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Embodied Narratives Richard Menary School of English Literatures , Philosophy & Languagues - University of Wollongong and University of Hertfordshire Journal of Consciousness Studies, 15, No. 6, 2008, pp. 63–84

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Embodied Narratives Introdução

I - O que é uma narrativa?

II - Abstract Narrative Conceptions of the Self (Concepções de self como narrativas abstratas )

III - Narrativas e Self corporificado

IV - Construção do ponto de vista da narrativa pelo diálogo interior e exterior

Conclusão

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Introdução Questão: O self é construído

narrativamente?

O artigo afirma que há uma variedade de modos que a construção do self narrativo pode ser pensada e a relação entre a self narrativo e o agente corporificado.

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Introdução O autor se propõe a investigar dois destes

modos: a) O self narrativo como uma abstração

(relatos narrativos como abstrações)

a) O self narrativo corporificado – o self é constituído igualmente pela consciência corporificada, cuja as experiências são disponíveis para narração e narrativas próprias, e pode desempenhar uma variedade de papéis como agente da vida psicológica.

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Introdução Posição do autor:

Ponto de vista da narrativa corporificada faz mais sentido se compreendemos que somos seres complexos – biológicos, sociais e históricos - cujas experiencias e ações estão prontas para serem narradas.

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Introdução Organização do artigo:

I – Exame de alguns dos sentidos da narrativa e do sentidos de self utilizados na literatura.

II – Apresentação do ponto de vista da narrativa como uma abstração e os problemas que decorrem dessa perspectiva.

III – Apresentação da narrativa corporificada e apresentação

das experiências corporificas como estruturas pré-narrativas que se oferecem a narração.

IV- Descrição preliminar de como experiências e ações pré-narrativas e corporificadas tornam-se narradas.

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O que é uma narrativa? Apresenta duas definições:

I - Larmarque – para alguma coisa se tornar uma narrativa ela requer a) uma seqüência de eventos b) que são de algum modo relatado.

II - Goldie - "a nossa vida tem uma estrutura narrativa - grosso modo, elas constituem um desdobramento, seqüência estruturada de ações, eventos, pensamentos e sentimentos, relacionados a partir do ponto de vista individual. "

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O que é uma narrativa? Trabalha com duas noções de

narrativa:

a) Narrativa autobiográfica

b) Narrativa intersubjetiva

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O que é uma narrativa? A partir da definição de Goldie - que relaciona narrativa

e vida – introduz a idéia de narrativa autobiográfica.

Narrativas autobiográficas - Dizemos narrativas sobre as nossas vidas para os outros, para nós mesmos, sobre o passado, também antecipamos o futuro e a direção de desdobramento nossas vidas - tem forte natureza reflexiva.

Característica reflexiva ( Bruner) – o narrador e a figura central da narrativa são o mesmo, o narrador é também é o protagonista da história (característica lingüística).

- neste sentido, toda narrativa autobiográfica seria

reflexiva

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O que é uma narrativa? Narrativas autobiográficas – e suas funções: são ditas a partir do ponto de vista da primeira

pessoa, são o relato das minhas experiências e ações, podem ser usadas para conseguir uma maior compreensão de si (função I), mas também pode ter uma função intersubjetiva(função II)- 'Dizer' nossa história de vida de outros.

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O que é uma narrativa? Narrativas autobiográficas – Questões

que ficam: - toda narrativa autobiográfica é capaz

de produzir maior compreensão de si? - A definição oferecida aqui é sensível a

diferença de uma narrativa autobiográfica que realize mais intensamente ou menos intensamente a função I ?

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O que é uma narrativa? Narrativas intersubjetivas:

- nomeadas por Hutto de “folk psychological narratives” - aquelas que eu construo para compreender as características das ações dos outros.

- Em geral são da perspectiva da 2ª pessoa - "por que razão X fez Y?” - utilizada para ganhar a compreensão das motivações que outros podem ter para agir.

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O que é uma narrativa? Semelhanças entre Narrativas autobiográficas e

intersubjetivas:

- natureza discursiva, conversasional – são ditas em contextos intersubjetivos, onde o interlocutor é potencialmente um parceiro discursivo.

- Isso aconteceria mesmo com a criança, quando da aquisição da linguagem, que desenvolveria sua capacidade narrativa a partir de sua capacidade conversacional, tanto quanto da sua memória autobiográfica quanto de suas capacidades cognitivas.

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O que é uma narrativa? Semelhanças entre Narrativas autobiográficas e

intersubjetivas - natureza discursiva, conversasional – como isso se dá:

- os pais e cuidadores proporcionam um sistema narrativono qual são realizadas conversas com as crianças. Depois que as crianças começam a ser capazes de realizar conversas rudimentares, a partir de 2 anos em diante, eles rapidamente começam a se envolver em conversas que contam uma narrativa. Mas estas narrativas são principalmente sobre o campo das ações, ao invés de serem sobre o campo da consciência (Bruner, 1986) . O campo da consciência requer, como propõe Gallagher, “ um self narrativo conceitual e objetivo,que é ciente de si, consciente de si mesmo, como alguém que tem um ponto de vista que é diferente dos outros”.

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O que é uma narrativa?

Essa natureza discursiva conversasional, como indicada anteriormente a partir do desenvolvimento da criança, indicaria que existem habilidades pré narrativas subjetivas e intersubjetivas do self corporificado pré narrativo.

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O que é uma narrativa? Não se deve esperar encontrar narrativas em nossas mais

básicas ligações corporais com o mundo: - Crianças muito pequenas têm apenas um rudimentar

sentimento de si como ator

- neste período a linguagem ainda não é um veículo para transportar a representação da narrativa

- de 3 a 5 anos de idade as crianças que normalmente produzem narrativas que não tem ou apenas fracamente exibem três componentes essenciais da narrativa:

a) perspectiva temporal b) a perspectiva fisica e mental do self ( de si mesmo) e dos

outros, c) e o conhecimento cultural essencial do mundo não

experienciado.

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O que é uma narrativa? Autor: - A idéia de que o self seja um centro gravitacional,

ou uma criação ficcional de narrativas autobiográficas, não combina com a distinção entre sentido de self corporificado pré narrativo ( que crianças parecem ter como atores e usuários de linguagem antes de se tornarem narradores) e o desenvolvimento cultural e linguistico do sentido tardio de self como narrador.

- Apenas o segundo sentido de self é aceitável pela perspectiva da narrativa abstrata.

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O que é uma narrativa? Autor: - Não há dúvida de que há um sentido de

self como consciencia e agencia corporificada.

- Apresenta dois sentidos de self – 1) experienciador corporificado de um ator no mundo; 2)narrador daquela experiências e emoções do ponto de vista do 1ª pessoa ( as experiencias narradas são aquelas de um sujeito corporificado)

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O que é uma narrativa? Peguntas do Autor: - Como se dá a emergência do self narrativo a

partir do self corporificado?

- Porque tal pergunta é relevante? Porque o protagonista da narrativa é tanto o

narrador quanto a consciencia corporificada.

( Diante desta afirmação como pensar a relação sujeito da narrativa e sujeito da experiencia? )

Suj. marrativoaSuj. experiência

Sujeito narrativo

Suj experiencia

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas )

A metáfora do coelho (o self) na cartola (o organismo humano) para apresentar os pontos de vista de Dennet e Velleman sobre a constituição do self

Velleman Self – não é uma ilusão:

DennetSelf – ilusão e ficção:

-Criado pelo organismo humano

-O governo do organismo humano pelo self não é truque da ficção, efetivamente se dá (?)

-Self não é uma abstração, mas algo susbstancial e causalmente ativo.

-Criado pelo organismo humano

- o governo do organismo humano por um self autônomo é um truque da ficção porque o próprio self é uma ficção

-Self – criação ficcional das experiências e atividades do organismo, do corpo vivo, incluindo aí as atividades mentais

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Abstract Narrative Conceptions of the Self (Concepções de self como narrativas abstratas )

Velleman Self – não é uma ilusão:

DennetSelf – ilusão e ficção:

- o self é corpo vivo – inventamos nos mesmo, mas somos realmente os personagens que inventamos

-o self é um objeto real com poderes causais

-O self é uma concepção de si, uma representação reflexiva

-O self reflexivo é também um controlador da ação porque suas narrativas ( representações reflexivas) se retroalimentam no comportamento do organismo humano- o self ( como em D.) é uma confluência, uma coleção de narrativas + ou – unificadas em torno de uma história coerente

-O self não é corpo vivo – somos criaturas em construção, somos nossos próprios autores e nos criamos.

-O self tem uma natureza abstrata

-Esta natureza abstrata é o centro gravitacional da narrativa que compõe a biografia do corpo vivido

-Não há self mínimo corporificado

- self é modelo de representação do agente corporificado-Self é constituído pela coleção de narrativas que dizem respeito a atribuição e interpretação do comportamento do corpo.

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas ) Velleman

- o self, como construto narrativo pode ter um papel causal na economia cognitiva de um agente

- Se o self é uma ficção, como diz D. , ele não pode sustentar que o self tenha um papel causal na economia cognitiva do organismo

- Mackenzie: - A narrativa de si envolve a capacidade para a consciência

reflexiva de si, a capacidade do sujetio de fazer de si mesmo o seu objeto reflexivo.

- Ações são sugeridas e estruturados por uma narrativa

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas ) Velleman / Mackenzie

- As narrativas dão formas e coerência as nossas vidas: provendo um arcabouço explicativo ara a compreensão da

racionalidade da ação

- restringem as escolhas e ações disponíveis para nós

- Organiza e ordena a experiência temporal

- Uma narrativa pode sugerir ao self uma série de acões, se tais acoes são postas em prática então elas corresponderiam a narrativa.

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas ) Autor discorda dos argumentos do Dennet e Velleman/

Mackenzie:- Como ações automáticas que se tornam naturais

exigiriam esquemas narrativos para ocorrer?- Narrativas estariam inconscientemente me guiando em

tais casos?

Não aceita tais hipóteses: uma série de ações de experiências envolvidas numa Determinada ação específica tal com escrever um paper podem se tornar naturais sem ter que se organizar como um esquema narrativo porque algumas acões podem se realizar sem que tenhamos que pensar nelas.

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas ) Autor discorda dos argumentos do Dennet e

Velleman/ Mackenzie:- Algumas ações seriam habilidades

primariamente não narrativas

Minhas experiências corporais e habilidades corporais podem ser narradas, mas elas são de fato solo pré-narrativo para narrativas.

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas )

Autor critica os que consideram que há narrativas implícitas, não disponíveis à ciência da consciência e que informariam e gerariam comportamentos.

Diz que tal idéia tem relação com a compreensão de que o nosso conhecimento do mundo pode ser armazenado com esquemas. Isso teria origem nos estudos sobre inteligencia artificial. Discute diferença homem/ maquina.

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas )

Conseqüência da adoção deste pressuposto ( conhecimento armazenado como esquema):

- Narrativas – se tomadas como motivações incs para nossas ações – teriam papel semelhante a noção de representação no processo cognitivo ( de simbolos às narrativas)

- Narrativas seriam coisas escondidas no cérebro, para serem processadas por processos computacionais

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas )

Conseqüência da adoção deste pressuposto ( conhecimento armazenado como esquema):

- Não é compatível com a idéia de que as narrativas são primariamente intersubjetivas - ditas de pessoas para outras pessoas;

- As narrativas são compreendidas como entidades primariamente mentais que escapam para o mundo sob forma falada ou escrita.

-

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas ) Autor apresenta os narrativistas abstratos e suas objeções a eles:

- I – a mente, o self e a experiência estão estruturados como narrativas.

narrativas: - o que dá coerência a nossas ações pensamentos e experiências - o que dá capacidade para a reflexão de si - não há nada que ancore a narrativa em experiências situadas no corpo. - os pensamentos e percepções tomados como narrativas não são

construídos com fazendo referência implícita ao sujeito. O sujeito é independente da narrativa.

II –um sujeito não narrativo é um sujeito rudimentar para si e para os

outros.

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas ) Objeções do autor aos narrativistas abstratos:

- À compreensão de que o sujeito da narrativa é o CNG

- À pouca clareza de sobre o que tratam as narrativas

- À idéia de que as experiências afetivas, tais como dor, e experiências perceptuais, tais como barulho, sejam atribuídas ao selves como sujeitos da experiência. Não são atribuídos a narrativa , ou ao CNG ou módulos narrativos, nem aos corpos vivos.

- Identifica o dilema dos narrativistas abstratos – ou as narrativas são sobre a experiência de um conjunto de narrativas, ou sobre um experiência independente de um sujeito da experiência.

Self narrativo

Self experiência

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas ) Objeções do autor aos narrativistas abstratos:

- Teriam que negar que a auto atribuição de sensações e estados mentais são atribuições de um self corporificado que não é estruturado narrativamente e ainda teriam que endossar a afirmação de que são atribuição das narrativas

- Teriam que afirmar que o self narrativo não se sobrepõe integralmente ao organismos (exemplo da dor da bola). Teriam que sustentar que há um self narrativo e um self corpóreo que são distintos. ( self corpóreo e self da experiência são sinônimos?)

- Autor: - O self corporificado é também o self narrador. Quando pretende

se distinguir um sentido de self como agente corporificado e sentido de self como narrador, não é a separação entre o self corporificado e o self narrador que se quer produzir, porque o self corporificado é solo para o self narrador.

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas ) Principal problema relato abstrato do self:

- O self não é um simples construto narrativo ele percebe pensa e age.

- O self é um verdadeiro organismo humano que inclui sua narrativa e este pode ser o ponto inicial para qualquer relato do self

- Dimensões do self:

Self narrativo

Self corpóreo

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas ) Objeções do autor aos narrativistas abstratos:

- As narrativas não são estados representacionais internos inacessíveis à consciência - elas pressupõe audiência, porque são primariamente intersubjetivas e ferramentas parar contar histórias para outros.

- O self não é uma entidade privada e interior, embora as narrativas sejam importantes ferramentas para nos abastecer com sentidos para reflexão se si e analise.

- O self não é uma substancia independente com propriedades intrínsecas – os relatos narrativos do self indicam que o self é relacional ( sempre dito para alguém) e estruturado de modo intersubjetivo.

- Na narrativa abstrata perde-se o sujeito da experiência – o self como agente é algo descorporificado.

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Abstract Narrative Conceptions of the Self

(Concepções de self como narrativas abstratas ) Riscos das objeções feitas pelo autor e já indicadas em seu texto:

- Tomar o self como substancia ( cartesianismo indicado por Dennette)

- Tomar o self apartir de um fisicalismo reducionista ( este foi um dos riscos que fez o D. buscar uma relato narrativo abstrato)

Para o autor há algo que percebe antes que isso seja narrado, um sentido de self mais fundamental que o self narrado e que é corporificado

Como pensar um self coporificado, como sujeito da experiência, sem resvalar para nenhum dos dois riscos acima apontados?

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Narrativas e Self corporificado Questões:

- O que é o self mínimo?

- Como as narrativas surgem de uma seqüência de experiências corporificadas? Ou Como sentimentos e percepções um self mínimo produzem narrativas?

- O self mínimo corporificado:

- As experiências percepções e ações corporificadas são prévias ao self narrativo.

- As narrativas estão estruturadas pela seqüência de experiências corporais ( e não o contrário!)

- O self mínimo depende: - de processos cerebrais;- De um corpo ecologicamente embebido- Não exige que se esteja consciente disso para que se tenha experiências que

contarão com experiências de si

- Definição do Self mínimo:

- Não tem senso de continuidade da experiência, passado, presente nem futuro

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Narrativas e Self corporificado

Quando o sentimento de um self mínimo torna-se um self narrativo:

- As narrativas surgem diretamente do experiência vivida de um sujeito corporificado e estas narrativas podem ser enriquecidas e serem reflexivas..

- O narrador ou protagonista da narrativa deve ser entendido em termos de consciência corporificada. Devemos evitar a idéia de que o narrador seja ele mesmo uma narrativa, ou que haja uma diferença entre narrador como pessoa e o self como CNG,ou ainda como conglomerado de narrativas

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Narrativas e Self corporificado

Quando o sentimento de um self mínimo torna-se um self narrativo:

- Adotar tal posição implica em :

- Considerar a natureza corporificada das experiências - Entender a consciência em termos de experiências

corporificadas

- Para fazer isso o autor propõe o uso dos conceitos de Gallagher de:

- imagem corporal – sistema de percepções atitudes e crenças que pertencem a um corpo em particular

- e esquema corporal – sistema de capacidades sensorio- motoras que funciona sem consciência ou necessidade de monitoramento perceptual.

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Narrativas e Self corporificado

- Para fazer isso o autor propõe o uso dos conceitos de Gallagher de:

- imagem corporal – sistema de percepções atitudes e crenças que pertencem a um corpo em particular

- e esquema corporal – sistema de capacidades sensorio- motoras que funciona sem consciência ou necessidade de monitoramento perceptual.

- Seguindo esta idéia e considerando M. Ponty. dirá que podemos adotar a posição de 1ª pessoa como aquele de onde se origina nosso engajamento corporal no mundo e a posição de 3ª pessoa quando tomamos o nosso corpo como objeto no mundo.

- Retoma Ricouer dizendo que há um sujeito coporificado consciente que é também um narrador

- Propõe então que se adote a idéia de um self complexo

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Narrativas e Self corporificado

- Tradições que adotam a idéia de um self complexo: - concepção do self com agente corporificado (Mackenzie) - pragmatistas clássicos – noção de experiência corporal vivida

( experiência não é questão de conhecimento, mas relação entre organismo e meio)

Conclusões: - o self é em parte corpo, é também um sujeito das experiências

corporais- As experiências ( seqüência de eventos que dão estrutura e conteúdo

a narrativa) estruturam as narrativas e não o contrário.

( toda narrativa tem um sujeito da experiência? O self minimo é o sujeito da experiência?

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O diálogo interior e exterior e a construção do ponto de vista da narrativa

- Autor – O self é: - consciência corporificada e agente; - narrador

- O self narrador: - Emerge do self como consc. Corporificada- Está ancorado na seqüência de exp. Pré narrativas de um

sujeito corporificado

- Como se estrutura a dimensão narrativa do self ou o self narrador:

- A) narrativa da situação do self corporificado ( campo das ações)

- B) dialogo interno gera consciência de si