8/17/2019 flecheira430

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n. 430, 03 de maio de 2016. Ano X.

comida é pasto: vocês querem bacalhau!Primeiro um golpe do Estado. Desapareceu parte da merenda no buraco negro da corrupção.

Os alunos protestam. Querem merenda, como no final do ano passado desejavam manter aescola contra a reforma governamental. Decidiram democraticamente reconduzir asnegociações neste ano. Até agora: NADA! Ou melhor, estrategicamente, via merenda comocentro da agenda, captaram os alunos pela convocação à participação. E mais ocupaçõesocorreram, mais demanda de pauta de Estado, vez ou outra questionamentos sobre omonitoramento da educação... “estão com fome de que?” 

racionalidade I

 Alguns identificam as ocupações como represálias petistas; outros, como atualizações doempresariamento das escolas: participação, meritocracia, protagonismo e ativismo do alunado.Liberdades de escolhas de conteúdos curriculares, professores mediadores, organizaçãoracional da população servida de escola, participação dos pais... Enfim, há uma racionalidade

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contra e a favor, governamental e oposicionista, demarcada entre estas duas forças e suassubforças (independentes, alternativos, contundentes) das quais se espera participação nodiálogo pluralista e democrático com segurança.

racionalidade II Depois de junho de 2013: polícia neoreformada e superequipada, policiais qualificados,serviços de segurança implementados, juízes alertas, intelectuais disponíveis a ambos oslados saudando, no outono, a primavera estudantil. Negociações seguras, polícia “civilizada”,professores com ou sem bônus, estudantes saciados e protagonistas, pais contemplados nagestão do lar. O investimento em conter o embate dos levantes de jovens deve repercutir umasociedade disposta em situação-oposição, cujo resultado deve ser o fortalecimento dasinstituições, sua disposição para reformas e incentivos a soluções inovadoras que ajustemempresa-segurança-escola.

...?Será que haverá surpresa tão contundente, ou nem tanto, como em junho de 2013? Será queos alunos ainda estão em busca de se tornar estudantes? Será que estes jovens já são oefeito da educação-escolarização empresarial de crianças? Será que as crianças de hoje nãoestarão enunciando algo mais radical que os jovens deste momento? Será que será o queserá?