CRVIS3R Skateboarding #07

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| ANO 2 | EDIÇÃO 07 | PUSH RACE RECIFE + OVERMEETING 2013 + GÁS INFLAMÁVEL + RED BULL LONGBOARD CLASSIC + LEONE CREAZZO EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO - 1 ANO PATTI MCGEE X VIRADA ESPORTIVA 2013 X HUMBLE HIPPIE ENTREVISTA ESPECIAL: JULIANO CASSEMIRO

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CRVIS3R Skateboarding #07

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| ano 2 | edição 07 |

Push Race Recife + OveRmeeting 2013 + gás inflamável + Red Bull lOngBOaRd classic + leOne cReazzO

ediçãO esPecial de aniveRsáRiO - 1 anOPatti mcgee X viRada esPORtiva 2013 X humBle hiPPieentRevista esPecial: JulianO cassemiRO

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Capa: A capa da edição de aniversário tinha que ter algo dife-rente, impactante e grandioso. Mesmo que não seja necessaria-mente nessa ordem, a foto selecionada para comemorar esse 1 ano de publicação foi antecipada da tour da marca Priority, que irá estampar a próxima edição... Mas essa imagem na rua de acesso do Parque Hópi Hari, no interior de São Paulo com a montanha-russa ao fundo, tinha que ser utilizada agora!

Raphael Goya - F/S Nose Slide - Foto: Diego Polito.

Seções:

10. EditorialWe Love Paper! Comemorem com a gente esse primeiro ano de publicação!

14. StartVisual é tudo!

18. Lado AColunas, novidades, lançamentos, campeonatos, curiosidades...

78. Cuide-se!Mantenha-se em forma sobre as rodas

80. Onde EncontrarNovas lojas a cada edição. Valorize a sua skate/boarshop e adquira sua revista CRVIS3R Skateboarding nesses pontos de distribuição.

82. Business PlanOs melhores produtos do mercado

44. Entrevista: Patti McGee Fomos buscar em nossos arquivos e na vida real a primeira mulher a estampar a capa de uma revista de skate, além da então maior revista mensal norte-americana andando de skate, e isso tudo nos anos 60! A pioneira Patti McGee ficou famosa por ser capa da revista Life em 1965 e, gentilmente, nos concedeu essa entrevista. Respect!

48. Virada Esportiva 2013Com certeza, não há no mundo uma maratona esportiva que dure 24 horas como é a Virada Esportiva de São Paulo, realizada com inumeros esportes. E o skate sempre tem um peso grande: nessa edição, cobrimos os eventos Skate Run, Skate no Museu, o Fast Slalom Dual Híbrido e o Downhil Team Battle!

54. Paz, Amor e Longboards O pessoal da revista Concrete Wave nos enviou essa matéria especial, na qual praticantes de longboard foram solidários com as vitímas do tornado que aconteceu na cidade de Moore, em Oklahoma (EUA), devastando mais 13.000 casas e fatalizando 24 pessoas. Mãos à obra, foram ajudar essas vitímas a retomarem de alguma maneira às suas rotinas... Skate salva!

60. Entrevista Especial: Juliano “Lilica” Cassemiro

É incontestável que Juliano é um dos riders com maior expressão no país e no mundo. Veterano nas ladeiras quando as modalidades eram os “primos pobres” do skate, ele nunca desistiu - pelo contrário, trilhou o caminho das ladeiras como ninguém no Brasil e abriu caminho para uma carreira internacional. Junto com sua família, que transborda o prazer de se aventurar nas ladeiras com a mulher Reine e filho Lucca, também pode ser considerado overall por andar em qualquer terreno, um quesito para poucos hoje em dia. Com vocês, a respeitosa carreira de Juliano “Lilica” Cassemiro... Divirta-se e aprenda!

Durante o Red Bull Longboard Classic, o tradicional solo do longboard paulista na ladeira do Museu do Ipiranga propor-cionou o que há de melhor em estilo e fluidez. Com pranchões de diversos tamanhos, o estilo clássico remete muito próximo ao praticado no “classic surf”, com manobras alongadas, cur-vas e walkings sobre o board. Adepta há algum tempo desse estilo, Flavia Dian, local na ladeira do Museu, mostra com se faz com estilo e identidade. Foto: Roberto Tatto.

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Incrível como parece que foi ontem que a revista CRVIS3R Skateboarding estava sendo lançada no mercado brasileiro, com a responsabilidade e a preocupação de ajudar de algu-ma forma com a consolidação e amadurecimento do skate

de ladeira, seja no longboard, downhill slide, downhill speed, slalom, cruiser, etc.

Nesses aproximados 365 dias que geramos a primeira edição, muitas rodas foram gastas e muitas conquistas foram realizadas - não só pela revista, que implantou informação direta pela distribui-ção bimestral nas skate e boardshops do pais, assim como a disponi-bilidade on-line mundial pela web, mas também pelas conquistas re-alizadas pelos praticantes, simpatizantes e todos envolvidos direta e indiretamente no segmento. O mercado de skate de ladeira cresceu e vem crescendo de maneira plausível nesses últimos anos de norte a sul do país e, com isso, foi inevitável a necessidade de uma mídia direcionada em documentar os acontecimentos relevantes e eviden-ciar personalidades importantes, assim como cobrir um campeona-to regional, amador e profissional no Brasil e no mundo, como tam-bém o surgimento de praticantes que despontam no cenário...

Particularmente, essa história de criar uma nova publicação se mistura à minha história pessoal em estar envolvido com o jorna-lismo no skate nos últimos 30 anos! Não me vejo nessas últimas 3 décadas sem estar diretamente veiculado a uma revista de skate. Tudo começou lá atrás em 1984, colaborando com um jornal/re-vista chamado Brasil Repórter. Por sinal, a capa desse jornal que estamos reproduzindo aqui ao lado, tem mais uma curiosidade: foi

Um ano e quase 3 décadasde jornalismo no skate! POR Fabio bolota

a primeira capa de uma publicação de skate brasileira com fotos de downhill slide na qual, por sinal, sou eu que vos escrevo essas linhas, executando essa sequência de um full slide fotografada pelo Hélio Greco! Histórias como essa e fatos como esse, sempre nos guiaram em direcionar o skate da melhor maneira possível....

No ano seguinte, em 1985, o Brasil Repórter daria lugar a pri-meira revista brasileira de skate dos anos 80, chamada Overall, edi-tada pela Trip Editora. E por momentos mágicos do destino, eu es-tava lá ajudando a criar e desenvolver esse título desde a número zero! Foram cinco anos andando de skate profissional e trabalhan-do profissionalmente para o skate até o fechamento da Overall em 1990, sendo que depois de um hiato de 1 ano, estava novamente trabalhando no embrião e nascimento de uma nova revista, chama-da Tribo Skate.... Depois disso, tudo é história!

Esse rápido resumo de felicidade no jornalismo e editorial voltado para o skate é apenas para relatar e evidenciar o nosso DNA! Isso significa entregar para você leitor, informação de primeira, verídica, honesta e sempre, com embasamento dessa mágica e rica história do skate no Brasil e no mundo.

Toda essa experiência e de alguns outros parceiros, que traba-lham direta e indiretamente aqui com a gente, deixa claro que sem-pre estaremos fazendo o nosso melhor, assim como o possível - e às vezes o impossível - para manter esses nossos sonhos os mais duradouros possíveis... Informar e fomentar!

Nosso obrigado especial aos colaboradores que estão com a gen-te desde o início dessa jornada, que sem eles, não teríamos esse padrão de qualidade. Aos anunciantes, empresas e lojistas que acreditaram nesse projeto, mesmo antes de ser lançado. Também, o nosso obrigado a todos que ajudam a manter o skate de maneira verdadeira e honesta. Estaremos por aqui enquanto vocês estive-rem... Feliz aniversário pra você e vida longa a CRVIS3R Skateboar-ding! We love paper! Divirta-se!

A direita, o jornal/revista Brasil Reporter de 1984, com a primeira foto-sequência de downhill slide publicado na capa de uma publicação no Brasil, com um full slide de Fabio Bolota e fotos de Hélio Greco. Ainda evidenciando o skate de ladeira em publicação dos anos 80, Paulo Coruja foi destaque na capa da revista Overall nº 3 em 1986. Em 2003, Sérgio Yuppie, na capa da revista Tribo Skate nº 88!

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Uma coisa eu aprendi em meus 38 anos de skate e quase 30 anos de atividade jornalística: os melhores desafios costu-mam aparecer quando menos se espera. Seja fazendo um texto de divulgação, uma cobertura de eventos, uma matéria

especial ou uma entrevista, ou ainda fotografando as várias nuan-ces envolvidas no skate... Some a isso tudo a dificuldade em se pro-duzir uma mídia independente em nosso país, e a necessidade do jornalista estar preparado pro que vier pela frente, e você terá uma noção de como o trabalho de se editar uma revista é muito mais grandioso do que se imagina.

Na verdade, posso comparar o lançamento da CRVIS3R Skate-boarding a um parto, já que foram precisos 9 meses pra que o pro-jeto tomasse corpo e virasse a primeira edição dessa revista que você está lendo agora. A “gravidez” reservou momentos de tensão e incertezas, essas vindas principalmente de pessoas descrentes do sucesso de uma publicação impressa bimestral e gratuita. Pra ser bem sincero, se eu ganhasse uma grana a cada vez que ouvi a frase “isso já foi tentado antes e não deu certo”, possivelmente não precisaria trabalhar por um bom tempo!

O bebê chamado CRVIS3R nasceu forte, saudável e “causando” – como toda criança sadia, aliás. Algums perguntaram o porquê da chamada de capa, “A Diversão Está de Volta”, e nossa resposta foi sempre a mesma: levante a bunda da cadeira e preste mais atenção ao que acontece nas ruas. A legião de homens e mulheres de todas as idades voltando a se divertir sobre skates, sem se importarem com alguns códigos estabelecidos de estilo e moda comuns a ou-tras modalidades, não podia passar sem ter o destaque merecido. O que nós fizemos foi simplesmente unir a fome à vontade de comer, divulgando ao grande público aquilo que nós, skatistas, sabemos e sentimos em nossas vidas diariamente. Acreditamos num cenário tão efervescente que ficou impossível de não fazermos nada.

Mostramos o carteado de cara com a reveladora entrevista do Rei do Downhill Slide, Sergio Yuppie, e mais as cenas de Belém do Pará e uma viagem incrível às áreas mais conflituosas de Israel. Em se-guida, celebramos a maior conquista do skate de velocidade brasi-leiro junto com o campeão mundial Douglas Dalua pra logo depois homenagearmos aquelas que são as grandes responsáveis pela graça da vida em si, as mulheres que andam de skate. Depois, pega-mos a voz da nova geração através da entrevista do Fernando Yu-ppie e a unimos à experiência dos “MXK – Matuzas Xapa Kents” his-tóricos como Zequinha Rapanelli e Floriano Sales. Na sequência, o emocionante relato de Derek Rabello injetou ânimo novo a todos os que não se permitem abater com quaisquer dificuldades na vida, e

Meu bebê chamado crvis3r POR Guto Jimenez

revisitamos a carreira da histórica Laura Thornhill-Caswell, um ver-dadeiro ícone do skate feminino. Como deixaríamos de fora os in-contáveis eventos que mostramos? Eles são a prova viva de que o cenário está fervendo como nunca, e que somente os mais cegos ainda não conseguem enxergar a realidade.

Acredite: o caminho percorrido no último ano não foi nada fácil. O desafio de editar a CRVIS3R só se tornou menos árduo por causa dos inúmeros amigos que acreditaram no projeto e só fazem enri-quecer ainda mais a revista, com as presenças imprescindíveis de nossos colunistas. Não dá pra abrir mão do vasto conhecimento do Alexandre Maia, por exemplo, ele que foi um dos brazucas pioneiros em disputas de speed internacionais. O que dizer então da Chris-tie Aleixo? Skatista, empreendedora, espontânea, guerreira, com-petente e bonita pra caramba... Bem, por esse lado, chega a ser até covardia contarmos com as dicas de preparação física de uma pro-fissional como a Larissa Sampaio, outra mãezona skatista e perso-nal trainer da melhor qualidade. Ô sorte!

Não seríamos ninguém sem nossos parceiros. A galera do Eu Amo Longboard traz sempre um enfoque diferenciado do cenário dos skates grandões, e os caras do The Hut só fazem agregar cada vez mais conhecimento sobre equipamentos e técnicas. Não podemos nunca esquecer dos nossos parceiros comerciais que acreditaram no projeto e, agora, engrandecem o produto cada vez mais a cada edição. Acima de tudo, não estaríamos em lugar nenhum se não fos-se por você – sim, essa pessoa que nos lê, nos prestigia e só nos faz estimular cada vez mais pra prosseguirmos no caminho escolhido.

A minha história no skate começou nas ladeiras em 1975 (até porque não havia outro lugar pra andar naquela época), e a voca-ção jornalística veio com os fanzines que fazia ainda em 1983, que valeram um convite pra colaborar na extinta revista Visual Esporti-vo no ano seguinte. Já me quebrei um bocado e deixei alguma pele e sangue em asfalto, madeira, metal, concreto e onde quer que eu tenha colocado meu skate pra andar, e da mesma forma já tive mo-mentos de decepção e até mesmo de fúria com a imprensa espe-cializada. Não ligo a mínima pra nenhum dos dois, e quer saber o motivo? A sensação do vento batendo no rosto num rolé perfeito é equivalente à emoção de ver uma revista editada em mãos, e de-finitivamente valem qualquer sacrifício ou a superação de qualquer dificuldade. O meu bebê dá um trabalho danado, é verdade – mas a satisfação é tão grande que dá pra passar rindo por tudo o que tiver no caminho! Vida longa à CRVIS3R!

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Brendan Davidson. Access Road, Vernon, BC/ Canada - Foto: Sean Donovan

O Canadá é um dos países mais cobiçados do skate mundial em diversos aspectos. Além da qualidade de vida invejável, também é de lá que vem o famoso “maple” canadense, a madeira usada pra fabricar a maioria dos shapes (decks) gringos. Fora isso, é um dos países com os maiores fabricantes de longboards do mundo, com diversas marcas próprias. Suas paisagens estonteantes no Hemisfério Norte proporcionam imagens como essas! Thanx Brendan for the pic!

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* Alexandre Maia, 40 anos, 26 de skateDiretor Sul Americano da IGSA Patrocínios: Downhill Machine, Academia Power Club. Apoio: Evoke, CS Team

Caro

lina

Dot

tori

Apoio cultural:

No momento que você estIver tendo acesso a sua revista Cr-vIs3r, seja na versão impressa ou na disponível on line, es-taremos em plena temporada de eventos no Brasil e em toda a América do sul. Tradicionalmente, o segundo semestre é

recheado de eventos e, com o crescimento de praticantes de dow-nhill speed, o número de eventos cresce proporcionalmente.

Para se ter uma ideia, no exato momento no qual eu estou escre-vendo esta coluna estão acontecendo três eventos em lugares dife-rentes, Argentina, Peru e são Paulo, todos com participação de bra-sileiros. Daqui para frente, teremos quase que um evento por fim de semana aqui no Brasil, eventos esses de todos os níveis: regionais, nacionais, continentais e mundiais.

O grande destaque desta temporada de eventos ficará por con-ta de um fato inédito que vai ocorrer na historia da IGsA. Devido a todos os problemas ocorridos neste ano no calendário da entidade, que se agravou ainda mais com o cancelamento da etapa da Argen-tina devido à proibição da prática do Downhill na província de San Luis (isto daria assunto para mais de uma coluna), o Brasil chamou a responsabilidade para promover grande parte do Circuito Mundial. Com duas das três etapas de nível mundial deste ano, e com a única etapa de nível continental do calendário, teremos a responsabilida-de de organizar praticamente sozinhos o Circuito Mundial da IGsA e de determinar o campeão da World Championship em Teutônia, além dos campeões mundial e sul americano da temporada 2013 em são João do Deserto.

A questão é de que o Brasil está se mantendo firme nas suas con-vicções, levando em consideração toda a história da IGsA no mun-do do downhill speed, consolidando assim a sua importância não só para a modalidade na América do sul como também para todo o mundo.

Enquanto outros países simplesmente desprezaram o trabalho realizado por décadas pela IGSA, o Brasil se manteve firme e vai entrar para a história com eventos fortes e bem organizados. Espe-ro que isto mostre para o mundo que o caminho não é a separação, mas sim a união em torno de um trabalho que vise o crescimento da modalidade como um todo e não somente da entidade A ou da enti-dade B. venho falando isso desde o início do ano, e esta temporada de eventos no Brasil, além das mudanças que virão na organização do esporte no ano que vem, servirão para mostrar que este é o ca-minho certo, o da união.

Esta coluna tem como objetivo falar de eventos e de questões mais técnicas, mas não posso deixar passar em branco a comemo-ração de um ano da revista que trouxe como tema principal a volta da diversão de se andar de long e de downhill. Então, por quê não nos divertirmos e comemorarmos a oportunidade de poder dropar uma ladeiras nos campeonatos junto com velhos e novos amigos?

Parabéns à revista CrvIs3r pelo seu primeiro ano de vida! Que Deus me dê saúde para poder andar muito de skate ainda e poder comemorar muitos outros aniversários da revista!

Por AlexAndre MAiA*

Jonas Rischter e Gustavo Paredes do Peru.

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Esta coluna foi escrita por Alexandre Guerra e Klaus DuusVisite também: facebook/euamolongboard,Instagram: @euamolongboard, youtube/euamolongboard,twitter.com/euamolongboard

Apoio:

_ euamolongboard

aqui na sede da CrvIs3r, ninguém trabalhou hoje! A primei-ra garrafa de champagne foi aberta pontualmente às 10 da manhã e o DJ demorou só um pouquinho mais para colocar o primeiro set e... ops! Festa errada!

Isso é para quando a CrvIs3r estiver fazendo seus 18 anos... Festa de 1 ano é movida a coxinhas de galinha, kibes e refrigeran-tes! o aniversariante ainda não entende bem o que esse um ano sig-nifica e está meio abobado com tanta gente cumprimentando, que-rendo pegar e dar beijinho... muitas fotos, muita gente envolvida... Padrinho, tio, coleguinhas.

O aniversariante já está aprendendo a falar e os primeiros den-tinhos estão nascendo (já pode morder), e suas ações estão fican-do mais coesas. Talvez não tenha sido a melhor analogia do mundo, mas de fato é isso aí. Parece pouco, mas a CRVIS3R está comple-tando sua sétima edição e um ano de vida.

É pouco falar sobre o trabalho que é fazer a primeira edição ape-nas, quanto mais falar sobre sete... se não amar, pula fora! Assim como a festa, a revista é feita pelos convidados. Gente que respira o Longboard e que acha que pode contribuir de alguma forma, seja dando uma janela para os atletas ou para as marcas, seja explican-do o Longboard para quem não conhece. só vejo benefícios para os atletas e para as marcas.

Não se engane: sem grana não existe cena, pois não existe incenti-vo. Essa revista não saiu de graça, assim como seu jogo de rolamen-tos importados e suas rodinhas coloridas não desceram pela chami-né da sua casa. “No money, no honey.” Ainda assim, a CrvIs3r con-seguiu a façanha de lhes entregar sete edições gratuitas.

Como? Compromisso e dedicação. No nosso ponto de vista, sem-pre foi uma aposta; se nós fizemos bonito? São vocês quem irão dizer se continuamos ou não. Então quando você pega um grupo focado em fazer acontecer, acontece. Noética, pensamentos possuem massa. E o que isso nos trouxe de bom, então? Bem, tem que haver retorno e agora temos um veículo da comunidade nos mostrando claramente que estão acontecendo campeonatos, estão acontecendo intercâm-bios entre os atletas, novas tecnologias para o skate estão surgindo e mais pessoas estão nas ruas tomando o asfalto de assalto.

sei que muitos podem achar irrelevante uma revista na nossa situação atual em que tudo é virtual. olha, isso é para quem sabe apreciar a reserva de um tempo fora do ecrã (vão procurar no dicio-nário) e exercitando a mente com uma revista. Isso se mostra um prazer quando essa revista apresenta o cuidado com as fotos, ma-térias e colunas.

sempre sonhamos em escrever para uma revista e aqui estamos nós pela sétima vez. Honra maior ver o que a gente escreve ten-do algum valor e quando o CrvIs3r Master, Monseiur Bolota nos

chamou para instaurar o euamolongboard.com em uma coluna, não houve muito o que pensar.

Dar opinião é algo difícil. Há os que gostam, há os que não gostam e quando se escreve é fácil se render ao texto fácil e, eventualmen-te, se render também ao negativismo. Tentamos não ceder. Busca-mos o positivismo, falamos do que agrada ao olho e à mente, fala-mos do que agrega e serve à comunidade e em momento algum al-mejamos ser unanimidade, até porque é da dúvida que a iluminação surge. Blá, Blá, Blá. Mega-Blá para esse parágrafo, porque se formos botar tudo o que achamos ser importante para o Longboard numa só coluna, não teremos profundidade. Por isso, a nossa escolha por assuntos. Até nisso achamos o acerto editorial da revista, dedican-do às mulheres uma edição no mês delas. Gol de letra!

Aos que lêem a nossa coluna e/ou o blog (obrigado!), vejam que nossa linha é tentar mostrar quanto realmente amamos o Longbo-ard. Talvez isso pareça meio clichê, mas o que não é clichê quando se ama algo? No amor e na guerra, tudo é válido.

Às vezes falamos umas besteiras, mas até isso faz parte do negó-cio de amar alguma coisa; é tanto amor que por vezes estraga, mas esperamos que vocês nos entendam. Na vontade de querer agradar, pecamos por mais, tentando não pecar por menos. No meio disso tudo, o objeto do nosso amor: o Longboard.

Discutíamos há alguns dias sobre a necessidade de inovações drásticas no design básico; uma prancha, dois trucks, 4 rodas e ro-lamentos. Achamos que novos materiais serão sempre bem-vindos, mas o skater sabe quando esta sendo enganado quando vê alguma aberração caça-níqueis. E se não souber, para isso serve também essa revista. Informando sobre o que usar e em quê ocasião (e não estamos falando de moda). A revista se preocupou inclusive em ter uma coluna que fale sobre a saúde no Longboard, já que sabemos que vocês são atirados mesmo.

Falamos sobre trips, talvez a melhor parte de praticar um esporte. Conhecer ladeiras e picos de outros lugares, imaginar-se dando um rolé ali e finalmente colocar em prática esse sonho. É de certa forma uma memória genética de nossos tempos nômades? Acredito que sim! Escolher um esporte tão móvel e com tanta produção de en-dorfina, só pode estar relacionado às grandes aventuras do passado e acho que honramos essas aventuras criando outras novas, ou re-petindo-as. Cada um vai experimentar suas próprias emoções, mes-mo que um ou outro já tenha feito aquilo antes. Cada um é cada um... é chato ficar usando essa frase, mas neste ponto se aplica.

Sim, levou um ano para ficarmos de pé com firmeza, entendendo melhor o que você espera dessa revista, escrita por Longboarders, sobre Longboard, para Longboarders.

Parabéns para a CrvIs3r e parabéns para você!

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_ bomdrop!

*Christie Aleixo, skatista profisisonal, 36 anos, 16 de skatePatrocínios: MAD RATS , TACNA macacão, LegeNDS, BOMDROP!, New SkATe, SeISMIC wheels, 4FUN Skateboards, SCHUSS TrucksApoio: DEUSAcesse: www.bomdrop.blogspot.com

Por Christie Aleixo*

em um momento de celebração do skateboarding, chega a ser até inopor-tuno querer falar sobre os perigos e riscos aos quais estamos expos-tos. Mas a idéia aqui é informar, e não policiar ou ser negativo. sofri um acidente no dia 28 de setembro que foi uma fatalidade no skate veloci-

dade no qual todos estão sujeitos a passar. Tive uma hemorragia interna devido à pancada, precisei retirar o baço e passei por 3 hospitais até concluir todo o procedimento e voltar pra casa. Mesmo tendo plano de saúde, foi traumatizante e hoje (aos 36 anos e 16 de skate), repensei muito sobre tudo que tenho visto com todo esse crescimento e mudei minha pauta desta edição para aproveitar a oportunidade de expor as coisas que passaram pela minha cabeça, justamen-te por tudo de bom que estamos vivendo neste momento. E, também, pela ge-ração nova que está começando com menos idade e, como sempre, muito mais atirados e capazes.

As campanhas realizadas em todo o mundo quanto ao uso de equipamentos de proteção, tendo o capacete como item principal, geraram uma conscienti-zação positiva não apenas aos novos adeptos como para os que já estavam na cena - ou seja, diminui-se o risco, pois a queda a gente sabe que faz parte.

Falando especificamente da ladeira – slide, freeride e speed -, lidamos com a condição de praticarmos a atividade em locais que não são próprios, ao con-trário do ambientes dos skateparks, rampas ou bowls/banks. A busca por locais que proporcionem menos riscos é a regra, já que a realidade da nossa prática é perigosa por natureza.

os trajetos precisam ser escolhidos com atenção e responsabilidade, bem como reconhecê-los e respeitá-los. Na maioria dos casos, as ruas são abertas, com veículos transitando. Mesmo que o fluxo seja menor, por se tratar de con-domínios ou de estradas afastadas das grandes cidades, situações de encontros com animais, carros saindo ou entrando em garagens e a própria “falha” do rider ou do equipamento, que podem te levar de encontro ao veículo na outra mão, não estão eliminadas.

Checagem de equipamento constante, uso de macacão (no caso do speed) em qualquer circunstância, carro de apoio e comunicação de segurança da via entre o grupo que estiver se divertindo, são alguns exemplos do que podemos fazer para diminuir os riscos. Além disso, é bom saber onde fica o hospital mais próximo e qual é o número correto da região se houver necessidade de socorro.

Nos eventos, independente de serem grandes ou não, os organizadores pre-cisam contar com uma equipe de apoio de pista capacitada para atuarem como fiscais. Respeitar o tempo entre as baterias nos treinos, para não criar uma bola de neve caso haja queda, bem como oferecer ambulância e resgate adequado tanto para as situações básicas como, principalmente, para as de grande gra-vidade. Já estive em evento grande onde os socorristas não possuíam alguns itens básico de primeiros socorros, estavam ali apenas para remoções... Esta-mos falando de vidas!

reconhecer o perigo de nossa atividade não é lidar com o negativismo, muito pelo contrário: é lidar com a prevenção. negar o risco é se colocar em perigo, e é justamente isso o que não queremos. Comece a pensar também em plano de saúde, seguro-viagem e também um seguro de vida. Importante: tenham em seus equipamentos o seu grupo sanguíneo e o telefone de contato de uma pes-soa responsável. Se você acha que estou pegando pesado, é porque ainda não tem ideia do que você esta fazendo, e graças a Deus ainda não precisou se pre-ocupar com esse assunto. De qualquer forma, independente do papo desta edi-ção - que pode ser chatinho, mas é necessário -, desejo que continuemos tendo um BOMDROP! Afinal, a diversão não pode parar!

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Curvas e ladeiras:segunda temporada

Depois de uma bem sucedida estreia no canal a cabo Off, o programa “Curvas e Ladei-ras” já está na sua segunda temporada, que vai contar com 13 novos episódios. A primei-ra temporada detonou desbravando ladeiras e descidas da região Nordeste e, dessa vez, as garotas estão focando as ladeiras da região sul e centro-oeste do país. reine oliveira, tamis Guerra, Fernanda tabith, Jéssica souza e isabela nunes são as protagonistas e também convidaram alguns nomes de peso para participarem de algumas sessions ladeira abaixo, como douglas dalua e Max Ballesteros, entre outros. Não percam toda quinta-feira, às 19:30H.

Bibi sucos skate

A cadeia de lojas carioca Bibi sucos está com seus novos modelos de skates, lançados agora no mês de outubro. Famo-sa por fazer alguns dos melhores sucos da cidade, além de apoiar e patrocinar es-portistas radicais, a Bibi também é um dos pontos de distribuição da revista CrVis3r skateboarding... Procure a revista em um dos 10 endereços da cidade, e não deixe de provar os sucos e sandubas irresistíveis que eles oferecem.

Alfaya skateboardPor tielle hAss

Criada por ruddi saad e Walter Policia-no, a Alfaya skateboard nasce com a proposta de fornecer shapes de alta qua-lidade, fazendo com que novos praticantes tenham acesso ao esporte. Com tecnolo-gia, estudo e muitos testes, a marca lan-ça 4 modelos no mercado, com precisão e técnica, garantindo alto desempenho nas mais variadas pistas. A Alfaya apóia riders em diversas categorias, como Waldemar “Predador” Brandi (com seus 28 anos de skate e recordes no tow in), Bruno lan-tas, Marcos Giardino, Manoel Formiga e tielle haas.

nYCskateboarding4uA cidade de Nova York é uma das maiores, mais visitadas e cobiçadas cidades dos Es-

tados Unidos. E, como qualquer cidade de grande população e agitada como a “Big Apple”, o skate faz parte desse cenário dividindo com carros, arranha-céus e milhares de turistas e cidadãos nativos circulando 24 horas por dia. A vantagem de Nova York para andar de skate é que a cidade é plana, o que facilita muito usar o skate como um meio de transporte; com isso, diversos skatistas são vistos cruzando o cotidiano da metrópole, seja de longbo-ard, cruisers e skate de street. Com essa cena típica, a fotógrafa brasileira eliana Casta-nho, residente da cidade, estreou um endereço no Facebook chamado nYskateboardin-g4u, para postar esses ensaios que vem coletando no dia-a-dia. sem compromisso, a idéia é justamente captar essa intervenção na cidade de maneira expontânea. Eliana, que mora há 10 anos em NY, chegou a trabalhar na revista Yeah!, importante publicação brasileira de skate nos anos 80. Agora, ela também será colaboradora da revista CRVIS3R Skateboar-ding na cidade americana. Acesse: www.facebook.com/NYCskateboarding4u

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Barbearia CavaleraA loja Cavalera nos Jardins, mais precisamente na rua oscar Freire,

inaugurou uma barbearia bem estilosa, que tem no comando o nosso amigo Marinho, que foi skatista e baixista das bandas Yo-Ho-Delic, Pavi-lhão 9, entre outras. No Comando das pick-ups, igor Cavalera lançou as pedras... Parabéns ao Turco Loco e ao Marinho pela proeza!!!

não somos heróisPor Christie Aleixo

Depois de sofrer um acidente em uma competição de speed no mês de outubro e deixar a todos assustados, Christie Aleixo passou por uma cirurgia e deixou esse depoimento em seu perfil no Facebook:

“Não preciso colocar essa foto para fazer apologia! Aqui sempre contei minha história. Estou na minha página e não copiei a ninguém! Não venho aqui expor negativa-mente o que eu escolhi para minha vida e no qual me or-gulho! E a condição estética não é mesmo o que me fez estar com esse grande sentimento que anda atormentan-do minha cabeça: Hoje estou com 36 anos e tenho um fi-lho de 17. Nunca fiz uma trip para gringa sem fazer um seguro-viagem e sempre tento deixar meu plano de saúde em dia (que cubra o mínimo da cobertura que preciso com os acidentes que o skate pode causar em minha vida)... Então, eu quero dizer a vocês, mães, mulheres, esposos, filhos, maridos... Façam o que amam! Mas lembrem-se que vocês têm outras pessoas. Acompanhem seus filhos, an-dem em GRUPO, busquem o máximo de segurança que puderem ter em uma session.- Não participem de eventos sEM sEGUro do atleta caso haja uma invalidez- viajem com seus seguros-viagem (gringa)- Estejam com um plano de saúde em dia (nacional)- Pensem nas pessoas que podem “ficar” na sua ausên-cia.... e por ai vai!

Eu mesma me uso como exemplo para mim mesma!Sejamos responsáveis!!! NÃO SOMOS HERÓIS e muito

menos imortais... Nosso esporte é coisa extrema e mesmo que venhamos atingir “conquistas” “conquistas” e “con-quistas” seja o que isso represente para nós e para os ou-tros, existem pessoas e coisas muito maiores ao nosso redor, respire e veja!”

Cri duarte na Black sheepo Longboarder Cri duarte, que também é locutor e organizador de

eventos de skate, acaba de entrar para o time da marca Black sheep. Ele, que já anda pra SkateBrothers.com.br, Tubainas Crew, Gás Inflamá-vel e Ambient skate shop (a qual é um dos sócios na loja de são Pedro), agora está mais feliz, andando pra esta conhecida marca nacional. ¨Essa parceria não podia ter vindo em melhor hora, estou muito feliz e agra-deço a confiança do edu Brutão e do chefe de equipe, Guilherme ro-cha. Não podia deixar de agradecer a revista CrvIs3r, que da essa for-ça pro nosso estilo de vida ficar cada vez mais forte... Valeu mesmo pelo ótimo trabalho de vocês!”, finalizou ele.

UponBoard store:Comemorando 1 ano de portas abertas!

A loja UponBoard store, localizada na cidade de Canoas (RS), está completando um ano no mês de outubro – que, por coincidência, é o mesmo mês de aniverário da revista CRVIS3R. Com atividades que tiveram início em 2011 apenas on-line, a loja virtual deu oportunidade para o surgimento da loja fisíca, fa-zendo o caminho inverso e, desde a inauguração, a loja vem sendo uma das melhores da região. Parabêns e muitos anos de negócios! visite: www.uponboardstore.com

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Qualquer lugar é lugarPor BrUno “noBrU” riBeiro

Há quem diga que lugar de skate é na rua. Pois é sim, mas os outros espaços tam-bém são. O Push in FIL reafirmou isso nos dias 21 e 22 no teatro do Jockey no Rio de Janeiro. o Push in rio tem a forma de um grupo de amigos que resolveram se or-ganizar minimamente e movimentar a cena carioca. Com uma pegada de skate overall e composto majoritariamente por skatistas de downhill, o longboard sempre foi uma atenção, porém nunca esqueceram a intenção de integração com o carrinho. Trouxe-ram o primeiro push race - maratona de skate - no rio de Janeiro e foi referência para o de recife. Desse projeto, surgiu o convite pro Push in FIL. E escola, também é lugar de skate? É sim - e se não fosse, viraria. o skate faz uma releitura do que nos cerca e nesses dois dias de final de semana, o pátio foi ocupado de forma nunca antes vista. Na escola do Jockey Club, que vai do maternal até o 9º ano, as crianças nunca foram tão alto e tão rápidas. Ao invés de sinal de aula, foi intervalo o dia todo; sem aulas, tivemos filmes na telona. O skate nos mostra que um mesmo lugar pode ser usado pra diversar formas. o Push in rio também. Em frente!

Crisálida (Chrysalis) com Ana Maria suzano

Uma mistura sublime de longboard, com manobras de freestyle, com algu-mas várias de street, executadas com muita leveza e beirando à levitação com seus passos sobre o skate... Esse é o conteúdo do novo vídeo da longri-der da cidade de vitória (Es), Ana Ma-ria suzano. o vídeo é impressionan-te, com ótimas cenas em slow motion e com uma locação escolhida à dedo, completando a qualidade desse filme. Há algum tempo, Ana Maria vem apre-sentando uma evolução e ótima per-formance sobre o skate, e sua dedica-ção e vontade de andar de skate ficam evidentes, como nesse nesse vídeo. se tiver oportunidade, acesse e con-fira: http://www.youtube.com/watch?-v=H7CaWr2poBg

slide ligaA slide liga é uma organização focada no planejamento, de-

senvolvimento e organização de eventos na vertente do dow-nhill slide (classic & freeride). Prentendem atuar de forma segu-ra e responsável na gestão operacional de eventos de downhill slide e Longboard, no cenário nacional e sul-americano, visan-do reformular os critérios de julgamento e formas de disputa. A Liga pretende proporcionar uma melhor organização, divulga-

ção, estruturação, presença de público e, consequentemente, o sucesso dos eventos promovi-dos pelos parceiros. A slide Liga Brasil surge diante da necessidade de melhoria de gestão, bem como uma reformulação dos padrões e o reconhecimento do skate de ladeira como uma ver-tente forte e potencialmente comercial do skate brasileiro e mundial. Aguardem: em breve, mais informações dessa importante iniciativa.

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estilo longbord para o dia-a-diaCom a presença de alguns dos principais atletas de skate downhill do rio Grande do sul, acon-

teceu em setembro o lançamento da coleção “Made in Longboard + Web store” da Godown, no BANX de Porto Alegre. A marca é reconhecida por traduzir o lifestyle dos praticantes e levar a ex-periência do skate longboard para o cotidiano das pessoas. Junto com a coleção, a marca oficiali-zou Jonas richter - 10º colocado no ranking da IDF (International Downhill Federation), como um de seus principais atletas. Acesse www.godown.com.br e veja as novidades da marca.

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errata: Na edição anterior, a legenda na foto do evento “Prio-rity longboard Mini ramp Contest” descreveu o skatista como sendo o Thiago Bomba, mas na verdade o cara é o longboarder Will ronzio, executando um F/s Tweaked Air. Foto: Caio Matsui.

Georgia Bontorin novamente nas cabeças!

A pequena mas possuída Goeorgia Bontorin, é com certeza uma das mais rápidas e veloz garotas no DHS mundial. Nesse ano, encabeçou quase todas as competições do circuito mun-dial de velocidade que participou e agora, após ficar em segun-do lugar no evento “Copa valle Del Downhill - Desafío de Los Andes”, no Peru, não se intimidou em outra etapa da IDF no mesmo país, na semana seguinte. Durante a competição “Copa Morro Solar 2013”, desbancou todas as adversárias e levou o campeonato mais uma vez. Parabêns, pequana notável!

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Completando 60 anos de vida e 3 décadas de empresa de skate, pode-se dizer que viver de skate é uma realidade?

são trinta e três anos produzindo e respirando skate. No início, tive de conciliar a empresa com outras atividades, sempre com o apoio e a dedica-ção de meus familiares; com muito esforço e trabalho, hoje posso dizer que viver de skate se tornou realidade.

Bons tempos aqueles quando tive como fieis parceiros meu pai (Sr. Esme-raldo – em memória) e minha irmã (Marina – em memória). Juntos tínhamos uma incrível parceria... Eu fundia as peças na fabrica (chegava à meia-noite com os trucks) e meu pai levantava às 5 da manhã para montá-los, e já con-tava com a ajuda da minha filha, Fernanda (4 anos), que na época já se ati-vava na montagem dos boards. Devidamente montados, ainda pela manhã eu saía para entregá-los. Por sua vez, minha irmã cumpria o papel de admi-nistradora. Tempos felizes!

Você começou a andar de skate bem depois de criar a marca... Quanto tempo faz isso e o que foi essa experiência?

É verdade ! Eu não tinha tempo de andar de skate, somente de fabricá-los... era só trabalho! Mas aprendi a andar ainda na década de 70 (migrando pros anos 80) junto com o Claudinho (meu gerente de vendas). Há 15 anos, quando iniciei a parceria com Sergio Yuppie, foi inevitável andar de skate pois precisava filmar os atletas em ação e participar de campeonatos, como de fato participei, juntamente com as lendas como Juliano Lilica, Marquinhos Ubaldo, Indião, Biri-nha, Thiago Cocó, Zequinha e tantos outros bons atletas. Isso despertou minha paixão pelo skateboarding e hoje não consigo mais parar! É pura vida estar em uma ladeira e poder ensinar, passar a alguém o ensinamento e acompanhar sua evolução dando uns ‘toques’. Não tem preço! Eu amo skate, vivo do skate e ando de skate sempre rodeado de amigos, pois é isso que vale a pena... Amigos!

Como é viver de uma empresa de skate no Brasil, em um mercado tão cheio de particularidades?

É muito difícil, pois existe uma diversidade muito grande de novos produ-tos de fora do pais e isso faz com que nós tenhamos de acompanhar essas mudanças com muito menos recursos e incentivo. Fiz e faço muito esfor-ço para acompanhar e fornecer produtos de qualidade. o mercado é muito competitivo nos dias atuais, estou sempre disposto a mudar mas sempre seguirei a minha ética de muito trabalho e perseverança, buscando atender

nossos clientes com uma marca nacional de muita qualidade.Você está repaginando a marca. o que o motivou a isso e o quais

serão essas mudanças? Não se trata somente de uma repaginação, pois essa se deu no “redesign”

dos produtos e no emprego de matéria-prima de melhor qualidade na fabri-cação dos mesmos, tudo para atender o peculiar e exigente consumidor bra-sileiro, que hoje tem inúmeras opções de marcas e produtos. Principalmente, focamos o fortalecimento da minha marca Six Trucks, criada há 12 anos junto com o ícone do skate Billy Angel, um desenhista de raízes muito fortes. Des-sa empreitada, já estou colhendo frutos diante do fato de gozar de um bom conceito no mercado, e para mim, com toda minha experiência, é um orgu-lho deixar este legado para o skate brasileiro. Quanto à Tracker, ela sempre ira existir e é como se fosse meu sobrenome... É o nome da minha empresa!

Como foi sua festa de 60 anos no Clubinho? resumidamente: inesquecível! Minha festa de sessenta anos, como fala

o meu amigo Formiga, foi nos padrões six Trucks! Consegui reunir no Clubi-nho uma enorme família do skate brasileiro. Foram os pioneiros, os verda-deiros dinossauros do esporte, e isso tudo juntamente com meus melhores amigos e minha família. Eu me senti extremamente feliz na passagem desta data. sem palavras!

Microfone aberto para suas considerações finais, tio! Quero agradecer a todos aqueles que me ajudaram de alguma forma a

fortalecer o skateboarding no Brasil, sendo atletas ou não, empresários, mí-dia... sem essas pessoas, eu não teria conseguido permanecer initerrupta-mente no mercado até os dias atuais. Quero ainda fazer muito pelo skate-boarding no Brasil, principalmente através de projetos sociais, assim como o meu “Projeto Skate Criança” que agora se destinará a outro local junto com a Associação da Pac Crew (Fernandinha e amigos), sabendo que o ska-te é uma excelente ferramenta de inclusão social. Aliás, parabéns ao traba-lho do sandro Testinha, que vem acreditando e incentivando o esporte junto às crianças carentes com o seu social skate. Aguardem as surpresas da six Trucks, agora ela terá minha filha em seu comando e colocarei toda a minha experiência para produzir o que temos de melhor no Brasil. Agradeço a Deus por ter colocado o skateboard em minha vida e aos meus atletas! Agradeço imensamente pelo espaço. Um forte abraço!

MXk/Matuzas Xapa-kents Especialentrevista com leone Creazzo o skate brasileiro de um modo geral, e as modalidades de ladeira em particular, devem muito ao leone Creazzo. desde sempre, ele e suas empresas tiveram a honra de formar muitos atletas e também de participar dos primeiros passos da Use (União dos skatistas e empresários) em 1988, a realizar uma das pri-meiras etapas da UBs (União Brasileira de skate) em Pirassununga no ano seguinte e tornando realidade o campeonato no Pico do Jaraguá (rally tracker) em 1997. Para muitos, esse foi o marco para o início de competições de longboard no Brasil. Batemos um papo com o “tiozinho”, que revela um pouco mais de sua expressiva história de dedicação ao skate.

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Foto maior: Tiozão Leone curtindo muito o finger longboard. Ao lado: Os manos - só diretoria; Jorge Kuge, Fernando Batman, Per Canguru e Paulo Anshowinhas. As minas, antenadas e conectadas: Laura Alli, Ana Beatriz, Flavia Dian e Reine Oliveira.

Por FABio BolotA

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A abertura do 1º Circuito Brasileiro de Push race aconteceu na manhã de Sábado, 31 de Agosto. A pre-visão do tempo era de com pancadas de chuvas duran-te o dia, o que preocupou bastante a organização. o dia amanheceu nublado e a largada estava prevista para as 11:00 horas mas, devido ao tempo ruim, só aconteceu 30 minutos depois.

Ao todo foram cinco categorias em disputa: ama-dor, master, feminino e mirim; além dessas, a equipe do PUsH rACE recife inovou e lançou o “short race”, uma categoria experimental com baterias de 4 atletas e tiros

de 200m, passando dois atletas para a próxima fase até chegar à grande final. Resolvemos inserir na competição esse formato para dar mais dinamismo ao evento, ape-sar de não valer e contar pontos para o circuito brasileiro.

A etapa recifense teve o patrocínio da Prefeitura da Cidade do recife; co-patrocínio da kenner, Fish e sec-tor 9 ; apoio da Colina Boards, Mística e Aurora Boards.

A segunda etapa do circuito brasileiro de Push race, a skaterun, rolou em são Paulo no mês de setembro, e você pode acompanhar aqui nas páginas desta edição da CrvIs3r.

1º Circuito Brasileiro de Push race- etapa recife

TEXTo E FoTos BrUno GAllindo

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Nos dias 3 e 4 de agosto, o Parque Ecológico Dom Bosco em Bra-sília recebeu a 11ª edição do overMeeting - campeonato brasileiro de skate Downhill. o grande diferencial desta edição foram as par-cerias firmadas, que contribuíram de forma surpreendente agregan-do ainda mais valor ao projeto overMeeting.

A Associação Longbrothers deu o maior suporte ao evento e aos atletas, o espaço da NES-Núcleo Escola Skate ofereceu oficinas de mini-rampa para crianças e horas de diversão para os mais expe-rientes. As apresentações de mountainboard foram um show à par-te, e o grupo Mountainboard Brasília chamou a atenção do público com seus saltos e manobras aéreas. Durante o evento, aconteceram também uma etapa do brasiliense de slackline e a exposição de sha-pes pirografados pelo artista e tatuador Flávio Araújo, que prepara-va um shape especial para presentear o 1º colocado da categoria Classic Flat Longboard. A patrocinadora Qix trouxe o atleta sérgio Yuppie, “king of Downhill slide”, um grande ídolo do skate. os dois dias de baixa umidade e calor foram compensados com o forneci-mento de água gratuito oferecido pela CAESB.

Ao som dos Djs A, Zeca e Batman e com a locução animada de MC Hadda, Cri Duarte e Beto Mendez, o público presente curtiu um final de semana de muito skate e diversão. No sábado, foram home-nageados o “Grand Legends” de Brasília, skatistas com mais de 50 anos de idade, que receberam certificados de reconhecimento, nes-sa que foi uma honra para os organizadores do evento.

Oficializado pela Confederação Brasileira de Skate, o OverMee-ting ofereceu aos atletas toda estrutura exigida pela entidade: am-

bulância, segurança, área reservada, juÍzes e locutores especializa-dos, premiação recheada... enfim, tudo para proporcionar aos atle-tas do Brasil e da venezuela um campeonato de qualidade.

Na ladeira de 450 metros, os atletas mostraram o resultado de muito treino e dedicação deixando aos juízes a difícil missão de es-colher os melhores entre tantos talentos. Foram premiados os com-petidores de 1º ao 10º lugar que, além dos prêmios oferecidos pelas marcas de patrocínio e apoio, receberam troféus e medalhas confec-cionados a partir de shapes usados. Essa é uma marca do ovemee-ting, que sempre usa materiais recicláveis na confecção dos mesmos.

Após dois dias de muito sol, skate e diversão o projeto Palco Lost trouxe a banda surf sessions e convidados, fechando com chave de ouro a 11ª edição do evento.

Agradecemos a todos os apoiadores e à patrocinadora Qix, ao Ibram, Caesb, aos atletas que marcaram presença e principalmente à toda equipe overMeeting, que através de muita dedicação e trabalho tornou possível a realização dessa grande festa do skate brasileiro.

O OverMeeting foi uma realização da OverStreet Skateboards, ofi-cializado pela CBsk, teve patrocínio da Qix, apoio das marcas sector 9, Freedom Fog, Moska, Black sheep, Jumppings, Hocks, Base, ray-ne, New, six Trucks, Gobby, Long Hill, Urgh, Diniz Auto Centro, mais o apoio dos parceiros Longbrothers, NEs, slackline Brasília, rT2, Mountainboard Brasília e Flávio Araújo Tatoo, cobertura da Skate Brasília, Vibe Longboards, 40 Polegadas, Revista Vala, Transaméri-ca FM e Zion Multimídia e apoio do Ibram, CAEsB e Administração do Lago sul.

11º overMeeting skate downhill

Por reGinAldo oliVeirA/ ViBe lonGBoArdinG

ClAssiFiCAÇÃo GerAl

slide Mirim1º kauê Luciano ramoslongboard Master1º Leonardo Discacciati (DF)Classic Flat longboard1º Lucas Inke (Original 4i20 - RJ)dhs Master1º André Bozato Magriça (40

Polegadas, Gás Inflamável - SP)2º José Carlos Birinha (Mission, 40 Polegadas - sP)3º Alexandre Maia (sC)longboard iniciante1º Leandro de Lima Souza (Gás Inflamável - SP)longboard Feminino1º Ana Beatriz Carvalho - Thiz (Us Boards, Base - sP)

1º Cristiane Andrigo - Cris Punk (skate Mundo - sP)1º suellen Paiva - sula (Fun House, Club Coat Fitness - DF)dhs iniciante1º Pedro Andrade (skate saúde - sP)dhs Amador1º Carlos rodrigues - Piu (rCsskT - sP)2º Alex Araujo dos santos (kung

Law - sP)3º Natan dos santos Picolo (Drop! street wear - sP)longboard Amador1º Jonathan Borges (Us Boards - sP)2º Igor Lage (Surfável - SP)3º Davison Paixão (Paixão surfavel - sP)

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Gás Inflamável Speed FestivalPor tielle hAss | FoTos rUddi sAAd

Foram 2 dias de muito skate e drops insanos! A “runaways Tour” esteve na serra de são Pedro, em Pira-cicaba (SP), para acompanhar o Gás Inflamável Speed Festival. Riders de todo o Brasil marcaram presença nas modalidades luge, speed masculino e feminino, com a pista impecável e a segurança garantida por fe-nos e retirada dos olhos de gato. Muitos nomes de peso nos pegas, como o campeão mundial Dalua, Andrew Dassie, Carlos Paixão, Waldemar Brandi “Predador”, Pulga retornando às competições e também o Giba do luge, e mais de 80 riders de todo Brasil. O nivel dos drops estava alto desde o primeiro dia, ficando mais tenso no domingo quando a chuva molhou a pista, mas tudo deu certo e o campeonato foi emocionante do inicio ao fim, Nossa torcida fica para a Christie Aleixo, que sofreu uma queda e precisou se hospitalizar... volte logo para as pistas porque o DH feminino só cresce, boa recuperação aí. Quem levou o Feminino foi a integrante da Tour, raiza sartori, o vencedor do masculino foi Carlos Paixão e no luge foi o Walter Baresi.

ClAssiFiCAÇÃo FinAl:1º Carlos Paixão2º Douglas Dalua silva3º Andrew Dassie4º Everton Festugatto 5º Thiago Gomes6º Fael sabela7º sergio Cordeiro 8º Pedro Frangulis9º rafael Careca10º Diego Dassie

Waldemar “Predador”Brandi.

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red Bull long Classic15 de setembro - Museu do IpirangaresUltAdo: 1º Lucas Inke; 2º Lucas Baker; 3º rodrigo Donha

Da esquerda para direita: Podium 3X; Tamires, Flavia Dian, Patricia Villar e Reine; os juizes Mineiro, Scooby e a CRVIS3R!

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O visual não poderia ser mais clássico: Monumento do Ipiranga.

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Em primeiro lugar, gostaria que você disses-se (se você não se importar) o ano em que começou a andar de skate, e como era o seu “carrinho”.

Olá, e saudações do Arizona, que é onde eu vivo des-de 1976. Sem problemas quanto ao ano... Eu montei o meu primeiro skate em 1962 quando o meu irmão ser-rou o patins que a gente tinha e pregou os eixos numa tábua que ele havia feito na escola. Ele ficou me pertur-

bando até que eu experimentasse, e o resto é história.Existe uma história curiosa a respeito de sua en-

trada na equipe da Hobie, a maior da época; você pode contar pros leitores?

Eu andava com os BunBusters e foi com eles que con-quistei o meu primeiro título no campeonato nacional de 1964, e fixei o handstand como a minha manobra tí-pica. Eu sentia que tinha algo a mais, então me mandei pra loja da Hobie em Dana Point, e o dono estava de saí-

POr Guto JimEnEz

Patti McGeeEntrevista:

O pioneirismo é algo desejado por muitos, mas somente é alcançado por uma espécie rara de pessoas. Gente como Patti McGee, a primeira mulher a se tornar uma skatista profissional ainda nos longínguos anos 60. Ícone do skate por décadas, e recentemente laureada com seu

nome no Hall of Fame of Skateboarding, a tiazona super-simpática já viu todas as fases pelas quais o skate passou e é a melhor prova vida de que a diversão não tem idade - e muito menos prazo de validade. Ela arrumou um tempo em sua agenda atribulada pra essa

entrevista exclusiva à CRVIS3R Skateboarding, na qual desfila irreverência, bom humor e muita sabedoria adquiridos em mais de meio século sobre o carrinho. Confira agora!

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da com caixas e mais caixas de skates, além de uma pasta e de um terno, e me disse que estava indo pro aeroporto pra despachar tudo pra uma série de demos. Era a minha chance, então eu pulei na Kombi e passei a mostrar o meu troféu e algumas fotos que eu tinha. Ele me perguntou se eu sabia to-mar conta de crianças (risos), pois sua es-posa tinha quebrado a perna em Mammoth e estava sendo levada pra casa. Ele estava a caminhode New York pra uma grande pro-moção pra Macy’s e precisava de uma babá com urgência! Assim nós acertamos, e ele viajou pra New York e me incluiu na equipe promocional, e o resto é ainda mais história.

Como eram as tours e demos nos anos 60? Você se lembra bem ou foi afetada pelos “efeitos dos anos 60”? (risos)

As demos eram promovidas através de eventos nas lojas de departamento, como a própria Macy’s ou a Montgomery Dept. Era sempre um movimento pra verem os ska-tistas, ainda mais tendo uma garota da Ca-lifornia como eu... Bem, quanto às lembran-ças, tem um ditado que diz que “se você se

lembra dos anos 60, então você não esteve lá de verdade” (risos), mas ainda estávamos na era pré-hippie. Sim, eu era uma profissio-nal e estava amarradona, lembro de todas as viagens entre 64 e 66 e é claro que mi-nha mãe guardava os recortes de onde eu estava. Então lá vai um primeiro conselho: guarde as memórias, você vai se agradecer um dia por isso.

Sua foto na capa da revista Life, em 1965, é uma das imagens mais icônicas de toda a história do skate. Como aquilo mudou a sua vida?

O efeito que importa é o da atualidade, e os últimos 10 anos estão sendo mais fortes nesse sentifdo. O skate sempre teve seus altos e baixos desde 1967, sempre teve um momento no qual foi pro submundo. No dia em que a história e a nostalgia do ska-te voltaram a ser importantes, as imagens e os feitos do passado voltaram a ter a aten-ção que sempre mereceram, e pode-se di-zer que eu estava na hora certa e no lugar certo. Hoje em dia, recebo fotos de meninas em meus perfis no Facebook e MySpace e

elas estão fazendo headstands, ou “pattis” como elas chamam (risos). Ser homenagea-da por essa foto, “icônica” como você mes-mo diz, é uma inspiração pra que eu conti-nue a ser do jeito que sou e ser agradecida por toda a atenção que recebo das meninas. E dos caras também, eu adoro homens ska-tistas de todos os tipos!

Quais são os skatistas que mais te in-fluenciaram na vida?

Desde que voltei a andar de skate em 2000, com 55 anos, os caras são David Ha-ckett e Steve Olson, e a partir daí a lista só cresce. O meu historiador Scott Starr tem sido uma influência imensa, ele foi além do esperado pra descolar imagens de revistas, programas de tevê, anúncios e tudo o que pudesse ter uma imagem minha, é um ver-dadeiro historiador dos esportes de prancha.

Qual tipo de terreno que você mais curte andar?

Bem, eu fiz 68 anos recentemente, po-dem fazer as contas (risos). Tendo dito isso, e que nenhuma proteção é suficiente pra me manter afastada de machucados, eu dou os

Na página ao lado: Sendo puxada a apro-ximadamente 75 km/h, no melhor estilo tow-in em 1964! Orange County, Califor-nia. Ao lado: Primeira mulher a estampar a capa de uma revista de circulação mun-dial, andando de skate! Revista Life, 1965. Abaixo: Pasadena, California - 1965.

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meus rolés só pra me divertir. Como ganhei um kit de cones de slalom de aniversário, vou pra ladeira dar um role com eles daqui a pouco!

Patti, você será conhecida pra sempre como a “primeira mina” ou a “mina ori-ginal”. o skate feminino atingiu a um ní-vel jamais visto na história, e pode-se di-zer que todas são suas “descendentes”. Como você se sente em relação a isso?

Eternamente agradecida, e envergonhada também. (risos)

Por favor, fale sobre sua mais recente iniciativa no skate.

Em 2000, a minha filha Hailey teve a bri-lhante idéia de sair fora do ramo de transmis-são radiofônica e partir pra fazer silk screens, e assim nasceu a marca “The First Betty”, agora conhecida como “The Original Betty”. Ela me encoraja direto, passamos horas im-primindo camistas juntas e agora apoiamos oito meninas em nossa equip. Em 2011, eu lancei um pro model com a tal foto da revista Life, junto com mais outros dois models. Ago-ra estamos trabalhando num model pra pools e num long fde 43”, esse será o “Surfer Bet-ty”. Gosto de usar imagens minhas do passa-do, principalmente as que eu apareço rindo andando de skate.

Como você se sente estando no Hall da Fama do Skate?

Foi o ponto máximo de minha vida, com toda a certeza. É muito difícil de explicar... a minha filha Hailey me presenteou com o dis-curso mais lindo que eu já ouvi, chorei mui-to na hora. Tive de ler o meu discurso a to-dos os skatistas respeitados que estavam na platéia, isso foi de tirar o fôlego a maior par-te do tempo. O troféu é meio pesado, deve ter uns 8 quilos e é uma verdadeira obra de arte. Como se não bastasse, o Steve Van Do-ren ainda mandou fazer um bolo especial pra cada um dos indicados... Que cara é esse! (ri-sos) Mais recentemente, fui convidade pelo Smithsonian Institute a doar o meu primeiro skate pro museu deles, ficará ao lado dos ska-tes de Tony Hawk, rodney Mullen e Chris Has-lam. É muita honra!

muito obrigado mesmo por ter respon-dido a essas perguntas! Por favor, mande um recado pra todos os leitores da CR-ViS3R e fãs brasileiros que você tem.

Gostaria de mencionar que o senhor em mi-nha vida é Jesus Cristo, amem! A vida é boa se você quiser que seja assim, seja sempre feliz e educado pois você nunca sabe o quan-to pode influenciar a vida de outras pessoas. Além disso, sempre use um capacete pra po-der andar de skate por mais um dia. Beijos!

Acima à direita: Patti McGee, sua filha Hailey V. durante a entrega da premiação “Skateboarder Hall Of Fame 2010”. Acima à esquerda: Capa da tra-dicional Skateboarder Magazine, publicada em 1965. Ao lado: Seus models atuais, mostran-do que a história tem que ser valorizada... respeito!

Patti McGee, sua filha

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Acima à Capa da tra-

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> Skate RunEu fui um dos locutores na chegada do SkateRun jun-

to com o Renato Taroba, e na largada estava ninguém menos que o Paulinho Davi. Nesse ano de 2013, com-pleto 25 anos de experiência em narrações de even-tos de skate - e posso garantir, sem a menor sombra de dúvida, que o SkateRun reuniu o maior número de inscritos de um evento de skate que eu tenha trabalha-do em todo esse tempo. Se não me engano, o número de competidores foi de 4.083 skatistas! As três coisas mais legais foram: a integração de skatistas de TODAS

as modalidades de skate; encontrar centenas de ami-gos e amigas de várias idades, e poder saudar a todos um por um; e, principalmente, os mais de 4.000 sorri-sos nos rostos dos que completaram a corrida. Foram mais de duas horas ininterruptas de skatistas cruzando a linha de chegada, incluindo gente de todas as idades e experiências sobre o skate - dos campeões mundiais Sandro Dias e Douglas Dalua até casais e famílias intei-ras que fizeram questão de chegar de mãos dadas. Re-sumindo: podem me chamar de novo no ano que vem, que eu estarei lá sem falta! (GJz)

A Virada Esportiva aconteceu nos dias 21 e 22 de setembro celebrando a 7ª edição, e mais uma vez fez com que a população paulistana saísse de casa pra curtir as centenas de atividades esportivas e recreativas espalhadas pela cidade por 24 horas ininterruptas. Como em todas as versões anteriores, o skate teve participação garantida em diversos pontos espalhados pela cidade. Aqui, vamos focar em 4 eventos que teve o skate em destaque. Entre novidades e eventos já consagrados, tivemos no sábado

(21), duas competições no Parque da Independência, no Ipiranga, sendo o Fast Slalom Dual Híbrido pela manhã e, na parte da tarde, o Downhil Team Battle. No domingo (22), a novidade desse ano foi o Skate Run, a maratona de skate que fez bastante barulho pelo Centro da cidade, enquanto que no

Ipiranga aconteceu o tradicional evento Skate no Museu, encerrando as atividades da Virada Esportiva em grande estilo. Pra falar sobre a realização do Skate Run, entrevistamos o idealizador e campeão

de downhill slide nos anos 80, Fernandinho Batman Amaral.

Skate Run - Skate no Museu - BattleEsportiva 2013Virada

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virada esportiva 2013

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EntrEvista: Fernando “Batman” do amaral

POR Fabio bolota

Esse projeto estava na gaveta há algum tempo. De onde surgiu a idéia e como foi pra conseguir realizar e concretizar?

na verdade, o projeto é antigo mas nunca esteve na gaveta, mantive o máximo de si-lêncio para não perder o ineditismo e traba-lhei por 5 anos nos bastidores com empresas especializadas na comercialização, como a XYZ, e também com a CBer na estrutura-ção do projeto dentro das leis de incentivo ao esporte. tive um apoio extra da Secreta-ria de esportes de São Paulo, pois o atual se-cretário, Celso Jatene, apadrinhou a idéia da Skaterun desde o seu embrião. a idéia da Skaterun veio dessa experiência em dar im-pulso por longas distância por aí - uma atitu-de que, se verificarmos atentamente, vamos encontrar centenas de skatistas que fazem isso todos os dias... então pensei: “quem será que chega primeiro?”, e foi disso que veio a Skaterun. depois, com a minha experiência empresarial, montei um projeto e consegui convencer os principais players, que foram vitais para a concretização da corrida. to-dos se envolveram de forma convicta da im-portância deste evento e com isso as forças aumentaram, até que saiu....

Um evento com característica de “maratona” sobre rodas não é uma simples competição de skate. Quais fo-ram as etapas mais problemáticas ou complicadas de serem aplicadas ao projeto e qual foi a mais prazerosa e que deu certo?

Um evento onde precisamos fechar 8 quiilômetros de uma das cidades mais mo-vimentadas do mundo não é fácil não, tive-mos que convencer muita gente a começar pelo Cet, e o apoio deles foi fundamental. trabalhamos também juntos com a Policia

militar, que não estava nem um pouco con-fortável, pois no mesmo dia havia jogo do Corinthians no Pacaembu. Fora isso, tive-mos que nos destacar entre os 2 mil eventos da virada esportiva, que consumiam toda a equipe técnica da Secretaria. as maiores di-ficuldades foram a de definir o trajeto, pois a largada foi feita de acordo com a inclina-ção do Pacaembu, e calcular o número de skatistas por pelotão, para não haver atro-pelamentos e tumulto. Isso gerou uma gran-de expectativa e deu certo no final, a mon-tagem dos fiscais de pista em pontos estra-tégicos garantiram que as falhas de equipa-mento e cronometragem fossem minimiza-das. o pessoal da produção foi muito bom também, a o2 (que tem muita experiência com corridas de rua) ajudou muito nas áreas de risco e na logistica do evento, que teve de ser desmontado até as 11:00h. Pra mim, os maiores prazeres da Skaterun foram: a lar-gada dos profissionais e o reconhecimento da galera. todos os agradecimentos que tive dos skatistas foi muito bom pra mim, senti que havia atingido os skatistas da forma que eu queria. Quem ficou em 50º vai tentar bai-xar o tempo na próxima, e quem perdeu vai tentar ganhar pois sabe que foram poucos segundos de diferença. É isso, essa é minha alegria com o evento, ver o desenvolvimento do skate e dos skatistas baseado no tempo.

a tecnologia a favor evita qualquer dúvida quanto ao tempo e o período de prova de cada competidor. todos os sistemas de chips funcionaram, já que cada um dos particpantes tinha um dis-ponível para si?

na verdade, eu tive notícia formal de so-mente um que não funcionou. mas o juiz de pista confirmou que havia passado por lá, além de alguns rumores em relação ao tempo de corrida, mas nada formalizado.

de uma maneira geral, acho que deu cer-to. existe uma interferência provocada por metais no controle de tempo, e como o ska-te tem alumínio e ferro nos eixos, ficamos apreensivos mas no final deu tudo certo!

Considerações finais, etc. (microfo-nes abertos... rsrs).

A SkateRun nasceu, e já nasceu grande! Não vai ficar somente como um evento iso-lado, vamos ter outras e todos os anos, va-mos trabalhar para que ela fique cada vez maior e melhor. Somos muitos skatistas no Brasil e a Skaterun quer ser a prova mais democrática do skate, quem for pra com-petir estará bem acessorado, quem for pra passear encontrará seus amigos... a Skate-run une todas as tribos do skate: tinha gen-te do vert, street, slalom, freestyle, downhill, speed... meu sonho estará completo quando todos skatistas estiverem unidos na larga-da com seus skates ao alto, e ouvirmos bem alto: esse é o skate brasileiro! Essa é a São Silvestre do skate! Abrah!

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Fernandinho Batman e o cobiçado troféu!

Fernandinho com as competidoras.Expectativa da largada.

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> Skate no MuSeu 2013 - GaMe of S.k.a.t.eO Parque da Independência em São Paulo foi palco da

disputa do Game of S.K.A.T.E. que rolou dentro da Virada Esportiva, com o já tradicional Skate no Museu. Amadores e profissionais competiram pelos prêmios em dinheiro e 2 XBOX 360. Marcelo Formiguinha, James Bambam, Zikk Zira, José Martins, JP Dantas, Binho Sakamoto, Léo Gia-con, Mailton dos Santos, Denis Silva, Rodrigo Maizena, Silas Ribeiro, Diego Korn, Diego Chaveiro, Paulo Piquet e Bruno Aguero foram os profissioanais responsáveis pelo sucesso do Skate no Museu 2013! Mesmo com a chuva que caiu e quase conseguiu interromper o evento, não desistiram e fi-caram até o final, esperando que o tempo firmasse e secas-se o local das competições. Agradecemos a todos os parti-cipantes, que dividiram o prêmio em dinheiro e também o amador Daniel Pedroza e o profissional Bruno Aguero, pois cada um levou o estiloso XBOX 360 por vencerem o game.

Realização: Prefeitura de São Paulo - Sec. Esporte, La-zer e Recreação. Organização: Liga de Esportes Radicais e Ação Concreta ONG Esportiva e Cultural. Apoio: Pig, Sk-8Máfia, Thunder, Real, XBOX360, Posso!, Contábil Sumaré. Cobertura: CRVIS3R Skateboarding e Tribo Skate

> Downhill team Skate BattlePOR bruno HupFerNervosismo, concentração e ansiedade: esses são os

sentimentos mais comuns nos campeonatos de downhill que estamos acostumados a ver na cena nacional. Imagi-ne então um campeonato com os melhores profissionais do ranking nacional, os melhores amadores, algumas lendas do skate e um time feminino de peso - todos os ingredien-tes para uma competição com os nervos à flor da pele. O Team Skate Battle, idealizado e organizado pela associação Quintal do Ipiranga durante a Virada Esportiva de São Pau-lo, na verdade foi uma grande festa do skate nacional. Eram 9 equipes com 4 competidores cada, um de cada modali-

Pódium.

Taroba, Fernandinho e Dalua. 3, 2, 1... Largada!

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virada esportiva 2013

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dade (Classic, Masculino Open, Feminino e um Profissional), e a ideia era juntar as ge-rações e modalidades do downhill em uma única competição. Os profissionais pré-se-lecionados escolhiam um de cada modali-dade para compor sua equipe; as equipes eram avaliadas pela performance geral do time, e não pela habilidade individual. Os ju-ízes avaliaram, em jam sessions de 10 mi-nutos, a integração da equipe, a criatividade e a performance de cada apresentação. Ao final do evento, o que se via era um clima de descontração e brincadeiras entre as equi-pes, os juízes e o público, e ganhou quem se divertiu mais. Um campeonato despreten-sioso, sem nenhuma grande divulgação ou premiação e que trouxe o verdadeiro espí-rito do skate de volta à ladeira. Cada mano-bra certa era comemorada por todos, sem discussões sobre resultados ou critérios de avaliação, apenas mais um sábado de Rolê com os amigos.

Classificação Final: 1º Equipe formada por: Cri Duarte, Jonathan Borges, Nelson Marcelino e Mariana Duvekot; 2º Equipe formada por: Reine Oliveira, Fernanda Tabi-th, Vinicius Nalu e Luiz Gustavo Zanetti; 3º Equipe Formada por: Thiago Bomba, Kle-ber Pasini, Andréa Guandaline e Felipe Mar-ciano; Profissionais convidados: Cri Duarte, Kauê Mesaque, Ilton Tatá, Laura Alli, Thiago Bomba, Christie Aleixo, Douglinhas Barbo-sa, Zequinha Rapanelli e Reine Oliveira.

> FaSt Slalom Dual híBRiDoClassificação: 1º Thiago Gardenal; 2º Ce-

sar Lufti; 3º André Fuchs; 4º Tiago Tebé; 5º Dery Spovieri; 6º Rogério Nogueira “Sammy”; 7º José Carlos “Birinha”; 8º Ri-cardo Mikima; 9º Dácio Toco; 10º Car-los Alberto Sales; 11º Fernando Camargo; 12º Bruce Campagnucci; 13º José Manuel Fernandes; 14º Heloíza Akemi; 15º Henri-que Costa.

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Dery Spovieri.

Heloísa Akemi. Thiago Gardenal. Leone Creazzo.

Slalom Crew!

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Aquelas pessoas passaram pelo evento mais surre-al de todas as suas vidas, e eu sabia que elas esta-vam procurando algo pra ajudar a encher suas vidas com alegria e felicidade. Eu não sabia bem o que fa-

zer, mas tinha a certeza de que o projeto Longboarding For Peace iria me ajudar a prestar alguma assistência àquelas pessoas. Em três dias, eu tinha 50 longs montados vindos de várias empresas; o meu trabalho foi o de botar tudo aquilo na mala do carro e dirigir cerca de 1.200 milhas (ou 1.920 kms). É certo que havia alertas de tornados e imen-sas tempestades em toda a região do Meio-Oeste, mas agora isso não tinha a menor importância. Durante toda a viagem, ficava pensando como aquelas famílias de Moore estariam se sentindo naquele momento.

Muitas vezes eu pensei: “puxa, uma entidade levantou cerca de US$ 50 milhões pra ajudar as vítimas do torna-do; como é que 50 longs ajudariam aquelas pessoas?!”. Minha esposa Liz me disse: “Dusty, qualquer coisa vai fa-zer a diferença, e aquelas pessoas de Moore ficarão fe-lizes em saber que um cara da California se importou o suficiente pra dirigir essa distância toda apenas pra levar um pouco de esperança e felicidade a todos eles”. Isso me

deu muito mais segurança em minhas intenções, mesmo vendo que as tempestades pareciam nos seguir e que ha-via tornados nos cercando por todos os lados.

Depois de um tempo na estrada, tivemos de parar num shopping pra nos proteger num abrigo anti-tempestades. Era igual ao filme “Twister”: entramos feito loucos no esta-cionamento com um tornado que parecia estar nos perse-guindo no retrovisor, a menos de uma milha de nosso car-ro! Essa foi a parte mais assustadora: minha família entrou antes de mim e, quando eu entrei, não consegui localizá--los. As coisas começaram a ser despedaçadas e a única coisa que podia ser ouvida era um barulho muito intenso, como se um trem colossal tivesse passando por cima da gente. E nada de minha família... eu comecei a pensar se eles não teriam ido pro lugar errado, e preticamente in-timei um dos policiais a passar uma mensagem no rádio pedindo pra que identificassem quem quer que conheces-se um homem chamado Dusty Ray. Cinco minutos depois, fomos informados que a minha família estava na outra ex-tremidade do abrigo junto com outras 200 pessoas que estavam enfiadas naquele longo corredor de tijolos.

Então, de uma hora pra outra, tudo tinha terminado: os

TExTo E foToS Dusty Ray | TradUção Guto Jimenez

Todos ouviram falar no imenso tornado que devastou a cidade de Moore, em Oklahoma (EUA) em maio, tirando as vidas de 24 pessoas e destruindo cerca de 13.000 casas. Quando vi as notícias, fiquei com nó no estômago e decidi que não poderia ficar apenas vendo aquela história horrível na TV sem fazer nada. Então, liguei pra

algumas pessoas na indústria de longboards e parti pra ação: eu sabia que aquelas famílias eram parecidas com a minha - eles estariam em estado de choque naquele

momento, mas depois tudo o que eles gostariam era de poderem voltar à normalidade.

longboardsPaz, amor e

Acima: Nada se compara a ver a devastação provocada por um tornado andando pelas ruas da cidade.

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longboarding for peace

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portões de metal foram abertos e estávamos livres pra partirmos. O tornado passou bem ao lado do shopping e eu estava agradecido por todos estarem bem, apesar do choro incessante dos bebês e das inúmeras mães acalmando suas crianças. Todos se ajudavam, não havia estranhos nessa hora, e todos nós nos sentimos agradecidos por tudo o que nós tínhamos. Essa experiência assustadora serviu pra colocar as coisas em perspectiva pra mim, já que agora eu tinha uma pequena noção do que os habitantes de Moore tinham passado. Apesar do tornado ter passado perto, e da experiência caótica não ter durado mais do que 15 minutos no total, o meu coração parecia estar na boca. Em ne-nhum momento eu me preocupei com a minha própria segurança, pois só po-dia pensar nos meus amados familiares.

Finalmente chegamos a Moore e nos encontramos com alguns longboarders da área que estavam ajudando de alguma maneira. Aquilo que vimos não pode ser descrito com palavras e imagens, já que a destruição e o caos se espalha-ram por uma área tão grande que era muito difícil de absorver tudo de uma vez. Minha mente simplesmente não conseguia processar direito o que eu via: pickups enfiadas no meio de casas, trailers amassados iguais a panquecas e toda uma vizinhança completamente devastada.

Encontramos com os caras da BC Longboards, Brett Daniel e Marshall Coo-per, junto com a pessoa que me fez decidir viajar até Moore: Neil Wieland, que postou no Facebook uma foto dele de long andando pelas ruas devastadas pelo tornado. Um monte de longboarders de todo o país se mobilizou e se deslocou à cidade com um único pensamento, o de fazer aluma coisa pelas famílias que haviam perdido tudo o que possuíam em poucos minutos. Um desses caras era Billy Angus, que trouxe outros longs lá do Missouri e se mostrou ser a pessoa mais produtiva e solidária que já conheci na vida. Aliás, as pessoas que conhe-ci nessa viagem mudaram a minha vida pra sempre. A quantidade de carinho, amor, compreensão e gratidão que testemunhei em Moore era gigantesca, e o dia do evento foi o primeiro dia de sol desde que nós saímos de San diego.

Por volta do meio-dia, todos os tipos de famílias estavam se dirigindo à nos-sa tenda e nós entregamos os longs às famílias durante todo o dia. Um dos ca-ras que eu conheci, Chris dewitt, trouxe sua filha Taylor e seu filho Sebastian, e ficaram juntos da gente nos ajudando durante todo o dia. Um outro jovem cha-mado Jory Pratt também apareceu, e ele havia sido a pessoa que mais havia perdido algo durante o tornado: sua mãe estava no hospital após um carro ter entrado pelo teto de sua casa e pousado sobre ela, e sua pequena irmã Sidney não chegou a tempo ao abrigo da escola, vindo a desaparecer junto com o tor-nado. Esse cara passou por muito mais do que qualquer pessoa que eu tinha conhecido até então e tinha vindo até nós em busca de algo, seja lá o que fos-se. Quando o vi andando de long no estacionamento da escola, percebi o quão forte ele era e o quão feliz eu estava de ter sido capaz de presenciar tamanha presença de espírito.

Todos os voluntários e algumas das pessoas que receberam longs partiram pra uma volta pela cidade, e te garanto que assistir pela TV ou mesmo de den-tro de um carro não se comparam a testemunhar aquilo andando de long. Mi-nha filha Hayley andava em seu long ao meu lado e segurava a minha mão o tempo todo, e eu podia sentir a sua pulsação bem como sua compaixão ao an-darmos em meio aos escombros. Vez ou outra, parávamos pra conversar com as famílias que estavam buscando por suas coisas em suas casas devastadas, mesmo que fossem simples fotos familiares, e todos se mostraram agradeci-dos de alguma forma.

A vibe em Moore era inacreditável. Eu já viajei a inúmeros lugares por vá-rios motivos, e posso dizer com toda a honestidade que nunca vi pessoas se-rem tão gentis e compreensivas umas com as outras em toda a minha vida. Aquelas pessoas estavam agradecidas por estarem vivas, e tinham um respei-to muito grande umas com as outras, e aquela comunidade pode nos ensinar muito sobre o que ser um “bom vizinho” quer dizer de verdade.

A conclusão que eu cheguei foi a seguinte: não precisamos de US$ 50 mi-lhões pra fazer do mundo um lugar melhor, só precisamos mesmo de ter a von-tade de tentar. É isso que eu e meus amigos longboarders estamos fazendo, pois estamos numa missão de levar um pouco de alegria e felicidade a onde quer que seja necessário. Pense um pouco nas 24 pessoas que perderam suas vidas e nos 13.000 lares destruídos em maio, e sinta-se grato por tudo o que você tem. Você também pode pular no seu long e ajudar aos outros! Basta unir-se ao nosso exército, o do Longboarding Pela Paz, e ajudar-nos em nossa missão sem volta.

Agradecimentos: BC Longboards, Bern Unlimited, Bombsquad Longboards, Burning Spider Longboards, Core Extreme Sports, Daddies Board Shop, Loaded Longboards, Metro Wheels, Original Skateboards, Paris Trucks, Sector 9, Triple 8.

De cima pra baixo: A galera do Longboarding For Peace presente em Moore. Famílias inteiras foram esvaziar as cabeças dos imensos problemas. O autor e uma das mais de 13.000 casas devastadas. O menino aprendendo que nada é superior à solidariedade entre os seres humanos.

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Juliano, pra começar eu queria deixar bem clara a sa-tisfação que sinto ao fazer essa entrevista com um camarada de longa data e de muitas sessões como você. Muito respeito! Agora deixando a rasgação de

seda de lado, vamos ao que interessa: quando foi que você começou a se interessar por skate em primeiro lugar?

No meu bairro tinha uma galera que andava de skate, isso era em 1986; não os conhecia e sempre os via fazendo uns drops na área. Nessa época eu já trabalhava, tinha uns 14 anos mais ou menos e lembro que comprei o meu primeiro skate da marca Ter-ra e Sol. No mesmo dia, eu me juntei à galera e já estava dropando as ruas do bairro. Com o tempo, uma das ruas do bairro (chama-da Rua do Campo) acabou virando point, todos os dias tinha gen-te andando lá. Como é normal, o skate é o maior portal e o me-lhor cartão de visitas que existe para se formar amizades, e em pouco tempo já estava conhecendo Indião, Marquinhos, Junior da Kanos, Passinho (o Carioca)... essa era a primeira galera do slide da área, e em pouco tempo já estava correndo os campeonatos.

Até onde eu sei, você é um skatista overall por nature-za; já te vi em sessões e eventos em ladeiras, pistas e até em obstáculos de street! Como surgiram essas modalida-des na sua carreira?

Sou nascido e criado na Zona Norte de São Paulo, que era e ainda é uma área muito carente de pistas de skate, por isso que muitos nomes que fizeram história e hoje são lendas do downhill saíram dali: Yuppie, Indinho, Mikima, os saudosos Marquinhos Ca-reca e Indião... As únicas pistas da região eram a Polato Skate-park (em Guarulhos), e a pista da ZN; na praça do Jaçanã rola-vam umas rampas para varar, uns trilhos no chão, tudo meio no improviso, e também na pracinha de Santana, onde também era street além das ladeiras da área para dropar. Essa mesma ga-lera que andava de slide curtia muito andar em pistas também.

Lembro quando andávamos na madugada em SBC, muitas vezes a gente pegava o último ônibus no metro Tietê para SBC, chegá-vamos às 00:30 e andávamos até as 5:30 da manha, que era a hora de pegar o primeiro ônibus que voltava para SP. Não pense que era só a gente que fazia isso: vários profissionais também iam esse horário para treinar e assim a gente foi desenvolvendo em tudo um pouco.

Cara, você tem uma carreira impressionante em termos de eventos e conquistas. Dá pra dar um resumo sobre os principais campeonatos e circuitos que você correu?

Essa daí, só consultando o banco de dados (risos). Vamos lá: 3º lugar no ranking profissional de speed 2012 e top 3 do ranking Brasileiro desde 2003; 5º lugar no ranking sul-america-no Speed 2012; 3º lugar no ranking sul-americano speed 2011; campeão do Festival La Bajada na Colômbia em 2011, e cam-peão sul-americano de slide também na Colômbia em 2011. Por aqui, sou vice-campeão brasileiro de downhill slide de 1989, 2010 e 2011; top 3 do ranking paulistano de banks com skati-nho e longboard em 2007/08/09. Também fui 5º lugar no mun-dial de downhill slide, na California em 2009; 10º do mundo no ranking IGSA em 2007; 2º lugar no Mundial Rio Downhill em 2006, na Vista Chinesa (Rio); campeão sul-americano em 2005 no Chile, campeão brasileiro de 2003 no Champ do Funil e che-ga por aí (risos).

- Os skatistas mais antigos de nosso país tiveram de li-dar com muitas carências, como as de materiais de boa qualidade, a falta de picos, repressão e preconceitos (às vezes até mesmo dentro de casa)... Você acha que isso pode ter forjado aquilo que se chama de “Brazilian crazy style” na gringa?

Brazilian Crazy style never dies! (risos) Hoje temos uma nova geração que segue o mesmo estilo, o BCS está em cada um de

Alguns nasceram pra serem líderes. e outros, para seguirem e se inspirarem. Juliano Cassemiro é um desses líderes natos, sendo também o skatista com uma das histórias mais expressivas de todo o cenário nacional. Um competidor duro de ser batido, um mestre nas ultrapassagens no speed e um doutor pós-graduado em slides, o cara é uma das referências mundiais do skate de ladeira, com a carreira mais extensa entre os competidores do circuito mundial. Como se não bastasse, é um dedicado e amoroso esposo e pai de família, lojista e empresário - e, sem dúvida alguma, uma das pessoas mais honestas em suas intenções que eu conheço. Ele abriu o verbo pra essa entrevista exclusiva à CRVIS3R, onde fala sobre a sua impressionante história de dedicação, pioneirismo e extremo amor a tudo o que tenha a ver com o skate. Leia com atenção e repare na atitude dele perante todas as coisas boas (e algumas nem tanto) que já aconteceram na sua vida movimentada, pois tenho certeza absoluta de que você irá aprender alguma coisa. Paixão, atitude e sabedoria: esse é O Cara!

PoR GutO JiMenez

JulianoEntrevista:

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Juliano puxando o tail slide com vonta-de, no melhor estilo

do downhill slide.

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nós que se aventura em competições de speed pelo mundo, na forma que uns e outros dos nos-sos competidores encaram as baterias, as compe-tições... Os gringos ficam apavorados quando sa-bem que tem um monte de brasileiros nos eventos, porque sempre tem brasileiros dando trabalho em qualquer modalidade do mundo. Hoje está tudo mais fácil para nova geração, as portas que tinham que ser abertas o foram de forma muito guerreira, mas os brasileiros tiveram que batalhar muito para chegar no ponto que estamos hoje. Sobre a discri-minação, nós somos da época em que o skate ain-da era marginalizado; só para recordar, e quem é da época vai se lembrar: na década de 80, o pre-feito Jânio Quadros proibiu skate em São Paulo, a policia tomava o skate da galera na rua. Quanto à discriminação dentro de casa, nessa época a infor-mação não chegava como hoje e lembro que a mi-nha família não entendia muito o porquê de eu es-tar sempre na estrada ou como eu conseguia estar em vários eventos e cidades diferentes, e cheguei a ser chamado de turista dentro de casa (risos). Hoje todos entendem e admiram meu trabalho, e tudo que plantei e colhi com o skate.

Por favor, conte pra galera de hoje em dia como era andar de skate em ladeiras naque-les tempos.

O downhill slide era a modalidade que mais bombava de ladeiras na época, já tinha uma cena rolando com alguns campeonatos espalhados por

São Paulo e interior com competidores de nome como Alexandre Maia, Digo Menezes, Carlos Mi-lare, Birinha, Mikima... Lembro do Yuppie com um skate bem grande, o Maia com batente de porta e trucks, o Bê com uma prancha que na verdade era um ski com trucks e rodas... os skates não ti-nham padrão, e nessa época já tinha uma galera que mandava muito bem

Falando dos dias atuais, há uma fartura de tudo o que se possa imaginar em termos de skate, e um praticante de qualquer modali-dade tem inúmeras opções tanto pra montar seus carrinhos quanto pra andar com eles. Você sente que há um reconhecimento por aqueles que pavimentaram esse caminho, como você? Aliás, você se importa com isso?

Por parte dos competidores que me conhecem e que acompanham meu trabalho, essa galera tem sim o reconhecimento em todas as áreas que participo no skate, seja no slide ou no speed, em banks, no slalom... o bom também que está rolan-do a categoria master e está servindo de exemplo para o mundo, ela vem crescendo muito e está ro-lando nos campeonatos de São João do Deser-to e Guaíba (ambos no RS), Espirito Santo e Belo Horizonte. Isso é ótimo para a nova geração sa-ber quem são os caras que plantaram a raiz no Brasil, pois nessas competições tem skatistas co-nhecidos de vários estados como Kako Max, Fabio Lamp, Percy, Juba, Leo, Floriano Sales, Leo Fer-

“Árvore sem raiz não pára em pé; temos de valorizar e respeitar as raízes, contar nossa historia, dar valor àqueles que ralaram a pele antes porque, com certeza, amanhã os caras da nova geração é que serão os olds.”

O drift perfeito de backside e a tomada perfeita da curva: detalhes de um mestre das ladeiras.

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olha, eu já andei em vários países e em vá-rios picos diferentes no México, Estados Unidos, Europa, África e em toda a América do Sul, mas nunca tive novamente a mesma sensacão que tive dropando a ladeira do Cristo Redentor (NR: Estrada do Corcovado). A vista é de 360 graus de uma das Sete Maravilhas do Mundo, mais de 20 curvas e muitas delas tem que ter a base dos slides para fazer... Lembro de tudo como se fos-se ontem, foi meu primeiro evento de etapa do mundial, ali abri a mente para competições inter-nacionais, meu primeiro mundial e consegui ficar em 7º lugar. Fiz uns corres, tive de abrir mão de outras e focar no mundial, logo já estava embar-cando para o DHX na Africa, depois fui para o Hot Heels na Áustria que fiquei em 7º lugar também, segui para Suíça e fiquei em 5º lugar e foi aí que começou minha historia no circuito mundial.

Você, o Maia e o Maloteiro foram os pri-meiros a enviar matérias sobre skate de la-deira com regularidade pra tribo, se não me engano desde os anos 90. Como eram as correrias naquela época?

Na década de 90, o nosso foco estava so-

A sessão é na mini? Sem problemas: f/s smith grind beeem corrido.

“Os gringos ficam apavorados quando sabem que tem um monte de brasileiros nos eventos, porque sempre tem brasileiros dando trabalho em qualquer modalidade do mundo.”

mente no downhill slide, poucos skatistas segu-raram a onda e continuaram andando na moda-lidade, dava para contar quantos skatistas real-mente andavam nessa época: eu, Yuppie, Indião, Marquinhos, Mikima, Marcos ET, Ragueb, Maia... nessa época fazíamos muitas matérias em re-vistas e tvs. A partir do ano de 2000, começa-ram a rolar mais eventos de speed e foi quando rolou o Speed Monster, com a presença do fran-cês Manu Antuna. Esse evento era uma seletiva para o Mundial no Corcovado, e partir dai eu, o Maia, o Maloterio e o Marquinhos focamos em fa-zer projetos para correr os campeonatos que vi-riam. Então comecamos a fazer tours e matérias em revistas e tvs para podermos divulgar melhor o speed para que as pessoas conhecessem mais a modalidade, e assim facilitar para podermos fe-char nossos projetos para circuito mundial. Con-seguimos entrar nos melhores canais de tv de rede aberta e em canais de esportes, ao mesmo tempo reforçávamos com matérias de campeo-natos e tours na Tribo. Essa revista foi a que sem-pre esteve aberta para o downhill e é a principal responsável pelo evolução no nosso pais.

Você esta na Sector 9 há quantos anos?Estou na Sector 9 desde 1998, fazem 16

anos. Acredito que eu, Yuppie, Plínio e o Indião fomos os primeiros a testar shapes para speed da Sector, isso no ano de 2000 no Speed Mons-ter. Em 2001, quando fui o melhor brasileiro no Mundial no Corcovado, a Sector fez um anuncio com esse shape e uma foto minha. Hoje, existe dentro da Sector 9 o departamento “Downhill di-vision”, e brinco sempre que sou o primeiro DD da marca (risos). Estamos trabalhando nos arqui-vos no intuito de contar essa minha historia com a Sector 9, na verdade não é só uma historia mi-nha e sim da marca, do Juliano e da Plimax. Por exemplo: a marca nasceu em 1993, em 1996 a Plimax começou a trazer os Sector 9 para o Bra-sil, e em 1998 eu já estava andando de skate para eles. Hoje estou com 40 anos e sou o cam-peão brasileiro da categoria master em 2012.

Agora chega de nostalgia... Por favor, fale desses eventos mais atuais que você andou correndo. Qual foi o melhor deles e em qual pico você mais curtiu andar?

Primeiro o Angie’s Curves (USA), segundo o IGSA em Monterrey no México, depois o IGSA Festival de La Bajada na Colômbia. A Colômbia é muito legal pelo respeito que a galera tem por mim, em 2011 ganhei uma etapa do mundal de slide e speed competindo lá e contra os melhores do planeta. Esse evento também tinha transmis-são ao vivo para todo o mundo e, nesse momen-to, o Patrick Switzer era o campeão mundial e ainda não tinha perdido nenhuma etapa no ano, e consegui quebrar essa hegemonia dele. Lá eu sou considerado uma lenda da América do Sul, mui-

raz... Um locutor como você, Guto, consegue pas-sar o feito de cada um, onde o cara já andou, quais os campeonatos importantes que ganhou... Árvo-re sem raiz não pára em pé, temos de valorizar e respeitar as raízes, contar a nossa historia, dar va-lor àqueles que ralaram a pele antes porque, com certeza, amanhã os caras da nova geração é que serão os olds. Vi isso acontecer fora do Brasil, os caras que fizeram a historia acabam esquecidos, como por exemplo Manu Antuna, Ely Smose, Dar-ryl Freeeman, Dallas Obenhauser, Byker Sherlock, Dani van Bommel... Imaginem um mundial de old school no speed com esse caras! Sou muito feliz por Deus me dar saúde para poder andar até hoje, e continuar tendo bons resultados com 40 anos, brigar em baterias de igual para igual com os tops e adversários que têm a metade da minha idade.

noutro dia eu estava assistindo a um vídeo postado pelo eduardo Fiori no Youtube sobre o evento que rolou na estrada do Corcovado, no Rio. Nós fizemos parte de um evento úni-co com uma megaestrutura que incluía trans-missão por canal de tV e tudo. Quais as suas melhores lembranças do Down Rio?

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tos conhecem a minha historia por causa de tra-balhos que fiz no Brasil, Chile, Argentina e Peru.

e o Angie’s Curves, hem?! Fiquei de boca seca só de olhar os vídeos... O pico era aque-la pauleira mesmo ou era até mais cascudo do que parecia no vídeo?

o pico era cascudo sim mas não tive medo, mi-nha raiz é do downhill slide e era o que a ladeira exigia. o problema era que, em alguns pontos do circuito, você chegava com muita velocidade e não podia errar as curvas, o feno era muito duro. Mui-tos skatistas bons ficaram de fora de plena cons-ciência pois não queriam se quebrar, e outros não tiveram tempo de pensar e infelizmente se que-braram. Fiquei muito contente em ter ficado en-tre os top 16 no Angie’s. Quando paro para pen-sar que estou em 2013, e ainda competindo con-tra os melhores do mundo, como Patrick Switzer, Mischo Erban, Kevin Reimer, Louis Pilloni, James Kelly, Douglas Dalua e etc, fico pirando. Acredito que hoje eu seja um dos mais antigos em compe-tições pelo mundo e ainda conseguindo bons re-sultados, nos 24 anos de competições em toda minha carreira. Acho que, depois de muitos anos, nenhum circuito me assusta encaro todos como diversão, faço o sinal da cruz e vou com Deus.

Falando nisso, qual é o pico mais casca-grossa que você andou na vida?

Foi em 2012, se liga no nome do evento e

convites, em breve penso que será uma boa tour para fazer com a skatefamily.

É inevitável termos de falar em sua famí-lia, conhecida por muitos como a “Família Downhill” e “Família Skate”. Você e Reine fo-ram realmente feitos um pro outro, e o Lucca só poderia mesmo ter nascido com o asfalto e uretano na veia. O que significa a sua famí-lia pra você?

Eu e Reine estamos juntos há 16 anos mais ou menos, ela sempre acompanhou os eventos. Para você ter uma ideia, ela esteve no Speed Monster e no Corcovado, e daí começou a andar e não pa-rou mais. Familia é sempre especial, mas a minha é um presente de Deus, minha família é minha base, minha equipe. A gente sempre está junto em campeonatos e em tours, eu estou tão acos-tumado que, quando não estou eles nos campeo-natos, não é tão legal. O Lucca, com 2 meses de vida, já estava no champ do Funil, e depois disso já rodou quase todo Brasil, fez parte da Tour Hill Hunters, foi para todas as etapas que rolaram da IGSA na America do Sul em 2012. Venho de uma geração que andar de skate com irmãos e pri-mos já era bem legal, na geração de hoje os filhos já estão andando com os pais, e mais um pouco à frente vamos andar com netos (risos). Muitas pessoas já comentaram que minha família serve e serviu de inspiração, que algumas familias pas-saram a andar de skate juntos depois que viram nossas matérias na tv. Tenho muito orgulho da minha família, espero que isso se prolongue mais alguns anos ate eu poder andar com os netos.

Você e Reine costumam andar e treinar juntos sempre que possível. Rola uma com-petição saudável ou é do tipo “o último que chegar lava a louça do jantar”?

A gente não treina mais, a gente sai para andar de skate, essa é nossa diversão, mas ultimamen-te a Reine está filmando muito para o OFF e eu em competições internacionais. Já faz um tem-po que a gente vem conversando sobre compe-tições, que isso não está mais sendo importante para nós e, hoje, estamos buscando a longevida-de no skate, buscando novos projetos em família para conhecer lugares novos e também andar de skate, curtir mais um free skate e cuidar do corpo e da alma para poder andar mais tempo de skate. E respondendo à pergunta, a gente sempre divide bem as tarefas para sobrar tempo para andarmos de skate, assim não rolam bloqueios nem compe-tições, só diversão.

E o Lucca, como é ver o seu filho seguindo os seus passos de skatista?

Esse com certeza nasceu com o uretano e as-falto na veia, em meio aos brinquedos sempre teve o seu skate e aí foi tudo muito natural. o Lucca já

“Venho de uma geração que andar de skate com irmãos e primos já era bem legal; na geração de hoje, os filhos já estão andando com os pais, e mais um pouco à frente vamos andar com netos (risos).”

já vai ganhar a fita: Survival Downhill Montereal Longboard Fest, em Monterey (México). o pico atingia 100 km/h fácil, eram sete curvas que você tinha que dar slides a 85 /90 por hora para poder fazer numa boa, slides de front e de back e os slides tinham que ser muito seguros porque eram só cotovelos em U e o asfalto escorregava muito... esse foi punk, I Survived (risos).

Você prefere circuitos mais técnicos ou mais velozes?

Prefiro que tenha os dois juntos, velocida-de com curvas. Nunca fui aerodinâmico, nunca fui velocista, sempre fui mais técnico, até mes-mo porque venho do downhill slide, e mesmo as-sim não deixo de ir para os eventos velozes. Hoje a minha diversão vem antes de resultados, um exemplo é que tem 6 anos que vou para Teutô-nia somente para dropar aquele pico, é um pico que eu nunca fiquei entre os 10, o melhor que fiquei foi 16º lugar. Ali você supera todos os li-mites imagináveis, com certeza é a “Megarrampa do downhill speed”, sou movido por essa adrena-lina e quero que essa chama continue acesa por muitos anos.

Ainda sobre picos, qual o local que você ain-da não andou e que gostaria de dar uns rolés?

o único país onde rola o movimento speed e slide, competições e etc que ainda não andei é a Austrália, tenho amigos de lá e sempre recebo

Orgulho do pai! Lucca e Juliano botando pra baixo de skatinho.

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Em cima à esquerda: Layback com direito a leque de folhas, na famosa e cascuda Ladeira da Morte. Em cima à direita: Ladeira rápida e muita técnica de slides. Essa é a maneira de encarrar a “montanha-russa” no evento de Angie’s Curves. Abaixo: Mesmo com o asfalto encharcado e espirito total de Fórmula 1, Juliano faturou o evento em Bogotá, na Colômbia, botando pra baixo na chuva.

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foi compeão brasileiro mirim de slide 2010/2011, já ganhou compeonato de minirrampa na Red Beach ska-tepark, surfa e, nas pistas de skate e champs de slide, se engendra no meio da galera e anda igual à gente grande. No speed eu ainda o seguro, acho que tem que estar um pouco mais velho, fortalecer mais os músculos e ossos para poder aguentar mais as pancadas, penso que mais uns dois anos esteja na hora. Ele tem um rolé muito seguro que ele chama de freespeed (risos), des-ce muito bem as ladeiras dando slides de front e back, sabe fazer curvas. Em breve, ele terá uma participação dele no canal Off no programa “Curvas e Ladeiras”, tem duas produtoras que estão coletando imagens dele (a Primitivo e Casarin produções)... é o orgulho do pai (ri-sos)! Meu filho é meu amigo e parceiro de rolés, já esti-vemos várias vezes juntos no podium, muitas vezes nas derrotas que também serviram para a sua aprendiza-gem. Acho que temos que divulgar e incentivar famílias a andarem de skate juntos pois o skate também pode unir famílias, o rolé de diversão entre a família pode ser muito gratificante e saudável.

Você tem uma skateshop que desde sempre vem apoiando o cenário local, seja patrocinan-do skatistas ou apoiando eventos. É mesmo uma missão?

É uma missão! E ainda bem que tenho o Indinho, o cara me conhece desde criança, sabe como eu sou, meu estilo de vida, minhas loucuras para correr campe-onatos e satisfazer meus sonhos. Se hoje consigo cor-rer champs e estar em projetos de filmagens e tours, é por causa dele que é meu braço direito na loja. A Mis-

sion Skate Shop é uma loja de skatista para skatistas, vendemos para todas as modalidades: slalom, speed, slide, street, freestyle... Sou um skatista overall e tenho uma equipe de vendas de skatistas overall: Mikima, In-dinho, eu e Reine. Como nossos vendedores são skatis-tas profissionais, conseguem dar um feedback do skate ideal para o mais próximo do que os iniciantes ou ska-tistas precisam. É muito importante você vender o ska-te para o terreno certo, todos os dias montamos ska-tes de todas as modalidades para homens, mulheres e crianças. Muitos pais e mães deixam seus filhos na loja para montar seus skates novos ou trocar peças, daí vão ao cinema, comer um lanche, fazer compras e depois voltam para pegar os filhos, isso é a confiança que cria-mos entre nossos clientes.

Ainda sobre seu outro lado profissional, uma pergunta que não pode deixar de ser feita: o que você mudaria no cenário brasileiro? Pode ser em termos de mercado, eventos, picos... fale o que você quiser.

Gostaria de mudar a cabeça dos fabricantes de sha-pes para longboard e algumas distribuidoras que ven-dem produtos para DH. O downhill ficou muitos anos sendo o primo pobre do skate, muitas distribuidoras e fábricas nem olhavam para o DH e hoje vêm pegando carona e sugando da modalidade. Muitas fábricas de shapes não vendiam o que estão vendendo hoje com o longboard, com as modalidades do downhill. Não vejo problema nenhum deles ganharem seu dinheiro, o pro-blema está em não ajudarem os skatistas da modali-dade, em não entrarem em eventos e só ficarem en-

No alto: Juliano sai do vácuo e arma o bote pra cima do Max Ballesteros em Teutônia. No meio: O Cara no seu habitat natural, negociando a saída de um “cotovelo”, com Kyle Western, Louis Pilloni, Misho Erban, Juliano e Kyle Martin. Embaixo: Administrando o bert slide no gás, em um “mar” de asfalto.

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entrevista

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chendo os bolsos de dinheiro. os skatistas têm que se conscientizar em somente usar produtos de quem realmente ajuda o DH, temos de estudar uma espécie de selo ou carimbo tipo “eu ajudo o DH”, sei lá! Hoje, o downhill no geral (slide, speed, slalom) tem os melhores competidores do mundo e faltam muitos bons eventos porque muitos que-rem somente sugar do DH. Por outro lado, chega-ram distribuidoras e marcas que estão ajudando de uma forma bem profissional, nós ainda esta-mos caminhando ainda para uma melhoria nessa parte e sei que juntos vamos conseguir e não ter-mos mais os chupa-cabras do mercado.

Por favor, fale sobre o acidente que você teve na Argentina.

Foi no dia 27 de maio de 2011, no dia do ani-versário do meu filho, imagine que presente para ele... Campeonato Snake Skeleton, na Argentina, um circuito rápido e com muitas curvas. Na curva principal, próxima à chegada, aparece um carro que havia furado o bloqueio da organização em um ponto cego da pista e, para eu não bater total-mente na frente do carro, consegui dar um slide e mudar a direção conseguindo pegar a porta late-ral e roda traseira. Ganhei duas costelas trincadas e 18 pontos na bacia, vai vendo! Tenho um amigo que não vou esquecer nunca, o Sr. Antonio, ele é dono das cabanas que a gente fica em Potre-ro de los Funes e vai para o campeonato torcer pela galera. Ele foi um pai, um avô para mim, este-ve comigo o tempo todo. Lembro que acordei no hospital e ele já estava segurando a minha mão e falando que era para eu ficar tranquilo, pois ele estava lá e só ia sair de lá quando eu estivesse bom. E foi isso o que ele fez, sou grato por ele e

ao André Preto, que também ficou esperando ho-ras e horas até a minha saída. Depois do aciden-te, ainda fiquei mais um mês de cama e a recupe-ração completa levou 3 meses.

Chefia, é melhor pararmos por aqui senão vai ser punk de editar... Por favor, mande uma mensagem pra quem ler a sua entrevista na CRViS3R – e muito obrigado mesmo, patrão!

Sempre que forem andar, nunca esquecerem os equipamentos de segurança, principalmente o capacete. Vamos valorizar a quem valoriza e apoia o downhill, eu digo e repito: árvore sem raiz não pára em pé, vamos dar valores para as raízes. Lembrar que a diversão tem que estar em primei-ro lugar, porque se não tiver diversão e só com-petição, nos momentos baixos da carreira muitos puxam o bico. O downhill está aí pelo mundo, é só escolher o país que você queira andar e pés na tabua. Muita paz e harmonia nas sessões, e mui-tas famílias andando junto de skate nos parques, pistas, ruas e ladeiras. Guto, é um prazer fazer essa matéria com a CRVIS3R e, em especial, com uma lenda do skate e também do nosso meio de comunicação do skate, não é por acaso que te chamo de “Professor” toda vez que nos encon-tramos (risos). Agradecimentos ao Marcus Val-divia, Nick Sacks, Washington Baute, Plinio Cury, galera da Mission Skate Shop (Indinho, Mikima, Peter e Thamires). Aos caras que fazem parte da historia do downhill, Fábio Bolota, Cesar Gyrão, Shin Shikuma, Marcos ET, Birinha, Yuppie e aos nossos saudosos amigos Willians Indião e Marcos Ubaldo, o Careca.

> JuLiAnO CASSeMiRO40 anos, 27de skatePatrocínios: Mission Skateshop, Boardrider, Sector 9, Triple 8.Apoio: Rad Wheels, Academia Lucena.

“Muitas fábricas de shapes não vendiam o que estão vendendo hoje com o longboard, com as modalidades do downhill. Não vejo problema nenhum deles ganharem seu dinheiro, o problema está em não ajudarem os skatistas da modalidade...”

Acima: Uma rotina: Juliano no lugar mais alto do pódio, na Colombia. Embaixo à esquerda: A Skate Family: Juliano, Lucca e Reine. À direita: Rolé no banks, nose grab grind lapover, daquele jeito.

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visite: @crvis3rskateboardingmag

@pebanlianfoto

@andmarcelo - Marcelo Andrade @euamolongboard @lion_victor - Lion Victor

@renatagasparotto @roberta_garcia

As imagens dos leitores estão chegando, e se você também quiser ver sua foto publicada aqui na revista, envie-a para nós. Esse espaço é seu!

Basta enviar a sua imagem mais legal, andando de long, cruiser, speed, downhill slide... o que você achar melhor. A foto selecionada vai estampar a “Foto do Leitor”! Então capriche e envie por e-mail para: [email protected]

Utilizando o aplicativo Instagram, basta postar a sua foto preferida com a hashtag #crvis3rskateboarding. Não se esqueça de colocar o nome do skatista, o local, a manobra (opcional) e o nome do fotógrafo. Lembrando que fotos de quaisquer mecanismos são aceitas: celular, câmera fotográfica, captura de vídeo, etc. Boas sessions e boas fotos!

Rider: Gustavo Quinalha - Local: Novo Horizonte/Paraná Foto: T-Rex

Thiago Moreira - Local: Mossungue, Curitiba/ParanáFoto: Laura Lopes

Rider: Marlon Souza Sacramento - Local: Vale do Seren/BHFoto: Vitor Brandão

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| foto do leitor

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ano 2 | edição 7 outubro/novembro 2013

Editores:Fabio “Bolota” Britto Araujo e Guto Jimenez

Arte:Edilson Kato

Redação:Guto Jimenez

Colaboradores:Texto: Alexandre Guerra, Alexandre Maia, Bruno Gallindo, Bruno Hupper, Bruno “Nobru” Ribeiro, Christie Aleixo, Dusty Ray, EuAmoLongboard.com.br, Larissa Sampaio, Reginaldo Oliveira, SK, The Hut, Tielle Hass

Fotografia: Alexandre Guerra, Brad T. Miller, Brendan Davidson, Bruno Gallindo, Caio Matsui, Diego Polito, Dusty Ray, Eduardo Brás, Eliana Castanho, Gabriel Klein, Ian Logan, Manuela Perez, Marcelo Mug, Maria Sanz, Nércio vargas, Reginaldo Oliveira, Roberto Tatto, Ruddi Saad, Santiago Cano Jaramillo, Sean Donovan, Shin Shikuma, Vinícius Branca

Comercial:Fabio [email protected](11) 96357-3492

Editora Circuito das Águas LtdaRua Paraná, 525 – Jd. Bela VistaJaguariúna - SP - Fone: 55 (19) 3867.0795Diretor - Presidente: Ricardo AzevedoCoordenação: Sérgio MariniAdministrativo/Financeiro: Amanda BrisolaCirculação/Comercial: Priscila Sardinha

Distruição gratuita em lojas e boardshops(Acompanhe os pontos de distruição na página “Onde Encontrar” da sua CRVIS3R e no site: www.crvis3rskateboarding.com.br)

Deus é grande!

A Revista CRVIS3R SKATEBOARDING é uma publicação bimestral. As opiniões dos artigos assinados nem sempre representam a opinião da revista e sim a de seus autores.

Dúvidas ou sugestões:[email protected]

Acesse: Site: www.crvis3rskateboarding.com.br Facebook: /crvis3rskateboarding Instagram: @crvis3rskateboardingmag Issuu: /crvis3rskateboarding

Essa edição é didicada a memória de Alexandre Magno Abraão “Chorão”[ RIP ]

Promoção VÁLIDA ATÉ dia 04/12/2013.

RESuLTADO PROmO #6:

VENCEDOR PROmO ThESE

Lucas cardoso([email protected])

Envie uma frase irada para expressaresse primeiro aniversário da revista!

As 20 melhores frases, vão levarum par da meia CRVIS3R Skateboarding, cada!

Envie a frase para o e-mail: [email protected] no assunto/subject, escreva “meia CRVIS3R”

Resultado será divulgado na próxima ediçãoda revista CRVIS3R Skateboarding #8e no facebook: www.facebook.com/crvis3rskateboarding

Boa sorte!

aniversário de1 ano da revista

CrVIs3r skateboardinge quem ganha é você!

respondaE

ganhe!

Envie uma frase irada para expressaresse primeiro aniversário da revista!

Santiago Cano Jaramillo, Sean Donovan, Shin Shikuma, Vinícius Branca

Comercial:Fabio [email protected](11) 96357-3492

Meias produzidas por Control Z.

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por Larissa sampaio*

* Larissa de Sousa Sampaio nasceu em Goiânia, mas vive desde os 5 anos em Brasília. Empresaria, professora de ginástica e personal trainer, é formada em educação física e anda de skate há 10 anos. É a atual campeã do Circuíto Brasileiro de Downhill Slide 2012 - Longboard Feminino.Patrocínio: Grife Larissa Sampaio Sportwear.www.larissasampaio.com.br / Apoio: Six Trucks Gear

MusculaçãoQueridos leitores, hoje vou falar um pouco sobre a importância

da musculação para pessoas que querem andar de skate por muito tempo, sem terem muitas lesões e com muita qualida-de de vida para praticar esse esporte tão maravilhoso e que

exige muito do nosso físico.A musculação é uma forma de exercício de contra-resistência, para

o treinamento e desenvolvimento dos músculos esqueléticos. Utiliza a força da gravidade (através de barras, halteres, pilhas de peso ou o peso do próprio corpo) e a resistência gerada por equipamentos, elásticos e molas para opor forças aos músculos - que, por sua vez, devem gerar força oposta através de contrações musculares que po-dem ser concêntricas, excêntricas e isométricas.

Esta forma de treinamento físico é utilizada para fins atléticos (atra-vés da melhora no desempenho de atletas), estéticos (no desenvol-vimento do volume muscular) e de saúde (auxiliando no tratamento de doenças musculares, ósseas, metabólicas, melhora na mobilidade, postura etc.).

Extensora. Flexora.

Polia baixa abdutora. Polia baixa adutora. Leg 45 horizontal. Avanço unilateral.

Agachamento. Leg 45 vertical. Elevação com caneleiras.

Sei que muita gente acha chato ter que frequentar academia e ficar fazendo treinos bem diferentes dos que praticamos nas ladeiras, mas pode acreditar que uma coisa complementa a outra; escolha uma boa música e pense em todos benefícios que essa atividade vai te cau-sar. o skate é uma atividade de alto impacto, e a muscu-lação fortalece e potencializa as ações musculares traba-lhando a força e preparando as articulações, ligamentos e tendões para aguentar o dia a dia de muitas ladeiras e treinos. Sou skatista e posso afirmar: minhas aulas de gi-nástica localizada e a musculação fazem parte da rotina dos meus treinos. Mas, é claro, é você que tem de saber o seu objetivo e ter uma boa orientação de um profissional de educação física, pois ele vai passar os exercícios es-pecíficos para melhorar sua performance e alcançar seu objetivo maior: preparar seu corpo para aguentar as que-das e lesões e ficar velhinho andando de skate.

Vou passar para vocês hoje alguns exercícios que costumo fazer 3 vezes por semana!

Nessa edição, eu escolhi para vocês alguns exercí-cios básicos usados na musculação para o trabalho de fortalecimento dos joelhos. A dica importante é: fazer os exercícios unilaterais, pois assim não forçamos mais uma perna que a outra, trabalhar com pouco peso e fa-zer três séries de 15 repetições em cada perna. Siga a sequência das fotos e vamos começar! Lembrando que, antes do treino, sempre é legal fazer uns 15 minutos de aquecimento (esteira, bike, corridinha ou até mesmo uma remada de skate). Então vamos lá!

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| cuide-se

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BELÉMMenem Skate R. Aristides Lobo, 134 - Campina - Belém

DiStrito FEDEraLFunhouse Skatewear - SDS Bloco E, Loja 11- Asa Sul - BrasíliaFunhouse Est. 1995 - SDS Bloco D, Loja 16 - Asa Sul - Brasília Mormaii Shop - SCn Quadra 5 bloco A - loja 84 - Asa norte - Brasíliaoverstreet Skateboards - SDS, Bloco E - loja 24 - Asa Sul - Brasília

ESpÍrito SantoHeijhow Boardshop - Av. Beira Mar, 1772 - loja 06 - Praia do Morro - GuarapariMavericks Surf Store - Rua João da Cruz, 330, Praia do Canto - Vitória Loja players - Av. Rio Branco, 1645 - lojas 13 e 14, Praia do Canto - Vitória Hama Hama Skate Shop - Av. Hugo Musso, 610 - loja12 - Praia da Costa - Vila Velha

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Jamaica Skateboard - Rua Felipe Schmidt , 249, Centro Comercial ARS, Loja 14, Centro - FlorianópolisJBay - Rua Felipe Schmidt, 249, Centro Comercial ARS - loja 209, 1º Piso - Centro - Florianópolispousada Hi adventure - Rua Sotero Farias, 610 - Rio Tavares - Florianópolis

São paULo/capitaL/aBcBanca ibirapuera - Pq. do Ibirapuera (dentro do parque)Balboa Boards - Rua Cunha Gago 284 - Pinheiros - São PauloBless Skateshop - Rua Turiassu, 603 - Perdizes - São PauloBomba Store - Av. Cel. Sezefredo Fagundes, 2055 - cs1 - São Paulo

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Dogtown Sk8 Shop (Florianópolis). Secttor AWA (Curitiba).

| onde encontrar

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central Surf - Shopping Aricanduva - Av. Aricanduva, 5555 âncora 9 - Vila Matilde - São PauloGaleria alma do Mar - Rua Harmonia, 150 - loja 05 - Vila Madalena - São Paulo Flow Skate Shop1 - Av. São João, 439 - loja 233 - Centro - São PauloFlow Skate Shop2 - Av. São João, 439 - loja 323 - Centro - São PauloForever Skate Shop - Av. São João, 439 - loja 448 - Centro - São PauloLed rockskate - Estrada do Campo Limpo, 354 - loja 402 - Vila Prel - São PauloMys pot - Rua Alfonso Bovero, 1410 - Pompéia - São PauloMission - Rua São João, 439 - loja 125 - Centro - São Paulooverboard (aricanduva) - Shopping Leste Aricanduva - loja 121/125 - Aricanduva - São Paulooverboard (Santana) - Rua Dr. Olavo Egídio, 51 - Santana - São Paulo red Beach - Av. Júlio Buono, 2070 - Vila Gustavo - São PauloSativa - Rua 24 de Maio, 116 - loja 19

- Centro - São PauloSaM (Skate até Morrer) - Av. São João, 439 - loja 109 - Centro - São PauloSaM - Av. São João , 439 loja 124 - Centro - São Paulo

SK8-1 - Rua Dr. Jesuíno Maciel, 605 - Campo BeloStar point (ibirapuera) - Av. Iraí, 224 - Moema - São PauloStar point - Shopping Eldorado - Piso 2 - loja 329E - Pinheiros - São PauloSecretspot/curva de Hill - Rua dos Patriotas, 548 - São PauloSick Mind - Rua Augusta, 2056 - São PauloSick Mind - Loja Ouro Fino - Rua Augusta, 2690 - loja 216 - São PauloSurf trip (centro) - Rua 24 de Maio, 199 - Centro - São PauloSurfavel Surfboards - Rua Conselheiro Saraiva, 912 - São PauloStyllus - Rua Visconde de Inhaúna, 980 - São Caetano do Sul terceiro Mundo - R. 24 de maio 62 loja 468, Centro - São Paulo

tent Beach - Av. Ramiro Colleone, 255 - Santo Andrétoobsland - Rua Cerro Corá, 635 - Lapa - São PauloUltra Skate - Rua Engenheiro Adelmar Mello Franco, 111 - Brooklin Paulista - São PauloWollong Board Store - Rua Cajaíba, 1029 - Pompéia - São Paulo

São Paulo/InterIor - lItoralaction now - R. Dr. Thomas Alvez, 216 - Campinasaction now - Av. Vereador narciso Yague Guimarães, 1001, arco 5/6 - Socorro - Mogiclube c - Rua Pinduca Soares, 138 - Centro - IbiunaDirty Joy - Rua Almeida de Morais, 30 - SantosDorgo Skate - Rua Alameda das Margarida, 628 - loja 6 - GuarujáDylan Skate Bags - Rua Princesa Isabel, 73 - 45 - Itarare - São VicenteEvolution - Av. Mal. Floriano Peixoto, 44 - lj. 96 - Santos

Gás Inflamável Skate Shop - Rua Quinze de novembro, 1817 - Centro - São Carlosindustria Skateshop - Av. Andromeda, 227 - loja 127 - Jd. Satelite - São José dos Campos

Life core - Travessa Marquez do Herval, 82 - Pindamonhangabaa toca Skateria - R. Frei Gaspar, 952 - São VicenteSurf track - Plaza Avenida Shopping - Av. José Munia, 4775, Loja 195, Piso 1 - São José Do Rio Pretotrash Skateboards - Av. Prof. Thomaz Galhardo, 454 - loja 04 - Centro - UbatubaVahlent Boardshop - Av. Siqueira Campos, 51 - Centro - Jacareí Via 83 - Av. Ana Costa, 549 - loja 83A - Gonzaga - Santos

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Curva de Hill (Florianópolis). Forever Skate Shop (São Paulo). Jamaica Skateboard (Florianópolis) RolaBosta Longboard (Anápolis). Banca Ibirapuera (São Paulo).

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Six TrucksModel Laura Alli(11) 2578-7446 www.sixtrucks.com.br

Beats By DreModel Studiowww.beatsbydre.com

Rolamentos Everlong(41) 3117-3745www.everlong.com.brfacebook.com/everlongskate Instagram: @everlongskate

Colina BoardsModelo Cruiser Fish 31”(19) 3515-0855www.colinaboards.com

Sector 9 (11) 3251-0633www.plimax.com

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