Exposição am Science, com Ciência no IN ESC Instituto ... · ¦¦¦Os alunos das universi-dades...

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Exposição Ciência no IN ESC 0 Instituto de Engenha- ria de Sistemas e Com- putadores do Porto é palco para a exposição/ am Science, com ima- gens, dispositivos e re- presentações de es- paços, pessoas, hábitos, práticas, rotinas e tec- nologia do INESC.

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ExposiçãoCiência no IN ESC

0 Instituto de Engenha-ria de Sistemas e Com-

putadores do Porto é

palco para a exposição/

am Science, com ima-

gens, dispositivos e re-

presentações de es-

paços, pessoas, hábitos,

práticas, rotinas e tec-

nologia do INESC.

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Ciência cresceem PortugalDESENVOLVIMENTO A investigaçãocientífica portuguesa esteve on-tem em análise na Organizaçãopara a Cooperação e o Desenvolvi-mento Económicos (OCDE), emParis, "reconhecendo o desenvol-vimento extraordinário da ciênciaem Portugal", segundo afirmou o

ministro Mariano Gago à Lusa.O seminário na sede da OCDE

juntou especialistas portuguesese internacionais para analisar as

condições do desenvolvimento dainvestigação científica em Portu-gal nos últimos anos e para pers-pectivar o futuro da ciência.

"Portugal é um dos países daOCDE com crescimento mais rá-pido na área científica", no núme-ro de artigos científicos, no decientistas no activo ou na criaçãode uma massa crítica para centrosde investigação, de acordo com avisão de Mariano Gago.

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Café ajuda a tratar cérebro

Rodrigo Cunha, que lidera um grupo de

investigadores do Centro de Neurociên-

cias da Universidade de Coimbra, publi-

cou um trabalho no qual aborda os bene-

fícios da cafeína no tratamento de doen-

ças como Alzheimer ou Parkinson. Hoje

assinala-se o Dia Mundial do Café.

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¦¦¦ Os alunos das universi-dades de Aveiro e Coimbraestão a ser convidados pa-ra participarem num estu-do sobre a influência dosabusos estudantis nos es-

permatozoides, durante as

respectivas festas académi-cas que se aproximam.

O estudo está a ser con-duzido pelo Centro de Bio-

logia Celular da Universi-dade de Aveiro (UA) e pelaFerticentro, uma clínica es-

pecializada no tratamentoda infertilidade, estando adecorrer o período de ins-

crições dos voluntários.

'Be sanas'ajudaminvestigação

Infertilidade

¦¦¦ 'Semana doEnterro' e 'Queimadas Fitas'na miradosinvestigadores

"No fundo, isto é umajoint venture entre aquelesque estão no terreno a tra-tar casais inférteis e a UA,que faz investigação cientí-fica de ponta e com umagrande experiência nestaárea", disse à Lusa Vladimi-ro Silva, coordenador do la-boratório da Ferticentro.

Os investigadores vãoaproveitar a "Semana do

Enterro", que decorre naUA de 23 a 29 de Abril, e a

"Queima das Fitas", na Uni-versidade de Coimbra, de 7

a 14 de Maio, para avaliar o

potencial efeito do álcool e

drogas recreativas na forma-

ção das células reproduto-ras masculinas. Segundo o

responsável, "a qualidadedo esperma dos estudan-tes" será avaliada em trêsmomentos distintos: "a si-

tuação de partida, um pon-to imediatamente após os

festejos e um terceiro pon-to em Setembro, quando re-

começarem asaulas".

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PRIMEIRO PLANO

Elogio da Casa da MúsicaA Casa da Música criou hábitos antes pouco existentes e critérios novospara a experiência da música. Melhorou vidas. Muito bem

Paulo Tunhas

Lê-se na entrada "Música" do"Dicionário das Ideias Feitas"

que acompanha o Bouvard etPécuchet de Flaubert: "Música.Faz pensar numa data de coi-

sas. Adoça os costumes. Exem-

plo: A Marselhesa". A ideia de

que a função da música consis-

te em influir nas emoções é umdos tópicos mais controvertidosda filosofia da música, e o exem-

plo de Flaubert sublinha, pelairrisão, o seu estatuto de lugarcomum. Resta que, deixando a

questão dos sentimentos de lado,

há algo que é indubitável: mais

do que qualquer outra arte, a

música educa. Educa em senti-dos múltiplos. Desenvolve, porexemplo, a atenção.

Isto não vale, provavelmente,para aquilo que se pode cha-

mar "música aderente", a mú-sica que, como o grosso damúsica pop, retira o seu valorda aderência a um tempo, a

um lugar ou a uma pessoa, e

de que nos recordamos exacta-mente por isso mesmo. Masvale certamente para a grandemúsica, aquela que, mesmoconhecendo-a bem, ouvimos

sempre como se fosse a pri-meira vez. Se tivermos aten-

ção. Pessoas diversas, por ra-zões diversas, têm diferentes

capacidades de atenção musi-cal. Mas mesmo cada um de

nós varia, consoante as cir-cunstâncias, no exercício des-

sa disponibilidade. Uma coisa,no entanto, é certa. O exercício

repetido estimula a faculdadede atenção e aumenta o prazertido na música.

A Casa da Música, no Porto,faz cinco anos. Custa-me umbocado dizê-10, porque tenho

amigos que trabalham, ou tra-balharam, lá, e não convém

certamente abusar da grati-dão, mas foi, em coisas de ar-tes, o melhor que aconteceu aoPorto desde há muito tempo. Amúsica ouvida num concertonão é a música ouvida emcasa: é, se o concerto for bom,maior. E a exercitada atençãodo ouvido desdobra-se numaatenção do olhar. Para bem se

perceber a musica e precisovê-la a ser feita. É mesmo pre-ciso vê-la para a ouvir bem.

A literatura é sem dúvida omais importante de tudo, por-que sem a educação que ela dánão podemos nunca verdadei-ramente imaginar o que é ser

diferente de nós mesmos, querdizer, percebemos com muitadificuldade o que é pensar de

outra maneira. A pintura podedar a mais perfeita ideia da be-

leza, ou, diferentemente, da es-tranha concretude das coisas -

no limite, da existência. Mas amúsica, como vária filosofianão cessou, com razão, de in-sistir desde o século XX, ofere-

ce-nos algo de diverso: uma

passagem para o extra-mun-dano que, em certos casos,

guarda intacta a suspeita das

mais fortes asperezas munda-nas. A Casa da Música criouhábitos e possibilidades, antes

pouco existentes, e critériosnovos e exigentes, para esta

experiência. Melhorou muitasvidas. Aumentou, nestes tris-tes tempos, a atenção educada.Muito bem.

Professor do Departamento de Filo-

sofia da Universidade do Porto

Escreve à qnarta-feira

A Casa da Música foi algo de muito bom que aconteceu ao Porto RICARDO MEIRELES

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Portugueses entre os europeusque bebem menos caféCada português consome 4 quilos de café por ano. Mercado vale cerca de 2 mil milhões de euros

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Indispensável numa pausa, num en-contro de amigos, no final das refeições

ou para acordar, o café tem direito hojea um dia de celebração mundial. Esta

bebida que é saboreada há perto demil anos em todo o mundo é tambémuma boa fonte de negócio.

Em Portugal, o mercado total decafés torrados vale cerca de doismil milhões de euros e o sector édominado por quatro empresasque actuam em áreas que vão des-de a torrefacção até à distribuição.A Delta, de Rui Nabeiro, actua emtodas as frentes e tem como com-panheiras, no ranking das princi-pais empresas, a Nestlé, a Nutrica-fés e a NewCoffee.

Ao contrário do que se pensa,o nosso país não está entre osmaiores consumidores de café,

estimando-se que cada portuguêsconsuma em média pouco maisde quatro quilogramas de café porano, segundo dados da Organiza-ção Internacional de Café (OIC),enquanto a média europeia é decerca de seis quilogramas por ano.Ou seja, os portugueses bebemem média entre uma a duas chá-venas de café por dia e a maiorparte fá-lo fora de casa, no entan-to, o consumo no lar está a ganharcada vez mais adeptos.

No ano passado, as vendas decafé puro a nível nacional no sec-tor alimentar e no consumo ime-diato ultrapassaram os 315 mi-lhões de euros, com base nos ín-dices Nielsen Alimentar e NielsenConsumo Imediato, com a vendade café puro moído a assinalaruma descida de 6% e a venda decafé puro em cápsulas a subir

612%, enquanto a venda de pasti-lhas cresceu 123%.

Apesar da subida das novas for-mas de consumo desta bebida, os

portugueses continuam a optarpor sair de casa para tomar umcafé. Cerca de 85% do negócio éfeito no canal horeca (hotelaria,restauração e cafés) o que temmotivado a aposta das empresasneste mercado. E o caso da New-Coffee, uma "joint-venture" decinco marcas: Bogani, A Caféeira,Caffeccel, Lavazza e Sanzala. Aempresa está no mercado desde2007 e no ano passado acrescen-tou a Bogani e a Caféeira ao seuportofólio com o objectivo de du-plicar os seus pontos de venda decinco mil para dez mil e subir ao

quarto lugar na lista das maiores

empresas a operar no sector emPortugal.

ANA PAULA [email protected]

Nespressoe Delta Qconvencem a levaro café para casa

? Fenómeno de vendas, a

Nespresso chegou e venceu.Este ano, planeia abrir mais três lojasem Portugal, aumentando para cinco

os espaços de luxo onde se podeadquirir as cápsulas de café damarca. Em Portugal, a empresa tem

uma quota de 60% do mercado emvalor e rivaliza com a Delta Q, cujas

máquinas e cápsulas são vendidas

em hipermercados.A marca da Delta Cafés registou umcrescimento nas vendas de 100% navenda de máquinas e 300% nas

cápsulas. Actualmente, tem uma

quota de mercado de 40,6% a níveldas cápsulas e, segundo a empresa,já venderam mais de 100 mil

máquinas e mais de 25 milhões de

cápsulas.

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Mas o café também enfrenta pro-blemas com a crise mundial. No úl-timo relatório da OIC é feita uma re-visão em baixa da produção de caféa nível mundial que, segundo esta

organização, deverá rondar os 120 a122 milhões de sacas de 60 quilos noano de 2009/2010, o que representauma descida de 4,8% face à colhei-ta anterior e, no pior dos cenários,deverá significar um aumento do

preço do café no consumidor final.Mesmo assim, os portugueses não

precisam de se preocupar muito. Onosso país tem dos preços do café

Portugal reexportou

em 2009 17 milhões

de sacas de 60 quilos

de café transformado

mais baratos da Europa, uma ten-dência que deverá manter-se, ape-sar da diminuição da oferta

O Brasil é o maior produtormundial de café e foi responsávelpela produção de mais de 39 mi-lhões de sacas de café em 2009,bem menos do que os 45 milhõesde sacas produzidas em 2008. Nototal, a produção mundial de caféfoi de 124 milhões de sacas em2009 e, nos cinco primeiros me-ses do ano 2009/10, a OIC adian-ta que a produção total foi de 35,6milhões de sacas, menos 11%, faceaos 40 milhões de sacas produzi-das no período anterior. ¦

Algumas chávenasajudam a protegerfunções do cérebro

Milhares de estudos sobre osefeitos do café na saúde apontampara vantagens no seu consumopara grupos de doentes comParkinson e Alzheimer. A Diabe-tes Mellitus (a que não é insulino-dependente) também pode termais dificuldade em instalar-secom o hábito de uma, duas ou trêschávenas por dia. O benefício estáestudado em múltiplas pesquisas,algumas delas de investigadoresportugueses.

Os efeitos benéficos do café (enão apenas de um dos seus mui-tos constituintes, a cafeína) estãotambém a mostrar indicadorespositivos no cancro do fígado, dis-se ao JN António Vaz Carneiro,que dirige o Centro de EstudosBaseados na Evidência, da Facul-dade de Medicina da Universida-de de Lisboa.

A redução de novos casos des-ta doença, bem como das mani-festações neuro-degenerativas re-lacionadas com a idade (Parkin-son e Alzheimer), está documen-tada cientificamente. Vaz Carnei-ro admite que "o café tem má re-putação mas, em princípio, é um

BENEFÍCIOS

PARKINSON E ALZHEIMER

Vários estudos, incluindo

portugueses, indicam efeitos

positivos na memória recente,sobretudo nas mulheres com

Parkinson e Alzheimer.

ATENÇÃO E MEMÓRIA

Estudos em animais demons-

traram vantagens no consumo

em casos de diabetes tipo 2,stress crónico, deterioração da

memória e défice de atenção.

MALEFÍCIOS

INSÓNIAS

Pessoas mais sensíveis podemter dificuldade em conciliar o

sono.

ARRITMIAS

Doentes com arritmias cardía-

cas não beneficiam da toma decafé. No caso de pressão arte-rial elevada, esta pode subir

nos minutos seguintes.

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excelente alimento". O especia-lista nota que o efeito protectordesta bebida, no caso da DiabetesMellitus, se manifesta tambémnos consumidores de descafeina-do, chá, coca-cola ou chocolate,que têm em comum as chantinas.

Vaz Carneiro concede que algu-mas pessoas "possam ter proble-mas" com o consumo de café. Seráo caso de doentes com arritmiascardíacas (palpitações) ou uma úl-cera activa. "Tirando quem nãodorme por grande sensibilidade aocafé, em geral não há problema", re-fere o professor da Faculdade deMedicina de Lisboa, que acrescen-ta haver "sugestão de mais abortos,mas nada está provado".

O JN ouviu Nuno Clode, secre-tário-geral da Sociedade de Medi-cina Materno-Fetal. Na sua opi-nião, só o excesso prejudica a saú-de da criança e da mãe, seja nafase da gravidez ou do aleitamen-to. Sobre o café "não há uma con-tra-indicação formal, como exis-te em relação ao álcool ou ao ta-baco". Mas, como o feto ou o bebérecebem da mãe parte do que ela

ingere, esta nunca deverá excederas duas ou três chávenas diáriasde uma bebida que é excitante.

Vários grupos de investigado-res do Porto, Coimbra e Lisboatêm feito pesquisa nesta área e pu-blicado em revistas internacio-nais. Neles se incluem as equipasde Henrique Barros, Alexandre de

Mendonça e Rodrigo Cunha.EDUARDA FERREIRA

BICA

Popularizado sobretudo no Centro e

Sul do país, o termo bica não surgiu

pelas melhores razões. Reza a histó-

ria que o café começou a ser comer-cializado na A Brasileira em Lisboa,mas muitos clientes achavam a

bebida amarga. A cafetaria decidiu

criar o slogan "Beba Isso Com

Açúcar", que ficou como bica.

CIMBALINO

0 Norte do país, para não ficar atrás,criou o termo cimbalino para pedirum café, que não é mais do que o

nome da primeira marca italiana de

máquinas de café que surgiram em

Portugal.

EXPRESSO, ESCALDADO OU PINGADO

Os nomes variam também consoante

o gosto dos clientes. Um café curto

pode ser um expresso e, se gostar, o

café pode ser tirado em chávena

escaldada. Se não apreciar muito o

sabor, então peça um pingo ou um

garoto que vai dar à mesma coisa:

uma chávena de café com leite. Pode

ainda pedir um carioca.

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BEIJOS E CAFÉS DEVEM SER "LONGOS E QUENTES"

Adiscussão no Facebookdo JN

O JN esteve ontem à conversa com

amigos e fãs no Facebook. E

lançou uma pergunta: "Sabem

que amanhã é o Dia Internacional

do Café? A propósito, como

gostam de tomar o café?". E ficá-

mos a saber que Miguel Santos

gosta de tomar de café de muitas

maneiras, mas com exigência de

gourmet : "Curto ou longo, com ou

sem açúcar, mexido com pau de

canela com muita espuma, saborintenso e perfumado, ligeiramentetorrado, numa chávena não dema-siado quente". |á Eli Campo, quelembrou aos amigos e fãs do |N no

Facebook que ontem se assina-

lava o Dia Mundial do Beijo, apre-

cia o expresso "normal, sem açúcar(gosta do seu sabor natural)". De

beijos e cafés gosta Carlos Bettencourt

Gesta: "Ambos longos, quentes e

saborosos.:)", contou. Planos parahoje, contou-nos Celina Martins:

"Pretendo tomar um café numa espla-nada em cima do rio Tua, com uma

amiga ou amigo, logo se verá! Isto

claro se estiver bom tempo".Torne-se fã do "Jornal de Notícias" no

Facebook e participe na próximaconversa.

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Os alunos das universidadesde Aveiro e Coimbra estão aser convidados para participa-rem num estudo sobre a in-fluência dos abusos estudan-tis nos espermatozóides, du-rante as respectivas festas aca-démicas que se aproximam. Oestudo, que irá abranger os es-tudantes do sexo masculino,está a ser conduzido pelo Cen-tro de Biologia Celular da Uni-versidade de Aveiro e pelaFerticentro, estando a decor-rer actualmente o período de

inscrições dos voluntários.

Abusos estudantisnos espermatozóides

INVESTIGAÇÃO

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Café ajudao cérebroNo Dia Internacional doCafé, saiba que a cafeínaque saboreia numa cháve-na de café é capaz detratar doenças do cérebro- Alzheimer, Parkinson e

depressões - segundo de-monstram estudos realiza-dos por investigadores daUniversidade de Coimbra.

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PulitzerO triunfo do digital comas armas da investigaçãoFoi a primeira vez que os prestigiados Prémios Pulitzer distinguiramo trabalho de uma redacção on-line. A ProPublica faz bom jornalismode investigação. E aceita donativos

João Manuel Rocha

• Quando a ProPublica surgiu,houve quem duvidasse de quejornais como o New York Times ouo Wall Street Journal estivessem

dispostos a publicar trabalhos deuma redacção externa on-line. É

certo que trazia o lastro do melhorjornalismo de investigação norte-americano, mas o pioneirismodo modelo abria espaço a

interrogações. Cedo se percebeuque este era um caso especial. A

consagração chegou anteontem,quando o júri dos Pulitzeratribuiu o Prémio de Jornalismode Investigação a um trabalho daProPublica editado na The New YorkTimes Magazine.

O artigo The Deadly Choices atMemorial, de Sheri Fink, publicadoem Agosto do ano passado, revela

como, devido ao furacão Katrina,face ao receio de subida das águas,sem geradores nem contacto com o

exterior, alguns médicos exaustosde Nova Orleães tomaram decisõescontroversas: aplicar injecçõesletais a alguns doentes para os quais

poderia não ser possível garantiruma transferência para outro local.

Foi a primeira vez que os Pulitzerdistinguiram um trabalho produzidopor um meio on-line, ainda quepublicado na imprensa tradicional.Mas pode ser apenas a primeira demuitas. "É qualquer coisa que vamosver mais vezes nos próximos anos, àmedida que aumentar a colaboraçãoentre entidades", admitiu Sig Gissler,administrador dos Prémios Pulitzer,citado pela Reuters.

A devastadora história sobre NovaOrleães é um exemplo daquilo paraque a ProPublica foi criada: "Fazerluz sobre possíveis abusos de poderou falhas na defesa do interesse

público, para que se possa aprendercom isso e encontrar soluções",escreveu o seu director, Paul Steiger,depois de revelada a distinção.

Neste caso o artigo "forneceu

informação crucial para quem temque desenhar estratégias para lidarcom desastres médicos", disse. "As

questões-chave são quem deve sersalvo em primeiro lugar e quem o

decide", considera ainda Steiger,

mentor e líder da ProPublica,que começou a divulgar os seustrabalhos em Junho de 2008. Steigerfoi durante 15 anos, e até 2007,director executivo do Wall Street

Journal, período durante o qual o

jornal conseguiu 16 Pulitzer.Outro trabalho da ProPublica - um

artigo sobre falhas na supervisão deenfermeiros na Califórnia, de TracyWeber e Charles Ornstein, publicadono Los Angeles Times - foi finalistana categoria Pulitzer de serviçopúblico. Mas quem recebeu este queé o prémio principal dos galardõesapadrinhados pela Columbia

University foi o jornal HeraldCourier, de Bristol, Virgínia, comum trabalho sobre o lado negro dosdireitos de exploração de gás naturalnaquele estado.

Fazer face à criseA aposta no "jornalismo original"é um traço de identidade daProPublica, um projecto quepretende preservar a investigaçãocomo "essência" do jornalismoe que se reclama das "melhorestradições de serviço público do

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jornalismo americano". "Vivemosuma situação em que proliferam as

fontes de opinião, mas as fontes dosfactos nos quais essas opiniões se

baseiam estão a diminuir", refere nasua "carta de princípios".

A distinção da ProPublica e deSheri Fink - partilhada na categoriade Investigação com Barbara Lakere Wendy Ruderman, do PhiladelphiaDaily News, com um trabalho sobrenarcotráfico por polícias -, é vista

por Paul Steiger como um sinal de

que o modelo "não lucrativo e não

partidário" da sua redacção "podedar uma contribuição significativapara as necessidades de informaçãodo povo americano, numa era de

explosivas mudanças nos jornais e

nos outros media".Com uma redacção de 32

jornalistas, escolhidos entreos mais de 400 que enviaramcurrículos, a ProPublica, comsede em Manhattan, apostanum "jornalismo informativo deinteresse público". Os seus textossão oferecidos gratuitamente e emexclusivo ao meio que Steiger e os

seus colaboradores consideram

que dará mais projecção à história.E colocados na sua própria páginaInternet.

O modelo não lucrativo assentano financiamento privado de dezmilhões de dólares anuais que lhe é

assegurado pela Fundação Sandler,dos milionários mecenas Herbert e

Marion Sandler - que desde os anos80 apoiam diferentes organizações,como a Human Rights Watch e aAmerican Civil Liberties Union -, eem contribuições individuais.

Estas condições têm permitidomanter uma redacção que dedicamais meios à investigação do quea maior parte dos grandes jornaisonde, sobretudo em tempos de

crise, o investimento em histórias

próprias de fundo é cada mais raro.Para Hélder Bastos, investigador

da Universidade do Porto e um dosfundadores do Observatório de

Ciberjornalismo, o reconhecimentodo trabalho da ProPublica tem

0 modelo não lucrativoda ProPublica assenta

no financiamentoprivado de dez milhõesde dólares anuais, quelhe é assegurado pelaFundação Sandler, e emdonativos particulares

o "lado bom" de mostrar que "o

jornalismo procura fazer face àcrise com novas formas de negócioque consigam rentabilizar umjornalismo de qualidade, virado

para a investigação". Mas "põea nu as fragilidades da imprensamainstream".A vitória da EnquirerA redacção de Paul Steiger acabou

por dar uma ajuda ao New YorkTimes no seu despique particularcom o Washington Post, que destavez amealhou o maior número de

prémios. O Post, com quatro Pulitzer- Informação Internacional, Feature,Opinião e Crítica - ganhou quatroprémios, contra três do Times -

Jornalismo de Investigação (com a

ProPublica), Informação Nacionale Reportagem de Divulgação.O prémio de Notícias de ÚltimaHora coube ao Seattle Times e três

jornalistas do Dálias Morning Newsforam distinguidos com o Pulitzer de"excelência editorial".

Para além da novidadeProPublica, os sinais dos temposfizeram-se também sentir no prémiode cartoon, atribuído pela primeiravez a um a suporte on-line: o site

www.sfgate.com, do San FranciscoChronicle, foi distinguido pelas tirascómicas animadas de Mark Fiore. NaFotografia, o galardão de Notícias deÚltima Hora foi para uma repórterdo Des Moines Register e o de Feature

para um fotógrafo do Denver Post.O prémio para Informação Localcoube a uma jornalista do MilwaukeeJournal Sentinel.

Houve ainda, este ano, umvencedor não-oficial: a revistasensacionalista The NationalEnquirer, não ganhou qualquergalardão mas viveu o seu momentode glória. Foi aceite como

concorrente aos prestigiadosprémios com os seus trabalhossobre um relacionamento

extraconjugal do senador democratae ex-candidato à Casa Branca JohnEdwards. Um caso ignorado pelosmedia tradicionais. "Ganhámos

respeitabilidade", disse o director,Barry Levine, à Bloomberg TV.

Na literatura, que, tal comoa música, é uma área tambémpremiada pelos Pulitzer, os destaquesforam para a Ficção, com Tinkers,livro do estreante Paul Harding, e

História, com LordsofFinance, umtrabalho de Liaquat Ahamed sobre

o modo como quatro banqueirosenfrentaram a crise de 1929.

TheDeadHand: The UntoldStoryofthe Cold WarArms Race andltsDangerousLegacy, de David E.

Hoffman, ganhou no campo da

Não-Ficção. Na categoria Biografiafoi distinguido The First Tycoon, deT. J. Stiles, que retrata o magnataCornelius Vanderbilt.

MABK FIOEE/SFGATE.COM/REUTEES

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Sete ex-maravilhas naturais de Portugal vão a concurso

Romana Borja-Santos

• Já foram locais idílicos, com umapaisagem privilegiada. Mas a mãohumana permitiu um verdadeirodesordenamento territorial e agoraQuarteira, Sines, Vila Franca de Xiraou o rio Trancão são alguns dos can-didatos a um lugar entre as sete ex-maravilhas naturais de Portugal - umprojecto que foi ontem apresentadopor Pedro Quartin Graça, um dos res-

ponsáveis pelo movimento, num dos

lugares "que a natureza nos deu e queos portugueses estragaram": a praiada Cruz Quebrada, em Oeiras.

Com um pontão ao abandono, vá-rias barracas destruídas como cenáriode fundo e um cheiro estranho cor-roborado pelas ondas da água acas-tanhada, Quartin Graça, advogadoe antigo deputado pelo MovimentoPartido da Terra, explicou que deramalgumas ideias iniciais mas que o ob-

jectivo é que os cidadãos acedam aosite 7exmaravilhas.net ou à rede so-cial Facebook e incluam e votem emmais sugestões de "exemplos do efeito

nefasto da acção do Homem sobre o

património natural". No dia 13 de Ju-nho serão apresentadas as 13 finalis-

tas e a 7 de Setembro as vencedoras.Quartin Graça admitiu que existe

um paralelismo com a escolha que es-tá em curso das 7 Maravilhas de Por-

tugal, mas precisou que esta iniciativacívica pretende "sensibilizar e ajudara resolver problemas que a nível lo-cal não é possível". E acrescentou:"As coisas não se devem esgotar nos

partidos e na política e os movimen-tos cívicos são muito importantes".

Sobre a praia escolhida para o

lançamento, Rui Cunha, fotógrafo etambém responsável pela iniciativa,explicou que a Cruz Quebrada, no pas-sado, já foi um local de férias - nome-adamente para o Marquês de Pombal- e que a sua degradação tem vindo a

agravar-se sem nada ter sido feito. "Éum caso de natureza mal transforma-da", disse. Por seu lado, Gastão Britoe Silva, outro dos fotógrafos do movi-

mento, desafiou os portugueses a con-tribuírem para melhorar a realidade

"fotografando os pontos degradadosque podem ser melhorados."

Contactada pelo PÚBLICO, Susana

Fonseca, da associação AmbientalistaQuercus, considerou que é "essencial"alertar a população para aquilo queestá mal e para o facto de as paisa-gens não serem "apenas uma questãode biodiversidade". Sobre o ordena-mento do território, defendeu quetem sido criada muita legislação mas

que se continuam a abrir "excepçõesflagrantes". Já Luísa Schmidt, inves-

tigadora nesta área no Instituto deCiências Sociais da Universidade deLisboa, destacou que "houve trans-formações muito rápidas no territó-rio com a migração para as cidades"mas que estudos feitos indicam que háuma "memória grande em relação à

paisagem rural", pelo que se tem sen-tido preocupação em recuperá-la e emcontrariar o "casismo" que se criou."Ainda assim, já não temos a culturarural do passado mas também aindanão ganhámos uma cultura modernados valores naturais."

DAVE) CLIFFORD/ARQUIVO

Quarteira é um dos exemplos da desordenada construção no país