Catalogo de transformadores Estudiante: Andy Vargas Castillo Sección: 5-11.
DT 11 Transformadores
-
Upload
carlosmarciosfreitas -
Category
Documents
-
view
110 -
download
12
Transcript of DT 11 Transformadores
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
1/217
DT-11
CARACTERSTICAS E
ESPECIFICAES DE
TRANSFORMADORES DE
DISTRIBUIO E FORA
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
2/217
Informaes Tcnicas DT -11
1
Fornecimento Cia. Mineradora Zaldivar ChileTransformador 40/50/60 MVA Classe 242 kV
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
3/217
Informaes Tcnicas DT -11
2
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
4/217
Informaes Tcnicas DT -11
3
PREFCIO
O curso em questo refere-se a transformadores trifsicos, imersos em lquido
isolante, previstos para instalao interna ou externa, com classes de tenso at245kV, em freqncia de 60Hz ou 50Hz. Tambm so abordados aspectos
especficos relacionados a transformadores a seco, encapsulados em resina epxi,
classe de tenso at 24,2kV.
Este trabalho destina-se a dar subsdios e esclarecimentos necessrios para uma
boa especificao de transformadores. Alis, uma correta seleo implica
diretamente na reduo do custo do equipamento e nos prazos de recebimento e
instalao.
Os transformadores WEG so projetados e construdos segundo normas da
Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), em suas ltimas edies, assim
como normas internacionais, sempre que especificado.
Recomendamos, para aqueles que desejarem se aprofundar no estudo de
transformadores, que tenham a disposio as seguintes normas:
- NBR 5356 - Transformador de Potncia: Especificao
- NBR 5440 - Transformadores para Redes Areas de Distribuio: Padronizao
- NBR 5380 - Transformador de Potncia: Mtodo de Ensaio
- NBR 5416 - Aplicao de Cargas em Transformadores de Potncia: Procedimento
- NBR 5458 - Transformador de Potncia: Terminologia
- NBR 10295 - Transformadores de Potncia Secos
- IEC 76 Transformador de Puissance
muito importante, tambm, que o interessado tenha em mos as publicaes
especficas para transformadores, emitidas pela concessionria de energia da regio
onde ser instalado o equipamento.
WEG INDSTRIAS S.A. - Transformadores
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
5/217
Informaes Tcnicas DT -11
4
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
6/217
Informaes Tcnicas DT -11
5
NDICE
HISTRICO ..............................................................................................................13
1. NOES FUNDAMENTAIS ................................................................................15
1.1. TRANSFORMADORES E SUAS APLICAES............................................... 15
1.2. TIPOS DE TRANSFORMADORES...................................................................17
1.2.1. Diviso dos Transformadores quanto Finalidade ........................................ 17
1.2.2. Diviso dos Transformadores quanto aos Enrolamentos ...............................17
1.2.3. Diviso dos Transformadores quanto aos Tipos Construtivos ....................... 17
1.3. COMO FUNCIONA O TRANSFORMADOR...................................................... 18
1.4. SISTEMAS ELTRICOS................................................................................... 21
1.4.1. Sistemas de Corrente Alternada Monofsica.................................................21
1.4.1.1. Generalidades..............................................................................................21
1.4.1.2. Tipos de ligao...........................................................................................21
1.4.2. Sistemas de Corrente Alternada Trifsica ......................................................22
1.4.2.1. Tipos de ligao...........................................................................................23
1.4.2.2. Autotransformador........................................................................................29
1.5.1. Potncia Ativa ou til ..................................................................................... 30
1.5.2. Potncia Reativa ............................................................................................311.5.3. Potncia Aparente..........................................................................................31
2. DEFINIES IMPORTANTES E NORMALIZAO...........................................35
2.1. POTNCIA NOMINAL.......................................................................................35
2.1.1. Transformadores Trifsicos............................................................................35
2.1.2. Transformadores Monofsicos .......................................................................35
2.1.3. Potncias Nominais Normalizadas.................................................................35
2.2. TENSES ......................................................................................................... 36
2.2.1. Definies.......................................................................................................36
2.2.2. Escolha da Tenso Nominal...........................................................................37
2.2.2.1. Transformadores de distribuio .................................................................37
2.2.2.2. Transformador de distribuio a ser instalado no domnio de uma
concessionria............................................................................................39
2.2.2.3. Transformador para uso industrial............................................................... 39
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
7/217
Informaes Tcnicas DT -11
6
2.3. DERIVAES...................................................................................................40
2.3.1. Definies.......................................................................................................41
2.4. CORRENTES....................................................................................................43
2.4.1. Corrente Nominal ........................................................................................... 432.4.2. Corrente de Excitao.................................................................................... 43
2.4.3. Corrente de Curto-Circuito .............................................................................44
2.4.3.1. Corrente de curto-circuito permanente.........................................................44
2.4.3.2. Corrente de curto-circuito de pico................................................................45
2.4.4. Corrente de Partida ou Inrush ........................................................................45
2.5. FREQNCIA NOMINAL..................................................................................46
2.6. NVEL DE ISOLAMENTO.................................................................................. 46
2.7. DESLOCAMENTO ANGULAR..........................................................................472.8. IDENTIFICAO DOS TERMINAIS.................................................................. 51
3. CARACTERSTICAS DE DESEMPENHO...........................................................55
3.1. PERDAS............................................................................................................55
3.1.1. Perdas no Material dos Enrolamentos (Perdas em Carga ou no Cobre)........55
3.1.2. Perdas no Ferro do Ncleo Magntico (Perdas em Vazio) ............................ 55
3.2. RENDIMENTO ................................ ..................................................................59
3.3. REGULAO....................................................................................................60
3.4. CAPACIDADE DE SOBRECARGA...................................................................61
4. CARACTERSTICAS DA INSTALAO.............................................................68
4.1. OPERAO EM CONDIES NORMAIS E ESPECIAIS DE
FUNCIONAMENTO. ......................................................................................... 68
4.2. CONDIES NORMAIS DE TRANSPORTE E INSTALAO.........................69
4.3. OPERAO EM PARALELO............................................................................71
4.3.1. Diagramas Vetoriais com mesmo Deslocamento Angular.............................. 71
4.3.2. Relaes de Transformao Idnticas inclusive Derivaes.......................... 714.3.3. Impedncia.....................................................................................................72
4.4. OPERAO EM PARALELO............................................................................75
5. SELEO DOS TRANSFORMADORES ............................................................77
5.1. DETERMINAO DA POTNCIA DO TRANSFORMADOR ............................ 77
5.2. FATOR DE DEMANDA (D) ...............................................................................77
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
8/217
Informaes Tcnicas DT -11
7
5.2.1. Determinao da Demanda Mxima de um Grupo de Motores ..................... 78
5.2.2. Determinao da Demanda Mxima da Instalao........................................ 81
5.3. CONSIDERAES SOBRE O USO DAS TABELAS........................................ 81
5.4. CRITRIOS DE ESCOLHA DOS TRANSFORMADORES COM BASE NOVALOR OBTIDO NA DEMANDA ...................................................................... 82
5.4.1. Eventuais Aumentos da Potncia Instalada ...................................................88
5.4.2. Convenincia da Subdiviso em mais Unidades............................................88
5.4.3. Potncia Nominal Normalizada ...................................................................... 89
5.5. DADOS NECESSRIOS PARA IDENTIFICAO DO TRANSFORMADOR ...90
6. CARACTERSTICAS CONSTRUTIVAS..............................................................91
6.1. PARTE ATIVA...................................................................................................91
6.1.1. Ncleo ............................................................................................................ 93
6.1.2. Enrolamento ...................................................................................................94
6.1.3. Dispositivos de Prensagem, Calos e Isolamento.......................................... 97
6.1.4. Comutador de Derivaes..............................................................................97
6.1.4.1. Tipo painel....................................................................................................97
6.1.4.2. Comutador acionado vazio........................................................................98
6.1.4.3. Comutador sob carga..................................................................................100
6.2. BUCHAS ......................................................................................................... 102
6.3. TANQUE ......................................................................................................... 106
6.3.1. Selados ........................................................................................................ 107
6.3.2. Com Conservador de leo...........................................................................108
6.3.3. Transformadores Flangeados ...................................................................... 108
6.4. RADIADORES.................................................................................................109
6.5. TRATAMENTO SUPERFICIAL E PINTURA ...................................................110
6.6. LQUIDO DE ISOLAO E REFRIGERAO................................................ 110
6.7. PLACAS DE IDENTIFICAO E DIAGRAMTICA........................................ 114
6.8. ACESSRIOS.................................................................................................118
6.8.1. Indicador de Nvel do leo...........................................................................120
6.8.2. Termmetros ................................ ................................................................ 120
6.8.3. Termmetro do Enrolamento com Imagem Trmica .................................... 122
6.8.4. Controladores Microprocessados de Temperatura.......................................124
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
9/217
Informaes Tcnicas DT -11
8
6.8.5. Vlvula de Alvio de Presso (VAP) ............................................................. 125
6.8.6. Rel Detetor de Gs Tipo Buchholz ............................................................. 126
6.8.7. Secador de Ar de Slica Gel .........................................................................127
6.8.8. Rel de Presso Sbita................................................................................1296.8.9. Tubo de Exploso.........................................................................................130
6.8.10. Manmetro e Vacumetro..........................................................................130
6.8.11. Rel de Tenso.......................................................................................... 131
6.8.12. Paralelismo de Transformadores com Comutadores em Carga................. 131
6.8.13. Sistema de Ventilao Forada................................................................ ..131
6.8.14. Sistema de leo Forado...........................................................................132
6.8.14.1. Sistema OFWF........................................................................................ 133
6.8.14.2. Sistema OFAF com trocador de calor leo-ar (aerotermo)...................... 1346.8.14.3. Sistema ONAN/OFAN/ONAF/OFAF........................................................134
7. TRANSFORMADORES A SECO................................ .......................................136
7.1. HISTRIA DO TRANSFORMADOR ...............................................................136
7.1.1. Retrospecto .................................................................................................. 136
7.1.2. A Situao Hoje............................................................................................139
7.2. TRANSFORMADORES ENCAPSULADOS WEG ...........................................139
7.3. CARACTERSTICAS CONSTRUTIVAS ..........................................................140
7.3.1. Ncleo e Ferragens...................................................................................... 140
7.3.2. Bobinas de Baixa Tenso............................................................................. 140
7.3.3. Bobinas de Alta Tenso ............................................................................... 141
7.3.4. Acessrios....................................................................................................143
7.3.4.1. Comutador de tenso sem carga .............................................................. 143
7.3.4.2. Sistema de monitoramento trmico........................................................... 144
7.3.4.3. Sistema de ventilao forada................................................................... 1447.3.4.4. Cubculo de proteo ................................................................................ 145
7.4. GARANTIA DE QUALIDADE E TESTES ........................................................147
7.5. VANTAGENS ..................................................................................................149
7.5.1. Isentos de Manuteno ................................................................................ 149
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
10/217
Informaes Tcnicas DT -11
9
7.5.2. Fcil Instalao.............................................................................................149
7.5.2.1 Ambiente de instalao .............................................................................. 150
7.5.3. Baixssimos Nveis de Descargas Parciais...................................................153
7.5.4. Alta Suportabilidade a Sobretenses ........................................................... 1547.5.5. Alta Capacidade de Sobrecarga................................................................... 154
7.5.6. Insensveis ao Meio...................................................................................... 155
7.5.7. Alto Extinguvel.............................................................................................157
7.5.8. Resistente a Curto-Circuito ..........................................................................159
7.5.9. Baixo Nvel de Rudo................................ ....................................................160
7.5.10. Assistncia Tcnica WEG ..........................................................................160
7.5.11. Compatveis com o Meio Ambiente............................................................ 161
7.6. APLICAES .................................................................................................161
7.7. ESPECIFICAES .........................................................................................162
7.7.1 Normas..........................................................................................................163
7.7.2. Potncias......................................................................................................163
7.7.3. Classes de Tenso.......................................................................................163
7.7.4. Tenso Nominais e Derivaes.................................................................... 164
7.7.5. Freqncia e Ligaes ................................................................................. 164
7.7.6. Temperaturas ...............................................................................................1647.7.7. Perdas, Corrente de Excitao e Impedncia ................................ .............. 165
7.7.8. Dimenses ................................................................................................... 165
7.8. NORMA BRASILEIRA PARA ESPECIFICAO DE SECOS .........................166
8. ENSAIOS ........................................................................................................175
8.1. ENSAIOS DE ROTINA.................................................................................... 175
8.1.1. Relao de Tenses..................................................................................... 176
8.1.2. Polaridade .................................................................................................... 1778.1.3. Deslocamento Angular e Sequncia de Fases ............................................. 177
8.1.4. Resistncia do Isolamento ...........................................................................178
8.1.5. Resistncia Eltrica dos Enrolamentos ........................................................ 181
8.1.6 Tenso aplicada ............................................................................................181
8.1.7. Tenso induzida ............................................................................................184
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
11/217
Informaes Tcnicas DT -11
10
8.1.8. Perdas em Vazio e Corrente de Excitao....................................................184
8.1.9 Perdas em Carga .......................................................................................... 185
8.2. ENSAIOS DE TIPO E ESPECIAIS.................................................................186
8.2.1 Descargas Parciais........................................................................................1868.2.2 Ensaio de Fator de Potncia do Isolamento.................................................. 187
8.2.3 Impulso Atmosfrico......................................................................................187
8.2.4 Elevao de Temperatura .............................................................................188
8.3 ENSAIO EM OLEO ISOLANTE...................................................................... 189
8.3.1 Tipo de Oleo Mineral Isolante.........................................................................190
8.3.2 Caractersticas do Oleo..................................................................................191
8.3.3 Ensaios Fsico-Qumicos realizados na WEG................................................192
9. INSTALAO E MANUTENO................................ ....................................... 1949.1. TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIO ..................................................194
9.1.1. Recebimento ................................ ................................................................ 194
9.1.2. Manuseio......................................................................................................194
9.1.3. Armazenagem ..............................................................................................195
9.1.4. Instalao..................................................................................................... 195
9.1.5. Manuteno..................................................................................................196
9.1.6. Inspeo Peridica.......................................................................................196
9.1.7. Reviso Completa ........................................................................................ 1979.2. TRANSFORMADORES DE POTNCIA (FORA).......................................... 197
9.2.1. Recebimento ................................ ................................................................ 197
9.2.2. Descarregamento e Manuseio ..................................................................... 198
9.2.3. Verificaes e Ensaios de Recebimento ...................................................... 198
9.2.4. Armazenamento ........................................................................................... 198
9.2.5. Instalao..................................................................................................... 199
9.2.6. Montagem do Transformador ................................ ....................................... 199
9.2.7. Cuidados Recomendados durante e aps a Montagem............................... 200
9.3. ENSAIOS ........................................................................................................ 201
9.4. ENERGIZAO ..............................................................................................201
9.5. MANUTENO...............................................................................................202
ANEXO I..................................................................................................................206
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
12/217
Informaes Tcnicas DT -11
11
FOLHA DE DADOS:TRANSFORMADOR DE DISTRIBUIO.............................206
ANEXO II.................................................................................................................209
FOLHA DE DADOS:TRANSFORMADOR DE FORA..........................................209
ANEXO III................................................................................................................213
FOLHA DE DADOS: TRANSFORMADOR A SECO................................ ..............213
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
13/217
Informaes Tcnicas DT -11
12
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
14/217
Informaes Tcnicas DT -11
13
HISTRICO
A inveno do transformador de potncia, que remonta o fim do sculo dezenove,
tornou-se possvel o desenvolvimento do moderno sistema de alimentao emcorrente alternada, com subestaes de potncia freqentemente localizadas a
muitos quilmetros dos centros de consumo (carga). Antes disto, nos primrdios do
suprimento de eletricidade pblica, estes eram sistemas de corrente contnua, com a
fonte de gerao, por necessidade, localizados prximo do local de consumo.
Indstrias pioneiras no fornecimento de eletricidade foram rpidas em reconhecer os
benefcios de uma ferramenta a qual poderia dispor alta corrente, normalmente
obtida a baixa tenso de sada de um gerador eltrico, e transform-lo para umdeterminado nvel de tenso possvel de transmiti-la em condutores de dimenses
prticos a consumidores que, naquele tempo, poderiam estar afastados a um
quilmetro ou mais e poderiam fazer isto com uma eficincia e que, para os padres
da poca, era nada menos que fenomenal.
Atualmente, sistemas de transmisso e distribuio de energia so, claro,
vastamentemais extensos e totalmente dependentes de transformadores os quais,
por si s, so muito mais eficientes que aqueles de um sculo atrs; dos enormestransformadores elevadores, transformando, por exemplo, 23,5kV (19.000A) em
400kV, assim reduzindo a corrente a valores prticos de transmisso de 1.200A, ou
ento, aos milhares de pequenos transformadores de distribuio, as quais operam
quase continuamente, dia-a-dia, com menor ou maior grau de importncia, provendo
suprimento para consumidores industriais ou domsticos.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
15/217
Informaes Tcnicas DT -11
14
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
16/217
Informaes Tcnicas DT -11
15
1. NOES FUNDAMENTAIS
1.1. TRANSFORMADORES E SUAS APLICAES
A energia eltrica, at chegar ao ponto de consumo, passa pelas seguintes etapas:
a) gerao: onde a fora hidrulica dos rios ou a fora do vapor
superaquecido convertida em energia nos chamados geradores;
b) transmisso: os pontos de gerao normalmente encontram-se longe dos
centros de consumo; torna-se necessrio elevar a tenso no ponto de
gerao, para que os condutores possam ser de seo reduzida, porfatores econmicos e mecnicos, e diminuir a tenso prxima do centro
de consumo, por motivos de segurana; o transporte de energia feito em
linhas de transmisso, que atingem at centenas de milhares de volts e
que percorrem milhares de quilmetros;
c) distribuio: como dissemos acima, a tenso diminuda prximo ao
ponto de consumo, por motivos de segurana; porm, o nvel de tenso
desta primeira transformao no , ainda, o de utilizao, uma vez que mais econmico distribu-la em mdia tenso; ento, junto ao ponto de
consumo, realizada uma segunda transformao, a um nvel compatvel
com o sistema final de consumo (baixa tenso).
A seguir, apresentamos, esquematicamente, um sistema de potncia, incluindo
gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
17/217
Informaes Tcnicas DT -11
16
FIGURA 1.1
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
18/217
Informaes Tcnicas DT -11
17
1.2. TIPOS DE TRANSFORMADORES
Sendo um equipamento que transfere energia de um circuito eltrico a outro, o
transformador toma parte nos sistemas de potncia para ajustar a tenso de sadade um estgio do sistema tenso da entrada do seguinte. O transformador, nos
sistemas eltricos e eletromecnicos, poder assumir outras funes tais como
isolar eletricamente os circuitos entre si, ajustar a impedncia do estgio seguinte
a do anterior, ou, simplesmente, todas estas finalidades citadas.
A transformao da tenso (e da corrente) obtida graas a um fenmeno chamado
induo eletromagntica, o qual ser detalhado mais adiante.
1.2.1. Diviso dos Transformadores quanto Finalidade
a) Transformadores de corrente
b) Transformadores de potencial
c) Transformadores de distribuio
d) Transformadores de fora
1.2.2. Diviso dos Transformadores quanto aos Enrolamentos
a) Transformadores de dois ou mais enrolamentos
b) Autotransformadores
1.2.3. Diviso dos Transformadores quanto aos Tipos Construtivos
a) Quanto ao material do ncleo:
- com ncleo ferromagntico;
- com ncleo de ar.
b) Quanto a forma do ncleo:
- Shell;
- Core:
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
19/217
Informaes Tcnicas DT -11
18
Enrolado: o mais utilizado no mundo na fabricao de
transformadores de pequeno porte (distribuio), alguns fabricantes
chegam a fazer transformadores at de meia-fora (10MVA):
Envolvido;Envolvente.
Empilhado:
Envolvido;
Envolvente.
c) Quanto ao nmero de fases:
- monofsico;
- polifsico (principalmente o trifsico).
d) Quanto maneira de dissipao de calor:
- parte ativa imersa em lquido isolante (transformador imerso);
- parte ativa envolta pelo ar ambiente (transformador a seco).
(a) Tipo Shell (b) Tipo Core Envolvido (c) Tipo Core: Cinco
Colunas Envolvente
FIGURA 1.2
1.3. COMO FUNCIONA O TRANSFORMADOR
O fenmeno da transformao baseada no efeito da induo mtua. Veja a Figura
1.3, onde temos um ncleo constitudo de lminas de ao prensadas e onde foram
construdos dois enrolamentos.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
20/217
Informaes Tcnicas DT -11
19
FIGURA 1.3
onde:
U1= tenso aplicada na entrada (primria)
N1= nmero de espiras do primrio
N2= nmero de espiras do secundrio
U2= tenso de sada (secundrio)
Se aplicarmos uma tenso U1alternada ao primrio, circular por este enrolamento
uma corrente I1alternada que por sua vez dar condies ao surgimento de um fluxo
magntico tambm alternado.
A maior parte deste fluxo ficar confinado ao ncleo, uma vez que este o ca minho
de menor relutncia. Este fluxo originar uma fora eletromotriz (f.e.m.) E1 no
primrio e E2 no secundrio, proporcionais ao nmero de espiras dos respectivos
enrolamentos, segundo a relao:
aN
N
E
E==
2
1
2
1
onde:
a= razo de transformao ou relao entre espiras.
As tenses de entrada e sada U1e U2diferem muito pouco das f.e.m. induzidas E1e
E2e para fins prticos podemos considerar:
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
21/217
Informaes Tcnicas DT -11
20
aN
N
U
U==
2
1
2
1
Podemos tambm provar que as correntes obedecem seguinte relao:
aN
N
I
I
ou
NINI
==
=
2
1
1
2
2211
onde:
l1= corrente no primrio
l2= corrente no secundrio
Quando a tenso do primrio U1 superior a do secundrio U 2, temos um
transformador abaixador (step down). Caso contrrio, teremos um transformador
elevador de tenso (step up).
Para o transformador abaixador, a> 1 e para o elevador de tenso, a< 1.
Cabe ainda fazer notar que sendo o fluxo magntico proveniente de corrente
alternada, este tambm ser alternado, tornando-se um fenmeno reversvel, ou
seja, podemos aplicar uma tenso em qualquer dos enrolamento que teremos a
f.e.m. no outro.
Baseando-se neste princpio, qualquer dos enrolamentos poder ser o primrio ousecundrio. Chama-se de primrio o enrolamento que recebe a energia e secundrio
o enrolamento que alimenta a carga.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
22/217
Informaes Tcnicas DT -11
21
1.4. SISTEMAS ELTRICOS
Faremos uma rpida reviso de conceitos e frmulas de clculo, envolvidos nos
sistemas eltricos com o objetivo de reativar a memria e retirar da extensa teoriaaquilo que realmente interessa para a compreenso do funcionamento e para o
dimensionamento do transformador.
1.4.1. Sistemas de Corrente Alternada Monofsica
1.4.1.1. Generalidades
A corrente alternada se caracteriza pelo fato de que a tenso, em vez depermanecer fixa, como entre os plos de uma bateria, varia senoidalmente com o
tempo, mudando de sentido alternadamente, donde o seu nome. O nmero de vezes
por segundo que a tenso muda de sentido e volta condio inicial a freqncia
do sistema, expressa em ciclos por segundo ou hertz, simbolizada por Hz.
No sistema monofsico, uma tenso alternada U (Volt) gerada e aplicada entre
dois fios, aos quais se liga a carga, que absorve uma corrente I (Ampre), conforme
Figura 1.4.
FIGURA 1.4
1.4.1.2. Tipos de ligao
Se ligarmos duas cargas iguais a um sistema monofsico, esta ligao poder ser
feita de dois modos:
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
23/217
Informaes Tcnicas DT -11
22
- ligao em srie (Figura 1.5): na qual duas cargas so atravessadas pela
corrente total ou de circuito; neste caso, a tenso em cada carga ser a
metade da tenso do circuito;
- ligao em paralelo (Figura 1.6): na qual aplicada as duas cargas, a
tenso do circuito; neste caso, a corrente em cada carga ser a metade da
corrente total do circuito.
FIGURA 1.5
FIGURA 1.6
1.4.2. Sistemas de Corrente Alternada Trifsica
O sistema trifsico formado pela associao de trs sistemas monofsicos de
tenses, U1, U2e U3 tais que a defasagem entre elas seja 120 e os atrasos de U2
e U1 em relao a U3sejam iguais a 120, considerando um ciclo completo 360.
(Figura 1.4)
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
24/217
Informaes Tcnicas DT -11
23
Ligando entre si os trs sistemas monofsicos e eliminando os fios desnecessrios,
teremos um sistema trifsico de tenses defasadas de 120 e aplicadas entre os trs
fios do sistema.
FIGURA 1.7
1.4.2.1. Tipos de ligao
a) Ligao tringulo
Chamamos tenses e correntes de fase as tenses e correntes de cada um dostrs sistemas monofsicos considerados, indicados por Ufe If.
Se ligarmos os trs sistemas monofsicos entre si, como indica a Figura 1.8,
podemos eliminar trs fios, deixando apenas um em cada ponto de ligao, e o
sistema trifsico ficar reduzido a trs fios U, V e W.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
25/217
Informaes Tcnicas DT -11
24
FIGURA 1.8
A tenso em qualquer destes trs fios chama-se tenso de linha, UL, que a
tenso nominal do sistema trifsico. A corrente em qualquer um dos fios chama-secorrente de linha, IL.
Examinando o esquema da Figura 1.9, v-se que:
- a carga aplicada a tenso de linha ULque a prpria tenso do sistema
monofsico componente, ou seja, UL= Uf;
- a corrente em cada fio de linha, ou corrente de linha IL a soma das
correntes das duas fases ligadas a este fio, ou seja, I = If1+ If2.
FIGURA 1.9
Como as correntes esto defasadas entre si, a soma dever ser feita graficamente,
como mostra a Figura 1.10. Pode-se verificar que: ffL III == 732,13
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
26/217
Informaes Tcnicas DT -11
25
FIGURA 1.10
Exemplo: Em um sistema trifsico equilibrado de tenso nominal 220V, a corrente
de linha medida de 10A. Ligando a este sistema uma carga trifsica composta de
trs cargas iguais ligadas em tringulo, qual a tenso e a corrente ligada em cada
uma das cargas?
Temos:
VUU Lf 220== , em cada uma das fases
AIIIILffL
77,510577,0577,0732,1 ==== , em cada uma das cargas
b) Ligao estrela
Ligando um dos fios de cada sistema monofsico a um ponto comum aos trs
restantes, forma-se um sistema trifsico em estrela (Figura 1.11). s vezes o
sistema trifsico em estrela a quatro fios ou com neutro.
O quarto fio ligado ao ponto comum s trs fases. A tenso de linha, ou a tenso
nominal do sistema trifsico, e a corrente de linha so definidas do mesmo modo
que na ligao tringulo.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
27/217
Informaes Tcnicas DT -11
26
U V W
I1 I2 I3
U f1 U f2 U f3
I f1 If3I f2
FIGURA 1.11
Examinando o esquema da Figura 1.12 v-se que:
- a corrente em cada fio da linha, ou corrente da linha IL= I f;
- a tenso entre dois fios quaisquer do sistema trifsico a soma grfica
(Figura 1.13) das tenses de duas fases as quais esto ligados os fios
considerados, ou seja: ffL UUU == 732,13 .
FIGURA 1.12
FIGURA 1.13
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
28/217
Informaes Tcnicas DT -11
27
Exemplo: Em uma carga trifsica composta de trs cargas iguais, cada carga feita
para ser ligada a uma tenso de 220V, absorvendo 5,77A. Qual a tenso nominal do
sistema trifsico que alimenta esta carga em suas condies normais (220V e 5,77A)
e qual a corrente de linha?
Temos:
VUf 200= , em cada uma das cargas
VUL
380220732,1 ==
AII fL 77,5==
c) Ligao zig-zag
Este tipo de ligao prefervel onde existem desequilbrios acentuados de carga.
Cada fase do secundrio, compe-se de duas bobinas dispostas cada uma sobre
colunas diferentes, ligadas em srie, assim a corrente de cada fase do secundrio
afeta sempre por igual as duas fases do primrio.
Na Figura 1.14 temos um diagrama mostrando as ligaes e os sentidos dascorrentes em cada enrolamento. Na Figura 1.15 temos o diagrama fasorial da
ligao zig-zag.
FIGURA 1.14
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
29/217
Informaes Tcnicas DT -11
28
FIGURA 1.15
O transformador torna-se mais caro, principalmente pelo aumento de 15,5% no
volume de cobre e pela complexidade de sua montagem.
Alm de atenuar a 3 harmnica, oferece a possibilidade de 3 tenses: 220/127V,
380/220V e 440/254V.
Supondo tenses de linha para V1= 220/127V. (Figura 1.16)
FIGURA 1.16
ooZZ VVV 060 11 += onde oVV 012 =
017,12760017,127 += oZZV
110527,190 jVZZ +=
o
ZZV 30220= (tenso de fase)
VV LZZ 3803220)( ==
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
30/217
Informaes Tcnicas DT -11
29
Desta maneira com dois enrolamentos em ligao zig-zag, conseguimos 380/220V.
Para obtermos 220/127V ligamos em paralelo as duas bobinas de uma mesma
coluna e para 440/254V ligamos as bobinas em srie.
1.4.2.2. Autotransformador
Possui estrutura magntica semelhante aos transformadores normais, diferenciando-
se apenas na parte eltrica, isto , os enrolamentos do primrio e secundrio
possuem um certo nmero de espiras em comum, Figura 1.17.
FIGURA 1.17
11
V
PI =
22
V
PI =
12 III =
A relao entre a tenso superior e a tenso inferior no deve ser superior a 3.
reversvel, pode ser abaixador ou elevador. No possui comutador. Quando tiver
vrias tenses, dotado de painel de religao ou as diversas sadas podem ser
conectadas diretamente nas buchas.
O autotransformador trifsico realizado com agrupamento das fases em estrela.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
31/217
Informaes Tcnicas DT -11
30
Vantagens: - deslocamento angular entre AT e BT sempre nulo;
- possibilidade de ligao do centro terra, a fim de eliminar o perigo de
sobretenses com respeito terra linha BT.
1.5. POTNCIAS
Em um sistema eltrico, temos trs tipos de potncias: potncia aparente, ativa e
reativa.
Estas potncias esto intimamente ligadas de tal forma que constituem um tringulo,
o chamado tringulo das potncias. (Figura 1.18)
FIGURA 1.18
onde:
S = potncia aparente, expressa em VA (Volts-Ampre)
P = potncia ativa ou til, expressa em W (Watt)
Q = potncia reativa, expressa em VAr (Volt Ampre reativa)
= ngulo que determina o fator de potncia.
1.5.1. Potncia Ativa ou til
a componente da potncia aparente (S) que realmente utilizada em um
equipamento na converso da energia eltrica em outra forma de energia.
Em um sistema monofsico:
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
32/217
Informaes Tcnicas DT -11
31
IUP cos= [W]
Em um sistema trifsico:
IUP ff cos3 = [W]
ou
IUP LL cos3 = [W]
1.5.2. Potncia Reativa
a componente da potncia aparente (Q) que no contribui na converso de
energia.
Em um sistema monofsico:
IUQ sen= [VAr]
Em um sistema trifsico:
IUQ ff sen3 = [VAr]
ou
IUQ LL sen3 = [VAr]
1.5.3. Potncia Aparente
a soma vetorial da potncia til e a reativa. uma grandeza que, para ser
definida, precisa de mdulo e ngulo, caractersticas do vetor.
Mdulo: 22 QPS +=
ngulo:
=P
Qarctg
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
33/217
Informaes Tcnicas DT -11
32
Aqui podemos notar a importncia do fator de potncia. definido como:
S
Pfp == cos
Um transformador dimensionado pela potncia aparente (S) e por a se nota a
importncia da manuteno de um fator de potncia elevado numa instalao. O
baixo fator de potncia causa srios problemas s instalaes eltricas, entre as
quais podem ser destacados: sobrecargas nos cabos e transformadores,
crescimento da queda de tenso, reduo do nvel de iluminncia, aumento das
perdas no sistema de alimentao.
Alm disto, as concessionrias de energia cobram pesadas multas sobre a tarifa de
energia para aqueles que apresentarem fator de potncia inferior a 0,92.
Em um sistema monofsico:
IUS = [VA]
Em um sistema trifsico:
ff IUS = 3 [VA]
ou
LL IUS = 3 [VA]
Outras relaes importantes:
PS
cos= [VA]
QS
sen= [VA]
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
34/217
Informaes Tcnicas DT -11
33
A seguir, introduzimos uma tabela prtica para determinao dos valores de tenso,
corrente, potncia e fator de potncia de transformadores em funo do tipo de
ligao. (Tabela 1.1)
TABELA 1.1Determinao Estrela Tringulo Zig-Zag
Tenso de Linha UL UL UL
Tenso no
Enrolamento 3LU UL
3LU
Corrente de Linha IL IL IL
Corrente de
EnrolamentoIL
3LI IL
Ligaes dos
Enrolamentos
Esquemas
Potncia Aparente kVALLff IUIUS == 33
Potncia Ativa kW IUIUPLLff
cos3cos3 ==
Potncia Reativa kVAr IUIUQLLff
sen3sen3 ==
Potncia Absorvida
da Rede PrimriaKVA
kVASP
=
Fator de Potncia do
Primrio ( ) ru ee = 100coscos 21 (*)
Fator de Potncia do
SecundrioDo projeto de instalao (cos2)
(*) ey = Tenso de curto-circuito
er = componente da tenso de curto -circuito
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
35/217
Informaes Tcnicas DT -11
34
Exemplo: Clculo da potncia aparente requerida por dois equipamentos com fator
de potncia (cos)
APARELHO 1 APARELHO 2
S
P
WP
=
==
cos
5,0cos
1000
S
P
WP
=
==
cos
92,0cos
1000
APARELHO 1 : VAS 20005,0
1000==
APARELHO 2 : VAS 108792,0
1000==
CONCLUSO:
Verificamos que o equipamento 2 que possui o maior fator de potncia requer
apenas 1087 VA, enquanto que o equipamento 1 requer 2000 VA de potncia
aparente.
Um transformador dimensionado pela potncia aparente (S), e por a nota-se a
importncia da manuteno de um fator de potncia elevado em uma instalao.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
36/217
Informaes Tcnicas DT -11
35
2. DEFINIES IMPORTANTES E NORMALIZAO
2.1. POTNCIA NOMINAL
Entende-se por potncia nominal de um transformador, o valor convencional de
potncia aparente. Serve de base ao projeto, aos ensaios e s garantias do
fabricante e determina o valor da corrente nominal que circula, sob tenso nominal,
nas condies especificadas na respectiva norma.
2.1.1. Transformadores Trifsicos
A potncia nominal de um transformador trifsico a potncia aparente definida pelaexpresso:
Potncia nominal =1000
3 nn
IU [kVA]
2.1.2. Transformadores Monofsicos
A potncia nominal de um transformador monofsico a potncia aparente definidapela expresso:
Potncia nominal =1000
nn IU [kVA]
2.1.3. Potncias Nominais Normalizadas
As potncias nominais em kVA, normalizadas pela ABNT (NBR 5440), dostransformadores de distribuio para instalao em postes e plataformas, so as
seguintes:
a) transformadores monofsicos para instalao em postes: 5, 10, 15, 25,
37.5, 50, 75 e 100 kVA;
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
37/217
Informaes Tcnicas DT -11
36
b) transformadores trifsicos para instalao em postes 15, 30, 45, 75, 112.5
e 150kVA;
c) transformadores trifsicos para instalao em plataformas: 225 e 300kVA.
As potncias nominais em kVA, normalizadas pela ABNT (NBR 12454 e NBR 9369),
para transformadores de potncia, so as seguintes: 225, 300, 500, 750,1000, 1500,
2000, 2500, 3000, 3750, 5000, 7500, 10000, 15000, 25000, 30000.
Quando de transformadores providos de um ou mais estgios de resfriamento
forado, entende-se como potncia nominal o ltimo estgio.
Recomenda-se a escolha de um destes valores, pois os fabricantes j possuemprojetos prontos para os mesmos, o que reduz os custos e o tempo de entrega dos
referidos transformadores.
Os transformadores com potncias superiores a 40MVA no so normalizados, e
dependem da solicitao do cliente.
2.2. TENSES
2.2.1. Definies
Tenso Nominal(Un): a tenso para a qual o enrolamento foi projetado.
Tenso a Vazio (Uo): a tenso entre os bornes do secundrio do transformador
energizado, porm sem carga.
Tenso sob Carga: (Uc): a tenso entre os bornes do secundrio do transformador,
estando o mesmo sob carga, correspondente a sua corrente nominal. Esta tenso
influenciada pelo fator de potncia (cos)
Regulao: a variao entre a tenso a vazio e sob carga e sob determinado fator
de potncia.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
38/217
Informaes Tcnicas DT -11
37
Tenso Superior (TS): a tenso correspondente tenso mais alta em um
transformador. Pode ser tanto referida ao primrio ou secundrio, conforme o
transformador seja abaixador ou elevador.
Tenso Inferior (TI): a tenso correspondente tenso mais baixa em um
transformador. Pode ser tambm referida ao primrio ou secundrio, conforme o
transformador seja elevador ou abaixador.
Tenso de Curto-circuito (Ucc): Comumente chamada de impedncia, a tenso
expressa, usualmente, em porcentagem (referida a 75C) em relao a uma
determinada tenso, que deve ser ligada aos terminais de um enrolamento para
obter a corrente nominal no outro enrolamento, cujos terminais esto curto-circuitados.
A tenso de curto-circuito medida deve manter-se dentro de 7,5% de tolerncia,
em relao ao valor declarado pelo fabricante.
Nas Tabelas 3.1, 3.2, 3.3 e 3.4 encontraremos os valores de impedncia (coluna 5)
para os transformadores que trata este manual.
Impedncia de Seqncia Zero (Z0): a impedncia, por fase e sob freqncia
nominal, entre os terminais de linha de um enrolamento polifsico em estrela ou zig-
zag, interligados e o terminal de neutro. Seu valor depende do tipo de ligao.
necessrio conhecer a impedncia de seqncia zero para o estudo de circuitos
polifsicos desequilibrados (curto-circuito) e somente levada em considerao em
transformadores delta-estrela (zig-zag) aterrado ou estrela-estrela (zig-zag)
duplamente aterrado.
2.2.2. Escolha da Tenso Nominal
2.2.2.1. Transformadores de distribuio
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
39/217
Informaes Tcnicas DT -11
38
TABELA 2.1 - TRANSFORMADORES SEM DERIVAESTenso [V]
Primrio Secundrio
Tenso
mxima do
equipamento
kVeficaz
Trifsico e
monofsico (FF)
Monofsico
(FN) Trifsico Monofsico
1513800
13200
7967
7621
24,223100
22000
13337
12702
36,234500
33000
19919
19053
380/220
ou
220/127
Dois terminais: 220 ou 127
Trs terminais: 440/220, 254/127,
240/120 ou 230/115
NOTA: FF = tenso entre fases
FN = tenso entre fase e neutro
TABELA 2.2 - DERIVAES E RELAES DE TENSES
Tenso [V]
Primrio SecundrioTenso mxima
do equipamento
kVeficaz
Derivao no Trifsico e
monofsico
(FF)
Monofsico
(FN)Trifsico Monofsico
1 2 3 4 5 6
15
1
2
3
13800
13200
12600
7967
7621
7275
24,2
1
2
3
23100
22000
20900
13337
12702
12067
36,2
1
2
3
34500
33000
31500
19919
19043
18187
380/220
ou
220/127
Dois
terminais: 220
ou 127
Trs
terminais:
440/220,254/
127, 240/120
ou 230/115
NOTA: FF = tenso entre f asesFN = tenso entre fase e neutro
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
40/217
Informaes Tcnicas DT -11
39
2.2.2.2. Transformador de distribuio a ser instalado no domnio de uma
concessionria.
A concessionria de energia eltrica possui norma prpria. As tenses sero,portanto, definidas pela mesma.
Exemplo:
CERJ:
AT: 13800 - 13200 - 12600 - 12000 - 11400 - 10800V
BT: 380/220V ou 220/127V
CEEE:
AT: 13800 - 13200 - 12600V ou
23100 - 22000 - 20900V
BT: 380/220V ou 220/127V
2.2.2.3. Transformador para uso industrial.
Em uma indstria poderemos ter trs ou at quatro nveis de tenso:
- Subestaes de entrada:
Primrio - 72,5kV e 138kV ;
Secundrio - 36,2kV - 24,2kV ou 13,8kV.
- Subestaes de distribuio:
Primrio - 36,2kV - 24,2kV ou 13,8kV;
Secundrio - 440/254V, 380/220V ou 220/127V.
Quando a potncia dos transformadores for superior a 3MVA no se recomenda
baixar a tenso diretamente para tenso de uso, pois os mesmos tornam-se muito
caros devido as altas correntes. Recomenda-se baixar para uma mdia tenso, ou
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
41/217
Informaes Tcnicas DT -11
40
seja, 6,9kV, 4,16kV ou 2,4kV e, prximo aos centros de carga rebaixar novamente
para as tenses de uso.
Ainda um caso particular de nvel de tenso primria deve ser comentado. Existemalgumas regies onde o nvel de tenso de distribuio est sendo alterado. Neste
caso, a concessionria avisa o interessado, que a tenso atual passar a outro nvel
dentro de um determinado perodo de tempo; logo, o transformador a ser instalado
dever ser capaz de operar em duas tenses primrias, para evitar a necessidade
de aquisio de novo equipamento quando da alterao. Estes transformadores
especiais so chamados de religveis.
A escolha da tenso do secundrio depende de vrios fatores. Dentre elesdestacamos:
a) econmicos, a tenso de 380/220V requer sees menores dos
condutores para uma mesma potncia;
b) segurana, a tenso de 220/127V mais segura com relao a contatos
acidentais.
De uma forma geral, podemos dizer que para instalaes onde equipamentos comomotores, bombas, mquinas de solda e outras mquinas constituem a maioria da
carga, deve-se usar 380/220V e para instalaes de iluminao e fora de
residncias deve-se adotar 220/127V. Na NBR 5440 da ABNT encontramos a
padronizao das tenses primrias e secundrias.
2.3. DERIVAES
Para adequar a tenso primria do transformador tenso de alimentao, oenrolamento primrio, normalmente o de TS, dotado de derivaes (taps), que
podem ser escolhidos mediante a utilizao de um painel de ligaes ou comutador,
conforme projeto e tipo construtivo, instalados junto parte ativa, dentro do tanque.
Este aparato, na maioria dos transformadores de baixa potncia, deve ser
manobrado com o transformador desconectado da rede de alimentao.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
42/217
Informaes Tcnicas DT -11
41
Em geral o valor da tenso primria, indicada pela concessionria constitui o valor
mdio entre aqueles que efetivamente sero fornecidos durante o exerccio.
2.3.1. Definies
Derivao principal: Derivao a qual referida a caracterstica nominal do
enrolamento, salvo indicao diferente derivao principal :
a) no caso de nmero mpar de derivaes, a derivao central;
b) no caso de nmero para de derivaes, aquela das duas derivaes
centrais que se acha associada ao maior nmero de espiras efetivas do
enrolamento;c) caso a derivao determinada segundo a ou b no seja de plena
potncia, a mais prxima derivao de plena potncia.
FIGURA 2.1
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
43/217
Informaes Tcnicas DT -11
42
Derivao superior:Derivao cujo fator de derivao maior do que 1.
Derivao inferior:Derivao cujo fator de derivao menor do que 1.
Degrau de derivao: Diferena entre os fatores de derivao, expressos em
percentagem, de duas derivaes adjacentes.
Faixa de derivaes: Faixa de derivao do fator de derivao, expresso em
percentagem e referido ao valor 100. A faixa de derivaes expressa como segue:
a) se houver derivaes superiores ou inferiores:
+ a %, - b % ou + a % (quando a = b);b) se houver somente derivaes superiores:
+ a %;
c) se houver somente derivaes inferiores:
- b %.
A Figura 2.1 a representao esquemtica de um enrolamento trifsico com trs
derivaes e a forma de suas conexes.
TABELA 2.3
Posies do comutador 1 2 3
Comutador conecta os pontos
10-7
11-8
12-9
7-13
8-14
9-15
13-4
14-5
15-6
Tenso em cada derivao UN+ a% UN UN- b%
Percentual de variao por degrau a b
TABELA 2.4
ClasseDerivao
Superior
Derivao
Principal
Derivao
Inferior
Degrau de
Derivao
15 13800 13200 12600 + 4,5
24,2 23100 22000 20900 + 5%
36,2 34500 33000 31500 + 4,5
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
44/217
Informaes Tcnicas DT -11
43
2.4. CORRENTES
2.4.1. Corrente Nominal
A corrente nominal (In) a corrente para a qual o enrolamento foi dimensionado, ecujo valor obtido dividindo-se, a potncia nominal do enrolamento pela sua tenso
nominal e pelo fator de fase aplicvel (1 para transformadores monofsicos e 3
para transformadores trifsicos).
2.4.2. Corrente de Excitao
A corrente de excitao ou a vazio (Io) a corrente de linha que surge quando em
um dos enrolamentos do transformador ligada a sua tenso nominal e freqncianominal, enquanto os terminais do outro enrolamento (secundrio) sem carga,
apresentam a tenso nominal.
A corrente de excitao varivel conforme o projeto e tamanho do transformador,
atingindo valores percentuais mais altos quanto menor for a potncia do mesmo.
A corrente de excitao, conforme Figura 2.2 apresenta as suas componentes ativa
e reativa, que se determinam pelas seguintes expresses:
FIGURA 2.2
0
0
sen
cos
II
II
oq
op
=
=
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
45/217
Informaes Tcnicas DT -11
44
sendo:
o
o
IV
P
=cos
A componente reativa originada pela magnetizao representa mais que 95% da
corrente total, de forma que uma igualdade de Iqcom loleva somente a um pequeno
erro.
Em transformadores trifsicos normais, Iono idntico nas trs fases, em virtude
do caminho mais longo no ferro, relativo s fases externas. Por isso Ioreferente a
fase central menor que das outras.
Devido ao fato acima, o valor de Iofornecido pelo fabricante, representa a mdia das
trs fases e expresso em porcentagem da corrente nominal.
2.4.3. Corrente de Curto-Circuito
Em um curto-circuito no transformador, preciso distinguir a corrente permanente
(valor efetivo) e a corrente de pico (valor de crista).
2.4.3.1. Corrente de curto-circuito permanente
Quando o transformador, alimentado no primrio pela sua tenso e freqncia
nominal e o secundrio estiver curto-circuitado nas trs fases, haver uma corrente
de curto-circuito permanente, que se calcula pela seguinte expresso:
100
(%)
)( =Z
N
CAccE
II
onde:
IN= corrente nominal
Ez= impedncia a 75oC (%)
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
46/217
Informaes Tcnicas DT -11
45
A intensidade e a durao mxima da corrente de curto, que deve suportar o
transformador, so normalizadas.
Se a Icccalculada for superior a 25 vezes a corrente nominal, o transformador deversuportar 3 segundos 25 vezes In. Porm, se a Icc calculada for inferior, o
equipamento dever suportar durante 2 segundos a mesma corrente do caso
anterior.
2.4.3.2. Corrente de curto-circuito de pico
Entende-se como corrente de curto-circuito de pico, o valor mximo instantneo da
onda de corrente, aps a ocorrncia do curto-circuito.
Esta corrente provoca esforos mecnicos elevados e necessrio que os
enrolamentos estejam muito bem ancorados por cuidadosa disposio de cabos e
amarraes para tornar o conjunto rgido.
Enquanto a corrente de pico afeta o transformador em sua estrutura mecnica, a
corrente permanente afeta de forma trmica.
Os esforos mecnicos advindos da corrente de curto so mais acentuados em
transformadores de ligao zig-zag, porque somente a metade de cada enrolamento
de fase percorrido pela corrente induzida de outra fase.
2.4.4. Corrente de Partida ou Inrush
o valor mximo da corrente de excitao (Io) no momento em que o transformador
conectado linha (energizado) ela depende das caractersticas construtivas domesmo.
A corrente de partida maior quanto maior for a induo usada no ncleo e maior
quanto menor for o transformador. O valor mximo varia em mdia de 4 a 20 vezes a
corrente nominal.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
47/217
Informaes Tcnicas DT -11
46
O fabricante dever ser consultado para se saber o seu valor. Costuma-se admitir
seu tempo de durao em torno de 0,1s (aps a qual a mesma j desapareceu).
2.5. FREQNCIA NOMINAL
Freqncia nominal a freqncia da rede eltrica de alimentao para a qual o
transformador foi projetado.
No Brasil todas as redes apresentam a freqncia de 60Hz, de forma que os
equipamentos eltricos so projetados para esta mesma freqncia. Existem muitos
pases onde a freqncia nominal padro 50HZ, como Argentina, Uruguai,
Paraguai, etc.
2.6. NVEL DE ISOLAMENTO
O nvel de isolamento dos enrolamentos deve ser escolhido entre os valores
indicados na Tabela 2.5 (NBR 5356).
A escolha entre as tenso suportveis nominais, ligadas a dada tenso mxima do
equipamento da tabela acima, depende da severidade das condies de
sobretenso esperadas no sistema e da importncia da instalao.
Na NBR 6939, os valores escolhidos devem ser claramente indicados na
especificao ou solicitao de oferta.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
48/217
Informaes Tcnicas DT -11
47
TABELA 2.5 - NVEIS DE ISOLAMENTO PARA TENSO MXIMA IGUAIS OU
INFERIOR A 242kV
Tenso mxima
do equipamentokV (eficaz)
Tenso suportvel nominal deimpulso atmosfrico
PlenokV (crista)
CortadokV (crista)
Tenso suportvel nominal freqncia
industral, durante 1 min. e tenso induzidakV (eficaz)
1
0,61,2
7,2
15
24,2
36,2
72,5
92,4
145
242
2
40
6095
110
125
150150170200350380
450450550650750850950
3
44
66105
121
138
165165187220385418
4954956057158259351045
4
410
20
34
50
70
140150
185185230275325360395
2.7. DESLOCAMENTO ANGULAR
Em transformadores trifsicos, os enrolamentos de cada fase so construdos
trazendo intrinsecamente o conceito de polaridade, isto , isolando-se eletricamente
cada uma das fases, podemos realizar o teste de polaridade do mesmo modo que
para os transformadores monofsicos. No entanto tal procedimento torna-se poucoprtico, alm do mais, no nos informa a maneira como esto interligados os
enrolamentos.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
49/217
Informaes Tcnicas DT -11
48
Assim uma nova grandeza foi introduzida, o deslocamento angular que o ngulo
que define a posio recproca entre o tringulo das tenses concatenadas primrias
e o tringulo das tenses concatenadas secundrias e ser medido entre fases.
De uma maneira prtica: seja o transformador ligado na configurao mostrada na
Figura 2.3.
FIGURA 2.3
Traamos os diagramas vetoriais de tenso do transformador, Figura 2.4. Tomando
o fasor de AT como origem, determinamos o deslocamento angular atravs dos
ponteiros de um relgio cujo ponteiro grande (minutos) se acha parado em 12
coincide com o fasor da tenso entre o ponto neutro (real ou imaginrio) e um
terminal de linha do enrolamento de alta tenso e cujo ponteiro pequeno (horas)
coincide com o fasor da tenso entre o ponto neutro (real ou imaginrio e o terminal
de linha correspondente do enrolamento considerado.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
50/217
Informaes Tcnicas DT -11
49
H1
H3 H2
X1
X2
X3
FIGURA 2.4
Para os transformadores de que tratamos nesta especificao, o mais comum a
utilizao da ligao tringulo na alta tenso e estrela na baixa (designado por Dy).
Quando ao deslocamento angular, o normal de 30opara mais ou menos (avano
ou atraso), cujas designaes so Dy11 e Dy1.
As demais ligaes e deslocamentos angulares no requerem nenhum cuidado
especial e podem ser facilmente fornecidas.
A Tabela 2.6 mostra designao de ligaes de transformadores trifsicos de uso
generalizado, e o correspondente deslocamento angular.
Os diagramas de ligao pressupem igual sentido de bobinagem para todos os
enrolamentos.
A Figura 2.5 mostra o defasamento do exemplo, usando indicao horrio de
fasores, o deslocamento no caso Dy11, ou seja, - 30 .
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
51/217
Informaes Tcnicas DT -11
50
TABELA 2.6 DESLOCAMENTO ANGULAR
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
52/217
Informaes Tcnicas DT -11
51
.
FIGURA 2.5
2.8. IDENTIFICAO DOS TERMINAIS
Junto aos terminais (buchas) encontramos uma identificao, pintada, ou marcada
em baixo relevo na chapa do tanque, constituda de uma letra e um algarismo. As
letras podero ser duas, H ou X. Os terminais marcados em H so os de alta tenso
e os marcados com X so de baixa tenso. Os algarismos podero ser 0, 1, 2 e 3
correspondendo, respectivamente, ao terminal de neutro e ao das fases, 1, 2 e 3.
Portanto, as combinaes possveis so H0, H1, H2, H3 e X0, X1, X2 X3.
A disposio dos terminais no tanque normalizada, de tal forma, que se olharmos o
transformador pelo lado de baixa tenso, encontraremos mais a esquerda um
terminal X acompanhado de menor algarismo daqueles que identificam este
enrolamento (por exemplo: X0 ou X1). Consequentemente, ao olharmos o
transformador pelo lado da alta tenso, encontraremos o terminal H1 mais a direita.
Para uma melhor compreenso, observe as Figuras 2.6 a 2.10. Nestas figuras
encontramos tambm o esquema de ligao dos transformadores rede de
alimentao e carga.
Na Figura 2.11 encontramos a ttulo de ilustrao, transformadores monofsicos
ligados em banco, de modo a formar um equivalente trifsico. Este tipo de ligao
apresenta a vantagem da manuteno e operao, quando danificar uma fase, basta
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
53/217
Informaes Tcnicas DT -11
52
trocar um dos transformadores por um de reserva, com menor tempo de parada,
caso existir o de reserva disposio. Porm, a desvantagem est no capital inicial
empregado em 3 ou 4 transformadores monofsicos ao invs de 2 transformadores
trifsicos de potncia equivalente a custo menor.
FIGURA 2.6 TRANSFORMADOR MONOFSICO FN(1 BUCHA DE AT E 2 BUCHAS DE BT)
FIGURA 2.7 TRANSFORMADOR MONOFSICO FN
(1 BUCHA DE AT E 3 BUCHAS DE BT)
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
54/217
Informaes Tcnicas DT -11
53
FIGURA 2.8 TRANSFORMADOR MONOFSICO FF
(2 BUCHAS DE AT E 2 BUCHAS DE BT)
FIGURA 2.9 TRANSFORMADOR MONOFSICO FF
(2 BUCHAS DE AT E 3 BUCHAS DE BT)
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
55/217
Informaes Tcnicas DT -11
54
FIGURA 2.10 TRANSFORMADOR TRIFSICO FF
(3 BUCHAS DE AT E 4 BUCHAS DE BT)
FIGURA 2.11 TRANSFORMADORES MONOFSICOS LIGADOS EM BANCO
TRIFSICO Dyn
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
56/217
Informaes Tcnicas DT -11
55
3. CARACTERSTICAS DE DESEMPENHO
3.1. PERDAS
Em condies normais de funcionamento e altitude de instalao at 1000m,
considerado que a temperatura ambiente no ultrapasse os 40oC a mdia diria no
seja superior aos 30oC. Para estas condies, os limites de elevao de temperatura
previstos em normas so:
- mdia dos enrolamentos: 55oC;
- do ponto mais quente dos enrolamentos: 65oC;
- do leo (prximo superfcie): 50o
C (selados), 55o
C (com conservador).
3.1.1. Perdas no Material dos Enrolamentos (Perdas em Carga ou Perdas no Cobre)
a) perdas na resistncia hmica dos enrolamentos: so perdas que surgem
pela passagem de uma corrente (I) por um condutor de determinada
resistncia (R); estas perdas so representadas pela expresso I2R e
dependem da carga aplicada ao transformador;
b) perdas parasitas no condutor dos enrolamentos: so perdas produzidas
pelas correntes parasitas induzidas, nos condutores das bobinas, pelo
fluxo de disperso; so perdas que dependem da corrente (carga), do
carregamento eltrico e da geometria dos condutores das bobinas;
c) perdas parasitas nas ferragens da parte ativa e tanque.
3.1.2. Perdas no Ferro do Ncleo Magntico (Perdas em Vazio)
a) perdas por histerese: so perdas provocadas pela propriedade das
substncias ferromagnticas de apresentarem um atraso entre a induo
magntica (B) e o campo magntico (H); o fenmeno da histerese
anlogo ao da inrcia mecnica;
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
57/217
Informaes Tcnicas DT -11
56
b) perdas por correntes parasitas: assim como no caso das perdas parasitas
no material condutor dos enrolamentos, o fluxo indutor varivel induz no
ferro foras eletromotrizes que por sua vez faro circular as correntes
parasitas em circuitos eltricos fechados; estas so proporcionais aoquadrado da induo.
Como vimos, as perdas se apresentam principalmente no ncleo e nos
enrolamentos, e so expressas em watts.
Existem perdas originrias de induo nas ferragens e no tanque; e outras de
origens aleatrias nem sempre de perfeita definio, que porm comparadas as
descritas nos itens 3.1.1 e 3.1.2 deste captulo, podem ser desprezadas. Quando darealizao de ensaio para determinao das perdas, estas aleatrias so detectadas
juntamente com as principais.
Alm da elevao de temperatura, a ABNT tambm estabelece as perdas mximas
para transformadores de distribuio imersos em leo, em funo da potncia, do
nmero de fases e da tenso do primrio.
Reproduzimos a seguir as tabelas da ABNT encontradas na NBR 5440, onde constao valor das perdas acima descritas.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
58/217
Informaes Tcnicas DT -11
57
TABELA 3.1 - VALORES GARANTIDOS DE PERDAS, CORRENTES DE
EXCITAO E TENSES E CURTO-CIRCUITO EM TRANSFORMADORES
TRIFSICOS DE TENSO MXIMA DO EQUIPAMENTO DE 15kV
Potncia[kVA]
Corrente de excitaomxima [%]
Perdas em vaziomxima [W]
Perdas totaismxima [ W]
Tenso de curto-circuito a 75oC [%]
1 2 3 4 5
15
30
45
75
112.5150
4,8
4,1
3,7
3,1
2,82,6
100
170
220
330
440540
440
740
1000
1470
19902450
3,5
225
300
2,3
2,2
765
950
3465
4310
4,5
TABELA 3.2 - VALORES GARANTIDOS DE PERDAS, CORRENTES DE
EXCITAO E TENSES DE CURTO-CIRCUITO EM TRANSFORMADORES
TRIFSICOS DE TENSES MXIMAS DO EQUIPAMENTO DE 24,2kV E 36,2kV
Potncia
[kVA]
Corrente de excitao
mxima [%]
Perdas em vazio
mxima [W]
Perdas totais
mxima [W]
Tenso de curto-
circuito a 75oC [%]
1 2 3 4 5
15
30
45
75
112,5
150
5,7
4,8
4,3
3,6
3,2
3,0
110
180
250
360
490
610
500
825
1120
1635
2215
2755
4,0
225
300
2,7
2,5
820
1020
3730
46205,0
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
59/217
Informaes Tcnicas DT -11
58
TABELA 3.3 - VALORES GARANTIDOS DE PERDAS, CORRENTES DE
EXCITAO E TENSES DE CURTO-CIRCUITO EM TRANSFORMADORES
MONOFSICOS COM TENSO MXIMA DE 15kV
Potncia
[kVA]
Corrente de excitao
mxima [%]
Perdas em vazio
mxima [W]
Perdas totais
mxima [W]
Tenso curto-
circuito a 75oC [%]
1 2 3 4 5
3
5
10
15
25
37,5
50
75
100
4,9
4,0
3,3
3,0
2,7
2,4
2,2
2,0
1,9
40
50
60
85
120
160
190
230
280
115
160
260
355
520
700
830
1160
1500
2,5
TABELA 3.4 - VALORES GARANTIDOS DE PERDAS, CORRENTES DE
EXCITAO E TENSES DE CURTO-CIRCUITO EM TRANSFORMADORES
MONOFSICOS COM TENSES MXIMAS DE 24,2kV E 36,2kV
Potncia
(kVA)
Corrente de excitao
mxima [%]
Perdas em
vazio
mxima [W]
Perdas totais
mxima [W]
Tenso curto-
circuito a 75oC [%]
1 2 3 4 5
3
5
10
15
25
37,5
50
75
100
5,7
4,8
4,0
3,6
3,1
2,9
2,7
2,1
1,5
40
50
70
90
130
170
220
250
300
115
170
285
395
580
775
975
1260
1550
2,5
(para 24,2kV)
3,0
(para 36,2kV)
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
60/217
Informaes Tcnicas DT -11
59
3.2. RENDIMENTO
Relao, geralmente expressa em porcentagem, entre a potncia ativa fornecida e
a potncia ativa recebida por um transformador. Esta a definio dada ao
rendimento pela norma NBR 5356. dada pela expresso
100+
=tPP
P [%]
onde:
= rendimento do transformador em %
Pt = perdas totais, em kWP = potncia fornecida pelo transformador em kW.
O rendimento de determinado transformador no fixo ao longo do seu ciclo de
operao, pois depende do fator de potncia e da relao entre a potncia fornecida
e a potncia nominal.
Esta ltima relao conhecida como fator de carga. Usa-se ento, para o clculo
do rendimento:
100cos
12
2
+++
=PcbPSb
PcbP
on
o [%]
onde:
b = fator de carga =nP
P
Sn= potncia nominal em kVA.Po= perdas no ferro do ncleo magntico em kW.
Pc= perdas no material dos enrolamentos em kW (perdas de carga)
cos = fator de potncia da carga
O rendimento mximo de um transformador ocorre quando as perdas no material
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
61/217
Informaes Tcnicas DT -11
60
dos enrolamentos e as perdas no ferro forem iguais.
Se quisermos saber qual a carga que deve ser aplicada a um transformador para
que este opere com rendimento mximo, devemos fazer:
n
o
SbS
e
Pc
Pb
=
=
TABELA 3.5
Transformadores trifsicos Rendimentos
Potncia [kVA] 15 30 45 75 112.5 150 225 300 500
15kV 97,02 97,49 97,74 98,00 98,19 98,32 98,42 98,52 98,32
24,2kV 96,64 97,21 97,48 97,78 97,99 98,12 98,30 98,42 97,80
36,2kV 96,64 97,21 97,48 97,78 97,99 98,12 98,30 98,42 97,30
Transformadores monofsicos Rendimentos
Potncia [kVA] 5 10 15 25 37.5 50 75 100
15kV 96,15 97,37 97,59 97,88 98,09 98,30 98.42 98,47
24,2kV 96,52 97,08 97,33 97,65 97,88 98,01 98,29 98,42
36,2kV 96,52 97,08 97,33 97,65 97,88 98,01 98,29 98.42
3.3. REGULAO
Na linguagem prtica a queda de tenso industrial V, referida corrente de plena
carga, chamada de regulao, sendo expressa em porcentagem da tenso
secundria nominal e dada pela expresso:
++=
2
200sencossencos% EEEEaR RXxR
sendo:
a = fator de carga
ER= componente resistiva da impedncia em %
Ex= componente reativa da impedncia em %
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
62/217
Informaes Tcnicas DT -11
61
cos = fator de potncia da carga do transformador
2cos1sen =
Exemplo: Clculo de rendimento e regulao, com os seguintes dados: Potncianominal = 300kVA; Perda a vazio = 1120W; Perda total = 4480; Impedncia = 4,5%
TABELA 3.6
Cos Carga % Rend % Regul %
0,8
0,8
0,8
0,8
25
50
75
100
97,83
98,39
98,35
98,16
0,8876
1,775
2,662
3,550
0,9
0,9
0,9
0,9
25
50
75
100
98,06
98,56
98,53
98,36
0,7416
1,483
2,225
2,966
1,0
1,0
1,0
1,0
25
50
75
100
98,25
98,71
98,67
98,52
0,3037
0,6074
0,9112
1,214
3.4. CAPACIDADE DE SOBRECARGA
Como dissemos anteriormente, a elevao de temperatura que limita a potncia a
ser fornecida por um transformador. O aquecimento em excesso, contribui para o
envelhecimento precoce do isolamento, diminuindo a vida til do transformador que
teoricamente de 65.000 horas de operao contnua com o ponto mais quente do
enrolamento a 105oC.
A temperatura ambiente um fator importante na determinao da capacidade de
carga dos transformadores, uma vez que a elevao de temperatura para qualquer
carga, deve ser acrescida a temperatura ambiente para se determinar a temperatura
de operao.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
63/217
Informaes Tcnicas DT -11
62
Os transformadores normalmente operam num ciclo de carga que se repete a cada
24 horas. Este ciclo de carga, pode ser constante, ou pode ter um ou mais picos
durante o perodo.
Para se usar as recomendaes de carregamento da NBR 5416/97, mostradas nas
tabelas 3.7, 3.8, 3.9 e 3.10, o ciclo de carga real precisa ser convertido para um ciclo
de carga retangular simples, mas termicamente equivalente. A carga permissvel,
obtida das tabelas acima citadas, so funes da carga inicial, da ponta de carga e
da sua durao. Cada combinao de cargas nas tabelas deve ser considerada
como um ciclo retangular de carga, constitudo de uma carga inicial, essencialmente
constante de 50, 70, 90 ou 100% da capacidade nominal, seguida de uma ponta de
carga retangular de grandeza e durao dadas.
No h um critrio nico para a avaliao do fim da vida do transformador.
Entretanto possvel fazer-se um avaliao da velocidade do envelhecimento
adicional a que est sendo submetido o equipamento, comparando a perda de vida
com uma taxa de perda de vida mdia de referncia.
Calcula-se a perda de vida, ao longo de um perodo de tempo t (horas), em que a
temperatura do ponto mais quente do enrolamento (e) permanece constante, pelaequao:
tPVA
B
e =
+
+
10010% 273
onde:
A igual a 14,133 (transformador de 55 oC)
A igual a 13,391 (transformador de 65
o
C)B igual a 6972,15
PV a perda de vida
t o intervalo de tempo genrico
e a de temperatura do ponto mais quente do enrolamento
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
64/217
Informaes Tcnicas DT -11
63
Normalmente, os transformadores devem operar, segundo ciclos de carga que no
propiciem perdas de vida adicionais, mas nos casos extremos de operao, onde
esta perda de vida se torna necessria, deve-se impor um valor mximo de perda de
vida adicional.
A Tabela 3.8 mostra a carga admissvel, aps um carregamento contnuo de 70%,
com temperatura ambiente a 30oC, de 133% durante uma hora, sem que sejam
ultrapassados os valores-limite de temperatura prescritos na norma NBR 5416.
Deve-se evitar operar o transformador com temperaturas do ponto mais quente do
enrolamento superiores a 140oC, devido a provvel formao de gases na isolao
slida e no leo, que poderiam representar um risco para a integridade da rigidezdieltrica do equipamento.
Nesta norma, tambm so admitidas cargas programadas de at 1,5 vezes a
corrente nominal, para as quais, segundo a NBR 5416, no devem existir quaisquer
outras limitaes alm das capacidades trmicas dos enrolamentos e do sistema de
refrigerao.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
65/217
Informaes Tcnicas DT -11
64
TABELA 3.7 - CARREGAMENTO DE TRANSFORMADORES DE 55OC ONAN
CARGA INICIAL = 50%DP (h) Ta (oC) CP(%) TO(oC) TE(oC) OBS.
10 150 36 84
15 150 41 89
20 150 46 94
25 150 51 99
30 144 56 104
35 150 61 105
0,5
40 135 65 105
10 150 44 92
15 150 49 97
20 150 54 102
25 148 58 105
30 141 62 105
35 133 65 105
1,0
40 126 69 105
10 150 56 10415 146 59 105
20 140 62 105
25 134 65 105
30 128 68 105
35 121 71 105
2,0
40 115 74 105
10 139 63 105
15 133 65 105
20 128 68 105
25 123 70 105
30 118 73 105
35 112 75 105
4,0
40 106 78 10510 131 66 105
15 127 69 105
20 122 71 105
25 117 73 105
30 112 75 105
35 107 77 105
8,0
40 101 79 105
10 129 67 104 X
15 125 69 105 X
20 120 71 105 X
25 115 73 105 X
30 110 76 105 X
35 105 78 105 X
24,0
40 100 80 105 X
NOTAS
1 DP a durao do tempo de ponta de carga;
Ta a temperatura ambiente;
CP a carga durante o tempo de ponta;
TO a temperatura do topo do leo;
TE a temperatura do pont o mais quente do enrolamento.
2 Os carregamentos assinalados com X provocam envelhecimento acelerado do papel isolante.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
66/217
Informaes Tcnicas DT -11
65
TABELA 3.8 - CARREGAMENTO DE TRANSFORMADORES DE 55OC - ONAN -
CARGA INICIAL = 70%DP (h) Ta (oC) CP(%) TO(oC) TE(oC) OBS.
10 150 43 90
15 150 48 95
20 150 53 100
25 150 58 105
30 142 62 105
35 133 66 105
0,5
40 124 70 105
10 150 49 97
15 150 54 102
20 148 59 105
25 140 62 105
30 133 66 105
35 125 69 105
1,0
40 117 73 105
10 148 59 10515 142 61 105
20 136 64 105
25 130 67 105
30 123 70 105
35 117 73 105
2,0
40 110 76 105
10 137 64 105
15 132 66 105
20 127 69 105
25 121 71 105
30 116 74 105
35 110 76 105
4,0
40 104 78 10510 131 66 105
15 126 68 105
20 121 71 104
25 117 73 105
30 111 75 105
35 106 77 105
8,0
40 101 80 105
10 129 67 104 X
15 125 69 105 X
20 120 71 105 X
25 115 73 105 X
30 110 76 105 X
35 105 78 105 X
24,0
40 100 80 105 X
NOTAS
1 DP a durao do tempo de ponta de carga;
Ta a temperatura ambiente;
CP a carga durante o tempo de ponta;
TO a temperatura do topo do leo;
TE a temperatura do pont o mais quente do enrolamento.
2 Os carregamentos assinalados com X provocam envelhecimento acelerado do papel isolante.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
67/217
Informaes Tcnicas DT -11
66
TABELA 3.9 - CARREGAMENTO DE TRANSFORMADORES DE 55OC - ONAN -
CARGA INICIAL = 90%DP (h) Ta (oC) CP(%) TO(oC) TE(oC) OBS.
10 150 50 98
15 150 55 103
20 145 60 105
25 137 64 105
30 128 68 105
35 119 72 105
0,5
40 109 76 105 X
10 150 56 103
15 145 59 105
20 138 63 105
25 131 67 105
30 123 70 105
35 115 74 105
1,0
40 107 78 105 X
10 143 61 10515 137 64 105
20 130 67 105
25 124 70 105
30 118 73 105
35 111 76 105
2,0
40 104 79 105 X
10 135 65 105
15 130 67 105
20 124 69 105
25 119 72 105
30 113 74 105
35 108 77 105 X
4,0
40 102 80 105 X10 131 67 105
15 126 69 105
20 121 71 105
25 116 73 105
30 111 75 105 X
35 106 78 105 X
8,0
40 100 80 105 X
10 129 67 104 X
15 125 69 105 X
20 120 71 105 X
25 115 73 105 X
30 110 76 105 X
35 105 78 105 X
24,0
40 100 80 105 X
NOTAS
1 DP a durao do tempo de ponta de carga;
Ta a temperatur a ambiente;
CP a carga durante o tempo de ponta;
TO a temperatura do topo do leo;
TE a temperatura do pont o mais quente do enrolamento.
2 Os carregamentos assinalados com X provocam envelhecimento acelerado do papel isolante.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
68/217
Informaes Tcnicas DT -11
67
TABELA 3.10 - CARREGAMENTO DE TRANSFORMADORES DE 55OC - ONAN -
CARGA INICIAL = 100%DP (h) Ta (oC) CP(%) TO(oC) TE(oC) OBS.
10 150 55 102
15 146 59 105
20 138 63 105
25 129 68 105
30 120 72 105 X
35 111 76 105 X
0,5
40 101 80 105 X
10 147 59 105
15 140 62 105
20 133 66 105
25 125 69 105
30 117 73 105 X
35 109 76 105 X
1,0
40 100 80 105 X
10 140 63 10515 134 66 105
20 127 68 105
25 121 71 105
30 114 74 105 X
35 107 77 105 X
2,0
40 100 80 105 X
10 134 66 105
15 128 68 105
20 123 70 105
25 118 73 105
30 112 75 105 X
35 106 78 105 X
4,0
40 100 80 105 X10 130 67 105
15 126 69 105
20 121 71 105 X
25 116 74 105 X
30 111 76 105 X
35 105 78 105 X
8,0
40 100 80 105 X
10 129 67 105 X
15 125 69 104 X
20 120 71 105 X
25 115 73 105 X
30 110 76 105 X
35 105 78 105 X
24,0
40 100 80 105 X
NOTAS
1 DP a durao do tempo de ponta de carga;
Ta a temperatura ambiente;
CP a carga durante o tempo de ponta;
TO a temperatura do topo do leo;
TE a temperatura do pont o mais quente do enrolamento.
2 Os carregamentos assinalados com X provocam envelhecimento acelerado do papel isolante.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
69/217
Informaes Tcnicas DT -11
68
4. CARACTERSTICAS DA INSTALAO
4.1. OPERAO EM CONDIES NORMAIS E ESPECIAIS DE
FUNCIONAMENTO.
As condies normais de posicionamento, nos quais o transformador deve satisfazer
as prescries da norma NBR 5356, so as seguintes:
a) para transformadores resfriados a ar, temperatura do ar de resfriamento
(temperatura ambiente) no superior a 40oC e temperatura mdia, em
qualquer perodo de 24 horas, no superior a 30oC;
b) para transformadores resfriados a gua, temperatura da gua de
resfriamento (temperatura ambiente para transformadores) no superior a
30oC e temperatura mdia, em qualquer perodo de 24 horas, no
superior a 25oC;
c) altitude no superior a 1000m;
d) tenso de alimentao aproximadamente senoidal e tenso de fase, quealimentam um transformador polifsico, aproximadamente iguais em
mdulo e defasagem;
e) corrente de carga aproximadamente senoidal e fator harmnico no
superior a 0,05pu;
f) fluxo de Potncia, os transformadores identificados como transformadores
(ou autotransformadores) interligados de sistemas devem ser projetados
para funcionamento como abaixadores, ou elevadores (usinas), conforme
for especificado pelo comprador.
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
70/217
Informaes Tcnicas DT -11
69
4.2. Condies Normais de Transporte e Instalao.
O transporte e a instalao devem estar de acordo com NBR 7036 ou a NBR 7037, a
que for aplicvel.
So consideradas condies especiais de funcionamento, transporte e instalao, os
que podem exigir construo especial e/ou reviso de alguns valores normais e ou
cuidados especiais no transporte, instalao e funcionamento do transformador, e
que devem ser levadas ao conhecimento do fabricante.
Constituem exemplos de condies especiais:
a) instalao em altitudes superiores a 1000m;
b) instalaes em locais em que as temperaturas do meio de resfriamento
estejam fora dos limites estabelecidos em 4.1.1;
c) exposio a umidade excessiva, atmosfera salina, gases ou fumaas
prejudiciais;
d) exposio a ps prejudiciais.;
e) exposio a materiais explosivos na forma de gases ou ps;
f) sujeio a vibraes anormais, choque ou condies ssmicas;
g) sujeio a condies precrias de transporte, instalao ou
armazenagem;
h) limitaes de espao na sua instalao;
i) dificuldades de manuteno;
-
5/27/2018 DT 11 Transformadores
71/217
Informaes Tcnicas DT -11
70
j) funcionamento em regime ou freqncia no usuais ou com tenses
apreciavelmente diferentes das senoidais ou assimtricas;
k) cargas que estabelecem harmnicas de corrente anormais, tais como osque resultam de apreciveis correntes de carga controladas por
dispositivos em estado slido ou similares;
l) condies de carregamento especificados (potncias e fatores de
potncia) associadas a transformadores ou autotransformadores de mais
de dois enrolamentos;
m) exigncia de nveis de rudo e ou radiointerferncia, diferentes dasespecificadas na norma NBR 5356;
n) exigncia de isolamento diferente das especificadas na norma NBR 5356;
o) condies de tenso anormais, incluindo sobretenses transitrias,
ressonncia, sobretenses de manobra, etc., que possam requerer
consideraes especiais no projeto da isolao;
p) campos magnticos anormalmente fortes;
q) transformadores de grande porte com barramentos blindados de fases
isoladas de altas correntes que possam requerer condies especiais do
projeto;
r) ne