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Revista Pensar Engenharia, v.5, n.2, Jul. 2017
Estudo Das Manifestações Patológicas na Segunda Ponte do Ribeiro De Abreu
Study of the Pathological Manifestations in the Second Bridge of Ribeiro De Abreu
Alberto Ferreira Maria Junior 1
Geciane da Silva Gonçalves 2
Resumo:A patologia de estruturas passou a ter maior importância a partir do momento em que as grandes obras realizadas entre as décadas de 40 e 60 começaram a manifestar problemas em função de erros na sua execução, falha de detalhamento mais elaborado do projeto, falta de manutenção e tempo de uso. Os problemas manifestados e supostamente relatados pela população local foram levados em consideração para o trabalho de inspeção da Segunda Ponte Bairro Ribeiro de Abreu situada sobre o Ribeirão do Onça, na cidade de Belo Horizonte, com o proposito de avaliar suas condições de uso. Uma das razões deste estudo se deve ao fato de a ponte ser um dos principais elos de ligação entre o conjnto e a rodovia. Pode-sedizer que existem anomalias que com as novas técnicas de recuperação tais como: concreto de alto desempenho, recomposição das ferragens corroídas, estradas com pavimento de concreto, equipamentos com alta tecnologia para a remoção e recomposição do CBUQ além de outras, pode-se garantir a sua perfeita utilização bem como o aumento de sua vida útil. O presente artigo mostra com destaque a estrutura de contenção da Segunda Ponte do Ribeiro de Abreu, bem como as patologias existentes através de registro fotográfico, seguido do provável diagnostico de suas causas e proposta de recuperação da Ponte. Sendo assim essa proposta visa a manutenção da Segunda Ponte do Ribeiro de Abreu, otimizandosua capacidade de servir bem o Conjunto Ribeiro de Abreu. Palavras-chave: Inspeção. Diagnostico.Patologia. Contenção. Solo. Abstract: The pathology of structures became more important once the great works carried out between the 40s and 60s began to manifest problems due to errors in their execution, more elaborate design detail failure, lack of maintenance and Time of use. The problems reported and supposedly reported by the local population were taken into account for the inspection work of the Second Ribeiro de Abreu Bridge located on Ribeirão do Onça, in the city of Belo Horizonte, with the purpose of evaluating its conditions of use. One of the reasons for this study is that the bridge is one of the main links between the joint and the highway. We can say that there are anomalies that with the new recovery techniques such as: high-performance concrete, corroded fittings, roads with concrete pavement, high technology equipment for the removal and recomposition of CBUQ besides others, one can guarantee Its perfect utilization as well as the increase of its useful life. This article shows the containment structure of the Second Bridge of Ribeiro de Abreu, as well as the existing pathologies through photographic registry, followed by the probable diagnosis of its causes and the proposed recovery of the Bridge. Therefore, this proposal aims at maintaining the Second Ribeiro de Abreu Bridge, optimizing its capacity to serve Conjunct Ribeiro de Abreu well.
1Estudante do curso de Engenharia Civil. Faculdade Kennedy de Engenharia. [email protected]
2 Orientadora Graduada em Engenharia Civil, 2007. Mestranda em Construção Civil na UFMG.
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1. INTRODUÇÃO
Durante o século passado o crescimento acelerado de obras de ampliação de
rodovias não foi acompanhado pela qualidade e preocupação da execução, aparecendo falhas
durante o envelhecimento da estrutura, sendo o estudo dessas falhas definido por patologia das
estruturas.
Pontes e viadutos se enquadram na classe de obras de arte especial na engenharia e
ambos têm como objetivo vencer algum obstáculo, seja água, fundo de vale ou vias. Pontes e
viadutos são compostos por: meso estrutura, superestrutura e fundação, como mostrado por
GONÇALVES (2016).
As ponte e viadutos de concreto armado estão sujeitas a vários tipos de esforços,
externos e internos, como as ações de peso-próprio, carga de vento, cargas móveis. Assim ao
longo do tempo podem aparecer deformações não previstas em projeto, que para o correto
dimensionamento, traçado e definição do tipo de estrutura, segundo BASTO (2014), devem ser
levados em consideração os elementos geométricos, topográficos, hidrológicos e geotécnicos. De
acordo com Ripper e Souza (2009) as causas podem ser intrínsecas, que são relacionadas ao
material e aos componentes da estrutura, ou extrínsecas, que não dependem da estrutura, como
falhas no processo de construção. Dentre os principais fatores das patologias estão a qualidade
dos materiais, a agressividade do meio ambiente, as ações e o controle durante o processo
executivo. E grande parte das patologias apresentadas nas obras de arte no Brasil são por falta de
manutenção ou erro durante a concepção ou execução do projeto.
As anomalias em pontes e viadutos de concreto armado podem gerar grandes
transtornos a população que depende deles para locomoção. Quando as patologias são
identificadas, temos o transtorno das interdições para a recuperação, reparação ou reforço da
estrutura, causando contratempos ao trânsito e aos acessos próximos ao viaduto em caso de
cidades urbanas, ou até mesmo o isolamento de cidades rurais que dependem da ponte para o
abastecimento.
No geral as patologias têm o custo elevado para a sua correção, além de
comprometer a estética e na maioria das vezes reduzir a capacidade de carga resistente podendo
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chegar ao colapso parcial ou total da estrutura, como apresentado por Helene (1992).
Dessa maneira devem ser previstos serviços de conservação e manutenção
periódica das estruturas de pontes de forma a minimizar os problemas causados pelas
adversidades citadas anteriormente, assim “A inspeção de uma ponte deve ser conduzida de
forma sistemática e organizada, de modo a garantir que todo elemento estrutural seja
inspecionado; adequadas fichas de inspeção garantem este procedimento. O documento
fotográfico ou de imagens digitalizadas deve ser abrangente e completo; um mínimo de seis fotos
deve registrar vista superior, vista inferior, vistas laterais e detalhes de apoios, articulações, juntas
etc; defeitos eventualmente encontrados em qualquer elemento estrutural devem ser
cuidadosamente examinados e registrados para permitir avaliar suas causas. Efetuar a limpeza de
determinadas áreas da ponte, para verificar se há trincas, corrosão ou outros defeitos encobertos.
Havendo possibilidade, a ponte deve ser observada durante a passagem de cargas pesadas, para
verificar se há vibrações ou deformações excessivas.” DNIT (2004), evitando grandes transtornos
a população dependente.
Assim, este artigo consiste em apontar as patologias apresentadas na segunda
ponte do Conjunto Ribeiro de Abreu que apresentou um colapso do solo na cabeceira e sendo
necessária a proibição do trânsito de veículo de quatro ou mais rodas. Apenas motocicletas,
bicicletas e pessoas ficaram autorizadas a passar pelo local. Outro objetivo complementar é
ressaltar o grau de risco para o seu entorno, definindo através das técnicas de engenharia
amostradas em bibliografia, sua manutenção, recuperação, reforço ou demolição. Levando em
consideração além dos fatores técnicos, a viabilidade econômica.
2. METODOLOGIA
A pesquisa consistiu em uma análise visual da Segunda Ponte de concreto armado
localizada no Bairro Ribeiro de Abreu, Belo Horizonte –MG de modo a determinar a reincidência
das seguintes manifestações patológicas: umidade, descolamento do revestimento, mofo e bolor,
vegetação, desagregamento do concreto, trincas e fissuras, corrosão, eflorescência e
movimentação de terra. A análise contou com inspeção visual da estrutura, fazendo levantamento
fotográfico para registrar os sintomas e a natureza das patologias e a identificação da classe de
agressividade ambiental , de acordo com a prescrição dada pela NBR 6118-14.
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3. REFERENCIAL TEORICO
Pode-se afirmar que a idealização de uma ponte ou de viadutos surgiu da
necessidade da maior mobilidade do homem e, principalmente, para que se transpusessem
obstáculos, como rios, vales ou obras feitas pelo homem.
Segundo o DNIT (2004), pontes e viadutos podem ser definidas por estruturas
construídas sobre uma depressão ou rio, que deve sustentar a pista de rolamento e que tem um
vão livre de mais de seis metros.
Com a evolução das tecnologias construtivas, foi inventado o concreto armado,
aliando as boas propriedades do concreto com as do aço. Inicialmente usado em vasos de planta e
até mesmo barcos, o concreto armado migrou para a engenharia civil possibilitando a criação de
grandes obras. Bastos (2014) afirmou que a aliança do concreto com o aço permitiu a execução
de elementos com as mais variadas formas e volumes, com facilidade para os mais variados tipos
de obras. Isso inclui a construção de pontes.
Inicialmente com a dificuldade de executar esse tipo de obra em lugares hostis
durante a construção de estradas, essa facilidade de moldar o material in loco e a sua
acessibilidade ajudou em sua popularização.
Essas estruturas, em geral, podem ser dividias em três partes. Sendo elas: i) a
infraestrutura, que corresponde à fundação; ii) a mesoestrutura, que são os pilares de sustentação;
iii) a superestrutura, sendo as vigas e lajes, além todos os elementos adicionais, como guarda
rodas, pavimento, postes, passarelas, passeios.
A criação de pontes e viadutos passa basicamente por três fases: a de elaboração e
concepção de projeto, a execução da obra e a analise pós-construção.
A fase de projeto consiste, inicialmente, no diagnóstico da obra, no qual se
definem os elementos geométricos, como, por exemplo, o carregamento para o cálculo de
dimensionamento da estrutura. Além disso, o projeto de uma ponte necessita dos estudos dos
elementos geotécnicos, hidrológicos e topográficos.
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Em breve explanação dos elementos constituintes do projeto Araújo (2013)
caracteriza que os elementos geométricos que o projeto deve atender dependem das
características da estrada, além das condições técnicas exigidas pelos órgãos responsáveis, sendo
levado em consideração a velocidade e o relevo da região. Já o topográfico é utilizado o
levantamento topográfico da implantação da ponte devendo conter plantas de perfil ao longo do
eixo , de onde será locada, e quando existir curso d’água ainda deve conter a seção do rio. Por
fim, para o estudo hidrológico, é conveniente adotar os períodos de máximas e mínimas no
período de retorno de cem anos, bem como toda a caracterização da bacia a jusante da obra da
ponte.
De posse destes, e consequentemente de mais algum estudo necessário, pode ser
feito o projeto e a execução da ponte ou viaduto de concreto armado. Com a utilização da
estrutura ao longo dos anos, sendo exposta a agentes degradante sejam físicos ou químicos, a
estrutura deve aparentar algum desgaste. Como definição de Ripper e Souza (2009) o estudo das
consequências e mecanismos das falhas dos sistemas de deterioração das estruturas, sua origem e
forma de manifestação é definida por patologia das estruturas.
Geralmente essas falhas da estrutura são notadas pelos usuários ou pela inspeção
da ponte, que é a atividade técnica que abrange a coleta de dados detalhados do estado da ponte e
deve ser realizado por um engenheiro diplomado e registrado no CREA. Ainda segundo a
normatização do DNIT toda ponte de ser inspecionada em intervalos de no máximo cinco anos.
Dentre as patologias mais comuns apresentadas em estruturas de concreto armado
estão: a fissuração, quando apresenta abertura maior que a admissível e a corrosão da armadura,
que são falhas devido a colisões de veículos. Além disso, em pontes ainda podem aparecer falhas
nos aparelhos de apoio e na pista de rolamento. Os efeitos causados por essas patologias, segundo
Pfeil (1983) são denominados de impacto, o que aumenta as solicitações das cargas moveis.
A maioria das patologias podem ser prevenidas pelo programa de manutenção de
pontes, que consiste, basicamente, na correção de falhas, drenagem e limpeza de toda a estrutura,
além de reparos recorrentes.
Com o diagnóstico correto das patologias é possível determinar o que deverá ser
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feito com as estrutura, dentre as opções está a recuperação, que recupera a sua capacidade
resistente. Restauração que restabelece somete a parte estética. O reforço que permite o aumento
da capacidade de carga da estrutura. A limitação da utilização da estrutura. E a demolição que é a
alternativa utilizada quando nenhuma das anteriores se mostrar viável.
Segundo Pfeil (1983) o risco grave de ruptura está na corrosão avançada das
armaduras, mal posicionamento ou falta de apoio, fissuras em pilares ou de cisalhamento
próximo aos apoios. Sendo o meio ambiente um dos principais agentes causadores de danos as
estruturas de concreto, pois pode desencadear um processo patológico introduzindo pela
porosidade, gases e líquidos que contêm agentes agressivos que reagem com as armaduras. Para
evitar que isso ocorra, a norma NBR 6118:2014 delimita os valores mínimos de cobrimento de
armadura que evitem a passagem destes agentes.
Por isso é de extrema importância que as fases de projeto e manutenção de ponte e
viaduto sejam executadas de forma a maximizarem a eficiência, minimizando o surgimento de
patologias que podem reduzir a vida útil da estrutura. A preocupação com estas obras encontra-se
somente na questão funcional e estética. Contudo estas pontes são esquecidas, ficando expostas
ao tempo e a falta de consciência humana que promovem uma utilização depreciativa.
4. PONTE RIBEIRO DE ABREU
A Segunda Ponte do bairro Ribeiro de Abreu localizada sobre o ribeirão do Onça
interliga o Conjunto do Ribeiro de Abreu a MG-020, sendo uma estrutura de duas vigas retas em
concreto armado. No dia 11 de dezembro de 2016 com a ação das chuvas houve deslocamento da
contenção e do solo sob a cabeceira acarretando em seu abatimento, como podemos ver nas
figuras abaixo. Onde na Figura 1 temos a amplitude do abatimento.
Figura 1Fonte:http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/12/12/interna_gerais,831738/sudecap
vistoria
Nas figuras 2 e 3 observa
de lixo acumulada.
Figura 2Fonte:http://g1.globo.com/minas
Figura 1: Recalque da estrutura de contenção. http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/12/12/interna_gerais,831738/sudecap
vistoria-em-ponte-de-acesso-ao-ribeiro-de-abreu.shtml
Nas figuras 2 e 3 observa-se a movimentação da contenção além da quantidade
Figura 2: Recalque da estrutura de contenção. http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/ponte-que-da-acesso-ao-bairro-ribeiro
parcialmente-interditada.ghtml
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http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/12/12/interna_gerais,831738/sudecap-vai-fazer-
a movimentação da contenção além da quantidade
ribeiro-de-abreu-em-bh-e-
Figura 3Fonte:https://www.alterosa.com.br/prog
As figuras 4 e 5 mostra
a falta da manta geotextil.
Figura 4Fonte:https://www.alterosa.com.br/programas/alterosa
Figura 3: Recalque da estrutura de contenção. https://www.alterosa.com.br/programas/alterosa-alerta/ponte-com-risco-de-desmoronamento
interditada-em-bh/
As figuras 4 e 5 mostram a parte posterior da estrutura de gabião, evidenciando
Figura 4: Recalque da estrutura de contenção. https://www.alterosa.com.br/programas/alterosa-alerta/ponte-com-risco-de-desmoronamento
interditada-em-bh/
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desmoronamento-e-
a parte posterior da estrutura de gabião, evidenciando
desmoronamento-e-
Figura 5Fonte:http://g1.globo.com/minas
Em inspeção realizada, foi possível detectar visualmente as manifestações
patológicas presentes na sua estrutura de concreto armado, bem como obter informações da
agressividade no ambiente da ponte e dos serviços de
Foi realizado a olho nu, da parte inferior da estrutura e foi registrada através de fotografias de
todas as manifestações patológicas encontradas.
Após as chuvas de dezembro de 2016, aparentemente foi feita uma medi
paliativa de emergência para a reabertura da ponte que ficou fechada para passagem de carros e
ônibus. Foi feita uma contenção de arrimo com sacos de concreto (Figura 2), mas as estruturas de
gabião continuam comprometidas nas duas margens com telas abe
de lixo, tirando a capacidade de vazão de dreno.
Figura 5: Recalque da estrutura de contenção. http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/ponte-que-da-acesso-ao-bairro-ribeiro
parcialmente-interditada.ghtml
Em inspeção realizada, foi possível detectar visualmente as manifestações
patológicas presentes na sua estrutura de concreto armado, bem como obter informações da
agressividade no ambiente da ponte e dos serviços de recuperação, que tenham sido executados.
Foi realizado a olho nu, da parte inferior da estrutura e foi registrada através de fotografias de
todas as manifestações patológicas encontradas.
Após as chuvas de dezembro de 2016, aparentemente foi feita uma medi
paliativa de emergência para a reabertura da ponte que ficou fechada para passagem de carros e
ônibus. Foi feita uma contenção de arrimo com sacos de concreto (Figura 2), mas as estruturas de
gabião continuam comprometidas nas duas margens com telas abertas, além de grande acúmulo
de lixo, tirando a capacidade de vazão de dreno.
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ribeiro-de-abreu-em-bh-e-
Em inspeção realizada, foi possível detectar visualmente as manifestações
patológicas presentes na sua estrutura de concreto armado, bem como obter informações da
tenham sido executados.
Foi realizado a olho nu, da parte inferior da estrutura e foi registrada através de fotografias de
Após as chuvas de dezembro de 2016, aparentemente foi feita uma medida
paliativa de emergência para a reabertura da ponte que ficou fechada para passagem de carros e
ônibus. Foi feita uma contenção de arrimo com sacos de concreto (Figura 2), mas as estruturas de
rtas, além de grande acúmulo
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Figura 6: Contenção em saco concreto. Fonte: Acervo próprio.
Ainda segundo a carta de inundações de Belo Horizonte a ponte está inserida em
um ponto crítico, o que pode ter influenciado para que a estrutura de contenção entrasse em
colapso.
De acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014), devido ao meio em que se encontra a
ponte possui classe de agressividade ambiental III, com alto risco a estrutura, devido o córrego
receber esgoto, que faz com que a estrutura receba grande incidência de agentes, que se
depositam na superfície do concreto e podem penetrar na estrutura, ocasionando diversos tipos de
manifestações patológicas.
4.1. PAVIMENTO
Como o sistema estrutural asfáltico está sujeito à degradação durante sua vida útil,
sendo nesse caso, pelo tráfego de cargas e ônibus que transitam nos dias atuais o pavimento
existente sobre a ponte se encontra em estado avançado de deterioração. Além disso, a falta de
manutenção só vem agravando os problemas patológicos.
Figura
No pavimento atual, como pode ser visto na Figura 3 há ressaltos na pista de
rolamento que além de danificar o próprio pavimento atua na estrutura pelo impacto dos carros e
ônibus, também apresenta intempéries que é a corrosão do pavimento ao perder o liga
e trincas por fadiga tipo couro de jacaré, esse tipo de trinca caracteriza o fim da vida útil do
pavimento flexível. Além disto, podemos ver que as juntas de dilatação estão deterioradas o que
aumenta as tensões por dilatação térmica. As prov
cargas, ressecamento da capa asfáltica e das juntas, assim será necessário a remoção da capa
asfáltica através do processo de fresagem para a remoção do pavimento e após a remoção os
reparos necessário no tabuleiro, além
4.2. TABULEIRO
Ao realizar inspeção na parte inferior da ponte, foi possível identificar uma
abertura próximo ao apoio (figura 4) onde a armadura está descoberta dos possíveis ataques, por
estar em um ambiente de classe de agressividade III, há grande possibilidade que ocorra corrosão
na armadura. Inclusive pode-
que o pavimento asfáltico pudesse ser executado, onde problema poderia ter sido sanado.
Figura 7: Pavimento flexível sobre a ponte.
Fonte: Acervo próprio.
No pavimento atual, como pode ser visto na Figura 3 há ressaltos na pista de
rolamento que além de danificar o próprio pavimento atua na estrutura pelo impacto dos carros e
ônibus, também apresenta intempéries que é a corrosão do pavimento ao perder o liga
e trincas por fadiga tipo couro de jacaré, esse tipo de trinca caracteriza o fim da vida útil do
pavimento flexível. Além disto, podemos ver que as juntas de dilatação estão deterioradas o que
aumenta as tensões por dilatação térmica. As prováveis causas destas patologias são o excesso de
cargas, ressecamento da capa asfáltica e das juntas, assim será necessário a remoção da capa
asfáltica através do processo de fresagem para a remoção do pavimento e após a remoção os
uleiro, além de refazer as juntas de dilatação.
Ao realizar inspeção na parte inferior da ponte, foi possível identificar uma
ao apoio (figura 4) onde a armadura está descoberta dos possíveis ataques, por
classe de agressividade III, há grande possibilidade que ocorra corrosão
-se ver que foi colocada uma pedra de mão sobre a armadura para
que o pavimento asfáltico pudesse ser executado, onde problema poderia ter sido sanado.
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No pavimento atual, como pode ser visto na Figura 3 há ressaltos na pista de
rolamento que além de danificar o próprio pavimento atua na estrutura pelo impacto dos carros e
ônibus, também apresenta intempéries que é a corrosão do pavimento ao perder o ligante asfáltico
e trincas por fadiga tipo couro de jacaré, esse tipo de trinca caracteriza o fim da vida útil do
pavimento flexível. Além disto, podemos ver que as juntas de dilatação estão deterioradas o que
áveis causas destas patologias são o excesso de
cargas, ressecamento da capa asfáltica e das juntas, assim será necessário a remoção da capa
asfáltica através do processo de fresagem para a remoção do pavimento e após a remoção os
Ao realizar inspeção na parte inferior da ponte, foi possível identificar uma
ao apoio (figura 4) onde a armadura está descoberta dos possíveis ataques, por
classe de agressividade III, há grande possibilidade que ocorra corrosão
se ver que foi colocada uma pedra de mão sobre a armadura para
que o pavimento asfáltico pudesse ser executado, onde problema poderia ter sido sanado.
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Figura 8: Parte inferior do tabuleiro. Fonte: Acervo próprio.
Todavia será necessário “Remover completamente todo concreto fraco, solto,
laminado ou trincado, óleos, graxas, sais e quaisquer outras contaminações existentes. Utilizando
as ferramentas adequadas ao tipo de serviço, preparar o substrato de forma rugosa, sólida e limpa.
O perímetro do reparo deverá ter forma geometricamente simples, evitando se excesso de quinas.
Os ângulos de corte deverão ser retos, não sendo recomendadas grandes variações da
profundidade do corte e escarificação. Limpar toda a armadura que estiver com sinais de
corrosão, seja por meio manual (escova de aço) ou mecânico (pistola de agulha ou hidrojato),
recompondo as barras que tiverem mais de 20% do seu diâmetro perdido. Todas as juntas
deverão ser reconstituídas. Novas juntas poderão ser necessárias. Verificar com o projetista os
detalhes e desenhos. Realizar análise criteriosa da possível redução de seção transversal das
armaduras atacadas. Se viável, esta análise será feita através de ensaios comparativos de
resistência entre peças sadias e as mais atingidas. Se necessário, colocar novos estribos e/ou
novas armaduras longitudinais. Sempre que se empregar solda, esta deve ser à base de eletrodos,
controlando-se o tempo e a temperatura a fim de evitar a mudança da estrutura do aço.” CHIABI,
2008. Bem como a concretagem da nova peça.
4.3. PILARES
Aparentemente os pilares estão em bom estado de conservação, mas com bastante
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lixo acumulado (figura 5), acarretando no estrangulando a seção molhada, aumentando o estado
de turbilhonamento da área molhada, o que pode contribuir com as patologias apresentadas nas
estruturas de gabião. É relevante que seja estudado um meio de reter o lixo que desce a montante,
como as estruturas de contenção de sólidos grosseiros utilizada em estações de tratamento de
esgoto, por conseguinte um programa de manutenção constante para retirada do lixo acumulado e
análise das estrutura.
Figura 9: Pilares. Fonte: Acervo próprio.
4.4. CONTENÇÃO
As estruturas de contenção nos apoios foram feitas em gabião, por meio de
inspeção, foi possível constatar que o acúmulo de lixo (figura 7) e o carreamento de finos através
da estrutura gerou deficiência no sistema de drenagem. Assim, com a influência da água que pode
duplicar o peso sobre a contenção, e o transporte de lixo durante o período de cheia, pode ter
causado o rompimento das telas (figura 6).
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Figura 10: Contenção com telas danificadas. Fonte: Acervo proprio
Na atual situação seria necessário a retirada de toda a estrutura de contenção, que
não possui visualmente a manta geotêxtil, para que não os finos não causem o estancamento da
drenagem e a estabilidade seja recupera. Além disso é preciso que sejam desenvolvidas medidas
protetivas, para que o carreamento de lixo não cause o estrangulamento da seção ou rompa as
telas do gabião.
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Figura 11: Contenção em saco concreto. Fonte: Acervo próprio.
5. CONCLUSÃO
Através desse artigo pode-se comprovar o estado de deterioração em que se
encontra a Segunda Ponte do Ribeiro de Abreu, principalmente nas cabeceiras, onde as figuras
mostram as patologias encontradas.
Essas patologias, entretanto, poderiam ser evitadas se o programa de inspeção e
manutenção da normativa do DNIT tivesse sido executado. Tal descaso ao longo dos anos, pode
ter ajudado na deterioração da ponte.
As deformações no pavimento flexível, próximos às juntas de dilatação e ao longo
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da laje, pelo aumento das cargas, promoveram movimentações excessivas na ponte. Essas
movimentações podem ter afetado diretamente os elementos de contenção. Problemas de
recalque próximos às cabeceiras devido ao carreamento do sistema de estabilização de talude,
que possivelmente teve falhas na sua execução ou projeto. Podemos citar também a deficiência
na drenagem devido ao acúmulo de lixo nos gabiões, elevando a carga sobre a contenção. Apesar
dessa condição, a estrutura da ponte em si, se mostra em bom estado de conservação.
As patologias apresentadas ainda não impedem que a ponte seja utilizada, mas
indicam a necessidade drástica de um maior cuidado e acompanhamento do estado de
deterioração, através de inspeções constantes e eventuais manutenções corretivas, como as
apresentadas neste artigo, garantindo dessa forma, a saúde do conjunto da Segunda Ponte do
Ribeiro de Abreu, mantendo a ligação entre a MG 020 e Conjunto R. A.
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