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Por // NAZARÉ TOCHAFotos // PEDRO DE CASTRO AGOAS
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ção. O simples desejo de melhorar a relação, a comunicação, também é um motivo. O sentimento de solidão, o aborrecimento, a des-confi ança, as lutas pelo poder, a critica constante ou um episódio que deixou marcas profundas, como uma relação extraconjugal, são sinais de alarme de que o casal precisa de ajuda.
P) O que acontece numa primei-ra sessão?AW) O casal descreve o seu pro-blema e objetivo. Geralmente, seguem-se seis sessões, em que sigo um método sistémico. Estamos habituados a pensar linearmente (achamos que cada problema tem uma causa), mas as relações não funcionam assim: uma causa é sempre um efeito e um efeito é sempre uma causa. Esta circula-ridade é uma das condições mais importantes do método sistémico.
P) Que sistemas são analisados pelo terapeuta de casal?AW) Analisamos, por exemplo, as famílias de origem de ambos os cônjuges (que infl uenciam a perceção de cada um, os papéis, os padrões e também os nossos limi-tes), assim como a comunicação verbal e não-verbal do casal, no qual se enquadra a questão sexual. Antes de tudo, o terapeuta vai identifi car a fase do ciclo da rela-ção em que se encontra o casal, porque em cada etapa há mudan-ças e ajustamentos.
P) Por exemplo...AW) O terapeuta de casal alemão Arnold Retzer descreve o nasci-mento do primeiro fi lho como
P) No início da sua carreira, como terapeuta familiar, começou por trabalhar com mulheres vítimas de cancro da mama...AW) Acompanhava, na fase de diagnóstico, na fase crónica e/ou terminal, essas mulheres e a sua família. A estratégia principal de um terapeuta familiar é a manutenção da comunicação entre os membros da família e entre a família e a equipa médica.
P) Quais os maiores desafi os para as famílias? AW) É preciso que se ajustem às exigências físicas, emocionais e fi nanceiras, de modo a que possam responder às necessidades do fami-liar doente, mas simultaneamente também precisam de continuar a viver as suas próprias vidas. Este é o ponto de equilíbrio que o tera-peuta ajuda a encontrar.
P) O que aprendeu com essa experiência?AW) O diagnóstico de cancro pode provocar desorientação, negação da doença, revolta, depressão e medo, ligado à confrontação com a mor-te. Durante este trabalho, conheci verdadeiras guerreiras com quem aprendi que o medo pode permitir--nos fl orescer. No início, é uma montanha de escuridão mas quase todas as mulheres que conheci con-seguiam usá-lo como um mecanis-mo criador de energia positiva.Esta experiência permitiu-me também conhecer a associação Laço, que faz um trabalho exce-cional na luta contra o cancro da mama, e da qual fi quei membro.
P) É possível voltar a ser feliz de-pois de se perder parte da nossa identidade corporal, sexual?AW) Absolutamente. Não conheci nenhuma mulher que não tivesse voltado a sorrir.
P) Atualmente, dedica-se à te-rapia de casal. Em que casos se justifi ca procurar a ajuda de um terapeuta?AW) Quando, pelo menos, um dos cônjuges sente que há mais so-frimento do que satisfação na rela-
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IDADE 40 ANOSMEDIDAS 90-69-94ROUPA 36ALTURA 1,76 MPESO 58 KG
1 REGULARMENTE Faz limpezas de pele profundas, na Clínica Maló, e já experimentou microdermoabrasão (esfoliação com cristais finos). Faz drenagem linfática, para estimular a circulação, eliminar toxinas e combater a celulite.
1 TODOS OS DIAS Usa hidratante, protetor solar FPS 50 e creme de contorno de olhos, de manhã.
1 TODAS AS NOITES Aplica um sérum anti-idade e um creme de noite.
1 SEMANALMENTE Esfolia a pele do rosto e aplica uma máscara de hidratação.
ANTI-IDADE
9 CUIDADOS DE BELEZA QUE ASTRID WERDNIG NÃO DISPENSA
SEGREDOS DE UMA MODELO PARA UM CORPO SAUDÁVEL
EXERCÍCIO + ALIMENTAÇÃO
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«um ataque terrorista à relação». Nesta fase, é preciso incluir o papel parental e, ao mesmo tempo, man-ter o espaço para o casal. É natural "congelar" a relação amorosa, du-rante algum tempo, mas um dia é preciso "retirá-la do gelo".
P) Qual a intervenção do terapeuta?AW) Vai conduzir a conversa, o que signifi ca que o diálogo será diferente dos que o casal tem em casa. O terapeuta pode alterar o foco da atenção, colocando--o em áreas para as quais o casal não costuma olhar. Uma pequena diferença na perceção de cada um pode introduzir uma mudança no sistema, no comportamento.
P) Que erros podem destruir um casamento?AW) Embora cada relação seja formada por dois indivíduos com famílias de origem distintas, com segredos, histórias e memórias individuais e conjugais únicas, há erros estudados por especialistas, como John Gottman. Este psicó-logo aponta como «cavaleiros do apocalipse» da relação, por exem-plo, a crítica negativa sobre o cará-ter do outro e o desprezo, marcado pelo sarcasmo, que conduz ao con-fl ito. Destaca ainda a reação defen-siva, que traduz a negação da res-ponsabilidade dos erros, e o “muro de silêncio” - que se forma quando conversa se tornou impossível.
P) Da sua experiência enquanto terapeuta familiar, quais os se-gredos dos casais felizes?AW) Alguns têm um ritual que pode terminar uma discussão,
uma espécie de tábua de salvação num estádio crítico, normalmente associado ao riso, por exemplo, fazer uma careta ou usar pistolas de água... Rir frequentemente a dois é, de resto, um dos grandes segredos dos casais felizes. É tam-bém muito útil quando encaramos o nosso parceiro como um private couch para o desenvolvimento da personalidade. Desta forma, as crí-ticas tornam-se úteis, ajudam-nos no processo de desenvolvimento pessoal.
P) Há outras estratégias?AW) Saber encontrar o equilíbrio entre a intimidade e a distância. Muitas vezes, uma elevada neces-sidade para a proximidade faz com que um dos dois se sinta preso, que não há nada de novo. O erotismo e a paixão precisam de distância e de uma pequena quantidade de incerteza, especialmente em rela-ções de longa duração. É também preciso sentir e mostrar reconhecimento ao outro e termos sonhos, objetivos em comum.
P) É importante o casal projetar--se no futuro?AW) Mais profundo do que isso, é importante o casal ter uma fi loso-fi a de vida, encontrar um sentido de vida comum. Também é im-portante ter uma memória seletiva, lembrar os momentos positivos.
P) Dá aulas de fi losofi a. Qual o lugar desta disciplina numa so-ciedade quase sem lugar para a refl exão? O que nos ensina sobre a felicidade?AW) A relação com a felicidade foi sempre um dos temas centrais
1 «Privilegio produtos biológicos e compro-os em espaços de produtos de mercado justo.»
1 «Não uso alimentos que a minha bisavó não fosse capaz de identificar»
1 «Adoro cozinhar e leio imenso sobre alimentação saudável.»
1 «Uso apenas óleo de colza, azeite e óleo de sementes de abóbora.»
1 «Preparo pratos coloridos, com legumes e fruta que ingiro pelo menos três vezes por dia.
1 «Como cada vez menos carne por razões éticas – não concordo com a produção em massa e o tratamento dos animais.»
1 «Faço pão em casa. Misturo farinha de centeio com farinha de espelta biológica.»
1 «Quase não uso produtos brancos, prefiro a versão integral (farinha, açúcar.)»
1 «Bebo todos os dias pelo menos três chávenas de chá verde do Japão.»
1 «Faço exercício, três vezes por semana, na clínica Maló onde sigo um plano no ginásio definido pelo meu personal trainer.»
1 «Pratico yoga em casa e adoro fazer passeios de bicicleta, em família, pelo Alentejo e Algarve.»
«um ataque terrorista à relação». Nesta fase, é preciso incluir o papel parental e, ao mesmo tempo, man-ter o espaço para o casal. É natural "congelar" a relação amorosa, du-
«um ataque terrorista à relação».
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da fi losofi a. Aristóteles defi nia-a como o objetivo fi nal da nossa existência, associando-a a virtu-de, prosperidade, à vivência de uma vida justa, à prática de ativi-dade cívica e da própria fi losofi a. Muitos dos conceitos de Epicuro também estão presentes, hoje em dia, na Psicologia Positiva.
P) Por exemplo?AW) Vivermos de forma social-mente ativa, o facto da amiza-de, das relações familiares e da relação conjugal serem fonte de felicidade. Outra regra é viver o aqui e agora, sem nos preocu-parmos com o futuro e, ainda menos, com a morte, porque está fora da nossa capacidade de perceção. É importante focar-mo-nos nos aspetos positivos e esta capacidade pode ser treina-da: podemos regular ativamente os nossos pensamentos, dando--lhes um signifi cado positivo ou negativo.
P) Há outras estratégias para sermos felizes?AW) Não nos compararmos com os outros. Fazer comparações é um mecanismo fantástico para fi -carmos infelizes. A psicologia po-sitiva dá-nos muitas outras regras, por exemplo quanto ao signifi -cado do trabalho na nossa vida, à importância de termos expectati-vas realistas. Eu sublinhava ainda a necessidade de encontrarmos um sentido para a vida... p
Produção de moda// SARA SOARES (C'est Fantastique)Hair & Make Up// JOANA MOREIRAAgradecimentos// CORTEFIEL, MANGO, SPRINGFIELD WOMAN, H&M E CENTRAL MODELS
«O TERAPEUTA COLOCA O FOCO DA ATENÇÃO EM ÁREAS PARA AS QUAIS O CASAL NÃO COSTUMA OLHAR»
«A PAIXÃO PRECISA DE UMA
PEQUENA DOSE DE
INCERTEZA»