Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

112
Projeto BUILDUP SKILLS PORTUGAL FORMAÇÃO PARA AS RENOVÁVEIS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO SECTOR DA CONSTRUÇÃO Análise do Estado da Arte

description

analise de mercado energias renováveis

Transcript of Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

Page 1: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

      

  

 

 

 

 

 

Projeto BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL FORMAÇÃO PARA AS RENOVÁVEIS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 

NO SECTOR DA CONSTRUÇÃO  

Análise do Estado da Arte         

 

Page 2: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 1  

SUMÁRIO EXECUTIVO  

O sector da Construção, tem vindo a ser substancialmente afetado pela crise económica que o país  atravessa  atualmente,  constatando‐se  que  os  principais  fatores  que  afetam  o desempenho do sector da construção em Portugal resultam da conjugação da diminuição da produção,  o  baixo  nível  de  consolidação  empresarial  e  a  fraca  produtividade,  tal  como  se verificar pelos seguintes indicadores: 

A  década  de  2001‐2011  foi  marcada  por  uma  forte  queda  na  produção, impulsionada pelo segmento residencial; 

O  mercado  nacional  da  construção  é  pouco  consolidado  sendo  que  as  cinco principais construtoras têm uma quota de mercado de apenas 13%, muito abaixo da média europeia (23%, em 2007); 

A  produtividade média  do  sector  da  construção  em  Portugal  é muito  inferior  à média  europeia,  na medida  em  que  a  VAB  por  colaborador  é  de  €22.000,  em Portugal, comparativamente com a média europeia de €63.000. 

Neste  forma,  perspetiva‐se  que  a  evolução  do  sector  da  Construção  venha  a  sofrer  uma retração do investimento quer público quer privado resultante da dificuldade de obtenção de crédito por parte do Estado, das empresas e das famílias, mas também de excesso de oferta no  parque  edificado  (habitação  e  serviços)  e  da  elevada  incerteza  quanto  à  evolução  dos mercados internacionais. 

Não obstante este contexto, a Estratégia Nacional para a Energia  (ENE 2020) compõe‐se de um  conjunto de medidas que visa  relançar a economia e promover o emprego, apostar na investigação e desenvolvimento tecnológicos e aumentar a nossa eficiência energética, sendo expectável  atingir  em  2020  entre  outros,  os  seguintes  resultados  em  termos  de  emprego nacional: 

�  Consolidação do cluster associado às energias renováveis em Portugal, assegurando, em 2020,  a  obtenção  de  um  Valor  Acrescentado  Bruto  (VAB)  de  3.800 milhões  de  euros  e  a criação de mais 100.000 postos de trabalho (a acrescer aos 35.000 já existentes no sector). 

�  Continuar  a  desenvolver  o  cluster  industrial  associado  à  promoção  da  eficiência energética,  assegurando  a  criação  de  21.000  postos  de  trabalho  anuais,  gerando  um investimento de 13.000 milhões de euros até 2020, e proporcionando exportações adicionais de 400 milhões de euros. 

O sector das energias renováveis constitui assim um sector com um potencial de crescimento elevado,  que  terá  impreterivelmente  de  ser  acompanhado  por  uma  estratégia  ao  nível  da formação  que  permita  responder  às  necessidades  de  qualificações  neste  sector.  Por  outro lado,  este  tem  vindo  a  ser  considerado  um  sector  potencialmente  gerador  de  empregos verdes.  

Uma análise ao nível de eficiência energética nos edifícios demonstra que existem atualmente cerca de 500 mil  imóveis certificados no Sistema de Certificação Energética  (SCE), dos quais, 100  mil  encontram‐se  em  fase  de  projeto  e  os  restantes  400  mil  respeitam  a  imóveis existentes  e  recém‐construídos  que  já  tiveram  uma  Declaração  de  Conformidade 

Page 3: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 2  

Regulamentar  (DCR). Os  imóveis  destinados  à  habitação  continuam  a  liderar  com  90%  dos certificados emitidos no SCE.  

O nível de eficiência energética nos edifícios existentes é baixo, quando comparado com os dos edifícios novos. Desta forma, para além da reabilitação tradicional, os edifícios existentes têm um elevado potencial de aumento de eficiência energética após  introdução de medidas de melhoria de eficiência adequadas. As exigências introduzidas pela regulamentação térmica dos edifícios em vigor, conduziram a uma considerável melhoria da eficiência energética dos edifícios, embora seja ainda possível enquadrar outras medidas de melhoria. 

No que concerne ao consumo energético, verifica‐se que a maior componente no consumo de energia nos sectores doméstico e de serviços, é a eletricidade. No sector doméstico verifica‐se um  uso  ainda  significativo  de  lenhas  e  resíduos  vegetais  bem  como  de  GPL  (butano  e propano), enquanto nos serviços, a seguir à eletricidade, têm alguma expressão o consumo de gás natural e de gasóleo de aquecimento. Salienta‐se o  facto de que 50,2% da eletricidade consumida  é  de  origem  renovável,  nos  termos  da  metodologia  de  cálculo  constante  na Diretiva 2001/77/CE. 

Um dos objetivos da estratégia europeia consiste em  incrementar no  sector da construção, até 2020, o número de profissionais qualificados para otimizar o aproveitamento de energias renováveis e melhorar a eficiência energética nos edifícios, pelo que uma das finalidades do presente  relatório é dispor de um  conjunto de  informação estruturada e  sistematizada que possibilite uma discussão mais alargada e sustentada com os stakeholders nacionais, com vista ao  desenho  de  um  roteiro  nacional  de  formação  para  a melhoria  das  competências  dos operários e instaladores do sector da construção para a eficiência energética e integração de energias renováveis  

Neste  contexto,  e  no  que  respeita  à  análise  do  emprego  nas  atividades  do  sector  da construção,  alvo  do  presente  estudo,  foram  consideradas  apenas  as  profissões  com  um potencial contributo para uma maior eficiência energética e integração de energias renováveis (ver Quadro 5.5). Assim, no que respeita às profissões exercidas pelos trabalhadores por conta de  outrem  contabilizados  em  2009  (últimos  dados  disponíveis  em  estatísticas  oficiais),  nas atividades  económicas  e  profissões  selecionadas,  verifica‐se  que,  de  um  total  de  100.850 trabalhadores,  41%  são  pedreiros  (41.408  trabalhadores),  denotando‐se  uma  enorme dispersão  relativamente a  todas as outras profissões deste  sector, oscilando estas entre os 0,01%  (Enformador de pré‐fabricados – alvenaria) e os 9%  (Encarregado –  trabalhadores de construção civil e obras públicas e Carpinteiro de tosco). No que diz respeito às habilitações literárias destes trabalhadores, os dados revelam que 86% têm o ensino básico e apenas 6% têm o ensino secundário 

Analisou‐se ainda como é que o sistema nacional de qualificações se estrutura e responde às necessidades de competências e qualificações dos trabalhadores nos sectores da construção e da energia, tendo sido possível chegar às seguintes conclusões globais: 

Existência  de  assimetrias  regionais  relativamente  à  oferta  formativa  quanto  às qualificações e quanto às modalidades de educação e formação; 

Maior investimento nas formações relativas às qualificações associadas às energias renováveis, quer na qualificação inicial de jovens quer na qualificação dos adultos, especialmente  no  que  respeita  à  instalação  de  equipamentos  solares  quer fotovoltaicos  quer  térmicos:  em  2011,  a  formação  de  adultos  para  estas 

Page 4: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 3  

qualificações  abrangeu  cerca  de  25%  do  total  de  formandos  nas  áreas consideradas e, no caso da formação de jovens abrangeu cerca de 40% do total de formandos 

Diminuição  abrupta  em  2011  da  oferta  formativa  para  os  adultos,  ao  nível  da modalidade de educação e  formação Educação e Formação de Adultos  (EFA), no âmbito das qualificações associadas ao setor da construção e energia. 

Uma nota final relativamente à formação contínua dos ativos, onde houve alguma dificuldade na recolha de dados sistematizados, quer do ponto de vista da formação certificada (onde o processo  de monitorização  se  encontra  em  implementação)  quer  no  âmbito  de  formação contínua  da  responsabilidade  exclusivamente  das  empresas  e  de  esquemas  de  certificação sectoriais. 

Espera‐se  que,  na  fase  seguinte  de  desenvolvimento  deste  projecto  se  possa  dispor  de informação mais pormenorizada e devidamente sistematizada. 

Page 5: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 4  

1 INTRODUÇÃO  

O presente relatório constitui o primeiro output de um projeto nacional em curso no âmbito da  iniciativa  BUILD‐UP  SKILLS  (primeira  fase)  financiada  pela  Executive  Agency  for Competitiveness and Innovation (EACI) com o objetivo principal de, até 2020, incrementar no sector da construção o número de profissionais qualificados para otimizar o aproveitamento de energias renováveis e melhorar a eficiência energética nos edifícios. 

A coordenação do projeto é feita pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I.P. (LNEG), em estreita colaboração com a Direção Geral de Energia e Geologia  (DGEG), Agência para a Energia (ADENE) e Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, I.P. (ANQEP). 

Este projeto, com uma duração de dezoito meses, tem como objetivos específicos: 

I. Reunir, consultar e dinamizar todos os intervenientes (stakeholders) no processo de  formação  contínua de profissionais da  construção e  instaladores de  sistemas energéticos,  nomeadamente:  agências  regionais  para  a  energia,  associações profissionais e sindicais, de formação contínua, industriais e da construção; 

II. Delinear  um  roteiro  (roadmap),  com  um  horizonte  temporal  até  2020  e  anos subsequentes, de forma a melhorar as competências e qualificações dos operários da construção e instaladores de sistemas energéticos, ativos ou sem exercer a sua atividade; 

III. Congregar o apoio do maior número de intervenientes na estratégia nacional para a formação até 2020, consubstanciada na criação de uma plataforma nacional para a qualificação. 

O  projeto  BUILD‐UP  SKILLS  Portugal,  é  constituído  por  um  conjunto  de working  packages (WP), constituindo o presente relatório o resultado do WP2 – Análise do Estado da Arte –, que visa analisar e quantificar a oferta e a procura de profissionais qualificados para as energias renováveis  e  a  eficiência  energética  no  sector  da  Construção,  bem  como  identificar  as necessidades de qualificações e as barreiras que se colocam para o aumento do numero de profissionais qualificados neste sector. 

Page 6: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 5  

2 OBJETIVOS E METODOLOGIA  

O presente relatório – Análise do Estado da Arte da formação para as Renováveis e Eficiência Energética  no  Sector  da  Construção  –,  tem  como  objetivo  a  produção  de  informação  que constitua  um  ponto  de  partida  para  uma  discussão  sustentada  com  o  conjunto  de stakeholders, no sentido da identificação de lacunas atuais, necessidades futuras e prioridades de  ação,  para  a  qualificação  dos  profissionais  do  sector  da  construção  e  instaladores  de sistemas energéticos.  

Neste sentido, o relatório organiza‐se basicamente em quatro grandes partes: 

Caraterização do  sector da construção e das políticas nacionais nos domínios da energia e da educação e formação (capítulos 3 e 4); 

Análise  estatística  do  sector  da  construção,  incluindo  a  análise  do  emprego (capítulo 5); 

Análise da oferta formativa,  integrada no Sistema Nacional de Qualificações, bem como  a  oferta  promovida  no  âmbito  de  esquemas  de  certificação  sectoriais (capitulo 6); 

Identificação de barreiras à qualificação dos profissionais deste sector, que podem comprometer o cumprimento das metas associadas à estratégia 2020 (capitulo 8). 

A metodologia adotada na conceção deste relatório consistiu essencialmente numa recolha de informação  existente  (estudos,  documentos  de  trabalho,  sites,  etc.),  bem  com  no envolvimento de um conjunto de stakeholders. 

Na  primeira  parte  do  relatório  ‐  Caraterização  do  sector  da  construção  e  das  políticas nacionais nos domínios da energia e da educação e formação (capítulos 3 e 4) ‐ a informação trabalhada foi recolhida a partir de estudos e outros documentos nacionais e  internacionais, bem  como  legislação  em  vigor  no  sector  da  Construção,  Eficiência  Energética  e  Energias Renováveis. 

Para a  segunda parte do  relatório  ‐ Análise estatística do  sector da  construção,  incluindo a análise  do  emprego  (capítulo  5)  –  foi  recolhida  informação  já  publicada, mas  foi  também solicitada,  quer  ao  Instituto  Nacional  de  Estatística,  quer  ao  Gabinete  de  Estratégia  e Planeamento  do Ministério  da  Solidariedade  e  da  Segurança  Social,  informação  especifica relativa  ao  emprego  no  sector  da  Construção  em  função  da  seleção  de  um  conjunto  de atividades económicas1 e de um conjunto de profissões2. 

No  que  respeita  à  terceira  parte  do  relatório  ‐  Análise  da  oferta  formativa,  integrada  no Sistema Nacional de Qualificações, bem como a oferta promovida no âmbito de esquemas de certificação sectoriais (capitulo 6) – foram utilizadas as seguintes fontes de informação: 

• SIGO – Sistema de informação e gestão da oferta educativa e formativa (Ministério da Educação e Ciência); 

                                                            1 utilizando a Classificação das Atividades Económica ‐ CAE Rev. 3. 2 utilizando a Classificação Nacional de Profissões – CNP 94. 

Page 7: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 6  

• Instituto  de  Emprego  e  Formação  Profissional  (dados  dobre  os  Cursos  de Aprendizagem); 

• Direção  Geral  de  Energia  e  Geologia  (dados  sobre  a  formação  desenvolvida  por entidades certificadas pela DGEG). 

Por  fim,  para  a  elaboração  da  parte  final  do  relatório  e  aquele  que  deverá merecer  uma atenção  acrescida  ‐  Identificação de barreiras à qualificação dos profissionais deste  sector, que podem comprometer o cumprimento das metas associadas á estratégia 2020 (capitulo 8) –  foram  tidos  em  consideração,  não  apenas  toda  a  análise  e  respetivas  conclusões  dos capítulos  anteriores, mas  também  os  resultados  de  um  inquérito  dirigido  a  um  conjunto diversificado de stakeholders. 

De  facto,  o  envolvimento  dos  stakeholders  constitui  um  fator  crítico  de  sucesso  para  este trabalho. Neste sentido, este envolvimento, nesta fase, consubstanciou‐se essencialmente em duas vertentes: 

1. A realização de 4 reuniões entre o grupo de trabalho e um conjunto diversificado de entidades que formalizaram o seu apoio na fase inicial do projeto, designadamente:  Associação de Fabricantes e Importadores de Equipamentos de Queima (AFIQ)  Associação  Portuguesa  dos  Engenheiros  de  Frio  Industrial  e  Ar  Condicionado 

(EFRIARC)  Centro  de  Formação  Profissional  para  a  Indústria  Térmica,  Energia  e  Ambiente 

(APIEF)  Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado (APIRAC)  Instituto da Soldadura e Qualidade (ISQ)  Associação Certificadora de Instalações Elétricas (CERTIEL)  Associação  Empresarial  dos  Sectores  Elétrico,  Eletrodoméstico,  Fotógrafo  e 

Eletrónico (AGEFE)  Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (INCI)  Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL)  Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAJE)  Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC)   Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISOLAR)  Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas 

do Norte (CICCOPN)   Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) 

 2. A  aplicação  de  quatro  inquéritos  dirigidos  a  empresas  (Tipo  I),  associações 

empresariais ou  industriais, sindicatos e associações profissionais  (Tipo  II), entidades formadoras  (tipo  III) e outros  (tipo  IV),  com vista a,  face aos objetivos nacionais do incremento da eficiência energética e das energias renováveis nos edifícios: 

Identificar  se, nas várias  fases de  intervenção nos edifícios, os  trabalhadores possuem qualificações adequadas; 

Page 8: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 7  

Acesso à formação; 

Reconhecimento das necessidades e prioridades formativas; 

Adequação da oferta de formação às necessidades formativas; 

Constrangimentos e barreiras à formação. 

A amostra utilizada no presente relatório consiste num total de 29 respostas aos inquéritos, subdivididas pelos seguintes grupos: 

Tipo I: 16 

Tipo II: 9 

Tipo III: 3 

Tipo IV: 1 

Com a apresentação deste relatório sobre a Análise do Estado da Arte da formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção, pretende‐se dispor de um conjunto de  informação estruturada e sistematizada que possibilite uma discussão mais alargada e sustentada com os stakeholders nacionais, com vista ao desenho de um roteiro nacional de formação para a melhoria das competências dos operários e  instaladores do sector da construção para a eficiência energética e integração de energias renováveis  

Page 9: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 8  

3 CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO 

3.1 Informação histórica sobre o sector da construção 

Segundo um estudo da THAMES Consultores3,  a década de 1975/1985  caracterizou‐se pela instabilidade  política  pós  revolucionária  e  pela  prolongada  crise  económica  resultante  do aumento  do  preço  do  petróleo,  tendo  estes  fatores,  associados  às  recomendações  das missões  do  Fundo Monetário  Internacional  (FMI),  conduzido  a Orçamentos  de  Estado  com montantes  insignificantes  de  investimento  público  e  das  empresas  concessionárias  de produção e distribuição de energia, gás, água e comunicações. 

Quando, em 1985, Portugal aderiu à Comunidade Europeia, o seu Produto Interno Bruto (PIB) por habitante  representava apenas 55% da média dos países membros  (2.275 €, em preços correntes4). O enorme atraso do país em infraestruturas foi identificado como um dos maiores entraves  ao  seu  desenvolvimento.  Entre  1985  e  2003,  os  investimentos  na  construção  de infraestruturas cresceu a uma taxa média anual real superior a 18%, atingindo, em 2001, um valor máximo de 2.747 milhões de euros. 

Para além dos projetos de  infraestruturas  já mencionados, o  sector da construção  foi ainda marcado, depois de 1995, pela perspetiva de que Portugal poderia vir a  ter condições para fazer parte do primeiro grupo de países constituintes da moeda única, o que iniciou um rápido processo de redução das taxas de juro. 

A redução acentuada do preço do dinheiro, num curto período de seis anos, tornou possível a compra de habitação a largos sectores da população. A concessão de crédito para compra de habitação,  pelas  várias  instituições  do  mercado,  passou  de  um  montante  acumulado  de 9.421,7 milhões  de  euros,  em  1993,  para  42.122,9 milhões  de  euros,  em  19995,  o  que corresponde a uma taxa de crescimento anual superior a 25%. 

Este crescimento do sector imobiliário teve uma enorme influência na indústria da construção, quer pelo efeito no aumento do volume de produção, quer pela subida dos preços unitários por metro quadrado. O  boom  imobiliário, os  grandes  investimentos  em  infraestruturas  e  a construção da Expo98 em  simultâneo,  levaram o  sector, entre os anos de 1999 e 2001, ao maior pico de produção em toda a sua história. 

No entanto, após  ter atingido o pico histórico de 2001, o sector da construção em Portugal tem vindo a reduzir a sua atividade a uma taxa média de 4,5% ao ano. A partir de 2002, a crise financeira do Estado por um lado, a saturação do mercado imobiliário por outro, têm vindo a provocar uma diminuição  constante da produção na  indústria da  construção.  Entre 2002  e 2006, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) do sector diminuiu 22,44%. 

O primeiro semestre de 2011, de acordo com o  Instituto da Construção e do  Imobiliário,  I.P. (InCI)6, ficou marcado pelo início do processo de ajustamento da economia portuguesa, o qual tem  sido  caracterizado  pela  implementação  de  fortes  medidas  restritivas  da  política orçamental e reafectação dos recursos na economia. 

                                                            3 THAMES Consultores (2008), O Sector Construção em Portugal. 4 www.pordata.pt. 5 Banco de Portugal e Caixa Geral de Depósitos. 6 InCI (2012), Relatório Semestral do Setor da Construção em Portugal, 1º Semestre 2011. 

Page 10: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 9  

Este processo foi desencadeado pelo pedido de assistência financeira à União Europeia e ao FMI  em  abril  de  2011,  tendo  assim,  evitado  uma  situação  iminente  de  incumprimento  do Estado Português perante os seus credores. 

A economia portuguesa apresenta atualmente uma contração significativa da procura interna, bem  como  um  abrandamento  das  exportações,  o  que  influenciou  o  seu  crescimento. Consequentemente, quer o  investimento público, quer o privado, têm sido  influenciados por este fator, dada a elevada incerteza quanto à correção dos desequilíbrios macroeconómicos. 

3.2 O sector da construção e a economia nacional A crise económica portuguesa tem tido consequências ao nível da desaceleração do PIB. Após um período de quatro anos de crescimentos anuais, o ano de 2008  ficou marcado por uma variação  nula,  ao  que  se  seguiu  o  ano  de  2009  em  que  se  regista  um  decréscimo  do  PIB de2,5%.  Em  2010,  registou‐se uma pequena  recuperação da  atividade  económica,  com um aumento de 1,4%, seguida de uma nova desaceleração da atividade, em 2011 (Figura 3.1). 

 Figura 3.1 ‐ Evolução do Valor Acrescentado Bruto no sector da Construção 

e do Produto Interno Bruto, em preços correntes. Fonte: INE, Contas Nacionais. 

A importância do sector da Construção para a economia nacional tem vindo a decrescer desde 2001,  sendo  que,  em  2009,  a  produção  nesse  sector  correspondia  a  9,6%  da  produção nacional  (Quadro  3.1). Relativamente  ao VAB  deste  sector  de  atividade,  os  dados  de  2011 indicam que esse representa 6,29% do VAB total o que se encontra em linha com a média dos países europeus (6,5% em 20087).  

O  sector da construção apresentou, no ano de 2011, uma  redução acentuada do VAB, com uma taxa de variação em valor homóloga de ‐6,9%, ‐9,7% e ‐11,4%, respectivamente nos 2º, 3º  e  4º  trimestres.  De  realçar  ainda  que  o  VAB  no  sector  da  construção  foi  o  que mais contribuiu para a desaceleração do VAB Total, acompanhado da componente da Agricultura, Sivilcutura e Pescas, Energia, Água e Saneamento e Outras Actividades e Serviços. 

                                                            7 InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final. 

Page 11: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 10  

 

Quadro 3.1 ‐ Evolução da produção no sector da construção em preços correntes comparativamente ao total nacional. 

ANO  CONSTRUÇÃO [milhões €] 

TOTAL [milhões €] 

 [% do TOTAL] 

1995 17.297,9 168.572,7 10,3 1996 18.960,0 179.553,7 10,6 1997 22.424,1 194.991,2 11,5 1998 24.883,0 209.535,1 11,9 1999 26.217,4 221.025,0 11,9 2000 28.947,9 241.415,9 12,0 2001 30.902,2 255.077,1 12,1 2002 31.711,1 260.681,5 12,2 2003 30.320,1 263.894,6 11,5 2004 31.999,8 276.474,7 11,6 2005 32.796,8 287.332,0 11,4 2006 32.236,7 298.573,4 10,8 2007 32.492,5 317.575,6 10,2 2008 33.019,4 330.273,3 10,0 2009 30.037,7 311.364,6 9,6

Fonte: INE, Contas Nacionais. 

Em  2011,  e  de  acordo  com  o  Instituto Nacional  de  Estatística  (INE)8,  a  Formação Bruta  de Capital  Fixo  (FBCF)  tem  tido um  comportamento negativo  ao  longo dos últimos  trimestres, com  principal  destaque  para  os  últimos  trimestres  com  uma  taxa  de  variação  homóloga negativa, superior a 10%. 

 

 Figura 3.2 – Formação Bruta de Capital Fixo total e na construção. 

Fonte: INE, Contas Nacionais Trimestrais. 

                                                            8 INE, Contas Nacionais Trimestrais. 

Page 12: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 11  

A FBCF da Construção, por seu lado, acompanhou a tendência da FBCF Total, se bem que com uma oscilação menos pronunciada, entre 2009 e 2010. Importa referir que no 3º trimestre de 2010, a FBCF Total foi a mais acentuada durante esse ano e, pelo contrário, a segunda menos acentuada no sector da construção. No entanto, a partir do 2º trimestre de 2011, a variação tem sido semelhante na FBCF Total e do sector. 

De referir, por fim, que o sector da Construção inclui três grandes segmentos: a obra pública, o sector residencial e o sector não residencial, que representam, respectivamente, 29%, 45% e 25% da produção total (dados estimados para 2011)9. Cada segmento do sector da construção abarca  vários  subsectores,  quer  seja  para  novas  construções  quer  para  reabilitação  de edifícios, agrupados em: 

Serviços  (não  residencial):  escritórios,  edifícios  comerciais,  edifícios  industriais, educação, saúde, armazenagem e outros; 

Obra  Pública:  rodoviário,  ferroviário,  outros  transportes,  telecomunicações, energia, água e outros; 

Residencial: uso doméstico. 

O estudo publicado pelo  InCI9, da Roland Berger Strategy Consultants,  indica que na última década o decréscimo da produção do  sector da Construção  resultou  apenas da diminuição significativa  do  segmento  residencial,  sendo  que  o  sector  não  residencial  terá  mesmo registado uma ligeira tendência de aumento. 

O crescimento económico e a evolução do emprego nos últimos anos em Portugal têm sido superiores  aos  verificados  no  sector  da  construção,  o  que  indiciam  uma  diminuição progressiva da sua importância na economia nacional. 

3.3 Principais actores no mercado da construção A  indústria da construção civil, por possuir grande diversidade de oferta dentro de cada tipo de mercado  na  economia,  faz  com  que  seja  um  gerador  significativo  de  emprego.  Existem muitos mercados que constituem a indústria da construção civil, sendo eles os seguintes: 

mercados clássicos (transportes, serviços públicos, habitação, indústrias, etc.); 

mercados  recentes  (centros  comerciais,  turismo  e  lazer,  telecomunicações, reabilitação de escolas e prisões, etc.); 

mercados futuros (teletrabalho, energias renováveis, manutenção e reciclagem). 

A  Figura  3.3  contém  informação  sobre  os  principais  actores  do  mercado  da  construção, incluindo os edifícios, embora se deva realçar que as empresas de instalações especiais (AVAC, electricidade, telecomunicações, equipamentos especiais, etc.) deviam constar explicitamente na figura como entidades autónomas paralelas à empresas de construção. 

                                                            9 InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final. 

Page 13: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 12  

 Figura  3.3  –  Principais  atores  do  mercado  da  construção.  Fonte:  Martins,  C  (2009),  Sistema  de Regulação da Atividade da Construção em Portugal, Trabalho final de mestrado em engenharia civil do IST. 

O  organismo  português  que  tem  a  cargo  a  regulação  do mercado  da  construção  civil  é  o Instituto da Construção e do  Imobiliário,  I.P. (InCI), aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 144/2007, de 27 de Abril. Assim, sob a tutela do Ministério da Economia e do Emprego, o  InCI tem por missão regular e fiscalizar o sector da construção e do imobiliário, dinamizar, supervisionar e regulamentar  as  actividades  desenvolvidas  neste  sector,  produzir  informação  estatística  e análises sectoriais e assegurar a actuação coordenada do Estado no sector. 

3.4 Tendências de mercado e perspetivas Tendo  como  fonte  o  InCI10,  e  em  linha  com  o  que  se  passa  a  nível mundial,  também  a actividade económica em Portugal regista uma forte contração, para a qual, de momento, não é possível prever uma  retoma,  tanto mais que permanecem os  sinais de carácter  recessivo. Com efeito, as principais economias continuam a ser fortemente afectadas pela instabilidade dos mercados financeiros, e também pelo acentuar da crise no espaço económico europeu. 

Por esses motivos, o sector da construção, por norma, sensível e um indicador por excelência da  economia  nacional,  regista  um  significativo  decréscimo  de  actividade,  com  especial incidência no que se refere ao volume de negócios, daí resultando uma diminuição em termos de contribuição para o investimento nacional e para a criação de emprego. 

Um outro dado a relevar prende‐se com o número de insolvências no sector da construção, o qual representa aproximadamente 18% das registadas a nível nacional até Setembro de 2011. 

É neste enquadramento que as perspectivas do sector da construção em Portugal para 2012 e anos posteriores são pouco animadoras, onde as restrições de natureza orçamental implicarão cortes na despesa pública, e consequentemente no investimento associado.                                                             

10 InCI (2011), O sector da construção em Portugal, 1º Semestre 2011. 

Controlo e Organização

Produção

EMPRESASDE

SERVIÇOSDE

ENGENHARIA

UNIVERSIDADES E CENTROS DE INVESTIGAÇÃO I&D e CONSTRUÇÂO VIDA ÚTIL Formação

ASSOCIAÇÔES PROFISSIONAIS e EMPRESARIAIS

EMPRESAS DE FISCALIZAÇÃO E GESTÃO

ORGANISMOS FISCALIZADORESEMP. MÃO DE OBRA

EMP. EQUIPAMENTOS DE CONTRUÇAO

EMP. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

PROJECTO

EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO

EMPRESAS DE MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO

DONOS DE OBRA E ENTIDADES FINANCEIRAS

EMPRESAS COMERCIAIS

EEXPLORAÇÃO

Page 14: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 13  

3.5 Principais fatores que afetam o Sector da Construção Segundo o estudo da Roland Berger Strategy Consultants11, os principais factores que afectam o desempenho do sector da construção em Portugal resultam da conjugação da diminuição da produção,  o  baixo  nível  de  consolidação  empresarial  e  a  fraca  produtividade,  tal  como  se verificar pelos seguintes indicadores: 

A década de 2001‐2011 foi marcada por uma forte queda na produção, impulsionada pelo segmento residencial; 

O mercado nacional da construção é pouco consolidado sendo que as cinco principais construtoras  têm  uma  quota  de mercado  de  apenas  13%, muito  abaixo  da média europeia (23%, em 2007); 

A produtividade média do sector da construção em Portugal é muito inferior à média europeia,  na medida  em  que  a  VAB  por  colaborador  é  de  €22.000,  em  Portugal, comparativamente com a média europeia de €63.000. 

Em síntese, é de perspectivar que a evolução do sector da Construção venha a sofrer de: 

Retração do investimento privado e público resultante da dificuldade de obtenção de crédito por parte do Estado, das empresas e das famílias; 

Excesso de oferta no parque edificado (habitação e serviços); 

Elevada incerteza quanto à evolução dos mercados internacionais. 

3.6 Trabalho de migrantes Um  estudo  publicado  em  200812  indicava  que  a  proporção  de  indivíduos  de  nacionalidade estrangeira entre a população ativa portuguesa estaria entre os 5% e 6%, dos quais cerca de 24% no sector da Construção, com especial incidência de estrangeiros provenientes da Europa de Leste e Sudeste. A estes números acrescem os não declarados (sem contrato de trabalho) que, no sector da Construção, poderá representar cerca de 34% dos imigrantes trabalhadores neste sector13. 

É na população activa do sector da construção, juntamente com a restauração e as atividades imobiliárias,  que  a  população  estrangeira  é  mais  representativa,  com  cerca  de  10,5%  da população total10 (dados de 2004). 

Relativamente às habilitações literárias da totalidade da população ativa estrangeira, o estudo indica  que  18,8%  possuem  o  ensino  secundário/cursos  profissionais  e  7% bacharelato/licenciatura,  o  que  não  difere  significativamente  da  distribuição  da  população total:  ensino  secundário/cursos  profissionais  18,7%,  bacharelato/licenciatura  10,2.  No entanto, existe um desfasamento entre as habilitações literárias e o nível de qualificação, uma vez  que  59,3%  dos  estrangeiros  possui  uma  profissão  semi‐qualificada,  não  qualificada, aprendiz ou desconhecida, contra 38,5% da população total ativa para esses mesmos níveis de qualificação. A percentagem de estrangeiros com elevada habilitações mas com profissões de 

                                                            11 InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final. 12 Peixoto, J (2008), Imigração e mercado de trabalho em Portugal: investigação e tendências recentes, Revista Migrações ‐ Número Temático Imigração e Mercado de Trabalho, Abril 2008, n.º 2, Lisboa: ACIDI, pp. 19‐46. 13 Carvalho, L. X. (2007), Os Limites da Formalidade e o Trabalho Imigrante em Portugal, Cadernos OI, 1, Lisboa: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural. 

Page 15: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 14  

baixa  ou média  qualificação  é  de  36,6%  (em  2005‐2006), muito  superior  da  percentagem correspondente para os nascidos em Portugal, 21,1%14.   

3.7 Economia paralela Segundo o estudo do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF)15, a Economia Não Registada  (ENR) em Portugal representava, em 2008, 23% do PIB, sendo que, em 2010, esse valor  terá aumentado para 24,8%, o que equivale a cerca de 32 mil milhões de euros, segundo os últimos dados publicados pelo OBEGEF16. 

De salientar que a ENR aferida pelo estudo mencionado é composta por três parcelas: 

economia subterrânea, não contabilizada por motivos fiscais; 

economia ilegal, não contabilizada porque provém de atividades ilegais; 

economia  informal,  não  contabilizada  por  estar  associada  a  uma  estratégia  de sobrevivência ou melhoria de condições de vida das famílias. 

É  plausível  para  este  estudo  pressupor  que  a  ENR  associada  ao  sector  da  construção  será fundamentalmente  do  tipo  subterrânea  ou  ilegal,  sendo  que  não  existe  algum  estudo conhecido que permita estimar o seu valor para este sector de atividade específico. 

                                                            14 OCDE (2007), The Labour Market Integration of Immigrants in Portugal, OCDE, Employment, Labour and Social Affairs Committee. 15 Afonso, O. e Gonçalves,N. (2009), Economia não registada em Portugal, Observatório de Economia e Gestão de Fraude, OBEGEF. 16 www.gestaodefraude.eu/ 

Page 16: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 15  

4 POLÍTICAS  NACIONAIS  E  ESTRATÉGIAS  QUE  CONTRIBUEM  PARA ATINGIR O OBJETIVO ESTABELECIDO PELA UNIÃO EUROPEIA PARA OS EDIFÍCIOS EM 2020 

4.1 No domínio da energia 

4.1.1 Políticas nacionais energéticas para o cumprimento das metas adotadas pela estratégia europeia para 2020 

As  políticas  nacionais  energéticas  para  o  cumprimento  das metas  adotadas  pela  estratégia europeia  para  2020,  passam  pela  implementação  dos  planos  nacionais  de  ação  para  a eficiência  energética  a  eficiência  energética  (PNAEE)17  e  para  as  energias  renováveis18 (PNAER), de 2008 e 2009, respetivamente. 

Estes dois planos sintetizam a política nacional energética para a eficiência energética e para as energias  renováveis,  sendo que apresentam algumas medidas de aplicação específica no setor dos edifícios. Destas serão descritas as mais significativas. 

As medidas previstas no PNAEE no que diz respeito ao sector dos edifícios residenciais e de serviços podem ser agrupadas em três áreas de atuação: 

Renove Casa e Escritório, onde se agrupam as medidas de incentivo à eficiência no lar e nos serviços: intervenção nos equipamentos domésticos (electrodomésticos e iluminação),  recuperação  de  edifícios  com  necessidades  de  reabilitação, intervenção nos equipamentos de escritório; 

Sistema  de  Certificação  Energética  de  Edifícios,  que  reúne  várias  medidas relacionadas com a etiqueta energética de edifícios, obrigatória em Portugal para todos  os  edifícios  novos  e  transacionados,  nomeadamente:  alcançar,  em  2015, uma quota de 10% do parque  residencial  com  classe energética B‐ ou  superior, certificar até 2015 cerca de metade dos edifícios de serviços com classe energética B‐ ou superior. 

Renováveis  na  Hora  que  resume  o  conjunto  de  medidas  relacionadas  com  o acesso a fontes endógenas de energia no sector:  incentivar a utilização de fontes de  energia  renováveis,  permitindo  alcançar,  em  2015,  impactos  da  ordem  dos 48.471  tep,  instalação  de  1.385.665 m2  coletores  solares  térmicos, medida  esta igualmente prevista no PNAER. 

As  diversas  medidas  identificadas  no  plano  de  ação  permitiriam  alcançar  em  2015,  uma economia energética de cerca de 283 ktep e 139 ktep, respetivamente na energia final relativa aos sectores residencial e serviços. 

Para  enquadrar  a  eficiência  no  sector  do  Estado,  é  criado  um  programa  de  Eficiência Energética  no  Estado  (Programa  E3),  composto  por  quatro  áreas  de  intervenção:  Edifícios, Transportes, Compras Ecológicas e, por fim, Iluminação Pública. 

                                                            17 Resolução de Conselho de Ministros n.º 80/2008, Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE), Portugal Eficiência 2015. 18 Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER), 2009. 

Page 17: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 16  

Os maiores níveis de economia situam‐se na área da energia consumida nos mais de 15.000 locais de consumo do Estado, onde anualmente se consomem cerca de 1,1 TWh de energia elétrica, que adicionados aos consumos de combustíveis líquidos e gasosos, perfazem um total superior a 360 ktep de energia final. Relativamente ao Programa de Eficiência Energética no Estado, apenas faz sentido, neste âmbito, referir as medidas diretamente relacionadas com os edifícios: 

Certificação  Energética  dos  Edifícios  do  Estado:  incentivar  o  processo  de Certificação  Energética  nos  edifícios  do  Estado,  para  que  venha  a  servir  de exemplo para as demais tipologias de edifícios, de modo a alcançar, em 2015, uma economia de 16.401 tep, uma redução de consumo de 5% quando comparado com o consumo de 318.000 tep de energia final registado em 2005; 

Solar  Térmico  em  piscinas:  instalação  de  sistemas  solares  térmicos  para aquecimento  de  águas  quentes  sanitárias  em  piscinas  e  balneários,  operados diretamente por organismos estatais ou em piscinas de privados e nas quais exista serviço público associado, num total de 285 piscinas até 2015, com uma economia de 4.561 tep; 

Solar Térmico em equipamentos desportivos:  instalação nos edifícios  integrados em  equipamentos  desportivos  (balneários  de  apoio  a  pavilhões  e  recintos desportivos)  sistemas  coletores  solares  térmicos,  para  aquecimento  de  águas sanitárias, prevendo‐se a penetração da medida em cerca de 80% dos balneários existentes  e  que  tecnicamente  podem  receber  estes  equipamentos  com  uma economia de 1.576 tep provenientes da intervenção em cerca de 700 instalações; 

Escola Microprodutora:  Instalação de cerca de 2.500 sistemas de microprodução de energia elétrica até 2015, em escolas públicas com viabilidade  técnica para o efeito  (aproveitamento  solar,  micro  eólico  ou  outro),  o  que  permitirá  uma economia no ano de 2015 de cerca de 1.613 tep, decorrente da instalação de cerca de 15 MW de potência, em 2.500 escolas identificadas como alvo da medida. 

Cogeração  Hospitalar:  Criar  centros  de  produção  de  energia  em  unidades hospitalares de grande e média dimensão, que garantam produção endógena de energia  elétrica  e  calor  para  cobrir  parcialmente  as  necessidades  elétricas  e térmicas dos edifícios hospitalares de um modo economicamente viável, num total de  20  sistemas  de  cogeração,  o  que  equivale  a  uma  economia  de  2.137 tep  e corresponde  a  aproximadamente  um  quinto  das  unidades  hospitalares consideradas. 

Tendo em conta a conjuntura económica atual foram revistos os cenários macroeconómicos até  2020  resultando  numa  redução  do  consumo  de  energia  estimada  acentuada  face  à prevista na elaboração do PNAEE e PNAER, podendo estes, por esse motivo, vir a ser revistos. 

4.1.2 Sumário das atividades previstas  relativamente à  implementação da EPBD  recast e da Diretiva das renováveis 

No que diz respeito às atividades relativas à implementação da Diretiva EPBD recast, Portugal está a proceder à alteração dos regulamentos do Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior dos Edifícios (SCE), estando prevista a sua publicação para finais do mês de  junho de 2012. Nesta  revisão  serão estabelecidos  critérios de  classificação mais exigentes no sistema de classificação dos edifícios. 

Page 18: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 17  

Relativamente às atividades previstas na diretiva das renováveis, estas encontram‐se  listadas no  PNAER,  sendo  que  as  de maior  relevância,  no  que  toca  ao  sector  dos  edifícios,  são  o programa  renováveis  na  hora  (acima  descrito)  para  a  área  da  eletricidade,  e  a  aposta  em sistemas descentralizados de produção energia, quer para a produção de AQS, quer para a climatização,  recorrendo  a  sistemas  solares  térmicos,  caldeiras  a  biomassa  ou  bombas  de calor.  

Note‐se que os sistemas de redes térmicas de distribuição de energia (district heating), face às condições  climatéricas de Portugal  apresentariam níveis muito  reduzidos de utilização, não sendo economicamente viáveis. 

 

Refira‐se também que Portugal participa na acção europeia concertada para a implementação da Directiva das Energias Renváveis (2009/28/EC) denominada CA‐RES ( www.ca‐res.eu) onde, quer  a  temática  da  Energia  nos  Edifícios,  quer  as  questões  ligadas  à  Certificação  de instaladores de sistemas de Energias Renováveis, quer ainda as questões ligadas à informação genérica  sobre  as  Energioas Renováveis  e  os  seus benefícios  são  abordadas,  havendo  uma estreita ligação entre a participação nacional no CA‐RES e na iniciativa Buid up Skills. 

4.1.3 Legislação relevante no sector dos edifícios O Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) é  um  dos  três  pilares  sobre  os  quais  assenta  a  legislação  relativa  à  qualidade  térmica  dos edifícios  em  Portugal  e  que  se  pretende  venha  a  proporcionar  economias  significativas  de energia.  Juntamente  com os diplomas que vieram  rever a  regulamentação  técnica aplicável neste âmbito aos edifícios de habitação (RCCTE19) e aos edifícios de serviços (RSECE20), o SCE define regras e métodos para verificação da aplicação efetiva destes regulamentos às novas edificações, bem como, numa fase posterior, aos imóveis já construídos. 

O  RCCTE  estabelece  requisitos  de  qualidade  para  os  novos  edifícios  de  habitação  e  de pequenos serviços sem sistemas de climatização, nomeadamente ao nível das características da  envolvente  (paredes,  envidraçados,  pavimentos  e  coberturas),  limitando  as  perdas térmicas e controlando os ganhos solares excessivos. 

Este regulamento  impõe  limites aos consumos energéticos da habitação para climatização e produção  de  águas  quentes,  num  claro  incentivo  à  utilização  de  sistemas  eficientes  e  de fontes  energéticas  com  menor  impacte  em  termos  de  consumo  de  energia  primária.  A legislação determina também a obrigatoriedade da instalação de coletores solares e valoriza a utilização de outras fontes de energia renovável na determinação do desempenho energético do edifício. 

O RSECE define um  conjunto de  requisitos aplicáveis a edifícios de  serviços e de habitação dotados  de  sistemas  de  climatização,  os  quais,  para  além  dos  aspetos  da  qualidade  da envolvente  e  da  limitação  dos  consumos  energéticos,  abrangem  também  a  eficiência  e manutenção dos sistemas de climatização dos edifícios, obrigando igualmente à realização de auditorias periódicas aos edifícios de serviços. Neste regulamento, a qualidade do ar  interior 

                                                            19 Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 80/2006 de 4 de Abril. 20 Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios – RSECE, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 79/2006 de 4 de Abril. 

Page 19: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 18  

surge também com requisitos que abrangem as taxas de renovação do ar interior nos espaços e a concentração máxima dos principais poluentes. 

A aplicação destes regulamentos é verificada em várias etapas ao longo do tempo de vida de um  edifício,  sendo  essa  verificação  realizada  por  peritos  devidamente  qualificados  para  o efeito.  São  esses  os  agentes  que,  na  prática  e  juntamente  com  a  ADENE,  asseguram  a operacionalidade do SCE.  

A  face mais  visível deste  trabalho é o Certificado  Energético  e da Qualidade do Ar  Interior emitido por um perito, para cada edifício ou fração, e onde os mesmos serão classificados em função do seu desempenho numa escala predefinida de nove classes (A+ a G).  

A emissão do certificado pelo perito é realizada através de um sistema informático de suporte criado para o efeito um registo central de edifícios certificados. 

O Despacho n.º 10250/2008, de 8 de Abril, define o Modelo dos Certificados de Desempenho Energético  e  da Qualidade  do Ar  Interior,  emitidos  no  âmbito  do  SCE. Do mesmo modo o Despacho  n.º 11020/2009,  de  30  de  Abril,  define  as  regras  de  simplificação  a  adotar  na Certificação Energética de Edifícios Existentes no âmbito do RCCTE, permitindo uma análise expedita  das  frações  ou  edifícios  para  as  quais  não  exista  informação  disponível  para  a aplicação integral do cálculo regulamentar daquele regulamento. 

O Decreto Legislativo Regional n.º 1/2008/M, de 11 de Janeiro, adapta à Região Autónoma da Madeira o SCE, o RSECE e RCCTE. Por sua vez, o Decreto Legislativo Regional n.º 16/2009/A, de 13 de Outubro, adapta à Região Autónoma dos Açores o SCE. 

O Decreto‐Lei nº 363/2007, de 2 de Novembro, com a redação dada pelo Decreto‐Lei nº 118‐A/2010, de 25 de Novembro, estabelece o regime jurídico aplicável à produção de eletricidade por  intermédio  de  instalações  de  pequena  potência,  designadas  por  unidades  de microprodução,  com  potência  de  ligação  até  5,75  kW,  no  regime  geral,  e  até  3.68kW,  no regime  bonificado.  Para  ter  acesso  às  tarefas  de  venda  de  eletricidade  bonificadas,  os promotores  desta medida  terão  obrigatoriamente  de  instalar  sistemas  solares  térmicos  ou outros sistemas equivalentes que utilizem fontes renováveis de energia. 

O Decreto‐Lei nº 34/2011, de 8 de Março, estabelece o regime  jurídico aplicável à produção de eletricidade por intermédio de instalações de pequena potência, designadas por unidades de miniprodução, com potência de ligação até 250 kW. 

4.1.4 Contribuição prevista do sector da construção para os objetivos de 2020 Da extensão das medidas previstas no PNAEE para 2020, prevê‐se uma redução de cerca de 1335 ktep no consumo de energia final. 

Das medidas descritas em 4.1.1, prevê‐se que contribuam para o cumprimento das metas de 2020 para a eficiência energética conforme exposto no Quadro 4.1. 

Quadro 4.1 – Medidas e Contributos para os objetivos de 2020 (global). 

Medida Contributo (ktep) 

Renove Casa e Escritório  322,8 

Sistema de Certificação Energética nos Edifícios 

241,3 

Page 20: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 19  

Renováveis na Hora (solar térmico)  52,7

Programa Eficiência Energética no Estado  95,4

Total  712,2 

 

Dentro  destas medidas  existem  sub medidas  que  dizem  diretamente  respeito  ao  setor  da construção.  Assim,  refinando  a  análise,  concluímos  que  o  contributo  que  este  setor  pode trazer para o  cumprimento das metas  de  eficiência  energética  para  2020  é  de  496,8  ktep, conforme se explicita no Quadro 4.2. 

Quadro 4.2 – Medidas e Contributos para os objetivos do setor da Construção. 

Medida  Contributo (ktep) 

Renove Casa e Escritório  130,5 

Sistema de Certificação Energética nos Edifícios 

241,3 

Renováveis na Hora (solar térmico)  52,7 

Programa Eficiência Energética no Estado  72,3 

Total  496,8 

 

No que respeita ao contributo para o cumprimento da meta de consumo de energia renovável para 2020, prevê‐se que por intermédio da medida Renováveis na Hora, nomeadamente pelo Programa  de Microprodução,  sejam  produzidos  cerca  de  375  GWh,  para  uma  capacidade instalada de 250 MW. 

4.2 No domínio da educação e formação profissional 

4.2.1 A Estratégia e política Nacional para a Energia e os empregos verdes A Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020) compõe‐se de um conjunto de medidas que visa relançar a economia e promover o emprego, apostar na investigação e desenvolvimento tecnológicos e aumentar a nossa eficiência energética.  

É esperado que  com a ENE 2020  sejam atingidos, entre outros, os  seguintes  resultados em termos de emprego nacional: 

Consolidação  do  cluster  associado  às  energias  renováveis  em  Portugal, assegurando,  em  2020,  a  obtenção  de  um  Valor  Acrescentado  Bruto  (VAB)  de 3.800 milhões de euros e a criação de mais 100.000 postos de trabalho (a acrescer aos 35.000 já existentes no sector). 

Continuar  a desenvolver o  cluster  industrial  associado  à promoção da  eficiência energética, assegurando a criação de 21.000 postos de trabalho anuais, gerando um  investimento  de  13.000  milhões  de  euros  até  2020,  e  proporcionando exportações adicionais de 400 milhões de euros. 

Page 21: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 20  

O sector das energias renováveis constitui assim um sector com um potencial de crescimento elevado,  que  terá  impreterivelmente  de  ser  acompanhado  por  uma  estratégia  ao  nível  da formação  que  permite  responder  às  necessidades  de  qualificações  neste  sector.  Por  outro lado,  este  tem  vindo  a  ser  considerado  um  sector  potencialmente  gerador  de  empregos verdes.  

De uma forma global, pode dizer‐se que os empregos verdes são «empregos que reduzem de forma  gradual  os  impactes  ambientais  e  sociais  das  diversas  atividades  económicas, integrando uma grande variedade de formações e de tipos de profissão e abrangendo, tanto economias  rurais,  como urbanas. As  atividades  associadas  a  emprego  verde podem  refletir “diferentes tons” de verde, pelo que diferentes empregos contribuem de forma diferente para os objetivos e metas de sustentabilidade. Deste modo, a abrangência do conceito aponta para que nem  todos os empregos sejam verdes da mesma  forma ou com o mesmo grau, ou seja, que nem todos contribuem para sustentabilidade de  forma  igual e que nem  todos garantem condições de trabalho justas e dignas»21. 

Para além da área das energias renováveis e da eficiência energética, também a construção, a agricultura  e  os  transportes  sustentáveis  são  frequentemente  apontados  como  também potencialmente geradoras de emprego verde. 

Este  crescimento  da  importância  e  da  procura  de  empregos  verdes  associados  a  novas competências, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista mais comportamental e do domínio das atitudes perante o trabalho, traz desafios acrescidos não apenas à gestão do sistema de  educação  e  formação, mas  também  aos diferentes operadores de  formação no sentido de encontrar estratégias para o desenvolvimento das novas competências requeridas. 

Estes desafios vão colocar‐se não só em profissões mais tradicionais como provavelmente no surgimento de novas áreas profissionais e consequentemente novos perfis profissionais. 

4.2.2 O Sistema Nacional de Qualificações O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ), criado em 2007, a partir da reforma do sistema de formação  profissional,  teve  como  objetivo  integrar,  num  único  sistema,  a  formação profissional inserida no sistema educativo e a formação profissional integrada no mercado de trabalho, com instrumentos e objetivos comuns.  

A elevação dos baixos níveis de qualificação da população portuguesa, herança pesada que nos  afasta  consideravelmente da média da União  Europeia,  constituíram o  desígnio para  a uma  aposta na diversificação de oportunidades de qualificação para  jovens  e  adultos,  com vista  à  obtenção  de  uma  dupla  certificação  (habilitação  escolar  e  certificação  profissional), bem  como  na  flexibilização  das  ofertas  de  formação  para  adultos  e  na  valorização,  no reconhecimento  e  na  certificação  de  competências  adquiridas  em  contextos  não  formais  e informais. 

Um dos principais instrumentos deste SNQ é o Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) que tem como objetivo estruturar uma oferta relevante de formação inicial e contínua, ajustada às necessidades das empresas e do mercado de trabalho, tendo por base as necessidades atuais e emergentes das empresas e dos sectores.  

                                                            21 CEEETA‐ECO (2010), Estudo sobre empregos verdes em Portugal. 

Page 22: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 21  

Neste  sentido, o CNQ organiza  as qualificações de dupla  certificação do  SNQ, de nível não superior, e  integra os  referenciais que promovem e apoiam o seu desenvolvimento.  Integra atualmente 261 qualificações, organizadas por áreas de educação e formação e por níveis de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações, e disponibiliza para cada qualificação um perfil  profissional,  um  referencial  de  formação  e  um  referencial  para  o  reconhecimento, validação e certificação de competências, escolares e profissionais. 

Para além das qualificações em áreas tradicionais da construção civil como canalizador, pintor, ladrilhador/azulejador,  pedreiro,  bem  como  as  qualificações  a  um  nível  mais técnico/intermédio como técnico de obra, técnico de desenho de construção civil, técnico de topografia ou de medições e orçamentos, o CNQ  integra  também qualificações na área das energias renováveis, designadamente: técnico instalador de sistemas solares térmicos, técnico instalador de sistemas solares  fotovoltaicos,  técnico  instalador de sistemas eólicos e  técnico instalador de sistemas de bioenergia.  

O CNQ  integra referenciais de formação para estas qualificações de modo a que possam ser acessíveis através de um conjunto de modalidades de educação e formação, quer orientadas para jovens que concluíram o ensino básico e pretendem obter uma qualificação profissional – cursos  profissionais  ou  cursos  de  aprendizagem  ‐,  quer  para  adultos,  que  não  detenham qualificação numa determinada área profissional – cursos de educação e formação de adultos (EFA) e Formações modulares certificadas. Estas ofertas serão explicitadas no ponto 6 deste relatório. 

Para  além  do  percurso  formativo,  estas  qualificações  poderão  ser  acessíveis  através  do reconhecimento, validação e certificação de competências escolares e profissionais.  

São qualificações de âmbito nacional, que podem ser promovidas por diferentes tipologias de operadores  de  formação:  escolas  básicas  e  secundárias,  escolas  profissionais,  centros  de formação  da  rede  do  Instituto  de  Emprego  e  Formação  Profissional,  entidades  formadoras certificadas, entre outras.  

A conclusão com aproveitamento de um percurso de qualificação integrado no CNQ dá lugar à emissão de um certificado de qualificações e de um diploma, que atesta que o profissional detém  as  competências  associadas  ao  respetivo  perfil  profissional,  e  atribui  um  nível  de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações. 

4.2.3 O Quadro Nacional de Qualificações e o Quadro Europeu de Qualificações Um dos objetivos da criação do sistema nacional de qualificações assentou na promoção da coerência,  da  transparência  e  da  comparabilidade  das  qualificações,  a  nível  nacional  e internacional. 

Neste sentido, foi criado o Quando Nacional de Qualificações (QNQ) que constitui um quadro de  referência único para  classificar  todas as qualificações produzidas no âmbito do  sistema educativo e formativo nacional, independentemente do nível e das vias de acesso. O QNQ foi criado  pelo  Decreto‐Lei  n.º  396/2007,  de  31  de Dezembro,  e  é  regulado  pela  Portaria  n.º 782/2009,  de  23  de  Julho,  que  revoga  a  aplicação  da  estrutura  dos  níveis  de  formação estabelecidos  com  a  Decisão  nº  85/368/CEE,  do  Conselho,  de  16  de  Julho,  adotando  os princípios  do  Quadro  Europeu  de  Qualificações  (QEQ)  no  que  se  refere  aos  níveis  de qualificação  e  à  descrição  das  qualificações  nacionais  em  termos  de  resultados  de aprendizagem, consagrando, assim, o princípio de convergência com o QEQ. 

Page 23: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 22  

Está em vigor desde 1 de outubro de 2010 e tem um âmbito de aplicação nacional. 

   

Page 24: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 23  

Quadro 4.3 ‐ A estrutura do Quadro Nacional de Qualificações 

Níveis de qualificação 

Qualificações 

Nível 1  2.º Ciclo do ensino básico

Nível 2 3.º Ciclo do ensino básico obtido no ensino básico ou por percursos de dupla certificação 

Nível 3 Ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior 

Nível 4 

Ensino secundário obtido por percursos de dupla certificação ou ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior acrescido de estágio profissional ‐ mínimo de 6 meses 

Nível 5 Qualificação de nível pós‐secundária não superior com créditos para prosseguimento de estudos de nível superior 

Nível 6  LicenciaturaNível 7  MestradoNível 8  Doutoramento

Fonte: Portaria nº782/2009, de 23 de Julho 

Cada  nível  de  qualificação  do QNQ  é  explícito  através  de  um  conjunto  de  indicadores  de resultados  de  aprendizagem  em  termos  de  conhecimentos,  aptidões  e  atitudes,  de  acordo com o Quadro 4.4. 

   

Page 25: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 24  

Quadro 4.4 ‐ Descritores dos níveis de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações. 

Nível  Conhecimentos  Aptidões Atitudes 

Nível não

 sup

erior 

1  Conhecimentos gerais básicos Aptidões básicas necessárias à realização de tarefas simples 

Trabalhar ou estudar sob supervisão direta num contexto estruturado. 

Conhecimentos factuais básicos numa área de trabalho ou de estudo 

Aptidões cognitivas e práticas básicas necessárias para a aplicação da informação adequada à realização de tarefas e à resolução de problemas correntes por meio de regras e instrumentos simples. 

Trabalhar ou estudar sob supervisão, com um certo grau de autonomia 

Conhecimentos de factos, princípios, processos e conceitos gerais numa área de estudo ou de trabalho 

Uma gama de aptidões cognitivas e práticas necessárias para a realização de tarefas e a resolução de problemas através da seleção e aplicação de métodos, instrumentos, materiais e informações básicas. 

Assumir responsabilidades para executar tarefas numa área de estudo ou de trabalho. Adaptar o seu comportamento às circunstâncias para fins de resolução de problemas. 

Conhecimentos factuais e teóricos em contextos alargados numa área de estudo ou de trabalho 

Uma gama de aptidões cognitivas e práticas necessárias para conceber soluções para problemas específicos numa área de estudo ou de trabalho. 

Gerir a própria atividade no quadro das orientações estabelecidas em contextos de estudo ou de trabalho, geralmente previsíveis, mas suscetiveis de alteração. Supervisionar as atividades de rotinas de terceiros, assumindo determinadas responsabilidades em matéria de avaliação e melhoria das atividades em contextos de estudo ou de trabalho. 

Nível não

 supe

rior, p

ós 

secund

ário 

5 Conhecimentos abrangentes, especializados, factuais e teóricos numa determinada área de estudo ou de trabalho e consciência dos limites desses conhecimentos. 

Uma gama abrangente de aptidões cognitivas e práticas necessárias para conceber soluções criativas para problemas abstratos. 

Gerir e supervisionar em contextos de estudo ou de trabalho sujeitos a alterações imprevisíveis. Rever e desenvolver o seu desempenho e o de terceiros.  

Nível sup

erior 

6 Conhecimento aprofundado de uma determinada área de estudo ou de trabalho que implica uma compreensão crítica de teorias e princípios 

Aptidões avançadas que revelam a mestria e a inovação necessárias à resolução de problemas complexos e imprevisíveis numa área especializada de estudo ou de trabalho. 

Gerir atividades ou projetos técnicos ou profissionais complexos, assumindo a responsabilidade da tomada de decisões em contextos de estudo ou de trabalho imprevisíveis. Assumir responsabilidades em matéria de gestão do desenvolvimento profissional individual e coletivo. 

7  Conhecimentos altamente especializados, alguns dos quais se encontram numa determinada área de estudo ou de trabalho, que sustentam a capacidade de reflexão original e ou investigação. Consciência crítica das questões relativas aos conhecimentos numa área e nas interligações entre várias áreas. 

Aptidões especializadas para a resolução de problemas em matéria de investigação e ou inovação, para desenvolver novos conhecimentos e procedimentos e integrar os conhecimentos de diferentes áreas. 

Gerir e transformar contextos de estudo ou de trabalho complexos, imprevisíveis e que exigem abordagens estratégicas novas. Assumir responsabilidades, por forma a contribuir para os conhecimentos e as práticas profissionais e ou rever o desempenho estratégico de equipas. 

Conhecimentos de ponta na vanguarda de uma área de estudo ou de trabalho e na interligação entre áreas. 

As aptidões e as técnicas mais avançadas e especializadas, incluindo capacidade de síntese e de avaliação, necessárias para a resolução de problemas críticos na área da investigação ou da inovação para o alargamento e a redefinição dos conhecimentos ou das práticas profissionais existentes. 

Desenvolver um nível considerável de autoridade, inovação, autonomia, integridade científica ou profissional e assumir um firme compromisso no que diz respeito ao desenvolvimento de novas ideias ou novos processos na vanguarda de contextos de estudo ou de trabalho, inclusive em matéria de investigação. 

Fonte: Portaria nº782/2009, de 23 de Julho 

Page 26: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  

 

NqfeqnQrd

Od

Na realidade,qualificaçõeserramenta  qqualificaçõesnacional nãoQEQ, quer  eesultados dede enquadrar

O processo dde qualificaçã

, o QEQ, par  produzidasque  tem  po  e  contribuío  foi exceçãom  termos de aprendizagr todas as qu

de referenciaão nacionais

Figura 4.1 os níveis d

a além de cos  por  diferotenciado  prído  para  a o, e na criaça  estruturaçgem, que se ualificações n

ação do QNQ e os níveis d

‐ Relação entde qualificação

onstituir um entes  sistemrocessos  de criação  de ão do QNQ ção  em 8 nírevelaram anacionais. 

Q ao QEQ dede qualificaçã

tre os níveis do do Quadro 

Formação pa

dispositivo dmas,  tem  vreforma  emquadros  naa opção  recíveis, quer nadequados a

eterminou uão do QEQ.

de qualificaçãoEuropeu de Q

BUara as Renováv

An

de tradução/vindo  a  assm  muitos  sicionais  de  qcaiu na adoçno que  se  reao contexto 

ma relação 

 o nacionais (QQualificações 

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

/comparabilsumir‐se  coistemas  nacqualificaçõesção dos prinefere  à descportuguês e 

direta entre

QNQ) e (QEQ). 

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 25 

idade das omo  uma ionais  de s.  O  caso ncípios do crição dos passíveis 

 os níveis 

Page 27: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 26  

5 ESTATÍSTICAS NO SECTOR ENERGÉTICO E DA CONSTRUÇÃO 

5.1 Estatísticas no sector da construção 

5.1.1 Parque edificado Em Portugal, conforme indicado no estudo do Buildings Performance Institute Europe22 (BPIE), a  área  construída  é  de  aproximadamente  400  milhões  de  m2,  sendo  que  os  edifícios residenciais representam cerca de 75%, valor este que se aproxima da média europeia. 

O  CENSOS  de  2011  contabilizou  mais  de  3,5  milhões  de  edifícios  destinados,  total  ou parcialmente,  à  habitação23.  A  proporção  entre  edifícios  com  apenas  um  alojamento  e  os restantes (multi‐familiares) é de 87%, o que não representa efectivamente a percentagem de vivendas  na  medida  em  que  poderão  existir  edifícios  com  um  único  alojamento  e  cujos restantes  fogos  se  destinem  a  outras  atividades,  nomeadamente  económicas.  O  sector residencial é, sem qualquer dúvida, o segmento de maior dimensão, em termos de número de edifícios  e  área  construída,  muito  embora  não  existam  estatísticas  nacionais  relativas  ao universo de edifícios não residenciais. Nesse sentido recorreu‐se ao número total de edifícios construídos  entre  1999  e  2010  não  destinados  à  habitação24,  o  que  equivale  a  um  total acumulado de 73.887 e 15,4% do total de edifícios construídos nessa década (479.431). 

O parque habitacional, segundo os dados do último CENSOS, apresenta uma distribuição pelos vários períodos definidos para os últimos 100 anos,  segundo  a distribuição  apresentada na Figura 5.1. Notar que os edifícios destinados à habitação construídos nas últimas duas décadas são cerca de 1 milhão (1.034 mil), pelo poderá estimar‐se que nesse mesmo período tenham sido construídos cerca de 180.000 edifícios não residenciais. Uma estimativa possível para o universo total destes edifícios é de 300  ‐ 400 mil edifícios, com o pressuposto que a taxa de edifícios não residenciais tem vindo a crescer nas últimas décadas. 

                                                            22 BPIE (2011), Europe’s buildings under the microscope, a country‐by‐country review of the energy performance of buildings. 23  Para  efeitos  censitários  apenas  foram  considerados  os  edifícios  com  pelo  menos  um  alojamento,  não  sendo recenseados os edifícios  totalmente utilizados para  fins diferentes de habitação, pelo que não  foram  recenseados os edifícios que se destinam exclusivamente a actividades económicas. Incluíram‐se, no entanto, todas as construções que constituam  alojamento  colectivo  (hotéis,  pensões  e  alojamentos  de  convivência  –  lares  de  idosos,  centros  de acolhimento para crianças, hospitais, colégios com internato, prisões, etc.). 24 INE (2011), Estatísticas das Obras Concluídas. 

Page 28: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 27  

 

Figura 5.1 – Edifícios por época de construção. Fonte: CENSOS 2011 e estimativa nas Estatísticas das Obras Concluídas, INE (2011). 

Quanto  à  desagregação  dos  edifícios  não  residenciais  por  categorias,  apresentam‐se  no Quadro 5.1 o número de edifícios licenciados nos anos de 2009 e 2010. 

Quadro 5.1 – Edifícios novos não residenciais licenciados em 2009 e 2010. 

  Nº edifícios  Área [mil m2] 

Agricultura e Pesca  1.164  13%  414  6% 

Indústria  864  9%  1.683  24% 

Turismo  418  5%  663  10% 

Outros serviços  1.681  18%  2.391  34% 

Outros destinos  5.098  55%  1.800  26% 

TOTAL NÃO RESIDENCIAL  9.225    6.951   

TOTAL RESIDENCIAL  30.856    9.504   

Fonte: Estatísticas da construção e habitação, INE (2010). 

Embora que não diretamente comparáveis, servem de referência os dados relativos à média europeia apresentados no estudo do BPIE20 em que os edifícios comerciais (retalho e grande distribuição)  representam  a maior  fatia  (28%),  seguindo‐se  os  edifícios  de  escritórios,  com cerca  de  23%,  e  os  estabelecimentos  de  ensino  com  17%.  De  realçar  ainda  duas  outras tipologias, os hotéis/restaurantes com 7% e Outros  (armazéns, garagens, edifícios agrícolas) com uma quota de 11%. 

Conforme  explicitado  pela  AECOPS25,  a  procura  no  sector  da  Construção  regista  um  valor bastante baixo, sendo de destacar: 

                                                            25 AECOPS (2012), Análise Regional. 

Page 29: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 28  

Em 2011 foram licenciados menos de 17 mil fogos, o que constituiu o valor mais baixo desde  1995,  sendo  de  registar  também  que  este  ano  é  o  12º  em  que consecutivamente se verificaram quebras em termos de pedidos de licenciamento. 

Por outro lado, até Fevereiro, os indicadores relativos ao mercado das obras públicas revelam  quebras  significativas  ao  nível  de  concursos  abertos  (‐64%),  bem  como  de adjudicados  (‐37%), valores que estão em  linha com o verificado em 2011  (‐29% de concursos abertos). 

Em resultado dessas quebras, as estruturas empresarial e de emprego têm vindo a ser negativamente afectados, tal como os números abaixo demonstram: 

Diminuição de empresas licenciadas, sendo que até ao início de Março, em relação às  com  alvará  de  construção  se  verificaram  quebras  de  8,5%  e  com  título  de registo de 3,7%. 

Aumento  do  número  de  insolvências  de  empresas  de  construção,  isto  é, mais 17,3%  em  2011  relativamente  ao  ano  anterior,  o  que  correspondeu  a  1  138 empresas (mais de 3 por dia). 

Em 2011  foi atingido o nível mais baixo de emprego no  sector da Construção, o qual não ultrapassou 418 mil  trabalhadores,  sendo o mais baixo dos últimos 14 anos. Conforme reportado no  Inquérito ao Emprego do  INE, em 2011, o número médio de  trabalhadores  empregados  foi de  440,3 mil,  isto  é,  9,1% do  emprego total (9,7 em 2010). 

O  nível  de  desemprego  e  de  inscritos  nos  centros  de  emprego  associado  à Construção tem subido de forma assinalável (mais de 90 mil até finais de Janeiro) valor que corresponde a 15,3% do desemprego total. Outro dado  importante é o crescimento  homólogo  nesse mês  que  foi  de  22%,  em  claro  contraste  com  o verificado no desemprego total (14%). 

Na perspectiva da FEPICOP26, no que respeita à construção de novos edifícios, em Dezembro de 2011,  foram  licenciados 997  fogos  (‐42% em  relação  ao período homólogo). Em  termos globais, o número de fogos licenciados foi de 16 737 (‐32,% por comparação com 2010). 

Por tipo de edifícios, nos para habitação, em 2011, no período homólogo a redução foi 1.627 m2.  Já nos edifícios de  serviços, verificou‐se que a área  licenciada nesse ano  foi  inferior em aproximadamente  312.108  m2,  comparativamente  aos  3.083.267  m2  registados  em  2010. Tendo em conta o tipo de utilização, as maiores quebras registam‐se nos de turismo (‐25%), seguindo‐se os destinados ao comércio (‐19,6%) e de uso geral (‐12,7%) (Figura 5.2). 

No que  concerne  ao  consumo de  cimento,  a  redução  atingiu  18,4%  em Dezembro  face  ao valor  homólogo  de  2010,  e  que  confirmou  o  que  se  vinha  constatar  desde  2001  e  que corresponde a uma quebra acumulada de 55,6%. 

                                                            26 FEPICOP (2012), Análise da conjuntura, n.º 59. 

Page 30: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 29  

 Figura 5.2 – Área licenciada em edifícios não residenciais. Extraído de Análise da conjuntura FEPICOP 24, Fonte: INE. 

 Figura 5.3 – Principais atores do mercado da construção. 

Extraído de Análise da conjuntura FEPICOP 24, Fonte: ATIC, FEPICOP. 

De acordo  com a  informação  contida no documento do  INE27, em 2011, os  indicadores em termos  de  licenciamento  de  obras  são  os  mais  baixos  de  sempre.  Com  efeito,  foram licenciados 5,7 mil edifícios, o que corresponde a um decréscimo anual de 10,7% (4º trimestre de 2011). Relativamente a edifícios concluídos, a variação média anual foi de 3,7%, tendo sido concluídos  7,6 mil  edifícios.  Tendo  como  referência  o  1ºtrimestre  de  2001,  o  número  de edifícios para habitação concluídos foi o mais baixo de sempre. De referir a redução em 6% no que  respeita  a  edifícios  licenciados,  e  por  outro  lado,  estimativas  que  apontam  para  um acréscimo de 1,9 para os edifícios concluídos. 

5.1.2 Edifícios com elevado desempenho energético A  informação  a  seguir  disponibilizada  diz  respeito  a  uma  síntese  actualizada mensalmente sobre Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE),  no  que  respeita  ao  registo  de  Certificados  Energéticos  (CE)  e  Declarações  de Conformidade  Regulamentar  (DCR),  sendo  que  se  aplicam,  respectivamente,  a  edifícios construídos e a edifícios em fase de projeto. 

                                                            27 INE (2012), Destaque: informação à comunicação social de 15 de Março. 

Page 31: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  

 

Eqeca

Einn

Omcpo

  28 A bafogos/

Existem cercaquais, 100 mexistentes e continuam a a entrada em

D

Em  2011‐201ntensificaçãoneste ano 8%

O número totmostra que certificados. predominâncobservadas a

                      

ase de certificaç/unidades de al

a de 500 milil encontramrecém‐constliderar com 

m vigor do SC

FiguDeclarações d

12,  a médiao  de  emissã% dos registo

tal de registoLisboa,  PortEstes  distr

cia  nas  clasa nível nacion

                      

ção do SCE é a lojamento, pelo

 imóveis cerm‐se em fasetruídos que 90% dos cerE, encontra‐

ura 5.4 – Númde Conformida

a mensal  deão  de  certifs. 

os no SCE poo,  Setúbal  eritos  abarcasses  energénal. 

              

fração autónomo que não é pos

rtificados no e de projectojá  tiveram urtificados em‐se na Figura

mero de Certifade Regulame

e  registos  é ficados  para

or classe de ee  Faro  são oam  65%  dtica  “C”  e 

ma, aqui identifssível quantifica

Formação pa

Sistema de o e os restanuma DCR. Osmitidos no SC 5.4. 

ficados Energentar (DCR) e

de  9,1 mil a  imóveis  re

eficiência enos que detêmo  universo “B”,  espelh

ficada por imóvar a proporção 

BUara as Renováv

An

Certificação tes 400 mil28

s  imóveis deCE. A evoluçã

géticos (CE) e emitidos. Font

certificadosecém‐constr

ergética e pom  um maiorde  imóve

hando  a  in

vel e que no casdo parque edif

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

Energética (8 respeitam estinados à hão dos regist

te: ADENE. 

s  observandoruídos  repre

or distrito (Fr número deis  certificadcidência  da

so residencial eficado já certific

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 30 

(SCE), dos a imóveis habitação tos, desde 

 

o‐se  uma esentando 

igura 5.5) e  imóveis dos,  com s  classes 

equivale aos cada. 

Page 32: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  

 

Os Cetêm comptipo certif

O nívedifícpoteneficiê

Figura 5.5

Figura 5

ertificados Erespectivampleta de clasde  edifícios,ficados. 

vel de eficiêncios  novos. ncial  de  aumência energé

 – Número deemitid

5.6 – Classe en

Energéticos dente a  segusses energét,  a  90%  e  1

ncia energétPara  além  dmento  de  etica. 

e Certificadosdos por distrit

nergética dos

dos  imóveisuinte  repartiçicas dentro 10%  corresp

tica nos edifda  reabilitaçeficiência  en

s Energéticos/to e por class

novos edifíci

existentes dção 18.675 edas duas catondem  resp

fícios existenção  tradicionnergética  ap

Formação pa

/Declarações se energética.

os e dos edifí

de habitaçãoe 392, aproxtegorias. Qupectivamente

ntes é baixo,nal,  os  edifípós  introduç

BUara as Renováv

An

de Conformid Fonte: ADEN

ícios existente

o e  serviços ximadamentuanto à repae  cerca  de  4

, quando coícios  existenão  de  med

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

 

dade RegulamNE. 

es. Fonte: ADE

com a classte 5% e 1% rtição perce460  e  40 mi

mparado cotes  têm  umidas  de  me

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 31 

mentar 

 ENE. 

se A e A+ da escala entual por il  imóveis 

om os dos m  elevado lhoria  de 

Page 33: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  

 

As exconsienqu

O Sisda  efdesemresidregul

A Figdos ee apó

xigências intriderável  meadrar outras

stema de Cerficiência  enempenho  enencial para amentação 

Figura 5.

gura 5.8 permedifícios no sós a entrada 

Figurado

roduzidas pelhoria  da  efs medidas de

rtificação Energética  dosnergético,  nos edifícios dos edifícios

.7 – Necessidanos edifíc

mite avaliar sector resideem vigor da

a 5.8 –. Evoluços elementos d

ela regulameficiência  enee melhoria.

nergética de s  edifícios.  Aomeadamenexistentes es em 2006, re

ades de energcios existente

a evolução encial (edifíc regulament

ção do coeficida envolvent

entação térmergética  dos

Edifícios (SCA  Figura  5.7nte  as  necee novos, conespetivamen

gia em condiçes (esquerda)

o desempenios existentetação dos ed

iente de transe dos edifício

Formação pa

mica dos edifís  edifícios,  e

CE) é uma fe7  permite  avessidades  nstruídos antnte. 

ções nominaise novos (dire

nho energéties e novos, cifícios em 20

smissão térmos no sector re

BUara as Renováv

An

ícios em vigoembora  que

erramenta mvaliar  a  evonominais  detes e após a 

s, expressas eeita) Fonte: AD

ico dos elemconstruídos r006). 

 

ica, expressosesidencial. Fo

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

or, conduzirae  ainda  seja

muito útil na lução  dos  íne  energia  nentrada em

em kWh/(m2.aDENE. 

mentos da enrespetivame

 

s em W/(m2.Knte: ADENE. 

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 32 

am a uma a  possível 

avaliação ndices  de no  sector m vigor da 

 

ano), 

nvolvente nte antes 

K), 

Page 34: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 33  

Do  estudo  levado  a  cabo  pela  DGEG  com  base  num  inquérito  às  famílias29  existe  ainda informação  sobre  a  existência  de  isolamento  térmico  na  envolvente  dos  edifícios,  que  se encontram no Quadro 5.1. 

Quadro 5.1 – Número de alojamentos com isolamento térmico na envolvente exterior. 

Localização do isolamento Nº de 

alojamentos % 

Paredes exteriores com isolamento   828 494  21,1 

Cobertura do alojamento com isolamento (1)   434 099  17,1 

(1) Apenas considerados os apartamentos localizados no último piso e moradias 

O  inquérito  apresenta  ainda  uma  caracterização  das  superfícies  envidraçadas  dos  edifícios residenciais que se encontra no Quadro 5.2.  

                                                            29 DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico. 

Page 35: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 34  

 

 

Quadro 5.2 Tipologia de vãos envidraçados por orientação da fachada  

Tipologia de vidros por  orientação de fachadas,  

Portugal 2010 

Fachadas viradas a Sul Fachadas viradas a Sul(Oriente) 

Fachadas viradas a Poente (Ocidente) 

N.º Alojamentos Área média dos vidros 

N.º Alojamentos Área média dos vidros 

N.º Alojamentos Área média  dos vidros 

Tipo de vão envidraçado   N.º  %  m2/aloj N.º   % m2/aloj  N.º  %  m2/aloj 

Vidros simples  1 982 799 75,4 4,5 1 968 296   72,3 4,5 1 915 448  72,3 4,3 

Vidros duplos, caixilharia sem corte térmico  

495 894  18,9 6,3 620 719   22,8 6,5 604 934 22,8 6 

Vidros duplos, caixilharia com corte térmico 

 184 583 7,0 7,2 164 313  6 5,5 160 542  6,1 5,3 

 

Page 36: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 35  

5.2 Empresas que operam no Sector da Construção 

Segundo o Relatório do InCI30 de Setembro de 2011, a legislação em vigor (DL n.º12/2004, DL n.º18/2008 e DL n.º69/2011) que enquadra a actividade da construção, obriga a que o seu exercício pelos diversos agentes detenham uma  licença  (alvará ou título de registo) cuja emissão é da competência daquela entidade. 

Essa  licença, em função do nível associado, estabelece o  limite para o valor das obras a realizar, e com base nas categorias e subcategorias definidas pela Portaria n.º 19/2004, de 10 de Janeiro. 

No  final  de  2011,  existiam  no  sector  da  construção  23.555  empresas  habilitadas  com Alvará e 37.693 com Título de Registo (Quadro 5.3). 

Quadro 5.3 – Empresas habilitadas a exercer a atividade da construção. 

  Com Título de Registo 

Com Alvará 

Total de empresas 

2009  39728  24243  63971 

2010  38931  23859  62790 

2011  37693  23555  61248 

Fonte: InCI 

Ainda  segundo  o  mesmo  Relatório,  embora  com  uma  tendência  de  quebra  ligeira, verifica‐se uma estabilidade no que se refere ao número de licenças atribuídas. É aí dito também que essa quebra, de apenas 1,6%, não é sinónimo que o sector não esteja a ser afectado pela crise. 

Outro dado referido tem a ver com o facto de se estar a registar alterações significativas dos agentes de determinadas classes, traduzidas por aumentos nas classes 2 (2,12%) e 5 (1,09%). 

Por outro lado, constata‐se um decréscimo de 2,1% no que se refere a licenças atribuídas, as quais caíram de 39 780 para 38 931 em 2009. Sendo estas válidas por cinco anos, o impacto da redução da actividade acaba por se esbater no tempo. 

Como aspecto positivo, os resultados da análise dos indicadores das 20 maiores empresas mostram/revelam que a respectiva performance económica e financeira é mais sólida no conjunto das empresas do sector. 

O Quadro 5.4 permite visualizar o número de empresas em volume de negócios, por classe. 

   

                                                            30 InCi (2011), O Sector da Construção em Portugal em 2010. 

Page 37: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 36  

Quadro 5.4 – Número de empresas por classe de volume de negócios. 

Total de empresas  Nº Classe 1  179 Classe 2  51 Classe 3  34 Classe 4  23 Classe 5  8 Classe 6  2 Total  297 

Fonte: InCI, I.P. 

5.3 Estatísticas do Emprego na Construção 

5.3.1 Enquadramento Pretende‐se, neste ponto, caracterizar o emprego nas atividades do sector da construção e da  energia  cujos  profissionais  tenham  um  potencial  de  intervenção  em  atividades profissionais  que  podem  contribuir  para  uma maior  eficiência  energética,  considerando que é este o objetivo do presente trabalho. Assim, não se optou por uma análise do sector na  sua  globalidade,  mas  apenas  das  atividades  e  profissões  que  concorrem  mais diretamente para o cumprimento deste objetivo. 

Os dados estatísticos foram recolhidos junto do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Economia e do Emprego, e referem‐se à informação constante dos Quadros de  Pessoal.  Os  últimos  dados  oficiais  disponíveis,  discriminados  por  profissão, correspondem a 2007, 2008 e 2009, e utilizam a Classificação das Atividades Económicas CAE Rev3, bem como a Classificação Nacional de Profissões de 94 (CNP 94). De notar que a partir de 2011, a CNP de 94 deixou de ser utilizada na recolha de dados para a produção das  estatísticas  nacionais,  tendo  sido  substituída  pela  Classificação  Portuguesa  de Profissões (CPP 2010). 

Neste sentido, e com vista á  recolha da  informação estatística com base exclusivamente em  fontes oficiais,  foram selecionadas apenas algumas atividades económicas no âmbito do sector da Construção, bem como apenas algumas profissões constantes na CNP 94 que, do  nosso  ponto  vista,  melhor  se  ajustam  ao  objetivo  deste  trabalho.  O  Quadro  5.5 apresenta  o  conjunto  de  profissões  do  setor  da  construção  e  o  conjunto  de  atividades económicas, que foram utilizados na presente análise estatística.  

Valerá a pena explicitar uma nota relativa aos profissionais das energias renováveis, uma vez que se notará a sua ausência de  forma explícita na análise que se segue. De  facto, a Classificação Nacional de Profissões  (CNP94), utilizada na  recolha dos dados  relativos ao período  em  análise,  não  integrava  nenhuma  profissão  nestes  domínios,  pelo  que  os profissionais  que  desenvolviam  atividade  nestas  áreas  foram  classificados  em  outras profissões, designadamente nas da área da eletricidade. Neste sentido, não nos é possível identificar, em termos estatísticos, e com base nos dados dos Quadros de Pessoal (única fonte  que  possibilita  uma  analise  estatística  por  profissão  a  5  dígitos)  o  número  de trabalhadores  por  conta  de  outrem  a  desenvolver  atividade  especificamente  nestas profissões, embora os mesmos estejam integrados noutras profissões. 

   

Page 38: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 37  

Quadro  5.5  –  Profissões  abrangidas  na  análise  estatística  do  emprego,  segundo  as atividades económicas da Construção consideradas 

CONSTRUÇÃO (Secção F)  Classificação Nacional das Profissões (versão 1994 – grandes grupos 3 e 7) 

41200‐Atividades de construção, ampliação, e restauro de edifícios para qualquer fim. 

3.1.1.2.05 ‐ Técnicos da Construção e Obras Públicas3.1.1.2.10 ‐ Medidor Orçamentista 3.1.1.8.05 ‐ Desenhador projetista da construção civil 3.1.1.8.10 ‐ Desenhador da construção civil 7.1.2.2.05 ‐ Pedreiro 7.1.2.2.10 ‐ Montador de refratários 7.1.2.3.05 ‐ Cimenteiro 7.1.2.3.15 ‐ Vibradorista ‐construção civil 7.1.2.3.20 ‐ Enformador de "Pré‐fabricados"‐ alvenaria 7.1.2.3.25 ‐ Montador ‐ alvenarias pré‐fabricadas 7.1.2.3.30 ‐ Montador de "Pré‐esforçados" – betão 7.1.2.3.35 ‐ Encarregado ‐ trabalhadores da construção 

civil e obras públicas 

43210‐ Atividades de instalação e reparação elétrica de: eletrificação de edifícios e distribuição de energia nas instalações industriais, cablagens p/ telecomunicações, p/ computadores, TV por cabo, alarmes contra roubo e incêndio, antenas e para‐raios, sistema elétricos de iluminação e sinalização. Inclui ligação elétrica p/ eletrodomésticos. 

3.1.1.3.05 ‐ Técnico de instalações elétricas 3.1.1.3.15 ‐ Técnico de manutenção – eletricidade 3.1.1.3.20 ‐ Técnico de redes – eletricidade 7.2.4.1.35 ‐ Eletricista‐montador de instalações de alta 

tensão 7.2.4.1.40 ‐ Eletricista‐montador de instalações de baixa 

tensão 7.2.4.1.60 ‐ Eletricista de Redes ‐ distribuição de energia 

elétrica 43221‐ Atividades de instalação e reparação de: redes de canalização (água, gás e esgotos) e suas ligações às redes gerais de distribuição, redes sob pressão de luta contra incêndios e para rega, aparelhos sanitários fixos. 

7.1.3.6.05 ‐ Canalizador 7.1.3.6.10 ‐ Montador de tubagens 

43222‐ Atividades de instalação, manutenção e reparação de: sistemas de aquecimento (inclui coletores não elétricos de energia solar), ventilação, refrigeração ou climatização (inclui ar condicionado) em edifícios. Inclui ainda as atividades de manutenção da qualidade do ar interior em edifícios. 

3.1.1.3.10 ‐ Técnico de refrigeração e climatização 7.2.4.1.20 ‐ Eletromecânico de refrigeração e 

climatização  

43290 ‐ Atividades de instalação, reparação e manutenção de: vedações, gradeamentos e similares em edifícios e outros locais, elevadores e escadas rolantes, portas automáticas e giratórias, sistema de limpeza e vácuo, isolamento térmico, acústico e vibrático. 

7.2.4.1.15 ‐ Eletromecânico de elevadores e aparelhos similares 

43910 ‐ Atividades de construção e reparação de coberturas (telhados) e das estruturas destinadas a ser aplicadas nas coberturas, instalação de caleiras e de algerozes, revestimento metálico ou outro de telhados. 

7.1.3.1.05 ‐ Montador de chapas‐fibrocimento 

43310 ‐ Atividades de estucagem em edifícios ou outras obras de construção, incluindo a colocação de materiais de revestimento associados à estucagem. 

7.1.3.2.20 ‐ Assentador de revestimentos 7.1.3.3.05 ‐ Estucador 7.1.3.4.05 ‐ Montador de isolamentos 7.1.3.4.10 ‐ Impermeabilizador 

43320 ‐ Atividades de colocação de armários, roupeiros, portas, janelas, estores e a colocação de trabalhos similares em madeira e em outros materiais (inclui os resistentes ao fogo). Inclui trabalhos de carpintaria executados e destinados à sua aplicação na obra (fixação de cofragens em madeira, tetos falsos, divisórias) 

7.1.2.4.05 ‐ Carpinteiro de limpos 7.1.2.4.10 ‐ Carpinteiro de tosco 

43330 ‐ Atividades de revestimento de pavimentos e paredes em todos os materiais (alcatifas, mosaicos, azulejos, mármores, linóleo, papel de parede, granito, ardósia, cortiça, parquet e outros revestimentos de madeira) 

7.1.3.2.10 ‐ Ladrilhador (azulejador) 7.1.3.2.15 ‐ Assentador de tacos  

43340 ‐ Atividades de pintura interior ou exterior (decorativa ou de proteção, inclui contra incêndios) e colocação de vidros 

7.1.4.1.05 ‐ Pintor ‐ construção civil 7.1.3.5 ‐ Vidraceiro 

43390 ‐ Outras atividades de acabamentos em edifícios − 

43992 ‐ Outras atividades especializadas de construção diversas 7.1.4.3.10 ‐ Limpa‐chaminés 

 

Page 39: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 38  

5.3.2 Análise estatística Considerando os pressupostos e opções definidos no ponto anterior, foram considerados os  seguintes  indicadores  na  análise  estatística,  para  o  conjunto  das  atividades  da  CAE selecionadas, apenas considerando as profissões selecionadas: 

Nº de trabalhadores por conta de outrem, por atividade económica, em 2009 

Nº  de  trabalhadores  por  conta  de  outrem  no  setor  da  construção,  por profissão, em 2009 

Nº  de  trabalhadores  por  conta  de  outrem  no  setor  da  construção,  por profissão, segundo a variação 2007‐2009 

Nº  de  trabalhadores  por  conta  de  outrem  no  setor  da  construção,  por profissão, segundo a região (NUT II), em 2009 

Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica construção, segundo o nível de qualificação, em 2009 

Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de habilitação literária e variação 2007‐2009 

Numa primeira análise mais global, constata‐se que, em 2009, dos 100.850 trabalhadores por conta de outrem a exercer atividades específicas do sector da construção civil, nas CAE e profissões selecionadas, 68% inserem‐se na atividade económica 41200 – construção de edifícios (residenciais e não residenciais), denotando‐se uma dispersão por todas as outras atividades económicas que varia entre os 0,1% (com apenas 120 trabalhadores registados na  CAE  43910  –  atividades  de  colocação  de  coberturas)  e  os  5%  em  todas  as  outras atividades (Quadro 5.6). 

Page 40: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 39  

Quadro 5.6 – Número e percentagem de trabalhadores por conta de outrem, por atividade económica no setor da construção, em 2009. 

 

Estes  cerca  de  100 mil  trabalhadores  desenvolvem  a  sua  atividade  em  cerca  de  42 mil empresas,  distribuídas  da  seguinte  forma  pelos  diferentes  subsectores  considerados  na presente análise (Quadro 5.7). 

   

CAE Total %

41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 68.644 68%

43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 5.440 5%

43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 4.055 4%

43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 1.921 2%

43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 3.448 3%

43310 - ESTUCAGEM 1.974 2%

43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 3.251 3%

43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 2.479 2%

43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 3.915 4%

43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 1.596 2%

43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 120 0,1%

43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 4.007 4%

Total Geral 100.850 100%

Page 41: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 40  

Quadro 5.7 – Nº de empresas, por atividade económica no setor da construção, em 2009 (considerando os TCO nas profissões selecionadas) 

\

2007 2008 2009

41200 ‐ CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 

27.652 26.730 24.645

43210 ‐ INSTALAÇÃO ELÉCTRICA  3.899 4.035 3.99643221 ‐ INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 2.208 2.239 2.15343222 ‐ INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 870 831 87943290 ‐ OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 1.192 1.154 1.11843310 ‐ ESTUCAGEM  884 896 78743320 ‐ MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 

2.550 2.420 2.225

43330 ‐ REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 1.446 1.517 1.42543340 ‐ PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 1.524 1.555 1.47943390 ‐ OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 1.472 1.491 1.35643910 ‐ ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 99 122 11043992 ‐ OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 

2.095 2.080 1.849

TOTAL 45.891 45.070 42.022

 

No  que  respeita  às  profissões  exercidas  pelos  trabalhadores  por  conta  de  outrem contabilizados em 2009, nas CAE e profissões selecionadas, verifica‐se que, de um total de 100.850, 41% são pedreiros (41.408 trabalhadores), denotando‐se uma enorme dispersão relativamente a  todas as outras profissões deste  sector, oscilando estas entre os 0,01% (Enformador  de  pré‐fabricados  –  alvenaria)  e  os  9%  (Encarregado  –  trabalhadores  de construção civil e obras públicas e Carpinteiro de tosco) (Quadro 5.8). 

Page 42: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 41  

Quadro 5.8 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, em 2009. 

 

PROFISSÃO - CNP Total %

311205 - TECNICO DA CONSTRUCAO E OBRAS PUBLICAS (AGENTE TEC DE ARQUIT E ENG) 2.938 3%

311210 - MEDIDOR ORCAMENTISTA 805 1%

311305 - TECNICO DE INSTALACOES ELECTRICAS 962 1%

311310 - TECNICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (TECNICO DE FRIO) 747 1%

311315 - TECNICO DE MANUTENCAO - ELECTRICIDADE 104 0,1%

311320 - TECNICO DE REDES - ELECTRICIDADE 29 0,03%

311805 - DESENHADOR PROJECTISTA 290 0,3%

311810 - DESENHADOR 634 1%

712205 - PEDREIRO 41.408 41%

712210 - MONTADOR DE REFRACTARIOS (ASSENTADOR DE REFRACTARIOS) 519 1%

712305 - CIMENTEIRO 1.250 1%

712315 - VIBRADORISTA - CONSTRUCAO CIVIL 35 0,03%

712320 - ENFORMADOR DE "PRE-FABRICADOS" - ALVENARIA 8 0,01%

712325 - MONTADOR - ALVENARIAS PREFABRICADAS 199 0,2%

712330 - MONTADOR DE PRE-ESFORCADOS - BETAO 116 0,1%

712335 - ENCARREGADO - TRABALHADORES DE CONSTRUCAO CIVIL E OBRAS PUBLICAS 8.655 9%

712405 - CARPINTEIRO DE LIMPOS 5.324 5%

712410 - CARPINTEIRO DE TOSCO 9.216 9%

713105 - MONTADOR DE CHAPAS - FIBROCIMENTO 30 0,03%

713210 - LADRILHADOR (AZULEJADOR) 1.416 1%

713215 - ASSENTADOR DE TACOS 194 0,2%

713220 - ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS 1.698 2%

713305 - ESTUCADOR 3.594 4%

713405 - MONTADOR DE ISOLAMENTOS 960 1%

713410 - IMPERMEABILIZADOR DE CONSTRUCOES 548 1%

713505 - VIDRACEIRO - COLOCADOR 121 0,1%

713605 - CANALIZADOR 5.596 6%

713610 - MONTADOR DE TUBAGENS 405 0,4%

714105 - PINTOR - CONSTRUCAO CIVIL 7.455 7%

724115 - ELECTROMECANICO DE ELEVADORES E APARELHOS SIMILARES 1.253 1%

724120 - ELECTROMECANICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (ELECTROMEC DE FRIO) 603 1%

724135 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE ALTA TENSAO 206 0,2%

724140 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE BAIXA TENSAO 2.219 2%

724160 - ELECTRICISTA DE REDES - DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELECTRICA 1.313 1%

Total Geral 100.850 100%

Page 43: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 42  

De salientar ainda que existem diversas profissões com uma representação  inferior a 1%, das quais  com apenas 0,01%  identificou‐se o enformador de pré‐fabricados – alvenaria, 0,03% o Técnico de redes – eletricidade, com 29 trabalhadores, o Montador de chapas – fibrocimento,  com  30  trabalhadores  e  o  Vibradorista  –  construção  civil,  com  35 trabalhadores.  Seguem‐se  outras  profissões  que  se  enquadram  na  mesma  situação: Técnico de manutenção – eletricidade (104 trabalhadores), Montador de pré‐esforçados – betão  (116  trabalhadores),  Vidraceiro  –  colocador  (121  trabalhadores),  Assentador  de tacos  194  trabalhadores),  Montador  –  alvenarias  pré‐fabricadas  (199  trabalhadores), Eletricista‐montador  de  instalações  de  alta  tensão  (206  trabalhadores)  e  Vidraceiro  – colocador (405 trabalhadores). 

Quando examinados os dados relativos aos trabalhadores por conta de outrem, a exercer atividades  específicas  do  setor  construção  civil,  nas  CAE  e  profissões  selecionadas,  no triénio  2007‐2009,  constata‐se  que,  globalmente,  houve  uma  diminuição  de  17%  de profissionais neste setor, tendo esta diminuição sido mais acentuada no Montador de pré‐esforçados – betão,  com uma diminuição de 41%,  seguida do Carpinteiro de  tosco  com uma  diminuição  de  49%  e  o  Técnico  de  redes‐  eletricidade,  com  menos  33%  dos trabalhadores (Figura 5.9). 

Por outro lado, houve uma estabilização dos profissionais Técnicos de instalações elétricas (com  um  desvio  de  apenas  ‐0,3%)  e  um  crescimento  nas  profissões  de Montador  de refratários  (assentador  de  refratários),  Ladrilhador  (azulejador)  e  Eletromecânico  de elevadores e aparelhos similares correspondente a 45%, 43% e 28%, respetivamente. 

Page 44: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  

 

 

Figura 5.9 ‐ Trabbalhadores por conta de outrem no seector da construçãoo, por profissão, se

Form

egundo a variação e

Bação para as Renová

A

em 2007‐2009. 

BUILD‐UP SKILLS PORTáveis e Eficiência Ener

no Sector da Consnálise do Estado da

 

TUGAL rgética trução a Arte 

ág. 43 

Page 45: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

 

  

 

Rcct

DreCNsineAM

Relativamentonta  de  outonstrução  crabalhadore

Do  ponto  deegião,  constCentro e LisbNas  restanteignificativamnexistência eletricidade, Algarve  e  dMontador de

Fi

11 ‐

16 ‐ C

18 ‐ A

30 ‐

te à distributrem  contabivil,  nas  CAEs no Contine

e  vista  da  ditata‐se que eboa com 24%es  regiões  (Amente  mais de  algumaMontador  de  Montadoe pré‐esforça

gura 5.10 ‐ Tr

Trabalhaconstruç

NORTE 

CENTRO

ALENTEJO

REGIÃO AUTÓ

uição geográbilizados  emE  e  profissõeente (94%) (F

stribuição  dexistem 38%% e 20% de Alentejo  e reduzido 

as  profissõede  refratárior  de  refratdos, montad

rabalhadores segu

24%

20%

5%

adores porção, segun

ÓNOMA DA M

Fo

áfica, constatm  2009,  a  exes  selecionaFigura 5.10).

estes  trabal% de  trabalhtrabalhadoreAlgarve),  pade  trabalhaes,  designados,  Enformaários,  Vibrador de Chapa

por conta de undo a região,

%

%3%3%

r conta dendo a regiã

15

17

20

MADEIRA 

ormação para a

ta‐se que doxercer  atividadas,  existe 

hadores  pelhadores no Nes por contaara  além  deadores  nestdamente:  Tador  de  pré‐adorista,  Enfas e Vidracei

outrem no se, em 2009 

38%

7%

e outrem não (NUT II

5 ‐ ALGARVE 

7 ‐ LISBOA

0 ‐ REGIÃO AU

BUILD‐as Renováveis e

no Análise

os 100.850  tades  especíuma  forte  p

las  profissõeNorte,  seguia de outreme  apresentatas  atividadTécnicos  de‐fabricados formador  dros, na regiã

ector da const

%

no setor dI), em 200

UTÓNOMA DO

‐UP SKILLS PORe Eficiência EneSector da Conse do Estado d

P

trabalhadoreíficas  do  setpredominânc

es  em  análisndo‐se as  re, respetivamrem  um  núdes,  verificae  Manutençe  Vidraceiroe  pré‐fabricão do Alentej

trução, 

da 09

OS AÇORES 

RTUGAL ergética strução da Arte 

ág. 44 

es por tor  da cia  de 

se  por egiões mente. úmero ‐se  a ção  – os,  no cados, jo. 

 

Page 46: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

   

Figur

  

ra 5.11 ‐ Trabalhaadores por conta dde outrem no secctor da construçãoo, por profissão, ssegundo a região, 

Form

em 2009 

Bação para as Renová

A

BUILD‐UP SKILLS PORTáveis e Eficiência Ener

no Sector da Consnálise do Estado da

TUGAL rgética trução a Arte 

ág. 45 

Page 47: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  Ddcelivtrpa

Necef

Oqcq(

 

Da análise doda região Noonta  próprieconómicas cmpos  e  carvidraceiro‐corabalhadoreprefabricadostividades ec

Na análise pefeitos  de contrataçãoe  profissõeunções de e

O  número qualificação contramestrquadros supFigura 5.11 

Figura 5.12 

os dados relaorte contempa  existentesconsideradasrpinteiro  de locador.  Pos  a  exercers  e  eletromonómicas co

por níveis denquadram coletiva, é s  selecionaexecução nu

de  trabalh  é  poucores,  mestreperiores, mae 5.12). 

‐ Trabalhado

ativos à distplar, em algus  no  país  as no presenttoscos,  asser  seu  turnorem  as  profmecânico  de onsideradas.

de qualificamento  do possível ideadas,  74% uma determ

hadores  po  expressives  e  chefesantendo‐se 

res por contaqu

Fo

ribuição geoumas profissa  trabalhar e estudo, deentador  de o,  a  região fissões  de  melevadores 

ção, classiftipo  de  f

entificar qusão  profi

minada prof

or  conta  dvo,  verificas  de  equipesta distrib

 de outrem nualificação, em

ormação para a

ográfica dos sões, mais dem  empresaesignadamentacos  e  assde  Lisboa  cmontador  dee  aparelho

icação tradfunções  exue, dos 100.ssionais  qufissão).  

de  outrem,ndo‐se  qupa,  e  apenabuição na an

o sector da com 2009. 

BUILD‐as Renováveis e

no Análise

TCO, verificade 50% dos  tas  integradante: cimentesentador  de contempla  me  refratárioss  similares, 

icionalmenxercidas,  n850 trabalhualificados 

,  nos  restaue  8%  sãoas  se  enconálise por s

onstrução, se

‐UP SKILLS PORe Eficiência EneSector da Conse do Estado d

P

a‐se ainda otrabalhadoreas  nas  ativiiro, carpinterevestiment

mais  de  50%s,  enformadno  conjunt

te utilizadano  contexthadores, na(desempen

antes  níveo  encarregontram  0,2ubsector da

egundo o níve

RTUGAL ergética strução da Arte 

ág. 46 

 facto es por dades iro de tos,  e %  dos or  de o  das 

a para o  da s CAE nham 

is  de gados, %  de a CAE 

 

l de 

Page 48: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  

Figura 

 

5.13 ‐ Trabalhadorres por conta de ouutrem no setor da cconstrução, por ativvidade económica,

Form

, segundo o nível d

Bação para as Renová

A

e qualificação, em 

BUILD‐UP SKILLS PORTáveis e Eficiência Ener

no Sector da Consnálise do Estado da

 

2009 

TUGAL rgética trução a Arte 

ág. 47 

Page 49: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  Nocbinig

  

No  que  diz  routrem  contaivil, nas CAEbásico,  6% nexpressivasgualmente n

Figura 5.14 

respeito  às abilizados emE e profissõetêm  o  ensis  do  ponto  da análise po

‐ Trabalhado

habilitaçõesm 2009, a ees selecionadino  secundáde  vista  comr subsector d

res por contah

Fo

s  literárias  dexercer atividdas, os dadoário,  sendo mparativo  (Fda CAE (Figu

 de outrem nhabilitação lite

ormação para a

dos  100.850dades especos  revelam qas  restantigura  5.14). ra 5.15). 

o sector da coerária. 

BUILD‐as Renováveis e

no Análise

0  trabalhadocíficas do  setque 86% deses  habilitaçEsta  distrib

onstrução, se

‐UP SKILLS PORe Eficiência EneSector da Conse do Estado d

P

ores  por  contor da  conststes  têm o eções  identifibuição mante

egundo o níve

RTUGAL ergética strução da Arte 

ág. 48 

nta  de trução ensino icadas em‐se 

 l de 

Page 50: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  

 

Figura 5.15 ‐ Trabalhadoress por conta de outrrem no sector da coonstrução, por ativ

 

vidade económica, 

Form

segundo o nível de

Bação para as Renová

A

e habilitação literár

BUILD‐UP SKILLS PORTáveis e Eficiência Ener

no Sector da Consnálise do Estado da

 

ria 

TUGAL rgética trução a Arte 

ág. 49 

Page 51: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  Nelip(‐in

Na análise dae em 2009, vterárias,  seprofissionais ‐48%),  seguinferior ao 1º

Figura 5.ec

a evolução dverifica‐se quem  exceção

com ido  de  ‐41,2º ciclo do ens

16 ‐ Trabalhaonómica, seg

o nível de hue houve umo.  Concretizensino  p2%  de  profissino básico e

dores por congundo o nível 

Fo

abilitações dm decréscimozando,  verifpós  secunssionais  come ‐17% com o

nta de outremde habilitaçã

 

ormação para a

dos trabalhao no que confica‐se  um ndário  nãm  o  doutoramo ensino bási

m no sector dao literária e a

BUILD‐as Renováveis e

no Análise

dores contancerne a toddecréscimo

o  superiomento,  ‐25%ico (Figura 5

a construção,a variação 200

‐UP SKILLS PORe Eficiência EneSector da Conse do Estado d

P

bilizados emdas as habilito  acentuador  no %  com  habili.16). 

 por atividade07‐2009 

RTUGAL ergética strução da Arte 

ág. 50 

m 2007 tações o  de setor itação 

 

Page 52: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 51 

5.4 Consumo de energia e energias renováveis em edifícios 

5.4.1 Consumo de energia no sector dos edifícios O  consumo  de  energia  final  no  sector  dos  edifícios  (doméstico  e  serviços)  encontra‐se apresentado  na  Figura  5.17  para  os  últimos  dez  anos  para  os  quais  existem  estatísticas (balanço  energético  nacional).  Pode  considerar‐se  que  o  consumo  de  energia  nos  sectores doméstico e de serviços, descontando os consumos relativos aos combustíveis rodoviários no sector dos serviços, corresponde ao consumo de energia nos edifícios. A Figura 5.14 apresenta ainda a evolução dos consumos de energia primária, no mesmo período. 

 

Figura 5.17 – Consumo de energia final nos edifícios, sector doméstico e de serviços, e consumo de energia primária. 

Como  se  pode  observar,  o  comportamento  do  consumo  de  energia  nos  edifícios  tem  um comportamento  semelhante  ao  consumo  de  energia  primária,  embora  que  o  peso  relativo deste sector tenha vindo a crescer nos últimos anos, como se pode verificar pela Figura 5.18. 

10 

15 

20 

25 

30 

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milhões Tep

Milh

ões Tep

Consumo energético de edifícios vs. Consumo de energia primária

SECTOR DOMÉSTICO SERVIÇOS

SECTOR DOMÉSTICO + SERVIÇOS CONSUMO DE ENERGIA PRIMÁRIA

Page 53: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 52 

  

Figura 5.18 – Peso relativo do consumo de energia final nos edifícios relativamente ao consumo de energia primária. 

No que  se  refere ao consumo por  fonte de energia  (Figura 5.19), denota‐se que a principal fonte de energia utilizada nos edifícios é a eletricidade, seguida pelo GPL (gases de petróleo liquefeitos)  e  pelas  lenhas  e  resíduos  vegetais.  Pode  ainda  verificar‐se  que  o  consumo  de gasóleo de aquecimento, fuelóleo e GPL tem vindo a diminuir, devido a maior penetração do gás natural, que tem vindo a aumentar nos últimos anos. 

 Figura 5.19 – Evolução do consumo de energia final nos edifícios por fonte de energia. 

18%

19%

20%

21%

22%

23%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Peso relativo do consumo energético nos edifícios no consumo de energia prímária

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Milh

ões de

 Tep

Evolução do consumo energético nos edifícios

GPL Gasóleo de aquecimento Fuelóleo

Gás Natural Electricidade Calor

Solar Térmico Lenhas e Resíduos Vegetais Outras Renováveis

Page 54: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 53 

Verifica‐se  também  um  aumento  da  utilização  de  energia  solar  térmica,  índice  este  que apenas começou a ser apurado para efeitos de balanço energético em 2005. 

Notar  que  o  valor  apurado  para  as  lenhas  e  resíduos  vegetais  é  estimado  em  função  de estudos  com  base  em  inquéritos  realizados  às  famílias. O  último  data  de  2010  e  permitiu apurar  que  a  utilização  de  lenhas  e  resíduos  vegetais  reduziu  significativamente  face  ao estudo de 1986. 

5.4.2 Últimos dados disponíveis De  forma  a  corrigir  o  balanço  energético  de  2010,  face  às  estimativas  apuradas  junto  das famílias no sector residencial, apresenta‐se no Quadro 5.9 a partição de consumos energéticos para  os  sectores  doméstico  e  serviços.  Os  dados  foram  extraídos  do  balanço  energético nacional para o ano de 2010 (dados provisórios). 

Quadro 5.9 – Balanço energético (dados provisórios) para o sector doméstico e de serviços, ano de 2010. 

Fonte de energia [tep]  Doméstico (1)  Serviços (2)  Edifícios (1+2) 

GPL  554 479 52 382 606 861 

Gasóleo de aquecimento  124 636 113 993 238 629 

Fuelóleo  0 76 773 76 773 

Gás Natural  282 613 199 575 482 188 

 Eletricidade  1 248 873 1 479 919 2 728 792 

Calor  0 21 067 21 067 

Solar Térmico  19 105 28 984 48 089 

Lenhas e Resíduos Vegetais 

705 875 0 705 875 

Outros Renováveis  0 10 270 10 270 

TOTAL   2 936 231 2 017 694 4 953 925 

 

Pela análise destes dados pode‐se verificar que a maior componente no consumo de energia destes  dois  sectores  é  a  eletricidade.  No  sector  doméstico  verifica‐se  um  uso  ainda significativo de  lenhas e  resíduos vegetais bem como de GPL  (butano e propano), enquanto que nos serviços, a seguir à eletricidade, têm alguma expressão o consumo de gás natural e de gasóleo de aquecimento. 

Salienta‐se  o  facto  de  que  50,2%  da  eletricidade  consumida  é  de  origem  renovável,  nos termos da metodologia de cálculo constante na Diretiva 2001/77/CE. 

Considerando  que,  no  ano  de  2010  em  Portugal,  o  consumo  de  energia  primária  foi  de 22,9 Mtep, estes dois sectores foram responsáveis por 21,5% do total, sendo que 43,4% dessa energia teve origem em fontes de energia renovável. 

Por  fim,  de  acordo  com  o  Inquérito  ao  Consumo  de  Energia  no  Sector Doméstico31,  pode extrair‐se a  informação que consta do Quadro 5.10 relativa aos equipamentos  instalados no sector  doméstico  para  aquecimento  de  águas  sanitárias,  aquecimento  ambiente  e arrefecimento ambiente. 

                                                            31 DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico. 

Page 55: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 54 

Quadro 5.10 – Equipamentos para aquecimento de águas, aquecimento ambiente e arrefecimento ambiente nos alojamentos. 

Equipamento Alojamentos  Nº de 

Equipamentos 

Equipamentos por Alojamento 

[2] nº % 

Aquecimento de Águas 

Esquentador  2 995 810 78,6%  3 051 993  0,8 

Termoacumulador  426 751 11,2%  439 724  0,1 

Caldeira  455 406 11,9%  458 817  0,1 

Sistema solar térmico   68 824 1,8%  68 824  0,0 

Aquecimento Ambiente 

Lareira aberta  740 264 24,0%  766 581  0,2 

Lareira com recuperador de calor 

340 498 11,1%  346 204  0,1 

Salamandra (lenha)  222 856 7,2%  226 138  0,1 

Caldeira para aquecimento central por circulação de água 

323 520 10,5%  340 904  0,1 

Aquecedor eléctrico independente 

1 884 850 61,2%  2 794 054  0,7 

Aquecedor a GPL independente  218 293 7,1%  237 589  0,1 

Ar Condicionado que aquece e arrefece (Bomba de calor) 

223 429 7,3%  402 664  0,1 

Arrefecimento Ambiente 

Aparelho individual de ar condicionado 

64 099 7,2%  76 435  0,0 

Ventilador (ventoinha, ventilador de parede) 

615 128 69,5%  756 108  0,2 

Ar Condicionado que aquece e arrefece (Bomba de calor) 

230 063 26,0%  399 432  0,1 

 

Os edifícios de serviços evidenciaram maior taxa de crescimento do consumo energético entre 1990  e  1999  (7,1%  de  crescimento médio  por  ano)  do  que  os  residenciais.  Como  grandes utilizadores da energia eléctrica, foram os principais responsáveis pelo acentuado crescimento do  consumo  dessa  forma  de  energia  final  no  país.  Como  consequência,  a  percentagem nacional do consumo de electricidade nos edifícios de serviços passou de cerca de 19%, em 1980, para 31% em 1999. 

Há uma enorme heterogeneidade neste tipo de edifícios, desde a pequena loja que tem ainda menos  consumos do que uma habitação, até aos  restaurantes, piscinas  cobertas, hospitais, hotéis e grandes superfícies comerciais, cujos consumos são dos mais elevados dentre os que se  verificam  em  todos  os  edifícios.  Obviamente,  uma  intervenção  no  sector,  com  vista  à melhoria do seu desempenho energético, tem de ser distinta em  função do tipo de edifício, com prioridade aos maiores consumidores. 

Page 56: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 55 

 Figura 5.20 – Consumo específico de energia por tipo de edifício. Fonte: DGEG. 

Dentro  de  cada  tipologia,  o  consumo  de  energia  é  também muito  variável,  sendo  possível identificar uma grande gama de edifícios, desde os mais eficientes aos maiores consumidores, para  funções  idênticas.  Um  estudo  levado  a  cabo  em  hotéis  e  grandes  superfícies32 possibilitaram algum conhecimento das fontes de energia, da procura energética, bem como da desagregação desta por utilização final. 

 

 

Figura 5.21 – Consumo específico de energia final para hotéis. Fonte: DGEG. 

Por exemplo, no caso do sector hoteleiro, o estudo  incidiu sobre uma amostra de 60 hotéis com 4 e 5 estrelas,  localizados em Portugal Continental e Regiões Autónomas, verificando‐se uma  gama  de  consumo  de  energia  final muito  dispersa  (Figura  5.21),  e  que  varia  de  50  a 600 kWh/m2.ano, com valores médios de 220 kWh/(m2.ano) (4 estrelas) e 290 kWh/(m2.ano) (5 estrelas). 

Verifica‐se ainda que a energia eléctrica corresponde, em média, a cerca de 45% do consumo de energia final enquanto as utilizações finais a que correspondem os maiores consumos de 

                                                            32 ADENE, 1999. 

Page 57: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 56 

energia são o aquecimento e arrefecimento ambiente  (cerca de 30% a 35%), seguindo‐se as águas quentes sanitárias (10 a 18%), cozinhas (16 a 18%), iluminação e lavandarias. 

Os hipermercados e outras grandes superfícies comerciais correspondem a outra tipologia de edifícios de serviços onde se verificam elevados consumos de energia. Neste caso, a fonte de energia  é  fundamentalmente  a  eletricidade  (98%  a  99%)  e  as  utilizações  finais  mais importantes  são,  no  caso  dos  centros  comerciais,  a  climatização  com  cerca  de  70%  e  a iluminação com 20%. No caso dos hipermercados, o frio industrial é preponderante com cerca de 35%, enquanto o ar condicionado e a iluminação têm a mesma ordem de grandeza (30%). Nota‐se  também  uma  grande  variação  de  consumos  entre  as  unidades  mais  e  menos eficientes,  registando‐se  nestas  últimas  valores  duas  vezes  superiores  às  que  registam menores consumos. 

Os edifícios apresentam uma elevada dinâmica de crescimento, quer em  termos de número total  de  edifícios  existentes,  quer  em  termos  de  utilização  de  energia  em  cada  edifício. Consequentemente espera‐se um crescimento anual do consumo de energia estimado de 4% e 7%, respectivamente no sector doméstico e de serviços, pelo que é fundamental promover medidas de redução do consumo de energia quer nos edifícios novos quer nos existentes. 

Page 58: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 57 

6 OFERTA DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL 

6.1 Oferta educativa e formativa inserida no Sistema Nacional de Qualificações 

6.1.1 O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) O  SNQ  tem  como objetivo  assegurar a  relevância da  formação e das  aprendizagens para o desenvolvimento pessoal e para a modernização das empresas e da economia. 

Neste sentido, e tal como foi referido no ponto 4 deste relatório, o SNQ assegura a obtenção de qualificações  certificadas, permitindo a  certificação das  competências adquiridas através da  conclusão  de  um  percurso  de  formação  integral,  no  âmbito  de  um  a  modalidade  de formação  inicial,  ou  através  da  conclusão  de  unidades  de  formação  de  curta  duração constantes  dos  referenciais  do  Catálogo  Nacional  de  Qualificações  (CNQ),  sendo  estas unidades creditáveis para efeito de obtenção posterior da qualificação. 

Não obstante, no âmbito do SNQ as ações de formação não  inseridas no CNQ conferem um certificado  de  formação  profissional  que  atesta  a  conclusão  dessa  formação  com aproveitamento  e  permite  o  reconhecimento  das  competências  adquiridas.  O  SNQ disponibiliza ainda a caderneta individual de competências, que regista todas as competências adquiridas  ou  desenvolvidas  ao  longo  da  vida,  quer  as  referidas  no  Catálogo  Nacional  de Qualificações,  quer  as  restantes  ações  de  formação, mesmo  que  realizadas  por  entidade formadora não certificada. A caderneta está em vigor desde 2010 e é emitida através do SIGO – Sistema de informação e gestão da oferta educativa e formativa. 

AS ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES O  sistema nacional de qualificações é  coordenado pelos membros do governo  responsáveis pelas áreas da formação profissional e da educação. 

Os  serviços  responsáveis  pela  execução  das  políticas  de  educação  e  formação  profissional procedem ao acompanhamento e avaliação das diferentes modalidades. 

No âmbito da criação do SNQ,  foi criada a Agência Nacional para a Qualificação e o ensino Profissional (ANQEP), que é o organismo sob a tutela conjunta dos Ministérios da Economia e do Emprego e da Educação e Ciência, com atribuições de coordenação da rede de estruturas, bem  como o acompanhamento, a monitorização, a avaliação e a  regulação do  sistema, em estreita  colaboração  com  as  demais  entidades  que  integram  o  Sistema  Nacional  de Qualificações. 

Para  o  desenvolvimento  e  atualização  do  Catálogo  Nacional  de  Qualificações  (CNQ),  o instrumento do SNQ para a gestão estratégica das qualificações, a ANQEP criou os Conselhos Setoriais  para  a  Qualificação,  que  constituem  grupos  de  trabalho  técnico‐consultivo  que identificam em permanência as necessidades de atualização das qualificações constantes do CNQ,  numa  perspetiva  de  adequação  da  formação  às  evoluções  tecnológicas  e  às competências  requeridas  pelos  setores,  quer  se  trate  de  formação  inicial  quer  se  trate  de aprendizagem ao longo da vida. 

Os Conselhos Setoriais para a Qualificação integram entre outros, especialistas indicados pelo ministério que  tutele o  respetivo  setor de  atividade,  associações  sindicais e  associações de empregadores,  representativas  dos  correspondentes  setores  de  atividade,  empresas  de 

Page 59: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 58 

referência,  entidades  formadoras  com maior  especialização  setorial  ou  regional  e  peritos independentes. 

 

Quadro 6.1 Conselhos Sectoriais para a Qualificação 

Código  CONSELHOS SETORIAIS PARA A QUALIFICAÇÃO 

1  Agroalimentar 

2  Comércio e marketing 

3  Construção civil e urbanismo 

4  Cultura e Património e produção de conteúdos 

5  Energia e ambiente 

6  Indústrias químicas, cerâmica, vidro e outras 

7  Informática, eletrónica e telecomunicações 

8  Madeiras, mobiliário e cortiça 

9  Metalurgia e metalomecânica 

10  Moda 

11  Serviços às empresas  (atividades  financeiras, de  consultadoria, de secretariado, …) 

12  Serviços pessoais 

13  Saúde e serviços à comunidade 

14  Transportes e logística 

15  Turismo e lazer 

16  Artesanato e ourivesaria 

 

È possível  identificar alguns conselhos sectoriais para as qualificações com uma  intervenção importante na identificação de necessidades de competências e qualificações para o sector da construção  e  para  a  promoção  da  eficiência  energética  e  desenvolvimento  das  energias renováveis, de extrema relevância para o objeto do presente estudo, sendo de destacar: 

Construção Civil e urbanismo 

Energia e Ambiente 

Informática, eletrónica e telecomunicações 

Metalurgia e Metalomecânica 

AS ENTIDADES FORMADORAS DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES  Constituem  a  rede  de  entidades  formadoras  do  sistema  nacional  de  qualificações  os estabelecimentos de ensino básico e secundário, os estabelecimentos de ensino particular e cooperativo com paralelismo pedagógico ou reconhecimento de  interesse público, as escolas 

Page 60: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 59 

profissionais, os centros de formação profissional e de reabilitação profissional e as entidades com  estruturas  formativas  certificadas  do  setor  privado,  no  âmbito  dos  ministérios responsáveis pelas áreas da  formação profissional e da educação, as entidades  formadoras integradas noutros ministérios ou noutras pessoas coletivas de direito público. 

No caso concreto dos setores da construção civil e energia, podem ser  identificadas algumas entidades  formadoras  da  rede  do  Sistema  nacional  de  Qualificações  mais  relevantes, designadamente:  

‐ Os Centros de formação de gestão participada da rede do Instituto de Emprego e Formação Profissional, para o setor da construção civil: 

CICCOPN ‐ Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte 

CENFIC   ‐  Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Sul 

‐ Os Centros de formação de gestão participada da rede do Instituto de Emprego e Formação  Profissional,  bem  como  quer  os  centros  de  formação  de  associações setoriais no setor da eletrónica, energia e metalomecânica: 

CINEL  ‐  Centro  de  Formação  Profissional  da  Indústria  Eletrónica,  Energia, Telecomunicações e Tecnologias da Informação 

APIEF  ‐ Centro de  Formação Profissional para a  Indústria Térmica, Energia e Ambiente 

CENFIM  ‐  Centro  de  Formação  Profissional  da  Indústria  Metalúrgica  e Metalomecânica 

‐  Os  estabelecimentos  de  ensino  público  ou  privado,  com  autorização  de funcionamento de cursos das áreas de educação e formação da construção civil e da energia e eletricidade: 

Escolas Básicas e Secundárias da rede pública 

Escolas Profissionais privadas tuteladas pelo ministério da educação 

As entidades  certificadas pela Direção‐Geral de Emprego e  relações do Trabalho (DGERT)  nas  áreas  de  formação  relevantes  para  o  setor  da  construção  e  da energia. Estas  são entidades  formadoras avaliadas pela,  com  condições mínimas comprovadas, em termos do referencial de qualidade de estruturação da atividade formativa,  relativas  à  capacidade  instalada  em  termos  de  recursos, às práticas inerentes  aos  processos  de  desenvolvimento  da  formação  e  aos  resultados alcançados.  

O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DAS ENTIDADES FORMADORAS O Sistema de Certificação de Entidades Formadoras regulamentado pela Portaria nº 851/2010 de 6 de Setembro consagrado na Resolução do Conselho de Ministros nº 173/2007, de 7 de Novembro que aprova a Reforma da Formação Profissional e no Decreto‐Lei nº 396/2007, de 31 de Dezembro  que estabelece o Sistema Nacional de Qualificações, é o sucessor do Sistema de Acreditação de Entidades Formadoras que vigorou durante treze anos, e é assegurado pelo serviço central competente do ministério responsável pela área da formação profissional. 

Page 61: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 60 

O Sistema de Certificação de Entidades Formadoras, a par de outros mecanismos, é um dos garantes  da  qualidade  do  Sistema  Nacional  de  Qualificações  em  Portugal,  efetuando  o

reconhecimento  de  práticas  pedagógicas  adequadas  no  desenvolvimento  de  atividades formativas  por  parte  das  entidades  formadoras,  e  a  realização  de  auditorias  regulares  à entidade formadora certificada para avaliar o cumprimento dos requisitos de certificação e os resultados obtidos com a sua atividade. 

O sistema de certificação de entidades formadoras e da responsabilidade da Direção‐Geral de Emprego e relações do Trabalho (DGERT). 

 

O FINANCIAMENTO DA FORMAÇÃO NO ÂMBITO DO SNQ A  formação  desenvolvida  no  Sistema Nacional  de Qualificações  é  financiada  com  base  em duas fontes de financiamento: o Orçamento Geral do Estado e o Fundo Social Europeu.  

O Quadro de Referencia Estratégia Nacional (QREN), documento que enquadra a aplicação da política comunitária de coesão económica e social em Portugal no período 2007‐2013,  inclui um Programa que integra as medidas destinadas ao financiamento dos processos educativo e formativos nacionais – o Programa Operacional de Potencial Humano. 

A atividade deste programa estrutura‐se em 10 eixos prioritários: 

Eixo Prioritário 1 – Qualificação Inicial

Eixo Prioritário 2 – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida

Eixo Prioritário 3 – Gestão e Aperfeiçoamento Profissional

Eixo Prioritário 4 – Formação Avançada

Eixo Prioritário 5 – Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para a Vida Ativa

Eixo Prioritário 6 – Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social

Eixo Prioritário 7 – Igualdade de Género

Eixo Prioritário 8 – Algarve

Eixo Prioritário 9 – Lisboa

Eixo Prioritário 10 – Assistência Técnica

 

A  formação desenvolvida no  âmbito das modalidades  formativas do  SNQ é  financiada pelo Eixo 1, no  caso da  formação  inicial de  jovens, e pelo Eixo 2, no  caso da  formação  inicial e contínua de adultos. 

 

6.1.2 A organização das qualificações no Sistema Nacional de Qualificações (CNQ) O Catálogo Nacional de Qualificações  (CNQ),  tal  como  referido no ponto 4 deste  relatório, constitui  um  instrumento  de  gestão  estratégica  das  qualificações  de  nível  não  superior contendo os referenciais essenciais para uma melhor adequação das respostas formativas às necessidades das empresas, do mercado de trabalho e dos cidadãos. 

Em conformidade, os elementos que integram o CNQ são atualizados em permanência, com o apoio dos conselhos setoriais para a qualificação, mediante a  inclusão, exclusão ou alteração de  qualificações,  tendo  em  conta  as  necessidades  atuais  e  emergentes  das  empresas,  dos setores económicos e dos indivíduos. 

Page 62: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 61 

As qualificações que  integram o CNQ estão estruturadas por níveis de qualificação definidos pelo Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), que adota os princípios do Quadro Europeu de Qualificações  (QEQ),  no  que  diz  respeito  à  descrição  das  qualificações  em  termos  de resultados  de  aprendizagem,  de  acordo  com  os  descritores  associados  a  cada  nível  de qualificação, promovendo a comparabilidade das qualificações em função do seu perfil e não em função dos conteúdos ou dos processos formativos. 

As qualificações estão igualmente organizadas em função das áreas de educação e formação, as quais correspondem em alguns casos a sectores de atividade económica, e são definidas de acordo com a Classificação Nacional de Áreas de Educação e Formação (CNAEF)33. 

   

                                                            33 Portaria nº256/2005 de 16 de Março 

Page 63: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 62 

Quadro 6.2. Áreas de Educação e Formação integradas no Catálogo Nacional de Qualificações 

Áreas de Educação e Formação 

213  Audiovisuais e produção dos media  543  Materiais (madeiras, cerâmica, cortiça e outros) 

215  Artesanato  544  Indústrias extrativas 

225  História e arqueologia  582  Construção civil e engenharia civil 

322  Biblioteconomia, arquivo e documentação 

542  Produção agrícola e animal 

341  Comércio  622  Floricultura e jardinagem 

342  Marketing e publicidade  623  Silvicultura e caça 

343  Finanças, banca e seguros  624  Pescas 

344  Contabilidade e fiscalidade  725  Tecnologias de diagnóstico e terapêutica 

345  Gestão e administração  729  Saúde 

346  Secretariado e trabalho administrativo 

761  Serviço de apoio a crianças e jovens 

347  Enquadramento na organização/empresa 

762  Turismo social e orientação 

481  Ciências informáticas  811  Hotelaria e restauração 

521  Metalurgia e metalomecânica   812  Turismo e lazer 

522  Eletricidade e energia  813  Desporto 

523  Eletrónica e automação  815  Cuidados de beleza 

524  Tecnologia dos processos químicos  850  Proteção do ambiente 

525  Construção e reparação dos veículos a motor 

861  Proteção de pessoas e bens 

541  Indústrias alimentares  862  Segurança e higiene no trabalho 

542  Indústria do têxtil, vestuário, calçado e couro 

   

Fonte: Portaria n.º 256/2005, de 16 de Março. 

A obtenção da qualificação corresponde ao reconhecimento e correspondente certificação da aquisição de competências em conformidade com os referenciais estabelecidos para o efeito, consistindo estes referenciais nos elementos da Figura 6.1. 

Page 64: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 63 

Figura 6.1 – Referenciais para a qualificação do CNQ 

AS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO As  qualificações  integradas  no  SNQ  constituem  qualificações  de  dupla  certificação,  que consiste  no  reconhecimento  de  competências  para  exercer  uma  ou  mais  atividades profissionais e de uma habilitação escolar, através de um diploma. 

As qualificações podem ser acessíveis por um conjunto de modalidades de formação de dupla certificação,  orientadas  quer  para  jovens  quer  para  adultos,  estruturadas  a  partir  dos referenciais de qualificação do CNQ. 

Neste  sentido,  as  Unidades  de  Formação  de  Curta  Duração  (UFCD)  constantes  de  cada referencial  de  formação  do  CNQ  estruturam  as  ofertas  formativas  de  dupla  certificação, incluindo as formações modulares certificadas que permitem a obtenção de dupla certificação de modo progressivo e flexível, e servem, também, a formação contínua. 

 

Perfil 

Missão Atividades Competências • Saberes • Saberes‐fazer •  Saberes  sociais  e relacionais 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referencial  de formação  Referencial de RVCC 

Perfil de saídaOrganização  do referencial para aceder à qualificação  

Desenvolvimento  das unidades de formação de curta duração (UFCD) Sugestão  de  recursos didáticos 

Base(Escolar) 

Tecnológica (Profissional) 

Unidades  de competência   Critérios  de evidência 

 

Unidades  de competência  

 

Unidades de formação de curta duração (UFCD) 

Unidade de aprendizagem, passível de certificação autónoma e de integração em um  ou  mais  referenciais  de  formação,  referidos  no  Catálogo  Nacional  de Qualificações, permitindo a aquisição de competências certificadas. 

Page 65: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 64 

MODALIDADES DE FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADAS A JOVENS 

 

 

MODALIDADES DE FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADOS A ADULTOS 

 

 

 

MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADAS AO NÍVEL NÃO SUPERIOR 

PÓS‐SECUNDÁRIO 

 

 

Cursos de especialização tecnológica – nível 5 de qualificação 

Cursos que visam uma formação técnica especializada, para efeitos de inserção, reinserção e progressão no mercado de  trabalho, destinados  a  indivíduos que concluam  ou  sejam  titulares  do  nível  secundário  de  educação  ou  de  grau superior, permitindo o prosseguimento de estudos (Decreto‐Lei nº 88/2006). 

Formações modulares certificadas 

Formações  desenvolvidas  através  da  frequência  de  quaisquer  unidades  de formação de curta duração  (UFCD)  integradas na componente de  formação de base e/ou na componente de formação tecnológica de um qualquer referencial de  formação  do  CNQ,  de  nível  2  ou  de  nível  4  de  qualificação,  destinadas  a adultos, no quadro da formação contínua (Portaria nº 283/2011). 

Cursos  de  educação  e  formação  de  adultos  (EFA)  –  nível  2  e  nível  4  de qualificação 

Cursos que se destinam a indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, não qualificados ou sem qualificação adequada, para efeitos de inserção, reinserção e  progressão  no mercado  de  trabalho,  e  que  não  tenham  concluído  o  ensino básico ou secundário (Portaria nº 283/2011).

Cursos de Aprendizagem – nível 4 de qualificação 

Cursos de formação profissional inicial de jovens, em alternância, privilegiando a sua inserção no mercado de trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos. Conferem o nível secundário de educação (Portaria nº1497/2008). 

Cursos Profissionais – nível 4 de qualificação 

Cursos de nível secundário de educação, vocacionados para a formação inicial de jovens,  privilegiando  a  sua  inserção  no mercado  de  trabalho  e  permitindo  o prosseguimento de estudos (Portaria nº550‐C/2004). 

Page 66: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 65 

A FORMAÇÃO CONTÍNUA NO ÂMBITO DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES O  Sistema  Nacional  de  Qualificações  define  a  formação  contínua  enquanto  atividade  de educação e formação empreendida após a saída do sistema de ensino ou após o  ingresso no mercado  de  trabalho  que  permita  ao  indivíduo  aprofundar  competências  profissionais  e relacionais, tendo em vista o exercício de uma ou mais atividades profissionais, uma melhor adaptação às mudanças tecnológicas e organizacionais e o reforço da sua empregabilidade. 

As  UFCD  do  CNQ  estruturam  as  ações  de  formação  contínua  de  dupla  certificação, desenvolvidas  por  entidades  formadoras  certificadas,  centros  de  formação  profissional  da rede do IEFP ou estabelecimentos de ensino, que constituem a rede de entidades do sistema nacional de qualificações, as quais conferem um certificado de qualificações, comprovativo da conclusão  com  aproveitamento  daquelas  UFCD  e  concorrem  para  a  obtenção  de  uma qualificação, certificada por diploma de qualificação. 

O SNQ prevê  também, a emissão de um  certificado de  formação profissional,  regulado por normativo legal34, para todas as ações de formação certificadas não inseridas no CNQ, quando desenvolvidas por entidade  formadora  certificada para o efeito ou por estabelecimento de ensino reconhecido pelos ministérios competentes, ou seja, entidades formadoras da rede do sistema nacional de qualificações. 

 

CARATERIZAÇÃO  DAS  MATRIZES  CURRICULARES  DE  CADA  UMA  DAS  MODALIDADES  DE  EDUCAÇÃO  E 

FORMAÇÃO O  quadro  seguinte  apresenta  a  organização  de  cada  uma  das  principais  modalidades  de formação  segundo  as  diferentes  componente  de  formação  e  respetivas  cargas  horárias, designadamente: 

‐ Cursos Profissionais (nível 4 de qualificação) 

‐ Cursos de Aprendizagem (nível 4 de qualificação) 

‐ Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) (nível 2 e 4 de qualificação) 

‐ Formações Modulares 

 

   

                                                            34 Portaria nº474/2010, de 8 de Julho 

Page 67: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 66 

Quadro 6.3 – Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) da formação por modalidade de educação e formação de nível 4 

Nível 4 de qualificação do QNQ 

Formação Inicial de Jovens  Formação inicial de adultos 

Cursos de Aprendizagem  Cursos profissionais Educação e Formação de adultos (EFA) 

(A,B,C, Flexível‐RVCC)* 

Compo

nentes 

 da form

ação

 

Áreas de competência 

Domínios/ unidades de formação 

Carga horária 

Compo

nentes 

 da form

ação

 

Disciplinas Carga horária 

Compo

nentes 

 da form

ação

 

Áreas de 

compe

tência 

Carga Horária 

Sociocultural 

Línguas, cultura e 

comunicação 

Viver em português 

240‐280 

Sociocultural 

Português  320 

Base 

Cidadania e Profissionalidad

100 ‐ 550 

Comunicar em: (língua 

estrangeira) 200 

Língua estrangeira 

220 

TIC  100  TIC 100

Cidadania e sociedade 

Mundo atual  80‐110  Área de Integração 

220 Sociedade Tecnologia e 

Ciência Desenvolviment

o social e pessoal 

80‐110 Educação Física  140 

Total  700 ‐ 800  Total  1000 Cultura, Língua e Comunicação 

Cien

tífica 

Ciências básicas 

Matemática e realidade 

200‐400 

Cien

tífica  2/ 3 disciplinas 

científicas de base 

500       

Outras ciências básicas 

      200‐400  Total 500 Total 100 ‐ 550

Tecnológ

ica 

Tecnologias Tecnologias específicas 

800‐1000  Técnica 

3/ 4 disciplinas de natureza tecnológica, 

técnica e prática 

1180 

Tecnológ

ica 

Tecnologias‐ de acordo com o 

referencial tecnológico associado à qualificação 

1200 

Formação em contexto de trabalho 

420 

Total  800 ‐ 1000 Total 1600 Total 1200

Prática  Contexto de trabalho  1100‐1500 

 

 

Total CP: 3100 

PRA 

Portefólio reflexivo de aprendizagen

65 ‐ 85 

 

Total CA: 2800‐3700 

Prática 

Formação Prática em contexto de trabalho 

210 

Total EFA: 1575 ‐ 2045

*Quanto mais elevadas forem as habilitações de ingresso mais curto é o percurso formativo 

Page 68: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 67 

Quadro 6.4 – Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) dos cursos de educação e formação de adultos de nível 2 do QNQ 

Nível 2 de Qualificação do QNQ

Formação Inicial de Adultos

Cursos de educação e Formação de Adultos (EFA) 

(B2‐B3, Flexível/RVCC) * 

Componentes de formação 

Áreas de competência  Carga horária 

Aprender com autonomia 

Consolidar a integração no grupo 

40 Trabalhar em equipa

Aprender a aprender

Base 

Cidadania e empregabilidade 

900‐1350 Linguagem e Comunicação

Matemática para a vida

TIC

Tecnológica Tecnologias‐ de acordo com o com o referencial tecnológico 

associado à qualificação  1000 

Prática Formação  em  contexto  de trabalho 

≥ 120 

Total EFA: 1940‐2390 

*Quanto mais elevadas forem as habilitações de ingresso mais curto é o percurso formativo 

 

Quadro 6.5 – Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) das formações modulares certificadas 

 

Formação contínua para ativos empregados ou desempregados 

Formações Modulares utilizando unidades de formação de curta duração (UFCD) do CNQ de percursos de nível 2 e de nível 4 de qualificação do QNQ 

Carga horária 

Estrutura das formações Formação de 

base  Formação tecnológica Ambas as componentes 

de formação* 

25 ‐ 300 Horas  X  X X >300 ‐ 600 Horas*  X  ‐ X 

*Nestas formações 1/3 da carga horária deve corresponder a UFCD da componente de formação de base

Page 69: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 68 

6.1.3 As qualificações relativas às áreas de educação e formação da Energia e Eletricidade e da Construção Civil e Engenharia Civil 

ARTICULAÇÃO ENTRE ÁREAS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO, QUALIFICAÇÕES DO SNQ/CNQ E MODALIDADES DE 

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO Em  síntese,  as  qualificações  integradas  no  Sistema  Nacional  de  Qualificações  e  inseridas atualmente no Catálogo Nacional de Qualificações relativas às áreas de educação e formação cujas saídas profissionais estão associadas ao setor da construção civil e visando competências ao nível da eficiência energética e da utilização de energias  renováveis  constam no quadro seguinte. 

Note‐se que se entende por qualificações o “resultado formal de um processo de avaliação e validação comprovado por um órgão competente,  reconhecendo que um  indivíduo adquiriu competências,  de  acordo  com  referenciais  estabelecidos”,  nos  termos  do  Decreto‐Lei  n.º 396/2007, de 31 de dezembro. 

Neste  contexto,  o  quadro  seguinte  apresenta  as  qualificações  que  resultam  dos  cursos desenvolvidos no âmbito das diferentes modalidades de educação e formação. 

Salienta‐se  ainda,  que  os  referenciais  de  formação  associados  às  diferentes  qualificações podem dar  resposta a diversas atividades profissionais, as quais podem ou não  ser alvo de regulamentação específica, como é o caso das especializações TIM 2, TIM 3 e TQAI. 

Não obstante, atualmente, o CNQ não cobre ainda, através das qualificações integradas, todas as especializações destes sectores que possam estar submetidas a algum  tipo de  regulação, designadamente, o cado de TQAI. 

 

   

Page 70: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 69 

Quadro 6.6 – Oferta de qualificações por área de educação e formação e por modalidades 

                                                            35 Inclui o Instalador de Janelas e Fachadas Leves. 

Área de Educação e Formação  Nível QNQ 

Cátalogo Nacional de Qualificações 

Formação de Jovens  Formação de adultos 

Cursos Profissionais 

Cursos de Aprendizagem 

Cursos EFA 

Formações Modulares 

225 ‐ História e arqueologia           Técnico de Recuperação do Património Edificado  4  X       

521 ‐ Metalurgia e metalomecânica           Serralheiro/a Civil35  2      X  X 

Soldador/a  2      X  X 522 ‐ Eletricidade e energia           

Técnico de Instalações Elétricas  4  X  X  X  X Técnico de Eletrotecnia  4  X  X  X  X 

Técnico de Frio e Climatização  4  X       Técnico/a de Refrigeração e Climatização  4    X  X  X 

Desenhador/a de Sistemas de Refrigeração e Climatização  4    X  X  X Técnico de  Gás  4  X  X  X  X 

Técnico de Energias Renováveis  (4 variantes)    4  X       Técnico/a Instalador de Sistemas de Bioenergia  4    X  X  X 

Técnico/a Instalador de Sistemas Eólicos  4    X  X  X Técnico/a Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos  4    X  X  X 

Técnico/a Instalador de Sistemas Solares Térmicos  4    X  X  X Eletricista de Instalações  2      X  X 

Eletromecânico/a de Eletrodomésticos  2      X  X Eletromecânico/a de Refrigeração e Climatização – Sistemas 

Domésticos e Comerciais 2      X  X 

523 ‐ Eletrónica e automação           Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação  4  X  X  X  X 

Técnico de Eletrónica, Automação e Comando  4  X  X  X  X Técnico de Eletrónica e Telecomunicações  4  X  X  X  X 

543 ‐ Materiais           Carpinteiro de limpos  2      X  X 

582 ‐ Construção civil e engenharia civil           Técnico de Construção Civil  (6 variantes)    4  X       Técnico de Desenho de Construção Civil  4    X  X  X Técnico/a de Obra/Condutor/a de Obra  4    X  X  X 

Técnico/a de Topografia  4    X  X  X Técnico/a de Medições e Orçamentos  4    X  X  X 

Pedreiro/a  2      X  X Ladrilhador/a / Azulejador/a  2      X  X Pintor/a de Construção Civil  2      X  X 

Operador/a de CAD ‐ Construção Civil  2      X  X Canalizador/a  2      X  X 

Page 71: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 70 

 

CONTEÚDOS FORMATIVOS  No âmbito das qualificações  identificadas no Sistema Nacional de Qualificações e  integradas no  Catálogo  Nacional  de  Qualificações,  associadas  a  atividades/profissões  do  setor  da Construção Civil e da Energia apresenta‐se seguidamente um quadro exemplificativo do teor de  alguns  referenciais  de  formação  que  visam  as  competências  requeridas  para  as qualificações identificadas. 

A  título  de  exemplo,  foram  selecionadas  as  seguintes  qualificações:  pedreiro,  técnico  de refrigeração e climatização e técnico instalador de sistemas solares térmicos. 

   

Page 72: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 71 

Quadro 6.7 ‐ Exemplos de conteúdos de formação e competências associadas para 3 qualificações do CNQ 

Qualificação 

Referenciais de formação do CNQ 

Nível de qualificação 

Unidades de formação de curta duração (UFCD) 

Competências visadas 

Pedreiro 

  Organização  do  posto  de  trabalho  e aprovisionamento de materiais 

Parede  a  meia  vez  com  tijolos 23x11x7 ‐ extremidade em degrau 

Parede  a  meia  vez  com  tijolos 23x11x7 ‐ extremidade aprumada 

Parede com cunhal com tijolo vazado de 30x20x15 

Acabamentos em paredes 

Aprovisionamento  de  tubagens, manilhas  de  esgoto,  estruturas  de assentamento  e  preparação  de argamassas 

Alvenaria  de  tijolo  prensado encabeçada com pilar 

Alvenaria de  tijolo com vão de porta e janela 

Parede dupla com vão de porta 

Assentamento  de  caixas  elétricas, esgotos e outros 

Caixas de visita, caleiras e drenos 

Aprovisionamento  de madeiras  de  cofrar, varões e preparação do betão 

Execução de cofragem – sapata e pilar  

Execução de cofragem – muro,  cinta de travamento e viga 

Execução de cofragem ‐ lajes 

1Interpretar  elementos  de  projeto,  esboços  e  outras especificações técnicas. 

2.  Identificar  e  caracterizar  os  materiais,  os equipamentos,  as  ferramentas  e  os  meios  auxiliares adequados ao trabalho a realizar. 

3.  Utilizar  as  técnicas  de marcação  e  sinalização  dos alinhamentos para abertura de caboucos. 

4.  Utilizar  as  técnicas  de  preparação  da  base  dos caboucos para enchimento. 

5. Utilizar as técnicas de enchimento de caboucos. 

6. Utilizar as técnicas de marcação de estruturas. 

7. Utilizar as técnicas de enchimento de cofragens. 

8.  Utilizar  as  técnicas  de  execução  e  montagem  de elementos pré‐fabricados. 

9. Utilizar  as  técnicas de  execução de pavimentos  em massame. 

10.  Utilizar  as  técnicas  de  marcação  das  referências para execução de alvenarias. 

11.  Aplicar  as  técnicas  de  preparação  de  massas  e argamassas. 

12. Utilizar  os métodos  e  as  técnicas  de  execução  de alvenarias em elementos naturais ou artificiais. 

13.  Utilizar  as  técnicas  de marcação  e montagem  de vigamentos e ripados. 

14. Utilizar as técnicas de marcação e execução de ripa moldada. 

15. Utilizar as técnicas de assentamento de telhas e de outros materiais de cobertura. 

16.  Utilizar  as  técnicas  de  execução  de  caleiras  em coberturas. 

17. Utilizar as técnicas de assentamento de elementos de escoamento de águas pluviais. 

18. Utilizar  as  técnicas  de  execução  de  betonilhas  de regularização e de acabamento 

19. Utilizar as técnicas de execução de rebocos. 

20.  Utilizar  as  técnicas  de  assentamento,  em pavimentos,  de  mosaicos  cerâmicos,  hidráulicos  ou elementos de pedra naturale/ou artificial 

21. Utilizar as  técnicas de assentamento, em paredes, de azulejos e elementos de pedra natural e/ou artificial 

22. Utilizar os métodos e as  técnicas de desmonte de revestimentos, de coberturas, de estruturas e de outros elementos da construção. 

23.  Utilizar  os  métodos  e  as  técnicas  de  demolições parciais  de  edificações  e  de  outros  trabalhos  de 

 

Page 73: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 72 

Qualificação 

Referenciais de formação do CNQ 

Nível de qualificação 

Unidades de formação de curta duração (UFCD) 

Competências visadas 

construção. 

24. Utilizar os métodos e as técnicas de escoramentos e entivações. 

25. Utilizar as técnicas de marcação de alinhamentos e níveis  na  execução  de  diferentes  trabalhos  de saneamento e de outras 

infra‐estruturas. 

26. Utilizar as técnicas de execução e/ou assentamento de caixas, sumidouros, caleiras e atravessamentos. 

. 27. Utilizar as  técnicas de assentamentos de  tubos e manilhas. 

28.  Utilizar  as  técnicas  de  assentamento  de  lancis  e outros elementos pré‐fabricados. 

29. Utilizar os métodos e as técnicas de execução e/ou assentamento de fossas sépticas e poços absorventes. 

30. Utilizar as técnicas de assentamento de caixas para instalações técnicas. 

31. Utilizar as técnicas de assentamento de banheiras e similares 

32. Aplicar cantarias de pedra natural ou artificial e com elementos pré‐fabricados de betão, em vãos. 

33. Aplicar argamassa de acompanhamento em aros e aduelas 

34. Utilizar as técnicas de assentamento de elementos de serralharia. 

35.  Utilizar  as  técnicas  de  controlo  da  qualidade  do trabalho. 

36. Utilizar os procedimentos de limpeza e conservação dos instrumentos de trabalho. 

Técnico/a  de Refrigeração  e Climatização 

4 Desenho técnico - normalização e construções geométricas

Desenho técnico - projeções ortogonais

Tecnologia mecânica - princípios básicos dos materiais

Tecnologia mecânica - procedimentos básicos oficinais

Termodinâmica aplicada - termometria e calorimetria

Termodinâmica aplicada - transferência de calor

Prática de técnicas de fabrico - operações fundamentais

Prática de técnicas de fabrico - operações sobre chapa e tubos

Prática de técnicas de fabrico - soldadura de chapa e tubos

1. Interpretar especificações técnicas relativas à instalação e à manutenção de sistemas comerciais e industriais de refrigeração.

2. Interpretar especificações técnicas relativas à instalação e à manutenção de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização.

3. Aplicar critérios de organização e distribuição dos trabalhos a executar.

4. Utilizar os procedimentos e as técnicas de planeamento e aquisição dos equipamentos, componentes, ferramentas e materiais utilizados na instalação e na manutenção de sistemas comerciais e industriais de refrigeração.

5. Utilizar os procedimentos e as técnicas de planeamento e aquisição dos equipamentos, componentes, ferramentas e materiais utilizados na instalação e na manutenção de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização.

6. Utilizar as técnicas e os processos de preparação de equipamentos, componentes, ferramentas e materiais adequados à instalação e à manutenção de sistemas comerciais e industriais de refrigeração.

7. Utilizar as técnicas e os processos de preparação de

Page 74: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 73 

Qualificação 

Referenciais de formação do CNQ 

Nível de qualificação 

Unidades de formação de curta duração (UFCD) 

Competências visadas 

Desenho técnico - perspetiva isométrica

Desenho técnico - perspetiva isométrica de tubos e condutas

Desenho técnico - elementos de conjunto

Tecnologia mecânica - constituição genérica das máquinas térmicas

Tecnologia mecânica - processos de instalação e compressores

Termodinâmica aplicada - comportamento dos gases face às variáveis termodinâmicas

Termodinâmica aplicada - máquinas térmicas

Termodinâmica aplicada - seleção de compressores e dimensionamento de linhas, condensadores e evaporadores

Prática de técnicas de fabrico - operações de fabrico metálico e de máquinas térmicas

Desenho técnico - caldeiraria

Desenho técnico - circuitos esquemáticos elétricos

Eletricidade e eletrónica - eletricidade e medidas elétricas

Eletricidade e eletrónica - eletromagnetismo e circuitos de comando eletromagnético

Prática de instalações elétricas - montagem de circuitos elétricos e do grupo motocompressor

Prática de instalações elétricas - montagem e conservação de componentes elétricos

Práticas de instalação e montagem - instalação de máquinas de alta potência

Práticas de instalação e montagem - instalação de sistemas de ar condicionado

Instrumentação e controlo - princípios básicos da regulação e complementos de instrumentação

CAD 2D - refrigeração e climatização

Tecnologia mecânica - técnicas de manutenção

Termodinâmica aplicada - estados de transformação do ar

Termodinâmica aplicada - caldeiras para aquecimento

Termodinâmica aplicada - sistemas

equipamentos, componentes, ferramentas e materiais adequados à instalação e à manutenção de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização.

8. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de equipamentos, componentes, ferramentas e materiais aplicados à instalação e à manutenção de sistemas comerciais de refrigeração.

9. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de equipamentos, componentes, ferramentas e materiais aplicados à instalação e à manutenção de sistemas industriais de refrigeração.

10. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de equipamentos, componentes, ferramentas e materiais aplicados à instalação e à manutenção de sistemas domésticos e comerciais de climatização.

11. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de equipamentos, componentes, ferramentas e materiais aplicados à instalação e à manutenção de sistemas industriais de climatização.

12. Utilizar as ferramentas e os materiais necessários à instalação e à manutenção de sistemas comerciais e industriais de refrigeração.

13. Utilizar as ferramentas e os materiais necessários à instalação e à manutenção de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização.

14. Aplicar os métodos e as técnicas de avaliação das condições físicas do local de instalação de sistemas comerciais e industriais de refrigeração e do seu objetivo

15. Aplicar os métodos e as técnicas de execução dos traçados.

16. Aplicar os métodos e as técnicas de execução de uniões.

17. Utilizar os procedimentos e as técnicas de montagem dos equipamentos e de execução das ligações adequadas à instalação de sistemas comerciais de refrigeração.

18. Utilizar os procedimentos e as técnicas de montagem dos equipamentos e de execução das ligações adequadas à instalação de sistemas industriais de refrigeração.

19. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas de verificação e ensaio do funcionamento dos sistemas comerciais de refrigeração.

20. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas de verificação e ensaio do funcionamento dos sistemas industriais de refrigeração.

21. Orientar, tecnicamente, os trabalhos de instalação e de manutenção de sistemas comerciais e industriais de refrigeração.

22. Aplicar os métodos e as técnicas de avaliação das condições físicas do local de instalação de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização e do seu objetivo

23. .Utilizar os procedimentos e as técnicas de montagem dos equipamentos e de execução das ligações adequadas à instalação de sistemas domésticos e comerciais de climatização.

24. Utilizar os procedimentos e as técnicas de montagem dos equipamentos e de execução das ligações

Page 75: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 74 

Qualificação 

Referenciais de formação do CNQ 

Nível de qualificação 

Unidades de formação de curta duração (UFCD) 

Competências visadas 

de aquecimento a fluído

Termodinâmica aplicada - sistemas de aquecimento por bomba de calor

Eletricidade e eletrónica - corrente alterna

Eletricidade e eletrónica - circuitos de semicondutores e transístores

Prática de instalações elétricas - verificação e montagem de componentes elétricos

Organização da produção - preparação do trabalho

Organização da produção - gestão da produção

Organização da produção - gestão de stocks e logística

Práticas de técnicas de fabrico - fabrico de permutadores

Eletricidade e eletrónica - diagramas de circuitos de alerta, comando e controlo

Eletricidade e eletrónica - programação de autómatos

Práticas de instalação e montagem - instalação de um sistema de aquecimento

Práticas de instalação e montagem - instalação de um sistema de refrigeração

Prática de manutenção - manutenção de grupos motocompressores

Prática de manutenção - manutenção de torres e condutas  

adequadas à instalação de sistemas industriais de climatização.

25. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas de verificação e ensaio do funcionamento dos sistemas domésticos e comerciais de climatização.

26. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas de verificação e ensaio do funcionamento dos sistemas industriais de climatização.

27. Orientar, tecnicamente, os trabalhos de instalação e de manutenção de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização.

28. Utilizar as técnicas e os processos de limpeza de sistemas comerciais e industriais de refrigeração.

29. Utilizar as técnicas e os processos de limpeza de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização.

30. Utilizar as técnicas e os procedimentos de substituição de componentes de sistemas comerciais e industriais de refrigeração.

31. Utilizar as técnicas e os procedimentos de substituição de componentes de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização.

32. Identificar anomalias de funcionamento de sistemas comerciais de refrigeração.

33. Identificar anomalias de funcionamento de sistemas industriais de refrigeração.

34. Aplicar as técnicas e os procedimentos de reparação de sistemas comerciais de refrigeração.

35. Aplicar as técnicas e os procedimentos de reparação de sistemas industriais de refrigeração.

36. Identificar anomalias de funcionamento de sistemas domésticos e comerciais de climatização.

37. Identificar anomalias de funcionamento de sistemas industriais de climatização.

38. Aplicar as técnicas e os procedimentos de reparação de sistemas domésticos e comerciais de climatização.

39. Aplicar as técnicas e os procedimentos de reparação de sistemas industriais de climatização.

40. Exprimir-se oralmente e por escrito, de forma a facilitar a comunicação com clientes e com outros interlocutores.

41. Aplicar os métodos e as técnicas de execução de orçamentos.

42. Utilizar a documentação técnica respeitante ao registo da atividade desenvolvida.

43. Aplicar as normas de segurança, higiene, saúde e proteção ambiental respeitantes à atividade profissional.

Técnico instalador  de Sistemas Solares Térmicos 

4  Metrologia ‐ introdução  

Metrologia ‐ técnicas e instrumentos  

Tecnologia dos materiais  

Mecânica dos materiais  

Processos de fabrico  

Corrosão  

Pneumática e hidráulica  

Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no 

1. Utilizar as técnicas de planeamento e organização do trabalho. 

2.  Utilizar  as  técnicas  de  conceção  de  projetos  de sistemas solares térmicos de pequena dimensão. 

3.  Interpretar  projetos  de  instalação  de  sistemas solares térmicos. 

4. Identificar os equipamentos e acessórios a instalar e as  condições  físicas  exigidas  à  instalação  de  sistemas solares térmicos. 

5.  Selecionar  os métodos  de  trabalho  e  os materiais 

Page 76: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 75 

Qualificação 

Referenciais de formação do CNQ 

Nível de qualificação 

Unidades de formação de curta duração (UFCD) 

Competências visadas 

Trabalho ‐ conceitos básicos 

Empresa  

Qualidade e fiabilidade  

Preparação  do  trabalho,  planeamento  e orçamentação  

 

 Gestão da manutenção ‐ introdução  

Gestão de projeto  

Desenho  técnico  ‐  introdução  ao  CAD, desenho  geométrico  e  geometria descritiva 

Desenho  técnico  ‐  representação  e cotagem de peças  

Desenho técnico  ‐ elementos de  ligação e desenho esquemático  

Desenho  técnico  ‐ noções de desenho de construção civil  

Serralharia  de  bancada  ‐  operações elementares  

Maquinação ‐ operações elementares  

Processos de ligação  

Eletricidade  

Instalações elétricas industriais  

Automatismos ‐ introdução  

Mecânica dos fluídos  

Manutenção  de  orgãos  e  de equipamentos  

Termodinâmica  

Energias  

Energia solar  

Sistemas solares térmicos  

Colectores solares térmicos  

Projecto  de  sistema  solar  térmico  ‐ selecção e dimensionamento  

Projecto  de  sistema  solar  térmico  ‐ construção  

Projecto  de  sistema  solar  térmico  ‐ instalação 

necessários  ao  desenvolvimento  dos  trabalhos  de instalação, de manutenção e de reparação de sistemas solares térmicos. 

6. Identificar as diversas fases do trabalho a executar e as atividades inerentes às mesmas. 

7.  Aplicar  as  normas  e  procedimentos  de  saúde  e segurança respeitantes à atividade profissional. 

8.  Identificar  as  características  e  os  princípios  de funcionamento de sistemas solares térmicos. 

9.  Identificar  e  utilizar  as  técnicas  de  instalação  de sistemas solares térmicos. 

10.  Identificar  os  diferentes  tipos  de materiais  e  seus comportamentos,  bem  como  os  equipamentos  a utilizar na instalação de sistemas solares térmicos. 

11.  Identificar e utilizar os equipamentos de medida e controlo  adequados  à  instalação,  ao  arranque  e  ao diagnóstico  de  anomalias  dos  sistemas  solares térmicos. 

12.  Identificar  e  utilizar  as  técnicas  de  ensaio  de sistemas solares térmicos. 

13.  Identificar  as  anomalias  em  sistemas  solares térmicos. 

14.  Definir  e  utilizar  as  técnicas  de  reparação  de sistemas  solares  térmicos  de  acordo  com  a  anomalia detetada. 

15.  Identificar e utilizar as  técnicas de manutenção de sistemas solares térmicos. 

16.  Utilizar  a  documentação  técnica  respeitante  ao registo da atividade desenvolvida. 

 

 

Page 77: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 76 

ARTICULAÇÃO  ENTRE  AS  PROFISSÕES  DA  CLASSIFICAÇÃO  NACIONAL  DE  PROFISSÕES  E  A  RESPOSTA  DE QUALIFICAÇÕES DO SNQ/CNQ  No  quadro  seguinte  são  apresentados  dados  relativos  às  respostas  formativas  do  sistema nacional de qualificações, no que concerne às saídas profissionais e atividades profissionais do setor da  construção  civil e da energia,  identificadas na Classificação Nacional de Profissões, que permite verificar a correspondência existente. 

Note‐se que para uma mesma atividade profissional/profissão existe no Sistema Nacional de Qualificações mais do que uma modalidade de educação e  formação que permite obter as respetivas competências. 

   

Page 78: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 77 

Quadro 6.8 – – Oferta de qualificações dirigidas às profissões da CNP 

Profissão CNP Nível QNQ 

Cátalogo Nacional de Qualificações   

Formação de Jovens  Formação de adultos Form. Pós 

Secund. 

Cursos Profissionais 

Cursos de Aprendizagem 

Cursos EFA 

Formações Modulares 

CET 

Técnico  da  Construção  e Obras  Públicas  (Agente Tec de Arquit. e Eng.) 

5          X 

Medidor Orçamentista  4  X  X  X  X   

Técnico de instalações eléctricas  4  X  X  X  X   

Técnico de refrigeração e climatização (Técnico de Frio) 

4  X  X  X  x   

Técnico de manutenção ‐ Electricidade  4  X  X  X  x   

Técnico de redes ‐ Electricidade             

Desenhador Projectista             

Desenhador  4  X  X  X  X   

Pedreiro  2      X  X   

Montador de refractários (Assentador de Refract.)             

Cimenteiro             

Vibradorista – Construção Civil  2      X  X   

Enformador de “Prefabricados” ‐ Alvenaria             

Montador – Alvenarias Prefabricadas             

Montador de Pré‐Esforçados ‐ Betão             

Encarregado – Trabalhadores de Construção Civil e Obras Públicas 

4  X  X  X  X   

Carpinteiro de Limpos  2      X  X   

Carpinteiro de Toscos             

Vidraceiro ‐ Colocador             

Canalizador  2      X  X   

Montador de Tubagens             

Pintor – Construção Civil  2      X  X   

Limpa‐chaminés             

Electromecânico  de  Elevadores  e  Aparelhos Similares 

           

Electromecânico  de  Refrigeração  e  Climatização (Electromec. de Frio) 

2      X  X   

Electricista  –  Montador  de  Instalações  de  Alta Tensão 

           

Electricista  –  Montador  de  Instalações  de  Baixa Tensão 

2      X  X   

Electricista  de  Redes  –  Distribuição  de  Energia Eléctrica 

           

Instalador de Sistemas Solares Térmicos  4  X  X  X  X   

Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos  4  X  X  X  X   

Instalador de Sistemas de Bioenergia  4  X  X  X  X   

Page 79: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 78 

 

6.1.4 Dados quantitativos relativos à oferta formativa 

CURSOS DE APRENDIZAGEM ‐ NÍVEL 4 DE QUALIFICAÇÃO Estes cursos são realizados em centros de formação profissional da rede do IEFP, I. P., noutras entidades tuteladas pelo ministério responsável pela área da formação profissional e em entidades formadoras públicas e privadas devidamente certificadas no âmbito do sistema de certificação de entidades formadoras. 

No que respeita a esta modalidade, que visa qualificar jovens para a entrada no mercado de trabalho,  em  regime  de  alternância,  e  quanto  às  áreas  de  educação  e  formação referenciadas,  a  frequência  é maioritária  nos  cursos  relativos  a  qualificações  da  área  de eletricidade e energia, quer ao nível da produção quer ao nível da sua utilização associada à funcionalidade dos edifícios – 71%, com particular  incidência dentro deste grupo dos cursos referentes  a  qualificações  relativas  a  instalações  elétricas,  climatização  e  instalação  de sistemas solares térmicos. 

No  âmbito  desta  oferta  formativa  a  área  de  educação  e  formação  de  construção  civil  e engenharia civil é a que apresenta menor nº de alunos em frequência.  

   

Page 80: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 79 

Quadro 6.9. – Nº de alunos inscritos em Cursos de Aprendizagem em 31 de Dezembro de 2011 

  NUT II   

Cursos – formação realizada em 2011  Alentejo  Algarve  Centro  Lisboa  Norte  Total Geral 

CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA CIVIL  5  15  29  27  186  262 

TÉCNICO DE DESENHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL  5  15      78  98 

TÉCNICO DE MEDIÇÕES E ORÇAMENTOS      9  12  21  42 

TÉCNICO DE OBRA/CONDUTOR DE OBRA      9  15  55  79 

TÉCNICO DE TOPOGRAFIA      11    32  43 

ELECTRICIDADE E ENERGIA  56  43  202  352  833  1486 

TÉCNICO DE ELETROTECNIA          12  12 

TÉCNICO DE GÁS          16  16 

TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS  6  7  59  76  188  336 

TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO  40  26  41  94  220  421 

TÉCNICO  INSTALADOR  DE  SISTEMAS  DE BIOENERGIA 

      20  49  69 

TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS EÓLICOS      17  20  31  68 

TÉCNICO  INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS 

10    32    144  186 

TÉCNICO  INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS 

  10  53  142  173  378 

ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO      35  57  263  355 

TÉCNICO  DE  ELETRÓNICA  E TELECOMUNICAÇÕES 

    35  47  188  270 

TÉCNICO  DE  ELETRÓNICA,  AUTOMAÇÃO  E COMANDO 

      10  75  85 

Total Geral  61  58  266  436  1282  2103 

 

   

Page 81: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

   

Aqc

Acrq

TÉC

CONSTRU

ÇÃO CIVIL E 

ENGEN

HARIA CIVIL

ELEC

TRICIDADE E EN

ERGIA

ELEC

TRÓNICA E 

AUTO

MAÇÃ

O

A Figura 6.2 que  visam  aclimatização 

Figura 6.2 D

A distribuiçãocontexto a  reegião  ‐  técnqualificações

T

TÉCNICO

T

NICO INSTALAD

TÉCNICO INS

TÉCN

TÉCNICO 

permite umaas  qualificaçe instalações

Distribuição de

o desta oferegião Norte nico  de  eletr referenciad

ÉCNICO DE DES

TÉCNICO D

TÉCNICO D

TÉCNICO

TÉCNICO DE REF

O INSTALADOR 

TÉCNICO INSTA

DOR DE SISTEM

STALADOR DE S

NICO DE ELETRÓ

DE ELETRÓNIC

a visualizaçãções  de  inss elétricas, d

e alunos por á

ta formativauma  vez qurotecnia  e  tas. 

SENHO DA CON

DE MEDIÇÕES E

DE OBRA/COND

TÉCNICO D

TÉCNICO DE 

 DE INSTALAÇÕ

FRIGERAÇÃO E 

DE SISTEMAS D

ALADOR DE SIST

MAS SOLARES FO

SISTEMAS SOLA

ÓNICA E TELECO

CA, AUTOMAÇÃ

o mais objetstalador  de da área de ed

área de educa

a é assimétriue apresentatécnico  de  g

STRUÇÃO CIVIL

 ORÇAMENTOS

UTOR DE OBRA

DE TOPOGRAFIA

ELETROTECNIA

ÉCNICO DE GÁS

ÕES ELÉCTRICAS

CLIMATIZAÇÃO

DE BIOENERGIA

TEMAS EÓLICOS

OTOVOLTAICOS

ARES TÉRMICOS

OMUNICAÇÕES

ÃO E COMANDO

Formação pa

tiva da maiosistemas  s

ducação e fo

ação e formaç

ica em terma ofertas nãgás  –  e  ofer

42

7

43

12

16

69

68

0 50 10

L

S

A

A

A

S

S

O

A

S

S

S

S

O

BUara as Renováv

An

or incidência solares  térmrmação da e

ção e por curs

os regionais ão existentesrece  cursos 

98

79

9

8

18

85

00 150 200

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

de alunos nmicos,  refrigeletricidade e

sos de aprend

salientandos em nenhuem  todas  a

86

270

250 300 3

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 80 

nos cursos eração  e e energia. 

dizagem  

o‐se neste ma outra s  áreas  e 

336

421

378

350 400 450 

1

0

Page 82: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  

CEp

Nttre

CONSTRU

ÇÃO CIVIL E 

ENGEN

HARIA CIVIL

ELEC

TRICIDADE E EN

ERGIA

ELEC

TRÓNICA 

E AUTO

MAÇÃ

O

Alen

CURSOS PROFISEstes  cursos pública e priv

No que resperabalho, assrabalho, emeferenciadaseletricidade e

TÉCNICO

TÉCNICO INST

TÉCN

TÉCNICO D

ntejo Algar

Figura 

SSIONAIS – NÍV

são  desenvvada. 

eita a esta msociando a  fo entidades ds,  a  frequêne energia, q

CNICO DE DESE

TÉCNICO DE

TÉCNICO DE

TÉCNICO D

ÉCNICO DE REFR

O INSTALADOR D

ÉCNICO INSTAL

ÉCNICO INSTALAFO

TALADOR DE SI

ICO DE ELETRÓ

DE ELETRÓNICA

rve Centro

6.3. Distribui

VEL 4 DE QUA

volvidos  em 

modalidade, ormação  teódos setores dncia  é  maiouer ao nível 

ENHO DA CONS

E MEDIÇÕES E O

E OBRA/CONDU

TÉCNICO DE

TÉCNICO DE E

DE INSTALAÇÕE

RIGERAÇÃO E C

DE SISTEMAS D

LADOR DE SISTE

ADOR DE SISTEOTOVOLTAICOS

ISTEMAS SOLAR

ÓNICA E TELECO

A, AUTOMAÇÃO

Lisboa

ção de cursos

ALIFICAÇÃO escolas  pro

que visa quaórica à  formade atividaderitária  nos da produçã

STRUÇÃO CIVIL

ORÇAMENTOS

UTOR DE OBRA

E TOPOGRAFIA

ELETROTECNIA

CNICO DE GÁS

ES ELÉCTRICAS

CLIMATIZAÇÃO

E BIOENERGIA

EMAS EÓLICOS

EMAS SOLARES 

RES TÉRMICOS

OMUNICAÇÕES

O E COMANDO

Norte

Formação pa

s de aprendiza

fissionais  e 

alificar  jovenação  técnicae, e quanto àcursos  relato quer ao n

0% 10% 20

BUara as Renováv

An

agem por NU

em  escolas 

ns para a ena, com  formaàs áreas de etivos  a  qualível da sua u

% 30% 40% 50

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

T II 

secundárias

trada no meação em coneducação e ificações  dautilização as

% 60% 70% 80

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 81 

s  da  rede 

ercado de ntexto de formação a  área  de ssociada à 

% 90%100%

 

Page 83: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 82 

funcionalidade dos edifícios – 71% ‐ com particular  incidência dentro deste grupo dos cursos relativos a energias renováveis e instalações elétricas. 

Salienta‐se  o  n.º  de  alunos  em  frequência  no  curso  relativo  à  qualificação  de  técnico  de eletrónica,  automação  e  comando,  não  apenas  no  conjunto  dos  cursos  profissionais mas sobretudo em relação ao n.º de alunos em formação para a mesma qualificação nos cursos de aprendizagem.  

Tal  como  nos  cursos  de  aprendizagem  é  a  área  da  construção  civil  e  engenharia  civil  que apresenta menor n.º de alunos, mesmo quando associamos o n.º de alunos em frequência no curso  relativo à qualificação de  técnico de  recuperação do património edificado, o qual por razões técnico‐científicas se encontra integrado na área de educação e formação de História e Arqueologia. 

Quadro 6.10. – Nº de alunos inscritos em Cursos Profissionais em 31 de Dezembro de 2011 

Formação realizada 2011  NUT II   

Área de educação e formação   Alentejo  Algarve  Centro  Lisboa  Norte  Total Geral 

Construção Civil e Engenharia Civil  10  33  350  173  226  792 

Técnico de Construção Civil  10  33  350  173  226  792 

Eletricidade e Energia  489  465  2324  1196  2595  7069 

Técnico de Eletricidade Naval    18  13  48    79 

Técnico de Eletrotecnia  49    428  52  429  958 

Técnico de Energias Renováveis  240  269  1288  794  1459  4050 

Técnico de Frio e Climatização  35  42  79  98  122  376 

Técnico de Gás      34    8  42 

Técnico de Instalações Elétricas  165  136  482  204  577  1564 

Eletrónica e Automação  151  20  440  580  794  1985 

Técnico de Eletrónica e Telecomunicações 

13    127  265  118  523 

Técnico de Eletrónica, Automação e Comando 

66  20  299  292  519  1196 

Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação 

72    14  23  157  266 

História e Arqueologia        25  49  74 

Técnico de Recuperação do Património Edificado 

      25  49  74 

Total Geral  650  518  3114  1974  3664  9920 

 

A  Figura  6.4  permite  evidenciar  a  tendência  de  formação  dos  jovens  para  as  qualificações relacionadas  com  as  energias  renováveis  (eólica,  solar  fotovoltaica  e  solar  térmica  e bioenergia). 

 

Page 84: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 83 

 

Figura 6.4. Distribuição de alunos por área de educação e formação e por Cursos Profissionais 

Nesta modalidade  de  educação  e  formação  –  Cursos  Profissionais  ‐  observa‐se  uma maior distribuição  da  oferta  pelas  regiões  (caso  do  curso  de  eletrónica,  automação  e  comando), ainda que se verifique, tal como nos cursos de aprendizagem, ofertas não existentes em todas as regiões – técnico de gás e técnico de recuperação do património edificado.  

Verifica‐se de  igual modo que a região Norte, ainda que não apresente oferta para todos os cursos referenciados é aquela que maior diversidade de oferta disponibiliza. 

792

79

958

4050

376

42

1564

523

1196

266

74

0 500 10001500200025003000350040004500

TÉCNICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

TÉCNICO DE ELECTRICIDADE NAVAL

TÉCNICO DE ELECTROTECNIA

TÉCNICO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

TÉCNICO DE FRIO E CLIMATIZAÇÃO

TÉCNICO DE GÁS

TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

TÉCNICO DE ELECTRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES

TÉCNICO DE ELECTRÓNICA, AUTOMAÇÃO E COMANDO

TÉCNICO DE ELECTRÓNICA, AUTOMAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO

TÉCNICO DE RECUPERAÇÃO DO PATRIMÓNIO EDIFICADO

CONSTRU

ÇÃ

OCIVILE

ENGEN

HARIA

CIVIL

ELEC

TRICIDADEEEN

ERGIA

ELEC

TRÓNICAEAUTO

MAÇÃ

O

HISTÓ

RIAE

ARQ

UELOGIA

Page 85: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  

 

CONSTRU

ÇÃ

OCIVILE

ENGEN

HARIA

CIVIL

ELEC

TRICIDADEEEN

ERGIA

ELEC

TRÓNICAEAUTO

MAÇÃ

O

HISTÓ

RIAE

ARQ

UELOGIA

ALENTEJO

TÉCNICO

TÉCNICO DE E

ÉCNICO DE ELECTRÓ

TÉCNICO DE RE

ALGARVE C

Figu

TÉCNICO DE

TÉCNICO DE EL

TÉCNICO

TÉCNICO DE EN

TÉCNICO DE F

TÉCNICO DE INST

DE ELECTRÓNICA E

ELECTRÓNICA, AUTO

NICA, AUTOMAÇÃO

CUPERAÇÃO DO PAT

CENTRO LISBO

ra 6.5 Distrib

 

E CONSTRUÇÃO CIVI

LECTRICIDADE NAVA

O DE ELECTROTECNIA

NERGIAS RENOVÁVEI

FRIO E CLIMATIZAÇÃO

TÉCNICO DE GÁ

TALAÇÕES ELÉCTRICA

TELECOMUNICAÇÕE

MAÇÃO E COMANDO

E INSTRUMENTAÇÃO

TRIMÓNIO EDIFICADO

OA NORTE

uição de Curs

0% 10% 2

IL

AL

A

IS

O

ÁS

AS

ES

O

O

O

Formação pa

sos Profission

20% 30% 40

BUara as Renováv

An

ais por NUT I

0% 50% 60%

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

% 70% 80%

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 84 

90% 100%

 

Page 86: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 85 

CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULOTS – NÍVEL 2 E NÍVEL 4 DE QUALIFICAÇÃO Estes  cursos  são desenvolvidos em  centros de  formação profissional, entidades  formadoras certificadas, escolas profissionais e escolas básicas e secundárias, da rede pública e privada. 

No que respeita a esta modalidade de educação e formação, que visa qualificar adultos para a reinserção e melhoria das competências dos ativos, associando a formação teórica à formação técnica  com  formação em  contexto de  trabalho, em entidades dos  setores de atividade, os dados que  são passíveis de apresentação neste  relatório permitem verificar as variações da oferta formativa e do nº de alunos em frequência de 2010 para 2011. 

De 2010 para 2011 verifica‐se uma diminuição do n.º de alunos de  cerca de 75%, a par da diminuição das ofertas formativas nas várias áreas de educação e formação em análise. 

As  qualificações  de  nível  2  de  qualificação  do  QNQ  que  correspondem  a  uma  habilitação escolar de nível básico, aumentaram o nº de alunos verificando‐se contudo que apenas para uma qualificação existiu formação – soldador.  

Relativamente  ao  nível  4  de  qualificação  do  QNQ  não  foi  realizada  formação  para  as qualificações  de  técnicos  de  topografia,  de  eletrotecnia,  de  instalador  de  sistemas  de bioenergia e de instalador de sistemas eólicos, no período considerado. 

   

Page 87: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 86 

Quadro 6.11 ‐ Nº de alunos inscritos em cursos EFA em 2010 

  NUT II   

Área de educação e formação – cursos EFA  Alentejo  Algarve  Centro   Lisboa  Norte  N.º Alunos 

Nível 2 de qualificação do QNQ   16    28  21    65 

Construção civil e engenharia civil      12      12 

Pedreiro      12      12 

Metalurgia e Metalomecânica  16    16  21    53 

Serralheiro Civil        21    37 

Soldador  16    16      16 

Nível 4 de qualificação do QNQ   210  36  502  501  879  2128 

Construção civil e engenharia civil  84  24  124  123  288  643 

Técnico de desenho de construção civil      15  34  118  167 

Técnico de medições e orçamentos  18    13  35  35  101 

Técnico de obra/condutor de obra  66  24  58  54  114  316 

Técnico de topografia      38    21  59 

Eletricidade e energia  112  12  367  364  506  1361 

Técnico de electrotecnia        21  20  41 

Técnico de gás      14  33    47 

Técnico de instalações elétricas  36    80  29  98  243 

Técnico de refrigeração e climatização      30  104  53  187 

Técnico inst. sistemas de bioenergia    12      15  27 

Técnico inst. sistemas eólicos      21      21 

Técnico instalador de sistemas solares fotovoltaicos 

32    81  101  113  327 

Técnico instalador de sistemas solares térmicos  44    141  76  207  468 

Eletrónica e automação  14    11  14  85  124 

Técnico de electrónica e telecomunicações  14    11    70  84 

Técnico de eletrónica, automação e comando        14  15  40 

Total Geral  226  36  530  522  879  2193 

 

 

 

   

Page 88: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 87 

Quadro 6.12 ‐ Nº de alunos inscritos em cursos EFA em 2011 

  NUT II   

Área de educação e formação – cursos EFA  Alentejo  Algarve  Centro   Lisboa  Norte  N.º Alunos 

Nível 2 de qualificação do QNQ   19      34  19  72 

Metalurgia e Metalomecânica  19      34  19  72 

Soldador  19      34  19  72 

Nível 4 de qualificação do QNQ   73  36  162  181  56  508 

Construção civil e engenharia civil    16  45  70    131 

Técnico de desenho de construção civil      20  18    38 

Técnico de medições e orçamentos        18    18 

Técnico de obra/condutor de obra    16  25  34    75 

Eletricidade e energia  58  20  95  70  56  299 

Técnico de gás        18    18 

Técnico de instalações elétricas  11  20    19  56  106 

Técnico de refrigeração e climatização      31      31 

Técnico  instalador  de  sistemas  solares fotovoltaicos 

31    31  33    95 

Técnico instalador de sistemas solares térmicos  16    33      49 

Eletrónica e automação  15    22  41    78 

Técnico de eletrónica, automação e comando  15    22  41    78 

Total Geral  92  36  162  215  75  580 

 

O gráfico abaixo permite observar notoriamente a diminuição do n.º de alunos nas ofertas formativas do ano de 2010 para o ano de 2011. 

É de realçar a quebra nos cursos das qualificações de  técnico  instalador de sistemas solares térmicos  (aprox.  89%),  técnico  de  refrigeração  e  climatização  (aprox.  83%)  e  técnico  de medições e orçamentos (aprox. 80%). 

Salienta‐se que no caso da qualificação de técnico de refrigeração e climatização a tendência é contrária à das formações para jovens. 

Page 89: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 88 

 

Figura 6.6 ‐ Distribuição de alunos por ano, por área de educação e formação e por Cursos EFA e nível de qualificação. 

 

12

37

16

167

101

316

59

41

47

243

187

27

21

327

468

84

40

72

38

18

75

18

106

31

95

49

78

0 50 100150200250300350400450500

PEDREIRO

SERRALHEIRO CIVIL

SOLDADOR

TÉCNICO DE DESENHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

TÉCNICO DE MEDIÇÕES E ORÇAMENTOS

TÉCNICO DE OBRA/CONDUTOR DE OBRA

TÉCNICO DE TOPOGRAFIA

TÉCNICO DE ELETROTECNIA

TÉCNICO DE GÁS

TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO

TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS DE BIOENERGIA

TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS EÓLICOS

TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS

TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS

TÉCNICO DE ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES

TÉCNICO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E COMANDO

CONSTR

UÇÃ

O

CIVILE

ENGEN

H

ARIA

CIVIL

METALU

RGIA

E

METALO

MEC

ÂNIC

A

CONSTRU

ÇÃOCIVILEEN

GEN

HARIA

CIVIL

ELETRICIDADEEEN

ERGIA

ELETRÓ

NICAE

AUTO

MAÇÃ

O

24

2011 2010

Page 90: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 89 

Os gráficos seguintes revelam os seguintes aspetos, relativos à formação desenvolvida através de Cursos EAF: 

Cursos concentrados em algumas regiões: 

2010 – Pedreiro, soldador e Técnico instalador de sistemas eólicos 

2011  ‐  Técnico  de  gás,  técnico  de  refrigeração  e  climatização  e  técnico  de medições e orçamentos 

Regiões com pouca diversidade de oferta: 

2010 – Algarve e Alentejo 

2011 – Algarve e Norte  

Page 91: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

24

  

CONSTR

UÇÃ

O

CIVILE

ENGEN

HM

ETALU

RGIA

E

Alente

Figura 6.7

TÉCNICO

T

ARIA

CIVIL

METALO

MEC

ÂNI

CA

CONSTRU

ÇÃOCIVILE

ENGEN

HARIACIVIL

ELETRICIDADEEEN

ERGIA

ELETRÓ

NICAE

AUTO

MAÇÃ

O

ejo Algarv

7 ‐ Distribuiçã

TÉCNICO D

TÉC

TÉC

T

TÉCNICO

TÉCNICO INSTA

TÉCNICO

O INSTALADOR DE

TÉCNICO INSTALAD

TÉCNICO DE

TÉCNICO DE ELET

ve Centro

ão de Cursos E

S

DE DESENHO DE C

CNICO DE MEDIÇÕ

NICO DE OBRA/CO

TÉCNIC

TÉCNICO

TÉCNICO DE INSTA

O DE REFRIGERAÇÃ

ALADOR DE SISTEM

O INSTALADOR DE

SISTEMAS SOLARE

OR DE SISTEMAS S

E ELETRÓNICA E TE

TRÓNICA, AUTOMA

o  Lisboa

EFA no ano de

PEDREIRO

SERRALHEIRO CIVI

SOLDADOR

CONSTRUÇÃO CIVI

ES E ORÇAMENTOS

ONDUTOR DE OBRA

CO DE TOPOGRAFIA

O DE ELETROTECNIA

TÉCNICO DE GÁ

ALAÇÕES ELÉTRICAS

O E CLIMATIZAÇÃO

MAS DE BIOENERGIA

SISTEMAS EÓLICOS

ES FOTOVOLTAICOS

SOLARES TÉRMICOS

ELECOMUNICAÇÕES

AÇÃO E COMANDO

Norte

Formação pa

e 2010, por ní

0% 10% 20%

O

L

R

L

S

A

A

A

S

S

O

A

S

S

S

S

O

BUara as Renováv

An

ível de qualifi

% 30% 40% 5

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

icação e por N

50% 60% 70%

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 90 

NUT II 

% 80% 90%100

 

0%

Page 92: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  

METALU

RGI

AE

METALO

ME

CONSTRU

ÇÃOCIVILEEN

GEN

HARIA

ELETRÓ

NIC

AE

AUTO

MAÇÃ

24

Alentejo

Figura 6.8

TÉCNICO IN

TÉCN

CÂNICA

CIVIL

ELETRICIDADEEEN

ERGIA

O

Algarve

8 ‐ Distribuiçã

TÉCNICO DE D

TÉCNIC

TÉCNICO

TÉC

TÉCNICO DE

NSTALADOR DE SIST

NICO INSTALADOR

ÉCNICO DE ELETRÓ

Centro  L

ão de Cursos E

DESENHO DE CON

CO DE MEDIÇÕES E

O DE OBRA/COND

T

NICO DE INSTALAÇ

REFRIGERAÇÃO E

TEMAS SOLARES FO

DE SISTEMAS SOLA

NICA, AUTOMAÇÃ

Lisboa Nor

EFA no ano de

0%

SOLDADOR

STRUÇÃO CIVIL

E ORÇAMENTOS

UTOR DE OBRA

ÉCNICO DE GÁS

ÇÕES ELÉTRICAS

CLIMATIZAÇÃO

OTOVOLTAICOS

ARES TÉRMICOS

ÃO E COMANDO

te

Formação pa

e 2011, por ní

% 10% 20% 3

BUara as Renováv

An

ível de qualifi

30% 40% 50%

UILD‐UP SKILLS veis e Eficiênciano Sector da 

nálise do Estad

icação e por N

% 60% 70% 80%

PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 

Pág. 91 

NUT II 

% 90%100%

 

Page 93: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 92 

6.1.5 Apreciação global Em síntese, constata‐se através dos dados apresentados os seguintes aspetos que se relevam, no âmbito do Sistema Nacional de Qualificações: 

Assimetrias  regionais  relativamente à oferta  formativa quanto às qualificações e quanto às modalidades de educação e formação; 

Investimento  nas  formações  relativas  às  qualificações  associadas  às  energias renováveis, quer na qualificação inicial de jovens quer na qualificação dos adultos, especialmente  no  que  respeita  à  instalação  de  equipamentos  solares  quer fotovoltaicos quer térmicos; 

Diminuição  abrupta  em  2011  da  oferta  formativa  para  os  adultos,  ao  nível  da modalidade de educação e formação EFA, no âmbito das qualificações associadas ao setor da construção e energia. 

Relativamente  às  formações  modulares  no  âmbito  do  SNQ/CNQ,  destinadas  a  ativos,  no contexto  da  formação  contínua,  bem  como  às  formações  pós‐secundárias  não  superiores (CET), os respetivos processos de monitorização encontram‐se em fase de implementação. 

   

Page 94: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 93 

6.2 Cursos de  formação para a eficiência energética e energias renováveis nos edifícios 

A  Direção  Geral  de  Energia  e  Geologia,  pela  Portaria  1451/2004  de  26  de  Novembro, entretanto  revogada  pelo  Decreto‐Lei  nº  92/2011,  de  27  de  Julho,  enquanto  entidade certificadora  foi‐lhe  atribuída  a  competência  para  emitir  os  CAP  (certificação  de  Aptidão Profissional) e reconhecer cursos de formação para técnicos  instaladores de sistemas solares térmicos.  Neste  âmbito,  foram  reconhecidas,  pela  DGEG,  37  entidades  formadoras  que formarem 10.135 instaladores de Sistemas Solares Térmicos.  

A  estas  entidades  foi  solicitada  resposta  a  um  questionário  relativo  às  formações  que ministravam no setor da energia. Obteve‐se  resposta de 11 entidades que seguidamente se analisa. De notar que, alguma da formação aqui identificada poderá já estar incluída na análise da formação inserida no SNQ, explicitada no ponto anterior deste relatório. 

Tendo em consideração a variedade de ações de formação, dividiu‐se as formações realizadas em gás, eletricidade, eficiência energética, sistemas solar térmico e sistemas AVAC, tendo sido apenas contempladas aquelas que se encontravam no período compreendido entre os anos de 2005 e 2012. 

No Quadro  6.13  encontra‐se  a  distribuição  das  ações  de  formação  pelas  categorias  acima indicadas. 

Quadro 6.13 ‐ Distribuição das ações de formação. 

Área de formação 

N.º Formandos Formandos Aprovados 

Horas de formação 

N.º Formações 

H. formação X formando 

Formandos aprovados 

Gás  282  271  4.945  26  131.838  96% 

Eletricidade  750  693  48.545  59  609.996  92% 

Solar Térmico  1.008  791  23.529  54  391.092  78% 

AVAC  24  23  48  2  1.108  96% 

Eficiência Energética 

26  13  94  3  2.444  50% 

total  2.090  1.791  77.161  144  1136.478  86% 

 

Seguidamente  é  feita  uma  análise  das  ações  de  formação  para  cada  uma  das  categorias identificadas. De notar que  as  ações de  formação  aqui  consideradas podem  ser  formações iniciais (de  longa duração) ou formação contínua (de curta duração e, que se trata de dados relativos á formação desenvolvida apenas por 11 empresas. 

6.2.1 Formação para técnicos de gás: Realizaram‐se  26  ações  de  formação  de  gás,  tendo  sido  frequentadas  por  282  formandos. Destas ações 24  tiveram uma carga horária  inferior a 1000 horas e  foram  frequentadas por 250 formandos, enquanto 32 tiveram uma carga horária superior a 1000 horas. 

   

Page 95: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 94 

Quadro 6.14 ‐ Ações de formação de gás. 

Gás  N.º Formandos  Formandos aprovados 

N.º Formações 

Formandos aprovados 

Diferencial de horas 

Inferior a 1000h  250  245  24  98%  Entre 8h e 225h 

Superior a 1000h  32  26  2  81%  Entre 2045h e 2080h 

 

6.2.2 Formação para técnicos de eletricidade: Dentro desta categoria encontram‐se as ações de formação de especialistas de eletricidade e de instaladores de sistemas fotovoltaicos. 

Quadro 6.15 ‐ Ações de formação de especialistas de eletricidade e de instaladores de sistemas fotovoltaicos. 

Eletricidade N.º 

Formandos Formandos aprovados 

N.º Formações 

Formandos aprovados 

Diferencial de horas 

Fotovoltaico (inf. 1000h) 

241  217  16  90%  Entre 32h e 175h 

Fotovoltaico (sup. 1000h) 

14  10  1  71%  2070h 

Eletricidade (inf. 1000h) 

151  145  10  96%  Entre 25h e 100h 

Eletricidade (sup. 1000h) 

344  321  32  93%  Entre 1060h e 3anos 

Total Inferior a 1000h 

392  362  26  92%  Entre 25h e 175h 

Total Superior a 1000h 

358  331  33  92%  Entre 1060h e 3anos 

Formação a decorrer  87  Decorrer  5  Decorrer  Entre 2070h e 3anos 

 

Realizaram‐se 59 cursos de eletricidade frequentados por 750 formandos, com uma oscilação de horas de formação entre as 25h e os 3 anos. A formação no ramo de eletricidade foi divida em sistemas de fotovoltaico e em eletricidade.  

Dentro de  cada uma das especialidades,  foi  realizado um  tratamento aos dados  fornecidos para em formações inferiores a 1000horas e superiores a 1000h  

6.2.3 Formação para técnicos de solar térmico: Realizaram‐se  54  ações  de  formação  de  instaladores  de  sistemas  solares  térmicos frequentadas por 1008 formandos, sendo que o número de horas de cada ação oscila entre as 25h e as 3291h. 

 

 

 

 

Page 96: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 95 

Quadro 6.16 ‐ Ações de formação de instaladores de sistemas solares térmicos. 

Solar térmico  N.º Formandos 

Formandos aprovados 

N.º Formações 

Formandos aprovados 

Diferencial de horas 

Inferior a 1000h  815  738  45  91%  Entre 25h e 125h 

Superior a 1000h  183  53  9  29%  Entre 1180h e 3291h 

Formação a decorrer 

45  Decorrer  3  Decorrer  Entre 40h e 3anos 

 

6.2.4 Formação para técnicos de AVAC: Realizaram‐se 3 ações de formação para instaladores de aparelhos AVAC frequentados por 24 formandos, com uma carga horária de24h. 

Quadro 6.17 ‐ Ações de formação para instaladores de aparelhos AVAC. 

AVAC  N.º Formandos 

Formandos aprovados 

N.º Formações 

Formandos aprovados 

Diferencial de horas 

Inferior a 1000h  24  23  2  96%  24h 

Formação  a decorrer 

7  Decorrer  1  Decorrer  76h 

 

6.2.5 Formação para técnicos de Eficiência Energética: Houve 3  cursos  sobre o  tema da Eficiência Energética  frequentados por 26  formandos  com uma oscilação de horas de formação entre as 16h e as 370h. 

Quadro 6.18 – Cursos sobre eficiência energética. 

Efcicência Energética 

N.º Formandos  Formandos aprovados 

N.º Formações  Formandos aprovados 

Diferencial de horas 

Inferior a 1000h  26  13  3  50%  Entre 16h e 44h 

Formação  a decorrer 

7  Decorrer  3  Decorrer  Entre 350h e 370h 

 

Page 97: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 96 

7 LACUNAS  DE  COMPETÊNCIAS  ENTRE  A  SITUAÇÃO  ATUAL  E  AS NECESSIDADES PARA 2020  

(a completar até ao final do mês de Junho) 

   

Page 98: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 97 

8 BARREIRAS  

Como já foi referido na parte  inicial deste relatório, foram aplicados 4  inquéritos a empresas (Tipo I), associações empresariais ou industriais, sindicatos e associações profissionais (Tipo II), entidades formadoras (tipo III) e outros (tipo IV, com um total de 29 respostas.  

Da avaliação das respostas aos inquéritos, até a esta fase do Projeto, foi possível concluir que, do ponto de vista das empresas, são duas as principais barreiras à formação:  inexistência de oferta formativa adequada às necessidades das empresas (3,7) e, fatores económicos (3,4).  

Quanto aos restantes Grupos que responderam ao questionário, o maior constrangimento foi atribuído  aos  fatores  económicos  (4,1  e 4),  seguido, no  caso das  associações  empresariais, industriais, profissionais e sindicatos, do tempo a disponibilizar pelas empresas (3,9) e, no caso das entidades formadoras, a inexistência de oferta formativa (3,7). 

 Figura 8.1 ‐ Principais constrangimentos da empresa relativamente à formação dos trabalhadores. 

0 1 2 3 4 5

Não existem

Outras

Motivação dos trabalhadores

Inexistência de oferta formativa adequada às necessidades da empresa

Tempo a disponibilizar aos trabalhadores para frequência da …

Funcionais

Fatores económicos

Maior constragimento

Page 99: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 98 

 Figura 8.2 ‐ Principais constrangimentos à formação dos profissionais do setor da construção do ponto de vista das associações profissionais, sindicatos, associações empresariais e industriais e 

outros. 

 Figura 8.3 ‐ Principais constrangimentos à formação dos profissionais do setor da construção do 

ponto de vista das entidades formadoras. 

Em  resposta  a  questões  não  pré‐definidas  nos  questionários  (“outros”)  foram  identificados algumas reveladoras de ceticismo face à importância e à qualidade da oferta formativa: 

A  formação  nem  sempre  traz  rentabilidade  às  empresas,  pois  a  aposta  em formação nem sempre é um factor competitivo entre empresas; 

A formação é generalista e de fraca qualidade; 

Melhoria da qualidade dos formadores; 

0 1 2 3 4 5

Não existem

Outras

Regulamentação da atividade insuficiente

Motivação dos trabalhadores

Inexistência de oferta formativa adequada às necessidades das empresas

Tempo a disponibilizar pelas empresas aos trabalhadores para frequência da …

Fatores económicos

Maior constragimento

0 1 2 3 4 5

Não existem

Outras

Motivação dos trabalhadores

Inexistência de oferta formativa adequada às necessidades das empresas

Tempo a disponibilizar pelas empresas aos trabalhadores para frequência da …

Fatores económicos

Maior constragimento

Page 100: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 99 

Falta de aplicações práticas; 

Fraca relação com o público e pouca publicidade dos temas; 

Pouca noção do valor atribuído ao conforto e poupança; 

Existência de uma cultura social e inconsciente virada para o desperdício. 

Enquanto  outras,  por  outro  lado,  consideram  que  a  formação  é  indispensável  para  a competitividade e modernidade das empresas: 

A  formação  é  essencial  pois  a  competência  técnica  é  um  factor  crítico  nas empresas; 

Com  a  formação  é  possível  otimizar  os  procedimentos  de  trabalho  e  levar  à utilização de equipamentos e materiais mais eficientes e adequados; 

A  formação dos profissionais é  fundamental para uma boa utilização e aplicação das  tecnologias disponíveis, não só para que haja oferta suficiente, mas  também para a própria credibilidade dos sistemas; 

A  formação  tem um papel  importantíssimo, desde que seja adequada aos vários níveis de intervenção nas diversas fases dos projectos. 

Face ao número relativamente reduzido de respostas ao inquérito, considera‐se que a questão das barreiras à  formação e à qualificação constitui uma das questões criticas a  reforçar nas discussões  subsequentes  com  os  diferentes  stakeholders,  não  apenas  numa  perspetiva  de confirmação das barreiras e constrangimentos já identificados, como também para identificar outras, e sobretudo concertar propostas de melhoria. 

 

Page 101: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 100 

9 CONCLUSÕES  

Uma das finalidades do presente relatório é dispor de um conjunto de informação estruturada e sistematizada que possibilite uma discussão mais alargada e sustentada com os stakeholders nacionais,  com  vista  ao  desenho  de  um  roteiro  nacional  de  formação  para  a melhoria  das competências  dos  operários  e  instaladores  do  sector  da  construção  para  a  eficiência energética e renováveis. 

Neste  sentido,  a  análise  do  sector  da  construção,  incluindo  o  emprego,  e  das  políticas nacionais  nos  domínios  da  energia  e  da  educação  e  formação  revela‐nos  um  sector claramente afetado pela  crise económica atual,  cuja  importância para a economia nacional quer do ponto de vista do contributo para o PIB quer para o VAB, tem vindo a decrescer na última década. Também ao nível do emprego este decréscimo se verifica. 

Não  obstante,  o  emprego  é  maioritariamente  qualificado,  ou  seja  exerce  profissões qualificadas – 74% são profissionais qualificados ‐, apresentando no entanto baixos níveis de habilitações escolares – 86% tem apenas o ensino básico.  

A  aposta  no  desenvolvimento  de  competências  que  contribuem  para  aumentar  o  valor acrescentado  das  atividades  no  sector  da  construção  e  da  energia,  e  a  requalificação profissional de alguns dos trabalhadores deste sector, parecem ser duas linhas de aposta para responder  às  dificuldades  de  desenvolvimento  e  de  crescimento  deste  sector. A  aposta  na qualidade dos serviços e produtos é fundamental para cumprir este desígnio. 

Do  ponto  de  vista  das  respostas  do  sistema  nacional  de  qualificações,  o  levantamento efetuado neste relatório permitiu concluir que: 

Existe uma grande diversidade de oferta de formação inicial dirigidos a jovens, mas também a adultos. 

A formação dirigida aos jovens ‐ Cursos de Aprendizagem e Cursos profissionais, a frequência  é  maioritária  nos  cursos  relativos  a  qualificações  da  área  de eletricidade e energia, quer ao nível da produção quer ao nível da sua utilização associada à  funcionalidade dos edifícios – 71%,  com particular  incidência dentro deste grupo dos cursos referentes a qualificações relativas a  instalações elétricas, climatização e instalação de sistemas solares térmicos. Em contrapartida, a área da construção civil e engenharia civil é a que apresenta menor número de alunos em frequência. 

A formação dirigida a adultos (Cursos EFA) apresenta uma concentração de alguns cursos  em  algumas  regiões,  como  por  exemplo  o  caso  dos  cursos  de  Pedreiro, soldador  e  Técnico  instalador  de  sistemas  eólico  realizados  em  2010  na  região centro,  ou  os  cursos  de  Técnico  de  gás,  e  técnico  de medições  e  orçamentos realizados 2011, em Lisboa.  

A oferta de  formação de adultos  (cursos EFA), registou uma redução significativa em 2011, no âmbito das qualificações associadas ao setor da construção e energia. 

Na  realidade  podemos  concluir  que,  por  um  lado,  existem  algumas  assimetrias  regionais relativamente  à  oferta  formativa  quanto  às  qualificações  e  quanto  às  modalidades  de educação  e  formação  e,  por  outro  lado,  regista‐se  um maior  investimento  nas  formações 

Page 102: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 101 

relativas  às  qualificações  associadas  às  energias  renováveis,  quer  na  qualificação  inicial  de jovens  quer  na  qualificação  dos  adultos,  especialmente  no  que  respeita  à  instalação  de equipamentos solares quer fotovoltaicos quer térmicos. 

Quanto à  formação contínua dos ativos, registámos alguma dificuldade na recolha de dados sistematizados,  quer  do  ponto  de  vista  da  formação  certificada  (onde  o  processo  de monitorização  se  encontra  em  implementação)  quer  no  âmbito  de  formação  contínua  da responsabilidade  exclusivamente  das  empresas  e  de  esquemas  de  certificação  sectoriais. Paralelamente,  consideramos  igualmente  que  as  questões  relativas  aos  mecanismos  de certificação  de  atividades  económicas  neste  sector  da  Construção  que  implicam  a regulamentação de acesso ao exercício de atividades profissionais não estão suficientemente explícitas e desenvolvidas neste  relatório, pelo que esta será uma matéria a desenvolver na fase  seguinte  deste  trabalho,  através  de  uma  articulação mais  estreita  com  os  diferentes intervenientes na  identificação e desenvolvimento o desenvolvimento de  competências dos profissionais deste setor.  

Ainda  no  âmbito  deste  estudo  e  resultante  de  um  inquérito  aplicado  a  um  conjunto  de entidades, foram identificadas como principais barreiras à qualificação dos profissionais deste sector, que podem comprometer o cumprimento das metas associadas à estratégia 2020: 

A inexistência de oferta formativa adequada às necessidades das empresas; 

Os fatores económicos; 

O tempo a disponibilizar pelas empresas. 

Em síntese, e considerando que se vem verificando uma mudança de hábitos de consumo no que  concerne  à  utilização  das  diferentes  fontes  de  energia,  quer  por  via  de  uma  maior consciencialização  das  vantagens  e  importância  dessas  fontes  quer  por  via  dos  normativos internacionais e nacionais em  vigor, existe necessidade de uma  reflexão profunda  sobre as implicações  que  estas  alterações  nos  hábitos  de  consumo  trazem  para  a  qualificação  dos profissionais do sector.  

Importa  assim,  na  fase  seguinte  deste  trabalho  analisar  em  profundidade  que  novas competências estão a ser  requeridas em algumas especializações de atividades profissionais deste sector da construção, designadamente as que tem uma ligação estreita com a utilização final da energia, sobretudo quando enquadrados em esquema de certificação sectorial. 

Page 103: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 102 

10 AUTORES/CONTRIBUIDORES  

Autores 

Agência para a Energia (ADENE) 

Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional (ANQEP) 

Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG) 

Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) 

 

Contributos 

Associação Certificadora de Instalações Elétricas (CERTIEL) 

Associação  Empresarial  dos  Sectores  Elétrico,  Eletrodoméstico,  Fotógrafo  e  Eletrónico (AGEFE) 

Associação de Fabricantes e Importadores de Equipamentos de Queima (AFIQ) 

Associação Nacional de Escola Profissionais (ANESPO) 

Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAJE) 

Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC)  

Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado (EFRIARC) 

Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado (APIRAC) 

Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISOLAR) 

Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte (CICCOPN)  

Centro de Formação Profissional para a Indústria Térmica, Energia e Ambiente (APIEF) 

Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) 

Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (INCI) 

Instituto da Soldadura e Qualidade (ISQ) 

Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL) 

   

Page 104: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 103 

11 REFERÊNCIAS  

AECOPS (2012), Análise Regional. 

Afonso,  O.  e  Gonçalves,  N.  (2009),  Economia  não  registada  em  Portugal,  Observatório  de Economia e Gestão de Fraude, OBEGEF. 

BPIE  (2011),  Europe’s  buildings  under  the microscope,  a  country‐by‐country  review  of  the energy performance of buildings. 

Carvalho,  L.  X.  (2007),  Os  Limites  da  Formalidade  e  o  Trabalho  Imigrante  em  Portugal, Cadernos OI, 1, Lisboa: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural. 

CEEETA‐ECO (2010), Estudo sobre empregos verdes em Portugal. 

DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico. 

Gabinete de Estratégia e Planeamento, Ministério da Solidariedade e Segurança Social (GEP) (2010), Quadro de Pessoal 2007, 2008 e 2009. 

Gabinete  de  Estatística  e  Planeamento  da  Educação  (GEPE)  (2011), Dados  sobre  as ofertas formativas. Sistema de Informação e Gestão da Oferta educativa e Formativo (SIGO). 

FEPICOP (2012), Análise da conjuntura, n.º 59, Fevereiro 2012. 

InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final. 

InCi (2011), O Sector da Construção em Portugal em 2010. 

InCI (2012), Relatório Semestral do Setor da Construção em Portugal, 1º Semestre 2011. 

INE (2010), Estatísticas da construção e habitação. 

INE (2011), Edifícios concluídos no 4º Trimestre de 2011. 

INE (2011), Estatísticas das Obras Concluídas. 

INE (2012), Contas Nacionais. 

INE (2012), Contas Nacionais Trimestrais. 

INE (2012), Resultados provisórios do CENSOS 2011. 

INE (2012), Destaque: informação à comunicação social de 15 de Março. 

Martins, C  (2009), Sistema de Regulação da Atividade da Construção em Portugal, Trabalho final de mestrado em engenharia civil do IST. 

OCDE  (2007), The Labour Market  Integration of  Immigrants  in Portugal, OCDE, Employment, Labour and Social Affairs Committee. 

Peixoto,  J  (2008),  Imigração e mercado de  trabalho em Portugal:  investigação e  tendências recentes, Revista Migrações ‐ Número Temático Imigração e Mercado de Trabalho, Abril 2008, n.º 2, Lisboa: ACIDI, pp. 19‐46. 

Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER), 2009. 

Relatório SCE Síntese Fevereiro 2011 – Estatísticas SCE 

Page 105: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 104 

Resolução de Conselho de Ministros n.º 80/2008, Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE)— Portugal Eficiência 2015. 

Revista de Estudos Demográficos, n.º 45, 2009 – Pessoas Migrantes 

THAMES Consultores (2008), O Sector Construção em Portugal.  

 

Sítios da internet 

www.anqep.gov.pt 

www.catalogo.anqep.gov.pt 

www.gestaodefraude.eu 

www.poph.qren.pt 

www.pordarta.pt 

 

Legislação 

Portaria nº 283/2011, de 24 de Outubro 

Portaria nº 475/2010, de 8 de Julho 

Portaria nº 474/2010, de 8 de Julho 

Portaria nº 782/2009, de 23 de Julho 

Portaria nº 1497/2008, de 31 de Dezembro  

Decreto‐Lei nº 396/2007, de 31 de Dezembro 

Decreto‐Lei nº 88/2006, de 23 de Maio 

Decreto‐Lei n.º 79/2006 de 4 de Abril 

Decreto‐Lei n.º 80/2006 de 4 de Abril 

Portaria nº 256/2005 de 16 de Março 

Portaria nº 550‐C/2004, de 21 de Maio 

Classificação das Atividades Económicas – CAE Rev. 3 

Classificação Nacional de Profissões – CNP 94 

 

Page 106: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 105 

12 GLOSSÁRIO  

Trabalhadores  por  Conta  de  Outrem  (TCO)  ‐  Indivíduo  que  exerce  uma  atividade  sob  a autoridade e direção de outrém, nos  termos de um  contrato de  trabalho,  sujeito ou não a forma  escrita,  e  que  lhe  confere  o  direito  a  uma  remuneração,  a  qual  não  depende  dos resultados da unidade económica para a qual trabalha. 

Page 107: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 106 

ANEXO A 

Quadros de apoio ao Capitulo 5.2 Análise Estatística do Emprego  

Quadro A1 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a variação em 2007‐2009 

 

PROFISSÃO - CNP 2007 2009Total Geral

(2007 a 2009)

%(2007 a 2009)

311205 - TECNICO DA CONSTRUCAO E OBRAS PUBLICAS (AGENTE TEC DE ARQUIT E ENG) 3.273 2.938 9.437 -10

311210 - MEDIDOR ORCAMENTISTA 755 805 2.344 7

311305 - TECNICO DE INSTALACOES ELECTRICAS 965 962 2.951 -0,3

311310 - TECNICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (TECNICO DE FRIO) 713 747 2.118 5

311315 - TECNICO DE MANUTENCAO - ELECTRICIDADE 109 104 330 -5

311320 - TECNICO DE REDES - ELECTRICIDADE 42 29 107 -31

311805 - DESENHADOR PROJECTISTA 329 290 965 -12

311810 - DESENHADOR 652 634 1.981 -3

712205 - PEDREIRO 51.970 41.408 142.245 -20

712210 - MONTADOR DE REFRACTARIOS (ASSENTADOR DE REFRACTARIOS) 359 519 1.436 45

712305 - CIMENTEIRO 1.306 1.250 3.898 -4

712315 - VIBRADORISTA - CONSTRUCAO CIVIL 45 35 121 -22

712320 - ENFORMADOR DE "PRE-FABRICADOS" - ALVENARIA 7 8 18 14

712325 - MONTADOR - ALVENARIAS PREFABRICADAS 248 199 759 -20

712330 - MONTADOR DE PRE-ESFORCADOS - BETAO 197 116 449 -41

712335 - ENCARREGADO - TRABALHADORES DE CONSTRUCAO CIVIL E OBRAS PUBLICAS 10.010 8.655 28.087 -14

712405 - CARPINTEIRO DE LIMPOS 6.942 5.324 18.424 -23

712410 - CARPINTEIRO DE TOSCO 13.719 9.216 34.313 -33

713105 - MONTADOR DE CHAPAS - FIBROCIMENTO 21 30 86 43

713210 - LADRILHADOR (AZULEJADOR) 1.824 1.416 4.971 -22

713215 - ASSENTADOR DE TACOS 239 194 679 -19

713220 - ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS 1.888 1.698 5.531 -10

713305 - ESTUCADOR 4.275 3.594 12.120 -16

713405 - MONTADOR DE ISOLAMENTOS 928 960 2.950 3

713410 - IMPERMEABILIZADOR DE CONSTRUCOES 597 548 1.707 -8

713505 - VIDRACEIRO - COLOCADOR 127 121 374 -5

713605 - CANALIZADOR 6.092 5.596 17.596 -8

713610 - MONTADOR DE TUBAGENS 379 405 1.307 7

714105 - PINTOR - CONSTRUCAO CIVIL 8.078 7.455 23.857 -8

724115 - ELECTROMECANICO DE ELEVADORES E APARELHOS SIMILARES 980 1.253 3.527 28

724120 - ELECTROMECANICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (ELECTROMEC DE FRIO) 521 603 1.695 16

724135 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE ALTA TENSAO 246 206 751 -16

724140 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE BAIXA TENSAO 2.358 2.219 6.952 -6

724160 - ELECTRICISTA DE REDES - DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELECTRICA 1.272 1.313 3.976 3

Total Geral 121.466 100.850 338.062 -17

Page 108: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 107 

Quadro A2 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a região (NUT II), em 2009 

Page 109: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 108 

PROFISSÃO - CNP 11 - NORTE %

15 - ALGARVE %

16 - CENTRO %

17 - LISBOA %

18 - ALENTEJO %

20 - REGIÃO AUTÓNOMA

DOS AÇORES %

30 - REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

%Total Geral %

311205 - TECNICO DA CONSTRUCAO E OBRAS PUBLICAS (AGENTE TEC DE ARQUIT E ENG)

946 32% 269 9% 697 24% 684 23% 213 7% 32 1% 97 3% 2.938 3%

311210 - MEDIDOR ORCAMENTISTA 249 31% 37 5% 123 15% 308 38% 12 1% 67 8% 9 1% 805 1%

311305 - TECNICO DE INSTALACOES ELECTRICAS 320 33% 20 2% 130 14% 398 41% 73 8% 6 1% 15 2% 962 1%

311310 - TECNICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (TECNICO DE FRIO)

183 24% 65 9% 114 15% 333 45% 24 3% 21 3% 7 1% 747 1%

311315 - TECNICO DE MANUTENCAO - ELECTRICIDADE

40 38% 0 0% 16 15% 44 42% 3 3% 1 1% 0 0% 104 0,1%

311320 - TECNICO DE REDES - ELECTRICIDADE 8 28% 2 7% 10 34% 8 28% 1 3% 0 0% 0 0% 29 0,03%

311805 - DESENHADOR PROJECTISTA 94 32% 10 3% 35 12% 126 43% 11 4% 5 2% 9 3% 290 0,3%

311810 - DESENHADOR 256 40% 43 7% 77 12% 192 30% 16 3% 7 1% 43 7% 634 1%

712205 - PEDREIRO 12.690 31% 3.258 8% 12.237 30% 6.362 15% 3.456 8% 1.812 4% 1.593 4% 41.408 41%

712210 - MONTADOR DE REFRACTARIOS (ASSENTADOR DE REFRACTARIOS)

94 18% 0 0% 101 19% 324 62% 0 0% 0 0% 0 0% 519 1%

712305 - CIMENTEIRO 706 56% 18 1% 467 37% 28 2% 19 2% 12 1% 0 0% 1.250 1%

712315 - VIBRADORISTA - CONSTRUCAO CIVIL 17 49% 1 3% 8 23% 8 23% 0 0% 1 3% 0 0% 35 0,03%

712320 - ENFORMADOR DE "PRE-FABRICADOS" - ALVENARIA

2 25% 0 0% 2 25% 4 50% 0 0% 0 0% 0 0% 8 0,01%

712325 - MONTADOR - ALVENARIAS PREFABRICADAS

60 30% 56 28% 29 15% 51 26% 2 1% 1 1% 0 0% 199 0,2%

712330 - MONTADOR DE PRE-ESFORCADOS - BETAO

54 47% 1 1% 11 9% 49 42% 0 0% 1 1% 0 0% 116 0,1%

712335 - ENCARREGADO - TRABALHADORES DE CONSTRUCAO CIVIL E OBRAS PUBLICAS

3.226 37% 552 6% 1.814 21% 2.179 25% 317 4% 301 3% 266 3% 8.655 9%

712405 - CARPINTEIRO DE LIMPOS 3.104 58% 243 5% 729 14% 708 13% 180 3% 187 4% 173 3% 5.324 5%

712410 - CARPINTEIRO DE TOSCO 5.528 60% 448 5% 948 10% 1.733 19% 289 3% 108 1% 162 2% 9.216 9%

713105 - MONTADOR DE CHAPAS - FIBROCIMENTO 13 43% 2 7% 4 13% 9 30% 0 0% 0 0% 2 7% 30 0,03%

713210 - LADRILHADOR (AZULEJADOR) 242 17% 232 16% 444 31% 438 31% 29 2% 12 1% 19 1% 1.416 1%

713215 - ASSENTADOR DE TACOS 133 69% 12 6% 31 16% 13 7% 5 3% 0 0% 0 0% 194 0,2%

713220 - ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS 896 53% 24 1% 288 17% 455 27% 24 1% 0 0% 11 1% 1.698 2%

713305 - ESTUCADOR 1.515 42% 266 7% 1.185 33% 438 12% 70 2% 13 0% 107 3% 3.594 4%

713405 - MONTADOR DE ISOLAMENTOS 323 34% 3 0,3% 189 20% 397 41% 47 5% 1 0% 0 0% 960 1%

713410 - IMPERMEABILIZADOR DE CONSTRUCOES 212 39% 34 6% 116 21% 140 26% 16 3% 1 0% 29 5% 548 1%

713505 - VIDRACEIRO - COLOCADOR 100 83% 0 0% 3 2% 18 15% 0 0% 0 0% 0 0% 121 0,1%

713605 - CANALIZADOR 2.506 45% 402 7% 1.068 19% 1.170 21% 144 3% 82 1% 224 4% 5.596 6%

713610 - MONTADOR DE TUBAGENS 191 47% 26 6% 75 19% 99 24% 11 3% 0 0% 3 1% 405 0,4%

714105 - PINTOR - CONSTRUCAO CIVIL 2.498 34% 549 7% 1.540 21% 1.818 24% 320 4% 282 4% 448 6% 7.455 7%

724115 - ELECTROMECANICO DE ELEVADORES E APARELHOS SIMILARES

329 26% 95 8% 131 10% 650 52% 14 1% 11 1% 23 2% 1.253 1%

724120 - ELECTROMECANICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (ELECTROMEC DE FRIO)

192 32% 43 7% 88 15% 230 38% 21 3% 1 0% 28 5% 603 1%

724135 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE ALTA TENSAO

99 48% 5 2% 30 15% 67 33% 4 2% 1 0% 0 0% 206 0,2%

724140 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE BAIXA TENSAO

877 40% 74 3% 491 22% 511 23% 116 5% 90 4% 60 3% 2.219 2%

724160 - ELECTRICISTA DE REDES - DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELECTRICA

399 30% 53 4% 567 43% 207 16% 20 2% 65 5% 2 0% 1.313 1%

Total Geral 38.102 38% 6.843 7% 23.798 24% 20.199 20% 5.457 5% 3.121 3% 3.330 3% 100.850 100%

Page 110: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 109 

 

Quadro A3 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de qualificação, em 2009. 

 

 

CAE

Encarregados, contramestres,

mestres e chefes de equipa

% Ignorado % Praticantes e Aprendizes

%Profissionais

Altamente Qualificados

%Profissionais

não Qualificados

% Profissionais Qualificados

% Profissionais Semiqualificados

% Quadros Médios

% Quadros Superiores

% Total Geral

%

41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 6.679 78% 911 50% 704 23% 1.656 63% 2.655 69% 52.903 71% 605 20% 2.412 80% 119 51% 68.644 68%

43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 613 7% 155 8% 455 15% 326 12% 54 1% 2.701 4% 968 32% 112 4% 56 24% 5.440 5%

43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 99 1% 166 9% 403 13% 81 3% 110 3% 2.987 4% 142 5% 64 2% 3 1% 4.055 4%

43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 52 1% 55 3% 236 8% 212 8% 24 1% 1.142 2% 135 5% 46 2% 19 8% 1.921 2%

43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 227 3% 120 7% 241 8% 106 4% 125 3% 2.036 3% 543 18% 39 1% 11 5% 3.448 3%

43310 - ESTUCAGEM 35 0,4% 24 1,3% 107 3,5% 20 0,8% 150 3,9% 1.560 2,1% 47 1,6% 26 0,9% 5 2,2% 1.974 2%

43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 105 1% 73 4% 309 10% 33 1% 115 3% 2.399 3% 152 5% 58 2% 7 3% 3.251 3%

43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 120 1% 49 3% 140 5% 30 1% 97 3% 1.818 2% 180 6% 43 1% 2 1% 2.479 2%

43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 131 2% 105 6% 245 8% 19 1% 162 4% 3.118 4% 92 3% 38 1% 5 2% 3.915 4%

43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 40 0,5% 39 2,1% 100 3,3% 24 0,9% 77 2,0% 1.229 1,6% 65 2,2% 22 0,7% 0 0% 1.596 2%

43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 6 0,1% 0 0,0% 22 0,7% 3 0,1% 11 0,3% 61 0,1% 12 0,4% 5 0,2% 0 0,0% 120 0%

43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 498 5,8% 129 7,1% 87 2,9% 139 5,2% 264 6,9% 2.679 3,6% 46 1,5% 160 5,3% 5 2,2% 4.007 4%

Total Geral 8.605 9% 1.826 2% 3.049 3% 2.649 3% 3.844 4% 74.633 74% 2.987 3% 3.025 3% 232 0,2% 100.850 100%

Page 111: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 110 

Quadro A4 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de habilitação literária 

 

  

CAE Bacharelato % Doutorame

nto % Ensino Básico %

Ensino pós Secundário

não Superior Ní l IV

%Ensino

Secundário

% Ignorada %Inferior ao 1º Ciclo do

Ensino Bá i

% Licenciatura % Mestrad

o % Total Geral %

41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 415 71% 13 76% 59.481 69% 392 83% 3.709 53% 1.504 72% 2.015 83% 1.056 72% 59 61% 68.644 68%

43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 48 8% 1 6% 4.274 5% 13 3% 936 13% 28 1% 30 1% 103 7% 7 7% 5.440 5%

43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 16 3% 0 0% 3.524 4% 8 2% 374 5% 45 2% 43 2% 44 3% 1 1% 4.055 4%

43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 14 2% 0 0% 1.415 2% 9 2% 402 6% 21 1% 7 0% 47 3% 6 6% 1.921 2%

43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 20 3% 2 12% 2.745 3% 5 1% 525 8% 65 3% 33 1% 46 3% 7 7% 3.448 3%

43310 - ESTUCAGEM 0 0% 0 0% 1.766 2% 1 0% 97 1% 46 2% 58 2% 5 0% 1 1% 1.974 2%

43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 12 2% 0 0% 2.886 3% 12 3% 177 3% 91 4% 49 2% 24 2% 0% 3.251 3%

43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 11 2% 1 6% 2.236 3% 1 0% 147 2% 31 1% 23 1% 26 2% 3 3% 2.479 2%

43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 5 1% 0 0% 3.438 4% 6 1% 257 4% 125 6% 69 3% 14 1% 1 1% 3.915 4%

43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 9 2% 0 0% 1.424 2% 4 1% 85 1% 39 2% 22 1% 12 1% 1 1% 1.596 2%

43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 2 0% 0 0% 101 0% 0 0% 10 0% 1 0% 2 0% 1 0% 3 3% 120 0%

43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 29 5% 0 0% 3.427 4% 21 4% 277 4% 87 4% 76 3% 82 6% 8 8% 4.007 4%

Total Geral 581 1% 17 0,02% 86.717 86% 472 0% 6.996 7% 2.083 2% 2.427 2% 1.460 1% 97 0,1% 100.850 100%

Page 112: Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 

no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 

  

Pág. 111 

Quadro A5 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de habilitação literária e a variação 2007‐2009

 

CAE 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 %

41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 479 415 -13 18 13 -28 74.212 59.481 -20 805 392 -51 4.192 3.709 -12 2.010 1.504 -25 2.600 2.015 -23 1.228 1.056 -14 101 59 -42

43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 70 48 -31 3 1 -67 4.761 4.274 -10 17 13 -24 889 936 5 48 28 -42 40 30 -25 80 103 29 12 7 -42

43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 17 16 -6 1 0 -100 3.660 3.524 -4 7 8 14 371 374 1 39 45 15 59 43 -27 45 44 -2 4 1 -75

43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 19 14 -26 1 0 -100 1.520 1.415 -7 7 9 29 382 402 5 22 21 -5 9 7 -22 26 47 81 6 6 -

43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 21 20 -5 0 2 200 2.505 2.745 10 6 5 -17 432 525 22 88 65 -26 47 33 -30 36 46 28 3 7 133

43310 - ESTUCAGEM 4 0 -100 0 0 - 2.152 1.766 -18 2 1 -50 95 97 2 59 46 -22 56 58 4 17 5 -71 1 1 -

43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 11 12 9 0 0 - 3.996 2.886 -28 6 12 100 234 177 -24 96 91 -5 124 49 -60 31 24 -23 2 0 -100

43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 8 11 38 1 1 - 2.415 2.236 -7 3 1 -67 154 147 -5 51 31 -39 44 23 -48 36 26 -28 1 3 200

43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 8 5 -38 0 0 - 3.700 3.438 -7 18 6 -67 251 257 2 136 125 -8 95 69 -27 15 14 -7 0 1 100

43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 18 9 -50 0 0 - 1.751 1.424 -19 7 4 -43 122 85 -30 41 39 -5 49 22 -55 15 12 -20 4 1 -75

43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 2 2 - 0 0 - 109 101 -7 1 0 -100 8 10 25 2 1 -50 2 2 - 4 1 -75 3 3 -

43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E.

33 29 -12 0 0 - 3.911 3.427 -12 24 21 -13 328 277 -16 79 87 10 131 76 -42 96 82 -15 6 8 33

Total Geral 690 581 -16 24 17 -41,2% 104.692 86.717 -17 903 472 -48 7.458 6.996 -6 2.671 2.083 -22 3.256 2.427 -25 1.629 1.460 -10 143 97 -0,5

Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por CAE, segundo o nível de habilitação literária e o crescimento 2007 - 2009

Bacharelato Doutoramento Ensino Básico Ensino pós Secundário não Superior Ensino Secundário Ignorada Inferior ao 1º Ciclo do

Ensino Básico Licenciatura Mestrado