As Perspectivas do Sistema de Trens Urbanos de Maceió CBTU Maceió.
Ecologia e Epidemiologia da Leptospirose Urbana€¦ · Maceió, Brasil – 22 de Agosto, 2016...
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Ecologia e Epidemiologia da Leptospirose
Urbana
MEDTROP
Maceió, Brasil – 22 de Agosto, 2016
Federico Costa
Instituto de Saúde Coletiva, UFBA
Fundação Oswaldo Cruz, Ministério da Saúde, Salvador, Brasil
Yale School of Public Health, New Haven, US
University of Liverpool
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA
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Sumário
1. Estratégias de controle da leptospirose (Salvador)
3. Dinâmica das leptospiras no ambiente
2. Ecologia e dinâmica de Leptospira nos roedores
reservatórios
4. Dinâmica da transmissão na população humana
Leptospirose
• Espiroqueta 14 Leptospira spp.
>250 sorovars
• Zoonose Coloniza túbulos renais
Sobrevive no ambiente
Pele lesionada e mucosas
• OMS – BoD (Fiocruz) 1,000,000 casos anuais
60,000 mortes anuais
• Doença negligenciada Clima e desastres
Rural 3
Leptospirose urbana
• Padrão epidemiológico
Picos anuais estacionais
Mesmas comunidades
Único sorovar
Roedores (Rattus)
• ≈ pobreza e clima de outros
países em desenvolvimento.
Brasil >3,000 casos
• Sem medidas preventivas
efetivas
Lancet 1999;354:820; Am J Trop Med Hyg 2001;65:657; Am J Trop Med Hyg 2002;65:605;
Emerg Infect Dis 2008;14:505; PLoS Neglected Trop Dis 2008;2:e154 and e228
Month of Hospitalization
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)
No. cases
Monthly rainfall (mm)
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1. Estratégias de controle da leptospirose GT Leptospirose (Salvador, 2007) Pop. 2.6 milhões
Educação
Vigilância
Estratificação de risco
Controle de roedores
Vigilância e Estratificação de risco Vigilância hospitalar ativa e diagnostico laboratorial
Georreferenciamento dos domicílios dos pacientes
Identificação de 11 áreas de risco para leptospirose
Programa de Controle de Roedores
Metodologia para áreas carentes: Intervenção: química, educacional e ambiental.
Impacto na redução na infestação de roedores.
Impacto na saúde humana??
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Leptospirose urbana
? Efetividade
Ecologia
Dinâmica
? Dinâmica
? Infecção
Ecoepidemiologia da leptospirose urbana (2013-2016)
8
Dinâmica de populações
de roedores, infecção e
contaminação
Abundância de leptospira
no ambiente
Infecção humana
Métodos • Campanhas de amostragem
• Pau da lima
• 3 no período chuvoso e 3 seco: 2 anos
• 120 pontos captura, 440 pontos placas
• Avaliação ambiental
• >1000 R. norvegicus em 2 anos
• Analises
• Demografia dos roedores
• Prevalência/carga leptospiras em urina
• Necropsias: vias de transmissão
• Estudos genéticos avaliando migração
• Modelagem
• Demografia
• Excreção de leptospiras 9
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Resultados: Características demográficas
Demografia (n=793) Chuvoso (n=459) Seco (n=334)
Macho (%) 50.8 50.0
Atividade reprodutiva (%) 83.8 81.3
Fêmeas grávidas (%) 50.4 50.5
Taxa de filhotes por dia 0.26 0.28
Nº de ratos (CI) 63 (41-74) 69 (51-112)
Demografia (n=793) Vale 1 (n=151) Vale 2 (n=214) Vale 3 (n=428)
Nº de ratos (CI) 57 (39-74) 54 (37-71) 95 (69-122)
Porter et al (2015). J. of Mammalogy; Panti-May et al (2016) Plos ONE ; Ghizzi et al (in prep)
Sem variação estacional na demografia (mas variação geográfica)
Características demográficas específicas
Taxa de reprodução de 79 filhotes por dia (57% maior
comparada com populações de climas temperados)
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Portador de Leptospira (n=462)
Costa et al. PLOS NTD, 2015
100,000GEq/ml 10,000,000 Geq
Vale 1 Vale 2
80.1% (95% CI: 76.2‒83.6)
Fatores de risco (regressão log.)
Idade (dias) OR 1.023 (CI: 1.012-1.033)
Feridas OR 1.915 (CI: 1.268-2.892)
Média log Geq/ml= 5.2 (IQR 3.7-6.7)
Elevada correlação entre concentrações em rim e urina (r2=0.78)
Fatores de risco (regressão linear)
Estação de chuvas (vs seca)
Vale 1 (vs Vales 2-3)
Idade (dias)
Condição corporal
Excreção de Leptospira
Vias de transmissão de
Leptospira
Necropsias:
Rim
Urina
Orgãos reprodutores
Sémen
Leite e GM
Fetos e placentas
Métodos:
qPCR
IFA
IHC
MAT
Isolamento
12
Milk
Oliveira et al (2016) Epidemiol. Infect.
Gl. mamária
30%
Gl. mamária
Leite
Oliveira et al (2016) Epidemiol. Infect.
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Estimações da excreção de Leptospira
Vale Leptospiras no ambiente
1 2 x 105 (8 x 104, 7 x 105)
2 9 x 104 (4 x 104, 2 x 105)
3 6 x 104 (3 x 104, 1 x 105)
Melhorar o modelo SI para incorporar variação estacional na excreção de Leptospira
Avaliar se o modelo SI prediz o risco de transmissão por Leptospira em humanos Recrutamos e acompanhamos prospectivamente 2300 residentes da mesma
comunidade e nos mesmos períodos.
201 infecções por Leptospira
Modelo SI
Próximos passos
Dinâmica das leptospiras no ambiente
Contaminação ambiental:
Estudo Ecológico: Salvador
Período de chuvas: 3 estações Chuvoso (agosto): 6 dias
Intermediário (outubro): 3 dias
Seco (Janeiro): 3 dias
Macro-ambiente: 14 sítios Fundo (<38m): 8 sítios
Médio: (38-52m): 4 sítios
Alto (>52m): 2 sítios
Tipo de água: Esgoto e poça
Momento do dia: Manhã e tarde
Número de amostras: 672
Processamento Extração DNA (PowerSoil DNA Isolation kit)
qPCR (Lipl32)
Fig 2: Pau da Lima: vale 2
Fig 1: Chuva e leptospirose
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Características Total (nº) PCR positivo
(%)
Leptospira
Geq/ml
Mês (precipitação)
Julho (81 mm) 349 9 138
Outubro (230 mm) 149 18* 310*
Período
Manhã 259 17* 243*
Tarde 239 6 132
Tipo
Esgoto 260 18* 296*
Água Empoçada 238 6 194
Altitude
0-19m 275 13 246
20-40m 141 8 155
>40 82 15 186
* P<0.05; ** médias geométricas
Análises de qPCR das amostras de água de Pau da
Lima (n=592)
Infecção nas populações humanas
Estudo de coorte: Pau da Lima
Estudos prospectivos desde 2003 11,620 indivíduos (0.52km2)
Soroinqueritos anuais/estacionais (2,000)
Vigilância ativa de base hospitalar
Visitas domiciliares, entrevistas e SIG
Achados chaves Taxa de infecção de 4.3 % ano
↑ relação infecção:doença (114:1)
Transmissão domiciliar
Fontes de transmissão: esgotos/lama.
↓ renda associada a transmissão independentemente do ambiente
Sem estacionalidade na transmissão
Casos de leptospirose
(N=1,753), 1996-2006
Pau da Lima
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Felzemburgh et al. PLOS NTD, 2014; Hagan et al. PLOS NTD, 2016
Probabilidade espacial de infecção não varia
substancialmente de ano em ano
Conclusões
A demografia na população de roedores e a prevalência de portador nas nossas comunidades urbanas tem características especificas.
Esgotos/lama são reservatórios importantes e apresentando indícios de variação temporal significativa (porém sobrevida de leptospira é curta).
Necessidade de estudos integrativos incluindo a ecologia de roedores reservatórios, ambiente e transmissão humana.
Adicionalmente
Ratos de áreas urbanas são reservatorios de outras doenças – SEOV, Bartonella, helmintos, e outros.
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Agradecimentos
Fiocruz
Mitermayer Reis
Guilherme Ribeiro
Jose Hagan
Claudio Ferreira Pinto
Daiana Santos
Nivison Junior
Gielson Sacramento
Ticiana Carvalho
Jaqueline Cruz
Fabio Neves
Isabella Menezes
Arsinoe Pertile
Ramon Reinalde
Laiara Lopez
Yale University
Albert Ko
James Child
Gisella Caccone
Kate Hacker
Elsio Wunder
Zoonosis Control Center
Maria GM Rodrigues
Helena MC de Farias
Isabel Guimarães
Liverpool University
Peter Diggle
Michael Begon
Amanda Minter
Fouding
CAPES (BR)
Ministry of Health (BR)
National Institutes of Health (US)
Global Health Equality Scholarship
Program
Obrigado !!