Estudo Das Manifestações Patológicas na Segunda Ponte do...

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Revista Pensar Engenharia, v.5, n.2, Jul. 2017 Estudo Das Manifestações Patológicas na Segunda Ponte do Ribeiro De Abreu Study of the Pathological Manifestations in the Second Bridge of Ribeiro De Abreu Alberto Ferreira Maria Junior 1 Geciane da Silva Gonçalves 2 Resumo:A patologia de estruturas passou a ter maior importância a partir do momento em que as grandes obras realizadas entre as décadas de 40 e 60 começaram a manifestar problemas em função de erros na sua execução, falha de detalhamento mais elaborado do projeto, falta de manutenção e tempo de uso. Os problemas manifestados e supostamente relatados pela população local foram levados em consideração para o trabalho de inspeção da Segunda Ponte Bairro Ribeiro de Abreu situada sobre o Ribeirão do Onça, na cidade de Belo Horizonte, com o proposito de avaliar suas condições de uso. Uma das razões deste estudo se deve ao fato de a ponte ser um dos principais elos de ligação entre o conjnto e a rodovia. Pode-sedizer que existem anomalias que com as novas técnicas de recuperação tais como: concreto de alto desempenho, recomposição das ferragens corroídas, estradas com pavimento de concreto, equipamentos com alta tecnologia para a remoção e recomposição do CBUQ além de outras, pode-se garantir a sua perfeita utilização bem como o aumento de sua vida útil. O presente artigo mostra com destaque a estrutura de contenção da Segunda Ponte do Ribeiro de Abreu, bem como as patologias existentes através de registro fotográfico, seguido do provável diagnostico de suas causas e proposta de recuperação da Ponte. Sendo assim essa proposta visa a manutenção da Segunda Ponte do Ribeiro de Abreu, otimizandosua capacidade de servir bem o Conjunto Ribeiro de Abreu. Palavras-chave: Inspeção. Diagnostico.Patologia. Contenção. Solo. Abstract: The pathology of structures became more important once the great works carried out between the 40s and 60s began to manifest problems due to errors in their execution, more elaborate design detail failure, lack of maintenance and Time of use. The problems reported and supposedly reported by the local population were taken into account for the inspection work of the Second Ribeiro de Abreu Bridge located on Ribeirão do Onça, in the city of Belo Horizonte, with the purpose of evaluating its conditions of use. One of the reasons for this study is that the bridge is one of the main links between the joint and the highway. We can say that there are anomalies that with the new recovery techniques such as: high- performance concrete, corroded fittings, roads with concrete pavement, high technology equipment for the removal and recomposition of CBUQ besides others, one can guarantee Its perfect utilization as well as the increase of its useful life. This article shows the containment structure of the Second Bridge of Ribeiro de Abreu, as well as the existing pathologies through photographic registry, followed by the probable diagnosis of its causes and the proposed recovery of the Bridge. Therefore, this proposal aims at maintaining the Second Ribeiro de Abreu Bridge, optimizing its capacity to serve Conjunct Ribeiro de Abreu well. 1 Estudante do curso de Engenharia Civil. Faculdade Kennedy de Engenharia. [email protected] 2 Orientadora Graduada em Engenharia Civil, 2007. Mestranda em Construção Civil na UFMG. [email protected].

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Revista Pensar Engenharia, v.5, n.2, Jul. 2017

Estudo Das Manifestações Patológicas na Segunda Ponte do Ribeiro De Abreu

Study of the Pathological Manifestations in the Second Bridge of Ribeiro De Abreu

Alberto Ferreira Maria Junior 1

Geciane da Silva Gonçalves 2

Resumo:A patologia de estruturas passou a ter maior importância a partir do momento em que as grandes obras realizadas entre as décadas de 40 e 60 começaram a manifestar problemas em função de erros na sua execução, falha de detalhamento mais elaborado do projeto, falta de manutenção e tempo de uso. Os problemas manifestados e supostamente relatados pela população local foram levados em consideração para o trabalho de inspeção da Segunda Ponte Bairro Ribeiro de Abreu situada sobre o Ribeirão do Onça, na cidade de Belo Horizonte, com o proposito de avaliar suas condições de uso. Uma das razões deste estudo se deve ao fato de a ponte ser um dos principais elos de ligação entre o conjnto e a rodovia. Pode-sedizer que existem anomalias que com as novas técnicas de recuperação tais como: concreto de alto desempenho, recomposição das ferragens corroídas, estradas com pavimento de concreto, equipamentos com alta tecnologia para a remoção e recomposição do CBUQ além de outras, pode-se garantir a sua perfeita utilização bem como o aumento de sua vida útil. O presente artigo mostra com destaque a estrutura de contenção da Segunda Ponte do Ribeiro de Abreu, bem como as patologias existentes através de registro fotográfico, seguido do provável diagnostico de suas causas e proposta de recuperação da Ponte. Sendo assim essa proposta visa a manutenção da Segunda Ponte do Ribeiro de Abreu, otimizandosua capacidade de servir bem o Conjunto Ribeiro de Abreu. Palavras-chave: Inspeção. Diagnostico.Patologia. Contenção. Solo. Abstract: The pathology of structures became more important once the great works carried out between the 40s and 60s began to manifest problems due to errors in their execution, more elaborate design detail failure, lack of maintenance and Time of use. The problems reported and supposedly reported by the local population were taken into account for the inspection work of the Second Ribeiro de Abreu Bridge located on Ribeirão do Onça, in the city of Belo Horizonte, with the purpose of evaluating its conditions of use. One of the reasons for this study is that the bridge is one of the main links between the joint and the highway. We can say that there are anomalies that with the new recovery techniques such as: high-performance concrete, corroded fittings, roads with concrete pavement, high technology equipment for the removal and recomposition of CBUQ besides others, one can guarantee Its perfect utilization as well as the increase of its useful life. This article shows the containment structure of the Second Bridge of Ribeiro de Abreu, as well as the existing pathologies through photographic registry, followed by the probable diagnosis of its causes and the proposed recovery of the Bridge. Therefore, this proposal aims at maintaining the Second Ribeiro de Abreu Bridge, optimizing its capacity to serve Conjunct Ribeiro de Abreu well.

1Estudante do curso de Engenharia Civil. Faculdade Kennedy de Engenharia. [email protected]

2 Orientadora Graduada em Engenharia Civil, 2007. Mestranda em Construção Civil na UFMG.

[email protected].

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Keywords: Inspection. Diagnosis. Pathology. Containment. Ground.

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1. INTRODUÇÃO

Durante o século passado o crescimento acelerado de obras de ampliação de

rodovias não foi acompanhado pela qualidade e preocupação da execução, aparecendo falhas

durante o envelhecimento da estrutura, sendo o estudo dessas falhas definido por patologia das

estruturas.

Pontes e viadutos se enquadram na classe de obras de arte especial na engenharia e

ambos têm como objetivo vencer algum obstáculo, seja água, fundo de vale ou vias. Pontes e

viadutos são compostos por: meso estrutura, superestrutura e fundação, como mostrado por

GONÇALVES (2016).

As ponte e viadutos de concreto armado estão sujeitas a vários tipos de esforços,

externos e internos, como as ações de peso-próprio, carga de vento, cargas móveis. Assim ao

longo do tempo podem aparecer deformações não previstas em projeto, que para o correto

dimensionamento, traçado e definição do tipo de estrutura, segundo BASTO (2014), devem ser

levados em consideração os elementos geométricos, topográficos, hidrológicos e geotécnicos. De

acordo com Ripper e Souza (2009) as causas podem ser intrínsecas, que são relacionadas ao

material e aos componentes da estrutura, ou extrínsecas, que não dependem da estrutura, como

falhas no processo de construção. Dentre os principais fatores das patologias estão a qualidade

dos materiais, a agressividade do meio ambiente, as ações e o controle durante o processo

executivo. E grande parte das patologias apresentadas nas obras de arte no Brasil são por falta de

manutenção ou erro durante a concepção ou execução do projeto.

As anomalias em pontes e viadutos de concreto armado podem gerar grandes

transtornos a população que depende deles para locomoção. Quando as patologias são

identificadas, temos o transtorno das interdições para a recuperação, reparação ou reforço da

estrutura, causando contratempos ao trânsito e aos acessos próximos ao viaduto em caso de

cidades urbanas, ou até mesmo o isolamento de cidades rurais que dependem da ponte para o

abastecimento.

No geral as patologias têm o custo elevado para a sua correção, além de

comprometer a estética e na maioria das vezes reduzir a capacidade de carga resistente podendo

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chegar ao colapso parcial ou total da estrutura, como apresentado por Helene (1992).

Dessa maneira devem ser previstos serviços de conservação e manutenção

periódica das estruturas de pontes de forma a minimizar os problemas causados pelas

adversidades citadas anteriormente, assim “A inspeção de uma ponte deve ser conduzida de

forma sistemática e organizada, de modo a garantir que todo elemento estrutural seja

inspecionado; adequadas fichas de inspeção garantem este procedimento. O documento

fotográfico ou de imagens digitalizadas deve ser abrangente e completo; um mínimo de seis fotos

deve registrar vista superior, vista inferior, vistas laterais e detalhes de apoios, articulações, juntas

etc; defeitos eventualmente encontrados em qualquer elemento estrutural devem ser

cuidadosamente examinados e registrados para permitir avaliar suas causas. Efetuar a limpeza de

determinadas áreas da ponte, para verificar se há trincas, corrosão ou outros defeitos encobertos.

Havendo possibilidade, a ponte deve ser observada durante a passagem de cargas pesadas, para

verificar se há vibrações ou deformações excessivas.” DNIT (2004), evitando grandes transtornos

a população dependente.

Assim, este artigo consiste em apontar as patologias apresentadas na segunda

ponte do Conjunto Ribeiro de Abreu que apresentou um colapso do solo na cabeceira e sendo

necessária a proibição do trânsito de veículo de quatro ou mais rodas. Apenas motocicletas,

bicicletas e pessoas ficaram autorizadas a passar pelo local. Outro objetivo complementar é

ressaltar o grau de risco para o seu entorno, definindo através das técnicas de engenharia

amostradas em bibliografia, sua manutenção, recuperação, reforço ou demolição. Levando em

consideração além dos fatores técnicos, a viabilidade econômica.

2. METODOLOGIA

A pesquisa consistiu em uma análise visual da Segunda Ponte de concreto armado

localizada no Bairro Ribeiro de Abreu, Belo Horizonte –MG de modo a determinar a reincidência

das seguintes manifestações patológicas: umidade, descolamento do revestimento, mofo e bolor,

vegetação, desagregamento do concreto, trincas e fissuras, corrosão, eflorescência e

movimentação de terra. A análise contou com inspeção visual da estrutura, fazendo levantamento

fotográfico para registrar os sintomas e a natureza das patologias e a identificação da classe de

agressividade ambiental , de acordo com a prescrição dada pela NBR 6118-14.

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3. REFERENCIAL TEORICO

Pode-se afirmar que a idealização de uma ponte ou de viadutos surgiu da

necessidade da maior mobilidade do homem e, principalmente, para que se transpusessem

obstáculos, como rios, vales ou obras feitas pelo homem.

Segundo o DNIT (2004), pontes e viadutos podem ser definidas por estruturas

construídas sobre uma depressão ou rio, que deve sustentar a pista de rolamento e que tem um

vão livre de mais de seis metros.

Com a evolução das tecnologias construtivas, foi inventado o concreto armado,

aliando as boas propriedades do concreto com as do aço. Inicialmente usado em vasos de planta e

até mesmo barcos, o concreto armado migrou para a engenharia civil possibilitando a criação de

grandes obras. Bastos (2014) afirmou que a aliança do concreto com o aço permitiu a execução

de elementos com as mais variadas formas e volumes, com facilidade para os mais variados tipos

de obras. Isso inclui a construção de pontes.

Inicialmente com a dificuldade de executar esse tipo de obra em lugares hostis

durante a construção de estradas, essa facilidade de moldar o material in loco e a sua

acessibilidade ajudou em sua popularização.

Essas estruturas, em geral, podem ser dividias em três partes. Sendo elas: i) a

infraestrutura, que corresponde à fundação; ii) a mesoestrutura, que são os pilares de sustentação;

iii) a superestrutura, sendo as vigas e lajes, além todos os elementos adicionais, como guarda

rodas, pavimento, postes, passarelas, passeios.

A criação de pontes e viadutos passa basicamente por três fases: a de elaboração e

concepção de projeto, a execução da obra e a analise pós-construção.

A fase de projeto consiste, inicialmente, no diagnóstico da obra, no qual se

definem os elementos geométricos, como, por exemplo, o carregamento para o cálculo de

dimensionamento da estrutura. Além disso, o projeto de uma ponte necessita dos estudos dos

elementos geotécnicos, hidrológicos e topográficos.

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Em breve explanação dos elementos constituintes do projeto Araújo (2013)

caracteriza que os elementos geométricos que o projeto deve atender dependem das

características da estrada, além das condições técnicas exigidas pelos órgãos responsáveis, sendo

levado em consideração a velocidade e o relevo da região. Já o topográfico é utilizado o

levantamento topográfico da implantação da ponte devendo conter plantas de perfil ao longo do

eixo , de onde será locada, e quando existir curso d’água ainda deve conter a seção do rio. Por

fim, para o estudo hidrológico, é conveniente adotar os períodos de máximas e mínimas no

período de retorno de cem anos, bem como toda a caracterização da bacia a jusante da obra da

ponte.

De posse destes, e consequentemente de mais algum estudo necessário, pode ser

feito o projeto e a execução da ponte ou viaduto de concreto armado. Com a utilização da

estrutura ao longo dos anos, sendo exposta a agentes degradante sejam físicos ou químicos, a

estrutura deve aparentar algum desgaste. Como definição de Ripper e Souza (2009) o estudo das

consequências e mecanismos das falhas dos sistemas de deterioração das estruturas, sua origem e

forma de manifestação é definida por patologia das estruturas.

Geralmente essas falhas da estrutura são notadas pelos usuários ou pela inspeção

da ponte, que é a atividade técnica que abrange a coleta de dados detalhados do estado da ponte e

deve ser realizado por um engenheiro diplomado e registrado no CREA. Ainda segundo a

normatização do DNIT toda ponte de ser inspecionada em intervalos de no máximo cinco anos.

Dentre as patologias mais comuns apresentadas em estruturas de concreto armado

estão: a fissuração, quando apresenta abertura maior que a admissível e a corrosão da armadura,

que são falhas devido a colisões de veículos. Além disso, em pontes ainda podem aparecer falhas

nos aparelhos de apoio e na pista de rolamento. Os efeitos causados por essas patologias, segundo

Pfeil (1983) são denominados de impacto, o que aumenta as solicitações das cargas moveis.

A maioria das patologias podem ser prevenidas pelo programa de manutenção de

pontes, que consiste, basicamente, na correção de falhas, drenagem e limpeza de toda a estrutura,

além de reparos recorrentes.

Com o diagnóstico correto das patologias é possível determinar o que deverá ser

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feito com as estrutura, dentre as opções está a recuperação, que recupera a sua capacidade

resistente. Restauração que restabelece somete a parte estética. O reforço que permite o aumento

da capacidade de carga da estrutura. A limitação da utilização da estrutura. E a demolição que é a

alternativa utilizada quando nenhuma das anteriores se mostrar viável.

Segundo Pfeil (1983) o risco grave de ruptura está na corrosão avançada das

armaduras, mal posicionamento ou falta de apoio, fissuras em pilares ou de cisalhamento

próximo aos apoios. Sendo o meio ambiente um dos principais agentes causadores de danos as

estruturas de concreto, pois pode desencadear um processo patológico introduzindo pela

porosidade, gases e líquidos que contêm agentes agressivos que reagem com as armaduras. Para

evitar que isso ocorra, a norma NBR 6118:2014 delimita os valores mínimos de cobrimento de

armadura que evitem a passagem destes agentes.

Por isso é de extrema importância que as fases de projeto e manutenção de ponte e

viaduto sejam executadas de forma a maximizarem a eficiência, minimizando o surgimento de

patologias que podem reduzir a vida útil da estrutura. A preocupação com estas obras encontra-se

somente na questão funcional e estética. Contudo estas pontes são esquecidas, ficando expostas

ao tempo e a falta de consciência humana que promovem uma utilização depreciativa.

4. PONTE RIBEIRO DE ABREU

A Segunda Ponte do bairro Ribeiro de Abreu localizada sobre o ribeirão do Onça

interliga o Conjunto do Ribeiro de Abreu a MG-020, sendo uma estrutura de duas vigas retas em

concreto armado. No dia 11 de dezembro de 2016 com a ação das chuvas houve deslocamento da

contenção e do solo sob a cabeceira acarretando em seu abatimento, como podemos ver nas

figuras abaixo. Onde na Figura 1 temos a amplitude do abatimento.

Figura 1Fonte:http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/12/12/interna_gerais,831738/sudecap

vistoria

Nas figuras 2 e 3 observa

de lixo acumulada.

Figura 2Fonte:http://g1.globo.com/minas

Figura 1: Recalque da estrutura de contenção. http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/12/12/interna_gerais,831738/sudecap

vistoria-em-ponte-de-acesso-ao-ribeiro-de-abreu.shtml

Nas figuras 2 e 3 observa-se a movimentação da contenção além da quantidade

Figura 2: Recalque da estrutura de contenção. http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/ponte-que-da-acesso-ao-bairro-ribeiro

parcialmente-interditada.ghtml

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http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/12/12/interna_gerais,831738/sudecap-vai-fazer-

a movimentação da contenção além da quantidade

ribeiro-de-abreu-em-bh-e-

Figura 3Fonte:https://www.alterosa.com.br/prog

As figuras 4 e 5 mostra

a falta da manta geotextil.

Figura 4Fonte:https://www.alterosa.com.br/programas/alterosa

Figura 3: Recalque da estrutura de contenção. https://www.alterosa.com.br/programas/alterosa-alerta/ponte-com-risco-de-desmoronamento

interditada-em-bh/

As figuras 4 e 5 mostram a parte posterior da estrutura de gabião, evidenciando

Figura 4: Recalque da estrutura de contenção. https://www.alterosa.com.br/programas/alterosa-alerta/ponte-com-risco-de-desmoronamento

interditada-em-bh/

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desmoronamento-e-

a parte posterior da estrutura de gabião, evidenciando

desmoronamento-e-

Figura 5Fonte:http://g1.globo.com/minas

Em inspeção realizada, foi possível detectar visualmente as manifestações

patológicas presentes na sua estrutura de concreto armado, bem como obter informações da

agressividade no ambiente da ponte e dos serviços de

Foi realizado a olho nu, da parte inferior da estrutura e foi registrada através de fotografias de

todas as manifestações patológicas encontradas.

Após as chuvas de dezembro de 2016, aparentemente foi feita uma medi

paliativa de emergência para a reabertura da ponte que ficou fechada para passagem de carros e

ônibus. Foi feita uma contenção de arrimo com sacos de concreto (Figura 2), mas as estruturas de

gabião continuam comprometidas nas duas margens com telas abe

de lixo, tirando a capacidade de vazão de dreno.

Figura 5: Recalque da estrutura de contenção. http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/ponte-que-da-acesso-ao-bairro-ribeiro

parcialmente-interditada.ghtml

Em inspeção realizada, foi possível detectar visualmente as manifestações

patológicas presentes na sua estrutura de concreto armado, bem como obter informações da

agressividade no ambiente da ponte e dos serviços de recuperação, que tenham sido executados.

Foi realizado a olho nu, da parte inferior da estrutura e foi registrada através de fotografias de

todas as manifestações patológicas encontradas.

Após as chuvas de dezembro de 2016, aparentemente foi feita uma medi

paliativa de emergência para a reabertura da ponte que ficou fechada para passagem de carros e

ônibus. Foi feita uma contenção de arrimo com sacos de concreto (Figura 2), mas as estruturas de

gabião continuam comprometidas nas duas margens com telas abertas, além de grande acúmulo

de lixo, tirando a capacidade de vazão de dreno.

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ribeiro-de-abreu-em-bh-e-

Em inspeção realizada, foi possível detectar visualmente as manifestações

patológicas presentes na sua estrutura de concreto armado, bem como obter informações da

tenham sido executados.

Foi realizado a olho nu, da parte inferior da estrutura e foi registrada através de fotografias de

Após as chuvas de dezembro de 2016, aparentemente foi feita uma medida

paliativa de emergência para a reabertura da ponte que ficou fechada para passagem de carros e

ônibus. Foi feita uma contenção de arrimo com sacos de concreto (Figura 2), mas as estruturas de

rtas, além de grande acúmulo

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Figura 6: Contenção em saco concreto. Fonte: Acervo próprio.

Ainda segundo a carta de inundações de Belo Horizonte a ponte está inserida em

um ponto crítico, o que pode ter influenciado para que a estrutura de contenção entrasse em

colapso.

De acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014), devido ao meio em que se encontra a

ponte possui classe de agressividade ambiental III, com alto risco a estrutura, devido o córrego

receber esgoto, que faz com que a estrutura receba grande incidência de agentes, que se

depositam na superfície do concreto e podem penetrar na estrutura, ocasionando diversos tipos de

manifestações patológicas.

4.1. PAVIMENTO

Como o sistema estrutural asfáltico está sujeito à degradação durante sua vida útil,

sendo nesse caso, pelo tráfego de cargas e ônibus que transitam nos dias atuais o pavimento

existente sobre a ponte se encontra em estado avançado de deterioração. Além disso, a falta de

manutenção só vem agravando os problemas patológicos.

Figura

No pavimento atual, como pode ser visto na Figura 3 há ressaltos na pista de

rolamento que além de danificar o próprio pavimento atua na estrutura pelo impacto dos carros e

ônibus, também apresenta intempéries que é a corrosão do pavimento ao perder o liga

e trincas por fadiga tipo couro de jacaré, esse tipo de trinca caracteriza o fim da vida útil do

pavimento flexível. Além disto, podemos ver que as juntas de dilatação estão deterioradas o que

aumenta as tensões por dilatação térmica. As prov

cargas, ressecamento da capa asfáltica e das juntas, assim será necessário a remoção da capa

asfáltica através do processo de fresagem para a remoção do pavimento e após a remoção os

reparos necessário no tabuleiro, além

4.2. TABULEIRO

Ao realizar inspeção na parte inferior da ponte, foi possível identificar uma

abertura próximo ao apoio (figura 4) onde a armadura está descoberta dos possíveis ataques, por

estar em um ambiente de classe de agressividade III, há grande possibilidade que ocorra corrosão

na armadura. Inclusive pode-

que o pavimento asfáltico pudesse ser executado, onde problema poderia ter sido sanado.

Figura 7: Pavimento flexível sobre a ponte.

Fonte: Acervo próprio.

No pavimento atual, como pode ser visto na Figura 3 há ressaltos na pista de

rolamento que além de danificar o próprio pavimento atua na estrutura pelo impacto dos carros e

ônibus, também apresenta intempéries que é a corrosão do pavimento ao perder o liga

e trincas por fadiga tipo couro de jacaré, esse tipo de trinca caracteriza o fim da vida útil do

pavimento flexível. Além disto, podemos ver que as juntas de dilatação estão deterioradas o que

aumenta as tensões por dilatação térmica. As prováveis causas destas patologias são o excesso de

cargas, ressecamento da capa asfáltica e das juntas, assim será necessário a remoção da capa

asfáltica através do processo de fresagem para a remoção do pavimento e após a remoção os

uleiro, além de refazer as juntas de dilatação.

Ao realizar inspeção na parte inferior da ponte, foi possível identificar uma

ao apoio (figura 4) onde a armadura está descoberta dos possíveis ataques, por

classe de agressividade III, há grande possibilidade que ocorra corrosão

-se ver que foi colocada uma pedra de mão sobre a armadura para

que o pavimento asfáltico pudesse ser executado, onde problema poderia ter sido sanado.

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No pavimento atual, como pode ser visto na Figura 3 há ressaltos na pista de

rolamento que além de danificar o próprio pavimento atua na estrutura pelo impacto dos carros e

ônibus, também apresenta intempéries que é a corrosão do pavimento ao perder o ligante asfáltico

e trincas por fadiga tipo couro de jacaré, esse tipo de trinca caracteriza o fim da vida útil do

pavimento flexível. Além disto, podemos ver que as juntas de dilatação estão deterioradas o que

áveis causas destas patologias são o excesso de

cargas, ressecamento da capa asfáltica e das juntas, assim será necessário a remoção da capa

asfáltica através do processo de fresagem para a remoção do pavimento e após a remoção os

Ao realizar inspeção na parte inferior da ponte, foi possível identificar uma

ao apoio (figura 4) onde a armadura está descoberta dos possíveis ataques, por

classe de agressividade III, há grande possibilidade que ocorra corrosão

se ver que foi colocada uma pedra de mão sobre a armadura para

que o pavimento asfáltico pudesse ser executado, onde problema poderia ter sido sanado.

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Figura 8: Parte inferior do tabuleiro. Fonte: Acervo próprio.

Todavia será necessário “Remover completamente todo concreto fraco, solto,

laminado ou trincado, óleos, graxas, sais e quaisquer outras contaminações existentes. Utilizando

as ferramentas adequadas ao tipo de serviço, preparar o substrato de forma rugosa, sólida e limpa.

O perímetro do reparo deverá ter forma geometricamente simples, evitando se excesso de quinas.

Os ângulos de corte deverão ser retos, não sendo recomendadas grandes variações da

profundidade do corte e escarificação. Limpar toda a armadura que estiver com sinais de

corrosão, seja por meio manual (escova de aço) ou mecânico (pistola de agulha ou hidrojato),

recompondo as barras que tiverem mais de 20% do seu diâmetro perdido. Todas as juntas

deverão ser reconstituídas. Novas juntas poderão ser necessárias. Verificar com o projetista os

detalhes e desenhos. Realizar análise criteriosa da possível redução de seção transversal das

armaduras atacadas. Se viável, esta análise será feita através de ensaios comparativos de

resistência entre peças sadias e as mais atingidas. Se necessário, colocar novos estribos e/ou

novas armaduras longitudinais. Sempre que se empregar solda, esta deve ser à base de eletrodos,

controlando-se o tempo e a temperatura a fim de evitar a mudança da estrutura do aço.” CHIABI,

2008. Bem como a concretagem da nova peça.

4.3. PILARES

Aparentemente os pilares estão em bom estado de conservação, mas com bastante

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lixo acumulado (figura 5), acarretando no estrangulando a seção molhada, aumentando o estado

de turbilhonamento da área molhada, o que pode contribuir com as patologias apresentadas nas

estruturas de gabião. É relevante que seja estudado um meio de reter o lixo que desce a montante,

como as estruturas de contenção de sólidos grosseiros utilizada em estações de tratamento de

esgoto, por conseguinte um programa de manutenção constante para retirada do lixo acumulado e

análise das estrutura.

Figura 9: Pilares. Fonte: Acervo próprio.

4.4. CONTENÇÃO

As estruturas de contenção nos apoios foram feitas em gabião, por meio de

inspeção, foi possível constatar que o acúmulo de lixo (figura 7) e o carreamento de finos através

da estrutura gerou deficiência no sistema de drenagem. Assim, com a influência da água que pode

duplicar o peso sobre a contenção, e o transporte de lixo durante o período de cheia, pode ter

causado o rompimento das telas (figura 6).

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Figura 10: Contenção com telas danificadas. Fonte: Acervo proprio

Na atual situação seria necessário a retirada de toda a estrutura de contenção, que

não possui visualmente a manta geotêxtil, para que não os finos não causem o estancamento da

drenagem e a estabilidade seja recupera. Além disso é preciso que sejam desenvolvidas medidas

protetivas, para que o carreamento de lixo não cause o estrangulamento da seção ou rompa as

telas do gabião.

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Figura 11: Contenção em saco concreto. Fonte: Acervo próprio.

5. CONCLUSÃO

Através desse artigo pode-se comprovar o estado de deterioração em que se

encontra a Segunda Ponte do Ribeiro de Abreu, principalmente nas cabeceiras, onde as figuras

mostram as patologias encontradas.

Essas patologias, entretanto, poderiam ser evitadas se o programa de inspeção e

manutenção da normativa do DNIT tivesse sido executado. Tal descaso ao longo dos anos, pode

ter ajudado na deterioração da ponte.

As deformações no pavimento flexível, próximos às juntas de dilatação e ao longo

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da laje, pelo aumento das cargas, promoveram movimentações excessivas na ponte. Essas

movimentações podem ter afetado diretamente os elementos de contenção. Problemas de

recalque próximos às cabeceiras devido ao carreamento do sistema de estabilização de talude,

que possivelmente teve falhas na sua execução ou projeto. Podemos citar também a deficiência

na drenagem devido ao acúmulo de lixo nos gabiões, elevando a carga sobre a contenção. Apesar

dessa condição, a estrutura da ponte em si, se mostra em bom estado de conservação.

As patologias apresentadas ainda não impedem que a ponte seja utilizada, mas

indicam a necessidade drástica de um maior cuidado e acompanhamento do estado de

deterioração, através de inspeções constantes e eventuais manutenções corretivas, como as

apresentadas neste artigo, garantindo dessa forma, a saúde do conjunto da Segunda Ponte do

Ribeiro de Abreu, mantendo a ligação entre a MG 020 e Conjunto R. A.

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BIBLIOGRAFIA

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HELENE, Paulo. Manutenção para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto.

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