Fichamento Tavares de Lira Neto

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS – FAFIC DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA – DHI ADEILSON DANTAS NUNES Fichamento: A História do Estado Rio Grande do Norte (Travares de Lyra) Docente: Dr. Lemuel Rodrigues Disciplina: História Do RN 1

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Fichamento. História do RN

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS – FAFIC

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA – DHI

ADEILSON DANTAS NUNES

Fichamento: A História do Estado Rio Grande do Norte

(Travares de Lyra)

Docente: Dr. Lemuel Rodrigues

Disciplina: História Do RN 1

Mossoró-RN

2013

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O autor : Seu nome é Augusto Tavares de Lyra, nasceu na Vila da Macaíba em

1872, filho do coronel Feliciano Pereira de Lyra Tavares que foi comerciante e político

e de Maria Rosalina de Albuquerque Vasconcelos. Casado com Sophia Eugênia de

Albuquerque Maranhão, filha do senador Pedro Velho e de Petronila Pedroza. Tavares

de Lyra fez seus estudos em Macaíba, Natal e terminou-os em Recife, onde bacharelou-

se em Ciências Jurídicas e Sociais em dezembro de 1892. Foi Doutor em Direito pela

faculdade do Rio de Janeiro em 1915, na qual foi empossado professor, foi redator do

Jornal A República. Criou o colégio atheneu. Tavares de Lyra pertenceu ao grupo de

brasileiros que fez parte dos três poderes da República. Executivo: Governador do

Estado, Ministro da Justiça, Ministro da Viação e Obras Públicas, Ministro da fazenda.

Legislativo; Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador da República. Judiciário;

Ministro e Presidente do Tribunal de Contas da União. Como intelectual produziu

incansavelmente. Sua bibliografia alcança cerca de 70 volumes, hoje muitos raridades,

destacando-se a primeira História do Rio Grande do Norte de 1922. Por fim, no dia 22

de Dezembro de 1958, no Rio de Janeiro, morre em macaiba deixando um legado para

os estudiosos do RN.

Os referências teóricos do autor Rocha Pombo:Suas referências são a Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, v. VI, p. 213. Notas Históricas sobre o Rio Grande do Norte. Capitães mores e Governadores do Rio Grande do Norte, Lemos Vicente de. Revista do instituto arqueológico de Pernambuco. Domínio holandês no Brasil. História geral do Brasil, v, p.188. Razão do estado no Brasil. Campos, Diogo de. A jornada de Francisco Caldeira de Castelo Branco e a fundação da cidade de Belém. Barata, Manuel.

Pensamento Ánalitico sobre do autor a cerca da obra: Em sua escrita, Tavares de

Lyra deixa transparecer sua subjetividade, calcada no seu viés politico e na forma de escrever

daquela época, arraigado de convenções e de tratamentos diferenciados dos tempos de hoje, há

de se entender. Para que possamos entender como o autor pensa ao escrever, devemos olha para

as obras que ele leu, para o tempo e para a forma de fazer história daquele periodo. Tavares de

Lyra, em sua obra História do Rio Grande do Norte, deu um completo esvaziamento à questão

da escravidão africana, cita de forma passageira, palavras como negros, escravos, escravidão.

Uma verdadeira dicotomia se comparar-mos com a escravidão indígena, que este autor de

maneira muito expressiva, inclusive com um dos seus capítulos destinados a tal mão-de-obra

escrava mencionando a escravidão indígena. Privilegiou em sua obra uma história política

calcada na formação dos líderes políticos e do poder local. Ao falar sobre engenhos como o de

“Ferreiro Torto”, o engenhode “Cunhaú”, este autor não contextualiza a mão-de-obra escrava

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e nem como sedesenvolvia tal trabalho. Não problematizou ou considerou que a mão-de-obra

utilizada seria e o único fator importante em relação ao negro contido nesta obra refere-se ao

movimento abolicionista no Rio Grande do Norte, ao falar da Libertadora Norte-Rio-

Grandense, cujo fim era promover a libertação de escravos naquele ano. Destaca a

importância deste movimento suprapartidário, mas sem a participação efetiva de negros,

construindo um movimento feito “por brancos”, relegando a presença do negro na construção

do movimento, marginalizando-o na história.

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FICHAMENTO

Pág.24 “Dada a sua situação geográfica, é provável que o Rio Grande do Norte tenha sido dos primeiros pontos visitados e, nosso litoral dizendo Porto Seguro que foi nele que primeiro se abriu a luta, que tão longa foi entre os conquistadores e os primitivos habitantes...”.

Assim como Rocha Pombo, Tavares de Lyra fala a cerca do estado ter sido um dos primeiros pontos visitados do litoral, e também remete a cerca da resistência dos nativos.

Pág.30 “Seja como for, o que é certo é que a expedição de que acabamos de tratar foi a primeira tentativa feita para colonizar o Rio Grande do Norte; e o seu insucesso teve como consequência o abandono da donataria e mais tarde sua reversão à coroa”.Observação:

Mostra as primeiras tentativas de consolidação do domínio no RN.

Pag. 33 “Não pretendiam colonizar a terra e, por isso, serviam-se de processos diferentes, não movendo guerra aos indígenas: esforçavam-se ,pelo contrário em agradá-los para terem sempre ao seu lado”. “Julgada imprescindível, a conquista realizou-se no governo de D. Francisco de Souza em 1591”.

No início fica claro a necessidade de ocupação do território do estado, que sofria com invasões em principais dos franceses, pois estes querem apenas extrair as riquezas tendo apoio indígena sem buscar colonizar efetivamente, eram atraídos pelo estado, significaram assim um empecilho para a colonização portugueses . Na ultima fala fica claro a data de início da conquista efetiva do estado que teve duração de 10 anos.

Pág.41-42

“ Foi também pela intervenção da filha de um maioral dos índios que, em 1548, Jerônimo de Albuquerque escapou à morte, quando já condenado a ser repasto de selvagens”. “Diz a crônica que ela, a filha de Arco Verde (Ubirã- Ubi), chefe da horda vencedora, conseguiu de seu pai arrancá-lo ao cativeiro e à vingança do seus”.

Mostra uma relação entre a origem do estado com o Nativo e português (Albuquerque), desse modo ao mesmo que tece a história do estado, faz uma relação com a da família oligárquica do estado.

Pág.42 “O seu mérito pessoal e as suas ligações com os indígenas, de que descendia pelo lado

O primeiro capitão-mor do estado se origina daquela primeira relação

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materno, eram garantia do sucesso de seus esforços na colonização da capitania; o êxito que obteve confirmou o acerto da escolha com que o honrara Manuel Mascarenhas, entregando-lhe como vimos anteriormente, o comando do Forte dos Reis”.

entre Português e a índia, que consistiria na futura oligarquia Albuquerque Maranhão, é mostrado um aspecto de forte idealização deste, em que pelos seus méritos e origem conseguiu oficializar as relações com os indígenas.

Pág. 43 “Tranquilo quanto aos índios em consequência das pazes com eles feitas, desvelou-se Jerônimo de Albuquerque em fundar uma povoação nas proximidades do forte”.

Aqui, fala do início da cidade de Natal.

Pág.13 “Tratam agora os portugueses de assegurar as vatagens e recolher os proveitos dos sacrifícios que custára aquela obra”

“Evidencia o interesse de uma colonização exploratória, para acumulação de capital, recuperar investimentos.”

Pág.47 “Parece que Jerônimo de Albuquerque entregando o governo da capitania a Colaço em 1600, seguiu para Lisboa a pleitear o lugar de seu capitão-mor efetivo, o que conseguiu, voltando ao Brasil em 1603, quando em meados desse ano, assumiu os exercícios de suas funções”.

Volta de Jerônimo Albuquerque ao poder efetivo enquanto capitão-mor nomeado por 6 anos, prazo que se estendeu.

Pág. 49 “Todos esses fatos ocorriam no segundo governo de Jerônimo de Albuquerque, indicando de modo irrecusável que, durante ele, a sua preocupação máxima foi alargar a área da colonização, fortalecer as alianças com os índios, devassar os sertão e concorrer para que as armas portuguesas levassem além das fronteiras de sua capitania, em busca do extremo setentrional, o prestígio de seu valor”.

Most Jerônimo de Albuquerque como um grande administrador que buscava conciliar objetivo da colonização com os indígenas, em que na sua busca por aumentar os domínios e estreitar os laços com os índios.

Pág.55 “Por esses dois documentos, tem-se bem uma ideia da deficiência dos recursos da defesa com que contava a capitania”.Observação:

Esses documentos vem da obra de A razão do estado do Brasil, escrita por Diogo de Campos, porém o Tavares de Lyra enfatiza que mesmo com tal deficiência , a colonização manteve-se em

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relativa paz com o “gentio”.Pág. 64 “O açúcar era apenas fabricado em dois

engenhos: o Ferreiro Torto, onde se deu a primeira matança depois da ocupação holandesa e o de Cunhaú, também célebre pelos feitos gloriosos que nele se desdobraram no decurso dessa ocupação e um dos mais importantes de todo o Norte”.

O Tavares de Lyra faz um delineamento sob os aspectos econômicos da capitania, em que coloca em principal as atividades econômicas do litoral, após a do sertão. E também supervaloriza o engenho de Cunhaú, foi um centro de ocupação. Como também os dois engenhos foram centros populacionais em Natal..

Pág. 67 “O abandono em que permaneceu o Brasil, logo após o seu descobrimento, desafiou a cobiça dos aventureiros e especuladores, que procuraram lucrativas vantagens no contrabando das madeiras nas costas”.

É mostrado como a falta de um maior domínio português ocasionou a cobiça e contrabando de aventureiros, entre eles os holandeses, e franceses.

Pág.77 “Os portugueses lutam sempre, lutam com desespero, cobrindo-se às vezes de glórias e de louros imarcescíveis, como se deu no reduto do Rio Formoso, onde Pedro de Albuquerque com vinte homens resistiu heroicamente só escapando da peleja, ele mortalmente ferido, e o seu parente Jerônimo de Albuquerque, também ferido que fugiu a nado, mas a bravura de nada vale contra o impossível”.

Todas essas falas conectadas possibilitam entender o que Tavares de Lyra mostra como o perigo da invasão holandesa, que também começa a dominar o estado, e então é o início da narração sobre o desenrolar desse conflito.

Pág. 90 “A conquista estava feita e sobre a capitania ia pesar agora, intolerante e desumana, a tirania militar que devia oprimir, mais tarde a pequena população de colonos, existentes, dizimando-as em horríveis carnificinas depois de despojá-la, pelo saque e pelo roubo, de seus poucos haveres”.

Narra o processo de invasão holandesa, e fica claro que após a conquista holandesa o estado passou a sofrer com as mais diversas “tiranias” dos holandeses.

Pág.93 “Ao abrir-se o segundo período do domínio holandês, tudo era a desolação e miséria nas zonas conquistadas”. “A escolha recai em João Maurício, conde e depois príncipe de Nassau, que inicia no Brasil uma nova era de desenvolvimento material e reconstrução política, e cuja alta capacidade e superior descortino se devem por exceção, durante o

Exalta a figura heróica do portugues, a autoridade, boas atribuições, associando-o ao povo pernambucano.Tal fato deixa claro seu viés positivista em sua forma de pensar. No domínio holandês passa um momento de instabilidade em que conta com

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domínio holandês, serviços realmente valiosos”.

Maurício de Nassau em que na idealização de Tavares de Lyra era um grande administrador, que só não conseguiu melhores êxitos devido às circunstâncias em que pôde governar. Ele deixa claro os modelos administrativos e jurídicos em que os holandeses desempenharam

Pág.97 “Ao mesmo tempo em que para os nossos era triste e sombrio o alvorecer de um novo dia”

O autor se refere “aos nossos” com relação aos portugueses.

Pág.100 “Depois disso, inflamam-se todos, em vibrações de cólera e entusiasmo”

O grande entusiasmo que supostamente tomou conta dos colonos.

Pág.102 “Haus é derrotado, sendo a vitória dos patriotas de incalculáveis consequências para o movimento”

Já existia um suposto patriotismo nessa época segundo o autor.

Pág.105 “Compreenderam então esses mártires ter chegado seu fim”

Os conflitos religiosos assolavam a região no fim do domínio holandês.

Pág.112 “Destroçados os indígenas; o interior estava calmo”

O extermínio indígena garantia a calma segundo o autor.

Pág.115 “as contrariedades não detinham os bravos combatentes, a quem os estos do patriotismo e o calor de uma fé religiosa, que não arrefecia nunca”

Os combatentes eram patriotas e combatiam com fé religiosa.

Pág.120 “a 19 de abril, fere-se a primeira batalha dos montes Guararapes, em que se cobrem de louro as armas insurgentes”

A primeira batalha decisiva de expulsão dos holandeses.

Pág.129 “o Rio Grande do Norte não passava então de um vasto campo de devastações e ruinas”

A difícil situação da região depois da expulsão dos holandeses.

Pág.131 “O movimento de colonização, que só então se acentuava de novo, estava ainda circunscrito a uma estreita faixa do litoral”

O crescimento populacional da colônia.

Pág.141 “Talvez esteja mesmo no maior cruzamento

então operado entre eles e os índios a

explicação para a diferença de tipo que, não

O Tavares de Lyra diferencia os indígenas pela região que habitavam em que os do sertão

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raro, se observa entre os sertanejos e os

habitantes do litoral norte-rio-grandense”.

tinham o relacionamento positivo com os holandeses e resistentes com os portugueses, já os do litoral eram mais maleáveis com os portugueses.

Pág. 142 “A criação de gado ajudou a conciliar outros” A criação de gado enfraqueceu os índios que perdiam suas terras e eram escravizados

Pág. 143 “Foi após o estabelecimento da paz, cuja

perturbação, anos depois,deu lugar a pronta e

energética reação, com o quase extermínio

dos indígenas...”

Paz só possível quando os indígenas fossem “exterminados”, segundo Lyra.

Pág. 165 “Judiciariamente, a capitania, que só em 181(alvará de 18 de março) foi elevada a comarca, pertencia à ouvidoria da Paraíba, criada por provisão régia de 12 de dezembro de 1687, e da qual foi primeiro ouvidor o dr. Diogo Rangel Castelo Branco”.

Enfatiza aspectos jurídicos, em que explica cada uma de suas funções.

Pág. 169 “Ao lado de capitães-mores autoritários e de ouvidores gananciosos, as câmaras forma, muitas vezes, obrigadas aa envolver-se nas lutas tão comuns entre eles, intervindos em matéria de ordem política, na qual chegaram a ter largas atribuições”.

No capítulo fica claro os dois aspectos que Tavares de Lyra centraliza na narrativa: jurídicos e administrativos, explica e exemplifica, como também através dessas explicações faz uma cronologia de todos os governos, em que mostra algumas de suas ações.

Pág. 173 “Os levantes de índios que se deram depois do governo de Bernardo Vieira de Melo foram parciais e facilmente dominados”.

Índios mostrados nos livros a partir da resistência, embora exalta que os portugues conseguiram conter sem dificuldades.

Pág. 174 “Dessa vez foram rigorosamente punidos; os que escaparam à morte ou à escravidão internaram-se nos altos sertões da Paraíba e Ceará, donde raro vinham inquietar os moradores”.

Essa posse que se refere a de Ferreira Freire, também significou a ultima resistência indígena, onde houve punição,a escravidão.

Pág. 182 “A luz desse critério, os atos e os efeitos de Barros Braga, condenáveis e desumanos nos

Dois aspectos são relevantes na citação, o primeiro deles é devido

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dias de hoje que passam, não constituíram exceção, nem mesmo quando, de acordo com preconceitos que eram gerais representou o governo da metrópole sobre a necessidade de “serem escusos dos serviços da república os mulatos e mamelucos por haverem muitos homens brancos que podiam servir” (carta régia de 1° de setembro de 1732)”.

Tavares de Lyra utilizar como fonte carta régia, um tipo de documento oficial. O outro destaque esses atos de Barros Braga são no que se relaciona com extermínio e escravidão indígena que fica claro para o autor Tavares de Lyra como uma necessidade por isso é justificado.

Pág. 193 “Com a criação das novas vilas, desaparecerem todas as missões e os indígenas passaram a ser governados pelos diretores, que sucederam aos padres”

Culpa os diretores por escravizarem e não realizarem ensinamentos assim os indígenas voltariam a vida “errante”.

Pág. 197 “O século XVIII foi o do povoamento completo da capitania”. “E isso fora consequência de duas causas principais: o alargamento da criação e o extermínio dos índios”.

Mostra que a capitania foi crescendo e integrando-se com, com municípios e freguesias, e evidencia que foi a criação uma das causas, que pode ser entendida como econômica e o extermínio dos índios, que anteriormente deixou claro ser uma necessidade.

Pág. 199 “E em virtude das guerras, epidemias de varíola e crises climáticas periódicas, esse desaparecimento foi quase completo, de tal modo que, no cruzamento que ali se vem operando entre as três raças que entraram na nossa formação histórica, a raça primitiva passou, desde então, a fornecer o menor contingente, especialmente na zona agrícola, onde foram assimilados em maior número negros e mulatos”.

Faz parte dos autores clássicos que afirmam o quase total desaparecimento indígena pelas epidemias, guerras e crises no clima, e que a etnia tem o menor contingente.

Pág.203 “... Nos sertões, o contato do fazendeiro era com os vaqueiros e agregados; nos engenhos, com os lavradores, os moradores e escravos”.

Esta é uma das poucas citações que fala dos escravos no Rio Grande do Norte e no sertão.

Pág.208 “Abasteciam com mercadorias vindas de Pernambuco, onde também compravam os mascates...”

Fala de aspectos relacionados ao comercio. Mostra como a educação era restrita e sem interesse por parte do poder publico.

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Pág. 209 “Pelo quadro que esboçamos imperfeitamente, tem-se a impressão do estado da capitania, onde no mestiço, no tipo histórico, só subsistiam agora os traços fundamentais das três raças de que se formara, aqueles cujos vestígios teriam de apagar-se mais demoradamente”.

Mostra a miscigenação das três raças, podem ser percebidas como uma tentativa de “branqueamento”, a raça mais forte prevalecer.

Pág.211 “... Jose Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, a quem se deve uma interessante memória sobre a defesa a defesa da capitania...”.

Tavares de Lyra inicia a narrativa sobre o século XIX falando sobre o perfil dos primeiros comandantes da capitania do RN, destacando Jose Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque por ter compilado uma memória a capitania a partir da exaltação do Porto de Natal, importante para todo o país, também idealiza este por defender a capitania de Pernambuco pedindo a sua independência desta.

Pág.217 “ Na capitania, além das causas de ordem geral que são conhecidas e havia gerado fundos descontentamentos em toda a antiga colônia, lavrava maior desgosto pela subalternidade em que era mantida”.

A relação que o RN teve no movimento republicano de Pernambuco.

Pág.218 “ A este numero pertencia André de Albuquerque Maranhão , que, filiado àquelas sociedades (vide, entre outros, Mário Melo- A maçonaria e a Revolução (1817), se tornara pela sua posição social e pela sua fortuna, o chefe dos que na capitania ansiavam pela idealização de reformas correspondessem as aspirações do povo, cansados de tiranias e opressões”.

Lyra relaciona reformas políticas, maçonaria e homens de elite, tendo como líder um membro da família Albuquerque Maranhão.

Pág.220 220) “... O referido governador encarregou André de Albuquerque Maranhão do comando das forças que deviam guarnecer parte da fronteira do aul, impedindo a invasão da capitania”.

Pode-se perceber na escrita da história de Lyra esse membro da família Albuquerque Maranhão ganha importância e certa centralidade.

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Pág.257 “ Encerrou-se assim o episodio revolucionário de 1817, cuja figura máxima foi André de Albuquerque Maranhão que encarnou a república nos dias de triunfo, e aureolado pelo martírio, com ela sucumbiu na hora do desastre. “

No processo fica explícito que a figura que ganha maior destaque, que se torna o expoente do movimento republicano do RN, o André de Albuquerque.

Pág.259 “ Os processos adotados pelos portugueses na colonização e governo do Brasil nunca foram os mais próprios para ligar a Metrópole e a colônia.

Novamente Tavares de Lyra fala sobre a política e conquista europeia, mostrando as injustiças e erros que tal governo cometia com os brasileiros numa relação vítima (brasileiro) e explorador ( portugueses).

Pág. 260 "Não se conformaria mais com a subordinação humilhante ao governo de além mar."

"A semente, lançada em território fértil, havia de brotar, regada com amor e carinho pelos brasileiros."

Vinda da corte ao brasil, abertura dos portos, tentativa essa de aluzir sobre os primeiros fatores que culminaria na Indepêndencia. Além de relatar o tratamento que os portugueses davam aos "brasileiros" como "humilhante". Na outra passagem ele sugere uma metáfora cutilizando-se de uma semente que seria a liberdade, parte do texto que tenta convercer que naquela época já teria pessoas embuida de sentimentos liberais e de descontentamento e que ali seria o primeiro passo.

Pág.261 “ Os desejos de D. Pedro não eram por certo, fazer a Independência do Brasil. A ele chegou arrastado pelas contingências do momento, que o obrigaram a identificar-se com os que disputavam o seu apoio, mais como garantia da hipótese de um desastre do que com o penhor de uma vitória que à maioria se afigurava infalível”.

Tavares enfatiza que o processo da Independência brasileira dado por D. Pedro só aconteceu por múltiplas tensões que este não iria ceder se não tivesse estas. Retira das maõs do principe a responsabilidade dos aconteciementos, sugere que foi ao acaso, ou que foi graças ao colonos que sai a idenpendência. Não era do interesse do principe, segundo o autor.

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Pág.263 “O 7 de setembro é, portanto, um complemento do 9 de janeiro: a declaração de independência é corolário natural do fico.

Lyra tece uma analise que veio o 7 de setembro, o brado do Ipiraga apenas como um ultimo acontecimento, porque a independência já estava consolidada desde muito antes dentro dos brasileiros.

Pág. 265 " Juro veneração e respeito á nossa Santa Religião, obediência a El-rei Nosso Senhor, manter, guardar e conservar a Constituição da Monarquia, tal qual se fizer em Portugal pelas Cortes."

Destaca que o RN abraçou os ideias da Independência no periodo. Alinhando a história nacional com a regional, denotando a partipação mesmo que indireta da provincia.

Pág. 276 “ As agitações continuavam a dividir as facções nacionalistas e reacionárias"

O autor revela através de oficios que a provincia depois de ter passado por governantes temporarios defende o principe e. Revela o descontetamento nd senado e o abandono da junta provisória.

Pág.283 " Depois, porém, após a posso de Tomás de Aráujo, o contágio revolucionário tornou-se positivo"

A autor se utiliza de oficios, utilizando-se da história politica do periodo. Relata os governos, a defesa da provincia do RN em apoiar o principe. Mas logo em seguida cita os acontecimentos pós-indepêndencia e o inico de uma mudança de lados. Inicio de revoluções e insatisfação.

Pág. 285 "Queste corpo será sustentado pela provincia de Pernambuco, mas será depois sustentado pela Confederação do Equador."

O autor liga participação do RN na confederação do Equador. Uniam entre Pernambuco e RN para afastar intrigas, ou conflitos que possam vir a ter com o governo português ou do Rio de Janeiro.

Pág. 287 "Felizmente, porém, vencidos, sem que conseguissem constituir governo, os estusiastas da Confederação do Equador - teóricos e idealistas que viam na quebra de

Para o autor as pessoas por trás da confederação do equador, eram idealistas eque as tendências

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nossa integridade territórial o remédio aos males de então-desapareceram todas as tendências separatistas."

separatistas prejudicariam o Brasil , em seu texto deixa transparecer sua subjetividade ao falar, "felizmente" Exalta ao final do capituloa obra que deixou a indepedência.

Pág 289 " O Rio Grande do Norte era ainda, a esse tempo, uma provincia atrasadissima. Fora capitania subalterna até 1817 e na sua subordinação humilhante e deprimente nunca pudera desenvolver as suas forças, preparando-se para uma vida de relativa autonomia sob instituições mais livres"

Em sua texto aborda que as provincias estavam quase alheias ao que aocntecia e que as sublevações tumultuavma a época. Evidencia o Cenário Provinciano.

Pág 290 "Politicamente se operavma modificações" Comenta sobre a população da época e dá numeros aos escravos existentes. Sem aprofundamento. Relata como era a vida social na provincia sobre a ótica dos politicos. Menciona o jornal "natalense". Partidos nortista e sulistas, conciliações. Dados administrativos. Escola, força policial, freguesias, comarcas

Pág 297 "Quando, em 1962, os conservadores genuínos se extremaram e da liga os moderadores e os liberais surgiu o partido progressista, núcleo do novo partido liberal"

Constituição do partido progressista

Pág 299 " Reconstituiram-se nessa ocasião os dois grandes partidos nacionais: os governistas formavam o conservador e os progresistas, fundidos definitivamente todos os elementos que os compunham, com exceção de um pequeno grupo que aceitou pouco depois o programa republicano, passaram a constituir o partido liberal.

Constituição do partido liberal.

Pág 300 " Defendendo as suas ideias, apareceu O liberal do Norte, redigido pelos quatro

Cita nomes e mais nomes, jornal que o partido liberal se utilizava

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primeiros membros do diretório" para divulgar suas ideias.

Pág 302 "Reação contra o novo sistema de pesos e medidas que fora adotado, e as depredações de um grupo de cangaceiros chefiados por Jesuino Brilhante, de quem ainda hoje se rememoram façanhas"

O autor ao tratar da harmonia, também relata os desvios, os protestos, os crimes, citando Jesuino Brilhante , onde diz que fora reprimido e provocando simples ocorrencias. Não pertubando a ordem.

Pág 306 " O sucesso de amior importância ocorrido na última situação conservadora foi o movimento abolicionista, feito fora e cima dos partidos"

Nessa parte, o auto relata os feitos de governates que estavam a frente do movimento abolicionista, sem se aprofundar.

Mostrando a população escrava que fora liberta e as cidades contempladas

Pág 316 " Não estava em suas forças desviar entre as sucessão dos acontecimentos. A república era, na frase de um dos seus evangelizadores, a fatalidade infalivel"

O autor aborda que o fim do terceiro reinado, e exalta a figura de pedro velho ao comentar que este era o gênio politico da época e que espalhou através da imprensa as ideias de abolição e de Republica no RN.

Pág 319 “Na sua primiera campanha, a da abolição, demosntrou o alto valor de seus méritos; mas foi como propagandista republicano e , mais tarde, cmoo chefe de partifdo e homem de governo, que revelou, em toda sua plenitude, os dotes execionais de seu grande espirito”

Exalta a figura de Pedro velho como o homem que estaria por trás dos méritos da abolição no RN. E a figura de Albuquerque Maranhão na revolução 1817.

Pág 329 “A vida politica do estado deslizara até então sem grandes agitações e assim continuou até a eleição do primeiro presidente da república, realizada em fevereiro de 1891”

Fala do estabelecimento do regime republicano e da influência que Pedro Velho tinha na época. Exaltando qualidades do mesmo como administrado e chefe do partido.

Pág 336 “Traços da sua vida como as da própria Republica”

Usa um texto do IHGRN para mesclar a história do RN no perido da repuclica com o nome pedro velho, como que sem ele não existiria. Para terminar o

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capitulo cita uma eloquente discurso feito por Alcindo Guanabara.