Em pacientes portadores de bradicardia sinusal.

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Contraindicação: Em pacientes portadores de bradicardia sinusal. Interação Medicamentosa: Drogas que depletam catecolaminas podem ter um efeito aditivo quando administradas com agentes betabloqueadores.

Referência Bibliográfi ca: 1. Varon J. Treatment of acute severe hypertension: current and newer agents. Drugs. 2008; 68(3): 283-97. 2. Blanski L, Lutz J, Laddu A. Esmolol, the fi rst ultra-short-acting intravenous beta blocker for use in critically ill patients. Heart Lung. 1988 Jan; 17(1): 80-9. 3. Zaroslinski J, Borgman RJ, O’Donnell JP, Anderson WG, Erhardt PW, Kam ST, Reynolds RD, Lee RJ, Gorczynski RJ. Ultra-short acting beta-blockers: a proposal for the treatment of the critically ill patient. Life Sci. 1982 Aug 30; 31(9): 899-907. 4. Inoue S, Abe R, Kawaguchi M, Kobayashi H, Furuya H. Beta blocker infusion decreases the magnitude of core hypothermia after anesthesia induction. Minerva Anestesiol. 2010 Dec; 76(12): 1002-9. 5. Gupta S, Tank P. A comparative study of effi cacy of esmolol and fentanyl for pressure attenuation during laryngoscopy and endotracheal intubation. Saudi J Anaesth. 2011 Jan-Mar; 5(1): 2–8. 6. Brevibloc®: cloridrato de esmolol. Bula do medicamento. BREVIBLOC® - cloridrato de esmolol - 10mg/mL e 250mg/mL - INDICAÇÕES: taquicardia sinusal, taquicardia supraventricular, fi brilação atrial ou “fl utter” atrial e hipertensão arterial em circunstâncias perioperatórias, pós-operatórias ou outras situações de emergência. CONTRAINDICAÇÕES: BREVIBLOC® é contraindicado em pacientes portadores de bradicardia sinusal, bloqueio cardíaco superior ao de primeiro grau, choque cardiogênico ou insufi ciência cardíaca manifesta. É contraindicado em casos de hipersensibilidade à droga ou aos componentes da fórmula. CUIDADOS E ADVERTÊNCIAS: Hipotensão: Doses acima de 200 mcg/kg/min (0,2 mg/kg/min) não são recomendadas, em função da maior possibilidade de hipotensão. Geralmente, a redução da dose ou término da infusão reverte a hipotensão em 30 minutos. Insufi ciência Cardíaca: O betabloqueador pode potencializar o risco de depressão miocárdica e provocar uma insufi ciência cardíaca grave. Broncoespásticas: BREVIBLOC® pode ser usado com cuidado em pacientes com doenças broncoespásticas. Diabetes Mellitus e Hipoglicemia: BREVIBLOC® deve ser usado com cuidado em pacientes diabéticos que neces-sitem de um agente betabloqueador. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: BREVIBLOC® deve ser cuidadosamente ajustado nos pacientes em uso de digoxina, morfi na, succinilcolina ou varfarina. Cautela ao se considerar o uso do BREVIBLOC® e do Verapamil em pacientes com depressão da função miocárdica. BREVIBLOC® não deve ser usado para controlar a taquicardia supraventricular associado aos agentes vasoconstritores e de ação inotrópica (dopamina, epinefrina e norepinefrina), devido ao risco de bloqueio da contratilidade cardíaca quando a resistência vascular sistêmica é alta. REAÇÕES ADVERSAS: A maioria dos efeitos adversos observados foi de natureza leve e transitória. Efeitos adversos mais frequentes: Cardiovascular - Hipotensão sintomática (diaforese, tontura), hipotensão assintomática, diaforese (acompanhou a hipotensão). POSOLOGIA: BREVIBLOC® 250 mg/mL - NÃO DEVE SER INJETADA DIRETAMENTE POR VIA INTRAVENOSA. ESTA APRESENTAÇÂO DEVE SER DILUÍDA ANTES DE SUA INFUSÃO. O BREVIBLOC® NÃO DEVE SER MISTURADO COM BICARBONATO DE SÓDIO OU COM OUTRAS DROGAS ANTES DE SER DILUÍDO EM DILUENTE COM-PATÍVEL.. Diluição: Prepare assepticamente uma infusão na concentração de 10 mg/mL. A solução diluída é estável durante, pelo menos, 24 horas em temperatura ambiente. BREVIBLOC® 10 mg/mL – Esta apresentação é pré-diluída pronta para uso de 10mg/mL, Quando se usar a apresentação de 100 mg, a dose de ataque de 0,5 mg/kg/min. Doses de manutenção acima de 200 mcg/kg/min (0,2 mg/kg/min) não demonstraram produzir benefícios adicionais signifi cativos. SUPERDOSAGEM: Toxicidade aguda: Ocorreram raros casos de superdosagem acidental maciça de BREVIBLOC® devido a erros de diluição. Doses de manutenção acima de 200 mcg/kg/min (0,2 mg/kg/min) não demonstraram produzir benefícios adicionais signifi cativos. SUPERDOSAGEM: Toxicidade aguda: Ocorreram raros casos de superdosagem acidental maciça de BREVI-BLOC® devido a erros de diluição. Essas doses de 5.000 a 6.250 mcg/kg (5 -6,25 mg/kg) do BREVIBLOC®, em bolos intravenosos, por 1 – 2 minutos, produziram hipotensão, bradicardia, tontura e perda da consciência. Os efeitos regrediram em 10 minutos, em alguns casos com administração de um agente vasopressor. CRISTÁLIA - Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda - Farm. Resp.: Dr. José Carlos Módolo - CRF - SP nº 10.446 - Rod. Itapira-Lindóia, km 14 – Itapira - SP – CNPJ nº 44.734.671/0001-51 -SAC 0800-7011918 - Nº do Lote, data de Fabricação e Prazo de Validade: vide rótulo/cartucho. CLASSIFICAÇÃO: VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – USO RESTRITO A HOSPITAIS - Reg. MS N.º 1.0298.0227. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. BREVIBLOC® é marca registrada sob licença de Bristol-Myers Squibb Company.

BRAN Abr/14

Titulação conforme dose-efeito1,4 Rápida ação e reversão do efeito2,3

Betabloqueador CARDIOSSELETIVO de AÇÃO RÁPIDA

e MEIA-VIDA CURTA.1,2

Rápida ação e reversão do efeito2,3

10mg/mL

PRONTO PARA USO 6

250mg/mL

INFUSÃO CONTÍNUA6

Controle minuto a minuto4,5

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6 A JORBA está de casa nova 8 SAEB lança

Anestesia em Movimento

ÍNDICE BAHIANEST

14 Salvador sediará a 44a JONNA10 Cuidados na utilização da

orientação ultrassonográfica

em anestesias regionais

Esta é uma publicação da Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia e Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Bahia em parceria com a COOPANEST-BA - Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas Estado da Bahia. Responsáveis pela revista: Dr. Macius Pontes Cerqueira CREMEB 11533 e Dr. Carlos Eduardo Aragão Araujo CREMEB 3811. Editores: Dra. Liana Maria Torres de Araujo Azi CREMEB 18381 e Dr. Hugo Eckecner Dantas de Pereira Cardoso CREMEB 15709. Edição e Textos: Cinthya Brandão DRT/BA 2397. Diagramação: Carlos Vilmar. Tiragem: 1.000 exemplares. Impressão: Cartograf. Diretoria da SAEB: Presidente: Dr. Macius Pontes Cerqueira, Vice-Presidente: Dra. Liana Maria Torres de Araújo Azi, Secretário Geral: Dr. Libório Ximenes Aragão Filho, Diretora Finan-ceira: Dra. Rose Pereira Cordeiro, Diretor Administrativo e de Comunicação: Dr. Elio Ferreira de Oliveira Júnior, Diretor de Defesa Profissional: Dr. Hugo Eckener Dantas de Pereira Cardoso, Diretor Científico: Dr. Guilherme Oliveira Campos. Diretoria da COOPANEST-BA: Presidente: Dr. Carlos Eduardo Aragão de Araújo, Vi-ce-Presidente: Dr. Danilo Gil de Menezes, Secretário-Geral: Dr. Aurino Lacerda Gusmão, 1º Tesoureiro: Dr. Hugo Eckener Dantas de Pereira Cardoso, 2º Tesoureiro: Dr. Bruno Gardélio Pereira De Cerqueira, 1º Secretário: Dr. Jedson dos Santos Nascimento, 2º Secretário: Dr. Anderson Cardoso Gazineu.

16 III SIPAT motiva colaboradores da COOPANEST

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Sobre Inovação, Desafios e Mudanças

Atônitos diante de tantas mudanças! Cegos às incertezas quanto a ameaças versus oportunidades e forças versus fraquezas! De frente para um tempo em que parece não caber tamanhos volume de informação e revolução tecnológica. Será que continuaremos inertes? Ou pior, confian-tes de que nada chegará a nós?

Há aproximadamente um ano, uma ideia, ou melhor, uma inquietação coletiva pousou na SAEB e nos trouxe o que foi a última Jornada Baiana de Anestesiologia. A JORBA30 dedicou um espaço específico à reflexão da nossa especialidade diante do cenário de passividade que nos cerca. Aquilo contagiou alguns inquietos e ousados diretores da Sociedade Bra-sileira de Anestesiologia que aqui estavam e nos fez ir além.

A partir daquele instante, a SBA reconheceu a inércia como o verda-deiro perigo no mundo contemporâneo e decidiu investir num projeto au-dacioso e simples com o propósito de nos fazer pensar diferente. Assim, nasceu o Simpósio de Inovação e Gestão em Anestesiologia - SIGA.

Longe de nos tornar protótipos de gestores, o SIGA foi além. Estabele-ceu uma interface clara, rica e funcional entre nós médicos anestesistas e diversas aéreas que pensam, promovem e transformam a medicina hos-pitalar e a saúde. A SAEB participou daquele projeto e ganhou a imensa oportunidade de sediar o primeiro evento.

Foi um sucesso! Foi um sucesso!

Estavam lá: pensadores em design, tecnólogos, desenvolvedores de startups, filósofos e outros permeados a gestores anestesistas, gestores hospitalares e gestores de operadoras de saúde suplementar. E nós, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia, como maestrina, regemos esse concerto harmônico, contagiante, disruptivo e inovador.

O SIGA deixou-nos sedentos e inquietos. Foi uma maravilha!

Esperamos que outros SIGA e novas ações possam nos contagiar ain-da mais. Nos tornar sensíveis a um diálogo com novos tempos. Que nos desperte a capacidade de adaptar e aprender, para assim, podermos sobreviver, crescer e nos transformar.

Uma ótima leitura!

Dr. Macius Pontes CerqueiraCremeb 11533

Presidente da SAEB

PALAVRA DO PRESIDENTE

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EDITORIAL BAHIANEST

Prezados colegas,

Postergamos um pouco esta edição da Bahianest para que pudéssemos mostrar como foi o 1º SIGA – Simpósio de Inovação e Gestão em Aneste-siologia. A SAEB teve o prazer e a honra de sediar a primeira edição deste evento no dia 24 de agosto. Nele puderam ser discutidos alguns aspectos extremamente relevantes para o futuro de nossa profissão, como as mu-danças no panorama do cenário médico no Brasil e como se adaptar a elas, os novos modelos de negócio e formas de pagamento, as oportunidades e ameaças da telemedicina para a anestesia, dentre outros. Foi um evento marcante e que, com certeza, nos fez refletir as oportunidades e desafios que virão.

Gostaríamos de convidar a todos para a 31ª JORBA, que se realizará entre os dias 27 e 29 de setembro. Além de uma programação científica robusta e atual, teremos os workshops de assistência ventilatória e de manejo hemodinâmico e da coagulação. Faça sua inscrição pelo site ou diretamente na SAEB.

E por falar em programação científica, temos a satisfação de anunciar a JONNA 2020 na Bahia. Ela acontecerá no mês de março e teremos diver-sos workshops e cursos. Pela primeira vez, haverá sessões de PBL (Pro-blem Based Learning), em que o anestesista poderá discutir casos clínicos em mesas de 8 a 10 pessoas. diretamente com profissionais especialistas naqueles temas. Elas oferecem ao anestesista a oportunidade de tirar dú-vidas de forma dirigida, possibilitando um aprendizado direcionado e con-solidado. As inscrições serão abertas durante a 31ª JORBA.

Por fim, convidamos os sócios a votar para a eleição da próxima Dire-toria para o biênio 2020/2021. A eleição acontecerá no sábado, dia 28 de setembro, entre 08h e 20h, no Hotel Deville, durante a 31ª JORBA. Inscre-va-se em nossos canais de comunicação, pergunte, cobre! Sua participação é muito importante para nos mantermos uma sociedade forte, unida e co-esa.

Dra. Liana Azi

Cremeb 18383Vice-presidente da SAEB

Descontos de 10% (dez por cento) para cada um dos filhos e/ou de-pendentes legais dos sócios da SAEB, matriculado(s) e/ou a serem matriculados regularmente nas séries oferecidas pelo Colégio An-chieta (ANCHIETINHA – Aquarius), no turno vespertino, sendo válido o referido desconto apenas a partir do mês em que ocorrer a solici-tação pelo(a) responsável legal pelo(a) aluno(a) beneficiário(a), junto à Tesouraria do Colégio, em cada ano letivo.

Convênios para os sócios da SAEB

Descontos de 10% (dez por cento) na men-salidade para cada um dos filhos e/ou dependentes legais dos sócios da SAEB, matriculado(s) e/ou a serem matriculados no Colégio São Paulo, no turno matutino e de 15% (quinze por cento) para os matricu-lados no turno vespertino.

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Estamos às vésperas do evento de maior relevância científica do nosso estado. A 32a

edição da Jornada de Anestesiologia do Estado da Bahia (JORBA31) acontecerá dias 27, 28 e 29 de setembro, no Hotel Deville Prime, em Itapuã. Este ano a jornada conta com dois cursos: Assistência ventilatória em anestesia e Otimização da perfusão tecidual e da coagulação guiada por metas. Confira a programação completa e garanta sua vaga! Inscrições no site da SAEB (www.saeb.org.br).

A JORBA está de casa nova

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Alexandre Teruya (SP)Antônio Herlandson Freire da Cunha (BA)Bruno Marques (RS)Carlos Hohlenwerger Tavares (BA)Cláudia Marquez Simões (SP)Diná Mie Hatanaka (SP)Eliane Cristina de Souza Soares (MG)Élio Ferreira de Oliveira Júnior (BA)Erick Freitas Curi (ES)Guilherme Oliveira Campos (BA)Gustavo Gomes Pereira França (BA)Hugo Eckener Dantas de Pereira Cardoso (BA)Jedson dos Santos Nascimento (BA)João Gabriel de S Oliveira Lucas (PE)José Abelardo Garcia de Meneses (BA)José de Souza Andrade Neto (BA)

José Eduardo Bagnara Orosz (SP)Liana Maria Torres de Araujo Azi (BA)Luciana Cavalcanti Lima (PE)Luciano Garrido (BA)Macius Pontes Cerqueira (BA)Murilo Pereira Flores (BA)Norma Sueli Pinheiro Modolo (SP)Paulo Medauar (BA)Ricardo Almeida de Azevedo (BA)Ricardo Silva Nicoletti (ES)Rodrigo Leal Alves (BARodrigo Viana Quintas Magarão (BA)Tiago José B. Franca (PE)Vera Lúcia Fernandes de Azevedo (BA)Vinícius Sepúlveda Lima (BA)Waston Vieira Silva (PE)

Palestrantes da JORBA31

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A primeira ação será a I Corrida/Caminhada com percurso de 5 quilô-metros, no dia 29 de setembro (do-mingo), às 6h, durante a JORBA31. Nosso ponto de partida será no Ho-tel Deville Prime, em Itapuã. A pre-

miação para os primeiros colocados (masculino e feminino) será um fim de semana no Hotel Deville Prime (quarto duplo). Participe, será uma ótima oportunidade de começar a cuidar de sua saúde!

A Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia acredita que promover a saúde e o bem estar do anestesiologistas é também um dever da instituição. Seguindo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Anestesiologia apresentadas na Carta de Recife, foi criado o projeto Anestesia em Movimento, programa com foco na prática de qualidade de vida.

O documento foi apresenta-do durante o VI Simpósio de Saúde Ocupacional, realizado em setembro de 2018, na capital de Pernambuco. De acordo com o Diretor do Depar-tamento de Defesa Profissional da SBA, Dr. Armando Vieira de Almeida, a iniciativa surgiu pela necessidade de os médicos estarem voltados tam-bém à sua própria saúde. “Os aneste-siologistas, sempre atentos à saúde e bem-estar dos seus pacientes, foram convidados a voltar os olhos para si. Como está o cuidado consigo? Afi-nal, a segurança dos pacientes tam-bém passa pela saúde ocupacional dos médicos que os assistem. E essa responsabilidade em se cuidar é do médico e também da rede estrutural

em que o profissional está inserido. Dessa urgência em disseminar in-formações, protocolos, promover o debate e iniciativas efetivas para ga-rantir padrões mínimos de promoção do bem-estar ocupacional dos anes-tesiologistas recomendados pela So-ciedade Brasileira de Anestesiologia nasceu a Carta de Recife”.

O documento, aberto a adesões de instituições hospitalares, socieda-des, cooperativas e todos os demais envolvidos com a promoção da saúde dos anestesiologistas, também é fruto de debatesse compartilhamento de experiências que ocorreram durante o evento. Confira a Carta de Recife na íntegra no site da SBA: https://www.sbahq.org/carta-de-recife/ n

Carta de Recife - PARA O BEM-ESTAR DO MÉDICO ANESTESIOLOGISTA

SAEB lança projeto Anestesia em Movimento

VIDA E SAÚDE

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O esporte sempre fez parte da minha vida; minha mãe foi jogadora de basquete da seleção baiana e meu pai foi um excelente nadador amador que, como morador da Península de Itapagipe, transformou as águas da-quela baía em sua piscina olímpica particular.

Eu comecei jogando vôlei na épo-ca de escola secundária, fiz escola de tênis no Clube Espanhol e na época que servi ao Exército Brasileiro, já como anestesista, comecei a correr como parte obrigatória do treina-mento de oficiais, tendo como gran-de incentivador o coronel Henrique, comandante do 19º Batalhão de Ca-çadores.

Estive ausente das corridas por muitos anos, por razões circunstan-ciais da vida e sobrecarga de traba-lho, mas em 2015 resolvi fazer uma mudança no meu estilo de vida, que começou pela busca de alimentação saudável e academia.

Inicialmente perdi quase 20kg, mas ainda não estava satisfeita com a minha composição corporal. Então, comecei a correr por conta própria e pude, então, perceber grandes mu-danças no meu corpo... Acabei to-mando gosto e comecei a participar de provas de rua de curta distância.

Percebi que precisava de orien-tação de um profissional para ir mais adiante e foi isso. Atualmente, tenho treinos planilhados três vezes por semana, corro ao lado do treinador, que corrige desde a minha respira-ção ao posicionamento dos braços; também tenho uma personal trainer que comprou a minha ideia de fazer os meus primeiros 42k aos 52 anos e

Troquei salto alto por tênis

faz, juntamente comigo, um bom tra-balho muscular três vezes por sema-na, alongamento e ginástica funcio-nal. Precisava ainda de orientação de um nutricionista vinculado à prática esportiva. Me tornei “marmiteira” e, hoje, só saio de casa para trabalhar com as porções dos alimentos a se-rem consumidos ao longo do dia de-vidamente pesados e embalados.

Abri mão de carnes vermelhas, açúcares e frituras. A farra de co-mida ocorre aos sábados, após os treinos longos, quando a equipe se reúne. Já nos dias que antecedem as provas, o rigor com a alimentação aumenta, mas adoro uma boa feijoa-da com cerveja!

Não é uma vida fácil para mim, pois exige muitos sacrifícios pesso-ais, como acordar as 3h30 da manhã no sábado para treinar e ter que ir para cama às 20h da sexta-feira para descansar, quando muita gente está no happy hour, tomando cerveja e comendo comida de boteco.

Tem dias que após um treino lon-go, sinto tanta dor muscular, que até para virar na cama dói e depois de uma meia maratona, quase sempre perco algumas unhas dos pés.

Sou chamada de maluca, me perguntam porque e pra quê correr tanto se não ganho nada... respondo que busco uma velhice mais saudá-vel, com mais flexibilidade e inde-pendência.

Corro por mim e para mim!Também digo que corro com as

minhas pernas e não com as pernas de quem me critica. Ouço muito das pessoas que correr demais faz mal

para a saúde, que vou estragar os joelhos, ficar velha e com a “bunda” caída. Ora, envelhecer é fisiológico e se vou ficar velha, que ao menos seja fazendo o que gosto. Tenho pavor da inércia e da zona de conforto.

Percebo que a boa forma in-comoda algumas pessoas e causa espanto a outras, do tipo: como ela consegue fazer tanta coisa ao mesmo tempo? Faz anestesia, estuda, corre, malha, tem cargo na SAEB, sai com os amigos... A fórmula é simples: foco e organização.

Sim, corrida mudou minha vida: sou asmática de longa data e desde que comecei a levar a corrida a sério, nunca mais tive uma crise asmática, deixando de usar corticoides e “bom-binhas”, meu perfil lipídico tem um HDL de 75mg/dl; a rinite alérgica e o refluxo gastro esofágico desapare-ceram. Hipertensa desde os 36 anos, tive o anti hipertensivo reduzido em 50% da dose, há cerca de dois anos.

Tenho mais força e resistência, além de disposição física, e se sou-besse que a corrida iria me fazer tão bem, já estaria correndo há mais tempo! n

Rose Pereira CordeiroDiretora Financeira da SAEB

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bahianest

Cuidados na utilização da orientação ultrassonográfica em anestesias regionais

ARTIGO CIENTÍFICO

A utilização da ultrassonografia (USG) para realização de bloqueios regionais reduz a possibilidade de lesão nervosa, a frequência de pneumotórax associado a bloqueios de plexo braquial por via supracla-vicular e a toxicidade sistêmica do anestésico local (1). O risco infeccio-so associado ao seu uso na anes-tesia regional, seja neuroaxial ou periférica, é provavelmente muito baixo (2). No entanto, a ocorrência de tal infecção pode levar a compli-cações graves (3).

Devido à necessidade de um ambiente estéril para a anestesia locorregional e pelo fato do apare-lho de USG e a sonda (ou transdu-tor) nele utilizada serem dispositi-vos médicos reutilizáveis (DMR), deve-se tomar todas as precauções no sentido de evitar a transmissão infecciosa cruzada entre pacientes, por contato direto com sangue ou com outros fluidos corporais. Em-bora os estudos frequentemente refiram que o bloqueio guiado por ultrassonografia deva acontecer sob condições assépticas, a manei-ra como ela deve ser realizada (co-bertura protetora e gel condutivo estéreis) é pouco mencionada. Pela inexistência de estudos específicos

para o uso durante a anestesia lo-corregional, as recomendações ge-rais para uso da ultrassonografia in-traoperatória podem ser adotadas. Dessa forma, as recomendações gerais utilizadas para a desinfecção de DMR são habitualmente extrapo-ladas para a ultrassonografia (4).

De acordo com a diretriz para desinfecção e esterilização do Cen-tro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em instalações de saúde, limpeza é a remoção das sujidades visíveis (por exemplo, material orgânico e inorgânico) da superfície da sonda e normalmente é realizada manualmente ou me-canicamente usando água com de-tergentes ou produtos enzimáticos. Já desinfecção descreve o proces-so que elimina muitos ou todos os microrganismos patogênicos, exce-to esporos bacterianos. A limpeza deve sempre ser realizada antes da desinfecção, porque os materiais inorgânicos e orgânicos que por ventura permanecerem na superfí-cie dos instrumentos podem inter-ferir na eficácia do processo (5).

Normalmente, a sonda de USG é posicionada em pele saudável, preparada, desinfetada e não pe-

netra no tecido. Assim, ela poderia ser considerada um dispositivo não crítico, pela classificação de Spaul-ding (6) e, portanto, submetida à desinfecção de baixo nível. Alguns critérios para nortear o cuidado com a sonda após bloqueios re-gionais seriam se houve contami-nação por fluidos corporais, se ela foi mantida em ambiente estéril e se seu material permite a esterili-zação ou desinfecção (7). Seguindo essa linha de pensamento, a sonda para bloqueios regionais pode ser comparada com as câmeras utili-zadas em cirurgias por vídeo. No caso destas, a desinfecção é reali-zada limpando a câmera com uma solução de detergente desinfetante que visa reduzir ao mínimo o nú-mero de microrganismos presentes em sua superfície. Uma cobertura estéril é subsequentemente aplica-da antes de usar a câmera em cam-po cirúrgico (8).

Alguns estudos suportam as recomendações acima. Quando revisados retrospectivamente, os prontuários médicos de 7476 pa-cientes que receberam bloqueio de nervo periférico com injeção única, guiado por ultrassom, entre 2003 e 2013, por meio de técnica

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de desinfecção de baixo nível em combinação com uma cobertura de barreira estéril transparente para cobrir o transdutor de ultrassom em um hospital no Canadá, não foram encontrados indícios de in-fecção relacionada ao bloqueio. Assim, os autores estabeleceram que a utilização de técnica de de-sinfecção de baixo nível associada a uma cobertura de barreira estéril no transdutor resulta em uma taxa extremamente baixa de infecção, sendo alternativa prática e eficien-te (2).

Recente recomendação do Colégio Americano de Médicos Emergencistas estabeleceu alguns princípios da política de limpeza do transdutor, que incluem que a desinfecção seja baseada nos pató-genos possivelmente encontrados em cada caso, que a ênfase se dê na limpeza inicial (incluindo a re-moção do gel com cuidado) e que a desinfecção aconteça no nível cor-reto. Os níveis de desinfecção vão desde baixo (destrói maior parte das bactérias, alguns vírus e alguns fungos por meio da utilização de água e sabão e sprays com amônia quaternária) até alto (remove to-dos os microrganismos, exceto os esporos bacterianos, por meio da utilização de esterilizantes quími-cos/germicidas ou pela esteriliza-ção física). Para o Colégio Ameri-cano de Médicos Emergencistas, as sondas utilizadas durante procedi-mentos percutâneos (acesso vascu-lar, punção lombar, anestesia regio-nal ou outros semelhantes) devem ser cobertas com uma capa de son-da estéril de uso único durante o procedimento, depois limpas com desinfecção de baixo nível para o uso em pacientes (9).

Para bloqueios nervos perifé-ricos simples ou contínuos são ne-cessários gel estéril e uma cober-tura de sonda estéril. Idealmente, uma luva telescópica deve ser usa-da, fixada no lugar por um elástico estéril ao invés de uma fita adesi-

va, que possui maior risco de ras-gar durante a remoção e, portanto, possibilidade real de sujar a sonda. Entre dois pacientes, a sonda deve ao menos ser submetida à desinfec-ção de baixo nível (por se tratar de dispositivo não crítico). Recomen-da-se o uso de gel para ultrassom estéril, pois o gel não estéril já foi implicado em surtos de infecções nosocomiais. Se for utilizado gel não estéril, deve-se ter o cuidado de dar preferência aos com pouco uso (não se utilizar potes que fo-ram reabastecidos) e evitar o con-tato direto entre o pote/bisnaga e as superfícies dos transdutores ou da pele. Após aberto, os potes de-vem ser descartados após 28 dias. O gel utilizado em um paciente não deve ser reaproveitado em hipóte-se alguma. Pacotes de gel estéril de uso único devem ser usados para procedimentos invasivos que en-volvem punção cutânea para exa-mes realizados em pele não intacta ou próximo a locais com cicatrizes cirúrgicas (9).

As barreiras de proteção uti-lizadas durante a punção venosa e anestesia locorregional são as luvas médicas e as coberturas de sonda. Coberturas com tamanhos de poros menores do que 30 nm são recomendadas por bloquearem a maior parte dos vírus, incluindo o HPV, que tem tamanho de 50 nm. Curativos de filme adesivos estéreis (por exemplo, Tegaderm®, OPSITE®) são considerados como barreiras eficazes contra microor-ganismos com tamanhos superio-res a 27 nm. Deve-se julgar caso a caso e observar as recomendações do fabricante quando o contato com pele não intacta for necessá-rio (9.) Mesmo que a capa esteja intacta após a remoção, a sonda deve ser limpa com detergente, enxaguada, seca e mantida em am-biente limpo (5).

No caso de lesão da capa pro-tetora, a sonda deve passar por uma desinfecção de nível superior.

A maioria dos fabricantes não ofe-rece sondas e cabos que possam ser completamente submergidos em produtos desinfetantes. O ma-terial da sonda pode ser pré-desin-fectado com detergente, mas nem sempre com um desinfetante como o ácido peracético. Pode ser útil in-dagar ao fabricante sobre métodos alternativos que facilitem o pro-cesso de desinfecção, que podem envolver dispositivos automáticos de desinfecção rápida usando luz ultravioleta C (desinfecção física) ou peróxido de hidrogênio (desin-fecção química). O processo de lim-peza prévio é extremamente im-portante para garantir desinfecção mais eficaz (10).

Devido à possibilidade de per-furação da capa protetora ao redor de 10%, alguns protocolos reco-mendam que habitualmente seja realizada desinfecção de alto nível (5). Por não serem resistentes a altas temperaturas não é possível colocar as sondas utilizadas para USG em autoclave. Uma alternati-va para obter desinfecção de alto nível é a utilização da luz ultravio-leta C (UV-C). Um estudo avaliou a eficácia da desinfecção com UV-C, após infecção prévia das sondas (48 h antes) com gel contaminado com Staphylococcus aureus, Esche-richia coli e Enterococcus faecalis.

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Como o protocolo de desinfecção UV-C requer realização de etapa de limpeza primária antes da desinfec-ção, no protocolo do estudo as son-das foram primeiro limpas com pa-pel seco para remover o gel e depois com papel impregnado com desinfe-tante. Os resultados encontrados de-monstraram que após 5 a 7 minutos de exposição ao gel inoculado, todas as sondas foram infectadas (> 150 unidades formadoras de colônias (UFC)). Todos foram considerados estéreis (< 10 UFC) após o protoco-lo de desinfecção. A luz ultravioleta C parece oferecer tripla vantagem sobre as técnicas convencionais. Pri-meiro, fornece desinfecção de alto nível. Segundo, permite o uso de sondas de ultrassom sem tampas de proteção, o que pode simplificar as técnicas de anestesia guiadas por ul-trassom e melhorar a ecogenicidade. Além disso, é um processo rápido (o ciclo dura 90 segundos) (11).

Após o uso do aparelho, a co-bertura da sonda deve ser removi-da e descartada junto aos resíduos comuns. Deve-se remover os resídu-os de gel (por exemplo, limpar com

um pano sem fiapos umedecido com água corrente), deve-se inspecionar a sonda e o cabo e desconectá-la do aparelho para limpeza. Após a lim-peza, as sondas devem ser arma-zenadas secas e protegidas. Reco-menda-se que sejam armazenadas em local fechado e ventilado fora da sala de procedimentos. A unidade inteira (teclados e carrinhos) deve ser limpa regularmente (5,9).

São imperativos a criação e o seguimento de protocolos de lim-peza e desinfecção dos materiais envolvidos. Ainda assim, apesar de possuir protocolos definidos (12), recentemente, um estudo que ava-liou a limpeza dos equipamentos de ultrassom em cinco instituições na Austrália concluiu que em mais de 90% dos aparelhos os padrões de limpeza poderiam ser melhorados significativamente (13).

Os anestesiologistas possuem variados níveis de interpretação em relação aos cuidados após o uso. Em pesquisa avaliando risco de infecção em anestesia regional, a transmissão cruzada foi conside-rada baixa, moderada ou alta por

43%, 48% e 9% dos anestesiologis-tas, respectivamente. Em relação ao gel utilizado para condução, sachês estéreis de dose única foram refe-ridos em 83% dos casos, enquanto frasco plástico para múltiplas doses, não estéril, utilizado por mais de 24h após a abertura, era utilizado por 13% dos pesquisados. Não ha-via protocolo para desinfecção da pele em 73% dos casos. Em relação à proteção da sonda, 68% dos respon-dedores referiram utilizar cobertura protetora inespecífica, 52% referiram usar curativo oclusivo transparente semipermeável (por exemplo, OPSI-TE®) e 5% não utilizavam nenhuma cobertura. Ainda assim, somente 27% acreditavam estarem utilizan-do capas protetoras apropriadas. A descontaminação da sonda, entre dois pacientes, foi referida por 86% dos profissionais. A diversidade de precauções tomadas traduz a neces-sidade imperiosa de estudos e do estabelecimento de recomendações específicas pelas sociedades de espe-cialidades (14). n

Dra. Liana AziCremeb 18383

Vice-presidente da SAEB

Referências:1. Neal JM. Ultrasound-Guided Regional Anesthesia and Patient Safety: Update of an Evidence-Based Analysis. Reg Anesth Pain Med, 2016;41:195-204

2. Alakkad H, Naeeni A, Chan VW et al. Infection related to ultrasound-guided single-injection peripheral nerve blockade: a decade of experience at Toronto Western Hospital. Reg Anesth Pain Med, 2015;40:82-4.

3. Lalueza A, López-Medrano F, del Palacio A et al. Cladosporium macrocarpum brain abscess after endoscopic ultrasound-guided celiac plexus block. Endoscopy, 2011;43:9-10.

4. Nyhsen CM, Humphreys H, Koerner RJ, et al. Infection prevention and control in ultrasound - best practice recommendations from the European Society of Radiology Ultrasound Working Group. Insights Imaging, 2017;8:523–535.

5. Healthcare Infection Control Practices Advisor Committee. Guideline for Disinfection and Sterilization in Healthcare

Facilities, 2008; Updated February 2017. Centers for Disease Control and Prevention. Disponível em: https://www.cdc.gov/infectioncontrol/guidelines/disinfection/. [Acessado em 12 de janeiro de 2019].

6. Spaulding EH. Principles and application of chemical disinfection. AORN Journal, 1963;1:36-46.

7. Bloc S, Garnier T, Bounhiol C et al. Ultrasound guided regional anaesthesia: an effective method for cleaning the probes [in French]. Ann Fr Anesth Reanim, 2008;27:994–998.

8. Jochum D. Hygiene relative à l’utilisation des ultrassons. Ann Fr Anesth Reanim, 2012;31:e219-21.

9. Policy Statement of American College Emergency Physicians. Guideline for Ultrasound Transducer Cleaning and Disinfection. 2018. Disponível em: https://www.acep.org/globalassets/new-pdfs/policy-statements/guideline-for-ultrasound-transducer-cleaning-and-disinfection.pdf. [Acessado em 20 de janeiro de 2019].

10. College of Physcians and Surgeons of British Columbia. Steps for Cleaning and Disinfection of Ultrasound Probes. Disponível em: https://www.cpsbc.ca/files/pdf/Steps-Cleaning-Disinfecting-Ultrasound-Probes.pdf. [Acessado em 28 de dezembro de 2018].

11. Bloc S, Mercadal L, Garnier T et al. Evaluation of a new disinfection method for ultrasound probes used for regional anesthesia: Ultraviolet C light. J Ultrasound Med, 2011;30:785-8.

12. Basseal JM, Westerway SC, Juraja M et al. Guidelines for reprocessing ultrasound transducers. Australas J Ultrasound Med, 2017;20:30-40.

13. Whiteley GS, Glasbey TO, Westerway SC et al. A new sampling algorithm demonstrates that ultrasound equipment cleanliness can be improved. Am J Infect Control, 2018;46:887-c92. 

14. Bouaziz H, Aubrun F,Belbachir AA et al. Échographie en anesthésie locorégionale Locoregional anaesthesia and echography. Ann Fr Anesth Reanim, 2011;30:33-5.

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A promoção de assistência à saúde é um seguimento econômico de caráter permanente, complexo e que vivencia nas últimas décadas uma crise de sustentabilidade. A es-cassez de recursos e a ineficiência do setor têm sido apontadas como dois dos principais determinantes dessa crise.

Entretanto, testemunhamos a longa vida de um modelo quanti-tativo de pagamento por serviço prestado, de caráter retrospecti-vo, o fee for service. Nele, as con-tas são pagas posteriormente aos serviços prestados e aos insumos consumidos, o que tem gerado a produção de volumes exorbitan-tes de assistência e ao aumento dos sinistros. O abuso da excessi-va indicação de exames e proce-dimentos, paralelo ao desperdício de recursos, posicionam esse mo-delo dentre os agravantes desta insustentabilidade. O modelo de remuneração parece influenciar a lógica e o mindset dos prestadores e, consequentemente, o volume da produção: quanto mais se “produz”, maior é a recompensa.

Nos últimos anos, surgiram como alternativas para as seguradoras de saúde e outras fontes pagadoras al-guns modelos prospectivos, onde o valor a ser pago é acordado antes de haver a prestação do serviço. O pagamento por conta fechada (paco-te), por ciclo de cuidados, o mode-lo de orçamento global ajustado, o captation e outros, despontam como alternativas que visam o controle sobre os custos, apesar de possibi-litar a ocorrência de “subtratamen-tos” e também, da seleção de risco aos beneficiários. Há ainda o paga-mento por performance, que oferece benefícios àqueles prestadores que atingirem os resultados ou metas pré-estabelecidas, ao mesmo tempo que controla os custos.

A partir de 2006, um novo hori-zonte surge quando Michael Porter cria o conceito de “valor” na saúde (Repensando a Saúde: Estratégias para Melhorar a Qualidade e Redu-zir os Custos), passando a relacionar a qualidade do serviço entregue ao seu custo. Esse conceito traz uma nova dimensão para o que se define como resultado ou desfecho. Agora,

o paciente torna-se o verdadeiro ob-jeto. E o conceito de qualidade pas-sa a abranger uma nova dimensão: a experiência, o envolvimento e a satisfação do paciente. Assim, nasce o conceito de “medicina baseada em valor”.

O valor a ser entregue seria composto pela relação de desfecho, definido entre a fonte pagadora e seus prestadores, e o custo. Novos e parte dos modelos prospectivos de remuneração seriam, então, redi-mensionados ao conceito de valor e a entrega ou resultado deixariam de resumir-se à realização de um pro-cedimento.

Resta à Medicina Baseada em Valor convergir sobre si os propósi-tos ligados à sustentabilidade, além da qualidade com desfecho e, final-mente, resgatar o protagonismo do paciente como o verdadeiro objeto

de valor. n

Macius Pontes Cerqueira, Presidente da SAEB e Instrutor Corresponsável do CET-SBA do

Hospital São Rafael.

A Busca do Elo PerdidoARTIGO

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JORNADA DE ANESTESIOLOGIA

No belo cenário da praia de Stella Maris, anestesiologistas de todo o país estão convidados a par-ticipar da 44a Jornada Norte Nordes-te de Anestesiologia (44a JONNA), de 27 a 29 de marco de 2020, no Centro de Convenções do Gran Hotel Stella Maris. A Comissão Científica está mobilizada em oferecer uma progra-mação ampla e agregadora com seis cursos. A programação social está organizando momentos de descon-tração e pleiteando tarifas especiais de hospedagem para os participan-tes. Os valores diferenciados vão até o dia 31 de dezembro. Confira a pro-gramação e garanta sua vaga!

Palavra do Presidente da 44a JONNA

Desde o longínquo 1978, quan-do foram iniciadas pela Bahia as Jornadas Norte-Nordeste de Anes-tesiologia este evento tem crescido em importância não só para os es-pecialistas da região, como também, no contexto da Anestesiologia brasi-leira.

Passados quase 25 anos da pre-sidência na Sociedade Brasileira de

Anestesiologia, a nossa SBA, fiquei surpreso com o convite da Diretoria da SAEB para presidir a 44ª JOR-NADA NORTE-NORDESTE DE ANES-TESIOLOGIA. Só posso creditar esta honraria à benevolência, apanágio das pessoas de bem. De plano, sem hesitar, aceitei o desafio que em boa hora veio me motivar a trabalhar incessantemente para que aqueles que nos honrarem com suas presen-ças sejam bem acolhidos na Bahia e aproveitem, ao máximo, a hospi-talidade característica dos baianos. O local do evento, em frente ao mar de Salvador, por si só é um convite, entretanto, pretendemos oferecer muito mais. Assim é que toda a equi-pe está dedicada a disponibilizar programação de alto nível científico. Cada detalhe está sendo prepara-do com esmero e muita dedicação. Salve esta data em sua agenda: 27 a 29 de março de 2020. A terra da Santa Dulce dos Pobres os recebe-rá com um abraço carinhoso para desfrutar da beleza e das praias de Stella Maris n

Dr. Paulo Medauar Presidente da 44ª JONNA

Salvador sediará a 44a JONNA

JONNA1o lote: Até 31/12/19Membro Ativo R$500,00Médico Residente R$ 350,00Não Sócio/Sócio em Débito R$750,00Acadêmico R$ 200,00

2o lote: 01/01/2020 até a JONNAMembro Ativo R$ 600,00Médico Residente R$ 400,00Não Sócio/Sócio em Débito R$ 900,00Acadêmico R$ 300,00

INSCRIÇÕES

CURSOS• Ventilação mecânica aplicada à prática

anestésica – R$ 300,00• Ultrassonografia módulo 1 – R$ 300,00• Via aérea avançada – R$ 300,00• Hemodinâmica e monitorização da

coagulação – R$ 300,00• PBL – Problem Based Learning – R$ 50,00• Curso ETTI – Módulo I – Em breve

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TEMAS MATRIZES:• Protocolos em sala de cirurgia• Cuidados perioperatórios em pediatria• Saúde ocupacional e qualidade de vida• Monitorização cerebral em anestesia• Desafios em cirurgia cardiovascular• Anestesia para obstetrícia• Utilização da ultrassonografia no periopera-

tório

CURSOSVentilação mecânica aplicada à prática anes-tésica – 27/03/2020

Curso teórico-prático, com duração de 4 ho-ras, visa aprofundar os conhecimentos sobre ventilação mecânica no contexto periopera-tório. Ele é essencial para a prática anestési-ca diária, pois abordará os principais modos ventilatórios, como identificar os distúrbios de ventilação-perfusão e como manejar pacien-tes especiais como os obesos, os com SARA, dentre outros. Haverá demonstração prática e discussão de casos clínicos.

Ultrassonografia módulo 1 – 27/03/2020

Curso teórico-prático, com duração de 4 horas, abordará a utilização da ultrassonografia nos principais bloqueios periféricos, abrangendo os nervos das paredes torácica e abdominal, bem como dos membros inferiores e superio-res. Além disso, tratará da aplicação desta fer-ramenta na avaliação e manejo da via aérea.

PBL – Problem Based Learning – 28/03/2020

Durante duas horas, os participantes terão oportunidade de conversar e trocar experiên-cias de forma próxima com pessoas referên-cias nacionais naqueles temas. Em mesas com 6-8 pessoas serão discutidos casos clínicos de forma detalhada e com embasamento científi-co das condutas.

Casos• Uso de ácido tranexâmico em cirurgias orto-

pédicas• Crianças com IVAS em cirurgia de urgência• Indução anestésica e cuidados em pacientes

obesos

• Manejo do sangramento em pacientes obs-tétricas

• Manejo do paciente com múltiplas alergias

Via aérea avançada – 28/03/2019

Curso teórico-prático, com duração de 4 ho-ras, complementará os conhecimentos do anestesiologista em relação ao diagnóstico e conduta frente a pacientes com via aérea di-fícil. As estações práticas possibilitarão trei-namento em videolaringoscopia, fibroscopia rígida e fibroscopia flexível com dispositivos de diversos modelos para maior familiariza-ção. Os participantes poderão ainda treinar a via aérea cirúrgica em modelo animal (tra-queias de porcos).

Monitorização hemodinâmica e da coagula-ção – 28/03/2019

Curso teórico-prático, com duração de 4 ho-ras, abordará conceitos relacionados à terapia guiada por metas e reposição volêmica em ci-rurgias de grande porte, além do diagnóstico e tratamento de coagulopatias no período pe-rioperatório. Terão também cenários práticos com uso de simulador e ROTEM.

Curso ETTI (Módulo I) – 28 e 29/03/2019

Pela primeira vez, o curso da SBA sobre Eco-cardiografia Transesofágica no intraoperatório acontecerá fora do Rio de Janeiro. Mesmos instrutores, mesma carga horária e mesma programação. Uma excelente oportunidade para aprender sobre esse tema que se faz cada vez mais importante no perioperatório.

Programação geralBases da ecocardiografia e anatomia cardíaca: correlação dos planos de imagem • Localização do probe e métodos de manipu-

lação da sonda do ecocardiograma transto-rácico (FATE) e da sonda do ecocardiograma transesofágico

• Imagens anatômicas e cálculos hemodinâmi-cos

• Wet Lab (modelo anatômico de coração por-cino)

• Carga horária: 19 horas

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

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SEGURANÇA

III SIPAT motiva colaboradores da COOPANEST-BA!

Pelo terceiro ano consecutivo, a COOPANEST-BA realiza o evento com palestras, exames, treinamen-tos, sorteios, além de outras ativi-dades motivacionais, a fim de criar uma consciência crítica e obser-vadora em todos os funcionários que compõem a cooperativa. Desta forma, os motiva ao conhecimento teórico e prático das ações neces-sárias para o resultado do cumpri-mento das normas, tornando o tra-balho um ambiente mais seguro, digno e em constante melhora.

A SIPAT tem como objetivo alertar os colaboradores para a prevenção de acidentes, saúde e segurança no local de trabalho, conforme a legislação da SIPAT prevista na Portaria nº 3.214, NR-

5, item 5.16 “Atribuições da CIPA – letra O: “promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Pre-venção de Acidentes do Trabalho – SIPAT”. O evento é realizado em conjunto com o Serviço Especiali-zado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).

A Comissão Interna de Pre-venção de Acidentes (CIPA) é responsável por identificar os possíveis riscos no ambiente de trabalho dos funcionários, e aler-tá-los sobre o cumprimento das normas presentes na legislação, além de realizar ações preven-tivas, como avaliações, verifica-ções e implementações de toda exigência legal. n

Com o tema “Funcionários Inteligentes Previnem Acidentes”, a terceira edição da Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho mobilizou os colaboradores da COOPANEST-BA durante toda a semana de 19 a 23/09, no auditório da instituição.

“ SIPAT foi um momento em que a COOPANEST-BA conseguiu inserir assuntos que vão além do tema tradicional. Acredito que a equipe de colaboradores absorveu e interagiu de forma construtiva com as discussões a respeito do impacto da tecnologia sobre a saúde mental dos usuários e sobre a importância da diversidade no ambiente de trabalho para alcançar melhores resultados e inovações”, salientou o gerente da COOPANEST-BA, Saulo Mendes.

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GESTÃO

Diretores e colaboradores da COOPANEST-BA participam do SIGA

Com uma abordagem agrega-dora, a 1a edição do Simpósio de Inovação e Gestão em Anestesio-logia (SIGA) reuniu em Salvador anestesiologistas de diversos es-tados brasileiros, em 24 de agos-to. A iniciativa abordou temas instigantes para a realidade mé-dica como o Cenário Econômico Atual e Perspectivas, Inovação e Adaptação às Mudanças do Mer-cado, Telemedicina e Anestesia, Compliance e Lei Geral de Prote-ção de Dados, Gestão da Qualida-de e Tecnologia como Ferramenta de Gestão. As palestras foram mi-nistradas por profissionais de re-conhecido valor em suas áreas de atuação. A plenária esteve cheia durante todo o dia.

Toda a diretoria da COOPA-NEST-BA esteve presente e reco-nheceu a importância do encon-tro. “Achei o evento excelente.

Dá protagonismo a um tema ex-tremamente importante que faz parte do nosso dia a dia, e que precisamos incorporar para so-breviver. Iniciativa pioneira da SBA. Espero, inclusive, que o pro-jeto seja reproduzido nos próxi-mos anos e gestões. É uma mu-dança no mindset”, ressalta Dr. Hugo Eckener.

Além da diretoria administra-tiva, vários colaboradores parti-ciparam atentamente. “O SIGA foi uma excelente oportunidade para colocar em discussão o ambien-te de negócio do setor de saúde no Brasil e sobretudo na Bahia. Entender a tendência do mercado e quais tecnologias dão suporte às tomadas de decisão são in-formações indispensáveis para a sustentabilidade dos agentes envolvidos. Por fim, a discussão sobre a importância do intelectu-

al público dentro do mundo cor-porativo, feita pelo filósofo Luís Felipe Pondé, abriu um espaço de reflexão sobre os impactos da an-siedade nas famílias e no traba-lho, além de embasar criticamen-te o efeito colateral do contexto e condutas politicamente corretas que as instituições e indivíduos alimentam na atualidade”, finali-za Saulo Mendes, gerente da CO-OPANEST-BA.

O SIGA é um projeto implan-tado pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia, desenvolvido pela diretoria gestão 2019, sob a coordenação do diretor secretá-rio-geral, Dr. Gualter Ramalho. O objetivo principal é incrementar o desenvolvimento da cultura de gestão e liderança entre os pro-

fissionais da anestesiologia. n

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