Definitivo Relatorio Clinica

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CRISTIANE CAROLINA MACHADO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA Palhoça

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

CRISTIANE CAROLINA MACHADO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA

Palhoça

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2011

CRISTIANE CAROLINA MACHADO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA

Relatório apresentado à disciplina de Estágio

Supervisionado em Nutrição Clínica do

Curso de Nutrição da Universidade do Sul de

Santa Catarina, como requisito parcial para

aprovação.

Orientadora: Prof ª Amanda Alcaraz da Silva

Palhoça

2011

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RESUMO

O Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica do Curso de Nutrição da Universidade do Sul

de Santa Catarina (UNISUL) foi realizado no período de 08 de agosto a 23 de setembro de

2011 em três locais distintos: Hospital Infantil Joana de Gusmão, Hospital Dr. Homero de

Miranda Gomes, e no Ambulatório de nutrição. As atividades realizadas se deram através do

atendimento clínico nutricional, da realização se SOAPs, de anamneses nutricionais, da

prescrição de suplementos, acompanhamento da aceitabilidade das dietas pelos pacientes,

orientações nutricionais, avaliação antropométrica, avaliação física, cálculos de necessidades

nutricionais e protéicas, realização de diagnóstico nutricional, discussão diária com a

nutricionista do hospital sobre os pacientes internados, tendo como finalidade de acompanhar

a evolução clínica do paciente. Foi possível promover educação alimentar e nutricional para

os pacientes, bem como interagir com a equipe multiprofissional, definindo com esta, sempre

que pertinente, os procedimentos complementares à prescrição dietética. As atividades

realizadas durante o período de estágio possibilitaram a aplicação do conhecimento teórico na

prática, possibilitou uma maior compreensão da atuação do profissional Nutricionista no

âmbito hospitalar. O estágio é um processo de aprendizagem indispensável a um profissional

que deseja estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira e entrar no mercado de

trabalho. Por fim, o estágio, certamente refletirá no futuro do exercício da profissão como

somatório, possibilitou uma inesquecível e rica experiência proporcionada pela UNISUL.

Palavras - chave: Estágio. Avaliação antropométrica. Hospital.

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TABELA DE FIGURAS

Figura 1: Hospital Infantil Joana de Gusmão............................................................................11

Figura 2: Hospital Regional Dr. Homero de Miranda Gomes..................................................15

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................07

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO, DO ACADÊMICO, DO SUPERVISOR DE CAMPO

(LOCAL), DOS PROFESSORES ORIENTADORES ........................................................... 07

1.2 PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO..................................................................07

1.3 OBJETIVOS DO ESTÁGIO ............................................................................................ 08

1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 08

1.3.2 Objetivos Específicos.....................................................................................................08

1.4 IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO REALIZADO PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL

................................................................................................................................................. 10

2 DESCRIÇÃO DAS INSTITUIÇÕES.................................................................................11

2.1 APRESENTAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO...............................................................11

2.1.1 Hospital Infantil Joana de Gusmão..............................................................................11

2.2.1.1 Serviço de Nutrição e Dietética....................................................................................12

2.2.1.2 Cozinha Geral e Dietética.............................................................................................14

2.2.1.3 Copas.............................................................................................................................14

2.1.2 Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda.............................................15

2.1.2.1 Serviço de Nutrição e Dietética....................................................................................16

2.1.2.2 Cozinha Geral e Dietética.............................................................................................16

2.1.2.3 Copas.............................................................................................................................17

2.1.3 Ambulatório de Nutrição da Universidade do Sul de Santa Catarina......................18

2.2 DESCRIÇÃO DETALHADA DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO PERÍODO DE

ESTÁGIO..................................................................................................................................18

2.2.1 Hospital Infantil Joana de Gusmão..............................................................................18

2.2.2 Hospital Regional Dr. Homero de Miranda Gomes....................................................19

2.2.3 Ambulatório de Nutrição da Universidade do Sul de Santa Catarina......................21

2.3 OUTRAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.................................................................21

2.3.1 Hospital Infantil Joana de Gusmão..............................................................................21

2.3.2 Hospital Regional Dr. Homero de Miranda Gomes...................................................22

2.3.2 Ambulatório de Nutrição da Universidade do Sul de Santa Catarina......................22

3 CONCLUSÃO......................................................................................................................33

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REFERÊNCIAS......................................................................................................................24

ANEXOS.................................................................................................................................25

ANEXO A - Anamnese clínico-nutricional padrão da unidade de oncologia – HIJG.....26

ANEXO B - Anamneses e avaliações antropométricas específicas pacientes

queimados................................................................................................................................32

ANEXO C - Anamnese clínico nutricional padrão da unidade D – HIJG........................34

ANEXO D - Curvas de crescimento infantil da Organização Mundial da Saúde

(2007).......................................................................................................................................40

ANEXO E - Avaliação utilizada para os idosos internados no HRHMG -MNA..............48

ANEXO F - Avaliação utilizada para os adultos internados no HRHMG – NRS –

2002...........................................................................................................................................49

ANEXO G - Anamnese e Recordatório 24horas..................................................................50

APÊNDICES............................................................................................................................52

APÊNDICE A - Orientações nutricionais para pacientes diabéticos.................................53

APÊNDICE B - Orientações nutricionais para pacientes diabéticos.................................54

APÊNDICE C – Orientações nutricionais para pacientes com

Hipertensão..............................................................................................................................59

APÊNDICE D – Fórmulas para avaliação antropométrica em adultos e idosos..............63

APÊNDICE E - Dieta com 50G de proteínas.......................................................................70

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1 INTRODUÇÃO

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO, DO ACADÊMICO, DO SUPERVISOR DE CAMPO

(LOCAL), DOS PROFESSORES ORIENTADORES

O estágio supervisionado em Nutrição Clínica (ESNC) foi realizado pela estagiária

Cristiane Carolina Machado, da 9° fase do curso de graduação em Nutrição da Universidade do

Sul de Santa Catarina-UNISUL, em três instituições distintas. Foi iniciado no Hospital Infantil

Joana de Gusmão (HIJG) tendo como supervisoras de campo as nutricionistas Sandra Patrícia

Matos, Eliana Barbosa e Rosane Maria Rangel e como orientadora a professora Amanda Alcaraz

da Silva. Além do HIJG, foram realizadas atividades de estágio no Hospital Regional de São José

Dr. Homero de Miranda (HRHMG) tendo como supervisoras de campo as nutricionistas Juliana

Franco de Faria, Vânia Passero, com orientação da professora e Lisiane Scheunemann. O último

local do estágio foi no ambulatório de Nutrição da Unisul onde atuaram como supervisoras as

nutricionistas Adriana Salum, Amanda Alcaraz e Lisiane Scheunemann.

1.2 PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

O período de realização de estágio em nutrição clínica iniciou no dia 08 de agosto de 2011

e foi concluído no dia 23 de setembro de 2011. As atividades práticas foram desenvolvidas de 08

a 26 de agosto no HIJG, de 28 a 16 de setembro no Hospital de Regional de São José e de 19 a 23

de setembro de 2011, no ambulatório de Nutrição da Unisul. Totalizando 330 horas, incluídas na

carga horária obrigatória de estágio, estão orientações pedagógicas em grupo, que ocorreram

semanalmente na UNISUL.

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1.3 OBJETIVOS DO ESTÁGIO

1.3.1 Objetivo Geral

Desenvolver competências e habilidades necessárias para o desempenho do profissional

de nível superior apontados pelo perfil do Curso de Nutrição, no que se refere às dimensões do

conhecimento e domínio a serem apreendidos, oportunizando, ao acadêmico, meios para que

possa estabelecer relação entre ensino, pesquisa e extensão em forma de estágio curricular.

(MANUAL DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO DO CURSO DE NUTRIÇÃO EM

NUTRIÇÃO CLÍNICA, 2011).

1.3.2 Objetivos específicos

Assegurar que a programação das dietas normais e modificadas atenda aos princípios de

nutrição;

Acompanhar a distribuição das refeições, bem como verificar a aceitação destas pelos

pacientes/clientes;

Realizar visitas periódicas aos pacientes, seguindo roteiro com anamnese alimentar e

avaliação do estado nutricional, sob supervisão do professor;

Tomar conhecimento sobre as diversas atividades elaboradas pelo Setor de Nutrição e

Dietética (SND), com respeito à composição nutricional, consistência, fracionamento e

indicação das dietas hospitalares;

Acompanhar e reconhecer o trabalho desenvolvido pela equipe de nutrição Parenteral e

Enteral e os procedimentos realizados;

Elaborar o diagnóstico nutricional, com base nos dados clínicos, bioquímicos,

antropométricos e dietéticos;

Elaborar a prescrição dietética, com bases nas diretrizes do diagnóstico nutricional;

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Promover educação alimentar e nutricional para clientes/pacientes, familiares o

responsáveis;

Interagir com a equipe multiprofissional, definindo com esta, sempre que pertinente, os

procedimentos complementares à prescrição dietética;

Realizar inquérito alimentar, interpretar indicadores nutricionais, calcular gasto

energético, identificar necessidades nutricionais, realizar prescrição dietética, reescrever

complementos e suplementos nutricionais, e registrar evolução dietoterápica em

prontuário, conferir adesão à orientação dietético-nutricional, e realizar acompanhamento

nutricional, dar alta em nutrição;

Avaliar o estado nutricional do paciente, utilizando medidas antropométricas e exames

laboratoriais, solicitados pelo nutricionista ou por outro profissional, a partir dos diversos

métodos e técnicas cientificamente comprovados, considerando aspectos individuais e

clínicos;

Avaliar a dieta, através de diferentes métodos, diagnosticando sua adequação frente às

necessidades nutricionais e dietoterápicas, considerando o aporte por via oral e/ou enteral

e/ou parenteral, e os hábitos alimentares, incluindo padrão alimentar quanto ao número,

tipo e composição das refeições, disciplina, restrições e preferências alimentares e apetite;

Avaliar os hábitos e as condições alimentares da família, com vista ao apoio dietoterápico,

em função de disponibilidade de alimentos, condições, procedimentos e comportamentos

em relação ao preparo, conservação, armazenamento, higiene e administração da dieta;

Registrar, em prontuário do cliente/paciente, a prescrição dietética e a evolução

nutricional, de acordo com protocolos pré-estabelecidos pelo Serviço e aprovado pela

instituição;

Elaborar um estudo de caso clínico;

Adquirir conhecimento sobre fisiopatologia e relação com a dietoterapia; (MANUAL DO

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO DO CURSO DE NUTRIÇÃO EM

NUTRIÇÃO CLÍNICA, 2011).

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1.4 IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO REALIZADO PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Ao realizar um estágio, deve-se abraçar a oportunidade, como única, pois não faria

sentido realizá-lo se não houver comprometimento, responsabilidade, determinação e expectativa

quanto à obtenção de um aprendizado e preparação de qualidade para a profissão. (PICONEZ,

2000).

O estágio é um processo de aprendizagem indispensável a um profissional que deseja

estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira e entrar no mercado de trabalho.

Através do estágio é possível ter a oportunidade de assimilar a teoria e a prática, aprender as

peculiaridades e a realidade da profissão, conhecer a realidade do dia-a-dia, que o acadêmico

escolheu para exercer. À medida que o acadêmico tem contato com as tarefas que o estágio lhe

proporciona, começa então a assimilar tudo àquilo que aprendeu teoricamente. (LINDEN, 2005).

Compreendesse que pedagogicamente o aprendizado é muito mais dinâmico quando é

alcançado por meio da experiência. Temos muito mais facilidade ao aprendemos na prática do

que ao que aprendemos lendo ou ouvindo. O que fazemos diariamente na prática e com

frequência é absorvido com muito mais eficiência. O estágio funciona como uma “janela do

futuro” através do qual o estudante antevê como atua o profissional da sua área. Serve como uma

passagem natural do “saber sobre” para o “saber como”, assim como um momento de validação

do aprendizado teórico e prático em confronto com a realidade da profissão. (PICONEZ, 2000).

A atuação do Nutricionista no âmbito hospitalar objetiva o controle nutricional de

pacientes no âmbito individual ou coletivo de pacientes com patologias diagnosticadas visando à

promoção da saúde dos mesmos. Atualmente o nutricionista tem uma inserção maior em

hospitais. (RECINE, 2009).

No decorrer do presente relatório serão apresentadas as atividades realizadas no período

de estágio, iniciando com a apresentação do campo de estágio, seguido pela descrição das

atividades desenvolvidas durante o estágio, outras atividades desenvolvidas e finalizando com

conclusão, referências, anexos e apêndices.

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2 DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO

2.1 APRESENTAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO

2.1.1 Hospital Infantil Joana de Gusmão

Inicialmente o Estágio Obrigatório Supervisionado em Nutrição Clínica foi realizado no

Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), que fica localizado na Rua Rui Barbosa, nº 152, no

bairro da Agronômica, na cidade de Florianópolis, SC, foi inaugurado em 13 de março de 1979 e

é considerado um Hospital referência no atendimento pediátrico no Estado de Santa Catarina

(FIGURA 1).

Figura 1: Hospital Infantil Joana de Gusmão

Fonte: http://www.saude.sc.gov.br/hijg/instituicao.htm

O HIJG é vinculado à Secretaria Estadual de Saúde, possui uma área de 22.000 m², é

dividido nas seguintes unidades de internação: A (Adolescente e Apartamentos), B (atendimento

de pré e pós-operatório), C (gastroenterologia, cardiologia e nutrologia), unidade D, (pediatria

geral, endocrinologia, pneumologia e nefrologia), unidade E, neurologia. Além das unidades de

internação, o HIJG conta com Emergência Interna, Berçário, Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

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(pediátrica e Neonatal), Oncologia, Ortopedia, Infectologia, Isolamento e Queimados.

(HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO, 2011).

As especializadas de atendimento são: Cardiologia, Cirurgia (Pediátrica Geral,

Bucomaxilofacial, Cardiovascular, Neurocirurgia, Plástica, Oftalmologia, Ortopedia,

Otorrinolaringologia e Urologia), Endocrinologia, Gastroenterologia, Hebeatria, Infectologia,

Nefrologia, Neonatologia, Neurologia, Nutrição, Nutrologia, Oncohematologia, Queimadura,

Pediatria Geral, Pneumologia e Terapia Intensiva. (HOSPITAL INFANTIL JOANA DE

GUSMÃO, 2011).

Os atendimentos realizados no HIJG são custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS),

sendo apenas a unidade A, que atende convênio e particular, custeada por convênio. A dieta

ofertada aos pacientes do SUS é a mesma oferecida aos internados por convênio ou particular.

Cerca de 64% dos pacientes internados no HIJG são procedentes de municípios da região

da grande Florianópolis, dentre estes, cerca de 26% corresponde à pacientes da própria capital e

os 40% restantes são de outros municípios catarinenses.

Segundo relatório mensal de junho/2011, o HIJG realizou 5.848 atendimentos à

emergência externa, distribuídos em 78 atendimentos cirúrgicos e 4.958 atendimentos em

consultas ambulatoriais e 1.170 atendimentos em ortopedia. Nesse período foram realizadas 650

internações, 511 cirurgias, 4.852 exames complementares e 16.517 exames laboratoriais. Para

realizar os exames, o HIJG possui convênio com a clínica Ciência®, a qual possui uma unidade

dentro do próprio hospital. (SAME, 2011).

De acordo com os dados do Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME), o HIJG

conta com 184 leitos, onde apenas 124 leitos encontrassem ativos, possui 892 funcionários.

2.1.1.1 Serviço de Nutrição e Dietética

O Serviço de Nutrição e Dietética (SND) possui quatro nutricionistas, sendo que as e

unidades e funções estão distribuídas da seguinte forma:

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Eliana Barbosa: lactário, unidade de queimados e UTI geral e neonatal;

Rita Helena Martins Rabelo: unidade de isolamento, infectologia e ortopedia;

Rosane Maria Rangel: produção, cozinha dietética e unidade D;

Sandra Patrícia Matos: unidade de oncologia e emergência.

A equipe do SND conta com mais 46 funcionários que são distribuídos entre a produção,

refeitório, cozinha dietética, lactário, banco de leite e despensa.

Os serviços realizados pelo SND são:

Despensa: recebimento, organização e distribuição dos gêneros alimentícios aos demais

setores de nutrição, além do planejamento e controle de custos, quantidade e qualidade

dos alimentos;

Cozinha dietética: produção de dietas especiais para pacientes de forma individualizada,

respeitando suas preferências e aversões dos pacientes, e preparações especiais, para

atender as preferências dos pacientes com baixa aceitação dos alimentos e/ou com risco

nutricional;

Copa: preparação de pequenas refeições como colação e ceia, bem como a distribuição de

refeições para os pacientes, sendo observado a aceitação do paciente à dieta apresentada.

Lactário: elaboração de fórmulas lácteas e enterais conforme a prescrição do médico ou

nutricionista para pacientes com necessidades energéticas elevadas (câncer, desnutrição,

entre outras) e fórmulas especiais (ricas em fibras, sem lactose, entre outras);

Banco de leite: proporciona apoio e incentivo ao aleitamento materno através do

atendimento às mães dos pacientes internados. Faz captação de leite materno, armazena,

distribui conforme prescrição do médico ou nutricionista;

Atendimento ambulatorial: consulta nutricional aos portadores de fibrose cística,

fenilcetonúria e neoplasias;

Atendimento clínico: através de avaliação nutricional e acompanhamento da evolução

clínica dos pacientes é possível realizar uma conduta e prescrição dietoterápica;

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2.1.1.2 Cozinha Geral e Dietética

A confecção das dietas livres destinadas aos funcionários, pacientes e acompanhantes, é

terceirizada - empresa SEPAT®.

Os tipos de dietas especiais são: hipercalórica, hipossódica e hiperprotéica, neutropenica,

laxativa, diabetes mellitus (DM), sem sal, pastosa, líquida pastosa, sem lactose, sem irritação

gástrica, branda, líquida restrita, líquida completa, pobre em resíduos e conforme o plano

(individualizada).

Em relação aos valores de cada tipo específico de dietas oferecidas no dia 26 de agosto de

2011, foram preparadas e distribuídas 49 dietas livres, 2 hipossódicas, 3 hipercalóricas e

hiperprotéicas, 2 para DM, 5 para neutropenicas, 1 laxativa, 4 sem sódio, 1 pastosa, 1 sem

lactose, 4 líquidas completa, 1 sem irritação gástrica e 2 conforme o plano, totalizando assim, 85

refeições.

Segundo o relatório de estatística SND, sobre a quantidade de fórmulas lácteas e nutrição

enteral, em junho de 2011 foram preparadas diariamente cerca de 129 mamadeiras e 104 dietas

enterais, onde a soma das preparações do mês de julho totalizaram 5.080 mamadeiras e 4.525

dietas enterais.

2.1.1.3 Copas

O HIJG possui o total de 4 copas, uma encontrasse desativada, as 2 copas maiores são

responsáveis por atender 4 unidades, já a copa menor é responsável por 2 ou até 3 unidades,

podendo atender até 15 pacientes. Os serviços das copas são realizados a partir do mapa de

dietas. Durante o período matutino e vespertino trabalham 5 copeiras e no período noturno apenas

1. As copas servem diariamente cerca de 1500 refeições e são responsáveis pela distribuição de

suplementos alimentares e lanches.

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2.1.2 Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda

Posteriormente o estágio de nutrição clínica foi realizado no Hospital Regional de São

José Dr. Homero de Miranda que foi inaugurado no dia 25 de fevereiro de 1987, foi ativado no

dia 02 de março do mesmo ano (Figura 2) e atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde

(SUS). O Hospital realiza cerca de 21.000 atendimentos por ano. (HRHMG, 2011).

Figura 2: Hospital Regional Dr. Homero de Miranda Gomes.

Fonte: http://www.saude.sc.gov.br/hrsj/index.htm.

Atualmente o HRHMG possui especialidades de anestesiologia, alergologia pediátrica,

acupuntura, traumatologia buco maxilo, clínica da dor, cardiopediatria, cirurgia bariátrica,

cirurgia geral, cirurgia plástica, cirurgia torácica, cirurgia do aparelho digestivo, cirurgia

vascular, clínica médica, dermatologia pediátrica, endocrinologia, gastroenterologia pediátrica,

geriatria, ginecologia e obstetrícia, nutrição, hematologia, homeopatia, infectologia, mastologia,

nefrologia, neonatologia, neurocirurgia, neurologia, neuropediatria, oftalmologia, oncologia

ginecológica, ortopedia e traumatologia, pediatria, psiquiatria, pneumologia, proctologia,

radiologia, otorrinolaringologia, reumatologia, urologia e urologia/andrologia. Além disso, ainda

existe residência médica em cirurgia do aparelho digestivo, cirurgia geral, clínica médica,

ortopedia/traumatologia, oftalmologia e cirurgia vascular. (HRHMG, 2011).

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2.1.2.1 Serviço de Nutrição e Dietética

O setor de nutrição e dietética do HRHMG conta com o trabalho de duas nutricionistas,

segundo dados coletados com a nutricionista Juliana Franco de Faria, a qual atua na função de

chefe do setor de nutrição e dietética, é responsável pelo ambulatório de cirurgia bariátrica e pela

clínica médica. A segunda nutricionista, Vânia Passero, é responsável pela clínica cirúrgica, pela

Unidade de Terapia Intensiva (UTI), clínica ortopédica, Programa de Atendimento Domiciliar

(PAD) e pela nutrição enteral. Cada nutricionista é responsável pelo atendimento de 145 leitos.

O quadro de funcionários do setor de nutrição é composto por 21 pessoas, sendo 3

supervisores, 15 escriturários e 1 estagiária de nutrição.

2.1.2.2 Cozinha Geral e Dietética

Segundo informações fornecidas pela nutricionista Juliana Franco de Faria, a produção

dietética do HRHMG é realizada por uma empresa terceirizada, que produz 36 tipos de dietas

orais, entre especiais e padronizadas, tais como: líquida restrita, líquida, líquida completa

hiperprotéica com 1800 calorias, pastosa, dieta para diabetes mellitus, para diarréia, branda,

hipercalêmica, hipolipídica, dieta para hipercolesterolemia e pobre em gordura saturada,

hipopurínica/hiperucemia, hipossódica, hipoprotéica, laxativa, pobre em resíduos, dieta para

úlcera péptica, dieta rica em ferro, hiperprotéica e hipercalórica, rica em cálcio, pobre em

potássio, antiemética, dieta para iodo terapia, sem lactose, sem glúten, dieta para

imunodeprimidos severos, pobre em vitamina K, para gastrectomia, dieta para gastroplastia, para

disfagia, dieta branca, dieta para dosagem de ácido vanil mandélico, dieta para enema opaco, para

cintilografia miocárdica, para colonoscopia e dieta livre.

A princípio as dietas são prescritas pelo médico responsável pelo paciente, porém, ela

pode ser modificada pelas nutricionistas sempre que necessário. Os suplementos, geralmente, são

prescritos pelas nutricionistas, conforme o diagnóstico clínico e nutricional do paciente.

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A terapia de nutrição enteral é subsidiada pelo SUS, são produzidas pelo setor de nutrição

enteral cerca de 20 a 30 dietas via sonda e são distribuídas para os andares destinados, onde é

administrada aos pacientes, pela equipe de enfermagem, o sistema atual de administração das

sondas é aberto, tanto as dietas em pó quando as líquidas.

Existem diversos tipos de dietas enterais disponíveis no HRHMG, como: dieta

hiperprotéica, dieta padrão (normocalórica e normoprotéica), líquida com fibras, dieta para

imunodeprimidos, para insuficiência renal crônica, para insuficiência hepática, para insuficiência

respiratória, para insuficiência renal crônica em diálise, para doença inflamatória intestinal,

hidrolisada líquida 1,5 e dieta hiperprotéica, hipercalórica e dieta hidrolisada em pó. A terapia de

nutrição enteral possibilita o aporte nutricional adequado conforme o quadro clínico do paciente.

Atualmente não existe um protocolo implantado para as dietas enterais, possui somente

uma estagiária de nutrição, sob a supervisão das nutricionistas do HRHMG que através do

acompanhamento dos pacientes com nutrição enteral, realiza a evolução do volume, verifica

alterações gastrointestinais e acompanha a administração da dieta dos mesmos.

A prescrição da nutrição enteral é realizada pelo médico, que por sua vez repassa ao

setor de nutrição enteral, que verifica o estado nutricional do paciente e a fórmula da dieta

adequada a ser administrada, conforme seu quadro patológico e nutricional do mesmo.

2.1.1.3 Copas

No hospital HRHMG são servidas cinco refeições por dia para os pacientes (café da

manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia), para os pacientes que recebem suplementos há

dois horários de colação (manhã e tarde).

São servidas para os pacientes, cerca de 713 refeições por dia, já para os para os

acompanhantes e funcionários são servidas, no refeitório do HRHMG, aproximadamente 677

refeições por dia.

O atendimento nas copas é realizado pelas copeiras funcionárias da empresa

terceirizada responsável pelo serviço de alimentação do HRHMG, com supervisão das

escriturárias Tereza e Rosa.

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2.1.3 Ambulatório de Nutrição UNISUL

Por fim, encerrando o ciclo do estágio supervisionado em Nutrição Clínica, a última

semana de estágio foi realizada no Ambulatório de Nutrição da UNISUL, que fica localizado na

Unidade Pedra Branca em Palhoça/SC.

O Ambulatório de Nutrição da UNISUL foi inaugurado em de 2006 pelos professores do

curso de Nutrição, a partir do programa de Extensão Universitária, com a finalidade de realizar o

atendimento nutricional gratuito de crianças, adultos ou idosos usuário do Sistema Único de

Saúde ou com convênio particular.

O atendimento é realizado pelos acadêmicos da nona fase do curso de Nutrição tendo

acompanhamento pedagógico das orientadoras de campo, sendo necessário para marcação de

consulta o encaminhamento médico.

O serviço de Nutrição oferecido pela UNISUL tem caráter integralmente filantrópico,

oferecendo atendimento a alunos, funcionários e comunidade em geral tendo como princípio

básico prevenir, manter e recuperar a saúde.

O ambulatório proporciona aos estagiários o conhecimento prático relacionado às aulas

teóricas recebidas durante todo o curso.

2.2 DESCRIÇÃO DETALHADA DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO PERÍODO DE

ESTÁGIO

2.2.1 Hospital Infantil Joana de Gusmão

Durante a realização do estágio no HIJG, foram desenvolvidas diversas atividades,

clínico-nutricionais com os pacientes hospitalizados nas unidades de queimados, unidade A,

unidade B e Unidade D como:

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Aplicação de anamneses e avaliações antropométricas específicas na primeira abordagem

nutricional dos pacientes oncológicos e queimados (ANEXO A e B) e para as demais

especialidades foi utilizada a anamnese geral de pediatria (ANEXO C);

Coleta dos dados antropométricos (peso, estatura, circunferência do braço, perímetro

cefálico e prega cutânea tricipital altura do joelho (com a finalidade de calcular altura

estimada para os pacientes acamados);

Cálculo do Índice de massa Corporal (IMC) e Circunferência Muscular do Braço (CMB).

Avaliação antropométrica, diagnóstico nutricional e classificação em curvas de

crescimento infantil da Organização Mundial da Saúde (ANEXO D);

Cálculo de necessidades nutricionais;

Acompanhamento da evolução clínica e nutricional dos pacientes;

Elaboração de SOAP, (instrumento composto por dados subjetivos (S), objetivos (O),

pela avaliação dos dados (A) e pelo (P) plano a ser aplicado) do acompanhamento

nutricional e evolução clínica do paciente;

Prescrição de suplementos hipercalóricos e hiperprotéicos (sob orientação das

Nutricionistas) de acordo com o estado clínico e nutricional do paciente;

Acompanhamento da aceitabilidade dos suplementos tendo como finalidade de evitar

distúrbios nutricionais e desperdícios;

Orientações nutricionais na alta hospitalar;

Acompanhamento da aceitação da dieta hospitalar, no caso de baixa aceitação e risco

nutricional era realizado alterações no plano alimentar do paciente considerando

aversões, preferências e outras especificidades;

2.2.2 Atendimento clínico-nutricional Hospital Regional de São José Dr. Homero de

Miranda

Durante o período de estágio realizado no HRHMG, foram atendidos os pacientes

hospitalizados no setor de clínica médica, que fica situado no 3° andar, ala B, visando dar

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prioridade aos pacientes com baixa aceitação da dieta hospitalar, baixo peso e risco nutricional.

Foram desenvolvidas as seguintes atividades pertinentes a nutrição, na unidade de clínica médica:

Coleta de dados antropométricos. (altura do joelho para cálculo da altura estimada),

circunferência da panturrilha (idosos), circunferência da cintura (adultos) circunferência

do braço, prega cutânea tricipital, peso atual e usual. No caso de pacientes acamados era

coletada a prega cutânea tricipital com a finalidade de calcular a estimativa de peso

corporal.

Cálculos de necessidades nutricionais e protéicas;

Realização de diagnóstico nutricional com base nos dados coletados (antropométricos,

dados clínicos, dietéticos e laboratoriais);

Discussão diária com a nutricionista do hospital sobre os pacientes internados;

Acompanhamento da aceitação da dieta hospitalar e/ou modificações prescritas;

Cálculo das necessidades nutricionais e análise das dietas prescritas e do volume ofertado

aos pacientes com terapia nutricional enteral.

Verificação diária nos prontuários médicos sobre o quadro clínico e evolução do paciente;

Elaboração de evolução nutricional em forma de SOAP, ferramenta que contém dados

subjetivos (S) e objetivos (O), a avaliação dos dados (A) e o plano a ser realizado (P), que

posteriormente a correção da orientadora era repassado para o prontuário do paciente;

Análise dos dados laboratoriais, do diagnóstico clínico, dos medicamentos relacionando-

os com os prováveis impactos no estado nutricional do paciente;

Orientação nutricional de alta hospitalar;

Para possibilitar o atendimento nutricional os dados coletados dos pacientes se davam

através preenchimento dos seguintes documentos:

Avaliação nutricional em pacientes com 60 anos ou mais através do preenchimento da

Mini Avaliação Nutricional (MAN) (ANEXO E).

Page 21: Definitivo Relatorio Clinica

21

Utilização do questionário NRS-2002 (ANEXO F) para identificação de risco de

desnutrição em indivíduos adultos (de 20 à 59 anos).

Aplicação dos inquéritos de anamnese e recordatório 24 horas para todos os pacientes

atendidos. (ANEXO G).

2.2.3 Atendimento clínico-nutricional ambulatório de Nutrição - UNISUL

Durante a realização do estágio no ambulatório de Nutrição da UNISUL, foram

desenvolvidas diversas atividades clínico-nutricionais que serão citadas a seguir:

Avaliação nutricional através da coleta do peso, altura, circunferência da cintura (adultos),

circunferência do braço e circunferência da panturrilha (idosos);

Análise dos exames laboratoriais, dados clínicos e pessoais, medicamentos para a execução

de intervenção nutricional;

Cálculo das necessidades nutricionais para estabelecer o valor calórico do plano alimentar;

Coleta das preferências e aversões alimentares;

Orientações relacionadas à lista de substituição e ao plano alimentar;

Orientação nutricional direcionada ao caso clínico atendido;

Registro de evolução do paciente em forma de SOAP, nos atendimentos de retornos;

2.3 OUTRAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

2.3.1 Hospital Infantil Joana de Gusmão

Page 22: Definitivo Relatorio Clinica

22

Durante o período de estágio foi desenvolvido pela estagiária, orientações nutricionais

para pacientes diabéticos. (APÊNDICE A).

2.3.2 Hospital Regional Dr. Homero de Miranda Gomes

Durante o período de estágio foi desenvolvido pela estagiária, orientações nutricionais de

alta para pacientes diabéticos (APÊNDICE B) e orientações nutricionais de alta para pacientes

Hipertensos (APÊNDICE C).

Foi desenvolvida pelo grupo de estagiárias, uma pasta com fórmulas para realizar

avaliação antropométrica em adultos. (APÊNDICE D).

2.3.3 Ambulatório de Nutrição da Universidade do Sul de Santa Catarina

Durante o estágio realizado no ambulatório de nutrição da UNISUL, foi elaborada pela

estagiária uma dieta com 50g de proteína, destinada a uma paciente que foi atendida no

Ambulatório de Nutrição da Unisul. (APÊNDICE E)

Page 23: Definitivo Relatorio Clinica

23

3 CONCLUSÃO

O Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica foi realizado no Hospital Infantil Joana de

Gusmão, no Hospital Regional Dr. Homero de Gusmão Miranda e no Ambulatório de nutrição da

Universidade do Sul de Santa Catarina, permitiu vivenciar a realidade da profissão do

Nutricionista que atua na área clínica. Foi possível aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos

durante a graduação, além disso, constatou a importância da conduta dietoterápica adequada e das

rotinas e aplicações da Nutrição para a evolução do quadro dos pacientes pediátricos e adultos.

O estágio possibilitou conhecer de forma prática o funcionamento do setor de nutrição na

área hospitalar, fato essencial para o amadurecimento, desenvolvimento de habilidades, postura

profissional e atitudes éticas da estagiária, proporcionando uma grande experiência para o futuro

exercício profissional.

As orientações dadas pela professora orientadora foram excelentes uma vez que a mesma

esteve sempre solícita e agregando conhecimentos para o sucesso da realização do estágio. As

orientações dadas pelas supervisoras de campo foram suficientes para realizar as funções exigidas

pelas mesmas, foi proporcionado liberdade para ações como mudanças de dietas e suplementos

dos pacientes atendidos.

A UNISUL dispõe durante o período de graduação, aulas teóricas com qualidade e

durante o estágio disponibiliza professores com toda capacidade de proporcionar maior segurança

e autonomia na execução das atividades.

Não foram encontradas dificuldades para a execução das atividades relacionadas ao

estágio de nutrição clínica, a maior parte dos profissionais das instituições, foram receptivos,

contribuindo assim, para que o estágio se realizasse com sucesso.

Sugere-se para melhoria das atividades, que o estágio possua uma menor carga horária

diária, para que o aluno consiga conciliar todas as atividades exigidas durante o mesmo, seu

trabalho e sua vida familiar.

Por fim, o estágio, certamente refletirá no futuro do exercício da profissão como

somatório, possibilitou uma inesquecível e rica experiência proporcionada pela UNISUL.

Page 24: Definitivo Relatorio Clinica

24

REFERÊNCIAS

HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO. Especialidades médicas. Disponível em: <

http://www.saude.sc.gov.br/hijg/especialidades.htm>. Acesso em: 13 set.2011.

HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO - HIJG. A instituição. Disponível em:

http://www.saude.sc.gov.br/hijg/instituicao.htm. Acesso em: 21 set. 2011.

______. Estatísticas 2011. Disponível em: <http://www.saude.sc.gov.br/hijg/indices

estatisticos2011.htm>. Acesso em 21 set 2011b.

______. Serviço de nutrição e dietética. Disponível em: <http://www.saude.sc.gov.br/

hijg/servicos/nutricao.htm>. Acesso em: 21 set. 2011c.

HRHMG. Hospital Regional de Saõ José Homero de Miranda Gomes. Disponível em:

http://www.saude.sc.gov.br/hrsj/index.htm. Acesso em: 26 ago 2011.

HRHMG. Especialidades. Disponível em: http://www.saude.sc.gov.br/hrsj/index.htm. Acesso

em: 22 ago 2011.

LINDEN, S, Educação Nutricional: algumas ferramentas de ensino. São Paulo: Varela, 2005.

MANUAL DO ESTÁGIO. Curricular Obrigatório do Curso de Nutrição em Nutrição

Clínica. Unisul, 2011.

PICONEZ, Stela C. Berhtolo. A prática de ensino e o Estágio Supervisionado. 5ª ed.

Campinas, SP: Papirus, 2000.

RECINE, Elisabetta. O papel do Nutricionista na Atenção Primária à Saúde. Org. Conselho

Federal de Nutricionistas. 2ªedição. Brasília, 2009.

Page 25: Definitivo Relatorio Clinica

25

ANEXOS

Page 26: Definitivo Relatorio Clinica

26

ANEXO A – Anamnese clínico-nutricional padrão da unidade de oncologia - HIJG

ESTADO DE SANTA CATARINA Nº do registro:_________________

HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO Data da internação: ___/___/___

SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA

ANAMNESE CLÍNICO - ALIMENTAR – UNIDADE DE INTERNAÇÃO - ONCOLOGIA

1.DADOS GERAIS

NOME:

DATA DE NASCIMENTO: ___/___/___ IDADE ATUAL: ___________________SEXO: ( ) F ( ) M

DIAGNÓSTICO CLÍNICO: _______________________________________________________ ________

MOTIVO DA INTERNAÇÃO: _____________________________________________________________

2.QUANTO AO TRATAMENTO

Tratamento realizado durante a internação

( ) QUIMIOTERAPIA ( ) RADIOTERAPIA ( ) ANTIBIÓTICO TERAPIA (ATB)

( ) PRÉ-CIRURGIA ( ) PÓS-CIRURGIA ( ) PÓS-TMO

OBS.:

3.SINAIS E SINTOMAS APRESENTADOS DURANTE A INTERNAÇÃO

( ) ALTO - falta de apetite, dor na boca/garganta, mucosite, vômitos, náuseas, xerostomia, mudança olfato/paladar

( ) BAIXO - dor abdominal, diarréia, constipação, distensão abdominal, ascite

( ) Perda de peso ( ) Febre ( ) Edema ( ) Poliúria ( ) Anúria

( ) OUTROS

Page 27: Definitivo Relatorio Clinica

27

4.HISTÓRIA ALIMENTAR

ALTERAÇÃO DE APETITE RECENTE:

( )S ( )N ↓ ( ) ↑ ( ) Quanto tempo: Motivo:

JÁ UTILIZOU SUPLEMENTOS ALIMENTARES:

( )S ( )N ( ) em casa ( ) hospital Aceitou: ( ) S ( ) N Quais:

POSSUI ALGUMA ALERGIA ALIMENTAR:

( ) Não ( ) Sim Qual:

INTOLERÂNCIA ALIMENTAR:

( ) Não ( ) Sim Qual:

5.ACOMPANHAMENTO DE EXAMES LABORATORIAIS

TIPOS DE EXAMES VALOR OBTIDO DATA VALOR OBTIDO DATA REFERÊNCIAS

HEMATÓCRITO

HEMOGLOBINA

URÉIA

CREATININA

LINFÓCITOS

LEUCÓCITOS

6.NECESSIDADES NUTRICIONAIS (Peso Atual)

ENERGIA DRI (2002): HOLLIDAY AND SEGAR (1957): RHT:

PROTEÍNAS DRI (2002): ASPEN (2002): SEATTLE (2002) Pós-TCTH:

Page 28: Definitivo Relatorio Clinica

28

7.AVALIAÇÃO E EVOLUÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

Pes

o

Alt.

P/I P/E E/I IMC

PCT CB CMB DIAGNÓSTICO

NUTRICIONAL Z0

Z Z0

Z Z0

Z Z0

Z

Classificação

Data:

Valor IMC:

Classificação

Data:

Valor IMC:

ALTERAÇÂO DE PESO RECENTE: ↓ ( ) ↑ ( ) QUANTO (kg):_______ TEMPO: PESO USUAL:

%PP : CLASSIFICAÇÃO:

8. DIA ALIMENTAR EM CASA

Refeição /

Horário

Alimentos Quantidade (medida caseira)

DESJEJUM

HORA:

LANCHE DA MANHÃ

Page 29: Definitivo Relatorio Clinica

29

HORA:

ALMOÇO

HORA:

LANCHE DA TARDE

HORA:

JANTAR

HORA:

CEIA

HORA:

INGESTÃO HÍDRICA

VET:

PTN (Total):

9.RECORDATÓRIO ALIMENTAR NO HOSPITAL (24 HORAS)

Refeição /

Horário

Alimentos Quantidade (medidas caseiras)

DESJEJUM

HORA:

LANCHE DA MANHÃ

Page 30: Definitivo Relatorio Clinica

30

HORA:

ALMOÇO

HORA:

LANCHE DA TARDE

HORA:

JANTAR

HORA:

CEIA

HORA:

INGESTÃO HÍDRICA

VET:

PTN (Total):

10.CONDUTA DIETOTERÁPICA

( ) DIETA NORMAL PARA IDADE (VIA ORAL - VO) Qual: Vol/ dia: ( ) SUPLEMENTOS

NUTRICIONAIS – VO Qual: Vol/ dia: ( ) TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL (TNE)

Qual: Vol/ dia:

( ) TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL (TNP) Qual: Vol/ dia:

11. PLANO NUTRICIONAL

Page 31: Definitivo Relatorio Clinica

31

DATA: DATA: DATA: DATA: DATA:

PLANO 1

PLANO 2 PLANO 3 PLANO 4 PLANO 5

Obs:

Obs: Obs:

Obs: Obs:

12.ALTA HOSPITALAR

DATA: ___/___/___ NUTRICIONISTA:

PESO: _______ Kg DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL:

Page 32: Definitivo Relatorio Clinica

32

ANEXO B - Anamneses e avaliações antropométricas específicas pacientes queimados

HIJG – SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA

HISTÓRICO CLÍNICO NUTRICIONAL

Unidade de Queimados – UNIQUEM

Data da Internação: ___/___/___

I Dados gerais

Nome:____________________________________________________ DN ____/____/____ Sexo: F M

Data da queimadura:____/ ____/ ____ Data de alta:_____/ ____/_____

Agente causal da queimadura:___________________________________

% de SCQ: __________________________ _____ 2o grau 3

o grau

Possui alguma alergia alimentar: não sim Qual?___________________

II Avaliação Nutricional

Idade:_______________ Estatura atual/estimada:___________

Data IMC

kg/ m2

Peso

(kg)

Alb.

(g/dl)

P / I

P / E

E / I

Diagnóstico nutricional

P50 % Pº P50 % Pº P50 % Pº

/ /

/ /

/ /

III Necessidade Nutricionais

Cálculo das Necessidades Energéticas: ________________________________________________________

Cálculo das Proteínas:______________________________________________________________________

IV Dieta

Dieta Hipercalórica e Hiperprotéica – via oral (VO)

1.1743 cal e 74g Ptn ( 1-2 anos) 3.2137cal e 89 g Ptn (4-7 anos)

2.1814 cal e 77 g Ptn (2-4 anos) 4.2455cal e 98 g Ptn (7-10 anos)

Suplementos Nutricionais (SN) – via oral (VO) Qtd____________________

1. Fortini (200ml= 300 cal e 6.8g de ptn) 2. Nutridrink (200 ml= 300 cal e 12 g de ptn)

3. L.V+ Sustain 5%+ módulos (100 ml=108cal e 4,2 ptn) 4. L.V+ Sustain 10%+ módulos (100ml=134,5cal e5,1g de ptn)

5. Outros

Terapia Nutricional Enteral (TNE)

1. Nan s/ lactose + módulos (2 anos) (100 ml=101cal e 3,6 g ptn)

2. Nutrini Standart + módulos (2-8 anos) (100 ml= 104 cal e 3,6g ptn)

3. Imunonutril (8 anos) (100 ml= 97 cal e 4,4 g ptn)

4. Outros

V Evolução da Dieta conforme aceitação do paciente:

Data Peso Dieta Volume

da TNE

Calorias Proteínas

__________VO

__________SN ____TNE

______VO Total

______SN ______

______TNE

_____VO Total

_____SN ______

_____TNE

__________VO

__________SN ____TNE

______VO Total

______SN ______

______TNE

_____VO Total

_____SN ______

_____TNE

__________VO ______VO Total _____VO Total

Page 33: Definitivo Relatorio Clinica

33

__________SN ____TNE ______SN ______

______TNE

_____SN ______

_____TNE

__________VO

__________SN ____TNE

______VO Total

______SN ______

______TNE

_____VO Total

_____SN ______

_____TNE

__________VO

__________SN ____TNE

______VO Total

______SN ______

______TNE

_____VO Total

_____SN ______

_____TNE

Page 34: Definitivo Relatorio Clinica

34

ANEXO C – Anamnese clínico nutricional padrão da unidade D –

HIJG

Anamnese Clínico-Alimentar em Pediatria

1. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

Unidade de Internação: Data de Internação:___/___/___

Nome: Sexo F ( ) M ( )

Data de Nascimento:___/___/___ Idade:

Naturalidade:

Motivo de internação:

Diagnóstico médico:

Procedência:

2. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

ANTROPOMETRIA / EXAME FÍSICO

Peso Atual ______ Comprimento/Estatura Atual_______ IMC______Z escore

P/I ________Z escore E/I_________Z escore P/E_________Z escore

PC_____CB_____ (____P°) PCT____ (____P°) CMB_____(_____P°)

Idade Gestacional:________ Peso ao Nascer:______Comprimento ao Nascer:______

Idade Cronológica:____________ Idade Corrigida:__________ (prematuros)

Exame físico: ____________________________________________________________

Diagnóstico Nutricional: _____________________________________________________

Page 35: Definitivo Relatorio Clinica

35

3. DADOS SOCIO-ECONÔMICOS

Profissão e Escolaridade do pai:

Profissão e Escolaridade da mãe:

Número de componentes da família:__________ Renda Total da Família:__________

Tipo de habitação:______________

Água encanada:

Luz elétrica:

Esgoto público:

Sim ( ) Não ( ) Conservação dos Alimentos:

Sim ( ) Não ( )

Sim ( ) Não ( )

4. DOENÇA (S) PREGRESSA (S):

5. PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA:

7. EXAMES LABORATORIAIS

Exames Data Resultado Referência

Page 36: Definitivo Relatorio Clinica

36

8. ALTERAÇÕES DE APETITE:

Sim ( ) Não ( )

Tempo:______________

9. ALTERAÇÕES DE PESO:

Perda( ) Ganho( )

Tempo/Quantidade:____________________

% de perda de peso:_________

10. ALTERAÇÕES DO TRATO DIGESTÓRIO

Refluxo( ) Distensão abdominal( ) Dor abdominal( ) Disfagia( ) Odinofagia ( )

Flatulência( ) Eructações( ) Vômito( ) Náusea ( ) Dificuldade de mastigação( )

Hábito Intestinal:_______________________________________________

Hábito Urinário:________________________________________________

Saúde Dentária:_________________________________________________

Realiza refeições com a ajuda de outras pessoas: Sim ( ) Não ( )

Page 37: Definitivo Relatorio Clinica

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11. ALERGIA, INTOLERÂNCIA OU TABU ALIMENTAR:

12. PREFERÊNCIA ALIMENTARES:

13. CONSUMO HIDRICO: TIPO_______________________QUANTIDADE________DIA

14. HISTÓRIA ALIMENTAR:

Período de amamentação exclusiva:

Período de amamentação mista:

Período de introdução de alimentação complementar:

Tipo de leite /diluição:

Complemento da mamadeira: farináceos ( ) açúcar ( ) óleos ( )

N° de mamadeiras/dia:________ Volume: ________ Horário:________

15. INTRODUÇÃO DE ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

Alimentos Período de introdução

Suco

Fruta

Sopa

Ovo

Page 38: Definitivo Relatorio Clinica

38

Cereais

Leguminosas

Carnes

16. CÁLCULO DE NECESSIDADES NUTRICIONAIS

NET (Kcal/dia) – DRI (2002)_______________NET (Kcal/kg/dia)______________________

PTN (g/dia) - (DRI, 2002)__________________PTN (g/kg/dia)________________________

Recomendações de micronutrientes (DRis);

Ferro__________________ Outros: _________________

Zinco__________________ _________________

Selênio_________________ __________________

Cálcio__________________

Fósforo_________________

Vitamina C______________

RECORDATÓRIO 24 HORAS (INGESTÃO NO HOSPITAL)

Refeições Horário Alimentos Quantidade

(medida caseira)

Page 39: Definitivo Relatorio Clinica

39

DIA HABITUAL EM CASA

Refeições Horário Alimentos Quantidade

(medida caseira)

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40

ANEXO D - Curvas de crescimento infantil da Organização Mundial da Saúde (2007).

Page 41: Definitivo Relatorio Clinica

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Page 47: Definitivo Relatorio Clinica

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ANEXO E - Avaliação utilizada para os idosos internados no HRHMG – MAN

Page 49: Definitivo Relatorio Clinica

49

ANEXO F – Avaliação utilizada para os adultos internados no HRHMG - NRS-2002

Perguntas de triagem simples: (1) o IMC é < 20,5? (2) a ingestão foi reduzida durante a última semana? (3) houve uma perda de peso recente? e (4) o paciente é gravemente doente?

Se a resposta for sim a alguma destas quatro perguntas, a triagem formal é realizada: Estado nutricional debilitado

Gravidade da doença (~ metabolismo da doença)

Ausente Escore 0

Estado nutricional normal Ausente Escore 0

Requerimentos nutricionais normais

Leve Escore 1

Perda de peso > 5% em 3 meses OU Ingestão alimentar abaixo de 50 - 75% do requerimento normal na semana anterior

Leve Escore 1

Fratura de quadril Pacientes crônicos, em particular com complicações agudas: cirrose (11), DPOC (12) Hemodiálise crônica, diabetes, câncer

Moderado Escore 2

Perda de peso > 5% em 2 meses OU IMC 18,5 - 20,5 + condição geral debilitada OU Ingestão alimentar entre 25-50% do requerimento normal na semana anterior

Moderado Escore 2

Cirurgia abdominal grande (13-15). AVC (16) Pneumonia grave, câncer hematológico

Grave Escore 3

Perda de peso > 5% em 1 mês (~ > 15% em 3 meses (17)) OU IMC < 18,5 + condição geral debilitada (17) OU Ingestão alimentar entre 0-25% do requerimento normal na semana anterior

Grave Escore 3

Traumatismo craniano (18,19) Transplante de medula óssea (20) Pacientes de terapia intensiva (APACHE 10)

Escore: +

Escore Total:

Calcule o escore total: 1. Encontre um escore (0 - 3) para Estado nutricional debilitado (somente um: escolha a variável com o escore mais elevado) e Gravidade da doença (~ metabolismo do estresse, isto é aumento nos requerimentos nutricionais) 2. Some os dois escores ( escore total) 3. Se idade ≥ 70 anos: adicione 1 ao escore total para corrigir a fragilidade das pessoas idosas 4. Se o total com a idade corrigida ≥ 3: inicie o suporte nutricional

Fonte: KONDRUP et al. (2003).

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50

ANEXO G – Anamnese e Recordatório 24 horas

ROTEIRO DE ANAMNESE: TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL HOSPITAL

REGIONAL DE SÃO JOSÉ Dr. HOMERO DE MIRANDA GOMES

ANAMNESE PREGRESSA ANAMNESE ATUAL

Café da manhã Café da manhã

Lanche da manhã Lanche da manhã

Almoço Almoço

Lanche da tarde Lanche da tarde

Jantar Jantar

Page 51: Definitivo Relatorio Clinica

51

Ceia Ceia

Page 52: Definitivo Relatorio Clinica

52

APÊNDICES

Page 53: Definitivo Relatorio Clinica

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APÊNDICE A – Orientações nutricionais para pacientes diabéticos

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA PACIENTES DIABÉTICOS

Abaixo segue orientações e cuidados que o diabético deve ter com sua

alimentação diária:

Optar por alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, feijões e cereais

integrais;

Realizar de 5 a 6 refeições diárias, a cada 3 horas, não beliscar;

Optar por preparações como grelhados, cozido, assados e feitas no vapor;

Retirar a pele e a gordura dos alimentos antes de prepará-los;

Substituir manteiga e margarina por margarina light,

Preferir pães, massas e arroz integrais;

Quanto mais colorido o cardápio melhor;

Utilizar adoçantes e alimentos diet com moderação;

Page 54: Definitivo Relatorio Clinica

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APÊNDICE B – Orientações nutricionais para pacientes diabéticos

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA PACIENTES DIABÉTICOS

A dieta constitui parte fundamental no tratamento do diabetes, seja ele leve ou

exigindo cuidados especiais. Para ter uma alimentação equilibrada, com todos

os nutrientes necessários para a manutenção da saúde, é preciso variar os

tipos de alimentos e consumi-los com moderação. O plano alimentar do

diabético deve ser personalizado pelo nutricionista, que utiliza a contagem de

carboidratos para o tratamento dietético, de acordo com idade, sexo, altura e

tipo de atividade física realizada. Abaixo segue orientações e cuidados que o

diabético deve ter com sua alimentação diária:

Optar por alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, feijões e cereais

integrais;

Realizar de 5 a 6 refeições diárias, a cada 3 horas, não beliscar;

Optar por preparações como grelhados, cozido, assados e feitas no vapor;

Retirar a pele e a gordura dos alimentos antes de prepará-los;

Preferir comer a fruta ao tomar o suco da fruta, a fruta possui mais fibra

em relação ao suco;

Substituir manteiga e margarina por margarina light,

Preferir pães, massas e arroz integrais;

Quanto mais colorido o cardápio melhor;

Utilizar adoçantes e alimentos diet com moderação;

Beber dois litros de água por dia;

Page 55: Definitivo Relatorio Clinica

55

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA PACIENTES DIABÉTICOS

Cuidado com as frutas!

As frutas devem ser consumidas em pequenas porções, tipos variados e

com intervalo espaçado durante o dia.

Atenção aos alimentos que devem ser evitados e não consumidos:

Adoçantes calóricos como a frutose (mel) não devem ser consumidos;

Evitar alimentos fritos;

Não ingerir chocolate, sorvetes, tortas, bolos, balas e refrigerantes que

contenham açúcar, ou maltose, glicose, dextrose e sacarose.

Evitar queijos amarelos, como mussarela, provolone, parmesão e prato,

pois, são mais gordurosos, quando comparados com queijos ricotas;

Atenção com os alimentos light, eles possuem o valor calórico reduzido,

porém normalmente contém de açúcar.

Diminuir o uso de sal na cozinha;

Page 56: Definitivo Relatorio Clinica

56

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA PACIENTES DIABÉTICOS

Alimentos que ajudam a reduzir o índice glicêmico no organismo:

Canela;

Batata-doce;

Amêndoa;

Vinagre de maçã;

Alimentos com alto índice glicêmico:

Banana, melancia, milho e cenoura;

Biscoito, batata frita, trigo branco, sorvete e bolo;

Macarrão, frituras, pizza;

É importante lembrar que o remédio não

deve ser dispensado!

Page 57: Definitivo Relatorio Clinica

57

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA PACIENTES DIABÉTICOS

Outros pontos fundamentais para o controle do Diabetes:

Controlar o peso;

Realizar atividades físicas regularmente, sob orientação médica;

Evitar bebidas alcoólicas e cigarro;

Levar sempre um lanche com você, caso ocorra algum contratempo;

Consultar periodicamente a equipe de saúde (médico, nutricionista e

enfermeiro);

Tomar corretamente o medicamento;

Aplicar a glicose no horário correto;

Evitar hipoglicemia e hiperglicemias;

Cuidar dos pés, usando calçados adequados e examinando-os

periodicamente no médico;

Page 58: Definitivo Relatorio Clinica

58

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA PACIENTES DIABÉTICOS

O que fazer na hora da hipoglicemia?

Quando o indivíduo apresentar uma hipoglicemia, deve-se oferecer aos

poucos, suco de fruta natural ou algum alimento que contenha carboidrato.

Fontes:

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. 1991. Como Cuidar do seu Diabetes. Sociedade Brasileira de Diabetes e Sociedade Brasileira de

Endocrinologia e Metabologia.

Brasil. Ministério da Saúde. Manual de hipertensão arterial e diabetes mellitus; Brasília: MS; 2002.

Sociedade Brasileira de Diabetes. Detecção e tratamento das complicações crônicas do Diabetes Mellitus. Disponível em <http://www.diabetes.org.br>

(19/05/2011).

CÂNDIDO & CAMPOS. Alimentos Funcionais - Uma Revisão. Bol. SBCTA,v.29, n.2, p.107, 1995.

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL

CAMPUS PEDRA BRANCA CURSO DE NUTRIÇÃO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA Estagiária: Cristiane Carolina Machado

Page 59: Definitivo Relatorio Clinica

59

APÊNDICE C – Orientações nutricionais para pacientes com Hipertensão

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA PACIENTES COM HIPERTENSÃO

Vários fatores podem desencadear a hipertensão arterial conhecida

também como “pressão alta”, fatores como: estresse, obesidade,

sedentarismo, drogas, alimentação (exagero de sal), fumo, álcool e café.

Um dos pontos importantes para prevenção da pressão arterial é ter

uma dieta balanceada, saúdavel e pobre em sal.

Ao se alimentar:

Dê preferência às carnes sem gordura e frango sem pele;

Prepare os alimentos assados, cozidos ou grelhados;

Prefira consumir queijos brancos, margarina light, leite desnatado, requeijão light e cream cheese ligth;

Introduza na sua alimentação alimentos ricos em potássio como: brócolis, cenoura, banana, água de coco, maracujá, ameixa, abóbora, melancia, melão e nabo;

Dê preferência a peixes como: salmão, arenque, atum e sardinha;

Intruduza na sua alimentação diária frutas, verduras, legumes, feijões e cereais, preferencialmente os integrais;

Consuma diariamente alimentos ricos em magnésio como: nozes, salsa, pão integral e couve;

Consuma café descafeinado;

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ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA PACIENTES COM HIPERTENSÃO

Alguns alimentos ajudam muito no controle da pressão arterial como:

Aipo; Peixes de água fria como salmão, arenque, atum; Alimentos integrais como arroz, macarrão e pão; Frutas e verduras; Suco de melancia; Suco de beterraba;

10 mandamentos para controlar a pressão alta

01. Meça a pressão seguindo a orientação médica.

02. Pratique atividades físicas todos os dias.

03. Reduza o consumo de álcool. Se possível, não beba.

04. Adote alimentação saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas,

verduras e legumes.

05. Mantenha o peso ideal, evite a obesidade.

06. Abandone o cigarro.

07. Nunca pare o tratamento, é para a vida toda.

08. Siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde.

09. Evite o estresse. Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer

10. Ame e seja amado.

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ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS PARA PACIENTES COM HIPERTENSÃO

Ao preparar sua alimentação reduza a quantidade de sal e dê preferência a temperos naturais como:

Louro; Salsa Cebolinha verde; Orégano; Coentro; Limão Manjericão Alecrim

Atenção evite:

Frituras; Carnes gordurosas; Embutidos: bacon, presunto, mortadela e salame; Conservas: azeitona, beterraba, salsicha; Caldo de carne, bacon, galinha, temperos prontos, sopas prontas; Produtos defumados: presunto, salame, peixe, carne-seca; Leite integral, iogurte integral, queijos amarelos; Bebidas estimulantes: chá preto, chá mate, café, guaraná e

refrigerantes a base de cola;

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Com estes cuidados, você estará contribuindo para o sucesso do tratamento anti-hipertensivo e melhorando sua qualidade de vida!

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL

CAMPUS PEDRA BRANCA

CURSO DE NUTRIÇÃO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA

Estagiária: Cristiane Carolina Machado

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APÊNDICE D – Fórmulas para avaliação antropométrica em adultos e idosos.

AVALIAÇÃO ANTOPOMÉTRICA ADULTOS

FÓRMULAS

Peso atual = o peso é obtido em uma balança calibrada de plataforma ou

eletrônica;

Peso usual = é utilizado como referência nas mudanças recentes de peso ou

quando não há possibilidade de se medir o peso atual ou para calcular perda de peso;

1.0 - Para calcular peso ideal utiliza-se para adultos as seguintes fórmulas:

Feminino = IMC 21 x Altura² = Peso ideal

Masculino = IMC 22 X Altura² = Peso ideal

Idoso (feminino e masculino) = IMC 24,5 X Altura² = Peso ideal

2.0 - Fórmula da altura do joelho para obtenção da altura estimada (CUPPARI, ):

Feminino [84,88 – (0,24 x Idade) + (1,83 x altura do joelho) ] =

Masculino [64,19 – ( 0,04 x Idade) + ( 2,02 x altura do joelho)] =

3.0 - Adequação do peso = a porcentagem de adequação do peso atual em

relação ao peso ideal ou desejável é calculada a partir da fórmula:

Adequação do peso (%) = Peso atual x 100

Peso ideal

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4.0 - Classificação do estado nutricional de acordo com a adequação do peso:

Adequação do peso (%) Estado nutricional

70 Desnutrição grave

70,1 – 80 Desnutrição moderada

80,1 – 90 Desnutrição leve

90,1 – 110 Eutrofia

110,1 – 120 Sobrepeso

> 120 Obesidade

5.0 - Mudança de peso: A perda de peso involuntária constitui-se num dado

importante para a avaliação do estado nutricional. A fórmula abaixo fornece a

determinação da variação de peso corporal.

Perda de peso (%) = (Peso usual – peso atual) x 100

Peso usual

6.0 - A significância da perda de peso em relação ao tempo pode ser verificada na

tabela abaixo.

Tempo Perda significativa de

peso (%)

Perda grave de peso

(%)

1 semana 1 – 2 > 2

1 mês 5 > 5

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3 meses 7,5 > 7,5

6 meses 10 > 10

7.0 Índice de massa corporal (IMC): é o indicador mais simples do estado

nutricional calculado a partir da fórmula:

IMC = Peso atual (kg) = IMC (kg/m2)

Altura2 (m)

8.0 - Classificação do estado nutricional segundo o IMC:

Adultos

IMC (kg/m2)

Classificação

< 16 Magreza grau III

16,0 – 16,9 Magreza grau II

17,0 – 18,4 Magreza grau I

18,5 – 24,9 Eutrofia

25,0 – 29,9 Pré-obeso

30 – 34,9 Obesidade grau I

35,0 – 39,9 Obesidade grau II

40m0 Obesidade grau III

Fonte: World Health Organization (WHO), 1997.

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66

Idosos:

IMC (kg/m2)

Classificação

< 22 Magreza

22 a 27 Eutrofia

>27 Excesso de peso

Fonte: World Health Organization (WHO), 1997.

9.0 Circunferência do braço (CB) = representa a soma das áreas constituídas

pelos tecidos ósseo, muscular e gorduroso do braço.

(National Health and Nutrition Examination Survey) demonstrado em tabela de percentil

por Frisancho (Anexo I). A adequação da CB pode ser determinada pela equação

abaixo:

Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100 =

CB percentil 50

10 - Classificação do estado nutricional segundo adequação da CB:

Desnutrição

Eutrofia

Sobrepeso

Obesidade Grave Moderada Leve

CB < 70 % 70 - 80 80 –

90%

90 –

100%

110 – 120

%

> 120 %

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11 - Circunferência muscular do braço (CMB) = avalia a reserva de tecido

muscular sem correção da massa óssea. É obtida a partir dos valores da CB e da

prega cutânea tricipital (PCT). Sua medida isolada é comparada ao padrão de

Frisancho (Anexo II).

CMB (cm) = CB (cm) = p x [PCT (mm) ¸ 10]

12 - O cálculo de adequação da CMB é realizado por meio da fórmula:

Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100 =

CMB percentil 50

13 - Estado nutricional segundo a adequação da CMB:

Desnutrição

Grave Moderada Leve Eutrofia

CMB < 70 % 70 – 80 % 80 – 90 % >90 %

14 - O cálculo de adequação da PCT é realizado por meio da fórmula:

Adequação da PCT (%) = PCT obtida (cm) x 100 =

PCT percentil 50

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15 - Estado nutricional segundo a adequação da PCT:

Desnutrição

Eutrofia

Sobrepeso

Obesidade Grave Moderada Moderada

PCT < 70 % 70 - 80 80 – 90% 90- 100

%

110 – 120

%

> 120 %

NECESSIDADES NUTRICIONAIS

1.0 - Necessidades calóricas

·Cálculo do gasto energético total (GET)

O cálculo do GET é feito de forma indireta e individualizada mediante a equação de

HARRIS & BENEDICT, ajustada, de acordo com a patologia, pelos fatores de atividade

e lesão adaptados de LONG et al.

Gasto energético basal (Equação de Harris & Benedict)

Masculino: 66,47 + (13,75 x peso) + (5,00 x altura) – (6,75 x idade)

Feminino: 655,09 + (9,56 x peso) + (1,84 x altura) – (4,67 x idade)

Peso = kg / altura = cm / idade = anos

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2.0 - Necessidades protéicas

Um aporte protéico adequado é necessário para a síntese de proteínas para

defesae recuperação celular, poupança de massa corporal magra e redução do nível

decatabolismo da proteína endógena para neoglicogênese.

3.0 - Quantidade protéica recomendada de acordo com a condição clínica:

Condição metabólica Quantidade

Pacientes sem estresse metabólico 0,8 – 1,0 g/kg/dia

Pacientes com estresse metabólico

Relação caloria não protéica / g de

nitrogênio

1,5 – 2,0 g/kg/dia

80 – 100 : 1

Pacientes com estresse metabólico

em sepse

Relação caloria não protéica / g de

nitrogênio

1,7 – 2,0 g/kg/dia

80 – 100 : 1

Insuficiência renal aguda ou

crônica em diálise

1,0 – 1,2 g/kg/dia

Insuficiência renal aguda ou

crônica sem diálise

0,6 – 1,0 g/kg/dia

Insuficiência hepática com

encefalopatia hepática grau III e IV

0,8 – 1,0 g/kg/dia

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APÊNDICE E - DIETA COM 50g DE PROTEÍNAS

AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO - UNISUL

REFEIÇÃO GRUPO PORÇÃO ALIMENTO OU

PREPARAÇÃO

MEDIDAS

CASEIRAS

Desjejum Leite

Pão

Gordura

Açúcar

½

1

1ponta de

faca

Colher de

chá

Leite c/ café

Pão de trigo c/

Margarina sem sal

Açúcar ( do leite c/

café)

1 copo amer.

1 unidade

Colação Fruta 1 Maçã 01 unidade

Almoço Carne

Arroz

Legumes

Verduras

Gordura

Frutas

1

6

1

1

1

2

Carne moída

Arroz

Repolho cozido

Alface

Creme de leite

Pêssego

1 colher sopa

6 colheres sopa

4 colheres sopa

1 pires

1 colher sopa

2 metades

Lanche Leite

Pão

Gordura

Açucar

1/2

½

1ponta de

faca

1 colher de

chá

Leite c/ café

Pão de trigo c/

Margarina sem sal

Açúcar (do leite c/

café)

1/2 copo amer.

1 unidade

Jantar Carne

Arroz

Legumes

Verduras

Frutas

1/2

5

1

1

1

Bife

Arroz

Chuchu cozido

Salada de tomate

Maçã

1 pedaço peq.

5 colheres sopa

4 colheres sopa

1 pires

01 unidade

Ceia Leite

Pão

Gordura

Açúcar

½

½

1ponta de

faca

1 colher de

chá

Leite c/ café

Pão de trigo c/

Margarina sem sal

Açúcar (do leite c/

café)

1/2 copo

½ unidade

ATENÇÃO: No grupo das carnes- Variar.

No grupo do arroz- Variar com macarrão, farofa, purê de batata.

No grupo das verduras – Variar com pepino- salada, repolho.

No grupo dos legumes- Variar com beterraba cozida.

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