muito bonitos para serem apreciados, como os Cliffs de Moher, mas para quem gosta de história, a Irlanda é também um prato cheio.Vocês já devem ter escutado sobre as famosas pirâmides do Egito, certo? Eu já estive lá duas vezes (para saber mais sobre minha última viagem ao Egito, clique aqui) e, claro, é absolutamente fantástico! As pirâmides são imensas e é inacreditável que um povo tenha construído tudo aquilo há 4 mil anos atrás, mas o que eu quero falar mesmo não é sobre as pirâmides, mas sobre uma tumba neolítica que fica aqui mesmo na Irlanda chamada Newgrange e que tem…ah-ham…por volta de 5 mil anos de idade.

Newgrange fica no Condado de Meath e é uma das tumbas de maior importância na Europa.Ela foi construída por volta de 3.200 A.C. e com o tempo, sua cobertura de terra e grama foi cedendo, a cobrindo completamente. A tumba permaneceu intocada até 1699 quando foi re-descoberta por acaso, ou seja, Newgrange teve mais de 4 mil anos de preservação natural.Em 1699, Charles Campbell havia herdado a terra onde está Newgrange (mas não sabia) e precisava de pedras, portanto pediu para seus trabalhadores irem buscar algumas nessa área, pois havia muitas pedras espalhadas lá. Depois de remexerem um pouco, acabaram por encontrar a entrada da tumba.

Infelizmente, após ser re-descoberta, algumas pessoas deixaram suas “marcas” na tumba e levaram muito do que havia nela, prejudicando pesquisas que foram feitas posteriormente. O lado positivo é que eles não levaram o essencial, que é a construção da tumba.

cartão postal de 1905Como eu disse, por fora a tumba sofreu a ação do tempo, mas por dentro permaneceu intacta, mantendo a obra-prima de artistas e engenheiros da era da pedra. Foram pessoas cheias de habilidade que construiram esse monumento incrível sem utilizar a roda, sem ter conhecimento sobre o metal e sem utilizar barro como cimento.

Nessa foto vocês podem ver a lateral externa de Newgrange onde a parte da frente e de trás da tumba se unem.O monte que cobre a tumba é cercado por 97 pedras enormes que tem desenhos esculpidos: Espirais, losângulos, triângulos…

A pedra da frente tem espirais no sentido horário e anti-horário e seu significado é desconhecido. Há muitas teorias sobre elas e se você criar uma será tão válida quanto qualquer outra já existente. A mais popular é que as três espirais principais representam as tumbas mais importantes daquela área – Newgrange, Knowth e Dowth e o desenho abaixo é o Rio Boyne, já que a área fica no vale do rio de mesmo nome.

A fachada de quartzo branco foi reconstruída de acordo com o que os arqueologistas acreditavam ser a forma original da tumba. Se vocês notarem, há pequenos pontos escuros em meio ao quartzo que são pedras de granito. A parte mais escura, que leva à entrada da tumba foi deliberadamente colocada assim “para dentro”, mostrando que não era parte original de Newgrange.

Agora vou pedir para vocês prestarem atenção à entrada da tumba.Perceberam que há uma “portinha” e uma pedra por cima que forma uma “janelinha” acima da porta? Pois essa janelinha é, na verdade, uma clarabóia da idade da pedra.Mas essa clarabóia não é uma coisinha assim, simples, pois ela não ilumina lá dentro todos os dias. Somente por volta de 1960 foi descoberto que, algo muito especial acontece durante o solstício de inverno (dia 21 de dezembro), data que marca o início do inverno e muitas vezes simboliza o renascimento.

Nesse dia e somente nele, raios de sol entram através da clarabóia e por apenas alguns minutos caminham pelos 19 metros do corredor até chegar à câmara principal, a iluminando totalmente!! Ou seja, essa tumba é o primeiro observatório solar do mundo! Sentiram um arrepio?! Para entender esse fenômeno, vocês tem de dar uma olhadinha em como é a estrutura da tumba…

A imagem superior mostra a visão lateral da tumba e dá para pareceber que ela é ligeiramente inclinada, de modo que os raios de sol cheguem até a câmara principal. A imagem infeior mostra como é o caminho que a luz percorre, se vista de cima. O mais interessante é que o posicionamento de Newgrange foi todo pensado de modo que somente durante o solstício de inverno os raios de sol entrassem na tumba… desculpem minha empolgação, mas eu acho DEMAIS!Quem quiser visitar Newgrange no dia do solstício de inverno para ver como tudo acontece terá de ser muito sortudo, pois apenas algumas pessoas tem esse privilégio e pode ser que o sol não dê as caras no dia. Para tentar conseguir um lugar você deve expressar seu interesse e colocar seu nome em uma urna para sorteio anual. Não mais que 10 pessoas são sorteadas porque o espaço lá dentro é pequeno. Inclusive, para entrar na tumba você passará pelo corredor, que é bem justinho até chegar à câmara central, onde é super escuro, portanto não é um passeio recomendado para pessoas claustrofóbicas ou que se sentem nervosas em espaços pequenos…De qualquer maneira, mesmo não visitando Newgrange durante o solstício, a visita vale a pena, pois eles instalaram luzes dentro da tumba de modo que você pode experimentar essa sensação quando você fizer sua visita, independente do dia que for. Ainda na parte de dentro da tumba (onde fotos não são permitidas) a construção do teto da câmara principal é uma coisa à parte.

Ok, o teto pode parecer um monte de pedras juntas, mas não é só isso. Pedras menores foram colocadas em cima de pedras maiores até se chegar ao topo. Prestem atenção, somente pedras! Não há cimento, barro, rejunte, nada. Além disso, por cima desse teto de pedras empilhadas há 200 mil toneladas de outras pedras que formam o monte da tumba, (que é possível ver lado de fora) e por cima dessas outras pedras há solo (terra e grama). Acreditem ou não, esse super teto da Idade da Pedra é à prova de vazamentos de água.

Como a área foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO, não se pode ir diretamente até as tumbas. É necessário ir ao Centro de Visitação Brú na Bóinne, onde são exibidos alguns dos objetos encontrados nas tumbas. No Centro de Visitação há a exibição de um video sobre a história do lugar, e depois você será levado (de mini-ônibus) à(s) tumba(s) que você deseja visitar, seja Newgrange, Knowth ou Dowth.

Para chegar ao Centro de Visitação Brú na Bóinne do centro de Dublin é fácil, basta contratar um dos serviços de tour para Newgrange, Knowth ou Dowth. Eu recomendo o serviço que usei, que é o Mary Gibbons Tours e dá para fazer reservas online, com preços à partir de €30.00 para estudantes, com entradas inclusas. www.newgrangetours.com . Algumas pessoas preferem pegar um trêm até Drogheda e depois um ônibus até o Centro de Visitação. Para maiores informações acesse www.heritageireland.ie

Old Jameson Distillery

Muitas pessoas sabem que a Irlanda é a terra da cerveja Guinness, mas nem todo mundo sabe que aqui também é o lar de outra bebida mundialmente apreciada: O whiskey Jameson. A Ilha Esmeralda produz whiskey com muito orgulho e para quem aprecia este destilado ou para quem quer conhecer mais sobre a relação da Irlanda com o whiskey, uma visita à Old Jameson Distillery é obrigatória.

Localizada em Smithfield (bem próxima ao ponto de mesmo nome do Luas), há aproximadamente 20 minutos andando da O’Connell Street está Old Jameson Distillery, uma antiga destilaria que hoje é um museu/bar/restaurante com tours guiados que abordam a história do Jameson na Irlanda explicando as características únicas do whiskey irlandês, traçando comparativos com outros whiskeys famosos e até permitindo a degustação (Para os maiores de 18 anos, já que esta é a idade legal na Irlanda que permite o consumo de bebidas alcoólicas).Curiosos de plantão, atenção! A palavra “Whiskey” em irlandês se escreve “Uisce beatha” (A pronuncia é algo como “Ishka Baha”) e seu significado literal é Água da Vida. O tour, chamado Jameson Experience, começa com um vídeo e uma pequena apresentação feita pelo guia que contam uma breve história do whiskey Jameson na Irlanda. Apesar do whiskey ser irlandês, seu fundador John Jameson é, na verdade, Escocês! Ele veio por volta de 1770 para Dublin, uma das cidades mais importantes do meio para tocar seus negócios “Sine Metu”, ou seja, “Sem Medo”, o lema da família Jameson.* Dica para a sala de vídeo: Fique atento ao seu guia. Ele(a) irá em um momento pedir para que as pessoas que desejam fazer uma comparação de whiskeys (no final do tour) levantarem a mão. Somente as pessoas mais rápidas ganharam este direito! (Todos podem degustar o Jameson, mas a comparação só é feita por algumas pessoas).Em cada estágio do tour o guia passa informações detalhadas sobre a história e processo de fabricação do whiskey.Há muito a aprender e entender sobre o armazenamento e seleção dos grãos da cevada passando pelo processo especial de malteação através de azulejos especiais que não criam fumaça, impedindo que o sabor do whiskey fique defumado pela fermentação, onde a cevada é cozida e também fica “descansando” e pela destilação. Mas como o Jameson é especial, ele é destilado mais do que uma vez, na verdade, por 3 vezes! Ele é inclusive conhecido exatamente por ser destilado deste modo e assim ser o whiskey mais suave do mundo.O guia também explica como é feito o armazenamento do whiskey e como os barris (que são selecionados de forma especial) transformam algumas das características dos diferentes produtos Jameson. E é claro, o Grand Finale fica por conta da degustação, que pode ser o Jameson puro ou acompanhado por outras bebidas não-alcoólicas. Abaixo as opções eram “Ginger Ale”, “Lemonade” e “Cranberry Juice”.Ah, e é aqui onde os sortudos que foram escolhidos na sala do vídeo irão degustar e comparar as outras (e famosas) marcas de whiskey ao Jameson. Tchan tchan tchan tchan! Qual será o favorito?

Phoenix Park

Você certamente já ouviu falar no conhecido Central Park em Nova York, mas o que você talvez não saiba é que aqui em Dublin tem um parque que é mais do que duas vezes maior que ele: O Phoenix Park.

Considerado um dos maiores parques cercados da Europa, ele foi inaugurado em 1662 e já foi muito maior do que é hoje, se extendendo quase até Kilmainham, do lado sul do Rio Liffey. Hoje o parque conta com 700 hectares(7 milhões de metros quadrados!) que abrigam diversas atrações além da beleza natural do próprio lugar.

sourceO Phoenix Park também é o lar de aproximadamente 300 cervos que vivem pacificamente em uma área designada para eles com quinze acres (um pouco mais de 60 mil metros) de floresta e campos.

Normalmente freqüentado por corredores (profissionais e amadores), pessoas passeando com seus cachorros e famílias (especialmente nos finais de semana), o Phoenix Park é também um ponto de encontro de jogadores de cricket, futebol e hurling (esporte típico irlandês).

O parque já reuniu muitas pessoas em diversos eventos importantes, sendo os mais memoráveis a famosa demonstração de 1800 da Land League, que contou com 30 mil pessoas, o Congresso Eucarístico de 1932 e a missa do Papa João Paulo II em 1979, com aproximadamente 500 mil e 1 milhão de pessoas atendendo respectivamente.

As atrações do Phoenix Park incluem “Áras an Uachtaráin” (Residência do Presidente) que já acolheu a Rainha Vitória da Inglaterra e hoje é o lar da atual presidente Mary McAleese…

…o Zoológico de Dublin (que merece um post a parte)…

…o Wellington Monument que mostra as vitórias do Duque de Wellington…

(Aliás, é o maior obelisco da Europa e o segundo maior do mundo com 62 metros de altura)

… a Cruz Papal que celebra a Missa de João Paulo II em 1979….

…o Magazine Fort, um antigo forte onde eram guardadas armas e munição do exército irlandês e que, dizem, foi saqueado pelo IRA em 1939…

…o People’s Gardens com lagos ornamentais, playgrounds para a criançada, áreas para picnic e muita natureza…

…a Farmleigh, residência do primeiro Earl de Iveagh, que também merece um post exclusivo…

…e Ashtown Castle, parte do centro de visitação do parque.

Mesmo que você não queira conhecer nada, apenas andar a esmo, ler um livro, desenhar ou deitar na grama, o Phoenix para é uma ótima pedida, especialmente em boa companhia. Se você tem uma bicicleta, um passeio no Phoenix Park é mais do que prazeroso, mas se você está a pé eu aconselho ir até lá de ônibus ou Luas, já que você poderá caminhar muito mais do que imagina. Os ônibus 25, 26, 37, 38, 39, 70 e 46A servem o parque e as paradas do Luas mais próximas são “Museum” ou “Heuston” na linha vermelha. Também é possível fazer um tour no Phoenix Park de Segway, para mais informações, veja o site www.glidetours.ie. A entrada para o parque é gratuita e o centro de visitação, caso você queira conhecer cobra um valor simbólico pela entrada (algo como €2.00)Phoenix ParkConyngham Road esquina com Infirmary Road. Entrada principal aberta 24 horas, mas existem 7 outras entradas para o parque, para mais detalhes veja este link www.phoenixpark.ie

Revenue Museum

Conhecer a história de um país sempre nos ensina como o povo pensa e explica alguns porquês de uma cultura.Localizado atrás do Dublin Castle, no caminho para a Chester Beatty Library, quase na frente dos jardins (mais precisamente na Cripta do castelo), está o Revenue Museum, um lugar que tem muito a ver com a história do país e com um assunto que é debate entre muitos: Impostos. Revenue significa renda, receita, orçamento ou erário público; ou seja, o dinheiro que é arrecadado através de impostos e investido em serviços governamentais como saúde, transporte, educação, etc.A criação do Revenue Museum serve para nos mostrar como foi a evolução dos impostos cobrados há mais de 400 anos até os dias de hoje.Revenue MuseumLower YardDublin Castle

St. Patrick’s Cathedral

A St. Patrick’s Cathedral é a mais longa igreja medieval da Irlanda e foi fundada ao lado do poço onde dizem que St. Patrick batizava os locais convertidos ao catolicismo por volta do ano 450.

Ao lado da catedral há o St. Patrick’s Park e lá uma pedra com uma cruz esculpida foi encontrada cobrindo o local do poço, e é claro, hoje ela está bem guardada dentro da catedral.

A igreja original era somente uma capela de madeira que foi reformada pelo arcebispo John Comyn em 1192 e ganhou paredes de pedra.

A construção atual foi feita entre 1254 e 1270 e passou por períodos difíceis, incluindo negligência e até um incêndio e finalmente foi restaurada por Sir Benjamin Guinness em 1860.

Ao longo do tempo a St. Patrick’s Cathedral se tornou uma igreja do povo e hoje ela é catedral nacional da Igreja Protestante da Irlanda.

O interior da catedral é bem decorado e em algumas áreas bem colorido…

…incluindo delicados e curiosos detalhes no piso…Há também inúmeras estátuas…

… bustos e monumentos dedicados à personalidades importantes relacionadas a igreja como o da Família Boyle (de 1632)…

Turlough O’Carolan e Douglas Hyde, fundador da Liga Gaélica.

A St. Patrick’s Cathedral também atrai muitos visitantes por abrigar objetos de Jonathan Swift, famoso escritor satírico irlandês conhecido pelo livro “As Viagens de Gulliver” e também por ter sido o Deão da catedral.Há também por lá uma porta curiosa que fez parte da briga entre os lordes de Kildare e de Ormond em 1492. Para comprovar a veracidade do pedido de trégua um “buraco” foi feito na porta que separava os dois e assim foi possível dar o aperto de mão que firmou a paz entre eles. Dizem que foi daí que surgiu a expressão “chancing your arm” (algo como, “dar uma chance”.)

O coro da catedral foi utilizado para as investiduras dos Cavaleiros de St. Patrick…

…e por isto é possível ver capacetes, espadas e bandeiras por lá.Há também belíssimos trabalhos nos vitrais por toda a igreja… …que por vezes, dão um tom mágico às antigas paredes de pedra.

A entrada para estudantes é de €4.50 e no folheto explicativo entregue na entrada da catedral (com opção de ser em Português de Portugal) há um pequeno mapa com 29 pontos para se observar e breves explicações dos maiores atrativos.Vale a pena lembrar que a St. Patrick’s Cathedral é aberta para todas as denominações e também funciona como espaço para cultos com horários dedicados para tal.

E também inclui uma pequena lojinha de souvernirs.

Stephen’s Green Shopping Centre

Se você gosta de fazer compras ou apenas passear em um lugar bacana há bem no topo da Grafton Street, na frente da entrada principal do St. Stephen’s Green Park um dos shoppings, senão o mais conhecido shopping, do centro de Dublin – o Stephen’s Green Shopping Centre.

Normalmente o comércio irlandês é distribuído por lojas em bairros ou ruas comerciais e “shoppings” não são a norma por aqui, contudo eles existem. É comum eles abrigarem as mesmas lojas que existem nas ruas, mas os horários costumam ser mais flexíveis e além de tudo, quando o clima não colabora, ficar dentro de um grande estabelecimento fechado é sempre mais convidativo do que ficar batendo perna pelas ruas da Fair City debaixo de chuva (ou neve!).O Stephen’s Green Shopping Centre começou a ser construído em 1985, mas só abriu as portas em 1988 e hoje tem mais de 100 estabelecimentos (de produtos e serviços) funcionando em seus 3 andares. Você pode encontrar lojas com produtos de “marca” como Quicksilver e United Colors of Benetton…… loja do tipo outlet de variedades, como a TK Maxx……loja de departamento como a Dunnes Stores (nota para a maquininha verde que funciona como correios) ……Claro que há muito mais estabelecimentos no shopping incluindo perfumaria, drogaria, loja de produtos naturais, loja de vestido de festas, camisetas diferenciadas, produtos esportivos, caixas eletrônicos, passando até mesmo por uma clínica de tatuagem, mas acredito que uma coisa bacana para o nosso lado “estive na Irlanda” é a presença de lojas voltadas para o mercado turístico como a The Donegal Shop (que vende tricôs irlandeses) e a famosa Carroll’s Irish Gifts. Ah, o Stephen’s Green Shopping Centre também conta com um quiosque do Ticketmaster para que você possa comprar bilhetes de shows e outros eventos aqui na Terra dos Leprechauns!Uma curiosidade interessante sobre este shopping é que antes do prédio atual ser construído um mercado diferenciado, The Dandelion Market, funcionava neste terreno. Ele era composto por barraquinhas onde se vendiam posters, roupas e acessórios punks e ele foi importante por ser um marco alternativo do final dos anos 70 e também onde o U2 fez algumas de suas primeiras apresentações. Hoje o shopping é muitas vezes utilizado como ponto de encontro por ter uma fachada pra lá de charmosa e digamos também que diferenciada, portanto é muito difícil pensar que se está no lugar errado e como a localização é de fácil acesso (seja a pé, de ônibus ou luas) as pessoas preferem se encontrar por lá.Além de ser interessante por fora o Stephen’s Green é também bacana de se ver por dentro. Já que a iluminação principal dele é natural é fácil de se entender porque ele é tão agradável e como a estrutura abriga as lojas nas “laterais” com alguns estabelecimentos do tipo quiosque no piso térreo, há uma sensação de amplitude e espaço por todas as partes.

Não deixem de passear por ele, seja porque seu instinto consumista está gritando ou porque você apenas quer conhecer um shopping charmoso no coração da cidade.Stephen’s Green Shopping CentreEsquina da Stephen’s Green West com a King Street Southwww.stephensgreen.com

Temple Bar – Dublin

Aqui em Dublin existe uma vizinhança conhecida como Temple Bar. Podemos dizer assim que era para ser um bairro, mas se você mora em uma cidade grande, como Sao Paulo, o Temple bar e um conjunto de pequenos quarteirões.Mas não se engane por essa definição. Esse pequeno bairro abriga diversos restaurantes, para todos os gostos e preços, além de galerias de arte, um instituto de fotografia e lojinhas charmosas e descoladas.

Uma área onde há muitos turistas então dá pra se fazer de tudo. Ir ao Hard Rock Café Dublin, ou ao Thunder-road, talvez jantar no famoso inglês Elephant and Castle, ou ainda melhor no tradicional Gallagher’s Boxty, mas se der vontade de hamburger? É só ir ao Gourmet Burger Kitchen, tudo isso há apenas alguns metros de distância.

Aaaah, e não vamos esqueçer os pubs! O famoso The Temple Bar Pub, o Quay’s Bar, the Foggy Dew, The Auld Dubliner, entre muitos outros.

Aqui também há lojas de roupas, como a Urban Outfitters e outras boutiques locais, uma parede da fama (Wall of Fame) como os as fotos dos famosos irlandêses, cafézinhos, lojas de comics, lojas de música e até uma lojinha de produtos brasileiros! No meio do temple bar tem uma pracinha, que aos sábados se torna um dos polos de uma feirinha. Na praça principal vendem-se livros e cds usados, como uma espécie de sebo aos sábados. Há apenas alguns metros, próxima ao instituto de fotografia há uma outra praça, mas mais “fechada”. Lá, vendem-se alimentos orgânicos como frutas e legumes e até sanduíches e sucos feitos na hora.

Durante a semana é um distrito bem movimentado, pois fica no meio de Dublin. Se as pessoas não estão indo para lá, estão passando por lá. Pela grande variedade de restaurantes, muitas pessoas vão almoçar na área e aproveitam pra curtir um som (porque SEMPRE há alguma banda ou artista tocando por ali).

Se vocês vem conhecer Dublin, tem de visitar o temple bar – muitas e muitas vezes, pois cada vez que se passa lá, há algo novo a descobrir!

The Book Of Kells

O conhecendo a Irlanda de hoje é sobre uma das mais conhecidas atrações de Dublin: O Livro de Kells.

O Livro de Kells foi feito por volta de 800 A.C. e acredita-se que ele originalmente foi iniciado em Iona. Com os ataques dos Vikings muitas pessoas se mudaram para o monastério de Kells, que fica no Condado de Meath. É considerado um manuscrito “Iluminado”, pois se refere ao estilo de pintura decorativa conhecida como “iluminura”, geralmente decorado com ouro ou prata. Esse livro, que hoje está em exibição (claro que dentro de um vidro gigante de proteção) dentro da Trinity College não teve um caminho muito fácil até chegar aos seus olhos. Ele foi roubado em 1007 e muito depois que ele foi encontrado enterrado na terra. A capa foi roubada pelos próprios Vikings e algumas páginas simplesmente desapareceram. Durante as guerras civis da Inglaterra, por volta de 1642 e 1650 o Livro de Kells foi trazido à Dublin. Em 1953 ele foi reencapado e dividido em quatro volumes, dois dos quais estão disponíveis para a SUA observação dentro da Trinity College.

Um dos livros mostra uma “iluminura, O outro, o texto propriamente dito:O Livro de Kells não é só importante porque ele é um livro antigo, mas porque é um livro religioso que representa a cultura celta ANTES dos ataques Vikings (quando praticamente tudo foi destruido). Ele foi escrito inteirinho em Latim e contém os quatro góspeis do Novo Testamento, com prefácios e sumários, por isso é um livro enorme.Muito bem decorado, com detalhes incríveis, o Livro de Kells tem muito mais do que adornos celtas com formas humanas ou de animais em suas bordas. As iniciais são, por exemplo, uma coisa a parte: A letras é totalmente ornamentada, muitas vezes com padrões geométricos, símbolos arcanos, motivos florais e imagens diferentes.Infelizmente para ver o Livro de Kells tem de pagar, mas não é tanto assim. Entrada para adultos é de €9.00 e estudantes pagam €8.00. Como o livro fica exposto em um prédio dentro da Trinity College (que também vale a pena conhecer), é interessante pedir informações sobre o Tour Guiado da Trinity College + Entrada para o Livro de Kells, que sai por € 10.00. Nada mal, hein?O Tour do Livro de Kells é auto-guiado, ou seja, existem painéis e vídeos com explicações sobre o livro antes de você vê-lo de perto e o lado ruim – não pode tirar foto – de nada! Nem das explicações e muito menos do livro…uma pena mesmo. Mas se você gosta de livros, arte, história e cultura, você não pode deixar de conhecer esse livro que é um tesouro nacional!Ah, e pra quem gosta de animação, vocês não podem deixar de assistir o “The Secret of Kells”. Uma ótima animação 2D conceituada e criada por irlandeses para contar a história do livro de forma mágica. Eu até mesmo assisti uma palestra do diretor e criador do filme sobre como os personagens, paisagens e todo o “feel” do filme

foi desenvolvido para parecer com a estética celta, explorando os elementos gráficos do Livro de Kells em todos os aspectos…E é claro, a história é muito bacana!The Book Of KellsTrinity CollegeCollege Green (no centrão de Dublin)Dublin 2www.bookofkells.ie

The Custom House

Há apenas 5 minutos da O’Connell Street (rumo leste pela Eden Quay) está a Custom House. Este prédio é um exemplo clássico da era Geogiana, construído entre 1781 e 1791. A fachada é composta por dois pavilhões e no centro há um pórtico dórico. Há também, nas chaves das abóbadas, esculturas de rostos que personificam os principais rios da Irlanda e o Oceano Atlântico. O melhor lugar para vê-la é do lado sul do Rio Liffey, quase na saída da Tara Station do DART – Especialmente a noite.

Rio Lagan, Rio Lee, Rio Foyle

Rio Boyne, Rio Shannon, Oceano Atlântico

Rio Erne, Rio Suir, Rio Nore

Rio Bann, Rio Barrow, Rio Slaney

Somente o Rio Liffey é uma mulher e está acima da porta principal.

No topo da cúpula central há uma estátua do Comércio. Já do outro lado do prédio existem esculturas que representam a Europa, África, América e Ásia. Projetada por James Gandon, a Custom House pretendia abrigar a alfândega inglesa (Customs), mas após a aprovação do Ato de União de 1800 as autoridades alfandegárias

foram transferidas para Londres e o prédio se tornou, praticamente, obsoleto. Em 1921 partidários do Sinn Féin (em gaélico significa “Nós mesmos”) incendiaram o prédio, que até então era considerado como um símbolo do imperialismo Britânico. O incêndio (que durou cinco dias!) estragou boa parte da construção e muito se perdeu.

A restauração iniciou em 1926 e terminou em 1991, quando o prédio começou a ser utilizado pelo governo irlandês. INão é possível conhecer por dentro, pois hoje ela abriga o Departamento do Meio Ambiente, Herança e

Governo Local. Custom House, Custom House Quay, Dublin 1

The Icon Walk

The Icon Walk é uma pequena trilha cultural aberta ao público que expõe imagens (criadas por artistas) de ícones e personalidades irlandesas pelas vielas do Temple Bar. Considerando que o coletivo de ilustradores The Blind Elephant Illustration Collective participou desta iniciativa, você pode dar um pulinho por lá e descobrir quais imagens foram criadas por mim!Este projeto que busca revitalizar as pequenas ruas da área foi idealizado pela The Icon Factory, uma galeria/cooperativa de artistas que tem como objetivo promover a cultura local. A iniciativa também foi patrocinada pelo Temple Bar Traders, uma organização independente que representa os comerciantes da área.

Além de contar com diversos painéis informativos que acompanham as imagens ao longo da trilha, sugiro que você passe na pequena galeria The Icon Factory, pegue um folheto explicativo da The Icon Walk e aproveite seu passeio!The Icon WalkPrice’s Lane, Aston Place e Bedford LaneDublin 2

Trinity College

Quem vem para Dublin com certeza já teve ter escutado alguma coisa sobre a Trinity College.

Localizada no coração de Dublin, há apenas um quarteirão do Rio Liffey (rio que cruza a cidade de Dublin) está a entrada principal da Trinity College. Esta é a universidade mais famosa e mais antiga da Irlanda, fundada em 1592 pela Rainha Elizabeth I. Como resultado das tradicionais influências Anglo-Irlandesas as famílias protestantes preferiam que seus sucessores estudassem aqui do que na Inglaterra.

A prova da qualidade de ensino desta instituição foi a formação de importantes nomes na literatura como Jonathan Swift, Oliver Goldsmith, Oscar Wilde, Bram Stoker, J.M. Synge e Samuel Beckett, na política, como Edmund Burke, Wolfe Tone, Robert Emmet, Edward Carson e Douglas Hyde. Originalmente, esta universidade pública somente aceitava alunos protestantes, contudo alunos católicos também poderiam ser aceitos, desde que abrissem mão de suas crenças. Embora estas restrições religiosas tenha sido abolidas em 1873, o clima protestante ainda se manteve forte na universidade. Hoje em dia não há mais restrições religiosas, na verdade, a maior parte dos alunos da Trinity College são católicos.

A entrada principal é chamada de West Front e exibe as estátuas do filósofo Edmund Burke e do poeta Oliver Goldsmith.

Assim como o Spire na O’Connell Street, esta entrada é um dos mais conhecidos pontos de encontro da cidade.

A praça principal abriga um campanário, ou seja, uma torre de aproximadamente 12 metros de altura, que abriga o sino da universidade.

Diz a lenda que se você estuda na universidade e está esperando para receber seus resultados, você jamais deverá passar por baixo do campanário.Se você o fizer, você será reprovado. Lenda ou não, é melhor não arriscar…Ao lado esquerdo do campanário há uma estátua um tanto particular. Ela representa Provost Salomon, que opunha à entrada de mulheres na Trinity e ainda ousou dizer: “Somente por cima do meu cadáver!” Em 1903 ele faleceu, exatamente quando mulheres começaram a ser aceitas na universidade.

Este prédio (foto acima) abriga a primeira capela universitária na República da Irlanda que aceita todas as denominações religiosas. Há um vitral dentro dela dedicada ao Arcebispo Ussher, que foi um dos primeiros alunos da univerisidade e que até chegou a lecionar por aqui.

Este outro prédio fica exatamente na frente da Capela e vocês podem notar uma enorme semelhança arquitetônica. Contudo, aqui fica o Examination Hall onde acontecem alguns eventos importantes como colações de grau e apresentações. Ah, o lustre deste “teatro” pertencia, originalmente, ao Parlamento Irlandês.

Logo ao lado da Capela está o Dinning Hall (Salão de Jantar), que por dentro exibe os quadros de muitas figuras importantes da universidade. Embora criado em 1742, um incêndio em 1989 causou grandes danos à construção, hoje a construção presente é diferente da original e de acordo com os alunos, ela se tornou um lugar muito mais aconchegante.Se você passar por baixo do campanário (por própria conta e risco), você estará na Library Square. Um belo gramado que abriga as duas maiores árvores de Maple (perdão gente, não sei a tradução) da Europa. Elas são originárias de Oregon, nos EUA e atribuem a ótima adaptação das árvores ao local onde elas foram plantadas (um antigo cemitério de monges, ou sejam, um local cheio de nutrientes, não é mesmo?)

Na Library Square também há uma escultura, mas esta é moderna. Feita por Henry Moore em 1969, ela se chama “Reclining Connected Forms”.

Ao fundo da Library Square está o prédio mais antigo dentro da universidade: Os antigos dormitórios. Esta construção de tijolinhos vermelhos também é conhecida por aqui como Rubrics, e foi construído em 1700.

Se você voltar ao campanário e, desta vez, em vez de cruzá-lo, você virar à direita, você estará na Fellow’s Square.Aqui você poderá ver a entrada para o prédio que abriga o Book of Kells e a Old Library. Mas em quesito de antiguidade essa “praça” para por aqui, pois é nela que estão a Berkeley Library, a atual biblioteca da universidade (Em homenagem à George Berkeley, que estudou na Trinity quando tinha 15 (!) anos).e o moderno prédio de Artes e Ciências Sociais.

Originalmente inspirado nos Jardins Da Babilônia, este prédio tinha muitas plantas em seus diferentes “níveis”, mas como a Irlanda é um país conhecido pelo clima úmido e chuvoso o prédio logo começou a mostrar sinais de infiltrações que levaram a remoção das plantinhas “suspensas”.

Dentro do maior prédio moderno, além das salas de aula, há uma pequena cafeteria e uma galeria de arte, chamada Douglas Hyde, que exibe exposições temporárias.

De volta à Berkeley Library, você poderá apreciar duas coisas interessantes. A primeira delas é mais simples e é este globo dourado. Ele é uma escultura feita por Arnaldo Pomodoro e se chama “Sphere within a sphere” (algo como a esfera dentro da esfera). Ela faz parte de um conjunto de esferas espalhadas pelo mundo – no Vaticano, no Irã, em Nova Iorque, Washington, Indianapolis, São Francisco e Califórnia, além de Dublin, é claro. Dizem que originalmente a escultura se mexia, mas que ninguém sabe ao certo como ela funciona.

Agora vem a segunda coisa interessante e talvez a mais interessante desta área da universidade. O prédio que fica atrás da esfera: The Building Museum.Este é o prédio do departamento de Geologia e abriga um pequeno museu em seu último andar. O exterior dele foi influenciado pela arquitetura bizantina de Veneza e exibe os mais diversos tipos de animais, plantas e flores esculpidos em seus ornamentos. mas o MAIS legal são estes círculos, que são aparentemente decorativos.

Eles, na verdade, exibem todos os tipos de quartz encontrados na Irlanda! UAU!

A Trinity College está aberta para visitações, embora algumas de suas atrações sejam pagas, como o Book of Kells, é possível simplesmente passear por esse campus lindo e cheio de história.Quem quiser fazer o tour da universidade basta se dirigir ao pequeno quiosque na entrada principal. Os próprios alunos (sempre muito gentis) da Trinity irão atendê-lo e fazer o tour (disponível em apenas alguns horários durante o dia).

O valor do Tour com acesso ao Book of Kells e à Old Library custa €10.00 e vale cada centavo!Espero que vocês aproveitem o passeio!Trinity CollegeCollege GreenDublin 2

Universal Links on Human Rights

Há aqui em Dublin uma escultura que sempre me instigou, pois ela é bem diferente da maioria dos monumentos da Fair City.Ela está localizada no cruzamento da Amiens Street e da Memorial Road (bem pertinho da The Custom House, ao lado do IFSC e da Busáras – estação rodoviária de Dublin) e é formada por uma espécie de “globo de correntes” que abriga em seu interior uma chama constante, ou seja, que nunca se apaga.

Esta escultura curiosa se chama “Universal Links on Human Rights”, em português algo como “Elos Universais sobre os Direitos Humanos”, e foi criada pelo artista irlandês Tony O’Malley em 1995. A palavra “links” em inglês tem tudo a ver com correntes e conexões e sua versão em português, “elos”, também representam as partes de uma corrente e têm o significado de união.A estrutura escura visivelmente distoante, e até um pouco forte, remete ao aprisionamento e injustiça e é exatamente este o seu significado – a prisão da consciência em todo o mundo. Apesar do clima enclausurado e confinado, é valido entender que ela preza pela liberdade de expressão e consciência humana; e considerando que a obra foi comissionada pela Amnesty International (Irish Section), dá para entender o porquê ela se refere à busca dos direitos humanos.Em sua base há duas pessoas em relevo com uma das mãos se encontrando, e ao redor do globo, que tem 2,60 metros de diâmetro, há uma frase que, acredito eu, representa tudo presente nesta escultura: “The candle burns not for us, but for all those whom we failed to rescue from prison, who were tortured, who were kidnapped, who disappeared. That is what the candle is for.”A tradução é algo como “A chama não queima por nós, mas por todos aqueles que não conseguimos resgatar da prisão, que foram torturados, que foram sequestrados, que desapareceram. É este o propósito da chama.”

Observações, Percepções, Memória Auxiliar