Glossario de Ecologia e Ciencias Ambientais

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    DE  ECOLOGI E  CIÊNCI S  MBIENT IS

    3a

     

    edição

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    Desertificação

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    GLOSSÁRIO DE ECOLOGIAE CIÊNCIAS AMBIENTAIS 

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    BRENO MACHADO GRISI

    GLOSSÁRIO DEECOLOGIA

    E CIÊNCIASAMBIENTAIS(3ª edição revisada e ampliada) 

    ILUSTRADO COM FOTOS, QUADROS, FIGURAS EGRÁFICOS 

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    Breno Machado Grisi

    Endereço eletrônico: [email protected]   Blog: http://brenogrisi-ecologiaemfoco.blogspot.com 

    Capa: no sentido horário começando com o (i) mapa resumido dos biomas brasileiros (informação/divulgação do Ministério do Meio Ambiente); (ii) pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa), pássaro da Mata Atlântica (foto dedocumento sobre a Mata Atlântica, sem dados da publicação); (iii)captação e armazenamento do dióxido de carbono (foto de documentosobre iniciativa de estudos do IPCC – International Panel on ClimateChange,); (iv) gráfico representativo da desertificação mundial; (v)

    carvoaria na amazônia, uma das causas do desflorestamento (fotoreproduzida de Collins, M. (ed.) (1990) The last rain forests. London,Mitchell Beazley Publ., 200p.)

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    HOMENAGEIO

    os “Severinos, Josés, Marias”... das caatingas do Nordeste,“botânicos”, “zoólogos”, “ecólogos” anônimos que puseram nomes em

    todas as plantas e praticamente todos os animais desse biomabrasileiro e sempre souberam usufruir dos limitados recursos da

    Natureza ao seu alcance, mesmo sem ter um mínimo conhecimentoteórico hoje propiciado pela ecologia e ciências ambientais.

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     apresentação 

    ão há nenhuma pretensão aqui de apresentar uma enciclopédia oudicionário tecnológico com todos os termos ecológicos. Nesteaspecto é interessante lembrar o que diz o “The New Fowler’s

    Modern English Usage” (um clássico da língua inglesa) sobre o que seja

    um GLOSSÁRIO, em oposição a um Dicionário e a um Vocabulário: “umglossário é uma lista alfabética de palavras difíceis que são usadas num

    assunto ou texto específico; é usualmente de comprimento modesto; nele é

    selecionado o que se julga ser obscuro, enquanto num vocabulário, tudo é

     julgado como obscuro; e um dicionário é um trabalho mais ambicioso,

    embora tenha termos com semelhanças a de um glossário”. O objetivo

    maior é definir claramente alguns dos termos mais comuns de ecologia eciências ambientais. São também focalizados termos que, embora deemprego comum em outras ciências (geologia, botânica, oceanografia etc),estão relacionados direta ou indiretamente com as característicasambientais do ser vivo, ou melhor dizendo, relacionados com as “ciênciasambientais”. A ecologia, que se originou como ciência no início do séculoXX, comparada com outras disciplinas das ciências biológicas, como a

     botânica e a zoologia, cujos estudos iniciaram-se com os gregos(Aristóteles, 384 a 322 a.C., era um observador perspicaz da Natureza),

     pode ser considerada como disciplina novíssima. Suponhamos que se cadaséculo vivido por nós do mundo ocidental correspondesse a 10 anos; a

     botânica e a zoologia, por exemplo, estariam hoje com mais de “230 anos

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    do ano 1990 e 4a, de 2006), que constam da bibliografia. Muitos desses

    termos foram modificados em sua definição, para facilitar seuentendimento ou complementar sua conceituação, visando atender aquelesque estudam ecologia ou que estão interessados no conhecimento dasciências ambientais. Outra obra de consulta freqüente, constando daBibliografia, foi a de R.E. Ricklefs (“The economy of nature”), que em suaquinta edição (2007) inclui uma nova seção de grande utilidade (“Data

    Analysis Update”, ou Atualização de Análise de Dados).Considero ser o presente trabalho, apenas mais uma obra simples dereferência, direcionada para principiantes, devendo ser complementadacom consultas a outras mais específicas, para os mais avançados e quefiguram na “Bibliografia Utilizada para o Glossário”. Hoje em dia, sãomuitos os sites disponíveis na Internet  e que podem ser de grande utilidade

     para enriquecer conhecimento e elucidar dúvidas; devendo o leitor no

    entanto, ser cuidadoso com relação às fontes de consulta. Este glossário,mesmo em sua terceira edição, considero ser uma experiência incipiente,devendo por isso ser melhorado e ampliado futuramente. Neste sentido,solicitam-se aos consulentes em geral, críticas e sugestões.

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    Aos consulentes Quando determinado termo tiver sinônimos ou corresponder a termos similares,

    com mesmo significado ecológico, estes figuram com um sinal de igualdade. Exemplo:

    •  HABITAT HABITAT = ECOTOPO = BIOTOPOA definição é dada no termo mais comum: HABITAT.

    •  ACIDÓFILO (ACIDOFÍLICO, ACIDOFILIA)ACIDOFÍLICO e ACIDOFILIA são termos derivados ou relacionados ao termo

    ou verbete de entrada ACIDÓFILO.

    Alguns termos estão definidos em outros, no qual foram necessariamenteinseridos. Exemplo:

    •  CARNÍVORO (Ver CADEIA ALIMENTAR)

     No verbete CADEIA ALIMENTAR o termo carnívoro é definido.

    Alguns outros termos são usualmente utilizados como denominaçõescompostas, mas o nome principal vem em primeiro lugar e o complemento vem logoapós vírgula:

    • AUTOTRÓFICO, LAGO

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    A

    “a-” e “an-”Prefixo de origem grega indicando “ausência; falta; sem”. Ex.: acromático (sem coloração;

    despigmentado); anaeróbio (que vive na ausência de oxigênio). Alguns termos de entrada virão a seguir.“ab-” e “ad-”

    Prefixos latinos. “Ab-” significa “do lado oposto ou afastado do eixo”; referindo-se, por exemploem botânica, à face inferior da folha (abaxial). “Ad-” quer dizer “que se encontra do lado do eixo ou próximo a ele”; referindo-se no caso botânico à face superior da folha (adaxial), lembrando a palavraaderir.ABALOS SÍSMICOS (EM REPRESAS)

     Nas represas com grandes massas de água, geralmente ocupando áreas extensas, a alta pressãohidrostática pode gerar acomodações das camadas do subsolo, gerando abalos sísmicos. A parte dageofísica que estuda os terremotos e a propagação das ondas (elásticas) sísmicas é a Sismologia.

    (Ver ESCALA DE RICHTER)

    ABIOSSÉSTON(Ver SÉSTON)ABIÓTICO

    Sem vida. Diz-se do meio ou do elemento (substância, composto...) desprovido de vida.Fatores abióticos ou componentes abióticos de um ecossistema: são os fatores ambientais físicos

    desse ecossistema (clima, por exemplo) ou químicos (inorgânicos como a água, o oxigênio e orgânicos,como os ácidos húmicos etc).

    (Ver BIÓTICO)ABISSAL

    (Ver ZONA ABISSAL; e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA)ABISSOBENTÔNICO (ou ABISSOBÊNTICO ou ABISSALBENTÔNICO ouABISSALBÊNTICO)

    (Ver ZONA ABISSOBENTÔNICA; e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADEMARINHA)ABISSOPELÁGICO (ou ABISSALPELÁGICO)

    (Ver ZONA ABISSOPELÁGICA; e APÊNDICE IV ZONAS DE PROFUNDIDADE

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    (Ver RECIFES)

    “ABS − ALKYLBENZENE SULPHONATE”O sulfonato de alquilbenzeno (sigla em inglês, “ABS”) é uma substância surfactante (tensoativa)

    usada como detergente. Cinqüenta por cento dos detergentes (líquido ou em pó) comercializados nosE.U.A. e europa ocidental contêm o “ABS”; sendo este muito procurado por ter eficiente propriedade delimpeza e produção de espuma. Não é imediatamente biodegradável e é altamente tóxico aos organismosaquáticos.

    ABSCISÃOProcesso natural em que duas partes de um organismo se separam. Aplica-se este termo ao processo de queda de partes de plantas (folhas, flores, frutos ...) por ação de substância estimuladora(abscisina). O ácido abscísico (ABA, sigla em inglês) é também um potente inibidor de crescimento,auxiliando a induzir e prolongar a dormência de gemas vegetativas. Além disso, o ABA é inibidor degerminação de semente e exerce papel importante no fechamento de estômatos.ABSENTEÍSMO

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    ABUNDÂNCIA RELATIVARefere-se à abundância de um determinado organismo, relacionando-se com o tempo (ex.:

    animais vistos por hora) ou como porcentagem (ex.: porcentagem de quadrados ou pontos deamostragem ocupados por determinada espécie de planta ou animal fixo).

    (Ver ABUNDÂNCIA; DENSIDADE; e DENSIDADE ECOLÓGICA)AÇÃO BACTERIOSTÁTICA

    (Ver ANTIBIOSE; e EFEITOS ANTIMICROBIANOS)AÇÃO DEPENDENTE / INDEPENDENTE DA DENSIDADE

    (Ver DENSIDADE)AÇÃO FUNGISTÁTICA

    (Ver ANTIBIOSE; e EFEITOS ANTIMICROBIANOS) ACARICIDADiz-se da substância que mata ácaros e carrapatos (acarinos, da classe dos aracnídeos, do filo dos

    artrópodes).ACAROFITISMO

    Simbiose ácaro-planta. A planta que serve como hospedeira de ácaro é um organismo acarófito.ACASALAMENTO ou COPULAÇÃO EXTRA-PAR

    (Ver EXOCRUZAMENTO)“ACCESSIBILITÉ”

    Termo importado do francês, usado em fitossociologia referindo-se às condições prevalecentesnum certo local e que podem influenciar na possibilidade de um propágulo ali se estabelecer.ACEIRO 

    Remoção de parte de uma vegetação feita para evitar a propagação do fogo ou como trilha.Qualquer remoção de vegetação em torno de construção, ao longo de cercas etc.ACETIFICAÇÃO

    Conversão por bactérias aeróbias, de etanol para ácido acético.ACICULIFOLIADA

    (Ver FLORESTA ACICULIFOLIADA)

    ACIDENTAL (ou CASUAL)Diz-se geralmente de uma espécie vegetal que normalmente não ocorre numa certa comunidadeou habitat.ÁCIDO ABSCÍSICO e ABSCISINA

    (Ver ABSCISÃO)ACIDOBIÔNTICO

    (Ver ACIDÓFILO)ACIDÓFILO (ACIDOFÍLICO, ACIDOFILIA)

    ACIDÓFILO = ACIDOBIÔNTICO

    Organismo que medra em ambiente ácido (em pH abaixo de 7). O oposto, ou seja, o organismoque não consegue viver em tal pH é chamado de acidófobo (ou acidofóbico). Usa-se o termo acidotrófico para designar aquele que se alimenta de substâncias ácidas (ou microrganismo que vive de substratoácido).

    (Ver “alcali-”; e “-filia” / “-filo”)ACIDÓFOBO

    (Ver ACIDÓFILO)

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    ACLIVE CONTINENTAL(Ver TALUDE (e TALUDE CONTINENTAL); e APÊNDICE IV −  ZONAS DE

    PROFUNDIDADE MARINHA)ACONDICIONAMENTO DE NICHO

    (Ver NICHO ECOLÓGICO) ACREÇÃO

    Um aglomerado ou deposição de material, ocorrendo geralmente no processo de sedimentação.ACRIDOFAGIA

    Hábito de comer gafanhotos (estes acrídeos são insetos ortópteros heterometabólicos).Acridófago é aquele que come gafanhotos, como alguns seres humanos africanos.

    ACRODENDRÓFILOQue vive no topo de árvores.(Ver “-cola”)

    ACTINOMICETODenominação não-taxonômica dada a um tipo de bactéria filamentosa, apresentando certas

    características que a põem entre a bactéria e o fungo verdadeiro. ACTINORRIZA

    Tipo de actinomiceto (bactérias filamentosas do gênero Frankia) que vive em simbiose comraízes de certas plantas, como a Casuarina. 

    ACTÓFILO (ACTOFILIA)Organismo que vive sobre rochas costeiras.AÇUDE

    Reservatório de água, natural ou feito pelo homem a partir de represamento de um rio oucondução de água vinda de outro local. Serve de abastecimento d’água (manancial) e para irrigação. ACUMULAÇÃO (ou GRAU DE ACUMULAÇÃO)

    (Ver GRAU DE ACUMULAÇÃO)ADAPTAÇÃO

    ADAPTAÇÃO = ADAPTAÇÃO ECOLÓGICA

    Capacidade que tem determinado ser vivo (ou determinado elemento constituinte morfológicoou fisiológico do organismo do ser vivo) de ajustar-se a um ambiente, devendo-se entender que “ajustar-se” é uma conseqüência do passado.

    A adaptação envolve mudança genética, ao passo que a aclimatação geralmente não envolve. Às plantas de clima frio, do hemisfério norte por exemplo, atribui-se uma reação de robustecimento (termousado entre os horticultores, do inglês “hardening” = robustecimento, endurecimento), em que osvegetais, inaptos a lidarem com a friagem no verão, já em outubro (no outono) adquirem tolerância aoabaixamento da temperatura. Tal tolerância ao resfriamento, depende do estádio de desenvolvimento da planta. A adaptação vai além da mera tolerância às flutuações ambientais; estende-se à participação ativa

    na periodicidade (Ver RELÓGIO BIOLÓGICO) como um meio para coordenar e regular funções vitais.A figura seguinte mostra a adaptação morfológica de folhas do carvalho negro (Quercus nigra)à luz (COLINVAUX, 1986).

    A B C D E

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    ADAPTAÇÃO ECOLÓGICA(Ver ADAPTAÇÃO)

    ADELFOFAGIADiz-se geralmente de larvas que se alimentam de outras larvas ou de ovos de animais que lhes

    são relacionados taxonomicamente (às vezes da mesma espécie).ADELFOPARASITA

    Um organismo que parasita um hospedeiro que se lhe relaciona taxonomicamente, em oposiçãoao aloparasita.ADESÃO

    Atração molecular que mantém duas substâncias dissimilares, juntas, como a que ocorre entre aágua e partículas minerais do solo.

    (Ver ADSORÇÃO; e COESÃO)ADIABÁTICO

    Aplica-se este termo, por exemplo, a uma massa de ar que se eleva, reduzindo-se sua pressão ese expandindo adiabaticamente na atmosfera, ou seja, sem perda nem ganho de temperatura. E em assimsendo, sua temperatura cairá ao tempo em que se expande para ocupar maior volume. ADITIVOS ALIMENTARES

    Substâncias, naturais ou sintéticas, adicionadas aos alimentos processados, com diversos propósitos (conservar, complementar com vitaminas ou aminoácidos, melhorar o sabor, cor ou textura oualterar outras características, como o pH; ou evitar sua oxidação (antioxidantes) ou que não adquiraumidade (antiumectantes) ou que a adquira (umectantes). Tais aditivos são submetidos à rigorosa análisetoxicológica, antes de se permitir seu uso na indústria alimentícia. ADSORÇÃO

    Ligação, geralmente temporária, de íons ou compostos à superfície de sólidos.(Ver ADESÃO; e COESÃO) 

    ADUBAÇÃO ORGÂNICAUso de material orgânico (partes de plantas, dejetos animais etc) para fertilizar um solo,

    fornecendo a um cultivo, os nutrientes necessários a uma boa produtividade.

    (Ver COMPOSTAGEM; e FERTILIZANTE) 

    ADUBAÇÃO VERDEProcedimento recomendado na agroecologia e hoje bastante utilizado na prática agrícola em

    geral, de incorporar ao solo matéria orgânica proveniente de um cultivo (geralmente os remanescentesdeixados após a colheita do produto agrícola desejado), com a finalidade de melhorar as condiçõesnutricionais e edáficas do solo; ao tempo em que se evita sua erosão e degradação de suas propriedades.

    Utiliza-se esta expressão também quando se deseja referir-se ao enriquecimento em nitrogênioque as leguminosas proporcionam ao solo, pela simbiose de suas raízes com bactérias fixadoras denitrogênio atmosférico.

    AERÓBIOOrganismo que respira aerobiamente.(Ver RESPIRAÇÃO AERÓBIA)

    AEROSSOLPequena partícula (< 0,001 mm) sólida ou líquida, em suspensão no ar ou gás. Exemplo:

    aerossóis marinhos, que são partículas contendo sais marinhos, que conduzidas pelo vento, atingem agrandes distâncias da costa.

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    (inclusive a de seres humanos) ocorre uma agregação num determinado local do seu habitat escolhidocomo área de dormida. Ao aumento de densidade de predador em locais (ou manchas de habitat da presa)onde se concentre maior número de presa, dá-se o nome de resposta de agregação.

     No processo de agregação vale considerar o “egoísmo dentro da manada” (tradução literal doinglês “selfish herd”, sem equivalência precisa em português); segundo W.D.Hamilton, em algumas populações animais com certa organização racional, os novos indivíduos são admitidos no grupoocupando inicialmente a borda, ou seja, o “território perigoso”. Em certas agregações, a periferia é maissuscetível ao ataque de predadores.AGRESTE

    Ecossistema de transição entre a mata úmida e a caatinga, no estado da Paraíba, possuindo portanto espécies vegetais comuns desses ecossistemas. Alguns autores subdividem o agreste emsublitorâneo e da borborema. No primeiro ocorrem: marmeleiro, Crotalum  sp; juazeiro,  Zizyphus joazeiro; além de bromeliáceas e cactáceas, como o facheiro, Cereus jamacaru. No agreste da borboremaocorrem: catingueira, Caesalpinia pyramidalis; umbuzeiro, Spondias tuberosa; baraúna, Schinopsisbrasiliensis; angico, Anadenanthera macrocarpa; e o pau d’arco Tabebuia sp, além de outras.AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA

    Uso de energia (energia solar, de tração animal e do próprio homem) visando uma produçãoagrícola apenas suficiente para gerar alimento e recursos para o sustento do próprio agricultor e suafamília. Raramente há produção de excedente para a comercialização ou para armazenar, comosuprimento para “tempos mais difíceis”. 

    AGRICULTURA ITINERANTETipo de sistema agrícola (“shifting cultivation”, em inglês), primitivo, adotado historicamente

    nos ecossistemas de floresta tropical, em que o ser humano derruba trecho da floresta, queimando-ocomo preparo da terra para o cultivo de subsistência, obtendo durante poucos anos (4 a 6 ) alimento e posteriormente, abandonando essa área que se tornou improdutiva. Passa então a ocupar novo trecho defloresta e assim por diante. A área inicial abandonada, onde se estabeleceu vegetação secundária, apóscerca de 20 anos, poderá ser novamente utilizada para o cultivo. Na amazônia os indígenas ainda praticam a agricultura itinerante, plantando milho, mandioca etc, assim como muitos agricultores ditoscivilizados usam este sistema, também conhecido por “slash-and-burn” (em inglês; sendo também usada

    a expressão “clear cutting”). As queimas de pastagens, principalmente em Rondônia, feita para controlaras “ervas daninhas” que nelas proliferam, são também consideradas como sério problema ecológico. AGROCLIMATOLOGIA

    O estudo do clima em relação à produtividade de plantas e animais de importância naagropecuária.

    (Ver BIOCLIMATOLOGIA)AGROECOLOGIA

    Aplicação de princípios ecológicos nas ciências agronômicas.(Ver BIOAGRONOMIA)

    AGROECOSSISTEMA(Ver AGROSSISTEMA)

    AGROFLORESTAO sistema agroflorestal baseia-se na reconstituição do complexo sistema florestal original, nele

    inserindo-se algum tipo de cultivo ou diferentes tipos de cultivo, de maneira a manter o sistemaeconomicamente produtivo, preservando a biodiversidade e as características, o mais próximo possível,

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    AGROINDÚSTRIAAtividade industrial baseada no beneficiamento de produto obtido da agricultura e/ou pecuária.

    Exemplos: usina de cana-de-açúcar, destilarias de álcool, óleos vegetais, laticínios, frigoríficos ematadouros, fecularias, curtumes, sucos e conservas, bebidas, têxteis.

    (Ver ECOLOGIA INDUSTRIAL) AGRONOMIA

    Conjunto de ciências e princípios aplicados à agricultura.(Ver AGROECOLOGIA)

    AGROSSISTEMAAGROSSISTEMA = AGROECOSSISTEMA = ECOSSISTEMA AGRÍCOLASistema ecológico introduzido e manipulado pelo homem, constituído por seres vivos

    (componente biótico) em interação com o ambiente (componente abiótico). No caso específico de cultivointroduzido em floresta, dá-se o nome de agrofloresta.

    (Ver AGROFLORESTA; AQÜICULTURA; e ECOSSISTEMA)AGROSTOLOGIA

    Estudo das gramíneas.AGROTÓXICO

    (Ver PESTICIDA)ÁGUA BRUTA

    Água, geralmente para abastecimento, antes de receber qualquer tratamento.ÁGUA CAPILAR

    Água existente nos poros do solo, aderindo às partículas como uma película e que sob a

    influência de “forças capilares” (decorrentes de um gradiente de potencial de água) disponibiliza-se àabsorção pelas raízes das plantas e pela microbiota.ÁGUA DE PERCOLAÇÃO

    ÁGUA DE PERCOLAÇÃO = ÁGUA INTERSTICIALÁgua, geralmente de precipitação pluvial, que penetra no solo, ou seja, nos seus espaços ou

    interstícios. As raízes de muitas plantas se beneficiam somente dessa água.Á

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      II-Classe 1 destinada: a) ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário (natação, esqui aquático emergulho); d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentesao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e) à criação natural e/ou intensiva(aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana.

    III-Classe 2 destinada: a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário (esqui aquático, natação emergulho); d) à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas; e) à criação natural e/ou intensiva(aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana.

    IV-Classe 3 destinada: a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; b) àirrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à dessedentação de animais.

    V-Classe 4 destinada: a) à navegação; b) à harmonia paisagística; c) aos usos menos exigentes.Para as águas de Classe Especial, os coliformes totais deverão estar ausentes em qualquer

    amostra. No quadro que segue estão representados os valores das principais fontes de água da Terra

    (COLINVAUX, 1986).

    RESERVATÓRIO VOLUME DE ÁGUA (X 106 km3) TOTAL (%)Oceanos 1322,0 97,21Gelo glacial 29,2 2,15Lençol freático 8,4 0,62Água retida no solo 0,067 0,005Água doce dos lagos 0,125 0,009Mares em terra e lagos salgados 0,104 0,008Rios e riachos 0,001 0,0001Atmosfera (nuvens e vapor no ar) 0,013 0,001

    ÁGUA RESIDUÁRIAÁgua de despejo, contendo resíduo com potencialidade para poluir.

    ÁGUA SUBTERRÂNEA(Ver LENÇOL FREÁTICO)

    AGUDO (EFEITO AGUDO / DOENÇA AGUDA)Efeito / doença que ocorre em curto espaço de tempo, por exposição à determinada substância

    tóxica / agente causador de doença, podendo ocorrer morte ou recuperação rápida. No caso de doença,citam-se como exemplos, a febre tifóide e o sarampo.

    (Ver CRÔNICO) AIA (AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL)

    (Ver IMPACTO AMBIENTAL)ALBEDO

    Relação entre a energia (solar ou eletromagnética) incidente e a refletida. É de importânciaecológica, uma vez que participa do fluxo energético. Como exemplo de seus valores, geralmenterepresentados em porcentagem, um solo arenoso tem um albedo de 25 a 30 e uma floresta de 5 a 10.“alcali-”

    “alcali-” = “basi-”

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    ALELOPATIATermo geralmente usado para indicar a inibição do desenvolvimento de uma população, através

    de substâncias químicas inibidoras produzidas por plantas. Um exemplo é o ácido úsmico, produzido porliquens, que inibe plântulas de coníferas e que tem efeito antibiótico sobre fungos.

    (Ver ANTIBIOSE)ALELOQUÍMICOS

    São produtos ditos semioquímicos, que viabilizam mudança comportamental em indivíduos deoutra espécie.

    (Ver FEROMÔNIOS; e PESTICIDA)ALGICIDA

    Agente químico que mata alga.ALGÍVORO (ALGIVORIA)

    Organismo que se alimenta de algas.ALGOLOGIA

    (Ver “fico-”)ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS

    (Ver TRANSGÊNICOS)ALISSOLOS

    (Ver SOLOS BRASILEIROS, CLASSIFICAÇÃO DE)

    ALITIZAÇÃO(Ver SILICATOS)ALLEE

    (Ver PRINCÍPIO DE ALLEE)ALLEN

    (Ver REGRAS ECOGEOGRÁFICAS)“alo-”

    Prefixo significando “outro”. Há inúmeros termos com este prefixo, como por exemplo:alocórico, alomônio, aloquímico, aloparasita, alóctone etc.

    ALOCAÇÃO REPRODUTIVA(Ver ESFORÇO REPRODUTIVO) ALOCÓRICO (ALÓCORE)

    Ocorrendo em duas ou mais comunidades dentro de uma determinada região geográfica.(Ver “-coria”)

    ALÓCTONEALÓCTONE = INVASOROrganismo alóctone, também chamado de “invasor”, é aquele que se origina em outro local e é

    transportado para determinado ambiente na forma vegetativa ou de esporo. Animais que foram

    inadvertidamente introduzidos pelo ser humano em ambientes que lhes são estranhos, são tambémalcunhados de “invasores”.As “plantas invasoras” de cultivos, assim chamadas pelos ecólogos e conhecidas na linguagem

    agronômica como “ervas daninhas”, são em muitos casos, organismos alóctones.(Ver AUTÓCTONE)

    ALOGAMIA(Ver EXOCRUZAMENTO)

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    caractéres, isto é, têm características (morfológicas, fisiológicas, ecológicas ou de comportamento)similares.

    O isolamento geográfico (ou uma barreira topográfica ou espacial qualquer) pode resultar numaespeciação alopátrica.

    (Ver SIMPATRIA)ALOQUÍMICO

    Um composto secundário produzido por plantas, como parte de seu mecanismo de defesa contraherbívoros; age como uma toxina ou como um redutor de digestibilidade.ALOTRÓFICO, LAGO

    (Ver AUTOTRÓFICO, LAGO)ALPINO (ou ALPESTRE) e SUBALPINO

    Os organismos que vivem em altitudes elevadas (a 1000 m ou mais de altitude) são geralmentedenominados de alpinos ou alpestres. O termo subalpino, em fitogeografia, refere-se às plantas que vivemno alto das montanhas; dá-se a essa comunidade vegetal também o nome de orófila (fala-se que orófito éum vegetal da montanha).ALQUILBENZENO

    (Ver “ABS − ALKYLBENZENE SULPHONATE”)ALTRUÍSMO e EGOÍSMO (ou MALEVOLÊNCIA)

    Alguns autores usam estas expressões (em inglês respectivamente, “altruism” e “selfishness” ou“spitefulness”) nos estudos sobre interações sociais entre certas espécies (como em insetos sociais). Noaltruísmo a espécie recipiente recebe o benefício da espécie doadora. Esta última terá seu “fitness”reduzido. No egoísmo o “fitness” do doador aumenta.

    (Ver JOGO DO FALCÃO-POMBO)“ALTWASSER”

    (Ver MEANDROS) ALUVIÃO

    Deposição de material, nas margens ou várzeas de rios, proveniente do próprio rio.Os solos de aluvião são geralmente, férteis e produtivos.Uma vegetação que ocorra em áreas sob influência dos cursos d’água, lagoas e assemelhados,

    geralmente arbustiva ou herbácea, é dita vegetação aluvial.(Ver ELUVIÃO)

    AMBIENTALISMO DA EMANCIPAÇÃOTalvez seja esta expressão a mais adequada para traduzir a expressão norte-americana

    “emancipatory environmentalism” ou ecologia do bem-estar humano; é uma aproximação de caráter maisambientalista, holística, para o planejamento econômico, professado pelo ecólogo norte-americano BarryCommoner e pelo economista alemão Ernst Friedrich Schumacher. Estes, enfatizaram a necessidade de seintroduzir processos produtivos que trabalhassem com a Natureza e não contra ela, priorizando o uso de produtos orgânicos e os recicláveis.

    AMBIENTALISTA(Ver ECOLOGISMO; e ECOFEMINISMO) 

    AMBIENTE(Ver MEIO AMBIENTE)

    AMEAÇADO DE EXTINÇÃOAlguns autores aplicam este termo para espécies que, embora não estejam ainda sob risco de

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    de hidrogênio é adicionada a uma solução de amônia, há liberação de íon de amônia, pela reação: NH3 +H+ → NH4

    +.(Ver NITRIFICAÇÃO; e DESNITRIFICAÇÃO) 

    AMPLITUDE ECOLÓGICAAMPLITUDE ECOLÓGICA = LIMITE DE TOLERÂNCIA = TOLERÂNCIA AMBIENTALAmplitude de condições ambientais, nas quais um organismo pode viver e prosperar.O termo “tolerância” será melhor usado quando se desejar referir-se aos extremos dentro dos

    quais um organismo pode sobreviver.(Ver LEI DA TOLERÂNCIA)

    ANABOLISMOFase inicial do metabolismo, onde ocorre síntese de substâncias que se constituirão na estrutura

    celular de um organismo. É uma fase de assimilação, construtiva.(Ver CATABOLISMO; e METABOLISMO) 

    ANÁDROMOANÁDROMO = PIRACEMAOrganismo, geralmente peixe, que sobe o rio em direção às cabeceiras, para a desova. Algumas

    espécies realizam a piracema todos os anos, de outubro a maio. Denomina-se catádromo o peixe quedesce o rio, em direção ao mar, para a desova. Os termos potamódromo e oceanódromo dizem respeitoaos organismos que só se movimentam (ou migram) nos rios e nos oceanos, respectivamente.

    (Ver DEFESO)

    ANAERÓBIOOrganismo que respira anerobiamente.(Ver RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA)

    ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃOA análise de viabilidade de uma população, conhecida originalmente em inglês como “PVA − 

    Population Viability Analysis”, é uma estimativa das probabilidades de extinção de uma população, a partir de análises do processo de extinção que incorporam ameaças, identificáveis, à sobrevivência deuma população.

    Utiliza-se nesta análise um modelo de simulação para computador denominado de VORTEX.Este é uma ferramenta que explora a viabilidade de populações sujeitas a inúmeros fatores que as põemem risco (perda de habitat, super-captura, competição ou predação por espécies introduzidas, etc.). Neste programa são simulados: processos de nascimento e morte, de transmissão de genes através de gerações,em que se procura verificar ao acaso o número de filhotes que cada fêmea gera anualmente e qual dosdois alelos de um locus gênico é transmitido de cada um dos pais para cada descendente.

    Um exemplo de sua aplicação pode ser visto no trabalho de um dos seus pioneiros em usá-lo:“Lacy, R.C. (1993). VORTEX: a computer simulation model for population viability analysis. WildlifeResearch, 20(1): 45-65”. Este autor afirma que o VORTEX é particularmente recomendado parainvestigar espécies animais com baixa fecundidade e longo período de vida, como mamíferos, aves e

    répteis.ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DE UMA POPULAÇÃO

    Análise geralmente feita sobre populações ou espécies sob risco de extinção, quanto às suaschances de se extinguirem. Melhor metodologia é aplicada num programa para computação (VORTEX)e que analisa a viabilidade de populações sujeitas às interações determinísticas e processos ao acaso;sendo este aspecto tratado no termo ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃO.

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    ANEMOCORIA(Ver “-coria”) 

    ANEMOFILIA(Ver “-filia” / “-filo”) 

    ANILHAMENTOTipo de marcação usada para identificar um animal em estudo. Muito útil, por exemplo, para

    estudo de aves migratórias, em que se coloca um anel numa das patas, contendo informações (numéricas)de sua origem.“ANIMALIA”

    (Ver REINO)ANÓXICO

    Sem oxigênio. ANTAGONISMO

    ANTAGONISMO = INTERFERÊNCIATermo que reúne as categorias de interação ecológica: “competição, comensalismo, parasitismo

    e predação (ou predatismo)” e em que uma das espécies em interação se beneficia.Aplica-se o termo antagonismo mútuo ou ainda predação recíproca ao caso em que indivíduos

    de duas espécies diferentes competem entre si, como as do exemplo clássico descrito, que vivem preferencialmente em farinha de trigo (os coleópteros Tribolium confusum  e T. castaneum; adultos elarvas destas espécies, predam ovos e pupas, reciprocamente.

    Antagonismo, em termos gerais, é oposto a sinergismo.(Ver COEFICIENTE DE INTERFERÊNCIA; e SINERGISMO)

    ANTAGONISMO MÚTUORefere-se à ação negativa recíproca, geralmente entre duas espécies, na competição

    interespecífica ou na predação mútua.(Ver ANTAGONISMO; e PREDAÇÃO MÚTUA)

    ANTAGONISTAS(Ver ANTAGONISMO; e RECURSOS ANTAGONISTAS) 

    ANTIBIOSEProdução de substância, por determinado indivíduo ou população, danosa a outro indivíduo ou

    outra população com a qual compete.A antibiose diz respeito tanto a organismos superiores quanto a microrganismos; neste último

    caso cita-se como exemplo clássico a ação da penicilina, produzida pelo mofo (que ocorre no pão) einibidora do desenvolvimento de bactérias (ação bacteriostática). Se a substância impedirdesenvolvimento de fungo, a ação é fungistática.

    (Ver ALELOPATIA; e EFEITOS ANTIMICROBIANOS)ANTIMICROBIANOS

    (Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS) ANTRÓPICO

    Relativo ao ser humano. Quando por exemplo, nos referimos ao “meio antrópico”, queremosdizer tudo que diz respeito ao homem, ou seja, os fatores sociais, econômicos e culturais, em interaçãocom o ambiente em que ele vive.ANTROPOCÊNTRICO

    Considerando o homem como o ser mais importante do Universo, interpretando tudo em função

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    APOSEMATISMOEmbora pouco usado, este termo diz respeito a uma reação importante no reino animal, que é o

    fato de algumas espécies realçarem cores, às vezes berrantes e brilhantes, que servem de advertência para possíveis predadores. Alguns destes animais são extremamente venenosos (rãs da amazônia) e outros têmsabor apenas desagradável.

    (Ver CAMUFLAGEM; CRÍPTICO; DEFESA QUÍMICA; MIMETISMO; e MIMETISMOMÜLLERIANO (ou de MÜLLER)) “APOSTA, CERCANDO UMA ou “APOSTANDO DOS DOIS LADOS”

    (Ver “BET HEDGING”)APTIDÃO

    (Ver “FITNESS”)

    AQUECIMENTO GLOBAL(Ver EFEITO ESTUFA)

    AQÜICULTURACultivo de organismos aquáticos, de água salgada ou doce (de ostras, ostreicultura; peixes,

     piscicultura; camarões, caranguejos e siris, carcinicultura etc). Ao cultivo de organismos marinhos dá-seo nome de maricultura.AQÜÍFERA(O)

    Denomina-se aqüífera a rocha permeável à água, retendo-a ou permitindo sua passagem para olençol freático ARAUCÁRIA

    (Ver FLORESTA ACICULIFOLIADA)ARBORICIDA

    Um agente químico que mata árvore.(Ver BIOCIDA)

    ARCHAEA(Ver ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL; e DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS)

    ÁREA BASALÁrea seccional transversal de árvores, comumente medida à altura do peito (Ver D.A.P. − 

    DIÂMETRO À ALTURA DO PEITO) ou cobertura de uma determinada área ocupada por gramíneas.Para calcular esta área, mede-se o perímetro da árvore à altura do peito; a área basal da

    circunferência assim delimitada é deduzida a partir das fórmulas: r = P / 2.π, onde r   é o raio e P  o perímetro medido. Logo, a área basal, delimitada pela circunferência traçada à altura do peito, será: Área= π.r 2.

    A área basal é o melhor indicador da densidade de uma vegetação. A visão de uma determinadaárea em que se efetuou a medição de área basal seria semelhante à de uma “vista aérea” de um trecho damata, como se as árvores (com mais de 10 cm de perímetro) tivessem sido cortadas (a 1,30 m do solo);conforme esquematizada a seguir uma área de 400 m2 (20 m X 20 m).

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      1) Para efeito de comparação, uma floresta natural nas montanhas da Europa central tem umaárea basal total de árvores entre 40 e 50 m2/ha.

    2) Cálculos de área basal (e de classes de diâmetro de árvores) de diferentes estudos, podem nãoser comparáveis.

    ÁREA DE DORMIDA(Ver AGREGAÇÃO) 

    ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA)Categoria de unidade de conservação do Grupo II do SNUC. Área, constituída por terras

     públicas ou privadas, contendo ecossistema que se deseje proteger de interferência humana e que paraisso é disciplinado o uso do solo.

    (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO; e UNIDADESDE CONSERVAÇÃO)ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO (ARIE)

    Categoria de unidade de conservação do Grupo II do SNUC. Área em geral de pequenaextensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou queabriga exemplares raros da biota regional. Entre outras atividades não predatórias, é permitido oexercício do pastejo equilibrado e a colheita limitada de produtos naturais, desde que devidamentecontrolados pelos órgãos supervisores e fiscalizadores, sendo no entanto proibidas quaisquer atividadesque possam por em risco a conservação dos ecossistemas, a proteção especial à espécie de biota

    localmente rara e a harmonia da paisagem.(Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO; e UNIDADES

    DE CONSERVAÇÃO)ÁREA DE TENSÃO ECOLÓGICA

    (Ver ECOTONO)ÁREAS ESPECIAIS

    Denominação dada pelo IBGE - Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, àsUnidades de Conservação.

    (Ver UNIDADES DE CONSERVAÇÃO)

    ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃOA definição de regras para identificação de áreas prioritárias para a conservação, utilização

    sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade, no âmbito das atribuições do Ministério doMeio Ambiente, são regulamentadas no Decreto no  5.092, de 21/05/2004. A avaliação e identificaçãodessas áreas e as ações prioritárias far-se-ão considerando-se os seguintes conjuntos de biomas:

    I – Amazônia; II – Cerrado e Pantanal; III – Caatinga; IV – Mata Atlântica e Campos Sulinos; eV – Zona Costeira e Marinha. Detalhes da instituição e aplicações de tal decreto podem ser vistos emPAZ et al. (2006).

    (Ver UNIDADES DE CONSERVAÇÃO)

    AREIA(Ver TEXTURA DO SOLO)

    ARENA(Ver TERRITORIALIDADE) 

    ARESTA CONTINENTAL(Ver TALUDE (e TALUDE CONTINENTAL); e APÊNDICE IV −  ZONAS DE

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     baixa, com forte ligação do H ao O, sendo portanto resistente à penetração de água (não incha e por issoé utilizada na confecção de potes de barro); vermiculita com estrutura similar a da ilita, com camadas

    fracamente aderidas entre si por moléculas hidratadas de magnésio, facilmente hidratável, porém menosdo que a montmorilonita, mas com alta CTC, sendo por isso muito usada em plantas envasadas (comonos estudos de MVA).

    (Ver TEXTURA DO SOLO) ARGILOMINERAIS

    (Ver SILICATOS)ARGISSOLOS(Ver SOLOS BRASILEIROS, CLASSIFICAÇÃO DE)ARIDEZ

    (Ver ÍNDICE DE ARIDEZ)ÁRIDO (REGIÃO ou CLIMA)

    (Ver DESERTO)ÁRIDO-ATIVA, PLANTA

    Planta que utiliza mecanismos fisiológicos de resistência à seca, tais como aumento na eficiênciade absorção (condução) e de economia (transpiração) de água.ÁRIDO-PASSIVA, PLANTA

    Planta que sobrevive nos períodos de seca graças à produção de estruturas resistentes, comosementes e componentes morfo-anatômicos especiais.

    ÁRIDO-TOLERANTE, PLANTAPlanta que resiste à seca sem danos citoplasmáticos.

    ARIE(Ver ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO)

    ARQUEBACTÉRIAS(Ver DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS)

    ARQUIBÊNTICA (ou ARQUIBENTÔNICA ou ARQUIBENTAL)(Ver ZONA ARQUIBÊNTICA)

    ARREICA(Ver REGIÃO ARREICA / ENDO... / EXO...)

    ARRIBAÇÃOARRIBAÇÃO = ARRIBAÇÃ = AVE DE ARRIBAÇÃO = AVOANTEFenômeno ou ave, columbiforme, que migra para certos locais do nordeste brasileiro, para a

    desova.ARRIBADA, ALGAS DE

    É muito comum nos locais adjacentes a bancos de algas, que algas foliares (Sargassum  spp eoutras), fixas sobre rodolitos e sob ação de correntes mais fortes, se desloquem até as praias, produzindo ofenômeno denominado de arribada.

    Diz-se também arribada, quando se refere à migração das tartarugas, durante a baixa-mar, para adesova.

    (Ver ARRIBAÇÃO)ARROIO

    (Ver CÓRREGO)ÁRVORE EMERGENTE

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    etc. Suas fibras, microscópicas, se inaladas, causam (em alguns anos de contato direto) a asbestose(doença pulmonar). Contatos curtos podem causar mesotelioma, uma forma fatal de câncer.

    ASBESTOSE(Ver ASBESTO; e SILICOSE)

    ASCARELGrupo de substâncias orgânicas (bifenilas policloradas), conhecidas também como “PCBs − 

    Polichlorinated biphenyl”, resultado da mistura de compostos clorados em vários graus, de acordo com asua finalidade. Um deles, oleoso, é usado para dissipar calor em capacitores elétricos e transformadores.É insolúvel em água e resistente à biodegradação, acumulando-se ao longo da cadeia alimentar, sendoaltamente tóxico e podendo causar problemas (por ingestão ou contato) gástricos, danos renais ehepáticos, defeitos congênitos, bronquite, aborto, lesões na pele e tumores.

    ASSEMBLÉIAUm ajuntamento de organismos sociais objetivando uma atividade em grupo (de insetos, peixes

    ...).ASSIMILAÇÃO

    ASSIMILAÇÃO = ENERGIA METABOLIZADA No caso dos autótrofos (produtores primários) a “assimilação” corresponde à produtividade

     primária bruta. Nos heterótrofos (consumidores) refere-se à energia metabolizada, ou seja: ingestão dealimentos - egestão = assimilação; é portanto, a “produção dos consumidores”; ou em outras palavras,esta assimilação pode ser dada pela relação alimento absorvido : alimento ingerido. Em ecologia usa-se a

    expressão eficiência de produção que é a porcentagem da energia assimilada (An) que é incorporadacomo nova quantidade de biomassa (Pn), ou: EP = Pn/An X 100. Alguns autores preferem distinguir aeficiência de produção bruta, como sendo a porcentagem de alimento ingerido por um organismo e que éusado no seu crescimento e reprodução e a eficiência de produção líquida, que é a porcentagem dealimento assimilado por um organismo e que é usado com o mesmo propósito; tal eficiência é tambémconhecida como coeficiente de eficiência de assimilação.

    (Ver TAXA DE ASSIMILAÇÃO LÍQUIDA)ASSOCIAÇÃO INTERESPECÍFICA

    Refere-se às diferentes espécies que vivem muito próximas ou que geralmente ocorrem juntas.

    ASSOCIAÇÃO VEGETALÉ um tipo de comunidade vegetal, de composição definida, apresentando uma fisionomia

    uniforme e crescendo em condições de habitat uniforme. Caracteriza-se pela presença de um ou maisdominantes que lhes são peculiares.

    Alguns autores acham conveniente atribuir nomes às diversas associações vegetais, de acordocom os seus dominantes peculiares, como por exemplo, a associação Caesalpinia - Zizyphus - Schinopsisbrasiliensis  (espécies vegetais da caatinga, ocorrendo as duas últimas em “baixadas” e a primeira, próxima a córregos e rios e que muitas vezes são encontradas formando tais associações características).É comum usar-se o sufixo “-etum” para designar uma associação, combinado ao nome genérico da

    espécie dominante. Ex.: “avicennietum”, comunidade de manguezal dominada por planta do gênero Avicennia.

    Ao índice da freqüência de co-ocorrência de duas espécies dá-se o nome de coeficiente deassociação, que é calculado como o número de amostras no qual ambas as espécies ocorrem, dividido pelo número de amostras no qual poderia se esperar que ocorressem por acaso.

    (Ver CONSOCIAÇÃO)

     

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      Conjunto de várias camadas externas ao nosso planeta e que atinge os 1.000 km de altitude. Suacomposição química é homogênea, daí também ser conhecida como homosfera. Seus componentes de

    destaque são (por volume, em %):Componente químico Quantidade (%)

     Nitrogênio (N2) 78,08Oxigênio (O2) 20,84Argônio (A) 0,93Dióxido de carbono (CO2) 0,033* Neônio (Ne) 0,0018Hélio (He) 0,0005Criptônio (Kr) 0,0001

    Xenônio (Xe) 0,00009Hidrogênio (H) 0,00005Monóxido de dinitrogênio (N2O) 0,00005Metano (CH4) 0,00002* Obs.: em 1880 a quantidade estimada era 0,028 % e em 1968 era

    0,031 %, tendo ocorrido um aumento de 60 % da era pre-industrial para aindustrial. Em 2004 foram registrados 379 ppm de CO2.

    A atmosfera subdivide-se nas seguintes camadas:

    Troposfera (0 - 10 km de altitude); mais espessa no equador do que nos polos.Tropopausa (com 3 km ou mais).Estratosfera (15 - 30 km).Estratopausa (30 - 40 km).Mesosfera (40 - 80 km).Mesopausa (80 - 90 km).

    Segue-se a termosfera ou heterosfera, com composição química variável (com camadas de N2,O, He e H), chegando a atingir os 10.000 km de altitude.

    (Ver OZONOSFERA)

    ATOLRefere-se a um tipo de recife, com tendência circular, formado geralmente em torno de uma

    laguna. O Atol das Rocas, a 200 km da costa do Rio Grande do Norte, originou-se provavelmente devulcão truncado pela erosão marinha, por aglomeração de algas calcárias.

    (Ver ABROLHO)ATRAZINA

    (Ver ORGANOCLORADO)ATRIBUTOS DA POPULAÇÃO

    ATRIBUTOS DA POPULAÇÃO = PROPRIEDADES DO GRUPO POPULACIONAL

    Referem-se àquelas características inerentes à população e não ao indivíduo da população, taiscomo a natalidade, longevidade, mortalidade, potencial biótico enfim. São como se fossem “padrões”,devendo-se no entanto considerar-se o “fitness” do indivíduo.

    (Ver “FITNESS”) “AUFWUCHS”

    (Ver PERIFITON) 

     

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    AUTODEPURAÇÃOPurificação natural de um sistema aquático, mormente efetuado a partir de atividade microbiana

    (bactérias, fungos, protozoários, algas), dependendo de diversos fatores ambientais, sendo a oxigenaçãoum dos mais importantes.AUTOÉCIO

    (Ver o sufixo “-ÉCIO”)AUTOECOLOGIA

    AUTOECOLOGIA = AUTECOLOGIAUma das subdivisões da ecologia, que estuda o organismo individual ou indivíduos de

    determinada espécie em relação ao ambiente.(Ver SINECOLOGIA)

    AUTOLIMITAÇÃOQuando a densidade de predadores aumenta, em determinado local, mesmo que o suprimento de

    alimento (presas) exista em abundância, chegar-se-á a um ponto em que algum outro tipo de recurso poderá faltar, como local para nidificação, local seguro de refúgio ou para dormida etc. Embora o modelode Lotka-Volterra considere que um grande número de presas seja sempre suficiente para manter sempreum grande número de predadores, o mais provável é que em certo nível de densidade populacional, ummecanismo, como por exemplo, o de “interferência mútua”, estabeleça limites ao seu crescimento.AUTOPARASITA

    (Ver HPERPARASITA)

    AUTOPELÁGICO(Ver PELÁGICO)

    AUTORRALEAMENTO(Ver LEI DA POTÊNCIA DOS TRÊS MEIOS) 

    AUTORREGULAÇÃO (ou AUTO REGULAÇÃO)AUTORREGULAÇÃO = REGULAÇÃO DE UMA POPULAÇÃORefere-se à tendência de uma população em diminuir de tamanho quando atinge um nível

     particularmente mais alto e de aumentar de tamanho quando abaixo desse nível. A autorregulação podeocorrer como resultado de um ou mais processos “dependentes da densidade” agindo sobre as taxas de

    natalidade (e/ou imigração) e/ou de mortalidade (e/ou emigração).AUTOTRÓFICO, LAGO

    Um lago onde praticamente toda a matéria orgânica nele existente é originária do próprio lago;em oposição, fala-se em lago alotrófico, que recebe matéria orgânica das áreas circundantes.

    (Ver DISTRÓFICO; EUTRÓFICO; e OLIGOTRÓFICO)AUTÓTROFO

    Organismo que obtém energia da luz (fotoautótrofo) ou da oxidação de compostos inorgânicosou íons (quimioautótrofo) e adquire carbono parcial ou totalmente do CO 2. Algumas algasfotossintetizadoras requerem um ou mais fatores de crescimento, embora sua fonte principal de carbono

    continue sendo CO2 e são denominadas fotoauxótrofos.(Ver HETERÓTROFO)

    AUXOTROFIADiz-se da dependência dos organismos a um ou mais nutrientes, como por exemplo a

    aminoácidos e vitaminas. Alguns autores especificam que esta dependência não existe no “tiposelvagem” de, por exemplo, microrganismo (conhecido como protótrofo, ou seja, que se nutre de uma

     Á Ê

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    B

    BACHARACH(Ver ESCALA DE BACHARACH)

    “BACKGROUND”Termo muito utilizado na língua inglesa para designar diversos efeitos, tais como: 1) Refere-se à

    concentração de determinado poluente na ausência da fonte poluidora, que antes ali ocorria. 2) Diztambém respeito ao nível de radiação proveniente de fontes naturais ou de outras fontes além daquelasque estejam sendo medidas e são usadas como dados de referência contra as quais sejam comparadas para efeito de informação ao público. 3) Algumas vezes refere-se à concentração de determinadasubstância a alguma distância da fonte e portanto, sem sua influência direta.

    Em português aplica-se o termo equivalente “ruído de fundo” para designar possíveisinterferências nas medições, por exemplo, de material radioativo. Alguns autores usam o termo “ruídoambiental” (do inglês “environmental ‘noise’”) referindo-se a “sinais estranhos” que tendem a mascarar processos bióticos.

    (Ver RADIAÇÃO DE FUNDO) BACTÉRIA (e “BACTERIA”)

    (Ver ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL; e DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS) BACTERICIDA

    Substância que elimina bactérias.(Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS; e PESTICIDA) 

    BACTERIOCLOROFILAPigmento, quimicamente diferente da clorofila, que ocorre nas cianobactérias, tendo pico de

    absorção de luz entre 800 nm e 890 nm, que é a faixa dos raios infravermelhos. BACTERIOFAGIA

    (Ver BACTERÍVORO; e FAGO)BACTERIOLÍTICO

    (Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS)BACTERIOPLÂNCTON

    (Ver APÊNDICE V − PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO) BACTERIOSTASE

     Á Ê

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    BALANÇO DE CALORÉ um balanço do conteúdo energético ou teor de calor de um organismo (“heat budget”, em

    inglês), que é geralmente expresso por uma equação que se refere à taxa de troca de calor desseorganismo (com o ambiente) em termos de ganhos e perdas (pela radiação, condução, convecção eevaporação ou transpiração) somados ao calor interno que é gerado pela metabolização dos alimentos; ouseja:

    Troca do conteúdo de calor = metabolismo – evaporação ± radiação ± condução ±convecção.Obs.: 1) o símbolo mais ou menos (±) é utilizado porque radiação, condução e convecção pode

    acrescentar ou retirar calor do organismo em questão. 2) O balanceamento perfeito entre ganhos e perdasdetermina que a troca de calor do organismo seja 0 (zero).BALANÇO HÍDRICO

    Balanço da entrada e saída de água num determinado compartimento ambiental (lago ou baciahidrográfica qualquer).

    Refere-se este termo também, em ecofisiologia vegetal, ao balanço ou valores de economia deágua de uma planta, ou seja, sua capacidade de absorção de água, suas perdas pela transpiração; enfimseus mecanismos de manutenção deste imprescindível componente da matéria viva.BALANÇO NUTRICIONAL

    Ganho e perda de nutrientes por comunidades. Estando as comunidades em equilíbrio dinâmico,“a entrada (ou ganho) de nutrientes = a saída (ou perda)”. Quando a entrada é superior à saída há umacúmulo de nutrientes, muitas vezes em forma de necromassa. As comunidades em sucessão ecológica

    têm tipicamente a representação: entrada - saída = armazenamento. A figura seguinte (extraída deBEGON et al., 1990) ilustra alguns componentes representativos do balanço nutricional de umecossistema terrestre e um aquático. Observar na figura que:

    a) FBN = fixação biológica do nitrogênio (N2 atmosférico). b) Os dois ecossistemas estão ligados pelo fluxo de água, que é uma importante “saída” de

    nutrientes do ecossistema terrestre e uma importante “entrada” no ecossistema aquático. 

    FBN

    desnitrificaçãoFBN e desnitrificação

    dissolução e

    emissão de gases

     perda por

    aerossóis

    emissão e absorção de

    gases

    fluxo de água do

    intemperização derocha e solo

    água p/ olençol

    freático

     precipitações úmida e seca

     precipitações úmida e seca

    fluxo de água

    fluxo de água p/ rios eestuários

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    BANHADO

    (Ver CAMPOS SULINOS; e PRADARIAS)

    BARLAVENTO e SOTAVENTOEm relação a um obstáculo, uma montanha por exemplo, barlavento é o lado de onde vem o

    vento e sotavento é o lado da montanha protegido do vento.

    (Ver SOMBRAS DE CHUVA)“baro-”Prefixo de origem grega significando “peso; gravidade” e que é usado no sentido de “pressão

    atmosférica” como prefixo de muitos termos, como por exemplo: barômetro (aparelho que mede a pressão atmosférica); e muitos outros termos, em que a um organismo ou a uma ação ou situação seatribui a propriedade relacionada à pressão em geral ou atmosférica: barosensível (que não tolera pressãohidrostática elevada; barocórico (cujo propágulo se dispersa graças a seu peso); barotropismo (orientaçãoem resposta a estímulo de pressão) e muitos outros.BARÓFILO

    Termo geralmente utilizado para indicar microrganismo que prefere viver sob alta pressão. Éconhecida uma espécie de bactéria, do gênero Spirillum, que cresce bem mais rápido sob pressão entre300 e 600 atm, do que sob 1 atm. Observe que a unidade “atm” deve ser substituída por Pa (Pascal) (1atm = 101.325 Pa = 0,1013MPa) (ver APÊNDICE II −  SI −  SISTEMA INTERNACIONAL DEUNIDADES). BARREIRA AMBIENTAL

    (Ver BARREIRA ECOLÓGICA; e SIMPATRIA)BARREIRA DE CHUVA

    BARREIRA DE CHUVA = SOMBRA DE CHUVA

    Interrupção de precipitação pluvial (ou de precipitação atmosférica) no lado de sotavento deuma cadeia montanhosa ou serras. No estado da Paraíba, por exemplo, é sabido que a serra da Borborema(em Campina Grande) constitui-se em barreira para a chuva que poderia cair nas microrregiões doscarirís, deste Estado. Esta serra alonga-se paralelamente às microrregiões do brejo e litoral paraibanos. BARREIRA ECOLÓGICA (ou BARREIRA AMBIENTAL)

    Obstáculo, limite ou um impedimento qualquer (de origem natural ou antrópica) que impeça adi ã d l ã l õ d i i l d i difi l d i di d

    Denominação comum no sul doBrasil, das extensões de terra inundadas porrios, semelhante às várzeas e propícias àagricultura. Na foto ao lado vê-se o ratão-do- banhado ( Myocastor coypus), um roedormiocastorídeo, num trecho desse ecossistema(foto do site  www.wikipedia.org). Na Natureza, o banhado garante a existência deecossistemas vizinhos, como as lagoas,fornecendo-lhes água durante a seca eretendo-a durante a cheia (ação detamponamento).

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    “bati-”Prefixo de origem grega que significa “profundo”. Utilizado em diversos termos, referindo-se à

    zona ou local de profundidade aquática, como em batimetria (medição do relevo no fundo de oceanos...usando-se batímetro); batiplâncton (plâncton da região batipelágica ou seja, de grande profundidadeoceânica) etc.

    (Ver APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) BATIPELÁGICO(A)

    (Ver ZONA BATIPELÁGICA)BATRACOTOXINAS

    (Ver DEFESA QUÍMICA)“BCF − BIOCONCENTRATION FACTOR”

    (Ver FATOR DE BIOCONCENTRAÇÃO)“benti-” (ou “bento-”)

    Prefixo de origem grega significando “fundura; profundidade”. É usado em referência ao leito ousedimento de fundo de rio, lago e oceano. São muitos os termos em que se usa tal prefixo, como porexemplo: bentófita (planta que vive no leito de um corpo de água ou rio); bentopleustófita (planta quevive livremente no leito de um lago e que pode ser carregada pelas correntes de água); bentopotâmico(que vive em leito de rio ou córrego); e muitos outros.

    (Ver BENTOS)BENTOPELÁGICO(A)

    (Ver ZONA BENTOPELÁGICA; APÊNDICE IV −  ZONAS DE PROFUNDIDADEMARINHA)BENTOS

    Organismos aderidos ou em repouso sobre o fundo de habitats aquáticos ou vivendo nossedimentos de fundo.

    (Ver “benti-”; NÉCTON; NEUSTON; PLÂNCTON; e PLEUSTON)BERGER-PARKER

    (Ver ÍNDICE DE BERGER-PARKER)BERGMAN

    (Ver REGRAS ECOGEOGRÁFICAS)“BET HEDGING”

    Em inglês significa literalmente “cercando uma aposta; ou apostando dos dois lados”. Refere-se,no ciclo vital de um organismo, à redução do risco de mortalidade ou falha reprodutiva, pela adoção deuma estratégia ou de estratégias simultâneas, ou diluindo tais riscos no tempo e no espaço. A reproduçãocontínua, perene, ao invés de anual, seria um exemplo.“BHC − BENZENE HEXACHLORIDE” (ou HEXACLORETO DE BENZENO)

    (Ver ORGANOCLORADO)BHOPAL, TRAGÉDIA DE

    Cidade da Índia onde, em 1984, ocorreu o que talvez tenha sido o pior acidente industrial domundo. Cerca de 45 Mg (megagrama = tonelada) do gás isocianato de metila, altamente tóxico, usado nafabricação de carbamato (pesticida) vazaram e pelo menos 2.500 pessoas morreram. Cerca de 20.000 pessoas sofreram de cegueira, infecções renais e hepáticas, esterilidade, tuberculose e outros problemassérios. A indústria de pesticidas responsável era americana, a Union Carbide. BICADA, ORDEM DE (ou DOMINÂNCIA DE)

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    BIOCENOLOGIA (ou CENOBIOLOGIA)Estudo qualitativo e quantitativo de biocenoses (ou comunidades).

    BIOCENOSEBIOCENOSE = COMUNIDADETermo usado por autores russos e europeus em geral, equivalente à comunidade. Refere-se ao

    conjunto da fitocenose, zoocenose e ecotopo.(Ver COMUNIDADE)

    BIOCICLO(Ver BIOSFERA)

    BIOCIDAUm agente químico tóxico ou letal para um organismo.

    (Ver ECOCIDA)BIOCLÁSTICO, GRANULADO

    Constituído por fragmentos de material orgânico. Granulados bioclásticos marinhos, no Brasil,são formados principalmente por algas calcárias. Os granulados bioclásticos marinhos são aqueles decomposição carbonática, constituídos por algas calcárias ou por fragmentos de conchas (coquinas e areiascarbonáticas).BIOCLIMATOLOGIA

    Estudo do clima, relacionado à flora e à fauna; geralmente dos seus efeitos sobre a biota.“BIOCONCENTRATION FACTOR− BCF”

    (Ver FATOR DE BIOCONCENTRAÇÃO)BIOCONVERSÃO

    Conversão de um substrato para um produto ou produtos, por ação enzimática ou celular.Resume-se na conversão de substrato para biomassa celular.BIÓCORO (ou BIOCÓRIO ou BIOCORE)

    (Ver “-coria”)BIODEGRADAÇÃO

    Degradação de compostos orgânicos ou inorgânicos, determinada geralmente pela ação demicrorganismos.

    Os compostos que sofrem mineralização microbiana são denominados de biodegradáveis e osresistentes a esse fenômeno são chamados de recalcitrantes; e os não-biodegradáveis são os que não sedecompõem por processos naturais.BIODEGRADÁVEL

    (Ver BIODEGRADAÇÃO)BIODETERIORAÇÃO

    Deterioração ou estrago de um material, resultante de ação biológica, geralmente de atividademicrobiana.

    (Ver DECOMPOSIÇÃO)

    BIODIESELO biodiesel é um combustível alternativo ao diesel (este último obtido do petróleo), a ser usado

    em veículos com motores do tipo diesel. É considerado como recurso natural renovável e biodegradável,uma vez que é obtido de reação química de óleos (vegetais) ou gorduras (de animais) com um álcool e na presença de um catalisador; sendo esta reação denominada de “transesterificação”. Os óleos de girassol,soja e mamona vêm sendo apontados como as principais fontes de biodiesel.

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      Alguns autores admitem que ocorre na biosfera um aumento significativo na biodiversidade emfunção da variação climática, ou seja, a riqueza em espécies vai aumentando dos polos para os trópicos.

    Tal “força extrínseca”, geraria um efeito cascata, ou seja, ocorreria um gradiente de riqueza em que a biodiversidade dos herbívoros aumentaria e sobre eles aumentaria a pressão dos predadores, que por suavez teria sua biodiversidade aumentada e assim por diante, na cadeia alimentar.

    Seria difícil este efeito cascata ser explicado no caso dos desertos tropicais e nas regiões dealtitude elevada (ambos com baixa biodiversidade).

    (Ver “eMergia” SOLAR; HIPÓTESE DO DISTÚRBIO INTERMEDIÁRIO (DE CONNELL); ePOLÍTICA NACIONAL DA BIODIVERSIDADE)BIOENERGÉTICA

    (Ver ECOLOGIA ENERGÉTICA)

    BIOESPELEOLOGIA (ou BIOESPEOLOGIA)Estudo da vida nas grutas e cavernas.BIÓFAGO

    Organismo que se alimenta de outro organismo vivo.Alguns autores utilizam este termo como sinônimo de fagótrofo ou macroconsumidor.

    BIOGÁSResultante da digestão anaeróbia da matéria orgânica, como por exemplo, da água residuária

    doméstica e de diversos resíduos de origem orgânica. Da sua composição típica participam o metano(62%) e gás carbônico (38%). Pode ser utilizado para gerar calor (para cozinhar, aquecimento ...). Em

    “Trigueiro,A. (2005) O mundo sustentável: abrindo espaço na mídia para um planeta em transformação.São Paulo, Editora Globo, 302p.” é informado que o aterro Bandeirantes, em São Paulo, tem sobre ele amaior usina de energia do mundo sobre aterro de lixo e é capaz de produzir 22 MW, energia suficiente para abastecer uma cidade de 400 mil habitantes.BIOGEOCENOSE

    (Ver ECOSSISTEMA)BIOGEOCICLAGEM

    BIOGEOCICLAGEM = GEOBIOCICLAGEMFenômeno comum nos sistemas ecológicos em que os elementos químicos, incluindo os

    nutrientes, tendem a circular na biosfera, por caminhos característicos, passando dos organismos para oambiente e daí de volta para os organismos.

    (Ver CICLO DE NUTRIENTES; NUTRIENTES; e TEORIA DA CICLAGEM MINERALDIRETA)BIOGEOGRAFIA

    Disciplina da geografia que trata da distribuição dos organismos. No caso das plantas, fala-seem Fitogeografia e dos animais, Zoogeografia. Há também a Paleobiogeografia, que estuda a distribuiçãogeográfica da flora e fauna fósseis; a Neobiogeografia, que seria a Fito e a Zoogeografia modernas(estuda a flora e a fauna atuais).

    (Ver REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS) BIOGEOGRAFIA DE ILHAS

    (Ver TEORIA DA BIOGEOGRAFIA DE ILHAS)BIOINDICADOR

    (Ver INDICADOR ECOLÓGICO)BIOLIXIVIAÇÃO

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      Alguns biomas brasileiros: floresta amazônica, caatinga, cerrado, mata atlântica e pantanal.Fala-se ainda em biomas costeiros (ecossistemas de manguezais, dunas e restingas) e dos campos sulinos.

    (Ver ZONA(S) CLIMÁTICA(S) (de WALTER, HEINRICH); e FORMAÇÃO VEGETAL)(Ver outras denominações de BIOMA que seguem)BIOMA DA COSTA ARENOSA

    Bioma costeiro caracterizado por sedimentos com grânulos grosseiros, com “infauna”relativamente pobre.BIOMA DA COSTA LAMACENTA

    Bioma da costa ou litoral caracterizado por sedimentos finos móveis, com “infauna” (biotaanimal no interior de um sedimento) típica, relativamente rica.BIOMA DA COSTA ROCHOSA

    Bioma costeiro caracterizado por substratos sólidos estáveis, apresentando zonação típica deorganismos neles fixados.BIOMA OCEÂNICO

    Denomina-se assim o bioma em “oceano aberto” (“mar aberto”), distante das influências dolitoral ou costa; alguns o dividem nos sub-biomas “planctônico, nectônico e bentônico”.BIOMAGNIFICAÇÃO

    BIOMAGNIFICAÇÃO = MAGNIFICAÇÃO BIOLÓGICA = BIOACUMULAÇÃOFenômeno que ocorre com muitos poluentes lipofílicos e persistentes no ecossistema, em que

    são absorvidos inicialmente por microrganismos procariotos e eucariotos e daí são transferidos para os

    organismos do nível trófico seguinte e assim sucessivamente, sem sofrerem degradação nem excreçãosignificantes, o que os levam a uma concentração cada vez maior nos últimos elos da cadeia alimentar.Tal concentração do poluente, no topo da cadeia alimentar (como por exemplo nas aves de rapina, noscarnívoros em geral e grandes peixes predadores), pode alcançar níveis mais altos do que no ambiente, por um fator de 104 a 106.

    O quadro seguinte mostra as diversas concentrações de metilmercúrio em organismos de umecossistema de brejo à beira-mar (GOUDIE, 1990):

    ORGANISMO PARTES POR MILHÃO (ppm)

    Sedimentos < 0,001Spartina < 0,001 - 0,002Equinodermas 0,01Anelídeos 0,13Bivalvos 0,15 - 0,26Gastrópodes 0,25Crustáceos 0,28Musculatura de peixe 1,04Fígado de peixe 1,57

    Musculatura de mamífero 2,2Musculatura de ave 3,0Fígado de mamífero 4,3Fígado de ave 8,2

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    hectare de um ecossistema de região temperada. Segundo os autores (PIMENTEL & PIMENTEL, 1979),nesse ecossistema uma produção anual de fitomassa de 2.400 kg (peso seco) seria capaz de manter uma

    zoomassa (animal) e uma microbiomassa (de microrganismos) de 200 kg (peso seco) / ano, assimdistribuídas (em porcentagem):

    BIOMONITORAÇÃO (ou BIOMONITORIZAÇÃO ou BIOMONITORAMENTO)O uso de organismos vivos como indicadores de condições ambientais, no caso de avaliação de

    mudanças ou impacto de efluentes industriais, resíduos em geral e outros poluentes ou agentes dedegradação ambiental.

    (Ver MONITORAMENTO)BIONOMIA

    (Ver ECOLOGIA)BIORREMEDIAÇÃO

    Este termo foi introduzido para caracterizar a limpeza de ambientes (solo e água) poluídos, a partir do uso de microrganismos decompositores (ou degradadores).A biotecnologia, através da engenharia genética, utiliza o potencial genético de microrganismos,

    “criando novos” microrganismos (ou novas cepas ou linhagens) capazes de degradar certos compostosespecíficos (recalcitrantes, xenobióticos), tais como o petróleo e derivados (óleo diesel, solventes ...).

    Biorremediação é também um termo aplicado para indicar a recuperação ou regeneração desolos degradados, usando-se plantas em simbiose com bactérias da FBN e fungos endomicorrízicos.

    (Ver RECOMPOSIÇÃO)BIOSFERA

    BIOSFERA = ECOSFERAEspaço do globo terrestre ocupado pelos seres vivos. Portanto, refere-se à toda superfícieterrestre (litosfera), às águas e sedimentos de ambientes aquáticos (hidrosfera) e à porção da atmosferahabitada pelos organismos que voam (pássaros) ou que flutuam (bactérias).

    Considera-se, em geral, que há vida desde cerca de 60 m abaixo do nível do mar até cerca de60.000 m acima deste nível.

    l bdi id bi f bi i l i j i i l ( bi i l d

    aves: 0,5

    mamíferos: 1,5

    outros animais:10

    artrópodos: 20

    oligoquetas:25

    microbiota: 43

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    melhorar produtos, plantas e animais e/ou para desenvolver novos organismos (microrganismos, plantas,animais) com ampla aplicação (indústria, agricultura, serviços) em benefício do ser humano.

     Na “biotecnologia de solo” pretende-se com o estudo e a manipulação de microrganismos e seus processos metabólicos, otimizar a produtividade agrícola e a qualidade do meio ambiente.BIÓTICO

    Que tem vida. Diz-se dos componentes vivos de um eco ou agrossistema (plantas, animais,microrganismos). Componentes ou fatores bióticos de um eco ou agrossistema: todos os seres vivosdesses sistemas ecológicos.

    (Ver ABIÓTICO; e BIOTA)BIOTOPO

    BIOTOPO (ou BIÓTOPO) = ECOTOPO (ou ECÓTOPO)

    (Ver HABITAT)BIOTRÓFICO(Ver PARASITA BIOTRÓFICO) 

    BISSIALITIZAÇÃO(Ver SILICATOS)

    “BLOOM”Denominação em inglês que poderia ser traduzida como “explosão” na densidade de

     populações, atribuída geralmente aos animais ciliados e algas (presumivelmente em mutualismo),ocorrendo em condições aquáticas favoráveis (correntes e nutrientes); registros de alta produtividade têm

    sido feitos tanto em “bloom” de primavera como em de outono, em lagos temperados. Alguns autoresusam o termo, em inglês, “HAB – Harmful Algal Bloom” referindo-se a uma “explosão algal nociva”.

    (Ver MARÉ VERMELHA)BOLOR

    BOLOR = MOFOAos fungos filamentosos, cujas hifas se entrelaçam formando micélio, formando ramificações

    com conídios (esporos assexuados) nas extremidades, denominam-se bolor ou mofo. Os bolores do grupodos zigomicetos (gêneros Mucor  e Rhizopus) são comuns sobre o pão “estragado”. Há outros gêneros quese desenvolvem sobre o queijo e frutas muito maduras. Muitos deles têm por habitat o solo e material

    vegetal em decomposição.BORBOLETA

    (Ver EFEITO BORBOLETA)BOTULISMO

    Toxina, considerada supertóxica (DL50  de 0,00001mg/kg de peso corpóreo), produzida pela bactéria Clostridium botulinum que se desenvolve principalmente nas carnes em conserva. “braqui-”

    Prefixo de origem grega designando “curto; reduzido” e que ocorre em muitos termos, como braquignatos (crustáceos decápodes ou caranguejos); braquicarpo (que tem fruto curto); braquicéfalo (que

    tem o crânio um pouco alongado e ovóide); e muitos outros termos.BREJO

    BREJO = PALUDE = PALUSTRE = PÂNTANO = PAULEm termos gerais, o brejo é um local quase ou permanentemente alagado (Ver PÂNTANO). No estado da Paraíba a zona do brejo é uma zona incrustada entre a borborema oriental e a

     borborema central, com cerca de 1.105 km2. Esta zona beneficia-se das massas de ar úmidas provenientes

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    C

    C3 (PLANTA C3)Planta que, no processo de fotossíntese, forma como primeiro produto da fixação do CO 2, o

    ácido fosfoglicérico (PGA), que tem 3 átomos de C na sua molécula. A maioria das plantas é C3.C4 (PLANTA C4)

    Planta que, no processo fotossíntético, forma como primeiro produto da fixação do CO2, o ácido

    málico ou aspártico, que tem quatro átomos de C na sua molécula. Gramíneas tropicais, como a cana-de-açúcar e o milho, são plantas C4. São consideradas como plantas de alta produtividade. Muitas “plantasinvasoras” ou “ervas daninhas” são também C4.

    (Ver HATCH-SLACK, CICLO DE)CAATINGA

    Ecossistema típico da região nordeste do Brasil, com uma representação significativa de cercade 40.000 km2 dos 56.584,6 km2 no estado da Paraíba. Caracteriza-se pela adaptação das plantas ao climasemi-árido (Bsh e Aw’, da classificação de Köppen), com espécies caducifólias, espinhosas, algumassuculentas (cactáceas) e áfilas (sem folhas). Ver fotos que seguem (na foto à esquerda, com xique-xique

    no primeiro plano, uma caatinga ainda no período não totalmente seco; e na direita durante plena seca):

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    CAÇA PREDATÓRIAConseqüência maléfica à fauna silvestre, causada principalmente pelo exercício da caça

     profissional e comércio de produtos e subprodutos desta atividade, que é proibida desde 1967 pela Lei nº5.197, de 03/01/1967. A caça de subsistência e mais ainda a esportiva, são em geral predatórias, principalmente quando realizadas sem nenhum critério ou controle e nos períodos críticos de redução da produção agropecuária como por exemplo, como conseqüência de seca. A predação muitas vezes ocorrecom a “justificativa do homem do campo de eliminar pragas” (ou animais invasores) como morcegos,gambás e roedores, que danificam seus cultivos e criações. A caça predatória destes animais causadesequilíbrios ecológicos devido às funções benéficas que estes animais também realizam noecossistema.

    (Ver PRAGA)

    CADEIA ALIMENTARSérie de organismos de um ecossistema, através dos quais a energia alimentar proveniente dos produtores, que são as plantas clorofiladas, é transferida de um organismo para outro, numa seqüência deorganismos que ingerem e que são ingeridos.

    A cadeia alimentar é, em geral, constituída pelos seguintes níveis tróficos: produtores primários;consumidores de primeira ordem ou herbívoros, que devoram os produtores primários; em seguida vêmos consumidores de segunda ordem ou carnívoros de primeira ordem, que se alimentam dos herbívoros;seguem-se os consumidores de terceira ordem ou carnívoros de segunda ordem, que devoram osconsumidores de segunda ordem; e assim por diante.

    Alguns autores dividem a cadeia alimentar em dois tipos principais:a) Cadeia alimentar de pastejo (na qual se fundamenta o ecossistema marinho). b) Cadeia alimentar de detritos (na qual se fundamenta o ecossistema terrestre). Um exemplo de

    uma cadeia alimentar simples seria:Capim ⇒  gafanhoto ⇒  sapo ⇒  cobra ⇒  carcará.(Ver FLUXO DE ENERGIA; e TEIA ALIMENTAR) 

    CADUCIFOLIACADUCIFOLIA = DECÍDUAFenômeno que ocorre periodicamente em muitas plantas (geralmente adaptadas a ambiente com

    escassez d’água), em que suas folhas caem. Em ambientes muito frios, onde geralmente neva, tambémocorre caducifolia.Muitas plantas da caatinga, como a faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus) e a jurema ( Mimosa 

    sp) são caducifólias.Considera-se uma comunidade vegetal como caducifólia ou decídua, quando 90% de seus

    componentes (geralmente árvores) perdem as folhas. Uma vegetação, geralmente mata de regiões comuma estação seca e com uma estação fria, que no seu coonjunto (e não suas árvores individualmente) perde entre 20 e 50% de sua folhagem, no período desfavorável, diz-se chamar-se de semicaducifólia ousemidecídua.

    CALCÁRIODesignação generalizada atribuída a compostos que contêm cálcio. Quimicamente a base é CaO, podendo ser utilizado na agricultura, como corretivo de solo, muitas variedades neutralizadoras de pHácido, como os óxidos, hidróxidos e carbonatos de cálcio ou de cálcio e magnésio. São ricos em cálciotambém casca de ovos, conchas de ostras, ossos animais e carapaças de alguns animais. “calci-”

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    CAMPINARANACAMPINARANA = CAATINGA AMAZÔNICA

    Campinarana ou “falsa campina”, é uma mata relativamente baixa, com predominância deárvores com troncos finos; sobre podzol hidromórfico ou regossolo de areia branca, ocorrendoexpressivamente no alto rio Negro. O humus acumulado no solo arenoso torna-o muito ácido. Quando háexcesso de chuva e em locais de solo raso, a água em excesso prejudica as plantas; e quando há sêca e emlocais com solo profundo, o solo arenoso não propicia a ascensão da água por capilaridade. E assim, avegetação tende a ser xerofítica mas a folhagem persiste. A temperatura média anual é 24 oC (um poucosuperior a das matas circundantes) e a precipitação anual varia de 2.500 mm a 3.000 mm, com boadistribuição no ano.CAMPO CERRADO

    (Ver CERRADO)CAMPOSOs campos ou “formações campestres” são ecossistemas com o solo coberto geralmente por

    gramíneas, podendo haver trechos sem nenhuma cobertura vegetal e muito espaçadamente ocorremsubarbustos e raramente arbustos.

    São muitos os subtipos, destacando-se no Brasil os seguintes:1) Campos meridionais: incluindo subtipos como os gerais, do planalto, da campanha e da

    vacaria (SP, PR, SC, RS e MS). [Ver CAMPOS SULINOS].2) Campos da hiléia: ocorrendo principalmente na região do baixo rio Amazonas. Os campos de

    várzea também são aqui incluídos.3) Campos serranos: tipo de ecossistema de altitude, em geral ocupando o alto das serras(Bocaina, Itatiaia, Caparaó, Cipó, dos Órgãos etc), com cobertura vegetal baixa, descontínua, onde sãofreqüentes plantas das famílias veloziácea, melastomatácea, eriocaulácea e outras.

    CAMPOS SULINOS

    (Ver PRADRIAS)

    CAMPO SUJO(Ver CERRADO) 

    CAMUFLAGEMUm tipo de padrão de cor e forma que alguns animais ostentam, fazendo com que se

    assemelhem com o ambiente em que vivem passando portanto muitas vezes desapercebidos aos

    Denominação abrangente dosecossistemas de campos que ocorrem dosul do estado de São Paulo ao sul do RioGrande do Sul. Neste último, concentra-se a maior extensão de campos sulinos,estimado em mais de 130.000 km2  (verao lado, foto, de autoria desconhecida, detrecho de campo no Rio Grande do Sul).

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    CAPACIDADE DE CAMPO (DO SOLO)Quantidade de água que permanece no solo quando este é saturado com água e o excesso é

    drenado naturalmente; é geralmente expresso em porcentagem.Tal capacidade pode ser estimada no campo, colocando-se solo em recipiente com orifícios nofundo e saturando-se o solo com água. O recipiente é posto no próprio local de onde se retirou o solo.Posteriormente mede-se a quantidade de água retida pela amostra de solo.

    (Ver CAPACIDADE DE SATURAÇÃO (DO SOLO)) CAPACIDADE DE MANUTENÇÃO AMBIENTAL

    (Ver CAPACIDADE DE SUPORTE; e CAPACIDADE DE SUPORTE CULTURAL)CAPACIDADE DE SATURAÇÃO (DO SOLO)

    Semelhante à capacidade de campo, é geralmente estimada no laboratório, sendo também dada

    em porcentagem. Uma amostra de solo (25g, por exemplo) previamente seca em estufa (105°C) ésaturada com água (colocada por cima, quando a amostra é colocada num funil com algodão de vidro nasua saída; ou adsorvida por baixo, quando a amostra é colocada num cadinho de Gooch) e daí mede-se aquantidade de água retida após 2 horas de saturação.CAPACIDADE DE SUPORTE (e CAPACIDADE DE SUPORTE CULTURAL)

    CAPACIDADE DE SUPORTE = CAPACIDADE DE MANUTENÇÃO AMBIENTALLimite em que determinado ecossistema é capaz de suportar (ou manter) uma população ou

     populações, em nível de equilíbrio, isto é, no ponto em que não há modificação significante no númerode indivíduos dessa população.

    A capacidade de suporte cultural é uma expressão que foi introduzida pelo professor de ecologiahumana norte-americano Garrett Hardin, autor da obra “The Tragedy of the Commons” (1968). Esteecólogo enfatiza que, além da necessidade de “pão e água para todos os passageiros da espaçonaveTerra”, um país qualquer “não deveria ter mais pessoas do que poderia ter para desfrutar diariamente deum copo de vinho e um pedaço de bife no jantar”. Em outras palavras, nenhuma nação teria o direito deexigir ou reivindicar de outro país que este sacrifique seus recursos (florestas, fontes de água naturais, patrimônio paisagístico e outros bens naturais) em benefício de outros países (alguns esgotaram os seusrecursos de maneira inconseqüente). A qualidade de vida como resultado da capacidade cultural de um povo se reduziria à pobreza e ruína ambiental se a prioridade fosse a capacidade de suporte (ambiental)

     pura e simples.CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA− CTC(Ver CTC) 

    CAPOEIRATermo aplicado vulgarmente para designar uma vegetação secundária que se sucede a uma

     primária, seja por queima desta ou desmatamento. Aos diferentes estádios de sua evolução, usam-se asdenominações (dependendo da densidade de vegetação): capoeira rala, densa ou grossa, ou capoeirão.CAPTOR (ou DRENO)

    (Ver FONTE E DRENO (ou CAPTOR)) 

    CAPTURA E ARMAZENAMENTO DE DIÓXIDO DE CARBONOPrograma do “IPCC − Intergovernmental Panel on Climate Change” (Painel Intergovernamentalsobre Mudança Climática) da “UNEP – United Nations Environment Programme” (programa das Nações Unidas para o meio ambiente). Tem por finalidade, estudar meios para capturar e armazenar oCO2, principalmente o gerado pelas indústrias e usinas produtoras de energia a partir de queima decompostos de origem orgânica. A figura que segue, mostra algumas das possibilidades de armazenamento

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    O processo como um todo, consta de captura, separação de outros subprodutos industriais,transporte e armazenamento deste gás, a longo prazo, em locais isolados do contato com a atmosfera,

    visando à mitigação da problemática do aquecimento global (efeito estufa). Também estão previstas nesseestudo, outras iniciativas tais como eficiência na melhoria do uso de energia, mudança para alternativas

    energéticas (energias renováveis e energia nuclear), assim como incremento na captura biológica de CO2 e redução de outros gases que contribuem para o efeito estufa.

    CAPTURA-RECAPTURA(Ver ÍNDICE DE LINCOLN (OU CAPTURA-MARCAÇÃO-RECAPTURA (MÉTODO DE)) 

    CARBAMATOComposto derivado do ácido carbâmico, com ação semelhante ao organofosforado e tido como

    de menor toxicidade para os mamíferos, usado como agrotóxico ou pesticida. No entanto, o carbamato

    “aldoxycarb” é altamente tóxico para mamíferos. O carbofuran (inseticida e nematicida) também éaltamente tóxico para mamíferos, pássaros e invertebrados aquáticos. Um outro carbamato, o carbaril,embora considerado de toxicidade moderada para mamíferos, pássaros e peixes, é muito tóxico parainvertebrados aquáticos. Alguns carbamatos são extremamente tóxicos a insetos benéficos como abelhase vespas (produtores de mel e polinizadores).

    (Ver TIOCARBAMATO)

    Visão geral das opções de armazenamento geológico:1 Reservatórios já esgotados de petróleo e gás2  Uso de CO2  na recuperação intensificada de petróleo e gás3  Formações salinas profundas: (a)  no mar; (b)  naterra4 Uso de CO2 na recuperação intensificada de metano

    do lençol carbonífero

    Gás ou petróleo produzido

    CO2 injetado

    CO2 armazenado

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    CARVÃO ATIVADOPartículas de carvão, geralmente obtidas pela queima da celulose (sem ar), que são utilizadas

    como filtro, devido à sua grande capacidade de adsorção. CARVÃO MINERALTambém conhecido como carvão de pedra. É uma forma fóssil de armazenamento do carbono,

     provindo provavelmente da transformação da celulose dos vegetais (formando a hulha) que perdehidrogênio e oxigênio, formando então um minério com alta concentração de carbono.

    A “IEA – International Energy Agency” (Agência Internacional de Energia) estima que haja umareserva mundial de 3 trilhões de toneladas de carvão mineral (sólido) que somados à forma gaseificadatotalizariam 6 trilhões de toneladas. China e Índia são os detentores das maiores reservas do mundo. NoBrasil destaca-se o estado de Santa Catarina com grande reserva de carvão mineral betuminoso. Em

    termos de conseqüências ambientais com o uso desta imensa fonte de energia, preocupa o seu altíssimo potencial de contribuição à poluição atmosférica, a partir da tecnologia vigente, e os seus reflexos noaquecimento global (ou efeito estufa).

    (Ver “SYNFUEL”)CASCALHO

    (Ver TEXTURA DO SOLO) “CASCATA TRÓFICA”

    Este termo, utilizado por RICKLEFS (2007), refere-se a um trabalho original dos ecólogos N.Hairston, F. Smith e L.Slobodkin, da Universidade de Michigan (E.U.A.) que em 1960 sugeriram que “a

    Terra é verde porque os carnívoros reprimem as atividades dos herbívoros, que se consumissemlivremente, exterminariam a maioria da vegetação”. Este fenômeno, que mostra os efeitos indiretos dasinterações consumidor-recurso disponível, ao longo dos diferentes níveis tróficos da comunidade, é o quese chama de “cascata trófica”. E ainda: quando o nível mais alto da cadeia trófica é o determinante dotamanho dos demais níveis que lhe estão abaixo, diz-se ocorrer um “contrôle de cima para baixo”; equando é o alimento o determinante, diz-se ocorrer um “contrôle de baixo para cima”.CASMÓFITO

    Vegetal