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COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL ARTHUR DA COSTA E SILVA -ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E NORMAL RUA VEREADOR JOSÉ TEIXEIRA ALVES - Nº171 TELEFONE: (044) 3435 - 1246 / 3435 – 1224 PLANALTINA DO PARANÁ – PARANÁ [email protected] GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO - LOANDA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PLANALTINA DO PARANÁ SETEMBRO - 2010

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COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL ARTHUR DA COSTA ESILVA -ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E NORMAL

RUA VEREADOR JOSÉ TEIXEIRA ALVES - Nº171TELEFONE: (044) 3435 - 1246 / 3435 – 1224

PLANALTINA DO PARANÁ – PARANÁ[email protected]

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO - LOANDA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PLANALTINA DO PARANÁ

SETEMBRO - 2010

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Todo planejamento educacional, para qualquer sociedade,tem de responder às marcas e aos valores dessa sociedade.

Só assim é que pode funcionar o processo educativo,ora como força estabilizadora, ora como fator de mudança.

Às vezes, preservando determinadas formas de cultura.Outras, interferindo no processo histórico, instrumentalmente.

De qualquer modo, para ser autêntico, é necessário ao processoeducativo que se ponha em relação de organicidade com

a contextura da sociedade a que se aplica. (...) A possibilidadehumana de existir – forma acrescida de ser –

mais do que viver faz do homem um ser eminentemente relacional.Estando nele, pode também sair dele.

Projetar-se. Discernir. Conhecer.(PAULO FREIRE, apud PADILHA, 2001, p. 16)

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ROTEIRO

APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO

OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

MARCO SITUACIONAL

MARCO CONCEITUAL

MARCO OPERACIONAL

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APRESENTAÇÃO

Sabe-se que é na relação com o outro que nos estruturamos como

seres pensantes e construtores de identidade e sabe-se também da fundamental

importância da escola nesta relação de troca, pois é na escola que se complementa e

se amplia de forma mais significativa ainda esse mundo de aprendizagens e

relações.

É importante entendemos o significado de Projeto Político

Pedagógico, sendo que: no sentido etimológico o termo projeto vem do latim

projectu, que significa lançar para diante; político com visão de compromisso na

formação do cidadão para um tipo de sociedade e pedagógico que consiste em

definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem

seus propósitos e sua intencionalidade. Este Projeto Político Pedagógico expressa

um projeto social e dessa forma expressa uma intenção política, trazendo consigo

uma realidade onde é necessário avançar em princípios teóricos e práticos.

A elaboração do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual

Marechal Arthur da Costa e Silva – Ensino Fundamental, Médio e Normal, tem como

um dos objetivos principais, a busca por uma escola mais humana, igualitária e

democrática, onde todos e todas tenham oportunidades de crescer e desenvolver-se

de forma saudável e ativa. Tendo por finalidade a organização e sistematização do

trabalho escolar compreendendo o pensar e o fazer da escola integrados por meios

de ações que unem a reflexão, as atitudes e as ações.

Para a organização deste documento, foram realizadas várias

reuniões com estudos e debates durante as Semanas Pedagógicas – 2003 até 2010

e em outros momentos, com todo o coletivo da escola através de textos e

documentos para uma possível fundamentação.

A sociedade atual vislumbra um cenário de discriminação, de

desigualdade social, onde os sujeitos entendem ser livres para escolhas, mas, no

entanto não apresentam condições conscientes para tais. Isso é chamado por alguns

teóricos de neoliberalismo, onde a participação social se resume na participação de

consumo de produtos. É uma condição alienante do individuo, que acaba

fortalecendo uma sociedade desigual, fragmentada pois o ideário construído é o do

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consumo e não o da transformação social, enfraquecendo assim a classe

trabalhadora em termos de lutas pelos direitos sociais e fortalecendo o capitalismo.

Nesse contexto é importante que a escola pública tenha claro os princípios que

nortearão o trabalho educativo, uma vez que toda ação escolar não é neutra e sim

intencional. Assim este projeto se fundamenta nos seguintes princípios:

• Igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

• Qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais;

• Gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e

abrange as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras;

• Liberdade é um princípio Constitucional e está sempre associado à idéia de

autonomia;

. Valorização do magistério através da formação (inicial e Continuada),

condições de trabalho (recursos didáticos, físicos, materiais, dedicação integral à

escola, etc) e remuneração.

A escola precisa ter clareza que princípio é algo material e subjetivo e

sendo material ele não muda, ou seja, não é tendência ou moda que muda de acordo

com as condições postas pelo meio. Assim assumidos deverão nortear toda e

qualquer ação da escola pelo seu coletivo. Dará aos sujeitos dessa escola rumos de

ação, pois são conforme menciona Ilma Passos Veiga (2005, p.16-21) estes que

deverão nortear a escola democrática, pública e gratuita.

Que este Projeto Político Pedagógico, possa ser o marco para novas

visões, novas propostas, novas metas e novos seres humanos, em um sentido

explícito, com compromisso definido coletivamente.

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INTRODUÇÃO

Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva – Ensino

Fundamental, Médio e Normal, código nº 0101-1 situado à Rua Vereador José

Teixeira Alves – 171, em Planaltina do Paraná – PR, código nº 1990, zona urbana

com telefax (44) 3435-1246 – Ato de Autorização Res. Nº 2784/81 de 29/12/81, e

Ato de Reconhecimento do Colégio Res. Nº 3657/83 de 11/11/83, e Ato

Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar nº 094 de 30/11/95, porte do

colégio 4, pertencendo ao Núcleo Regional de Loanda, código 20, entidade

mantenedora SEED, dependência Administrativa Estadual com e-mail:

[email protected]

Em 1956, começou a funcionar na avenida Jacarezinho (onde hoje

temos localizado a creche), a Escola Isolada de Planaltina do Paraná de 1ª a 4ª

série, sob a direção da Prefeitura de Paranavaí. Esta escola era de madeira, com

duas salas de aulas e doze alunos que eram filhos de colonizadores que aqui

chegaram.

Em 1962, no mandato do prefeito Lauro Sirena, foi construído um

prédio de alvenaria, o Grupo Escolar de Planaltina do Paraná (1º grau), e teve como

primeiro diretor o professor Libório Kuhnen (in memórian). Este prédio está situado

na rua Niterói – nº 1177, que hoje é chamada rua Vereador José Teixeira Alves – nº

171.

Em 1967 foi criada a Escola Normal Colegial Estadual de Planaltina

do Paraná, sob a direção da professora Belkiss Paiva Maciel e no ano de 1968,

essa escola iniciou suas atividades no prédio do Grupo Escolar de Planaltina do

Paraná (1º Grau).O Ginásio Estadual de Planaltina do Paraná adquire um novo

prédio, construído na gestão do prefeito José Desinho, na rua Colombo – nº 1783,

hoje rua Vereador José Romagna nº 227, onde se situa a Escola Municipal Frei

Enedino Caetano – Educação Infantil e Ensino Fundamental.

Em 1969 o Ginásio Estadual de Planaltina do Paraná, passa a ser

chamado de Ginásio Estadual Guimarães Rosa, e o Grupo Escolar de Planaltina do

Paraná (1º Grau), passa a ser dirigido por Maria Brüning Cargmin.

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No ano de 1970 o Grupo Escolar de Planaltina do Paraná (1º Grau),

passa a ser chamado de Grupo Escolar Marechal Arthur da Costa e Silva.

O curso Normal Colegial Estadual de Planaltina do Paraná, antes

situado no prédio do Ginásio Estadual Guimarães Rosa, em 1978, passa a situar-se

no prédio da Escola Marechal Arthur da Costa e Silva, juntamente com o ensino de

1ª a 4ª série.

Foi implantada em 1979, na Escola Marechal Arthur da Costa e Silva

os cursos de: Habilitação Básica em Saúde e o Magistério, extinguindo-se

gradativamente a Escola Normal Colegial.

No ano de 1981, foi autorizado o Complexo Escolar Estadual Jaime

Canet, onde a idéia seria um diretor geral que dirigiria todas as escolas estaduais do

município: o Ginásio Estadual Guimarães Rosa e Escola Marechal Arthur da Costa e

Silva. Os cursos de 2º grau como: a Escola Normal Colegial, Habilitação Básica em

Saúde e o Magistério. O Complexo Escolar Estadual Jayme Canet – Ensino de 1º e

2º graus teve pouca durabilidade, e logo foi extinto.

Em 1982, o Ginásio Estadual Guimarães Rosa passa a ser chamado

de Escola Guimarães Rosa, e em 1984, de Escola Estadual Guimarães Rosa –

E.P.G.

No período de 1983 a 1984, o Colégio Marechal Arthur da Costa e

Silva – Ensino de 1º e 2º graus passa a ter apenas um diretor para 1ª a 4ª série e 2º

grau.

Em 1988, o Colégio Marechal Arthur da Costa e Silva – Ensino de 1º e

2º graus, inicia o curso de Técnico em Contabilidade, extinguindo gradativamente os

cursos de Habilitação Básica em Saúde e o de Magistério.

No ano de 1992 o ensino de 1ª a 4ª série passa a ser municipal.

Em 08 de janeiro de 1993, a Escola Estadual Guimarães Rosa –

Ensino de 1º Grau, e o Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva – EPSG,

passaram a ser um único colégio, constituído de 5ª a 8ª séries e 2º grau. Já o ensino

de 1ª a 4ª série, antes existente no Colégio Marechal Arthur Costa e Silva – EPSG,

municipalizado, muda-se para prédio antes habitado pela Escola Guimarães, com o

nome de Escola Municipal Frei Enedino Caetano – EPG.

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A primeira diretora eleita por voto, do Colégio Estadual Marechal

Arthur da Costa e Silva – EPSG, foi à professora Maria de Fátima Cardoso Rojas,

no período de julho de 1993 até dezembro de 1995, quando foi iniciada a construção

do segundo e terceiro bloco do Colégio, como também a Aprovação do Regimento

Escolar segundo o Ato Administrativo Nº 94/95 de 30/11/95.

Foi implantado em 1996, o curso de Educação Geral designado pela

Res. Nº 3822 de 10/11/97.

O Colégio Marechal Arthur da Costa e Silva – EPSG, em 1998,

passa a ser chamado de Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva –

Ensino Fundamental e Médio. Neste mesmo ano, foi implantado o Projeto Salas –

ambiente: onde o professor tem sua própria sala com todo o seu material

pedagógico e os alunos se locomovem, dependendo do horário de aula a que

estiverem sujeitos. Em 2001, foi realizado um concurso para a escolha da Bandeira

do Colégio.

No ano 2007, aprovado pelo Parecer 106/01, este estabelecimento

de ensino, passou a ofertar o curso de Formação de Docentes da Educação Infantil

e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal –

Formação Integral, com implantação gradativa.

Em 2009, o nome do colégio passa a ser: Colégio Estadual

Marechal Arthur da Costa e Silva – Ensino Fundamental, Médio e Normal.

O espaço físico do nosso Colégio é constituído por doze salas de

aulas; cinco banheiros, sendo um masculino, um feminino, um para funcionários, um

com rampa para pessoas com necessidades especiais e um para professores; três

salas para função administrativa; uma sala para os professores; uma biblioteca; três

laboratórios – um de Ciências e dois de Informática, sendo PROINFO e

PARANÁDIGITAL; uma cozinha; um estacionamento para carros e uma quadra de

esportes.

O Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva – Ensino

Fundamental, Médio e Normal, funciona em três turnos sendo: no período matutino,

com seis turmas do Ensino Fundamental e quatro turmas do Ensino Médio; no

período vespertino, cinco turmas do Ensino Fundamental, e no período noturno,

quatro turmas do Ensino Fundamental, três turmas do Ensino Médio e quatro turmas

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do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino

Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal - Formação Integral, com

duração de quatro anos.

Neste colégio, o regime escolar oferta os processos de classificação,

reclassificação e promoção, conforme o que consta no Regimento Escolar Aprovado

pelo Ato Administrativo nº 151/07. A progressão escolar encontra-se em extinção

conforme Adendo Regimental de Alteração nº 06, desde junho 2010.

O número de alunos do Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa

e Silva – EFMN, são de aproximadamente 546 (quinhentos e quarenta e seis)

alunos matriculados, sendo 331 (trezentos e trinta e um) no Ensino Fundamental,

164 (cento e sessenta e quatro) no Ensino Médio e 51 (cinquenta e um) na

modalidade Normal, com um número de 400 (quatrocentos) pais de alunos

aproximadamente. Os professores que trabalham no colégio são 16 (dezesseis)

QPM e 15 (quinze) PSS, nas diferentes disciplinas; as equipes de funcionários

(secretária, bibliotecária e equipe de apoio e execução) são 12 (doze) pessoas; a

equipe de direção é composta por 1 (um) diretor, 3 (três) pedagogas, 1 (um)

coordenadora do curso de Formação de Docentes - Modalidade Normal. Temos

também no colégio 1 (um) documentadora escolar – representante do Núcleo

Regional de Educação de Loanda.

A comunidade escolar é heterogênea, composta de alunos com

diferentes condições sociais, culturais e econômicas. Essa heterogeneidade vai

desde os que não trazem uma educação familiar com respeito ao próximo, ou que

não tem acompanhamento e interesse por parte dos pais, ou ainda os que vêm de

famílias completamente problemáticas, até mesmo aqueles que são provenientes

de famílias bem constituídas e conscientizadas, que apresentam ótimo desempenho

escolar, interesse, educação e com responsabilidades sociais, independentemente

de condições financeiras. Muitos dos alunos, são da zona rural e atualmente o

colégio recebe também alguns provenientes dos assentamentos e acampamentos

do MST (Movimento dos Sem -Terra) que também recebem assistência por parte

dos órgãos sociais competentes como Conselho Tutelar, Projeto Piá, CRAS, Bolsa

Família e outros programas.

A maior parte dos alunos possui pais que exercem a função de

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trabalhadores rurais em diversas áreas ligadas à agricultura e pecuária, outros

trabalham em diferentes atividades na área urbana.

A partir do cenário visualizado é que as ações intencionais serão

organizadas, tendo ainda como foco o caráter avaliativo dos processos

desenvolvidos pela escola e por toda comunidade escolar.

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OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

OBJETIVOS GERAIS:

- superar o caráter fragmentado das práticas educativas,

resgatando a ação do processo ensino aprendizagem, baseado num conhecimento

histórico produzido pela humanidade;

− possibilitar o exercício do trabalho coletivo para enfrentar

conflitos (idéias) e contradições (opinião/pensamento), fortalecendo o principio da

democracia na escola e garantindo o movimento dialético das ações escolares que

se fazem na ação – reflexão - ação.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- buscar a melhoria da qualidade do ensino, para que haja também

melhoria de qualidade de vida e de relações humanas;

- proporcionar meios para que a democracia e a cidadania, possam

acontecer através do movimento de ação-reflexão-ação, buscando a participação e

o comprometimento do grupo, traçando metas e alcançando objetivos;

- descentralizar as decisões para que todos construam e

desenvolvam coletivamente uma proposta educativa baseada na realidade escolar;

- melhorar o processo de ensino aprendizagem, de modo que os

alunos usufruam da escola para aprender, construir e transformar.

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MARCO SITUACIONAL

O Marco Situacional explicita os problemas e necessidades diante

do mundo em que vivemos e o contexto em que se situa o Colégio Estadual

Marechal Arthur da Costa e Silva – EFMN. A partir de nossas reflexões acerca do

contexto sócio-histórico-educacional, considerando os fundamentos legais

relacionados à educação, pretendemos identificar os desafios – problemas, conflitos

e contradições presentes na realidade social da escola.

Fazemos parte de uma sociedade capitalista e preconceituosa, com

desigualdade econômica, política e social. Sendo assim, pensar na escola pública

necessariamente precisa-se pensar nos sujeitos que a integram e as funções que

cada qual realiza. Hoje tem-se na escola espaços legitimados de participação, um

exemplo disso são as instâncias colegiadas. No entanto esse espaço legitimado

ainda não esta concreto ou melhor o ideal almejado, ou seja, falta participação

consciente de alguns membros integrantes, bem como espaço-tempo para organizar

os momentos de discussões dos problemas encontrados aparentemente na escola.

Essa participação não concreta é histórica e não pontual, e por isso entendemos

esse contexto em um processo a ser transformado. Todo esse contexto está

intimamente ligado à função social da escola pública.

A gestão educacional em nossa escola é democrática e participativa,

onde alguns assuntos requerem a participação de todos os segmentos escolares,

para serem tomadas decisões na escola. É necessário construirmos caminhos que

levem a garantir a autonomia da escola, com condições concretas ao alcance dos

objetivos educacionais e dos alunos.

O corpo docente preocupa-se com os resultados obtidos pelos alunos,

procurando sempre a melhoria do rendimento escolar, visando os aspectos

qualitativos e não apenas os quantitativos. Dentro desse processo, os professores

realizam atividades que levam os alunos a uma melhoria da aprendizagem, através

de: pesquisas bibliográficas, projetos, uso de vídeo, palestras, seminários,

dramatizações e outras formas de verificação.

As condições estruturais físicas do prédio no colégio, apresenta-se em

bom estado, tendo em vista que fomos contemplados com uma reforma no prédio

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em 2009. No que se refere aos equipamentos físicos à escola possui: biblioteca,

quadra de esportes, salas de aulas, sala dos professores, sala da equipe

pedagógica, secretaria, sala de direção, banheiros, laboratórios de informática e

laboratório de ciências.

Possuímos uma escola com bastantes equipamentos físicos e

pedagógicos, principalmente os tecnológicos, mas muitas vezes os materiais dos

laboratórios de informática apresentam problemas, dificultando o trabalho

pedagógico do professor com os alunos.

Quanto aos equipamentos pedagógicos a escola possui: retropojetor,

globo terrestre, aparelhos de DVD, data show, TV multimídia, flautas, material

dourado e outros. Para algumas turmas faltam livros didáticos adotados para uso no

dia a dia na sala de aula. As estruturas pedagógicas referem-se, fundamentalmente,

às questões de ensino e aprendizagem e as de currículo:

- ensino aprendizagem - este processo está centrado no aluno e dá ênfase

tanto no método quanto ao conteúdo, compreende também a organização do

ambiente educativo, que necessita sempre ser repensado em função das novas

tendências didático pedagógicas;

- currículo – é o orientador das práticas educativas na escola e por isso deve

apontar horizontes bem definidos, propostas claras e decisão firme para implementar

uma política educacional de qualidade.

De acordo com os índices do IDBE (Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica) – 2009, houve uma queda no rendimento escolar dos alunos

avaliados. De posse destes resultados, durante a Semana Pedagógica - agosto de

2010, todos os segmentos da escola se reuniram para uma reavaliação e possíveis

soluções para reversão do quadro atual.

O trabalho pedagógico passa pela concepção de ensino e

aprendizagem. Isto acontece porque o ato de ensinar “é o ato de produzir, direta e

intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida

histórica e coletivamente pelo conjunto de homens” (SAVIANI,1995, p.17).

Percebemos claramente além de outros fatores de ordem instituição (papel da

escola) um descompromisso dos alunos, principalmente os do período noturno em

relação às avaliações e às aulas.

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Em relação à avaliação escolar e a recuperação de conteúdos,

necessitamos ainda de maior entedimento sobre os processos, em relação a

efetivação da sua prática no cotidiano escolar.

Em relação à inclusão de alunos com necessidades educacionais

especiais, nas áreas de deficiência visual, física, auditiva, condutas típicas,

neurológicas e psicológicas, a escola tem ofertado algumas condições que visam o

crescimento pessoal, social e intelectual dos mesmos. Mas ainda necessitamos de

mudanças nas práticas pedagógicas e educacionais, que dizem respeito a estes

educandos.

A formação continuada é um direito de todos os profissionais que

trabalham na escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional

baseada na titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas

também propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores

articulando com as escolas, mesmo sabendo que alguns não participam dos

eventos.

A hora atividade é o período reservado para a formação dos

docentes, por meio da realização de estudos, planejamento, elaboração dos meios

para a melhoria da aprendizagem, sob orientação da equipe pedagógica, conforme

determinação da Secretaria de Estado da Educação.

O Conselho de Classe também é um momento de bastante

discussão entre os professores e equipe pedagógica, principalmente no que se

refere ao processo ensino e aprendizagem que determinam o sucesso ou o fracasso

escolar.

Como proposta de enriquecimento do nosso currículo escolar,

realizamos alguns projetos, visando tornar este colégio um ambiente mais alegre e

criativo. Promovendo também a superação de dificuldades, referentes à aquisição

de conteúdos não assimilados e de diferente idioma sobre a cultura de outros

países. Sendo eles: Programa sala de Apoio, Curso CELEM – Centro de Língua

Estrangeira Moderna e Programa FICA – Fica Comigo.

O Programa Sala de Apoio – tem o objetivo de atender às

defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que freqüentam a 5ª

série/6º ano do Ensino Fundamental. O programa prevê o atendimento aos alunos,

no contraturno, com quatro horas aulas semanais, nas disciplinas de Língua

Portuguesa e Matemática. Com o objetivo principal de trabalhar as dificuldades

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referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às

formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares. Através

do esforço dos professores e equipe pedagógica, em nosso colégio ainda é

importante que haja um maior empenho por parte da família, no sentido de

incentivarem seus filhos para a participação do programa.

O Curso CELEM – Centro de Língua Estrangeira Moderna -

Espanhol, tem por objetivo propiciar ao aluno participante o conhecimento da língua

espanhola em suas diferentes competências: oralidade, leitura, compreensão

auditiva e escrita, bem como o conhecimento da diversidade cultural da mesma.

Este curso possibilita ao aluno a compreensão de valores sociais e a aquisição de

conhecimento de outras culturas. As turmas do CELEM se diferem das turmas da

grade curricular por estar formadas por uma clientela diversificada com os alunos

desde 6ª série até pessoas da comunidade, com duração de dois anos com quatro

horas aulas semanais. Em nossa escola quando inicia-se a formação das turmas a

procura dos alunos é muito grande, mas no decorrer do curso muitos desistem

ficando as turmas com um número de alunos reduzido.

O Programa FICA – Fica Comigo, é uma mobilização para a

Inclusão Escolar e a Valorização da Vida do Estado do Paraná. Tem como objetivo

garantir que nenhuma criança fique fora da escola, impedindo que os números de

evasão escolar, motivada por vários fatores históricos, sociais e mesmo

educacionais continuem a crescer. Sabemos que o crescimento dos alunos não

depende da escola, é de responsabilidade de todos e devem envolver ações da

família e da comunidade onde vivem esses alunos, porém não podemos perder de

foco que é a escola que tem o papel fundamental nesta ação.

Em nosso colégio este programa funciona de forma razoável, sendo

que alguns professores demoram em informar a equipe pedagógica sobre a

ausência dos alunos em sala de aula.

A participação efetiva da comunidade como parceira na gestão das

escolas públicas é uma iniciativa, e para tal faz –se necessário o envolvimento das

instâncias colegiadas sendo elas: Conselho Escolar, APMF (Associação de Pais e

Mestres e Funcionários) e Grêmio Estudantil.

O Conselho Escolar, é um órgão colegiado composto por

representantes das comunidades escolar e local (diretor, professor, funcionários

administrativos, pais, estudantes e membros da comunidade). Que tem por

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atribuição deliberar sobre questões pedagógicas, administrativas, financeiras, no

âmbito escolar. Tem como objetivo analisar as ações a serem empreendidas e os

meios a serem utilizados para o cumprimento das finalidades da escola. A

participação do colegiado neste estabelecimento de ensino, visa propor alternativas

de solução dos problemas de natureza administrativa, pedagógica e participação

em eventos culturais.

A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários), é um órgão

de representação dos pais e profissionais do estabelecimento não tendo caráter

político partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os

seus dirigentes e conselheiros, sendo constituído por prazo determinado. Seu

objetivo é dar apoio à Direção, primando pelo entrosamento em pais, alunos,

professores, e funcionários e toda a comunidade, com atividades sócio-educativas,

culturais e desportivas. Sua grande participação no colégio, é no sentido de realizar

promoções, com o intuito cultural e financeiro para a aquisição ou compra de algum

material ou muitas vezes como parceira na complementação da merenda escolar.

Estes membros participam também de eventos, palestras e outros encontros

propostos pela SEED ou outras secretarias, no sentido de campanhas, assinaturas

ou firmação de contratos e/ou convênios.

O Grêmio Estudantil Ayrton Senna fundado neste colégio em

2005, é uma organização que representa os interesses dos estudantes na escola.

Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de

ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade. O grêmio é também

um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência, responsabilidade e

luta por direitos.

O principal objetivo é contribuir para aumentar a participação dos

alunos nas atividades de sua escola, organizando campeonatos, palestras, projetos

e discussões, fazendo com que eles tenham voz ativa e participem junto com pais,

funcionários, professores, coordenadores e diretor – da construção e da

programação das regras dentro da escola. A participação do Grêmio Estudantil em

nosso colégio se destaca em eventos culturais e educacionais.

Entretanto, essas reflexões sugerem que a escola, imbuída de sua

função social, poderá contribuir com as transformações atuando criticamente para

reconstruir as representações que os sujeitos tem da realidade, promovendo

mudança de postura e de prática pedagógica.

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MARCO CONCEITUAL

O Marco Conceitual é um espaço onde apresentaremos as

concepções teóricas, que darão sustentação para nossas ações na instituição

escolar.

As relevantes modificações sofridas por nossa sociedade no

decorrer de tempo, dentre elas o desenvolvimento tecnológico e o aprimoramento

de novas maneiras de pensamento sobre o saber e sobre o processo pedagógico,

tem refletido principalmente nas ações dos alunos no contexto escolar, segundo

Branquinho (2008).

Para tanto é imprescindível que todos os profissionais da educação

possam contribuir na construção de uma sociedade justa, socialmente solidária,

democrática, culturalmente pluralista e religiosamente ecumênica, pautada nos

princípios éticos, estéticos e políticos. Onde todos os educandos possam ser

reconhecidos, respeitados em sua dignidade humana e em suas diferenças. E que

tenham a possibilidade de desenvolver suas potencialidades, a liberdade de

pensamento, de expressão, acesso ao conhecimento científico e recursos

tecnológicos.

Para Pinto (19940), “Educação é um processo histórico de criação

do homem para a sociedade, e simultaneamente, de modificação da sociedade

para benefício do homem”. Neste sentido a educação é algo construído

intimamente, relacionado com a experiência de vida de cada indivíduo. Por isso,

educar para a escola deixa de ser o ato de simplesmente transmitir informação e

passa ser o de criar ambientes de aprendizagem, onde haja uma interação com a

variedade de situações e problemas, construindo novos caminhos, inclusive

conhecimentos sobre aprender a aprender.

Dentro desse contexto social, para que conquistemos uma escola

pública de qualidade é necessário condições concretas tanto a nível estrutural

quanto a conceitual. Diante dessa condição podemos citar dentre eles:

- sólida formação de base, com o domínio dos conteúdos escolares;

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- promover integração entre a cultura escolar e outras culturas, no rumo

de uma educação pautada na diversidade cultural;

- dispor de condições físicas, materiais e financeiras de funcionamento,

condições de trabalho, remuneração digna e formação continuada dos professores;

- incorporar no cotidiano escolar as novas tecnologias da comunicação

e da informação;

- possibilitar que o Projeto Político Pedagógico seja um documento

norteador de todas as ações da escola.

Todos esses fatores são indispensáveis para promover a qualidade

de ensino, mas eles devem ser considerados como meios, não como fins.

De acordo com Libâneo,

o que as escolas precisam buscar de fato é a qualidade cognitiva das experiências de aprendizagem dos alunos. Portanto, pouca valia terão a gestão democrática, as eleições para diretor, aquisição de novos equipamentos, a participação da comunidade, etc, se os objetivos de aprendizagem não forem conseguidos, se os alunos continuam tendo baixo rendimento escolar, e não desenvolvem seu potencial cognitivo (2001, p. 54).

O fazer pedagógico permite compreender os conhecimentos em

suas múltiplas faces, dentro do contexto familiar, escolar e social. Cada conteúdo

deve ser percebido não de forma linear, mas em suas contradições, em suas

ligações com outros conteúdos da mesma disciplina ou de outras disciplinas.

Assim, cada fragmento do conhecimento só adquire seu sentido pleno, à medida

que se inserir no todo, de forma adequada.

Os conhecimentos científicos necessitam ser reconstruídos dentro

das novas condições de produção da vida humana, respondendo de forma teórica

e prática aos novos desafios propostos. Devem ser dinâmicos e não uma mera

simplificação, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos. Daí a

necessidade de se promover na escola, uma reflexão aprofundada sobre o

processo de produção do conhecimento escolar, uma vez que ele é um processo

inacabado.

Uma escola com qualidade e eficácia é gerida com

responsabilidade, agilidade, criatividade e entusiasmo, portanto deve estar:

- aberta às necessidades educacionais;

- atenta à atualização dos professores e de sua prática pedagógica;

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- conectada aos avanços científicos e tecnológicos;

- comprometida com a formação integral e o sucesso escolar dos

alunos;

- empenhada em planejar, coordenar e avaliar a dinâmica da escola

diante da realidade atual.

De acordo com a LDB 9.394/96, a escola deve exercer um papel

humanizador e socializador, além de desenvolver meios que possibilitem a

construção do conhecimento e dos valores necessários à conquista da cidadania.

Para que possa realizar tal função, é preciso levar em conta a vida cotidiana daquele

que “aprende” e daquele que “ensina”.

O processo ensino e aprendizagem do Colégio Estadual Marechal

Arthur da Costa e Silva – Ensino Fundamental, Médio e Normal, se dá de forma

coletiva (professor/aluno). Em alguns momentos, no decorrer do desenvolvimento de

projetos, individuais e por disciplinas, e também através de trabalhos de pesquisas,

relatórios, seminários, maquetes, mapas, confecção de painéis realizados pelos

alunos, palestras, visitas em instituições educacionais e outros.

Segundo Gasparin (2003, p. 50), a problematização (discussão do

tempo proposto), é o fio condutor de todo processo de ensino e aprendizagem.

Todavia, este momento é ainda preparatório, no sentido de que o educando, após

ter sido desafiado, provocado, despertado e ter apresentado algumas hipóteses de

encaminhamento, compromete-se teórica e praticamente com a busca da solução

para as questões levantadas. O conteúdo começa a ser seu. Já não é mais apenas

um conjunto de informações programáticas. A aprendizagem assume

gradativamente um significado subjetivo e social para o sujeito aprendente.

Consideramos ainda, as contribuições de Libâneo, quando afirma

que:

a qualidade social do Ensino, diz respeito à qualidade cognitiva dos

processos de aprendizagem numa escola que inclua a todos. Atender às

necessidades dos alunos, em consonância com as exigências sociais e

educação mais contemporânea, significa prestar atenção nos conteúdos

que estão sendo ensinados, no modo como estão sendo ensinados, na

efetividade desses conteúdos para a vida cultural e prática (2001, p. 55).

Neste sentido é fundamental na gestão escolar, ressaltar que as

pessoas são agentes das mudanças. Os gestores e cada segmento da comunidade

escolar, em particular, têm contribuição indispensável na construção da gestão

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democrática. Por isso, é imprescindível que haja uma política de valorização dos

servidores e a promoção da igualdade de oportunidades, para que todos se sintam

parte da escola, identificando-se em seu trabalho e assumindo-se co-responsáveis

no desenvolvimento dos processos.

Para Luck (2000):

[...] a gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização, e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino orientado para a promoção afetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torna-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centradaa no conhecimento.

A filosofia do Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva –

Ensino Fundamental, Médio e Normal é educar com qualidade, sendo o desafio

maior e sem dúvida, o conhecimento em si, razão do nosso trabalho e função

essencial da escola.

Vivemos num mundo marcado por grandes transformações e com

uma velocidade cada vez maior de mudanças que provocam impactos sobre o

homem.

A revolução tecnológica provoca novas concepções culturais e

científicas, onde se desenvolvem novas formas de convivência humana,

reordenando o espaço e o tempo em escala mundial. Estes fenômenos

contemporâneos interferem na sociedade como um todo, provocando impactos

sobre a individualidade dos seres, como desemprego, fome, marginalidade,

analfabetismo e tantos outros males que podem interferir no processo de

relacionamento humano, o qual se desencadeia na educação, na economia, na

política e na estrutura social.

O processo de globalização no mundo do trabalho, e da

internacionalização da cultura desencadeados pela sociedade tecnológica em que

vivemos, recolocam as questões da sociabilidade humana em espaços cada vez

mais amplos, e trazem questões da identidade pessoal e social, cada vez mais

complexas, que precisam ser enfrentadas.

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Para projetar a perspectiva educacional deste colégio é importante

ter a clareza dos conceitos: de mundo e de homem, que nortearão a ação educativa

na instituição.

VISÃO DE MUNDO: o homem não nasce pronto, acabado. É no

transcorrer de sua história que ele se constrói. À medida que o ser humano vive,

encontra soluções para seus problemas, e muda sua concepção de vida, de mundo

e de homem.

A verdadeira existência do homem, as suas relações interpessoais

e, de modo mais amplo, as relações sociais e, por decorrência, a existência da

própria sociedade, dependem da autenticidade de valores que se solidificam a partir,

de uma ética que se consolida, sobretudo, através do processo educativo iniciado na

família.

Assim, a escola deve ter como objetivo a busca de alternativas para

a construção de uma nova sociedade, inclusiva e sem discriminação, com novos

olhares e novas concepções, comprometida com os problemas de seu tempo e com

as transformações necessárias.

Há necessidade de se resgatar a identidade da escola, a partir da

definição do Projeto Político Pedagógico, sendo um pólo mediador de saber, de

confronto e construção de um novo saber.

VISÃO DE HOMEM: quando falamos de visão de homem,

precisamos entender que se trata de oferecer ao educando a possibilidade de

perceber a sua existência, na construção de uma sociedade mais justa, centrada na

solidariedade, e na defesa da vida.

Segundo Paulo Freire (2005) – “Nossa presença no mundo não é a

de quem a ele se adapta, mas de quem nele se insere. É a posição de quem luta

para não ser apenas objeto, mas sujeito também da história”. Sendo assim, o

homem é um ser natural, social e histórico, que age na natureza transformando-a

segundo suas necessidades. Portanto, espera-se que a escola possibilite a

formação de um ser humano dotado de autonomia, iniciativa e responsabilidade

para atuar de forma consciente, coletiva, democrática capaz de promover

transformações sociais.

Tendo clareza de mundo e homem que esta instituição se propõe a

formar, a prática pedagógica deve estar pautada em métodos que privilegiem a

construção de uma sociedade, equitativa, solidária, economicamente justa,

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politicamente democrática, culturalmente pluralista e religiosamente ecumênica,

onde todos sejam verdadeiramente reconhecidos, respeitados em sua dignidade

humana e em sua individualidade.

Para que esses objetivos sejam alcançados, é necessário o

compromisso de todos os profissionais da educação com o conhecimento, sendo

eles:

1- incentivar a construção de um saber como resultado de um

trabalho coletivo;

2- enfatizar a participação, a análise crítica da realidade, o diálogo, a

solidariedade e a avaliação constante;

3- possibilitar as descobertas pessoais dos alunos, apresentando os

conteúdos programáticos em forma de problemas ou desafios;

4- usar o método da ação-reflexão-ação e do trabalho em equipe;

5- avaliar constantemente, o processo ensino e aprendizagem para

verificar se está contribuindo na formação humana e na construção da sociedade.

Nesse sentido lançamo-nos à construção de um Projeto Político

Pedagógico crítico e emancipador, construído coletivamente, com a perspectiva de

transformação da sociedade e emancipação dos sujeitos, com vistas a formação de

uma consciência de classe por todos os trabalhadores e trabalhadoras. E assim

fortalecer as lutas históricas na conquista dos direitos sociais, políticos e civis. Este

projeto terá como meio, o conhecimento do aluno e de toda a comunidade escolar, o

que pensam, o que sentem, o que fazem, onde moram, com quem moram, como

moram. A partir daí a escola como um todo iniciará seu Plano de Trabalho Docente,

objetivando a inserção dos alunos no mundo das relações sociais, das culturas e do

trabalho.

Sabendo da heterogeneidade dos alunos, os professores buscarão

fazer do ato pedagógico o elo mediador, que no confronto dos saberes diferentes, irá

produzir o conhecimento, que permitirá nova compreensão do mundo e da

sociedade.

Este conhecimento não será considerado como mera transmissão,

mas como uma construção socialmente produzida e sistematizada, através do qual o

aluno possa ultrapassar suas fronteiras culturais e problemas que encontrará no seu

cotidiano.

A escola organiza seu trabalho educativo com vistas as condições

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concretas dos alunos, tendo clareza de que todos são capazes de aprender e

transformar o espaço que vivem, pois os consideram como sujeitos históricos,

pertencentes a uma história social e construtores do presente e do futuro.

Dessa forma, a escola se concentrará no objetivo de proporcionar à

classe heterogênea de educandos vários tipos de metodologias de ensino.

No colégio, a função avaliativa se destina a apoiar o

desenvolvimento do trabalho escolar em todas as suas dimensões, assumindo um

caráter coerente com as concepções que orientam a ação educativa.

A avaliação que possibilita a formação do sujeito em suas múltiplas

dimensões é aquela que une as práticas de aprendizagem, entendendo-as como um

movimento necessário e mediado. Assim Hoffmann (1996, p.108-109), afirma que: a

avaliação que praticamos na escola é MEDIADORA (utiliza métodos interpretativos e

descritivos de análise); FORMATIVA (permite ao professor colocar em práticas

ações que sirvam para corrigir rumos, rever e melhorar o conteúdo ministrado); e

SOMATIVA (decisão que leva a somar resultados), sendo contínua, o que se

acumula são os dados que permitirão ao professor tomar uma decisão, tendo em

vista consequências, implicações e resultados para o aluno. Sendo a avaliação

Mediadora, Formativa e Somativa, pautada na ação-reflexão-ação (a prática do

cotidiano escolar, visando à correção das possíveis distorções através da auto-

avaliação, possibilitando ao professor colocar em prática ações que sirvam para

corrigir rumos, rever, melhorar, reformar e adequar o processo ensino e

aprendizagem.

Na prática da escola a avaliação do processo ensino e

aprendizagem assumem também um caráter coerente com as concepções que

orientam a ação educativa. É considerada como um elemento de diagnóstico

permanente, auxiliando professores, alunos e pais no acompanhamento do

processo.

Segundo Luckesi,

a avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em da aprendizagem, não possui uma finalidade em si, ela subsidia um curso de ação que visa construir um resultado previamente definido que se articula com um projeto pedagógico e com seu conseqüente projeto de ensino. A avaliação tanto no geral, quanto no caso específico da aprendizagem, não possui uma finalidade em si, ela subsidia um curso de ação que visa construir um resultado previamente definido (2005, p. 85).

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O Conselho de Classe também é uma instância avaliativa, constituído

no espaço escolar, que prioriza a discussão pedagógica em torno dos processos de

ensino, de aprendizagem e de avaliação. É mais do que uma reunião pedagógica, é

parte integrante do processo de avaliação desenvolvido pela escola. É o momento

privilegiado para redefinir práticas pedagógicas com o objetivo de superar a

fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que

realmente possibilitem a todos os alunos a aprendizagem.

Segundo a Lei Estadual nº 13.807/2002, os sistemas de ensino

promoverão a valorização dos profissionais da educação, contemplando que todos

os professores em efetiva regência de classe devem ser atribuídos 20% de hora

atividade sobre o total de horas-aula assumidas pelo professor na Rede Estadual. O

planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das ações a serem

executadas na hora-atividade dos professores, é de responsabilidade do conjunto

de professores que vão desempenhar as ações, sob a orientação e

acompanhamento da equipe-pedagógica ou do diretor da escola.

A dinâmica do currículo da escola pública, segue todas as normas e

orientações da SEED. Sendo um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola

como lugar de socialização do conhecimento, pois essa função da instituição escolar

é especialmente importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que

tem nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de acesso ao mundo letrado, do

conhecimento científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte.

A opção pelo currículo disciplinar, pelos conteúdos de ensino, como

via de acesso ao conhecimento e, portanto, pelo papel do professor como aquele

que ensina sim os conteúdos escolares, nos indica a necessidade em compreender

que a abordagem histórico-cultural responde às necessidades históricas da escola

pública.

É valido ressaltar que, pensar um currículo inclusivo implica

desenvolver uma série de condições necessárias ao processo de renovação, em

que se inclui o respeito às dificuldades e o incentivo para o envolvimento de todos os

participantes do processo, incluindo assim os portadores de necessidades

educacionais especiais, os indígenas, os descendentes afro-brasileiros, os de

diferentes sexualidades e crenças religiosas.

A formação continuada dos profissionais da educação possibilita

uma maior ou menor reflexão do coletivo escolar, haja vista a condução e o

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aproveitamento de todos como sujeitos educadores. Como proposta de PDE (Plano

de Desenvolvimento da Educação), a formação continuada faz parte de uma de

suas metas para reversão do baixo indicador do IDEB (Índice de Desenvolvimento

da Educação Básica). Assim, os baixos índices devem fomentar uma discussão e

reflexão sobre as ações e a realidade de cada escola.

Do ponto de vista político pedagógico, acreditamos que a base deste

projeto é capaz de recuperar ou construir a identidade da escola e dos sujeitos que a

congrega, podendo assim, estruturar-se num processo de planejamento participativo

que mantenha a intencionalidade e a lógica da proposta que expusemos neste

trabalho.

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MARCO OPERACIONAL

Este marco é a explicitação do ideal da instituição escolar, tendo

em vista aquilo que queremos ou devemos ser. Diz respeito à organização das

ações da coletividade escolar nos campos de atuação que compreendem as três

principais dimensões que configuram a práxis educativa; a dimensão administrativa,

a dimensão pedagógica e a dimensão comunitária.

Quando se busca uma nova organização do trabalho pedagógico

está se considerando que as relações de trabalho no interior da escola, deverão

estar calcadas nas atitudes de solidariedade, de reciprocidade e de participação

coletiva em contraposição à organização regida pelos princípios da divisão do

trabalho, da fragmentação e do controle hierárquico. É nesse movimento que se

verifica o confronto de interesses na escola. Por isso, todo esforço de se gestar uma

nova organização deve levar em conta as condições concretas presentes na escola.

A gestão da escola sendo democrática, implica o repensar da

estrutura de poder da escola, tendo em vista a socialização, propiciando a prática da

participação de todo o colegiado. Segundo Leonardo Boff (1980, p.79 ), é dentro

deste contexto que se coloca a questão da democracia como valor universal a ser

vivido em todos os âmbitos, onde o ser humano se encontra com outro ser humano

nas relações familiares, comunitárias e produtivas.

Com este tipo de gestão, os pais são procurados pela escola por

questões sociais e pedagógicas e não apenas por interesse financeiro ou disciplinar.

Buscando sempre através de reuniões bimestrais, ou conforme a necessidade, com

direção, professores e equipe pedagógica para uma reflexão onde se buscam

soluções para minimizar a evasão escolar e o menor índice de repetência, onde os

alunos possam ter melhor qualidade de ensino.

A participação dos pais também está longe de se conseguir o ideal,

pois a grande maioria muitas vezes só comparece à escola quando convocados. Isto

se deve em alguns casos, à necessidade dos mesmos estarem a maior parte do

tempo fora de casa para o trabalho. Outro fator agravante que interfere na

participação dos pais é o nível de escolaridade dos mesmos, que os impedem de

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fazer um acompanhamento na vida escolar de seus filhos e, por não darem o devido

valor ao estudo, deixam a maior parte das obrigações e responsabilidades da família

a cargo da escola. Embora a escola tenha usado de vários meios para atrair a

participação dos pais, ainda tem encontrado grande resistência por parte dos

mesmos.

A compreensão de uma nova atitude com relação ao

comprometimento dos pais, vai sendo construída à medida que eles são envolvidos

no processo de reflexão e convidados a participar de reuniões, com atendimento

individual em casos necessários juntamente com os professores. A equipe

pedagógica utiliza fichas onde constam os critérios utilizados na avaliação dos

alunos, o parecer do professor a respeito das construções cognitivas e valorativas

(atitudes) do aluno no período em questão.

Em nosso colégio visando possibilitar uma melhoria na qualidade de

ensino e aprendizagem dos nossos alunos, é necessário que todos tenham o livro

didático adotado. Para que isso aconteça é importante o empenho da direção em

solicitar de escolas vizinhas que adotaram o mesmo livro para possível

remanejamento. Também as tecnologias de informática dos laboratórios, precisam

de manutenção frequente pelos técnicos da SEED ou do Núcleo Regional de

Educação, para que as mesmas possam ser utilizadas como enriquecimento e

desenvolvimento do currículo escolar.

A organização do trabalho interno da escola, é resultante do esforço

coletivo de todos os profissionais da educação, direção, equipe pedagógica,

professores, apoio educacional I, II e técnico de nível superior, envolvendo os

aspectos físicos, materiais e intelectuais, procurando atingir os objetivos da escola.

O trabalho escolar segue uma organização, onde cada segmento

desempenha sua função. Sendo uma atividade coletiva, não depende apenas das

capacidades e responsabilidades individuais, mas de objetivos comuns e

compartilhados e de ações coordenadas e controladas dos agentes do processo.

Sendo assim, cabe ao educador ser responsável, comprometido

com a escola, dedicado, criativo e pesquisador. Além do seu papel específico de

docência das disciplinas, os professores também têm a responsabilidade de elaborar

o Plano de Trabalho Docente, participar de projetos pedagógicos, dos cursos de

capacitação oferecidos pela SEED e NRE, de reuniões e demais responsabilidades

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cívicas e culturais, proporcionando uma melhoria no processo ensino e

aprendizagem.

Quanto à formação continuada de educadores é condição para a

aprendizagem permanente e o desenvolvimento pessoal, cultural e profissional. Ela

é um prolongamento da formação inicial visando ao aperfeiçoamento profissional

teórico e prático, no próprio contexto de trabalho e ao desenvolvimento de uma

cultura geral ampla para além do exercício profissional.

Nossos professores, como em qualquer escola, necessitam

atualizar-se em sua disciplina, como também em metodologias inovadoras que

facilitem seu trabalho, criando assim um processo de ensino e aprendizagem eficaz.

Sendo necessário um empenho maior por parte dos profissionais que não participam

dos eventos de capacitação propostos pela SEED ou pela escola.

As horas atividades destinadas aos professores em função da

demanda escolar, são realizadas no colégio, na medida da disponibilidade do

horário por área de conhecimento. Onde os professores se reunir para estudos,

troca de experiências, planejamento e avaliarem ações a serem desenvolvidas, e

quando necessário solicitam a presença da equipe pedagógica.

O plano de ação dos funcionários, tanto os de apoio educacional I, II

e técnico de nível superior, além de suas funções próprias de cada segmento,

também colaboram no acompanhamento dos alunos em todas as dependências do

colégio. Não basta estar na escola é preciso educar para transformar. Conviver com

a diversidade de auxiliar nos processos de mudança participando e inteirando na

educação do aluno, encaminhando para a direção ou equipe pedagógica os que

estão fora da sala de aula. Participam de projetos e eventos desenvolvidos na

escola como por exemplo: palestras, comemorações, reuniões, festa junina,

formatura, festival, etc. No ambiente escolar orientam os alunos na conservação do

prédio, nos utensílios utilizados pelos alunos para alimentação e também os

cuidados na área de lazer.

O trabalho do professor pedagogo no colégio, é coordenar as

atividades pedagógicas com os professores em suas respectivas disciplinas,

acompanhando, apoiando, assessorando as atividades curriculares, elaborando e

acompanhando o desenvolvimento de projetos, relatórios, preenchimento de fichas

de acompanhamento do rendimento escolar, jogos escolares, visita a entidades,

atendimento aos pais. Além disso, participar da elaboração e implementação do

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Plano de Ação do Colégio, auxiliando os alunos em avaliações externas e

institucionais e no processo ensino e aprendizagem.

É de grande importância o relacionamento da equipe pedagógica

com os pais e a comunidade, especialmente na comunicação e interpretação da

avaliação dos alunos. Fazendo um acompanhamento com o intuito de despertar nele

sua auto-estima, esclarecendo-lhe a compreensão de seus direitos e deveres

perante a escola e a sociedade.

O diretor para o exercício da gestão democrática possibilita a divisão

do poder e permite que as decisões sejam tomadas coletivamente e as tarefas

assim definidas, assumidas também pelo coletivo, através do debate e do diálogo.

O cargo de diretora auxiliar, permanece vago em função da

professora responsável, estar afastada participando do PDE – Programa de

Desenvolvimento Educacional – 2010.

No que se refere às instâncias colegiadas da escola, é necessário

algumas reflexões através de grupos de estudos e momentos pedagógicos. Onde

sugerem que todos os segmentos da escola imbuídos de sua função, possam

contribuir com as transformações, atuando criticamente para melhorar a

participação, promovendo uma mudança de postura e de prática.

O aluno REPRESENTANTE DE TURMA e o suplente serão eleitos

anualmente através de eleição direta, para que os alunos da sala possam votar e

escolher o(s) seu(s) representantes, orientados pela equipe pedagógica. Em seguida

é feito o registro em livro próprio do termo de compromisso e responsabilidade dos

eleitos. Sua principal função é ser o elo de ligação entre professor, direção e equipe

pedagógica, nas atividades desenvolvidas em sala de aula, se possível ser lider de

idéias e práticas que possam melhorar todo o processo educacional.

Baseado nos indicadores do Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica – IDEB, faz-se necessário uma análise que permitam a tomada

de decisões acerca do desenvolvimento educacional. Esta reflexão foi abrangente e

aberta a todos os envolvidos no processo educacional, e servirá para possibilitar

através de estudos e possíveis mudanças das práticas pedagógicas uma reversão

do resultado obtido. Para tanto conforme solicitação da SEED, todas as disciplinas

fizeram a reformulação da Proposta Pedagógica Curricular conforme as Diretrizes

Curriculares, em que cada professor pode rever seu trabalho pedagógico em função

do processo ensino aprendizagem.

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Portanto, nas salas de aula e até nas práticas mais rotineiras, a

avaliação deverá estar presente, de modo que seja um processo contínuo, reflexivo,

individualizado e coletivo, múltiplo e participativo, voltado a realimentar os processos

e redimensioná-los, para promover as mudanças necessárias ao alcance das metas

do colégio e do IDEB.

Para podermos melhorar o processo da prática avaliativa e os

critérios em sala de aula, é necessário o envolvimento do coletivo da escola

(direção, equipe pedagógica e professores), para que todos assumam seus papéis e

se concretize um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos. Mas

uma visão diferenciada de todos em relação a avaliação depende dos objetivos de

cada conteúdo, da própria disciplina e do empenho de cada profissional, visando um

maior embasamento teórico sobre o tema, através de reuniões pedagógicas e

grupos de estudos. Encontramos bastante dificuldade com os alunos do período

noturno em relação as avaliações, pelo fato deles já terem tido um dia de trabalho

cansativo (muitos são trabalhadores) e outros por falta de perspectiva de futuro.

Neste processo, a avaliação dos conteúdos, acaba tornando-se um problema para

sua efetivação, requerendo do professor diversos mecanismos para que a mesma

ocorra em momentos diferenciados, o que demanda uma avaliação processual de

ensino e não pontual ou fragmentada. Assim nesse contexto os educandos são

avaliados constantemente, os conceitos trabalhados, o que não desconfigura as

fragilidades desse processo que precisa ser permanentemente pensado por todos.

O CONSELHO DE CLASSE é um órgão colegiado de natureza

consultiva e deliberativa e tem por finalidade estudar e interpretar os dados de

aprendizagem dos alunos, relacionado com o trabalho didático e pedagógico do

professor e também decidir sobre a aprovação e reprovação do aluno após

apuração dos resultados finais. Ele é constituído pelo diretor, equipe pedagógica,

secretário e todos os professores que atuam na turma em questão. As reuniões do

Conselho de Classe são realizadas bimestralmente em datas previstas no calendário

escolar, e conforme decidido na Semana Pedagógica – fevereiro 2010, o Conselho

Classe pode se estruturar a partir de duas dimensões:

0 Pré-Conselho de Classe: este procedimento se configura como

oportunidade de levantamento de dados, os quais , uma vez submetidos à análise

do colegiado, permitem a retomada e redirecionamento do processo de ensino, com

vistas à superação dos problemas levantados e que não são privativos deste ou

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daquele aluno ou desta ou daquela disciplina. É um espaço de diagnóstico do

processo de ensino e aprendizagem, mediadora pela equipe pedagógica, junto com

os alunos, ainda que em momentos diferentes conforme os avanços e limites da

cultura escolar. Não se constitui em ações privativas, implicam em decisões

tomadas pelo grupo/coletivo escolar. A Equipe Pedagógica levará ao conhecimento

dos professores das respectivas disciplinas os dados coletados, em momentos (hora

atividade ou outros), que antecedem o final do bimestre em questão.

O Conselho de Classe: os professores se reúnem em Conselho

(grande grupo) por turma que são discutidos os diagnósticos e proposições

levantadas no pré-conselho, estabelecendo-se a comparação entre resultados

anteriores e atuais e níveis de aprendizagem diferentes nas turmas. A tomada de

decisão envolve compreensão de quais metodologias devem ser revistas e que

ações devem ser empreendidas para estabelecer um novo olhar sobre a forma de

avaliar, a partir de estratégias que levem em conta as necessidades dos alunos.

Esta forma de realização de Pré-Conselho e Conselho teve início

neste ano letivo (2010), e no ano seguinte será feito uma avaliação deste processo,

ressaltando os pontos positivos e negativos do mesmo.

Diante dos relatórios finais dos alunos dos anos anteriores a

reprovação ainda é um fator preocupante, tendo em vista que o sucesso do aluno é

o sucesso da escola. Para que isso não aconteça, necessitamos rever nossas

práticas pedagógicas, maior empenho da família, melhorar as condições sócio-

econômicas e o interesse do aluno.

Em relação a evasão escolar, a quantidade de crianças fora da

escola, é um indicador da qualidade da educação e da qualidade de vida de um

município. Por isso, o problema de evasão precisa ser encarado como um desafio

prioritário, com ações que procuram reverter essa situação, tais como:

- conhecer as verdadeiras causas pelos quais os alunos deixaram de

freqüentar a escola, através da família;

- ajuda do Projeto Fica Comigo – Enfrentamento a Evasão Escolar.

Para que a evasão diminua, é necessário acompanhar a assiduidade

dos alunos, mostrando para as famílias, adolescentes e crianças, a importância da

educação formal, e assim estabelecer uma relação de comprometimento entre

aluno, escola e família.

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Devemos proporcionar qualidade de ensino para todos, ofertando

uma igualdade no trabalho metodológico desenvolvido, independentemente de turno

ou de classe social, possibilitando assim a permanência do aluno na escola evitando

ou diminuindo a repetência e/ou evasão. Essa qualidade não pode ser privilégio de

uma minoria econômica ou social.

Mas também devemos levar em consideração os alunos com

necessidades educacionais especiais, que necessitam de um trabalho diferenciado

em relação ao encaminhamento metodológico e avaliativo atribuído a estes alunos.

Para tanto, deverá ser contemplado este encaminhamento no Plano de Trabalho

Docente das séries que necessitam deste atendimento.

Em função da inclusão de alunos com necessidades educacionais

especiais, o colégio está solicitando para este ano letivo a abertura de uma Sala de

Recursos- Séries Finais do Ensino Fundamental, na Área da Deficiência

Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos, e um Centro de

Atendimento Especializado Área da Deficiência Visual – CAEDV, ambos no período

vespertino. Estas Salas de Recursos serão um serviço de apoio especializado, de

natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em

classes comuns do Ensino Fundamental e Médio.Para atender estes alunos

necessitamos de melhorias nas estruturas físicas do prédio, com algumas

adaptações, Sala de Recursos, Sala CAEDV – Centro de Atendimento

Especializado na Área da Deficiência Visual, materiais didáticos adequados e

capacitação de todo o corpo docente, equipe-pedagógica e funcionários, bem como

profissionais especializados: psicólogo, psicopedagogo, etc.

No que diz respeito à Progressão Parcial, esta tem dois aspectos, a

progressão parcial com frequência e a progressão parcial especial. A dependência

com frequência, é utilizada quando a escola tem condições de ofertar a série da

disciplina em dependência em outro turno e o aluno tiver disponibilidade de

freqüentar. A dependência especial é utilizada quando a escola não tem condições

de ofertar a série da disciplina em dependência num contra turno e/ou o aluno não

tiver disponibilidade de freqüentar por motivos especiais. Conforme o Adendo

Regimental nº 06 aprovado pelo Núcleo Regional de Educação de Loanda, este

estabelecimento de ensino não ofertará, a partir de 2011 a Progressão Parcial,

exceto em caso de transferência recebida de aluno, onde a mesma poderá ser

cumprida mediante plano especial de estudos.

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Ainda temos neste colégio a avaliação para “classificar” e

“reclassificar” o aluno. A classificação é um procedimento que o estabelecimento

adota, segundo critérios próprios, para posicionar o aluno em série compatível com a

idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais tendo

um caráter pedagógico. Essa avaliação pode ser realizada: a) por promoção; b) por

transferência – alunos procedentes de outras escolas; c) independente da

escolarização. A reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de

desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta sua

experiência e desempenho, independente do que registre o seu histórico escolar.

Tanto na classificação ou reclassificação o aluno se submeterá a um

teste avaliativo que abrangerá conteúdos básicos que este deveria saber até então,

e que deverá acertar no mínimo sessenta por cento do valor da mesma. É proibida a

classificação ou reclassificação para etapas inferiores a anteriormente cursada.

O Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva – EFMN, tem

participado de várias avaliações externas institucionais como o ENEM, Olimpíada

Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e a Prova Brasil.

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), criado em 1998 pelo

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), do

Ministério da Educação. É um exame individual e de caráter voluntário, oferecido

anualmente aos concluintes e egressos do ensino médio e profissionalizante, com o

objetivo principal de possibilitar uma referência para auto-avaliação, a partir das

competências e habilidades que o estruturam. Além disso, ele serve como

modalidade alternativa ou complementar aos processos de seleção para o acesso

ao ensino superior e ao mercado de trabalho. Realizado anualmente, ele se constitui

um valioso instrumento de avaliação fornecendo uma imagem realista e sempre

atualizada da educação do Brasil. Vários alunos desta escola que participaram do

exame, e fizeram sua inscrição no PROUNI foram contemplados com bolsa em

universidades particulares.

Participamos também da Olimpíada Brasileira de Matemática das

escolas Públicas (OBMEP), é uma competição nacional de matemática entre as

escolas. Este programa é dirigido às escolas públicas, municipais, estaduais e

federais. Os principais objetivos da OBMEP são: estimular e promover o estudo da

matemática; contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica. Já tivemos

alunos premiados em função do seu desempenho na olimpíada.

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A Prova Brasil que participamos, é uma pesquisa realizada em

âmbito nacional, no intuito de levantar informações sobre o desempenho dos alunos

das escolas públicas. O principal objetivo é fornecer um diagnóstico do nível de

aprendizagem dos alunos de cada unidade escolar e do conjunto das escolas do

país, dos estados e dos municípios.

Como proposta de enriquecimento do nosso currículo escolar,

propomos a realização de alguns projetos, visando tornar nossa escola um ambiente

mais alegre e criativo, onde nosso aluno possa sentir prazer em permanecer nela,

sendo eles:

PROJETO FERA, a cultura é um conjunto de padrões, de

comportamentos, crenças, costumes, conhecimentos acumulados e socialmente

valorizados que constituem patrimônio da sociedade. A cultura brasileira é formada

pela miscigenação de diversas etnias no curso de sua história por diferenças

climáticas geográficas, étnicas e sócio-econômicas que formam uma cultura muito

rica e diversificada. Para tanto, em nossa escola são realizados diversas

apresentações e trabalhos artísticos pelos alunos e com esta amostragem é feita

uma seleção dos melhores trabalhos em grupo ou individual, onde os que se

destacam são encaminhados para representar no FERA, nosso colégio. Este projeto

tem por finalidade estimular experiências nas diversas áreas e linguagens artísticas

desenvolvendo a interdisciplinaridade, trabalhando o conhecimento, a arte e a

cultura, contribuindo para a reflexão sobre a arte e educação e ainda promovendo o

intercâmbio entre regiões para enriquecer o tempo e o espaço escolar.

O PROJETO EDUCAÇÃO COM CIÊNCIA é um encontro anual que

envolve trabalhos de estudantes de todas as escolas da Rede Pública Estadual do

Paraná e escolas particulares que estejam desenvolvendo projetos e trabalhos de

relevância em pesquisa e tecnologia. Serve para promover a discussão ética sobre

as formas de produção e o uso do conhecimento em nossa sociedade. Este projeto

é uma atividade de culminância da SEED, dentro das diretrizes de criar espaços e

tempos de aprendizagem além da sala de aula. Favorecendo a democratização do

conhecimento, valorizando as atividades pedagógicas desenvolvidas por

professores e alunos propiciando o envolvimento deste coletivo com a apresentação

de trabalhos, visitas, palestras, oficinas e demais atividades que compõem o evento.

Serão observado os melhores trabalhos desenvolvidos no decorrer do ano letivo,

para possível apresentação no FERA, com seu respectivo professor.

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Os JOCOPs (Jogos Colegiais do Paraná), tem por finalidade principal

desenvolver o intercâmbio sócio-esportivo e cultural entre os estudantes, exaltar a

prática dos desportos no meio da juventude como instrumento imprescindível para a

superação do indivíduo e com fins educativos e formativos. Os jogos são atividades

livres, fundamentalmente lúdicas, contendo regras não convencionais e de caráter

competitivo. Possui como característica principal a espontaneidade e possibilita a

expressão de vivências culturais de forma intensa e total. Para isso, no decorrer do

ano, realizamos durante as aulas de Educação Física, treinamentos em diversas

modalidades, procurando detectar alunos que apresentam habilidades esportivas

para representar o nosso colégio nos JOCOPs.

O PROGRAMA VIVA A ESCOLA, visa desenvolver atividades

pedagógicas além do turno escolar, possibilitar o acesso, a permanência e a

participação dos educandos em atividades de seu interesse e viabilizar aos

educandos maior integração na comunidade escolar. Em nosso colégio este

programa está vinculado a disciplina de Arte – atividade: músicas desenvolvidas no

período vespertino em dois dias, com quatro horas-aulas semanais e uma hora

atividade, sendo com um número de 20 participantes, poderão frequentar somente

alunos regularmente matriculados na Rede Pública Estadual. Caso haja desistência

de alunos inscritos na atividade, a vaga deverá ser ocupada por novos participantes.

A avaliação do aluno se dará diagnosticamente, avaliando o seu

desempenho em relação ao instrumento e ou vocal, sua dedicação e

responsabilidade dedicada ao programa. A presença do aluno e as atividades

desenvolvidas serão registradas da mesma forma que as demais aulas (registro de

classe).

A atividade do Programa Viva a Escola deverá respeitar o

calendário escolar, com elaboração de um Plano de Trabalho Docente semestral

que será inserido no sistema online do programa. Os conteúdos a serem

contemplados no Plano de Trabalho Docente, deverão ter como base as Diretrizes

Curriculares da Educação Básica – disciplina Arte.

O Curso CELEM – Centro de Língua Estrangeira Moderna –

Espanhol, funciona no Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva – EFMN,

com duração de dois anos, sendo que no decorrer deste período ocorre muita

desistência dos alunos. Diante disso, a direção, equipe pedagógica e professores do

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curso precisam incentivar os alunos indicando a grande importância dos alunos em

participar do curso.

O estágio intermediado pelo Centro de Integração Empresa-

Escola do Paraná – CIEE/PR, desenvolvido no ambiente de trabalho, em

instituições escolares ou outras instituições, é ofertado a alunos que estejam

frequentando o ensino regular em instituições de educação profissional e de ensino

médio, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã.

O estágio não-obrigatório na escola pública visa a preparação para

o trabalho produtivo, conforme Lei nº 11788/2008. A função social da escola vai

além do aprendizado de competências próprias da atividade profissional e, nesta

perspectiva visa uma formação articulada às necessidades do mercado de trabalho.

Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto de curso,

cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.

Estágio não obrigatório é desenvolvido como atividade opcional,

acrescida a carga horária regular e obrigatória. Não cria vínculo empregatício de

qualquer natureza, com necessidade de um termo de compromisso com a instituição

de ensino para zelar o seu cumprimento, onde o educando deverá apresentar

periodicamente, em prazo não superior a 6 (seis) meses um relatório das

atividades.

A duração do estágio, na parte concedente, não poderá exceder 2

(dois) anos, exceto quando se trata de estagiário portador de deficiência. O

estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser

acordada.

Cabe a direção, equipe pedagógica e coordenadora de curso,

acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelos alunos, mediante relatório

de Avaliação de Estágio sobre as atividades realizadas.

Caso particular referente ao estágio não obrigatório deverá ser

consultado seu amparo legal.

Em relação aos novos “Desafios Educacionais Contemporâneos”,

que se apresentam para a educação e que devem ser trabalhados no contexto

escolar, os professores deverão contemplar no Plano de Trabalho Docente os

temas: Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Meio Ambiente, Enfrentamento à

Violência na Escola, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Tais desafios

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trazem as inquietudes humanas, as relações sociais, econômicas, políticas e

culturais, levando-nos a analisarmos, bem como refletirmos para as necessárias

intervenções e superações no contexto educacional.

Os critérios para organização dos espaços educativos neste colégio

tiveram início com a implantação em 1998, do projeto “Salas Ambiente”, que tem por

objetivo possibilitar um maior dinamismo que garantam que todos os recursos

didáticos disponíveis possam ser utilizados pelos alunos, e que os mesmos, possam

se interessar mais pelas aulas diminuindo consideravelmente, desta forma, a

indisciplina. Cada professor sozinho ou em dupla tem uma sala com armário, onde

o material didático fica de fácil acesso, resultando assim em economia de tempo

para o professor e maior tempo para o processo ensino e aprendizagem do aluno.

Para uma melhor organização no colégio a biblioteca, o laboratório

de informática, o laboratório de ciências e a quadra de esportes realizam os

seguintes atendimentos:

- a biblioteca escolar é atendida em dois períodos, por uma técnica

de nível superior, que realiza o atendimento de toda a comunidade na medida do

possível, dentro do acervo existente. A biblioteca possui seu regimento interno;

- o laboratório de informática para ser utilizado, o professor

interessado agenda em um cronograma, fixado na sala dos professores e

posteriormente registra e assina o livro de controle, na secretaria;

- o laboratório de ciências é de livre acesso aos professores, quando

necessário, sendo este ambiente pouco utilizado para experiências em função de

não ter um profissional qualificado para auxiliar o professor e o aluno e material

adequado;

- a quadra de esportes é utilizada nas aulas de Educação Física,

pelos professores e alunos, para treinamentos e eventos culturais.

Para a organização das turmas é levada em conta a necessidade de o aluno utilizar

o transporte escolar, respeitando os horários das linhas dos veículos. Para o

ingresso do aluno nas 5ª séries no período matutino, é utilizada a classificação por

nota ou menção dos alunos da 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental.

Em relação à distribuição de turma por professor, fica à cargo da

direção do estabelecimento, respeitando as normas da SEED.

O Projeto Político Pedagógico é um processo contínuo e inacabado,

requerendo um comprometimento coletivo e um compartilhar de responsabilidades,

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de maneira que a escola alcance um desenvolvimento em todos os aspectos. Este

projeto será avaliado através da participação, observação e reflexão de toda a

comunidade escolar, à medida que os trabalhos forem sendo desenvolvidos na

escola.

REFERÊNCIAS

Apostilas enviadas pela SEED durante as Semanas Pedagógicas 2005 até 2010.

Apostila da SEED – Eu acompanho a avaliação escolar do meu filho. E você?

2009.

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BRANQUINHO, Lívia Alves. A Prática Pedagógica da Educação Atual. Disponível

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GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico–crítica. 2ª ed. –

São Paulo: Autores Associados, 2003. – (coleção educação contemporânea) p. 50.

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dezembro de 1996.

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