Craqueamento cataltico

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REFINO DO PETRÓLEO CRAQUEAMENTO CATALÍTICO Alunos:Alison Cazarin Aline de Pauli Camila Vargas Neves Hélida Monique Fagnani Maryana Gongoleski Patricia Yassue UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná CECE – Centro de Engenharia e Ciências Exatas Engenharia Química – 5º ano – Combustíveis Docente: Leila Fiorentin

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Craqueamento cataltico

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REFINO DO PETRÓLEOCRAQUEAMENTO CATALÍTICO

Alunos:Alison CazarinAline de Pauli

Camila Vargas NevesHélida Monique Fagnani

Maryana GongoleskiPatricia Yassue

UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

CECE – Centro de Engenharia e Ciências Exatas

Engenharia Química – 5º ano – Combustíveis

Docente: Leila Fiorentin

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OBJETIVO:Quebrar cataliticamente moléculas de gasóleos e resíduos para obtenção de gasolina e GLP

Gasóleo Pesado e Resíduo Atmosférico.

Gás Ácido, Gás Combustível, GLP, Nafta Craqueada, Óleo Leve de Reciclo, Óleo Decantado e Coque.PRODUTOS:

TIPO DE PROCESSO:

Conversão Química

CARGAS PRINCIPAIS:

RENDIMENTOS TÍPICOS:

GC: 4 %; GLP: 20 %; Nafta: 55 %; LCO: 10 %; OD.: 5 %; Coque: 6 %

INVESTIMENTO: Superior a US$ 320.000.000,00

Craqueamento Catalítico

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Craqueamento Catalítico

MUNDO: Existem atualmente aproximadamente 370 unidades de Craqueamento Catalítico Fluido produzindo quase 9 milhões de barris de gasolina diariamente.

NACIONAL: Petrobrás com 15 unidades

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Processo de quebra das moléculas

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Craqueamento Catalítico

A Figura abaixo mostra de que forma o craqueamento está inserido no processo de refino de petróleo.

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REGENERADOR

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Regeneração do catalisador

Controle de maior importância na Unidade FCC.

Quantidade de coque retida no catalisador após regeneração - (0,2 a 0,3% massa).

Conversor em Balanço de carbono: Taxa de queima do coque é igual à

produzidano reator. A % em massa de carbono, torna-se

constante.

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Regeneração do Catalisador

Reações de combustão do coque:

Durante o processo de queima do coque, dois problemas importantes podem acontecer:

• After-Burning (Avanço de queima)

• Behind (Atraso)

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After-Burning (Avanço de queima)

Ocorre quando a taxa de queima do coque é superior ao coque formado durante as reações de craqueamento.

A reação: Região de fase diluída – Acima do Leito

regenerador. Catalisador absorve o calor e limita a

elevação de temperatura.

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After-Burning (Avanço de queima)

Excesso de ar: A combustão prossegue no

segundo estágio dos ciclones e na linha de gás de combustão.

A mesma quantidade de catalisador não está presente para absorver o calor.

Aumento acentuado na temperatura pode ser observado.

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After-Burning (Avanço de queima)

Elevadas temperaturas acarretam:1.Maior erosão do material do regenerador;2. Redução da vida útil dos equipamentos;3. Sinterização do catalisador;4.Turbilhonamento dos gases e conseqüente arraste

demasiado de catalisador pela chaminé.

Temperatura máxima permissível no regenerador é de 730 °C.

Esta temperatura é determinada pela construção dos equipamentos.

A redução da vazão de ar resolve este problema.

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Behind (Atraso)

Quando a taxa de formação do coque é superior ao coque queimado no regenerador, há um aumento progressivo da porcentagem de carbono no catalisador;

Diminui a atividade do catalisador; Toda queima realiza-se no leito do

catalisador; Conversão de carga em gás combustível

e coque; Acúmulo de Coque;

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Behind (Atraso)

A temperatura da fase densa é maior do que a da fase diluída.

Maior extensão da reação de combustão do coque que ocorre na fase densa em relação a combustão do monóxido de carbono que ocorre na fase diluída.

A elevação da vazão de ar é uma das soluções para este problema.

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Behind (Atraso)

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Seção de fracionamento

Objetivo: Remover calor e recuperar produtos líquidos dos gases craqueados oriundos do reator;

Semelhante à destilação;

Os gases não devem ser aquecidos para entrar no equipamento;

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Produtos

Topo: nafta de craqueamento, GLP e gás combustível;

Após resfriamentos são coletados em tambores de acúmulo:Hidrocarbonetos

C<4 + Impurezas

Água

Nafta + GLP

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Produtos Os óleos de reciclo (leve e pesado) são os produtos laterais

da fracionadora; São moléculas médias e pesadas que foram parcialmente

craqueadas;

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Produtos

Fundo: São frações pesadas residuais de craqueamento e de partículas de catalisador (arrastadas pelo gás);

A mistura de gasóleo de vácuo (carga fresca) e reciclos (LCO, HCO e Borra) é conhecida por carga combinada.

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Seção de recuperação de gases

Objetivo: é dar condições para que haja uma eficiente separação entre a nafta de craqueamento, o GLP e o gás combustível, buscando a maior recuperação possível de GLP.

Pode ser dividida em três sistemas: Compressão de gases; Absorção e retificação; Fracionamento (desbutanizadora).

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Compressor com dois estágios

• Succiona os gases provenientes do tambor de topo da fracionadora;

• Do primeiro estágio de compressão sai uma corrente de reciclo para o vaso de topo da fracionadora (controla a pressão);

• Depois do segundo os gases passam por um resfriador e seguem para o vaso de alta pressão.

Tambor de alta pressão:• 1ª corrente:hidrocarbonetos

mais leves (em estado gasoso);• 2º corrente: hidrocarbonetos

mais pesados e no estado líquido são bombeada para a torre retificadora, onde são tiradas as frações leves (etano e eteno) presentes na nafta não estabilizada.

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Absorvedora Primária• Objetivo: remover

hidrocarbonetos de peso molecular igual ou menor que o propano;

• A nafta não estabilizada que, em fluxo contracorrente com os gases, absorve uma quantidade dos compostos de 3-4 C

Absorvedora Secundária• O óleo leve de reciclo é usado

como fluido de absorção. O gás combustível efluente dessa torre segue para o tratamento DEA.

Retificadora:• Na retificadora a nafta (do vaso de

pressão) é submetida a um aquecimento moderado e libera apenas os gases leves que saem pelo topo e retornam para o vaso de alta pressão.

• O líquido de fundo (nafta contendo GLP) é enviado para a torre desbutanizadora

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Debutanizadora• Objetivo: promover a máxima

separação entre a nafta craqueada (gasolina) e o GLP.

• A Gasolina é retirada pelo fundo da torre e enviada para tratamento MEROX.

• O GLP, produto de topo da torre desbutanizadora, segue para os tratamentos DEA e MEROX.

Tratamentos• Objetivo: reduzir a concentração de

enxofre e a corrosividade da Nafta, GLP e Gás Combustível;

• DEA (Di-Etanol-Amina): Promover a remoção de H2S do GLP e do gás combustível;

• MEROX -Tratamento Cáustico• Regenerativo: Promover a remoção de

mercaptans do GLP e da Nafta.

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Carga para Craqueamento

• Se transformam integralmente em coque na UCCAsfaltenos

• Níquel e VanádioMetais pesados

• Desativam o catalisadorMetais alcalinos e alcalino-terrosos

• Envenena o catalisadorNitrogênio• Sulfeta os metais pesados

depositados no catalisador ativando-os como elementos desidrogenantes

Enxofre• Reativa os metais pesados

passivados naturalmente, depositados na superfície do catalisador.

Cloretos

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Características da Carga para Craqueamento

Faixa de destilação: 340°C e 570°C Resíduo de carbono: Deve ser baixo,

geralmente inferior a 1,5% em peso, a fim de minimizar a formação de coque.

Fator de caracterização (KUOP): Determina o teor de parafinas da carga. Recomenda-se que KUOP>11,5

Teor de metais: Afetam a atividade e a seletividade do catalisador.

Fe + V + 10(Ni + Cu) < 5ppm

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Produtos de Craqueamento Catalítico

UCCGasóleos de vácuo

Gás combustível

GLP

Nafta

Gasóleo

Coque

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Produtos de Craqueamento Catalítico Gás combustível: hidrogênio, metano,

etano e eteno. consumido em fornos e caldeiras das

diversas unidades.

GLP: O gás liquefeito pode ser decomposto em duas correntes (C3 e C4).

Nafta: Possui um alto teor de olefinas, isoparafinas e aromáticos.

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Produtos de Craqueamento Catalítico

Gasóleos: Moléculas não convertidas. Óleo leve de reciclo: utilizado para o acerto da

viscosidade de óleos combustíveis Óleo pesado de reciclo: É reciclado ao conversor Óleo clarificado ou óleo decantado: matéria-

prima para obtenção de negro de fumo (carga para borracha) ou coque de petróleo (produção de eletrodos de grafite).

Coque: São cadeias poliméricas de altas massas molares e elevadas percentagens de carbono, que se depositam na superfície do catalisador, reduzindo sua eficiência.

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Para onde vão as saídas UCC?

UCC

Gás combustível

GLP

Nafta

Óleo leve

Óleo decantado

U-DEA

U-DEA

Tratamento cáustico

HDT

Não é tratado

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Característica do catalisador de craqueamento

O catalisador empregado nas reações de “cracking” é: Um pó granular; Finíssimo Alta área superficial; À base de sílica (SiO2) e alumina (Al2O3).

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Característica do catalisador de craqueamento

Existem três formas diferentes de catalisador: Baixa alumina (11-13% Al2O3);

Alta alumina (25% Al2O3);

Tipo zeolítico (cristalino);

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Característica do catalisador de craqueamento Funções:

Promover as reações do craqueamento em condições de pressão e temperatura muito mais baixas do que as requeridas no craqueamento térmico;

Transportar o coque depositado na sua superfície para o regenerador, onde será queimado, gerando calor;

Atuar como agente de transferência de calor, retirando-o da zona de combustão e utilizando-o para aquecer e vaporizar a carga, elevando sua temperatura para possibilitar e manter as reações de craqueamento.

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Característica do catalisador de craqueamento

A preferência que o processo de craqueamento apresenta pela produção de nafta e GLP, em relação à formação de coque, é traduzida em termos de seletividade, decorrente basicamente das propriedades de catalisador.

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Característica do catalisador de craqueamento

Esse seletividade por ser observada a seguir:

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Característica do catalisador de craqueamento

A seletividade, no entanto, para um mesmo tipo de catalisador, pode ser alterada pela ocorrência de reações secundárias de craqueamento, como conseqüência dos contaminantes metálicos depositados na superfície das partículas do catalisador.

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Atividade do Catalisador

Mede a capacidade de promover a reação de craqueamento

Caracterizada por um maior rendimento em produtos comerciais em relação a quantidade utilizada

Uso prolongado diminui a atividade do catalisador

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Atividade do Catalisador

Causas do decaimento IRREVERSÍVEL: Envenenamento por metais nos sítios

catalíticos (Vanádio) – destrói a estrutura da zeólita REVERSÍVEL: Deposição de coque na superfície,

dependendo das condições de pressão e temperatura Correções

Adição de catalisador virgem Queima do coque a 700°C em regenerador Descarte e reposição de 5% do catalisador para

manutenção catalítica Identificação:

Aumento anormal de hidrogênio e metano nas chaminés

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Atividade do Catalisador

Classificação quanto ao uso: Catalisador virgem: ainda não foi

adicionado ao reator. Coloração branca e com atividade máxima;

Catalisador gasto: já tomou parte nas reações, impregnado de coque. Teor de 1 a 1,2% de coque e coloração preta;

Catalisador regenerado: tomou parte nas reações, porém parte do coque agregado já foi queimado. Teor de 0,1 a 0,5% de coque e coloração cinza;

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Atividade do Catalisador

Avaliação do teor de coque Termogravimetria

medida das mudanças de determinadas grandezas de um sistema com a variação da temperatura.

Descarte do catalisador: metais pesados, compostos cancerígenos

corrosivos, podem liberar gases tóxicos e estão sujeitos à combustão espontânea

Remediação eletrocinética Corrente direta baixa de baixa intensidade remove

metais pesados

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Conversão

Porcentagem de carga fresca que é convertida em produtos mais leves é dada:

Gás combustível, GLP, nafta e coque formado

Unidades operando normalmente tem 70-85% de conversão.

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Bibliografia

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CREPLIVE, M. R.; Remoção de Vanádio a partir de catalisadores termodinamicamente estáveis, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Paraná, UFPR, 2008.

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