Curso All Cosmetic Módulo I

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C i t o l o g i a T r i c o l o g i a M o r f o l o g i a C a p i l a r A n o m a l i a s d a h a s t e C a p i l a r A n á l i s e C a p i l a r / A n a m n e s e 2 H2 2 A R 3 H2 2 A c a d e m y Modulo - I

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Curso All Cosmetic

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C i t o l o g i a T r i c o l o g i a M o r f o l o g i a C a p i l a r A n o m a l i a s d a h a s t e C a p i l a rA n á l i s e C a p i l a r / A n a m n e s e

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A c a d e m y

Modulo - I

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Modulo 1

Por Jonas AraujoEducador TécnicoC i t o l o g i a

Funções Celulares

Antes de iniciarmos nossos estudos, primeiro precisamos definir o que é CABELO.Cabelo é o resultado de uma grande reprodução celular um anexo da pele.Se sabemos agora que é necessário que haja uma grande reprodução de células,precisamos entender um pouco sobre CITOLOGIA (grego kytos = cela (Célula) / lógos, significa palavra, estudo). Citologia é o estudo das células.Para que tenhamos uma reprodução celular precisamos de sangue e através de uma grande irrigação das Artérias e Veias na base da papila dermal (matriz do nascimento do fio de cabelo). Este processo faz a troca gasosas e nutritivas e levam os dejeto celulares.A reprodução celular dar-se-a a cada 39 horas é uma das taxas mais elevadas que se conhece.Na linha de Auber da-se-a o limite onde há a expansão e a multiplicação dos queratinócitos e os melanócitos. Este processo ocorre na zona de queratinização (parte superior do bulbo capilar.As células passam por mutação degenerando-se, alongando e por sua vez morre perdendo o seu núcleo e endurecendo formando assim o esqueleto (extrutura do cabelo).

Mitocôndria e a respiração celularA função da mitocôndria é produzir energia, para todos os processos vitais da célula. Essa produção de energia ocorre através da respiração celular.A respiração celular é o processo pelo qual a célula obtém energia do alimento. Elas fazem isso combinado moléculas de alimento com o gás oxigênio do ar (respiração aeróbica), isso é uma oxidação controlada, através da qual a energia contida nas moléculas é liberada. Essas moléculas são degradadas até se transformarem em gás carbônico e água.Na falta de oxigênio, a célula pode obter energia realizando apenas a parte inicial do processo de quebra de glicose.

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Divisão Celular

Centríolos, cílios e flagelosUma das funções dos centríolos é originar os cílios e os flagelos, projeções em forma de pêlos móveis que algumas células apresentam. Tanto os cílios quanto os flagelos formam-se a partir do crescimento dos microtúbulos de um centríolo.Na traquéia de mamíferos existe um epitélio lubrificado por muco. O batimento constate dos cílios permite a formação de uma corrente deste muco que tem papel protetor, já que muitas impurezas dor ar inspiradas ficam aderida a ele.Apesar de terem origem comum e idênticas finalidades (movimentos celulares) eles diferem entre si em dois detalhes: o tamanho e o número de unidades por célula. Os cílios são curtos e numerosos, enquanto os flagelos são longos e não ultrapassam de 6 a 8 por célula.

Antes de uma célula se dividir formando duas novas células, os cromossomos se duplicam no núcleo. Formam-se dois novos núcleos cada um com 46 cromossomos. A célula então divide o seu citoplasma em dois com cada parte contendo um núcleo com 46 cromossomos no núcleo. Esse tipo de divisão celular, em que uma célula origina duas células-filhas com o mesmo número de cromossomos existentes na célula mãe, é chamado de mitose. Portanto, a mitose garante que cada uma das células-filhas receba um conjunto complementar de informações genéticas. A mitose permite o crescimento do indivíduo, a substituição de células que morrem por outras novas e a regeneração de partes lesadas do organismo.

Retículo endoplasmático rugoso ou granular É o local de fabricação de boa parte das proteínas celulares. Na realidade são os ribossomos presos nas membranas que fazem as moléculas de proteínas. A função dos ribossomos é a síntese protéica. Eles realizam essa função estando no hialoplasma ou preso a membrana do retículo.O retículo endoplasmático desempenha, portanto, as funções síntese, armazenamento e transporte de substâncias.

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RibossomosSão grãos de proteína. A função dos ribossomos é a síntese protéica pela união de aminoácidos, em processo controlado pelo DNA. O RNA descreve a seqüência dos aminoácidos da proteína. Eles realizam essa função estando no hialoplasma ou preso a membrana do retículo endoplasmáticoCromatinaTem como instrução controlar quase todas as funções celulares. Essas instruções são "receitas" para a síntese de proteínas. Essas "receitas", chamadas de genes, são segmentos da molécula de DNA, e a célula necessita dos genes para sintetizar proteínas.

Lisossomos e peroxissomosSão bolsas citoplasmáticas cheias de enzimas digestivas e envolvidas por uma membrana lipoprotéica. O lisossomo tem as seguinte funções: digestão intracelular; digestão dos materiais capturados por fagocitose ou pinocitose. A autofagia; onde o lisossomo digere partes da própria célula, englobando organóides e formando os vacúolos autofágicos. Isso ocorre quando a organela esta velha ou quando a célula passa um período de fome. E a autólise; ocorre quando a membrana do lisossomo se rompe espalhando enzimas pelo citoplasma, destruindo a célula. Serve para renovar a células do corpo. Em alguns casos, o rompimento se dá por causa de doenças. O material conseguido com a autodigestão é mandado através da circulação para outras partes do corpo, onde é aproveitado para o desenvolvimento.

Sociedade Brasileira de Pesquisas do Cabelo.USPUnicampiGoogleWikipediaTricologia (Wella)Atlas do Cabelo (L’oreal)1. Tobin DJ, Paus R. Graying: gerontobiology of the hair follicle pigmentary unit. Exp Gerontol 2001; 36:29-54.

2. Trüeb RM. Hair and aging. J Cosmetic Dermatol 2005; 4:60-72.

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5. Trüeb RM. Molecular mechanisms in androgenetic alopecia. Exp Gerontol 2002; 37:981-90.

6. Kaufman KD. Androgen metabolism as it affects hair growth in andogenetic alopecia. Dermatol Clin 1996; 14:697-711.

7. Wiedemeyer K, Löser C. Diseases on hair follicles leading to hair loss Part I: Nonscarring alopecias. Skinmed 2004; 3(4):209-214.

8. Wiedemeyer K, Löser C. Diseases on hair follicles leading to hair loss Part II Scarring alopecias. Skinmed 2004; 3(4):215-220.

9. Sampaio SAP, Rivitti EA, Dermatologia. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.

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www.medicinanet.com.br/.../triconodose.htm

www.sbcd.org.br/pagina.php

Doenças ds Cabelos e do Couro Cabeludo ( Rodney Dawber / Dominique Van Neste)

Referências/ PesquisasBiografias

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Formação das CÉLULAS MATRIZES DO CABELO

Mitose

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Há dois tipos fundamentais de divisão celular: a mitose e a meiose.Na mitose, uma célula se divide, dando origem a duas células-filhas exatamente iguais à célula inicial quanto à qualidade e à quantidade de material genético. Nesse caso dividir significa duplicar. A mitose é a maneira pela qual os organismos unicelulares se reproduzem e as células de organismos multicelulares se multiplicam, possibilitando o crescimento e a substituição de células mortas.

A meiose, por sua vez, ocorre apenas em organismos multicelulares e restringe-se às células destinadas à reprodução sexuada. Nele ocorrem duas divisões, obtendo-se como resultado final quatro células com exatamente a metade dos cromossomos existentes na célula-mãe. Óvulos e espermatozóides, nos animais, e esporos, nos vegetais, são produzidos por meiose.

Prófase - Constitui o início da mitose. Durante a prófase ocorre a desorganização e o consequente desaparecimento da carioteca e do núcléolo. Os centríolos são duplicados e cada par inicia a migração para pólos opostos da célula. Ao redor deles surgem fibras protéicas que constituem o áster. Entre os centríolos, que se afastam, surgem as fibras protéicas do fuso mitótico. Algumas delas, as fibras contínuas, estendem-se de um centríolo a outro; as fibras cromossômicas ligam-se aos cromossomos. Prófase - Constitui o início da mitose. Durante a prófase ocorre a desorganização e o consequente desaparecimento da carioteca e do núcléolo. Os centríolos são duplicados e cada par inicia a migração para pólos opostos da célula. Ao redor deles surgem fibras protéicas que constituem o áster. Entre os centríolos, que se afastam, surgem as fibras protéicas do fuso mitótico. Algumas delas, as fibras contínuas,

Embora seja um processo contínuo, para melhor compreensão de seu mecanismo costuma-se dividir amitose em quatro etapas, que ocorrem nesta ordem: prófase, metáfase, anáfase e telófase.

Anáfase - Após a duplicação dos centrômeros, as cromátides-irmãs se separam e cada cromossomo-filho que delas se origina migra para um dos pólos da célula. Essa migração deve-se ao encurtamento das fibras do fuso que ligam os centríolos aos centrômeros. A anáfase termina quando os cromossomos-filhos chegam aos pólos.

Telófase - Nessa fase, os cromossomos, já situados nos pólos celulares, descondensam-se. A carioteca reorganiza-se em torno de cada conjunto cromossômico, o que determina a formação

ALOPECIAS

O desprendimento do pêlo é denominado eflúvio e a condição resultante chama-se alopecia (do grego alópekia, que significa diminuição dos pêlos ou cabelos). Os distúrbios caracterizados pela perda dos cabelos são didaticamente classificados em alopecias não-cicatriciais – sem inflamação clínica, cicatriz ou atrofia da pele –, e alopecias cicatriciais, na qual existem evidências de destruição tecidual, como inflamação, atrofia e fibrose.

Alopecia Não-cicatricial

Tabela 4: Etiologia das alopecias não-cicatriciais

Difusa Focal

eflúvio telógeno Alopecia androgenética

Eflúvio anágeno Tricotilomania

Síndrome dos cabelos anágenos Alopecia por tração

Alopecia areata Tinha do couro cabeludo

Alopecia areata

Sífilis

Eflúvio TelógenoÉ caracterizado pelo desprendimento aumentado dos pêlos telógenos normais dos folículos do couro cabeludo em repouso, secundário ao deslocamento acelerado da fase anágena (fase de crescimento) para catágena e para a telógena (fase de repouso). Resulta em perda aumentada dos fios, levando até a rarefação difusa dos cabelos.São causas de eflúvio telógeno;· pós-parto;· deficiência protéica;· Deficiência de ferro;· regimes de emagrecimento;· estresse;· doenças sistêmicas: caquexia, anemias graves, hiper ou hipotireoidismo, diabetes mal controlado, hepatites, lúpus eritematoso sistêmico, dermatomiosite;alguns medicamentos (Tabela 5).O tratamento consiste em correção do evento desencadeante, alimentação adequada rica em proteínas e eventual suplementação de vitaminas e sais minerais. A utilização de soluções tópicas (como minoxidil a 2 ou 5%) também ajuda. Essa fase pode durar cerca de 3 a 4 meses . Após esse período, os cabelos retornam ao normal.

Eflúvio AnágenoA perda dos cabelos resulta da parada ou da lesão dos pêlos na fase anágena, na qual se desprendem sem passar pelas outras fases do ciclo. Geralmente o início é rápido e extenso.São causas de Eflúvio anágeno:· radioterapia;· quimioterapia sistêmica;· drogas citostáticas/imunossupressoras (Tabela 5);· desnutrição protéica grave;· intervenções cirúrgicas prolongadas;

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A hasteT r i c o l o g i aMORFOLOCIA CAPILARDo grego ìïñö-, morph ('forma') e ëïãßá logía (estudo, conhecimento)Como estudamos anteriormente entendemos que através da corrente sanguínea que irriga a papila dermal, cria-se uma grande reprodução celular chamada mitose, por este processo temos uma grande reprodução celular que ocorre dentro da papila dermal iniciando assim a formação da haste capilar (cabelo). Neste bloco estudaremos a extrutura do cabelo e sua peculiaridade.

Colo

Glândula Sebácea

Invóculo Exterior da Raiz (Bainha Epitelial Externa)

Musculo Eretor

MelanócitosCélulas de Pigmento

Tricócitos ( Células Germinativas)

Papila Dermal

Irrigação dos Vasos Sanguíneos

Bulbo Capilar

Invóculo Interior da Raiz (Bainha Epitelial Interna)

Haste Capilar

A haste capilar emerge de uma envaginazação da epiderme denominada (Folículo Piloso) onde ocorre toda a transformação celular, essa taxa celular ocorre a cada 39 horas. O fenômeno na zona queratógena ocorre na parte superior do bulbo e as células sofrem a mutação pela perca do seu núcleo onde passa pelo processo de queratinozação produzindo uma proteína rica em enxofre a queratina formando toda a estrutura da haste capilar. Para cada 40 queratinócitos forma-se um melanócito onde dar-se-a a cor do cabelo.Na Bainha Epitelial Interna divide-se diversas camadas celulares concêntricas, ela acompanha a haste até a o colo onde desemboca o canal sebáceo onde então a haste fica totalmente livre, já na bainha epitelial externa as células não passam por nenhuma mutação celular.A Papila Dérmica é responsável pela nutrição de todo o folículo piloso é onde chegam as vasos sanguíneos, já no BULBO encontra-se as células germinativas por esse motivo chamamos essa parte de berço do cabelo sua forma é muito semelhante a ao bulbo de uma planta. O Músculo Eretor é responsável pela sensação tátil e pela fixação erétil ou não do folículo piloso. A Glândula Sebácea é responsável pela produção de gordura (formação do manto Hidrolipídico da pele e do cabelo) mantendo assim sua elasticidade, maleabilidade e porosidade, produção essa que mantém a lubricidade e proteção da haste capilar. A remoção dessa gordura implica no resecamento (aumento da porosidade), volume, dureza (falte de elasticidade) e pontas duplas

Modulo 1.a

Doença Características dos pêlos Possíveis causas

Diagnóstico Tratamento

Tricorrexe nodosa (pode ser adquirida ou congênita)

É a mais freqüente das . . .displasias pilosas. . .Aparecimento de .pseudonodosidades nos .pêlos, podendo ocasionar . .fraturas

Causa desconhecida. Traumas mecânicos ou químicos podem ser desencadeantes

Clínico

Microscopia

Sem tratamento efetivo (congênito)

Exclusão de desencadeantes (adquirido)

Tricoptilose .Cabelos frágeis e bifurcados .(“ponta-dupla”)

Traumas mecânicos e químicos

Clínico Exclusão de causas

Cremes hidratantes

Triconodose .Nós ou laços na haste pilar Traumas mecânicos ou tiques nervosos

Clínico Exclusão de causas

Tricotilomania Áreas alopécicas produzidas

.por tração

Trauma repetitivo por compulsão

Clínico Psiquiátrico

Displasias Pilosas Adquiridas

Tabela 2: Displasias pilosas adquiridas

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A haste capilar emerge de uma envaginazação da epiderme denominada (Folículo Piloso) onde ocorre toda a transformação celular, essa taxa celular ocorre a cada 39 horas. O fenômeno na zona queratógena ocorre na parte superior do bulbo e as células sofrem a mutação pela perca do seu núcleo onde passa pelo processo de queratinozação produzindo uma proteína rica em enxofre a queratina formando toda a estrutura da haste capilar. Para cada 40 queratinócitos forma-se um melanócito onde dar-se-a a cor do cabelo.Na Bainha Epitelial Interna divide-se diversas camadas celulares concêntricas, ela acompanha a haste até a o colo onde desemboca o canal sebáceo onde então a haste fica totalmente livre, já na bainha epitelial externa as células não passam por nenhuma mutação celular.A Papila Dérmica é responsável pela nutrição de todo o folículo piloso aonde chegam as vasos sanguíneos, já no BULBO encontra-se as células germinativas por esse motivo chamamos essa parte de berço do cabelo sua forma é muito semelhante a ao bulbo de uma planta. O Músculo Eretor é responsável pela sensação tátil e pela fixação erétil ou não do folículo piloso. A Glândula Sebácea é responsável pela produção de gordura (formação do manto Hidrolipídico da pele e do cabelo) mantendo assim sua elasticidade, maleabilidade e porosidade, produção essa que mantém a lubricidade e proteção da haste capilar. A remoção dessa gordura implica no ressecamento (aumento da porosidade), volume, dureza (falta de elasticidade) e pontas duplas (tricoptilose). Também podemos promover a retirada dessa gordura através de processos químicos (alisamento, coloração, luzes, etc..)

Composição Química do Cabelo

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- A fibra capilar é composta entre 19 a 21 aminoácidos variando entre as literaturas conhecidas.Sua extrutura molecular é composta de - Carbono C 45%, Oxigênio O 28%, Nitrogênio N 15%, Hidrogênio H 6,5%, Enxofre S 5,2%A quantidade de minerais como: cobre, ferro e zinco são baixas e sua ausência pode também provocar queda e também a alterações da cor.- Ferro 20-200ppm, Cobre 10-20 ppm, Iodo 0,6 ppm, Zinco 190 ppm- Água 12%, Lipídios 5% (Ácidas Graxas Livres Ceras Esterificadas, Colesterol, Equalano, Cerâmidas e vestígios Hidrocarbonetos Saturados).

O cabelo é formado por três partes distintas: cutícula, medula e córtex, ma, na verdade existem outras partes dentro dessas outras partes mencionadas que devemos conhecê-las em sua totalidade. Analisem a figura abaixo.

Epicuticula / CuticulaEndocuticulaExocuticulaCamada - A (CMC)

ProtofibrilasAlfa-hélice / Cadeiasde queratinas

A coloração esverdeada dos cabelos, observada principalmente em indivíduos que praticam atividades em piscina, é decorrente da deposição de partículas de cobre no córtex capilar após permanência prolongada na água. É evidenciada mais facilmente nos cabelos claros e loiros. Para o seu tratamento, é necessário evitar o contato direto dos cabelos com a água da piscina.

DISPLASIAS PILOSASDisplasias pilosas são alterações da haste do pêlo. Podem ser congênitas (Tabela 1) ou adquiridas (Tabela 2).

Doença Características dos pêlos Diagnóstico Tratamento

Moniletrix Normais ao nascimento, surgindo, na infância, dilatações e estreitamentos alternados nos cabelos e pêlos (aspecto em rosário)

ClínicoMicroscopia

Pode melhorar com a idade

Tricorrexis invaginata

Classicamente associada à síndrome de Netherton. Deformação distal baloniforme invaginada sobre uma base proximal (cabelo em bambu)

ClínicoMicroscopia

Sem tratamento efetivo

Tricopoliodistrofia (síndrome de Menkes)

Início nos primeiros meses de vida. Cabelos . escassos e quebradiços

ClínicoMicroscopia

Suplementação com cobre

Cabelos anágenos frouxos

Normais ao nascimento. Entre 2 e 6 anos rarefação e reduzido comprimento dos cabelos

ClínicoMicroscopiaTricograma (70% ou mais dos Cabelos anágenos frouxos)

Pode melhorar com a idade

Síndrome dos cabelos impenteáveis

Cabelos secos e ásperos. Afeta crianças e jovens com cabelos abundantes e de difícil manuseio

Clínico.Microscopia eletrônica

Melhora com a idade

Displasias Pilosas CongênitasTabela 1: Displasias pilosas congênitas

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Aminoácidos

O número de aminoácidos é muito variável de uma proteína para outra:

Insulina bovina 51 aminoácidos Hemoglobina humana 574 aminoácidos Desidrogenase glutâmica 8 300 aminoácidosO filamento de aminoácidos enrola-se ao redor de um eixo, formando uma escada helicoidal chamada alfa-hélice. É uma estrutura estável, cujas voltas são mantidas por pontes de hidrogênio. Tal estrutura helicoidal é a estrutura secundária da proteína. As proteínas estabelecem outros tipos de ligações entre suas partes. Com isto, dobram sobre si mesmas, adquirindo uma configuração espacial tridimensional chamada estrutura terciária. Essa configuração pode ser filamentar como no colágeno, ou globular, como nas enzimas.Tanto o estabelecimento de pontes de hidrogênio como o de outros tipos de ligações dependem da sequência de aminoácidos que compõem a proteína. Uma alteração na sequência de aminoácidos (estrutura primária) implica em alterações nas estruturas secundária e terciária da proteína. Como a função de uma proteína se relaciona com sua forma espacial, também será alterada. Um exemplo clássico é a anemia falciforme. Nessa doença hereditária, há uma troca na cadeia de aminoácidos da hemoglobina (substituição de um ácido glutâmico por uma valina). Isto acaba por determinar mudanças na hemácia, célula que contém a hemoglobina, que assume o formato de foice quando submetida a baixas concentrações de oxigênio.Muitas proteínas são formadas pela associação de dois ou mais polipeptídios (cadeias de aminoácidos). A maneira como estas cadeias se associam constitui a estrutura quaternária dessas proteínas. A hemoglobina, citada anteriormente, é formada pela união de duas cadeias "alfa" e duas

Desnaturação das Proteínas Quando as proteínas são submetidas à elevação de temperatura, a variações de pH ou a certos solutos como a uréia, sofrem alterações na sua configuração espacial, e sua atividade biológica é perdida. Este processo se chama desnaturação. Ao romper as ligações originais, a proteína sofre novas dobras ao acaso. Geralmente, as proteínas tornam-se insolúveis quando se desnaturam. É o que ocorre com a albumina da clara do ovo que, ao ser cozida, se torna sólida. Na desnaturação, a sequência de aminoácidos não se altera e nenhuma ligação peptídica é rompida. Isto demonstra que a atividade biológica de uma proteína não depende apenas da sua estrutura primária, embora esta seja o determinante da sua configuração espacial.

Algumas proteínas desnaturadas, ao serem devolvidas ao seu meio original, podem recobrar sua configuração espacial natural. Todavia, na maioria dos casos, nos processos de desnaturação por altas temperaturas ou por variações extremas de pH, as modificações são irreversíveis. A clara do ovo solidifica-se,

AUTORESErick Dancuart OmarEspecialista em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USPAnelise GhidetiEspecialista em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕESA aparência dos cabelos apresenta um importante papel em nossa imagem e bem-estar geral. Além de contribuir para percepção de beleza e atratividade, protege o couro cabeludo da radiação ultravioleta (UV) e diminui a sua perda calórica.As afecções dos cabelos incluem alterações adquiridas ou congênitas que afetam quantitativa e/ou qualitativamente a estrutura do fio, podendo, em algumas doenças, afetar inclusive o couro cabeludo.A associação do folículo piloso com uma glândula sebácea e com o seu músculo eretor corresponde à unidade pilossebácea (UP). Em algumas regiões corpóreas, há, além desse conjunto, o ducto excretor de uma glândula apócrina. O crescimento dos cabelos ocorre em ciclos de atividade intermitente, seguidos por períodos de repouso (fase latente). A taxa de crescimento dos cabelos é de aproximadamente 1 cm/mês.A duração e a velocidade do crescimento do pêlo na fase anágena (intensa atividade mitótica) varia devido à predisposição individual, idade e nas diferentes regiões do corpo. É no couro cabeludo que está a maior duração dessa fase (2 a 5 anos). Segue-se a fase catágena, com duração de cerca de 3 semanas, em que o pêlo pára de crescer. Na fase telógena, há o desprendimento do pêlo com duração entre 3 e 4 meses. A análise do couro cabeludo normal evidencia 80 a 90% dos cabelos na fase anágena, 10 a 20% na fase telógena e 1 a 2% na catágena. É importante ressaltar que, devido à quantidade de folículos no couro cabeludo (100 a 150 mil), é considerada normal a eliminação média de 100 a 200 cabelos/dia.Fatores genéticos e hormonais determinam as características e a distribuição dos pêlos nas diversas raças e individualmente.

ALTERAÇÕES DA COR DA HASTE PILOSAAs alterações da cor da haste pilosa podem ser adquiridas, congênitas ou consequentes ao envelhecimento progressivo do cabelo.O embranquecimento dos cabelos (canície) é um processo natural. Está correlacionado com a idade cronológica e varia em graus individualmente. Em caucasianos, a incidência normal de cabelos brancos é de 34+/- 9,6 anos e em negros, 43,9 +/- 10,3 anos. É descrito que, com 50 anos de idade, metade da população apresenta 50% dos seus cabelos brancos. Esse processo decorre da diminuição da produção de melanina pelos melanócitos da matriz.O único tratamento efetivo ainda consiste na utilização de tinturas específicas para os cabelos. Existem doenças congênitas e adquiridas que podem evoluir ou apresentar embranquecimento dos cabelos (leucotricose).

Leucotricose Congênita· ;· ;· ;· .

Leucotricose Adquirida· ;· após radioterapia;· após queimadura.

Síndrome de Vogt-Koyanagi-Haradasíndrome de Waardenburgpiebaldismoalbinismo

Vitiligo

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As Funções das Proteínas As proteínas desempenham quatro funções importantes para os seres vivos. Entre estas funções podemos citar a função estrutural ou plástica, hormonal, anticorpos (imunização) e enzimática.

As proteínas estruturais estão presentes em estruturas esqueléticas, como ossos, tendões e cartilagens, unhas, cascos, etc., além da membrana celular.

As proteínas hormonais atuam no metabolismo como mensageiros químicos, como a insulina e o glucagon que controlam a glicemia do sangue e o hormônio de crescimento denominado somatotrofina, segregada pela hipófise.As proteínas de defesa imunológica são as imunoglobulinas (anticorpos).As proteínas de ação enzimática (enzimas) são importantes como catalisadores biológicos favorecendo reações do metabolismo celular, como as proteases, a catalase, a desidrogenases, entre outras

Introdução a Tricologia / Constituição da Haste Capilar

A haste ou tige é à parte do fio que emerge do couro cabeludo. São formadas por células queratinizadas.O cabelo possui uma estrutura muito complexa, com três componentes principais:

Cutícula

É a parte externa do fio de cabelo, é composta de diversas camadas, em torno de 7 a 13, transparentes e opacas, é responsável pela proteção das células corticais (células do interior do fio), é a principal barreira á penetração de agentes químicos para o interior da fibra. As fileiras que compõe as cutículas dividem-se em três partes:

Exocutícula Epicutícula Endocutícula

Dessas três partes a mais importante é a Epicutícula (parte esterna - cutícula), por ser hidrófoba (resistente á água). Essa resistência é atribuída ao aminoácido Cistina, presente na epicutícula.As camadas da cutícula são bem unidas e seladas, permanecem intactos somente alguns milímetros próximos ao couro cabeludo. Sua sensibilização é causada par ação mecânica (escovar, pentear, secar), por ação química (shampoo, ondulações permanentes, descolorações, colorações, alisamentos ou relaxamentos) e pela ação de intemperismo (sol, mar, piscina e vento).A degradação da cutícula torna o cabelo sem brilho, difícil de pentear, áspero ao toque e pode ser percebida quando se passa o dedo pelo fio de cabelo. A remoção total da cutícula causa as chamadas "pontas duplas".

Endocu

tícula

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(CM

C)

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Córtex

Forma o interior do fio de cabelo e compõe cerca de 75 a 90% da massa da fibra capilar. Consiste de células queratinizadas e possui uma estrutura muito compacta (pouco porosa), o que representa o coração da haste capilar. O diâmetro do córtex é determinado pelo número de células do bulbo. No córtex e na medula são encontrados os pigmentos que dão cor ao cabelo. É a unidade que da elasticidade e resistência ao cabelo, também é a estrutura que determina a maior ou menor porosidade dos fios.A fibra contém de 2 a 3 tipos de células corticais, que são elas:

Ortho Córtex – tem baixa quantidade de enxofre (menos que 3%).Para Córtex – tem uma alta quantidade de enxofre (cerca de 5%).Meso Córtex – são ricos em cistina.

Ortho-Cortex Para-Cortex

Meso-Cortex

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Situadas no centro do folículo piloso as células queratinizadas tomando formas difusas alongadas denominada célula Cortical. Seu comprimento é de 100 micrômetros e largura de 2 a 5 micrômetros, assim formando todas as camadas corticais.Subseqüentes, desenvolve-se a matriz mais densa rica em enxofre,coincidindo com a intensa reação de sulfidrila que indica a presença de ligações de cisteina. O Córtex maturo é constituído por células fusiformes estreitamente ligadas entre si com um limite de 20-25nm contendo uma membrana plasmática central densa ou lamela intercelular (10-15nm), considerada como sendo proteináceas e cimentado juntos as células denominadas de Macrofibrilas.

Fibras Corticais

Canal Medular

Hipertricose Adquirida Iatrogênica.É relatada relacionada ao uso de hidantal, corticóide, ciclosporina, estreptomicina, diazóxido, minoxidil, penicilamina e psoralênicos.Hipertricose Adquirida LocalizadaTraumas repetidos, como mordedura, atrito, coçadura, processos inflamatórios e depilação (por eletrocoagulação, eletrólise) podem induzir aumento localizado de pêlos

Hipertricose Adquirida LocalizadaTraumas repetidos, como mordedura, atrito, coçadura, processos inflamatórios e depilação (por eletrocoagulação, eletrólise) podem induzir aumento localizado de pêlos.

Hipertricose Adquirida. - Hipertricose Lanuginosa. Caracteriza-se pelo aparecimento súbito de pêlos finos, lanugos, na face e generalizados - Paraneoplásica. Mais comum em mulheres, é síndrome paraneoplásica associada com tumores malignos (linfomas). - Hipertricose em doenças sistêmicas e dermatoses: Aumento de pêlos que pode ser encontrado em desnutridos, endocrinopatias, dermatomiosite e acronidia. Na porfiria ocorre principalmente na face. É também observada na epidermólise bolhosa distrófica, lipodistrofia e no mixedema pré-tibial.

Hipertricose Adquirida Iatrogênica.É relatada relacionada ao uso de hidantal, corticóide, ciclosporina, estreptomicina, diazóxido, minoxidil, penicilamina e psoralênicos.Hipertricose Adquirida LocalizadaTraumas repetidos, como mordedura, atrito, coçadura, processos inflamatórios e depilação (por eletrocoagulação, eletrólise) podem induzir aumento localizado de pêlos

Hipertricose Adquirida LocalizadaTraumas repetidos, como mordedura, atrito, coçadura, processos inflamatórios e depilação (por eletrocoagulação, eletrólise) podem induzir aumento localizado de pêlos.

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Alfa-helice / Cadeias de queratinas

Medula

Queratina

O cabelo é constituído, basicamente, de uma proteína chamada de: alfa-queratina. As queratinas (alfa e beta) são, também, constituintes de outras partes de animais, como unhas, a seda, bicos de aves, chifres, pêlos, cascos, espinhos (do porco-espinho), formando massas compactas, homogêneas e a mole, produzida pela epiderme de toda superfície corporal. Esta se desprende continuamente em delgadas camadas entre outros.

A queratina, é muito elástica e flexível, sendo capaz de alongar consideravelmente, retornando logo ao seu estado original. Nesta proteína estão contidas as cadeias responsáveis pela estrutura química do cabelo, milhares de cadeias de alfa-queratina estão entrelaçados em uma forma espiral, sob a forma de placas que se sobrepõem, resultando em um longo e fino "cordão" protéico. Estas proteínas interagem fortemente entre si, por várias maneiras, resultando na forma característica de cada cabelo: liso, enrolado, ondulado, etc.Sua função é conferir ao pêlo propriedades adequadas para a proteção superficial contra agentes ambientais,

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Medula

Na grande maioria dos animais a medula exerce importantes propriedades termorreguladoras, aliadas a presença de numerosos bolsões de ar.Pode ser continua ou fragmentada, ao longo da fibra, e não existe em fios finos. Quando presente no cabelo, compõe apenas uma pequena fração de sua massa.A medula tem textura aberta (porosa). Possui grande número de vacúolos, (buracos) que são resultantes da síntese de quantidade inadequada de proteínas para preencher as cavidades das células. A medula não tem função conhecida.

As células da medula apresentam no interior de seu citoplasma na região supra bulbar. Essas células contêm glicogênio e podem incluir Melanossomos. Acima do nível da epiderme, as células parecem desidratar-se e os vacúolos tornam-se cheia de ar (oxigênio). A composição protéica da medula contém tricohialina. O papel da medula permanece desconhecido. Ela usualmente é encontrada nos pêlos mais espessos. Nem todas as medulas degeneram e tornam-se cheias de ar. Por essa razão a medula mostra-se interrompida especialmente devido à reflexão da luz nos espaços cheios de ar.

Cabelo Com Casca – (Hair Casts) Condição de provável origem hereditária, cujos cabelos apresentam uma envoltura ceratínica, devido à retenção de segmentos da bainha interna do folículo (material fluorescente-amarelo à luz de Wood).

Tricostasia Espinulosa: Consiste no acúmulo de pêlos no mesmo óstio folicular, dando o aspecto de ponteado negro. Parece ser devido à retenção de pêlos telógenos originários de uma mesma matriz pilosa. Pode-se tentar terapia com uso de queratolítico, depilação com cera, laser ou eletrólise.

Pelos Enovelados:Caracteriza-se por rolhas córneas em poros foliculares com pêlos enovelados adjacentes, particularmente nas faces dorsais dos membros e abdome inferior. É comum em ictioses e queratose pilar.

Tricoglífos: Conhecidos popularmente como redemoinhos, é um grupo de cabelos que se implantam no couro cabeludo, formando uma imagem em espiral. É apenas uma alteração na disposição dos cabelos, não há nenhuma alteração anatômica do folículo piloso ou haste. Algumas deformações congênitas, como oxicefalia, dicefalia, microcefalia,

Trigonocefalia, síndrome de Down, síndrome de Prader-willi, apresentam redemoinhos em quantidade e características tão particulares que servem como um sinal diagnóstico da patologia.

Pili Annulati - Cabelo em AnéisÉ distrofia rara, congênita, geralmente autossômica dominante, na qual os cabelos apresentam faixas anulares alternantes, com áreas claras e escuras por alterações do córtex e da medula do pêlo, podendo ocorrer fraturas. Não há tratamento. Tinturas podem ser usadas.

Pili Recurvati - Pêlos encravadosSão pêlos que nascem obliquamente, encurvam e penetram na pele. Afecção freqüente, principalmente em pêlos da barba e da nuca, particularmente em negros. - Os pêlos encravados podem causar uma reação inflamatória tipo corpo estranho e foliculite da barba. - O tratamento é fazer a barba com o menor trauma possível, usando em seguida creme de corticóide associado com antibiótico. Em casos graves pode ser tentada depilação definitiva.

HiperticosesÉ um crescimento desproporcional de pêlos em qualquer parte do corpo. Pode ser congênita ou adquirida, difusa ou localizada. A distribuição e o número de pêlos variam conforme a raça (pretos e amarelos têm menor pilosidade que brancos), cor, influência genética e constitucional.Hipertricose Congênita Generalizada: Quadro raro, autossômico dominante, em que o corpo é inteiramente recoberto, inclusive a face, por lanugos bem desenvolvidos. É associada a distúrbios dentários, à síndrome de Cornelia de Lange ao leprechaunismo.Hipertricose Congênita Localizada: Pêlos longos, terminais, ocorrendo em lesões névicas, como nevo de Becker e nevos epidérmicos. Quando de localização sacral ou próximo à coluna, é mandatória a investigação de espinha bífida.

Hipertricose Adquirida. - Hipertricose Lanuginosa. Caracteriza-se pelo aparecimento súbito de pêlos finos, lanugos, na face e generalizados - Paraneoplásica. Mais comum em mulheres, é síndrome paraneoplásica associada com tumores malignos (linfomas). - Hipertricose em doenças sistêmicas e dermatoses: Aumento de pêlos que pode ser encontrado

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Histologia do Cabelo

Os cabelos na história do homem.

A cabeleira humana parece ter se tornado, com a evolução, uma espécie de acessório fútil ou inútil do corpo humano do ponto de vista funcional. Mas, não é bem assim! Os cabelos conservam a função fundamental de emoldurar o rosto, servindo como cartão de apresentação pessoal de cada indivíduo. Através de diferentes penteados, os cabelos nos permitem modificar o nosso aspecto exterior. Um corte ou um penteado inadequados podem transformar-se em uma tragédia ( e isto é hoje reconhecido até pela Lei, visto que um cabeleireiro que erre, poderá ser denunciado por negligência e incapacidade profissional). Com o “corte” certo, é possível, ao indivíduo comum,afirmar as suas próprias raízes, o seu próprio sexo, transmitir o próprio credo religioso, desafiar os professores, fazer novos amigos, provocar um escândalo, encontrar a alma gêmea, opor-se às convenções sociais e até mesmo ser posto para fora do emprego...

À esquerda: "O comprimento dos cabelos é o sinal visível da autoridade do Chefe, assim como os cabelos são elementos essenciais à “dignidade” de um Rei”. Todos os povos da Terra, em todas as épocas, elaboraram complexos códigos de penteados variados com a tarefa de exprimir cada etapa de suas vidas, bem como, comunicar aos demais os seus respectivos papeis, seus status e as suas identidades culturais.A história do homem é, por assim dizer, também a história do culto e do desprezo aos cabelos. Os romanos, por exemplo, pelavam a cabeça dos indivíduos considerados hierarquicamente inferiores (prisioneiros,escravos, traidores) para assim assinalar a condição de subordinados dos mesmos; os franceses, após a liberação da França, no pós-guerra, recorriam à mesma prática em

antigos egípcios se tornaram famosos pelo uso de perucas e pelos cultos relativos ao corte de cabelos, visto que temiam que estes pudessem ser usados para eventuais bruxarias;o Rei-sol francês era conhecido por suas extravagantes e longas perucas ás quais usava como símbolo de luxo e esplendor; o uso da tonsura clerical do cristianismo antigo tinha por fim tornar os monges menos atraentes sexualmente; já para os monges orientais, o crânio raspado se constitui símbolo de castidade; enquanto, para os primitivos sacerdotes das tribos da África Ocidental os cabelos seriam a sede de Deus, fato que talvez explique porque o mítico Sansão do Antigo Testamento tinha sua invencibilidade ligada a sua vasta cabeleira;os Masai, ainda hoje, possuem a magia de “fazer chover”;mas, para que En-Kai (deus da chuva) escute as suas preces não devem cortar nem a barba nem os cabelos.

Tricorrexe Invaginata - Cabelos em BambuTrata-se de genodermatose muito rara, na qual em uma determinada região da haste, esta se alarga e a parte mais distal se invagina na parte mais distal do pêlo, cujo aspecto é o do nó de bambu. A tricorrexe invaginata é clássica na síndrome de Netherton, porém pode ocorrer isoladamente em lesões traumáticas nos cabelos normais ou em outras alterações congênitas da haste. Pode ser acompanhada de pili torti e tricorrexe nodosa.

Triconodose Afecção comum, caracterizada por torção dos cabelos que formam nós ou laços consequente a procedimentos cosméticos ou fricção. É mais observado em cabelos curtos e crespos, e normalmente acomete cabelos mais finos.

Tricoptilose é quadro comum, caracterizado por cabelos frágeis e bifurcados. Resulta do desgaste da cutícula que expõe as fibras da córtex, como a ponte de uma corda desgastada.- As fendas podem ser apenas na extremidade livre ou em toda a extensão da haste, resultando em fraturas. - Pode ser relacionada com o uso de fixadores, água quente, produtos químicos e escovadura excessiva.

Pili Torti - Pêlos TorcidosÉ afecção congênita rara caracterizada por pêlos espiralados, torcidos em torno dos eixos, secos e quebradiços, cuja localização mais freqüente é o couro cabeludo.

- Herdada por gene autossômico dominante e pode ser associado com outras malformações. É a anormalidade de pêlo mais encontrada na síndrome de Menkes. - O defeito é notado na infância pela fragilidade dos cabelos.

Pili Annulati - Cabelo em AnéisÉ distrofia rara, congênita, geralmente autossômica dominante, na qual os cabelos apresentam faixas anulares alternantes, com áreas claras e escuras por alterações do córtex e da medula do pêlo, podendo ocorrer fraturas. Não há tratamento. Tinturas podem ser usadas.

Pili Bifurcati :Trata-se de cabelo com fenda longitudinal circunscrita, de modo a dar o aspecto de bifurcação.

Pili Triangulati Et Caniculi - Síndrome dos Cabelos ImpenteáveisSão cabelos com aparência desorganizada que não são penteáveis.A haste do pêlo tem um aspecto triangular à microscopia eletrônica, associado a uma depressão longitudinal. A quantidade de pêlo é normal, assim como o comprimento pode ser.

Pili Multigemini :Caracteriza-se pela presença de vários pêlos saindo de um único aparelho pilossebáceo.

Triquíase :É quadro caracterizado pela direção alternada dos cílios, que crescem em direção ao globo ocular e causam irritação. Pode ser conseqüência de inflamação ou outro processo.Tricopoliodistrofia :PiliTorti com deficiência de cobre Síndrome de Menke .- É afecção causada por gene recessivo ligado ao sexo, devida à incapacidade de absorção intestinal e utilização do cobre. - O quadro inicia-se nos primeiros meses de vida e os cabelos são torcidos, sem brilho e quebradiços. - Há atraso de desenvolvimento neuro-psicomotor, aneurismas e morte nos primeiros anos de vida. - O diagnóstico pode ser confirmado com baixos níveis de cobre e ceruloplasmina no soro. O tratamento seria uma tentativa de substituição do cobre.

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Os cabelos são um meio de expressão real e, sabendo-os ler, podem revelar até mesmo aquilo que às vezes queremos esconder como a nossa idade, a etnia à qual pertencemos, o nosso credo político ou o nosso grau de instrução. Basta pensarmos ao fato de que, por exemplo, os jornalistas televisivos de todo o mundo usam o mesmo penteado anônimo por acreditarem que com o mesmo adquirem credibilidade.

Cabelos e Personalidade

Mas, tudo isto è ainda redutivo e não basta para explicar o fato de que desde sempre ,al longo da história das civilizações, a cabeleira tenha representado um elemento fundamental da personalidade humana, sustentáculo da beleza, do fascínio, da sedução e ,às vezes, até mesmo do poder e da força...e de como, nos dias atuais, a mesma cabeleira possa conservar ainda um profundo valor simbólico. O fato é que estamos ancestralmente habituados a considerarmos os cabelos como um “atributo sexual” e, se os cabelos não existem mais, podemos viver esta “condição” como uma regressão a um estado semelhante aquele infantil, no qual os sexos e os papeis a serem desempenhados, com os conseqüentes direitos e poderes que estes comportam, não estão ainda bem diferenciados. A perda dos cabelos é portanto inconscientemente vivida como uma espécie de castração, uma perda da virilidade,da força (mito de Sansão), da juventude, da masculinidade ou da feminilidade do indivíduo.É, pois, compreensível que as doenças do cabelo e do couro cabeludo representem um preocupante problema existencial que coloca em discussão a imagem física e o estado psíquico dos homens e das mulheres atingidos por estas afecções. Os cabelos, assim sendo, se tornam rapidamente uma fonte de desespero quando a cabeleira começa a perder volume ou mesmo quando se torna apagada ou pouco atraente. A calvície é um problema que atinge somente na Itália cerca de nove milhões de pessoas, interessando, de forma mais ou menos grave, 20% dos jovens machos (20/30 anos) e 50% dos homens acima dos 50

A Mulher e os Cabelos

Na mulher, que parece sempre sofrer mais com problemas capilares (talvez pelo stress ao qual é submetida na época moderna), ao contrário do homem, a calvície pode ser um sintoma de um quadro hormonal alterado e, como tal, deve ser tratada com terapias oportunas.

Se é verdade que em geral o homem aceita de má-vontade uma calvície precoce; para uma mulher, este problema pode assumir a conotação de uma verdadeira tragédia. Vale pois à pena, fazer todo o possível para conservar uma cabeleira sadia e vigorosa, confiando-a, desde que possível, às adequadas terapias preventivas. Nos casos, ao invés, de graves calvícies, resistentes a toda e qualquer tentativa de tratamento, se pode recorrer às técnicas cirúrgicas quem vêm sendo praticadas já da vários anos e que são ,como tal, de grande confiabilidade.

“Desde sempre, ao longo da história das civilizações, a cabeleira tem representado um elemento fundamental da personalidade humana, sustentáculo da beleza, do fascínio, da sedução e às vezes, até mesmo do poder e da força... e, nos dias atuais, a mesma cabeleira conserva ainda um profundo valor simbólico..

A instituição da “tonsura” em algumas ordens monásticas tem um profundo valor simbólico: renunciar aos cabelos para manifestar a própria indiferença às instâncias mundanas”

neural, e que a área que será imune à calvície (laterais da cabeça e nuca) tem origem em uma outra região do embrião chamada de mesoderma. A diferença na origem embrionária entre a área que é afetada pela AAG e a área que é imune, influencia a resposta dos folículos capilares à DHT, ou seja, somente os folículos da região frontal, intermediária e vertex possuem receptores para se ligarem com o hormônio. Como os folículos da região occipital não possuem receptores para DHT, nunca sofrendo a miniaturização. Isto possibilita o tratamento da calvície de forma definitiva, através do transplante de cabelos.

Os hormônios sexuais têm um papel importante na AAG ( alopécia androgenética ). A Testosterona reage com uma enzima chamada de 5-alfa-reductose tipo II, presente nos folículos, transformando-se em dihidrotestosterona, ou DHT. Sabe-se que os homens tem 40% mais receptores para 5 alfa redutose na região frontal e que possuem 3,5 vezes mais 5 alfa redutose do que as mulheres. Isto explica porque na maioria das vezes a calvície masculina se inicia pela região frontal.A DHT é 5 vezes mais potente que a testosterona, e é ela quem age no folículo capilar levando à miniaturização do fio de cabelo. A Testosterona tem sua produção aumentada com o início da puberdade, por isso que muitos quadros de AAG têm início nesse período. A quantidade de testosterona é igual nos pacientes calvos e não calvos, porém a DHT é maior nos calvos. Não existe aumento de testosterona na corrente sanguínea dos pacientes calvos, o que ocorre é uma sensibilidade dos receptores celulares, de certas regiões do couro cabeludo, a DHT nos pacientes que possuem herança genética para a calvície.

O fator hormonal da calvície

Dermatoses foliculares e hipertricoses

São alterações morfológicas e/ou estruturais dos pêlos, hereditárias ou não, congênitas ou adquiridas, e de solução terapêutica muitas vezes difícil.

Moniletrix - Cabelos em conta de rosáreoÉ afecção rara, hereditária, que surge na infância, caracterizada por dilatações e estreitamentos alternados nos cabelos e pêlos, que são curtos pelas fraturas que ocorrem.Os cabelos apresentam variação regular na espessura, adquirindo a aparência de nodosidades; afetam particularmente o dorso do couro cabeludo, embora o couro cabeludo inteiro e até mesmo os pêlos corporais possam ser afetados.- Há uma alopecia parcial com ceratose pilar; - Tem sido encontrada na síndrome de Menkes e na argininossuccinilacidúria; - Pode ser reconhecida pelo exame do pêlo com lupa; - Não há tratamento efetivo.

Tricorexe Nodosa - Desgaste do cabeloÉ uma resposta do cabelo a um traumatismo, o chamado. Os pêlos apresentam nódulos por haver uma dissecção longitudinal das fibras, o que ocasiona quebras.Vários fatores são incriminados para sua formação: sol, pente, escova, xampus, banhos de mar, etc..- Pode ser proximal, distal ou focal. A proximal ocorre junto ao couro cabeludo, geralmente em cabelos crespos; a distal ocorre em cabelos longos em suas extremidades distais; a focal ocorre em apenas uma área do couro cabeludo, geralmente por trauma local, como coçadura em neurodermite, líquen plano etc. - Há uma forma acompanhada de um transtorno metabólico como acidúria argininossuccínica, síndrome de Menkes e tricotiodistrofia.

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A matriz do cabelo:

As células da matriz são as únicas células germinativas e, assim sendo, cortar os cabelos, deixando-os curtos, não os “ fortalece” , visto que o que vai cortado é uma parte da haste, formada por células já privadas de qualquer atividade vital (a vantagem que se pode obter encurtando os cabelos é de outra natureza e diz respeito a uma diminuição dos traumas decorrentes de lavagens,escovações, etc); o cabelo, pois, não deve ser associado a uma planta que necessita ou pode tirar vantagens de “podas” periódicas.

Matriz (nascimento da tige)

As células da matriz, à medida que se reproduzem , empurram para o alto as células nascidas anteriormente; durante a nova subida, as células, de modo análogo, àquelas da epiderme, elaboram no seu interior uma proteína, a queratina, e vão, por assim dizer, de encontro ao processo de queratinização ,tornando-se progressivamente sempre mais rígidas.Dentre estas células, inicialmente iguais ,algumas irão formar a bainha epitelial interna (que tende a queratinizar-se e a enrijecer-se antes do pêlo de modo a “moldar-lo”), outras irão formar as três partes estruturais do cabelo propriamente dito (cutícula,córtex e medula).Logo acima das células da matriz se encontram alguns melanócitos que têm por função “colorir”, introduzindo melanina naquelas células que se transformarão no “córtex” do cabelo . Segundo G. Cotsarelis e colaboradores (University of Pennsylvania e New York University School of Medicine) as células germinativas não residiriam na matriz; mas, na precedentemente recordada "zona protuberante"; O autor, em questão, diz que quando se chega à fase catágena a matriz ,propriamente dita, se degenera e a papila permanece conectada ao bulbo somente em uma longa coluna de células epiteliais; em seguida, a papila sae novamente ativando as células germinativas da zona protuberante que migram para baixo, colonizando uma vez mais a matriz e dando início ao novo ciclo do cabelo;esta suposta “nova”' sede das células germinativas poderia explicar os parciais insucessos, até agora alcançados, em se obter, em laboratório, culturas celulares capazes de dar origem ao pêlo: teriam sido, na verdade, utilizadas as células erradas!! Segundo Rook cabelos e pêlos crespos teriam origem

Cabelo

No cabelo desenvolvido se distinguem três partes: 1) uma externa ao folículo piloso e como tal visível, chamada HASTE (espessura média no adulto 65-78 mícron); 2) uma interna ao próprio folículo, entre a junção inferior do músculo eretor do pêlo, chamada RAIZ, "imersa", por conseguinte, na cútis e como tal, normalmente não-visível;3) outra ainda mais profunda na parte mais interna do folículo, conhecida como BULBO, que contem na parte inferior duas a três filas de células sobrepostas de rápida reprodução que constituem a MATRIZ (originadas, como vimos anteriormente, da bainha epitelial externa do folículo piloso).

PS. A calvície não é um processo agudo de queda repentina dos cabelos. Não se fica careca de um dia para o outro. O que realmente ocorre é a miniaturização progressiva dos fios, ou seja, a transformação de fios grossos ( chamados pêlos terminais ) em fios finos e cada vez mais curtos ( chamados de velus ou penugem ). Na evolução do processo de

raízes vivas, porém estas geram fios menores e mais fracos. Com isso, podemos enxergar a pele do couro cabeludo através dos mesmos. Geralmente é nesta fase em que os portadores da calvície percebem que estão com menos cabelos.

A calvície é também chamada de ALOPÉCIA ANDROGENÉTICA ( AAG ). No homem, inicia-se na região das têmporas ( "entradas"), e evoluem acometendo todo o topo do couro cabeludo até a região do vertex ( "coroa"). Nas mulheres o processo é mais difuso, a perda ocorre na região central e superior do couro cabeludo, sem afetar a linha anterior de implantação dos cabelos.

Alopecia Androgenética MasculinaEscala de Norwood.

CLASSIFICAÇÃO

A calvície masculina é classificada em 7 tipos principais, segundo Hamilton-Norwood. O subtipo A, é classificado quando a calvície evolui na região frontal sem formar uma península de cabelos na região central, e sem acometer a região do vertex ("coroa") simultaneamente.

O fator genético da calvície

A calvície é de transmissão genética autossômica dominante, ou seja, basta somente a presença de um gene, vindo de um dos pais, para o filho manifestar a patologia. Se o pai ou a mãe tem calvície, o filho tem 50% de chance adquirir a mesma. Se ambos os pais tem calvície ( sendo que o lado materno positivo pode ser a presença de calvície no avô materno ) a chance aumenta para 75% .Analisando a embriogênese dos cabelos percebe-se que a área que será afetada pela calvície (região frontal, topo e vertex) tem origem em uma determinada região do

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Crescimento Capilar

Existe uma ampla gama de fatores envolvidos no processo de crescimento do cabelo,não sendo, possível elencá-los todos aqui. Diversas páginas neste site apresentam uma lista com grupos de fatores que modificam a atividade do folículo piloso. Quanto concerne às substâncias produzidas naturalmente pelo corpo, os fatores-chaves que influenciam o crescimento dos cabelos são essencialmente os hormônios e as citoquinas. Os folículos capilares possuem receptores para os andrógenos e para os estrógenos, os quais podem, individualmente, ter efeito sobre a atividade do próprio folículo. Outros hormônios, entre os quais aqueles derivados da tireóide e das glândulas pituitárias, podem também ter efeitos significativos. Existem, ainda, outros compostos químicos naturais, chamados citoquinas, que agem sobre as células de modo semelhante aos hormônios. A tabela apresentada abaixo, indica os hormônios e as citoquinas mais comuns e a ação desempenhada por estes sobre os folículos pilosos.

SUBSTÂNCIAS ANDRÓGENAS QUE AGEM NO FOLÍCULO PILOSO

Substância Área de Atuação Efeitos sobre Crescimento

Crescimento dos Fibroblastos (bFGF)

Papíla Dérmica Incremento

Crescimento derivado de plaquetas (PDGF)

Papíla Dérmica Incremento

Crescimento de transformação beta (TGF-beta)

Papíla Dérmica Incremento

Interleuquina (IL-1-alpha) Crescimento dos fibroblastos do tipo 5 (FGP5)

Matriz do cabelo Decremento

Matriz do cabelo Decremento

Crescimento epidérmico (EGF)

Crescimento dos queratinócitos (KGF)

Crescimento de Insulina I (IGF-I)

Substância P

Hormônio de Paratireóide (PTH)

Estrógenos

Decremento

Decremento

Decremento

Incremento

Incremento

Incremento

Matriz do cabelo

Matriz do cabelo

Matriz do cabelo

Desconhecida

Desconhecida

Desconhecida

Fatores regulam o ciclo de crescimento dos cabelosAinda que, os folículos capilares humanos, aparentemente, realizem os seus ciclos mediante uma fase de crescimento e de repouso ( independentes uma da outra). Deve haver um mecanismo que promova a fase de crescimento anágena e a fase de involução do folículo capilar, até que se atinja o período de repouso. Por muitos anos, se teve indícios dos fatores que estariam à base deste mecanismo. Qualquer tipo de dano à pele faz com que a fase telógena nos folículos pilosos dos roedores se transforme em uma fase anágena na área do trauma e nas zonas vizinhas. Assim sendo, qualquer dano induziria , portanto a uma fase de crescimento temporária. Sucessivamente os folículos, em questão, retornariam a uma atividade normal, à medida que a pele se curasse do trauma sofrido. Provas analógas se manifestam também nos seres humanos: quando se verifica um trauma, os folículos pilosos são induzidos à passagem de uma fase telógena àquela anágena. Tal estímulo pode se originar de: cortes, arranhões, queimaduras causadas pelo calor (mesmo solar) ou por agentes químicos, necroses locais de extensão limitada e algumas

28

Sabe-se que os níveis de hormônios andrógenos e a produção média são variáveis em homens e mulheres normais. No homem, a Testosterona (T) é o andrógeno de maior concentração, enquanto na mulher a androstenediona, andrógeno que precede a formação da T, é mais abundante.A T pode ser encontrada no corpo humano de três maneiras: livre, ligada a albumina ou ligada a uma beta-globulina conhecida como Globulina de Hormônios Sexuais (SHGB). A forma biologicamente ativa da T é a livre, pois é a única que pode mover-se livremente dos vasos sangüíneos para o interior das células alvo. Quando age no couro cabeludo, em conjunto com outros hormônios, a T provoca algumas alterações no metabolismo do folículo piloso. Estas alterações de metabolismo induzem a miniaturização progressiva dos folículos capilares, que vão perdendo a pigmentação à medida que se tornam cada vez mais curtos e finos. A rarefação dos fios faz com que os cabelos percam não só volume, mas também densidade e comprimento, tornando-se muito mais frágeis. A melhor solução para a AAG atualmente, o megatransplante capilar, encontra suas raízes na embriologia. Sabe-se que há diferenças na origem entre os cabelos da região frontoparietal e os da região occipitotemporal. Enquanto a derme frontoparietal é derivada da crista neural, a occipitotemporal tem origem na mesoderma. Em termos práticos, pode-se dizer que esta variação da origem embriológica resulta em diferentes padrões de calvície e crescimento de cabelos. Por este motivo, a calvície geralmente não atinge as laterais e parte posterior da cabeça (região occipitotemporal), pois os folículos destas áreas são geneticamente programados para produzir cabelos ininterruptamente. Os folículos pilosos da região frontoparietal (que corresponde à linha frontal dos cabelos), do outro lado, têm vida útil limitada, já que sofrem processo de miniaturização gradual. O que acontece é que a testosterona sofre ação da 5-alfa-redutase tipo II, uma enzima catalisadora presente no folículo piloso. Desta reação, surge um outro hormônio, a

Quando começa a atuar no couro cabeludo destas pessoas com predisposição à calvície, a DHT é atraída por células prévia e geneticamente marcadas, localizadas na matriz do pêlo, modificando a síntese de proteínas nestas células e resultando em alterações no metabolismo do folículo piloso, uma das principais causas da calvície.O folículo capilar é uma bolsa tubular localizada na hipoderme. É dentro dele que se localiza a raiz do fio capilar. Em todo o corpo humano estima-se que existam cerca de cinco milhões de folículos capilares. É um número não muito grande se considerarmos que eles só não estão presentes nas palmas das mãos e nas solas dos pés.O folículo capilar é um anexo cutâneo bastante complexo. Ele tem diferentes tipos de células e múltiplas funções. Entre essas funções estão: capacidade de auto-renovação, potencial para imortalidade e crescimento rápido. Essas capacidades fazem do folículo capilar uma das estruturas mais dinâmicas dos mamíferos. Há descritos 2 tipos de pêlos, produzidos nos folículos: o pêlo terminal e o velo. Quanto ao ciclo biológico e o aspecto anatômico, os 2 tipos são muito parecidos. O que os diferencia é basicamente o tamanho. O terminal é grosso, longo, pigmentado, com músculo piloeretor e medula, com diâmetro de 0,06mm ou mais. O velo é um pêlo pequeno, com menos de 2cm de comprimento, fino, macio, sem medula, pouco pigmentado , sem músculo eretor na maioria das vezes, e com diâmetro de < ou igual a 0,03mm. O pêlo tipo velo pode ser transformado em terminal, como ocorre na barba dos homens após a puberdade. A transformação de terminal em velo ocorre na evolução da alopecia androgenética.Os fios de cabelos crescem 0,33mm por dia, ou seja, cerca de 1cm ao mês. Uma pessoa com a fase de crescimento ( anágena ) de 2 anos, terá cabelos de 24cm de comprimento. Outra com 5 anos de crescimento, terá 60cm do comprimento. A queda normal diária de cabelos tem relação direta com o número total dos mesmos, e também com a duração da fase de crescimento. Normalmente uma pessoa tem em média 100.000 fios de cabelos, e uma fase de crescimento de 3 anos, ou seja, esta pessoa troca cerca de 100.000 fios a cada 1000 dias, tendo uma perda de 100 cabelos por dia. Se o indivíduo tiver mais do

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C u r i o s i d a d e s

Anagênica Catagênica Telogênica

Ciclo de crescimento da hate capilar é divi-do em três parte dis-tintas, Anágena, Catágena e Telógena.

O folículo piloso esta programado para ter um ciclo de aproximadamente 25 ciclos de vida. A Fase de crescimento (Anágena) dura de 3 a 7 anos. A fase (Catágena) dura de 3 a 4 semanas. E a fase (Telógena) dura de 3 a 4 meses.

Os ritmos de crescimento capilar, por outra parte, são influenciados por muitos fatores: hormônios, idade, estado de saúde do organismo. Em condições normais, os 180 mil cabelos, presentes em média sobre cada cabeça, crescem aproximadamente de 1 a 1,5 cm por mês. O crescimento das unhas, ao invés, depende, na maioria das vezes da alimentação, não tendo associação com a mudança de estações. As unhas apresentam um crescimento, praticamente, constante por toda a vida, na faixa de cerca de 3 a 5 milímetros por mês. Durante a gestação já é definido a quantidade de pelos que um ser humano terá em seu ciclo de vida.A primeira pelagem acontece nesse período, caindo para o nascimento do segunda pelagem que perdura entre 3 há 5 anos de idade.Os outros ciclos acontece na infância, puberdade, adolescência, fase adulta, (gestação), velhice.

% da Fase de vida da haste capiar.85% fase Anagênica (3 a 7 anos)1% Fase Catagênica (3 a 4 semanas)14% Fase Telogênica (3 a 4 meses

85%

14%

1%

Os cabelos crescem mais rápidos em determinados períodos?

Os ritmos de crescimento de unhas e cabelos são bastante subjetivos. No entanto, contrariamente a quanto acontece com os outros animais (que perdem o pêlo no verão, quando não necessitam se proteger do frio), nos homens se nota um crescimento, levemente, mais rápido dos cabelos durante a estação quente, e, em particular - como mostram certas estatísticas - no mês de julho. O fenômeno, em geral, mais evidente nas mulheres que nos homens, não tem, ainda, uma explicação certa (mesmo se, provavelmente, a temperatura desempenha um papel-chave) e sobretudo não occorre com regularidade.

TRATAMENTO

Uma vez feito o diagnóstico, há 3 possibilidades de tratamento, de acordo com a indicação do médico especialista. O clínico, o cirúrgico, ou a associação de ambos.

O tratamento clínico consiste no uso contínuo de loções capilares, cápsulas de vitaminas específicas, medicamentos anti-hormônios masculinos (quando necessário); shampoo fortificante, e mais recentemente, o Laser de Baixa Potência. Face as fases do ciclo de crescimento dos cabelos, só estamos aptos a saber, se o tratamento está ou não sendo eficaz, após um período mínimo de 6 a 8 meses.

O tratamento cirúrgico é a megassessão (maior número possível de fios transplantados em uma única cirurgia, dependendo da densidade e elasticidade da área doadora de cada paciente ), especialidade da Clínica Muricy.

Como pode ocorrer diminuição da densidade capilar também na região occipital, nem sempre as pacientes femininas têm indicação para o transplante de cabelos, pois é deste local que se obtém a faixa de cabelos doadora. Quando há indicação cirúrgica, sempre devemos analisar a densidade e a elasticidade desta área posterior, para fazermos um bom planejamento cirúrgico. Na maioria dos casos femininos, a quantidade de fios doadores é insuficiente para se cobrir toda a área rarefeita. Por isso é muito importante se estabelecer uma área prioritária para a colocação das unidades foliculares, de acordo com o estilo de penteado de cada paciente. Assim sendo, se consegue um efeito cosmético de camuflagem das outras áreas, quando os fios se sobrepõem.

DEVEMOS SALIENTAR QUE MESMO A PACIENTE OPTANDO PELA CIRURGIA, ELA DEVE SEMPRE SEGUIR UM TRATAMENTO CLÍNICO PÓS-CIRÚRGICO ORIENTADO POR NOSSA EQUIPE. Isto fará com que o resultado cosmético obtido após a cirurgia se prolongue por mais tempo. Caso não haja um acompanhamento clínico, a tendência é de a paciente voltar a apresentar uma rarefação capilar com o passar dos anos, pois os fios não transplantados tendem a sofrer o processo da calvície.

No pós-operatório pode haver uma pequena queda de cabelos não transplantados. Isto se deve ao fato da paciente ter sido submetida a uma cirurgia, de terem sido feitas milhares de incisões entre os fios de cabelos, de haver micro traumas na circulação sangüínea, e do próprio processo de cicatrização. NÃO HÁ LESÃO DAS RAÍZES PRÉ-EXISTENTES. Estes cabelos voltam a nascer junto com os fios transplantados. Por isso as pacientes femininas necessitam de um apoio psicológico, com suporte médico, para realizarem este tipo de procedimento. Há necessidade de um acompanhamento pós-operatório, para assegurar estas pacientes da evolução natural deste tipo de cirurgia. Ao contrário do que se pensa a calvície não é uma patologia exclusiva do sexo masculino; afeta tanto homens quanto mulheres através da ação dos hormônios sexuais, os chamados andrógenos circulantes.A causa da Alopecia Androgenética ( AAG ) é de ordem genética autossômica dominante. O indivíduo apresenta receptores celulares para o hormônio chamado dihidrotestosterona ( DHT ) que afeta os folículos da região frontal, intermediária e vertex do couro cabeludo. Enquanto no homem a causa da calvície tem, na maior parte dos casos, origem genética com ação hormonal, nas mulheres, a etiopatogenia não é totalmente esclarecida. Como resultado, padrões distintos de perda de cabelo para cada gênero.Entre os principais agravantes da AAG está o stresse, oleosidade excessiva do couro cabeludo, infecções, doenças de pele como esclerodermia, lupus e líquen plano, deficiências alimentares

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Pêlos "especializados”

Os cílios e as sobrancelhas – que são pêlos especializados – protegem os olhos da poeira e do sol: agem canalizando e expulsando os líquidos e os minúsculos detritos que venham a encontrar-se nas suas proximidades. Os pêlos do nariz prendem as partículas estranhas transportadas pelo ar antes que consigam dirigir-se para os pulmões. Os pêlos presentes sobre o couro cabeludo garantem um certo grau de isolamento térmico. Além do mais, a fibra pilosa aumenta a extensão da área superficial, graças à qual, a evaporação do suor ,proveniente das vizinhas glândulas sebáceas, pode operar-se mais rapidamente. A bem dizer, alguns folículos pilosos possuem uma rede de nervos muito desenvolvida em torno deles, o que lhes permite fornecer informações sensoriais tocantes ao ambiente circunstante.

Todas estas características constituem, uma grande vantagem para muitas espécies que necessitam desenvolver capacidades sensoriais. Assim sendo, o folículo piloso desenvolve uma função de grande relevo para a sobrevivência da maioria dos mamíferos. Nos seres humanos, do ponto de vista biológico, o pêlo vem progressivamente perdendo importância, ainda que, continue a desenvolver , mesmo que limitadamente, uma função decorativa e

Biologia do cabelo Comumente se acredita que os cabelos sejam uma parte muito simples do nosso corpo e,como tal, os problemas a estes ligados deveriam ser de fácil solução. Na verdade, o cabelo representa só a expressão externa de um órgão verdadeiramente complexo, qual seja o folículo piloso.Para aprender a resolver os diversos problemas que podem atingir os nossos cabelos, é mister saber o que é um cabelo, por quais elementos é formado,como nasce, como morre e como se regenera a cada ciclo vital

O Aparelho Pilossebáceo O aparelho pilossebáceo localizado na derme,é formado pelo folículo piloso e pelas glândulas sebáceas a este anexadas. O folículo é a estrutura que dará origem ao pelo; o seu desenvolvimento se inicia em torno do terceiro mês de vida fetal, quando invaginações da epiderme são enviadas à subjacente derme transformando-se em folículos pilosos, propriamente ditos. O folículo originarà o cabelo ou pêlo que, como vimos anteriormente, está constituído por uma porção externa chamada haste e ,por uma interna, conhecida como raiz, que termina com uma expansão à forma de clava denominada bulbo.

Glandulas Sebáceas / Lipídios

As glândulas sebáceas

O cabelo contém lipídios internos e externos. Os lipídios externos são fornecidos pelo sebo; os internos fazem parte da estrutura do cabelo.

Situadas lateralmente em relação ao folículo piloso, as glândulas sebáceas que se formam como proliferações das células epiteliais deste folículo, são estruturas lobulares e saculares formadas por células sebócitas, que têm por função produzir o SEBO: substância gelatinosa, ácida, de pH médio 3,5

Modulo 1.b

P i l o s s e b a c e o

Alopecia Feminina (DEFINIÇÃO)É uma rarefação capilar difusa das áreas temporais, parietais e occipital, iniciando na linha média de repartição dos fios. Há a transformação de um pêlo terminal grosso em velus ( penugem ). É também conhecida como Alopecia Androgenética Feminina ou Padrão Feminino de Perda de cabelos.

ETIOLOGIA ( CAUSAS ) A calvície feminina é tão comum quanto a masculina, porém menos severa, e de uma apresentação clínica totalmente diferente. O início é gradual e após a puberdade, porém, com picos de aparecimento na década de 30 e 50, cerca de 25% das mulheres entre 25 e 40 anos, e 50% das mulheres acima dos 40 anos, apresentam algum grau de calvície. Como na masculina, há também uma predisposição genética autossômica dominante, transmitida por ambos os pais, não somente pelo lado materno. Somente 20% dos casos têm história familiar positiva. A causa é considerada multi fatorial, sabendo-se que também ocorre a conversão da testosterona ( hormônio masculino que também circula nas mulheres, porém em uma quantidade menor do que a dos homens ) para DHT ( dihidrotestosterona ), através da enzima 5 alfa-redutose. Nas mulheres os andrógenos ( hormônios masculinos ) são produzidos nas glândulas supra-renais e nos ovários. As mulheres tem 3,5 vezes menos 5 alfa redutose do que os homens, mas esta enzima também se encontra em maior concentração na região frontal, explicando o início da rarefação capilar neste local.Na maioria das vezes, não se detectam aumentos hormonais masculinos na corrente sangüínea. O que ocorre é uma sensibilidade dos receptores celulares à DHT, desencadeando o processo de miniaturização ( diminuição do diâmetro e tamanho da haste dos fios e redução da fase de crescimento dos mesmos ) dos fios.

DIAGNÓSTICO

Para um diagnóstico preciso da calvície feminina, sempre devemos afastar qualquer outra causa que gere uma queda abrupta de cabelos. As mais comuns são: anemia por deficiência de ferro, dieta alimentar restritiva, doenças da tireóide, alterações hormonais com aumento de hormônios masculinos, início ou interrupção do uso de

pós-parto, uso de alguns medicamentos, estados pós cirúrgicos ou pós estresses. Para isso, a paciente deve ser submetida a uma detalhada história clínica, exame físico, e a exames laboratoriais. Ao exame clínico não encontramos uma área totalmente calva ou entradas, como nos homens. A linha anterior dos cabelos permanece em seu local original. Este fato se dá pela presença de uma enzima chamada aromatase que transforma a testosterona em estradiol ( hormônio feminino ) e a androstenediona, andrógeno presente em maior concentração na mulher, em estrona ( hormônio feminino ), protegendo os fios desta região de sofrerem o processo de miniaturização. As mulheres possuem uma concentração de aromatose 6 vezes maior do que os homens. Os hormônios femininos protegem as mulheres da calvície, e é pela presença destes hormônios que a apresentação clínica das mulheres é tão diferente da dos homens. A principal queixa das pacientes do sexo feminino é conseguir ver o couro cabeludo através dos fios de cabelo, quando se olham de frente no espelho. A calvície feminina é classificada em 3 tipos principais segundo Ludwig, e em 8 tipos segundo Savin. A classificação é baseada na rarefação capilar que se inicia na linha de repartição dos cabelos, e que evolui lateralmente acometendo toda a superfície superior do couro cabeludo.

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Glandulas Sebaseas

Haste Capilar

Triglicerídeos 30-42%, Cêras 20-25%, Ácidos graxos livres 15-25%, Esqualene 9-12%, Hidrocarburos ramificados 4-8%, Colesterol esterificado 2-3%, Colesterol livre 1-1,5%, Outras substâncias como di e monoglicerídios, Glicerol, etc. 3-5%).

SEBO Composição

O sebo e suas funções: A produção do sebo por parte das glândulas sebáceas prover a diversas necessidades do couro cabeludo. Entre as suas funções , duas merecem destaque:

1) contribuir com o suor para a formação da película hidrolipídica da superfície cutânea( emulsão de água em óleo) que, como uma barreira natural, impede a entrada de agentes externos à pele, protegendo-a das agressões químicas (detergentes, solventes, tintas, etc.) e bacterianas; a película hidrolipídica, além disto, é útil à manutenção da plasticidade cutânea, visto que controla a dispersão líquida nesta região;

2) lubrificar e impermeabilizar a superfície externa do cabelo à medida que este se alonga. Os dutos excretores da glândula sebácea se abrem na parte superior do folículo de modo a lubrificar o cabelo antes mesmo que este último apareça sobre a superfície cutânea. Sobre o couro cabeludo a produção de sebo é de 650-700 mg em 24 horas.

A película hidrolipídica, uma vez extirpada com o uso de detergentes , se reconstitui em breve tempo (3-6 oras), mesmo se a glândula sebácea não parece (ao contrário de quanto comumente se afirma ) poder aumentar a própria atividade em relação ao normal. O sebo não tem a possibilidade de se deslocar de modo autônomo ao longo da haste do cabelo. O fato de que os cabelos possam tornar-se novamente untos após a lavagem, deriva ,com uma certa probabilidade, da redução da tensão superficial (determinada por forças físicas presentes entre as “telhas” da cutícula de dois ou mais cabelos), associada às contínuas esfregações. A velocidade de migração do sebo aumenta se os cabelos são tocados continuamente com as mãos ou são penteados. Além do mais, nos indivíduos que apresentam facilidade em ter os cabelos “untos”, o sebo se apresenta mais fluído e, por conseguinte, com maior velocidade de migração. Nas pessoas com seborréia (veja) a abundância de sebo provoca numerosos inconvenientes estéticos como adesão das poeiras ambientais, adesão dos resíduos de queratina, adesão das substâncias excretadas através do suor e inadequado resultado quando da aplicação de cosméticos. A atividade produtiva das glândulas sebáceas é controlada pelos hormônios circulantes, em particular pelos andrógenos originados das gônadas e da supra-renal (adrenal) - o mais ativo, em tal senso, parece ser o androstendiol. Enquanto os andrógenos estimulam o desenvolvimento das glândulas sebáceas e a secreção do sebo; os estrógenos suprimem esta secreção. As glândulas produzem ativamente sebo durante a vida fetal e em seguida, depois dos 9-10

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Alopecia

Modulo 1.c

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Embriologia do Folículo Pilossebáceo

Grande parte das fases embrionárias aqui descritas se repetem de modo quase idêntico a cada nova fase anágena, durante toda a vida adulta. No embrião, no terceiro mês de gestação não existe folículo pilossebáceo, somente uma epiderme muito sutil cobre a derme. No quarto mês, em pontos geneticamente pré-fixados, algumas células epidérmicas proliferam e, logo, se aprofundam na derme impulsionadas por uma mensagem “específica , a bem dizer, um fator de crescimento da família do Fator de Crescimento Epidérmico( Epidermal Growth Factor –EGF ) que definimos como Fator de Crescimento Capilar ( Hair Growth Factor – HrGF ), produzida pelos próprios queratinócitos.

Estas células formam uma coluna celular que se dirige para um aglomerado de células mesodérmicas que formarão a papila. Com a formação da papila dérmica pelos fibroblastos, a proliferação e a descida das células epidérmicas será inibida através de uma “mensagem parácrina” (a célula secreta mediadores químicos locais que agem somente em células vizinhas), presumivelmente, um fator beta de transformação do crescimento (FTC-? )que inibe a proliferação de células da papila dérmica induzida por mitogênese. A este ponto, a descida da coluna de células epiteliais na derme é bruscamente bloqueada, e como se fossem arrastadas por um arremesso, as células epidérmicas mais periféricas da própria coluna envolvem a papila dérmica, que permanecerá englobada em uma redoma. Se substituiu o rudimento do bulbo piloso e estamos já no quinto mês de gestação.As células epidérmicas, externas ao bulbo, impulsionadas pela “mensagem proliferativa” e mais afastadas da “mensagem inibidora”, continuam, ainda que mais lentamente, a proliferar e dão origem à matriz do pêlo. À medida que se originam da matriz do pêlo, as células mais antigas são empurradas para o alto e vão encontro ao processo de queratinização. Ao longo desta migração para o alto, as células em queratinização encontram uma zona na qual a membrana basal ,do lado de fora do folículo, se tornou mais espessa formando uma estrutura rígida (bainha vítrea) que como uma fieira lhe molda formando um cilindro compacto (o pêlo), que, pouco a pouco, emerge da epiderme.A este ponto, sexto mês, o folículo é abastecido já de uma bainha vítrea (externamente), de uma bainha epitelial externa e de uma bainha epitelial interna (que correspondem aos vários estratos celulares da epiderme), e também da haste (correspondente ao estrato córneo da epiderme). Apresenta-se agora também o esboço da glândula sebácea. Está fora dos objetivos deste trabalho descrever detalhadamente todas as fases do embrionário do aparelho pilossebáceo (para um maior aprofundamento se aconselha ler os trabalhos citados na bibliografia);mas, de qualquer maneira,é importante sublinhar que entre o sexto e o sétimo mês de gravidez, o feto se encontra completamente coberto de uma fina lanugem (velus fetal) , desprovida de medula, que cai, em grande parte, pouco antes do nascimento, próximo ao fim do oitavo mês. De qualquer maneira, se salienta que o recém-nascido apresentará ainda uma quantidade variável de pêlos que perderá depois ,em um curto período, de modo gradual e progressivo.À formação desta lanugem fetal, não deve ser provavelmente estranha a particular situação endócrina das supra-renais fetais que, próximas ao final da gravidez produzem 200 mg de

Queda devida à quebraPor conta da fricção provocada pelo ato de coçar, os fios se quebram e caem. OleosidadeO excesso de oleosidade associado à ação do fungo Malassezia torna o couro cabeludo mais propenso à formação da caspa. RessecamentoQuando as células do couro cabeludo estão fragilizadas, não conseguem reter água em seu interior. Resultado: a pele fica desidratada, o que causa a sensação de ressecamento.O problema pode vir de dentro...A caspa não tem nada a ver com falta de higiene: ela é originada por uma disfunção das glândulas sebáceas, sendo agravada pela presença de bactérias e fungos, como o Malassezia. Outros fatores internos podem eventualmente contribuir para a formação da

Alimentação inadequada Desnutrição Consumo excessivo de álcool Estresse físico e psíquico... Ou de foraO uso abusivo do secador, sol em excesso e água muito quente são agressões externas que podem contribuir para a formação da caspa. O calor afeta o couro cabeludo, estimulando a produção excessiva das glândulas sebáceas.Produtos anticaspa:Embora 43% da população brasileira admita que tem ou já teve caspa, apenas 16% dos que enfrentam o problema tentam solucioná-lo com o uso de shampoos anticaspa. Muita gente deixa de lançar mão deste tipo de

A caspa, provém da modificação intensa, qualitativa e quantitativa, da população microbiana que vive no couro cabeludo. Em particular, um fungo, o "pityrosporum ovale", que está presente, em condições normais, no couro cabeludo sadio, prolifera exageradamente até constituir 75% da microflora local. Foi provado que esse fungo pode desencadear uma inflamação no couro cabeludo por uma reação do tipo imunitário. Essa inflamação provoca, principalmente, uma aceleração tanto da renovação celular epidérmica quanto da descamação, provocando o aparecimento da caspa. A reação imunitária é individual. Assim sendo, em presença de colônias equivalentes de pityrosporum ovale, certas pessoas têm caspa e outras, não. Mas se, por um lado, a proliferação do pityrosporum ovale aparece como sendo uma causa preponderante nos casos de caspa, por outro lado ela é uma conseqüência em caráter secundário, já que o couro cabeludo com caspa oferece a esse fungo um habitat privilegiado: instaura-se, então, uma espécie de círculo vicioso.

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Embriologia do Folículo Pilossebáceo

Isto se deve à inibição da enzima 3 ? -hidroxiesteróide desidrogenase, direta consequência da enorme quantidade de estrogênios produzida pela unidade feto-placentária . Durante o nascimento, com a drástica redução dos esteróides placentários e a conseqüente remoção do bloqueio sobre a 3-beta-HSD, se verifica uma onda de mudas. Além do mais, as grandes quantidades de estrógenos e de progesterona que o feto tem à disposição podem também não serem estranhos ao crescimento dos cabelos primitivos. Esta onda de alopecia, ora descrita, ocorre em sincronia para todos os pêlos do corpo, como a muda da pelagem dos animais. E só após o nascimento, se estabelece o típico crescimento a mosaico dos pêlos e cabelos. E' importante notar que se esta onda de alopecia leva à queda do pêlo, não leva certamente ao desaparecimento do folículo piloso.

À esquerda: o esboço do pêlo A direita: no 6° mês o pêlo está formado e o feto está inteiramente coberto por uma fina lanugem.A direita: no 6° mês o pêlo está formado e o feto está inteiramente coberto por uma fina lanugem.

Após o nascimento, os pêlos lanugem são pouco a pouco substituídos por pêlos terminais, e os verdadeiros cabelos (que com o tempo, se tornam sempre mais longos e mais grossos) aparecem sobre o couro cabeludo. A esta evolução contribui seguramente a ação do hormônio somatotrópico, talvez, através do seu típico mediador o fator de FCI-1 (insulina-símile), ou talvez, através da intervenção do Hair Growth Factor ou de um outro fator de crescimento da família dos EGF.

O Músculo Pilo-eretor

Músculo Eretor

O músculo eretor do pêlo (um pequeno feixe de fibras musculares lisas) está localizado nas proximidades do folículo piloso; precisamente, no espaço onde o eixo deste e o plano cutâneo formam o ângulo mais obtuso. Se encontra, pois, em estreito contato com as glândulas sebáceas, as quais se acham apoiadas sobre o ventre deste pequeno músculo. Apresenta duas inserções: uma profunda sobre a bainha epitelial externa, situada a nível da parte inferior do terço médio do folículo ( sobre a zona protuberante) e outra superficial, que se ancora à derme papilar por meio de fibras dissociadas sobre uma área relativamente vasta. As

A CASPA (Pitiriase)

As células da epiderme levam de 30 a 45 dias para se renovarem totalmente, para que um queratinócito basal se divida e migre dentro da epiderme até a sua superfície. Lá, as células descamam diariamente, sob a forma de uma fina poeira invisível. Nos casos de caspa, esse processo fica extremamente modificado e exagerado: as células epidérmicas caem, aglomeradas uma às outras sob a forma de escamas visíveis. Essas alterações resultam de uma descamação excessivamente rápida, devido a uma maior produção de células epidérmicas.

Existem dois tipos de caspa:- A pitríase simplex ou "caspa seca", caracterizada por escamas secas, finas, cinzentas ou acastanhadas.- A pitiríase esteatóide ou "caspa oleosa", associada, geralmente, a uma seborréia caracteriza-se pelas escamas oleosas e espessas, que aderem ao couro cabeludo formando uma espécie de camada untuosa.A caspa, muitas vezes, se faz acompanhar de coceira mais ou menos intensa. As causas da caspa, controversas durante longos anos são atualmente mais conhecidas.A caspa no couro cabeludo seco: Nesta situação, o problema se caracteriza por pontos brancos soltos e visíveis.A caspa no couro cabeludo oleoso: Neste caso, ela se caracteriza por placas de pele que ficam aderidas à cabeça devido ao excesso de sebo.Fatores relacionado à caspaMesmo quem nunca percebeu um ponto branco na camisa pode ter caspa e não desconfiar. Nem sempre todos os incômodos que caracterizam o problema aparecem ao mesmo tempo. Por isso, da próxima vez em que sentir aquela coceirinha na cabeça, fique atento. Ela é um dos sintomas da caspa. Conheça todos eles:CoceiraQuando a camada protetora do couro cabeludo está danificada, agentes externos penetram nela com mais facilidade. Isso pode irritar a região, provocando a coceira.

Descamação O couro cabeludo descama naturalmente devido ao processo de renovação celular da epiderme. Quando ocorre uma disfunção das glândulas sebáceas agravadas pela ação de bactérias e fungos, como o Malassezia, essa renovação se dá demaneira acelerada, provocando a formação de pontos brancos ou placas.

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As anatomias dos Cabelos

sebáceas e permitir que o pêlo possa se “arrepiar”, ficando assim na posição ideal com relação ao plano cutâneo. Interessante notar, que o músculo pilo-eretor está ausente nos pêlos de tipo lanugem. Além disto, vale a pena ressaltar, que o perfeito funcionamento deste minúsculo órgão garante a manutenção do pH normal (5,5) e de uma boa hidratação e elasticidade cutâneas.

Modulo 1.c

Todos os folículos pilosos apresentam uma angulação com relação à epiderme. No couro cabeludo, o cabelo desponta com uma inclinação de cerca de 75 graus.

O número dos folículos presentes,no couro cabeludo, quando do nascimento do indivíduo, é determinado geneticamente.Os cabelos em forma de lanugem se formam já no quinto mês de vida fetal.A forma dos pêlos é uma característica racial; se distinguem, pois 3 tipos básicos de cabelos, relacionados às raças:

1) MONGOL ou LISÓTRICO: lisos e com forma simétrica e redonda, típicos das raças mongólicas;Ps. Possui doze (12) camadas cuticulares.

2) CAUCASIANO: ondulados ou cacheados com corte transversal e oval, típicos das raças caucásicas (européias);Ps. Possui de 9 a 12 camadas cuticulares

3) NEGRÓIDE ou ULÓTRICO: lanosos e crespos com formato eliptico e achatado, típicos das raças negróides.Ps. Possui de quatro (4) a seis (6) camadas cuticulares.

Como certos folículos pilosos têm ciclos de vida mais curtos do que outros, aproximadamente 60 fios de cabelos caem naturalmente a cada dia, enquanto que outros fios surgem. Se a duração da fase telogenética aumentar em relação à fase anagenética, o equilíbrio rompe-se e os fios de cabelo caem em maior quantidade do que aquela que seria normal. A atividade pode cessar completamente, os cabelos podem não voltar a crescer. As causas desse fenômeno são complexas e múltiplas. É preciso distinguir os fatores que desencadeiam as quedas passageiras ou as quedas definitivas.AS QUEDAS PASSAGEIRAS são definidas como uma perda de cabelo anormal, porém momentânea. Podem ser atribuídas aos seguintes fatores:- estresse psíquico: secreção hormonal alterada;- estresse físico: intervenção cirúrgica, hemorragia, febre elevada; origem medicamentosa: anticoagulantes, medicamentos antitiróideos, anti-reumáticos e antimicóticos; carência de oligoelementos: cálcio, manganês, zinco e ferro.Em caso de gravidez, as modificações mais menos intensas das taxas de hormônios femininos induzem um estado de repouso nos folículos. Alopecias passageiras, localizadas, como a pelada, podem explicar-se pela constituição genética, por perturbações imunitárias ou por antecedentes familiares.AS QUEDAS DEFINITIVAS explicam-se por uma atrofia da papila dérmica. Suas causas podem ser múltiplas:- infecções bacterianas ou micóticas do couro cabeludo;- afecções dermatológicas: a psoríase;- um distúrbio imunológico causado pela alopecia areada.A calvície (ALOPÉCIA) mais comum é a alopecia androgenética. Os hormônios masculinos ou androgenéticos constituem um dos fatores essenciais da queda definitiva dos cabelos, especialmente a testosterona. Esse hormônio passa dos testículos para o sangue e, em seguida, do sangue para o bulbo piloso. Nesse momento, a testosterona inativa se transforma sob a influência de uma enzima, a 5-alfa-redutase ou diidro-testosterona ativa, que intensifica a atividade dos folículos pilosos. O fio

QUEDA DOS CABELOS

reproduzindo-se, em média, 25 vezes, pela ação da diidrotestosterona, tem esse ciclo reduzido para alguns meses e então ocorre uma calvície precoce.

CABELO (COURO CABELUDO) OLEOSO E CABELO (COURO CABELUDO) SECO. A beleza do cabelo depende, em grande parte, da glândula sebácea. Essa glândula produz e descarrega, no colo, uma substância graxa, o sebo. O suor secretado pelas glândulas sudoríparas se mistura ao sebo para proteger e lubrificar o couro cabeludo e o cabelo.Esse filme protetor desempenha um papel importante, qualquer que seja sua quantidade.O sebo e o suor recobrem o couro cabeludo, mantém sua elasticidade e sua resistência, lubrificam o cabelo, que ficará mais flexível e brilhante. Essa proteção essencial se renova continuamente. Entretanto, esse filme hidrolipídio pode tornar-se excessivamente abundante. Basta uma simples variação de 10%, para que os cabelos fiquem oleosos. O afluxo hormonal age sobre as glândulas sebáceas que produzem, então, o sebo, em quantidade excessiva. O sebo migra por capilaridade entre dois ou diversos fios de cabelos vizinhos, à razão de 2 a 3,5 mm/minuto e até 16 cm do couro cabeludo, aproximadamente.

O excesso de sebo também se deposita do couro cabeludo e provoca irritações. Na situação inversa, as glândulas sebáceas podem fabricar muito pouco sebo. O couro cabeludo e os fios de cabelo não ficam suficientemente protegidos e nem recebem lubrificação. O couro cabeludo resseca e pode ficar irritado. As escamas que formam a cutícula se deterioram, seus bordos livres se encurvam. Os cabelos ficam secos e foscos. As portas se rompem mais facilmente e se abrem em forquilha. Os fios de cabelo se prendem uns aos outros e ficam embaraçados.

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20 21

A densidade dos cabelos varia de acordo com as zonas do couro cabeludo, onde se manifestam; sendo, em média de 150 cabelos por centímetro quadrado. A população total dos cabelos do couro cabeludo é de cerca de cem mil; a densidade máxima é encontrada em loiros e a mínima, em ruivos. A velocidade de crescimento é de 0,37 mm por dia ;sendo maior na mulher que no homem; em todo caso, tende a diminuir com a idade.A espessura do cabelo varia nas diversas raças; partindo de uma espessura mínima de 60 micrôns a uma máxima de 100 (um décimo de milímetro) nas raças orientais.

A Cor dos cabelos

A cor dos cabelos é determinada pela melanina, um pigmento produzido por células específicas, chamadas melanócitos, situadas no ápice da papila dérmica.A total gama de cores dos cabelos deriva de dois tipos de melanina: as eumelaninas ( que dão origem a cabelos marrons ou negros) e as feomelaninas (que dão origem aos cabelos amarelados e aos cabelos vermelhos - rutilismo).O cabelo loiro, propriamente dito, é determinado por uma escassa atividade dos melanócitos. No caso do albinismo, se observa a quase completa ou total ausência de melanina nos cabelos, que tendem a assumir tons esbranquiçados.Existe também um fenômeno raríssimo de coloração dos cabelos, onde, em um mesmo indivíduo, se observa a manifestação de cabelos de várias cores, a chamada heterocromia capilar.Bastante singular é o fenômeno do rutilismo (cabelos ruivos) que tem uma incidência muito baixa (cerca l'1%, em quase todas as populações), exceto na Escócia, onde o percentual chega a 10%.A canície (cabelos brancos) é um fenômeno fisiológico que se manifesta devido a uma redução da função dos melanócitos com o envelhecimento; a idade média para o aparecimento dos primeiros cabelos brancos seria ao redor dos 35 anos, partindo das têmporas para o vértice.Por canície precoce se entende o aparecimento dos primeiros cabelos brancos ou grisalhos,

Fig. Imuno-histoquimica de melanócitos humanosem seção congelada do folículo piloso a partir do couro cabeludo, utilizado o anti-corpoNKI-beteb (Monosan, Holanda)

A n o m a l i a s

da haste Capilar

Modulo 1.d

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