'Forever' no dizer de um sábio
-
Upload
lanier-wcr -
Category
Education
-
view
229 -
download
3
description
Transcript of 'Forever' no dizer de um sábio
“Live, as if you were to die tomorrow;learn, as if you were to live forever.”
“Viva,como se você
fosse morrer amanhã;aprenda,
como se vocêfosse viver
para sempre.”
MahatmaGhandi
E vamos então à nossa crônica de hoje,que, aliás, legitima o jeito cotidiano comque tudo acontece nestas nossas vidasde “povo” ─ jeito bastante popular, naprática, através do qual, no entanto,às vezes alguma frase célebrese encaixa.
E para mim este é o único jeitode fazer com que pensamentosde nossos grandes pensadoresentrem em nossas cabeças─ e em nossas vidas ─indiretamente, sendousados na prática.
Não faz muito tempominha irmã veio passar uns dias comigoe, após me ver estudando inglês, elame perguntou com seu jeito sisudo:─ “Já não está um pouco velho pra isso?...”
..“..learn, as if you were to live
forever!”
Ri e imediatamente me lembreida expressão em inglês escritapelo hindu Mahatma Ghandi:
..“..aprenda, como se você fosse viver
para sempre!”
Fiquei com isso na minha cabeçae por isso decidi escrever a respeito.“Viver para sempre”... “Forever”...
É o nosso mais extraordinárioassunto... Mas é polêmico...,tanto que um cético me diria:“Pra que pensar nisso?!”
E então me perguntaria:
“Quando morremos tudo que existe emnós não morre junto, acaba, finish?...Ou você acredita na vida espiritualindividual eterna? E acha que,no paraíso, a língua faladaé o inglês? Por isso estátão empenhado agoraem aprender estalíngua?...”
Ri outra vez.Neste nosso mundo a língua inglesapode ser considerada universal,mas não sei se ela vai tão longee chega tão alto...
O que você pensa, leitorou leitora? Qual seráa língua faladano paraíso?...
Talvezestas nossaslinguagens faladas(que na realidade sãoproduzidas quando o arda Terra que respiramosvibra nossas cordas vocais)só existam mesmo por aquie em nenhum outro lugar.
O que sabemospor certo é que existem“línguas mortas” ─ e que,então, elas podem morrer.
Isso foge do nosso assuntoaqui onde falamos do queé “para sempre”.
Vamos então modificar a pergunta:
Considerando que “a fonte universalde conhecimento” ─ que é acessívelpara qualquer língua ─ não tem “fim”(porque nunca alguém, em sã razão,poderá dizer que é sabedor de tudo),só enquanto estivermos aprendendohaverá a perspectiva de vivermospara sempre?...
É o mais provável.
E, tanto quanto foi para Ghandi,para mim é certo que se deixarmosde aprender, desapareceremos...,porque somos diferentes detodas as outras criaturasnascidas na Terra...
É verdade, pois as outrascriaturas nascem “prontas”,enquanto nós, humanos,nascemos “vazios”.
Por isso, para nós,existir significa “aprender”e, aprender, significa evoluir.
Evoluir, por sua vez,significa ir em frente, adiantar,e não regredir ou ficar preso no passado.Evoluir se refere ao desconhecido e aoporvir..., e então se refere ao futuro:principal abrigo da eternidade,onde se dá o “para sempre”.
E escrevo sobre isso para destacarque o futuro é a porta limiar da eternidade.Esta, portanto, só pode ser alcançadapor nós se passarmos pela portado futuro... Aliás, entre nós,os que regredirem e os queficarem presos ao passado,não encontrarão esta porta.Isto é simples e é óbvio.
A eternidade, portanto,onde se dá o “para sempre”,não poderá ser por nós alcançadasem nos preocuparmos com o futuro,lutando por ele, construindo-odia a dia ─ com este nossojeito cotidiano de existir.
E assim, embora tenhamospor alegação esta hipótese de quenós, humanos, podemos alcançara eternidade através da morte,a humanidade só alcançaráo futuro através da Vida.Isto também é simples, elementar.
E aqui, enfim, para moderar os impulsosda nossa espetacular natureza ao mesmotempo individual e universal, finita e infinita,destaco a profunda convicção que tenhoa respeito disto: Deus não implantouem nós ─ em nenhum de nós ─o conhecimento Dele...
Não, porque nós, seres humanos,de acordo com o “princípio do vazio”nascemos realmente “vazios” e somostambém isto que os acadêmicosdefinem como “vir-a-ser”...
É muito claro que Deusimplantou em nós a inteligência,acrescentada apenas de avidez!
Avidez, que é a sede!A sede de aprender!...Sede de conhecimento!
Assimeu achei que Deusseria muito bem representadoaqui ─ por esta bela imagem,porque Ele é a Fonte!...
E, ao pensar em nós,Ele idealizou a Sede!
Afinal, o que seria da Fontesem a existência da sede?
... Através destaDeus nos vinculou a Ele.
Ao mesmo tempoEle nos vinculou à beleza...,do modo como vinculou as abelhasàs belezas coloridas das flores.
Mas outra vezEle nos fez diferentes,ávidos por encontrar na belezasua parcela de compreensão.
A fórmula foi simples:primeiro a sede, depois a buscapela fonte do conhecimento.
E foi assim, porquepara um Deus seria fácilsaber que só procuraríamosa fonte se tivéssemos sede...
E de fatotudo foi e ainda é simples assim:do mesmo modo que um desejo,após ser saciado, é substituídopor outro..., logo depois queuma sede é saciada,vem outra sede...
Por esta fórmula,isto que chamamos de saciabilidadede fato não existe..., não pode existir.
Saciados, ficamos parados,estagnados..., quandoentão regredimos.
É o que vemos numa águaparada, estagnada ─ que nãose renova no ciclo de alternaçãoe purificação com a Terra:
ela se estragae morre aos poucos;perde o seu potencial de Vida!
E, por isso, repito,ao nos criar ou idealizarDeus implantou em nósa inteligência juntocom a sede.
Isso é o que penso.E aqui podemos resumirtudo o que escrevemosnesta única frase:
A nossa sede de conhecimentoé a nossa sede de viver para sempre!...
...
Quanto a Deus,se a fonte de conhecimentoestiver mesmo Nele,melhor ainda,para nós,
porque,buscando esta fonte,um dia, provavelmente,nos encontraremoscom Ele...,
e, então,definitivamente,faremos partedo que existe
para sempre!
Lanier Wcr